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A possibilidAde existente
de mAior pArticipAção brAsileirA
no mercAdo europeu
Mario Bernardo Garnero
C o l e ç ã o
Sede
Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-001
Espaço Sociocultural – Teatro CIEE
Rua Tabapuã, 445 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-011
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Fax: (11) 3040-9955
www.ciee.org.br
C o l e ç ã o
C I EE
1 2 7
A possibilidade existente
de maior participação brasileira
no mercado europeu
S ã o
P a u l o
2 0 1 2
Planejamento e produção editorial: Pixys Comunicação Integrada
Coordenação editorial: Renato Avanzi
Diagramação e arte: André Brazão
Apoio: Fabiana Rosa e Tânia Moura
Capa: André Brazão
Taquigrafia: Antonio José Chiquetto
Editado por
Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE
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Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.
C389p CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA - CIEE
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado europeu/
Centro de Integração Empresa-Escola - São Paulo : CIEE, 2012.
41 p. ; il. (Coleção CIEE ; 127)
Palestra proferida por Mario Garnero durante o Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, realizada em 10 de abril de 2012, no Espaço
Sociocultural - “Teatro CIEE”.
ISBN: 978-85-63704-15-3
1.Política Externa - Brasil - Europa 2. História - Brasil 3. Educação Intercâmbio 4. Silva, Ruy Martins Altenfelder 5. Bertelli, Luiz Gonzaga
6. Garnero, Mario Bernardo I. Título II. Série
CDU : 327(81:4)
Sumário
A importância da consciência
política para os jovens brasileiros
Ruy Martins Altenfelder Silva........................................... 06
Planejamento, posicionamento e gestão: o segredo
do sucesso nas relações exteriores
Luiz Gonzaga Bertelli ...................................................... 14
A possibilidade existente
de maior participação brasileira
no mercado europeu
Mario Bernardo Garnero................................................... 18
Debates ........................................................................ 39
Homenagem .................................................................. 56
ruY mArtins AltenFelder silvA
advogado, presidente voluntário do Conselho de
administração do Centro de Integração empresa-escola – CIee, presidente da academia Paulista
de letras Jurídicas – aPlJ; do Conselho Superior
de estudos avançados da Fiesp e vice-presidente
da academia Paulista de História – aPH.
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A importÂnciA dA consciÊnciA
polÍticA pArA os JoVens brAsileiros
Ruy Martins altenfelder Silva
“MarIo garnEro foI o
Introdutor do quE hojE
ChaMaMos dE planEjaMEnto
EstratégICo. ElE fEz Isso EM
todos os lugarEs ondE passou.”
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 7
É
uma grande satisfação abrir as portas do Centro de
Integração Empresa-Escola – CIEE para o meu antigo
colega da Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, Mario Bernardo Garnero.
Quero também fazer uma saudação especial a um dos nossos
destacados fundadores, Geraldo Ziviani, que prestigiou essa
edição do Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade
Brasileira, com a sua honrosa presença.
Mario Garnero é autor do livro JK - A Coragem da Ambição.
Ressalto que a dedicatória dessa publicação tem duas linhas
apenas, pois ele destina esse livro à juventude, futuro do Brasil e peça motriz do desenvolvimento do país. Ele sempre teve
essa visão, desde os nossos tempos, dos idos de 1958 em diante,
lá na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Líder nato, comandava o partido político universitário ao qual
pertencia, que posteriormente fui seu sucessor, o Partido Independente Universitário, o PIU. Em oposição ao nosso partido havia outro que era denominado PODA, do qual o líder era
o atual presidente executivo do CIEE Luiz Gonzaga Bertelli.
Portanto, sempre nos confraternizamos e, consequentemente,
uma convivência muito amistosa e profícua.
Mario também foi o maior presidente do Centro “Acadêmi-
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co 22 de Agosto” e, nessa posição, e como bom estudante
que era, criou uma verdadeira escola política para a juventude. Arregaçou as mangas e entrou em cheio na política,
com “P” maiúsculo.
Ele conheceu o presidente Juscelino Kubitschek e, a partir daí,
surgiu um respeito recíproco, uma amizade que pode ser descrita como imorredoura.
Aníbal Teixeira, grande brasileiro que elaborou o plano de governo de Juscelino Kubitschek, especialmente as catorze metas agrícolas, cita algo relevante que vale a pena ressaltar:
No Brasil, duas personalidade, por mim conhecidas, tiveram
a oportunidade e viabilizaram um encontro histórico. Falo
de Juscelino Kubitschek e Mario Garnero. De um lado o político. De outro, o jovem empresário.
Aníbal prossegue:
Havia a geografia: um, Juscelino, de Minas Gerais, e o outro, Mario Garnero, de São Paulo, mas ambos sobrepondo a
tudo, o Brasil. Havia a idade: um na plenitude da maturidade e o outro na juventude. Origens e idades foram superadas.
Os dois foram contemporâneos do futuro.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 9
Diz mais:
Quando fazia o plano de governo de JK para 1965 o Presidente chamou-me à sua casa e disse: “Estive em São Paulo e
conheci um jovem diferente. É o Mario Garnero. Inteligente,
articulado e idealista, que como eu, acredita no futuro. Você
sabe, Aníbal, lá, em São Paulo, tivemos 200 mil votos. Perdemos feio, inclusive para o Plínio Salgado. Agora, é outra coisa. Nosso governo fez por todos, mas São Paulo multiplicou
o recebido.”
Aníbal Teixeira termina essa fala sobre Mario Garnero
dizendo:
O Mario tinha uma visão de propaganda e sugeriu um lema
para a campanha quando falei em dar ênfase à agricultura.
Mario propôs o trator com símbolo, e o lema “Cinco anos de
agricultura para cinquenta de fartura”.
E como o slogan “pegou”, Aníbal Teixeira, simplifica com
maestria características marcantes sobre Mario Garnero.
Mas há mais. Quando Mario, Bertelli e eu convivíamos na
Faculdade Paulista de Direito da PUC-SP ele criou, além dos
partidos políticos, o que foi talvez o primeiro centro de estudos e debates sobre assuntos sociais e políticos, o CEDASP,
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“Mario também foi destacado
presidente do Centro
“Acadêmico 22 de Agosto” e,
nessa posição, e como bom
estudante que era, criou uma
verdadeira escola política...”
destinado aos jovens universitários, que depois tive a responsabilidade de presidir.
Conviveu primeiro com Juscelino Kubitschek, depois com
Carlos Lacerda (ex-político e jornalista) e, também, com Jânio Quadros (22º presidente do Brasil). Ele promoveu diversos
proveitosos encontros políticos na sede da Pontifícia Universidade Católica, no Alto das Perdizes. Dessas conferências,
destacou-se Jânio Quadros. Não é necessário contar o que
aconteceu com ele.
Mario usava uma máxima que guardei comigo. Ele dizia para
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todos nós, seus colegas de turma e seus liderados:
Quando se quer compreender direito os acontecimentos e influenciar o futuro, é essencial ser mestre em quatro maneiras
de ver as coisas. A primeira é ver como foram. A segunda,
como são. A terceira, como podem ser. E, a quarta, como devem ser.
Eu diria que o Mario Garnero foi o introdutor do que hoje
chamamos de planejamento estratégico. Ele fez isso em todos
os lugares onde passou.
Nasceu em Campinas, em 15 de agosto de 1937. Graduou-se
em direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica, considerada modelo pelo MEC, e participou
de cursos de administração, especialmente de relações industriais e gerenciamento financeiro nos Estados Unidos da
América e na antiga Alemanha Ocidental.
É um "pater" família orgulhoso. Seu filho Álvaro, já está brilhando na televisão e em tudo aquilo que segue como carreira.
Mario é presidente do Conselho do Grupo Brasilinvest, do Fórum das Américas, da Associação das Nações Unidas – Brasil
e do JURISUL, Instituto Interamericano de Estudos Jurídicos
sobre o Mercosul, entre outras relevantes atividades.
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Dentre os diversos cargos exercidos, destaco a presidência da
Confederação Nacional da Indústria, a CNI, do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões e Veículos Similares, e da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores. Também foi presidente da Fundação
Projeto Rondon e, como já foi citado, o maior presidente do
Centro Acadêmico "22 de Agosto" da PUC de São Paulo.
Escreveu vários livros, entre eles JK – A coragem da ambição.
Trata-se de um conteúdo histórico, exclusivo, muito fiel àquele momento da vida de Juscelino Kubitschek. Também tem
vários artigos publicados no âmbito nacional e no exterior,
diversos títulos e premiações.
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luiZ gonZAgA bertelli
Presidente executivo do Centro de Integração
empresa-escola – CIee, presidente da academia
Paulista de História – aPH, diretor e conselheiro
da Federação das Indústrias do estado de São
Paulo – FIeSP.
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plAneJAmento, posicionAmento e
Gestão: o seGredo do sucesso nAs
relAçÕes exteriores
luiz Gonzaga Bertelli
“onzE MIlhõEs dE
jovEns já rECEbEraM
bolsas-auxílIo por IntErMédIo
do CEntro dE IntEgração
EMprEsa-EsCola - CIEE. ”
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Onze milhões de jovens já receberam bolsas-auxílio por intermédio do
Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, em todo o Brasil. Um
mecanismo fundamental para que os estudantes mais carentes pudessem pagar suas mensalidades escolares e prosseguirem nos seus estudos, seja no ensino médio ou superior.
Uma vastíssima galeria de figuras brasileiras, hoje notáveis foram estagiários do CIEE, receberam bolsas por nosso intermédio e desta forma, graças
a esse estímulo, puderam terminar seus cursos. Nos dias atuais são empresários bem sucedidos ou extraordinários profissionais liberais.
Esse dinamismo e a capacidade do CIEE, que já está prestes a completar 50
anos de proveitosa existência, deveram-se em grande parte a uma galeria
de notáveis figuras do mundo empresarial, cultural, científico, educacional, entre elas o meu querido amigo e colega Mario Bernardo Garnero, que
participou nos primórdios da criação desta organização, juntamente com
o estimado Geraldo Ziviani, atualmente conselheiro do CIEE.
O dinamismo e a capacidade empreendedora faz do CIEE, atualmente,
a maior instituição de filantropia e assistência social da América Latina,
e deve-se em grande parte às contribuições preciosas, entre as quais a de
Mario Garnero.
Foi inquestionavelmente o maior presidente e líder universitário da
nossa geração, (anos 1960), como presidente do Centro Acadêmico "22
de Agosto".
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Lembro-me com nitidez do respeito e o carinho que lhe dedicava um
dos maiores religiosos do Brasil, e de todos os tempos, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta,
chanceler da PUC-SP.
Quando já se anunciava que o país teria uma revolução militar em face do
ao que se instalara na nação, Mario promoveu um almoço em seu apartamento e chamou João “Jango” Goulart para que junto com o cardeal, dom
Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, pudessem conversar sobre aquilo
que se apresentava à nação às vésperas da revolução.
Durante horas, nosso saudoso cardeal tentou sensibilizar o ex-presidente João Goulart sobre os caminhos perigosos que estava procurando percorrer.
Muitas vezes almocei na casa do Mario. Estudante com dificuldades e morador de pensão, eu ia até lá aguardar que o comendador Garnero, ilustre
técnico da Secretaria da Agricultura, nos convidasse para a refeição. Com
a falta de cerimônia característica de jovens, íamos até lá para sermos convidados para o almoço no apartamento dele e sempre nos recebiam com
aquela fidalguia peninsular que até hoje é característica da família Garnero.
Então, em nome desta casa, o CIEE, dos nossos amigos e conselheiros,
e principalmente dos jovens que prestigiaram esta edição do Fórum
Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, reitero os agradecimentos pela imensa contribuição de Mario Garnero.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 17
mArio bernArdo gArnero
Presidente e fundador do Grupo Brasilinvest, do
Fórum das américas, da associação das Nações
unidas – Brasil e do JuRISul, Instituto Interamericano de estudos Jurídicos sobre o Mercosul.
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A possibilidAde existente
de mAior pArticipAção brAsileirA
no mercAdo europeu
MaRIo BeRNaRDo GaRNeRo
“uMa das forças ExprEssIvas
do auMEnto da produtIvIdadE
na volKsWagEn foI o EstíMulo
dado aos EstudantEs, aos
EstagIárIos, MuItos dos quaIs
vIEraM do CIEE.”
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 19
T
ive oportunidade junto com vários amigos, de acompanhar o nascimento do CIEE, na época situado na rua
13 de Maio (São Paulo), quando essa brilhante ideia do
Centro de Integração Empresa-Escola estava no início.
Pelo CIEE passaram homens da maior estirpe, que trouxeram
uma contribuição efetiva nessa integração entre educação e mercado de trabalho.
Quero dizer que e o Ruy Martins Altenfelder Silva foi muito generoso em citar o que nosso amigo em comum e proeminente
brasileiro Aníbal Teixeira, responsável pelo programa do Juscelino Kubitschek em 1965, escreveu sobre mim. Muitas vezes
quando se refere aos amigos, perde-se o sentido da dimensão, ultrapassando com o coração a grandeza humana que se deve dar.
Ouvindo o Ruy Altenfelder podemos saber que ele apenas iniciou
sua trajetória no CEDASP (Centro de Estudos e Debates sobre
Assuntos Sociais e Políticos), fundado por nós, e também porque
foi presidente do partido, comprovando que sempre foi esse orador convincente, capaz e competente.
Ele e Luiz Gonzaga Bertelli sempre tiveram uma vantagem: foram estudantes muito melhores que eu.
Junto com esses grandes amigos, aqui presentes, demos um gran-
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de impulso à parte política em nossa passagem pela Faculdade.
Presidi o Centro Acadêmico "22 de Agosto" durante 1961. Nós
éramos companheiros de partido e o Bertelli era da oposição
política acadêmica, embora sempre construtiva. Ele era UDN
(União Democrática Nacional) de coração, enquanto nós éramos
PSD (Partido Social Democrático). Naquela ocasião, o PSD era
o partido do governo, mas era o partido mineiro, que ajeitava as
coisas. A UDN tomava uma posição mais radical.
O Bertelli era da UDN paulista, mas também tinha elementos
mineiros enraizados, de modo que ele só trazia contribuições.
Não deixava que eu entrasse nas assembleias do PODA, mas por
outro lado, na hora em que tínhamos a nossa festividade fechada
no PIU (Partido Independente Universitário), mandávamos ele
tomar um café e voltar depois do encerramento da assembleia.
Na Faculdade comecei a fazer a vida política e me relacionar com
pessoas que tinham esse engajamento. Tinha entrado em uma
boa colocação no vestibular e causado impressão favorável a um
professor que depois se tornou um grande amigo, chegando a ser
meu padrinho de casamento, o professor José Frederico Marques,
ícone do direito nacional, conhecido como “jurista eclético”.
Quando fui fazer o vestibular, tive sorte, porque na prova caiu
uma questão sobre a Semana de Arte Moderna. Como gostava
muito desse assunto e havia lido bastante sobre isso, fiz uma diA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 21
gressão considerável, recebendo nota dez e acabei entrando em
segundo lugar na Universidade. O professor Frederico acreditou
que eu iria repetir esse desempenho ao longo dos cinco anos do
curso jurídico.
Porém, as coisas tomaram outro rumo. Nós entramos na vida
política, começamos a fazer a política acadêmica. O ano de 1961
foi um período de radicalização enorme porque Jânio Quadros
havia renunciado. Além disso, estávamos no auge da guerra fria,
inclusive com efeitos internos. Havia um grupo de estudantes
universitários que era pró-Cuba e outro que era contra Cuba.
Nós não éramos pró-Cuba e nem anti-Cuba. Éramos basicamente
a favor do Brasil. Esse era o sentido que queríamos, tanto a oposição do Luiz Gonzaga Bertelli, quanto o Ruy Martins Altenfelder
Silva. Queríamos achar soluções para os problemas brasileiros,
porque as nossas dificuldades eram maiores e mais prementes
que as de Cuba, da então União Soviética, dos Estados Unidos ou
de quem quer que fosse.
Fiz meu exame final do curso jurídico em 1961. O José Frederico
Marques era o docente que estava aplicando essa avaliação. Na
época, ele era professor de processo civil. Na parte escrita, eu havia feito uma prova bem razoável, mas na hora do exame oral ele
disse que iria me poupar fazendo três perguntas e que somente
poderia responder sim ou não. Como estava precisando de uma
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nota cinco, ele me faria três perguntas, somente três chances para
eu acertar.
Então, fez a primeira e me indagou se era sim ou não. Eu disse
“sim”, mas ele disse “não”, como resposta correta. Na segunda
pergunta, resolvi tentar o contrário falando “não”, mas ele havia
dito que essa resposta era “sim”. Como eu já estava na “zona do
pênalti”, propus fazer um acordo com ele.
Falei que não queria contestar a sua competência na Escola Paulista de Processo civil, mas que eu tinha visões completamente
diferentes da dele. Para não criar uma polêmica, queria dizer a
ele que seria melhor eu não responder a ultima pergunta.
Ele ouviu, atentamente, mas não relutou em concordar que me
daria a nota cinco que precisava para aprovação, mas que eu teria que fazer um juramento. Obviamente, naquela hora eu faria
qualquer promessa que fosse necessária e aceitei rapidamente a
proposta. Ele, então, me disse que me daria nota cinco, contanto
que jurasse que jamais advogaria na vida, que jamais fosse advogado. Eu aceitei na hora e cumpri!
Espero que isso não sirva de exemplo para ninguém, mas achei
interessante relatar a história, exatamente para mostrar como a
vida de estudante muda: entrei na faculdade em segundo lugar
na lista de aprovados e me graduei “na rabeira”.
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“Pelo CIEE passaram homens da
maior estirpe, que trouxeram
uma contribuição efetiva nessa
integração entre educação e
mercado de trabalho.”
Sobre o trabalho feito pelo Centro de Integração Empresa-Escola
– CIEE quero dar um testemunho. Fui diretor de Relações Industriais (RI) na Volkswagen quando dirigia 33 mil pessoas e foram feitos muitos trabalhos conjuntos entre o CIEE e a renomada
montadora alemã. Lá eu criei a Universidade Volkswagen, onde
mesmo pessoas iletradas tinham acesso ao curso, que na ocasião
era o Mobral, passando depois por todo o sistema educacional.
Financiávamos, inclusive, estudos de pós-graduação, onde vários
dos nossos alunos tiveram o orgulho de alcançar este patamar.
Uma das forças expressivas do aumento da produtividade na
Volkswagen foi o estímulo dado aos estudantes, aos estagiários,
muitos dos quais vieram do CIEE.
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No Projeto Rondon fui funcionário público voluntário, sem receber nenhuma remuneração, a convite do presidente Geisel. Naquele projeto tínhamos a mesma ideia que o Ruy Martins Altenfelder Silva e o Luiz Gonzaga Bertelli, de que era importante que
a juventude tomasse conhecimento do que se passava no país.
O Projeto Rondon, infelizmente, foi extinto. O presidente Lula
o reativou muito tempo depois. Quando tomei posse tínhamos
apenas 15 mil alunos inscritos. Três anos depois, quando saí, tínhamos 150 mil estudantes envolvidos na iniciativa.
O projeto permitia não apenas levar um pouco do saber daquelas
pessoas que estavam nas universidades para várias das regiões
mais remotas do país, mas, acima de tudo, que esses estudantes aprendessem sobre a realidade brasileira, como enfrentá-la
e ainda como melhorar o homem na sua qualidade cidadã em
todo o Brasil.
Esse é o papel que o CIEE está fazendo na sua inclusão social.
Acredito que o programa desenvolvido alcança uma amplitude
extraordinária que vem acrescentar-se àquele cabedal de serviços
que vocês já prestaram ao Brasil pelo CIEE.
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O posicionamento do Brasil
em relação ao cenário
mundial
O tema tratado é, talvez, um pouco mais específico sobre a posição do Brasil. Acredito que os jovens têm uma responsabilidade
enorme pela frente junto à nossa Nação.
O que gostaríamos que o Brasil fosse? O que queremos que nosso país seja? Acho que hoje, desde a presidente da República ao
menor lugar hierárquico e governo, temos que responder a nós
mesmos o que queremos que o Brasil seja dentro de cinco, dez
anos e num futuro próximo.
Não há como saber essa resposta. Se hoje perguntarmos aos políticos brasileiros qual é o objetivo do Brasil como nação dentro de
cinco anos teremos respostas vagas, do tipo “queremos ser uma
nação desenvolvida”.
Obviamente, qualquer nação almeja isso. Há de se pensar no que
queremos além do desenvolvimento, exatamente o que o ex-presidente Juscelino Kubitschek tinha na cabeça. Quando iniciou
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seu programa ele dizia o seguinte: o Brasil só pode ser um país
grande se integrar-se como uma nação, se tornando uma área
que deixou de arranhar os litorais para encontrar-se na totalidade de seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Desejava uma nação íntegra e que fosse tomada por todos os brasileiros. Assim, pergunto "é o que queremos do Brasil de hoje e de
sua projeção nos próximos 25 anos?"
O segundo ponto que eu traria aqui é o seguinte: sabendo isto,
quais são os meios que necessitamos para mobilizar, para se chegar a essa realidade? E o terceiro ponto: encontrados os meios,
como iremos influenciar a opinião pública, como é possível mobilizar a nação para que esses meios sejam permanentes?
O Brasil tem, certamente, uma vocação internacional. Nós fomos
muito “caipiras” e ainda temos sido, no bom sentido e no mal
sentido, de olharmos nossos umbigos por muito tempo. O Brasil
é maior do que nós mesmos imaginamos. Não nos damos conta
do tamanho, da força e da pujança dessa terra.
O segundo importante ponto que vejo é a projeção. O Brasil será,
certamente, dentro dos próximos 30 anos, uma das quatro maiores economias do mundo. Mas as economias não são determinadas apenas por seu produto bruto. São determinadas por uma
unidade de língua, territorial e cultural, coisas que poucas naA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 27
ções no mundo têm hoje.
Atualmente, o Brasil está entre os chamados países emergentes.
Particularmente, sou contra esse termo porque esses países já
podem ser considerados unidades de poder. Essa classificação é
equivalente a uma utilizada durante muito tempo e que estamos
familiarizados, a de país de “terceiro mundo”.
Brinco com as pessoas dizendo que um francês sentado no Boulevard Saint-Germain, tomando seu aperitivo, inventou essa ideia
de terceiro mundo. Criou-se, assim, o terceiro mundo e o povo
brasileiro entrou na filosofia de que pertence a essa realidade.
Nem do terceiro mundo, nem emergentes, somos um país que
tem especificamente um poder extraordinário em si e na sua capacitação, não apenas de juventude, mas dos homens que os conduzem, como os que administram o CIEE.
Partindo desta premissa básica, diria que o Brasil tem que se
preparar politicamente, na mentalidade de cada um, para exercer o poder.
O tsunami monetário permitiu ao Brasil chegar a ter 350 bilhões
de dólares de reservas, mas também pagar um déficit de balanço
de pagamentos de 70 bilhões anuais.
28 | Coleção CIEE 127
São essas coisas que precisam ser analisadas quando imaginamos
que o país tem que ter uma posição positiva pelo vasto território que possui e não uma posição negativista, apenas de crítica,
sem soluções aparentes. Somos uma nação independente e isso
somente será tangível na medida em que esse respeito pela autossuficiência seja feito por condições de construção e não apenas
de negação.
Voltando ao tema, vale citar o que vejo hoje de favorável ao Brasil
também dentro desse aspecto. Quando eu fiz uma declaração sobre as possibilidades e a necessidade do Brasil crescer no exterior
para um dos jornais diários de grande circulação, publicaram até
uma manchete engraçada: “Garnero diz que precisamos colonizar a Europa”.
Não foi bem esse o sentido da minha afirmação. O significado do
que eu disse é o seguinte: no atual cenário as oportunidades estão
abertas para que o Brasil e as empresas nacionais possam ter uma
visão internacional para expandir, aproveitando-se das crises internacionais e assumindo corporações que têm hoje tecnologia,
management e outras capacitações em outras áreas do mundo.
Em relação às empresas multinacionais, muitas vezes não se
imagina o poder que essas corporações transferem ao país que
possui uma de suas unidades. Isso ocorre porque essas companhias geram, também no exterior, emprego, renda e impostos e
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 29
têm acesso privilegiado às classes políticas, basicamente porque
são importantes dentro do tecido econômico e social dos países
onde atuam.
Várias empresas nacionais estão se desenvolvendo nesse sentido, especialmente na prestação de serviços. Atualmente, muitas oportunidades aparecem para que haja parcerias e também
participações de companhias brasileiras em grandes nomes
internacionais.
Costumo viajar muito e vejo com frequência a presença de nomes
como, por exemplo, Camargo Corrêa, Odebretch e Andrade Gutierrez atuando no exterior.
O Brasilinvest, juntamente com a família real da Arábia Saudita,
está levando a Petrobras (representada por uma sociedade) para
atuar nesse país. Quem vai construir o empreendimento é a Andrade Gutierrez. Trata-se de um projeto de um bilhão de dólares
que será dado à empresa brasileira porque a Petrobrás confiou na
força de trabalho dessa companhia. Aceitamos entrar nesse projeto, mas queríamos a participação de uma empreiteira brasileira
e a família real saudita concordou.
Desenvolvi diversos empreendimentos de construção nos Estados Unidos, em Miami e levei a Odebretch para fazer seus primeiros projetos na área de edifícios residenciais. Essas iniciativas
30 | Coleção CIEE 127
trazem não apenas receita ao Brasil, mas também influência política. É o caso, por exemplo, da Petrobras, da Vale e outras.
Estive recentemente na França, onde está ocorrendo uma forte
penetração das grandes franquias brasileiras. São muitas da área
de alimentação e de outros segmentos, que estão entrando em
várias regiões da Europa e também nos Estados Unidos, como o
Giraffas, por exemplo.
Isto é um fator importante na fixação da imagem de uma economia que será, dentro de 30 anos, uma das quatro mais importantes do mundo.
Entendo que o governo tenha uma grande responsabilidade nesse assunto. Por exemplo, nos fundos de pensão há 35 bilhões de
dólares que poderiam ser investidos. Os fundos de pensão, com
o total de patrimônio hoje de 350 bilhões de dólares, têm a possibilidade de investir, por lei, até 10 por cento no exterior. Acredito
que esses fundos deveriam seguir o exemplo do que a China está
fazendo com enorme sucesso.
Cito também o caso da Coreia do Sul. O maior fundo de pensão
deste país asiático colocou sete bilhões de dólares à disposição
das companhias sul-coreanas para compras de empresas no exterior. Essa prática é considerada fonte de prestígio, também de
dividendos, sobretudo de management.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 31
Por que o CIEE é uma fonte de saber e cultura? Porque antes
do capital, o mais importante para fazer qualquer negócio é ter
a ideia, o conceito. Nenhuma quantia monetária relevante vai
para alguém que não saiba gerir o seu negócio. Não existe isso no
mundo. O capital é consequência de uma ideia e de uma capacidade de gerir.
Portanto, o momento é bom. O real está valorizado. Não acredito que o fato da moeda estar forte seja motivo para provocar
a desindustrialização. Essa cotação do real permitiu que o Brasil
saísse de uma exportação de 80 bilhões de dólares para atingir
um nível de 240 bilhões porque trouxe tecnologia, máquinas e
equipamentos que permitiram com que a agricultura e os serviços crescessem.
Se o dólar estivesse cotado em quatro ou cinco reais não seria
possível comprar nem a tecnologia e muito menos a maquinaria
necessária para manter o ritmo de industrialização e modernização que teríamos necessidade para chegar a esses valores.
Portanto, classifico este momento como crucial. A China está
comprando “tudo” em Portugal e também em várias partes da
Europa porque os preços estão atrativos, mas principalmente
porque há capacidade de gestão. Enquanto os Estados Unidos estão formando 50 mil engenheiros por ano, a China gradua 500
mil. Há uma pequena diferença, inclusive na geração do saber e
32 | Coleção CIEE 127
“observa-se a importância de
uma entidade como o CIEE, que
além de uma extrema projeção
nacional, exerce um papel
significativo na propagação
do conceito de gestão”
na aplicação do saber.
Por isso, observa-se a importância de uma entidade como o CIEE,
que além de uma extrema projeção nacional, exerce um papel significativo na propagação do conceito de gestão, principalmente
na formação de gente competente empresarialmente para poder
desenvolver este país com condições não apenas de chegar a ser a
quarta maior economia do mundo, mas também para manter-se
nessa posição.
Portanto, sem entrar em miúdos sobre a questão da Europa,
tentarei descrever um cenário de maneira mais ampla, já que
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 33
a moeda brasileira forte dá uma oportunidade enorme às empresas nacionais.
Desindustrialização: um
grande dilema
Mais importante do que o real forte é a inflação competitiva em
relação aos outros países. Enquanto o Brasil teve uma inflação de
5,5% em 2011, o restante do mundo teve uma média entre 1 a 2%.
Isso representa custos extraordinários para a indústria brasileira
que não são computados.
Uma alternativa seria voltar àquela época em que as exportações
eram pagas por câmbio. Essa conversão é paga quando o real está
desvalorizado, justamente porque o câmbio em baixa representa
uma redução da renda nacional.
As discussões mostram claramente que o Brasil está no caminho da estabilidade, mas o equilíbrio exige uma inflação que não
passe de 4%, no máximo. É preciso mantê-la em 4%, assim como
os 30 bilhões de exportações, e reduzir um pouco o custo Brasil.
34 | Coleção CIEE 127
Citando novamente a Arábia Saudita, vale ressaltar um número
que diz bastante sobre competitividade. O preço da energia elétrica neste país do Oriente Médio é de 0,28 por kW. No Brasil,
custam 2,80 por kW. Não é fácil competir dessa maneira.
Assim, os dilemas dessa nação não são os "tsunamis". Os problemas são estruturais e burocráticos. São os “tsunamis” das estradas esburacadas, por exemplo, e também da maior exportação de
impostos já feita pelo Brasil, vide o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação) que a maioria das pessoas não consegue sequer
entender sua finalidade.
O povo precisa, de maneira consciente, pressionar os políticos e entender que uma pátria não é feita de grandes declarações eleitoreiras. É construída por meio das exportações e uma
atuante política internacional. Sem a modernização do Estado
brasileiro, não será possível alcançar a consolidação e o tão desejado crescimento.
Portanto, a mensagem é sempre de otimismo. Particularmente,
não poderia ter aprendido algo diferente com o ex-presidente
Juscelino Kubitscheck.
O atual presidente voluntário do conselho de AdministraA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 35
ção do CIEE, Ruy Martins Altenfelder Silva, falou sobre
minha amizade imorredoura com o Juscelino, nas primeiras páginas desta palestra, e gostaria de citar um episódio
triste, sobre a morte do ex-presidente.
O encontrei numa sexta-feira à noite em São Paulo. Naquela época eu era presidente da ANFAVEA (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e lhe
disse que iria para Brasília no dia seguinte. Como ele também estava indo para a capital do país, convidei-o para ir
comigo, no meu avião. Combinamos de nos falarmos ao
meio-dia do sábado.
Quando telefonei no horário acertado, ele já havia saído do
lugar onde estava hospedado e não deixou recado algum. Fiquei sabendo que havia viajado de automóvel para o Rio de
Janeiro, quando aconteceu o acidente que lhe tirou a vida.
No dia seguinte, a Folha de S. Paulo publicou uma foto do
seu corpo e nela deu para notar o que havia em um dos
bolsos de Juscelino. Dava para enxergar um papel com o
número do meu telefone. Se ele tivesse me ligado e tivéssemos feito como o combinado, iria para Brasília comigo, e
certamente não teria sofrido o acidente.
A convivência com Juscelino Kubitschek no meu caso se
36 | Coleção CIEE 127
“O povo precisa, de maneira
consciente, pressionar os
políticos e entender que uma
pátria não é feita de grandes
declarações eleitoreiras.”
estendeu por muitos anos depois da sua cassação e me ensinou uma coisa muito importante. Ele não teve jamais um
problema de fígado, porque nunca odiou o seu próximo.
Juscelino Kubitschek apenas imaginava que vitórias e derrotas são faces diversas de uma mesma moeda. Olhar o futuro
de uma maneira positiva é talvez a única coisa que pessoas
mais velhas e experientes podem dizer aos jovens brasileiros.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 37
38 | Coleção CIEE 127
debAtes
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 39
DEBATES, COORDENADOS
POR LUIZ GONZAGA BERTELLI,
Presidente executivo do ciee
Quero enfatizar que ficamos honrados e agradecidos pelas
palavras incentivadoras do Mario Garnero sobre tudo o que
o CIEE faz em benefício dos estudantes brasileiros, principalmente do jovem mais desamparado, que é o objetivo maior
desta organização.
É oportuno registrarmos alguns que integraram essa galeria
fantástica de personalidades do mundo cultural e científico
que contribuíram sobremaneira na construção desta entidade.
Juntos com Ruy Altenfelder, presidente desta casa, tivemos Fernando Menezes e o saudoso Ricardo Izar, que faz tanta falta,
ele que se desgastou por demais como presidente da Comissão
de Ética da Câmara dos Deputados.
Comentava ainda há pouco com seu filho, também ilustre deputado federal, que uma das razões principais da morte precoce do Ricardo Izar foi o excessivo desgaste que sofreu nas inúmeras e infindáveis reuniões da Comissão de Ética da Câmara
dos Deputados.
40 | Coleção CIEE 127
Dizem os cardiologistas que o atenderam no Incor (Instituto
do Coração) que essa foi uma das principais razões da morte
de nosso saudoso deputado Ricardo Izar, que conosco compartilhou de todos os esforços na estruturação do Centro Acadêmico 22 de Agosto e na transformação da Faculdade Paulista
de Direito da PUC em uma das mais notáveis escolas jurídicas
da Nação, reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura,
como modelo das Escolas Jurídicas da Nação.
LUIZ GONZAGA BERTELLI. Primeira questão, elaborada
por Ricardo Franscisco Scurachio: Existe a possibilidade de
assumir características de êxito se praticada de forma intercambiável, enaltecendo seu amor ao próximo e ao ser humano
que o cerca?
MARIO GARNERO: Compreendo que essa pergunta tem o
sentido de saber se o lado humano prevalece mesmo nas condições econômicas ou nas condições políticas.
Acho que, fundamentalmente, tudo decorre da capacitação que
o homem vai adquirindo ao longo da vida. Acredito no ser humano que fundamentalmente é formado desde o momento de
seu nascimento, e mesmo antes, com aquilo que vai portar durante sua vida.
Muitas coisas virão com a cultura, outras com as circunstânA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 41
cias, mas, fundamentalmente, o lado humano nasce e deve ser
aprimorado dentro da linha que você tem de pensamento. Não
se imagine cambiar. Você tem que ser, na sua autenticidade,
aquilo que você é, porque o outro que está olhando está te vendo na sua integridade. Ele está vendo você em essência.
Portanto, essa condição humana de saber o que você é e o que deseja, e manter a convicção própria nos bons e nos maus momentos a mesma personalidade, é fundamental para o ser humano.
LUIZ GONZAGA BERTELLI. O Dorival Fontes de Almeida,
da Federação dos Contabilistas de São Paulo, pergunta: Os
executivos brasileiros têm, a seu ver, perfil e competências
para exercer cargos de relevância no alto escalão das empresas
europeias, sediadas na Comunidade Européia?
MARIO GARNERO: Sem dúvida. O que está faltando são
oportunidades das empresas se estabelecerem por lá. Basta observarmos o que está acontecendo na antiga AmBev e em várias
outras empresas.
Um exemplo típico se refere a um dos carros mais bonitos do
mundo, o Bentley, montadora que a Volkswagen comprou. O
projetista que lá trabalha saiu da Volkswagen, passou pela a
Audi, até chegar na Bentley. Atualmente, ele é chefe de desenho nessa renomada marca, responsável por fabricar o carro
42 | Coleção CIEE 127
de maior prestígio na Inglaterra. Ele concebeu um veículo que
recebeu diversos prêmios.
Acho que a capacitação do brasileiro está, em grande parte,
ligada às dificuldades que nós já tivemos. Essas adversidades
hoje se expressam pela possibilidade que temos de exportar
gente competente.
O presidente da Petrobrás na China é um brasileiro extremamente competente. Seja onde for, se você encontrar uma pessoa
do Brasil, entenderá que são muito bem cotados lá fora.
Por outro lado, acho que a presidente Dilma Rousseff está fazendo um grande programa para levar estagiários a estudar no
exterior. Só nos Estados Unidos, a China tem cerca de 120 mil
alunos estudando. A Arábia Saudita, que tem uma população
de 60 milhões de pessoas, tem aproximadamente 30 mil estudantes no exterior. O Brasil, que já está com quase 200 milhões
de habitantes, ainda conta com um número relativamente baixo de pessoas que estudam em outros países.
O estágio nas universidades em outras localidades, consideradas centros de saber, produz duas coisas que são extremamente
importantes. Em primeiro lugar, o conhecimento de um novo
mundo, e, em segundo, os relacionamentos pessoais.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 43
Gostaria de deixar uma sugestão para o CIEE. Da mesma forma
que o marketing é uma ciência nova, acho que o networking
também é algo que pode ser interpretado com base científica e
já está em desenvolvimento, mas ainda não tomou forma como
deveria. Acho que esse conceito será em algum momento durante os próximos dez anos transformado em uma ciência exata, como é o marketing hoje.
O CIEE, como em todos seus programas e ações, poderia ter
potencial para ter uma posição importante, de vanguarda,
nesse tema.
LUIZ GONZAGA BERTELLI. A estudante Vitória Prigarini,
da Columbia University, pergunta: Parabéns pela sua exposição. No seu entendimento, quais os países e quais os setores
mais oportunos para o investimento no Brasil de hoje?
MARIO GARNERO: Estou muito contente que alguém da
Universidade de Columbia esteja aqui. Temos desenvolvido atividades na Columbia, fazendo seminários sobre o BRIC (Brasil,
Rússia, Índia, China), considerados países em desenvolvimento, através do Fórum das Américas.
Atualmente, o Brasil está ganhando espaço na América Latina, principalmente para a Argentina, Peru e Chile. Acho que é
uma possibilidade muito próxima, inclusive pela facilidade de
44 | Coleção CIEE 127
língua, de expressão e de distância.
Eu entendo que os Estados Unidos são um bom país para se investir. Por outro lado, temos que considerar a perspectiva de que
300 mil empresas irão à falência neste ano na Europa, devido a
diversos motivos, inclusive falta de capitais ou problemas de gerência. Será que entre essas inúmeras empresas não encontraremos algumas que permitam a corporações brasileiras serem
beneficiadas com conhecimentos avançados que lá estão e que
poderão ser compradas hoje em condições vantajosas?
Isso se aplica à França, à Itália, à Bélgica, mesmo à Inglaterra
e também aos Estados Unidos, que eu ainda considero o país
mais barato do mundo. Uma pizza aqui custa cerca de 48 reais,
que equivale (na cotação atual) cerca de 25, 30 dólares. Com
essa quantia janta-se muito bem nos Estados Unidos. Com certeza, é possível comer mais que uma pizza com esse dinheiro.
Acho que existe realmente essa facilidade de ir para outros países e que os Estados Unidos ainda seria o objetivo principal.
Na alta tecnologia e na biotecnologia o Brasil tem uma possibilidade enorme de aquisições de processos e de empresas que
lá estão.
Na área importante das autopeças, por exemplo, que o governo
está empenhado em restabelecer a produção no país, há granA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 45
des oportunidades, assim como na bioquímica.
Em resumo, diria que pela facilidade do dólar, os Estados Unidos constituem a melhor oportunidade. Pela facilidade do conhecimento e das empresas que estão em dificuldades, a Europa, especialmente França, Itália, Espanha e Portugal.
LUIZ GONZAGA BERTELLI. O dr. Estéfano Verchelli pergunta: Como o senhor vê a política tributária brasileira, em
especial a política tributária atingindo as micro e pequenas
empresas e, dessa forma, inibindo o seu desenvolvimento?
MARIO GARNERO: Uma tragédia! Não entendo como ainda
não conseguimos ter a força política para reunir os governadores e criarmos um imposto como o IVA (Imposto sobre o Valor
Acrescentado), substituindo essa teia de aranha inominável dos
ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação).
E, mais ainda, esse volume de taxação que chega a 34,5% do
PIB (Produto Interno Bruto) em um país onde não se pode dizer
que exista sonegação institucionalizada.
Temos atualmente um aparelho arrecadador importante, que
cresce mais que o próprio PIB. Se fosse o contrário, seria possí46 | Coleção CIEE 127
vel aceitar. Mas esse mecanismo cresce mais que o PIB e isso só
acontece porque estamos pagando impostos.
Porém, acredito que esse problema tributário faça parte de
um conjunto de problemas chamado “custo Brasil”, onde a
vontade política esbarra em certas resistências que não se consegue resolver.
Não é possível que não se consiga, com vontade política, simplificar esses 70 impostos que temos aqui. Uma empresa média
gasta por ano três meses com auditores e com seu departamento
de contabilidade para poder fazer os balanços ou para poder
pagar os impostos em dia.
No caso da pequena e média empresa, ela não tem condições de
montar uma estrutura que garanta o pagamento dos impostos
em dia. Assim, ela paga os impostos, à medida que os fiscais
aparecem, para não se ter chateação. Portanto, não há nenhum
planejamento fiscal possível de ser feito em uma legislação que
é de 100 anos atrás.
LUIZ GONZAGA BERTELLI: Temos uma pergunta de outra
jovem estudante, a Cristina Gomes, que cursa o 5° período de
Serviço Social em uma universidade sui generis, a Universidade Ítalo-Brasileira. O reitor dessa universidade é um grande
amigo e parceiro do CIEE e, quando nos convidou para coA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 47
nhecer a instituição, ficamos surpresos. A universidade ministra aulas durante a madrugada. As aulas começam à meia-noite e terminam por volta das três horas da manhã.
O CIEE tem uma parceria muito efetiva com essa universidade, já que eles nos cedem graciosamente e em comodato,
salas para os cursos de alfabetização. Quando lá estivemos,
brincávamos com o reitor dizendo que não acreditávamos
que ele teria número de alunos suficiente. Por incrível que
pareça, devido ao dinamismo de São Paulo, ele tem todas as
vagas preenchidas e já nos comunicou a ampliação dos cursos devido à grande procura de estudantes, que só podem
estudar de madrugada.
Voltando a questão, a Cristina nos diz:
Como o senhor vê o fato de que sendo o Brasil já a sexta economia mundial, investe tão pouco em políticas públicas de
saúde, segurança e educação?
MARIO GARNERO: Só posso dizer que concordo integralmente. Quero voltar um pouco ao começo do que falei. Será possível
ser a quarta maior economia do mundo sem investir em educação e em saúde?
Estive na Coreia do Sul recentemente e vi crianças de 3 anos de
48 | Coleção CIEE 127
idade indo para a escola. Vi atendimentos de toda ordem, assim como também os presenciei na China. Os chineses tem um
problema maior que o Brasil porque tem 800 milhões de pessoas
que ainda estão vivendo no interior. Esses indivíduos não têm a
possibilidade de uma comunicação mais eficiente. Há também
a questão da língua, porque o mandarim é um idioma imposto.
Na China, cada província tem o seu dialeto. O mandarim é
falado apenas por uma determinada classe social.
Com todas as dificuldades que tem esse gigante asiático, eles estão
conseguindo resolver o problema da saúde e o problema da educação. Nós ainda falamos muito em educação, e aqui vejo o que
pioneiramente o CIEE fez. As minhas preocupações sempre foram
nessa linha desde a época do Centro Acadêmico "22 de Agosto".
Ora, eu acho que essas são duas prioridades que temos que enfrentar. Se chegarmos a ser a quarta maior economia do mundo
com os sistemas de saúde e educação que temos, essa situação
não dura nem o meio tempo de um jogo de futebol.
LUIZ GONZAGA BERTELLI: Temos aqui 5 perguntas sobre
o mesmo tema: solicitam que o palestrante profira algumas
palavras sobre o impacto real da Copa do Mundo de futebol
em 2014 no Brasil.
MARIO GARNERO: Se perdermos a disputa desse torneio, o
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 49
otimismo virará cobrança, será um forte impacto!
Alguém daqui supõe que vamos chegar mais rápido a um estádio porque houve melhorias nas linhas de metrô, ou nas vias de
acesso, ou ainda, porque haverá um trem de alta velocidade?
Teremos alguns eventos em sequência, principalmente no Rio
de Janeiro. Este ano, tivemos o Rio +20. São 80 chefes de estado
que se locomoveram durante três dias pela cidade. Cada um
deles trouxe uma comitiva de 20 pessoas; foi possível avaliar
eventuais problemas de alojamento e de movimentação.
Haverá também o encontro da juventude em 2013. Serão seis
milhões de pessoas no Rio de Janeiro. No ano seguinte, haverá a
Copa do Mundo e, em seguida, as Olimpíadas.
O Brasil não se dá conta do que isso representa em termos de
imagem mundial. Se tivermos uma Copa do Mundo de futebol
realmente bem feita, e o mesmo para as Olimpíadas, haverá os
mesmos efeitos que os jogos olímpicos produziram na China,
quando transformaram a visão que o mundo tinha de lá.
Estamos em uma época de transformação onde a imagem brasileira é positiva e não pode ser denegrida meramente pela falta de organização. Há um grande risco em promover eventos
desse porte.
50 | Coleção CIEE 127
LUIZ GONZAGA BERTELLI. A Tainá Botoni Andrade, da
Succar Sociedade Civil de Advocacia, pergunta: Que acha
sobre a nossa nova presidente? O Brasil está indo bem ou poderia estar melhor em alguns sentidos? Quais? Ela apoia os
estudantes e seus estudos de todos os tipos, cursos e universidades? De quais formas?
MARIO GARNERO: Eu diria que a presidente Dilma Rousseff
está procurando trazer a realidade ao Brasil de hoje.
É impossível um país manter os mesmos condicionantes financeiros como déficits da balança de pagamentos de 70 bilhões de
dólares por ano. Não há reservas que aguentem, muito menos a
possibilidade de ser financiado indefinidamente pelos capitais
internacionais.
Esse é um problema sério que não está sendo debatido no Brasil, e que foi enfrentado no passado: a falta de dólares.
Quando, hoje, reclama-se que não são preteridos mais dólares,
eu me lembro quando uma vez, em um final de ano, estava em
Nova Iorque e recebi o telefonema do Carlos Langoni, que era o
presidente do Banco Central da época.
Naquela época, estava na presidência da CNI (Confederação
Nacional da Indústria) e havia trazido o ex-presidente norteA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 51
-americano Ronald Reagan para o Brasil em uma visita depois
da crise do setembro negro que foi quando o México declarou
moratória. Naquela ocasião, o Presidente trouxe um cheque de
um bilhão de dólares para ajudar o Brasil.
Carlos Langoni telefonou-me para me pedir um favor. Disse que
para fechar o balanço de pagamentos do Brasil no fim do ano,
a Arábia Saudita havia prometido 500 milhões de dólares e se
não conseguíssemos esses 500 milhões de dólares iríamos para
o " default."
Ele queria que eu conversasse com o George Shultz, que era o
Secretário de Estado dos EUA na época e que havia sido membro do conselho do Brasilinvest, pedindo que ele interviesse junto à Arábia Saudita para a liberação dos recursos. Eu consegui
falar com o Shultz na Califórnia e no dia 26 os recursos foram
liberados. O Brasil fechou o balanço.
Observando o acontecido, uma situação que vi e participei, eu
me pergunto: será que gostaríamos que este país passasse outra vez pela mesma penúria de pedir para a Arábia Saudita
nos dar 500 milhões de dólares para fechar o nosso balanço de
pagamentos?
Portanto, há no ar algo que eu acho que a opinião pública precisa debater. O Brasil vai bem, mas não vai bem com 2,3 % de
52 | Coleção CIEE 127
crescimento. O Brasil precisa crescer, no mínimo, 4 ou 5% ao
ano e precisa ter uma inflação absolutamente sob controle. Não
existe pequena inflação, como por exemplo, não existe pequena
gravidez. A inflação existe e cresce.
E, finalmente, precisa-se verificar o seguinte: ainda temos uma
herança extremamente importante de indexação a ser resolvida neste país, que está resultando em uma inflação mensal
muito grande.
Portanto, resumindo, acho que a Presidente está tentando ser
uma boa manager e ela é porque conhece os assuntos. Porém,
há necessidade de olharmos o Brasil sem euforia. Precisamos
olhar para o país com a responsabilidade de chegar ao 4º lugar
e mantermo-nos nesse patamar, para posteriormente subir de
posição. Para isso, precisamos realizar as reformas hoje, não
daqui a dez anos.
LUIZ GONZAGA BERTELLI. Temos mais questões. O Flávio Renault, militar da Força Aérea Brasileira, pergunta: Se
o senhor fosse dar um conselho para um jovem iniciante no
mercado de trabalho, o que mencionaria como as razões preponderantes que o levaram a ser uma pessoa tão exitosa e tão
admirada em sua carreira profissional.
MARIO GARNERO: Muito obrigado pelos elogios, mas, aciA possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 53
ma de tudo, eu daria um conselho que não é propriamente um
conselho, mas é o que eu fiz na minha vida. Faça aquilo que
você gosta. Se o emprego que você tem, se aquilo que você está
fazendo, não lhe dá prazer 24 horas por dia, largue e comece
de novo, porque você nunca sairá da mediocridade se mantiver
essa linha de pensamento.
Emprego não se conquista. Emprego a pessoa tem na sua cabeça. Quando a pessoa cria, ela tem emprego em qualquer lugar
do mundo.
LUIZ GONZAGA BERTELLI: Peço ao palestrante que dirija
uma mensagem de estímulo para concluir a palestra, reiterando nossos agradecimentos.
MARIO GARNERO: Muito obrigado a todos, em especial aos
meus amigos e colegas da PUC-SP.
Vocês somente terão uma noção real do que o CIEE tem feito,
abrindo as portas das empresas e do conhecimento, depois de
um longo período de maturação. Hoje as oportunidades são
grandes. O Brasil vive uma fase de pleno emprego, mas esse
cenário não permite que cada um de nós que está em busca de
uma melhoria de vida imagine que ela não apresente altos e
baixos.
54 | Coleção CIEE 127
Haverá momentos de decepção, outros de grandeza, mas, acima de tudo, o conhecimento que vocês estão adquirindo aqui,
pela atuação do CIEE, será marcante na vida de cada um de
vocês.
Muito obrigado, meus caros presidentes Luiz Gonzaga Bertelli,
e Ruy Martins Altenfelder Silva. Agradeço também aos membros do Conselho, aqui presentes.
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 55
Durante a cerimônia de encerramento deste Fórum de Debates
sobre a Realidade Brasileira, o professor e desembargador Ney
Prado, presidente da Academia Internacional de Direito e Economia e integrante do Conselho Consultivo do CIEE, entregou o
Troféu Integração em homenagem a Mario Garnero.
O troféu é uma produção do escultor alemão Hans
Goldammer, e simboliza a busca do estudante para alcançar a
realização profissional.
56 | Coleção CIEE 127
HomenAGem
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 57
58 | Coleção CIEE 127
coleção
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 59
Coleção CIEE-01 (esgotado)
Estágio - investimento
produtivo
Publicação Institucional
do CIEE
Coleção CIEE-02 (esgotado)
A globalização da economia e
suas repercussões no Brasil
Ives Gandra da Silva Martins
Coleção CIEE-03 (esgotado)
A desestatização e seus reflexos
na economia
Antoninho Marmo Trevisan
Coleção CIEE-04 (esgotado)
Rumos da educação
brasileira
Arnaldo Niskier
Coleção CIEE-09 (esgotado)
O fim da escola
Gilberto Dimenstein
Coleção CIEE-10 (esgotado)
O peso dos encargos sociais
no Brasil
José Pastore
Coleção CIEE-11 (esgotado)
O que esperar do Brasil
em 1998
Marcílio Marques Moreira
Coleção CIEE-12 (esgotado)
As alternativas de emprego
para o mercado de trabalho
Walter Barelli
Coleção CIEE-17 (esgotado)
As novas diretrizes para o
ensino médio
Guiomar Namo de Mello
Coleção CIEE-18 (esgotado)
Formação de especialistas
para o mercado globalizado
Luiz Gonzaga Bertelli
Coleção CIEE-19 (esgotado)
A educação brasileira no
limiar do novo século
Simpósio CIEE/O
Estado de S. Paulo
Coleção CIEE-20 (esgotado)
A formação da nacionalidade
brasileira
João de Scantimburgo
Coleção CIEE-05 (esgotado)
As perspectivas da economia
brasileira
Maílson da Nóbrega
Coleção CIEE-13 (esgotado)
Redução tributária - urgência
nacional
Renato Ferrari, Alcides Jorge
Costa e Ives Gandra
da Silva Martins
Coleção CIEE-06 (esgotado)
Plano Real: situação atual
e perspectivas
Marcel Solimeo
e Roberto Luís Troster
Coleção CIEE-14 (esgotado)
A contribuição do 3º Setor
para o desenvolvimento
sustentado do País
Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE-22 (esgotado)
A universidade brasileira e
os desafios da modernidade
Paulo Nathanael Pereira
de Souza
Coleção CIEE-07 (esgotado)
Os desafios da educação
brasileira no século XXI
Simpósio CIEE/O
Estado de S. Paulo
Coleção CIEE-15 (esgotado)
Os rumos do Brasil
até o ano 2020
Ronaldo Mota Sardenberg
Coleção CIEE-23 (esgotado)
Os novos rumos do real:
previsões para a economia
brasileira após a mudança da
política cambial
Juarez Rizzeri
Coleção CIEE-08 (esgotado)
Os cenários possíveis para
a economia em 98
Luís Nassif
60 | Coleção CIEE 127
Coleção CIEE-16 (esgotado)
As perspectivas da indústria
brasileira e a atual
conjuntura nacional
Carlos Eduardo Moreira Ferreira
Coleção CIEE-21 (esgotado)
A educação ontem, hoje
e amanhã
Jarbas Passarinho
Coleção CIEE-24 (esgotado)
Brasil: saídas para a crise
Alcides de Souza Amaral
Coleção CIEE-25 (esgotado)
A educação e o
desenvolvimento nacional
José Goldemberg
Coleção CIEE-26 (esgotado)
A crise dos 500 anos: o Brasil
e a globalização da economia
Rubens Ricupero
Coleção CIEE-27 (esgotado)
A língua portuguesa:
desafios e soluções
Arnaldo Niskier, Antonio
Olinto, João de Scantimburgo,
Ledo Ivo e Lygia Fagundes
Telles Simpósio CIEE/ABL
Coleção CIEE-28 (esgotado)
Propostas para a retomada
do desenvolvimento
sustentável nacional
João Sayad
Coleção CIEE-29 (esgotado)
O novo conceito de filantropia
II Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE-30 (esgotado)
As medidas governamentais
de controle de preços
Gesner de Oliveira
Coleção CIEE-31 (esgotado)
A crise brasileira:
perspectivas
Antônio Barros de Castro
Coleção CIEE-32 (esgotado)
O futuro da justiça
do trabalho
Ney Prado
Coleção CIEE-33 (2ª ed./
esgotado)
Perspectivas da economia e
do desenvolvimento brasileiro
Hermann Wever
Coleção CIEE-34 (esgotado)
O que esperar do Brasil na
virada do século
Eduardo Giannetti
Coleção CIEE-35 (esgotado)
O ensino médio e o estágio
de estudantes
Rose Neubauer
Coleção CIEE-36 (esgotado)
Perspectivas da cultura
brasileira
Miguel Reale
Coleção CIEE-37 (esgotado)
Política pública de
qualificação profissional
Nassim Gabriel Mehedff
Coleção CIEE-38 (esgotado)
Perspectivas da economia
brasileira para além
da conjuntura
Gustavo Franco
Coleção CIEE-39 (esgotado)
As empresas e a capacidade
competitiva brasileira
Emerson de Almeida
Coleção CIEE-40 (esgotado)
A globalização e a economia
brasileira
Antônio Carlos de Lacerda
Coleção CIEE-41 (esgotado)
A dignidade humana e
a exclusão social
III Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE-42 (esgotado)
Recomendações para a
retomada
do desenvolvimento
Aloizio Mercadante
Coleção CIEE - Especial
(esgotado)
Guia prático do CADE
A defesa da concorrência no
Brasil
Coleção CIEE-43 (esgotado)
O CADE e a livre concorrência
no Brasil
Seminário CIEE/Correio
Braziliense
Coleção CIEE-44 (esgotado)
Profissões em alta no mercado
de trabalho
Luiz Gonzaga Bertelli
Coleção CIEE-45 (esgotado)
Democracia no Brasil:
pensamento social, cenários
e perfis políticos
Gaudêncio Torquato
Coleção CIEE-46 (esgotado)
Necessidades profissionais
para o século XXI
Norberto Odebrecht
Coleção CIEE-47 (esgotado)
O trabalho no Brasil: novas
relações x leis obsoletas
Almir Pazzianotto Pinto
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 61
Coleção CIEE-48 (esgotado)
O futuro da aviação comercial
no Brasil
Ozires Silva
Coleção CIEE-49 (esgotado)
Desafios da economia
brasileira e suas perspectivas
para 2001
Clarice Messer
Coleção CIEE-50 (esgotado)
O Brasil no terceiro mundo
Cristovam Buarque
Coleção CIEE-51 (esgotado)
O mercado de capitais no
Brasil: desafios e entraves
para seu desenvolvimento
Humberto Casagrande Neto
Coleção CIEE-52 (esgotado)
O voluntariado no Brasil
IV Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE-53 (esgotado)
Revolução de 32: um painel
histórico
Simpósio CIEE/APH/IRS
Coleção CIEE-54 (esgotado)
Os reflexos da economia
global no desenvolvimento
brasileiro
Luciano Coutinho
Coleção CIEE-55 (esgotado)
As condições necessárias
para o Brasil crescer
Delfim Netto
62 | Coleção CIEE 127
Coleção CIEE-56 (esgotado)
Globalização e
hipercompetição:
a sociedade das organizações
e o desafio da mudança
Thomaz Wood Jr.
Coleção CIEE-57 (esgotado)
Desenvolvimento social,
previdência e pobreza no Brasil
Roberto Brant
Coleção CIEE-58 (esgotado)
A paixão pela poesia
Arnaldo Niskier, Carlos Nejar,
Ledo Ivo, Lygia Fagundes
Telles e Mário Chamie
Coleção CIEE-59 (esgotado)
Rumos da educação no Brasil
Simpósio CIEE/O Estado de
S. Paulo
Coleção CIEE-60 (esgotado)
Reforma tributária: solução
ou panacéia?
Osíris de Azevedo Lopes Filho
Coleção CIEE-61 (esgotado)
Os atentados em Nova York e
os interesses internacionais
do Brasil
Flávio Miragaia Perri
Coleção CIEE-62 (esgotado)
Lei de responsabilidade
fiscal: esperanças e
decepções
Diogo de Figueiredo Moreira
Neto
Coleção CIEE-63 (esgotado)
A saúde no novo conceito
de filantropia
Antônio Jacinto Caleiro Palma
Coleção CIEE-64 (esgotado)
Fundamentos da política
econômica do governo Lula
Guido Mantega
Coleção CIEE-65 (esgotado)
O Banco Central e a defesa
da concorrência no mercado
financeiro
Gustavo Loyola
Coleção CIEE-66 (esgotado)
Enxergando o amanhã com
os olhos de hoje
Gaudêncio Torquato
Coleção CIEE-67 (esgotado)
Juventude, escola e
empregabilidade
V Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE-68 (2ª Edição)
Educação: Velhos Problemas,
Novas (?) Soluções
Paulo Nathanael Pereira de
Souza
Coleção CIEE-69 (esgotado)
Cobrança de impostos
ameaça o futuro da
filantropia
VI Seminário do 3º Setor
Coleção CIEE - Especial
(esgotado) 2ª Ed. revista e
ampliada Guia prático do
CADE - A defesa da
concorrência no Brasil
Coleção CIEE-70 (esgotado)
A importância do estágio na
formação do aluno do ensino
médio
Antônio Ruiz Ibañez
Coleção CIEE-71 (esgotado)
Antônio Cândido, Guerreiro da
Educação - Prêmio Professor
Emérito 2003
CIEE/O Estado de S. Paulo
Coleção CIEE-72 (2ª edição)
Educação e saber
Paulo Nathanael Pereira de
Souza
Coleção CIEE-73 (2ª edição)
O pressuposto da ética na
economia, nas empresas,
na política e na sociedade
Ruy Martins Altenfelder Silva
Coleção CIEE-74 (esgotado)
Empregabilidade
VII Seminário CIEE - Gazeta
Mercantil do 3º Setor
Coleção CIEE-75 (esgotado)
Analfabetismo: proposta para
a sua erradicação
Jorge Werthein
Coleção CIEE-76 (esgotado)
Educação, estágio e
responsabilidade fiscal
das prefeituras
Ives Gandra da Silva
Martins, Marcos Nóbrega,
Luiz Gonzaga Bertelli e Paulo
Nathanael Pereira de Souza
Coleção CIEE-77 (esgotado)
Valorização imobiliária
Nelson Baeta Neves
Coleção CIEE-78 (esgotado)
As metas inflacionárias
no Brasil
Paulo Picchetti
Coleção CIEE-79 (esgotado)
A qualidade dos estágios
e sua importância
socioprofissional
Seminário CIEE-SEMESP
Coleção CIEE-80 (esgotado)
Desafios da administração de
uma grande metrópole
(São Paulo)
Walter Feldman
Coleção CIEE-81 (esgotado)
A realidade educacional
brasileira
e o desenvolvimento do País
Roberto Cláudio Frota Bezerra
Coleção CIEE-82 (esgotado)
Os entraves para o
desenvolvimento nacional e
as recomendações para sua
superação
Abram Szajman
Coleção CIEE-83 (esgotado)
O cenário econômico latinoamericano e seus reflexos
no mercado acionário
Alfried Karl Plöger
Coleção CIEE-84 (esgotado)
Jornalismo político: uma
visão do Brasil
Murilo Melo Filho
Coleção CIEE-85 (esgotado)
A política monetária
brasileira e seus reflexos no
desenvolvimento do país
Josué Christiano Gomes
da Silva
Coleção CIEE-86 (esgotado)
Tecnologia, Economia e
Direito: visão integrada
e multissetorial
José Dion de Melo Teles
Coleção CIEE-87 (esgotado)
Brasil: competitividade e
mercado global
Marcos Prado Troyjo
Coleção CIEE-88 (esgotado)
A arte de empreender:
o respeito aos limites do
ser humano
Eduardo Bom Angelo
Coleção CIEE-89 (esgotado)
A educação brasileira e a
contribuição das entidades
de filantropia
Roberto Teixeira da Costa
Coleção CIEE-90 (esgotado)
A situação atual da educação
brasileira
Paulo Tafner
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 63
Coleção CIEE-91 (esgotado)
O desenvolvimento das
economias japonesa e
asiática
Yuji Watanabe
Coleção CIEE-92 (esgotado)
A contribuição da Embraer no
desenvolvimento da indústria
aeronáutica brasileira
Luís Carlos Affonso
Coleção CIEE-93 (esgotado)
A nova fase da crise
brasileira
Oliveiros da Silva Ferreira
Coleção CIEE-94 (esgotado)
Inventário da educação
brasileira e recomendações
para seu aperfeiçoamento
Seminário
Coleção CIEE-99 (esgotado)
Reflexões sobre a conjuntura
nacional
Geraldo Alckmin
Coleção CIEE-100 (esgotado)
Presença da universidade no
desenvolvimento brasileiro:
uma perspectiva histórica
Simpósio
Coleção CIEE-101 (esgotado)
O estabelecimento de um
modelo de sustentabilidade
ambiental no Estado
de São Paulo
Xico Graziano
Coleção CIEE-107 (esgotado)
O mercado de trabalho
paulista e a capacitação
profissional
Guilherme Afif Domingos
Coleção CIEE-108 (esgotado)
O papel do Ministério Público
em relação a entidades do
Terceiro Setor: filantrópicas
e de assistência Social
Airton Grazzioli
Coleção CIEE-109 (esgotado)
Olhando para o Brasil do futuro:
perspectivas e debates
Emílio Odebrecht
Coleção CIEE-102 (esgotado)
O papel dos Tribunais de Contas
na Educação Brasileira
Antônio Roque Citadini
Coleção CIEE-110 (esgotado)
Para melhor entender nosso
País de hoje e de amanhã
Carlos Alberto Sardenberg
Coleção CIEE-95 (esgotado)
Negociações agrícolas
internacionais
Marcos Sawaya Jank
Coleção CIEE-103 (esgotado)
Os desafios da administração
de uma metrópole
Gilberto Kassab
Coleção CIEE-96 (esgotado)
Um século de sindicalismo
no Brasil
Almir Pazzianotto
Coleção CIEE-104 (esgotado)
A Caixa Econômica Federal e
suas atividades no país
Carlos Gomes Sampaio de
Freitas
Coleção CIEE-111 (esgotado)
A defesa nacional e a
situação atual das forças
armadas brasileiras
General Alberto Mendes
Cardoso
Coleção CIEE-97 (esgotado)
A atual situação da educação
brasileira - medidas para o
seu aperfeiçoamento
Samuel de Abreu Pessôa
Coleção CIEE-98 (esgotado)
O futuro do abastecimento
energético no Brasil e no mundo
Carlos Alberto de Almeida
Silva e Loureiro
64 | Coleção CIEE 127
Coleção CIEE-105 (esgotado)
A ética no Brasil: a cabeça
dos brasileiros
Alberto Carlos Almeida
Coleção CIEE-106 (esgotado)
A necessidade dos seguros
para o desenvolvimento
sustentável brasileiro
Luiz Carlos Trabuco Cappi
Coleção CIEE-112 (esgotado)
Células-tronco: O que
poderão representar?
Mayana Zatz
Coleção CIEE-113 (esgotado)
Perspectivas do setor
de habitação
João Crestana
Coleção CIEE-114 (esgotado)
Aquecimento global
e sustentabilidade
Carlos Alberto de Mendes Thame
Coleção CIEE-115 (esgotado)
Amazônia: mito, realidade
e futuro
João Carlos de Souza Meirelles
Coleção CIEE-116 (esgotado)
O desenvolvimento da
aviação nacional
Adalberto Febeliano
Coleção CIEE-117 (esgotado)
Indústria aeronáutica no Brasil - Evolução e perspectivas
do seu desenvolvimento
Frederico Fleury Curado
Coleção CIEE-118 (esgotado)
Perspectivas para a Copa do
Mundo de 2014 no Brasil
Luiz Sales
Coleção CIEE-119 (esgotado)
A justiça superior do
trabalho no Brasil: atuação e
regularidade dos processos
pendentes no TST
Milton de Moura França
Coleção CIEE-120 (esgotado)
Perspectivas do mercado de
televisão por assinatura no Brasil
Alexandre Annenberg
Coleção CIEE-123
A importância do Estado de
São Paulo na economia, na
cultura, na educação e no
desenvolvimento do País
Geraldo Alckmin
Coleção CIEE-124
O novo jeito de fazer
negócios no Brasil
Fernando Byington Egydio
Martins
Coleção CIEE-125
A preparação de engenheiros
para o mercado de trabalho
brasileiro: a experiência do ITA
Reginaldo dos Santos
Coleção CIEE-126
As Agências de Formento e o
seu papel no financiamento
de longo prazo, notadamente
junto às pequenas
e médias empresas.
Milton Luiz de Melo Santos
Coleção CIEE-127
A possibilidade existente
de maior participação
brasileira no mercado Europeu
Mario Bernardo Garnero
Coleção CIEE-121 (esgotado)
Como aprimorar a educação
superior no Brasil
Eduardo Alcalay
Coleção CIEE-122 (esgotado)
A visão do atual estágio
da educação brasileira
e recomendações para
a sua melhoria
Gustavo Ioschpe
A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado Europeu | 65
CONSELHO CONSULTIVO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Mandato de 16/4/2012 a
15/4/2015)
Presidente
Ruy Martins Altenfelder Silva
Vice-Presidentes
Antonio Penteado Mendonça
Antonio Jacinto Caleiro Palma
Wálter Fanganiello Maierovitch
Conselheiros
Humberto Casagrande Neto
José Augusto Minarelli
Orlando de Almeida Filho
FUNDADORES
Aloysio Gonçalves Martins
Clóvis Dutra
Geraldo Francisco Ziviani
José Franklin Veras Viégas
Mario Amato
Paulo Egydio Martins
Térbio de Mattos
PRESIDENTE EXECUTIVO
Luiz Gonzaga Bertelli
Adhemar César Ribeiro
Ana Maria Vilela Igel
Carlos Eduardo Moreira Ferreira
César Gomes de Mello
Élcio Aníbal de Lucca
Dom Fernando Antônio Figueiredo
Flávio Fava de Moraes
Gaudêncio Torquato
Gesner de Oliveira
Hermann Heinemann Wever
Ivette Senise Ferreira
João Guilherme Sabino Ometto
Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos
CONSELHO FISCAL
Titulares
Antoninho Marmo Trevisan
Antonio Garbelini Junior
Ricardo Melantonio
PRESIDENTES EMÉRITOS
Alex Periscinoto
Antonio Jacinto Caleiro Palma
Herbert Victor Levy Filho
João Baptista Figueiredo Júnior
MEMBROS HONORÁRIOS
Adib Jatene
Amauri Mascaro Nascimento
Angelita Habr-Gama
Antonio Candido de Mello e Souza
Antônio Hélio Guerra Vieira
Clarice Messer
Dorival Antônio Bianchi
Edevaldo Alves da Silva
Evanildo Bechara
Guilherme Quintanilha de Almeida
Ives Gandra da Silva Martins
Jarbas Miguel de Albuquerque
Maranhão
José Vicente
Liz Coli Cabral Nogueira
Marcos Troyjo
Ney Prado
Norton Glabes Labes
Ozires Silva
Rogério Amato
Sebastião Misiara
Tácito Barbosa Coelho Monteiro Filho
Wander Soares
Wilson João Zampieri
Yvonne Capuano
Suplentes
José Frugis
Shozo Motoyama
Vandermir Francesconi Júnior
Júlio César de Mesquita
Laerte Setúbal Filho
Paulo Nathanael Pereira de Souza
João Geraldo Giraldes Zocchio
João Monteiro de Barros Filho
José Cretella Jr.
José Feliciano de Carvalho
José Pastore
Laudo Natel
Leonardo Placucci
Luiz Augusto Garaldi de Almeida
Nelson Alves
Nelson Vieira Barreira
Paulo Emílio Vanzolini
Paulo Nogueira Neto
Ruy Mesquita
MEMBROs beneméritos
Antonio Ermírio de Moraes
66 | Coleção CIEE 127
Lázaro de Mello Brandão
RINO COM
O Brasil do futuro
se conquista com
oportunidades
para todos.
Os programas de estágio e aprendizagem
do CIEE beneficiam milhares de estudantes
em todo o Brasil, inclusive aqueles
de condição social e econômica menos
favorecida. Há 48 anos, o CIEE colabora
para a inserção do jovem no mercado
de trabalho, promovendo a cidadania
e a inclusão social.
Sede: Rua Tabapuã, 540
Itaim Bibi - São Paulo/SP
CEP 04533-001
(11) 3046-8211
www.ciee.org.br
Nessa obra intitulada “A possibilidade
existente de maior participação brasileira no mercado europeu”, resultado
de uma edição do Fórum Permanente
de Debates sobre a Realidade Brasileira – CIEE, o empresário Mario Bernardo Garnero, graduado pela Faculdade
Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo, passa um pouco de sua vasta experiência política
e profissional.
Mario Garnero é fundador e Presidente do Conselho do Grupo Brasilinvest, do Fórum das Américas, da Associação das
Nações Unidas – Brasil e do JURISUL, Instituto Interamericano de Estudos Jurídicos sobre o Mercosul.
Dentre os diversos cargos exercidos, foi presidente da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, do Sindicato Nacional
da Indústria de Tratores, Caminhões e Veículos Similares, e
da ANFAVEA, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
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