LIVRO 7
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LIVRO 7
LIVRO 7 LÍNGUA PORTUGUESA 1. (UF(C) Assinale V para verdadeiro e F para falso quanto à concordância nominal. ( ) ( ) ( ) ( ) É necessário a conservação daquelas lembranças para que ele se sinta vivo. Por mais que tentem mudar seus hábitos, os filhos são tais quais os pais. As crianças estavam meio alvoroçadas no domingo. Ágil e delicada, na tarde de domingo, as mãos maternas tocavam piano. (A) FFFF (B) FVVF (C) VVVV (D) FFVV (E) VFVF REPOSTA: B RESOLUÇÃO: Comentário: Em: “Por mais que tentem mudar seus hábitos, os filhos são tais quais os pais” essa concordância está correta, pois tais concorda com o substantivo filhos que está no plural, e quais concorda com o substantivo pais, que também está no plural. Caso esses substantivos estivessem no singular, os mesmos elementos também estariam, pois o tal concorda com o anterior e o qual com o seu posterior. Em: “As crianças estavam meio alvoroçadas no domingo”, a concordância está correta, pois a palavra meio, quando advérbio (meio=um pouco), é invariável. 2. 3. (G1 - ifsc 2011) Assinale a única alternativa na qual está correta a concordância verbal, segundo a norma padrão da língua portuguesa. (A) Aconteceu alguns fatos muito estranhos no ano passado. (B) Nem faziam dois meses que ela se fora. (C) A retirada das tropas levariam algum tempo ainda. (D) Foi conseguido muitas doações para os desabrigados. (E) Se houvesse interessados, ele venderia o barco. RESPOSTA: E O verbo “haver”, no sentido de existir, é impessoal e deve permanecer na 3ª pessoa do singular, como se enuncia em [E]. As demais opções estão erradas, pois “aconteceram”, “fazia”, “levaria” e “foram conseguidas” deveriam substituir as formas verbais usadas em [A], [B], [C] e [D] para se adequarem às regras da gramática normativa. 4. (G1 - cps 2011) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal. (A) Os rapazes que praticam surf mantêm suas pranchas muito bem cuidadas. (B) A nadadora está meia apreensiva, pois a travessia será em mar aberto. (C) Em 2011, farão cinco anos que ele venceu o campeonato paulista de judô. (D) Elas mesmos foram em busca de patrocínio para a equipe de ginástica. (E) Afixada no mural estão as listas dos atletas que participarão da São Silvestre. RESPOSTA: A As opções (B), (C), (D) e (E) apresentam infrações à norma culta, já que os termos “meia”, “farão”, “mesmos” e “afixada” deveriam ser substituídos, respectivamente, por “meio”, “fará”, mesmas” e “afixadas” para respeitarem as regras gramaticais de concordância. (FGV) Assinale a alternativa em que se apresenta o motivo porque se deve usar o ponto-e-vírgula no trecho e em que há uma frase na qual ele deve ocorrer. (A) Enumeração de informações. A vida de Obama tem muito dos romances de John Steinbeck: a mãe que vivia “batendo asas” o pai um homem emblemático e ausente o avô materno que se criou na cidade de El Dorado no Kansas. (B) Seriação de coisas. Obama foi criado na Indonésia e no Havaí países em que frequentou escolas e mais tarde aterrissou em Chicago. (C) Interrupção de ideias. O senador John McCain candidato republicano frequentou mais de uma dezena de escolas porque seu pai um almirante era transferido com frequência. (D) Suspensão do pensamento. Descrever Obama como um desenraizado como pretendem alguns leva a perguntar o que é ser desenraizado. (E) Pausa entre as ideias. Tendo sido um migrante por causa da carreira de meu pai John McCain acabei me tornando um andarilho por vontade própria. REPOSTA: A RESOLUÇÃO: Comentário: O uso de ponto e vírgula tem aplicação recomendada pela norma culta em casos específicos, tais como nos de enumeração ou suavização de orações coordenadas muito longas, no sentido de facilitar sua compreensão. No caso da questão, está-se diante de uma ocorrência de enumeração de informações: A vida de Obama tem muito dos romances de Steinbeck: a mãe vivia "batendo asas"; o pai, um homem emblemático e ausente; o avô materno, que se criou na cidade de El Dorado, no Kansas. 1 5. (UFPR) No ano em que se comemoram os 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart a festa dura 365 dias e foi batizada como Ano Mozart com destaque para a programação em cidades como Salzburgo terra natal do compositor Viena onde ele viveu depois de se casar e Praga sua "pátria artística". 7. (AFTN) Está correta a concordância verbal na sentença: (A) Tratam-se de discussões que reflete sobre a questão do endividamento externo serão o tema central do encontro. (B) Durante o seminário, apresentou-se três propostas diferentes de revisão da lei salarial. (C) Incluir-se no parecer do relator as alterações aceitas de comum acordo para todos os partidos. (D) Seria ingênuo pensar que as restrições palacianas ao projeto decorre apenas de idiossincrasias pessoais. (E) Positivamente falta clareza e seriedade na condução dos negócios públicos. REPOSTA: E RESOLUÇÃO: Quando o sujeito composto vem posposto ao verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo. 8. (TRT) Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa. Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real ... O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota (A) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém alheio ao contexto. (B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o interesse do leitor. (C) certeza da concordância de um eventual leitor com a opinião ali exposta. (D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos que ocorrem na vida real. (E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base em dados reais. REPOSTA: E RESOLUÇÃO: As reticências geralmente são usadas para marcar uma continuação da fala do locutor, de certo grau de emoção, de se fazer subentender. Por isso, cabe a interpretação de uma hesitação, pelo comentário subjetivo, sem dados reais. Tudo isso ratificado pelo advérbio “Provavelmente”. 9. (TCE-SP-2009) O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma ressalva em: (A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. (B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube... ("Revista Tam", ano 3 no 29, julho de 2006, p. 141) Ainda que não houvesse nenhuma dessas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart. A reescrita correta do trecho quanto à concordância verbal é: I. Ainda que não houvesse essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart. II. Embora não existisse nenhuma dessas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart. III. Mesmo que não existissem essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart. IV. Embora não houvessem essas celebrações, bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera" Mozart. (A) Apenas II está correta. (B) Apenas I, II e III estão corretas. (C) Apenas I e II estão corretas. (D) Apenas IV está correta. (E) Apenas II, III e IV estão corretas. REPOSTA: B RESOLUÇÃO: Comentário: O item IV é falso, pois verbo haver no sentido de existir, ocorrer, é usado no singular. 6. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do período abaixo. “Informaram aos candidatos que, ___________, seguiam a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico, e que estariam inteiramente à ________ disposição para verificação.” (A) anexo – vossa (B) anexos – sua (C) anexo – sua (D) anexas – vossa (E) anexos – vossa RESPOSTA: B O sujeito composto da oração “a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico” apresenta três núcleos (“comunicação”, “resultado” e “indicação”), sendo que um deles pertence ao gênero masculino o que obriga à concordância do adjetivo com o plural masculino (“anexos”). O pronome possessivo relaciona-se com o termo “candidatos”, por isso é adequado o uso da terceira pessoa do plural (“sua”). Assim, é correta a opção [B]. 2 (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é úmido e rico em etano... REPOSTA: A RESOLUÇÃO: A ressalva é expressa por conjunções que transmitam contrastes, oposições, como é o caso da conjunção coordenativa adversativa “mas”. Fragmento do texto: Apesar de sua fama internacional como detentor da maior biodiversidade e da maior floresta tropical do planeta, o Brasil ainda tira muito pouco proveito de suas belezas naturais como atração turística. Os prejuízos são tanto econômicos quanto ambientais: o País deixa de participar de um mercado bilionário, cujos benefícios podem ser revertidos tanto para o desenvolvimento quanto para a conservação. Os prejuízos são tanto econômicos quanto ambientais: o País deixa de participar de um mercado bilionário... Os dois-pontos introduzem, no contexto, um segmento que (A) apresenta sentido que contradiz o que vem sendo afirmado anteriormente. (B) indica uma interrupção do assunto desenvolvido, com início de outro, de sentido diverso. (C) repete intencionalmente uma mesma afirmativa, porém de forma desnecessária ao sentido. (D) enumera as atrações turísticas citadas anteriormente, de forma necessária no contexto. (E) explica o sentido da afirmativa feita imediatamente antes do emprego desses sinais. REPOSTA: E RESOLUÇÃO: Note que os dois-pontos podem ser substituídos pela conjunção “porque” (antecipada de vírgula ou não), preservando o sentido explicativo. Veja: Os prejuízos são tanto econômicos quanto ambientais, pois o País deixa de participar de um mercado bilionário, cujos benefícios podem ser revertidos tanto para o desenvolvimento quanto para a conservação. Isso confirma que a alternativa ((E) é a correta, pois há uma explicação de que este mercado bilionário levaria benefícios tanto para o desenvolvimento quanto para a conservação. Assim, há prejuízos tanto econômicos quanto ambientais. (E) assinalam a fala de um interlocutor até então alheio ao contexto. REPOSTA: A RESOLUÇÃO: Os dois-pontos neste contexto assinalam uma enumeração, a qual não se encontra na resposta. Quando há uma enumeração, não deixa de haver também uma explicação, por isso a única resposta possível é a alternativa ((A). Na alternativa ((B), realmente há uma sequência, mas não uma repetição. Também não ocorre intenção de realce apenas. Na alternativa ((C), não ocorre quebra na sequência lógica das ideias. A pontuação que sinaliza isso são as reticências, e não servem neste contexto. Na alternativa ((D), não há observações que minimizam o sentido da expressão anterior, mas há sequência lógica que explica o termo anterior. Na alternativa ((E), os dois-pontos também podem iniciar uma citação, a fala de um interlocutor, mas isso não ocorreu neste contexto. 10. (TRF) 12. (TRT) Fragmento do texto: Diferentemente da religião, a superstição tem fins específicos. Apelamos para ela quando precisamos de uma “forcinha” a mais, venha ela de onde vier. Que mal há em ter sobre a mesa do escritório uma pequena ferradura que um amigo nos deu de presente? Quando se trata de superstição, tudo é mais prático, porque envolve o que os estudiosos chamam de “meia-crença”. Ninguém precisa acreditar inteiramente numa simpatia para executá-la. Pequenos rituais, como comer lentilhas no Reveillon (já que o grão, quando cozido, aumenta de tamanho, o que significa crescimento e fartura, segundo a tradição greg(A), geralmente não dão muito trabalho e são quase sempre acessíveis a todos, pobres ou ricos. Assim resistem ao tempo e se conservam crenças milenares que enriquecem a cultura e a história das civilizações. (já que o grão, quando cozido, aumenta de tamanho, o que significa crescimento e fartura, segundo a tradição greg(A) Os parênteses isolam, considerando-se o contexto, (A) enumeração de dados já apresentados. (B) longo comentário explicativo. (C) repetição enfática da mesma ideia. (D) temporalidade na sequencia de ideias. (E) introdução de informação alheia ao assunto. REPOSTA: B RESOLUÇÃO: A expressão entre parênteses é um comentário do autor, chamada de orações intercaladas ou parentéticas, cuja intenção é explicar algo, utilizando para isso a conjunção de valor coordenativo explicativo “já que”. 11. (TRT) O choque dos alimentos está produzindo enormes estragos globais: semeia inflação, desarranja o abastecimento, precipita protecionismos e fermenta crises políticas. Os dois-pontos, no contexto da frase, (A) introduzem um segmento de caráter explicativo e especificativo. (B) assinalam uma sequência repetitiva, como um realce no contexto. (C) indicam quebra na sequência lógica das ideias em desenvolvimento. (D) introduzem observações que minimizam o sentido da expressão anterior. 13. (TRT) Fragmento do texto: A integração europeia representa o inédito na vida internacional. É uma resposta historicamente distinta de qualquer outra no trato dos três conhecidos problemas inerentes à dinâmica do funcionamento do sistema internacional, no qual paz e guerra se alternam. Com efeito, a Europa que se constituiu a partir do Tratado de Roma logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores. 3 ... logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores. Os dois-pontos introduzem, considerando-se o contexto, (A) citação exata de anotações em documentos referentes ao assunto. (B) segmento enumerativo e explicativo, importante para dar continuidade à explanação das ideias. (C) repetição, com detalhes necessários, de um dado anteriormente apontado. (D) gradação na sequencia dos itens, para assinalar a importância maior do seguinte em relação ao anterior. (E) condição importante no desenvolvimento, como justificativa das medidas citadas anteriormente. REPOSTA: B RESOLUÇÃO: Perceba novamente o emprego dos dois-pontos. Já vimos nas questões anteriores que ele serve para separar o aposto explicativo e enumerativo. Neste caso, a enumeração é uma sequência de ações, com verbos no infinitivo. Por isso a alternativa B é a correta. I. II. O travessão isola um segmento opinativo. A observação introduzida pelo travessão associa-se diretamente à expressão na esteira da Revolução Industrial. III. Estaria correta a substituição do travessão por uma vírgula, sem prejuízo da estrutura sintática e do sentido original de todo o período. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) II. (B) III. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III. REPOSTA: D RESOLUÇÃO: O travessão normalmente é empregado para isolar um comentário do autor com diversos valores semânticos, como explicação, contrastes, justificativas, etc. No caso em tela, o autor fez uma inserção com sua apreciação, observação, isto é, um dado opinativo sobre o crescimento da porcentagem referida no texto. Por isso a frase I está correta. Por observarmos que o comentário do autor se refere ao crescimento da porcentagem, entende-se que a frase II está incorreta. Perceba que a banca ainda reforça o erro inserindo o vocábulo “diretamente”. O comentário do autor pode ser separado por vírgula, travessão ou pode ficar entre parênteses. No caso deste excerto, o comentário pode ser separado por vírgula sem incorrer em desvio gramatical. 14. (Unifesp 2013) O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar. Autocontrole e disciplina sem preparação adequada __________ criar mais problemas mentais e de personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que todo iniciante enfrenta: dominar a mente. Devido __________ abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como uma categoria de ioga __________ trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade. 16. (Insper 2013) Troque o verbo ou feche a boca Rita Lee cantava uma música que dizia "o resto que se exploda, feito Bomba H". Será que na língua culta existe "exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou seja, não tem conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da segunda pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.). Muita gente não sabe da existência dos defectivos e os "conjuga" em todas as pessoas. (Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com (A) pode – a essa – aonde. (B) podem – a essa – que. (C) pode – à essa – o qual. (D) podem – essa – com que. (E) pode – essa – onde. RESPOSTA: B Na primeira ocorrência, o verbo deve apresentar-se no plural (podem) para concordar com o sujeito composto (“Autocontrole e disciplina sem preparação adequada”). Na segunda, à locução prepositiva “devido a”, não deve ser acrescido o artigo definido “a”, já que o termo regido, o pronome demonstrativo “essa”, não o permite. Na terceira, é correto o uso do pronome relativo “que”, pois estabelece referência com o seu antecedente (“categoria de ioga”). Assim, é correta apenas a opção [B]. (Pasquale Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html) A alternativa que exemplifica o que foi expresso no último período é (A) Houveram dificuldades na resolução da questão. (B) Ficaremos felizes se vocês mantiverem a calma. (C) É preciso fazer contas para que a prestação caiba no orçamento. (D) Empresário reavê judicialmente a posse de seu imóvel. (E) Polícia deteu quase 60 torcedores nas imediações do Morumbi. RESPOSTA: D A única opção que apresenta frase com desvio gramatical por conjugação indevida de verbo defectivo é [D], já que o verbo reaver tem conjugação semelhante ao do verbo haver, mas sem as pessoas em que falta a letra “v”. Em [A] e [E], existem infrações às normas gramaticais, de concordância e de conjugação verbal, respectivamente: o 15. (TRT) Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% – ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. Considere as afirmativas a respeito da presença do travessão no período acima: 4 verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, por isso deve permanecer no singular (houv(E) e a terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo deter é deteve e não “deteu”. As opções [B] e [C] apresentam frases perfeitamente corretas. 17. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. Algumas até úteis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu já. Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola. 18. (Fuvest 2013) Considere as seguintes substituições propostas para diferentes trechos do texto: I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o número a que alcançasse. II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-me do orgulho. III. “coisas que deixamos de fazer” (ref. 13) = coisas que nos descartamos. IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não existe mais bondes. “Não nos ______ respeito os motivos que ____________ os homens a __________ à causa.” (A) diz – conduzirão – aderir (B) dizem – conduzirão – aderirem (C) dizem – conduzirá – aderirem (D) diz – conduzirá – aderir (E) dizem – conduzirá – aderir RESPOSTA: B Os verbos das três orações do período devem concordar com o plural dos núcleos dos sujeitos das três orações do período, respectivamente, “motivos”, “que” (relacionado a “motivos”) e “homens”. Assim, é correta a opção [B]: dizem, conduzirão e aderirem. A correção gramatical está preservada apenas no que foi proposto em (A) I. (B) II. (C) III. (D) II e IV. (E) I, III e IV. RESPOSTA: B Os itens I, III e IV apresentam substituições incorretas, pois: I. o termo verbal “alcançasse” dispensa a preposição “a”, pois apresenta transitividade direta, com o pronome relativo “que” em função de objeto: o número que alcançasse; II. o termo verbal “descartamos” no sentido de “deixamos de fazer” pode ser transitivo direto, ou transitivo indireto com preposição “de”: que descartamos ou de que nos descartamos; III. o termo “existe” deveria concordar com o sujeito (“mais bondes”): existem. Assim, é correta a opção [B]. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Vivendo e... Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto 1 mais jogá-la com a precisão que tinha quando era garoto. (...) Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei mais 2 que jeito é esse. Eu sabia a fórmula de fazer cola caseira. 3 Algo envolvendo farinha e água e muita confusão na cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. A gente começava a contar depois de ver um 11 relâmpago e o número a que chegasse quando ouvia a 4 trovoada, multiplicado por outro número, dava a distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. (...) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: _________ dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de volta, Rowenna teve como resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de senha criado pelo invasor. 12 Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se 5 controlar a trajetória elíptica da cusparada com uma 6 7 mínima margem de erro. Era puro instinto. Hoje o mesmo 8 feito requereria complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa. 9 Outra habilidade perdida. Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e 13 .................... . Não falo daquelas coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de antigamente, como subir em bonde andando – 14 mesmo porque não há mais bondes andando. Falo da 10 sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram. (Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.) 5 19. 6. (Unifesp 2013) A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com (A) À. (B) Há cerca de. (C) Fazem. (D) Acerca de. (E) A. RESPOSTA: C É correta a opção [C], pois, no contexto, o verbo impessoal haver é usado para indicar tempo decorrido, podendo ser substituído por fazer na terceira pessoa do singular, por se tratar também de um verbo impessoal: faz dois meses. A expressão que preenche corretamente a lacuna, de acordo com o português padrão, é: (A) prendê-la. (B) prendê-las. (C) prender-vos. (D) prender-lhe. (E) prender-lhes. RESPOSTA: E O pronome pessoal oblíquo deve apresentar-se no plural para concordar com o nome a que se refere: “elas”. Por exercer função de objeto indireto, o termo adequado é “lhes”, como se transcreve em [E]. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer que conversar é um processo cooperativo entre interlocutores. 22. (Insper 2012) Há duas semanas, foram divulgados novos dados sobre o desempenho dos nossos estudantes. Os resultados foram comentados à exaustão nos jornais, sites etc. Solidários, diversos meios de comunicação se aliaram aos alunos, ou seja, demonstraram que também tropeçam no trato com a língua. Comecemos por um título (de um sit(E), que terminava assim: "... preferem português à matemática". (...). No título, usou-se a construção formal, mas... Leia o texto abaixo, que representa uma conversa. (NETO, Pasquale Cipro. Folha de São Paulo, 08/09/2011) Considere estas afirmações: I. O adjetivo “solidários”, no contexto em que ocorre, deve ser compreendido conotativamente, já que se trata de uma ironia. II. Do ponto de vista da gramática normativa, há um erro de regência no título do site, uma vez que o verbo “preferir” rejeita o uso da preposição “a”. III. No último período, ao empregar a conjunção adversativa “mas”, o autor sugere a ocorrência de “tropeço” gramatical no título do site. 20. (G1 - ifsp 2013) No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é o seguinte: (A) podemos ter conversas literárias. (B) podíamos ter conversas literárias. (C) poderíamos ter conversas literárias. (D) pudemos ter conversas literárias. (E) pudéssemos ter conversas literárias. RESPOSTA: D O pretérito perfeito do indicativo indica ação ou estado passado que ocorreu em determinado momento do passado, sem continuidade. Assim, o trecho “a gente pode ter conversas literárias”, com sujeito em primeira pessoa do plural, é o transcrito na opção [D]. Está(ão) correta(s) (A) I, II e III. (B) Apenas I e II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) Apenas I. RESPOSTA: C Na frase “… preferem português à matemática”, o verbo preferir é transitivo direto e indireto, com este último regido adequadamente pela preposição “a”. Como o objeto direto não vem antecedido de artigo, este também não deveria anteceder o objeto indireto e a frase, para atender às regras da gramática normativa, deveria ser substituída por preferem português a matemática. Assim, é incorreto o que se afirma em II, pois o tropeço gramatical a que o professor Pasquale se refere não decorre de erro de regência, mas sim de presença inadequada de artigo. 21. (Uftm 2012) Leia o poema de Mauro Mota. Ausência Vestias diante do espelho o vestido de viagem, e o espelho partiu-se ao meio querendo prender-te a imagem. (Canto ao Meio) 23. 14. (G1 - ifsp 2011) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as frases a seguir. O rapaz estava propenso ______ aceitar a responsabilidade. A estilista procedeu ______ escolha das modelos para o desfile. O aluno está incerto ______ o significado da palavra. (A) por ... a ... com (B) por ... pela ... com Ao reescrever o poema, empregando como sujeito explícito o pronome Elas, tem-se: Elas vestiam diante do espelho os vestidos de viagem, e o espelho partiu-se ao meio querendo __________ a imagem. 6 (C) à ... à ... sobre (D) a ... à ... sobre (E) de ... pela ... para RESPOSTA: D A alternativa correta é a D. Na primeira frase, o verbo propender é transitivo indireto, exigindo o uso da preposição a. Na segunda, o verbo proceder também é transitivo indireto e também exige preposição, no entanto, o substantivo “escolha” exige o artigo definido feminino ((A), gerando a crase (à). Na terceira, o adjetivo “incerto” combina-se apenas com a preposição sobre (ou quanto, que não está entre as alternativas). INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 25. (G1 - ifsc 2012) 24. (G1 - ifal 2011) Texto. Sobre o os quadrinhos acima, leia e analise as afirmações abaixo: I. A tira evidencia ironia ao tratar da rápida obsolescência das linguagens e dos conhecimentos tecnológicos. II. A expressão “última geração” e a palavra “obsoleta” são antagônicas. III. A tira associa o conhecimento tecnológico à empregabilidade. IV. IV. O humor da tira reside no fato de que o personagem perdeu a vaga porque chegou depois do horário. Em Alagoas, 24% da população vive à revelia da leitura e da escrita. [...] Nesse “universo paralelo” dos que vivem à revelia da leitura e da escrita, 1restam o mercado informal como sobrevida, e o distanciamento exponencial de uma sociedade cada vez mais gráfica, onde a necessidade de se 2decifrar os velhos e os novos códigos da língua, como a informática, por exemplo, vem transformando a educação formal, ao longo dos tempos, num verdadeiro funil de acesso ao mundo sócio, econômico e culturalmente ativo. Assinale a alternativa CORRETA. (A) Apenas as afirmações I e IV são VERDADEIRAS. (B) Apenas as afirmações I e II são VERDADEIRAS. (C) Apenas as afirmações III e IV são VERDADEIRAS. (D) Apenas as afirmações I, II e III são VERDADEIRAS. (E) Apenas as afirmações II e III são VERDADEIRAS. Resposta: D A proposição IV está errada, pois o tempo gasto no trajeto fez com que a linguagem do pretendente ficasse ultrapassada o que ocasionou a perda da vaga de emprego. Assim, é correta a opção [D]. O Jornal, de 17/10/2010, seção Cidades, pág. A17. Com relação à concordância verbal, apenas uma alternativa está errada. Marque-a. (A) O verbo pode ficar no singular, concordando com o termo preposicionado “da população”, após a expressão numérica na manchete. (B) Segundo a norma gramatical, o verbo, ainda nessa manchete, poderia ficar no plural, concordando com o número percentual, que é o núcleo do sujeito. (C) A concordância do verbo “viver”, nesse trecho, está correta, o que se pode justificar com o seguinte exemplo: “Somente 1% dos objetos roubados foi recuperado.” (D) O verbo “restar” (ref. 1) poderia ficar no singular, concordando com o sujeito mais próximo: “o mercado informal”. (E) O verbo “decifrar” (ref. 2) deveria estar no plural, concordando com o sujeito composto: “os velhos e os novos códigos da língua”. RESPOSTA: C Na manchete, a forma do verbo viver apresenta-se no singular, concordando com o termo preposicionado, o que não acontece em “1% dos objetos roubados foi recuperado” em que o verbo concorda com a expressão numérica. 26. (Insper 2012) Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui-se que o humor decorre do((A) (A) crítica despropositada feita a um livro considerado um clássico da literatura universal. (B) duplo sentido que a palavra “barata” adquire no contexto do último quadrinho da tirinha. (C) ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no segundo quadrinho. (D) explícita referência intertextual que ocorre no primeiro quadrinho da tira. (E) traço caricatural das personagens que as aproxima do conteúdo do livro mencionado. 7 (D) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção linguística. (E) a transgressão às regras de concordância nominal relacionadas ao pronome. Resposta: B No primeiro quadro, observa-se falha gramatical na fala da cobra que usa o pronome oblíquo “o” em vez de “lhe”. O verbo “escapar” é transitivo indireto, exigindo assim o pronome com essa função, o que valida a opção [B]. Resposta: B Em “A metamorfose”, Kafka associa o inverossímil ao trágico ao contar a história de um homem que se transformou num inseto nojento para analisar os comportamentos humanos num tempo de desesperança e de ausência de respostas às questões mais simples e mais profundas do mundo futuro. Assim, a palavra “barata” do último quadro da tirinha adquire duplo sentido, pois tanto pode referir-se ao inseto do romance de Kafka quanto à designação pejorativa de algo que não tem qualidade, como se afirma em [B]. 29. (Uftm 2012) Leia a tira de Laerte Coutinho. 27. (Insper 2012) Leia a tirinha a seguir. Os mesmos processos de formação dos termos em negrito aparecem, respectivamente, em (A) anoitecer, votação, inútil, violação e tristemente. (B) retenção, suavidade, desmatamento, infelizmente e firmamento. (C) enlatado, ajuda, remissão, dignidade e abolição. (D) reação, geração, abstenção, lição e afrontamento. (E) magreza, medidor, firmamento, dignidade e violação. Resposta: Todas as palavras em negrito - excitação (de excitar), perversão (de perverso), alucinação (de alucinar) e deslumbramento (de deslumbrar) - são formadas por derivação sufixal, exceto a segunda da sequência - obsessão - que é palavra primitiva de raiz latina (obsessio). Em nenhuma das opções existe sequência de palavras que acompanhe o modelo do enunciado, pois na segunda posição de cada alternativa não existe palavra primitiva (votação-derivação sufixal, suavidade-derivação sufixal, ajuda- derivação regressiva, geração- derivação sufixal e medidor-derivação sufixal). Assim, não existe alternativa possível que atenda ao solicitado pela banca. Assinale a alternativa cujos termos completam, correta e respectivamente, as lacunas. (A) meço ... comprimento ... meço (B) meço ... cumprimento ... meço (C) mesço ... comprimento ... mesço (D) messo ... cumprimento ... messo (E) messo ... comprimento ... messo Resposta: A O verbo medir é irregular com o termo “meço” assinalando a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Dos parônimos “comprimento” e “cumprimento” cabe, no contexto, o uso do primeiro, no sentido de medida de extensão. 28. (Insper 2012) O que motivou o apito do juiz foi (A) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a norma padrão. (B) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto. (C) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”. 30. (Insper 2012) 8 (D) A mensagem escrita no quadrinho, representada pela fala da personagem, apresenta todas as características da linguagem culta, ou padrão. (E) Na mensagem escrita, há ocorrência de um mesmo substantivo, ora no masculino, ora no feminino. Resposta: A É correta a opção [A], pois o humor instaura-se a partir da figura de uma barata a percorrer os óculos do personagem simultaneamente à frase em que este exprime a sua admiração pelo realismo da imagem e que atribui aos recursos do cinema em 3D. Para criticar a possível aprovação de um novo imposto pelos deputados, o cartunista adotou como estratégias (A) polissemia das palavras e onomatopeia. (B) traços caricaturais e eufemismo. (C) paradoxo e repetição de palavras. (D) metonímia e círculo vicioso. (E) preterição e prosopopeia. Resposta: A A palavra é usada com sentidos diferentes em momentos que retratam situações distintas. No primeiro, o personagem usa a palavra “saúde” como substantivo para referir-se de maneira genérica aos organismos públicos que cuidam do combate a doenças. No segundo, como uma interjeição para fazer um brinde ou saudação. Na última fala da charge, a interjeição “tim-tim”, palavra onomatopaica que reproduz o som de taças, é usada com o mesmo sentido, foneticamente semelhante à expressão “tim-tim por tim-tim” usada no primeiro enquadramento com o sentido de “sem omitir nada”. Assim, o cartunista adotou como estratégias a polissemia das palavras e a onomatopeia, como se afirma em [A]. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: Para entender a charge de Benett, são necessários alguns conhecimentos extras. O Texto abaixo ajuda-nos nessa direção O Flautista de Hamelin é um conto folclórico reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284. Em 1284, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos", dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos – uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no rio Weser. Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita, recusando-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo dessa vez as crianças de Hamelin. Centro e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes, repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza. E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança. (http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin, acesso em 10/08/2011.) 31. (G1 - ifsc 2012) Leia e observe com atenção o quadrinho e, a seguir, assinale a alternativa CORRETA. (A) A mensagem de humor transmitida pelo quadrinho se dá com a concomitância da linguagem escrita e da linguagem visual. (B) Só a linguagem escrita é suficiente para a composição e a transmissão da mensagem humorística contida no quadrinho. (C) É na linguagem visual que está centrada toda a mensagem humorística transmitida, sendo a escrita dispensável. 32. (Ufpr 2012) Observando que a personagem da charge representa a presidente Dilma Roussef, considere as seguintes alternativas: 9 1. 2. 3. 4. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Tanto na charge como no conto, os ratos constituem uma metáfora que deve ser interpretada da mesma maneira. A fala da presidente Dilma na charge retoma elementos apresentados no segundo parágrafo do conto. A cena critica a falta de ação da presidente do Brasil frente a problemas sociais de diferentes ordens. A intertextualidade da charge com o conto é confirmada principalmente pelos elementos verbais. Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha 6 de S. Paulo que a abertura de uma estação de metrô na avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao bairro. Não é difícil imaginar que alguns vizinhos do Morumbi compartilhem esse medo e prefiram o isolamento garantido com a inexistência de transporte público de massa por ali. 1 Mas à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por levantar muros, erguer fortalezas e se refugiar em ambientes distantes do Brasil real, o poder público não fez a sua parte em desmentir que a chegada do transporte de massas não degrade a paisagem urbana. Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia, e grande especialista em transporte coletivo, diz que não basta criar corredores de ônibus bem asfaltados e servidos por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa iluminação, calçamento, limpeza e paisagismo que circundam estações de metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar o status que o transporte público tem em uma determinada cidade. Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está 7 esburacada, há sujeira e a escuridão afugenta pessoas à noite, é normal que moradores não queiram a chegada do transporte de massa. 8 A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores de ônibus precisa vitaminar uma área, não destruí-la. 9Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas, 2 a avenida ficou menos tétrica, quase bonita. Quando o corredor da Rebouças fez pontos muito modestos, que acumulam diversos ônibus sem dar vazão a desembarques, 3 a imagem do engarrafamento e da bagunça vira um desastre de relações públicas. 4 Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da rua, como os “trams” das cidades alemãs e suíças. Mesmo em uma cidade de 16 milhões de habitantes na Turquia, país emergente como o Brasil, houve cuidado com os abrigos feitos de vidro, com os bancos caprichados – em formato de livro – e com a iluminação. Restou menos espaço para os carros porque a ideia ali era tentar convencer na marra os motoristas a deixarem mais seus carros em casa e usarem o transporte público. Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem com um Minhocão*, o Godzilla do centro de São Paulo, os moradores deveriam protestar, pedindo melhorias no projeto, detalhamento dos materiais, condições e impacto dos trilhos na paisagem urbana. 5Se forem como os antigos bondes, ótimo. Mas se os moradores simplesmente recusarem qualquer ampliação do transporte público, que beneficiará diretamente os milhares de prestadores de serviço que precisam trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil acreditar que o problema deles não seja a gente diferenciada que precisa circular por São Paulo. Assinale a alternativa correta. (A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. (B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. (C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. (D) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. (E) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. Resposta: D A afirmativa 2 é correta, pois a fala da presidente Dilma refere-se metaforicamente ao grupo que tenta exterminar da sociedade brasileira, da mesma forma que o caçador de ratos da cidade de Hamelin, referido no segundo parágrafo do texto. Também a 4 é verdadeira, pois a referência à flauta associada ao título da charge estabelece a intertextualidade com o conto dos irmãos Grimm. 33. (Ufpr 2012) - O que “seria mais fácil se tivesse uma flauta”? (A) Combater a corrupção. (B) Reunir os políticos num consenso. (C) Promover as reformas sociais. (D) Lidar com o povo. (E) Contornar as dificuldades de negociação com os políticos. Resposta: A] A imagem dos ratos que cercam a presidente Dilma associa a sua ação ao combate aos corruptos, escória social difícil de exterminar. 34. 12. (Ufpr 2012) Tomando por base o conto, indique a(s) ocorrência(s) em que a expressão entre parênteses substitui a expressão em destaque, sem prejuízo do sentido. 1. ... um homem que reivindica ser um ‘caçador de ratos’ ... (assum(E) 2. Apesar de obter sucesso ... (lograr êxito) 3. ... o povo da cidade abjurou a promessa feita ... (descumpriu) 4. ... só ficaram opulentos habitantes ... (opulentos) Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. (B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. (C) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. (D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. (E) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. Resposta: E A opção [E] é incorreta, pois, no contexto, o adjetivo “opulentos” significa ricos, com muitos bens. (Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.) (*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que liga o Centro à Zona Oeste da cidade de São Paulo. 10 35. (Ita 2012) Considere as correlações entre o texto e a tirinha expostas abaixo. função de objeto direto. Segundo a norma padrão da língua, a frase deveria ser substituída por “Vamos arrasálos!”. 37. (Insper 2011) Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, identifique a alternativa que apresenta a palavra que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à regra mencionada. I. O personagem que fala tem uma postura semelhante à de parte de moradores de Higienópolis em relação às pessoas que representariam a “gente diferenciada”. II. Os personagens que se encontram fora do carro no segundo quadro corresponderiam à “gente diferenciada” a que se refere parte dos moradores de Higienópolis. III. No segundo quadro, o carro seria comparável aos muros e fortalezas que separam parte dos moradores de Higienópolis do “Brasil real”. (A) plateia (B) heroico (C) gratuito (D) baiuca (E) caiu Estão corretas: Resposta: D (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) todas. Resposta:E Todas as proposições são corretas. A condição econômica dos personagens que estão no carro é contrastante com a das pessoas que estão fora, apelidadas de “gente diferenciada” por alguns moradores de Higienópolis, assim como a imagem imponente do automóvel estabelece paralelo com os muros que separam uns dos outros. O fato de os termos “plateia” e “heroico” apresentarem grafia diferente após o estabelecimento do novo acordo ortográfico deriva de serem paroxítonos, vocábulos cuja tonicidade recai na penúltima sílaba e cujos ditongos abertos “ei” e “oi” não precisam mais ser acentuados. Não se aplica, neste caso, a regra enunciada no primeiro quadrinho que se refere especificamente às palavras paroxítonas que apresentam “i” ou “u” tônicos depois de ditongo, como fei-u-ra (expressa no balão de pensamento do último quadro da tirinh(A) e bai-u-ca, referida em [D]. Os vocábulos “gratuito” e “caiu” não são, nem nunca foram, acentuados. 36. (Enem 2011) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da língua, esse uso é inadequado, pois (A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua. (B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto. (C) gera inadequação na concordância com o verbo. (D) gera ambiguidade na leitura do texto. (E) apresenta dupla marcação de sujeito. Resposta: B No segundo quadro, o pronome pessoal “eles” é inadequado, pois deve ser usado para desempenhar função de sujeito. Como o verbo “arrasar” é transitivo, o pronome deveria ser substituído pelo pronome oblíquo “os” em 38. (Insper 2011) “... Não se deve acreditar em tudo que vê nos quadrinhos, madame!”. A vírgula foi empregada para respaldar a mesma função sintática em: (A) O filme, disse ele, é fantástico. (B) Intrépidos, os policiais avançavam pela área de risco. (C) O palácio, o palácio está destruído. (D) O sargento Martins, policial astuto, prendeu os criminosos sem alarde. (E) Livrai-nos, senhor, de todo o mal! Resposta: E Na frase “... Não se deve acreditar em tudo que vê nos quadrinhos, madame!”, a vírgula foi usada para separar o vocativo “madame”, o que acontece também em “Livrainos, senhor, de todo o mal!”, com o vocativo “senhor”. 11 A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupou-lhe a pele. Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gato-do-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera. – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca, sabendo que detesto as aves? – E quem te disse que sou ave? - retruca o cínico - sou muito bom bicho de pelo, como tu, não vês? – Mas voas!... – Voo de mentira, por fingimento... – Mas tem asas! – Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa... O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo. 39. (Insper 2011) Sobre o uso do gerúndio considere as seguintes afirmações: I. A forma verbal “morrendo” (presente no segundo quadrinho) poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “quando morria”. II. Os gerúndios “pulsando”e “morrendo” exercem a mesma função sintática nos períodos em que se inserem. III. O gerúndio “pulsando” (presente no primeiro quadrinho) poderia ser substituído por uma oração de valor temporal. Está(ão) correta(s) apenas (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Resposta: A O gerúndio “pulsando ”está associado ao verbo da primeira oração “está” (situação de zeugm(A) e constitui com ele uma locução verbal, enquanto “morrendo” exerce a função sintática de adjunto adverbial da oração anterior, o que invalida as afirmativas II e III. Assim, é correta a opção [A]. Moral da Estória: O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco! (LOBATO, José Bento Monteiro. Fábulas. 45. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 49.) TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 40. (Uel 2011) O provérbio que melhor se aplica às ideias do texto é: (A) Em casa de ferreiro, espeto de pau. (B) Dize-me com quem andas que te direi quem és. (C) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. (D) Amigos, amigos; negócios à parte. (E) O hábito não faz o monge. Resposta: E Ao atribuir a essência do poder do rei ao fato de ele usar barba, a rainha parece deixar claro que o respeito à sua autoridade depende da aparência e não de suas ações. Ou seja, o hábito não faz o monge, como se transcreve em [E]. 41. (Uel 2011) A hesitação do gato, na fábula, e do caçador, na charge, deve-se (A) à contradição existente entre a fala do morcego e a da pomba e suas características físicas. (B) à tentativa frustrada do morcego e da pomba em disfarçarem sua condição apelando para o fingimento e a mentira. (C) ao medo de serem agredidos pelas garras afiadas do morcego e pelo bico semiaberto da pomba. (D) à aversão do gato e do caçador em relação à aparência física dos morcegos. (E) à postura submissa da pomba e do morcego diante dos olhares arregalados do caçador e do gato. Resposta: A O fato de o morcego ter pelo e a pomba estar em posição invertida contradizem as características de ave, que o gato odiava e o caçador perseguia. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: Texto Pau de Dois Bicos Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele. – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que odeio a família dos ratos? – Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como tu? Rato, eu? Essa é boa!... 42. (Uel 2011) O texto Pau de dois bicos é uma fábula, (A) pelo predomínio do discurso direto, com consequente apagamento da figura do narrador. 12 (B) pois o tempo cronológico é marcado pela expressão “certa vez” e pelos verbos no passado. (C) pois apresenta trama pouco definida e trata de problemas cotidianos imediatos, o que lhe confere caráter jornalístico. (D) por utilizar elemento fantástico, como o fato de os animais falarem, para refletir sobre problemas humanos. (E) por resgatar a tradição alegórica de representação de seres heroicos que encarnam forças da natureza. Resposta: D Por se tratar de uma composição literária em que os personagens são animais que apresentam características humanas, tais como a fala e os costumes, encerrada com uma reflexão moral de caráter instrutivo, o texto Pau de dois Bicos é classificado de “fábula”. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 45. (Ufpel 2011) Levando em conta o texto e o contexto presente acima, não é correto afirmar que a tira (A) expõe o problema da falta de segurança dos centros urbanos. (B) critica a falta de receptividade das pessoas frente à felicidade. (C) centra-se em exaltar a oposição semântica do termo felicidade. (D) remete ao sentido figurado de Abra a porta para a felicidade. Resposta: C Todas as opções são corretas, exceto a C, pois a pergunta de Mafalda não pretende exaltar a antinomia de “felicidade”. A tira expõe a preocupação da mãe pela falta de segurança dos centros urbanos e a bem-humorada reflexão da filha, que aproveita para questionar a falta de receptividade das pessoas frente à felicidade. 43. (Uel 2011) Considerando o trecho em negrito no texto Pau de dois bicos, assinale a alternativa correta. Nos dois casos, a palavra “mas” (A) opõe-se ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”. (B) revela a causa do “voo de mentira”. (C) expressa a consequência dos fatos narrados. (D) marca a condição do “voo de mentira”. (E) explica o argumento “sou muito bom bicho de pelo”. Resposta: A A conjunção adversativa “mas” estabelece oposição ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”, pois o fato de o morcego ter asas e voar induz o gato a pensar que se trata de uma ave. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 44. (Uel 2011) A charge de Sassá refere-se a um problema que afeta a cidade de Londrina e muitas outras cidades brasileiras: o risco de contrair doenças transmitidas pelas pombas que vivem na região urbana. O que permite ao morcego, da fábula, e à pomba, da charge, disfarçarem sua condição é (A) o fato de suplicarem pela vida e pela misericórdia de seus inimigos. (B) a postura corporal, visto que um imita o comportamento do outro. (C) o uso de recursos argumentativos presentes na fala. (D) a confiança na consciência ambiental dos interlocutores. (E) a esperteza simbolicamente atribuída a esses animais. Resposta: C O uso de recursos argumentativos permite ao morcego e à pomba disfarçarem sua condição, como sugere a moral que encerra a narrativa: ”... O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o branco!” 46. (Enem 2011) O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que concerne à evolução digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um problema físico habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma vez que (A) a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de cabeça, o estresse e a falta de atenção à família. (B) a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas se tem diminuído problemas de visão cansada. (C) a utilização demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam lesão por esforço repetitivo. (D) o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as sedentárias ou obesas. (E) o uso contínuo do computador de forma inadequada tem ocasionado má postura corporal. Resposta: E Na charge que representa a evolução do homem ao longo dos tempos, observa-se a postura curvada do usuário do computador, cuja posição inadequada sugere retrocesso. 13 Texto 2 47. (Enem 2011) O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar (A) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico. (B) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade. (C) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina. (D) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social. (E) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador. Resposta: A A posição curvada, típica dos primatas, é imitada na última figura, o que associa a postura física do homem atual, dependente do computador, a algo primitivo e obsoleto. A coragem (...) só se torna uma virtude quando a serviço de outrem ou de uma causa geral e generosa. Como traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja por ser bem suportado, ou até provocar prazer. É a coragem dos estouvados, dos brigões ou dos impávidos, a coragem dos “durões”, como se diz em nossos filmes policiais, e todos sabem que a virtude pode não ter nada a ver com ela. Isso quer dizer que ela é, do ponto de vista moral, totalmente indiferente? Não é tão simples assim. Mesmo numa situação em que eu agiria apenas por egoísmo, podese estimar que a ação generosa (por exemplo, o combate contra um agressor, em vez da súplic(A) manifestará maior domínio, maior dignidade, maior liberdade, qualidades moralmente significativas e que darão à coragem, como que por retroação, algo de seu valor: sem ser sempre moral, em sua essência, a coragem é aquilo sem o que, não há dúvida, qualquer moral seria impossível ou sem efeito. Alguém que se entregasse totalmente ao medo que lugar poderia deixar aos seus deveres? (...) O medo é egoísta. A covardia é egoísta. (...) Como virtude, ao contrário, a coragem supõe sempre uma forma de desinteresse, de altruísmo ou de generosidade. Ela não exclui, sem dúvida, uma certa insensibilidade ao medo, até mesmo um gosto por ele. Mas não os supõe necessariamente. Essa coragem não é a ausência do medo, é a capacidade de superá-lo, quando ele existe, por uma vontade mais forte e mais generosa. Já não é (ou já não é apenas) fisiologia, é força de alma, diante do perigo. Já não é uma paixão, é uma virtude, é a condição de todas. Já não é a coragem dos durões, é a coragem dos doces, e dos heróis. 48. (Pucrs 2010) Texto 1 Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo tiveram mais pressão evolutiva favorável. Hoje, não precisamos mais lutar por nossas vidas na selva, mas o medo está longe de desaparecer, pois continua servindo ao mesmo propósito que servia na época em que nos encontrávamos com um leão enquanto trazíamos água do rio. A diferença é que agora carregamos carteiras e andamos pelas ruas da cidade. A decisão de usar ou não aquele atalho deserto à meia-noite é baseada em um medo racional que promove a sobrevivência. Na verdade, o que mudou foram só os estímulos, já que corremos o mesmo risco que corríamos há centenas de anos e nosso medo ainda serve para nos proteger da mesma forma que nos protegia antes. A maioria de nós jamais esteve perto da peste bubônica (epidemia que atacou a Europa na época medieval), mas nosso coração para ao vermos um rato. Para o ser humano, além do instinto, também há outros fatores envolvidos no medo. O ser humano pode ter o dom da antecipação, o que nos faz imaginar coisas terríveis que poderiam acontecer: coisas que ouvimos, lemos ou vemos na TV. A maioria de nós nunca vivenciou um acidente de avião, mas isso não nos impede de sentar em um avião e agarrar firme nos apoios dos braços. A antecipação de um estímulo de medo pode provocar a mesma reação que teríamos se vivêssemos a situação real. Isso também é um benefício obtido com a evolução. André Comte-Sponville. Pequeno tratado das grandes virtudes. p. 55 a 57 (adaptado). Texto 3 http://pessoas.hsw.uol.com.br/medo1.htm 01/09/2009 (adaptado). 14 Considerando a relação entre os usos oral e escrito da língua, tratada no texto, verifica-se que a escrita (A) modifica suas ideias e intenções daqueles que tiveram seus textos registrados por outros. (B) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência de ideias ao longo do tempo. (C) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade. (D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados por meio da oralidade. (E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade. Resposta: B Para responder à questão, preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso), considerando as afirmativas sobre o texto 3 e relacionando-as, se for o caso, com as ideias presentes nos textos 1 e 2. ( ) No primeiro quadrinho, a palavra “hostilidade” está sendo usada com uma conotação positiva. ( ) O conceito de “ação generosa”, apresentado no texto 2 (2º parágrafo), é exemplificado nos planos das crianças, no segundo quadro do texto 3. ( ) No terceiro e no quarto quadrinhos, as falas de Hamlet indicam que ele já vivenciou a situação descrita. ( ) O “dom da antecipação”, explicitado no texto 1 (3º parágrafo), pode ser ilustrado pela manifestação das crianças, no quinto quadro do texto 3. A sequência correta, resultante do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) V – F – F – V (B) F – V – F – V (C) V – V – F – F (D) V – F – V – F (E) F – F – V – V Resposta: A A segunda afirmação é falsa, pois os planos das crianças não têm nada de generosidade, pelo contrário, cultuam a violência. A terceira afirmação é falsa, pois o livro nas mãos de Hamlet sugere que este possui conhecimento diferenciado das outras crianças, ou seja, é instruído por meio da leitura. A importância da escrita para a história e para a conservação de registros resulta do fato de que estes permitem o armazenamento e a propagação de informações, não só entre indivíduos (privilégio também da linguagem), mas também entre gerações. Assim, os conceitos básicos de Buda, Sócrates e Cristo só se propagaram e permaneceram até a atualidade devido aos registros efetuados por seus discípulos. 50. (Uff 2010) Conexões entre a realidade que percebemos e figuras geométricas, cores e palavras são resultado de como vemos e interpretamos o mundo. A série de charges do cartunista Chico, publicada em O Globo, de 12 a 16 de junho de 2009, faz uma reflexão crítica sobre a crise política no Senado, segundo uma composição de quadrados e retângulos em uma conjugação de cores e palavras. 49. (Enem 2ª aplicação 2010) 15 Pode-se afirmar sobre as conexões entre figuras geométricas, cores e palavras que: (A) na charge número 1, os aspectos não verbais (quadrado maior/cor pret(A) vinculados à palavra produzem, pela metáfora (“a coisa está ficando mais preta”), pela pergunta retórica e pelo emprego do pronome “nossa”(inclusão do leitor) uma constatação do agravamento da situação vivida no Senado. (B) na charge número 2, os aspectos não verbais (a cor cinza em um retângulo) se associa, pela metonímia, à locução verbal “vai chover” indicativa de um fato inesperado nas relações entre o Senado e o Palácio do Planalto. (C) na charge número 3, a expressão coloquial “sujou” compõe com os aspectos não verbais (a cor marrom escura e um retângulo) uma sugestão visual da ampliação do problema e uma imagem concreta do desfecho da crise no Senado. (D) na charge número 4, os aspectos não verbais (cor amarela/quadrado) vinculados à pergunta e à expressão enfática “o sol nascer quadrado” apontam, pela construção linguística, o crime de injúria e difamação contra a autoridade constituída. (E) na charge número 5, a expressão “Praia dos Calheiros em plena Baixa-Renânia” indica, pela ironia, vinculada a aspectos não verbais (cor flicts/quadrado), uma postura séria, honesta, definida do Senado. Resposta: A Na charge número 1, a frase interrogativa sugere a dúvida de que a crise no Senado possa ser solucionada, além de a expressão “a coisa está ficando preta” se associar, imageticamente, à cor com que está pintado o quadrado maior. IV. A ausência de elementos verbais no último quadrinho confirma as respostas de Mafalda nos dois quadrinhos anteriores, além de destacar o humor presente na tira. V. O quadrinho final faz uma dura crítica à situação em que o nosso mundo se encontra, pois nem mesmo cuidados especiais, de acordo com visão da personagem Mafalda, resolveriam a maior parte dos problemas atuais do nosso planeta. Está correto o que se afirmou em: (A) I, II e IV. (B) II, III e IV. (C) I, III e V. (D) II, III e V. (E) Todas. Resposta: B Não é possível afirmar que o emprego da forma verbal “fala”, no primeiro quadrinho, possa ser entendido como um constrangimento que Mafalda tenta causar em Filipe, por ele desconhecer o ambiente em que se achava. Em primeiro lugar porque, pela linguagem utilizada, nota-se que eles são amigos, tratam-se de modo informal. Além disso, ele entra como se conhecesse o ambiente. E justamente por essa intimidade, Mafalda avisa que, desta vez, como algo que não é habitual, ele deve falar baixo, pois há um doente na casa. Assim, a alternativa B é a correta. 52. (Uff 2010) 51. (Uemg 2010-MODIFICAD(A) Leia com atenção os quadrinhos a seguir e, depois, faça o que se pede. Tendo-se em vista a interação que se percebe entre Mafalda e Filipe, personagens da tira apresentada, e o conteúdo da mesma, considere as seguintes afirmações: I. O emprego da forma verbal “fala”, no primeiro quadrinho, pode ser entendido como um constrangimento que Mafalda tentou causar em seu amigo Filipe, por ele desconhecer o ambiente em que se achava. II. No primeiro quadrinho, a última frase dita por Mafalda estabelece uma relação de causa, diante do que ela disse anteriormente, no mesmo quadrinho. III. O uso do vocábulo “então”, no terceiro quadrinho, deve-se ao fato de Filipe já ter excluído, após a resposta dada por Mafalda no quadrinho anterior, a primeira hipótese que ele havia inicialmente levantado. Na organização sintático-semântica do Texto VII, o emprego da expressão “será que” se justifica por: (A) compor uma frase interrogativa indireta. 16 (B) separar orações subordinadas. (C) constituir-se de verbo e pronome interrogativo. (D) tratar-se de uma expressão de valor enfático. (E) ser uma locução de função nominal. Resposta: D Expressões expletivas ou partículas de realce (que, é que, foi que, era que, será qu(E) podem ser retiradas da frase sem que se perca o sentido original, como acontece em “Existirmos a que (será qu(E) se destina?”. Trata-se de uma expressão de valor enfático, que imprime veemência à frase, como se afirma em [D]. O texto da campanha publicitária, através de linguagem convincente (“Brasil unido”, “dengue mata”), busca sensibilizar o leitor para desenvolver uma ação de combate à doença da dengue. A charge apresenta uma conversa entre dois mosquitos Aedes aegypti, vetores de transmissão do vírus entre os humanos. Assim, os textos apresentam estratégia persuasiva e dialogal, como se afirma em E. 54. (Enem 2010) 53. (Enem 2ª aplicação 2010) As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la as variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é (A) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”. (B) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. (C) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. (D) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”. (E) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa. Resposta: C Na opção (A), o pretérito imperfeito reproduz um passado ainda presente no momento da enunciação, em (B), o substantivo está sendo usado de uma forma genérica, o que torna pertinente a ausência do artigo. Em (D), acontece a aglutinação da preposição com o pronome demonstrativo e em (E), o pronome enfatiza a emoção do enunciador. Assim, a única opção que apresenta linguagem oral informal é (C), pois é comum a redução das palavras no cotidiano do falar brasileiro, usando “tá” em vez de “está”. Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as escolhas linguísticas que o compõem. O texto da campanha publicitária e o da charge apresentam, respectivamente, composição textual pautada por uma estratégia (A) expositiva, porque informa determinado assunto de modo isento; e interativa, porque apresenta intercâmbio verbal entre dois personagens. (B) descritiva, pois descreve ações necessárias ao combate à dengue; e narrativa, pois um dos personagens conta um fato, um acontecimento. (C) injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz como se deve combater a dengue; e dialogal, porque estabelece uma interação oral. (D) narrativa, visto que apresenta relato de ações a serem realizadas; e descritiva, pois um dos personagens descreve a ação realizada. (E) persuasiva, com o propósito de convencer o interlocutor a combater a dengue; e dialogal, pois há a interação oral entre os personagens. Resposta: E 17 55. (Enem 2ª aplicação 2010) insinuar que, quando casar com Hamlet, Hagar deve melhorar o seu comportamento. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque (A) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma criança. (B) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresentação de sua obra de arte. (C) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos. (D) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal. (E) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este último. Resposta: D A última frase de Calvin rompe com a expectativa do leitor, pois o uso da locução interjetiva “qual é!”, típica da linguagem informal, contrasta com o registro linguístico altamente especializado que vinha usando até o momento. 57. (Uel 2010) A crítica revelada na tira se dá por meio da (A) associação entre a palavra “sonhos” e significados como “aspirações” e “projetos de vida”. (B) revelação de que a personagem foi enganada ao adquirir um produto falsificado. (C) relação de cumplicidade entre amigas que compartilham experiências íntimas. (D) constatação da compradora de que a bolsa nova é maior do que esperava. (E) decepção da proprietária ao perceber que sua bolsa está fora de moda. Resposta: A Perante a referência à grife Luiz Vitão (alusão à marca internacional "Louis Vuitton") a personagem deduz que a amiga dá grande importância a um produto de luxo, o que revela a superficialidade de aspirações e projetos de vida em uma sociedade consumista. 56. (Enem 2ª aplicação 2010) LITERATURA Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem empregada, percebe-se que a garota (A) deseja afirmar-se como nora por meio de uma fala poética (B) utiliza expressões linguísticas próprias do discurso infantil. (C) usa apenas expressões linguísticas presentes no discurso formal. (D) se expressa utilizando marcas do discurso formal e do informal. (E) usa palavras com sentido pejorativo para assustar o interlocutor. Resposta: D] A formalidade do discurso da garota é interrompida no último quadro, quando usa a expressão “vai ter de tomar jeito”, típica da linguagem informal, para 58. (UFPR-2011) Assinale a alternativa correta. (A) A crítica social presente em O pagador de promessas, de Dias Gomes, perde universalidade em função de seu caráter regionalista, pois sabe-se que, quando a peça estreou (1960), a visão conservadora do Padre Olavo já não se encontrava mais nas grandes cidades. (B) O regionalismo de S. Bernardo, de Graciliano Ramos, é típico da segunda fase do modernismo brasileiro, que se caracteriza pela exploração dos dramas sociais, deixando em segundo plano o aprofundamento psicológico das personagens, o que fica claro na brutalidade do protagonista, Paulo Honório. (C) Inocência, do Visconde de Taunay, promove uma fusão entre as convenções do romance romântico, perceptível no caso de amor entre Inocência e Cirino, e os elementos regionais representados pela natureza, a linguagem e os costumes do interior do Brasil no século XIX. (D) Apesar do caráter universal da obra de Clarice Lispector, percebe-se a influência regionalista nos contos de Felicidade Clandestina, pois a ação de alguns 18 deles acontece no nordeste brasileiro, mais precisamente na cidade de Recife. (E) Em “A vingança da peroba”, “A colcha de retalhos” e “Bucólica”, entre outros textos de Urupês, a imagem do Jeca Tatu, caboclo preguiçoso e ignorante, é substituída por uma visão positiva do caboclo, entendido como um homem de valor que não se desenvolve em função da desatenção das autoridades. 62. A partir da leitura dos seguintes poemas, assinale a alternativa INCORRETA com relação ao Modernismo. I - VÍCIO DA FALA "Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados." (Oswald de Andrad(E) II - POEMA DO BECO "Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? - O que eu vejo é o beco." (Manuel Bandeir(A) 59. (PUC-RS) Na obra de José Lins do Rego, o memorialismo da infância e da adolescência é apresentado numa linguagem de: (A) forte e poética oralidade. (B) límpida e perfeita correção gramatical. (C) pesada e imitativa fala regional. (D) fiel e disciplinada sintaxe tradicional. (E) original e reinventada expressão prosaica. Resolução: A linguagem nos romances de José Lins do Rego caracteriza-se por ser fluida, solta e popular. Resposta correta: A III - FESTA FAMILIAR "Em outubro de 1930 Nós fizemos - que animação! Um pic-nic com carabinas." (Murilo Mendes) IV - COTA ZERO "Stop A vida parou ou foi o automóvel?" (Carlos Drummond de Andrad(E) 60. (PUC-RS) “O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma estória. Tinha o vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca.” Em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como exemplifica o texto, através das personagens, há uma aproximação entre: (A) homem e animal. (B) criança e homem. (C) cão e papagaio. (D) papagaio e criança. (E) natureza e homem. Resolução: No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, há uma aproximação entre homem e animal, numa tentativa de mostrar a vida sub-humana dos sertanejos nordestinos. Resposta correta: A 61. (FMU-SP) Dentro da temática regionalista brasileira, que focaliza o ciclo econômico da cana-de-açúcar e dos senhores de engenho, destaca-se a obra-prima (A) O coronel e o lobisomem, de José Candido de Carvalho. (B) Fogo morto, de José Lins do Rego (C) Vidas secas, de Graciliano Ramos. (D) Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector. (E) Terras do sem-fim, de Jorge Amado. Resolução: A obra que atende ao tema exposto no enunciado é Fogo Morto, de José Lins do Rego. Resposta correta: B (A) Os poemas quando não se fixam em uma cena da vida cotidiana podem refletir sobre a nossa história com muito humor e ironia. (B) Predomínio do verso livre e cultivo de uma poesia sintética. (C) Introdução da fala popular e elementos característicos da prosa. (D) Os poemas mostram claramente uma ruptura com os códigos literários anteriores na forma; no conteúdo buscam penetrar mais fundo na realidade brasileira. (E) As experiências de linguagem desses poemas modernistas tentam resgatar o formalismo e a riqueza sonora da poesia parnasiana. Resolução: Acerca da linguagem modernista, pode-se considerar que os autores deste período pretendiam quebrar com a tradição poética, por isso empregavam construções poéticas em versos brancos e livres, além de linguagem próxima da fala, e de temática prosaica. Resposta correta: E 63. Leia o texto: Sentimental 1. Ponho-me a escrever teu nome 2. com letras de macarrão. 3. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas 4. e debruçados na mesa todos contemplam 5. esse romântico trabalho. 6. Desgraçadamente falta uma letra, 7. uma letra somente 8. para acabar teu nome! 9. -Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 19 10. Eu estava sonhando... 11. E há em todas as consciências este cartaz amarelo: 12. “Neste país é proibido sonhar.” (C) reconhece a forma desumana como tratou Madalena e as demais pessoas, mas não é capaz de reconstruir novo projeto de vida. (D) se sente contrariado, pois, apesar de saudável física e emocionalmente, constata que viveu apenas em função dos outros. (E) avalia o passado positivamente, contrastando-o com a solidão do presente e a incerteza do futuro. Resolução: A partir da leitura do fragmento destacado, pode-se considerar que, na velhice, o personagemprotagonista, Paulo Honório, reconhece a forma desumana com que tratou Madalena e as demais pessoas, mas não é capaz de reconstruir novo projeto de vida. Resposta correta: C ANDRADE, C. D. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: Record, 1995. Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominância das funções da linguagem no texto de Drummond, pode-se afirmar que (A) por meio dos versos “Ponho-me a escrever teu nome” (v.1) e “esse romântico trabalho” (v.5), o poeta faz referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos. (centrado na emoção, uso da 1ª p.) (B) a linguagem essencialmente poética que constitui os versos “No prato a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam” (v. 3 e 4) confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista. (C) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem centrada na amada, receptora da mensagem, mas na segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o que sente. (D) Em “Eu estava sonhando...” (v.10), o poeta demonstra que está mais preocupado em responder à pergunta feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com seus interlocutores do que em se expressar algo sobre si mesmo. (E) No verso “Neste país é proibido sonhar”. (v.12), o poeta abandona a linguagem poética para fazer uso da função referencial, informando sobre o conteúdo do “cartaz amarelo” (v.11) presente no local. Resolução: A questão analisa a capacidade do aluno de identificar os principais caracteres da função metalinguística na composição da lírica de Drummond. Resposta correta: A 64. (MACKENZI(E) “Sou um homem arrasado. Doença? Não. Gozo perfeita saúde. O que estou é velho. (...) cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada. Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! (...) Comer e dormir como um porco! (...) E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! (...) Penso em Madalena com insistência. Se fosse possível recomeçarmos... Para que enganar-me? Se fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu.” Graciliano Ramos – São Bernardo Em São Bernardo, a velhice é o momento em que o narrador-protagonista Paulo Honório: (A) aproveita, apesar dos problemas cotidianos, toda a riqueza e prestígio que conseguiu durante sua vida de sacrifícios. (B) se vê falido economicamente e se conscientiza de que sua vida foi consumida inutilmente na posse da fazenda São Bernardo. 65. (UFRS) Sobre Carlos Drummond de Andrade, é correto afirmar que (A) é o nome inquestionável na consolidação da poesia moderna no Brasil, pela síntese que logrou realizar entre várias contradições históricas do país. (B) predomina, em seus poemas, uma linguagem erudita, com termos raros, compatível com os tópicos existenciais mas inadequada para os temas do cotidiano. (C) publicou uma série de livros de poesia e de crônicas que tratam predominantemente de temas provincianos, o que localiza sua obra na vertente regionalista da literatura brasileira. (D) se dedicou à construção de uma linguagem objetiva e rigorosa, voltada para a expressão literária da paisagem tropical. (E) sua poesia se caracteriza pelo lirismo de tom irônico e melancólico, registro de um inconformismo em relação à escassez de leitores de poesia no Brasil. Resolução: Sobre Drummond, pode-se afirmar que é um nome inquestionável da consolidação da poesia moderna brasileira, pela síntese que logrou realizar entre várias contradições históricas do país. Resposta correta: A 66. (UFSM) 1. Isso é aquilo 2. O fácil o fóssil 3. o míssil o físsil 4. a arte o enfarte 5. o ocre o canopo 6. a urna o farniente 7. a foice o fascículo 8. a lex o judex 9. o maiô o avô 10. a ave o mocotó 11. o só o sambaqui (...) Carlos Drummond de Andrade Sobre esse fragmento do poema, pode-se afirmar: (A) Identificam-se aliterações, assonâncias, rima final e interna, polissíndetos e metonímias nesses versos. (B) O poema é composto por substantivos; pode-se considerá-lo antilírico, pois corta os vínculos com o afeto. 20 (C) O poema é composto por substantivos, com exceção de "fácil", "ocre" e "só"; nele o eu lírico mostra total afetividade com o mundo. (D) Nos versos 1 e 2, a tonicidade na última sílaba das palavras confere musicalidade ao poema. (E) Todos os versos são constituídos de 7 sílabas poéticas (redondilha maior). Resolução: O poema destacado é formado por substantivos, em evidente aspecto antilírico, pois, simbolicamente, corta os vínculos com o afeto. Resposta correta: B 67. (UFRS) Leia as estrofes abaixo, extraídas do poema "O mito" de Carlos Drummond de Andrade. (E) V - F - V - F – V Resolução: Sobre os versos destacados do poema O Mito, de Drummond, pode-se afirmar que ao designar a mulher como Fulana, o autor afasta-se da tradição clássica, pois a torna uma mulher comum; a leitura dos versos permite ainda constatar que se tematiza o sentimento amoroso e o desejo de posse, através de vários recursos poéticos, como a comparação entre a casa e o corpo da mulher. Resposta correta: A 68. (UFRS) Leia as estrofes abaixo, de Vinícius de Moraes, e a afirmação que as segue. 01 "Uma lua no céu apareceu 02 cheia e branca; foi quando, emocionada 03 a mulher a meu lado estremeceu 04 e se entregou sem que eu dissesse nada. 05 Larguei-as pela jovem madrugada 06 ambas cheias e brancas e sem véu 07 perdida uma, a outra abandonada 08 uma nua na terra, outra no céu." (...) 01 02 03 04 "Mas eu sei quanto me custa manter esse gelo digno, essa indiferença gaia e não gritar: Vem, Fulana! 05 06 07 08 Como deixar de invadir sua casa de mil fechos e sua veste arrancando mostrá-la depois ao povo Por meio de versos .......... em que é perceptível um lirismo .........., típico de sua poesia, Vinícius de Moraes aproxima a mulher e a lua, fundindo-as, em alguns momentos, como acontece no verso de número ..... . 09 10 11 12 (...) tal como é ou deve ser: branca, intata, neutra, rara, feita de pedra translúcida, de ausência e ruivos ornatos." Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima. (A) octossílabos - amoroso - 06 (B) heptassílabos - social - 07 (C) decassílabos - moralizante - 08 (D) octossílabos - despojado - 07 (E) decassílabos - sensual - 06 RESOLUÇÃO: Os versos decassílabos de Moraes deixam perceptíveis um lirismo sensual como se observa em: “uma nua na terra, outra no céu”. Resposta correta: E Assinale com V (Verdadeiro) ou com F (Falso) as afirmações abaixo sobre as estrofes citadas. ( ) As estrofes, de tendência lírica, expressam os impulsos e as contradições do amor, o que constitui uma inovação na tradição da poesia em língua portuguesa. ( ) Ao designar a mulher como Fulana, Drummond afastase da tradição clássica, que idealizava a figura feminina; mas, ao compará-la a uma estátua, recupera uma antiga forma de culto e veneração. ( ) No verso 04, a possibilidade do grito e do chamamento a Fulana simboliza o predomínio de um olhar machista e de uma atitude protetora em relação à mulher anônima. ( ) A leitura dos versos citados permite constatar que o poema tematiza o sentimento amoroso e o desejo de posse, através de vários recursos poéticos, como a comparação entre a casa e o corpo da mulher. ( ) As aproximações entre uma mulher real e a sua idealização irônica ficam expressas pela indecisão de mostrá-la ao povo vestida ou despida, o que é confirmado pelo título do poema. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) F - V - F - V - F (B) V - V - F - F - V (C) F - F - V - V - F (D) F - V - V - F - F 69. (FUVEST-2011) Considere a seguinte afirmação: Ambas as obras criticam a sociedade, mas apenas a segunda milita pela subversão da hierarquia social nela representada. Observada a sequência, essa afirmação aplica-se a (A) A cidade e as serras e Capitães da areia. (B) Vidas secas e Memórias de um sargento de milícias. (C) O cortiço e Iracema. (D) Auto da barca do inferno e A cidade e as serras. (E) Iracema e Memórias de um sargento de milícias. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Em “A cidade e as serras”, Eça de Queirós apresenta uma visão paternalista da sociedade, apontando os defeitos de uma sociedade em que a atuação de uma classe culta e aristocrática, representada por Jacinto, é essencial para se efetuar uma mudança. Trata-se de uma visão reformista em que não é posta em questão nenhuma mudança hierárquica. Ao contrário, Jorge Amado em “Capitães da areia”, apresenta uma postura radical, ao transformar o protagonista Pedro Bala num líder sindical dotado de consciência ideológica, decidido a impulsionar uma revolução social. 21 TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...) Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos. Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002. 70. (Fgvrj 2013) Referem-se apenas aos inimigos, e não aos heróis, as seguintes caracterizações presentes no texto: (A) “de fera catadura” e “solerte”. (B) “belicoso” e “suspeitoso”. (C) “solerte” e “com torva face”. (D) “suspeitoso” e “de fera catadura”. (E) “com torva face” e “belicoso”. Resposta: D As caracterizações “solerte”, “belicoso”, “com torva face” e “belicoso” referem-se aos jogadores brasileiros Julinho, Pinga, Castilho e Pinga, respectivamente. Os demais, aos mexicanos Cárdenas (“de fera catadura”) e Naranjo (“suspeitoso”). Assim, apenas a opção [D] transcreve termos que caracterizam os “inimigos”. 71. (Fgvrj 2013) Ao narrar o jogo entre brasileiros e mexicanos “à maneira de Homero”, o autor adota o estilo (A) épico. (B) lírico. (C) satírico. (D) técnico. (E) teatral. Resposta: A Carlos Drummond de Andrade adota características da epopeia, gênero narrativo originalmente em verso, com estilo elevado e linguagem hiperbólica, que visa à celebração de feitos grandiosos por heróis fora do comum, reais ou lendários. Morro da Babilônia À noite, do morro descem vozes que criam o terror (terror urbano, cinquenta por cento de cinema, e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua geral). Quando houve revolução, os soldados se espalharam no morro, o quartel pegou fogo, eles não voltaram. Alguns, chumbados, morreram. O morro ficou mais encantado. Mas as vozes do morro não são propriamente lúgubres. Há mesmo um cavaquinho bem afinado que domina os ruídos da pedra e da folhagem e desce até nós, modesto e recreativo, como uma gentileza do morro. Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. 72. (Fuvest 2013) Leia as seguintes afirmações sobre o poema de Drummond, considerado no contexto do livro a que pertence: I. No conjunto formado pelos poemas do livro, a referência ao Morro da Babilônia — feita no título do texto — mais as menções ao Leblon e ao Méier, a Copacabana, a São Cristóvão e ao Mangue, — presentes em outros poemas —, sendo todas, ao mesmo tempo, espaciais e de classe, constituem uma espécie de discreta topografia social do Rio de Janeiro. II. Nesse poema, assim como ocorre em outros textos do livro, a atenção à vida presente abre-se também para a dimensão do passado, seja ele dado no registro da história ou da memória. III. A menção ao “cavaquinho bem afinado”, ao cabo do poema, revela ter sido nesse livro que o poeta finalmente assumiu as canções da música popular brasileira como o modelo definitivo de sua lírica, superando, assim, seu antigo vínculo com a poesia de matriz culta ou erudita. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Resposta: B São corretos os itens I e II, pois, no poema, as referências espaciais e de classe sugerem a topografia social do Rio de Janeiro e a atenção à vida presente é acompanhada de reflexões que remetem o eu lírico ao passado, através do registro histórico ou de fragmentos das lembranças do passado. Já a associação do instrumento musical ao momento de ruptura da poesia drummondiana com a poesia de matriz culta ou erudita é absurda. Assim, é correta a opção [B]. 73. (Ufpr 2012) “A duzentos anos de distância, embora ainda velados muitos pormenores desse fantástico enredo, sentese a imprescindibilidade daqueles encontros, de raças e homens; do nascimento do ouro; da grandeza e decadência das Minas; desses gráficos tão bem traçados de ambição que cresce e da humanidade que declina; a imprescindibilidade das lágrimas e exílios, da humilhação do abandono amargo, da morte afrontosa – a imprescindibilidade das vítimas, para a definitiva execração dos tiranos.” (Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidênci(A) O fragmento transcrito faz parte da conferência “Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, proferida por 22 Cecília Meireles em 1955. Com base na leitura do Romanceiro e nos conhecimentos sobre a literatura do período, assinale a alternativa correta. (A) O Romanceiro da Inconfidência exemplifica a principal tendência da literatura produzida em meados do século XX no Brasil: longos poemas épicos inspirados na História do país. (B) Para apresentar a variedade humana envolvida nos episódios, o poema aproveita elementos do gênero dramático, de que são exemplo as falas de personagens espalhadas ao longo do texto. (C) O engajamento político explicitado no texto da conferência é constante na obra de Cecília Meireles, pois para ela a poesia lírica deveria ser instrumento para mudanças sociais. (D) Não se pode considerar o Romanceiro um poema narrativo, pois, ao contrário do que acontece no trecho da conferência, o poema embaralha a ordem de apresentação dos acontecimentos históricos. (E) Enquanto a conferência propõe que os tiranos sejam execrados, o Romanceiro da Inconfidência, por ser um texto lírico, revela sentimentos sem julgar ou estabelecer responsabilidades. Resposta: B As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois: Em [A], os poemas épicos inspirados na História do Brasil, “Caramuru” de Frei Santa Rita Durão e “O Uraguai” de Basílio da Gama, estão inseridos no contexto do Arcadismo, movimento artístico do século XVIII; Em [C], a obra de Cecília Meireles é essencialmente intimista e filosófica, sendo o “Romanceiro da Inconfidência” uma exceção a essa tendência; Em [D], a denominação de “romanceiro” segue a tradição ibérica que assim classificava uma coleção de poemas ou canções com narrativa que se desenvolve em torno de um tema central; Em [E], em “Fala inicial”, “Fala aos pusilâmines” e “Ilustres assassinos” existem críticas e atribuição de responsabilidades aos tiranos, traidores e covardes que participaram do movimento. II. Mais tarde, os homens de 1922, ........................., ........................., ........................., entre outros, e os que os seguiram, seja no tempo ou no espírito, viveram com maior ou menor dramaticidade uma consciência dividida entre a sedução da “cultura ocidental” e as exigências do povo brasileiro, múltiplo nas raízes históricas, mas que não desejava agora idealizar a realidade, e sim denunciar os desequilíbrios dessa realidade. Adap. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3ª ed. São Paulo: Cultrix, 1987, p. 171-344. Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços nos relatos. (A) I. Romantismo – Gonçalves de Magalhães a Sousândrade II. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira (B) I. Realismo – Machado de Assis a José de Alencar II. Cruz e Souza, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira (C) I. Naturalismo – Manuel Antônio de Almeida a Aluízio Azevedo II. Mário de Andrade, Menottii DeI Pichia, Milton Hatoum (D) I. Modernismo — Graça Aranha a Dias Gomes II. Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Sousândrade (E) I. Parnasianismo – Olavo Bilac a Cruz e Souza II. Mário de Andrade, Érico Veríssimo, Gregório de Matos Resposta: A Em I, as referências a “nacionalismo” e “mito da terra-mãe, orgulhosa do passado e dos filhos” remetem à 1ª Geração do Romantismo, cujos autores destacavam a grandiosidade da pátria através de descrições idealizadas da natureza exuberante e da cultura indígena, como Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Sousândrade. Na proposição II, a menção dos “homens de 22” que rejeitam essa visão idealizadora é facilmente associada ao espírito nacionalista do Modernismo em que autores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, inspirados pelo desejo de libertação da tradição europeia, defendem concepções estéticas ousadas e renovadoras. Assim, é correta a opção [A]. 74. (Udesc 2012) A literatura traz a possibilidade de o artista recriar a realidade, segundo suas convicções, seus ideais, sua vivência. Artistas diferentes, em épocas simultâneas ou distintas, podem tratar de temas semelhantes, mas com estilos, abordagens e perspectivas diferenciadas. Os fragmentos abaixo, de Alfredo Bosi, falam de dois momentos literários importantes no Brasil. Leia-os e complete os espaços. I. Embora as atitudes ideológicas e críticas que se rastreiam durante as quatro décadas do ........................., de ........................., tenham como fator comum a ênfase dada à autonomia do país, a um nacionalismo crônico e às vezes agudo, ilustrado no mito da terra-mãe, orgulhosa do passado e dos filhos, sabe-se que, por trás da fachada uniforme desse amor à pátria, houve outras expressões permeando esse período. Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta e cidadão A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas. Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente não tinha pai. No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor [tua lembrança Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta De Augusto geralmente procrastinava a tarde. Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho 23 Rangia nos trilhos a muitas praias de distância... Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último Os doces espinhos da tua barba. Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e [paciência Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura De quem se deixou ser. Teus ombros possantes Se curvavam como ao peso da enorme poesia Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras Mirando o mar). Dize-me, meu pai Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance Que nunca revelaste a ninguém? Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta [exausto no último lance da maratona. Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa humilde A um gesto do mar. A noite se fechava Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa. Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando [o mar Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência De vastos e noturnos oceanos Sem jamais. Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas Teu amor inventou. Financiaste uma lancha Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula. Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se — Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas [águas-marinhas. 75. (Unesp 2012) Compare o conteúdo das frases a seguir com o que o eu-poemático afirma no poema. I. A notícia da morte do pai chegou por telefone. II. O falecimento foi informado pela primogênita. III. A morte do pai provocou reminiscências da infância. IV. Apesar de não ter sido um bom pai, o filho perdoa e sente saudades. As frases que correspondem ao que é efetivamente expresso no poema estão contidas apenas em (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) I, II e III. (E) II, III e IV. Resposta: B A morte do pai foi anunciada pela mãe (“A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas./Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva”), o que invalida a proposição II. Ao contrário do que se firma em IV, o pai era uma boa pessoa, terno, paciente e cuja chegada a casa sempre provocava ansiedade e alegria (“Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais/Uma palavra dura, um rosnar paterno”). INGLÊS Why Bilinguals Are Smarter 5 Speaking two languages rather than just one has obvious practical benefits in an increasingly globalized world. But in recent years, scientists have begun to show 10 that the advantages of bilingualism are even more 11 fundamental than being able to converse with a wider range of people. Being bilingual, it turns out, makes you smarter. It can have a profound effect on your brain, improving cognitive skills not related to language and even protecting from dementia in old age. This view of bilingualism is 1remarkably different from 12the understanding of bilingualism through much of the 20th century. Researchers, educators and policy makers long considered a second language to be an interference, cognitively speaking, that delayed a child’s academic and intellectual development. They were not wrong about the interference: there is ample evidence that in a bilingual’s brain both language systems are active even when he is using only one language, thus creating situations in which one system obstructs the other. But this interference, researchers are finding out, isn’t so much a handicap as a blessing in disguise. It forces the brain to resolve internal conflict, giving the mind a workout that strengthens its cognitive muscles. Bilinguals, 2for instance, seem to be more adept than monolinguals at solving certain kinds of mental puzzles. In a 2004 study by the psychologists Ellen Bialystok and Michelle Martin-Rhee, bilingual and monolingual preschoolers were asked to sort blue circles and red squares presented on a computer screen into two digital bins — one marked with a blue square and the other marked with a red circle. In the first task, the children had to sort the shapes by color, placing blue circles in the bin (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.) (*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.” (**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.” (***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência, experiente, versado, mestre.” (Dicionário Eletrônico Houaiss) 24 marked with the blue square and red squares in the bin marked with the red circle. Both groups did this with comparable ease. Next, the children were asked to sort by shape, which was more challenging because it required placing the images in a bin marked with a conflicting color. 13The bilinguals were quicker at performing this task. 6The collective evidence from a number of such studies suggests that the bilingual experience improves the brain’s 3so-called executive function — a command system that directs the attention processes that we use for planning, solving problems and performing various other mentally demanding tasks. These processes include ignoring distractions to stay focused, switching attention willfully from one thing to another and holding information in mind — like remembering a sequence of directions while driving. 14Why does the fight between two simultaneously active language systems improve these aspects of cognition? Until recently, researchers thought 7the bilingual advantage was centered primarily in an ability for inhibition that was improved by the exercise of suppressing one language system: this suppression, it was thought, would help train the bilingual mind to ignore distractions in other contexts. But that explanation increasingly appears to be inadequate, since studies have shown that bilinguals perform better than monolinguals 4even at tasks that do not require inhibition, like threading a line through an ascending series of numbers scattered randomly on a page. The bilingual experience appears to influence the brain from infancy to old age (and 8there is reason to believe that it may also apply to those who learn a second language later in lif(E). In a 2009 study led by Agnes Kovacs of the International School for Advanced Studies in Trieste, Italy, 7-month-old babies exposed to two languages from birth were compared with peers raised with one language. In an initial set of tests, the infants were presented with an audio stimulus and then shown a puppet on one side of a screen. Both infant groups learned to look at that side of the screen in anticipation of the puppet. But in a later set of tests, when the puppet began appearing on the opposite side of the screen, the babies exposed to a bilingual environment quickly learned to switch their anticipatory gaze in the new direction while the other babies did not. Bilingualism’s effects also extend into the twilight years. In a recent study of 44 elderly Spanish-English bilinguals, scientists led by the neuropsychologist Tamar Gollan of the University of California, San Diego, found that individuals with a higher degree of bilingualism — measured through a comparative evaluation of proficiency in each language — were more resistant than others to the beginning of dementia and other symptoms of Alzheimer’s disease: the higher the degree of bilingualism, the later the age of occurrence. Nobody ever doubted the power of language. 9But who would have imagined that the words we hear and the sentences we speak might be leaving such a deep imprint? 76. (Epcar (Af(A) 2013) In the question “Why does the fight between two simultaneously active language systems improve these aspects of cognition?” (ref. 14) The author asked (A) if the fight between two simultaneously active language systems had improved these aspects of cognition. (B) why does the fight between two simultaneously active language systems improved those aspects of cognition? (C) why the fight between two simultaneously active language systems improved those aspects of cognition. (D) if the fight between two simultaneously active language systems improve these aspects of cognition? Resposta: C A questão pede ao aluno que escolha a forma de discurso indireto (reported speech) correta conforme a sentença dada. Uma vez que a frase original está no simple present, deve-se utilizar apenas o simple past improved. 77. (Enem 2012) Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar comportamentos humanos e assim oportunizam a reflexão sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse cartum, a linguagem utilizada pelos personagens em uma conversa em inglês evidencia a (A) predominância do uso da linguagem informal sobre a língua padrão. (B) dificuldade de reconhecer a existência de diferentes usos da linguagem. (C) aceitação dos regionalismos utilizados por pessoas de diferentes lugares. (D) necessidade de estudo da língua inglesa por parte dos personagens. (E) facilidade de compreensão entre falantes com sotaques distintos. Resposta: B O cartum coloca duas personagens que usam a língua inglesa de modos diferentes. O rapaz da esquerda utiliza linguagem informal (ain't, ya, shul(D) ao passo que o da direita utiliza linguagem formal (May I suggest). Tradução do primeiro quadrinho: De maneira alguma você deveria estar aqui se você não fala Inglês muito bem. Tradução do segundo quadrinho: Adapted from http://www.nytimes.com/2012/03/18/opinion/sunday/thebenefitsof-bilingualism.html 25 Claro! Posso sugerir que você evite o uso de duplas negativas e que não se esqueça de usar um advérbio? Pelo diálogo pode-se inferir que ambas as personagens defendem seu modo de falar, ou seja, valorizam suas respectivas formas de linguagem sem dar importância a outra forma. Author J. K. Rowling has announced plans to publish her first novel for adults, which will be “very different” from the Harry Potter books she is famous for. The book will be published worldwide although no date or title has yet been released. “The freedom to explore new territory is a gift that Harry’s success has brought me,” Rowling said. All the Potter books were published by Bloomsbury, but Rowling has chosen a new publisher for her debut into adult fiction. “Although I’ve enjoyed writing it every bit as much, my next book will be very different to the Harry Potter series, which has been published so brilliantly by Bloomsbury and my other publishers around the world,” she said, in a statement. “I’m delighted to have a second publishing home in Little, Brown, and a publishing team that will be a great partner in this new phase of my writing life.” 78. (Enem 2012) Leia. Quotes of the Day Friday, Sep. 02, 2011 “There probably was a shortage of not just respect and boundaries but also love. But you do need, when they cross the line and break the law, to be very tough.” British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing that those involved in the recent riots in England need “tough love” as he vows to “get to grips” with the country’s problem families. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado). J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o bruxo Harry Potter e suas aventuras, adaptados para o cinema. Esse texto, que aborda a trajetória da escritora britânica, tem por objetivo (A) informar que a famosa série Harry Potter será adaptada para o público adulto. (B) divulgar a publicação do romance por J. K. Rowling inteiramente para adultos. (C) promover a nova editora que irá publicar os próximos livros de J. K. Rowling. (D) informar que a autora de Harry Potter agora pretende escrever para adultos. (E) anunciar um novo livro da série Harry Potter publicado por editora diferente. Resposta: D A resposta pode ser encontrada em: “Author J. K. Rowling has announced plans to publish her first novel for adults, which will be “very different” from the Harry Potter books she is famous for” (A autora J.K.Rowling anunciou planos para publicar seu primeiro romance para adultos, o qual será “bem diferente” dos livros de Harry Potter pelos quais ela é famos(A). Disponível em: www.time.com. Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado). A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto de 2011, as palavras de alerta de David Cameron têm como foco principal (A) enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos e suas famílias. (B) criticar as ações agressivas demonstradas nos tumultos pelos jovens. (C) estabelecer relação entre a falta de limites dos jovens e o excesso de amor. (D) reforçar a ideia de que o jovens precisam de amor, mas também de firmeza. (E) descrever o tipo de amor que gera problemas às famílias de jovens britânicos. Resposta:D A resposta pode ser encontrada no seguinte trecho: “There probably was a shortage of not just respect and boundaries but also love” (Houve provavelmente uma falta não só de respeito e limites, mas também de amor). 79. (Enem 2012) 23 February 2012 Last update at 16:53 GMT BBC World Service 80. (Enem 2012) Leia. J. K. Rowling to pen first novel for adults I, too I, too, sing America. I am the darker brother. They send me to eat in the kitchen When company comes, But I laugh, And eat well, And grow strong. Tomorrow, I’ll be at the table When company comes. Nobody’ll dare Say to me, “Eat in the kitchen,” 26 Then. Resposta: B A frase de Jimi Hendrix pode ser entendida da seguinte maneira: “Quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz”. Assim, o amor pelo poder deve ser menor que o poder do amor. Besides, They’ll see how beautiful I am And be ashamed I, too, am America. HUGHES, L. In: RAMPERSAD, A.; ROESSEL, D. (Ed.) The collected poems of Langston Hughes. New York: Knopf, 1994. Langston Hughes foi um poeta negro americano que viveu no século XX e escreveu I, too em 1932. No poema, a personagem descreve uma prática racista que provoca nela um sentimento de (A) coragem, pela superação. (B) vergonha, pelo retraimento. (C) compreensão, pela aceitação. (D) superioridade, pela arrogância. (E) resignação, pela submissão. Resposta: A O eu lírico diz que seus senhores o colocam para comer na cozinha quando visitas chegam (They send me to eat in the kitchen/ When company comes). No entanto, o eu lírico expressa coragem e esperança de que sua situação mude ao dizer que no futuro (tomorrow) ninguém ousará colocálo na cozinha quando as visitas chegarem (Nobody’ll dare/ Say to me,/ “Eat in the kitchen,”/ Then). 81. (Enem 2012) 82. (Ufrgs 2012) Consider the following sentence and the three alternatives to complete it. Calvin said, “I will never teach maths”. In the indirect speech this becomes 1. Calvin said that he would never teach maths. 2. Calvin said that he is never going to teach maths. 3. Calvin said that he was never going to teach maths. Which of the alternatives above can be considered grammatically correct? (A) Only 1. (B) Only 2. (C) Only 1 and 2. (D) Only 2 and 3. (E) 1, 2 and 3. Resposta: A A oração do discurso direto está no simple future (will). Por esse motivo, ao passarmos para o discurso indireto, temos que usar o conditional future (woul(D). Aproveitando-se de seu status social e da possível influência sobre seus fãs, o famoso músico Jimi Hendrix associa, em seu texto, os termos love, power e peace para justificar sua opinião de que (A) a paz tem o poder de aumentar o amor entre os homens. (B) o amor pelo poder dever ser menor do que o poder do amor. (C) o poder deve ser compartilhado entre aqueles que se amam. (D) o amor pelo poder é capaz de desunir cada vez mais as pessoas. (E) a paz será alcançada quando a busca pelo poder deixar de existir. 27 Help me leave behind some Reasons to be missed […] Don’t be afraid I’ve taken my beating I’ve shared what I made […] Pretending Someone else can come and save me from myself I can’t be who you are Solid Waste Disposal in U.S. 1990 This graphic shows that the vast majority of the waste in the United States is landfilled. Since 1990, the numbers of recycled and composted waste have increased significantly. (Disponível em http://www.elmhurst.edu/~chm/vchembook/316solidwaste.html. Acesso em: 12.07.2011) 83. (G1 - ifba 2012) A expressão nominal “Solid Waste Disposal in U.S. 1990”, presente no texto, tem a seguinte estrutura: (A) Modificador + modificador + núcleo + pós-modificador. (B) Determinante + modificador + núcleo + pósmodificador. (C) Modificador + determinante + núcleo + pósmodificador. (D) Determinante + modificador + modificador + modificador + núcleo. (E) Determinante + modificador + núcleo + preposição + determinante + modificador + núcleo. Resposta: A No sintagma nominal “solid waste disposal in U.S. 1990”, os adjetivos solid e waste modificam o substantivo (núcleo) disposal. A preposição in, o substantivo U.S. e o numeral 1990 também funcionam como modificadores e, por estarem depois do núcleo, recebem o nome de pósmodificadores. A questão foi classificada como regular porque cobra conhecimento pouco presente em situações do cotidiano, restringindo-se ao âmbito da gramática pura. Leave Out All The Rest (Linking Park) Soundtrack of Twilight I dreamed I was missing You were so scared But no one would listen ‘Cause no one else cared After my dreaming I woke with this fear What am I leaving When I’m done here […] 84. (Epcar (Af(A) 2012) Read the chorus of the song and choose the correct alternative. The singer ________ ________ the wrong ________. (A) asked – to forget – he’d done (B) said – forget – I did (C) advised – forgetting – I’ve done (D) told – not to forget – they’ve done Resposta:A Segundo o texto, o cantor pede à amada que esqueça aquilo que ele fez de errado. Além disso, como os erros cometidos aconteceram antes de seu pedido de perdão, deve-se usar o past perfect (had don(E) acompanhado do simple past (aske(D). 85. (Espm 2012) Turning the first frame of the comic strip into the Reported Speech, we would have: (A) Roosevelt once said to do what you could with what you had where you were. (B) Roosevelt once said that to do what you could with what you had where you were. (C) Roosevelt once said to do what we could with what we had where we were. (D) Roosevelt once said did what we could with what we had where we were. (E) Roosevelt once said do what we could with what we had where we were. Resposta:C O pronome “you” deve ser transformado em “we” no Reported Speech. O Imperativo afirmativo no “Reported Speech” tem a estrutura “to + infinitivo do verbo”. (Chorus) When my time comes Forget the wrong that I’ve done 28 86. (Enem 2011) 88. (Enem 2011) War Until the philosophy which holds one race superior And another inferior Is finally and permanently discredited and abandoned, Everywhere is war — Me say war. That until there is no longer First class and second class citizens of any nation, Until the color of a mans skin Is of no more significance than the color of his eyes — Me say war. [...] A tira, definida como um segmento de história em quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com efeito de humor. A presença desse efeito no diálogo entre Jon e Garfield acontece porque (A) Jon pensa que sua ex-namorada é maluca e que Garfield não sabia disso. (B) JodelI é a única namorada maluca que Jon teve, e Garfield acha isso estranho. (C) Garfield tem certeza de que a ex-namorada de Jon é sensata, o maluco é o amigo. (D) Garfield conhece as ex-namoradas de Jon e considera mais de uma como maluca. (E) Jon caracteriza a ex-namorada como maluca e não entende a cara de Garfield. Resposta: D COMENTÁRIO: And until the ignoble and unhappy regimes that hold our brothers in Angola, in Mozambique. South Africa, sub-human bondage have been toppled, Utterly destroyed - WeII, everywhere is war — Me say war. War in the east, war in the west, War up north, war down south — War- war - Rumors of war. And until that day, the African continent wiII not know peace. We. Africans, will fight — we find it necessary — And we know we shall win As we are confident in the victory. MARLEY. B. Disponível em: http://www.sing365.com. Acesso em: 30 jun. 2011 (fragmento). Bob Marley foi um artista popular e atraiu muitos fãs com suas canções. Ciente de sua influência social, na música War, o cantor se utiliza de sua arte para alertar sobre (A) a inércia do continente africano diante das injustiças sociais. (B) a persistência da guerra enquanto houver diferenças raciais e sociais. (C) as acentuadas diferenças culturais entre os países africanos. (D) as discrepâncias sociais entre moçambicanos e angolanos como causa de conflitos. (E) a fragilidade das diferenças raciais e sociais como justificativas para o início de uma guerra. Resposta: B COMENTÁRIO: 87. (Enem 2011) 89. (Enem 2011) How’s your mood? Na fase escolar, é prática comum que os professores passem atividades extraclasse e marquem uma data para que as mesmas sejam entregues para correção. No caso da cena da charge, a professora ouve uma estudante apresentando argumentos para (A) discutir sobre o conteúdo do seu trabalho já entregue. (B) elogiar o tema proposto para o relatório solicitado. (C) sugerir temas para novas pesquisas e relatórios. (D) reclamar do curto prazo para entrega do trabalho. (E) convencer de que fez o relatório solicitado. Resposta:E COMENTÁRIO: For an interesting attempt to measure cause and effect try Mappiness, a project run by the London School of Economics, which offers a phone app that prompts you to record your mood and situation. The Mappiness website says: ‘Were particularly interested in how peoples happiness is affected by their local environment air pollution, noise, green spaces, and so on — which the data from Mappiness will be absolutely great for investigating.” Will it work? With enough people, it might. But there are other problems. We’ve been using happiness and well- 29 being interchangeably. Is that ok? The difference comes out in a sentiment like: “We were happier during the war.’ But was ourwell-being also greater then? Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada vez maior de recursos. O autor do desenho detalha os diferentes acessórios e características de um celular e, a julgar pela maneira como os descreve, ele (A) prefere os aparelhos celulares com flip, mecanismo que se dobra, estando as teclas protegidas contra eventuais danos. (B) apresenta uma opinião sarcástica com relação aos aparelhos celulares repletos de recursos adicionais. (C) escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho das teclas, facilitando o manuseio. (D) acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis seja essencial para que a comunicação se dê a qualquer instante. (E) julga essencial a presença de editores de textos nos celulares, pois ele pode concluir seus trabalhos pendentes fora do escritório. Resposta: B Como todos os recursos do aparelho são expostos com sentidos diferentes às suas verdadeiras funcionalidades, o texto torna-se sarcástico, o que torna a alternativa [B] correta. vocabulário drumbeat = batida de tambores inner wellbeing = bem estar interior Disponível em: http:www.bbc.co.uk. Acesso n: 27 jun. 2011 (adaptado). O projeto Mappiness, idealizado pela London School of Economics, ocupa-se do tema relacionado (A) ao nível de felicidade das pessoas em tempos de guerra. (B) à dificuldade de medir o nível de felicidade das pessoas a partir de seu humor. (C) ao nível de felicidade das pessoas enquanto falam ao celular com seus familiares. (D) à relação entre o nível de felicidade das pessoas e o ambiente no qual se encontram. (E) à influência das imagens grafitadas pelas ruas no aumento do nível de felicidade das pessoas. Resposta: D COMENTÁRIO: 90. (Enem 2011) Going to university seems to reduce the risk of dying from coronary heart disease. An American study that involved 10 000 patients from around the world has found that people who leave school before the age of 16 are five times more likely to suffer a heart attack and die than university graduates. Word Repat News. Magazine Speak Up. Ano XIV, n 170. Editora Cameot, 2001. 92. (Enem 2010) Em relação às pesquisas, a utilização da expressão university graduates evidencia a intenção de informar que (A) as doenças do coração atacam dez mil pacientes. (B) as doenças do coração ocorrem na faixa dos dezesseis anos. (C) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio acadêmico. (D) jovens americanos são alertados dos riscos de doenças do coração. (E) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do coração. Resposta: E COMENTÁRIO: 91. (Enem 2ª aplicação 2010) Os cartões-postais costumam ser utilizados por viajantes que desejam enviar noticias dos lugares que visitam a parentes e amigos. Publicado no site do projeto ANDRILL, o texto em formato de cartão-postal tem o propósito de (A) comunicar o endereço da nova sede do projeto nos Estados Unidos. (B) convidar colecionadores de cartões-postais a se reunirem em um evento. (C) anunciar uma nova coleção de selos para angariar fundos para a Antártica. (D) divulgar as pessoas a possibilidade de receberem um cartão-postal da Antártica. (E) solicitar que as pessoas visitem o site do mencionado projeto com maior frequência. 30 Resposta: D A resposta encontra-se nas duas últimas linhas do postal: "... and we'll sent a postcard to you from the ice." Resposta:C A letra faz menção ao uso de uma bola de cristal para “ver” o passado e não o futuro. Bastando observar a roupa suja da pessoa é possível inferir do que se alimentou no almoço. A compreensão do texto leva à alternativa [C] como correta. 93. (Enem 2010) 95. (Enem 2010) Viva la Vida I used to rule the world Seas would rise when I gave the word Now in the morning and I sleep alone Sweep the streets I used to own I used to roll the dice Feel the fear in my enemy's eyes Listen as the crowd would sing “Now the old king is dead! Long live the king!” Definidas pelos países membros da Organização das Nações Unidas e por organizações internacionais, as metas de desenvolvimento do milênio envolvem oito objetivos a serem alcançados até 2015. Apesar da diversidade cultural, esses objetivos, mostrados na imagem, são comuns ao mundo todo, sendo dois deles: (A) O combate a AIDS e a melhoria do ensino universitário. (B) A redução da mortalidade adulta e a criação de parcerias globais. (C) A promoção da igualdade de gêneros e a erradicação da pobreza. (D) A parceria global para o desenvolvimento e a valorização das crianças. (E) A garantia da sustentabilidade ambiental e o combate ao trabalho infantil. Resposta: C As respostas encontram-se nos quadrinhos 3 e 1, respectivamente. One minute I held the key Next the walls were closed on me And I discovered that my castles stand Upon pillars of salt and pillars of sand […] MARTIN, C. Viva la vida, Coldplay. In: Viva la vida or Death and all his friends. Parlophone, 2008. Letras de músicas abordam temas que, de certa forma, podem ser reforçados pela repetição de trechos ou palavras. O fragmento da canção Viva la vida, por exemplo, permite conhecer o relato de alguém que (A) costumava ter o mundo aos seus pés e, de repente, se viu sem nada. (B) almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado inúmeros inimigos. (C) causa pouco temor a seus inimigos, embora tenha muito poder. (D) limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se rei de seu povo. (E) tinha a chave para todos os castelos nos quais desejava morar. Resposta: A Espera-se que o candidato seja capaz de interpretar a letra da canção. 94. (Enem 2ª aplicação 2010) Crystal Ball Come see your life in my crystal glass – - Twenty-five cents is all you pay Let me look into your past – Here’s what you had for lunch today: Tuna salad and mashed potatoes, Collard greens pea soup and apple juice, Chocolate milk and lemon mousse. You admit I’ve got told it all? Well, I know it, I confess, Not by looking, in my ball, But just by looking at your dress. 96. (Enem 2ª aplicação 2010) The six-year molars The six-year molars are the first permanent teeth. They are the “keystone” of the dental arch. They are also extremely susceptible to decay. Parents have to understand that these teeth are very important. Over 25% of 6 to 7 year old children have beginning cavities in one of the molars. The early loss of one of these molars causes serious problems in childhood and adult life. It is never easy for parents to make kids take care of their teeth. Even so, parents have to insist and never give up. SILVERSTEIN, S. Falling up. New York: Harper Collins Publishers, 1996. A curiosidade a respeito do futuro pode exercer um fascínio peculiar sobre algumas pessoas, a ponto de colocá-las em situações inusitadas. Na letra da música Crystal Ball, essa situação fica evidente quando é revelado à pessoa que ela (A) recebeu uma boa notícia. (B) ganhou um colar de pedras. (C) se sujou durante o almoço. (D) comprou vestidos novos. (E) encontrou uma moeda. O texto aborda uma temática inerente ao processo de desenvolvimento do ser humano, a dentição. 31 Há informação quantificada na mensagem quando se diz que as cáries dos dentes mencionados (A) acontecem em mais de 25% das crianças entre seis e sete anos. (B) ocorrem em menos de 25% das crianças entre seis e sete anos. (C) surgem em uma pequena minoria das crianças. (D) começam em crianças acima dos 7 anos. (E) podem levar dezenas de anos para ocorrer. Resposta: A Este trecho do texto torna a alternativa [A] correta: “Over 25% of 6 to 7 year old children have beginning cavities in one of the molars.” vocabulário keystone = pedra angular, no sentido de que é fundamental cavities = cavidades no sentido de causada por cáries. synonymously with hip hop, but hip hop denotes the practices of an entire subculture. Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010. Brazilian hip hop is one of the world’s major hip hop scenes, with active rap, break dance and graffiti scenes, especially in São Paulo, where groups tend to have a more international style, influenced by old school hip hop and gangsta rap. Brazilian rap has served as a reflection of political, social, and racial issues plaguing the disenfranchised youth in the suburbs of São Paulo and Rio. The lyrical content, band names, and song names used by Brazilian hip hop artists often connote the socio-political issues surrounding their communities. Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010 (fragmento). 97. (Enem 2010) THE DEATH OF THE PC Sendo a música uma das formas de manifestação cultural de um país, o rap brasileiro, a partir das informações do texto, tem sido caracterizado (A) pela influência internacional nos nomes de bandas e de músicas. (B) como um instrumento de reflexão crítica do jovem da periferia. (C) pela irreverência dos cantores, adeptos e suas vestimentas. (D) como um gênero musical de menor prestígio na sociedade. (E) pela criatividade dos primeiros adeptos do gênero hip hop. Resposta:B Este trecho do texto torna a alternativa [B] correta: “Brazilian rap has served as a reflection of political, social, and racial issues plaguing the disenfranchised youth in the suburbs of São Paulo and Rio.” vocabulário plaguing = que causa aflição disenfranchised = cidadãos excluídos, sem direitos The days of paying for costly software upgrades are numbered. The PC will soon be obsolete. And BusinessWeek reports 70% of Americans are already using the technology that will replace it. Merrill Lynch calls it “a $160 billion tsunami”. Computing giants including IBM, Yahoo!, and Amazon are racing to be the first to cash in on this PC-killing revolution. Yet, two little-known companies have a huge head start. Get their names in a free report from The Motley Fool called, “The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear…” Click here for instant access to this FREE report! BROUGHT TO YOU BY THE MOTLEY FOOL Disponível em: http://www.fool.com. Acesso em: 21 jul. 2010. Ao optar por ler a reportagem completa sobre o assunto anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill Gates não quer que o leitor conheça e que se referem (A) aos responsáveis pela divulgação desta informação na internet. (B) as marcas mais importantes de microcomputadores do mercado. (C) aos nomes dos americanos que inventaram a suposta tecnologia. (D) aos sites da internet pelos quais o produto já pode ser conhecido. (E) as empresas que levam vantagem para serem suas concorrentes. Resposta: E A resposta encontra-se no segundo parágrafo: …two littleknown companies have a huge head start. Get their names in a free report from The Motley Fool called, “The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear…” 99. (Enem 2010) THE WEATHER MAN They say that the British love talking about the weather. For other nationalities this can be a banal and boring subject of conversation, something that people talk about when they have nothing else to say to each other. And yet the weather is a very important part of our lives. That at least is the opinion of Barry Gromett, press officer for The Met Office. This is located in Exeter, a pretty cathedral city in the southwest of England. Here employees – and computers – supply weather forecasts for much of the world. Speak Up. Ano XXIII, nº 275. 98. (Enem 2ª aplicação 2010) Hip hop music Ao conversar sobre a previsão do tempo, o texto mostra (A) aborrecimento do cidadão britânico ao falar sobre banalidades. (B) a falta de ter o que falar em situações de avaliação de línguas. (C) a importância de se entender sobre meteorologia para falar inglês. Hip hop music is a musical genre which developed as part of hip hop culture, and is defined by key stylistics elements such as rapping, DJing, sampling (or synthesis), scratching and beatboxing. Hip hop began in the South Bronx of New York City in the 1970s. The term rap is often used 32 (D) as diferenças e as particularidades culturais no uso de uma língua. (E) o conflito entre diferentes ideias e opiniões ao se comunicar em inglês. Resposta: D Espera-se que o candidato seja capaz de compreender que o texto faz referência às diferenças culturais – ele aponta, por exemplo, que falar do tempo, na Grã-Bretanha, é um hábito, enquanto que esse assunto pode ser considerado banal em outras culturas. From late in the 18th c. until the present day – in short, for some two hundred years – the horror story (which is perhaps a mode rather than an identifiable genr(E) in its many and various forms has been a diachronic feature of British and American literature and is of considerable importance in literary history, especially in the evolution of the short story. It is also important because of its connections with the Gothic novel and with a multitude of fiction associated with tales of mystery, suspense, terror and the supernatural, with the ghost story and the thriller and with numerous stories in the 19th and 20th c. in which crime is a central theme. The horror story is part of a long process by which people have tried to come to terms with and find adequate descriptions and symbols for deeply rooted, primitive and powerful forces, energies and fears which are related to death, afterlife, punishment, darkness, evil, violence and destruction. Writers have long been aware of the magnetic attraction of the horrific and have seen how to exploit or appeal to particular inclinations and appetites. It was the poets and artists of the late medieval period who figured out and expressed some of the innermost fears and some of the ultimate horrors (real and imaginary) of human consciousness. Fear created horrors enough and the eschatological order was never far from people’s minds. Poets dwelt on and amplified the ubi sunt motif and artists depicted the spectre of death in paint, through sculpture and by means of woodcut. The most potent and 1frightening image of all was that of hell: the abode of eternal loss, pain and damnation. There were numerous “visions” of hell in literature. Gradually, imperceptibly, during the 16th c. hell was “moved” from its traditional site in the center of the earth. It came to be located in the mind; it was a part of a state of consciousness. This was the 2beginning of the growth of the idea of a subjective, inner hell, a psychological hell; a personal and individual source of horror and terror, such as the chaos of a disturbed and tormented mind, the pandaemonium of psychopathic conditions, rather than the abode of lux atra and 3everlasting pain with its definite location in a measurable cosmological system. The horror stories of the late 16th and early 17th c. (like the ghost stories) are provided for us by the playwrights. The Elizabethan and Jacobean tragedians were deeply interested in evil, crime, murder, suicide and violence. They were also very interested in states of extreme 5suffering: pain, fear and madness. They found new modes, new metaphors and images, for presenting the horrific and in doing so they created simulacra of hell. One might cite perhaps a thousand or more instances from plays in the period c. 1580 to c. 1642 in which hell is an all- purpose, variable and diachronic image of horror whether as a place of punishment or as a state of mind and spirit. Horrific action on stage was commonplace in the tragedy and revenge tragedy of the period. The satiety which Macbeth claimed to have experienced when he said: “I have supp’d full of horrors;/ Direness, familiar to my slaughterous thoughts, /Cannot once start me…” was representative of it. 100.(Enem 2ª aplicação 2010) The record industry The record industry is undoubtedly in crisis, with labels laying off employees in continuation. This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge. And yet it´s not all gloom and doom. Some labels are in fact thriving. Putumayo World Music, for example, is growing, thanks to its catalogue of ethnic compilation albums, featuring work by largely unknown artists from around the planet. Putumayo, which takes its name from a valley in Colombia, was founded in New York in 1993. It began life as an alternative clothing company, but soon decided to concentrate on music. Indeed its growth appears to have coincided with that of world music as a genre. Speak Up. Ano XXIII, nº 275 (fragmento). A indústria fonográfica passou por várias mudanças no século XX e, como consequência, as empresas enfrentaram crises. Entre as causas, o texto da revista Speak Up aponta (A) o baixo interesse dos jovens por alguns gêneros musicais. (B) o acesso a músicas, geralmente sem custo, pela Internet. (C) a compilação de álbuns com diferentes estilos musicais. (D) a ausência de artistas populares entre as pessoas mais jovens. (E) o aumento do número de cantores desconhecidos. Resposta: B Este trecho do texto torna a alternativa [B] correta: “This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge.” vocabulário plummeting = vi cair ou mergulhar verticalmente. free of charge = sem custo it’s not all gloom and doom = mas nem tudo está perdido to be thriving = ir bem, progredir. Apart from being about murder, suicide, torture, fear and madness, horror stories are also concerned with ghosts, vampires, succubi, incubi, poltergeists, demonic pacts, diabolic possession and exorcism, witchcraft, spiritualism, voodoo, lycanthropy and the macabre, plus such occult or quasi occult practices as telekinesis and hylomancy. Some horror stories are serio-comic or comic- grotesque, but none the less alarming or frightening for that. 33 During the 18th c. (as during the 19th ), in orthodox doctrine taught by various “churches” and sects, hell remained a place of eternal fire and punishment and the abode of the Devil. For the most part writers of the Romantic period and thereafter did not re-create it as a visitable place. However, artists were drawn to “illustrate” earlier conceptions of hell. William Blake did 102 engravings for Dante’s Inferno. John Martin illustrated Paradise Lost and Gustave Doré applied himself to Dante and Milton. The actual hells of the 18th and 19th c. were the gaols, the madhouses, the slums and bedlams and those lanes and alleys where vice, squalor, depravity and unspeakable misery created a social and moral chaos: terrestrial counterparts to the horrors of Dante’s Circles. Gothic influence traveled to America and affected writers such as Edgar Allan Poe, whose tales are short, intense, sensational and have the power to inspire horror and terror. He depicts extremes of fear and insanity and, through the operations of evil, gives us glimpses of hell. Poe’s long-term influence was immeasurable (and in the case of some writers not altogether for their goo(D), and one can detect it persisting through the 19th c.; in, for example the French symbolistes (Baudelaire published translations of his tales in 1856 and 1857), in such British writers as Rossetti, Swinburne, Dowson and R. L. Stevenson, and in such Americans as Ambrose Bierce, Hart Crane and H.P. Lovecraft. Towards the end of the 19th c. a number of British and American writers were 4experimenting with different modes of horror story, and this was at a time when there had been a steadily growing interest in the occult, in supernatural agencies, in psychic phenomena, in psychotherapy, in extreme psychological states and also in spiritualism. The enormous increase in science fiction since the 1950s has diversified horror fiction even more than might at first be supposed. New maps of hell have been drawn and are being drawn; new dimensions of the horrific exposed and explored; new simulacra and exempla created. Fear, pain, suffering, guilt and madness (what has already been touched on in miscellaneous “hells”) remain powerful and emotive elements in horror stories. In a chaotic world, which many see to be on a disaster course, through the cracks, “the faults in reality”, we and our writers catch other vertiginous glimpses of “chaos and old night”, fissiparating images of death and destruction. From: CUDDON, J. A. The Penguin Dictionary of Literary Terms and Literary Theory. London: Penguin, 1999. 101. (Uece 2010) The sentences “Fear created horrors enough and the eschatological order was never far from people’s minds.”, “…artists depicted the spectre of death in paint, through sculpture and by means of woodcut.” and “we and our writers catch other vertiginous glimpses of “chaos and old night” contain respectively a/an (A) direct object, an indirect object, an indirect object. (B) indirect object, an indirect object, a direct object. (C) indirect object, a direct object, a direct object. (D) direct object, a direct object, a direct object. Resposta: D Espera-se que o candidato seja capaz de reconhecer a função dos elementos apontados. ESPANHOL TEXTO I Reláje y disfrute ... (01) ... viaje a Paris en el Tango Camas, no es para menos. Primero, entre en nuestras salas especiales Rail Ciub. Y cuando llegue el momento, suba al hotel. Suba al TALGO, en Madrid. A apartir de las 19:35h, la noche es suya. Aprovéche, antes de ir a la cama, disfrutando de una cena de primeira en nuestro restaurante y de um café en el bar. Después duerma n. Cuando se despierte serán ias 8:30h. La hora de la ducha. Si viaja en Gran Clase no se prive de ella. Además dispondrá de su WC privado. Ahora tiene todo el dia para usted. Para hacer sus cosas, Para pasear por Paris. Salga de la estación sin mirar atrás. Tendrá todo el dia por delante. Revista Pronto, Diciembre 2006. 102. Complete en el espacio de texto: (A) una (B) uno (C) un (D) la (E) esta REPOSTA: C 103. El fragmento: Salga estación sin mirar atrás. Tendrá todo el dia por delante. Subrayado en el texto, significa: (A) Salga de la estación y mire a su alrededor. El dia es suyo. (B) Salga de la estación mirando hacia atrás porque el dia puede estar esperándolo. (C) Paseese por la estación sin mirar atrás. Es una forma de no perder el dia. (D) Busque la estación y no dude en mirar atrás adelantese a su a dia. (E) Salga de la estación y no mire atrás. El dia lo espera. REPOSTA: E 104. De acuerdo con lo que ofrece la propaganda, la sintesis más adecuada de tal oferta es (A) disfrute de las instalaciones de nuestro suntuoso hotel madrileño. (B) regálese una cena en el restaurante de nuestro lujoso hotel. (C) Saborese la mejor cocina parisma en Madrid. (D) (D) Pase una noche en un tren a todo conforto y amanezca en Paris. (E) Deleitese con una noche en el mejor hotel parisino. REPOSTA: D 34 TEXTO II 108. Lá expresión sin embargo subrayada en el texto, expresa LAWRENCE DE ARABIA El escritor Henry Williarnson lo habia citado para acordar un posible encuentro con Adof Hitler. Y cuando Lawrence de Arabia (1888 - 1935) regresaba en su moto Brought Special al campo militar en que vivia, en Dorset, Inglaterra, sorpresivamente se interpuso en su camino un chico en bicicleta. Al intentar esquivarlo, el ex general que durante la primeira guerra había servido a la reina en Arabia perdió el control de la maquina. Y con el, la vida. ¿Accidente o sabotaje? Jamais se: supo no se citaron testigos ni hubo intentos de explicar la presencia de un auto negro en la escena del accidente. Revista Viva: Septiembre 2007. uma relacion de: (A) condición (B) consecuencia (C) causa (D) contraste (E) anterioridad REPOSTA: D 109. Del sentido global del texto se desprende que: (A) El bolero se hizo famoso sólo a partir de Mauricio ravel (B) Sebastián Lorenzo Cerezo se hizo famoso a partir de Mauricio Ravel. (C) Sebastian Lorenzo Cerezo fue más original que Mauricio Ravel. (D) A pesar de lo que se dice, Mauricio Ravel es el creador del bolero. (E) Mauricio Ravel fue menos original que Sebastián Lorenzo Cerezo en la compoición de sus boleros. REPOSTA: A 105. El mejor sinónimo del verbo subrayado en el texto, acordar es: (A) acordarse de (B) recordar (C) fijar (D) cancelar (E) postergar REPOSTA: C TEXTO IV UNA FIESTA ENTRE AMIGOS 106. Del texto se deduce que Lawrence de Arabia (A) Tuvo un encuentro con Adolf Hitler antes de morir. (B) se encontró con Herry Williamson antes de morir (C) se encontró con Adolf Hitler y Herry Williamson antes de morir (D) se encontró con Herry Williamson cuando regresaba en su moto Brough Special al compo militar en el que vivía. (E) se encontró con Adolf Hitler cuando regresaba en su moto Broug Special al campo militar en el que vivía. REPOSTA: B Arantxa Sánchez Vicario volvió a ser la estrella, no ya del Roland Garros, sino de la noche de su 18 cumpleaños. Lo celebró rodeada de sua deportiva familia y de un centenar de amigos y compañeros. Una noche mágica en la que todos sus deseos se hicieron realidad. La fiesta se celebró en Regine’s, una de las discotecas de moda de la nohe barcelonesa. Arantxa llegó en la hora marcada luciendo n precioso vestido largo de color negro. Arantxa, acostumbrada ya a ser el centro de atención, saludó eufórica a todos aquellos amigos a los que, debido a los torneos, hacia tiempo no veía y lo remarcó al principio de la fiesta en un pequeño discurso en el que dijo: “No simpre se cumplen dieciocho años y he querido estar con los amigos. No tengo mucho tiempo, pero espero que paséis una buena noche bailando y charlando conmigo”. En medio de globos azules y rojos, en los que estaba escrito “Felicidades, Arantxa”, se inició la cena a base de salmón. Y de postre, el pastel, que tanía forma de pista de tenis. Para finalizar abrió un inmerso paquete azul con un lazo plateado del que salió finalmente la gran ilusión de Arantxa: un coche. Una sorpresa que fue el broche de oro de una feliz noche. Madrid, Revista Pronto, n 922, 2007. TEXTO III EL BOLERO, UN GÉNERO A MEDIA LUZ Orginariamente, el bolero es una vieja danza española inventada hacia 1780 por un mozo de Cádiz llamada Sebastián Lorenzi Cerenzo. Menos originariamente, sin embargo quien hizo famoso el bolero fue Mauricio Ravel, un francés, a quien le encantaba realizar composicones musicales de otros países. Temas de Hoy: Libro Ven 02; Septiembre 2007. 107. La expresión Inventada hacia 1780, subrayada en el texto, sólo nos permite afirmar que la danza se inventó: (A) a principios de 1780 (B) Alrededor de 1780 (C) A mediados de 1780 (D) Exactamente en 1780 (E) A lo largo del año 1780. REPOSTA: B 110. De acuerdo al texto: (A) En la noche de su cumpleaños, Arantxa Sánches volvió a ser la estrella del Roland Garros. (B) La fiesta la celebró en Regine’s una de las discotecas de moda de la noche barcelonesa, rodeada de alguns amigos y compañeros. (C) Arantxa llegó puntualmente y vestida de largo. (D) En la fiesta había amigos que ella no veía hacia mucho días. 35 (E) El salón de la discoteca estaba adornado con globos de varios colores. REPOSTA: C 112. Una vez leído el texto por completo, podemos afirmar que el tema central que en él se trata es (A) el bilingüismo en la sociedad norteamericana contemporánea. (B) un estudio acerca de la variante española conocida como sefardí. (C) (un panorama general que describe la situación de la lengua española en Estados Unidos. (D) una visión crítica de la expulsión histórica de la comunidad judía por parte de los Reyes Católicos. (E) una descripción geográfica de las regiones más importantes de los Estados Unidos de América. REPOSTA: C 111. Busca la mejor traducción para estas palabras, según el texto y diga cual es sinomino: (A) cena – jantar (B) globo – bolachas (C) sino – sim (D) ilusión – frustação (E) rojos – laranjas REPOSTA: A TEXTO I 113. En el primer párrafo del texto aparece la expresión “el El español en Estados Unidos Entre las lenguas extranjeras enseñadas en las escuelas de los Estados Unidos, el español ocupa el primer lugar en todos los niveles. No sólo es la lengua extranjera más enseñada, sino que también es hablada como primera lengua por unos quince millones de ciudadanos estadounidenses. Los principales núcleos de habla española en los Estados Unidos son el norte de Nuevo México/sur de Colorado, los territorios fronterizos desde California hasta Texas, la península de La Florida, la ciudad de Nueva York y algunas otras grandes ciudades en el Noreste y en la región del Midwest. Tan sólo la zona del dialecto de México/Colorado ha mantenido una continuidad lingüística desde la época colonial y su lengua se remonta aproximadamente al año 1600. Los otros centros hispanohablantes tienen su origen en inmigraciones de épocas más recientes efectuadas desde el norte y el centro de México, Cuba y Puerto Rico y, en menor grado, desde España o desde otras regiones hispanoamericanas. Se puede afirmar que muchos hablantes de español en los Estados Unidos son actualmente bilingües y que, en muchos niveles, el español está perdiendo terreno frente al inglés, especialmente en el vocabulario. Habiendo vivido en todas estas zonas de habla española, mi propia experiencia indica que muchas personas con nombres españoles hablan predominantemente inglés, algunas no hablan español y otras piensan en inglés al hablar en español; por lo tanto, es difícil pensar en la existencia de una pléyade de hispanohablantes. Una de las variantes del español que aún puede oírse en Nueva York y en algunas otras ciudades de los Estados Unidos es el español sefardí, también llamado ladino o judeoespañol. Muchos de nosotros conocemos judíos sefardíes, algunos de ellos mercaderes y profesionales, y hemos observado cómo la lengua se ha ido perdiendo en la segunda o tercera generación. Estas comunidades sefardíes son herederas de los judíos españoles que fueron expulsados de la Península Ibérica tras el edicto de los Reyes Católicos, firmado en 1492. D. Lincoln Canfield, El español de América primer lugar”. Con respecto a la forma subrayada, primer, podemos decir que: (A) se apocopa la forma masculina primero cuando va delante del sustantivo. (B) también sería posible en español decir primero lugar. (C) la forma está apocopada porque es un numeral. (D) la forma está apocopada porque va precedida por un artículo (el primer…). (E) se trata de una forma apocopada de primero, primera. REPOSTA: A 114. En el último párrafo del texto aparece el siguiente fragmento: “hemos observado cómo la lengua se ha ido perdiendo en la segunda o tercera generación”; con respecto a la expresión que aparece subrayada, también sería posible en español una secuencia de palabras en el siguiente orden: (A) hase ido perdiendo (B) ha ido perdiéndose (C) ha ido se perdiendo (D) ha se ido perdiendo (E) ha ídose perdiendo REPOSTA: B 115. En el segundo párrafo del texto aparece la siguiente frase: “Tan sólo la zona del dialecto de México/Colorado ha mantenido una continuidad lingüística desde la época colonial”. En ella, la expresión subrayada es equivalente a: (A) apenas (B) especialmente (C) exclusivamente (D) a menudo (E) lejanamente REPOSTA: C 116. A los 23 años, Vicente todavia no sabe lo que quiere. Lee mucho dibuja con frequencia y de vez en cuando tiene una de sus crises religiosas. Lleva una vida errante, arrastrando su angustia y sus deseos de ser util;" ( El mundo de los grandes genios. Van Gogh). Classifica los adverbios subrayados según su signficado y señala la opción correcta. Las repuesas deben mantener la misma orden de los términos propuestos. (A) afirmación modo tiempo. 36 (B) duda cantidad tiempo (C) modo modo cantidad (D) tiempo cantidad tiempo (E) tiempo duda cantidad REPOSTA: D 118. “… porque su evolución no depende de ti”. La expresión subrayada se refiere a: (A) la realidad (B) la reunificación (C) los hilos de un argumento (D) la ficción (E) la realidad real REPOSTA: C 117. “Subi al primer piso. Mamá, que me había escuchando desde el balcón, abrió la puerta del departamento con una dulce sonrisa de los lábios.” (Andrés River(A). 119. Señale la clase gramatical a que pertence el término Señala la alternativa que presenta palabras de gênero idéntico a la subrayada en el texto: (A) equipo dolor (B) calor nariz (C) puente rodila (D) leche dolor (E) costumbre alarma REPOSTA: E subrayado en la frase “Manejas, pues, la realidad…”: (A) conjunción adversativa. (B) conjunción disyuntiva. (C) conjunción continuativa (D) conjunción causal (E) conjunción condicional REPOSTA: C 120. “ … todo lo que le pasa…” lo subrayado puede sustituirse TEXTO III COSAS QUE PASAN Manejas, pues, la realidad como si de la ficción se tratara. La reunificación de las dos Alemanias, el hambre en Etiopía, la muerte en Suráfrica, etcétera, forman los hilos de un argumento que te apasiona, pero que a lo mejor no te concierne porque su volución no depende de ti. Tu realidad real, la que de verdad puede hacerte feliz o desdichado, es mucho más cercana, más doméstica, y se puede medir en estabilidad económica y cantidades de amor.(…) Aunque tal vez, mientras se te cierran los ojos escuchando el último informativo, puedas pensar unos segundos en ti mismo o en quienes te rodean, y adviertas, como en una revelación, que el precio de saber todo lo que le pasa al mundo es el de no saber lo que te pasa a ti. por: (A) esto (B) ello (C) aquello (D) eso (E) este REPOSTA: A 121. Las palabras subrayadas en las frases son, respectivamente: “… y todos los días se esforzaba…” “ Al principio se compró un espejo en el que se miró largamente…” (A) preposición pronombre personal articulo feminino conjunción. (B) articulo preposición conjunción sustantivo. (C) conjunción, articulo masculino , contracción adverbio. (D) contracción articulo neutro preposición adjetivo. (E) interfección conjunción adverbio verbo. REPOSTA: C MILÁS, Juan José, Edelsa, p 74 5 37