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Apresentação do PowerPoint
Dependência química e outras
dependências não químicas
Leda Maria Moysés Nóbile
Psicóloga- 06/74184
Mestre em Ciências da Saúde Psicobiologia-Unifesp
Doutoranda em Ciências da Saúde
Psiquiatria- Unifesp
Especialista em Dependência Química e Medicina
Comportamental - Unifesp
Objetivos
• Ação da Droga no SNC
• CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS
Drogas depressoras
Drogas estimulantes
Drogas alucinógenas ( perturbadoras)
Club drugs
Outras dependências
• Jogo patológico
• Compulsão por sexo
Objetivos
•
Dependência de internet
• Oniomania
• Critérios de dependência
• Fatores de risco e proteção
• Tratamentos
Classificação das drogas quanto ao seu
modo de ação : efeito no cérebro
• Depressoras
• Estimulantes
• Perturbadoras (alucinógenas)
- maneira de classificar as drogas mais aceita e difundida -
DROGAS DEPRESSORAS
Depressores de ação central
 lentifica ou diminui a atividade do cérebro
 possui também alguma propriedade analgésica
* Álcool
* Benzodiazepínicos (tranquilizantes ou calmantes)
* Barbitúricos (soníferos)
* Opiáceos – analgésicos opióides
* Inalantes
O consumo de álcool é hoje um dos mais graves problemas de
saúde e segurança pública do Brasil, porque:
● é responsável por mais de 10% de todos os casos de
adoecimento e morte no país
● provoca 60% dos acidentes de trânsito
● é detectado em 70 % dos laudos cadavéricos de mortes
violentas
● transforma milhões de brasileiros em dependentes
● leva 65% dos estudantes de 1° e 2° grau à ingestão precoce,
sendo que a metade deles começa a beber entre 1 0 e 1 2 anos
● está ligado ao abandono de crianças, aos homicídios,
delinqüência, violência doméstica, abusos sexuais, acidentes e
mortes prematuras.
• Causa intoxicações agudas
• coma alcoólico
• pancreatite
• cirrose hepática
• câncer em vários órgãos
• hipertensão arterial
• doenças do coração
• acidente vascular cerebral
• má formação do feto;
Impõe prejuízos incalculáveis, atendimentos em pronto-socorros,
internações psiquiátricas, faltas no trabalho; além dos custos
humanos, com a diminuição da qualidade de vida dos usuários e de
seus familiares.
B
E
N
Z
O
D
I
A
Z
E
P
Í
N
I
C
O
S
REDUZEM A ANSIEDADE
PREJUÍZO DA ATENÇÃO E DA MEMÓRIA
CONFUSÃO MENTAL
GRUPO - HIDROCARBONETOS
S
O
L
V
E
N
T
E
S
ESMALTE
COLA
I
N
A
L
A
N
T
E
S
TINTA
TÍNER
GASOLINA
REMOVEDOR
VERNIZ
CORRETIVO CARBEX R
“CHEIRINHO” – “LOLÓ” – “CHEIRINHO DA LOLÓ”
(cloreto de etila + éter + clorofórmio + essência
aromatizante)
DROGAS ESTIMULANTES
aumento da atividade cerebral
 aumento
da vigília, da atenção, aceleração
do pensamento e euforia

usuários tornam-se mais ativos, 'ligados'
Os estimulantes: o crystal (derivado das anfetaminas), a cocaína, o cigarro de
tabaco (nicotina) e a noz de cola em pó (cafeína).
Narguillé faz mal ?
•
A fumaça do narguillé contém substâncias perigosas a saúde, entre elas
nicotina e metais pesados como o arsênico, cobalto, cromo e chumbo.
•
A fumaça produzida pelo uso de um único narguillé contém
aproximadamente a mesma quantidade de nicotina livre e partículas de
alcatrão que 20 cigarros.
•
A intoxicação do usuário com monóxido de carbono é maior quando
comparada com a de fumantes de cigarros. O seu uso está associado
com um maior risco de câncer de pulmão, cavidade oral e de bexiga,
doenças cardíacas, tuberculose, doenças respiratórias (bronquite,
enfisema e obstrução das vias aéreas), e baixo peso ao nascer.
•
Como o bocal do narguillé ao ser fumado passa de boca em boca
facilita a transmissão de doenças infecciosas, como tuberculose,
herpes labial, hepatite.
Quando experimentei o crack eu disse:
Essa droga sim, é da pesada!
Foi um prazer diferente. Especial.
Em duas semanas não saía mais da
favela.
Passava dias a fio fumando.
Vendia tudo o que tinha para comprar
a droga.
Vendi até meu corpo para os
traficantes.”
“
Relato de uma paciente - caso de
Tolerância
"Sabe o que acontece, no
começo você não vê comida na frente, uma delícia,
você não fica
cansada, não tem sono, está sempre disposta e sem
fome nenhuma.
Você toma um copo de água e já está entupida. Mas
chega uma hora
que ele para, se fosse sempre assim, eu ia tomar para
o resto da vida,
mas ele para de fazer efeito ."
DROGAS PERTURBADORAS
alucinógenas
- relacionadas à produção de quadros de alucinação ou ilusão 
não possuem utilidade clínica (como os calmantes)
 não podem ser utilizadas legalmente (como o
álcool, o tabaco e a cafeína)
 não aceleram ou lentificam o SNC  mudança é
qualitativa
 cérebro passa a funcionar fora do seu normal e sua
atividade fica perturbada
Maconha
Mescalina
(do cacto mexicano)
Psilocibina (certos cogumelo)
LSD - 25
MDMA (Ecstasy)
DMT (Santo Daime)
Cai o último argumento dos
maconheiros: droga é mais
prejudicial do que álcool e tabaco,
sim!
CLUB DRUGS
AGRUPAMENTO DE VÁRIAS CLASSES
•
•
•
•
música eletrônica:
dance clubs, raves e trances.
Sedativas: (GHB, nitratos),
Estimulantes: (metanfetaminas, como o
4MTA, PMA e PMMA)
• Alucinógenas: (ecstasy, LSD,quetamina, 2CB e
2-CT-7).
ECSTASY (3,4 metilenodioxi-Nmetanfetamina)
•
Tornar-se popular a partir de meados dos anos oitenta, dentro das
raves
•
sintética derivada da anfetamina, com propriedades estimulantes e
alucinógenas, por isso denominada de "anfetamina psicodélica"
•
Os usuários relatam que o ecstasy é capaz de causar bem-estar,
conforto, empatia e conexão com outros
•
Por outro lado, complicações como a hipertermia, desidratação,,
blackouts e exaustão (tendo alguns casos evoluído para a morte)
•
O ecstasy é capaz de causar dependência
LSD
LSD (dietilamida do ácido lisérgico)
O quadro desencadeado caracteriza-se por:
• aceleração do pensamento
• surgimento de ilusões e alucinações visuais,
auditivas e táteis e um sinergismo de sensações
("as cores têm som e os sons têm cor").
• Sintomas de pânico e quadros paranóides (viagens
de horror ou bad trips) podem ocorrer.
• Indivíduos predispostos podem evoluir com
transtornos esquizofreniformes
Terapia Comportamental
• Postula que a vida do dependente químico é
desprovida das recompensas cotidianas
(contatos sociais, amigos, diversões)
• Os pacientes têm dificuldades para lidar com a
droga que representa um reforço positivo
momentâneo para o paciente que não encontra
recompensas em outros comportamentos
afetos negativos, críticas ou frustrações
Comportamental
• A autoadministração é o problema central do
transtorno por uso de substância.
Consequências Reforçadoras
• Comportamento Operante- “consequências”
que seguem o consumo.
• Reforçadores positivos incondicionados
(efeitos fisiológicos produzidos pela
substância (euforia)
• Reforçadores positivos condicionados – ligado
ao ambiente social, exemplo grupo de amigos
Comportamental
• Consequências Reforçadoras
• Reforçadores negativos incondicionados (crise
de abstinência)
• Reforçadores negativos condicionados –
relacionados a aspectos aversivos do
ambiente. ( estresse, brigas)
Terapia comportamental
• Mapeamento junto com o paciente sobre as
situações, lugares, companhias, que estão
condicionados ao uso da droga.
• Ele ajuda o paciente a reconhecer estes
sinalizadores e a traçar novos
comportamentos, visando desfazer alguns
estímulos que se condicionaram ao uso da
droga
Terapia Cognitiva
Estímulos externos e internos podem ativar crenças
disfuncionais sobre o uso de drogas
• Crenças antecipatórias: expectativa da droga
produzirá recompensa ou prazer.
• Crenças de alívio: expectativa de que droga aliviará
ou afastará algum desconforto ou sofrimento.
• Crenças permissivas ou facilitadoras: o uso da
droga aceitável, apesar das conseqüências.
Figura II: Modelo cognitivo de Beck
Estímulos
eliciadores
Gatilhos internos
Gatilhos externos
Ativação de
crenças
Crenças centrais
Crenças sobre
as substâncias
Pensamentos
automáticos
Craving
(Fissura)
Uso
contínuo
Recaída
Foco em
estratégias de
ação
Fonte: Beck e colaboradores.
Crenças
permissivas
Vício
x
Dependência
• Doença (Bio,Psicossocial)
• Transtorno psiquiátrico, crônico e
recorrente
O que leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas recentes apontam que os principais
motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas
são:
→ Curiosidade
→ Influência de amigos
→ Vontade
→ Desejo de fuga (principalmente de problemas
familiares)
→ Coragem (para tomar uma atitude que sem o uso
de tais substâncias não tomaria)
O que leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas recentes apontam que os principais
motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas
são:
→ Dificuldade em enfrentar e/ou aguentar situações
difíceis
→ Hábito
→ Dependência
→ Rituais
→ Busca por sensações de prazer
→ Tornar (-se) calmo
→ Servir de estimulantes
→ Facilidades de acesso e obtenção
Por que se fazer prevenção ?
-Informação sem terrorismo
- Contexto amplo de saúde
- Qualidade de vida
- Atividades interessantes e criativas
- Escola, clubes, família
- Identificação precoce de transtornos psiquiátricos
USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA
• Existe uma progressão no uso de substâncias;
• USO: geralmente se restringe ao consumo dito
recreacional;
• ABUSO: padrão mal-adaptativo de consumo,
manifestado por consequências em vários âmbitos
da vida do indivíduo;
• DEPENDÊNCIA: o uso da substância se torna
prioridade na vida do indivíduo em detrimento do
resto.
CID-10 - Critérios
dependência de substâncias
O diagnóstico de dependência deve ser feito se três ou mais dos
seguintes são manifestados durante o ano anterior:
•
Forte desejo ou compulsão
•
Dificuldade na capacidade de controlar a ingestão
•
Tendência para aumentar doses – tolerância
•
Síndrome de abstinência, uso de substâncias para atenuar sintomas
de abstinência
•
Estreitamento do repertório pessoal de consumo
•
Persistência no consumo, apesar da evidência de manifestações
danosas
Fatores de risco
Fatores de proteção
– Ambiente estável
– Alto grau de motivação
– Forte vínculo pais-criança e supervisão parental
– Ligação com instituições pró-sociais e associação com amigos não
usuários
– Precoce tratamento do TDAH reduz em 85% o envolvimento com
drogas
– Religiosidade ou espiritualidade
– Envolvimento em atividades escolares e esportivas e bom desempenho
acadêmico
Artigo : Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas.
Psicoeducação
• Informar os efeitos dessas drogas, para quem
pretende utilizá-las, é fundamental para a tomada de
decisão.
EX: Transferir para as anfetaminas a responsabilidade
de emagrecer, embora mais fácil, não resolve o
problema, porque além dos efeitos adversos que
elas provocam, no momento em que deixa de usálas, a paciente volta a engordar.
Treino de Habilidades sociais e
adolescentes
• Identificar, avaliar e modificar distorções
cognitivas;
• Ampliar suas capacidades de expressão, de
resolução de problemas e de tolerância a
frustrações;
• Reconhecer estados emocionais positivos e
negativos;
Treino de Habilidades sociais e
adolescentes
• Adquirir, no estabelecimento de suas
relações, a prevalência de
comportamentos assertivos;
• Adquirir habilidades específicas
referentes ao uso de substâncias
psicoativas (recusar droga e reconhecer e
enfrentar situações de risco, fissura e
recaída)
Familiares que se relacionam com o
Dependente Químico, podem
desenvolver comprometimentos
físicos e emocionais como
consequência dos conflitos que não
conseguem vencer
Impacto da Dependência Química na família
Quatro estágios:
1. Primeira etapa: negação.
2. Segunda etapa: a família demonstra muita preocupação, tentando
controlar o uso da droga, bem como as suas consequências.
Mentiras e cumplicidades - um clima de segredo familiar.
3. Terceira fase: a desorganização da família
Papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. É comum
ocorrer uma inversão de papéis e funções
4. Quarto estágio: exaustão emocional, podendo surgir graves
distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros .
Não se pode afirmar que em todas as famílias o
processo será o mesmo
Família
Algumas características
• Permissividade, dificuldade de colocar limites
• Culpa e Vergonha
• Demora na procura de ajuda
• Não saber onde buscar ajuda
• Desesperança
Intervenções
• Não
responsabilizar a família
• Fator de risco e proteção
• Acolhimento da família
• Orientações e informações
• Devolver a esperança
Família
•
•
•
•
• Terapia familiar e de casal melhor
desfecho em comparação a tratamento em
que famílias não são incluídas.
Orientação e tratamento, 3 fases
específicas:
1) Trabalhar a negação.
2) Prevenir recaídas, estabilizar a família.
3) Aumentar a intimidade do casal no
plano emocional e sexual.
American Society of Addiction Medicine
www.paisconecta
dos.org
www.paisconectados.org
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Outros transtornos compulsivos
Impulsividade : característica do comportamento marcada por reações
rápidas e não planejadas
- Clínica do excesso
Transtorno explosivo intermitente
Cleptomania
Piromania
Jogo Patológico
Tricotilomania
- Transtorno do controle do impulsos sem outra especificação
aguardam validação : Oniomania, impulso sexual excessivo,
dermatilexomania, automutilação recorrente , dependência de internet e
videogame
Psicopatologia da impulsividade
Transtornos aditivos situam-se na intersecção de transtornos
compulsivos, os quais envolvem redução da ansiedade através de
uma atitude, envolvem a gratificação através do exercício do
impulso
Conjunto de sintomas é embasado por mecanismos
neurobiológicos, inclusive através do envolvimento dos sistemas
serotoninérgico, noradrenérgico, dopaminérgico e de opióides.
A neurobiologia do abuso de substâncias tem sido relativamente bem
estudada, mas ainda não é perfeitamente evidente que os mecanismos
envolvidos na dependência química sejam os mesmos envolvidos na
hipersexualidade e outros transtornos.
Incapacidade de resistir a impulsos para praticar um comportamento
prejudicial, aumento da tensão ou da excitação precedendo o ato e a
gratificação ou alívio na sua realização.
Jogo patológico
Persistência e recorrência do comportamento de apostar em
jogos de azar, apesar de prejuízos em diversas áreas da vida
decorrentes dessa atividade
Começa com pequenas apostas, normalmente na adolescência, sendo
mais frequente entre os homens.
O intervalo de tempo entre começar a jogar e a perder o controle
sobre o jogo varia de 1 a 20 anos, sendo mais comum num período de
5 anos.
É frequente que as primeiras apostas tenham resultado em ganho de
uma quantia expressiva de dinheiro.
Três fases do comportamento de jogar são identificadas:
Fase da vitória: a sorte inicial é rapidamente substituída, vitórias tornam-se
cada vez mais excitantes e o indivíduo passa a jogar com maior frequência.
Um indivíduo que joga apenas socialmente geralmente para de jogar aí;
Fase da perda: a atitude de otimismo não realista. O jogo não sai de sua
cabeça e ele passa a ir jogar sozinho. O dinheiro que ganhou no jogo é
utilizado para jogar mais, em seguida, o indivíduo emprega o salário,
economias e dinheiro investidos;
Fase do desespero: caracterizada pelo aumento de tempo e dinheiro
gastos com o jogo e pelo afastamento da família. Alguns passam então a
utilizar recursos ilegais para obter dinheiro. Nessa fase, é comum a
exaustão física e psicológica, sendo frequente a depressão e pensamentos
suicidas.
Jogo patológico
Depois do tabaco e álcool, o jogo é provavelmente o
comportamento de abuso mais comum na população
Os jogadores têm muita dificuldade em admitir o problema e
pedir ajuda
Aderência ao tratamento costuma ser baixa
procurando tratamento principalmente quando a situação se
agrava ou quando familiares obrigam, o que torna as tarefas
de prevenção e diagnóstico precoce imperativas.
Critérios diagnósticos
Jogo Patológico é caracterizado, segundo os critérios diagnósticos do DSM-IV,
pela persistência e recorrência do comportamento de jogar indicado pela presença
de pelo menos cinco dos seguintes itens:
1) preocupação com jogo
2) necessidade de aumentar o tamanho das apostas para alcançar a excitação
desejada;
3) esforço repetido e sem sucesso de controlar, diminuir ou parar de jogar;
4) inquietude ou irritabilidade quando diminui ou para de jogar;
5) jogo como forma de escapar de problemas ou para aliviar estado disfórico
(sentimentos de desamparo, culpa, ansiedade, depressão);
6) depois da perda de dinheiro no jogo, retorna frequentemente no dia seguinte
para recuperar o dinheiro perdido;
7) mentir para familiares, terapeuta ou outros, a fim de esconder a extensão do
envolvimento com jogo;
8) cometer atos ilegais como falsificação, fraude, roubo ou desfalque para
financiar o jogo;
9) ameaçar ou perder relacionamentos significativos, oportunidades de trabalho,
educação ou carreira por causa do jogo;
10) contar com outros para prover dinheiro, no intuito de aliviar a situação
financeira desesperadora por causa do jogo.
Tratamento
Frequentemente há comorbidade
Poucos estudos controlados sobre tratamento.
-Grupos de Jogadores Anônimos
-Abordagens psicodinâmicas
-Intervenção familiar
-Terapia cognitiva-comportamental
- Farmacoterapia.
Comportamento Sexual Compulsivo
Também chamado de Impulso Sexual Excessivo e
Dependência de sexo
Para ser patológico o Comportamento Sexual Compulsivo deve
causar sofrimento emocional e proporcionar conseqüências
interpessoais
5% população em geral
Negação: característica da compulsão sexual
Uma observação adicional mostrou que a maioria desses pacientes com
Comportamento Sexual Compulsivo (75%) também preenchia os
requisitos para diagnóstico de abuso de substâncias psicotrópicas
Validade de critério e confiabilidade da
versão brasileira de uma escala de
rastreamento para dependência de sexo
Dartiu X Silveira, Aderbal C Vieira, Victor
Palomo e Evelyn D Silveira
Rev. Bras. Psiquiatr 2000;22(1):4-10
Comportamento Sexual Compulsivo
Os prejuízos sócio-ocupacionais com o Comportamento
Sexual Compulsivo incluem :gastos financeiros, a traição
as(os) parceiras(os), perda de amigos ou a experiência de
vergonha.
Pouco mais de 42% dessas pessoas reconheceram que
esse comportamento sexual afetava o casamento ou
relacionamentos importantes e, um quarto dos casos,
sentia que o Comportamento Sexual Compulsivo tinha
afetado seu trabalho
Uma pesquisa apontou ainda que 19% dos portadores
de Comportamento Sexual Compulsivo tinham tentado
o suicídio.
Comportamento sexual compulsivo, três ou mais das
seguintes situações:
1-Faz cada vez mais sexo para conseguir a mesma satisfação que antes
conseguia com menos;
2-Quando não faz sexo se sente ansioso ou inquieto ou de mau humor;
3-Dedica horas e muita energia do dia em busca de sexo;
4-Dedica várias horas e energia fazendo sexo;
5- Tenta controlar o impulso por sexo, mas não consegue;
6-Mesmo percebendo que está prejudicando continua buscando e
fazendo sexo;
7-Atrapalhando no trabalho ou no relacionamento com a família ou com
os amigos.
Comportamento sexual compulsivo
IMPORTANTE
Trabalhar medos: intimidade, da perda de controle
e de ficar só
Ampliar o autocontrole, desenvolver a capacidade
de estabelecer relações afetivas significativas
Oniomania
Comprar compulsivo
Comportamento repetitivo, pensamentos intrusivos de comprar, com tentativas
de resistir, mas sem êxito.
Em qualquer lugar: brechós, internet
Descontrole é sem limites.
Incapacidade de controlar esse impulso
80% a 94% mulheres
Relatam mais que os homens
Etiologia desconhecida
Perderão algo se não aceitar a oferta
Oniomania
Comprar compulsivo
Personalidade e identidade frágeis, com baixa autoestima,
sendo suscetíveis, à opinião alheia
Preocupados com apresentação e sensíveis à moda e à
estética
Promoções e liquidações: papel hipnotizador
Estímulo social : privilegia o ter e não o ser
Felicidade: obtido por meio do dinheiro e dos objetos
adquiridos
Tradução e adaptação semântica
da Compulsive Buying Scale para o
português brasileiro
Leite L. P. Et al.
J. bras.psiquiatr. vol.60 no.3 Rio de
Janeiro 2011
Comprar
compulsivo
Impulsividade elevada, baixa autoestima, vulnerabilidade a
emoções negativas e suscetibilidade à influência cultural
Alívio de emoções negativas
Gatilhos: passar perto de shopping em época de liquidação
ou festas de fim de ano
Oniomania
Avaliação do problema não é feita com base na quantidade de
dinheiro gasto. Não é evidência para diagnóstico, mas sim prejuízo
que o comportamento pode causar na vida da pessoa.
Negligenciar atividades sociais importantes como trabalho e família.
O que deve ser considerado é a relação do paciente com a compra.
Para o compulsivo, o único prazer está no ato de adquirir, ele não
pretende usufruir do objeto: é um comportamento vazio
Essa pessoa "tem vontade de adquirir, mas não de ter“
Muitos problemas relacionados a doença
Oniomania
Entre os comportamentos mais comuns dos compradores
compulsivos estão:
- Esconder as compras da família ou do parceiro;
- Mentir sobre o quanto gastou em compras;
- Gastar em resposta a sentimentos negativos;
- Sentir euforia ou ansiedade durante a realização das compras;
- Culpa, vergonha ou autodepreciação como resultado das compras;
- Se dedicar muito tempo fazendo "malabarismos" com as contas ou com as
dívidas para acomodar os gastos;
- Além de uma atração incontrolável por cartões de créditos e cheques especiais.
Só procura ajuda NORMALMENTE quando as dívidas estão grandes e os gastos
exagerados já acarretam problemas familiares, nos relacionamentos,
Em alguns casos, os portadores do transtorno só chegam ao
consultório trazidos por familiares, amigos ou pelo cônjuge.
Oniomania
Importante
TCC
Identificar e mudar padrões de pensamento (cognição) que influenciam o
desejo de comprar
Provocar mudança de comportamento, evitando situações de alto risco que
podem provocar o desejo de comprar e lidando com tais situações
Controle de contingências: como a limitação do
dinheiro e do crédito, realização de um inventário das
dívidas, redução do estresse, planilha com
receita e despesa, exposição gradual aos lugares e
situação de risco com prevenção de resposta
Orientação e envolvimento da FAMÍLIA
Dependência da Internet
Em qualquer faixa etária, nível educacional e estrato socioeconômico
Atividades mediadas pela internet, aumenta gradativamente
Brasil primeiro lugar no mundo em conexões, a frente dos americanos
e japoneses
Afeta negativamente a parte social, pouco autocrítica
Sentem mais solidão que os não dependentes
Fuga e anonimato
Dependência da Internet
1995/1996 primeiras notícias
Considerado patológico quando o consumo de tempo
em atividades na internet com prejuízo pessoal
evidente.
“Os dependentes usam a rede como uma ferramenta social e de
comunicação, pois têm uma experiência maior de prazer e de satisfação
quando estão on-line, podendo este ser um fator preditor para a
dependência.”
Fatores preditores para o uso abusivo da internet: a sensação subjetiva
de busca e/ou a autoestima rebaixada, timidez, baixa confiança em si
mesmo e baixa pró-atividade
Critérios de dependência de Internet
Apresentar, pelo menos, 5 dos 8 critérios abaixo descritos:
(1) Preocupação excessiva com a Internet
(2) Necessidade de aumentar o tempo conectado (on-line) para ter a mesma
satisfação
(3) Exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet
(4) Apresentar Irritabilidade e/ou depressão
(5) Quando o uso da Internet é restringido, apresenta labilidade emocional
(6) Permanecer mais conectado do que o programado
(7) Ter o Trabalho e as relações familiares e sociais em risco pelo uso
excessivo
(8) Mentir aos outros a respeito da quantidade de horas conectadas
Principais sintomas de dependência de jogos eletrônicos:
1. Saliência: atividade mais importante da vida do indivíduo
2. Modificação de humor/euforia: experiência subjetiva de prazer
3. Tolerância: necessidade de jogar por períodos cada vez maiores p
4. Abstinência: estados emocionais e físicos desconfortáveis
5. Conflito: pode ser entre o jogador e as pessoas próximas
6. Recaída/restabelecimento: tendência de retornar rapidamente ao
padrão anterior de jogo excessivo após períodos de abstinência ou
controle
Dependência da Internet
IMPORTANTE
Cognições mal-adaptativa
Reestruturação cognitiva
Gerenciar o tempo despendido on-line
Estabelecimento de objetivos pessoais
Ampliação da rede social fora do ambiente
virtual
Assertividade
Habilidades sociais
TRATAMENTO
Qualquer tratamento é melhor que nenhum
tratamento. Projeto Match
Terapia comportamental no início do tratamento
O profissional ou serviço que sempre oferecer o
mesmo tipo de tratamento para TODOS seus pacientes
estará fazendo o que sabe e não o que eles
necessitam. Dr. Sérgio de Paula Ramos- Abead 2009
Não há um único modelo de
tratamento ou solução, e sim
combinar modelos, de acordo
com o paciente.
O que a família e a sociedade
precisam entender
• Não pode existir um único tratamento que
sirva para todos.
• Internação breve e longa
• O tratamento ambulatorial é sempre o
mais indicado.
LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL
DE 2001.
• I - internação voluntária: aquela que se dá
com o consentimento do usuário;
• II - internação involuntária: aquela que se dá
sem o consentimento do usuário e a pedido
de terceiro;
• III- internação compulsória: aquela
determinada pela Justiça.
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO EFICAZ
NIDA
A permanência no tratamento por um período
adequado de tempo é essencial para sua eficácia.
Aconselhamento (individual e/ou em grupo) e outras
terapias comportamentais são
componentes cruciais para um tratamento eficaz.
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO EFICAZ
NIDA
Indivíduos com distúrbios mentais que
sejam dependentes das drogas devem ser
tratados de maneira integrada de ambos
os problemas.
Medicações são um elemento importante no tratamento
de vários pacientes, especialmente quando combinadas com
aconselhamento e outras terapias comportamentais.
O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz.
O possível uso de droga durante o tratamento deve ser
monitorado continuamente.
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO EFICAZ
NIDA
A recuperação da Dependência Química
pode ser um processo a longo prazo e
frequentemente requer vários episódios
de tratamento.
Tratamento
Consenso geral na literatura de que a TCC oferece um modelo eficaz no
tratamento desses transtornos
- Psicoeducação
- Reestruturação cognitiva
- Treinamento de habilidades sociais
- Prevenção de recaída
- Resolução de problemas e estresses
- Análise funcional
- Diminuição do reforço positivo, estimular outros reforçadores
- Índices de comorbidades são altos (AVALIAÇÃO MEDICAÇÃO)
- Gerenciamento de dinheiro
- Automonitoração
- Assertividade
- Gerenciar disparadores-gatilhos
TÉCNICAS ULTILIZADAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Identificação de Pensamentos Automáticos;
Avaliação e questionamento desses Pensamentos;
Registro diário de Pensamento automáticos disfuncionais;
Identificação de crenças;
Avaliação e modificação de crenças;
Seta descendente;
Solução de problemas;
Vantagens e desvantagens;
Distração;
Experimentos comportamentais;
Cartões de enfrentamento;
Relaxamento;
História clínica e encontro inicial
Habilidades terapêuticas
Sensibilidade, sinceridade e empatia
Pequenas cortesias, caminhar ao lado do cliente, indicar
a cadeira para sentar e sorrir são gestos poderosos.
Escuta ativa: demonstrar-se atento, olhando e cuidado
para não julgar, criticar pensamentos, sentimentos e
comportamentos.
Avaliação
• Discutir antes porque eles estão buscando
tratamento, suas expectativas, descrever como
será o tratamento.
• O que podemos dizer quando no início da
avaliação. EX:
• “ Antes de iniciar quero falar sobre o que faremos
hoje, a sessão vai demorar... Vamos conversar
sobre muitas coisas... Ao final da avaliação, vou
lhe pedir para completar alguns formulários, que
serão usados durante as próximas sessões, para
lhe proporcionar sobre o seu uso...”
Técnicas facilitadoras para empatia
Livro Clínica Psiquiátrica, USP, Ed. Manole
Qualificação: ( “Você foi muito corajoso
admitindo isto”)
Reforço “(Muito bem)”
Expressão de compreensão fenomenológicacompreensão emoção e nomeação. (“ Você
parece muito triste”)
Técnicas facilitadoras para empatia
Livro Clínica Psiquiátrica, USP, Ed. Manole
Expressão de compreensão genética- compreensão dos
motivos e interpretação. Parece que isso acontece
porque você se sente impotente frente a estas
situações, muito semelhante ao que lhe aconteceu na
infância, quando foi abusado!)
Expressão de compaixão ( É horrível isso ter acontecido
com você... Sinto muito!)
Revelação pessoal (Ex: Numa situação parecida do
passado, eu também fiquei muito triste...)
Medidas que não funcionam
-Negação e confronto
-Quem é o culpado?
-Rotulação (diagnóstico)
-Foco do terapeuta versus foco do paciente
-Postura de especialista
- Perguntas fechadas
Motivar sempre que possível, ela é flutuante
Escala de disposição
• Pode ser feito de maneira informal ou por
meio de atividades
• Compreender os diferentes perfis do
indivíduo, de acordo com a importância e
confiança que sentem em relação a mudança
• Vale ressaltar que o grupo D vai se
beneficiar da TCC e os grupos A,B, C da
EM.
Escala de Disposição
Quão importante é para você realizar essa mudança? Em um escala de 0 a
10 (0= não importante, 10 = extremamente importante), que nota você se
daria?
0
1
2
3
4
5
6
7
Sem importância
8
9
10
Muito importante
Quão confiante você se sente para realizar essa mudança? Em uma escala
de 0 a 10 (0= sem confiança; 10= muito confiante), que nota você se daria?
0
1
2
3
4
5
Sem confiança
Fonte: Figura Escala de Disposição, Figlie e colaboradores in Zanelato et.al.
6
7
8
9
10
Muito confiante
Resultado
Grupo A- Baixas importância e
confiança
Grupo B- Baixa importância e alta
confiança
Os indivíduos não veem como
importante ou não acreditam que
podem ter sucesso se tentarem mudar
Os indivíduos mostram-se confiantes
para a realização da mudança e não
visualizam sua importância
Grupo C- Alta importância e baixa
confiança
Grupo D- Altas importância e
confiança
Essas pessoas não desejam mudar
porque não se acham em condições
de fazê-lo.
Estas pessoas acham a mudança
importante e acreditam que podem
ter sucesso na realização dela.
Fonte: Quatro perfis de clientes, Figlie e colaboradores in Zanelato et.al.
ESTÁGIOS MOTIVACIONAIS
Ação
mudanças concretas podem ser feitas. Estas
mudanças podem ser das mais variadas: o paciente pode
tentar diminuir o consumo por si mesmo, pode conversar
com alguém importante sobre seu problema ou pode
procurar um médico para parar de fumar.
Manutenção
onde mudanças significativas no estilo
de vida deveriam ser feitas para consolidar a nova forma de
comportamento sem a substância.
ESTÁGIOS MOTIVACIONAIS
Primeiro estágio
Pré-contemplação
Não planeja mudar seu comportamento num futuro próximo
CRENÇA nos benefícios do uso compensam um possível e
eventual custo, os aspectos negativos do uso da droga são
subestimados por falta de informação, de insight ou negação.
Contemplação
custo benefício do uso da substância pode ser
avaliado de uma forma um pouco mais realista e a possibilidade de considerar
algumas mudanças de comportamento
Este estágio pode demorar minutos ou mesmo
anos.
Duplo Diagnóstico
• O que avaliar:
– Qual problema veio primeiro?
– O que devemos tratar?
– Qual a melhor terapia?
– Os transtornos interagem? De que forma?
Fissura ("Craving")
• um desejo urgente e quase incontrolável, que
invade os pensamentos do usuário de drogas,
alterando o seu humor e provocando sensações
físicas e modificação do seu comportamento.
• Vários estudos relatam que a fissura está ligada
tanto a desencadeadores externos (a própria
droga, locais ou situações de uso) como internos
(humor deprimido, ansiedade).
Fissura ("Craving")
• Craving ou fissura- um intenso desejo de
utilizar uma substância.
• “Irresistível impulso para usar droga”
• “Pensamento obsessivo”
• “Alívio para os sintomas de abstinência”
• Termos muito controverso na literatura científica.
Cientificamente - Craving
Estratégias de enfrentamento
Definir as situações que estimularam o craving para que
sejam mais bem planejadas as estratégias de prevenção de
recaída
Apesar do craving estar associado com a recaída, não há
determinação quanto a este desfecho
Sendo possível E FUNDAMENTAL que seja trabalhado o
controle individual no manejo desta situação de risco
Crenças do terapeuta como uma barreira à
colaboração de seus pacientes.
Exemplos de crenças disfuncionais do terapeuta:
•
•
•
•
•
•
“Usuários de drogas são todos iguais”
“Lapsos e recaídas são catastróficos”
“Esse paciente é o típico dependente”
“Depois de um tempo abstinente, todos recaem”
“Ele pensa que eu sou bobo”
“É perda de tempo”
Cartões com estratégias de
enfrentamento
• Técnicas para o paciente experimentar quando
se encontrar em alguma situação difícil.
• Criar um cartão de enfrentamento
• Terapeuta deverá estimular o paciente a se
lembrar de estratégias que foram discutidas
em sessões, que já foram experimentadas com
sucesso.
Planejamento
Quando há dificuldade de agir, pode ser que não sabemos o que queremos ou
porque não sabemos como agir. E isto se aplica a todas as áreas da nossa vida,
seja ela ocupacional (trabalho, estudo etc), seja emocional (relacionamentos,
família etc). Por isso discutiremos hoje sobre planejamento e solução de
problemas. Escreva:
- Algo que deseja alcançar até semana que vem:
- Algo que deseja alcançar até o próximo mês
- Algo que deseja alcançar no próximo ano:
Escolha algo dos três e liste cinco passos necessário
para alcançar seus objetivos:
QUADRO DE VANTAGENS E
DESVANTAGENS
Usando
GOSTO
EM MIM
NÃO GOSTO
EM MIM
SEM USAR
EXAME DAS VANTAGENS E
DESVANTAGENS
Vantagens do uso
Vantagens da
abstinência
Desvantagens do uso Desvantagens da
abstinência
Instrumento de Fred D. Wright.
Áreas da vida
Área da vida
Emocional
Intelectual
Física
Familiar (relacionamentos)
Afetiva (relacionamentos íntimos)
Profissional
Acadêmica
Financeira
Social/lazer
Zanelato et al. 2013
Nível ou Nota de Satisfação
Para modificar as crenças é
necessário:
• identificar crenças adictivas e avaliar sua
real importância na vida do paciente;
• familiarizar o paciente com o modelo
cognitivo de recaída;
• examinar e testar as crenças adictivas;
• desenvolver crenças de controle;
• testar e praticar crenças de controle.
Exercício físico
• Geralmente os usuários de drogas estão
afastados da prática de esportes e de
atividades físicas sadias
• Reforçar a prática dessas atividades
• Auxiliar na escolha
Treinamento de Habilidades
 Pesquisas falta de habilidade
maior consumo de drogas.
 As principais dificuldades de habilidade se dão
nas seguintes situações: 1) sentimentos
negativos; 2) assertividade; 3) fazer críticas; 4)
receber críticas; 5) comunicação; 6) recusar
droga; 7) dizer não; 8) socialização; 9)
frustrações; 10) adiar prazeres; 11) reconhecer
e enfrentar situações de risco; 12) fissura; 13)
realizar um planejamento.
Livro para assertividade
Metas e atividades para incentivar a aderência e a
retenção de tratamento
Educação: fornecer material educativo, ligações telefônicas
Obtenção de emprego: elaboração currículo, cartão de visitas
Engajamento em trabalho voluntário: informações oportunidade
Fortalecer a performance familiar: estimular, resolver problemas,
incentivar contato maior.
Realizar check-up médico: disponibilizar, agendar consultas, obter
informações dos médicos
Melhorar alimentação: dieta, nutricionista
Viabilizar moradia/alojamento: Lista prós e contras condições e preços
Metas e atividades para incentivar a aderência e a
retenção de tratamento
Gerenciar o tempo: comparecer pontualmente, verificar desempenho
Aumentar compromisso com o tratamento: Lista de metas
Organizar finanças: montar planilhas, checar, identificar a situação
Afiliar-se a grupos de auto ajuda: disponibilizar
Organizar notícias no jornal sobre dependência química e outras notícias de
auto ajuda
Figura I: Modelo Cognitivo-Comportamental do Processo de Recaída.
Resposta de
enfrentamento
Autoeficácia
AUMENTA
Situação de
alto-risco
Nenhuma
resposta de
enfrentamento
Autoeficácia
diminuída
Expectativas
de resultado
positivo (para
efeitos iniciais
da substância)
Uso inicial
da
substância
Fonte: Marlatt GA, Gordon GR. Prevenção de recaída .
Probabilidade de
recaída diminuída
Efeito de
violação da
abstinência
Conflito de
dissonância e
autoatribuição
(culpa e
percepção de
perda do
controle)
Probabilidade
aumentada de
recaída
Recaída
Em vez de culpar o cliente pelas
dificuldades que acontecem durante o
curso do tratamento, a ênfase é
colocada no contexto específico e
relacionada a fatores e situações em
que ocorre o lapso ou recaída.
Recaída
Faz parte do processo de
abstinência, da mudança de
comportamento, da conscientização
da necessidade de interromper o uso
Pode começar dias antes do uso
Previsível, portanto evitável
Recaída
A recaída é vista como um processo de
transição em que o lapso inicial pode voltar
a nivelar o seu uso.
Recaídas são vistas como erros e a mais
importante oportunidade para
aprendizagem adicional. Neste sentido o
dependente pode beneficiar-se de um
lapso.
Recaída
-Examinar altos riscos nas situações,
exame cuidadoso de recaídas
passadas e análise de fantasias de
recaída.
“Que evento pode fazer você voltar a
beber? Tente imaginar esta cena
claramente de você podendo dar
uma descrição da situação e de seus
sentimentos”
QUADRO DA ÚLTIMA RECAÍDA
O que
você
estava
Antes
Durante
Depois
SENTINDO
PENSANDO
FAZENDO
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DE
SITUAÇÕES DE RISCO
1.Situação:_____________________________________
_____________________________________________
______________________
•
Estratégia
1:___________________________________________
_____________________________________________
_______________
•
Estratégia
2:___________________________________________
_____________________________________________
_______________
•
Estratégia
3:___________________________________________
Automonitoramento
Data/
hora
Contexto: local,
companhia,
atividade
Antecedentes
o que você
estava
pensando,
sentindo e
fazendo antes
do consumo
Quantidade
consumida
Consequências
que estava
pensando,
sentindo e
fazendo depois
do consumo
Automonitoramento
Data
Total
de
doses
Foi
Seu uso
Você teve
Situações
Quando
usada
causou compulsão relacionadas você tem
uma
problema
?
ao uso.
compulsão,
segunda
?
quais
droga ?
pensamento
s ou
sentimentos
experimento
u?
Aqui pode
colocar
Sozinho
Com outras
pessoas
Local Privado
ou Público
Fonte: Hodgins, Peden, 2008
Fonte: Hodgins, Peden, 2008
Intervenção Breve
Intervenção psicossocial, bem estruturada e de
tempo limitado, 15 minutos em 4 ou5
encontros.
Mistura-se técnicas da entrevista motivacional e
cognitivo – comportamental, são utilizadas
escalas e material de mútua ajuda.
Qualquer profissional de saúde pode utilizar.
Livros sugeridos
• Tratamento psicológico do usuário de maconha e seus
familiares. Um manual para terapeutas . Autores: Flávia
Serebrenic Jungerman,Neide A. Zanelatto
•
Livro - Aconselhamento Em Dependência Química 2ª Ed.
Autores: Ronaldo Laranjeira, Neliana Figlie
•
ENTREVISTA MOTIVACIONAL. Autores: MILLER,
WILLIAN R.; ROLLNICK, STEPHEN.
•
Manual clínico dos transtornos do controle dos
impulsos. Autores: Cristiano Nabuco, Hermano Tavares,
Táki Cordás e colaboradores
Livros sugeridos
•
PREVENÇÃO DE RECAÍDA - ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO NO
TRATAMENTO DE COMPORTAMENTOS ADICTIVOS. Autores: G. ALAN
MARLATT, DENNIS M. DONOVAN
•
Livros - O Tratamento do Alcoolismo. Autores: Christopher C. H. Cook, E.
Jane Marsha, Griffith Edwards
•
ENTRE A RAZÃO E A ILUSÃO - DESMISTIFICANDO A LOUCURA.
Autores: RODRIGO BRESSAN, CECILIA CRUZ VILLARES, JORGE
CANDIDO
•
Tratamentos farmacológicos para dependência química. Da evidência
científica à prática clínica
Autor(es): Alessandra Diehl, Daniel Cruz Cordeiro, Ronaldo Laranjeira
Livros sugeridos
•
Adolescência, uso e abuso de drogas: Uma visão integrativa.
Organizadoras :Eroy Aparecida da Silva; Denise de Micheli. São
Paulo , Editora Fap- Unifesp, 2011.
•
O tratamento do usuário de crack. Organizadores:Marcelo
Ribeiro, Ronaldo Laranjeira. 2ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2012.
•
Manual de avaliação e treinamento de habilidades sociais.
Vicente Caballo. Editora Santos, São Paulo, 2010.
•
Dependência de internet: manual e guia de avaliação e
tratamento. Autores Kimberly Young, Cristiano Nabuco de Abreu
e colaboradores. Editora Artmed.
Referências Bibliográficas
• www.inca.gov.br
• www.uniad.org.br
•
Site Álcool e Drogas sem Distorção
(www..einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas
(PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein
•
W. Miller Fatores Motivacionais nos Comportamentos
Dependência de in Rethinking Substance Abuse, William
Miller e Kathleen Carrol Londres , 2006
•
Diehl, A; Cordeiro DC; Laranjeira R e colaboradores.
Dependência Química: Prevenção, tratamento e políticas
Públicas. Artmed, 2011.
Referências Bibliográficas
• Wright, JH; Basco MR; Thase ME. Aprendendo a Terapia CognitivoComportamental: um guia ilustrado. Editora Artmed, 2008.
• Abreu, CN et. al. Dependência de Internet e de jogos eletrônicos: uma
revisão. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.30 no.2 São Paulo June 2008
• Silva, CJ; Serra, AM. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental
em dependência química .Rev. bras. psiquiatr; 26(supl.1):SI33-SI39,
maio 2004.
• Hodgins, DC; Peden N. Tratamento cognitivo-comportamental para
transtornos do controle do impulso. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30(Supl
I):S31-40.
• Banaco RA. Tratamento do jogar patológico e prevenção de
Recaída. Rev. bras.ter. comport. cogn. v.1 n.1 São Paulo jun. 1999
Lançamentos
Obrigada
"Só se abandona uma
dependência por uma
nova paixão"
Griffith Edwards
E-mail: [email protected]

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