festa das nações
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Festa das Nações, 35 anos de história e solidariedade No próximo dia 28, Guaíra inicia a 35ª Festa das Nações, responsável por promover a cidadania, a cultura, a solidariedade, a gastronomia, a música e principalmente a integração dos guairenses e da comunidade da região. O evento é organizado no Centro Náutico Recreativo Marinas que apresenta uma estrutura própria para sua execução. Tr a d i c i o n a l n o município de Guaíra, o evento acontece na cidade há 35 anos. Dentre suas principais atrações estão shows com cantores e bandas nacionalmente reconhecidos, apresentações de artistas, parque de diversões, bingo e pratos que podem ser apreciados em qualquer uma das sete barracas. O vereador Almir Bueno (PT), apresentou na nona Sessão Ordinária do Legislativo, que aconteceu na segunda-feira (18), uma Moção de Aplauso e Reconhecimento a I Comissão Organizadora da Festa das Nações. O documento que homenageia os pioneiros da festa recebeu o apoio de todos os vereadores do Legislativo. Como tudo começou Para arrecadar fundos que beneficiassem uma das entidades assistenciais do município, o Lar São Francisco de Assis, e com o objetivo de comprar agasalhos para as crianças das escolas públicas, surgiu em 1977 um projeto fomentado por professoras e senhoras da comunidade. Na época, as guairenses se reuniram e decidiram organizar um evento beneficente. Da reunião, surgiram os membros da primeira Comissão Organizadora da Festa das Nações: Maria Luiza de Souza Lima (presidente), Suemy Aparecida Eloy Foletto (coordenadora do Lar São Francisco), Natal Meirelles e Paulo Shiomi (tesoureiros), Te r e z i n h a Pe i x e r (coordenadora), Hélio Nogushi (membro) e Silvia Borges Meirelles (membro). Durante muitos anos, o evento foi principal responsável por manter todas as atividades do Lar São Francisco de Assis, que recebia mais d e 4 0 0 crianças guairenses. Com os recursos da festa, e entidade era considerada referência na região, possuía consultórios médico e odontológico, oficina de artesanato e atendimento em regime de semi-internato. Assim como a creche, outras instituições do município necessitavam da verba para realizar benfeitorias e manter suas atividades regulares. A partir da quarta edição, a Escola Mário Luiz (Pestalozzi) começou a receber parte da verba arrecada durante o evento. Com o passar dos anos, os recursos foram divididos também com a Casa da Sopa, Pastoral da Criança e Lar São José (Asilo) e Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de GuaíraAPMIAssociação de Proteção à Maternidade e à Infância de Guaíra (APMI). O título da Festa A escolha pelo nome “Festa das Nações”, foi sugerida pela professora Terezinha Peixer. Além do objetivo filantrópico, o evento procurava resgatar a cultura artística e gastronômica das nacionalidades imigrantes que deram origem ao município. De acordo com Maristela Peixer filha de Terezinha, a festa era a realização de um sonho de sua mãe e de seus amigos que fizeram o possível para que ele se concretizasse. Estrutura Nas primeiras edições, a festa não possuia um local definido para acontecer. No ano de 1977, o evento foi organizado na Avenida Coronel Otávio Tosta, onde foram montadas sete barracas cobertas com plástico paraque as colônias servissem as refeições típicas de cada nação e um tablado para apresentações artísticas. E m 1978 a Festa das Nações foi realizada na Praça Duque de Caxias até 1991, quando foi inaugurado o Centro Náutico Recreativo Marinas. As atrações da Festa das Nações eram basicamente folclóricas, com danças e comidas típicas das sete colônias participantes. Para os pioneiros, o evento promovia a cultura dos povos. “Com o passar dos anos este cuidado em preservar as danças e as atrações típicas foi se perdendo”, l a m e n t a Suemy. Coorde naram as barracas descentes e representante s das nações brasileira, alemã, italiana, portuguesa, paraguaia, japonesa e árabe. Dentre as famílias pioneiras estão: Mario e Hilda Nunes, família Murata, Jamil Farhat e esposa, Laura Vanin, Enelita e Erminio Vendrúscolo, Eliete de Oliveira, Estela Rodrigues, Leonilda Carneiro, Eládio Closs e esposa, Anita Hasper, Vânia Tourino, Valdir e Marlê Fernandes, Rafael e Jeanete Kotowiski, Magna e Arnaldo L o m b a r d o . Curiosidades De acordo com uma das pioneiras da Festa das Nações, Suemy Aparecida Eloy Foletto, a primeira edição do evento foi um sucesso, além de arrecadar fundos para o Lar São Francisco de Assis, foi possível doar agasalhos e calçados para todas as crianças de escolas públicas do município. Como em todo bom evento, aconteceram também alguns imprevistos, a chuva foi um deles. “Nós tínhamos que tirar a água das barracas o tempo todo”, lembra. Mesmo com as intempéries, o número de visitantes foi tão alto que os ingredientes para os pratos típicos acabaram. “Com a festa acontecendo, os responsáveis pelas b a r r a c a s p r e c i s a r a m procurar alimentos nos mercados que ainda encontraram abertos”, conta Suemy. No ano de 1997, os organizadores da Festa das Nações resolveram inovar. As barracas só começaram a receber os visitantes a partir da abertura oficial, acompanhada por autoridades do município. hoje são responsáveis pela coordenação e por parte da verba destinada a execução do evento. A Festa das Nações é o evento mais importante do município, agrada a comunidade local e os visitantes, na maioria guairenses que moram em outras cidades e retornam para rever a família e os amigos. Para o presidente do Legislativo, Almir Bueno (PT), a iniciativa dos pioneiros da Festa das Nações mudou a história de Guaíra. “Além de beneficiarem as entidades do município, essas pessoas trouxeram entretenimento e atividades culturais para os munícipes da época e deixaram um legado para todos nós”, explica. A fim de reconhecer este trabalho realizado para o município, os vereadores guairenses apresentaram e aprovaram uma homenagem para os membros da I Comissão Organizadora do evento e também para todos os seus idealizadores. Importância O engajamento social extrapolou a organização propriamente dita da Festa, pois a mesma envolve a comunidade local (muitas vezes participa das apresentações artísticas) e os poderes do município, que O vereador Almir Bueno (PT) destacou a importância dos pioneiros