LIVRO 7

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LIVRO 7
LIVRO 7
LÍNGUA PORTUGUESA
1.
(UF(C) Assinale V para verdadeiro e F para falso quanto à
concordância nominal.
( )
( )
( )
( )
É necessário a conservação daquelas
lembranças para que ele se sinta vivo.
Por mais que tentem mudar seus hábitos, os
filhos são tais quais os pais.
As crianças estavam meio alvoroçadas no
domingo.
Ágil e delicada, na tarde de domingo, as mãos
maternas tocavam piano.
(A) FFFF
(B) FVVF
(C) VVVV
(D) FFVV
(E) VFVF
REPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
Comentário: Em: “Por mais que tentem mudar seus
hábitos, os filhos são tais quais os pais” essa concordância
está correta, pois tais concorda com o substantivo filhos
que está no plural, e quais concorda com o substantivo
pais, que também está no plural. Caso esses substantivos
estivessem no singular, os mesmos elementos também
estariam, pois o tal concorda com o anterior e o qual com o
seu posterior.
Em: “As crianças estavam meio alvoroçadas no domingo”, a
concordância está correta, pois a palavra meio, quando
advérbio (meio=um pouco), é invariável.
2.
3.
(G1 - ifsc 2011) Assinale a única alternativa na qual está
correta a concordância verbal, segundo a norma padrão da
língua portuguesa.
(A) Aconteceu alguns fatos muito estranhos no ano
passado.
(B) Nem faziam dois meses que ela se fora.
(C) A retirada das tropas levariam algum tempo ainda.
(D) Foi conseguido muitas doações para os desabrigados.
(E) Se houvesse interessados, ele venderia o barco.
RESPOSTA: E
O verbo “haver”, no sentido de existir, é impessoal e deve
permanecer na 3ª pessoa do singular, como se enuncia em [E]. As
demais opções estão erradas, pois “aconteceram”, “fazia”,
“levaria” e “foram conseguidas” deveriam substituir as formas
verbais usadas em [A], [B], [C] e [D] para se adequarem às regras
da gramática normativa.
4.
(G1 - cps 2011) Assinale a alternativa correta quanto à
concordância verbal e nominal.
(A) Os rapazes que praticam surf mantêm suas pranchas
muito bem cuidadas.
(B) A nadadora está meia apreensiva, pois a travessia será
em mar aberto.
(C) Em 2011, farão cinco anos que ele venceu o
campeonato paulista de judô.
(D) Elas mesmos foram em busca de patrocínio para a
equipe de ginástica.
(E) Afixada no mural estão as listas dos atletas que
participarão da São Silvestre.
RESPOSTA: A
As opções (B), (C), (D) e (E) apresentam infrações à norma
culta, já que os termos “meia”, “farão”, “mesmos” e
“afixada” deveriam ser substituídos, respectivamente, por
“meio”, “fará”, mesmas” e “afixadas” para respeitarem as
regras gramaticais de concordância.
(FGV) Assinale a alternativa em que se apresenta o motivo
porque se deve usar o ponto-e-vírgula no trecho e em que
há uma frase na qual ele deve ocorrer.
(A) Enumeração de informações.
A vida de Obama tem muito dos romances de John
Steinbeck: a mãe que vivia “batendo asas” o pai um
homem emblemático e ausente o avô materno que se
criou na cidade de El Dorado no Kansas.
(B) Seriação de coisas.
Obama foi criado na Indonésia e no Havaí países em
que frequentou escolas e mais tarde aterrissou em
Chicago.
(C) Interrupção de ideias.
O senador John McCain candidato republicano
frequentou mais de uma dezena de escolas porque seu
pai um almirante era transferido com frequência.
(D) Suspensão do pensamento.
Descrever Obama como um desenraizado como
pretendem alguns leva a perguntar o que é ser
desenraizado.
(E) Pausa entre as ideias.
Tendo sido um migrante por causa da carreira de meu
pai John McCain acabei me tornando um andarilho por
vontade própria.
REPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
Comentário: O uso de ponto e vírgula tem aplicação recomendada
pela norma culta em casos específicos, tais como nos de
enumeração ou suavização de orações coordenadas muito longas,
no sentido de facilitar sua compreensão. No caso da questão,
está-se diante de uma ocorrência de enumeração de informações:
A vida de Obama tem muito dos romances de Steinbeck: a mãe
vivia "batendo asas"; o pai, um homem emblemático e ausente; o
avô materno, que se criou na cidade de El Dorado, no Kansas.
1
5.
(UFPR) No ano em que se comemoram os 250 anos de
nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart a festa dura 365
dias e foi batizada como Ano Mozart com destaque para a
programação em cidades como Salzburgo terra natal do
compositor Viena onde ele viveu depois de se casar e Praga
sua "pátria artística".
7.
(AFTN) Está correta a concordância verbal na sentença:
(A) Tratam-se de discussões que reflete sobre a questão do
endividamento externo serão o tema central do
encontro.
(B) Durante o seminário, apresentou-se três propostas
diferentes de revisão da lei salarial.
(C) Incluir-se no parecer do relator as alterações aceitas de
comum acordo para todos os partidos.
(D) Seria ingênuo pensar que as restrições palacianas ao
projeto decorre apenas de idiossincrasias pessoais.
(E) Positivamente falta clareza e seriedade na condução
dos negócios públicos.
REPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Quando o sujeito composto vem posposto ao verbo, este
pode concordar com o núcleo mais próximo.
8.
(TRT) Fragmento do texto:
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas
novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de
personagens de todas as classes sociais, explicava ela, o que
exige uma trama complexa. Acrescento: a mobilidade social
é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre
ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em
proporção maior que a vida real .... Mas a novela não é um
retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas como aqueles
retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos.
O fundo é real. A tela: ideais, sonhos, fantasias.
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social
pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real ...
O emprego das reticências no final do segmento transcrito
acima denota
(A) nova referência, desnecessária, ao comentário de
alguém alheio ao contexto.
(B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o
interesse do leitor.
(C) certeza da concordância de um eventual leitor com a
opinião ali exposta.
(D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em
fatos que ocorrem na vida real.
(E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho
subjetivo, sem base em dados reais.
REPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
As reticências geralmente são usadas para marcar uma
continuação da fala do locutor, de certo grau de emoção,
de se fazer subentender. Por isso, cabe a interpretação de
uma hesitação, pelo comentário subjetivo, sem dados
reais. Tudo isso ratificado pelo advérbio “Provavelmente”.
9.
(TCE-SP-2009) O emprego das vírgulas assinala a ocorrência
de uma ressalva em:
(A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada,
irmã.
(B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito,
no restrito clube...
("Revista Tam", ano 3 no 29, julho de 2006, p. 141)
Ainda que não houvesse nenhuma dessas celebrações,
bastaria andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera"
Mozart. A reescrita correta do trecho quanto à
concordância verbal é:
I. Ainda que não houvesse essas celebrações, bastaria
andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera"
Mozart.
II. Embora não existisse nenhuma dessas celebrações,
bastaria andar por Salzburgo para respirar uma
"atmosfera" Mozart.
III. Mesmo que não existissem essas celebrações, bastaria
andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera"
Mozart.
IV. Embora não houvessem essas celebrações, bastaria
andar por Salzburgo para respirar uma "atmosfera"
Mozart.
(A) Apenas II está correta.
(B) Apenas I, II e III estão corretas.
(C) Apenas I e II estão corretas.
(D) Apenas IV está correta.
(E) Apenas II, III e IV estão corretas.
REPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
Comentário: O item IV é falso, pois verbo haver no sentido
de existir, ocorrer, é usado no singular.
6.
(Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa
corretamente as lacunas do período abaixo.
“Informaram aos candidatos que, ___________, seguiam a
comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do
exame médico, e que estariam inteiramente à ________
disposição para verificação.”
(A) anexo – vossa
(B) anexos – sua
(C) anexo – sua
(D) anexas – vossa
(E) anexos – vossa
RESPOSTA: B
O sujeito composto da oração “a comunicação oficial, o
resultado e a indicação do local do exame médico”
apresenta três núcleos (“comunicação”, “resultado” e
“indicação”), sendo que um deles pertence ao gênero
masculino o que obriga à concordância do adjetivo com o
plural masculino (“anexos”). O pronome possessivo
relaciona-se com o termo “candidatos”, por isso é
adequado o uso da terceira pessoa do plural (“sua”). Assim,
é correta a opção [B].
2
(C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de
Buenos Aires, se estão esgotando.
(D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades.
(E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das
reservas totais, é úmido e rico em etano...
REPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
A ressalva é expressa por conjunções que transmitam
contrastes, oposições, como é o caso da conjunção
coordenativa adversativa “mas”.
Fragmento do texto: Apesar de sua fama
internacional como detentor da maior biodiversidade e da
maior floresta tropical do planeta, o Brasil ainda tira muito
pouco proveito de suas belezas naturais como atração
turística. Os prejuízos são tanto econômicos quanto
ambientais: o País deixa de participar de um mercado
bilionário, cujos benefícios podem ser revertidos tanto para
o desenvolvimento quanto para a conservação.
Os prejuízos são tanto econômicos quanto ambientais: o
País deixa de participar de um mercado bilionário...
Os dois-pontos introduzem, no contexto, um segmento que
(A) apresenta sentido que contradiz o que vem sendo
afirmado anteriormente.
(B) indica uma interrupção do assunto desenvolvido, com
início de outro, de sentido diverso.
(C) repete intencionalmente uma mesma afirmativa,
porém de forma desnecessária ao sentido.
(D) enumera as atrações turísticas citadas anteriormente,
de forma necessária no contexto.
(E) explica o sentido da afirmativa feita imediatamente
antes do emprego desses sinais.
REPOSTA: E
RESOLUÇÃO:
Note que os dois-pontos podem ser substituídos pela
conjunção “porque” (antecipada de vírgula ou não),
preservando o sentido explicativo. Veja: Os prejuízos são
tanto econômicos quanto ambientais, pois o País deixa de
participar de um mercado bilionário, cujos benefícios
podem ser revertidos tanto para o desenvolvimento quanto
para a conservação. Isso confirma que a alternativa ((E) é a
correta, pois há uma explicação de que este mercado
bilionário levaria benefícios tanto para o desenvolvimento
quanto para a conservação. Assim, há prejuízos tanto
econômicos quanto ambientais.
(E) assinalam a fala de um interlocutor até então alheio ao
contexto.
REPOSTA: A
RESOLUÇÃO:
Os dois-pontos neste contexto assinalam uma enumeração,
a qual não se encontra na resposta. Quando há uma
enumeração, não deixa de haver também uma explicação,
por isso a única resposta possível é a alternativa ((A). Na
alternativa ((B), realmente há uma sequência, mas não uma
repetição. Também não ocorre intenção de realce apenas.
Na alternativa ((C), não ocorre quebra na sequência lógica
das ideias. A pontuação que sinaliza isso são as reticências,
e não servem neste contexto. Na alternativa ((D), não há
observações que minimizam o sentido da expressão
anterior, mas há sequência lógica que explica o termo
anterior. Na alternativa ((E), os dois-pontos também podem
iniciar uma citação, a fala de um interlocutor, mas isso não
ocorreu neste contexto.
10. (TRF)
12. (TRT) Fragmento do texto: Diferentemente da religião, a
superstição tem fins específicos. Apelamos para ela quando
precisamos de uma “forcinha” a mais, venha ela de onde
vier. Que mal há em ter sobre a mesa do escritório uma
pequena ferradura que um amigo nos deu de presente?
Quando se trata de superstição, tudo é mais prático, porque
envolve o que os estudiosos chamam de “meia-crença”.
Ninguém precisa acreditar inteiramente numa simpatia
para executá-la. Pequenos rituais, como comer lentilhas no
Reveillon (já que o grão, quando cozido, aumenta de
tamanho, o que significa crescimento e fartura, segundo a
tradição greg(A), geralmente não dão muito trabalho e são
quase sempre acessíveis a todos, pobres ou ricos. Assim
resistem ao tempo e se conservam crenças milenares que
enriquecem a cultura e a história das civilizações.
(já que o grão, quando cozido, aumenta de tamanho, o que
significa crescimento e fartura, segundo a tradição greg(A)
Os parênteses isolam, considerando-se o contexto,
(A) enumeração de dados já apresentados.
(B) longo comentário explicativo.
(C) repetição enfática da mesma ideia.
(D) temporalidade na sequencia de ideias.
(E) introdução de informação alheia ao assunto.
REPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
A expressão entre parênteses é um comentário do autor,
chamada de orações intercaladas ou parentéticas, cuja
intenção é explicar algo, utilizando para isso a conjunção de
valor coordenativo explicativo “já que”.
11. (TRT) O choque dos alimentos está produzindo enormes
estragos globais: semeia inflação, desarranja o
abastecimento, precipita protecionismos e fermenta crises
políticas.
Os dois-pontos, no contexto da frase,
(A) introduzem um segmento de caráter explicativo e
especificativo.
(B) assinalam uma sequência repetitiva, como um realce
no contexto.
(C) indicam quebra na sequência lógica das ideias em
desenvolvimento.
(D) introduzem observações que minimizam o sentido da
expressão anterior.
13. (TRT)
Fragmento do texto: A integração europeia
representa o inédito na vida internacional. É uma resposta
historicamente distinta de qualquer outra no trato dos três
conhecidos problemas inerentes à dinâmica do
funcionamento do sistema internacional, no qual paz e
guerra se alternam. Com efeito, a Europa que se constituiu
a partir do Tratado de Roma logrou: 1) captar e levar
adiante o interesse comum; 2) administrar as desigualdades
do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias
e conflitos de valores.
3
... logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2)
administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir
pacificamente controvérsias e conflitos de valores.
Os dois-pontos introduzem, considerando-se o contexto,
(A) citação exata de anotações em documentos referentes
ao assunto.
(B) segmento enumerativo e explicativo, importante para
dar continuidade à explanação das ideias.
(C) repetição, com detalhes necessários, de um dado
anteriormente apontado.
(D) gradação na sequencia dos itens, para assinalar a
importância maior do seguinte em relação ao anterior.
(E) condição importante no desenvolvimento, como
justificativa das medidas citadas anteriormente.
REPOSTA: B
RESOLUÇÃO:
Perceba novamente o emprego dos dois-pontos. Já vimos
nas questões anteriores que ele serve para separar o
aposto explicativo e enumerativo. Neste caso, a
enumeração é uma sequência de ações, com verbos no
infinitivo. Por isso a alternativa B é a correta.
I.
II.
O travessão isola um segmento opinativo.
A observação introduzida pelo travessão associa-se
diretamente à expressão na esteira da Revolução
Industrial.
III. Estaria correta a substituição do travessão por uma
vírgula, sem prejuízo da estrutura sintática e do sentido
original de todo o período.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) II.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
REPOSTA: D
RESOLUÇÃO:
O travessão normalmente é empregado para isolar um
comentário do autor com diversos valores semânticos,
como explicação, contrastes, justificativas, etc. No caso em
tela, o autor fez uma inserção com sua apreciação,
observação, isto é, um dado opinativo sobre o crescimento
da porcentagem referida no texto. Por isso a frase I está
correta.
Por observarmos que o comentário do autor se refere ao
crescimento da porcentagem, entende-se que a frase II está
incorreta. Perceba que a banca ainda reforça o erro
inserindo o vocábulo “diretamente”.
O comentário do autor pode ser separado por vírgula,
travessão ou pode ficar entre parênteses. No caso deste
excerto, o comentário pode ser separado por vírgula sem
incorrer em desvio gramatical.
14. (Unifesp 2013) O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura
do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que,
antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e
códigos morais, devemos nos preparar. Autocontrole e
disciplina sem preparação adequada __________ criar mais
problemas mentais e de personalidade do que paz de
espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande
problema que todo iniciante enfrenta: dominar a mente.
Devido __________ abordagem corporal, o hatha yoga
ficou conhecido – de modo equivocado – como uma
categoria de ioga __________ trabalha apenas as valências
físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras),
quase como ginástica oriental. Isso não é verdade.
16. (Insper 2013) Troque o verbo ou feche a boca
Rita Lee cantava uma música que dizia "o resto que se
exploda, feito Bomba H". Será que na língua culta existe
"exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou seja, não tem
conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se
conjugá-lo a partir da segunda pessoa do singular (tu
explodes, ele explode etc.). Muita gente não sabe da
existência dos defectivos e os "conjuga" em todas as
pessoas.
(Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as
lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente,
com
(A) pode – a essa – aonde.
(B) podem – a essa – que.
(C) pode – à essa – o qual.
(D) podem – essa – com que.
(E) pode – essa – onde.
RESPOSTA: B
Na primeira ocorrência, o verbo deve apresentar-se no
plural (podem) para concordar com o sujeito composto
(“Autocontrole e disciplina sem preparação adequada”). Na
segunda, à locução prepositiva “devido a”, não deve ser
acrescido o artigo definido “a”, já que o termo regido, o
pronome demonstrativo “essa”, não o permite. Na terceira,
é correto o uso do pronome relativo “que”, pois estabelece
referência com o seu antecedente (“categoria de ioga”).
Assim, é correta apenas a opção [B].
(Pasquale Cipro Neto,
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html)
A alternativa que exemplifica o que foi expresso no último
período é
(A) Houveram dificuldades na resolução da questão.
(B) Ficaremos felizes se vocês mantiverem a calma.
(C) É preciso fazer contas para que a prestação caiba no
orçamento.
(D) Empresário reavê judicialmente a posse de seu imóvel.
(E) Polícia deteu quase 60 torcedores nas imediações do
Morumbi.
RESPOSTA: D
A única opção que apresenta frase com desvio gramatical
por conjugação indevida de verbo defectivo é [D], já que o
verbo reaver tem conjugação semelhante ao do verbo
haver, mas sem as pessoas em que falta a letra “v”. Em [A]
e [E], existem infrações às normas gramaticais, de
concordância e de conjugação verbal, respectivamente: o
15. (TRT) Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a
porcentagem tinha subido para 13% – ainda uma minoria
em um planeta essencialmente rural.
Considere as afirmativas a respeito da presença do
travessão no período acima:
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verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, por isso
deve permanecer no singular (houv(E) e a terceira pessoa
do singular do pretérito perfeito do verbo deter é deteve e
não “deteu”. As opções [B] e [C] apresentam frases
perfeitamente corretas.
17. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa
corretamente as lacunas.
Algumas até úteis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe
certeiro de garoto para acertar em algum alvo
contemporâneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu
já.
Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola.
18. (Fuvest 2013)
Considere as seguintes substituições
propostas para diferentes trechos do texto:
I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o número a que
alcançasse.
II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-me do orgulho.
III. “coisas que deixamos de fazer” (ref. 13) = coisas que
nos descartamos.
IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não existe mais
bondes.
“Não nos ______ respeito os motivos que ____________ os
homens a __________ à causa.”
(A) diz – conduzirão – aderir
(B) dizem – conduzirão – aderirem
(C) dizem – conduzirá – aderirem
(D) diz – conduzirá – aderir
(E) dizem – conduzirá – aderir
RESPOSTA: B
Os verbos das três orações do período devem concordar
com o plural dos núcleos dos sujeitos das três orações do
período, respectivamente, “motivos”, “que” (relacionado a
“motivos”) e “homens”. Assim, é correta a opção [B]:
dizem, conduzirão e aderirem.
A correção gramatical está preservada apenas no que foi
proposto em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
RESPOSTA: B
Os itens I, III e IV apresentam substituições incorretas, pois:
I. o termo verbal “alcançasse” dispensa a preposição “a”,
pois apresenta transitividade direta, com o pronome
relativo “que” em função de objeto: o número que
alcançasse;
II. o termo verbal “descartamos” no sentido de “deixamos
de fazer” pode ser transitivo direto, ou transitivo
indireto com preposição “de”: que descartamos ou de
que nos descartamos;
III. o termo “existe” deveria concordar com o sujeito
(“mais bondes”): existem.
Assim, é correta a opção [B].
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje
pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na
dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto
1
mais jogá-la com a precisão que tinha quando era garoto.
(...)
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os
polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho,
tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom
conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei mais
2
que jeito é esse. Eu sabia a fórmula de fazer cola caseira.
3
Algo envolvendo farinha e água e muita confusão na
cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não
sei mais. A gente começava a contar depois de ver um
11
relâmpago e o número a que chegasse quando ouvia a
4
trovoada, multiplicado por outro número, dava a distância
exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. (...)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
_________ dois meses, a jornalista britânica Rowenna
Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira
ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu
e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas
mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a
escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo
que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em
dinheiro.
Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedindo
ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de
volta, Rowenna teve como resposta a cobrança de R$ 1,4
mil. Ela se negou a pagar, a polícia não fez nada. A
jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo
conhecia um funcionário do provedor da conta, que
desativou o processo de verificação de senha criado pelo
invasor.
12
Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez,
cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes
de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse
distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se
5
controlar a trajetória elíptica da cusparada com uma
6
7
mínima margem de erro. Era puro instinto. Hoje o mesmo
8
feito requereria complicados cálculos de balística, e eu
provavelmente só acertaria a frente da minha camisa.
9
Outra habilidade perdida.
Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e
13
.................... . Não falo daquelas coisas que deixamos de
fazer porque não temos mais as condições físicas e a
coragem de antigamente, como subir em bonde andando –
14
mesmo porque não há mais bondes andando. Falo da
10
sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram.
(Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.)
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19. 6. (Unifesp 2013)
A lacuna do início do texto deve ser
corretamente preenchida com
(A) À.
(B) Há cerca de.
(C) Fazem.
(D) Acerca de.
(E) A.
RESPOSTA: C
É correta a opção [C], pois, no contexto, o verbo impessoal
haver é usado para indicar tempo decorrido, podendo ser
substituído por fazer na terceira pessoa do singular, por se
tratar também de um verbo impessoal: faz dois meses.
A expressão que preenche corretamente a lacuna, de
acordo com o português padrão, é:
(A) prendê-la.
(B) prendê-las.
(C) prender-vos.
(D) prender-lhe.
(E) prender-lhes.
RESPOSTA: E
O pronome pessoal oblíquo deve apresentar-se no plural
para concordar com o nome a que se refere: “elas”. Por
exercer função de objeto indireto, o termo adequado é
“lhes”, como se transcreve em [E].
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as
pessoas. Significa dizer que conversar é um processo
cooperativo entre interlocutores.
22. (Insper 2012) Há duas semanas, foram divulgados novos
dados sobre o desempenho dos nossos estudantes. Os
resultados foram comentados à exaustão nos jornais, sites
etc. Solidários, diversos meios de comunicação se aliaram
aos alunos, ou seja, demonstraram que também tropeçam
no trato com a língua. Comecemos por um título (de um
sit(E), que terminava assim: "... preferem português à
matemática". (...). No título, usou-se a construção formal,
mas...
Leia o texto abaixo, que representa uma conversa.
(NETO, Pasquale Cipro. Folha de São Paulo, 08/09/2011)
Considere estas afirmações:
I. O adjetivo “solidários”, no contexto em que ocorre,
deve ser compreendido conotativamente, já que se
trata de uma ironia.
II. Do ponto de vista da gramática normativa, há um erro
de regência no título do site, uma vez que o verbo
“preferir” rejeita o uso da preposição “a”.
III. No último período, ao empregar a conjunção
adversativa “mas”, o autor sugere a ocorrência de
“tropeço” gramatical no título do site.
20. (G1 - ifsp 2013) No trecho “a gente pode ter conversas
literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira
pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é
o seguinte:
(A) podemos ter conversas literárias.
(B) podíamos ter conversas literárias.
(C) poderíamos ter conversas literárias.
(D) pudemos ter conversas literárias.
(E) pudéssemos ter conversas literárias.
RESPOSTA: D
O pretérito perfeito do indicativo indica ação ou estado
passado que ocorreu em determinado momento do
passado, sem continuidade. Assim, o trecho “a gente pode
ter conversas literárias”, com sujeito em primeira pessoa do
plural, é o transcrito na opção [D].
Está(ão) correta(s)
(A) I, II e III.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas I.
RESPOSTA: C
Na frase “… preferem português à matemática”, o verbo
preferir é transitivo direto e indireto, com este último
regido adequadamente pela preposição “a”. Como o objeto
direto não vem antecedido de artigo, este também não
deveria anteceder o objeto indireto e a frase, para atender
às regras da gramática normativa, deveria ser substituída
por preferem português a matemática. Assim, é incorreto o
que se afirma em II, pois o tropeço gramatical a que o
professor Pasquale se refere não decorre de erro de
regência, mas sim de presença inadequada de artigo.
21. (Uftm 2012) Leia o poema de Mauro Mota.
Ausência
Vestias diante do espelho
o vestido de viagem,
e o espelho partiu-se ao meio
querendo prender-te a imagem.
(Canto ao Meio)
23. 14. (G1 - ifsp 2011) Assinale a alternativa que completa,
correta e respectivamente, as frases a seguir.
O rapaz estava propenso ______ aceitar a responsabilidade.
A estilista procedeu ______ escolha das modelos para o
desfile.
O aluno está incerto ______ o significado da palavra.
(A) por ... a ... com
(B) por ... pela ... com
Ao reescrever o poema, empregando como sujeito explícito
o pronome Elas, tem-se:
Elas vestiam diante do espelho
os vestidos de viagem,
e o espelho partiu-se ao meio
querendo __________ a imagem.
6
(C) à ... à ... sobre
(D) a ... à ... sobre
(E) de ... pela ... para
RESPOSTA: D
A alternativa correta é a D.
Na primeira frase, o verbo propender é transitivo indireto,
exigindo o uso da preposição a.
Na segunda, o verbo proceder também é transitivo indireto
e também exige preposição, no entanto, o substantivo
“escolha” exige o artigo definido feminino ((A), gerando a
crase (à).
Na terceira, o adjetivo “incerto” combina-se apenas com a
preposição sobre (ou quanto, que não está entre as
alternativas).
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
25. (G1 - ifsc 2012)
24. (G1 - ifal 2011) Texto.
Sobre o os quadrinhos acima, leia e analise as afirmações
abaixo:
I. A tira evidencia ironia ao tratar da rápida obsolescência
das linguagens e dos conhecimentos tecnológicos.
II. A expressão “última geração” e a palavra “obsoleta”
são antagônicas.
III. A tira associa o conhecimento tecnológico à
empregabilidade.
IV. IV. O humor da tira reside no fato de que o
personagem perdeu a vaga porque chegou depois do
horário.
Em Alagoas, 24% da população vive à revelia da leitura e
da escrita.
[...]
Nesse “universo paralelo” dos que vivem à revelia da
leitura e da escrita, 1restam o mercado informal como
sobrevida, e o distanciamento exponencial de uma
sociedade cada vez mais gráfica, onde a necessidade de se
2decifrar os velhos e os novos códigos da língua, como a
informática, por exemplo, vem transformando a educação
formal, ao longo dos tempos, num verdadeiro funil de
acesso ao mundo sócio, econômico e culturalmente ativo.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmações I e IV são VERDADEIRAS.
(B) Apenas as afirmações I e II são VERDADEIRAS.
(C) Apenas as afirmações III e IV são VERDADEIRAS.
(D) Apenas as afirmações I, II e III são VERDADEIRAS.
(E) Apenas as afirmações II e III são VERDADEIRAS.
Resposta: D
A proposição IV está errada, pois o tempo gasto no trajeto
fez com que a linguagem do pretendente ficasse
ultrapassada o que ocasionou a perda da vaga de emprego.
Assim, é correta a opção [D].
O Jornal, de 17/10/2010, seção Cidades, pág. A17.
Com relação à concordância verbal, apenas uma alternativa
está errada. Marque-a.
(A) O verbo pode ficar no singular, concordando com o
termo preposicionado “da população”, após a
expressão numérica na manchete.
(B) Segundo a norma gramatical, o verbo, ainda nessa
manchete, poderia ficar no plural, concordando com o
número percentual, que é o núcleo do sujeito.
(C) A concordância do verbo “viver”, nesse trecho, está
correta, o que se pode justificar com o seguinte
exemplo: “Somente 1% dos objetos roubados foi
recuperado.”
(D) O verbo “restar” (ref. 1) poderia ficar no singular,
concordando com o sujeito mais próximo: “o mercado
informal”.
(E) O verbo “decifrar” (ref. 2) deveria estar no plural,
concordando com o sujeito composto: “os velhos e os
novos códigos da língua”.
RESPOSTA: C
Na manchete, a forma do verbo viver apresenta-se no
singular, concordando com o termo preposicionado, o que
não acontece em “1% dos objetos roubados foi
recuperado” em que o verbo concorda com a expressão
numérica.
26. (Insper 2012)
Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge,
conclui-se que o humor decorre do((A)
(A) crítica despropositada feita a um livro considerado um
clássico da literatura universal.
(B) duplo sentido que a palavra “barata” adquire no
contexto do último quadrinho da tirinha.
(C) ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no
segundo quadrinho.
(D) explícita referência intertextual que ocorre no primeiro
quadrinho da tira.
(E) traço caricatural das personagens que as aproxima do
conteúdo do livro mencionado.
7
(D) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção
linguística.
(E) a transgressão às regras de concordância nominal
relacionadas ao pronome.
Resposta: B
No primeiro quadro, observa-se falha gramatical na fala da
cobra que usa o pronome oblíquo “o” em vez de “lhe”. O
verbo “escapar” é transitivo indireto, exigindo assim o
pronome com essa função, o que valida a opção [B].
Resposta: B
Em “A metamorfose”, Kafka associa o inverossímil ao
trágico ao contar a história de um homem que se
transformou num inseto nojento para analisar os
comportamentos humanos num tempo de desesperança e
de ausência de respostas às questões mais simples e mais
profundas do mundo futuro. Assim, a palavra “barata” do
último quadro da tirinha adquire duplo sentido, pois tanto
pode referir-se ao inseto do romance de Kafka quanto à
designação pejorativa de algo que não tem qualidade,
como se afirma em [B].
29. (Uftm 2012) Leia a tira de Laerte Coutinho.
27. (Insper 2012) Leia a tirinha a seguir.
Os mesmos processos de formação dos termos em negrito
aparecem, respectivamente, em
(A) anoitecer, votação, inútil, violação e tristemente.
(B) retenção, suavidade, desmatamento, infelizmente e
firmamento.
(C) enlatado, ajuda, remissão, dignidade e abolição.
(D) reação, geração, abstenção, lição e afrontamento.
(E) magreza, medidor, firmamento, dignidade e violação.
Resposta:
Todas as palavras em negrito - excitação (de excitar),
perversão (de perverso), alucinação (de alucinar) e
deslumbramento (de deslumbrar) - são formadas por
derivação sufixal, exceto a segunda da sequência - obsessão
- que é palavra primitiva de raiz latina (obsessio). Em
nenhuma das opções existe sequência de palavras que
acompanhe o modelo do enunciado, pois na segunda
posição de cada alternativa não existe palavra primitiva
(votação-derivação sufixal, suavidade-derivação sufixal,
ajuda- derivação regressiva, geração- derivação sufixal e
medidor-derivação sufixal). Assim, não existe alternativa
possível que atenda ao solicitado pela banca.
Assinale a alternativa cujos termos completam, correta e
respectivamente, as lacunas.
(A) meço ... comprimento ... meço
(B) meço ... cumprimento ... meço
(C) mesço ... comprimento ... mesço
(D) messo ... cumprimento ... messo
(E) messo ... comprimento ... messo
Resposta: A
O verbo medir é irregular com o termo “meço” assinalando
a primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
Dos parônimos “comprimento” e “cumprimento” cabe, no
contexto, o uso do primeiro, no sentido de medida de
extensão.
28. (Insper 2012)
O que motivou o apito do juiz foi
(A) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a
norma padrão.
(B) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto
indireto.
(C) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de
“a”.
30. (Insper 2012)
8
(D) A mensagem escrita no quadrinho, representada pela
fala da personagem, apresenta todas as características
da linguagem culta, ou padrão.
(E) Na mensagem escrita, há ocorrência de um mesmo
substantivo, ora no masculino, ora no feminino.
Resposta: A
É correta a opção [A], pois o humor instaura-se a partir da
figura de uma barata a percorrer os óculos do personagem
simultaneamente à frase em que este exprime a sua
admiração pelo realismo da imagem e que atribui aos
recursos do cinema em 3D.
Para criticar a possível aprovação de um novo imposto
pelos deputados, o cartunista adotou como estratégias
(A) polissemia das palavras e onomatopeia.
(B) traços caricaturais e eufemismo.
(C) paradoxo e repetição de palavras.
(D) metonímia e círculo vicioso.
(E) preterição e prosopopeia.
Resposta: A
A palavra é usada com sentidos diferentes em momentos
que retratam situações distintas. No primeiro, o
personagem usa a palavra “saúde” como substantivo para
referir-se de maneira genérica aos organismos públicos que
cuidam do combate a doenças. No segundo, como uma
interjeição para fazer um brinde ou saudação. Na última
fala da charge, a interjeição “tim-tim”, palavra
onomatopaica que reproduz o som de taças, é usada com o
mesmo sentido, foneticamente semelhante à expressão
“tim-tim por tim-tim” usada no primeiro enquadramento
com o sentido de “sem omitir nada”. Assim, o cartunista
adotou como estratégias a polissemia das palavras e a
onomatopeia, como se afirma em [A].
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
Para entender a charge de Benett, são necessários alguns
conhecimentos extras. O Texto abaixo ajuda-nos nessa
direção
O Flautista de Hamelin é um conto folclórico reescrito
pela primeira vez pelos Irmãos Grimm e que narra um
desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na
Alemanha, em 26 de junho de 1284.
Em 1284, a cidade de Hamelin estava sofrendo com
uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um
homem que reivindica ser um "caçador de ratos", dizendo
ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom
pagamento em troca dos ratos – uma moeda pela cabeça
de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta
e hipnotizou os ratos, afogando-os no rio Weser.
Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a
promessa feita, recusando-se a pagar o "caçador de ratos",
afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O
homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas
depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou
novamente sua flauta, atraindo dessa vez as crianças de
Hamelin. Centro e trinta meninos e meninas seguiram-no
para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados
em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos
habitantes, repletos celeiros e bem cheias despensas,
protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de
silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na
deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se
procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin,
acesso em 10/08/2011.)
31. (G1 - ifsc 2012) Leia e observe com atenção o quadrinho e,
a seguir, assinale a alternativa CORRETA.
(A) A mensagem de humor transmitida pelo quadrinho se
dá com a concomitância da linguagem escrita e da
linguagem visual.
(B) Só a linguagem escrita é suficiente para a composição e
a transmissão da mensagem humorística contida no
quadrinho.
(C) É na linguagem visual que está centrada toda a
mensagem humorística transmitida, sendo a escrita
dispensável.
32. (Ufpr 2012) Observando que a personagem da charge
representa a presidente Dilma Roussef, considere as
seguintes alternativas:
9
1.
2.
3.
4.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Tanto na charge como no conto, os ratos constituem
uma metáfora que deve ser interpretada da mesma
maneira.
A fala da presidente Dilma na charge retoma
elementos apresentados no segundo parágrafo do
conto.
A cena critica a falta de ação da presidente do Brasil
frente a problemas sociais de diferentes ordens.
A intertextualidade da charge com o conto é
confirmada principalmente pelos elementos verbais.
Moradores de Higienópolis admitiram ao jornal Folha
6
de S. Paulo que a abertura de uma estação de metrô na
avenida Angélica traria “gente diferenciada” ao bairro. Não
é difícil imaginar que alguns vizinhos do Morumbi
compartilhem esse medo e prefiram o isolamento
garantido com a inexistência de transporte público de
massa por ali.
1
Mas à parte o gosto exacerbado dos paulistanos por
levantar muros, erguer fortalezas e se refugiar em
ambientes distantes do Brasil real, o poder público não fez
a sua parte em desmentir que a chegada do transporte de
massas não degrade a paisagem urbana.
Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, na Colômbia,
e grande especialista em transporte coletivo, diz que não
basta criar corredores de ônibus bem asfaltados e servidos
por diversas linhas. Abrigos confortáveis, boa iluminação,
calçamento, limpeza e paisagismo que circundam estações
de metrô ou pontos de ônibus precisam mostrar o status
que o transporte público tem em uma determinada cidade.
Se no entorno do ponto de ônibus, a calçada está
7
esburacada, há sujeira e a escuridão afugenta pessoas à
noite, é normal que moradores não queiram a chegada do
transporte de massa.
8
A instalação de linhas de monotrilho ou de corredores
de ônibus precisa vitaminar uma área, não destruí-la.
9Quando as grades da Nove de Julho foram retiradas,
2
a avenida ficou menos tétrica, quase bonita. Quando o
corredor da Rebouças fez pontos muito modestos, que
acumulam diversos ônibus sem dar vazão a desembarques,
3
a imagem do engarrafamento e da bagunça vira um
desastre de relações públicas.
4
Em Istambul, monotrilhos foram instalados no nível da
rua, como os “trams” das cidades alemãs e suíças. Mesmo
em uma cidade de 16 milhões de habitantes na Turquia,
país emergente como o Brasil, houve cuidado com os
abrigos feitos de vidro, com os bancos caprichados – em
formato de livro – e com a iluminação. Restou menos
espaço para os carros porque a ideia ali era tentar
convencer na marra os motoristas a deixarem mais seus
carros em casa e usarem o transporte público.
Se os monotrilhos do Morumbi, de fato, se parecerem
com um Minhocão*, o Godzilla do centro de São Paulo, os
moradores deveriam protestar, pedindo melhorias no
projeto, detalhamento dos materiais, condições e impacto
dos trilhos na paisagem urbana. 5Se forem como os antigos
bondes, ótimo.
Mas se os moradores simplesmente recusarem
qualquer ampliação do transporte público, que beneficiará
diretamente os milhares de prestadores de serviço que
precisam trabalhar na região do Morumbi, vai ser difícil
acreditar que o problema deles não seja a gente
diferenciada que precisa circular por São Paulo.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
Resposta: D
A afirmativa 2 é correta, pois a fala da presidente Dilma
refere-se metaforicamente ao grupo que tenta exterminar
da sociedade brasileira, da mesma forma que o caçador de
ratos da cidade de Hamelin, referido no segundo parágrafo
do texto. Também a 4 é verdadeira, pois a referência à
flauta associada ao título da charge estabelece a
intertextualidade com o conto dos irmãos Grimm.
33. (Ufpr 2012) - O que “seria mais fácil se tivesse uma
flauta”?
(A) Combater a corrupção.
(B) Reunir os políticos num consenso.
(C) Promover as reformas sociais.
(D) Lidar com o povo.
(E) Contornar as dificuldades de negociação com os políticos.
Resposta: A]
A imagem dos ratos que cercam a presidente Dilma associa a
sua ação ao combate aos corruptos, escória social difícil de
exterminar.
34. 12. (Ufpr 2012) Tomando por base o conto, indique a(s)
ocorrência(s) em que a expressão entre parênteses
substitui a expressão em destaque, sem prejuízo do
sentido.
1. ... um homem que reivindica ser um ‘caçador de ratos’ ...
(assum(E)
2. Apesar de obter sucesso ... (lograr êxito)
3. ... o povo da cidade abjurou a promessa feita ...
(descumpriu)
4. ... só ficaram opulentos habitantes ... (opulentos)
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Resposta: E
A opção [E] é incorreta, pois, no contexto, o adjetivo
“opulentos” significa ricos, com muitos bens.
(Raul Justes Lores. Folha de S. Paulo, 07/10/2010. Adaptado.)
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é
uma via expressa que liga o Centro à Zona Oeste da
cidade de São Paulo.
10
35. (Ita 2012) Considere as correlações entre o texto e a
tirinha expostas abaixo.
função de objeto direto. Segundo a norma padrão da
língua, a frase deveria ser substituída por “Vamos arrasálos!”.
37. (Insper 2011) Levando em conta as informações do
primeiro quadrinho, identifique a alternativa que apresenta
a palavra que também sofreu alterações na acentuação
gráfica devido à regra mencionada.
I.
O personagem que fala tem uma postura semelhante à
de parte de moradores de Higienópolis em relação às
pessoas que representariam a “gente diferenciada”.
II. Os personagens que se encontram fora do carro no
segundo
quadro
corresponderiam
à
“gente
diferenciada” a que se refere parte dos moradores de
Higienópolis.
III. No segundo quadro, o carro seria comparável aos
muros e fortalezas que separam parte dos moradores
de Higienópolis do “Brasil real”.
(A) plateia
(B) heroico
(C) gratuito
(D) baiuca
(E) caiu
Estão corretas:
Resposta: D
(A) I e II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) todas.
Resposta:E
Todas as proposições são corretas. A condição econômica
dos personagens que estão no carro é contrastante com a
das pessoas que estão fora, apelidadas de “gente
diferenciada” por alguns moradores de Higienópolis, assim
como a imagem imponente do automóvel estabelece
paralelo com os muros que separam uns dos outros.
O fato de os termos “plateia” e “heroico” apresentarem
grafia diferente após o estabelecimento do novo acordo
ortográfico deriva de serem paroxítonos, vocábulos cuja
tonicidade recai na penúltima sílaba e cujos ditongos
abertos “ei” e “oi” não precisam mais ser acentuados. Não
se aplica, neste caso, a regra enunciada no primeiro
quadrinho que se refere especificamente às palavras
paroxítonas que apresentam “i” ou “u” tônicos depois de
ditongo, como fei-u-ra (expressa no balão de pensamento
do último quadro da tirinh(A) e bai-u-ca, referida em [D]. Os
vocábulos
“gratuito” e “caiu” não são, nem nunca foram, acentuados.
36. (Enem 2011)
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com
relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de
pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da
língua, esse uso é inadequado, pois
(A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
(B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e
objeto.
(C) gera inadequação na concordância com o verbo.
(D) gera ambiguidade na leitura do texto.
(E) apresenta dupla marcação de sujeito.
Resposta: B
No segundo quadro, o pronome pessoal “eles” é
inadequado, pois deve ser usado para desempenhar função
de sujeito. Como o verbo “arrasar” é transitivo, o pronome
deveria ser substituído pelo pronome oblíquo “os” em
38. (Insper 2011) “... Não se deve acreditar em tudo que vê nos
quadrinhos, madame!”. A vírgula foi empregada para
respaldar a mesma função sintática em:
(A) O filme, disse ele, é fantástico.
(B) Intrépidos, os policiais avançavam pela área de risco.
(C) O palácio, o palácio está destruído.
(D) O sargento Martins, policial astuto, prendeu os
criminosos sem alarde.
(E) Livrai-nos, senhor, de todo o mal!
Resposta: E
Na frase “... Não se deve acreditar em tudo que vê nos
quadrinhos, madame!”, a vírgula foi usada para separar o
vocativo “madame”, o que acontece também em “Livrainos, senhor, de todo o mal!”, com o vocativo “senhor”.
11
A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões,
poupou-lhe a pele.
Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do
gato-do-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera.
– Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca,
sabendo que detesto as aves?
– E quem te disse que sou ave? - retruca o cínico - sou
muito bom bicho de pelo, como tu, não vês?
– Mas voas!...
– Voo de mentira, por fingimento...
– Mas tem asas!
– Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já
viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos,
e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa...
O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali
são e salvo.
39. (Insper 2011) Sobre o uso do gerúndio considere as
seguintes afirmações:
I. A forma verbal “morrendo” (presente no segundo
quadrinho) poderia ser substituída, sem prejuízo de
sentido, por “quando morria”.
II. Os gerúndios “pulsando”e “morrendo” exercem a
mesma função sintática nos períodos em que se
inserem.
III. O gerúndio “pulsando” (presente no primeiro
quadrinho) poderia ser substituído por uma oração de
valor temporal.
Está(ão) correta(s) apenas
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Resposta: A
O gerúndio “pulsando ”está associado ao verbo da primeira
oração “está” (situação de zeugm(A) e constitui com ele
uma locução verbal, enquanto “morrendo” exerce a função
sintática de adjunto adverbial da oração anterior, o que
invalida as afirmativas II e III. Assim, é correta a opção [A].
Moral da Estória:
O segredo de certos homens está nesta política do
morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? Viva o
branco!
(LOBATO, José Bento Monteiro. Fábulas. 45. ed. São Paulo: Brasiliense,
1993. p. 49.)
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
40. (Uel 2011) O provérbio que melhor se aplica às ideias do
texto é:
(A) Em casa de ferreiro, espeto de pau.
(B) Dize-me com quem andas que te direi quem és.
(C) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
(D) Amigos, amigos; negócios à parte.
(E) O hábito não faz o monge.
Resposta: E
Ao atribuir a essência do poder do rei ao fato de ele usar
barba, a rainha parece deixar claro que o respeito à sua
autoridade depende da aparência e não de suas ações. Ou
seja, o hábito não faz o monge, como se transcreve em [E].
41. (Uel 2011) A hesitação do gato, na fábula, e do caçador, na
charge, deve-se
(A) à contradição existente entre a fala do morcego e a da
pomba e suas características físicas.
(B) à tentativa frustrada do morcego e da pomba em
disfarçarem sua condição apelando para o fingimento e
a mentira.
(C) ao medo de serem agredidos pelas garras afiadas do
morcego e pelo bico semiaberto da pomba.
(D) à aversão do gato e do caçador em relação à aparência
física dos morcegos.
(E) à postura submissa da pomba e do morcego diante dos
olhares arregalados do caçador e do gato.
Resposta: A
O fato de o morcego ter pelo e a pomba estar em posição
invertida contradizem as características de ave, que o gato
odiava e o caçador perseguia.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES:
Texto
Pau de Dois Bicos
Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da
coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não
investisse contra ele.
– Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa,
sabendo que odeio a família dos ratos?
– Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo
como tu? Rato, eu? Essa é boa!...
42. (Uel 2011) O texto Pau de dois bicos é uma fábula,
(A) pelo predomínio do discurso direto, com consequente
apagamento da figura do narrador.
12
(B) pois o tempo cronológico é marcado pela expressão
“certa vez” e pelos verbos no passado.
(C) pois apresenta trama pouco definida e trata de
problemas cotidianos imediatos, o que lhe confere
caráter jornalístico.
(D) por utilizar elemento fantástico, como o fato de os
animais falarem, para refletir sobre problemas
humanos.
(E) por resgatar a tradição alegórica de representação de
seres heroicos que encarnam forças da natureza.
Resposta: D
Por se tratar de uma composição literária em que os
personagens são animais que apresentam características
humanas, tais como a fala e os costumes, encerrada com
uma reflexão moral de caráter instrutivo, o texto Pau de
dois Bicos é classificado de “fábula”.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
45. (Ufpel 2011) Levando em conta o texto e o contexto
presente acima, não é correto afirmar que a tira
(A) expõe o problema da falta de segurança dos centros
urbanos.
(B) critica a falta de receptividade das pessoas frente à
felicidade.
(C) centra-se em exaltar a oposição semântica do termo
felicidade.
(D) remete ao sentido figurado de Abra a porta para a
felicidade.
Resposta: C
Todas as opções são corretas, exceto a C, pois a pergunta
de Mafalda não pretende exaltar a antinomia de
“felicidade”. A tira expõe a preocupação da mãe pela falta
de segurança dos centros urbanos e a bem-humorada
reflexão da filha, que aproveita para questionar a falta de
receptividade das pessoas frente à felicidade.
43. (Uel 2011) Considerando o trecho em negrito no texto Pau
de dois bicos, assinale a alternativa correta. Nos dois casos,
a palavra “mas”
(A) opõe-se ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”.
(B) revela a causa do “voo de mentira”.
(C) expressa a consequência dos fatos narrados.
(D) marca a condição do “voo de mentira”.
(E) explica o argumento “sou muito bom bicho de pelo”.
Resposta: A
A conjunção adversativa “mas” estabelece oposição ao
argumento “sou muito bom bicho de pelo”, pois o fato de o
morcego ter asas e voar induz o gato a pensar que se trata de
uma ave.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
44. (Uel 2011) A charge de Sassá refere-se a um problema que
afeta a cidade de Londrina e muitas outras cidades
brasileiras: o risco de contrair doenças transmitidas pelas
pombas que vivem na região urbana. O que permite ao
morcego, da fábula, e à pomba, da charge, disfarçarem sua
condição é
(A) o fato de suplicarem pela vida e pela misericórdia de
seus inimigos.
(B) a postura corporal, visto que um imita o
comportamento do outro.
(C) o uso de recursos argumentativos presentes na fala.
(D) a confiança na consciência ambiental dos
interlocutores.
(E) a esperteza simbolicamente atribuída a esses animais.
Resposta: C
O uso de recursos argumentativos permite ao morcego e à
pomba disfarçarem sua condição, como sugere a moral que
encerra a narrativa: ”... O segredo de certos homens está
nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É
branco? Viva o branco!”
46. (Enem 2011) O homem evoluiu. Independentemente de
teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que
concerne à evolução digital, o homem percorreu longo
trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato
culminou em um problema físico habitual, ilustrado na
imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do
usuário, uma vez que
(A) a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de
cabeça, o estresse e a falta de atenção à família.
(B) a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas
se tem diminuído problemas de visão cansada.
(C) a utilização demasiada do computador tem
proporcionado o surgimento de cientistas que
apresentam lesão por esforço repetitivo.
(D) o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje
opera várias ações antes feitas pelas pessoas,
tornando-as sedentárias ou obesas.
(E) o uso contínuo do computador de forma inadequada
tem ocasionado má postura corporal.
Resposta: E
Na charge que representa a evolução do homem ao longo
dos tempos, observa-se a postura curvada do usuário do
computador, cuja posição inadequada sugere retrocesso.
13
Texto 2
47. (Enem 2011) O argumento presente na charge consiste em
uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao
desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto
apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode
ocasionar
(A) o surgimento de um homem dependente de um novo
modelo tecnológico.
(B) a mudança do homem em razão dos novos inventos
que destroem sua realidade.
(C) a problemática social de grande exclusão digital a partir
da interferência da máquina.
(D) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho
do homem, em sua esfera social.
(E) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face
da criação de ferramentas como lança, máquina e
computador.
Resposta: A
A posição curvada, típica dos primatas, é imitada na última
figura, o que associa a postura física do homem atual,
dependente do computador, a algo primitivo e obsoleto.
A coragem (...) só se torna uma virtude quando a
serviço de outrem ou de uma causa geral e generosa. Como
traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca
sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja
por ser bem suportado, ou até provocar prazer. É a
coragem dos estouvados, dos brigões ou dos impávidos, a
coragem dos “durões”, como se diz em nossos filmes
policiais, e todos sabem que a virtude pode não ter nada a
ver com ela.
Isso quer dizer que ela é, do ponto de vista moral,
totalmente indiferente? Não é tão simples assim. Mesmo
numa situação em que eu agiria apenas por egoísmo, podese estimar que a ação generosa (por exemplo, o combate
contra um agressor, em vez da súplic(A) manifestará maior
domínio, maior dignidade, maior liberdade, qualidades
moralmente significativas e que darão à coragem, como
que por retroação, algo de seu valor: sem ser sempre
moral, em sua essência, a coragem é aquilo sem o que, não
há dúvida, qualquer moral seria impossível ou sem efeito.
Alguém que se entregasse totalmente ao medo que lugar
poderia deixar aos seus deveres? (...) O medo é egoísta. A
covardia é egoísta. (...) Como virtude, ao contrário, a
coragem supõe sempre uma forma de desinteresse, de
altruísmo ou de generosidade. Ela não exclui, sem dúvida,
uma certa insensibilidade ao medo, até mesmo um gosto
por ele. Mas não os supõe necessariamente. Essa coragem
não é a ausência do medo, é a capacidade de superá-lo,
quando ele existe, por uma vontade mais forte e mais
generosa. Já não é (ou já não é apenas) fisiologia, é força de
alma, diante do perigo. Já não é uma paixão, é uma virtude,
é a condição de todas. Já não é a coragem dos durões, é a
coragem dos doces, e dos heróis.
48. (Pucrs 2010) Texto 1
Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio
de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de
doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos
animais, o medo tem por objetivo promover a
sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que
sentiram medo tiveram mais pressão evolutiva favorável.
Hoje, não precisamos mais lutar por nossas vidas na
selva, mas o medo está longe de desaparecer, pois continua
servindo ao mesmo propósito que servia na época em que
nos encontrávamos com um leão enquanto trazíamos água
do rio. A diferença é que agora carregamos carteiras e
andamos pelas ruas da cidade. A decisão de usar ou não
aquele atalho deserto à meia-noite é baseada em um medo
racional que promove a sobrevivência. Na verdade, o que
mudou foram só os estímulos, já que corremos o mesmo
risco que corríamos há centenas de anos e nosso medo
ainda serve para nos proteger da mesma forma que nos
protegia antes.
A maioria de nós jamais esteve perto da peste
bubônica (epidemia que atacou a Europa na época
medieval), mas nosso coração para ao vermos um rato.
Para o ser humano, além do instinto, também há outros
fatores envolvidos no medo. O ser humano pode ter o dom
da antecipação, o que nos faz imaginar coisas terríveis que
poderiam acontecer: coisas que ouvimos, lemos ou vemos
na TV. A maioria de nós nunca vivenciou um acidente de
avião, mas isso não nos impede de sentar em um avião e
agarrar firme nos apoios dos braços. A antecipação de um
estímulo de medo pode provocar a mesma reação que
teríamos se vivêssemos a situação real. Isso também é um
benefício obtido com a evolução.
André Comte-Sponville. Pequeno tratado das grandes virtudes. p. 55 a 57
(adaptado).
Texto 3
http://pessoas.hsw.uol.com.br/medo1.htm 01/09/2009 (adaptado).
14
Considerando a relação entre os usos oral e escrito da
língua, tratada no texto, verifica-se que a escrita
(A) modifica suas ideias e intenções daqueles que tiveram
seus textos registrados por outros.
(B) permite, com mais facilidade, a propagação e a
permanência de ideias ao longo do tempo.
(C) figura como um modo comunicativo superior ao da
oralidade.
(D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados
por meio da oralidade.
(E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.
Resposta: B
Para responder à questão, preencha os parênteses com V
(verdadeiro) ou F (falso), considerando as afirmativas sobre
o texto 3 e relacionando-as, se for o caso, com as ideias
presentes nos textos 1 e 2.
( )
No primeiro quadrinho, a palavra “hostilidade” está
sendo usada com uma conotação positiva.
( )
O conceito de “ação generosa”, apresentado no
texto 2 (2º parágrafo), é exemplificado nos planos
das crianças, no segundo quadro do texto 3.
( )
No terceiro e no quarto quadrinhos, as falas de
Hamlet indicam que ele já vivenciou a situação
descrita.
( )
O “dom da antecipação”, explicitado no texto 1 (3º
parágrafo), pode ser ilustrado pela manifestação
das crianças, no quinto quadro do texto 3.
A sequência correta, resultante do preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é
(A) V – F – F – V
(B) F – V – F – V
(C) V – V – F – F
(D) V – F – V – F
(E) F – F – V – V
Resposta: A
A segunda afirmação é falsa, pois os planos das crianças
não têm nada de generosidade, pelo contrário, cultuam a
violência.
A terceira afirmação é falsa, pois o livro nas mãos de
Hamlet sugere que este possui conhecimento diferenciado
das outras crianças, ou seja, é instruído por meio da leitura.
A importância da escrita para a história e para a
conservação de registros resulta do fato de que estes
permitem o armazenamento e a propagação de
informações, não só entre indivíduos (privilégio
também da linguagem), mas também entre gerações.
Assim, os conceitos básicos de Buda, Sócrates e Cristo
só se propagaram e permaneceram até a atualidade
devido aos registros efetuados por seus discípulos.
50. (Uff 2010) Conexões entre a realidade que percebemos e
figuras geométricas, cores e palavras são resultado de
como vemos e interpretamos o mundo.
A série de charges do cartunista Chico, publicada em O
Globo, de 12 a 16 de junho de 2009, faz uma reflexão crítica
sobre a crise política no Senado, segundo uma composição
de quadrados e retângulos em uma conjugação de cores e
palavras.
49. (Enem 2ª aplicação 2010)
15
Pode-se afirmar sobre as conexões entre figuras
geométricas, cores e palavras que:
(A) na charge número 1, os aspectos não verbais
(quadrado maior/cor pret(A) vinculados à palavra
produzem, pela metáfora (“a coisa está ficando mais
preta”), pela pergunta retórica e pelo emprego do
pronome “nossa”(inclusão do leitor) uma constatação
do agravamento da situação vivida no Senado.
(B) na charge número 2, os aspectos não verbais (a cor
cinza em um retângulo) se associa, pela metonímia, à
locução verbal “vai chover” indicativa de um fato
inesperado nas relações entre o Senado e o Palácio do
Planalto.
(C) na charge número 3, a expressão coloquial “sujou”
compõe com os aspectos não verbais (a cor marrom
escura e um retângulo) uma sugestão visual da
ampliação do problema e uma imagem concreta do
desfecho da crise no Senado.
(D) na charge número 4, os aspectos não verbais (cor
amarela/quadrado) vinculados à pergunta e à
expressão enfática “o sol nascer quadrado” apontam,
pela construção linguística, o crime de injúria e
difamação contra a autoridade constituída.
(E) na charge número 5, a expressão “Praia dos Calheiros
em plena Baixa-Renânia” indica, pela ironia, vinculada
a aspectos não verbais (cor flicts/quadrado), uma
postura séria, honesta, definida do Senado.
Resposta: A
Na charge número 1, a frase interrogativa sugere a dúvida
de que a crise no Senado possa ser solucionada, além de a
expressão “a coisa está ficando preta” se associar,
imageticamente, à cor com que está pintado o quadrado
maior.
IV. A ausência de elementos verbais no último quadrinho
confirma as respostas de Mafalda nos dois quadrinhos
anteriores, além de destacar o humor presente na tira.
V. O quadrinho final faz uma dura crítica à situação em
que o nosso mundo se encontra, pois nem mesmo
cuidados especiais, de acordo com visão da
personagem Mafalda, resolveriam a maior parte dos
problemas atuais do nosso planeta.
Está correto o que se afirmou em:
(A) I, II e IV.
(B) II, III e IV.
(C) I, III e V.
(D) II, III e V.
(E) Todas.
Resposta: B
Não é possível afirmar que o emprego da forma verbal
“fala”, no primeiro quadrinho, possa ser entendido como
um constrangimento que Mafalda tenta causar em Filipe,
por ele desconhecer o ambiente em que se achava. Em
primeiro lugar porque, pela linguagem utilizada, nota-se
que eles são amigos, tratam-se de modo informal. Além
disso, ele entra como se conhecesse o ambiente. E
justamente por essa intimidade, Mafalda avisa que, desta
vez, como algo que não é habitual, ele deve falar baixo, pois
há um doente na casa. Assim, a alternativa B é a correta.
52. (Uff 2010)
51. (Uemg 2010-MODIFICAD(A) Leia com atenção os
quadrinhos a seguir e, depois, faça o que se pede.
Tendo-se em vista a interação que se percebe entre
Mafalda e Filipe, personagens da tira apresentada, e o
conteúdo da mesma, considere as seguintes afirmações:
I. O emprego da forma verbal “fala”, no primeiro
quadrinho, pode ser entendido como um
constrangimento que Mafalda tentou causar em seu
amigo Filipe, por ele desconhecer o ambiente em que
se achava.
II. No primeiro quadrinho, a última frase dita por Mafalda
estabelece uma relação de causa, diante do que ela
disse anteriormente, no mesmo quadrinho.
III. O uso do vocábulo “então”, no terceiro quadrinho,
deve-se ao fato de Filipe já ter excluído, após a
resposta dada por Mafalda no quadrinho anterior, a
primeira hipótese que ele havia inicialmente levantado.
Na organização sintático-semântica do Texto VII, o emprego
da expressão “será que” se justifica por:
(A) compor uma frase interrogativa indireta.
16
(B) separar orações subordinadas.
(C) constituir-se de verbo e pronome interrogativo.
(D) tratar-se de uma expressão de valor enfático.
(E) ser uma locução de função nominal.
Resposta: D
Expressões expletivas ou partículas de realce (que, é que,
foi que, era que, será qu(E) podem ser retiradas da frase
sem que se perca o sentido original, como acontece em
“Existirmos a que (será qu(E) se destina?”. Trata-se de uma
expressão de valor enfático, que imprime veemência à
frase, como se afirma em [D].
O texto da campanha publicitária, através de linguagem
convincente (“Brasil unido”, “dengue mata”), busca
sensibilizar o leitor para desenvolver uma ação de combate
à doença da dengue. A charge apresenta uma conversa
entre dois mosquitos Aedes aegypti, vetores de transmissão
do vírus entre os humanos. Assim, os textos apresentam
estratégia persuasiva e dialogal, como se afirma em E.
54. (Enem 2010)
53. (Enem 2ª aplicação 2010)
As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o
falante a adaptá-la as variadas situações de comunicação.
Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem
oral informal usada entre avô e neto neste texto é
(A) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar
de “foi”.
(B) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”.
(C) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal
“está”.
(D) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de
esse”.
(E) a utilização do pronome “que” em início de frase
exclamativa.
Resposta: C
Na opção (A), o pretérito imperfeito reproduz um passado
ainda presente no momento da enunciação, em (B), o
substantivo está sendo usado de uma forma genérica, o
que torna pertinente a ausência do artigo. Em (D), acontece
a aglutinação da preposição com o pronome demonstrativo
e em (E), o pronome enfatiza a emoção do enunciador.
Assim, a única opção que apresenta linguagem oral
informal é (C), pois é comum a redução das palavras no
cotidiano do falar brasileiro, usando “tá” em vez de “está”.
Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as
escolhas linguísticas que o compõem. O texto da campanha
publicitária e o da charge apresentam, respectivamente,
composição textual pautada por uma estratégia
(A) expositiva, porque informa determinado assunto de
modo isento; e interativa, porque apresenta
intercâmbio verbal entre dois personagens.
(B) descritiva, pois descreve ações necessárias ao combate
à dengue; e narrativa, pois um dos personagens conta
um fato, um acontecimento.
(C) injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz como se
deve combater a dengue; e dialogal, porque estabelece
uma interação oral.
(D) narrativa, visto que apresenta relato de ações a serem
realizadas; e descritiva, pois um dos personagens
descreve a ação realizada.
(E) persuasiva, com o propósito de convencer o
interlocutor a combater a dengue; e dialogal, pois há a
interação oral entre os personagens.
Resposta: E
17
55. (Enem 2ª aplicação 2010)
insinuar que, quando casar com Hamlet, Hagar deve
melhorar o seu comportamento.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua
escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem
especializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do
leitor, porque
(A) Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal
e adequado para a expressão de uma criança.
(B) Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro
linguístico usado por Calvin na apresentação de sua
obra de arte.
(C) Calvin emprega um registro de linguagem incompatível
com a linguagem de quadrinhos.
(D) Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro
linguístico informal.
(E) Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em
razão do registro formal utilizado por este último.
Resposta: D
A última frase de Calvin rompe com a expectativa do leitor,
pois o uso da locução interjetiva “qual é!”, típica da
linguagem informal, contrasta com o registro linguístico
altamente especializado que vinha usando até o momento.
57. (Uel 2010) A crítica revelada na tira se dá por meio da
(A) associação entre a palavra “sonhos” e significados
como “aspirações” e “projetos de vida”.
(B) revelação de que a personagem foi enganada ao
adquirir um produto falsificado.
(C) relação de cumplicidade entre amigas que
compartilham experiências íntimas.
(D) constatação da compradora de que a bolsa nova é
maior do que esperava.
(E) decepção da proprietária ao perceber que sua bolsa
está fora de moda.
Resposta: A
Perante a referência à grife Luiz Vitão (alusão à marca
internacional "Louis Vuitton") a personagem deduz que a
amiga dá grande importância a um produto de luxo, o que
revela a superficialidade de aspirações e projetos de vida
em uma sociedade consumista.
56. (Enem 2ª aplicação 2010)
LITERATURA
Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem
empregada, percebe-se que a garota
(A) deseja afirmar-se como nora por meio de uma fala
poética
(B) utiliza expressões linguísticas próprias do discurso
infantil.
(C) usa apenas expressões linguísticas presentes no
discurso formal.
(D) se expressa utilizando marcas do discurso formal e do
informal.
(E) usa palavras com sentido pejorativo para assustar o
interlocutor.
Resposta: D]
A formalidade do discurso da garota é interrompida no
último quadro, quando usa a expressão “vai ter de
tomar jeito”, típica da linguagem informal, para
58. (UFPR-2011) Assinale a alternativa correta.
(A) A crítica social presente em O pagador de promessas,
de Dias Gomes, perde universalidade em função de seu
caráter regionalista, pois sabe-se que, quando a peça
estreou (1960), a visão conservadora do Padre Olavo já
não se encontrava mais nas grandes cidades.
(B) O regionalismo de S. Bernardo, de Graciliano Ramos, é
típico da segunda fase do modernismo brasileiro, que
se caracteriza pela exploração dos dramas sociais,
deixando em segundo plano o aprofundamento
psicológico das personagens, o que fica claro na
brutalidade do protagonista, Paulo Honório.
(C) Inocência, do Visconde de Taunay, promove uma fusão
entre as convenções do romance romântico,
perceptível no caso de amor entre Inocência e Cirino, e
os elementos regionais representados pela natureza, a
linguagem e os costumes do interior do Brasil no século
XIX.
(D) Apesar do caráter universal da obra de Clarice
Lispector, percebe-se a influência regionalista nos
contos de Felicidade Clandestina, pois a ação de alguns
18
deles acontece no nordeste brasileiro, mais
precisamente na cidade de Recife.
(E) Em “A vingança da peroba”, “A colcha de retalhos” e
“Bucólica”, entre outros textos de Urupês, a imagem do
Jeca Tatu, caboclo preguiçoso e ignorante, é
substituída por uma visão positiva do caboclo,
entendido como um homem de valor que não se
desenvolve em função da desatenção das autoridades.
62. A partir da leitura dos seguintes poemas, assinale a
alternativa INCORRETA com relação ao Modernismo.
I - VÍCIO DA FALA
"Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados."
(Oswald de Andrad(E)
II - POEMA DO BECO
"Que importa a paisagem, a Glória, a baía,
a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco."
(Manuel Bandeir(A)
59. (PUC-RS) Na obra de José Lins do Rego, o memorialismo da
infância e da adolescência é apresentado numa linguagem
de:
(A) forte e poética oralidade.
(B) límpida e perfeita correção gramatical.
(C) pesada e imitativa fala regional.
(D) fiel e disciplinada sintaxe tradicional.
(E) original e reinventada expressão prosaica.
Resolução: A linguagem nos romances de José Lins do Rego
caracteriza-se por ser fluida, solta e popular.
Resposta correta: A
III - FESTA FAMILIAR
"Em outubro de 1930
Nós fizemos - que animação!
Um pic-nic com carabinas."
(Murilo Mendes)
IV - COTA ZERO
"Stop
A vida parou
ou foi o automóvel?"
(Carlos Drummond de Andrad(E)
60. (PUC-RS) “O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas
da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma estória.
Tinha o vocabulário quase tão minguado como o do
papagaio que morrera no tempo da seca.” Em Vidas Secas,
de Graciliano Ramos, como exemplifica o texto, através das
personagens, há uma aproximação entre:
(A) homem e animal.
(B) criança e homem.
(C) cão e papagaio.
(D) papagaio e criança.
(E) natureza e homem.
Resolução: No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos,
há uma aproximação entre homem e animal, numa
tentativa de mostrar a vida sub-humana dos sertanejos
nordestinos.
Resposta correta: A
61. (FMU-SP) Dentro da temática regionalista brasileira, que
focaliza o ciclo econômico da cana-de-açúcar e dos
senhores de engenho, destaca-se a obra-prima
(A) O coronel e o lobisomem, de José Candido de Carvalho.
(B) Fogo morto, de José Lins do Rego
(C) Vidas secas, de Graciliano Ramos.
(D) Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector.
(E) Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
Resolução: A obra que atende ao tema exposto no
enunciado é Fogo Morto, de José Lins do Rego.
Resposta correta: B
(A) Os poemas quando não se fixam em uma cena da vida
cotidiana podem refletir sobre a nossa história com
muito humor e ironia.
(B) Predomínio do verso livre e cultivo de uma poesia
sintética.
(C) Introdução da fala popular e elementos característicos
da prosa.
(D) Os poemas mostram claramente uma ruptura com os
códigos literários anteriores na forma; no conteúdo
buscam penetrar mais fundo na realidade brasileira.
(E) As experiências de linguagem desses poemas
modernistas tentam resgatar o formalismo e a riqueza
sonora da poesia parnasiana.
Resolução: Acerca da linguagem modernista, pode-se
considerar que os autores deste período pretendiam
quebrar com a tradição poética, por isso empregavam
construções poéticas em versos brancos e livres, além de
linguagem próxima da fala, e de temática prosaica.
Resposta correta: E
63. Leia o texto:
Sentimental
1. Ponho-me a escrever teu nome
2. com letras de macarrão.
3. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
4. e debruçados na mesa todos contemplam
5. esse romântico trabalho.
6. Desgraçadamente falta uma letra,
7. uma letra somente
8. para acabar teu nome!
9. -Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
19
10. Eu estava sonhando...
11. E há em todas as consciências este cartaz amarelo:
12. “Neste país é proibido sonhar.”
(C) reconhece a forma desumana como tratou Madalena e
as demais pessoas, mas não é capaz de reconstruir
novo projeto de vida.
(D) se sente contrariado, pois, apesar de saudável física e
emocionalmente, constata que viveu apenas em
função dos outros.
(E) avalia o passado positivamente, contrastando-o com a
solidão do presente e a incerteza do futuro.
Resolução: A partir da leitura do fragmento destacado,
pode-se considerar que, na velhice, o personagemprotagonista, Paulo Honório, reconhece a forma desumana
com que tratou Madalena e as demais pessoas, mas não é
capaz de reconstruir novo projeto de vida.
Resposta correta: C
ANDRADE, C. D. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: Record, 1995.
Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da
predominância das funções da linguagem no texto de
Drummond, pode-se afirmar que
(A) por meio dos versos “Ponho-me a escrever teu nome”
(v.1) e “esse romântico trabalho” (v.5), o poeta faz
referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever
poemas líricos. (centrado na emoção, uso da 1ª p.)
(B) a linguagem essencialmente poética que constitui os
versos “No prato a sopa esfria, cheia de escamas e
debruçados na mesa todos contemplam” (v. 3 e 4)
confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o
leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de
uma cena realista.
(C) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem
centrada na amada, receptora da mensagem, mas na
segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir
o que sente.
(D) Em “Eu estava sonhando...” (v.10), o poeta demonstra
que está mais preocupado em responder à pergunta
feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao
diálogo com seus interlocutores do que em se expressar
algo sobre si mesmo.
(E) No verso “Neste país é proibido sonhar”. (v.12), o poeta
abandona a linguagem poética para fazer uso da função
referencial, informando sobre o conteúdo do “cartaz
amarelo” (v.11) presente no local.
Resolução: A questão analisa a capacidade do aluno de
identificar os principais caracteres da função metalinguística
na composição da lírica de Drummond.
Resposta correta: A
64. (MACKENZI(E)
“Sou um homem arrasado. Doença? Não. Gozo perfeita
saúde. O que estou é velho. (...) cinquenta anos gastos sem
objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado
é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra
esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade
embotada. Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! (...)
Comer e dormir como um porco! (...) E depois guardar
comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações.
Que estupidez! (...) Penso em Madalena com insistência. Se
fosse possível recomeçarmos... Para que enganar-me? Se
fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o
que aconteceu.”
Graciliano Ramos – São Bernardo
Em São Bernardo, a velhice é o momento em que o
narrador-protagonista Paulo Honório:
(A) aproveita, apesar dos problemas cotidianos, toda a
riqueza e prestígio que conseguiu durante sua vida de
sacrifícios.
(B) se vê falido economicamente e se conscientiza de que
sua vida foi consumida inutilmente na posse da
fazenda São Bernardo.
65. (UFRS) Sobre Carlos Drummond de Andrade, é correto
afirmar que
(A) é o nome inquestionável na consolidação da poesia
moderna no Brasil, pela síntese que logrou realizar
entre várias contradições históricas do país.
(B) predomina, em seus poemas, uma linguagem erudita,
com termos raros, compatível com os tópicos
existenciais mas inadequada para os temas do
cotidiano.
(C) publicou uma série de livros de poesia e de crônicas
que tratam predominantemente de temas
provincianos, o que localiza sua obra na vertente
regionalista da literatura brasileira.
(D) se dedicou à construção de uma linguagem objetiva e
rigorosa, voltada para a expressão literária da
paisagem tropical.
(E) sua poesia se caracteriza pelo lirismo de tom irônico e
melancólico, registro de um inconformismo em relação
à escassez de leitores de poesia no Brasil.
Resolução: Sobre Drummond, pode-se afirmar que é um
nome inquestionável da consolidação da poesia moderna
brasileira, pela síntese que logrou realizar entre várias
contradições históricas do país.
Resposta correta: A
66. (UFSM)
1. Isso é aquilo
2. O fácil o fóssil
3. o míssil o físsil
4. a arte o enfarte
5. o ocre o canopo
6. a urna o farniente
7. a foice o fascículo
8. a lex o judex
9. o maiô o avô
10. a ave o mocotó
11. o só o sambaqui
(...)
Carlos Drummond de Andrade
Sobre esse fragmento do poema, pode-se afirmar:
(A) Identificam-se aliterações, assonâncias, rima final e
interna, polissíndetos e metonímias nesses versos.
(B) O poema é composto por substantivos; pode-se
considerá-lo antilírico, pois corta os vínculos com o
afeto.
20
(C) O poema é composto por substantivos, com exceção
de "fácil", "ocre" e "só"; nele o eu lírico mostra total
afetividade com o mundo.
(D) Nos versos 1 e 2, a tonicidade na última sílaba das
palavras confere musicalidade ao poema.
(E) Todos os versos são constituídos de 7 sílabas poéticas
(redondilha maior).
Resolução: O poema destacado é formado por
substantivos, em evidente aspecto antilírico, pois,
simbolicamente, corta os vínculos com o afeto.
Resposta correta: B
67. (UFRS) Leia as estrofes abaixo, extraídas do poema "O mito"
de Carlos Drummond de Andrade.
(E) V - F - V - F – V
Resolução: Sobre os versos destacados do poema O Mito,
de Drummond, pode-se afirmar que ao designar a mulher
como Fulana, o autor afasta-se da tradição clássica, pois a
torna uma mulher comum; a leitura dos versos permite
ainda constatar que se tematiza o sentimento amoroso e o
desejo de posse, através de vários recursos poéticos, como
a comparação entre a casa e o corpo da mulher.
Resposta correta: A
68. (UFRS) Leia as estrofes abaixo, de Vinícius de Moraes, e a
afirmação que as segue.
01 "Uma lua no céu apareceu
02 cheia e branca; foi quando, emocionada
03 a mulher a meu lado estremeceu
04 e se entregou sem que eu dissesse nada.
05 Larguei-as pela jovem madrugada
06 ambas cheias e brancas e sem véu
07 perdida uma, a outra abandonada
08 uma nua na terra, outra no céu."
(...)
01
02
03
04
"Mas eu sei quanto me custa
manter esse gelo digno,
essa indiferença gaia
e não gritar: Vem, Fulana!
05
06
07
08
Como deixar de invadir
sua casa de mil fechos
e sua veste arrancando
mostrá-la depois ao povo
Por meio de versos .......... em que é perceptível um lirismo
.........., típico de sua poesia, Vinícius de Moraes aproxima a
mulher e a lua, fundindo-as, em alguns momentos, como
acontece no verso de número ..... .
09
10
11
12
(...)
tal como é ou deve ser:
branca, intata, neutra, rara,
feita de pedra translúcida,
de ausência e ruivos ornatos."
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas acima.
(A) octossílabos - amoroso - 06
(B) heptassílabos - social - 07
(C) decassílabos - moralizante - 08
(D) octossílabos - despojado - 07
(E) decassílabos - sensual - 06
RESOLUÇÃO: Os versos decassílabos de Moraes deixam
perceptíveis um lirismo sensual como se observa em: “uma
nua na terra, outra no céu”.
Resposta correta: E
Assinale com V (Verdadeiro) ou com F (Falso) as afirmações
abaixo sobre as estrofes citadas.
( ) As estrofes, de tendência lírica, expressam os impulsos
e as contradições do amor, o que constitui uma
inovação na tradição da poesia em língua portuguesa.
( ) Ao designar a mulher como Fulana, Drummond afastase da tradição clássica, que idealizava a figura
feminina; mas, ao compará-la a uma estátua, recupera
uma antiga forma de culto e veneração.
( ) No verso 04, a possibilidade do grito e do chamamento
a Fulana simboliza o predomínio de um olhar machista
e de uma atitude protetora em relação à mulher
anônima.
( ) A leitura dos versos citados permite constatar que o
poema tematiza o sentimento amoroso e o desejo de
posse, através de vários recursos poéticos, como a
comparação entre a casa e o corpo da mulher.
( ) As aproximações entre uma mulher real e a sua
idealização irônica ficam expressas pela indecisão de
mostrá-la ao povo vestida ou despida, o que é
confirmado pelo título do poema.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
cima para baixo, é
(A) F - V - F - V - F
(B) V - V - F - F - V
(C) F - F - V - V - F
(D) F - V - V - F - F
69. (FUVEST-2011) Considere a seguinte afirmação: Ambas as
obras criticam a sociedade, mas apenas a segunda milita
pela subversão da hierarquia social nela representada.
Observada a sequência, essa afirmação aplica-se a
(A) A cidade e as serras e Capitães da areia.
(B) Vidas secas e Memórias de um sargento de milícias.
(C) O cortiço e Iracema.
(D) Auto da barca do inferno e A cidade e as serras.
(E) Iracema e Memórias de um sargento de milícias.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Em “A cidade e as serras”, Eça de Queirós
apresenta uma visão paternalista da sociedade, apontando
os defeitos de uma sociedade em que a atuação de uma
classe culta e aristocrática, representada por Jacinto, é
essencial para se efetuar uma mudança. Trata-se de uma
visão reformista em que não é posta em questão nenhuma
mudança hierárquica. Ao contrário, Jorge Amado em
“Capitães da areia”, apresenta uma postura radical, ao
transformar o protagonista Pedro Bala num líder sindical
dotado de consciência ideológica, decidido a impulsionar
uma revolução social.
21
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada
esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas
já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a
avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para
contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e
imprecações em redor animavam os contendores. A uma
investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto
quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva
face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe
entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o
solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por
sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre
brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de
Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento
dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record,
2002.
70. (Fgvrj 2013) Referem-se apenas aos inimigos, e não aos
heróis, as seguintes caracterizações presentes no texto:
(A) “de fera catadura” e “solerte”.
(B) “belicoso” e “suspeitoso”.
(C) “solerte” e “com torva face”.
(D) “suspeitoso” e “de fera catadura”.
(E) “com torva face” e “belicoso”.
Resposta: D
As caracterizações “solerte”, “belicoso”, “com torva face” e
“belicoso” referem-se aos jogadores brasileiros Julinho,
Pinga, Castilho e Pinga, respectivamente. Os demais, aos
mexicanos Cárdenas (“de fera catadura”) e Naranjo
(“suspeitoso”). Assim, apenas a opção [D] transcreve
termos que caracterizam os “inimigos”.
71. (Fgvrj 2013) Ao narrar o jogo entre brasileiros e mexicanos
“à maneira de Homero”, o autor adota o estilo
(A) épico.
(B) lírico.
(C) satírico.
(D) técnico.
(E) teatral.
Resposta: A
Carlos Drummond de Andrade adota características da
epopeia, gênero narrativo originalmente em verso, com
estilo elevado e linguagem hiperbólica, que visa à
celebração de feitos grandiosos por heróis fora do comum,
reais ou lendários.
Morro da Babilônia
À noite, do morro
descem vozes que criam o terror
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua geral).
Quando houve revolução, os soldados se espalharam no
morro,
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram.
O morro ficou mais encantado.
Mas as vozes do morro
não são propriamente lúgubres.
Há mesmo um cavaquinho bem afinado
que domina os ruídos da pedra e da folhagem
e desce até nós, modesto e recreativo,
como uma gentileza do morro.
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.
72. (Fuvest 2013) Leia as seguintes afirmações sobre o poema
de Drummond, considerado no contexto do livro a que
pertence:
I. No conjunto formado pelos poemas do livro, a
referência ao Morro da Babilônia — feita no título do
texto — mais as menções ao Leblon e ao Méier, a
Copacabana, a São Cristóvão e ao Mangue, —
presentes em outros poemas —, sendo todas, ao
mesmo tempo, espaciais e de classe, constituem uma
espécie de discreta topografia social do Rio de Janeiro.
II. Nesse poema, assim como ocorre em outros textos do
livro, a atenção à vida presente abre-se também para a
dimensão do passado, seja ele dado no registro da
história ou da memória.
III. A menção ao “cavaquinho bem afinado”, ao cabo do
poema, revela ter sido nesse livro que o poeta
finalmente assumiu as canções da música popular
brasileira como o modelo definitivo de sua lírica,
superando, assim, seu antigo vínculo com a poesia de
matriz culta ou erudita.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
Resposta: B
São corretos os itens I e II, pois, no poema, as referências
espaciais e de classe sugerem a topografia social do Rio de
Janeiro e a atenção à vida presente é acompanhada de
reflexões que remetem o eu lírico ao passado, através do
registro histórico ou de fragmentos das lembranças do
passado. Já a associação do instrumento musical ao
momento de ruptura da poesia drummondiana com a
poesia de matriz culta ou erudita é absurda. Assim, é
correta a opção [B].
73. (Ufpr 2012) “A duzentos anos de distância, embora ainda
velados muitos pormenores desse fantástico enredo, sentese a imprescindibilidade daqueles encontros, de raças e
homens; do nascimento do ouro; da grandeza e decadência
das Minas; desses gráficos tão bem traçados de ambição
que cresce e da humanidade que declina; a
imprescindibilidade das lágrimas e exílios, da humilhação
do abandono amargo, da morte afrontosa – a
imprescindibilidade das vítimas, para a definitiva execração
dos tiranos.” (Cecília Meireles, Romanceiro da
Inconfidênci(A)
O fragmento transcrito faz parte da conferência “Como
escrevi o Romanceiro da Inconfidência”, proferida por
22
Cecília Meireles em 1955. Com base na leitura do
Romanceiro e nos conhecimentos sobre a literatura do
período, assinale a alternativa correta.
(A) O Romanceiro da Inconfidência exemplifica a principal
tendência da literatura produzida em meados do
século XX no Brasil: longos poemas épicos inspirados
na História do país.
(B) Para apresentar a variedade humana envolvida nos
episódios, o poema aproveita elementos do gênero
dramático, de que são exemplo as falas de
personagens espalhadas ao longo do texto.
(C) O engajamento político explicitado no texto da
conferência é constante na obra de Cecília Meireles,
pois para ela a poesia lírica deveria ser instrumento
para mudanças sociais.
(D) Não se pode considerar o Romanceiro um poema
narrativo, pois, ao contrário do que acontece no trecho
da conferência, o poema embaralha a ordem de
apresentação dos acontecimentos históricos.
(E) Enquanto a conferência propõe que os tiranos sejam
execrados, o Romanceiro da Inconfidência, por ser um
texto lírico, revela sentimentos sem julgar ou
estabelecer responsabilidades.
Resposta: B
As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois:
Em [A], os poemas épicos inspirados na História do Brasil,
“Caramuru” de Frei Santa Rita Durão e “O Uraguai” de
Basílio da Gama, estão inseridos no contexto do Arcadismo,
movimento artístico do século XVIII;
Em [C], a obra de Cecília Meireles é essencialmente
intimista e filosófica, sendo o “Romanceiro da
Inconfidência” uma exceção a essa tendência;
Em [D], a denominação de “romanceiro” segue a tradição
ibérica que assim classificava uma coleção de poemas ou
canções com narrativa que se desenvolve em torno de um
tema central;
Em [E], em “Fala inicial”, “Fala aos pusilâmines” e “Ilustres
assassinos”
existem
críticas
e
atribuição
de
responsabilidades aos tiranos, traidores e covardes que
participaram do movimento.
II. Mais tarde, os homens de 1922, .........................,
.........................,
.........................,
entre
outros, e os que os seguiram, seja no tempo ou no
espírito, viveram com maior ou menor dramaticidade
uma consciência dividida entre a sedução da “cultura
ocidental” e as exigências do povo brasileiro, múltiplo nas
raízes históricas, mas que não desejava agora idealizar a
realidade, e sim denunciar os desequilíbrios dessa
realidade.
Adap. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3ª ed. São
Paulo: Cultrix, 1987, p. 171-344.
Assinale a alternativa que completa corretamente os
espaços nos relatos.
(A) I. Romantismo – Gonçalves de Magalhães a
Sousândrade
II. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel
Bandeira
(B) I. Realismo – Machado de Assis a José de Alencar
II. Cruz e Souza, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira
(C) I. Naturalismo – Manuel Antônio de Almeida a Aluízio
Azevedo
II. Mário de Andrade, Menottii DeI Pichia, Milton
Hatoum
(D) I. Modernismo — Graça Aranha a Dias Gomes
II. Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade,
Sousândrade
(E) I. Parnasianismo – Olavo Bilac a Cruz e Souza
II. Mário de Andrade, Érico Veríssimo, Gregório de
Matos
Resposta: A
Em I, as referências a “nacionalismo” e “mito da terra-mãe,
orgulhosa do passado e dos filhos” remetem à 1ª Geração
do Romantismo, cujos autores destacavam a grandiosidade
da pátria através de descrições idealizadas da natureza
exuberante e da cultura indígena, como Gonçalves de
Magalhães, Gonçalves Dias e Sousândrade. Na proposição
II, a menção dos “homens de 22” que rejeitam essa visão
idealizadora é facilmente associada ao espírito nacionalista
do Modernismo em que autores como Mário de Andrade,
Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, inspirados pelo
desejo de libertação da tradição europeia, defendem
concepções estéticas ousadas e renovadoras. Assim, é
correta a opção [A].
74. (Udesc 2012) A literatura traz a possibilidade de o artista
recriar a realidade, segundo suas convicções, seus ideais,
sua vivência. Artistas diferentes, em épocas simultâneas ou
distintas, podem tratar de temas semelhantes, mas com
estilos, abordagens e perspectivas diferenciadas.
Os fragmentos abaixo, de Alfredo Bosi, falam de dois
momentos literários importantes no Brasil. Leia-os e
complete os espaços.
I. Embora as atitudes ideológicas e críticas que se rastreiam
durante as quatro décadas do ........................., de
........................., tenham como fator comum a ênfase
dada à autonomia do país, a um nacionalismo crônico e
às vezes agudo, ilustrado no mito da terra-mãe,
orgulhosa do passado e dos filhos, sabe-se que, por trás
da fachada uniforme desse amor à pátria, houve outras
expressões permeando esse período.
Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão
A morte chegou pelo interurbano em longas espirais
metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei
recompor
[tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
23
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
[paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o
atleta
[exausto no último lance da maratona.
Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde
A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
[o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de
amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
[águas-marinhas.
75. (Unesp 2012) Compare o conteúdo das frases a seguir com
o que o eu-poemático afirma no poema.
I. A notícia da morte do pai chegou por telefone.
II. O falecimento foi informado pela primogênita.
III. A morte do pai provocou reminiscências da infância.
IV. Apesar de não ter sido um bom pai, o filho perdoa e
sente saudades.
As frases que correspondem ao que é efetivamente
expresso no poema estão contidas apenas em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV.
Resposta: B
A morte do pai foi anunciada pela mãe (“A morte chegou
pelo interurbano em longas espirais metálicas./Era de
madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva”), o que
invalida a proposição II. Ao contrário do que se firma em IV,
o pai era uma boa pessoa, terno, paciente e cuja chegada a
casa sempre provocava ansiedade e alegria (“Te
grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais/Uma palavra
dura, um rosnar paterno”).
INGLÊS
Why Bilinguals Are Smarter
5
Speaking two languages rather than just one has
obvious practical benefits in an increasingly globalized
world. But in recent years, scientists have begun to show
10
that the advantages of bilingualism are even more
11
fundamental than being able to converse with a wider
range of people. Being bilingual, it turns out, makes you
smarter. It can have a profound effect on your brain,
improving cognitive skills not related to language and even
protecting from dementia in old age.
This view of bilingualism is 1remarkably different from
12the understanding of bilingualism through much of the
20th century. Researchers, educators and policy makers
long considered a second language to be an interference,
cognitively speaking, that delayed a child’s academic and
intellectual development. They were not wrong about the
interference: there is ample evidence that in a bilingual’s
brain both language systems are active even when he is
using only one language, thus creating situations in which
one system obstructs the other. But this interference,
researchers are finding out, isn’t so much a handicap as a
blessing in disguise. It forces the brain to resolve internal
conflict, giving the mind a workout that strengthens its
cognitive muscles.
Bilinguals, 2for instance, seem to be more adept than
monolinguals at solving certain kinds of mental puzzles. In a
2004 study by the psychologists Ellen Bialystok and
Michelle Martin-Rhee, bilingual and monolingual
preschoolers were asked to sort blue circles and red
squares presented on a computer screen into two digital
bins — one marked with a blue square and the other
marked with a red circle. In the first task, the children had
to sort the shapes by color, placing blue circles in the bin
(Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)
(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si
próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a
quem primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma
ciência, experiente, versado, mestre.”
(Dicionário Eletrônico Houaiss)
24
marked with the blue square and red squares in the bin
marked with the red circle. Both groups did this with
comparable ease. Next, the children were asked to sort by
shape, which was more challenging because it required
placing the images in a bin marked with a conflicting color.
13The bilinguals were quicker at performing this task.
6The collective evidence from a number of such studies
suggests that the bilingual experience improves the brain’s
3so-called executive function — a command system that
directs the attention processes that we use for planning,
solving problems and performing various other mentally
demanding tasks. These processes include ignoring
distractions to stay focused, switching attention willfully
from one thing to another and holding information in mind
— like remembering a sequence of directions while driving.
14Why does the fight between two simultaneously
active language systems improve these aspects of
cognition? Until recently, researchers thought 7the bilingual
advantage was centered primarily in an ability for inhibition
that was improved by the exercise of suppressing one
language system: this suppression, it was thought, would
help train the bilingual mind to ignore distractions in other
contexts. But that explanation increasingly appears to be
inadequate, since studies have shown that bilinguals
perform better than monolinguals 4even at tasks that do
not require inhibition, like threading a line through an
ascending series of numbers scattered randomly on a page.
The bilingual experience appears to influence the brain
from infancy to old age (and 8there is reason to believe that
it may also apply to those who learn a second language
later in lif(E).
In a 2009 study led by Agnes Kovacs of the
International School for Advanced Studies in Trieste, Italy,
7-month-old babies exposed to two languages from birth
were compared with peers raised with one language. In an
initial set of tests, the infants were presented with an audio
stimulus and then shown a puppet on one side of a screen.
Both infant groups learned to look at that side of the screen
in anticipation of the puppet. But in a later set of tests,
when the puppet began appearing on the opposite side of
the screen, the babies exposed to a bilingual environment
quickly learned to switch their anticipatory gaze in the new
direction while the other babies did not.
Bilingualism’s effects also extend into the twilight
years. In a recent study of 44 elderly Spanish-English
bilinguals, scientists led by the neuropsychologist Tamar
Gollan of the University of California, San Diego, found that
individuals with a higher degree of bilingualism —
measured through a comparative evaluation of proficiency
in each language — were more resistant than others to the
beginning of dementia and other symptoms of Alzheimer’s
disease: the higher the degree of bilingualism, the later the
age of occurrence.
Nobody ever doubted the power of language. 9But
who would have imagined that the words we hear and the
sentences we speak might be leaving such a deep imprint?
76. (Epcar (Af(A) 2013) In the question “Why does the fight
between two simultaneously active language systems
improve these aspects of cognition?” (ref. 14) The author
asked
(A) if the fight between two simultaneously active
language systems had improved these aspects of
cognition.
(B) why does the fight between two simultaneously active
language systems improved those aspects of cognition?
(C) why the fight between two simultaneously active
language systems improved those aspects of cognition.
(D) if the fight between two simultaneously active
language systems improve these aspects of cognition?
Resposta: C
A questão pede ao aluno que escolha a forma de discurso
indireto (reported speech) correta conforme a sentença
dada. Uma vez que a frase original está no simple present,
deve-se utilizar apenas o simple past improved.
77. (Enem 2012)
Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar
comportamentos humanos e assim oportunizam a reflexão
sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse
cartum, a linguagem utilizada pelos personagens em uma
conversa em inglês evidencia a
(A) predominância do uso da linguagem informal sobre a
língua padrão.
(B) dificuldade de reconhecer a existência de diferentes
usos da linguagem.
(C) aceitação dos regionalismos utilizados por pessoas de
diferentes lugares.
(D) necessidade de estudo da língua inglesa por parte dos
personagens.
(E) facilidade de compreensão entre falantes com
sotaques distintos.
Resposta: B
O cartum coloca duas personagens que usam a língua
inglesa de modos diferentes. O rapaz da esquerda utiliza
linguagem informal (ain't, ya, shul(D) ao passo que o da
direita utiliza linguagem formal (May I suggest).
Tradução do primeiro quadrinho:
De maneira alguma você deveria estar aqui se você não fala
Inglês muito bem.
Tradução do segundo quadrinho:
Adapted from
http://www.nytimes.com/2012/03/18/opinion/sunday/thebenefitsof-bilingualism.html
25
Claro! Posso sugerir que você evite o uso de duplas
negativas e que não se esqueça de usar um advérbio?
Pelo diálogo pode-se inferir que ambas as personagens
defendem seu modo de falar, ou seja, valorizam suas
respectivas formas de linguagem sem dar importância a
outra forma.
Author J. K. Rowling has announced plans to publish
her first novel for adults, which will be “very different” from
the Harry Potter books she is famous for.
The book will be published worldwide although no date
or title has yet been released. “The freedom to explore new
territory is a gift that Harry’s success has brought me,”
Rowling said.
All the Potter books were published by Bloomsbury,
but Rowling has chosen a new publisher for her debut into
adult fiction. “Although I’ve enjoyed writing it every bit as
much, my next book will be very different to the Harry
Potter series, which has been published so brilliantly by
Bloomsbury and my other publishers around the world,”
she said, in a statement. “I’m delighted to have a second
publishing home in Little, Brown, and a publishing team
that will be a great partner in this new phase of my writing
life.”
78. (Enem 2012) Leia.
Quotes of the Day
Friday, Sep. 02, 2011
“There probably was a shortage of not just respect and
boundaries but also love. But you do need, when they cross
the line and break the law, to be very tough.”
British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing that
those involved in the recent riots in England need “tough
love” as he vows to “get to grips” with the country’s
problem families.
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado).
J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o bruxo
Harry Potter e suas aventuras, adaptados para o cinema.
Esse texto, que aborda a trajetória da escritora britânica,
tem por objetivo
(A) informar que a famosa série Harry Potter será
adaptada para o público adulto.
(B) divulgar a publicação do romance por J. K. Rowling
inteiramente para adultos.
(C) promover a nova editora que irá publicar os próximos
livros de J. K. Rowling.
(D) informar que a autora de Harry Potter agora pretende
escrever para adultos.
(E) anunciar um novo livro da série Harry Potter publicado
por editora diferente.
Resposta: D
A resposta pode ser encontrada em: “Author J. K. Rowling
has announced plans to publish her first novel for adults,
which will be “very different” from the Harry Potter books
she is famous for” (A autora J.K.Rowling anunciou planos
para publicar seu primeiro romance para adultos, o qual
será “bem diferente” dos livros de Harry Potter pelos quais
ela é famos(A).
Disponível em: www.time.com. Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado).
A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto
de 2011, as palavras de alerta de David Cameron têm como
foco principal
(A) enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos e
suas famílias.
(B) criticar as ações agressivas demonstradas nos tumultos
pelos jovens.
(C) estabelecer relação entre a falta de limites dos jovens e
o excesso de amor.
(D) reforçar a ideia de que o jovens precisam de amor, mas
também de firmeza.
(E) descrever o tipo de amor que gera problemas às
famílias de jovens britânicos.
Resposta:D
A resposta pode ser encontrada no seguinte trecho: “There
probably was a shortage of not just respect and boundaries
but also love” (Houve provavelmente uma falta não só de
respeito e limites, mas também de amor).
79. (Enem 2012) 23 February 2012 Last update at 16:53 GMT
BBC World Service
80. (Enem 2012) Leia.
J. K. Rowling to pen first novel for adults
I, too
I, too, sing America.
I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.
Tomorrow,
I’ll be at the table
When company comes.
Nobody’ll dare
Say to me,
“Eat in the kitchen,”
26
Then.
Resposta: B
A frase de Jimi Hendrix pode ser entendida da seguinte
maneira: “Quando o poder do amor superar o amor pelo
poder, o mundo conhecerá a paz”. Assim, o amor pelo
poder deve ser menor que o poder do amor.
Besides,
They’ll see how beautiful I am
And be ashamed
I, too, am America.
HUGHES, L. In: RAMPERSAD, A.; ROESSEL, D. (Ed.) The collected poems of
Langston Hughes. New York: Knopf, 1994.
Langston Hughes foi um poeta negro americano que viveu
no século XX e escreveu I, too em 1932. No poema, a
personagem descreve uma prática racista que provoca nela
um sentimento de
(A) coragem, pela superação.
(B) vergonha, pelo retraimento.
(C) compreensão, pela aceitação.
(D) superioridade, pela arrogância.
(E) resignação, pela submissão.
Resposta: A
O eu lírico diz que seus senhores o colocam para comer na
cozinha quando visitas chegam (They send me to eat in the
kitchen/ When company comes). No entanto, o eu lírico
expressa coragem e esperança de que sua situação mude
ao dizer que no futuro (tomorrow) ninguém ousará colocálo na cozinha quando as visitas chegarem (Nobody’ll dare/
Say to me,/ “Eat in the kitchen,”/ Then).
81. (Enem 2012)
82. (Ufrgs 2012) Consider the following sentence and the three
alternatives to complete it.
Calvin said, “I will never teach maths”. In the indirect
speech this becomes
1. Calvin said that he would never teach maths.
2. Calvin said that he is never going to teach maths.
3. Calvin said that he was never going to teach maths.
Which of the alternatives above can be considered
grammatically correct?
(A) Only 1.
(B) Only 2.
(C) Only 1 and 2.
(D) Only 2 and 3.
(E) 1, 2 and 3.
Resposta: A
A oração do discurso direto está no simple future (will). Por
esse motivo, ao passarmos para o discurso indireto, temos
que usar o conditional future (woul(D).
Aproveitando-se de seu status social e da possível
influência sobre seus fãs, o famoso músico Jimi Hendrix
associa, em seu texto, os termos love, power e peace para
justificar sua opinião de que
(A) a paz tem o poder de aumentar o amor entre os
homens.
(B) o amor pelo poder dever ser menor do que o poder do
amor.
(C) o poder deve ser compartilhado entre aqueles que se
amam.
(D) o amor pelo poder é capaz de desunir cada vez mais as
pessoas.
(E) a paz será alcançada quando a busca pelo poder deixar
de existir.
27
Help me leave behind some
Reasons to be missed
[…]
Don’t be afraid
I’ve taken my beating
I’ve shared what I made
[…]
Pretending
Someone else can come and save me from myself
I can’t be who you are
Solid Waste Disposal in U.S. 1990
This graphic shows that the vast majority of the waste in
the United States is landfilled. Since 1990, the numbers of
recycled and composted waste have increased significantly.
(Disponível em
http://www.elmhurst.edu/~chm/vchembook/316solidwaste.html.
Acesso em: 12.07.2011)
83. (G1 - ifba 2012) A expressão nominal “Solid Waste Disposal
in U.S. 1990”, presente no texto, tem a seguinte estrutura:
(A) Modificador + modificador + núcleo + pós-modificador.
(B) Determinante + modificador + núcleo + pósmodificador.
(C) Modificador + determinante + núcleo + pósmodificador.
(D) Determinante + modificador + modificador +
modificador + núcleo.
(E) Determinante + modificador + núcleo + preposição +
determinante + modificador + núcleo.
Resposta: A
No sintagma nominal “solid waste disposal in U.S. 1990”, os
adjetivos solid e waste modificam o substantivo (núcleo)
disposal. A preposição in, o substantivo U.S. e o numeral
1990 também funcionam como modificadores e, por
estarem depois do núcleo, recebem o nome de pósmodificadores.
A questão foi classificada como regular porque cobra
conhecimento pouco presente em situações do cotidiano,
restringindo-se ao âmbito da gramática pura.
Leave Out All The Rest
(Linking Park)
Soundtrack of Twilight
I dreamed I was missing
You were so scared
But no one would listen
‘Cause no one else cared
After my dreaming
I woke with this fear
What am I leaving
When I’m done here
[…]
84. (Epcar (Af(A) 2012) Read the chorus of the song and
choose the correct alternative.
The singer ________ ________ the wrong ________.
(A) asked – to forget – he’d done
(B) said – forget – I did
(C) advised – forgetting – I’ve done
(D) told – not to forget – they’ve done
Resposta:A
Segundo o texto, o cantor pede à amada que esqueça
aquilo que ele fez de errado. Além disso, como os erros
cometidos aconteceram antes de seu pedido de perdão,
deve-se usar o past perfect (had don(E) acompanhado do
simple past (aske(D).
85. (Espm 2012) Turning the first frame of the comic strip into
the Reported Speech, we would have:
(A) Roosevelt once said to do what you could with what
you had where you were.
(B) Roosevelt once said that to do what you could with
what you had where you were.
(C) Roosevelt once said to do what we could with what we
had where we were.
(D) Roosevelt once said did what we could with what we
had where we were.
(E) Roosevelt once said do what we could with what we
had where we were.
Resposta:C
O pronome “you” deve ser transformado em “we” no
Reported Speech.
O Imperativo afirmativo no “Reported Speech” tem a
estrutura “to + infinitivo do verbo”.
(Chorus)
When my time comes
Forget the wrong that I’ve done
28
86. (Enem 2011)
88. (Enem 2011) War
Until the philosophy which holds one race superior
And another inferior Is finally and permanently discredited
and abandoned, Everywhere is war — Me say war.
That until there is no longer First class and second class
citizens of any nation, Until the color of a mans skin
Is of no more significance than the color of his eyes — Me
say war.
[...]
A tira, definida como um segmento de história em
quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com efeito de
humor. A presença desse efeito no diálogo entre Jon e
Garfield acontece porque
(A) Jon pensa que sua ex-namorada é maluca e que
Garfield não sabia disso.
(B) JodelI é a única namorada maluca que Jon teve, e
Garfield acha isso estranho.
(C) Garfield tem certeza de que a ex-namorada de Jon é
sensata, o maluco é o amigo.
(D) Garfield conhece as ex-namoradas de Jon e considera
mais de uma como maluca.
(E) Jon caracteriza a ex-namorada como maluca e não
entende a cara de Garfield.
Resposta: D
COMENTÁRIO:
And until the ignoble and unhappy regimes
that hold our brothers in Angola, in Mozambique.
South Africa, sub-human bondage have been toppled,
Utterly destroyed - WeII, everywhere is war — Me say war.
War in the east, war in the west, War up north, war down
south — War- war - Rumors of war. And until that day, the
African continent wiII not know peace. We. Africans, will
fight — we find it necessary — And we know we shall win
As we are confident in the victory.
MARLEY. B. Disponível em: http://www.sing365.com. Acesso em: 30 jun.
2011 (fragmento).
Bob Marley foi um artista popular e atraiu muitos fãs com
suas canções. Ciente de sua influência social, na música
War, o cantor se utiliza de sua arte para alertar sobre
(A) a inércia do continente africano diante das injustiças
sociais.
(B) a persistência da guerra enquanto houver diferenças
raciais e sociais.
(C) as acentuadas diferenças culturais entre os países
africanos.
(D) as discrepâncias sociais entre moçambicanos e
angolanos como causa de conflitos.
(E) a fragilidade das diferenças raciais e sociais como
justificativas para o início de uma guerra.
Resposta: B
COMENTÁRIO:
87. (Enem 2011)
89. (Enem 2011) How’s your mood?
Na fase escolar, é prática comum que os professores
passem atividades extraclasse e marquem uma data para
que as mesmas sejam entregues para correção. No caso da
cena da charge, a professora ouve uma estudante
apresentando argumentos para
(A) discutir sobre o conteúdo do seu trabalho já entregue.
(B) elogiar o tema proposto para o relatório solicitado.
(C) sugerir temas para novas pesquisas e relatórios.
(D) reclamar do curto prazo para entrega do trabalho.
(E) convencer de que fez o relatório solicitado.
Resposta:E
COMENTÁRIO:
For an interesting attempt to measure cause and effect try
Mappiness, a project run by the London School of
Economics, which offers a phone app that prompts you to
record
your
mood
and
situation.
The Mappiness website says: ‘Were particularly interested
in how peoples happiness is affected by their local
environment air pollution, noise, green spaces, and so on —
which the data from Mappiness will be absolutely great for
investigating.”
Will it work? With enough people, it might. But there are
other problems. We’ve been using happiness and well-
29
being interchangeably. Is that ok? The difference comes out
in a sentiment like: “We were happier during the war.’ But
was ourwell-being also greater then?
Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada vez
maior de recursos. O autor do desenho detalha os
diferentes acessórios e características de um celular e, a
julgar pela maneira como os descreve, ele
(A) prefere os aparelhos celulares com flip, mecanismo
que se dobra, estando as teclas protegidas contra
eventuais danos.
(B) apresenta uma opinião sarcástica com relação aos
aparelhos celulares repletos de recursos adicionais.
(C) escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho
das teclas, facilitando o manuseio.
(D) acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis
seja essencial para que a comunicação se dê a qualquer
instante.
(E) julga essencial a presença de editores de textos nos
celulares, pois ele pode concluir seus trabalhos
pendentes fora do escritório.
Resposta: B
Como todos os recursos do aparelho são expostos com
sentidos diferentes às suas verdadeiras funcionalidades, o
texto torna-se sarcástico, o que torna a alternativa [B]
correta.
vocabulário
drumbeat = batida de tambores
inner wellbeing = bem estar interior
Disponível em: http:www.bbc.co.uk. Acesso n: 27 jun. 2011 (adaptado).
O projeto Mappiness, idealizado pela London School of
Economics, ocupa-se do tema relacionado
(A) ao nível de felicidade das pessoas em tempos de
guerra.
(B) à dificuldade de medir o nível de felicidade das pessoas
a partir de seu humor.
(C) ao nível de felicidade das pessoas enquanto falam ao
celular com seus familiares.
(D) à relação entre o nível de felicidade das pessoas e o
ambiente no qual se encontram.
(E) à influência das imagens grafitadas pelas ruas no
aumento do nível de felicidade das pessoas.
Resposta: D
COMENTÁRIO:
90. (Enem 2011) Going to university seems to reduce the risk
of dying from coronary heart disease. An American study
that involved 10 000 patients from around the world has
found that people who leave school before the age of 16
are five times more likely to suffer a heart attack and die
than university graduates.
Word Repat News. Magazine Speak Up. Ano XIV, n 170. Editora Cameot,
2001.
92. (Enem 2010)
Em relação às pesquisas, a utilização da expressão
university graduates evidencia a intenção de informar que
(A) as doenças do coração atacam dez mil pacientes.
(B) as doenças do coração ocorrem na faixa dos dezesseis
anos.
(C) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio
acadêmico.
(D) jovens americanos são alertados dos riscos de doenças
do coração.
(E) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do
coração.
Resposta: E
COMENTÁRIO:
91. (Enem 2ª aplicação 2010)
Os cartões-postais costumam ser utilizados por viajantes
que desejam enviar noticias dos lugares que visitam a
parentes e amigos. Publicado no site do projeto ANDRILL, o
texto em formato de cartão-postal tem o propósito de
(A) comunicar o endereço da nova sede do projeto nos
Estados Unidos.
(B) convidar colecionadores de cartões-postais a se
reunirem em um evento.
(C) anunciar uma nova coleção de selos para angariar
fundos para a Antártica.
(D) divulgar as pessoas a possibilidade de receberem um
cartão-postal da Antártica.
(E) solicitar que as pessoas visitem o site do mencionado
projeto com maior frequência.
30
Resposta: D
A resposta encontra-se nas duas últimas linhas do postal:
"... and we'll sent a postcard to you from the ice."
Resposta:C
A letra faz menção ao uso de uma bola de cristal para “ver”
o passado e não o futuro. Bastando observar a roupa suja
da pessoa é possível inferir do que se alimentou no almoço.
A compreensão do texto leva à alternativa [C] como
correta.
93. (Enem 2010)
95. (Enem 2010) Viva la Vida
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning and I sleep alone
Sweep the streets I used to own
I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
“Now the old king is dead! Long live the king!”
Definidas pelos países membros da Organização das Nações
Unidas e por organizações internacionais, as metas de
desenvolvimento do milênio envolvem oito objetivos a
serem alcançados até 2015. Apesar da diversidade cultural,
esses objetivos, mostrados na imagem, são comuns ao
mundo todo, sendo dois deles:
(A) O combate a AIDS e a melhoria do ensino universitário.
(B) A redução da mortalidade adulta e a criação de
parcerias globais.
(C) A promoção da igualdade de gêneros e a erradicação
da pobreza.
(D) A parceria global para o desenvolvimento e a
valorização das crianças.
(E) A garantia da sustentabilidade ambiental e o combate
ao trabalho infantil.
Resposta: C
As respostas encontram-se nos quadrinhos 3 e 1,
respectivamente.
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand
[…]
MARTIN, C. Viva la vida, Coldplay. In: Viva la vida or Death and all his
friends. Parlophone, 2008.
Letras de músicas abordam temas que, de certa forma,
podem ser reforçados pela repetição de trechos ou
palavras. O fragmento da canção Viva la vida, por exemplo,
permite conhecer o relato de alguém que
(A) costumava ter o mundo aos seus pés e, de repente, se
viu sem nada.
(B) almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado
inúmeros inimigos.
(C) causa pouco temor a seus inimigos, embora tenha
muito poder.
(D) limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se rei de
seu povo.
(E) tinha a chave para todos os castelos nos quais desejava
morar.
Resposta: A
Espera-se que o candidato seja capaz de interpretar a letra
da canção.
94. (Enem 2ª aplicação 2010) Crystal Ball
Come see your life in my crystal glass –
- Twenty-five cents is all you pay
Let me look into your past –
Here’s what you had for lunch today:
Tuna salad and mashed potatoes,
Collard greens pea soup and apple juice,
Chocolate milk and lemon mousse.
You admit I’ve got told it all?
Well, I know it, I confess,
Not by looking, in my ball,
But just by looking at your dress.
96. (Enem 2ª aplicação 2010) The six-year molars
The six-year molars are the first permanent teeth. They are
the “keystone” of the dental arch. They are also extremely
susceptible to decay.
Parents have to understand that these teeth are very
important. Over 25% of 6 to 7 year old children have
beginning cavities in one of the molars.
The early loss of one of these molars causes serious
problems in childhood and adult life. It is never easy for
parents to make kids take care of their teeth. Even so,
parents have to insist and never give up.
SILVERSTEIN, S. Falling up. New York: Harper Collins Publishers, 1996.
A curiosidade a respeito do futuro pode exercer um fascínio
peculiar sobre algumas pessoas, a ponto de colocá-las em
situações inusitadas. Na letra da música Crystal Ball, essa
situação fica evidente quando é revelado à pessoa que ela
(A) recebeu uma boa notícia.
(B) ganhou um colar de pedras.
(C) se sujou durante o almoço.
(D) comprou vestidos novos.
(E) encontrou uma moeda.
O texto aborda uma temática inerente ao processo de
desenvolvimento do ser humano, a dentição.
31
Há informação quantificada na mensagem quando se diz
que as cáries dos dentes mencionados
(A) acontecem em mais de 25% das crianças entre seis e
sete anos.
(B) ocorrem em menos de 25% das crianças entre seis e
sete anos.
(C) surgem em uma pequena minoria das crianças.
(D) começam em crianças acima dos 7 anos.
(E) podem levar dezenas de anos para ocorrer.
Resposta: A
Este trecho do texto torna a alternativa [A] correta: “Over
25% of 6 to 7 year old children have beginning cavities in
one of the molars.”
vocabulário
keystone = pedra angular, no sentido de que é fundamental
cavities = cavidades no sentido de causada por cáries.
synonymously with hip hop, but hip hop denotes the
practices of an entire subculture.
Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010.
Brazilian hip hop is one of the world’s major hip hop scenes,
with active rap, break dance and graffiti scenes, especially
in São Paulo, where groups tend to have a more
international style, influenced by old school hip hop and
gangsta rap.
Brazilian rap has served as a reflection of political, social,
and racial issues plaguing the disenfranchised youth in the
suburbs of São Paulo and Rio. The lyrical content, band
names, and song names used by Brazilian hip hop artists
often connote the socio-political issues surrounding their
communities.
Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010
(fragmento).
97. (Enem 2010) THE DEATH OF THE PC
Sendo a música uma das formas de manifestação cultural
de um país, o rap brasileiro, a partir das informações do
texto, tem sido caracterizado
(A) pela influência internacional nos nomes de bandas e de
músicas.
(B) como um instrumento de reflexão crítica do jovem da
periferia.
(C) pela irreverência dos cantores, adeptos e suas
vestimentas.
(D) como um gênero musical de menor prestígio na
sociedade.
(E) pela criatividade dos primeiros adeptos do gênero hip
hop.
Resposta:B
Este trecho do texto torna a alternativa [B] correta:
“Brazilian rap has served as a reflection of political, social,
and racial issues plaguing the disenfranchised youth in the
suburbs of São Paulo and Rio.”
vocabulário
plaguing = que causa aflição
disenfranchised = cidadãos excluídos, sem direitos
The days of paying for costly software upgrades are
numbered. The PC will soon be obsolete. And
BusinessWeek reports 70% of Americans are already using
the technology that will replace it. Merrill Lynch calls it “a
$160 billion tsunami”. Computing giants including IBM,
Yahoo!, and Amazon are racing to be the first to cash in on
this PC-killing revolution.
Yet, two little-known companies have a huge head start.
Get their names in a free report from The Motley Fool
called, “The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to
Hear…”
Click here for instant access to this FREE report!
BROUGHT TO YOU BY THE MOTLEY FOOL
Disponível em: http://www.fool.com. Acesso em: 21 jul. 2010.
Ao optar por ler a reportagem completa sobre o assunto
anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill Gates
não quer que o leitor conheça e que se referem
(A) aos responsáveis pela divulgação desta informação na
internet.
(B) as marcas mais importantes de microcomputadores do
mercado.
(C) aos nomes dos americanos que inventaram a suposta
tecnologia.
(D) aos sites da internet pelos quais o produto já pode ser
conhecido.
(E) as empresas que levam vantagem para serem suas
concorrentes.
Resposta: E
A resposta encontra-se no segundo parágrafo: …two littleknown companies have a huge head start. Get their names
in a free report from The Motley Fool called, “The Two
Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear…”
99. (Enem 2010) THE WEATHER MAN
They say that the British love talking about the weather.
For other nationalities this can be a banal and boring
subject of conversation, something that people talk about
when they have nothing else to say to each other. And yet
the weather is a very important part of our lives. That at
least is the opinion of Barry Gromett, press officer for The
Met Office. This is located in Exeter, a pretty cathedral city
in the southwest of England. Here employees – and
computers – supply weather forecasts for much of the
world.
Speak Up. Ano XXIII, nº 275.
98. (Enem 2ª aplicação 2010) Hip hop music
Ao conversar sobre a previsão do tempo, o texto mostra
(A) aborrecimento do cidadão britânico ao falar sobre
banalidades.
(B) a falta de ter o que falar em situações de avaliação de
línguas.
(C) a importância de se entender sobre meteorologia para
falar inglês.
Hip hop music is a musical genre which developed as part of
hip hop culture, and is defined by key stylistics elements
such as rapping, DJing, sampling (or synthesis), scratching
and beatboxing. Hip hop began in the South Bronx of New
York City in the 1970s. The term rap is often used
32
(D) as diferenças e as particularidades culturais no uso de
uma língua.
(E) o conflito entre diferentes ideias e opiniões ao se
comunicar em inglês.
Resposta: D
Espera-se que o candidato seja capaz de compreender que
o texto faz referência às diferenças culturais – ele aponta,
por exemplo, que falar do tempo, na Grã-Bretanha, é um
hábito, enquanto que esse assunto pode ser considerado
banal em outras culturas.
From late in the 18th c. until the present day – in short,
for some two hundred years – the horror story (which is
perhaps a mode rather than an identifiable genr(E) in its
many and various forms has been a diachronic feature of
British and American literature and is of considerable
importance in literary history, especially in the evolution of
the short story. It is also important because of its
connections with the Gothic novel and with a multitude of
fiction associated with tales of mystery, suspense, terror
and the supernatural, with the ghost story and the thriller
and with numerous stories in the 19th and 20th c. in which
crime is a central theme.
The horror story is part of a long process by which
people have tried to come to terms with and find adequate
descriptions and symbols for deeply rooted, primitive and
powerful forces, energies and fears which are related to
death, afterlife, punishment, darkness, evil, violence and
destruction.
Writers have long been aware of the magnetic
attraction of the horrific and have seen how to exploit or
appeal to particular inclinations and appetites. It was the
poets and artists of the late medieval period who figured
out and expressed some of the innermost fears and some
of the ultimate horrors (real and imaginary) of human
consciousness. Fear created horrors enough and the
eschatological order was never far from people’s minds.
Poets dwelt on and amplified the ubi sunt motif and artists
depicted the spectre of death in paint, through sculpture
and by means of woodcut. The most potent and
1frightening image of all was that of hell: the abode of
eternal loss, pain and damnation. There were numerous
“visions” of hell in literature.
Gradually, imperceptibly, during the 16th c. hell was
“moved” from its traditional site in the center of the earth.
It came to be located in the mind; it was a part of a state of
consciousness. This was the 2beginning of the growth of
the idea of a subjective, inner hell, a psychological hell; a
personal and individual source of horror and terror, such as
the chaos of a disturbed and tormented mind, the
pandaemonium of psychopathic conditions, rather than the
abode of lux atra and 3everlasting pain with its definite
location in a measurable cosmological system.
The horror stories of the late 16th and early 17th c.
(like the ghost stories) are provided for us by the
playwrights. The Elizabethan and Jacobean tragedians were
deeply interested in evil, crime, murder, suicide and
violence. They were also very interested in states of
extreme 5suffering: pain, fear and madness. They found
new modes, new metaphors and images, for presenting the
horrific and in doing so they created simulacra of hell.
One might cite perhaps a thousand or more
instances from plays in the period c. 1580 to c. 1642 in
which hell is an all- purpose, variable and diachronic image
of horror whether as a place of punishment or as a state of
mind and spirit. Horrific action on stage was commonplace
in the tragedy and revenge tragedy of the period. The
satiety which Macbeth claimed to have experienced when
he said: “I have supp’d full of horrors;/ Direness, familiar to
my slaughterous thoughts, /Cannot once start me…” was
representative of it.
100.(Enem 2ª aplicação 2010) The record industry
The record industry is undoubtedly in crisis, with labels
laying off employees in continuation. This is because CD
sales are plummeting as youngsters prefer to download
their music from the Internet, usually free of charge.
And yet it´s not all gloom and doom. Some labels are in fact
thriving. Putumayo World Music, for example, is growing,
thanks to its catalogue of ethnic compilation albums,
featuring work by largely unknown artists from around the
planet.
Putumayo, which takes its name from a valley in Colombia,
was founded in New York in 1993. It began life as an
alternative clothing company, but soon decided to
concentrate on music. Indeed its growth appears to have
coincided with that of world music as a genre.
Speak Up. Ano XXIII, nº 275 (fragmento).
A indústria fonográfica passou por várias mudanças no
século XX e, como consequência, as empresas enfrentaram
crises. Entre as causas, o texto da revista Speak Up aponta
(A) o baixo interesse dos jovens por alguns gêneros
musicais.
(B) o acesso a músicas, geralmente sem custo, pela
Internet.
(C) a compilação de álbuns com diferentes estilos
musicais.
(D) a ausência de artistas populares entre as pessoas mais
jovens.
(E) o aumento do número de cantores desconhecidos.
Resposta: B
Este trecho do texto torna a alternativa [B] correta: “This is
because CD sales are plummeting as youngsters prefer to
download their music from the Internet, usually free of
charge.”
vocabulário
plummeting = vi cair ou mergulhar verticalmente.
free of charge = sem custo
it’s not all gloom and doom = mas nem tudo está perdido
to be thriving = ir bem, progredir.
Apart from being about murder, suicide, torture, fear and
madness, horror stories are also concerned with ghosts,
vampires, succubi, incubi, poltergeists, demonic pacts,
diabolic possession and exorcism, witchcraft, spiritualism,
voodoo, lycanthropy and the macabre, plus such occult or
quasi occult practices as telekinesis and hylomancy. Some
horror stories are serio-comic or comic- grotesque, but
none the less alarming or frightening for that.
33
During the 18th c. (as during the 19th ), in orthodox
doctrine taught by various “churches” and sects, hell
remained a place of eternal fire and punishment and the
abode of the Devil. For the most part writers of the
Romantic period and thereafter did not re-create it as a
visitable place. However, artists were drawn to “illustrate”
earlier conceptions of hell. William Blake did 102 engravings
for Dante’s Inferno. John Martin illustrated Paradise Lost
and Gustave Doré applied himself to Dante and Milton. The
actual hells of the 18th and 19th c. were the gaols, the
madhouses, the slums and bedlams and those lanes and
alleys where vice, squalor, depravity and unspeakable
misery created a social and moral chaos: terrestrial
counterparts to the horrors of Dante’s Circles.
Gothic influence traveled to America and affected
writers such as Edgar Allan Poe, whose tales are short,
intense, sensational and have the power to inspire horror
and terror. He depicts extremes of fear and insanity and,
through the operations of evil, gives us glimpses of hell.
Poe’s long-term influence was immeasurable (and in
the case of some writers not altogether for their goo(D),
and one can detect it persisting through the 19th c.; in, for
example the French symbolistes (Baudelaire published
translations of his tales in 1856 and 1857), in such British
writers as Rossetti, Swinburne, Dowson and R. L. Stevenson,
and in such Americans as Ambrose Bierce, Hart Crane and
H.P. Lovecraft.
Towards the end of the 19th c. a number of British and
American writers were 4experimenting with different
modes of horror story, and this was at a time when there
had been a steadily growing interest in the occult, in
supernatural agencies, in psychic phenomena, in
psychotherapy, in extreme psychological states and also in
spiritualism.
The enormous increase in science fiction since the
1950s has diversified horror fiction even more than might
at first be supposed. New maps of hell have been drawn
and are being drawn; new dimensions of the horrific
exposed and explored; new simulacra and exempla created.
Fear, pain, suffering, guilt and madness (what has already
been touched on in miscellaneous “hells”) remain powerful
and emotive elements in horror stories. In a chaotic world,
which many see to be on a disaster course, through the
cracks, “the faults in reality”, we and our writers catch
other vertiginous glimpses of “chaos and old night”,
fissiparating images of death and destruction.
From:
CUDDON, J. A. The Penguin Dictionary of Literary Terms and Literary
Theory. London: Penguin, 1999.
101. (Uece 2010) The sentences “Fear created horrors enough
and the eschatological order was never far from people’s
minds.”, “…artists depicted the spectre of death in paint,
through sculpture and by means of woodcut.” and “we and
our writers catch other vertiginous glimpses of “chaos and
old night” contain respectively a/an
(A) direct object, an indirect object, an indirect object.
(B) indirect object, an indirect object, a direct object.
(C) indirect object, a direct object, a direct object.
(D) direct object, a direct object, a direct object.
Resposta: D
Espera-se que o candidato seja capaz de reconhecer a
função dos elementos apontados.
ESPANHOL
TEXTO I
Reláje y disfrute ... (01) ... viaje a Paris en el Tango
Camas, no es para menos. Primero, entre en nuestras salas
especiales Rail Ciub. Y cuando llegue el momento, suba al
hotel. Suba al TALGO, en Madrid.
A apartir de las 19:35h, la noche es suya.
Aprovéche, antes de ir a la cama, disfrutando de una
cena de primeira en nuestro restaurante y de um café en el
bar.
Después duerma n. Cuando se despierte serán ias
8:30h.
La hora de la ducha. Si viaja en Gran Clase no se prive
de ella. Además dispondrá de su WC privado. Ahora tiene
todo el dia para usted.
Para hacer sus cosas, Para pasear por Paris. Salga de la
estación sin mirar atrás. Tendrá todo el dia por delante.
Revista Pronto, Diciembre 2006.
102. Complete en el espacio de texto:
(A) una
(B) uno
(C) un
(D) la
(E) esta
REPOSTA: C
103. El fragmento: Salga estación sin mirar atrás. Tendrá todo el
dia por delante. Subrayado en el texto, significa:
(A) Salga de la estación y mire a su alrededor. El dia es suyo.
(B) Salga de la estación mirando hacia atrás porque el dia
puede estar esperándolo.
(C) Paseese por la estación sin mirar atrás. Es una forma de
no perder el dia.
(D) Busque la estación y no dude en mirar atrás adelantese
a su a dia.
(E) Salga de la estación y no mire atrás. El dia lo espera.
REPOSTA: E
104. De acuerdo con lo que ofrece la propaganda, la sintesis más
adecuada de tal oferta es
(A) disfrute de las instalaciones de nuestro suntuoso hotel
madrileño.
(B) regálese una cena en el restaurante de nuestro lujoso
hotel.
(C) Saborese la mejor cocina parisma en Madrid.
(D) (D)
Pase una noche en un tren a todo conforto y
amanezca en
Paris.
(E) Deleitese con una noche en el mejor hotel parisino.
REPOSTA: D
34
TEXTO II
108. Lá expresión sin embargo subrayada en el texto, expresa
LAWRENCE DE ARABIA
El escritor Henry Williarnson lo habia citado para
acordar un posible encuentro con Adof Hitler. Y cuando
Lawrence de Arabia (1888 - 1935) regresaba en su moto
Brought Special al campo militar en que vivia, en Dorset,
Inglaterra, sorpresivamente se interpuso en su camino un
chico en bicicleta. Al intentar esquivarlo, el ex general que
durante la primeira guerra había servido a la reina en
Arabia perdió el control de la maquina. Y con el, la vida.
¿Accidente o sabotaje? Jamais se: supo no se citaron
testigos ni hubo intentos de explicar la presencia de un auto
negro en la escena del accidente.
Revista Viva: Septiembre 2007.
uma relacion de:
(A) condición
(B) consecuencia
(C) causa
(D) contraste
(E) anterioridad
REPOSTA: D
109. Del sentido global del texto se desprende que:
(A) El bolero se hizo famoso sólo a partir de Mauricio ravel
(B) Sebastián Lorenzo Cerezo se hizo famoso a partir de
Mauricio Ravel.
(C) Sebastian Lorenzo Cerezo fue más original que Mauricio
Ravel.
(D) A pesar de lo que se dice, Mauricio Ravel es el creador
del bolero.
(E) Mauricio Ravel fue menos original que Sebastián
Lorenzo Cerezo en la compoición de sus boleros.
REPOSTA: A
105. El mejor sinónimo del verbo subrayado en el texto, acordar
es:
(A) acordarse de
(B) recordar
(C) fijar
(D) cancelar
(E) postergar
REPOSTA: C
TEXTO IV
UNA FIESTA ENTRE AMIGOS
106. Del texto se deduce que Lawrence de Arabia
(A) Tuvo un encuentro con Adolf Hitler antes de morir.
(B) se encontró con Herry Williamson antes de morir
(C) se encontró con Adolf Hitler y Herry Williamson antes
de morir
(D) se encontró con Herry Williamson cuando regresaba en
su moto Brough Special al compo militar en el que
vivía.
(E) se encontró con Adolf Hitler cuando regresaba en su
moto Broug Special al campo militar en el que vivía.
REPOSTA: B
Arantxa Sánchez Vicario volvió a ser la estrella, no ya
del Roland Garros, sino de la noche de su 18 cumpleaños.
Lo celebró rodeada de sua deportiva familia y de un
centenar de amigos y compañeros. Una noche mágica en la
que todos sus deseos se hicieron realidad.
La fiesta se celebró en Regine’s, una de las discotecas
de moda de la nohe barcelonesa. Arantxa llegó en la hora
marcada luciendo n precioso vestido largo de color negro.
Arantxa, acostumbrada ya a ser el centro de atención,
saludó eufórica a todos aquellos amigos a los que, debido a
los torneos, hacia tiempo no veía y lo remarcó al principio
de la fiesta en un pequeño discurso en el que dijo: “No
simpre se cumplen dieciocho años y he querido estar con
los amigos. No tengo mucho tiempo, pero espero que
paséis una buena noche bailando y charlando conmigo”.
En medio de globos azules y rojos, en los que estaba
escrito “Felicidades, Arantxa”, se inició la cena a base de
salmón. Y de postre, el pastel, que tanía forma de pista de
tenis.
Para finalizar abrió un inmerso paquete azul con un
lazo plateado del que salió finalmente la gran ilusión de
Arantxa: un coche. Una sorpresa que fue el broche de oro
de una feliz noche.
Madrid, Revista Pronto, n 922, 2007.
TEXTO III
EL BOLERO, UN GÉNERO A MEDIA LUZ
Orginariamente, el bolero es una vieja danza española
inventada hacia 1780 por un mozo de Cádiz llamada
Sebastián Lorenzi Cerenzo. Menos originariamente, sin
embargo quien hizo famoso el bolero fue Mauricio Ravel,
un francés, a quien le encantaba realizar composicones
musicales de otros países.
Temas de Hoy: Libro Ven 02; Septiembre 2007.
107. La expresión Inventada hacia 1780, subrayada en el texto,
sólo nos permite afirmar que la danza se inventó:
(A) a principios de 1780
(B) Alrededor de 1780
(C) A mediados de 1780
(D) Exactamente en 1780
(E) A lo largo del año 1780.
REPOSTA: B
110. De acuerdo al texto:
(A) En la noche de su cumpleaños, Arantxa Sánches volvió
a ser la estrella del Roland Garros.
(B) La fiesta la celebró en Regine’s una de las discotecas de
moda de la noche barcelonesa, rodeada de alguns
amigos y compañeros.
(C) Arantxa llegó puntualmente y vestida de largo.
(D) En la fiesta había amigos que ella no veía hacia mucho
días.
35
(E) El salón de la discoteca estaba adornado con globos de
varios colores.
REPOSTA: C
112. Una vez leído el texto por completo, podemos afirmar que
el tema central que en él se trata es
(A) el bilingüismo en la sociedad norteamericana
contemporánea.
(B) un estudio acerca de la variante española conocida
como sefardí.
(C) (un panorama general que describe la situación de la
lengua española en Estados Unidos.
(D) una visión crítica de la expulsión histórica de la
comunidad judía por parte de los Reyes Católicos.
(E) una descripción geográfica de las regiones más
importantes de los Estados Unidos de América.
REPOSTA: C
111. Busca la mejor traducción para estas palabras, según el
texto y diga cual es sinomino:
(A) cena – jantar
(B) globo – bolachas
(C) sino – sim
(D) ilusión – frustação
(E) rojos – laranjas
REPOSTA: A
TEXTO I
113. En el primer párrafo del texto aparece la expresión “el
El español en Estados Unidos
Entre las lenguas extranjeras enseñadas en las escuelas
de los Estados Unidos,
el español ocupa el primer lugar en todos los niveles.
No sólo es la lengua extranjera más enseñada, sino que
también es hablada como primera lengua por unos quince
millones de ciudadanos estadounidenses.
Los principales núcleos de habla española en los
Estados Unidos son el norte de Nuevo México/sur de
Colorado, los territorios fronterizos desde California hasta
Texas, la península de La Florida, la ciudad de Nueva York y
algunas otras grandes ciudades en el Noreste y en la región
del Midwest. Tan sólo la zona del dialecto de
México/Colorado ha mantenido una continuidad lingüística
desde la época colonial y su lengua se remonta
aproximadamente al año 1600. Los otros centros
hispanohablantes tienen su origen en inmigraciones de
épocas más recientes efectuadas desde el norte y el centro
de México, Cuba y Puerto Rico y, en menor grado, desde
España o desde otras regiones hispanoamericanas. Se
puede afirmar que muchos hablantes de español en los
Estados Unidos son actualmente bilingües y que, en
muchos niveles, el español está perdiendo terreno frente al
inglés, especialmente en el vocabulario. Habiendo vivido en
todas estas zonas de habla española, mi propia experiencia
indica que muchas personas con nombres españoles hablan
predominantemente inglés, algunas no hablan español y
otras piensan en inglés al hablar en español; por lo tanto, es
difícil pensar en la existencia de una pléyade de
hispanohablantes.
Una de las variantes del español que aún puede oírse
en Nueva York y en algunas otras ciudades de los Estados
Unidos es el español sefardí, también llamado ladino o
judeoespañol. Muchos de nosotros conocemos judíos
sefardíes, algunos de ellos mercaderes y profesionales, y
hemos observado cómo la lengua se ha ido perdiendo en la
segunda o tercera generación. Estas comunidades sefardíes
son herederas de los judíos españoles que fueron
expulsados de la Península Ibérica tras el edicto de los
Reyes Católicos, firmado en 1492.
D. Lincoln Canfield, El español de América
primer lugar”. Con respecto a la forma subrayada, primer,
podemos decir que:
(A) se apocopa la forma masculina primero cuando va
delante del sustantivo.
(B) también sería posible en español decir primero lugar.
(C) la forma está apocopada porque es un numeral.
(D) la forma está apocopada porque va precedida por un
artículo (el primer…).
(E) se trata de una forma apocopada de primero, primera.
REPOSTA: A
114. En el último párrafo del texto aparece el siguiente
fragmento: “hemos observado cómo la lengua se ha ido
perdiendo en la segunda o tercera generación”; con
respecto a la expresión que aparece subrayada, también
sería posible en español una secuencia de palabras en el
siguiente orden:
(A) hase ido perdiendo
(B) ha ido perdiéndose
(C) ha ido se perdiendo
(D) ha se ido perdiendo
(E) ha ídose perdiendo
REPOSTA: B
115. En el segundo párrafo del texto aparece la siguiente frase:
“Tan sólo la zona del dialecto de México/Colorado ha
mantenido una continuidad lingüística desde la época
colonial”. En ella, la expresión subrayada es equivalente a:
(A) apenas
(B) especialmente
(C) exclusivamente
(D) a menudo
(E) lejanamente
REPOSTA: C
116. A los 23 años, Vicente todavia no sabe lo que quiere. Lee
mucho dibuja con frequencia y de vez en cuando tiene una
de sus crises religiosas. Lleva una vida errante, arrastrando
su angustia y sus deseos de ser util;" ( El mundo de los
grandes genios. Van Gogh).
Classifica los adverbios subrayados según su signficado y
señala la opción correcta. Las repuesas deben mantener la
misma orden de los términos propuestos.
(A) afirmación modo tiempo.
36
(B) duda cantidad tiempo
(C) modo modo cantidad
(D) tiempo cantidad tiempo
(E) tiempo duda cantidad
REPOSTA: D
118. “… porque su evolución no depende de ti”. La expresión
subrayada se refiere a:
(A) la realidad
(B) la reunificación
(C) los hilos de un argumento
(D) la ficción
(E) la realidad real
REPOSTA: C
117. “Subi al primer piso. Mamá, que me había escuchando
desde el balcón, abrió la puerta del departamento con una
dulce sonrisa de los lábios.” (Andrés River(A).
119. Señale la clase gramatical a que pertence el término
Señala la alternativa que presenta palabras de gênero
idéntico a la subrayada en el texto:
(A) equipo dolor
(B) calor nariz
(C) puente rodila
(D) leche dolor
(E) costumbre alarma
REPOSTA: E
subrayado en la frase “Manejas, pues, la realidad…”:
(A) conjunción adversativa.
(B) conjunción disyuntiva.
(C) conjunción continuativa
(D) conjunción causal
(E) conjunción condicional
REPOSTA: C
120. “ … todo lo que le pasa…” lo subrayado puede sustituirse
TEXTO III
COSAS QUE PASAN
Manejas, pues, la realidad como si de la ficción se
tratara. La reunificación de las dos
Alemanias, el hambre en Etiopía, la muerte en
Suráfrica, etcétera, forman los hilos de
un argumento que te apasiona, pero que a lo mejor no
te concierne porque su volución
no depende de ti. Tu realidad real, la que de verdad
puede hacerte feliz o desdichado, es mucho más cercana,
más doméstica, y se puede medir en estabilidad económica
y
cantidades de amor.(…) Aunque tal vez, mientras se te
cierran los ojos escuchando el último informativo, puedas
pensar unos segundos en ti mismo o en quienes te rodean,
y adviertas, como en una revelación, que el precio de saber
todo lo que le pasa al mundo es el de no saber lo que te
pasa a ti.
por:
(A) esto
(B) ello
(C) aquello
(D) eso
(E) este
REPOSTA: A
121. Las palabras subrayadas en las frases son, respectivamente:
“… y todos los días se esforzaba…”
“ Al principio se compró un espejo en el que se miró
largamente…”
(A) preposición pronombre personal articulo feminino
conjunción.
(B) articulo preposición conjunción sustantivo.
(C) conjunción, articulo masculino , contracción adverbio.
(D) contracción articulo neutro preposición adjetivo.
(E) interfección conjunción adverbio verbo.
REPOSTA: C
MILÁS, Juan José, Edelsa, p 74 5
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