ANITA MALFATTI • CERÂMICA MARAJOARA • LUIS BAYÓN AgI
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ANITA MALFATTI • CERÂMICA MARAJOARA • LUIS BAYÓN AgI
T consul e ar e PubliTime Editora Ano 1 - Edição 05 arte em tempo real ANITA MALFATTI • CERÂMICA MARAJOARA • LUIS BAYÓN agi straus • laços na fotografia - sheila oliveira calendário de artes • materiais artísticos editorial Nosso trabalho segue em um ritmo equilibrado e constante, com o objetivo de suprir o conteúdo da revista, atendendo nosso público de forma notável e preservando nosso diferencial de outras publicações do viés artístico. Sabemos que, atualmente, a rotina mantém-se intensa e acelerada, este é um dos motivos por optarmos pela plataforma web. Pensando na facilidade de acesso para nossos clientes, a internet serve como alicerce para o resultado positivo de nosso trabalho. Além disso, considerar o alcance da Revista Consulte Arte também funciona como incentivo para a equipe da Publitime, pois seguindo os mesmos parâmetros do livro Consulte Arte – Roteiro das Artes Plásticas, a revista busca regionalizar-se, sendo distribuída por todo o país. A revista Consulte Arte busca levar conteúdo relevante para seus leitores, narrando, aos poucos, a história da arte no Brasil. Relatando fatos históricos, como nesta quinta edição, que através da bre- ve biografia da artista Anita Malfatti, conta como foi o desenvolvimento do modernismo no país e a famosa semana de 22. Ainda sob o conceito de agregar cultura ao nosso leitor, a matéria de cerâmica relata a história da Ilha de Marajó e da memorável cerâmica marajoara. Luis Bayón e Agi Straus também participaram desta edição, com matérias especiais. Vale a pena conferir o perfil de ambos, para conhecer um pouco mais sobre a obra e vida destes artistas. Os detalhes sobre cada um deles você encontrará nas respectivas reportagens. As editorias diferenciadas, como calendário e materiais artísticos, auxiliam a explorar o universo artístico na prática, interagindo diretamente com o dia-a-dia do leitor, mantendo-nos presente além da leitura da revista. Permitindo, inclusive, aprimorar o talento do artista, com cursos de qualidade. Seguindo esta linha, a edição de agosto disponibiliza uma série de eventos e novidades, além de dicas de materiais artísticos. Como de costume, a revista é finalizada com o trabalho de nossos artistas já confirmados para a segunda edição do livro ConsulteArte – Roteiro das Artes Plásticas, com lançamento previsto para o mês de novembro. Obrigado e boa leitura, Helder Fazilari Editor Expediente Diretor Executivo - Helder Fazilari Editor - Helder Fazilari - MTB 33.880 - SP Diretora Administrativa - Samira Samara Direção de Arte - Luciana Suet Assistente de Redação - Mariana Marques Gerente Comercial - Priscila Novaes Comercial - Henrique Martins PubliTime Editora Ano 1 - Edição 05 Ninguém está autorizado a angariar assinaturas e/ou anúncios sem estar devidamente credenciado junto à Editora. Se isto ocorrer, denuncie-o às autoridades locais. A Publitime Editora se reserva o direito de publicar ou não os materiais recebidos. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da editora. Proibida a reprodução total ou parcial dos artigos sem a prévia autorização do conselho editorial. anita malfatti - o artista 06 cerâmica marajoara 12 agi straus - pintura e escultura 16 tome nota 20 calendário 22 luis bayón - escultura 24 fotografia sheila oliveira 28 artistas juan muzzi tania de maya maria enid theresa silva nilda parisi mara patriani nízia motti sandra kuchnir carvalho maollí lenice ferreira marina braghetto andré galeazzo 36 40 42 44 46 48 50 52 54 55 56 57 consulte arte Em sua quinta edição, a revista digital Consulte Arte, da Editora Publitime, consolida-se cada vez mais no cenário artístico. Além de carregar a experiência de tantos anos em publicações de artes, o projeto da revista ainda preocupa-se em inovar no formato, mantendo-se moderna e despojada. Com grande alcance de público, a publicação consegue atingir diferentes segmentos artísticos, não tendo como foco apenas os artistas plásticos, mas agregando também escultores, ceramistas, gravuristas, fotógrafos, críticos, etc. sumário A artista anita malfatti A nita Catarina Malfatti ou apenas Anita Malfatti nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e de Betty Krug, professora de pintura e línguas, foi pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Anita nasceu com uma atrofia no braço direito e teve que aprender a usar a mão esquerda, tendo iniciado sua instrução Estudou ainda em São Paulo, no ateliê do artista plástico Pedro Alexandrino, onde conheceu Tarsila do Amaral. Lecionou desenho na Escola Americana, na Universidade Mackenzie, na Associação Cívica Feminina e em seu próprio ateliê. Ganhou pelo Pensionato Artístico do Estado de São Paulo uma bolsa de estudos em Paris. Anita Malfatti realiza, em 1917, na cidade de São Paulo, uma polêmica exposição, com 53 obras, entre elas algumas que se tornaram clássicos da pintura moderna, como “A Estudante Russa”, “O Homem Amarelo” e “A Mulher de Cabelo Verde”. A arte de Anita foi altamente criticada por Monteiro Lobato, que na época era crítico de arte, do jornal O Estado de São Paulo. A pintura de Anita Malfatti foi o estopim da vanguarda do modernismo brasileiro. Fundou com Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Pichia o Grupo dos Cinco, em 1922, e participou da Semana de Arte Moderna. Anos mais tarde, integrou na Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), na Família Artística Paulista (FAP) e participou do Salão Revolucionário. fotos: divulgação artística e cultural desde muito cedo. Estudou em diversas instituições de referência pelo mundo, a começar por São Paulo, primeiramente no Colégio São José e depois na Universidade Presbiteriana Mackenzie, formando-se professora; na Alemanha, estudou na Academia Real de Belas Artes de Berlim, estudando pintura expressionista. Em Nova York, teve aulas de pintura, desenho e gravura com diversos artistas na Arts Students League of New York, na Independent School of Art e ainda fazia ilustrações para as revistas Vanity Fair e Vogue. a estudante russa o/s/t 76 x 61 cm 1915 veneza (canaleto) o/s/t 51,5 x 63 cm 1924 6 - Consulte Arte uma estudante o/s/t 76,5 x 60,5 cm 1915-16 Consulte Arte - 7 PINTURA anita malfatti Fora do Brasil, expôs individualmente em Berlim, Paris e Nova York. Há quadros de sua autoria nos principais museus brasileiros. O quadro “A Estudante” está no Museu de Arte de São Paulo; “A Boba” está no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e “Uma Rua” no Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro. Nos anos 40, Anita visita Belo Horizonte e cidades históricas mineiras. O que ela passa a expor então, são as festas e as procissões. Seu novo tema era, exclusivamente, a arte popular brasileira, opção esta, considerada por ela e por diversos profissionais sua melhor e mais pura fase. Em 1942, foi presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Chanson de Montmartre o/s/t 73,3 x 60,2 cm 1926 8 - Consulte Arte No ano de 1945, realiza a Mostra individual em São Paulo, com algumas obras nitidamente impressionistas. Já no ano de 1949 é feita a primeira retrospectiva no MASP, no mesmo ano, Anita doa o quadro “A Estudante” para o MASP. Em 1951 concorre e expõe na 1ª Bienal e também no 1º Salão Paulista de Arte Moderna. Nos anos 50 até sua morte, em 1964, vive muito distante das polêmicas artísticas, recolhida em seu sítio. Em 1955, publica contos em jornal alemão, publicado em São Paulo. Também é realizada uma exposição individual no MASP, que recebe o nome de “Tomei a liberdade de pintar a meu modo”, organizada por Pietro Maria Bardi. Expõe desenhos no Clubinho, Rio de Janeiro, em 1957. Também faz algumas experiências abs- itanhaém o/s/t 72 x 92 cm 1948 Consulte Arte - 9 PINTURA anita malfatti tratas e começa pintar a serie “As bem aventuranças”. No ano de 1962, participa das comemorações dos 40 anos da Semana de 22, na Petite Galerie, e finalmente em 1963 realiza uma exposição individual, na Casa do Artista Plástico e recebe uma sala especial na 7ª Bienal. Anita Malfatti morre em São Paulo, no dia 6 de novembro de 1964. o farol o/s/t 46,5 x 61 cm 1915 La rentrée (interior) o/s/t 88 x 115 cm 1925-27 10 - Consulte Arte Citação “Não houve preocupação de glória, nem de fortuna, nem de oportunidades proveitosas. Quando viram minhas telas todas, acharam-nas feias, dantescas, e todos ficaram tristes, não eram os santinhos do colégio” – Anita Malfatti – 1917 Resumo de suas fases artísticas Paisagem, 19151917 (EUA) Um dos períodos de maior produção artística de Anita Malfatti. A artista vivia com outros pintores que trabalhavam sob a orientação do pintor e filósofo Homer Boss, da Independent School of Art. Anita passava os dias pintando ao ar livre, explorando as influências expressionistas adquiridas durante seu aprendizado anterior na Alemanha. Produziu obras co- mo A Ventania, A Onda, O Farol e O Barco. Retratos, 1915-17 (EUA) Produz obras como O homem de sete cores e A boba que irão se tornar extremante polêmicas. Anita utilizava modelos que posavam na Independent School of Art, por alguns dólares. Também pintou A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, assim ela busca revelar o estado psicológico dos seus modelos. Retratos, 1921-27 (Brasil, França) Nessa fase, Anita retratou alguns de seus amigos, como a escritora portuguesa Fernanda de Castro. No entanto, muitas de suas composições eram inspiradas em anônimos, vistos ao acaso pela rua, que chamavam a atenção da artista. Entre elas estão a Chanson de Montmartre e Mulher do Pará, depois disso ela entra para o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, e em 1923 a pintora parte para a França. Paisagem, 1940-49 (Brasil) Já no final da sua carreira, ela transforma radicalmente seu jeito de pintar, produzindo quadros cada vez mais simples. A temática também muda, expressando a “alma brasileira”. samba o/s/t 39,9 x 49,3 cm 1943 rochedos o/s/t 60 x 74 cm 1915 Consulte Arte - 11 cerâmica Os índios da Ilha de Marajó utilizavam o barro para confeccionar, principalmente, objetos utilitários, mas também alguns decorativos. Para aumentar a resistência das peças, eles misturavam o barro com outras substâncias minerais ou vegetais, como pó de pedras e conchas, cinzas de cascas de árvores, ossos e cauixi. marajoara a arte que vem do norte A fotos: corbis.com Cerâmica Marajoara foi altamente produzida pelos índios que habitavam a Ilha de Marajó, no estado do Pará, região norte do Brasil. Marajó é uma das maiores ilhas fluviais do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico. 12 - Consulte Arte A fase mais estudada e conhecida da produção da cerâmica refere-se ao período de 400 a 1.400 dC. Alguns estudos arqueológicos demonstram que a região da Ilha de Marajó foi ocupada há cerca de dois mil anos por agricultores e ceramistas vindos dos Andes. Os objetos possuíam basicamente formas humanas ou representações animais. Em sua maioria, as peças eram acromáticas. Nas peças cromáticas, era utilizado o engobo (barro em estado líquido) com pigmentos extraídos de alguns vegetais, como o urucum e o caulim, sendo as cores branca, vermelha e preta as mais utilizadas. Conhece-se cerca de 15 diferentes técnicas de acabamento, que combinam de maneira variada o engobo branco e vermelho, incisões, excisões e pintura. Durante as escavações arqueológicas, foram encontrados os mais variados tipos de objetos, entre eles: pratos, tigelas, vasos, banquinhos, urnas funerárias, garrafas, torradores, inaladores, estatuetas, tangas, pingentes, adornos labiais, tortuais de fuso, etc. Todos estes em diversos formatos, tamanhos e acabamentos. A cerâmica marajoara diferencia-se pelos detalhes nos acabamentos, em baixo ou alto-relevo, podendo-se estudar a partir dos objetos deixados, inclusive, os graus de organização e diferentes camadas sociais dos habitantes da ilha, por exemplo, urnas pintadas que misturam características femininas e de corujas são encontradas apenas na área do rio Anajás, enquanto que urnas funerárias incisas decoradas com padrões de serpente são características da região do Lago Arari, delimitando de forma clara as diferentes regiões na Ilha. Consulte Arte - 13 marajoara cerâmica A produção das cerâmicas marajoara diferencia-se do resto do mundo, pois havia grande qualidade nas peças, elas eram harmoniosas e simétricas, tornando-se um dos estilos cerâmicos mais sofisticados da Pré-História das Américas. Depois de prontas, as peças eram queimadas em fogueiras ou buracos e eram finalizadas com breu do Jutaí, proporcionando um efeito brilhante semelhante ao do verniz. Acervo O maior acervo de peças de Cerâmica Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém-PA. Há também peças no Museu Nacional no Rio de Janeiro, (Quinta da Boa Vista), no Museu Arqueológico da USP em São Paulo-SP, e no Museu Universitário Prof Oswaldo Rodrigues Cabral, na cidade de Florianópolis-SC e em museus do exterior - American Museum of Natural History New York e Museu Barbier - Mueller em Genebra. Para incentivar o turismo e o comércio local na cidade de Icoaraci, próxima a Belém, diversos artesãos descendentes de índios mantém a tradição marajoara, fabricando réplicas da cerâmica, ajudando, assim, a divulgar os trabalhos indígenas e a preservar um dos maiores patrimônios culturais do Brasil, que vem sendo passado de geração em geração. 14 - Consulte Arte Consulte Arte - 15 fotos: revista consulte 47 agi straus um talento contagiante, uma artista completa por silvana baierl JERUSALÉM ESCULTURA DE CONCRETO CELULAR E MATERIAL ORGÂNICO 35 X 25 X 27 CM 2002 “A gaveta está lotada de desenhos. Há muito para produzir” .Apesar de atravessar um período de muitas mudanças em sua vida, Agi Straus trabalha intensamente e sua afirmativa apenas comprova o quanto a arte está enraizada em sua personalidade verdadeiramente feminina e suave, sempre de bem com a vida. Aliás, a arte jorra em todos os seus movimentos e por todo o seu atelier, de paredes recobertas por quadros feitos em diferentes épocas. Cada um tem seu encanto, sua estória e uma mensagem. Os projetos surgem em sua mente com uma naturalidade familiar. Pintar já é parte da sua rotina diária. Assim como precisa comer, andar, falar com amigos e sorrir, Agi Straus também precisa pintar. Privilegiada por um carisma único, o sorriso é o melhor complemento de suas expressões. 16 - Consulte Arte Provavelmente ela herdou essa alegria de viver de sua gente e da sua terra natal. Austríaca, nascida em Viena, Agi começou a pintar na infância, quando ainda vivia na Europa. Em suas primeiras aulas, já revelava uma saudável inquietude: colocou de lado as recomendações do professor e, ao invés de pintar o vaso de flores proposto, pintou um tema do seu agrado. “Nunca me deixo conduzir”, admite. Nem mesmo o seu talento artístico a domina. Ela se solta e cria obras em diferentes materiais, temas e proporções. Em seu acervo, encontramos quadros com grandes dimensões, assim como pequenas telas e gravuras, esculturas modeladas na argila ou concreto celular, obras entalhadas na madeira ou na pedra sabão. Num primeiro olhar, todas as peças parecem ter o mesmo material, em razão do acabamento final. “Gosto de finalizar a obra com um tratamento de pátina, geralmente na cor azul. Não me pergunte o motivo. Apenas gosto. Se gosto, faço”, reflete. Nas pinturas, também está visível seu toque pessoal. A tinta se mistura a uma massa de cola, areia, gesso, cimento branco ou pó de mármore, que agem como suporte para a aplicação de folhas secas e materiais sucateados, que transcendem os limites da tela e emergem dos relevos. Um de seus temas preferidos é a natureza, principalmente árvores, folhagens e flores. Consulte Arte - 17 pintura e escultura agi straus Artista da Natureza Agi admite que, no início de sua carreira, até tentou outras atividades. Trabalhou como secretária no Citibank, fundou e dirigiu a “Escolinha de Arte Agi” para crianças, casou e teve três filhas. Foi após o casamento que passou a se dedicar somente às Artes Plásticas. Felizmente, essa foi a decisão mais acertada. E nunca mais parou. No momento em que mais precisou sobreviver de sua arte, sentiu que seu trabalho ganhou novos rumos e ficou ainda melhor. Sua alegria de viver e seu bom humor são contagiantes. Acompanhar cada pincelada de suas telas, as formas modeladas em suas esculturas nos conduzem à reflexão do comportamento humano, da necessidade de preservar a natureza, das exigências do nosso cotidiano e dos benefícios de sermos mais tolerantes. mulher i ESCULTURA DE CONCRETo celular 51 X 32 X 7,5 CM 2001 rainha escultura em concreto celular e material orgânico 25 x 15 x 15 cm 2002 Chegando ao Brasil, recebeu fortes influências brasileiras, captadas em suas viagens para São Paulo, Belém do Pará, Recife, Salvador e São Luiz do Maranhão, sempre se dedicando à atividade artística. Agi Straus é pintora, escultora e desenhista. Estudou com Gaetano Miani, Antonio Gomide, Poty, Darel Valença Lins e Zamoisky. Entre 1964 e 1970, colaborou com os suplementos “Literário” e “Feminino” do Estadão, criando ilustrações. Certamente, por preservar esse espírito guerreiro, seu nome figura em diversas exposições, desde 1955. Expôs em diversas galerias de São Paulo/SP, entre elas Miani, Astréia, Guimar, Itaú, Sadalla, e Instituto Hans Stand. Integrou coletivas na Galeria “A Hebraica”, FAAP, Sesi e Fundação Mokiti Okada, todas na capital paulista. Mas também participou de projetos coletivos por outros estados do Brasil, como Fortaleza/CE e Rio de Janeiro/RJ. Pelo mundo, levou suas obras para Nova York/EUA, Washington/EUA, Viena/Áustria, Basiléia/Suíça e Roma/Itália. Possui obras em inúmeras coleções no Brasil, Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Estados Unidos, Paraguai, Israel, Itália, Japão. Das muitas premiações, tem estórias interessantes para contar: como um prêmio conquistado na Europa, que nunca pode buscar, por falta de recursos. Assim como obras enviadas para exposições, impossíveis de serem resgatadas e que ficaram guardadas na casa de amigos. Nada, porém, afeta a vontade de seguir adiante e o bom humor de Agi Straus. E jamais afetará. 18 - Consulte Arte os azuis a/s/t 65 x 115 cm 2000 Consulte Arte - 19 tome nota Colorgin Glitter Linha Artística – é um verniz com partículas brilhantes em spray que proporciona um toque especial para decorações em geral em artesanatos. Disponível nas cores: ouro, prata, vermelho, verde, azul e multicolorido. Materiais artistísticos Condor • Pincel Condor ref. 456 Linha Amarela • Pincel Condor ref. 284 Linha Vermelha • Pincel Condor ref. 285 Linha Vermelha Pincel modelador para efeitos exclusivos 101 - Utilizado em tintas a óleo, acrílica, guache e outras. Ponta em borracha flexível. Cabo curto, em madeira - preto. Virola niquelada e formato chanfrado. 102 - Para tintas a óleo, acrílica, guache e outras. Ponta em borracha flexível. Virola niquelada e formato cunha. 103 - Para tintas a óleo, acrílica, guache e outras. Ponta em borracha flexível. Virola niquelada e formato curva. Disponível nas cores rosa, amarelo e roxo. 104 - Com formato em cone e disponibilidade nas cores rosa, amarelo e roxo. Utilizado em tintas a óleo, acrílica e guache. 105 - Utilizado em tintas a óleo, acrílica, guache e outras. Ponta em borracha flexível. Virola niquelada e formato angular. • Pincel Condor ref. 409 Linha Acabamento • Pincel Condor ref. 431 • Godê Condor ref. 561 Kakos Criações Artesanais - Quadro especial Com medida 30,5x30,5x4cm, o quadro conta com medida interna para folhas tradicionais, além de acompanhar um vidro que fecha a parte frontal. O quadro é vendido em MDF cru, especial para artesãos. Preço sugerido: R$ 11,70 www.kakos.com.br 20 - Consulte Arte Consulte Arte - 21 calendário 22 - Consulte Arte Exposição Vazio Contido - Ricardo Rendón Abertura 17 de Agosto - Exposição De 19 de Agosto a 14 de Setembro de 2013 Zipper Galeria - Rua Estados Unidos, 1494 - SP De Segunda a Sexta - Das 10h às 19h / Sábado - Das 11h às 17h Ingresso: Entrada Gratuita Informações: www.zippergaleria.com.br Exposição Noites Brancas: Dostoiévski Ilustrado Até 29 de Setembro de 2013 Museu Lasar Segall - Rua Berta, 111 - SP De Quarta a Segunda - Das 11h às 19h Ingresso: Entrada Gratuita Informações: www.museusegall.org.br Exposição Balanços Meltdown – Tom Price De 17 de Agosto a 22 de Setembro de 2013 Conversa com o artista: 18 de Agosto - Das 10h às 11h MCB - Museu da Casa Brasileira - Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 - SP De Terça a Domingo - Das 10h às 18h Ingresso: R$ 4,00 / Domingo e Feriado Grátis Informações: www.mcb.org.br Exposição Força e Beleza De 06 a 30 de Agosto de 2013 Club Transatlântico – Espaço Galeria Rua José Guerra, 130 – Chácara Santo Antônio - SP De Segunda a Sexta - Das 9h às 22h (exceto feriado) Ingresso: Entrada Gratuita Informações: [email protected] Exposição Estrelas Errantes Até 15 de Setembro de 2013 MIS – Av. Europa 158 - SP Terça a Sexta - Das 12h às 21h / Sábado, Domingo e Feriado - Das 11h às 20h Ingresso: R$ 6,00 (inteira) - R$ 3,00 (meia) - Gratuito para menores de 5 anos Informações: www.mis-sp.org.br Exposição O Pensionato Artístico na República Velha Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2 - SP - Estação Luz do Metrô De Terça a Domingo - Das 10h às 17h30 / De Quinta - Das 10h às 22h Ingresso: R$ 6,00 (Pinacoteca) - R$ 3,00 (Estação Pinacoteca) Grátis das 18h às 22h Informações: (11) 3324-1000 Exposição Lucian Freud: Corpos e Rostos (Gravuras e Pinturas) Até 13 de Outubro de 2013 MASP (1º andar) - Av. Paulista, 1578 - SP De Terça a Domingo e Feriado - Das 10h às 18h / De Quinta - Das 10h às 20h Ingresso: R$ 15,00 - Grátis na Terça Informações: www.masp.art.br Exposição ‘Equivocábulos’ em SJC De 08 de Julho a 20 de Setembro de 2013 FAAP SJC - Av. Dr. Jorge Zarur, 650 - Serimbura - SP De Segunda a Sexta - Das 9h às 21h / Sábado - Das 9h às 17h Ingresso: Entrada Gratuita Informações: (12) 3925-6400 Exposição Perfuratrizes, Janor Vasconcelos Vernissage 11 de julho de 2013 - às 19h Exposição De 12 de Julho a 08 de Agosto de 2013 MuBE - Av. Europa, 218 - SP De Terça a Domingo - Das 10h às 19h Informações: [email protected] Exposição Mestres do Renascimento: Obras-primas italianas De 13 de Julho a 23 de Setembro de 2013 CCBB SP - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - SP De Segunda a Sexta - Das 7h às 22h / Sábado e Domingo - Das 8h às 22h Terça não abre Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652 Exposição Mitologias Por Procuração Curadoria: Kiki Mazzucchelli e Maria do Carmo Pontes Até 15 de Setembro de 2013 Museu de Arte Moderna de São Paulo (Sala Paulo Figueiredo) Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3) - SP De Terça a Domingo - Das 10h às 17h30 Ingresso: R$ 6,00 Informações: www.mam.org.br Exposição Tautorama - Artista Ana Tavares Até 15 de Setembro de 2013 Paço das Artes - Av. da Universidade, nº 01 - Cidade Universitária - SP De Segunda a Sexta - Das 11h30 às 19h De Sábado, Domingo e Feriado - Das 12h30 às 17h30 Ingresso: Entrada Gratuita Informações: www.pacodasartes.org.br Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores. Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores. Consulte Arte - 23 fotos: revista consulte 46 N a próxima visita a uma exposição de arte, observe as assinaturas. Se encontrar o nome Bayón na base de uma obra, deixe-se envolver pelo equilíbrio dos detalhes, da mistura dos materiais, nas proporções calculadas e detalhes coerentes. Mesmo que a linguagem principal seja abstrata, seu trabalho consegue nos conduzir a uma mensagem figurativa, induzindo ao reconhecimento de conceitos inesperados. Porque o trabalho de Luis Bayón Torres é inesquecível, mesclado pela combinação dos opostos. Simplicidade e sofisticação, delicadeza e vigor, estética e técnica ressaltam uma coerência escultural. Certamente, a sensibilidade na observação conduzirá o espectador a muitos questionamentos: “Como um artista consegue alcançar tal precisão nas formas?” Dúvida fácil de responder. Desde seu primeiro contato com a escultura, Bayón estudou muito. Assumiu com coragem seus próprios projetos, experimentou materiais e técnicas fora do comum, e ao poucos seu trabalho o conduziu a duas vertentes: arte e didática. casal espacial - aço carbono pintado - 150 x 30 x 30 cm luis bayón torres jamais deixará de ser... o mestre por silvana baierl 24 - Consulte Arte red king - feita em aço carbono pintado possui um pedestal - com medidas 130 x 30 x 34 cm excêntrica - feita em aço carbono pintado com o pedestal mede 183 x 82 x 32 cm Consulte Arte - 25 escultura faz parte do acervo do museu da assembleia legislativa de são paulo - sp luis bayón torres malabarista - madeira e aço pintado 101 x 33 x 49 cm vela ao vento - mármore branco 87 x 55 x 42 cm fênix mármore branco 30 x 101 x 12 cm 26 - Consulte Arte Aprendizado Constante Um dos poucos escultores, no Brasil, com empatia e capacidade para trabalhar com o mármore, Bayón iniciou sua formação em São Paulo/SP. O interesse pela escultura começou já na faculdade, enquanto participava das aulas do escultor Nicolas Vlavianos. Nessa ocasião, criou as primeiras peças em ferro e inox. Nascido em Barcelona/Espanha, chegou ao Brasil aos 10 anos, junto com seus pais. Instalado na capital, manteve uma conexão com sua terra natal, onde permaneceu por longos períodos, complementando seus estudos, até especializar-se em escultura pela Universidade de Barcelona. Além do convívio com Nicolas Vlavianos, teve outras grandes referências, como Franklin, W. Rinaldo, na Suíça; e Mariano Andrés Villela, na Espanha. Formou-se em Artes Plásticas na FAAP, e complementou seus conhecimentos com cursos de especialização na ECA/USP e Facultat de Bellas Arts de Barcelona. Mas sempre retornava ao Brasil, onde finalmente se naturalizou e fixou residência. Luis Bayón Torres dedicou toda sua vida à arte-educação. Ministra aulas para crianças e adolescentes, em faculdades e escolas públicas. Desenvolveu um curso completo de Escultura Contemporânea para iniciantes ou artistas experientes. E recentemente assumiu um projeto para alunos da melhor idade, além de ser professor de escultura na Escola de Belas Artes e no MuBe-Museu Brasileiro de Escultura . “Gosto de dar aulas. Gosto do aprendizado que os alunos também me proporcionam”, afirma. Da convivência diária com a arte, Bayón se transformou no que podemos chamar de “escultor do equilíbrio”. Em toda sua carreira, montou quatro exposições individuais, todas em São Paulo. Entre as coletivas, a quantidade é extensa, incluindo participações em todo o Brasil, obras em acervos de coleções particulares, no Museu da Assembléia Legislativa de São Paulo, em universidades e no Museu do Banco do Estado de São Paulo - Banespa. Mereceu primeiro lugar no II Concurso de Artes Plásticas da Galeria Mali Villas Boas, e participou de outros importantes salões brasileiros. Como professor, conseguiu construir uma carreira completa, sem afetar sua personalidade de escultor e sua curiosidade sobre novos conhecimentos. Cada obra vislumbra o cuidado do artista em harmonizar diferentes elementos e cores. A contemporaneidade de seu estilo deixa submergir sua liberdade de criação, o contraste entre pre- to e branco, forma e equilíbrio, curvas e retas. Seu senso prático, sua dedicação e experiência como mestre da escultura são perceptíveis na simetria da obra. Há uma identidade fascinante em tudo o que Bayón toca: madeira, pedra, ferro e aço transformados em emoção. A seu ver, o mais importante na escultura é o equilíbrio proposto pela composição do objeto. E para chegar a um resultado satisfatório, ele permite que o material faça sua parte, cedendo ou resistindo às dobraduras, recortes e soldas, adequando-se à execução enfim. Adepto das cores, Bayón confessa que apesar da intimidade com o mármore, gosta de trabalhar com materiais que aceitam acabamentos. Não nega que em muitas situações trabalha o impacto. “Muitas vezes minha obra pode chocar o público. Mesmo assim, ela precisa ter uma função, uma harmonia e um senso estético”, defende. Para se entender a sua obra, é importante contemplar sua postura diante da arte escultórica, e deixar de lado sua dinâmica como professor. Se arte exige do artista um domínio sobre as muitas possibilidades que o material permite trabalhar, a escultura de Bayón é perfeita. Se a escultura, como ele tão bem defende, estará caminhando sempre lado a lado com a pintura, sua obra será eterna. Jamais deixará de ser figurativa, geométrica, orgânica ou abstrata. Jamais deixará de ser... momento intrínsico escultura em mármore branco 35,5 x 22 x 22 cm Consulte Arte - 27 Fotografia caderno de fotografias, exposições, feiras, livros, produtos curadoria fernando durão laços na fotografia de sheila oliveira A imagem da Madona, concebida no mundo ocidental há mais de dois mil anos, vem estimulando e provocando o poder criativo dos artistas que têm produzido obras nas mais diversas linguagens e técnicas , em sua maioria representações baseadas em interpretações religiosas das crenças, mitos e símbolos de cada era. A Madona é o link entre o homem mortal e seu Deus. A mãe de todos, cheia de compaixão, perdoa, consola e entende a dor, as paixões e a felicidade do ser humano. O conhecimento, as origens, o dogma, os mitos, a grande quantidade de símbolos e arquétipos difundidos, somados às novas tecnologias, envolveram e continuam envolvendo a enigmática Virgem Maria, como um protótipo de espiritualidade e perfeição entre as mulheres, a Virgem eleva-se acima da vida. Sheila Oliveira é uma artista-fotógrafa que com sua câmara digital, processos alternativos e intervenções visuais fez uma valiosa abordagem temática da Virgem Maria, deixando de lado as questões religiosas, aprofundando-se nos sentimentos maternais e destacando-os com exemplos de amor incondicional, construindo imagens que nos transmitem laços familiares. Um projeto muito pessoal, quase que confidencial, segundo Sheila, o resultado dessas imagens é um diário intimo sobre seus próprios questionamentos. fotos: revista consulte 52 A artista pesquisou muito sobre a união entre seus antepassados, viu e pode reviver momentos inspiradores resultantes de indivíduos que compõem uma família, suas características de personalidades, suas influências sobre seus descendentes e, especialmente, os relacionamentos entre si, os quais são parte instigante dos questionamentos dessa artista. Para esse projeto, foram fotografadas cinco mulheres: duas em período de gestação e três em período de amamentação de seus filhos, com o máximo de 12 meses de vida. dedicação - fotografia digital - 30 x 40 cm - 2009 28 - Consulte Arte infância - técnica mista - 20 x 20 cm - 2005 Consulte Arte - 29 FOTOGRAFIA sheila oliveira As imagens foram produzidas com câmara digital em estúdio, com cenários simples,no qual as mulheres e crianças vestiram trajes simples e reduzidos. Após a captação das imagens, os arquivos digitais sofreram interferências fotográficas através de edição de imagem com Photoshop, onde a artista criou arquivos em negativo com tamanho aproximado de 20 x 20 cm. Esses negativos também sofreram interferências manuais. A artista se apropriou de outro elemento desenhando sobre o negativo, construindo um novo que pode gerar outra dimensão. Concluindo o negativo, Sheila Oliveira aplicou o processo alternativo Marron Van Dyke sobre papel e tecidos. Em alguns trabalhos, interferiu aplicando aviamentos, muitos deles com valor de estimação das famílias das pessoas fotografadas. A artista Sheila Oliveira pretende dar continuidade a esse trabalho, vivenciando possivelmente novas sensações familiares. Pretende se aventurar nos momentos de intimidade feminina cheios de amor, esperança e espiritualidade, registrando esses relacionamentos marianos que toda mulher experimenta enquanto espera ou tem um filho. Sheila Oliveira com sensibilidade e muita criatividade consegue navegar nos laços familiares, transmitindo ao ana - marron van dyke sobre papel - 25 x 20 cm - 2007 observador momentos de intimidade entre mãe e filho, que podem ser lidos em suas imagens. A artista propõe um mergulho e uma reflexão ao verdadeiro sentido da vida. Sheila Oliveira Nasceu em São Paulo/SP, em 1968. Estudou Biblioteconomia e Fotografia, fez cursos de especialização em still life, área em que se dedica profissionalmente. Desde 1995, coordena o estúdio de fotografia Empório Fotográfico, especializado em fotografia de alimentos. Coordena oficinas de fotografia para adolescentes e terceira idade. Propõe, em seu trabalho, o descondicionamento do olhar por meio de interferências fotográficas, organizando doação - marron van dyke sobre papel - 40 x 30 cm - 2007 30 - Consulte Arte espera - técnica mista - marron van dyke sobre tecido, aviamentos - 22 x 19 cm - 2007 Consulte Arte - 31 FOTOGRAFIA sheila oliveira suas memórias, costurando idéias sobre o suporte fotografia. Participa da Associação de Artistas Plásticos de Colagem - ABAPC. Exposições Realizadas 2009 - Coletivas com ABAPC: • CARNAVAL MAM Caraguatatuba. • OVO DE PÁSCOA Companhia de Leitura - livraria e café. 2008 • VESTIDOS DE NOIVA TUCA - Metrô Vila Madalena. • CAIXAS DOS CORREIOS - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. • SOUTIEN TUCA Metrô Imigrantes. • LIVRO DE CABECEIRA Centro Cidadania da Mulher Santo Amaro -TUCA. 2007 • ORATÓRIOS Basílica Nossa Senhora da Penha 340 anos. • VESTES SAGRADAS Companhia de Leitura - livraria e café, Programação paralela à Feira de Arte, Cultura e Prevenção Largo do Arouche. • VESTES SAGRADAS Galeria Blue Life. pedro - fotografia digital - 20 x 20 cm - 2009 32 - Consulte Arte 2006 • O LIVRO DE CABECEIRA Casa das Rosas. • 100 ANOS DO 14 BIS Museu da Energia de São Paulo. • MENINOS DO BRASIL - II Edição Santander Banespa Saguão do Edifício Altino Arantes. 2005 • PARAPEITOS - O Soutién Aliança Francesa Metrô - Estação Sé. • DE SALTO ALTO Shopping Light. Destaques 2007 - Trabalho selecionado I Forum Latino Americano de Fotografia, participação em worshop do artista e fotógrafo Roberto Huarcaya. Pequenas Grandes Obras, exposição coletiva - Artista convidada pela Associação Profissional dos Artistas Plásticos de São Paulo - APAP-SP. Curadoria: Fernando Durão - SESC SANTANA. renovação - fotografia marron van dyke, corrosão de metal, colagem sobre madeira - 19 x 22 x 5 cm - 2007 Consulte Arte - 33 Participe da 2ª Edição do Livro consultearte Roteiro das Artes Plásticas • Inscrições abertas • Divulgue sua obra • Represente seu estado • Confira condições especiais Fone: (11) 3081-7575 [email protected] www.consultearte.com.br 34 - Consulte Arte Consulte Arte - 35 ARTES PLÁSTICAS juan muzzi O claro enigma da Arte de Juan Muzzi Certamente este relógio não marca mais as horas, se é que alguma vez o fez. O mostrador nos apresenta números fora de ordem, regidos pela gravidade acumulam-se na parte de baixo e, no alto, no ponto em que os ponteiros se encontrarão o símbolo do infinito. O tempo deixou de existir e não pode ser assinalado. E a multidão, figuras alongadas e sem rosto, que ocupa todo o espaço da tela e fisicamente a transcende, nos diz claramente que esta pintura é um recorte da vida cotidiana. Aqui o infinito não é senão sinônimo do anonimato inominável. Em outras telas também esta multidão invade o espaço, anônima, indiferenciada, sem indivíduos. E os mostradores de outros relógios, também eles, desistiram da definição. Neste dia de pesadelo não existe o sol e a lua. Nada, além da insensatez. A natureza morta, objetos e figuras sobre uma mesa, mapa do mundo, objetividade dividida em espaços geométricos, enumera minuciosamente situações contingentes e simbólicas: utensílios, alimentos, pássaros ancestrais, escrituras que esperamos sagradas em livros de mistérios, o primeiro casal, o sol de raios luminosos, memórias de 36 - Consulte Arte pinturas de mestres como Torres-García, Mondrian e Alfredo Volpi, ampulhetas, a balança da justiça, a chave de um perdido paraíso, código de barras, peixes espirituais da nova era e, aqui e acolá, a iluminação que se insinua. Cartografia do ciclo de chumbo. E multidões de seres idênticos e coisificados em esforços inúteis, diante de escadas, paredes e bibliotecas destroçadas. Planos ascendentes e descendentes, ambos conduzindo a lugar algum. Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2011 Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2011 Há um enigma na obra de Juan Muzzi. Esta é uma pintura de extrema visualidade, de absoluta visualidade, inteiramente construída. Nada há fora dela. Esta pintura, que ocupa totalmente o espaço, pressupõe um artista de olhar voraz, um artista que tudo percebe, um olhar que tudo vê. Mas o que vê este olhar se em nenhuma destas pinturas encontramos algo reconhecível, do mundo convencionalmente reconhecível? Nenhum ser humano, paisagem alguma, uma flor que seja. Este olhar voraz tudo recolhe do não visível, do pressentido. A fluidez, o rumo constante, a marcha absoluta, o atemporal, o fluir das águas. Extremamente atual na sua angústia, a arte de Juan Muzzi aproxima-se, na sua percepção, do ancestral, do olhar de Tirésias, o cego que tudo vê. Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2011 Consulte Arte - 37 ARTES PLÁSTICAS Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2012 Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2012 O acúmulo de materiais, as multidões, o excesso e a falta na sociedade industrial, o código de barra definindo produtos. A preocupação do tempo da vida, os relógios que não marcam as horas, o esvair da existência. O tempo enlouquecido, indiferenciado, para sempre perdido. Os ritmos da pintura, o martelar constante, o caráter musical da repetição, a pontuação da pincelada, o uso pictórico das cores primárias. A busca de símbolos e o percurso do entendimento. A arte para Juan Muzzi é um exercício para a descoberta de sua própria natureza. Uma arte narrativa que procura no fluir a emergência de sentimentos e significados. Signos e símbolos. É um árduo processo no qual o artista, imerso no tempo sagrado, faz o paradoxal inventário do contingente. Ritmos sequências na busca da identidade. Jacob Klintowitz 38 - Consulte Arte Sem título A/S/T 80 x 100 cm 2012 Contato: [email protected] www.juanmuzzi.com.br Consulte Arte - 39 ARTES PLÁSTICAS Engenho Dois Irmãos O/S/T 80 x 110 cm 2004 Faz parte do acervo do Aeroporto Internacional de Alagoas. tania de maya Festa de São João O/S/T 70 x 50 cm 2003 Engenho Zumbi O/S/T 200 x 170 cm 2004 Tânia de Maya Pedrosa é pintora e colecionadora de obras que relatam a cultura popular brasileira, seus quadros são inspirados nos romeiros de Padre Cícero, folguedos, pastoril, cavalhadas e outros. Desde garota, sente admiração por essa arte que resgata a tradição do nosso povo. Mulher de personalidade forte, Tânia de Maya possui quadros de sua autoria publicados em livros, revistas e museus nacionais e internacionais. Algumas de suas peças estão expostas no Museu Mian/RJ (Internacional de Arte Naifs), Museu do Sol/SP, Museu Sesc Piracicaba/SP, Museu Lagaasse no Sul da França, além de colecionadores renomados como Lucien Filkentein. Dona de um talento invejável na pintura Naif, foi bicampeã da Bienal “Naifs do Brasil”, realizado pelo Sesc Piracicaba/SP. Tânia é formada em Direito e tem especialização na área. É artista autodidata e tem diploma de crítica de arte pela Faculdade Federal do Rio de Janeiro. Possui um vasto currículo em cursos de arte, tanto aqui no Brasil como na Europa, assim como o realizado no Museu Reina Sofia, em Madri/França, e em viagens a Europa. Gosta de ler, ir a teatros, concertos, recitais e museus. (Patrícia Melro) Casamento na Roça O/S/T 80 x 100 cm Sem Data Além de todas as premiações que Tânia já recebeu, também recebeu diploma no 33º Concurso Internacional, na Suíça. Dentro da categoria “Art Brut, singulier et insolite”. 40 - Consulte Arte Contato: [email protected] Consulte Arte - 41 ARTES PLÁSTICAS maria enid Maria Enid Penteado Buschinelli é uma pintora autodidata. Muito do que faz aprendeu sozinha, observando e sentindo o mundo a sua volta. Seu trabalho enfatiza seus sentimentos com precisão. As mágicas pinceladas sobre a brancura da tela vão reproduzindo serenamente seu prazer em pintar o melhor da vida. E sem perceber, a artista começou a buscar a perfeição, ao retratar pequenos detalhes: a dobra de uma toalha sobre a mesa, as fissuras de uma renda branca, os infinitos tons esverdeados das folhagens, casarios coloniais, os reflexos na água e as expressões de rostos. Pinturas perenes, em óleo sobre tela, distribuídas em muitos salões e exposições de arte. A obra de Maria Enid integrou a Art Expo Las Vegas 2008, em Las Vegas, e da Colours of Brazil – Ward Nasse Gallery, em Nova York, ambas nos Estados Unidos. Participou do I Salão de Belas Artes de São Paulo, realizada pela Secretaria de Estado da Cultura. Esteve no VII Salão Comemorativo São Paulo 453 Anos e no VII Salão Universo Feminino, promovido no Mercado Municipal de São Paulo. Nascida em Rio Claro/SP, a carreira de pintora começou na infância, quando seus professores notaram sua habilidade com o desenho. Aos poucos foi assimilando técnicas de luz e sombra, e aprendeu a dominar a perspectiva. Especializou-se em figurativo realista, e suas pinturas abrem diante de nós horizontes poucas vezes valorizados em nosso dia-a-dia. Na vegetação densa em torno de um rio, um chalé isolado nas montanhas, Flores Lilás O/S/T 40 x 50 cm 2013 as panelas descansando sobre o forno de lenha, cuja textura do alumínio amassado Maria Enid faz questão de demonstrar em realismo inquestionável. “Gosto de sentir o material, analisar do que é feito, e reproduzir através da pintura a visão intocável do que é real”, defende. E desta atitude louvável e irredutível, Maria Enid consegue nos vislumbrar com realismo a transparência do vidro, os detalhes de dezenas de flores do campo ou o vapor da água em ebulição. Porque todos os movimentos vivos, toda natureza morta e os pequenos detalhes de uma janela aberta inspiram esta artista que humildemente confessa: “Ainda tenho muito que aprender”. Ao longo de sua carreira artística participou de várias exposições, entre elas: Esposição Coletiva na Galeria Nelson Penteado de Andrade - Edifício da Prodesan - Santos - 2011; IX Anuário Brasileiro de Artes Plásticas Consulte - Editora Roma - São Paulo - 2010; Casa Cor - São Paulo 2009; Painel de Pinturas Unesp - 2012. Participou, também, de exposições em Portugal, Paris e Nova Iorque. 42 - Consulte Arte Flores de Mata Atlântica O/S/T 70 x 100 cm 2013 Marina de Pescadores O/S/T e Papel de Seda Amassado 80 x 75 cm 2013 Contato: [email protected] Recebeu o prêmio de 2º lugar no Anuário Brasileiro de Artes Plásticas Consulte - 2010. Consulte Arte - 43 theresa ARTES PLÁSTICAS silva Theresa Silva é natural de Boa Esperança, MG - é artista plástica, formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora - MG. Sua pintura nasce da combinação de cores e texturas que ficam no limite entre a abstração e o figurativo. A artista usa a dualidade, esta com consciência do território que a pintura ocupa. É possível sentir os ecos da arte moderna aliada ao contemporâneo com produção numa época em que todas as transgressões são possíveis. Em seu trabalho, acrescenta e subtrai elementos valendo-se de uma maneira pessoal de observar e fazer um trabalho colorido e intrigante, que chama atenção pela sua composição. Exposições relevantes: Galeria Espaço Mascarenhas – JF, Caixa Econômica Federal em Juiz de Fora; Palácio das Artes Belo Horizonte – MG; Radium Clube Dorense em Boa Esperança – MG; II Salão de Artes Plásticas Internacional da Mulher no Centro Cultural da Marinha – SP. Anjo Azul A/S/T 100 x 70 cm 2012 Paixão Técnica Mista 120 X 80 cm 2013 Sombras Técnica Mista 70 X 120 cm 2013 44 - Consulte Arte Geométrico Técnica Mista (acrílica, textura e pó de mármore) 90 x 160 cm 2012 Contato: [email protected] Consulte Arte - 45 ARTES PLÁSTICAS nilda parisi Membro correspondente da Academia Ribeirãopretana de Letras. Proprietária e professora do Atelier João de Barro, em Monte Santo de Minas (MG), onde promove anualmente exposições com telas em acrílico, óleo, aquarelas, porcelanas, jatos de areia e pintura em ovos de avestruz. Trabalhou como professora primária e colaborou com jornais das cidades de Cássia (MG), São Sebastião do Paraíso e Monte Santo de Minas, com crônicas e poesias. Estudou piano e acordeon. Possui certificado do Curso “Didática do Piano e Estética Música” Autora do livro “Uma Caneta e um Coração” – Poesias - 2004. Participação em coletâneas – Editora Paulista e Del’Secchi. Colaboradora da Edição Comemorativa Del’Secchi (10 anos) no livro Antologia Literária Internacional – 15 – Rio de Janeiro – 2005 e Antologia Literária Internacional – 17 - 2007. Iniciou-se em Artes Plásticas com a pintora italiana Irmã Píer Antonia. Buscou aprimorar sua arte percorrendo museus de várias partes do mundo (Inglaterra, Escócia, Espanha, Canadá, EUA). Em Nova York visitou o Metropolitam e o MoMA (Museu de Arte Moderna) do qual se tornou membership. Charme Colorido Jato de Areia em Garrafas Pintadas a Óleo e Dimensional 2011 Elegância Óleo e Dimensional sobre Garrafa 2012 Estilo Vitral Dimensinal sobre Garrafa 2012 Charme em Rosa Jato, Óleo e Dimensional sobre Garrafa 2013 Participou de exposições como: Exposição Coletiva de Artes no Museu Casa de Portinari (Brodowski – 1988); Participou do Salão Nobre da Associação Atlética Banco do Brasil (Campinas – SP – 1988); Certificado de Mérito Artístico nos IV e VI Salão de Artes Visuais – São Sebastião do Paraíso; Medalha de Bronze no III Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (1988); Primeiro Concurso Nacional de Pintura de Ovos de Avestruz (Pé Forte) no qual ficou em 4º lugar (2004); Exposição Bodas de Prata do Atelier João de Barro (2009); Exposição Anuário Consulte (Edif. Villa-Lobos – São Paulo) Troféu Especial (2010). Participou também dos Volumes VI e IX do Anuário Brasileiro de Artes Plásticas Consulte. Percorreu Museus de Chicago, Londres, Escócia, Madri e Canadá, sempre procurando aprender mais e transmitir às suas alunas. Participou da primeira edição do livro Consulte Arte – Roteiro das Artes Plásticas (Minas Gerais – 2012). Contato: [email protected] Consulte Arte - 47 mara patriani Natural de São Paulo, formou-se em Educação Artística pela UNG (Universidade de Guarulhos) em 1986. Alguns anos depois, em Manaus, fez pós-graduação na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), no curso de Tecnologia e Multimídia em Arte. Mudou-se para Manaus em 1997, e inspirada pelas belezas naturais da Amazônia, redescobriu sua pintura com muita intensidade, através das cores afinadas em linhas e formas geometrizadas, retratando temas variados da natureza e do cotidiano, com uma interpretação contemporânea e poética. Participou de várias exposições, tendo o apoio da Fundação Villa Lobos para exposição de seu projeto “Pixeladas”, que une as pinceladas à mão com intervenções digitais. Coletiva, Semana do Livro, Literatus – Manaus, 2011; Exposição Individual, Mostra Cultural, Literatus – Manaus, 2010; III Exposição Nacional de Artes Plásticas do Forte de Copacabana, Coletiva - RJ/2008; Exposição “Carnaval”, Coletiva – São Paulo/2007; Exposição “Novos Talentos”, no Memorial da América Latina, Coletiva - São Paulo/2006; Exposição Individual “Pixeladas Pinceladas em Pixels”, na Aliança Francesa - São Paulo/2005; Exposição Individual “Pixeladas - Pinceladas em Pixels”, no Amazonas Shopping, com o apoio da Fundação Villa Lobos Manaus/2005; Exposição “Abstraindo II”, na Galeria Mali Villas Bôas, Coletiva - São Paulo/2005; Salão “Manaus Marinha”, Coletiva – Manaus/2004; Exposição Itinerante de Quadros das Galerias IM Art’s, Convidada – Manaus/2004; IV e V Salão de Artes “Novos Talentos”, no ICBEU, Coletiva – Manaus/2004-2003; Exposição Individual “Perfil”, no “Clave de Sol” Piano Bar- Manaus/2003. ARTES PLÁSTICAS Gotas A/S/T 100 x 80 cm 2013 Também atua como Arte-educadora em escolas de Manaus e em seu próprio atelier, trabalhando com alunos de várias faixas etárias. Para ela, o processo criativo de sua arte é tão prazeroso e gratificante quanto a evolução do aprendizado e criatividade de seus alunos. Cores O/S/T 80 x 60 cm 2013 48 - Consulte Arte Seu estilo é moderno e as técnicas que utiliza são óleo e acrílico sobre tela. Participou da primeira edição do livro Consulte Arte – Roteiro das Artes Plásticas – 2012, recebendo o prêmio “Revelação ConsulteArte”. Entre as exposições que participou estão: Exposição Boto-Rosa A/S/T 70 x 100 cm 2005 Contato: [email protected] Consulte Arte - 49 ARTES PLÁSTICAS nízia motti Rochosas A/S/C 52,5 x 66,5 cm Ao adquirir intimidade com as matérias-primas principais de seu trabalho, usando óleo, pastel e acrílico, lhe ocorreu a idéia de misturá-las. E foi a partir de um experimento inovador que a obra de Nizia Motti ganhou projeção. Hoje é ela uma das poucas artistas a produzir pinturas acrílicas com efeitos idênticos ao óleo: “É praticamente impossível perceber a diferença”, afirma. Outra característica de seu trabalho é a preparação dos efeitos coloridos inesperados. A artista jamais utiliza cores puras, preferindo as misturas e as variações de tonalidades. Para completar, Nizia Motti possui senso crítico apurado, que contribui com a finalização da obra. Se a pintura não lhe agrada, tudo é raspado, desfeito ou refeito, gerando uma tela repleta de camadas sobrepostas. “São imagens renascidas do inconsciente. O que penso, transfiro para a tela de uma forma dinâmica, que se aprimora durante o processo”. Scorpion A/S/C 52,5 x 66,5 cm Flores e pedras são os temas mais intensos, e que provocam reações de medo e atração, paixão e repulsa, ódio e amor, fruto de um despertar da psicóloga, mas interpretada pela artista de maneira impecável, sem nenhum temor. A pintura de Nizia Motti é repleta de antagonismos. Enaltece a fragilidade das flores e a dureza das pedras. Flui em cores difusas, solidificadas pela mistura de tintas, com pinceladas espessas, estabelecendo uma textura densa, de grossas camadas, rústica e sólida. Arte que nos instiga a curiosidade de saber de onde vem essa força de uma mulher que, apesar de ser psicóloga, decidiu dedicar-se à pintura por mero prazer. Nizia Motti nos encanta com tudo o que é belo. Favorecida por uma visão de artista, é capaz de detectar a beleza em tudo que vê, em tudo que sente e em tudo que a cerca. 50 - Consulte Arte Estudou pintura com Pedro Augusto Monteiro, seu grande mestre por duas décadas. Cursou a Escola Guignard, em Belo Horizonte/MG, além de vários cursos livres. Em sua humildade de aprendiz, Nizia Motti venceu obstáculos e adotou a pintura como hobby. Sem dúvida, estamos diante de uma obra de louvor à Arte Brasileira, hoje despontando em grandes espaços, como a Galeria de Arte Banco do Brasil, Galeria de Arte da Maçonaria e, recentemente, na Galeria La Pinema, em Roma/Itália. Contato: [email protected] [email protected] Sem Título Acrílica sobre Cartão Montado 53,5 x 66,5 cm Consulte Arte - 51 ARTES PLÁSTICAS SANDRA KUCHNIR Admira muito grandes pintores impressionistas, como Claude Monet, Renoir, Degas e do estilo barroco e renascentista. A maioria de pintores desse período eram gênios, utilizavam técnicas de desenho e se dedicavam integralmente à arte. Tem um grande fascínio por obras deste período. CARVALHO Formada em Administração de Empresas, pós graduada em Gestão de Pessoas, autodidata na pintura. Descobriu o seu dom para as artes ainda criança, mas inicialmente pintava em tecido. Iniciou a pintura em tela apenas aos 23 anos, como hobby, mas se apaixonou completamente e não parou mais de pintar, e seguindo como profissão, conciliando com sua outra atividade. Durante esses anos, tem conciliado as duas profissões, mesmo que pareçam tão distintas, mas sempre esteve voltada à arte. Sandra acredita que sua inspiração vem da vida, de tudo que é belo, da natureza incrível que temos, da leveza e delicadeza das coisas. Chimarrão O/S/T 60 x 80 cm Sem Data A técnica que utiliza é a óleo sobre tela, com temas principalmente voltados à natureza, com paisagens, animais, flores, procura dar vida às suas obras. Muito perfeccionista, tenta dar o máximo de realidade à obra. Apesar de fazer também trabalhos abstratos, natureza morta, entre outros. Depende do momento em que está, do que vivencia. Desde as primeiras obras, as ideias sempre surgem de algo que gosta e admira. Às vezes lhe pedem um tema específico e então cria de acordo com seu conhecimento, sua percepção. A ideia vem muito natural, às vezes passa um período observando pássaros, flores, lugares, e depois transfere tudo para a tela. Em alguns casos fotografa, em outros faz rascunhos com desenhos. Então faz o desenho na tela. É um processo muito natural, a criação. Algumas vezes rápido, outras mais demorado, é de acordo com a inspiração. Pode fazer uma obra em um dia, como pode demorar um mês ou mais em outra. Depende muito dos detalhes de cada obra. Procura dar o máximo de realidade. A exposição mais relevante que realizou foi em Dubai, através da Galeria Abaporu, em 2010, na qual enviou quatro obras. Família na Fazenda O/S/T 50 x 70 cm 2007 52 - Consulte Arte Camelos no Deserto O/S/T 80 x 100 cm 2010 Contato: [email protected] Neste momento da sua vida, vai deixar sua profissão de administradora um pouco em 2º plano, e se dedicar mais à arte. Sente essa necessidade. Consulte Arte - 53 ARTES PLÁSTICAS maollí Maria Amélia Campos de Oliveira, ou simplesmente Maolli, no mundo das artes. Formada em Administração de empresas e comércio exterior, sempre manteve na paralela uma formação artística, que a levou a se dedicar ao desenho, a dança e a música clássica. Amadurecendo este aprendizado viu desabrochar uma criatividade, já latente, e foi aprimorando este dom, dedicando grande parte de seu tempo a estudo de novas técnicas e criando novas obras. No presente momento, desenvolve um trabalho onde explora o tema de tradições folclóricas brasileiras, utilizando técnicas como pastel sobre tela, óleo, acrílico e aquarela, utilizando ainda hoje a técnica do espatulado. Com novos interesses, desenvolve um trabalho contemporâneo, onde a colagem é aplicada no desenvolvimento de um trabalho colorido, trazendo do imaginário figuras e linhas que permitem visualizar temas muito pessoais em sua criatividade. ARTES PLÁSTICAS lenice Entre as exposições de mais destaque estão: XII Mostra de Artistas Brasileiros – Galeria la Pigna (Roma – Itália); Coletiva de Artistas Brasileiros – Castelo de Vide – do Centro Municipal de Cultura (Portugal); Comemoração da Semana de 22 – Museu de Arte Moderna – MAM (São Paulo); New Circle International Art (Flórida – Estados Unidos). ferreira Em 2012 participou dos Salões de Artes Plásticas: XII Salão de Artes Plásticas da Escola Superior de Guerra; V Salão Nacional de Artes Plásticas da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra “Em Defesa e Valorização das Riquezas do Brasil”; 2ª Mostra de Artes da ABRAMMIL. Sem título O/S/T 100 x 120 cm 2012 Formada em artes plástica. Cursou História de Arte, Desenho e Pintura no Liceu de Artes e Ofício de São Paulo – SP, entre os anos de 1995 e 1997. Dama do Maracatu O/S/T 100 x 100 cm 2012 54 - Consulte Arte Dom Quixote na Caatinga Técnica Mista: Óleo e Pastel 120 x 80 cm 2012 Contato: [email protected] Sedução O/S/T 90 x 130 cm 2012 Contato: [email protected] Entre as exposições que realizou, estão: Exposição de Desenho Artístico - Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (1996); Salão do Silvio Romero – São Paulo (1997); Amostras no Exterior - Santa Cruz de Tenerife – Islãs Canárias – Espanha – Buzanadas (1999); Exposição São Paulo 2007 - Atelier Artes (2009); Salto Agulha - Grande Galeria do Memorial da Cultura (2010); 3º, 4ª, 5º, 7º, 10º, 11º, 12º e 13º edições do Festival de Inverno de Bonito. Consulte Arte - 55 ARTES PLÁSTICAS ARTES PLÁSTICAS marina andré braghetto galeazzo Casal de Bailarinos Escultura em Bronze 45 x 18 cm Marina Zamboni Braghetto natural de Batatais. Formada pela Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto. Presidente da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto – ALARP – 2011/2012, ocupa a cadeira nº 13. Presidente da Associação dos Amigos do Museu de Artes de Ribeirão Preto – AAMARP. Coordenadora Nacional de Artes do Proyecto Cultural SUR. Algumas das premiações que recebeu: III Salão Ararense de Artes Plásticas Araras/SP – medalha de prata, Salão de Abril de Franca/SP – medalha de prata, V Salão de Artes Plásticas de Araraquara/SP – medalha de prata, I Salão de Artes Plásticas de Mococa/SP – medalha de prata, II Salão Brasil Nova Era de Artes Plástica – menção honrosa, União Nacional dos Artistas Plásticos - Prêmio Michelangelo, Honra ao Mérito, X Salão Nacional de Artes Plásticas PCSUR – Brasília/DF, XXXIII Salão Nacional de Artes Plásticas Alberto Santos Dumont São Paulo/SP – medalha de ouro, I Salão Internacional de Artes Plásticas Havana/Cuba – 1º lugar, Exposição Coletiva Barcelona/Espanha, menção honrosa, Diploma de Honra ao Mérito de Escultura “El Circulo De La Critica Internacional para las Artes Plasticas de América Latina” – Canadá/ Vancouver, Participou do III e VIII Salão de Artes de Ribeirão Preto – SARP. Nascido e criado em São Caetano do Sul - SP, André tem como primeira lembrança uma caneta em suas mãos e um sofá todo riscado, para orgulho/desespero de seus pais. Com o passar do tempo (e das broncas), estabeleceu uma grande e duradoura amizade com blocos de papel sulfite e canetinhas, que lhe ajudavam a mostrar para os outros o mundo como ele o enxergava. Hoje, profundamente inspirado pelo rock’n’roll, cinema, quadrinhos, literatura e arte em geral, procura não só a realizar no papel a essas suas visões, mas também ajudar o público a enxergar sob um filtro mais lúdico e criativo tudo que nos cerca: pessoas, paisagens, comportamentos, intervenções urbanas, personagens corporativos, objetos do cotidiano, animais e o que mais capturar a sua imaginação. Carrega sobre seus ombros um imenso baú de influências, dentro do qual velhos conhecidos dividem espaço com um certo conforto: da Pop Art a Jackson Pollock, de Salvador Dali à Art Noveau, sem falar em tudo que as viagens, os livros e a música lhe ensinaram desde a infância. Todos foram fundamentais para que ele se tornasse o que é hoje e principalmente para o que se tornará amanhã. Santo Caneta Posca em Papel 38 x 30 cm “Ao analisar e interiorizar o significado de cada um de seus trabalhos, seja em pedra sabão, bronze, ferro, alumínio ou acrílico, o aparecimento desnudo da alma da artista nos leva numa realidade mágica extremamente gratificante”. Bassano Vaccarini (Pintor e Escultor) Jovem Escultura em Bronze 13 x 17 cm “Na leveza das asas imensuráveis de seus pássaros de metal, na textura doce da pedra sabão, no gesto em branco para sempre eternizado podemos sentir a mente incansável da artista. Em constante busca pelo essencial, pelo afeto primitivo, suas peças a religam ao mundo sensível, à natureza, aos perfumes e sensações que nos escapam. As mãos que dobram, forjam, esculpem a matéria nos doam novas formas de interpretar o mundo, de ver o impossível, de tocar o imponderável e de sentir que a arte não está, ela simplesmente é”. 56 - Consulte Arte Contato: [email protected] www.facebook.com/marinabraghetto Hooligan Apaixonado Acrílica Aquarelada Sobre Tela 64 x 52 cm Contato: [email protected] www.andregaleazzo.com.br Consulte Arte - 57 O melhor para os artistas R. Cotoxó, 110 - SP - Tel. 11-3873-0099 R. Groenlândia, 77 - SP - Tel. 11-3885-5143 Av. Angélica, 1.900 - SP - Tel. 11-3661-9685 www.pintar.com.br 58 - Consulte Arte