BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA
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Boletim No. 67/Março 04 DNC / MIC MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DIRECÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO Praça 25 de Junho N° 37 (2° Andar) Tel.: (++ 258 -1) 30 06 64 / 5 / 43 11 37 / 42 87 71 E-mail: [email protected] Fax: (++258 - 1) 30 06 64 BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA No. 67 Março 04 Preços de cereais registam subida desde meados de 2003 Os preços internacionais da maioria dos cereais têm vindo a subir desde os meados do segundo semestre de 2003 até à presente data. Os preços de exportação de trigo registaram fortes aumentos, em consequência da escassez da oferta no mercado internacional. Enquanto que as projecções de trigo são promissoras e se criam expectativas de os preços baixarem no hemisfério norte nos próximos meses à medida que a colheita se avizinha, os preços de exportação dos produtos como milho, arroz e mexoeira não dão sinais de baixar tão cedo, nas actuais condições de oferta e procura. A tabela seguinte mostra a evolução dos preços de cereais: 2004 2003 Mar. Out. USA Mar. US$/ton Trigo 168 150 146 Milho 128 104 105 Mexoeira 132 111 104 Trigo 151 148 149 Milho 109 101 95 Arroz inteiro 253 199 198 Arroz partido 213 158 144 Argentina Tailândia A previsão de comércio mundial de cereais feita pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) aumentou em 3 milhões de toneladas para 230 milhões desde meados de 2003, mesmo assim ainda 12 milhões de toneladas, ou seja, 5 %, abaixo dos níveis projectados no ano transacto. Esta redução considerável é devida principalmente à redução do comércio de trigo e de arroz, enquanto que o comércio de produtos tais como milho e mexoeira está projectado para os mesmos níveis do ano económico 2002/03. No concernente ao trigo, os Estados Unidos e o Brasil e muitos países do norte da África e da Ásia prevêem reduções drásticas nas suas importações. Quanto ao arroz,esperam-se cortes nas importações do Bangladesh, Indonésia e Brasil. Consulte Quente - Quente para obter informação semanal sobre a evolução dos preços nos maiores mercados agrícolas no país Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural Tel. (01) 460131 / 460145, Fax (01) 460145 / 460296 Caro Leitor, subscreva-se ao Boletim Mens@l do Comércio Agrícola do Ministério da Indústria e Comércio por e-mail (correio electrónico). A assinatura para o Boletim é gratuita! Favor mandar uma mensagem por e-mail à: [email protected] 1 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC Últimas perspectivas de Milho Abril 04) Quénia - défice As disponibilidades em cereais para 2003/04 estimam-se em 2.97 milhões de tons, contra as necessidades de consumo de 4.58 milhões. O défice de 1.6 tons será coberto por 1.3 milhões de tons de importações e 300 mil tons de ajuda alimentar. Tanzânia - défice As disponibilidades em cereais para 2003/04 estimam-se em 4.2 milhões de tons, contra as necessidades de consumo de 4.6 milhões. O défice de 400 mil tons será coberto por 370 mil tons de importações e 300 mil tons de ajuda alimentar previstas. - Zimbabwe – défice Zâmbia - excedente A produção da campanha 2003/04 está estimada em 1,4 milhões de tons, igual aos níveis da campanha anterior, superior em 83% aos níveis de 2002 e em 35% à média dos últimos 5 anos. O país não precisa de importar milho no ano comercial 2003/04, a não ser pequenas quantidades de trigo e arroz. + + + - - Malawi - excedente Uma avaliação preliminar da época agrícola 2003/04 estima a produção de milho, arroz, trigo e mexoeira em 1,7 milhões de toneladas, prevendo-se uma baixa no milho em 4% e um aumento na mandioca em 9%. O país não vai precisar de importar milho no ano comercial 2003/04 devido à produção satisfatória e a níveis sem precedentes de stocks transitados. Contudo, está a entrar milho por via do comércio fronteiriço. + Com o aumento das áreas semeadas e perspectivas de bons rendimentos por hectare, prevê-se um crescimento na produção de milho na ordem de 30%, para 1,7 milhões de tons. A produção total de cereais está estimada em 1.93 milhões de tons. O país precisará de importar 1 milhão de tons de cereais, sendo 765 mil tons de milho, das quais 363 mil no âmbito de ajuda alimentar. África do Sul – excedente Devido a melhorias na queda de chuvas na segunda metade da época agrícola, a produção de milho para 2003/04 está estimada em 9,7 milhões de toneladas. No seu conjunto, a produção prevista está perto da média normal do país, mas inferior à de 2002. As estimativas das exportações mantêm os níveis do ano transacto, de 1.4 milhões de toneladas. 2 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC Preços Domésticos de Milho (gráfico 1/6) Em Março/03, os preços a retalho de milho branco continuaram a registar pequenas oscilações com tendência a baixar nos mercados de Maputo, Manica e Nampula e a subir no de Tete. Na cidade da Beira, após dois meses de relativa estabilidade, o preço veio a sofrer oscilação nas duas últimas semanas do mês. O preço mais baixo, de 3.500 Mt/kg, registou-se na cidade de Manica e o mais alto, de 6.500 Mt/kg, na cidade de Maputo. Os preços reais, obtidos pelo ajuste dos preços nominais através do índice de preços no consumidor foram, no período em análise, superiores aos de igual período de 2002/03, à excepção da cidade de Tete onde foram ligeiramente inferiores. Fonte: SIMA/DNC Projecções do Balanço Alimentar Mensal (gráficos 3/6 e 4/6) A projecção do balanço mensal do milho feita no mês de Março/04 aponta para uma situação de oferta relativamente confortável para o aprovisionamento do mercado para os próximos meses. Com efeito, as colheitas referentes à campanha agrícola 2003/04 já iniciaram, o que permitirá o aumento dos níveis da oferta de milho no mercado. Todavia, poderão registar-se défices locais, particularmente em algumas zonas do centro e toda a região sul do país que foram afectadas pelas calamidades naturais. Os fluxos de exportação no âmbito do comércio fronteiriço, envolvendo o sector comercial informal, estão a decorrer nas zonas fronteiriças principalmente com o Malawi, apesar do teor de humidade que o milho ainda apresenta. As moageiras sediadas na zona sul do país, onde a produção é geralmente fraca, continuam a importar milho da África do Sul para assegurar o seu aprovisionamento. O balanço mensal de arroz apresenta níveis confortáveis de aprovisionamento de mercado para os próximos meses, cujos recursos provém de importação e da produção doméstica (stocks da campanha 2002/03). Prevê-se o início das colheitas da campanha 2003/04 para Abril/Maio, o que vai incrementar os níveis de oferta do arroz no mercado. A oferta de trigo, produto tradicionalmente de importação, apresenta uma situação de oferta igualmente satisfatória para os próximos meses, cujos recursos provém além de importações comerciais, de ajuda alimentar do Governo dos Estados Unidos da América que está a fornecer trigo no âmbito da Lei Americana de Comida para o Progresso. Fonte: DNC União Europeia Baixa a quota C do açúcar Analistas acreditam que o volume da quota C da União Europeia (UE) para o açúcar da campanha agrícola 2004/05 será significativamente mais baixa do que se esperava devido aos declínios da produção projectados na época agrícola 2003/04. O relatório da EDF & Man Sugar admite que a colheita da campanha 2003/04 dos países UE possa vir a ser 12% inferior às 12.962 milhões de toneladas produzidas na campanha 2002/03. De acordo com o mesmo relatório, o declínio foi em parte causado por uma redução de 7.3% nas áreas de cultivo da beterraba, mas sobretudo pelos fracos resultados da produção em diversos países da UE. No regime do açúcar da UE, as quotas de produção A e B são as subsidiadas por Bruxelas, e qualquer açúcar produzido 3 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC Chegam ao Ministério da Indústria e Comércio pedidos de países vizinhos e doutros continentes, a solicitar endereços de empresas moçambicanas relacionadas com o comércio agrícola a fim de estabelecer contactos comerciais. Caso esteja interessado, favor de nos facultar os seus contactos completos através do fax 01 – 300664 ou e-mail [email protected] para além dessas quotas é qualificado como açúcar C e deve ser exportado a preços internacionais sem subsídios. Como refere um analista da Man Sugar com a expectativa de que 626 mil toneladas transitem para a campanha 2004/05, 2.1 milhões de toneladas poderão exportadas. No ano passado, a exportação do açúcar C foi de aproximadamente 3.3 milhões de toneladas, após o trânsito de 919 mil toneladas para a presente campanha. Para a campanha 2004/05, Man Sugar acredita que uma redução ainda maior nas áreas de produção, combinada com quantidades menores de açúcar C a transitar, pode ser um sinal de prolongada escassez no abastecimento da UE. Preços de gengibre permanecem firmes Comerciantes europeus de especiarias prevêem que os preços de gengibre permaneçam firmes até ao fim do ano devido à diminuição constante da oferta. Desde o início do ano os preços globais de gengibre subiram para mais de dobro. Nas primeiras semanas de Março, uma empresa comercial em Londres cotou todo o gengibre da Índia a US$3.000/ton CIF Cochina, contra US$1.400 três meses antes. A subida de preços foi impulsionada principalmente pelas inundações ocorridas o ano passado na China, o maior produtor mundial deste produto, agravada pela falta de chuvas no período de plantio que afectou a nova colheita indiana. Segundo comerciantes de especiarias em Londres, a fraca oferta de gengibre é um problema mundial. Na Europa os stocks são muito baixos e os comerciantes têm sido relutantes em pagar preços altos, situação que poderá mudar até finais de Maio/03. Entre os finais de 2003 e princípios de 2004 as exportações indianas de gengibre subiram drasticamente para mais de dobro nos últimos meses, atingindo US$3.400/ton num período de 9 meses, até 31 de Dezembro/03. Tradicionalmente, a Índia produz cerca de 250 mil toneladas de gengibre, mas ultimamente, tem sido verificada uma redução no volume das exportações, devido à combinação de vendas elevadas antecipadas na presente época e o interesse pelas novas colheitas. Em Moçambique, embora não haja dados exaustivos sobre a produção de gengibre, um estudo feito recentemente identificou as zonas costeiras da província da Zambézia e as de Machipanda no distrito de Manica, como ideais para o efeito. Em termos de comercialização, sabe-se que alguns comerciantes zimbabweanos adquirem o gengibre directamente ao produtor em Manica, admitindo-se que seja escoado através dos portos da Beira e Maputo para os outros mercados, sobretudo o sul-africano, que por sua vez é abastecido de gengibre seco da China, Índia e Nigéria. Neste caso, para Moçambique competir com sucesso no mercado sul-africano deve primar pela qualidade, cumprimento 4 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC de normas e padrões, aprofundar os estudos de mercado e direccionar mais recurso para a exploração de gengibre fresco. Compras da China estimulam subida do preço do arroz tailandês Julga-se que os preços de arroz na Tailândia poderão continuar a subir num futuro próximo, devido ao prosseguimento das compras deste produto recentemente iniciadas pela China. Segundo um relatório do departamento de arroz duma corretora britânica, os preços do arroz Thai registaram uma subida regular a partir dos princípios de Março/03 após relativa estabilidade em Fevereiro último, devido a uma grande afluência de encomendas extras. A maioria destas encomendas é provenientes da China, o principal comprador, que, para além de compras regulares de arroz aromático terá importado cerca de 200 mil toneladas de arroz Thai desde o início do mês de Março. Um outro factor que terá influenciado a recente subida de preços do arroz Thai é a suspensão das vendas deste produto pelas autoridades de Bangkok, até que termine a inspecção de âmbito nacional em curso em todos os armazéns.A inspecção surge na sequência de alegações feitas pelas autoridades governamentais sobre irregularidades cometidas por alguns exportadores. A Tailândia continua a ser, de momento, a única fonte de abastecimento de arroz capaz de fornecer quantidades elevadas. Entretanto, o comité da política de arroz anunciou alterações no esquema de intervenção de arroz em casca, a funcionar de 20 de Março a 30 de Julho do ano em curso. Milho regional (gráfico 5/6) Em Março/04, os preços de milho branco e amarelo no mercado Randfontein, tanto em Rand como em Dólar, reverteram a tendência ascendente que vinham registando a partir dos finais de 2003. O preço de milho branco baixou de ZAR1.312/ton para ZAR1.090/ton e de US$196/ton para US$163/ton; para o milho amarelo, a redução foi de ZAR1.367/ton para ZAR1255/ton e de US$204/ton para US$187/ton. Na Bolsa Agrícola SAFEX, os preços de contratos futuros de milho branco cotados em Março/04 para Maio/04 também baixaram se comparadas às cotações de Fevereiro/04 para o mesmo período; esta redução foi de ZAR1.348/ton para ZAR1.125/ton e de US$201/ton para US$168/ton. Em relação ao milho amarelo, as cotações para o período em referência baixaram de ZAR1.310/ton para ZAR1.195/ton e de US$195/ton para 178US$/ton. Uma melhoria de condições climatéricas em relação ao cenário de seca que se vivia na zona e consequente optimismo quanto às previsões das colheitas de milho no país, são os principais factores para a redução dos preços de milho na RSA Fonte: DNC, FWS NET e SAFEX Mercado internacional de milho (gráfico 5/6) Em Março/04 o preço FOB Durban de milho branco baixou de US$225/ton para US$191/ton. Relativamente ao milho amarelo dos EUA, o preço FOB subiu ligeiramente de US$124/ton para US$129/ton. Na Bolsa Agrícola da Argentina, depois duma estabilidade, o preço FOB de milho branco baixou de em US$105/ton para US$109/ton. 5 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC Preços Domésticos de Arroz (gráfico 2/6) toneladas contra 27,5 milhões de toneladas em 2003. Esta redução toma em consideração a procura mais fraca de importação por parte de alguns dos grandes importadores asiáticos e sulamericanos que tiveram melhorias na produção. Em Março/04, o preço de arroz foi praticamente estável apesar de pequenas oscilações com tendência a subir nas cidades de Nampula e Tete e a baixar nas cidades de Maputo e Beira. O preço mais baixo, de 7.000 Mt/kg, registou-se na cidade de Nampula, e o mais alto, de 11.000 Mt/kg na cidade de Tete. Em relação aos preços reais, em Março/04 registaram índices mais baixos do que em igual período de 2003 nas cidades da Beira e Manica, ligeiramente superiores nas cidades de Maputo e Nampula e iguais aos de igual período de 2003 na cidade de Tete. Segundo a FAO, a produção global de arroz poderá crescer em cerca de 2,6% para 591 milhões de toneladas contra 576 milhões de toneladas em 2002/03. Boas condições climáticas e incremento das áreas arrozeiras têm contribuído para a elevação da produção, sobretudo na Índia. Por outro lado, a produção chinesa poderá baixar novamente em consequência de reduções constantes das áreas plantadas. As reservas mundiais de arroz para 2003/04 poderão voltar a cair mais uma vez de 122 milhões de toneladas em 2002/03 para 102 milhões de toneladas, o nível mais baixo desde 1987. A subida do preço nos EUA pode estar associada ao aumento da procura e a fraca competição da China. Fontes: FAO & SAFEX Fonte: SIMA/DNC Arroz internacional Em Março/04, os preços mundiais de arroz subiram fortemente devido à grande procura por importadores asiáticos por um lado, e à escassa oferta por outro. As compras massivas do governo tailandês para sustentar os preços internos também contribuíram para manter os preços de exportação em níveis altos. O índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) progrediu para 108,8 pontos, contra 98,3 pontos em Fevereiro/04 (base 100 = Janeiro de 2000). É muito provável que os preços se mantenham firmes ao longo de 2004, devido à escassez da oferta, sobretudo na Índia e China, onde as reservas internas baixaram bastante no final de 2003. O comércio mundial em 2004 poderá baixar para cerca de 25 milhões de Segundo a FAO, as tendências de consumo a longo prazo fazem crer que até 2004 a demanda mundial poderá crescer cerca de 30% em relação à produção actual. Na Tailândia, os preços de exportação subiram bastante devido ao aumento das importações, sobretudo da China, Iraque e África. Por outro lado, a política de compras governamentais de arroz em casca tende a limitar a disponibilidade e a pressionar os preços de exportação. Estes, porém, poderão estabilizar em função da diferença em relação aos preços do arroz do Vietname. A Tailândia fez uma revisão das suas previsões de exportação para o ano 2004 para um volume recorde de 8,5 milhões de toneladas. O governo conta com as dificuldades indianas e chinesas para exportar mais este ano. Em Março, o arroz Tai 100%B subiu para US$248/ton FOB, contra US$220 em Fevereiro. O quebrado Tai A1 Super, 6 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC continuou subindo atingindo US$202 em Março/04 contra US$ 184/ton em Fevereiro/04. No Vietname, os preços também subiram por causa da escassez da oferta e os produtores retêm as suas reservas para mantê-los elevados. Porém, o mercado externo manteve-se activo por causa das vendas, particularmente para a China, África e Filipinas. Calcula-se que as exportações vietnamitas poderão alcançar cerca de 4 milhões de toneladas em 2004 contra 3,7 milhões de toneladas em 2003. O arroz Viet 5% subiu de US$199/ton em Fevereiro para US$218/ton em Março/04. O Viet 25% passou de US$186/ton em Fevereiro/04 para US$207/ton em Março/04. uma média de US$368/ton em Março, contra US$336/ton em Fevereiro. No Mercosul, a colheita está em curso. No Brasil, um ciclone afectou o litoral Sul, devastando importantes áreas arrozeiras em Santa Catarina, o terceiro Estado produtor do país. Os preços de exportação na Argentina e Uruguai mantiveram-se firmes já que a demanda de importação brasileira é também forte, pelo menos até a chegada da produção nacional ao mercado. Na África, espera-se um aumento das importações na Nigéria, Mali e na região austral. Na região continental, as importações poderão cair em 2004, graças a um aumento da produção nos países costeiros do Oeste. Fonte: InfoArroz No Paquistão, os preços continuaram em ascensão em função duma oferta muito limitada. O arroz Pak 25% subiu de US$210/ton em Fevereiro/04 para US$236/ton em Março/04. Estes preços bastante altos começam a criar problemas para os exportadores paquistaneses que abrem espaço na África Ocidental em relação ao competidor indiano que mantém os preços mais baixos. Na Índia, apesar da limitação das reservas internas, os preços de exportação mantiveram-se competitivos, de tal sorte que as autoridades indianas não tencionam subsidiar as exportações, como fizeram no ano passado. Não obstante, as exportações indianas caíram de 4 milhões de toneladas em 2003 para 2 milhões de toneladas em 2004. Nos Estados Unidos, os preços de exportação tiveram um forte salto graças às vendas para à América Central, o que poderá incentivar os produtores norteamericanos a aumentar as áreas arrozeiras em 2004. O arroz Long Grain 2/4 atingiu Trigo na África do Sul (gráficos 5/6) Em Março/04, os preços futuros de trigo cotados em Rand para Maio/04 no mercado Randfontein da RSA baixaram em comparação com as cotações de Fevereiro/04 para o mesmo período. Em Rand, baixaram de 1744/ton para 1734/ton e em Dólar de 260/ton para 258/ton. Esta redução pode estar associada à previsão de subida da produção na presente campanha agrícola, que poderá situar-se entre 1,87 milhões de tons e 2,3 milhões de toneladas. Fonte: SAFEX / DNC Trigo nos Estados Unidos (gráficos 5/6) De Fevereiro/04 a Março/04, o preço de trigo HRW US Nº 1 subiu de US$159/ton para US$163/ton e o da qualidade SRW US Nº 2 também subiu de US$163/ton para 166US$/ton. Esta subida deveu-se sobretudo à redução global da oferta de trigo no mercado internacional devido, à seca, por um lado, e à substituição de 7 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC trigo por milho amarelo para rações, por outro. Fonte: DNC, FAO & SAFEX Mercado Internacional de Açúcar (gráficos 6/6) Em Março/04, o preço de açúcar amarelo subiu de US$128/ton para US$150/ton relativamente ao de Fevereiro/04 e de açúcar branco também subiu de US$210/ton para US$234/ton. A subida de preço de açúcar branco deve estar associada à fraca oferta. Fonte: INA/DNC Mercado Internacional de Algodão (gráficos 6/6) De Fevereiro/04 a Março/04, o preço de algodão de índice “A” baixou de US$0.074/lb/peso para US$0.072/lb/peso. Espera-se que a tendência de preço deste produto seja decrescente ao longo deste ano, devido à melhoria da produção, sobretudo nos EUA. se com W450, a classe mais baixa comercializada, enquanto que o da amêndoa partida se situou entre US$1.65 a US$1.70/lib/ton. Nos Estados Unidos e na Europa, muitos compradores têm pago preços altos só para as classes que lhes interessam, enquanto aguardam pela melhoria dos preços. Muitos peritos de amêndoa têm o sentimento de que a procura poderá manter-se fraca por mais tempo e observadores industriais acreditam que, se os preços da matériaprima não baixarem, as disponibilidades no mercado poderão reduzir nos próximos meses, o que poderá como consequência provocar uma subida de preços. Preços indicativos da Castanha de Caju em US$/lb/peso, FOB Índia. W180 W210 Preço 1ª semana de Março 2.80 2.45-2.50 Preço 1ª semana de Abril 2.80 2.50 W240 2.00-2.05 2.12-2.17 W320 1.83-1.88 1.93-1.98 Duma maneira geral, o mercado da amêndoa de caju continua estável, com alguns negócios isolados para mercados distantes. W450 1.70 1.80-1.82 SW320 1.75 1.80-1.85 SW360 1.70 1.75-1.80 SSW 1.50 1.55-1.60 Segundo reportam exportadores indianos da amêndoa de caju, a queda nos custos da matéria-prima, combinada com a subida dos preços da amêndoa, fez aumentar as margens de comercialização do produto nas últimas semanas. O aumento do preço verificou-se em relação às classes mais baixas, enquanto que o das classes superiores não deu qualquer sinal de subida. A maior subida registou- FS 1.65 1.70-1.75 FB 1.60 1.65-1.70 LWP 1.45-1.50 1.45-150 SS 1.50-1.55 1.60 Fonte: Cotlook Amêndoa de Caju Qualidade SB SP 1.50-1.55 1.60 1.25-1.30 1.25-1.30 Fonte: Cashew market report 8 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC Esta é a sexagésima setima edição do “Boletim Mens@l de Comércio Agrícola” publicada pela Direcção Nacional do Comércio do Ministério da Indústria e Comércio. A forma de apresentação e o conteúdo deste Boletim ainda estão na fase de desenvolvimento. Antecipadamente, agradecemos qualquer tipo de comentário sobre o formato e o conteúdo. Preparado e produzido com a colaboração do Projecto “Assistência à Gestão do Mercado” MIC e FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, financiado pela Comunidade Europeia ÍndiceACotlook-Algodão Centimos US$/lb 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 ÍndiceCotlookA Jan- Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan 03 O que são preços futuros ? Preços futuros são os preços acordados entre vendedores e compradores no presente, para a compra e venda numa data futura. Os preços futuros resultam de negociações na bolsa sobre um contrato e prevalecem para uma data futura determinada. Os contratos são, por exemplo: fornecimento de 10 toneladas de algodão com certas especificações), a serem entregues em Julho de 2001, a um determinado valor. O motivo principal para a existência de bolsas agrícolas onde se negoceia preços futuros, é a gestão e diminuição de riscos de alterações imprevistas de preços de produtos no futuro. Portanto, preços futuros são o melhor prognóstico sobre o preço de um produto, que estará vigente no mercado naquela data futura. A determinação desses preços é o resultado duma monitorização contínua, feita pelos participantes nos mercados do futuro, sobre as condições da oferta e procura. As influências sobre a oferta e procura podem ter origem em factores internos, sub-regionais e internacionais. É importante assinalar que a grande maioria dos contratos não resultam na entrega física do produto, porém são realizados entre as partes que acordaram aquele contrato, mediante uma transacção financeira através da bolsa. Ironicamente, os mercados futuros, como por exemplo 'SAFEX' na África do Sul e 'CBOT' nos Estados Unidos, têm a virtude de ser mercados flutuantes e especulativos. Contudo, promovem mecanismos para assegurar preços consistentes. Concluindo, podemos dizer que um funcionamento adequado dos mercados futuros ajudam a melhorar a transparência no mercado e estabilizar os preços. 9 Boletim No. 67/Março/ 04 DNC / MIC Glossário de termos utilizados no Boletim Mens@l de Comércio Agrícola Abreviatura B&P lda CBOT DINA DNC EUA FAO FEWS FOB GRAIN SA HRW US Nº 1 INFOCOM INA IPC IRRI ISA ISO MADER MIC Mt OMC ONG OSIRIZ (IPO) SACU SADC SAFEX SAGIS SIMA Spot SRW US Nº 2 Thai 100%B ton u/m US$ ZAR WR 10-15% WR 25% Significado Intermediaria (Broker) no SAFEX Bolsa de Chicago Direcção Nacional da Agricultura - MADER Direcção Nacional do Comércio - MIC Estados Unidos de América Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação Sistema de Aviso Prévio sobre Fome “Free on Board” - Mercadoria livre de encargos a bordo do navio no porto de origem Empresa sul-africana que difunde preços de cereais Qualidade de trigo nº1 (hard red wheat) dos EUA Informação Comercial e de Mercados – Serviços do MIC Instituto Nacional de Açúcar Índice de Preço no Consumidor Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz Associação Internacional de Açúcar Organização Internacional de Açúcar Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural Ministério da Indústria e Comércio Metical (Moeda de Moçambique) Organização Mundial do Comércio Organização Não Governamental Organização Internacional vocacionada ao mercados de arroz União Aduaneira da Região da África Austral Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral Bolsa agrícola sul-africana de futuros Serviços de Informação de Cereais na África do Sul Sistema de Informação de Mercados Agrícolas Preço ‘spot’ significa o preço de negociação de mercadoria naquele dia Qualidade de trigo nº 2 (soft red wheat) dos EUA Arroz de Tailândia de qualidade –100%B Tonelada Unidade de medição Dólar americano (Moeda dos Estados Unidos de América) Rand sul-africano (Moeda da República da África do Sul) Arroz branco em que 10-15% está partido Arroz branco em que 25% está partido FICHA TÉCNICA Editor: Ministério da Indústria e Comércio – DNC, Praça 25 de Junho nº 37, 2º Andar Telefone: + 258 1 300664/5, Fax: +258 1 300664/5 Direcção: José Egídio Paulo Produção: INFOCOM. Redacção: Olga Munguambe, Gabriel Muianga, Francisco Filipe, Lúcia Dimene, Samuel Garicai Arone, Manuel Jamisse, José Maria, Isabel Mazive, Isabel Coutinho, Isabel Simango, Frans van de Ven e Alexander Schalke (FAO/EU-MIC). 10
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