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Sede: Centro Social Comunitário Dr. Jaime Ramos
3220-231 Miranda do Corvo
Telef: 239 530 150 - Fax: 239 533 160
Sites: www.fundacao.adfp.pt - www.parquebiologicodaserradalousa.net
Email’s: [email protected][email protected]
Utentes da Fundação ADFP comemoraram
Dia Mundial da Saúde Mental
Cerca de 150 utentes da Fundação ADFP de Miranda do Corvo, comemoraram com atividades
lúdicas o Dia Mundial da Saúde Mental, no Parque Biológico da Serra da Lousã e no Salão de Festas
da instituição, a 10 de Outubro.
De manhã participaram em jogos tradicionais e numa coreografia musical e partilharam um bolo de
15 kg alusivo à efeméride, ao ar livre, no Parque, enquanto à tarde animaram-se com um baileconcerto abrilhantado pelo grupo “Klino concertinista” no Salão de Festas. Tudo isto não seria
possível sem a colaboração e empenho das monitoras/animadoras da Residência Esperança
(Godinhela), Nazaré Neves e Dina Araújo, e da Residência Coragem (na sede), Sandra Marques e
Eugénia Colaço.
Também vieram utentes da Residência Igualdade (Rio de Vide) e da Unidade de Vida Autónoma
(Edifício do Cinema) e outros provenientes do CAO (Centro de Apoio Ocupacional).
Neste dia diferente, todos os utentes das várias valências socializaram uns com os outros, o que os
ajuda a desenvolverem as suas competências.
Sónia Marques, psicóloga da Área da Saúde Mental na Fundação, sublinha no entanto que, “durante
o ano, embora não os juntando todos, participam em várias atividades como pic-nics, passeios
culturais ou visitas de estudo, e vão a exposições seja na Biblioteca Municipal Miguel Torga seja ao
Museu Lousã Henriques na Lousã”.
“Na época natalícia vão ver presépios como os de Penela ou do próprio Parque, local que visitam
regularmente”, sublinha ainda a psicóloga, acrescentado que “como a maioria esteve muitos anos
institucionalizada em hospitais psiquiátricos (Lorvão e Arles), de início havia a possibilidade da sua
integração não ser fácil, mas isso não se verificou”.
Para Sónia Marques, “integraram-se muito bem porque mudaram de ambiente, e uma coisa é viverem
24 horas num hospital, outra é saberem que à noite, depois de passarem o dia em atividades,
regressam às suas casas”.
Um dia diferente que se repete todos os dias ao longo do ano
Estes doentes mentais são mensalmente visitados pela Comissão de Acompanhamento, composta por
dois enfermeiros, uma psiquiátrica e uma assistente social do Centro Hospitalar Psiquiátrico de
Coimbra, que já trabalhavam com eles no Lorvão e em Arles.
“A Comissão está muito agradada com a forma como os nossos utentes estão a ser tratados, mas a
maioria já não era nem é visitada pelas famílias, embora as poucas que o fazem dizem-se satisfeitas
com o estado em que se encontram os seus familiares”, conclui.
Francisco Silva, professor de Educação Física da Fundação, preparou uma animada coreografia
musical, ativamente participada pelos utentes com graus de patologia menos severa, que permitem
alguma mobilidade, ou não fossem os sorrisos estampados nos rostos.
“Para além dos benefícios físicos e da satisfação pessoal estas ações conseguem estimulá-los em
termos cognitivos, afectivos e de socialização”, sublinha, referindo ainda que “embora este seja um
dia temático, nós fazemos regularmente atividades físicas e lúdicas, 3 vezes por semana, seja no
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ginásio, na prática de desportos colectivos como o futebol, no ring, e em passeios ou caminhadas pela
vila”.
Em Portugal, pelo menos duas pessoas suicidaram-se por dia em 2011 (951 no total), sendo entre os
idosos com mais de 70 anos que se verifica maior incidência, com uma taxa de mortalidade de 21,4
por 100 mil habitantes, segundo dados do relatório “Portugal Saúde Mental em Números”.
Elaborado pela Direção-Geral da Saúde, alerta para o risco da crise inverter a tendência tradicional
e levar ao aumento de suicídios entre os mais jovens.
Por fim, revela que o consumo de antidepressivos em Portugal é superior (55%) à média da União
Europeia (51%) e geralmente este grupo de fármacos é utilizado para as perturbações depressivas e
não para as perturbações ansiosas, como recomendam as boas práticas clínicas.
Neste Dia Mundial da Saúde Mental, um dos monitores destes utentes, o sociólogo Gastão Vilhena,
chamou a atenção para um outdoor em Coimbra, de uma conhecida revista juvenil dedicada à moda,
sexualidade e outras temáticas, onde pode ler-se:
“O meu pai morreu, odeio a minha mãe, estou à beira do divórcio, não tenho com quem falar e hoje
determinei que me vou suicidar”.
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O Presidente do Conselho de Administração
Jaime Ramos
Médico