conferencia internacional sobre mgf, madrid 5-6 de
Transcrição
conferencia internacional sobre mgf, madrid 5-6 de
CONFERENCIA SUBREGIONAL SOBRE A DIMENSÃO TRANSFRONTEIRIÇA DA MGF SALy, 30/05-01/06/16 HISTORIAL DA PRATICA DE E/MGF Cada segundo que passa uma menina/jovem rapariga é excisada no mundo. A origem destas práticas provém de muitos e muitos séculos. HISTORIAL DA PRATICA DE E/MGF Presume-se que cerca de 2 a 3 milhões de crianças /jovens raparigas correm o risco todos os anos de serem excisadas. Essas vítimas encontram-se espalhadas um pouco por todo lado no mundo entre eles a Guiné-Bissau. ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU • APÓS A CRIAÇAO EM NOVEMBRO DE 1996 DO COMITÉ NACIONAL PARA O ABANDONO DAS PRATICAS NEFASTAS, FAZENDO PARTE DELA VARIAS ONGs E INETITUIÇOES PUBLICAS QUE TRABALHAM NO DOMINIO DA PROMOÇAO E PROTECÇAO DOS DIREITOS DAS MULHERES E DAS CRIANÇAS, • FORAM REALIZADAS VARIAS ACÇOES DE INFORMAÇAO, EDUCAAO E SENSIBILIZAÇAO DAS COMUNIDADES EM GERAL E MUITO PARTICULARMENTE DAS COMUNIDADES PRATICANTES SOBRE AS CONSEQUENCIAS DESTA PRATICA E DAS NECESSIDADES DO SEU ABANDONO ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU EM 2010, DECIDIU-SE A ELABORAÇAO DE UMA ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, ASSENTE NO RESPEITO PELOS DIREITOS HUMANOS COM A PARTICIPAÇAO DE TODOS OS ACTORES QUE TRABALHAM NO DOMÍNIO. ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU • ENGAJAMENTO DO GOVERNO CONDUZIU-NOS A ELABORAÇAO DE UM ANTEPROJECTO DE LEI INTERDITANDO A PRATICA DE E/MGF NO PAÍS, • DISCUSSAO E DEBATE DO ANTE PROJECTO A NIVEL NACIONAL COM A PARTICIPAÇAO DA SOCIEDADE CIVIL, DAS COMUNIDADES PRATICANTES, DEPUTADOS DA NAÇAO NOS SEUS CIRCULOS ELEITORAIS E COM OS LIDERES TRADICIONAIS E RELIGIOSOS ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU EM 6 DE FEVEREIRO DE 2013, MAIS DE 200 LIDERES RELIGIOSOS ISLAMICOS, ENTRE ELES IMAMES E PROFESSORES CORÂNICOS ADOTARAM FATWA, REAFIRMANDO QUE A PRATICA NÃO É UMA RECOMENDAÇAO CORANICA ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU • Como a maior justificação para a continuidade da pratica na GB são motivos religiosos. • Foram produzidos manuais de formação sobre as consequências da pratica. • Foi criada uma rede nacional de lideres religiosos para o combate dessa pratica ESTRATEGIA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF, GUINÉBISSAU • Da mesma forma tendo algumas fanatecas ganhado a consciência sobre as consequências desta pratica • Estão reunidas numa rede nacional para o combate da mesma e onde entre elas algumas são hoje animadoras participando nas suas comunidades em acções de informação e sensibilização para o abandono dessa pratica ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Foram realizadas várias acções de informação e sensibilização das comunidades de uma maneira geral, muito particularmente, as comunidades praticantes com vista a diminuir a prática da E/MGF no país • Realizaram-se acções de formação dos líderes tradicionais e religiosos, formação dos técnicos das organizações da sociedade civil, bem como, a formação dirigida as mulheres lideres de opinião nas comunidades e das próprias fanatecas assim como aos técnicos da saúde pública e dos agentes de comunicação social ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • As mesmas acções de informação e de sensibilização também são feitas nas escolas das comunidades beneficiarias das intervenções • No ano 2012 iniciou-se um programa piloto sobre a introdução dos aspectos ligados a pratica no currículo escolar ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • No ano 2014, foram iniciadas a nível das escolas do ensino secundário e superior palestras destinadas a aumentar o conhecimento da camada juvenil em relação a pratica da E/MGF • No decurso do mesmo ano, 418 professores do ensino secundário das diferentes regiões do País beneficiaram de formações sobre as consequências desta pratica na saúde. ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • No ano 2013, iniciou-se em vários níveis a formação para os técnicos e agentes de saúde sobre as consequências desta pratica. ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Foi introduzido no currículo de formação dos técnicos de saúde aspectos relacionados com a pratica como forma dos mesmos poderem saber lidar com os casos que lhes chegam ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • A formação de um grande numero de jornalistas dos diferentes órgãos de comunicação social, das associações juvenis que permitiram a abordagem da temática nos programas radiofónicos sem grandes constrangimentos ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Uma das maiores respostas a nível nacional foi a adopção de uma legislação que criminaliza a pratica e que já conduziu alguns casos a justiça e com sentença • Nesse domínio realizou-se formações destinados aos Magistrados em geral, a Policia judiciaria e a Policia de Ordem Pública sobre a aplicação dos instrumentos jurídicos relacionados com os direitos das mulheres e crianças, onde o maior realce foi para a pratica de E/MGF ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Do ano 2008-2012, 39 comunidades das regiões de Oio, Bafata e Gabu, beneficiaram de intervenções no quadro do programa conjunto UNFPA-UNICEF para o abandono da pratica de E/MGF, o que levou a declarações publicas de abandono de cerca de 158 comunidades daquelas 3 regiões, • Do ano 2011-2012, no quadro de uma campanha de informação e sensibilização das comunidades sobre os direitos humanos das mulheres, 80 comunidades das regiões de Tombali, Quinara, Biombo, Cacheu e SAB beneficiaram dessa campanha o que levou a declaração publica de abandono das praticas nefastas de 14 comunidades do sector de Cacine ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Neste momento, o UNICEF, através do programa conjunto esta a apoiar as intervenções junto das comunidades de 5 ONGs nacionais em 100 tabancas pertencentes as regiões de Oio, Gabu, Quinara, Tombali e Bolama Bijagós • A União Europeia o UNICEF, estao apoiar intervenções das ONGS nacionais num total de 40 comunidades das regiões de Gabu, Bafata e Bolama-Bijagós sobre os direitos humanos das meninas • A UNFPA, através do fundo do Instituto Camões, apoia intervenções de 2 ONGs nacionais em 24 comunidades das regioes de Oio, GABu e Tombali ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • O grupo Djinopi esta apoiar a intervenção no terreno de 3 ONGs nacionais intervindo num total de 40 comunidades nas regiões de Bafata, Oio e SAB, • A Plan Guiné-Bissau através de 3 ONGS nacionais apoiou intervenções em 40 comunidades das regiões de Bafata e Gabu durante 3 anos que já terminou, • A ONG Tostan, esta a intervir em 40 comunidades das regiões de Oio, Bafata e Gabu. ESTRATEGIA / RESPOSTA NACIONAL PARA O ABANDONO DA E/MGF • Existem 244 comunidades a beneficiarem de intervenções de combate as praticas nefastas com maior realce para as praticas de escolarização das meninas, casamento precoce e E/MGF, • Todas estas intervenções estão a ser acompanhadas por programas radiofónicos das diferentes rádios do Pais, desde a nacional e as comunitárias em línguas locais ESTRATEGIA / RESULTADOS PARA O ABANDONO DA E/MGF • Apesar dos resultados estarem ainda a quem do desejado, sentimo-nos satisfeitos com os poucos que estamos a conseguir: • Um grande numero de Lideres Religiosos a favor do Abandono da pratica de E/MGF no Pais, o que originou a criação da associação dos lideres tradicionais e religiosos para o abandono da referida pratica e alguns deles hoje em dia adicionam aos seus conselhos religiosos aspectos ligadas ao abandono da pratica, • Algumas Fanatecas a favor do abandono da pratica, são animadoras para o abandono da mesma nas suas comunidades CAMINHOS A SEGUIR/PERSPECTIVAS Apesar do acordo de Cotonou celebrado no ano 2000 e que regula as relações dos 27 estados membros da União Europeia com os 79 Países da Africa, Caraíbas e Pacifico incorporou-se recentemente um compromisso contra as praticas de E/MGF dentro desse acordo, a sua implementação ainda esta longe de ser uma realidade CAMINHOS A SEGUIR/PERSPECTIVAS • A pratica de excisão/MGF, sendo um problema publico, exige as instituições de politicas publicas devidamente apoiadas, • Como um problema de saúde publica, o seu reconhecimento implica a qualificação e a formação dos profissionais de saúde nessa área. CAMINHOS A SEGUIR/PERSPECTIVAS • Tratando-se de um problema de mudança de comportamentos, uma das melhores formas de consegui-lo é através da educação, o que pressupõe a introdução nos curriculos escolares, acções que possam contribuir para esta desejada mudança de comportamentos, • Assim como a inclusão no OGE, fundos para financiamento de acções que possam conduzir ao abandono dessa pratica. DIFICULDADES • O elevado índice da pobreza na camada feminina, aumentando cada vez mais a sua dependência ao marido, • O elevado índice de analfabetismo sobretudo na camada feminina reduzindo a sua oportunidade de autonomização e por isso mesmo continuar sob as decisões do marido e das suas famílias, CONCLUSAO • A violência domestica tem um forte impacto na saúde das mulheres e crianças mas, a violência cultural oriunda das diferentes praticas nefastas entre elas a excisão, causam efeitos permanentes para o resto da vida das vitimas, • Por esse motivo devemos todos nos unir para o seu combate AGRADECIMENTOS • ASSEMBLEIA NACIONAL DO SENEGAL, PELO CONVITE, • PRESIDENTE DA AWEPA, • AOS PARLAMENTARES EUROPEUS E PARECERES AFRICANOS • OBRIGADA • MERCI • THANK YOU COMISSAO ESPECIALIZADA PERMANENTE PARA SAUDE, ASSUNTOS SOCIAIS, EDUCAÇAO, CULTURA DESPORTOS E COMUNICAÇAO SOCIAL DA GUINÉBISSAU