PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

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PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
PROJETO PEDAGÓGICO
C URSO DE G RADUAÇÃO
EM
F ARMÁCIA
ALMENARA - MG
2011
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 4
1 - DADOS GERAIS ....................................................................................................................... 5
1.1 - DADOS DO CURSO....................................................................................................................................5
I.2 - DA MANTENEDORA .................................................................................................................................5
1.3 – A FACULDADE DE ALMENARA ...................................................................................................6
1.3.1 - MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ....................................................................................6
2 - CONTEXTO DE INSERÇÃO DA ALFA E JUSTIFICATIVA DO CURSO ................................................ 8
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ALMENARA ..................................................................................8
2.2 - JUSTIFICATIVA DO INTERESSE SOCIAL PELO CURSO ....................................................................... 15
3 - DIRETRIZES PEDAGÓGICAS ............................................................................................ 17
4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E INSTÂNCIAS DE DECISÃO ................................ 18
4.1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................................................................... 18
4.2 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS ........................................................... 19
5 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA.................................... 22
5.1 – CONDIÇÕES DE GESTÃO ..................................................................................................................... 22
5.2 – INSTÂNCIA E MECANISMOS DE CONTROLE ACADÊMICO ............................................................... 22
6 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO ............................................................................... 24
6.1 - BREVE REFERÊNCIA SOBRE A SAÚDE DO PAÍS E REGIÃO ............................................................... 24
6.2 - CONCEPÇÃO DO CURSO ....................................................................................................................... 26
6.3 - OBJETIVOS DO CURSO .......................................................................................................................... 28
6.4 - PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROFISSIONAIS DO EGRESSO....................................... 30
6.5 - A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................................................... 33
6.5.1 - SEGMENTOS DO CURRÍCULO E SUA OPERACIONALIZAÇÃO ............................................... 33
6.5.2 - MATRIZ CURRICULAR, FLUXOGRAMA, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ................................. 39
6.5.3 - FLUXOGRAMA DO CURSO ........................................................................................................ 41
6.6 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO ....................................................... 115
6.7 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DE FORMAÇÃO DO EGRESSO ................................ 115
6.8 - ARTICULAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO COM O PDI E PPI ................................. 115
6.9 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................................... 117
6.10 - APOIOO AO DISCENTE ..................................................................................................................... 117
6.11 - ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS EGRESSOS ............................................................................. 118
6.12 - AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................ 119
6.12.1 - PRESSUPOSTOS BÁSICOS ...................................................................................................... 119
6.12.2 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO ..................................................................... 120
6.12.3 - AVALIAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................ 121
6.13 - ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ASSISTÊNCIA .................................... 122
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6.14 - GESTÃO ACADÊMICA DO CURSO ................................................................................................... 125
7 - CORPO DOCENTE DO CURSO ........................................................................................ 125
7.1 - FORMAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL ...................................................................................... 125
7.2 - CONDIÇÕES DE TRABALHO ............................................................................................................... 126
8 - INFRAESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA .................................................................. 129
8.1 - DESCRIÇÃO DA ÁREA FÍSICA E SUAS EDIFICAÇÕES ....................................................................... 129
8.2 - INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ................................. 130
8.3 - LABORATÓRIOS MULTIUSO - INFORMÁTICA .................................................................................... 131
8.4 - LABORATÓRIOS DE SUPORTE AO CURSO .......................................................................................... 134
LABORATÓRIOS E CLÍNICAS DO CURSO DE FARMÁCIA................................................................. 138
8.5 - BIBLIOTECA .......................................................................................................................................... 143
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
APRESENTAÇÃO
O presente documento formaliza o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação
em Farmácia da Faculdade de Almenara (Alfa), que o Instituto Educacional Almenara,
na condição de mantenedor, submete a apreciação dos órgãos competentes do Ministério
da Educação para fins de autorização.
A formulação da proposta atrela-se aos novos paradigmas da formação graduada
do Farmacêutico centrada no compromisso social e em práticas educativas de promoção e
atenção à saúde na linha do resgate da cidadania e de relações solidárias na sociedade
atual. Sua elaboração traduz as múltiplas preocupações que a instituição mantenedora
assumiu optando por oferecer à comunidade, em geral, e aquela da região do Baixo
Jequitinhonha, em particular, mais um curso na área da saúde que viesse concretizar uma
formação diferenciada, levando à compreensão da função peculiar do profissional
Farmacêutico como agente impulsionador da saúde integral e do bem-estar da
coletividade.
Desde sua fundação, o Instituto Educacional Almenara e a Faculdade de
Almenara vêm desenvolvendo projetos e atividades em contínua interação com seu meio
social, atuando em estreita parceria e sustentando compromissos recíprocos com a sua
comunidade e a dos municípios limítrofes que os apóiam e lhes ratificam a efetividade
política e a relevância social, científica e cultural.
O Projeto Pedagógico em apreço representa o somatório de idéias e ambições
daqueles que, conjuntamente, arrogam-se o compromisso com uma instituição articulada
com a sociedade local e que busca incessantemente o resgate da ética, da justiça, da
eqüidade social e o respeito ao meio ambiente, valores indispensáveis ao desenvolvimento
com sustentabilidade política, cultural e socioeconômica. Em suma, impõe-se como
instrumento a nortear o funcionamento do Curso de Farmácia, com base em seus
postulados e em sintonia com as transformações nos campos da saúde, da educação, do
trabalho e da sociedade como um todo.
Ao levar adiante mais uma iniciativa educacional na área das Ciências da Saúde, o
Instituto Educacional Almenara o faz convencido de que a experiência consolidada com o
ensino superior e técnico-profissionalizante no campo da Enfermagem confere a esta
proposta a necessária eficácia pedagógica, para que possa responder aos anseios e às
demandas das comunidades interna e externa, razão fundamental de sua existência.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
1 - DADOS GERAIS
1.1 - DADOS DO CURSO
Denominação: Bacharelado em Farmácia
Vagas: 100 vagas totais anuais, oferecidas no turno noturno.
Regime de Matrícula: Seriado semestral.
Duração do Curso: 4.200 horas, a serem integralizadas, no mínimo, em 10 e no máximo
em 15 semestres letivos.
Endereço: Rua Vereador Virgílio Mendes Limas, 847 – São Pedro.
CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais.
Coordenador do Curso: Prof. Daniel Rodrigues Silva
I.2 - DA MANTENEDORA
• MANTENEDORA: Instituto Educacional Almenara Ltda.
DIRIGENTE: Maurício Almeida Caldeira Mourão
ENDEREÇO: Rua Vereador Virgílio Mendes Limas, 847 – São Pedro
CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais
TELEFONE: (33) 3721-1098
E-MAIL: [email protected]
O Instituto Educacional Almenara, mantenedor da Faculdade de Almenara, é uma
entidade jurídica de direito privado, legalmente constituída na forma de sociedade civil, com fins
educacionais e lucrativos, inscrita na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o nº
3120665339-1, em 20 de dezembro de 2002, na cidade de Almenara.
Tem por objetivo social promover atividade educacional diversificada mediante a oferta
de ensino, em seus variados níveis, e investir em pesquisa e extensão. Por esse meio procura
incorporar os interesses maiores da sociedade da qual é parte constituinte para efetivamente
engajar-se no processo de sustentação do patrimônio cultural e contribuir com o crescimento
econômico, social e a melhoria das condições de vida e saúde da população do Baixo
Jequitinhonha.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
1.3 – A FACULDADE DE ALMENARA
DIRETOR-GERAL: Maurício Almeida Caldeira Mourão
ENDEREÇO: Rua Vereador Virgílio Mendes Lima, 847 – Bairro São Pedro.
CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais
TELEFONE: (033) 3721-1098
E-MAIL: alfa.caldeira @yahoo.com.br
A Faculdade de Almenara (Alfa) é uma instituição de ensino superior credenciada para
ter sede na cidade de Almenara, município que compõe a região do Baixo Jequitinhonha, situada
ao norte do Estado de Minas Gerais.
Concebida de modo a permitir a todos o mesmo desenvolvimento sob um novo
paradigma de cultura e saber, a Alfa vem se desenvolvendo não obstante os grandes desafios
colocados pela educação nacional e pelas condições socioeconômicas, educacionais e políticas de
uma região marcadamente singularizada por déficits de toda sorte. Tem procurado firmar-se
como uma entidade educacional capaz de universalizar o saber e o trabalho, respaldando-se nas
modernas metodologias de ensino-aprendizagem para a preparação de profissionais competentes
e comprometidos a construção e a transmissão do saber.
Com base nas premissas de integração entre ensino, pesquisa e extensão, os dirigentes da
Alfa tem inteira compreensão de que os espaços de sua atuação, no presente e futuro, se definem,
necessariamente, na interação com a sociedade em geral e com o mercado de trabalho em
particular. Estabelece, por conseguinte, sua política de trabalho em consonância com as demandas
e expectativas da comunidade de Almenara e para além dela, em interface permanente com o
mundo do trabalho e o sistema educacional do país.
Reconhecendo a crescente importância do conhecimento para a formação de sujeitos e
para o processo de desenvolvimento do país, a Alfa intenta partilhar essa responsabilidade com os
ingressos e egressos de seus cursos e as organizações locais. Nesse sentido e aliada à condição de
instituição pioneira na região, objetiva ser referência na oferta de ensino superior, especialmente na
área da saúde, assumindo o compromisso de contribuir com a melhoria do quadro epidemiológico
da população no contexto social em que serve e atua, e participar da inserção dos seus egressos no
mercado ocupacional da região, comprovadamente carente de profissionais Farmacêuticos.
1.3.1 - MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS
↠ Missão
Na perspectiva de cumprir seu papel social e levando a termo a complexidade das
condições socioeconômicas, demográficas, epidemiológicas e educacionais da região, a Alfa elege
como missão a oferta de ensino superior pautado no conceito de liberdade, de responsabilidade
social e consciência cidadã, de modo a promover e consolidar o conhecimento farmacêutico e gerar
valores humanos importantes para minimizar problemas de saúde e outros que empecem o
progresso regional.
Ao decidir pela oferta de cursos superiores em áreas do conhecimento que apresentam
carência significativa, a Instituição traduz os anseios e necessidades de melhoria das condições de
vida e saúde da população, sempre na defesa da ação ética de educar, cuidar, pesquisar.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Para tornar factível sua missão, a Alfa tem consciência da necessidade de firmar-se como
detentora de uma política pedagógica teoricamente rigorosa, sólida e articulada organicamente a
um projeto de sociedade e de educação integral do homem, que o habilite a fazer suas escolhas e
criar novos caminhos para si e para o bem da coletividade.
↠ Objetivos gerais:
 empreender um processo educativo que favoreça o desenvolvimento de seres humanos
dotados de capacidade crítica, de autonomia intelectual e comprometidos com a
resolução dos problemas sociais da contemporaneidade;
 atuar no processo de desenvolvimento da sua comunidade regional;
 promover e difundir a cultura;
 contribuir para o fortalecimento da solidariedade e da fraternidade entre os homens na
sua região de abrangência e em outras com as quais mantenha contato;
 contribuir com a inserção social promovendo a democratização do conhecimento e
fortalecendo o repasse de técnicas e a difusão do saber;
 desenvolver projetos inovadores que possibilitem a ampliação das fronteiras e a
diversidade do conhecimento, combatendo a fragmentação e estendendo o diálogo
entre os diferentes saberes;
 desenvolver ações que conduzam à inovação e ao fortalecimento do intercâmbio com a
comunidade acadêmica nacional e internacional;
 preparar os futuros profissionais para o domínio dos recursos socioculturais, científicos
e tecnológicos, para que lhes permita uma atuação consciente e eficiente no seu projeto
de vida.
↠ Objetivos específicos:
 ministrar o ensino mediante cursos superiores, programas e atividades educacionais;
 formar egressos empreendedores, sintonizados com as transformações científicas,
tecnológicas e com os avanços e as tendências da área em que atua;
 criar condições para a educação continuada para o seu corpo social e seus educandos;
 promover, pelas atividades de pesquisa, o enriquecimento e a inovação do processo
ensino-aprendizagem e a ampliação dos conhecimentos nas várias áreas do saber;
 favorecer a produção científica e intelectual de seu corpo docente pelo fomento à
divulgação e publicação dos seus trabalhos e incentivo à sua busca por melhor
titulação.
 promover, pelas atividades de extensão, a integração da instituição com a comunidade
mediante cursos, serviços e estágios para crescimento mútuo;
 promover a qualificação do corpo social - corpo docente e técnico-administrativo - com
vistas a viabilizar a associação da qualificação acadêmica com o compromisso social da
instituição;
 firmar parcerias com empresas, instituições públicas e privadas visando promover o
intercâmbio e fortalecer o enriquecimento e a implementação de projetos e programas
que contribuam com o desenvolvimento institucional, das organizações e entidades
públicas e privadas envolvidas.
Para se alcançar tais objetivos, impõe-se a necessidade de um corpo docente qualificado e
motivado a manter padrões desejáveis de qualidade educacional, uma comunidade acadêmica
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integrada e uma estreita relação com a Entidade Mantenedora e desta com setores da comunidade
local, mediante a representatividade no Conselho Superior da instituição.
2 - CONTEXTO DE INSERÇÃO DA ALFA E JUSTIFICATIVA DO CURSO
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ALMENARA
O acelerado processo de desenvolvimento mundial nas últimas décadas tem ocasionado
uma acumulação sem precedentes e um incremento gradual do abismo entre incluídos e excluídos,
sejam eles cidadãos, municípios, cidades, estados ou nações.
Por sua vez e na condição de país em desenvolvimento, o Brasil vem apresentando
progresso veloz e desordenado, marcado por sérios problemas de ordem social em que
desigualdades e exclusões tornaram-se quase que um traço da cultura nacional manifestas, direta
ou indiretamente, em questões que dizem respeito ao maior ou menor acesso aos sistemas de
educação e saúde e, bem entendido, às condições mínimas de sobrevivência – alimentação,
habitação, trabalho, segurança.
Ora, entre todas as regiões dos estados de federação, a bacia hidrográfica do rio
Jequitinhonha, que abrange grande parte do nordeste de Minas Gerais e uma pequena parcela do
sudeste da Bahia, destaca-se por ser uma área expulsora de população, ocasionando êxodo rural
para os grandes centros urbanos e um esvaziamento demográfico persistente, o que é grave para o
desempenho socioeconômico local. Com mais de dois terços dos habitantes vivendo na zona rural,
ela é caracterizada como “região deprimida” cujos índices de pobreza, desnutrição, mortalidade,
analfabetismo, desemprego e carência de infra-estrutura de toda sorte ainda imperam, de forma
contundente, em grande parte dos municípios.
↠ Números gerais da Região de Almenara:
População: 179.711 habitantes (IBGE 2010)
Cidades: 16
Área Total: 15.504,40 km²
Densidade Demográfica: 11,6 hab/km²
↠ Números gerais do Município de Almenara:
Fundação: 1938
Localização: Macrorregião do Jequitinhonha/Mucuri - MG
Altitude: 187 m
População: 38.531 habitantes (IBGE 2010)
Área total: 2.301 km²
Densidade demográfica: 16,74 hab/km²
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Municípios da Microrregião do Jequitinhonha/Mucuri
Macrorregião
Microrregião
Jequitinhonha
Almenara
Araçuaí
Capelinha
Diamantina
Pedra Azul
Mucuri
Nanuque
Teófilo Otoni
Municípios
Almenara, Bandeira, Divisópolis, Felisburgo, Jacinto, Jequitinhonha,
Joaíma, Jordânia, Mata Verde, Monte Formoso, Palmópolis, Rio do
Prado, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio
do Jacinto.
Araçuaí, Caraí, Coronel Murta, Itinga, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso,
Ponto dos Volantes, Virgem da Lapa.
Angelândia, Aricanduva, Berilo, Capelinha, Carbonita, Chapada do
Norte, Francisco Badaró, Itamarandiba, Jenipapo de Minas, José
Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Minas Novas, Turmalina,
Veredinha.
Couto de Magalhães de Minas, Datas,Diamantina, Felício dos Santos,
Gouveia, Presidente Kubitschek, São Gonçalo do Rio Preto, Senador
Modestino Gonçalves
Cachoeira de Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina, Pedra Azul.
Águas Formosas, Bertópolis, Carlos Chagas, Crisólita, Fronteira dos
Vales, Maxacalis, Nanuque, Santa Helena de Minas, Serra dos
Aimorés, Umburatiba.
Ataléia, Catuji, Franciscópolis, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha,
Malacacheta, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão,
Poté, Setubinha, Teófilo Otoni.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 Aspectos Sociodemográficos
A microrregião de Almenara – parte da macrorregião do Jequitinhonha/Mucuri – tem no
município de Almenara sua cidade-pólo de desenvolvimento, congregando no entorno 16
municípios com uma população de 179.711 habitantes, de acordo com estimativa do IBGE. Com
promissoras atrações turísticas, um artesanato considerado dos mais belos do país e um potencial
mineral inadequadamente explorado resultando, por isso mesmo em depredação significativa do
meio ambiente e em desperdício das riquezas naturais.
É de se destacar que ainda hoje as regiões Jequitinhonha/Mucuri e o Norte de Minas são
detentoras dos menores índices de desenvolvimento humano do estado, associados às baixas taxas
de crescimento da população, baixas densidades demográficas e ao menor grau de urbanização,
muito embora venha se verificando uma evolução nesses indicadores sociais.
 Atividades Econômicas
No presente, a base econômica da microrregião de Almenara está fortemente atrelada ao
setor de serviços, sobretudo, com investimentos que giram em torno da indústria de
transformação, da construção civil e outras atividades industriais, constituindo-se sua maior fonte
de receita e resultado uma dinamização da economia local (comércio, serviços, agroindústria e
serviços).
As atividades econômicas de pecuária, agrícola e artesanato de alguma importância
figuram na sequência, e aos poucos vêm superando o caráter de sociedade artesanal, que se
mantém no seu “tradicionalismo”, com predomínio de técnicas rudimentares e se ancoram no
trabalho familiar. No setor de comércio, o município congrega número diversificado de
estabelecimentos, agências prestadoras de serviços e várias instituições bancárias – Banco do
Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal. Trata-se de uma área historicamente marcada pelo
fraco dinamismo econômico e pelo baixo grau de integração a mercados, cujas consequências são
visíveis na baixa qualidade dos seus indicadores socioeconômicos e que juntas contribuem com
apenas 13,2% do PIB mineiro. Diante dessa situação, há pouca atratividade de investimentos,
colaborando assim para a perpetuação da situação crônica de pobreza.
Há que se destacar que Almenara vem impondo-se como município capaz de possibilitar,
na sua microrregião, a absorção produtiva de parte do contingente rural emigrado em razão dos
benefícios gerados por políticas públicas de incentivo à industrialização das cidades-pólo do norte
e nordeste de Minas Gerais e, mais recentemente, com recursos federais para programas de
desenvolvimento social.
De fato, observam-se indícios da transformação do perfil econômico, que paulatinamente
se encaminha para a potencialização dos setores secundários e terciários, evidenciando uma clara
vocação por conduzir o processo de desenvolvimento à autossustentação, sempre tendo em vista
as peculiaridades locais: preponderância das indústrias que utilizam a produção agropecuária
regional, projetos na área ambiental – envolvendo questões relativas ao assoreamento do Rio
Jequitinhonha, sobretudo – e do setor do turismo, estando a cidade localizada numa área
geograficamente privilegiada pelo relevo e com as mais bonitas praias do Rio Jequitinhonha.
O quadro a seguir apresenta dados do Produto Interno Bruto (PIB) de Almenara por setor
de atividade econômica condizente ao período de 2008.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Produto Interno Bruto do Município de Almenara em 2008
Descrição
Mil Reais
Valor adicionado bruto na agropecuária
23.822
Valor adicionado na indústria
24.490
Valor adicionado no serviço
132.940
Impostos sobre produtos líquidos de subsídios
9.159
PIB per capita a preços correntes
4.975,58
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
 Educação
Em observância às políticas definidas pelo MEC, a educação no município de Almenara,
pelos os seus órgãos gestores, tem como diretrizes atender à escassez de vagas priorizando a
educação básica e fundamental, o acesso e permanência na escola, o combate ao analfabetismo, a
melhoria da qualidade e produtividade do ensino.
Os últimos dados do Inep, resultantes do censo escolar de 2010, espelham as matrículas
nas três esferas administrativas (estadual, municipal e particular) da educação infantil, do ensino
fundamental e médio, da educação especial e educação de jovens e adultos, como explicitado no
quadro a seguir.
Resultado do Censo Escolar 2010 - Município de Almenara
Ed Infantil
Dependên
cia
Estadual
Municipal
Privada
Total
Creche
Pré
Escola
0
253
48
301
0
833
84
917
Ensino
Fundamental
Anos Anos
Iniciais Finais
770
2714
250
3734
1754
716
152
2622
Ensin
o
Médio
1642
0
117
1795
Matrícula Inicial
EJA
EJA (semiEducação Especial(Alunos de Escolas
Eduda
(presencial)
presencial)
e Classes Especiais e Incluídos)
ção
Profiss
EJA
An
ional.
Pré Anos
Fund
Funda
Funda
os
(Nível
Médio2
Médio2 Creche Esco Iniciai
a
mental2
mental2
Fin
Técnic
la
s
ment
ais
o)
al 1,2
0
0
40
40
110
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0
571
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166
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0
191
0
1
13
14
0
6
14
20
9
60
50
119
4
0
56
60
Fonte: Inep/MEC
1 Não estão incluídos alunos da Educação de Jovens e Adultos Semi-Presencial
2 Inclui os alunos da Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional
Com esses indicadores, o município habilita anualmente um número expressivo de jovens
aptos a prosseguir seus estudos. Contudo, em razão da ausência de cursos superiores em algumas
áreas de interesse, grande parte desses jovens abandona os estudos e uma outra deixa a cidade
para não mais retornar, ocasionando perda importante no nível de competência profissional.
Ressalta-se aqui que as taxas de analfabetismo – acima da média do estado – têm relação direta
com o baixo nível de escolaridade da mão-de-obra local.
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0
2
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 Ensino Superior
No que diz respeito à educação superior, atualmente Minas Gerais é o estado a deter o
maior número de cursos superiores, depois de São Paulo. Contudo, sua distribuição é desigual e
concentrada nas regiões Central, Sul, Zona da Mata e Triângulo Mineiro. Atualmente existem em
Almenara 4 instituições de ensino superior, sendo 3 delas campi avançados da Universidade
Estadual de Montes Claros, Universidade de Itaúna, Universidade Presidente Antônio Carlos, e a
Faculdade de Almenara, cujos cursos e respectivas vagas que oferecem estão discriminados no
quadro seguinte.
Instituições de Ensino Superior de Almenara – Ano de 2011
Vagas
Oferecidas
Início do Curso
Enfermagem
50
Agosto/2007
Nutrição
100
Fevereiro /2011
Pedagogia
70
Julho/2007
Direito
120
Abril/2008
Letras
100
Agosto/2000
Pedagogia
100
Agosto/2000
Administração
100
Agosto /2005
Educação Física
100
Agosto /2006
Serviço Social
100
Fevereiro/2006
Instituição de Ensino
Curso
Faculdade de Almenara - Alfa
Universidade Estadual de Montes Claros
(Unimontes)
Universidade de Itaúna
Faculdade Presidente Antônio Carlos de
Almenara – FUNEC/Almenara
Fonte: MEC/INEP
O quadro que se segue retrata a distribuição geográfica da oferta de cursos superiores de
Farmácia nos municípios que distam menos de 450 km de Almenara.
Cursos de Farmácia oferecidos em cidades vizinhas à Almenara
Município
Aimorés
Diamantina
Governador
Valadares
Montes Claros
Vagas
Oferecidas
Início
de
Funcionamento
Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac
50
01/02/2006
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri - UFVJM
60
18/02/2002
Universidade Vale do Rio Doce -Univale
100
04/08/1997
Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac
50
11/02/2008
Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano
Santo Agostinho - FS
200
01/02/2006
Faculdades Integradas Pitágoras - FIP-MOC
100
01/02/2006
Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI
100
01/10/2004
Instituição
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Município
Nanuque
Teófilo Otoni
Vagas
Oferecidas
Início
de
Funcionamento
Faculdades Integradas do Norte de Minas - Funorte
100
01/02/2005
Centro Universitário de Caratinga - Unec
60
05/02/2007
Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac
120
02/08/2005
Centro Universitário de Caratinga - Unec
60
01/08/2005
Centro Universitário do Triângulo - Unitri
170
09/02/1998
Instituição
Fonte: MEC/INEP
De uma breve análise é possível depreender-se que os números são representativos do
ponto de vista de uma demanda potencial de cursos superiores de Farmácia. Eles revelam,
outrossim, que o aumento da oferta destes cursos na região norte e nordeste do estado de Minas
Gerais é uma necessidade que se impõe cada dia mais, tanto em razão de sua extensão geográfica
quanto das condições socioeconômicas e de saúde da população residente.
 Saúde
Pelas características físicas particulares de clima e relevo associadas às condições
socioeconômicas, sobretudo de saneamento básico, a região da Bacia do Jequitinhonha representa
um desafio para as políticas governamentais. Grande parte de seus municípios está enquadrada na
área de atuação da Sudene e, mas recentemente, tem-se pleiteado a inclusão de toda a bacia sob
sua jurisdição.
As análises efetuadas pelo IBGE para diagnóstico da qualidade ambiental, como subsídio
à formulação de políticas públicas direcionadas à melhoria da qualidade de vida da população
residente, incluem proposições na área de saneamento básico, controle e monitoramento dos
recursos hídricos e aperfeiçoamento da malha viária, além de cuidados com a degradação
decorrente das atividades da indústria de mineração, buscando esboçar um quadro amplo de
políticas de uso da terra.
No campo da saúde, prevalecem na região quadros de endemias, como exemplo:
esquistossomose, peste bubônica, malária, doença de chagas, leishmaniose tegumentar, por citar
algumas, sendo que as enfermidades mais freqüentes ocorrem nas áreas de neurologia, psiquiatria,
cardiologia.
Atualmente, Almenara alberga 32 estabelecimentos de saúde: 1 Unidade de Vigilância em
Saúde; 9 Postos de Saúde; 2 Unidades de apoio, diagnose e terapia; 1 Centro de atenção
psicossocial; 10 Consultórios isolados; 6 Clínicas especializadas/ambulatório de especialidade 2; 1
Centro de Saúde/unidade básica e 2 hospitais, ambos credenciados pelo SUS, com as seguintes
características:
• Hospital Deraldo Guimarães, de natureza filantrópica, com mantenedor de mesmo nome,
que atende a maior parte da demanda pelo SUS, possuindo 148 leitos para internações, dos quais
135 destinados ao Sistema Único de Saúde. Não tem UTI, contudo presta atendimento de média
complexidade;
• Hospital Benvindo Saúde, de caráter particular, com 102 leitos e também credenciado
pelo SUS;
• Hospital Regional, em construção.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
• Farmácias existentes em Almenara:
Harmonize Farmácia de Manipulação
Drogaria Almenara
Drogaria Garcez
Drogaria Nova Era
Drogaria Vitória
Indicadores de Saúde - Tipos de Unidade
Estabelecimentos
Unidade de vigilância em saúde
Posto de Saúde
Unidade de apoio diagnose e terapia
Centro de atenção psicossocial
Consultório isolado
Clinica especializada/ambulatório de especialidade
Hospital geral
Centro de saúde/unidade básica
Total
Total
1
9
2
1
9
6
2
1
31
Fonte: CNES/DATASUS - 2008
A cidade de Almenara dispõe de uma unidade básica central que desenvolve programas
ligados à hanseníase, leishmaniose e tuberculose, realizando também exames de citologia, e vários
laboratórios de análises clínicas e uma Farmácia da Secretaria Municipal de Saúde.
Sem dúvida, é inegável a insuficiência de recursos e serviços de saúde, máximo quando se
considera a importância que a cidade vem alcançando como pólo integrador dos setores urbanos e
rurais do entorno. E mais, quando se leva em conta que todo processo de desenvolvimento
sustentável se ampara, inquestionavelmente, no binômio saúde/educação e repousa em estratégias
capazes de conter a evasão da juventude para centros mais avançados.
Diante dessas ponderações e estimando que a formação de profissionais farmacêuticos
impulsionaria o efetivo desenvolvimento social e econômico do município, aproveitando o seu
potencial para absorver os egressos do Curso, esta iniciativa da Alfa resultará,
inquestionavelmente, em melhorias na organização e estruturação dos serviços de saúde da região,
com impactos importantes na mitigação de riscos de doenças da população, além de abrir
caminhos para o mercado de trabalho, a pesquisa e os programas de extensão.
14
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
2.2 - JUSTIFICATIVA DO INTERESSE SOCIAL PELO CURSO
A proposta pedagógica do Curso de Farmácia da Alfa, com ênfase na integração
ensino/assistência votada para a saúde da comunidade e em estreita vinculação com as
características socioeconômicas e epidemiológicas da região do Baixo Jequitinhonha, encontra suas
justificativas nos seguintes indicadores:
• necessidade de criação de condições para que os profissionais egressos da instituição
voltados para o atendimento à população sejam oferecidos em quantidade e qualidade
de modo que o direito à saúde seja exercido com plenitude pelos cidadãos;
• premência de preparar profissionais farmacêuticos adequados às necessidades sociais,
capazes de prestar serviços de qualidade e assumir postos nos quadros da estrutura
administrativa e social, seja no âmbito local, regional ou além destes;
• importância de reter na região contingente significativo de jovens com formação
superior de modo a deflagrar e manter o desenvolvimento auto-sustentável;
• crescente necessidade da população por atendimento na área da saúde;
• expansão de programas de atenção à saúde, em especial daqueles dedicados aos bairros
carentes e municípios interioranos.
De acordo com mapa cadastral dos Conselhos Federal e Regional de Farmácia no ano de
2009, os profissionais inscritos no país totalizavam 133.762. Estes números não alcançam
efetivamente o parâmetro necessário para atender adequadamente as demandas sociais de um
mercado ocupacional que apresenta um quadro longe da estagnação ou saturação.
Atualmente, o Brasil é classificado como o 10º país que mais gasta com medicamento no
mundo. Nas duas últimas décadas, o mercado farmacêutico brasileiro teve um aumento
substantivo, cuja realidade atual indica a existência de mais de 50 mil farmácias e drogarias, com
uma média de um estabelecimento para cada 3,2 mil habitantes. Dados do Conselho Federal de
Farmácia (CFF) apontam que do total de 79.010 farmácias e drogarias, 60.585 estão situadas em
municípios do interior, estatística nacional que não difere do cenário do estado de Minas Gerais.
Por outro lado, o cenário atual da assistência farmacêutica no âmbito do SUS, no país,
aponta para a inexistência de pontos de entrega de medicamentos; estrutura precária e em
desacordo com normas sanitárias; custos logísticos elevados (pulverização de estoques); perdas,
uso irracional e falta de acesso aos medicamentos essenciais; recursos humanos em número
insuficiente e desqualificado e baixa eficiência profissional.
Ressalta-se, o déficit em assistência por profissionais qualificados na área específica de
serviços farmacêuticos fica patenteado quando se atenta para o fato de que, conforme legislação
em vigor, todo estabelecimento hospitalar deve possuir Comissão de Controle de Infecção. O
Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) caracteriza-se como um conjunto de ações
desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência
e gravidade das infecções hospitalares.
Dado esse contexto, considera-se o profissional farmacêutico membro consultor desse
serviço e partícipe da política de utilização de antimicrobianos, medicamentos, germicidas,
materiais médico-hospitalares para a instituição hospitalar. Sem contar que, conforme preconiza a
Lei nº 5.991/73, a presença do farmacêutico é obrigatória durante todo o horário de funcionamento
do estabelecimento, seja ele farmácia comunitária (comercial), pública, hospitalar, de manipulação,
onde o farmacêutico assume seu papel fundamental como profissional do medicamento durante
toda a cadeia de assistência farmacêutica. Acresce-se aqui, a lei dos genéricos (9.787/99) veio
15
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ressaltar a responsabilidade das farmácias e drogarias no atendimento e orientação ao cliente,
enfatizando os princípios éticos nessa atuação.
Cabe aqui registrar a instituição, pelo Governo de Minas, de um programa de assistência
farmacêutica – Farmácia de Minas – vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde a farmácia é
reconhecida como estabelecimento de saúde e referência de serviços farmacêuticos para a
população. O Programa envolve o fornecimento, aos municípios, de recursos financeiros para a
construção da farmácia; projetos de engenharia e equipamentos; incentivo financeiro mensal para
contratação do farmacêutico responsável; aquisição e logística de medicamentos essenciais para
atenção primária à saúde; medicamentos de alto custo e, medicamentos estratégicos, bem como
sistematização das informações. Os investimentos do programa irão propiciar atendimento a mais
de 70% das cidades do estado. Com efeito, o governo construirá uma farmácia em cada cidade, e a
previsão é que elas sejam 600 até o ano de 2010.
A relevância do Farmácia de Minas fica patenteada pela garantia de que haverá
medicamentos necessários ao atendimento em atenção básica à comunidade assistida e a exigência
de dedicação integral do Farmacêutico à farmácia da rede durante todo o horário de
funcionamento. Trata-se, assim, de iniciativa abrangente, de longo alcance social, por que põe em
cena a dispensação de produtos farmacêuticos à luz da Ciência Farmacêutica, figurando-os como
um bem social a serviço da saúde da população.
Ainda dentro no elenco de ações, o governo criou o Sistema Integrado de Gestão da
Assistência Farmacêutica (SIGAF), pelo qual os farmacêuticos acompanharão o tratamento da
tuberculose, hanseníase, hipertensão, diabetes e saúde mental e farão o acompanhamento fármacoterapêutico dos pacientes, mediante notificação do surgimento de reações adversas a
medicamentos e queixas técnicas. Esse cenário revela grande abertura para o campo da Ciência
Farmacêutica, reivindicando a adequação dos cursos aos novos paradigmas de formação
profissional e às demandas de mercado, sobretudo quando se leva em conta a perspectiva de
tornar farmácias e drogarias concessão pública e, portanto, exigindo do proprietário de tais
estabelecimentos a titularidade de Farmacêutico.
O quadro como aqui apresentado por si só é suficiente para justificar o pleito pela
implantação de um curso que viabilizasse a redefinição da profissão, a partir da construção de
novas estratégias para lidar com outros contextos de trabalho e, por conseguinte, potenciar a
aquisição de novas competências e habilidades ajustadas aos tempos atuais. Em adição, acentua-se
que a organização dos serviços de saúde do município de Almenara compreende a rede hospitalar
e ambulatorial que tende a expandir-se de modo a acolher melhor a demanda dos municípios
vizinhos, cada vez mais ampliada, o que configura um mercado propício à geração de novos
postos de trabalho.
A proposta do Curso da Alfa pretende, pois, encaminhar-se para a formação integral e
cidadã de um profissional preparado para ingressar-se na contingência de um mercado de
trabalho dinâmico e competitivo e que dele serão exigidas não apenas habilidades técnicas
circunscritas à profissão, mas também uma visão crítica, criativa a investigadora no campo da
Ciência Farmacêutica.
Por fim, reconhecendo que a saúde do indivíduo e da população guarda estreita
vinculação com o mundo onde vivem, sendo a síntese de seus valores, seus recursos e das
condições de vida, a Faculdade de Almenara, pela sua Mantenedora, apresenta esta proposta
convicta de estar contribuindo com a formação de Farmacêuticos empreendedores e aptos a
intervir, afirmativamente, nos caminhos do desenvolvimento da sociedade e do país.
16
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
3 - DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
Ao abrigo dos postulados do artigo 43 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o
ensino superior deve pautar-se na formação plural e integral do cidadão para atuar em sua área
profissional e no processo de transformação social, com condições efetivas de perceber a realidade,
de questioná-la diante do conjunto de conflitos que emergem da conjuntura social contemporânea.
A Alfa tem procurado conduzir sua política educacional embasada na projeção do que
elegeu por missão e objetivos – o desenvolvimento integral do educando –, prevendo uma
formação referendada em valores humanos para a sustentação de uma sociedade mais justa e
menos desigual, e organizada para conter núcleos interdisciplinares e transdisciplinares orientados
pela flexibilização e pela integração de conteúdos.
Ante a complexidade e a dimensão da ação educacional que ora se quer efetivamente
implementar, a Alfa convenciona como compromisso priorizar a estruturação de um projeto
político-pedagógico global, cujas diretrizes sirvam de referencial para a elaboração dos projetos
pedagógicos específicos dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação e extensão
que venha oferecer no seu percurso futuro. Desse modo, assume como diretrizes referenciais do
projeto político-institucional as que se seguem:

favorecer a interação com a comunidade de referência, firmando o compromisso social
como instrumento de dinamização das qualificações técnico-profissional e humana,
reafirmando assim seus valores e princípios no desenvolvimento de sua missão;

propiciar ao discente uma formação sólida dos conhecimentos básicos de sua área de
estudo, pautada pelos princípios democráticos, de respeito à pluralidade de idéias, à
diversidade política, cultural e científica, facultando meios para a reflexão sobre o
processo de construção do conhecimento e dos seus usos de maneira ética no mundo
do trabalho;

contribuir para o entendimento de que o ensino deve estar centrado na relação
estabelecida entre professor e aluno, percebidos como sujeitos fundamentais para a
troca de saberes, troca esta responsável pela superação do senso comum na construção
do conhecimento;

garantir a indissociabilidade entre os objetivos a conhecer e a ação dos sujeitos que
procuram compreendê-los, possibilitando a dinâmica entre teoria e prática,
interagindo saberes para que se possam construir competências e habilidades
profissionais visando a uma intervenção eficaz no contexto ocupacional;

estabelecer prioridade na estruturação de currículos contextualizados, a partir do
entendimento de que o conhecimento, como prática humana, se constrói
processualmente no dia-a-dia, utilizando-se de metodologias baseadas no diálogo e na
troca de experiências;

promover ações extensionistas como fundamento da cultura institucional, ampliando à
comunidade as conquistas e benefícios do ensino, da pesquisa e da produção cultural, e
assimilar o conhecimento gerado na comunidade para, após sistematizá-lo em bases
científicas, torná-lo acessível a todos;

possibilitar a prática do fazer coletivo como expressão do desejo e das ações dos
membros da comunidade acadêmica, a partir do desenvolvimento da capacidade e
atitudes de interação, comunicação, cooperação, autonomia e responsabilidade;
17
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA

conceber a formação como articulação entre as competências técnica e científica,
artística, ética e política, e a capacidade de transformar a realidade, visando à
igualdade social.
É nessa direção que a Alfa conduz seus esforços buscando:

priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

promover uma constante avaliação de suas atividades de ensino com vistas ao
desenvolvimento de métodos que produzam a efetiva qualidade no ensino ministrado;

realizar pesquisas junto à comunidade objetivando captar seus interesses, aspirações e
necessidades;

atualizar seus projetos pedagógicos de acordo com as necessidades de mercado e
aspirações da comunidade, bem como das diretrizes curriculares nacionais;

formar um corpo docente de significativa qualificação mediante capacitação e
aperfeiçoamento, bem como contratação de profissionais devidamente habilitados.
Essas diretrizes requerem a participação de toda comunidade acadêmica no
acompanhamento e supervisão dos projetos educacionais encetados, mediante atitudes e
procedimentos pedagógicos variados manifestados ao longo da prática educativa e que deverão
concretizar-se a partir de:

uma estrutura organizacional simétrica;

utilização de metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem nas quais o saber e o
fazer se constituam uma só unidade, podendo realizar-se em espaços extramuros;

um processo progressivo de avaliação da aprendizagem, de forma a garantir o
resultado projetado para o processo de ensino-aprendizagem e inserção do profissional
em formação no seu ambiente social.
4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E INSTÂNCIAS DE DECISÃO
4.1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Conforme demarcada no Regimento, a estrutura organizacional e as instâncias de decisão
da Alfa seguem um modelo de gestão colegiada, mediante o qual se busca abrir possibilidades à
participação dos vários segmentos que compõem a comunidade acadêmica nas decisões e no
gerenciamento da Instituição. Ainda, reserva-se espaço para o diálogo com representantes da
comunidade externa e do setor público, com o objetivo de responder adequadamente às demandas
dos cidadãos e da sociedade em geral no âmbito dos programas educacionais que oferece.
Em termos da concepção gerencial e das interfaces com a missão e os objetivos traçados,
trata-se de uma estrutura com poucos níveis hierárquicos e integra-se com simplificação dos
processos administrativos, o que facilita sua compreensão e propicia celeridade a seu
funcionamento. É sem dúvida, uma estrutura que se caracteriza pela leveza funcional, sem
contudo perder o controle gerencial e de forma mais aproximada à sua clientela interna e externa.
De fato, a estrutura da Alfa obedece a uma disposição dos órgãos que potencializa a
gestão participativa, quando se estabelece presença efetiva de representantes de todos os seus
segmentos nas decisões prioritárias como integrantes dos colegiados para isso constituídos. Como
18
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
resultado, obtém-se uma indispensável sinergia dos diversos segmentos institucionais em função
da integração de projetos e atividades inter e multidisciplinares de ensino, pesquisa e extensão.
Como se observa, a organização estrutural da Alfa é constituída por três níveis
hierárquicos de decisão, a saber:
▪ órgãos deliberativos e normativos: responsáveis, em última instância, pela condução e
supervisão das ações institucionais em termos de missão e objetivos, à luz das diretrizes
da Entidade Mantenedora.
▪ órgãos executivos: que respondem pela administração básica e acadêmica mediante o
desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão;
▪ órgãos de apoio acadêmico-administrativo: com a finalidade de dar apoio
administrativo e técnico às instâncias superiores e à administração básica.
A estrutura organizacional da Alfa é retratada no organograma a seguir, que denota
graficamente as inter-relações hierárquicas estruturais dos órgãos que a compõem.
4.2 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
Os órgãos colegiados assumem seus encargos de natureza consultiva, deliberativa e
normativa na definição das diretrizes didático-científicas, administrativas e disciplinares, cuja
composição e atribuições exprimem as inter-relações estruturais no âmbito geral da Instituição. São
eles: o Conselho Superior e os Colegiados de Curso.
▪ O Conselho Superior – instância soberana de natureza deliberativa, normativa,
consultiva e recursal da Faculdade, com competências básicas para propor ações voltadas à
melhoria das atividades de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços; supervisão e
aperfeiçoamento do projeto político-pedagógico; qualificação dos recursos humanos e daquelas
atividades que objetivam resguardar os interesses da Instituição e qualificá-la no âmbito da
comunidade externa.
▪ O Colegiado de Curso – definido como fórum pedagógico em razão da natureza de suas
competências responde pela fixação das diretrizes didático-pedagógicas do curso a que pertence,
bem assim pelo desenvolvimento do perfil profissiográfico de seus formandos, observadas as
normas pertinentes. Firma-se como espaço destinado à coordenação pedagógica envolvendo
estudo, planejamento, socialização de experiências metodológicas; elaboração e organização de
projetos, eventos, seminários e outras iniciativas demandadas no cotidiano do curso. Na sua
composição se contempla a totalidade dos docentes que ministram aulas no curso e representação
expressiva do corpo discente.
A composição, atribuições e competências dos órgãos colegiados, de acordo com
dispositivo regimental, são transcritos na seqüência.
“Art. 6º. O Conselho Superior (Consup), instância máxima de natureza deliberativa, normativa,
consultiva e recursal, é assim constituído:
I - pelo diretor-geral, seu presidente nato;
II - pelo diretor acadêmico;
III - pelo coordenador-geral do Instituto Superior de Educação;
IV - pelo coordenador de assuntos especiais;
V - pelos coordenadores de curso e de órgãos de natureza acadêmica formalmente criados;
19
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
VI - por 2 (dois) representantes do corpo docente, indicados por seus pares, para mandato de um
ano, podendo ser renovado;
VII - por 1 (um) representante do pessoal não docente, indicado por seus pares para mandato de
1(um ano), podendo ser renovado;
VIII - por 1 (um) representante da Mantenedora, por ela indicado para mandato de 1(um ano);
IX - por 1 (um) representante da comunidade, escolhido pelo diretor-geral, mediante indicação das
entidades de classe do município, em lista tríplice, para mandato de um ano, admitida uma recondução por
igual período;
X - por 1 (um) representante do corpo discente, indicado pelo órgão de representação estudantil,
para mandato de 1 (um) ano, permitida uma recondução;
Parágrafo único. A escolha do representante estudantil deve recair em aluno regularmente
matriculado, com desempenho acadêmico satisfatório e freqüência mínima de setenta e cinco por cento
(75%) nas aulas das disciplinas que esteja cursando e que venha a cursar durante o exercício do mandato.
Art. 7º. O Conselho Superior reúne-se, ordinariamente, no início e final de cada período letivo e,
extraordinariamente, quando convocado por seu presidente por iniciativa própria ou a requerimento de 2/3
(dois terços) dos membros que o constituem.
Art. 8º. Compete ao Conselho Superior:
I - deliberar sobre:
a) o planejamento, supervisão e avaliação das funções de ensino, pesquisa e extensão e das
atividades de gestão e apoio acadêmico-administrativo;
b) a instituição e extinção de cursos de graduação, pós-graduação, cursos seqüenciais e de
extensão, mediante prévia autorização dos órgãos competentes do Sistema Federal de Ensino;
c) as atividades de pesquisa, extensão, monografia e programa de iniciação científica;
d) os estágios supervisionados, atividades científico-culturais, estudos independentes e trabalhos
monográficos, dissertações ou teses;
e) disciplinar a realização do processo seletivo para ingresso nos cursos e nos programas de
educação superior;
f) a efetivação de matrículas, transferências, trancamento de matrículas, avaliação de
aprendizagem, aproveitamento de estudos, regime especial e diplomação de alunos regulares e nãoregulares;
II - a proposta de orçamento anual, para posterior encaminhamento à Mantenedora;
III - as normas e instruções que norteiam o processo de avaliação institucional;
IV - a política de recursos humanos da Alfa, submetendo-a a aprovação da Mantenedora;
V - coordenar a elaboração, implantação e revisão do Plano de Desenvolvimento Institucional –
PDI, em consonância com os projetos pedagógicos dos cursos, à luz das normas legais em vigor;
VI - fixar o calendário acadêmico semestral;
VII - decidir sobre os recursos interpostos de decisões dos demais órgãos da Alfa em matéria
didático-científica e disciplinar;
VIII - deliberar sobre o relatório anual das atividades institucionais;
IX - deliberar sobre a concessão de distinções acadêmicas e sobre a instituição de símbolos e marcas
para o uso de suas comunidades acadêmica e administrativa;
X - autorizar acordos e convênios propostos pela Mantenedora, com entidades nacionais ou
estrangeiras, que envolvam o interesse institucional;
XI - aprovar, na sua instância, o Regimento da Alfa, suas alterações e emendas, submetendo-os à
aprovação do órgão competente do Ministério da Educação;
XII - exercer as demais atribuições que lhe sejam previstas em lei e neste Regimento.”
20
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
“Art. 20. A coordenação didático-pedagógica de cada curso está a cargo do Colegiado de Curso,
órgão deliberativo e consultivo, e são integrados pelos seguintes membros:
I - o Coordenador do curso, seu presidente;
II - os docentes que ministram aulas no curso;
III - dois alunos do curso, indicados por seus pares, com mandato de um ano, permitida a
recondução;
IV - um representante do corpo técnico e administrativo, entre os responsáveis por atividades
técnicas diretamente vinculadas aos programas/atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso, com
mandato de um ano, permitida a recondução.
Art. 21. Ao Colegiado de Curso compete:
I - propor, para posterior aprovação do Conselho Superior, o projeto pedagógico, os programas e
planos de ensino das disciplinas do curso;
II - apreciar projetos de ensino, pesquisa e extensão, ouvida a Diretoria Geral, e acompanhá-los,
direta ou indiretamente, depois de aprovados pelo Conselho Superior, e quando implicarem novas despesas
não previstas no orçamento anual, mediante aprovação da Mantenedora;
III - emitir parecer sobre o plano anual de trabalho, elaborado pelo coordenador de curso em ação
compartilhada com os docentes vinculados ao curso, do qual constem a proposta orçamentária e o
calendário previsto referente às atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão atinentes ao curso;
IV - elaborar estudos e planos de modificações curriculares, objetivando o aperfeiçoamento do
curso, ouvido o corpo docente a ele vinculado;
V - apreciar programas de produção acadêmica e de pesquisa inerentes às áreas do saber abrigadas
pelo curso, elaborados pelos docentes vinculados ao curso e pelo seu coordenador;
VI - propor medidas para desenvolvimento e aperfeiçoamento de metodologias próprias ao
processo de ensino-aprendizagem;
VII - propor a admissão de monitor e de bolsistas de iniciação científica e indicar as carências nesta
área, obedecidas as normas estatutárias e regimentais;
VIII - promover, em articulação com a Diretoria Acadêmica, a avaliação institucional das
atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como a avaliação do desempenho docente e propor medidas
que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem;
IX - desenvolver ação integrada com os órgãos técnicos e de apoio da Faculdade, para melhor
desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão;
X - opinar sobre admissão, promoção e afastamento de docentes do curso;
XI - deliberar sobre a organização e administração dos laboratórios e de outros recursos didáticos,
quando estes integrarem as atividades de ensino e de pesquisa no âmbito da Coordenação do Curso;
XII - propor normas de funcionamento dos estágios curriculares;
XIII - pronunciar-se, em grau de recurso, sobre aproveitamento de estudos e adaptações
curriculares de alunos transferidos e diplomados;
XIV - na esfera de sua competência, exercer as demais atividades previstas no arcabouço jurídicoinstitucional da Faculdade, ou que lhe sejam determinadas por decisão dos órgãos superiores.
Art. 22. O Colegiado de Curso reúne-se, ordinariamente, em datas fixadas no Calendário
Anual da Faculdade e, extraordinariamente, quando convocado pelo coordenador de curso, por
iniciativa própria, por solicitação superior, ou a requerimento de 1/3 (um terço) de seus
membros.”
21
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
5 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA
5.1 – CONDIÇÕES DE GESTÃO
O processo de gestão acadêmica da Alfa, como já mencionado, orienta-se por princípios
que favorecem o trabalho participativo envolvendo decisões colegiadas. Para tanto, em dispositivo
regimental estabelece-se o Colegiado de Curso como órgão deliberativo e consultivo, ocupando-se
das questões técnico-pedagógicas pertinentes ao ensino, pesquisa e atividades de extensão.
Integrado pelo Coordenador do Curso, pelos docentes que dele fazem parte e representação
discente, tem como principais atribuições:
• avaliar e deliberar sobre o projeto pedagógico do curso;
• emitir parecer sobre todo o material técnico, pedagógico e científico relacionado ao
curso;
• propor medidas para a melhoria da qualidade do ensino;
• deliberar sobre os programas do curso, observadas as diretrizes do projeto acadêmico;
• estabelecer planos, programas e projetos que contribuam com o enriquecimento do
curso;
• disciplinar o desenvolvimento das práticas profissionais
supervisionados, monografias e atividades complementares.
e
dos
estágios
O gerenciamento do Curso de Farmácia é da competência da respectiva Coordenação de
Curso, que mediante a atuação do seu coordenador incumbe-se da gestão, do acompanhamento e
supervisão das atividades acadêmicas, sendo apoiado por outros setores da instituição: Núcleo de
Projetos Especiais, Secretaria Acadêmica, Laboratórios, Biblioteca e demais setores que, de uma
forma ou de outra, dão suporte ao processo de ensino-aprendizagem.
Estão previstas, desde o início do Curso, reuniões mensais com o seu coordenador, os
professores e representantes do corpo discente. Nessa ocasião, serão discutidos assuntos da
competência dos docentes e de interesse dos discentes, serão avaliados procedimentos de ensinoaprendizagem e examinada a necessidade de ajustes e atualização dos conteúdos curriculares,
entre outros assuntos que possam resultar em indicadores de acompanhamento e avaliação do
Curso e da própria Instituição.
Quanto à participação docente na gestão acadêmica, no momento de sua contratação
cada professor assume o compromisso de dedicar-se à ministração de aulas e à Instituição,
seguindo um plano de trabalho acadêmico que inclui, conforme cada caso, atendimento a alunos,
atividades de pesquisa, extensão e outras gestões de natureza acadêmico-administrativa.
5.2 – INSTÂNCIA E MECANISMOS DE CONTROLE ACADÊMICO
A organização interna de apoio à administração superior da Alfa orienta-se nos conceitos
de eficiência econômica e eficácia técnica, com o propósito de se atingir resultados de
produtividade desejáveis, como garantia de efetivo cumprimento das funções institucionais.
Nesse sentido, os órgãos de apoio com atribuições de dar sustentação às atividades
acadêmicas atuam, essencialmente, dando suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão. O
controle acadêmico segue normas regimentais e abrange aspectos quanto ao ano letivo, à
matrícula, ao aproveitamento de estudos, trancamentos, freqüências, notas, aprovação e
reprovação, entre outros.
22
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Pela importância singular que deve assumir numa instituição de ensino superior, merece
ressaltar o papel da Secretaria Acadêmica como instância responsável pela organização,
centralização e supervisão dos registros atinentes à rotina acadêmica, incumbindo-se para que eles
sejam feitos de forma rápida, confiável e eficiente tanto no atendimento ao público interno quanto
externo.
Entre as atribuições da Secretaria Acadêmica mencionam-se as principais:
▪ processos de admissão e matrícula e transferência dos alunos;
▪ análise de solicitações de reabertura e trancamento de matricula, isenção de disciplinas
e emissão de pareceres ou encaminhamentos dos mesmos aos órgãos competentes;
▪ preparação dos procedimentos relativos à colação de grau e à documentação necessária
à emissão do diploma e demais documentos escolares, atestados, certificados;
▪ controle de eventos acadêmicos;
▪ organização dos arquivos de documentação dos alunos e do controle acadêmicoadministrativo (diários, atas etc.), gerenciando sua atualização;
▪ manutenção atualizada de todos os lançamentos e alterações de graus e freqüência no
histórico escolar;
▪ verificação da autenticidade dos documentos escolares apresentados pelos alunos.
O horário de funcionamento da Secretaria Acadêmica da Alfa é compatível com o
horário dos turnos dos cursos e, por estar informatizada, faz com que esse atendimento seja rápido
e eficaz. Os dados e as informações disponíveis são constantemente atualizados adequando-se ao
planejamento acadêmico.
Para obtenção de dados e informações acadêmicas e financeiras, o discente tem acesso aos
componentes curriculares em que estão matriculados, ao histórico escolar, às datas e notas das
provas, ao quadro de horário, aos cursos oferecidos pela Instituição, além da oferta de estágio.
Para maior comodidade, o aluno terá possibilidade de fazer, via on-line, a renovação de matrícula e
obter, na coordenação do curso, outras informações de seu interesse, inclusive a definição dos
mecanismos de nivelamento individualizado.
23
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO
6.1 - BREVE REFERÊNCIA SOBRE A SAÚDE DO PAÍS E REGIÃO
O Brasil é um país de dimensões continentais e sua população guarda características
profundamente desiguais do ponto de vista econômico-financeiro, social e cultural. O modelo
econômico praticado há vários anos, além de outros fatores, tem se mostrado incipiente para
solucionar problemas de distribuição de renda, o que resulta no agravamento das desigualdades
sociais, desemprego, violência e pobreza da população, sobretudo nos bolsões de miséria, tais
como se verifica na região de influência da instituição – o Baixo Jequitinhonha. Ressente-se de um
modelo de desenvolvimento capaz de assegurar a utilização de todo seu potencial e da
autodeterminação de seu povo.
Por outro lado, a população brasileira apresenta quadros nosológicos distintos como
reflexo das condições desiguais de desenvolvimento socioeconômico. Ao mesmo tempo em que
ainda se registra índice significativo de morbi-mortalidade infantil, tendo como causa básica a
desnutrição e o aumento das doenças parasitárias, ocorre também o crescimento de doenças
crônico-degenerativas.
Acresça-se a isto o fato de que grande parte dessa população não tem sido atendida em
seus problemas de saúde mais simples, que correspondem a cerca de 80% da demanda global de
atendimento. As doenças crônico-degenerativas presentes nas sociedades industrializadas
formam, junto com aquelas produzidas por condições sanitárias precárias, um quadro que exige
intervenção na esfera da macroestrutura. Ressurgem doenças tidas como controladas – cólera,
dengue, tuberculose – e verifica-se a urbanização de doenças oriundas do meio rural.
Na verdade, o perfil epidemiológico do país ressente-se a presença de doenças
controláveis, até doenças como diabetes, as cardiovasculares, os AVC e a própria Aids com
presença significativa, sobretudo entre as mulheres. Fatores como as condições ambientais e o
perfil de renda da população contribuem para o agravamento dessa realidade. Os aspectos
demográficos, também de influência capital nesse contexto, mostram que as mudanças na
estrutura populacional (envelhecimento) e na distribuição espacial (urbanização) repercutem
fortemente na área da saúde.
Quanto às condições ambientais, a precariedade ou mesmo a inexistência de saneamento
básico aliada às más condições habitacionais, principalmente na periferia das cidades e no meio
rural, são determinantes da má qualidade de vida. Acresça-se a esse cenário o problema da
chamada população flutuante, constituída de famílias inteiras que deixam o meio rural buscando
melhores condições de vida nas cidades e, sem teto e sem trabalho, aumentam o contingente dos
que vivem nas ruas. Por fim, o uso indiscriminado de defensivos agrícolas, a poluição industrial,
os grandes períodos de estiagem constituem agravos ao meio ambiente de imediata repercussão
nas condições de saúde.
De um modo geral, a população brasileira possui um perfil de renda baixo e as
implicações no que diz respeito ao risco de adoecer e morrer se aliam ao fato de que a imensa
maioria das famílias não tem condições de assumir quaisquer ônus financeiros pelos cuidados com
sua saúde. O reconhecimento da saúde, portanto, como direito inalienável do cidadão e dever do
Estado tem de traduzir-se por meio da universalização e equidade de acesso aos serviços de saúde.
A situação destes, porém, persistem em apontar um quadro de baixa cobertura, além de
disparidades regionais, urbano/rural e entre grupos sociais de acordo com a renda que
apresentam.
24
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
A Constituição de 88, no que diz respeito às diretrizes políticas na área de Saúde, traz
como pressupostos básicos os princípios de universalidade (saúde para todos), eqüidade
(assistência igualitária), integralidade das ações (eliminação de dicotomias: hospital/ambulatório,
individual/coletivo, curativo/preventivo) e resolutividade (ações de caráter efetivo e resolvente)
na assistência à saúde, assim como a participação popular no controle dos serviços prestados. Tais
diretrizes propõem, além da descentralização, a hierarquização e a integração institucional nas
diferentes esferas governamentais.
Nesse sentido, os programas de educação superior em Farmácia precisam estar
harmonizados com esse cenário, sob pena dos profissionais que formam não se engajarem na
resolução dos grandes problemas nacionais, entre os quais se inscrevem os da saúde, não se
comprometendo com o estudo e o investimento em estratégias resolutivas inteligentes para os
mesmos, realizando assim um trabalho aquém das expectativas da população assistida.
Diante de tal conjuntura, a competência do Farmacêutico é posta à prova, cabendo-lhe
atuar no sentido de contribuir para a transformação dessa realidade. Mesmo porque a crescente
conscientização dos usuários de serviços de saúde quanto a seus direitos traz uma nova dimensão
no sentido do aprimoramento da qualidade da assistência farmacêutica.
Direcionando a análise para a área que ora nos ocupa – Farmácia –, o Brasil enfrenta
problemas de saúde pública que poderiam ser efetivamente minimizados com a atuação do
profissional farmacêutico. A automedicação, a polifarmácia, o uso irracional de medicamentos
exemplificam tais questões, pois além de exporem riscos à saúde do cidadão, imputam os mesmos
riscos à saúde coletiva. Igualmente importante é o monitoramento de reações adversas, interações
medicamentosas, interações entre fármacos e nutrientes decorrentes do uso de medicamentos, as
quais devem ser notificadas e devidamente investigadas. Ademais, o aviamento da prescrição e a
própria atenção farmacêutica precisam ser estendidos à população, evitando-se a dispensação
imprópria de produtos farmacêuticos.
Por este raciocínio, deduz-se que os Serviços de Saúde de um país não podem responder
às necessidades da população, a não ser que se permita às pessoas o acesso a medicamentos com
qualidade, segurança e eficácia asseguradas.
A pertinência da real necessidade de intervenção do Farmacêutico e a conseqüente
inclusão deste nas equipes de saúde de forma incisiva, em todo o fluxo que vai do medicamento ao
paciente, tem sido oficialmente reconhecida e fomentada pela Organização Mundial de Saúde. Por
sua vez, as organizações farmacêuticas das Américas têm exortado os governos dos seus países a
garantirem às sociedades a participação do Farmacêutico em setores de maior impacto para a
saúde, a exemplo das farmácias comunitária e hospitalar. A estratégia faz parte do documento
titulado "Declaração das Américas sobre a Profissão Farmacêutica e seu impacto nos Sistemas de
Saúde", produzido pela Federação Farmacêutica das Américas (Fepafar) e que tem como
signatárias as mais representativas organizações farmacêuticas das Américas do Sul, Central e do
Norte.
No interior de suas considerações, o documento pontua que o aumento da expectativa e
da melhora da qualidade de vida da população em geral, face aos avanços das Ciências da Saúde,
em particular a médica e a farmacêutica, incrementaram a demanda por serviços de saúde e o
consumo de medicamentos, cujos custos resultam um significativo aumento de gastos. Com efeito,
o fato requer prioritária e oportunamente a adoção de estratégias farmacoeconômicas
institucionais e nacionais, levando-se em conta os critérios profissionais farmacêuticos.
Tomando-se em conta a diversidade de possibilidades de atuação do Farmacêutico
associada à função social que lhe é conferida, evidencia-se a importância de sua qualificação
25
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
profissional, devendo corresponder às expectativas postas dentro de sua especificidade, de forma
objetiva e concreta, na assistência, na administração da assistência, no ensino e na investigação,
seja no campo da saúde ou no domínio da Ciência Farmacêutica, particularmente.
6.2 - CONCEPÇÃO DO CURSO
Concebido em conformidade com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a presente
proposta do Curso de Farmácia da Alfa tem como premissa básica a orientar suas ações a assertiva
de que educar é um ato político, por empenhar-se na formação do cidadão para uma sociedade
mais justa e solidária. Com ela, atribui-se a responsabilidade com uma formação integral, com o
resgate ético como traço de conduta pessoal e profissional e as mudanças nas relações
interpessoais em contextos ajustados às contingências da contemporaneidade. Associa a estes
pressupostos um sentido ampliado de educação que considera a saúde condição de cidadania e de
melhor padrão de vida para a população. E na concepção da educação farmacêutica,
especificamente, preconiza-se como eixo básico da formação os seguintes aspectos:
▪ dispensação de produtos farmacêuticos, incluindo o atendimento ao cidadão, a
orientação e a venda;
▪ assistência farmacêutica como direito de todos os clientes, a ser dispensada de acordo
com suas necessidades, por meio da detecção, da prevenção e resolução dos problemas
e demandas apresentados;
▪ estado da arte da produção de medicamentos e cosméticos em escala artesanal e
industrial;
▪ lei dos medicamentos genéricos, que ressalta a responsabilidade no atendimento e a
orientação ao cliente enfatizando os princípios éticos nessa atuação.
Consentaneamente, o curso deve garantir ao egresso atitudes consentâneas com os
paradigmas e as diretrizes da política de saúde vigentes, sendo preparado para atuar no SUS de
forma multiprofissional na integralidade da assistência à saúde de indivíduos e grupos, tendo por
referenciais os perfis epidemiológicos populacionais da região do Baixo Jequitinhonha e daqueles
mais significativos no âmbito nacional.
São convicções que procedem da compreensão de que o processo educativo em Farmácia
deve certificar a função do Farmacêutico como componente chave do sistema de saúde,
privilegiando-se a capacitação permanente ratificada sempre pela reflexão sobre o conhecimento
científico sistematizado e validado pela tecnologia e competência técnica neste domínio do saber.
Em linha com esse entendimento, cogita-se um profissional de perfil generalista, dotado
de visão global, ética, crítica, humanística, articulado com as dimensões socioeconômica, política,
ecológica, psicológica, biológica, entre outras. Um Farmacêutico preparado para um desempenho
em âmbito assistencial e gerencial; em atividades de auditoria, assessoria e consultoria; no
planejamento, na organização, coordenação, execução e avaliação de estratégias de prevenção de
doenças e promoção da saúde; na recuperação e reabilitação de enfermidades que afetam, com
maior freqüência, indivíduos e coletividade.
Com o propósito de responder às demandas e aspirações da comunidade local e regional,
o curso de Farmácia da Alfa prima por uma formação contextualizada, que possibilite também
debelar questões que repercutem sobre: o agravamento das situações de pobreza e exclusão social;
a elevada incidência e as ameaças recorrentes de surtos epidêmicos; a periodicidade das endemias
e, ainda, sobre o perfil demográfico regional caracterizado pelo aumento da população idosa.
26
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
A orientação pedagógica do curso busca fomentar o entendimento de que o aprendizado
e a praxe em Farmácia, além das ações farmacológicas, reações adversas, interações
medicamentosas, a orientação ao paciente sobre o cumprimento da prescrição, o uso racional dos
fármacos e o tratamento farmacológico da sua patologia, inclui o desenvolvimento de
competências de ordem social, ou seja, o aprender a conviver com o outro de maneira solidária,
preservando o sentido ético das relações na coletividade.
Vale neste ponto ratificar que as ações fundamentais para averiguar as condições de
saúde da população, no seu sentido mais amplo e num país de exclusões tão gritantes, impõem
desafios relacionados a questões relativas a saneamento básico e, de modo particular, ao uso
irracional de medicamentos, à dispensação imprópria de produtos farmacêuticos, às reações
adversas por interações medicamentosas, à disponibilidade e qualidade de fármacos e produtos
alimentícios, à dependência de insumos importados. São questões que se atrelam ao
desenvolvimento de procedimentos e produtos tecnológicos e à implementação de programas
educativos, entre outros, centrados em mecanismos que possam corroborar sua validade pelo
cuidado com a conservação do meio ambiente e poder efetivamente contribuir na formação
integral do educando.
A capacitação do Farmacêutico da Alfa há de resultar, portanto, da integração de várias
competências – cientifica, técnica, relacional, humanística – conformando-se com base em um
ensino de natureza tridimensional que envolva conhecimentos, habilidades e atitudes. Isto implica
a articulação permanente entre ensino, pesquisa e extensão, tendo como premissa um percurso de
educação continuada ao longo da vida profissional.
Nesse sentido, os conteúdos objeto de estudo encontram fundamento nas Ciências Exatas,
Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Humanas e Sociais, além da Ciência Farmacêutica,
obviamente. A integração destas dar-se-á de forma a alcançar o perfil profissional projetado no
escopo dos temas definidos para cada componente curricular, mediante um exercício dinâmico de
ensino-aprendizagem que se iniciará desde o primeiro semestre do Curso.
Do mesmo modo, o avanço tecnológico instrumental e a busca por um sistema de
qualidade cada vez mais eficiente, tanto em diagnósticos em análises clínicas, bem como em
controle de qualidade físico-químico de matéria prima ou produtos acabados ou na indústria
alimentícia, obriga o farmacêutico a ter contato direto com novas formas e metodologias de análise
nas quais o conhecimento científico faz-se cada vez mais necessário.
Um perfil assim conformado requer um modelo curricular integrado e um processo de
ensino-aprendizagem interativo, interdisciplinar e contextualizado visando à construção dos
conhecimentos e assimilação pelo aluno. Significa dizer, um currículo em que as áreas de
medicamento, de análises clínicas e de alimento imponham-se como base à efetivação da
assistência farmacêutica nas suas diversas áreas, e onde a compreensão de procedimentos que
considerem sinais e sintomas, anamnese farmacêutica, eficácia, segurança e relação
custo/benefício conduzam à sistematização e caracterização da intervenção no campo da
farmacologia.
Por esse embasamento, o aluno pode iniciar desde logo experiências de campo nos
segmentos da parasitologia, microbiologia, higiene e saúde pública associadas a levantamentos
epidemiológicos, à padronização de medicamentos, à atenção farmacêutica e ao estudo de
questões nutricionais.
Os conteúdos programáticos encontram-se distribuídos na matriz curricular na
perspectiva de conferir maior agilidade, flexibilidade e articulação dos conhecimentos criando
27
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
canais de integração horizontal, que leva à interdisciplinaridade dos conteúdos, e vertical
reduzindo, por esse viés, os limites entre o universo acadêmico e o mundo do trabalho.
As atividades de cunho prático têm sua organização definida de maneira coadunada com
a comunidade na atenção primária à saúde, devendo envolver unidades básicas e outros espaços
institucionais, tais como: escolas, postos de saúde, laboratórios, entidades assistenciais; na
assistência secundária e terciária: ambulatórios, hospitais, farmácias, laboratórios, além dos
programas e projetos de extensão, pesquisa, prestação de serviço à população. O elenco de
atividades destina-se a favorecer o “aprender fazendo”, sendo implementadas sob diferentes
modos: aulas envolvendo práticas farmacêuticas, estágios supervisionados, atividades
complementares, trabalho de conclusão de curso entre outros.
Na operacionalização do currículo optar-se-á por estratégias metodológicas que explorem
a construção do conhecimento farmacêutico, estimulando o professor a combater a aceitação
silenciosa de suas opiniões, rejeitando uma postura de inibição de saudáveis inquietações pelo
simples argumento da autoridade. Dessarte, o professor é transformado num interlocutor e
mediador, que por sua maior experiência com a tradição farmacêutica apontará ao aluno os
melhores rumos a seguir. Ademais, serão estimuladas metodologias didáticas diversificadas que
privilegiem atividades demonstrativas, a pesquisa e a extensão e conduzam o aluno à aquisição da
capacidade de análise e articulação de conceitos e argumentos, a desenvolver habilidades para
trabalhar em grupo e individualmente. Trata-se de uma atitude didático-pedagógica que gestará,
quando menos, um profissional diferenciado, capaz de manipular o que está pronto e também de
repensar e reconhecer os próprios preconceitos e aqueles atribuídos “a priori” ao saber
farmacêutico.
Em resumo, pretende-se que o currículo certifique os princípios de contextualidade, de
densidade científica, de articulação do processo pedagógico e uma postura ética como indicadores
de uma formação qualificada em Farmácia que, centrada numa visão do ser humano em sua
integralidade e complexidade, reconhece a saúde como direito e condição digna de vida. Assim, o
processo saúde/doença passa a ser percebido como componente de um todo, e por isso
determinante sobre cada uma das partes, considerando que fatores de ordem local, social,
econômica, cultural têm importância inequívoca nesse devir.
A Alfa espera, com base nos pressupostos delineados neste documento, contribuir
efetivamente com a formação qualificada do Farmacêutico, atendendo ao modelo de flexibilização
curricular preconizado pelas diretrizes curriculares do Ministério da Educação e em consonância
com as demandas que emergem do contexto social, onde tal proposta será por certo implementada
exitosamente.
6.3 - OBJETIVOS DO CURSO
A Alfa estima ser seu dever organizar-se como espaço de vida, de produção de
significados para compreender e intervir no contexto em que atua e serve, singularizado por sérios
problemas sociais, especialmente no que tange à saúde pública. Assim, toma como ponto de
partida a investigação e reflexão constantes sobre essa mesma realidade, na perspectiva de dar
maior sentido a suas ações como instância educacional possibilitadora das mudanças que a
sociedade espera.
Com efeito, a efetivação da proposta do curso de Farmácia da Alfa, tal como concebida
neste documento, deverá ser ratificada pelo alcance do seguinte objetivo geral:
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Promover formação de Farmacêuticos com perfil generalista, humanista, crítico e
reflexivo que os tornem aptos a atuar na assistência integral à saúde com base no rigor científico e
intelectual, capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos e medicamentos, às
análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos, e cuja atuação seja
pautada em princípios éticos e na compreensão da realidade do seu meio, direcionando sua
atuação para transformar essa realidade em benefício da sociedade. Adicionalmente, profissionais
dotados de capacidade de comunicação e liderança junto a equipes multiprofissionais, com
competências de administração e gerenciamento de serviços de saúde, voltado ao
desenvolvimento científico, capaz de adquirir, por iniciativa própria, conhecimentos que garantam
uma educação continuada e permanente.
Para a efetivação do objetivo geral, o curso encaminha-se para promover prioritariamente
a consecução dos seguintes objetivos específicos:
▪ envidar esforços para a formação de profissionais capacitados para atuar em diversas
instâncias de sua competência nos sistemas público e privado de saúde, com ênfase no
SUS e em todos os níveis de atenção;
▪ formar valores humanos que atuem efetivamente nos processos de promoção da saúde,
prevenção e diagnóstico de doenças, assim como na terapêutica, enfocando a resolução
e prevenção de problemas individuais e coletivos;
▪ preparar farmacêuticos para prestar assistência integral e de excelência, embasada em
evidências técnicas e científicas no que se refere à seleção, aquisição, dispensação e
monitoração da terapêutica medicamentosa à população, favorecendo seu uso racional
e dirimindo as interações e reações adversas;
▪ preparar o futuro farmacêutico para atuar de forma solidária e cidadã, prezando pela
saúde em um contexto de equipe, envolvendo múltiplos profissionais os quais deverão
trabalhar de forma integrada;
▪ propiciar condições necessárias ao profissional para que o mesmo possa exercer
atividades de controle da qualidade relacionado a processos e produtos farmacêuticos e
correlatos, bem como alimentícios visando à obtenção de produtos seguros e eficazes;
▪ proporcionar formação técnica adequada para que se possa realizar a produção de
fármacos, medicamentos e correlatos, cosméticos e alimentos para os quais já existam
tecnologias de produção definidas, assim como aplicar-se ao desenvolvimento de novos
produtos e processos de produção, ampliando tanto o acesso da população a estes
produtos quanto a capacidade inventiva no cenário nacional;
▪ assegurar os meios para que o egresso se torne habilitado a cumprir todas as
incumbências referentes às análises laboratoriais, clínicas e toxicológicas, conforme os
padrões de qualidade e segurança;
▪ garantir os necessários recursos para que o egresso se capacite a realizar análises de
alimentos, de nutracêuticos, de alimentos de uso enteral e parenteral, suplementos
alimentares, desde a obtenção das matérias primas até o consumo, considerando
inclusive produtos obtidos por biotecnologia.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.4 - PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROFISSIONAIS DO EGRESSO
Cada vez mais a sociedade contemporânea vem impondo uma valoração da qualidade em
saúde que inclui ações voltadas para a humanização da assistência; o respeito à autonomia do
paciente/cliente e a seus direitos, como consumidor dos serviços; à satisfação de suas necessidades
e expectativas individuais; à tecnologia em seu sentido mais amplo e à observância da faculdade
das pessoas na condução das questões envolventes à própria saúde.
Em observância ao que dispõe a legislação do ensino farmacêutico e apoiado nas
condicionantes antes enunciadas neste projeto pedagógico, o curso da Alfa propiciará ao futuro
farmacêutico conhecimentos especializados para fazer jus a competências, habilidades e atitudes
que permitam caracterizá-lo como um profissional generalista e empreendedor, que valoriza a
interdisciplinaridade, com autonomia no pensar e decidir e que seja capaz de intervir em
situações-problema relacionadas à promoção, proteção e recuperação da saúde humana no
universo com que vier a defrontar-se. Dar-se-á ênfase àquelas situações que afetam a região do
Baixo Jequitinhonha, identificando-se as dimensões biopsicossociais que as determinam, com
respaldo nos conhecimentos específicos no domínio do medicamento, das análises clínicas,
toxicológicas e do alimento.
Considera-se, nesse caminho, a observância a um conjunto de competências que
concorram para a qualificação de um profissional de perfil flexível, suscetível de acompanhar
sistemática e criticamente os desafios tecnológicos, as mudanças que ocorrem no mundo do
trabalho e de a elas antepor-se fixando e ampliando espaços, incorporando princípios éticos,
humanísticos e compromisso social e responsabilidade ambiental em benefício da sociedade.
Não se pode ignorar o fato de que o avanço tecnológico instrumental e a busca por um
sistema de qualidade cada vez mais eficiente, tanto em diagnósticos em análises clínicas quanto em
controle de qualidade físico-químico de matéria-prima ou de produtos acabados, ou ainda na
indústria alimentícia, incorporam novas áreas de atuação e obrigam o Farmacêutico a ter contato
direto com formas e metodologias mais avançadas de análise, nas quais o conhecimento científico
faz-se cada vez mais necessário.
Desse embasamento resultará, por certo, um Farmacêutico preparado para trabalhar em
equipes multiprofissionais ou individualmente, na iniciativa privada ou no setor público, como
autônomo ou prestador de serviços, em centros urbanos ou em pequenos municípios, amparado
numa visão global crítico-reflexiva, criativa, transformadora e sintonizada com os princípios que
regem o Sistema Único de Saúde. Assim, lançando um olhar mais detido sobre os campos de
atuação profissional encontram-se nichos de mercado ocupacional em áreas/funções
diversificadas, como as que a seguir se relacionam:
▪ prática da dispensação farmacêutica em drogarias;
▪ exercício de funções administrativas em farmácia magistral, drogarias ou distribuidoras
de medicamentos;
▪ prestação de serviços de atenção farmacêutica em estabelecimentos públicos ou
privados;
▪ desenvolvimento de atividades em diferentes ramos da vigilância sanitária, tais como:
farmacovigilância, controle epidemiológico etc;
▪ exercício de atividades de manipulação de fármacos e cosméticos;
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
▪ organização, gerenciamento e administração de farmácia hospitalar, bem como
manipulação e dispensação de medicamentos e nutracêuticos;
▪ organização, gerenciamento e administração de laboratório de análises clínicas,
realizando ensaios clínicos e emitindo laudos e responsabilizando-se pelos mesmos, de
acordo com a legislação específica;
▪ análise de toxicologia ambiental, ocupacional, forense e outras afins, identificando e
quantificando o agente toxicante;
▪ controle de qualidade da produção e desenvolvimento nas indústrias de medicamentos,
de cosméticos e domissaneantes;
▪ desenvolvimento de tecnologia para processamento de alimentos, controle de
qualidade e conservação;
▪ atuação no magistério superior, observadas as reservas da legislação vigente.
Para dar concreção à formação pretendida, tomam-se como referência, sem pretender ser
exaustivo, as competências e habilidades definidas na supracitada Resolução CNE/CES nº 2/2002,
dispostas em competências gerais, agrupadas segundo sua função ou natureza, e se destinam no
que se relaciona a:
 Atenção à saúde: empreender ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da
saúde tanto em nível individual quanto coletivo, de forma integrada e contínua com as
demais instâncias do sistema de saúde, dentro dos mais altos padrões de qualidade e
dos princípios da ética e bioética; orientar sua prática para a resolução dos problemas
de saúde individuais e coletivos, reconhecendo para isso que os atos técnicos e
tecnológicos são importantes, mas uma atenção integral à saúde não se limita a eles;
 Tomada de decisões: fundamentar em evidências científicas e em variáveis
administrativas a capacidade de tomar decisões, visando o uso apropriado, a eficácia e
o custo-efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de procedimentos e de
práticas.
 Comunicação, informação e interação: desenvolver a comunicabilidade em todas as
suas manifestações verbal, não-verbal, escrita, virtual na interação com outros
profissionais e a comunidade, mantendo a confidencialidade das informações; valorizar
e realizar o registro adequado de informações como um instrumento importante para
conferir qualidade aos serviços; relacionar-se com as pessoas estabelecendo atitudes de
respeito e cordialidade como mecanismo importante para o crescimento interpessoal.
 Liderança: desenvolver atitudes empreendedoras e posições de liderança, tendo em
vista a qualidade da atenção à saúde e da atenção farmacêutica em benefício da
comunidade; exercer liderança adotando como principais instrumentos o compromisso,
a responsabilidade social, a empatia, a tomada de decisão, a iniciativa e o
gerenciamento efetivo de situações e problemas.
 Gestão: favorecer ações para gerenciamento e administração dos valores humanos e
dos recursos físicos e materiais, reconhecendo o papel social do farmacêutico para atuar
em atividades de política e planejamento em saúde, dentro dos princípios e diretrizes
do Sistema Único de Saúde.
 Educação permanente: incentivar a aprendizagem continuada, estimulando e
desenvolvendo a mobilidade acadêmico-profissional tanto no que diz respeito à
própria formação, quanto às das futuras gerações, inclusive fomentado a cooperação
31
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
por redes nacionais e internacionais; promover o compartilhamento dos saberes e
práticas, visando o benefício da aprendizagem profissional contínua.
● Competências e habilidades específicas:
 conhecer os problemas de saúde pública em nível local, regional e nacional;
 dominar a legislação farmacêutica e o código de ética profissional;
 desempenhar funções de dispensação ou manipulação de fórmulas magistrais e
farmacopeicas, quando a serviço público em geral ou mesmo de natureza privada;
 respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional;
 atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de
promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e
comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o;
 atuar multiprofissionalmente e interdisciplinarmente com extrema produtividade na
promoção da saúde, baseado na convicção científica, de cidadania, ética e bioética;
 reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir
a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações
e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em
todos os níveis de complexidade do sistema;
 exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma
forma de participação e contribuição social;
 conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e
científicos;
 desenvolver assistência farmacêutica individual e coletiva;
 atuar na pesquisa, desenvolvimento, seleção, manipulação, produção, armazenamento
e controle de qualidade de insumos, fármacos, sintéticos, recombinantes e naturais,
medicamentos, cosméticos, saneantes e domissaneantes e correlatos;
 atuar em órgãos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional e de
aprovação, registro e controle de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes
e correlatos;
 atuar
na avaliação toxicológica de
domissaneantes, correlatos e alimentos;
medicamentos,
cosméticos,
saneantes,
 realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por
análises clínico-laboratoriais, incluindo os exames hematológicos, citológicos,
citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular,bem como análises toxicológicas,
dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança;
 realizar procedimentos relacionados à coleta de material para fins de análises
laboratoriais e toxicológicas;
 avaliar a interferência de medicamentos, alimentos e outros interferentes em exames
laboratoriais;
 avaliar as interações medicamento/medicamento e alimento/medicamento;
 exercer a farmacoepidemiologia;
 exercer a dispensação e administração de nutracêuticos e de alimentos de usoenteral e
parentreral;
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 atuar no planejamento, administração e gestão de serviços farmacêuticos,incluindo
registro, autorização de produção, distribuição e comercialização de medicamentos,
cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos;
 atuar no desenvolvimento e operação de sistemas de informação farmacológica e
toxicológica para pacientes, equipes de saúde, instituições e comunidades;
 interpretar e avaliar prescrições;
 atuar na dispensação de medicamentos e correlatos;
 participar na formulação das políticas de medicamentos e de assistência farmacêutica;
 atuar na promoção e no gerenciamento do uso correto e racional de medicamentos, em
todos os níveis do sistema de saúde, tanto no âmbito do setor público quanto do
privado;
 desenvolver atividades de garantia da qualidade de medicamentos, cosméticos,
processos e serviços onde atue o farmacêutico;
 realizar, interpretar, avaliar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente
por análises de alimentos, de nutracêuticos, de alimentos de uso enteral e parenteral,
suplementos alimentares, desde a obtenção das matérias primas até o consumo;
 atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de
produtos obtidos por biotecnologia;
 realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do
meio ambiente, incluídas as análises de água, ar e esgoto;
 atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de
hemocomponentes e hemoderivados, incluindo realização, interpretação de exames e
responsabilidade técnica de serviços de hemoterapia;
 exercer atenção farmacêutica individual e coletiva na área das análises clínicas e
toxicológicas;
 gerenciar laboratórios de análises clínicas e toxicológicas;
 atuar na seleção, desenvolvimento e controle de qualidade de metodologias, de
reativos, reagentes e equipamentos.
 exercer atenção integral à saúde com ênfase no Sistema Único de Saúde.
6.5 - A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
6.5.1 - SEGMENTOS DO CURRÍCULO E SUA OPERACIONALIZAÇÃO
Compreendida a concepção da formação, apontados seus objetivos, explicitados os
pressupostos que conformam o perfil profissiográfico do egresso, delimitam-se aqui as
características e os segmentos estruturais em organização curricular coerente, capaz de tornar
exeqüível a proposta de Curso.
A dinâmica do Curso prevê o regime semestral no desenvolvimento dos componentes
curriculares, alocados no desenho curricular dentro de uma seqüência de complexidade crescente
na busca pela instrumentação progressiva do aluno, a ser validada na construção e ressignificação
dos conhecimentos. A integralização dá-se a partir do cumprimento de 4.200 horas de atividades
acadêmicas diversificadas, com tempo definido em um mínimo de 10 e máximo de 15 períodos
letivos. A oferta anual de vagas está estipulada em 100 e se destina ao período noturno.
33
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Figura-se como uma proposta passível de mudanças em busca de adaptações e inovações
de modo a conformar-se às necessidades emergentes de realidade social no seu contexto de
inserção. O desafio de inovar sem desestruturar e desestabilizar o processo constitui-se um
compromisso assumido pela Alfa, na medida mesma em que são possibilitadas estratégias de
flexibilização e otimização do currículo, exercitadas mediante o desenvolvimento de componentes
de natureza interdisciplinar e complementares aos saberes intrínsecos aos estudos da área de
Farmácia.
O eixo epistemológico de formação toma corpo na matriz curricular organizando-se,
didática e pedagogicamente, desde uma composição que interliga atividades de natureza teórica e
prática ao longo dos semestres, com lastro nos conhecimentos das ciências exatas, biológicas e
ciências farmacêuticas. Em sua disposição, as atividades curriculares cuidam de atender ao
enfoque central atribuído a cada semestre letivo, agrupando-se em quatro grandes dimensões de
estudo que não obstante seus fins peculiares concorrem no seu conjunto para a qualificação
projetada do futuro Farmacêutico, a saber:
1) Ciências Exatas - incluem conhecimentos relacionados a processos, métodos e
abordagens que exploram os princípios físicos, químicos, matemáticos e estatísticos de interesse
para a Ciência Farmacêutica e saberes conexos.
2) Ciências Humanas e Sociais - reúnem matérias necessárias à compreensão dos
determinantes sociais, culturais, ecológicos, éticos e legais para a educação do profissional no
exercício da cidadania, e demarcam as necessárias conexões da Ciência Farmacêutica com outras
áreas do saber. Objetivam firmar as bases conceituais e espistemológicas das ciências humanas e
sociais passíveis de ampliar e sustentar a visão humanística do farmacêutico-aprendiz e da sua
praxe profissional, orientada por aportes sociohistóricos, organizacionais e de políticas que
ratificam o estudo no âmbito do Curso. Estabelece-se como eixo articulador e transversal dos
conhecimentos, por facultar a compreensão da proximidade entre a realidade social e o processo
saúde/doença, permitir o domínio dos fundamentos econômicos, o desenvolvimento de
competências de gestão aliado a uma visão sistêmica das questões empresariais relevantes à
atividade farmacêutica, bem como aptidão para a investigação científica, suportes indispensáveis à
formação e prática em Farmácia.
3) Ciências Biológicas e da Saúde – trabalham conteúdos teórico-práticos e a
fundamentação científica que incluem: as bases celulares e moleculares dos processos fisiológicos e
patológicos; a estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos; os processos
bioquímicos, microbiológicos, imunológicos, genéticos, biotecnológicos, e, mais, os conteúdos que
permeiam a relação saúde/doença (saúde coletiva, farmacoepidemiologia, farmacovigilância) que
conferem maior aplicabilidade às atividades da área farmacêutica.
4) Ciências Farmacêuticas – englobam além do enfoque dogmático, o aprofundamento
analítico, os conhecimentos farmacêuticos teóricos e práticos e sua aplicação, estudados e
sistematicamente contextualizados segundo sua evolução e adequação às mudanças que se
processam seja no campo social, econômico e de políticas públicas com reflexos diretos na Ciência
Farmacêutica. Ao privilegiar a interdisciplinaridade, o núcleo estabelece uma conexão com os
demais, com predominância na composição do perfil profissional do farmacêutico. Por
conseguinte, integra conteúdos de cunho profissionalizante relacionados com a investigação
farmacêutica, o desenvolvimento, a produção e o controle de qualidade de matérias-primas e de
insumos de produtos farmacêuticos; conhecimentos sobre medicamentos, cosméticos e alimentos;
a atenção farmacêutica individual e coletiva; os diagnósticos clínico, laboratorial e terapêutico; a
34
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
bromatologia, biossegurança, toxicologia, legislação profissional, entre outros, como suporte à
assistência farmacêutica.
5) Núcleo Complementar
Comporta espaços pedagógicos definidos como atividades curriculares: optativa,
seminários integrados e atividades complementares. Por ele, outorga-se ao processo formativo
caráter dinâmico e flexível, na medida em que se permite atender a interesses acadêmicos e
profissionais do aluno e facultar-lhe constantes atualizações dos saberes determinadas pela
especificidade da educação em Farmácia, amoldando o perfil próprio do egresso da Alfa às
demandas sociais, visando contribuir com o desenvolvimento das condições de saúde em nível
nacional e, sobretudo local e regional.
↬ Seminários Integrados
Os Seminários Integrados são considerados espaços interdisciplinares e de troca entre
docentes e discentes na busca de levar a debate temas da atualidade, visando aprofundar aspectos
específicos da formação do Farmacêutico, em acordo com necessidades ou interesses detectados
em um dado momento do curso. Com um quadro nosológico que se modifica de forma acentuada,
os Seminários têm como propósito dotar o currículo da flexibilidade que os tempos atuais impõem
de modo a permitir correções de rumo em questões emergentes. Metodologicamente, far-se-á uso
de palestras, debates, grupos de reflexão, análise de projetos de pesquisa e de recursos
tecnológicos diversos.
↬ Atividades Complementares
As Atividades Complementares do curso, totalizando 120 horas, são consideradas
requisito obrigatório para a integralização curricular. Firmam-se como perspectiva de ampliação
dos conhecimentos curriculares, sob a forma de estudos e práticas presenciais relacionados à
formação em Farmácia, ou ainda, a possibilidade de escolhas diferenciadas de estudos
complementares em áreas conexas, sem a pretensão de confinar sua práxis a um espaço-tempo
previamente referenciado. Ademais, tais atividades permitem, de forma mais efetiva, a
interdisciplinaridade e multidisciplinaridade necessárias ao profissional farmacêutico do novo
milênio. E por abordar conteúdos complementares, libera o aluno para opções que julgar
importantes à sua formação integral, atendendo à crescente demanda do conhecimento no tempo
de conclusão do curso.
Programadas por livre escolha do discente, com a prévia aprovação da Coordenação do
Curso, as Atividades Complementares estão sujeitas, contudo, à análise e regulamentação definida
pelo órgão competente da instituição. Devem pautar-se, fundamentalmente, em programas de
monitoria didático-pedagógica, grupos especiais de estudo, experimentos em laboratórios, atuação
em ambulatórios, oficinas, pesquisas de iniciação científica ou em área de interesse do Curso,
podendo abranger atividades de extensão, participação em eventos técnico-científicos, trabalhos
comunitários, cursos, jornadas acadêmicas. Podem também direcionar-se para estudo de matérias
não incorporadas ao currículo, desde que se revelem necessariamente significativas para a
formação do nutricionista.
Com efeito, a diversidade de escolhas do aluno vai depender, essencialmente, do
potencial e da disponibilidade do corpo docente, podendo estender-se a campos de interesse que
não se limitam à área de Farmácia. O desenvolvimento das Atividades Complementares ocorrerá ao
35
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
longo do processo formativo do aluno e em consonância com os dispositivos do Regulamento
próprio.
↬ Componente Curricular Optativo
É entendido como atividade de aprofundamento e complementação do conhecimento
profissional e se impõe como mecanismo valioso de flexibilização e atualização curricular. Pode
ser escolhido dentro do elenco de atividades curriculares de outros cursos da Alfa, cujos saberes
encontram eco em aspectos particulares almejados na preparação do Farmacêutico. Deve ser
realizado em condições de perfeita articulação com os demais componentes curriculares do curso
de Farmácia e harmonizar-se, além disso, com as atuais demandas individuais e do mercado
ocupacional.
Os cursos da Alfa foram definidos no sentido de conformá-la em centro de referência no
âmbito das Ciências da Saúde e campos conexos, o que por certo representa um leque de opções
para o aluno, observadas as orientações teórico-metodológicas do projeto pedagógico em tela.
Além disso, o aluno poderá fazer opção por cursar o componente curricular Língua Brasileira de
Sinais – Libras.
6) Núcleo de Formação Prática
As Práticas Farmacêuticas caracterizam-se como núcleo integrador da totalidade do
currículo. Afirmam-se, pois, como estratégia teórico-metodológica para assegurar a unidade
conteúdo/forma, pois que possibilita espaços de investigação e vivência de situações concretas da
praxe profissional, consubstanciadas no dia-a-dia das instituições onde tais práticas se realizam.
Dada sua especificidade e em consonância com o perfil profissional projetado, as Práticas
Farmacêuticas cuidam de desenvolver ações que garantam ao futuro farmacêutico adquirir
referência pré-profissional, com compreensão dialética da realidade em que irá atuar e consciência
do papel político que lhe cabe desempenhar no contexto social contemporâneo. Formalmente,
figuram na matriz curricular assim designadas: Práticas Farmacêuticas I a IV e Estágio
Supervisionado I a V, atribuindo-se 1000 horas para aquisição e aprofundamento de competências
e habilidades, sob a lógica de formação estabelecida nos instrumentos legais pertinentes.
Como estratégia metodológica, o núcleo de formação prática deve revelar-se dinâmico,
abrangente e retratar a multiplicidade de aspectos que envolvem a práxis farmacêutica, desde a
esfera acadêmica até a atuação profissional, conduzindo o aluno precocemente à reflexão acerca do
exercício prático-farmacêutico indispensável à formulação do objeto de estudo e desenvolvimento
do Trabalho de Conclusão de Curso. O desenvolvimento das práticas ocorrerá já a partir do 2º
semestre letivo mediante atividades diversas, devidamente monitoradas por docentes do Curso,
podendo se realizar nas dependências da Alfa e fora dela.
As Práticas Farmacêuticas I, II, III e IV totalizam 160 horas/aula dedicadas à pesquisa,
observação e acompanhamento de ações interativas de assistência à saúde na comunidade, à
compreensão sobre organização e funcionamento de farmácias comerciais e comunitárias,
desenvolvimento de noções de biossegurança nas ações de saúde, de boas práticas no preparo dos
materiais utilizados em análises laboratoriais.
Os alunos e professores poderão participar de projetos em andamento no domínio da
atenção farmacêutica aos diabéticos, à terceira idade e às gestantes; à saúde da família; em
situações de anemias carenciais e infecções urinárias, micoses superficiais, hipertensão arterial,
36
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
doenças ocupacionais e aos dependentes químicos, entre outras que possam ser incorporadas às
atividades extensionistas.
Os Estágios Supervisionados I a V se distribuem entre os quatro últimos semestres do
curso de modo que, atendendo às especificidades da formação farmacêutica, possam levar o
acadêmico a desenvolver competências e habilidades, analisar criticamente questões acerca dos
processos de industrialização, comércio, atenção farmacêutica, controle de qualidade físicoquímico e microbiológico de medicamentos, cosméticos e insumos farmacêuticos, dentro dos
critérios éticos profissionais.
De uma perspectiva ampliada, os Estágios Supervisionados devem permitir ao aluno
desenvolver, sob supervisão docente, atividades técnicas e instrumentais para as quais se capacita,
totalizando 840 horas, representando 20% do total da carga horária do Curso, assim distribuídas:
 Estágio
Supervisionado em Saúde Coletiva – 120 horas;
 Estágio
Supervisionado em Farmácia de Manipulação e Comercial – 140 horas;
 Estágio
Supervisionado em Farmácia Hospitalar – 200 horas;
 Estágio
Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas – 200 horas;
 Estágio
Supervisionado em Alimentos - 180 horas.
No desenvolvimento dos estágios, pretende-se propiciar ao aluno condições de
intervenção que assegurem acesso, conhecimento e manejo de situações-problema diversificadas
em cada nível do estágio, com destaque para as seguintes atividades:
a) Área de análises clínicas e toxicológicas: realização de exames laboratoriais e
toxicológicos; atividades de pesquisa e extensão na área de análises clínicas e toxicológicas;
gerenciamento de laboratórios de análises clínicas; planejamento e gestão em serviços
farmacêuticos na área de análises clínicas; atuação como docente em farmácia bioquímica clínica;
magistério superior; assessoria e consultoria em análises clínicas.
b) Área de medicamentos: atendimento farmacêutico clínico individual e coletivo;
dispensação de medicamentos; pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos, medicamentos e
cosméticos; gerenciamento da produção, distribuição e comercialização de fármacos,
medicamentos e equipamentos; planejamento e gestão de serviços farmacêuticos; fiscalização da
produção, armazenagem e comércio de fármacos e medicamentos; ação como docente em farmácia
clínica e industrial; assessoria e consultoria em indústria farmacêutica.
c) Área de alimentos: atuação em contextos que permitam o acompanhamento e controle
da transformação da matéria-prima alimentícia em produtos nutritivos de alta qualidade; garantia
de qualidade do alimento e da saúde do consumidor; análise de insumos e alimentos sob o ponto
de vista químico, microbiológico e bromatológico; interpretação das transformações que ocorrem
com o alimento no organismo humano quando ingerido; participação efetiva na obtenção da
matéria prima, transporte, recepção, conservação, processamento, elaboração de novos produtos
alimentícios; cuidado na saúde do consumidor, zelando pela sua qualidade de vida; atuação como
docente, magistério superior, pesquisa, assessoria e consultoria em indústria alimentícia.
Consciente da necessidade de oferecer educação de qualidade, a Alfa vem desde algum
tempo desenvolvendo parcerias com instituições diversas, públicas e privadas, visando assegurar
oportunidades de estágio aos seus alunos, considerando-se o número de estagiários a atender e a
necessidade de diversificação dos contextos de trabalho, face o elenco de competências que
deverão ser assumidas pelo estagiário.
37
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Dentre as instituições e entidades já conveniadas cabe mencionar:
a)
a Prefeitura Municipal de Almenara, que oferece toda rede de serviços de saúde
constituída de 8 Unidades de Saúde da Família, 1 Pronto-Atendimento, 1 Serviço de
Saúde Mental (CAPS) e 1 Centro de Especialidades Médicas.
b) Hospitais do município credenciados pelo SUS: Hospital Deraldo Guimarães e
Hospital Benvindo Saúde.
 Trabalho de Conclusão do Curso (TCC)
Para obtenção do diploma de Bacharel em Farmácia, o aluno da Alfa deverá cumprir a
exigência de realização de trabalho monográfico (TCC), como oportunidade de desenvolver-lhe as
habilidades de pesquisa e investigação científica, bem como de sistematização dos conhecimentos
resultantes das indagações geradas no seu cotidiano acadêmico. O objetivo principal do TCC é,
portanto, possibilitar ao farmacêutico-aprendiz a sistematização de saberes da sua área de
formação, com o aporte dos fundamentos teórico-metodológicos e instrumentais da Ciência, com
vistas a contribuir para formação do espírito crítico, reflexivo e construtivo perante o saber e sua
incorporação no cotidiano da praxe profissional.
O TCC deve ser concebido em conformidade com as normas e exigências científicas
(teóricas e metodológicas), as diretrizes e princípios bioéticos que regulamentam a pesquisa,
quando se tratar do envolvimento de seres humanos. Sua elaboração deve seguir as modalidades
de projeto de pesquisa, artigo científico, resenha, estudo de caso, formulação farmacêutica,
desenvolvimento de produtos ou técnicas, roteiros, sistemas para vigilância sanitária, fluxogramas
de processo, parecer técnico, desempenho prático de inter-relacionamento pessoal ou em
laboratório, pesquisa bibliográfica ou levantamento de dados.
A orientação do aluno em processo de elaboração do TCC é de responsabilidade de
professor e da Coordenação do Curso de Farmácia, a quem caberá estabelecer os mecanismos de
orientação, acompanhamento e avaliação das atividades relacionadas à sua produção. Para
elaboração do relatório conclusivo do TCC, o aluno disporá de 120 horas nos dois últimos
semestres letivos.
A Alfa intenta implantar no futuro uma política de pesquisa para orientar a criação de
linhas de pesquisa que possam abrigar os TCC, de forma a ir consolidando uma cultura de
produção científica no interior da instituição. O regulamento do TCC integra este PPC sob a forma
de anexo.
Em continuidade, apresentam-se a matriz curricular do Curso de Farmácia, os
componentes curriculares, seus conteúdos e bibliografias correspondentes.
38
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.5.2 - MATRIZ CURRICULAR, FLUXOGRAMA, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS
ATIVIDADE CURRICULAR
CARGA HORÁRIA
Teórica Prática
Total
1º Semestre
Fundamentos da Ciência Farmacêutica
Anatomia Humana
Biologia Celular e Molecular
Química Geral e Inorgânica
Matemática para Farmácia
Oficina de Comunicação e Expressão
Subtotal
40
40
60
40
60
40
280
40
20
40
100
40
80
80
80
60
40
380
2º Semestre
Química Orgânica I
Fisiologia e Biofísica
Histologia e Embriologia
Farmacobotânica
Métodos Físicos em Farmácia
Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e da Doença
Prática Farmacêutica I: Biossegurança em ações de saúde
Subtotal
40
60
40
40
40
40
20
280
20
20
20
20
20
100
60
80
60
60
40
40
40
380
Química Orgânica II
Bioquímica Básica
Parasitologia e Micologia
Microbiologia e Imunologia
Físico-Química Farmacêutica
Prática Farmacêutica II: Métodos de Pesquisa em Farmácia
Subtotal
40
40
40
60
40
20
240
20
40
40
20
20
20
160
60
80
80
80
60
40
400
4º Semestre
Química Analítica
Genética Humana e Evolução
Química Farmacêutica
Farmacocinética e Farmacodinâmica I
Bioestatística
Deontologia e Legislação Farmacêutica
Prática Farmacêutica III: Meio ambiente e vigilância à saúde
Subtotal
20
40
40
40
40
40
20
240
40
20
40
40
20
160
60
60
80
80
40
40
40
400
5º Semestre
Processos Patológicos Gerais
Farmacotécnica
Farmacognosia e Princípios Ativos Fitoterápicos
Farmacocinética e Farmacodinâmica II
Saúde Pública e Farmacovigilância
Prática Farmacêutica IV: Observação em serviços de saúde
Subtotal
40
60
60
40
40
20
260
20
20
20
40
20
20
140
60
80
80
80
60
40
400
3º Semestre
39
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ATIVIDADE CURRICULAR
CARGA HORÁRIA
Teórica Prática
Total
6º Semestre
Farmacotécnica Homeopática
Gestão em Farmácia
Assistência e Atenção Farmacêutica
Bromatologia e Saúde Nutricional
Biotecnologia em Farmácia
Microbiologia e Imunologia Clínica
Subtotal
40
80
40
60
40
40
300
20
20
20
40
100
60
80
60
80
40
80
400
40
40
40
40
40
200
20
20
20
20
20
120
220
60
60
60
60
60
120
420
40
20
40
40
40
20
20
40
40
-
60
40
80
80
40
7º Semestre
Farmácia Hospitalar
Parasitologia Clínica
Tecnologia Farmacêutica
Cito-Hematologia Clínica
Bioquímica Clínica Laboratorial
Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva
Subtotal
8º Semestre
Farmacologia Clínica e Farmacoterapia
Tecnologia e Produção de Fitomedicamentos
Toxicologia Aplicada à Farmácia
Cosmetologia
Optativo (Libras)
Estágio Supervisionado em Farmácia de Manipulação e
Comercial
Subtotal
-
140
140
180
260
440
9º Semestre
Enzimologia e Tecnologia das Fermentações
Controle de Qualidade em Alimentos e Biossegurança
Controle de Qualidade de Medicamentos Cosméticos
Seminários Integrados
TCC I
Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar
Subtotal
40
20
20
40
40
160
20
20
40
200
280
60
40
60
40
40
200
440
40
40
200
180
380
120
1.900
40
200
180
420
10º Semestre
TCC II
Estágio Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas
Estágio Supervisionado em Alimentos
Subtotal
Atividades Complementares
TOTAL DO CURSO
2.180
4.200
40
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.5.3 - FLUXOGRAMA DO CURSO
1º Semestre
CH: 380
2º Semestre
CH: 380
3º Semestre
CH: 400
4º Semestre
CH: 400
5º Semestre
CH: 400
6º Semestre
CH: 400
7º Semestre
CH: 420
8º Semestre
CH: 440
9º Semestre
CH: 440
10º Semestre
CH: 420
Fundamentos da
Ciência
Farmacêutica
Química
Orgânica I
Química
Orgânica II
Química Analítica
Processos
Patológicos
Gerais
Farmacotécnica
Homeopática
Farmácia
Hospitalar
Farmacologia
Clínica e
Farmacoterapia
Enzimologia e
Tecnologia das
Fermentações
TCC II
Anatomia
Humana
Fisiologia e
Biofísica
Tecnologia e
Bioquímica
Básica
Genética
Humana e
Evolução
Farmacotécnica
Gestão em
Farmácia
Parasitologia
Clínica
Produção de
Fitomedicamento
s
Controle de
Qualidade em
Alimentos e
Biossegurança
Estágio
Supervisionado
em Anal. Clínicas
e Toxicológicas
Biologia Celular e
Molecular
Histologia e
Embriologia
Parasitologia e
Micologia
Química
Farmacêutica
Farmacognosia e
Princípios Ativos
Fitoterápicos
Assistência e
Atenção
Farmacêutica
Tecnologia
Farmacêutica
Toxicologia
Aplicada à
Farmácia
Controle de
Qualidade de
Medicamentos
Cosméticos
Estágio
Supervisionado
em Alimentos
Química Geral e
Inorgânica
Farmacobotânica
Microbiologia e
Imunologia
Farmacocinética e
Farmacodinâmica
I
Farmacocinética e
Farmacodinâmica
II
Bromatologia e
Saúde Nutricional
Cito-Hematologia
Clínica
Cosmetologia
Seminários
Integrados
Matemática para
Farmácia
Métodos Físicos
em Farmácia
Físico-Química
Farmacêutica
Bioestatística
Saúde Pública e
Farmacovigilância
Biotecnologia em
Farmácia
Bioquímica
Clínica
Laboratorial
Optativo (Libras)
TCC I
Oficina de
Comunicação e
Expressão
Fundamentos
Socioantropológ.
da Saúde e
Doença
Prática Farmac.
II: Métodos de
Pesquisa em
Farmácia
Deontologia e
Legislação
Farmacêutica
Prática
Farmacêutica IV:
Observação em
serviços de saúde
Microbiologia e
Imunologia
Clínica
Estágio
Supervisionado
em Saúde
Coletiva
Estágio Supervi.
em Farmácia de
Manipulação e
Comercial
Estágio Superv.
em Farmácia
Hospitalar
Prática Farmac. I:
Biossegurança em
ações de saúde
Prática Farmac.
III: Meio
ambiente e
vigilância à saúde
Atividades Complementares: 120 hs
41
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS
Fundamentos da Ciência Farmacêutica
EMENTA:
Ambientação do aluno desde a apresentação da estrutura acadêmica da Alfa e do curso de
Farmácia. A constituição histórica da Farmácia como ciência e profissão temporalmente
referenciada no mundo e no Brasil; conceitos fundamentais e contatos preliminares com o
medicamento. Organização jurídica da profissão e áreas de atuação do farmacêutico, evidenciando
sua função social como profissional de saúde; aspectos éticos e legais. Entidades de classe e demais
organizações que visam o bem estar do homem e a sua relação com a vida. O farmacêutico e as
perspectivas de atuação no mercado de trabalho brasileiro e regional.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Oferecer uma visão histórica da Farmácia como ciência da vida e os conceitos fundamentais sobre
medicamento, apresentando o campo de atuação do farmacêutico, as características e atribuições
profissionais, sua participação atual e as perspectivas futuras. Adicionalmente, explicitar as linhas
gerais da política institucional da Alfa e do curso de Farmácia enfatizando as condições para sua
implementação. A discussão destes temas facilitará o desenvolvimento de competências e
habilidades relacionadas com:


o conhecimento histórico-evolutivo e epistemológico da Ciência Farmacêutica e o
compromisso social do farmacêutico frente à dinâmica da realidade nacional e as políticas
de saúde;
a compreensão da evolução das práticas no campo da saúde: das práticas instintivas às
práticas no mundo pós-moderno;

a utilização de estratégias que estimulem a organização social para resolução de problemas
relacionados à área de atuação farmacêutica;

o entendimento do significado do ser Farmacêutico, examinando-se os modos de agir
socialmente conforme sua consciência valorativa, ética, bioética, estética e política;

o domínio dos instrumentos básicos e legais que fundamentam e legitimam a prática
profissional e as várias possibilidades de atuação, dando-se destaque para a importância da
profissão no contexto social contemporâneo e as tendências para o futuro.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Unidade I





Apresentação da filosofia educacional e pedagógica da Alfa.
O Curso de Farmácia da Alfa: diretrizes curriculares, características e organização do
currículo; estrutura administrativa, acadêmica e de apoio (biblioteca e laboratórios), e as
condições didático-pedagógicas e materiais para sua implementação.
A origem e a história da profissão farmacêutica e os requisitos legais para o exercício da
profissão.
A Farmácia na contemporaneidade: reflexões sobre o profissional farmacêutico, a ciência
farmacêutica e o entendimento popular sobre o tema.
Características e atribuições do profissional farmacêutico nas diferentes áreas do mercado
de trabalho no plano práxico profissional.
42
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA




Funções e organização do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia.
Organizações da classe farmacêutica e as entidades atuantes: associações e sindicatos.
Organização dos estabelecimentos farmacêuticos e laboratórios.
As ênfases conferidas à profissão farmacêutica na atualidade.
Unidade II







O profissional e o desenvolvimento de suas competências e habilidades (documentos da
OPAS, OMS, entre outros).
Aspectos da política atual de medicamento no Brasil: medicamentos genéricos e patentes.
O Farmacêutico nas diversas esferas do trabalho público.
Ética profissional: desempenho profissional, código de ética, conflitos.
A função social do farmacêutico: atuação na Saúde Pública.
O profissional Farmacêutico, sua função social e inserção na área de saúde prestando
assistência farmacêutica e promovendo a farmacovigilância.
O profissional farmacêutico pleno direcionado ao eixo principal de sua atuação – o
medicamento.
Unidade III






Relações multiprofissionais e multidisciplinares.
Atividades do farmacêutico na atenção primária, secundária e terciária à saúde.
Os farmacêuticos na educação e na pesquisa científica: a educação farmacêutica; o
farmacêutico no ensino superior; o farmacêutico na pesquisa científica, em ciências da vida
e ciências exatas.
Assistência farmacêutica como fomento à atividade extensionista e de pesquisa.
Princípios básicos da dispensação farmacêutica: uso do Dicionário de Especialidades
Farmacêuticas, importância das farmacopéias, automedicação.
Farmácias: Tipos: Farmácia Interna (Privativa e Hospitalar); Farmácia Externa; Drogarias;
Manipulação de Medicamentos, Farmácia Homeopática, Fitoterápica. A Farmácia do
Medicamento Natural, Cosmética, Assistência Farmacêutica; as Drogarias e a função do
farmacêutico; Atenção Farmacêutica, Farmácia Clínica, Dispensação Farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GENNARO, A.R. R. A ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004.
FEBRAFARMA. Origens e trajetórias da indústria farmacêutica no Brasil. São Paulo: Novo Século,
2008.
PANDIT, N.K. Introdução às ciências farmacêuticas. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BONFIM, J. R. A.; MERCUCCI, V. L. A construção da política de medicamentos. São Paulo:
Hucitec/Sobravime, 1997.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. A organização jurídica da profissão farmacêutica. Brasília,
2000.
_______. Revista Pharmacia Brasileira. Brasília: CFF, 2005.
43
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
EDLER, Flávio Coelho. Boticas e Pharmacias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil. Rio de
Janeiro Casa da Palavra, 2006.
HIR, A. L. Noções de farmácia galênica. 6. ed. São Paulo: Andrei, 1997.
SANTOS, M. R. da C. Profissão farmacêutica no Brasil: história, ideologia e ensino. Ribeirão Preto:
São Paulo: Holos, 1999.
SANTOS, J. S. Farmácia brasileira: utopia e realidade. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2003.
VOTTA, R. Breve história da farmácia no Brasil. Rio de Janeiro: Laboratórios Enila S.A, 1965.
ZUBIOLI, A. Profissão farmacêutica. E agora? Curitiba: Lovise, 1992.
_______. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004.
Leis, Decretos, Resoluções e Periódicos da área.
Anatomia Humana
Ementa:
Visão integrada do homem visto como um ser biopsicossocial. Estudo dos conceitos básicos
integrados de anatomia, morfologia macroscópica e funcional dos órgãos e sistemas do corpo
humano e seus mecanismos reguladores, descrevendo os aspectos morfofuncionais dos sistemas
esquelético, articular, muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestivo, urinário, reprodutor,
endócrino. Para tanto, far-se-á uso de recursos auxiliares como transparências, quadro, slides, Datashow, CD-Roms interativos, banners, modelos e peças anatômicas.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar ao aluno a compreensão do homem desde uma abordagem biopsicossocial, levando-o
a conhecer o corpo humano em seus aspectos estrutural e funcional, fornecendo as bases para o
entendimento de outras disciplinas e dos processos de saúde - doença, dando-se ênfase aos
aspectos correlacionados e de maior interesse ao Curso. Com este estudo, o aluno terá
desenvolvido condições de:
 entender a morfologia e identificar as relações e disposições dos órgãos com suas funções
associadas à saúde e às doenças que acometem o organismo;
 descrever a nomenclatura anatômica;
 discernir os detalhes anatômicos mais importantes dos sistemas esquelético, articular,
muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestório, urinário, genital, endócrino e
sensorial;
 correlacionar a ação sinérgica das estruturas anatômicas com o funcionamento dos órgãos e
sistemas corpóreos;
 compreender a relação entre arranjo anatômico e função dos sistemas anatômicos;
 esquematizar cada sistema anatômico e diferenciar as características anatômicas
macroscópicas dos diversos órgãos do corpo humano que, funcionando em conjunto,
constituem os sistemas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Conteúdo Teórico:
Unidade 1: Introdução ao estudo da Anatomia Humana
44
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Orientação em anatomia;
Tecidos, órgãos e sistemas.
Unidade 2: Anatomia dos ossos e das articulações
Esqueleto axial e apendicular;
O ser humano como um vertebrado típico;
Prática: reconhecimento dos principais ossos e articulações.
Unidade 3: Sistema Muscular
Principais aspectos morfológicos e funcionais do sistema muscular;
Principais grupos musculares;
Prática: reconhecimento dos principais grupos musculares.
Unidade 4: Sistema Nervoso
Principais aspectos anatômicos; sistema nervoso central: medula espinhal e encéfalo;
Meninges, sistema ventricular, plexo coróide;
Sistema nervoso periférico: nervos espinhais, nervos cranianos e gânglios;
Sistema neurovegetativo ou autônomo: aspectos anatômicos e funcionais;
Prática: reconhecimento das principais estruturas neurais; olfação e gustação; visão, audição.
Unidade 5: Sistema Endócrino
Conceitos básicos;
Prática: reconhecimento das principais glândulas endócrinas.
Unidade 6: Sistema Cardiovascular
Principais aspectos anatômicos e funcionais da bomba cardíaca;
Práticas: reconhecimento das características anatômicas do coração e principais vasos.
Unidade 7: Sistema Respiratório
Principais aspectos anatômicos e funcionais;
Prática: reconhecimento das principais características das estruturas respiratórias.
Unidade 8: Sistema Urogenital
Principais aspectos anatômicos e funcionais; prática: reconhecimento das características das
estruturas que constituem o sistema urinário.
Unidade 9: Sistema Digestivo
Principais aspectos anatômicos e funcionais;
Prática: reconhecimento das estruturas que formam o sistema digestivo;
A absorção e utilidade do trato digestivo.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FATTINI, Carlo Américo; DANGELO, José Geraldo. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed.
Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.
______. Anatomia humana básica. São Paulo: Atheneu, 2005.
SOBOTTA, Johannes. Atlas da anatomia humana. 22.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
45
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
GEST, Thomas R.; TANK, Patrick W.; WERNECK, Alexandre Lins. Atlas de anatomia
humana. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GRAAF, Kent M. Vander. Anatomia humana. São Paulo: Manole, 2003.
GRAY, Henry; GOSS, Charles Mayo; PINHO, Antonio Gomes Correa de (Trad.). Anatomia. 29.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara, 1998.
MARTINI, Frederic H.; TALLITSCH, Robert B.; TIMMONS, Michael J. Anatomia humana + atlas do
corpo humano. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Biologia Celular e Molecular
EMENTA:
A célula como unidade biológica e sua evolução. O homem como organismo multicelular
complexo; características gerais dos seres vivos e formas de vida. Estudo morfofuncional da célula.
Conceitos e métodos de estudo em Biologia Celular e Molecular. Biomoléculas. Membranas
biológicas. Estruturas celulares. Divisão celular. Moléculas estruturais das células, organização e
funcionamento intracelular. Mecanismos moleculares da regulação celular nas doenças. A célula
cancerosa. Aspectos gerais da engenharia genética.
OBJETIVOS:
Propiciar o entendimento sistêmico e holístico do homem como um organismo multicelular
complexo com base no estudo da célula humana e seus constituintes quanto aos aspectos
moleculares e estruturais, no conhecimento dos mecanismos de transmissão da informação e dos
caracteres genéticos, na dinâmica dos genes nas populações e suas funções na explicitação dos
processos evolutivos e no aperfeiçoamento dos métodos de análises, com aplicabilidade em várias
áreas do conhecimento farmacêutico.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
 Descrever as estruturas celulares correlacionando seu funcionamento para o entendimento
da célula como um todo;
 Apresentar suposições e hipóteses sobre o processo de diferenciação celular, incluindo as
transformações químicas características de neoplasias;
 Relacionar células animais e vegetais para a compreensão dos fenômenos biológicos e
conhecimento dos organismos vivos;
 Elaborar e executar projetos com aplicação das técnicas de estudo das células, montar e
realizar experimentos, com suposição de hipóteses sobre a organização e o funcionamento
celular, e estabelecer relações entre o estudo das estruturas celulares e o funcionamento do
organismo e montar experimentos laboratoriais com células;
 Conhecer as novas tecnologias aplicadas em diagnósticos para a identificação de células
neoplásicas e não neoplásicas e caracterizar os constituintes celulares e suas interações no
meio;
 Estabelecer relações entre genes e DNA, caracterizar o código genético evidenciando o papel
do RNA e o processo de síntese das proteínas;
 Estabelecer relações entre genes, genomas e agrupamentos gênicos;
46
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA




Descrever os processos de replicação, recombinação e reparação do DNA;
Caracterizar os transposons, retrovirus e retroposons;
Descrever os processos de transformação dos oncogêneses em câncer;
Integrar os conhecimentos na formação de uma visão global dos processos biológicos que
encontram resposta na célula.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO:
CONTEÚDO TEÓRICO:
Unidade 1 – Biologia Celular
1.1 - Membrana celular: estrutura e funções.
1.2 - Transporte através da célula. Osmose. Difusão. Transporte ativo.
1.3 - Componentes citoplasmáticos da célula.
1.4 - Mitocôndria e transformação energética celular. Ciclo de Krebs. Fosforilação Oxidativa.
ATP.
1.5 - Nutrição celular. Fagocitose. Endocitose. Lisossomas.
1.6 - Retículo endoplasmático. Ribossoma. Aparelho de Golgi e síntese protéica.
1.7 - Matriz extracelular. Citoesqueleto. Comunicação celular.
Unidade 2 – Bases Moleculares da Transmissão Genética
2.1 - A genética e o organismo
2.1.1 - O campo de ação da genética.
2.1.2 - Transmissão de genes.
2.1.3 - Genes e organismo.
2.2 - Teoria Cromossômica
2.2.1 - Mitose e Meiose.
2.2.2 - Teoria cromossômica da hereditariedade.
2.2.3 - Cromossomos sexuais e ligação ao sexo.
2.2.4 - Genética mendeliana e os ciclos sexuais.
2.3 - Extensões à Análise Mendeliana
2.3.1 - Variações nas relações de dominância.
2.3.2 - Alelos múltiplos.
2.3.3 - Genes letais.
2.3.4 - Vários genes afetando o mesmo caráter
2.4 - A estrutura do DNA
2.4.1 - Material genético
2.4.2 - Estrutura do DNA
2.4.3 - Replicação
2.4.4 - DNA e o gene
2.5 - Funcionamento do DNA
2.5.1 - Transcrição
2.5.2 - Tradução
2.5.3 - Código genético
47
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
2.5.4 - Decifrando o código genético
2.6 - Estrutura e Função dos Cromossomos em Eucariontes
2.6.1 - Estrutura cromossômica
2.6.2 - Organização seqüencial
2.6.3 - Estrutura e atividade dos cromossomas
2.7 - Mecanismos de Alterações Genéticas
2.7.1 - Mutação somática versus germinativa
2.7.2 - Fenótipos mutantes
2.7.3 - A utilidade das mutações
2.7.4 - A topografia dos cromossomos
2.7.5 - Mutação gênica
2.7.6 - Recombinação
2.7.7 - Mutagênese versus carcinogênese
2.7.8 - Mecanismos moleculares das doenças; mecanismos celulares e moleculares dos
tumores.
CONTEÚDO PRÁTICO:
 Microscópio Óptico e Microscópio Eletrônico.
 Microscopia óptica de Células: Animais (tecidos secreções e sangue); Vegetais (estruturas de
caule, tronco, folha e raiz).
 Isolamento Celular por Técnicas Fracionadas de Centrifugação.
 Técnicas de Montagem de Laminas com Material Celular para Microscopia.
 Técnicas de colaboração de células.
 Estudos de cortes histológicos.
 Extração de DNA de Células Vegetais.
 Observação de mitose celular.
 Desenvolvimento e cultura celular.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia molecular da
célula. Porto Alegre: Artmed, 2005.
BERK, Arnold; LODISH, Harveu et al. Biologia celular e molecular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2005.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
COLS, H.L. E. Biologia celular e molecular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
DE ROBERTIS, E. M. F.; HIB, José. Bases da biologia celular e molecular. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.
FERREIRA, Tales Alexandre Averst. Biologia celular e molecular. Campinas: Átomo, 2008.
KARP, Gerald. Biologia celular e molecular. 3. ed. São Paulo: Manole, 2005.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
VIEIRA, E.C.; GAZZINELLI, G.; MARES-GUIA, M. Bioquímica celular e biologia molecular. 2. ed.
Belo Horizonte: Atheneu, 2002.
Química Geral e Inorgânica
EMENTA:
Conceitos fundamentais introdutórios de Química. Elemento químico e seus compostos. Leis
ponderais e suas conseqüências. Estequiometria. Visão micro e macroscópica da matéria; estados
da matéria. Reações químicas. Estrutura atômica e tabela periódica dos elementos. Ligações
químicas. Funções inorgânicas. Química de complexos e compostos bioinorgânicos.
OBJETIVO:
Fornecer ao aluno conhecimentos teórico-práticos dos fenômenos e sistemas químicos que
norteiam as diferentes disciplinas da área farmacêutica, especialmente aquelas aplicadas como:
Farmacotécnica, Farmacognosia, Química Farmacêutica, fundamentais para a formação de um
profissional capaz de atuar na preparação de produtos farmacêuticos e de identificar, extrair e
quantificar princípios ativos com ação farmacológica.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Ao final do curso, o discente deverá ter assimilado um aprendizado geral sobre funções
inorgânicas, sob os aspectos de estados de agregação e propriedades, cinética, equilíbrio,
preparação de soluções, purificação e solubilização de substâncias e cálculo estequiométrico,
estando apto a:


reconhecer a razão das propriedades e o comportamento das substâncias inorgânicas,
organométricas e bioinorgânicas e diferenciar as funções inorgânicas;
esquematizar as configurações dos diferentes elementos segundo o modelo atual;

utilizar as configurações eletrônicas para explicar a distribuição dos diferentes elementos
no quadro periódico e as variações de propriedades dos mesmos;

explicar, diferenciar e prever os diversos tipos de ligações;

identificar as evidências de ocorrências de uma reação química; balancear equações
químicas;

identificar os fatores que afetam a velocidade das reações químicas e analisar a sua
influência com base na teoria das colisões;

resolver problemas utilizando diferentes unidades de concentração e suas relações;

resolver problemas envolvendo cálculos estequiométricos;

compreender as reações reversíveis e os fatores que influem em um equilíbrio químico;

reconhecer os avanços científicos e tecnológicos no domínio da química geral e inorgânica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO:
Conteúdo Teórico:
Química Geral:
1 - Conceitos Fundamentais
1.1 - Matéria: estado físico, classificação, transformação e mudança de estado.
49
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
1.2 – Átomo.
1.3 - Tabela Periódica e Ligações Químicas.
1.4 - Funções Inorgânicas, noções inorgânicas e determinação de massas anatômicas.
1.5 – Estequiometria.
Química Inorgânica:
1 - Elementos químicos e seus compostos: histórico, ocorrência, propriedades químicas e
físicas, identificação.
1.1 - Hidrogênio
1.2 - Oxigênio, Ozônio, Peróxido de Hidrogênio
2 - Grupo VII A: Halogênios:
2.1 - Propriedades gerais do grupo;
2.2 - Estudo comparativo para o flúor, cloro, bromo e iodo
2.3 - Haletos de hidrogênio
3 - Grupo VI A: Calcogênios:
3.1 - Propriedades gerais do grupo
3.2 - Estudo do enxofre e suas formas alotrópicas
3.3 - Principais compostos: gás sulfídrico, ácido sulfúrico, sulfatos e alúmens
4 - Grupo V A:
4.1 - Propriedades gerais do grupo
4.2 - Nitrogênio e seus compostos: amônia, ácido nítrico
5 - Grupo III A e Grupo IV A:
5.1 - Propriedades gerais
5.2 - Estudo do alumínio
5.3 - Estudo do silício e carbono
6 - Grupo I A e Grupo II A:
6.1 - Propriedades gerais: compostos orgnometálicos e compostos bioinorgânicos.
Conteúdo Prático:
Química Geral:
1 - Introdução às práticas de laboratório:
1.1 - Normas básicas de laboratório
1.2 – Noções de primeiros socorros
1.3 - Material de laboratório
2 - Combustão de uma vela
3 - Combustores
4 - Manipulação com tubos de vidro
5 - Balanças
6 - Medição de volumes líquidos
7 - Operações gerais de análises:
7.1 - Divisão
7.2 - Homogeinização
7.3 - Tomada da amostra média
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
7.4 - Separação – técnica de filtração
7.5 - Dessecação
7.6 - Calcinação
8 - Preparo de soluções
9 - Cristalização
10 - Principais funções da química inorgânica:
10.1 - Estudo dos indicadores ácido-base
10.2 - Óxido, ácidos, bases e sais
Química Inorgânica:
1 - Preparação, caracterização e propriedades:
1.1 - Hidrogênio
1.2 - Oxigênio
1.3 - Cloro
1.4 - Bromo
1.5 - Iodo
1.6 - Haletos de hidrogênio
1.7 - Enxofre
1.8 - Sulfeto de hidrogênio
1.9 - Amônia
1.10 - Ácido nítrico
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ATKINS, P.W; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
ATKINS, P. W; SHRIVER, D. F. Química inorgânica. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
SACKHEIM, G.F.; LEHMAN, D.D. Química e bioquímica para ciências biomédicas. 8. ed. São Paulo:
Manole, 2001.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CHANG, Raymond. Química geral. São Paulo: Mc-Graw Hill Brasil, 2007.
FELTRE, R. Química geral. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2000.
KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
LEE, John David. Química inorgânica não tão concisa. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.
MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química - um curso universitário. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2003.
MAIRA, Daltamir Justino. Química geral – fundamentos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall Brasil, 2007.
ROSENBERG, Jerome L; EPSTEIN, L.M. Química geral. 8. ed. Porto Alegre: Bookman Companhia,
2003.
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2004.
UCKO, David A. Química para as ciências da saúde. 2. ed. São Paulo: Manole, 1992.
51
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Matemática para Farmácia
EMENTA:
Noções básicas de matemática envolvendo: Conjuntos Numéricos; Sistemas de medidas e
grandezas proporcionais; Cálculos Farmacêuticos; Funções; Gráficos; Derivadas; Integral.
OBJETIVO:
Proceder, inicialmente, a uma revisão dos conceitos matemáticos básicos, e aprofundar o estudo
apresentando ao aluno algumas ferramentas e métodos matemáticos aplicados na investigação e
resolução de problemas que se colocam no campo de interesse da ciência farmacêutica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Unidade 1 - Conjuntos Numéricos
Números Naturais, Números Inteiros, Números Racionais, Números Reais.
Unidade 2 - Sistemas de Medidas e Grandezas Proporcionais
Sistemas de Medidas.
Porcentagem, Razões e Proporções.
Cálculos envolvendo diluições.
Unidade 3 - Funções e Gráficos
Equação da Reta, Funções e Gráficos, Função Linear, Função Exponencial, Função
Logarítmica, Funções Quadrática.
Unidade 4 - Limites: Limites de uma função real de variável real; Regras de derivação; Limites
das funções racionais e irracionais; Limites fundamentais; Continuidade das funções.
Unidade 5 – Derivadas
Derivadas: Regras de derivação; Derivadas das funções elementares; Máximos e Mínimos.
Aplicação das derivadas.
Unidade 6 – Integrais
5.1 - Integrais e aplicações.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ANSEL, H. C., PRINCE, S. J. Manual de cálculos farmacêuticos. Porto Alegre: Artmed, 2005.
IEZZI, Nelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de matemática elementar. 8. ed. São Paulo: Atual,
2004.
STEWART, James. (Trad.) MORETTI, Antônio Carlos. Cálculo. 6. ed. São Paulo: Cengage, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BARROS, D.M. Raciocínio lógico, matemático e quantitativo. São Paulo: Novas Conquistas, 2001.
CAMPBELL, J. M., CAMPBELL, J. B. Matemática de laboratório: aplicações médicas e biológicas. 3.
ed. São Paulo: Livraria Roca, 1986.
RODRIGUES, Luis Roberto Franco. Matemática e raciocínio lógico matemático. Campinas: Servanda,
2009.
SWOKOWSKI, Earl Will, Cálculo com geometria analítica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
SILVA, E. M. et al. Cálculo básico para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2004.
52
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Oficina de Comunicação e Expressão
EMENTA:
Linguagem, língua e fala: conceitos e relações. Comunicação humana: processo, elementos,
registros, funções da linguagem, vícios de linguagem, denotação e conotação. Processo de leitura e
interpretação. Produção e recepção de texto: síntese, ampliação, avaliação e reescritura. Relações
de sentido: elementos de coesão e coerência. Diferenças e semelhanças pragmáticas e gramaticais –
texto, morfossintaxe, léxico e ortografia. Esta abordagem tem como propósito central integrar ao
currículo atividades que visam potencializar o aluno nas habilidades de leitura, redação e
comunicação, como substrato aos demais componentes curriculares do Curso e instrumento básico
de atuação profissional.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Levar o aluno a perceber a língua como um conjunto de práticas de interação social e como
sistema sociohistórico de signos que possibilita ao homem significar o mundo e interpretar a
realidade, capacitando-o a se expressar com clareza, correção e coerência e a familiarizar-se com a
linguagem técnica usual em contextos determinados. Esta abordagem acrescenta instrumentos e
metodologias que valorizam o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades:





conhecer os paradigmas da língua materna e desenvolver a competência lingüística,
aprofundando-se o estudo de certas estruturas dicotômicas como: discurso oral e discurso
escrito; diferenças e semelhanças pragmáticas; diferenças e semelhanças gramaticais – o
texto, a morfossintaxe; o léxico, a ortografia;
compreender as relações entre oralidade, escrita, conhecimento lingüístico, leitura e
produção de textos;
conhecer a gramática inserida na leitura, interpretação e produção do texto;
desenvolver técnicas de construção de textos claros, coesos e coerentes em nível formal e
técnico;
estimular o exercício de relações interpessoais, desenvolvendo-lhe a capacidade de saber se
posicionar argumentativamente, dominar situações, defender pontos de vista e fazer
leituras críticas do mundo e das instituições.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Unidade 1 – Revisão Gramatical
1.1 - Exposição e orientação sobre dificuldades gramaticais trazidas pelo aluno: sistema
ortográfico, acentuação gráfica, crase, pontuação, sintaxe de concordância, regência.
Unidade 2 – Fundamentação Lingüística
2.1 - Linguagem, língua e fala: conceitos e relações
2.2 - Signo lingüístico, fatores do processo lingüístico de comunicação, funções da linguagem
2.3 - Variação lingüística
Unidade 3 – Recepção de Textos
3.1 - Leitura inspecional, ativa, analítica e crítica
3.2 - Condições de produção de texto: o sujeito (autor/leitor); o contexto (imediato/histórico);
o sentido (interação/explicação).
53
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
3.3 - Discurso, texto e enunciado: textualidade e coesão; coerência textual; polifonia;
intertextualidade.
Unidade 4 – Produção de textos em suas diferentes dimensões: alternativas metodológicas
4.1 - Estruturação do texto
4.2 - Organização do período e do parágrafo
4.3 - Formas de desenvolvimento e tipos de parágrafos
4.4 - Planejamento e produção de esquemas, resumos, resenhas e textos dissertativoargumentativos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BECHARA, Evanildo. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa: novo acordo ortográfico.
48. ed. São Paulo: IBEP Nacional, 2009.
FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Prática de texto. Petrópolis: Vozes, 2008.
Bibliografia Complementar:
CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo:
Scipione, 2008.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindesley. A nova gramática do português contemporâneo. 4. ed. Rio de
Janeiro: Lexikon, 2009.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: para estudantes universitários.
Petrópolis: Vozes, 2008.
FAVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2006.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever aprendendo a pensar. 25. ed.
Rio de Janeiro: FGV, 2006.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lubia Scliar. Português instrumental: de acordo com as
atuais normas da ABNT. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa: teoria e prática. 29. ed. São Paulo: Atual, 2008.
Química Orgânica I
EMENTA:
Química Orgânica - história evolutiva, importância e princípios essenciais. Ligações em moléculas.
Compostos orgânicos: classes e nomenclatura, estrutura e reatividade. Transformações orgânicas.
Estereoquímica: lipídios, carboidratos, proteínas. Reações de substituição aromática. Reações de
eliminação e adição. Exemplos de reações químicas características dos grupos funcionais
abordados e seus mecanismos gerais. Introdução aos compostos orgânicos de interesse
farmacêutico.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Propiciar ao aluno conhecimentos teórico-práticos da Química Orgânica como ciência
experimental na área farmacêutica, destacando a composição das moléculas fundamentais à vida,
e relacionar a estrutura química das substâncias com a atividade farmacológica. Com esta
abordagem o aluno terá condições de:
54
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA








distinguir o papel do átomo de carbono nas estruturas orgânicas;
classificar os compostos orgânicos segundo suas funções;
aplicar as regras de nomenclatura;
justificar as propriedades físicas e químicas à luz da estrutura molecular;
conhecer o mecanismo proposto para as reações orgânicas mais comuns;
estudar compostos orgânicos de interesse dos fármacos;
aplicar os conhecimentos de química orgânica às análises da química aplicada à Farmácia;
utilizar práticas de laboratório usadas na Química Orgânica para facilitar a assimilação do
aprendizado teórico.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Conteúdo Teórico:












Introdução e desenvolvimento da Química Orgânica.
Revisão da Hibridação Sp3, Sp2, e Sp nos composto de carbono.
Polaridade das Moléculas Orgânicas.
Estudo Estrutural do Metano, Etano e Butano.
Estudo dos Alcanos - Propriedades físicas e químicas; Halogenação; Substituição via
radical livre; Controle da cloração; Mecanismos da cloração e bromação; Inibidores; calor
de reação; Estado de transição; Energia de ativação; Velocidade de reação; Combustão e
calor de combustão; Isomeria conformacional; obtenção industrial e obtenção laboratorial.
Alcenos - Estrutura; Nomenclatura; Insaturação e importância nas propriedades químicas;
Adição eletrófila e adição via radical livre; Eliminação; Ligação sigma e pi – Condições
para isomeria geométrica; Propriedades físicas; Obtenção industrial e laboratorial; Teoria
do íon carbônio; Dispersão de cargas; Hiperconjugação.
Estereoquímica; Isomeria plana e espacial; Carbono quiral; Atividade óptica; Rotação
específica; Enantiomeria; Racemização Configuração R e S; Diásteros isômeros;
Mesocompostos; Isomeria geométrica, síntese e atividade óptica.
Alquinos e Dienos; Fórmula geral, Representação em orbital; Nomenclatura, Propriedades
físicas; Obtenção industrial do acetileno e emprego; Acidez dos alcinos; Preparação
laboratorial de alquinos e dienos. Reações de alquinos e dienos; Tautomeria; Classificação
dos dienos; Estabilidade; Ressonância; Reatividade dos dienos conjugados.
Cicloalifáticos, Classificação; Nomenclatura; Propriedades físicas; Usos; Obtenção
industrial e laboratorial; Ciclização, reações de pequenos anéis saturados. Tensão de Bayer;
Conformação bote e cadeira do ciclohexano; Ligações axiais e equatoriais; Estereoisomeria
Cis-trans.
Benzeno; Aromaticidade; Fórmula estrutural; Orbitais do Benzeno; estabilidade,
ressonância, resistência à reação de adição; Caráter aromático e aromaticidade; Regra de
Hückel; Nomenclatura; Substituição eletrófila; Efeito de grupos substituídos; Orientação e
síntese; Reações do Benzeno com mecanismo.
Arenos e seus derivados – Estrutura e Nomenclatura – Obtenção Industrial – Preparação
Laboratorial – reações – Efeitos do benzeno com mecanismo.
Compostos aromáticos polianelares; Naftalenos e derivados: Estrutura; Nomenclatura;
Reações; Orientação de substituição e eletrófila nos derivados dos naftalenos.
55
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA

Fenóis – estrutura; nomenclatura propriedades físicas; sais dos fenóis; obtenção industrial;
preparação laboratorial, acidades, reações e testes químicos para fenóis.
Conteúdo Prático:
 Iniciação nas técnicas básicas de laboratório em Química Orgânica e Biossegurança.
 Uso de tubos de borrachas, varas de vidro recurvadas, rolhas, perfuração de rolhas e uso
normal do manual de química.
 Aquecimento – tipos de condensadores; banhos de aquecimentos; placas, mantas,
refrigeração; refluxo.
 Destilação simples e fracionada - curvas de destilação; diagrama de equilíbrio; razão de
refluxo e aquecimento.
 Purificação – lavagens, filtração, secagem; cristalização.
 Obtenção do metano, Eteno, Acetileno e do Ciclo Hexeno.
 Obtenção do Acetato de Butila para aplicação da técnica de lavagem. Diferenciação de
extração e lavagem.
 Determinação do ponto de fusão e ebulição.
 Obtenção do Acetato de n-Butila.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FELTRE, Ricardo. Química: química orgânica 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
MCMURRY, John. Química orgânica. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
SOLOMONS, T.W. Graham; FRYHLE, C. B. Química orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
COSTA, Marco Antonio da; GUIMARAES, Pedro Ivo Canesso; DIAS, Ayres Guimarães. Guia
prático de química orgânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008.
FERREIRA, Maira; MORAIS, Lavínia; PINO, José Cláudio Del. Química orgânica. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
LAMPMAN, Gary M.; ALENCASTRO, Ricardo Bicca de; PAVIA, Donald L. Química orgânica
experimental. Porto Alegre : Bookman Companhia, 2009.
MARQUES, Jacqueline; BORGES, Christiane Philippini. Práticas de química orgânica. Campinas:
Átomo, 2007.
MORRISON, R.; BOYD, R. Química orgânica. 14. ed. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 2005.
ZUBRICK, James W. Manual de sobrevivência no laboratório de química orgânica. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2005.
Fisiologia e Biofísica
EMENTA:
Fundamentos fisiológicos e biofísicos do funcionamento normal e da regulação dos órgãos e
sistemas humanos e suas inter-relações. Fisiologia dos sistemas humanos, destacando o
comportamento energético da matéria no funcionamento conjunto e harmônico dos
compartimentos corporais. Trocas metabólicas. Reprodução. Desenvolvimento e ritmos biológicos.
56
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Teoria de campo. Bioeletrogênese, excitação e resposta celular. Biomecânica. Termodinâmica de
sistemas biológicos. Radioatividade e radiações em biologia. Biofísica das macromoléculas.
Biofísica das membranas. Transporte através da membrana. Resistência a múltiplas drogas.
Potenciais bioelétricos. Fatores modificadores da sensibilidade celular. Técnicas biofísicas de
análise. Radiofármacos. Fotoproteção e radioproteção.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar o conhecimento acerca do funcionamento integrado normal dos órgãos e sistemas do
organismo humano dentro do conceito de homeostase corporal como suporte teórico aos estudos
mais específicos do Curso, capacitando profissionalmente o educando para:
 entender o funcionamento dos diversos sistemas que compõem o organismo humano,
compreender as funções desempenhadas por cada um deles e reconhecer a importância da
interação entre os mesmos na manutenção da vida;
 compreender os princípios dos fenômenos físicos e os fundamentos termodinâmicos que
explicam e determinam os fenômenos naturais, com ênfase naqueles envolvidos nos
processos biológicos e de aplicabilidades em ciências farmacêuticas.
 descrever os mecanismos homeostáticos dos espaços líquidos do corpo humano;
 conhecer como funciona e é regulado o metabolismo da água e dos eletrólitos;
 entender a fisiologia do sistema cardiovascular, linfático, renal, respiratório, nervoso central
e autonômico, endócrino, digestivo e dos órgãos dos sentidos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AIRES, M. M. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
GUYTON, A. C. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004.
HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo: Atheneu, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALBERTS, Bruce; et al. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CONSTANZO, Linda S. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
DOUGLAS. Tratado de fisiologia aplicada às ciências da saúde. 6. ed. São Paulo: Robe Editorial, 2006.
DÚRAN, J. E. R. Biofísica: fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2005.
FOX, Stuart Ira. Fisiologia humana. São Paulo: Manole, 2007.
GANONG, Willian F. Fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
GARCIA, Eduardo A. C. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 2004.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
OLIVEIRA, Jarbas. Biofísica: para ciências médicas. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
Histologia e Embriologia
EMENTA:
57
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Conhecimentos básicos de agrupamento celular mediante o estudo da organização estrutural das
células e dos tecidos do corpo humano, tendo como base os caracteres morfofuncionais. A célula e
seus componentes. Métodos de estudo em microscopia óptica e eletrônica das células e tecidos.
Embriologia: gametogênese, primeiras fases do desenvolvimento, gastrulação e estabelecimento
da forma externa do embrião, dos anexos embrionários e da ação dos medicamentos no
desenvolvimento embrionário e na barreira placentária. Esta abordagem propicia a compreensão
do homem na sua dimensão biológica, bem como subsidia o estudo de disciplinas como: Processos
Patológicos Gerais, Fisiologia e Biofísica, Farmacologia, que fundamentam a adoção de condutas
em Farmácia.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Fornecer as bases da micromorfologia e morfofisiologia dos tecidos fundamentais, dos órgãos
integrados na formação dos sistemas do corpo humano e sua aplicação no conhecimento da
biologia humana, promovendo contato com os avanços no campo experimental da embriologia.
Ao final dos estudos, o aluno terá adquirido competências e desenvolvido habilidades para:
 distinguir os vários tipos de células que compõem o organismo humano;
 identificar, sob o ponto de vista fisiológico e morfológico, as estruturas celulares;
 reconhecer os componentes estruturais celulares e os principais tipos de tecidos e órgãos, de
modo a compreender os processos biológicos a eles relacionados, fundamentais para a
manutenção do processo vital;
 conhecer a estrutura histológica dos diversos tecidos orgânicos, suas características e
funções, desenvolvendo noções de microscopia e técnica laboratorial histológica;
 conhecer e entender os mecanismos biológicos relacionados a todas as fases do processo de
desenvolvimento humano;
 caracterizar as fases do desenvolvimento embrionário e seus principais aspectos descrevendo
a formação, estrutura e função dos anexos embrionários;
 relacionar os folhetos embrionários que dão origem aos diferentes órgãos;
 identificar as malformações embrionárias e suas possíveis causas;
 discutir a ação dos medicamentos no desenvolvimento embrionário e na barreira placentária;
 descrever as principais técnicas de reprodução assistida.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO:
Unidade 1 – Fundamentos da Histologia e Embriologia
1.1 - Introdução à Histologia. Os grupos de tecidos.
1.2 - Métodos gerais para estudo dos tecidos.
Unidade 2 – Estudo dos Grupos de Tecidos
2.1 - Tecido epitelial de revestimento e tecido epitelial glandular: origens, classificação e
histofisiologia.
2.2 - Tecido conjuntivo propriamente dito: morfologia, histofisiologia e histogênese.
2.3 - Tecido conjuntivo e propriedades especiais: Adiposo, reticular, elástico e mucoso.
2.4 - Tecido cartilaginoso: origem, características morfológicas e histofisiologia.
2.5 - Tecido ósseo: origem, características morfológicas, variedades e histofisiologia.
2.6 - Tecido muscular: origem, características morfológicas, classificação e histofisiologia.
58
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
2.7 - Tecido nervoso: neurônios, sinapses, neuroglia e funções. Fibras nervosas e nervos.
Unidade 3 – Estudo do Sistema Circulatório
3.1 - Sistema circulatório: estrutura geral do coração, artérias, capilares, veias e linfáticos.
Histofisiologia.
3.2 - Tecido sangüíneo: células, características morfológicas e funções.
3.3 - Hemocitopose: medula óssea vermelha e amarela. Histofisiologia.
3.4 - Órgãos linfáticos: amídalas, linfonodos, nódulos linfáticos, baço e timo. Histofisiologia.
Unidade 4 – Estudo morfológico e histológico dos Sistemas
4.1 - Sistema digestivo: características morfológicas, histofisiologia e glândulas anexas do
tubo digestivo – morfologia e histofisiologia.
4.2 - Aparelho respiratório: morfologia e histofisiologia.
4.3 - Pele e seus anexos: morfologia e histofisiologia.
4.4 - Glândulas endócrinas: morfologia e histofisiologia.
4.5 - Sistema urinário: morfologia e histofisiologia.
4.6 - Sistema genital masculino: morfologia e histofisiologia.
4.7 - Sistema genital feminino: morfologia e histofisiologia.
Unidade 5 – Embriologia e gametogênese
5.1 - 1ª e 2ª semanas do desenvolvimento da fecundação à implantação e formação do disco
germinativo bilaminar.
5.2 - 3ª semana do desenvolvimento: formação do disco germinativo trilaminar (gastrulação).
Folhetos germinativos e seus derivados.
5.3 - Anexos embrionários.
CONTEÚDO PRÁTICO:
Estudo de lâminas histológicas com utilização de recursos do laboratório.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica. 11. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SOBOTTA, Johannes. Atlas de histologia: citologia, histologia e anatomia microscópica. 7 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia molecular da
célula. São Paulo: Artmed, 2005.
COCHARD, L. R. Atlas de embriologia humana de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2003.
DI FIORE, Mariano S.H.; LOBO, Bruno Alípio (Trad.). Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.
GARTNER, Leslie P.; HIATT, James L. Tratado de histologia em cores. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
59
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ROBERTIS, Eduardo M. F. de. Bases da biologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.
ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech; ALMEIDA, Jorge Mamede de. Histologia: texto e atlas.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MAIA, George Doyle. Embriologia humana: texto básico para os cursos de ciências de saúde. São
Paulo: Atheneu, 2005.
Farmacobotânica
EMENTA:
O reino vegetal. Conceitos de taxonomia vegetal e sistemas de classificação: estudos de famílias,
gêneros e espécies. Organografia e anatomia vegetal: raiz, caule, folhas, inflorescência, flores,
frutos e sementes de plantas medicinais. Taxonomia e morfologia dos principais grupos de plantas
medicinais e tóxicas. Tipos e adaptações e interesse farmacêutico. Técnicas de herborização e
catalogação de amostras vegetais; morfodiagnose e reconhecimento de plantas de interesse
farmacêutico. Ação farmacológica e princípios ativos das plantas dos principais gêneros e das
famílias estudadas. Falsificações e substituições de drogas oficinais.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar o aprendizado teórico e prático acerca de vegetais nas áreas de citohistologia,
morfologia, sistemática e fisiologia como subsídio ao aprendizado sobre plantas medicinais,
tóxicas e drogas vegetais empregadas na indústria farmacêutica e substrato relevante aos
componentes curriculares de cunho profissional como a Farmacognosia e Toxicologia. Ao final do
semestre, o estudante deverá demonstrar as seguintes competências e habilidades:







conhecer os aspectos fundamentais da anatomia, morfologia e desenvolvimento de plantas
medicinais, alimentícias, tóxicas e cosméticas vegetais por meio de análises morfológicas;
identificar os principais tipos de órgãos vegetais, com ênfase na morfologia interna dos
tecidos de reserva que acumulam metabólicos secundários úteis na confecção de fármacos;
identificar estruturas e tecidos de relevância para a compreensão da taxonomia e da
fisiologia do organismo vegetal, em especial daqueles de relevância para a área
farmacêutica;
discernir plantas tóxicas visando à prevenção de acidentes;
dominar o instrumental necessário à coleta e preparação de material botânico para uso na
fabricação e identificação de drogas;
deter informações sobre cultivo, colheita e armazenamento de plantas medicinais para o
processo de seleção de drogas de qualidade padronizadas;
dominar ferramenta adequada para organizar herbários sistemáticos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
TEÓRICO E PRÁTICO:
1. Fundamentos de Farmacobotânica e a relação do uso de plantas pelos farmacêuticos.

Generalidades sobre sistemática vegetal: organização taxonômica, nomenclatura
botânica, classificação dos grandes grupos vegetais e identificação de espécies vegetais.
60
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA

Conceitos preliminares em Farmacobotânica: planta medicinal, princípio ativo, droga
vegetal.
2. Cito-Histologia Vegetal



Célula Vegetal:
- Parede celular: organização; estrutura e natureza química; identificação nas plantas
de paredes cerificadas, cutinizadas, silificadas e mucilaginosas.
- Plastos: estrutura; classificação e identificação.
- Vacúolos e substâncias regásticas: conceito; classificação das inclusões celulares
(amido e féculas, grãos de aleuroma, inulina, óleos, taninos, cristais de oxalato de
cálcio e carbonato de cálcio).
- Ocorrência das inclusões nas espécies vegetais; tratamentos de cortes histológicos por
soluções específicas.
Sistemas de tecidos vegetais: origem dos tecidos vegetais:
- Meristemas: conceito; classificação; identificação e ocorrência nas plantas.
- Sistema dermal: epiderme e periderme; formações epidérmicas e secreções
importantes na farmacêutica.
- Sistemas de preenchimento e sustentação: parênquima, colênquima e esclerênquima;
importância na farmacobotânica.
Sistema vascular: xilema e floema: classificação; tipos celulares e ocorrência nas plantas;
disposições nos órgãos vegetais.
- Tecidos secretores;
- Laticíferos: organização e classificação; constituição química do late, importância do
látex n economia;
- Estruturas secretoras: células secretoras, glândulas e canais secretores; ocorrência nas
plantas; importância na farmacobotânica;
3. Morfologia e sistemática vegetal
Características morfológicas importantes na identificação das plantas: análises macro e
microscópicas de raízes, rizomas, bulbos, caules, cascas, folhas, flores, sementes e frutos
de espécies vegetais com destaque das espécies medicinais de importância
farmacêutica.
 Microtécnicas Vegetais: coleta, fixação, desidratação; inclusão em parafina; corte
montagem;
 Remoção da parafina e hidratação; coloração e hidratação; montagem em glicerol
lutagem.
 Produtos de metabolismo secundário vegetal.
4. Cultivo




Fatores extrínsecos e abordagens do cultivo sem agroquímicos; a colheita e a sua
relação com a porcentagem de princípios ativos; a secagem com meio de conservação
do material colhido; a armazenamento livre de contaminantes.
Técnicas de coleta, herborização e catalogação de amostras vegetais. Herbário de
plantas medicinais (tipos de coleção, preparo de exsicatas; identificação; conservação).
Plantas tóxicas: conceito, acidentes com intoxicação, prevenção e conhecimento das
principais plantas tóxicas.
61
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Principais ecossistemas brasileiro e regional e distribuição da sua flora.
Principais vegetais brasileiros e regionais utilizados em terapêutica e os constituintes
químicos.
 Taxonomia de famílias vegetais da flora mineira de interesse farmacológico, tóxico e
comercial; propriedades terapêuticas e tóxicas de espécies vegetais.
5. Tópicos em Fisiologia Vegetal:








A água nas plantas: absorção, translocação e perda de água;
Transporte de solutos orgânicos e inorgânicos;
Aspectos da fotossíntese;
Principais vias biossintéticas de fitofármacos;
Crescimento, desenvolvimento e fotomorfogênese;
Tropismos, natismos, hormônios vegetais e aspectos fisiológicos da reprodução.
CONTEÚDOS PRÁTICOS:
 Apresentação audiovisual do bioma regional, fitofisionomias e de suas principais
plantas medicinais.
 Coleta de plantas; prensagem, secagem, montagem de exsicatas e conservação de plantas
de interesse farmacêutico em laboratório.
 Identificação de plantas medicinais mediante o uso de chaves taxonômicas e realização
de exercícios com o uso de nomes científicos das plantas medicinais.
 Exercícios experimentais em laboratório, com auxílio de microscópio, lupa e preparação
de lâminas de cada parte vegetal, enfocando suas variações adaptativas.
 Exercícios experimentais, em laboratório, com auxílio de microscópio, lupa e preparação
de lâminas de plantas tóxicas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AKISUE, Gokithi; OLIVEIRA, Fernando de. Fundamentos de farmacobotânica e de morfologia vegetal.
São Paulo: Atheneu, 2008.
_______. Práticas de morfologia vegetal. São Paulo: Atheneu, 2006.
ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes. 17. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CUTLER, E.G. Anatomia vegetal - segunda parte: células e tecidos. São Paulo: Rocca, 2002.
FERRI, Mário Guimarães. Botânica - morfologia externa das plantas (organografia). 15. ed. São Paulo:
Nobel, 2004.
_______. Botânica interna das plantas. São Paulo: Nobel, 1999.
JOLY, Aylton Brandão. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: IBEP Nacional, 2005.
LORENZI, Harri. Plantas medicinais no Brasil nativas e exóticas. São Paulo: Plantarum, 2002.
SOUZA, V.C. Chave de identificação para as principais famílias de angiospermas nativas e cultivadas do
Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2007.
62
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Métodos Físicos em Farmácia
EMENTA:
Conhecimentos teóricos e aplicações práticas de métodos físicos em Farmácia. Operações e
conversões físicas. Algarismos significativos, teoria dos erros. Gráficos. Densimetria: conceitos e
métodos. Mecânica dos fluidos: pressão, tensão superficial, capilaridade, viscosidade e fluxo.
Óptica geométrica: sistemas ópticos refletores e refratores, lentes, formação de imagens, aplicação
ao microscópio simples, microscópio composto e óptica da visão. Polarização. Óptica física:
espectro eletromagnético e espectrometria. Aplicação, em laboratório, de técnicas experimentais
para tomada de medidas físicas, tratamento e análise de dados fundamentais à atuação do
farmacêutico.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Fornecer uma visão geral dos conceitos físicos aplicados às ciências farmacêuticas e as bases dos
procedimentos em física experimental relacionados à atuação do farmacêutico, desenvolvendo no
aluno competências e habilidades para:
 dominar e utilizar, eticamente, os conceitos, instrumentos e o raciocínio da Física para
compreender e resolver problemas da área farmacêutica em que eles sejam aplicáveis,
valorizando o trabalho em equipe.
 identificar as principais grandezas físicas e realizar transformações trabalhando com o
sistema internacional de unidades.
 reconhecer a importância da realização correta das medidas físicas e tratamento de erros em
laboratório.
 conhecer e utilizar as técnicas de construção de gráficos, a partir de dados experimentais.
 compreender a importância dos conceitos e do raciocínio da mecânica para solucionar
problemas, especialmente aqueles aplicados na área de Farmácia.
 conhecer as leis que governam os líquidos em repouso e em movimento; as principais leis da
Termodinâmica e aquelas que governam o transporte do calor.
 utilizar os fundamentos dos fenômenos ondulatórios e óticos na área farmacêutica e
compreender a importância das ondas eletromagnéticas.
 reconhecer as grandezas básicas da eletricidade e do magnetismo como conceitos
importantes para o farmacêutico.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1 - Sistemas de Unidades
1.1 – Representação de uma medida física
1.2 – Grandezas fundamentais e grandezas derivadas
1.3 – Principais sistemas de unidades
2 - Introdução à teoria de erros
2.1 – Tipos de erros
2.2 – Algarismos significativos
2.3 – Incertezas
2.4 - Representação de um conjunto de medidas: valor médio, desvio padrão e desvio
padrão da média.
63
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
3 - Gráficos
3.1 – Anamorfose
3.2 – Gráficos em escala logarítmica
4 - Densimetria
4.1 – Conceito de densidade
4.2 – Determinação da densidade de sólidos e líquidos por meio do picnômetro
4.3 - Determinação da densidade de sólidos por meio da balança hidrostática
5 - Mecânica dos fluidos
5.1 – Pressão. Pressão arterial e pressão intra-ocular
5.2 – Tensão superficial e capilaridade. Tensão superficial nos pulmões
5.3 - Fluxo (vazão): conceito e aplicações no sistema circulatório
5.4 – Viscosidade: conceito e métodos de determinação. Viscosímetro de rotação
6 - Óptica geométrica
6.1 – Reflexão e refração
6.2 – Lentes e formação de imagens. Microscópio simples e microscópio composto. Óptica da
visão e defeitos da visão
7 - Polarização
7.1 – Conceito. Luz polarizada e polariscópio
8 - Óptica física
8.1 – Espectro eletromagnético. Dispersão da luz branca
8.2 – Espectrometria: espectrômetro de prisma
9 - Física dos radioisótopos
9.1 – Decaimentos radioativos
9.2 – Meia-vida física, meia-vida biológica e meia-vida efetiva
9.3 – Atividade de uma amostra radioativa
9.4 – Exemplo de detector de radiação: contador Geiger-Müller
Bibliografia Básica:
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: óptica e física
moderna. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
OKUNO, E.; CALDAS, I. L. e CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo:
Harbra, 1986.
SERWAY, R. A. e JEWETT JÚNIOR, J. W. Princípios de física. São Paulo: Thomson Learning, 2004.
Bibliografia Complementar:
GARCIA, Eduardo Alfonso Cadavid. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 2005.
HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo, Atheneu, 2004.
POMBEIRO, Armando J Latourrette O. Técnicas em operações unitárias em química laboratorial. 2. ed.
Lisboa: Fundação Kaloustre Gulbekian, 2003.
SEARS, F.W.; ZEMANSKY, M.W. Física II. 10. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.
64
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e da Doença
EMENTA:
Determinantes evolutivos do pensamento sociológico. Concepção de homem ao longo da história:
do entendimento clássico ao humanismo moderno até as dicotomias atuais sobre “homemmáquina”, “homem-holístico”. Abordagem antropológica do fenômeno saúde-doença em sua
dimensão coletiva. Conceito de enfermidade como decorrência do tripé etiológico: biofísico, social
e cultural. Patologias sociais e a representação social da doença. Dimensão simbólica do
adoecimento e cura e os itinerários terapêuticos: medicinas populares e científicas. Construção da
identidade social do farmacêutico. Análise e discussão de questões emergentes da sociologia
contemporânea em sua multidimensionalidade: condições de existência (bairro, família, escola),
pobreza, violência urbana, inclusão e exclusão, biotecnologia, ecodestruição, globalização.
Discussão sobre as relações sociais e os processos de saúde coletiva no Brasil sob o ponto de vista
sociológico.
OBJETIVOS:
Proporcionar uma visão da Sociologia e Antropologia como ciências da sociedade, partindo do
conhecimento da história destes saberes e das contribuições teóricas de diferentes pensadores para
a compreensão de fatos sociais determinantes das situações saúde-doença e como referência ao
desenvolvimento de programas de estudo em saúde coletiva.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:





Situar, criticamente, o homem no tempo e no espaço em vista da identificação e
desenvolvimento de propostas alternativas de relacionamento social.
Abordar a Sociologia não apenas como mais uma ciência, mas, sobretudo como
instrumento que pode contribuir na construção da cidadania.
Relacionar elementos conceituais que possam ser utilizados no desenvolvimento de
programas de Saúde Coletiva para uma análise sociopolítica e antropológica dos
problemas referentes à sociedade como um todo, compreendendo os fatores sociais como
determinantes de situações saúde/doença.
Fundamentar a análise das relações sociais e os processos de saúde coletiva no Brasil,
dando oportunidade de desenvolver o senso crítico a partir da análise e compreensão da
realidade social e temporalmente estabelecida;
Compreender as relações entre as Ciências Sociais e a saúde no Brasil; entre o
farmacêutico/usuário/paciente, situando a atuação da Farmácia na comunidade e o papel
social do farmacêutico na intervenção e prevenção da saúde individual e coletiva.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. A Sociologia como ciência da sociedade. Surgimento, formação e desenvolvimento.
Grandes mestres das Ciências Sociais: Durkheim, Weber, Talcott, Parson.
2. A Sociologia crítica brasileira: Florestan Fernandes e a contribuição dos sociólogos
contemporâneos para a área da saúde.
3. Instituições Sociais: família, igreja, estado, escola, partidos políticos, comércio e indústrias,
sindicatos. As diferenças sociais.
65
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
4. Hierarquias sociais: estratos sociais, castas sociais, estamentos e classes sociais, setores de
classes e categorias profissionais.
5. Sistema social: definição e complexidade; Globalização; Interconectividade;
Infinitarização; Comunicação de massa; Afetação comportamental da humanidade;
Influência positiva dos cuidados com a saúde; Farmácia e os grupos comunitários. O
impacto dos estilos de vida sobre a saúde dos indivíduos.
6. Questões atuais desintegradoras da sociedade hodierna: pobreza, fome e desnutrição,
marginalidade, inclusão/exclusão, violência, racismo e suas vinculações com as condições
de vida e saúde da população.
7. Evolução histórica do conceito de saúde e doença no contexto da sociedade; as diversas
concepções de enfermidade; as formas elementares da doença e da cura; representações
sociais presentes no processo saúde/doença.
8. Sociologia da Saúde e sua importância para a formação do Farmacêutico; o pensamento
parsoniano em saúde; as Ciências Sociais e a saúde no Brasil; relação
farmacêutico/usuário/paciente;
atuação
da
Farmácia
na
comunidade;
o
compartilhamento do farmacêutico na intervenção e prevenção da saúde; o papel social
do farmacêutico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, Paulo César; MINAYO, Maria Cecília de Souza (Orgs.). Saúde e doença: um olhar
antropológico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008.
LAPLANTINE, F. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
ZANCHI, Marco Túlio e ZUGNO, Paulo Luiz. Sociologia da saúde. Caxias do Sul: Educs, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CANESQUI, A. M. Ciências sociais e saúde no Brasil. São Paulo: Aderaldo e Rothschild, 2007.
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005.
HELMAN, C. G. Cultura, saúde e doença. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. São Paulo: Atlas, 2004.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática. 2001.
Prática Farmacêutica I: Biossegurança em Ações de Saúde
EMENTA:
Princípios e normas gerais de biossegurança, higiene e profilaxia. Conceitos de assepsia,
antissepsia, desinfecção, descontaminação e esterilização. Equipamentos, vidrarias e materiais de
laboratórios e seu manuseio. Noções básicas sobre BPL. Segurança de laboratório químico (EPI e
EPC). Agentes causadores de acidentes (químicos, físicos e biológicos). Equipamentos de proteção
individual e coletiva. Manuseio, controle e descarte de produtos químicos e biológicos. Manuseio e
descarte de organismos geneticamente modificados. Normas e protocolo de atendimento do
acidentado. Acidentes e noções sobre aplicação de manobras de primeiros socorros. Legislação
aplicada a laboratórios de ensino e pesquisa.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
66
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Desenvolver noções básicas de biossegurança em laboratório, caracterizando os agentes e riscos de
contaminação química, física e biológica e os elementos essenciais quanto à indumentária, ao
comportamento e atitudes de proteção. Adicionalmente, habilitar o profissional em formação nas
técnicas de atendimento a vítimas de acidentes com aplicação das técnicas de primeiros socorros
mais indicadas. Ao final do período, o estudante deverá conhecer o ambiente de laboratório, as
regras e procedimentos relacionados à biossegurança, realizando corretamente procedimentos
básicos em acidentes e situações de emergência, com suporte na legislação de referência.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
MASTROENI, Marco Fábio. Biossegurança aplicada a laboratórios. São Paulo: Atheneu, 2005.
HIRATA, Mário Hiroyuki; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de biossegurança. São Paulo: Manole,
2001.
BIZJAK, Glória; BERGERON, J. David. Primeiros socorros. Paulo: Atheneu, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BRASIL. Ministério da Saúde. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. 3. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
CARVALHO, Paulo Roberto de. Boas práticas químicas em biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência,
1999.
SILVA, Décio Teixeira da; GONÇALVES, Roberto Reder. Glossário de boas práticas de laboratórios
clínicos. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.
SILVEIRA J. M. S; BARTMAN M.; BRUNO, P. Primeiros socorros: como agir em situações de
emergência. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2002.
TEIXEIRA, P; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2002.
Química Orgânica II
EMENTA:
Química dos carboidratos, aminoácidos, proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos, nucleoproteínas,
pigmentos biliares, vitaminas e coenzimas. Tipos e mecanismos de reações orgânicas: reações de
substituição nucleofílica em carbono saturado e reações de eliminação; reações de adição; reações
de substituição nucleofílica em carbono insaturado. Exercícios práticos para ilustração dos
conteúdos abordados.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Propiciar o aprendizado teórico e prático da Química Orgânica como ciência experimental na área
farmacêutica e na composição das moléculas fundamentais à vida, estabelecendo a relação entre a
estrutura química da substância e a atividade farmacológica. Ao final dos estudos, o aluno estará
apto a:
 dominar as técnicas de refluxo e purificação de produtos químicos;
 identificar as reações, métodos de preparação e caracterização de haletos de alquila,
compostos oxigenados e nitrogenados, compostos aromáticos e compostos de interesse
farmacêutico e formular mecanismos para essas reações;
67
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 aplicar os conhecimentos de reações de química orgânica às análises da química aplicada à
ciência farmacêutica;
 desenvolver práticas de laboratório de Química Orgânica para assimilação dos
conhecimentos programáticos teóricos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COSTA, Marco Antônio da; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; DIAS, Ayres Guimarães. Guia
prático de química orgânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008.
FELTRE, Ricardo. Química: química orgânica 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
SOLOMONS, T.W. Graham; FRYHLE, C. B. Química orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
FERREIRA, Maira; MORAIS, Lavínia; PINO, José Cláudio Del. Química orgânica. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
LAMPMAN, Gary M.; ALENCASTRO, Ricardo Bicca de; PAVIA, Donald L. Química orgânica
experimental. Porto Alegre: Bookman Companhia, 2009.
MANO, Eloísa Biasotto; SEABRA, A. P. Práticas de química orgânica. 3. ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 2002.
MCMURRY, John. Química orgânica. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
MARQUES, Jacqueline; BORGES, Christiane Philippini. Práticas de química orgânica. Campinas:
Átomo, 2007.
MORRISON, R.; BOYD, R. Química orgânica. 14. ed. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 2005.
ZUBRICK, James W. Manual de sobrevivência no laboratório de química orgânica. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2005.
Bioquímica Básica
EMENTA:
A ciência bioquímica e sua evolução. Metodologia bioquímica; estrutura, função e
biotransformação dos componentes macromoleculares das células. Carboidratos, lipídios,
proteínas, ácidos nucléicos, nucleoproteínas e vitaminas. Enzimas. Sentido das reações. Regulação
alostérica. Princípio de bioenergética. Metabolismo de carboidratos – ciclo de Krebs, fosforização
oxidativa. Metabolismo de lipídios. Metabolismo de aminoácidos. Aspectos bioquímicos da
nutrição. Regulação alostérica e hormonal do metabolismo. Aspectos da integração metabólica.
Desenvolvimento em laboratório de práticas funcionais ilustrativas dos conteúdos abordados.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Desenvolver o aprendizado das estruturas químicas, classificação e nomenclatura dos compostos
biológicos, suas propriedades, os métodos para identificação e dosamento, como substrato à
compreensão do metabolismo destes compostos no organismo e de como este obtém, armazena e
utiliza a energia necessária às suas atividades, procedendo-se à relação com a Biologia Celular e
Molecular, Farmacologia, Fisiologia, Genética e outras áreas conexas. Ao final do semestre, o
estudante deverá demonstrar as competências e habilidades seguintes:
68
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
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
Reconhecer e classificar os compostos que entram na constituição das células;
Relacionar as formas estruturais com as propriedades físico-químicas;
Isolar e identificar os compostos estruturais, energéticos, metabólicos e nutrientes;
Identificar, particularmente, os compostos farmacologicamente ativos;
Conhecer os fundamentos da natureza química da bioquímica por meio da caracterização
estrutural e funcional das biomoléculas numa abordagem relevante ao Curso de Farmácia.
Entender as vias metabólicas dos seres vivos;
Compreender as reações químicas envolvidas na síntese da matéria viva e no catabolismo e
produção de energia;
Demonstrar como regem a função celular normal e algumas alterações patológicas;
Compreender a importância e o papel do metabolismo biológico das principais
biomoléculas (carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos);
Conhecer o controle metabólico e sua integração no organismo dos seres vivos;
Relacionar estudos bioquímicos com as áreas da Biologia Molecular e Celular, Farmacologia,
Fisiologia, Genética e sua aplicabilidade na área farmacêutica;
Conhecer e executar os métodos físico-químicos de análise de alimentos;
Desenvolver habilidades básicas na prática laboratorial de bioquímica pela vivência de
experimentos visando à aprendizagem das principais vidrarias e o seu manuseio, o preparo
de soluções, os cálculos de diluições e concentrações, pH e tampão.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
LEHNINGER, Albert L.; NELSON, Kay Yarborough; COX. Princípios de bioquímica. 4. ed. São
Paulo: Sarvier, 2006.
STRYER, Lubert; TYMOCZKO, John L.; BERG, Jeremy M. Bioquímica. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CAMPBELL, M. K. Bioquímica. Porto Alegre: Artmed, 2001.
CISTERNAS, J. R; VARGA, J; MONTE, A. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2005.
CORNELY, Kathleen; PRATT, Charlotte W. Bioquímica essencial. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.
FERREIRA, Carlos Parada. Bioquímica básica. 7. ed. São Paulo: Edição do Autor, 2007.
MARIA, Carlos Alberto Bastos de. Bioquímica básica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008.
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
MOTTA, Valter T. Bioquímica clinica para o laboratório. Rio de Janeiro: Medbook, 2009.
MURRAY, R. K. et al. Bioquímica. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
SACKHEIM, George I et al. Química e bioquímica para ciências biomédicas. São Paulo: Manole, 2004.
69
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Parasitologia e Micologia
EMENTA:
Considerações sobre vida associada. Parasitismo. Sistemática, morfologia e ciclo biológico dos
parasitos (helmintos e protozoários) e seus vetores. Adaptação parasita hospedeiro e influência
ambiental. Distribuição geográfica de parasitas do homem. Parasitismo e doença parasitária.
Resistência e imunidade. Aspectos quanto à patogenia, manifestações clínicas, diagnóstico
laboratorial, epidemiologia e profilaxia das enfermidades de origem parasitária humana de
interesse à prática profissional do farmacêutico. As doenças parasitárias e a relação com
alimentação, saneamento básico e os mecanismos de prevenção. Importância do estudo de
parasitas sob o enfoque científico e biotecnológico.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Desenvolver conhecimentos básicos sobre a morfologia e taxonomia parasitária, para compreensão
da sintomatologia e diagnóstico laboratorial das doenças parasitárias e seu tratamento, bem como
as implicações da relação parasito/hospedeiro sobre cada um dos componentes dessa associação,
fazendo a devida correlação do saneamento básico na produção de saúde e doença nas
populações. Ao final do semestre, o discente deverá mostrar-se capaz de:
 entender a morfologia, fisiologia, ciclos de vida e mecanismos de transmissão dos
protozoários, helmintos e artrópodes de interesse médico;
 compreender aspectos determinantes da relação entre cada parasita e seus respectivos
hospedeiros;
 reconhecer as principais doenças causadas por helmintos e protozoários parasitas, com
enfoque nos aspectos epidemiológicos, profiláticos e de tratamento, e as vias de intervenção
farmacológica, para o exercício da atenção farmacêutica e preparação para as disciplinas da
área clínica;
 treinar práticas de microscopia e preparação de amostras biológicas para investigação de
infecções parasitárias;
 desenvolver a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado;
 propor medidas profiláticas necessárias ao controle das infecções dentro de um contexto
ecológico e social, atuando como um profissional comprometido com a promoção da saúde
da comunidade de referência;
 identificar, mediante exemplos da prática diária, princípios básicos de higiene e assepsia
pessoal e seu papel na transmissão de parasitoses.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. 2. ed. São
Paulo: Atheneu, 2005.
MORES, R. G. Parasitologia e micologia humana. 5. ed. São Paulo: Cultura Médica, 2008.
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. 12ª Conferência Nacional de Saúde:
Conferência Sérgio Arouca. Relatório Final. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
70
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
CIMERMAN, Benjamin; FRANCO, Marco Antonio. Atlas de parasitologia: artrópodes, protozoários
e helmintos. São Paulo: Atheneu, 2002.
FERREIRA, M. U.; FORONDA, A. S.; SCHUMAKER, T. T. S. Fundamentos biológicos da parasitologia
humana. São Paulo: Manole, 2003.
LUZ NETO, Leonardo Severo da; ROSELI, Volpi; REIS, P. A. dos. Microbiologia e parasitologia.
Goiânia: AB, 2003.
MINAMI, P. S. Micologia: métodos laboratoriais de diagnóstico das micoses. São Paulo: Manole,
2002.
NEVES, David Pereira; BITTENCOURT NETO, João Batista. Atlas didático de parasitologia. 2. ed.
São Paulo: Atheneu, 2008.
REY, Luis. Parasitologia - parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
SIDRIM. Micologia médica à luz de autores contemporaneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
ZAITZ, Clarisee; RUIZ, Lígia Rangel; SOUZA, Valéria Maria de. Atlas de micologia médica. Rio de
Janeiro: Medsi, 2004.
Microbiologia e Imunologia
EMENTA:
Posição dos microrganismos na classificação dos seres vivos, sua interação com o meio ambiente e
outros seres vivos; as implicações de seu desenvolvimento nas áreas de saúde; grupos de interesse
na indústria farmacêutica e de alimentos. Morfologia, estrutura e fisiologia dos microrganismos;
noções técnicas de observação e isolamento; controle das populações microbianas por agentes
químicos, físicos e antibióticos. Bactérias: morfologia, nutrição, cultivo, genética e reprodução.
Fungos: morfologia, fisiologia e reprodução. Tipos de micoses. Vírus: estrutura, replicação.
Imunidade natural e específica. Mecanismos inatos e adaptativos da resposta imune. Células e
órgãos do sistema imune. Imunidade e diagnóstico das principais doenças virais, bacterianas,
fúngicas, parasitárias e auto-imunes. Influências fisiológicas e ambientais sobre o sistema imune.
Autoimunidade. Vacinas. Métodos laboratoriais.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar ao aluno oportunidade para aquisição de conhecimento básico sobre os
grupos de microrganismos que afetam a saúde e a vida humana, abordando sua estrutura,
ciclo de vida, nutrição, métodos disponíveis para controle de sua proliferação, seus
mecanismos de patogenicidade, assim como as defesas imunológicas desencadeadas pela
sua presença no organismo humano. Ao final dos estudos, o aluno estará apto para:
 identificar as características do mundo microbiano, destacando especialmente as
particularidades constitutivas das bactérias, vírus e fungos dentro da sistemática dos seres
vivos;
 mostrar familiaridade com as técnicas microbiológicas básicas, estimulando o treinamento
em atividades que exijam o conhecimento dos princípios de biossegurança;
 detalhar o metabolismo microbiano e suas conseqüentes implicações no relacionamento com
o hospedeiro humano;
71
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 diferenciar os conceitos de flora normal e oportunista, microorganismos patogênicos estritos
e suas formas de ação;
 relacionar as principais infecções humanas de etiologia bacteriana, viral e micótica,
destacando sua relevância, as medidas cabíveis de profilaxia e combate;
 compreender a biologia dos fungos patogênicos para o homem, transmissão e
patogenicidade, destacando as características macro e microscópicas;
 conhecer os mecanismos de reconhecimento e eliminação dos constituintes celulares e
moleculares que interagem com os organismos humanos, alterando sua integridade;
 realizar procedimentos básicos para identificação de fungos e bactérias e compreender as
relações benéficas e maléficas destes com outros seres, associando conhecimentos básicos da
Microbiologia e Imunologia e com sua aplicabilidade na melhoria da condição humana nas
áreas de saúde e meio ambiente;
 entender os processos dependentes de ação do sistema imunológico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H. Imunologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
JAWETZ, Ernest; LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flávio. Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABBAS, Abul K. LICHTMAN, Andrew H. PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de
Janeiro: Revinter, 2008.
ANTUNES, Lucyr J. Imunologia básica. São Paulo: Atheneu, 2003.
BIER, Otto G.; SILVA, Wilmar Dias da; MOTA, Ivan. Imunologia: básica e aplicada. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
JANEWAY-Jr, C. A.; TRAVERS, P.; WALPORT M. & SHLOMCHIK, M. Imunobiologia: o sistema
imunológico na saúde e na doença. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2006.
LUIZ NETO, Leonardo Severo. Microbiologia e parasitologia. São Paulo: AB, 2003.
MURPHY, K.; TRAVERS, P.; WALPORT, A. Imunobiologia de Janeway. 7. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
PELCZAR JR.; MICHAEL J. et al. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2005. 2v.
Físico-Química Farmacêutica
EMENTA:
Unidades e grandezas físico-químicas. Estados de agregação da matéria. Forças intermoleculares.
Princípios de termodinâmica química; Termoquímica, equilíbrio e espontaneidade de reações
químicas. Propriedades coligativas (diagrama de fases). Cinética química. Sistemas dispersos;
colóides, emulsões e suspensões. Polímeros. Preparo de soluções e diluição a partir de
medicamentos. Realização de experimentos, em laboratório, que demonstrem a importância do
estudo da Físico-Química, tendo em conta as relações de troca presentes nos sistemas biológicos e
sua aplicabilidade na área farmacêutica. Aulas práticas associadas aos fundamentos teóricos.
72
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Analisar sistemática e quantitativamente fenômenos físico-químicos, empregando conceitos
básicos como energia, equilíbrio, transformações, espontaneidade e velocidade de reações
químicas, e relacioná-los com aspectos teóricos e procedimentos técnicos da área farmacêutica. Ao
final do curso, o aluno terá capacidade de:
 dominar os princípios físicos e físico-químicos que envolvem o funcionamento dos
equipamentos empregados nas análises laboratoriais de produtos farmacêuticos e correlatos;
 preparar soluções e concentrações diferentes e compreender suas propriedades físicoquímicas;
 distinguir os fatores que influenciam uma reação química na velocidade e no seu equilíbrio;
 analisar a variação do pH de uma solução;
 determinar a curva de calibração de uma solução colorida;
 adquirir as bases teóricas e práticas de termoquímica, eletroquímica, estabelecendo sua
aplicabilidade no campo farmacêutico;
 realizar em laboratório, experimentos que demonstrem os princípios e fenômenos estudados
no semestre.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ATKINS, Peter; PAULA, Júlio de. Físico-Química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
FLORENCE, A. T. Princípios físico-químicos em farmácia. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2003.
NETZ, P.; GONZALEZ, Ortega. G. Fundamentos de físico-químicos para ciências farmacêuticas. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CHANG, R. Físico-Química para as ciências químicas e biológicas. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill,
2009. V. 1 e 2.
CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química geral e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira,
2005.
LUIZ PILLA, José Schifino. Físico-química: termodinâmica química e equilíbrio químico. Porto
Alegre: UFRGS, 2006.
RANGEL, R. N. Práticas de físico-química. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
Prática Farmacêutica II: Métodos de Pesquisa em Farmácia
EMENTA:
Natureza da ciência e da pesquisa científica. Procedimentos técnicos e metodológicos de
preparação, execução e apresentação da pesquisa científica; avaliação crítica dos resultados.
Formas de divulgação da produção científica, critérios oficiais de referenciação bibliográfica
definidos pela ABNT; normas técnicas e padrões de linguagem utilizados. Abordagem científica
de normas e padrões farmacêuticos. Direcionamentos e desenhos da pesquisa em Farmácia; coleta
de dados, análise e interpretação de resultados; o projeto de pesquisa em uma das áreas da
Farmácia. Pelo caráter multidisciplinar, este componente curricular tem articulação assegurada
73
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
com os demais do Curso e um enfoque prático direcionado para a produção do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC).
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Iniciar o aluno no processo do pensamento científico e dotá-lo de um instrumental teórico-prático
que o habilite, sob as regras da metodologia científica, à prática da pesquisa científica, seus modos,
seu planejamento, sua execução e avaliação, à luz dos referenciais da Ciência Farmacêutica, como
substrato ao desempenho de suas atividades acadêmicas durante o Curso e, posteriormente, no
exercício profissional. Ao final do semestre, os alunos deverão ter desenvolvido uma nova relação
com o aprendizado e com as formas de conhecimento e de investigação científicos, tornando-se
capaz de:
 conhecer as perspectivas históricas e as bases teórico-epistemológicas do pensamento
científico;
 compreender o discurso teórico e dialogar com a teoria;
 distinguir as etapas e características do processo de investigação científica em ciências da
vida, desenvolvendo habilidades de condução de uma investigação científica neste domínio
da ciência;
 avaliar e analisar criticamente situações, sistematizando e decidindo sobre condutas
adequadas baseadas em evidencias cientificas;
 dominar os conceitos básicos de metodologia de trabalhos acadêmico-científicos;
 adotar um comportamento crítico, de investigação e pesquisa;
 desenvolver a leitura e escrita, identificar e utilizar os procedimentos técnico-metodológicos
de organização e produção do trabalho de pesquisa;
 assumir uma postura de investigação sobre a ação e atuação profissional, produzindo
conhecimentos farmacêuticos mediante o processo de investigação, reflexão, seleção,
planejamento, organização, avaliação e articulação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ANDRADE, Maria Margarida de; MEDEIROS, João Bosco. Introdução à metodologia do trabalho
cientifico com uso da internet. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LAKATOS, E. Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
VIEIRA, Sônia; HOSSNE, W. S. Metodologia científica para a área de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier,
2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABNT. Associação Brasileira de Normas e Técnicas. Normas bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT.
DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Caetano do Sul:
Difusão, 2007.
FONTINELE JR, Klinger. Pesquisa em saúde: ética, bioética e legislação. Goiânia: AB Editora, 2003.
JUCA, Mário. Metodologia da pesquisa em saúde. Maceió: Edufal, 2006.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teóricoepistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis:
Vozes, 2003.
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
VIEIRA, Sônia; HOSSNE, W. S. Como escrever uma tese. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Química Analítica
EMENTA:
Iniciação aos métodos analíticos. Avaliação de dados analíticos. Amostragem, preparo da amostra
e análise. Equilíbrios homogêneos e heterogêneos aplicados à química analítica. Equilíbrios
quantitativos de neutralização, de precipitação, de complexação e oxi-redução. Análises por via
úmida e por via seca. Análise de cátions e ânions. Noções de separação. Práticas laboratoriais
envolvendo os principais métodos instrumentais de análise química.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Subsidiar o aluno com a fundamentação teórico-prática sobre métodos de separação de misturas,
execução e interpretação das etapas do processo de avaliação de compostos químicos importantes
para a Ciência Farmacêutica, visando desenvolver-lhe o raciocínio químico, o método de trabalho
e a capacidade de observação crítica. Ao final do período, o discente deverá ter adquirido,
prioritariamente, as competências e desenvolvido as competências e habilidades seguintes:
 aplicar os fundamentos teóricos que justificam os métodos e técnicas de análise quantitativa
inorgânica com base nas propriedades químicas das espécies estudadas;
 utilizar metodologias de investigação qualitativa e quantitativa em análises químicas na
interpretação dos constituintes e componentes dos produtos farmacêuticos, higiênicos,
cirúrgicos, cosméticos, sanitários, entre outros;
 quantificar elementos e compostos químicos, avaliar a precisão e exatidão de dados
experimentais mediante aplicação de métodos estatísticos.
 aplicar os princípios de análise qualitativa na verificação da sensibilidade e seletividade das
reações analíticas, na separação e classificação de cátions e ânions;
 interpretar os fundamentos teóricos da análise química e das reações químicas em solução;
 conhecer e interagir com conceito de equilíbrio químico em testes para identificação dos íons
mais comuns;
 separar e identificar componentes aniônicos e catiônicos em amostras desconhecidas;
 desenvolver o raciocínio crítico acerca dos métodos de análise estudados, comparando-os
com os praticados nos diversos campos de estudo que envolvem fármacos e medicamentos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
LEITE, Flávio. Práticas de química analítica. 2. ed. São Paulo: Átomo, 2008.
VOGEL, Arthur Israel. Química analítica qualitativa. 5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 2000.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BACCAN, N.; et al. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
CROUCH; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; SKOOG, D. A. Fundamentos de química analítica. São Paulo:
Pioneira Thomson, 2005.
75
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
LEITE, Flávio. Validação em análise química. 4. ed. Campinas: Alínea, 2006.
MENDHAM, J.; et al. Química analítica quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Genética Humana e Evolução
EMENTA:
História da hereditariedade. Leis de Mendel e análise de herdabilidade. Estrutura e
funcionamento do gene. Mutação e mecanismos de mutagênese. Meiose e erros de meiose.
Genética clássica. Padrões de herança. Herança poligênica e multifatorial. Genética de populações.
Consangüinidade. Citogenética. Inativação do cromossomo X. Mecanismo de compensação de
dose. Aberrações cromossômicas estruturais. Aberrações cromossômicas numéricas. Engenharia
genética e suas aplicações. Noções de genética bioquímica e de farmacogenética. A influência das
novas pesquisas e descobertas genéticas e as questões éticas envolvidas.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar o aprendizado dos princípios que determinam a herança e expressão de características
em um organismo, mediante o entendimento da estrutura e função dos genes e cromossomos,
culminando na compreensão de que doenças genéticas podem decorrer de suas alterações. A
partir destes estudos dos princípios de genética e evolução, os estudantes saberão identificar,
diferenciar e compreender os diferentes padrões de herança genética, de conhecer o material
genético, os processos celulares básicos em nível molecular e a tecnologia envolvida, estando
ainda aptos a:













relacionar informações sobre a natureza molecular do material genético aos mecanismos de
herança dos caracteres normais e patológicos, à dinâmica populacional e familiar;
reconhecer o alcance da Genética na análise, diagnóstico, tratamento e prevenção de
doenças;
conhecer a origem dos órgãos, tecidos e malformação associada;
compreender as estruturas físicas e químicas dos ácidos nucléicos, da cromatina e dos
cromossomos eucarióticos;
identificar métodos de estudo e de classificação dos cromossomos eucarióticos;
compreender as ações dos genes e do ambiente na determinação das características dos
indivíduos;
identificar os tipos de alterações no material genético e agentes causadores;
relacionar doenças bioquímicas às causas genéticas;
identificar métodos de detecção e de tratamento de doenças genéticas;
dominar os mecanismos de transmissão de características de uma geração para outra;
compreender os modos de formação de elementos relacionados aos sistemas imunológicos,
dos antígenos do Sistema ABO de grupos sangüíneos e do fator Rh;
reconhecer a importância dos avanços no domínio da genética visando melhor
interpretação dos fenômenos biológicos para o aprimoramento do ser vivo;
integrar todos os conhecimentos acerca da formação do ser vivo para aplicabilidade na
ciência farmacêutica;
76
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA


reconhecer a importância do profissional de Farmácia no estudo da biologia molecular e
genética, direcionando sua aplicabilidade aos problemas cotidianos de saúde;
conhecer as descobertas da engenharia genética e bioética e relacioná-las com o cotidiano,
de modo a entender o impacto na vida dos indivíduos no futuro.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BURNS, G.W. & BOTTINO, P.J. Genética. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
GARDNER, E. Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
GRIFFITHS, Anthony F. et al. Introdução à genética. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BEIGUELMAN, B. Citogenética humana. São Paulo: Edusp, 2004.
BORGES OSÓRIO, Maria Regina; ROBINSON, Wanyce Miriam. Genética humana. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
LIMA, C. P. Genética humana. 3. ed. São Paulo: Harbra, 2004.
PASTERNAK, Jack J. Uma introdução à genética molecular humana: mecanismos das doenças
hereditárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
PESSINI, L. Problemas atuais de bioética. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2003.
SNUSTAD, D. Peter; SIMMONS, Michael J. Fundamentos de genética. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
THOMPSON & THOMPSON. Genética médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Química Farmacêutica
EMENTA:
Princípios gerais, campos de pesquisa e atuação da Química Farmacêutica. Princípios naturais de
constituição química dos compostos utilizados em Farmácia: fontes, métodos de preparação ou
extração, características físico-químicas e farmacológicas. Análise farmacêutica: identificação,
análise de impurezas, avaliação da atividade, análises de associações medicamentosas, relações
entre estrutura e propriedades organolépticas, físicas, químicas e farmacológicas das substâncias.
Aspectos teóricos da ação dos fármacos. Relação entre a estrutura química e a atividade
farmacológica, tendo como base os mecanismos de ação de classes terapêuticas selecionadas.
Noções de química computacional no desenho de fármacos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Propiciar estudos, sob um enfoque químico-farmacêutico, das substâncias utilizadas na
preparação de medicamentos, destacando a relação estrutura química/atividade farmacológica e
os principais alvos moleculares de ação dos fármacos, de modo que se possa identificar e
caracterizar os princípios ativos empregados, assim como realizar doseamento em matérias-prima
e análises quantitativas e qualitativas de fármacos. Ao final desses estudos, os alunos terão
assimilado os fundamentos da Química Farmacêutica, estando aptos a:
 descrever os aspectos teóricos da ação de agentes quimioterápicos e farmacodinâmicos
diversos;
 relacionar a estrutura química dos agentes farmacodinâmicos com a atividade farmacológica;
77
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 entender os métodos de modificações moleculares e aplicar tais métodos na relação
estrutura/atividade nas diversas classes de fármacos;
 inter-relacionar os aspectos estruturais estudados em Química Orgânica com os aspectos
farmacológicos das moléculas;
 executar rotas sintéticas;
 classificar a síntese de fármacos de acordo com a ação terapêutica;
 planejar e conceber o desenho estrutural de novas substâncias com propriedades
farmacoterapêuticas úteis, capazes de representar novos fármacos;
 aplicar os princípios da análise instrumental ou farmacopéia no controle de qualidade de
fármacos sintetizados e outros.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BARREIRO, E. J. & FRAGA, C. A. M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos
fármacos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
KOROLKOVAS, A.; BURCKALTER, J. H. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
OLIVEIRA, A. J. B. Química farmacêutica prática. Maringá: Eduem, 2000.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANDREI, César Cornélio. Da química medicinal à química combinatória e modelagem molecular. São
Paulo: Manole, 2002.
GRAHAM, L. P. An introduction to medicinal chemistry. University Press, Oxford University Press
2002.
LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007.
MINGÓIA, Q. Química farmacêutica. São Paulo: Melhoramentos, 1975.
ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001.
Farmacocinética e Farmacodinâmica I
EMENTA:
Introdução aos conhecimentos teórico-práticos de Farmacocinética – vias de administração e
mecanismos básicos de absorção, distribuição, biotransformação, efeitos colaterais e excreção de
fármacos. A influência das propriedades físico-químicas e da forma farmacêutica da droga sobre a
biodisponibilidade e bioequivalência. Interações farmacológicas. Monitoração de fármacos.
Aspectos moleculares da ação dos fármacos, mecanismos transdução de sinais intracelulares e a
relação entre concentração e efeito. Seletividade e segurança. Relação farmacocinética e
farmacodinâmica.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Dar a conhecer os princípios da Farmacocinética e Farmacodinâmica, fundamentando as reações
adversas, interações medicamentosas e toxicidade dos fármacos, fornecendo subsídios ao estudo
aplicado de Química Farmacêutica. Com estes conhecimentos o aluno estará apto a:
 quantificar a cinética de absorção, distribuição, biotransformação, excreção e eliminação de
fármacos;
78
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 conhecer as bases moleculares para as ações farmacológicas, os mecanismos de ação, os
efeitos bioquímicos, fisiológicos e farmacológicos dos fármacos, assim como as indicações
clínicas e contra-indicações;
 exercer suas atividades na farmácia de dispensação, manipulação, comunitária, ambulatorial,
hospitalar e clínica, assim como na indústria farmacêutica de cosméticos e de alimentos;
 despertar o interesse para a pesquisa científica em fisiologia, farmacologia e áreas afins.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da
terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007.
KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008.
ROWLAND, Malcolm; TOZER, Thomas N.; COSTA, Teresa Dalla. Introdução à farmacocinética e à
farmacodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BACHMANN, Kenneth A.; LEWIS, Jeffrey D.; FULLER, Matthew A. Interações medicamentosas. São
Paulo: Manole, 2006.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007.
OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001.
Bioestatística
EMENTA:
Conceitos fundamentais da Bioestatística. Organização de dados. Representações gráficas.
Medidas de tendência central. Medidas de dispersão. Distribuição normal. Amostras e populações.
Testes de diferenças entre médias. Análise de variância. Qui-quadrado. Correlação e regressão
linear. Noções de probabilidades e suas distribuições. Coeficientes e índices mais utilizados na
área de saúde. Utilização de programas estatísticos com aplicações em campos da Farmácia e de
análises clínicas e toxicológicas.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar uma compreensão intuitiva da Estatística e do raciocínio estatístico pelo estudo
prático dos métodos mais representativos, habilitando o aluno ao uso de cálculos estatísticos,
tratamento e apresentação tabular e gráfica de dados coletados experimentalmente, nas diversas
áreas do Curso, para responder a problemas concretos que se colocam na investigação
farmacêutica. Ao final dos estudos e aluno estará apto a:
79
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 avaliar e aplicar métodos estatísticos na área das ciências da vida, mais especificamente na
área farmacêutica;
 organizar, descrever, sintetizar e analisar dados experimentais;
 comparar grupos experimentais e elaborar conclusões;
 desenvolver espírito crítico na análise de trabalhos de pesquisa, tanto na fase de
planejamento quanto ao tratamento estatístico empregado;
 desenvolver o raciocínio estatístico que facilite a leitura especializada e apresentação de
resultados de pesquisa nas diversas áreas do curso;
 fornecer diagnósticos de pesquisas na área de Farmácia.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BUSSAB, Wilton de O; MORETTIN, Pedro Alberto. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 2006.
VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
GONZALEZ, Norton. Estatística básica. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BERQUÓ, Elza Salvatori; SOUZA, José Maria Pacheco de; GOTLIEB, Sabina Léa Davidson.
Bioestatística. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005.
CALLEGARI-JACQUES, S. M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2004.
DORIA FILHO, Ulysses. Introdução à bioestatística: para simples mortais. São Paulo: Elsevier, 2003.
DOWNING, D; CLARK, J.; FARIAS, A. A. de. (Trad.) Estatística aplicada. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
LAURENTI, Ruy et al. Estatística em saúde. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005.
LOPEZ, Francisco Javier Baron; DIAZ, Francisca Rius. Bioestatística. São Paulo: Thomson Pioneira,
2006.
TRAPP, Beth; DAWSON, Robert G. Bioestatística básica e clínica. São Paulo: McGraw-Hill, 2005.
Deontologia e Legislação Farmacêutica
EMENTA:
Estatuto epistemológico sobre ética e moral. A ética como doutrina da conduta humana: gênese,
formação e evolução. Ética profissional. Instrumentos éticos e legais que respaldam o exercício
profissional do Farmacêutico. Entidades de classe e órgãos governamentais de saúde. Conselho
Federal de Farmácia e Conselhos Regionais de Farmácia. Código de Ética Farmacêutica. Legislação
profissional que inclua: medicamentos genéricos, de venda livre e daqueles sujeitos a controle
especial; tóxicos entorpecentes e psicotrópicos. Legalidade que regula a instalação e o
funcionamento de farmácias e correlatos. Responsabilidade profissional do Farmacêutico.
Legislação sanitária vigente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Registro de
produtos relacionados à saúde e à lei de patentes. Análise e discussão de temas relacionados com o
desenvolvimento científico e tecnológico e a escolha ocupacional dos profissionais farmacêuticos
do ponto de vista bioético.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
80
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Possibilitar o estudo da ética do ponto de vista do indivíduo e da sociedade, à luz das virtudes da
moral individual e social; dar a conhecer a legislação profissional, interpretando as normas e os
princípios éticos que legitimam a ação dos profissionais farmacêuticos, ademais de analisar
criticamente as pesquisas envolvendo seres humanos e as leis sanitárias de interesse farmacêutico.
Com esses embasamentos, o farmacêutico-aprendiz estará apto para:
 dominar os conceitos ético-legais da profissão farmacêutica e legislação vigente nas diversas
áreas de atuação profissional (análises clínicas, alimentos, cosméticos, saneantes,
medicamentos e outros);
 discutir a legislação sanitária pertinente à indústria farmacêutica, produtos como
medicamento, cosméticos, saneantes, alimentos e médico-hospitalares;
 entender as exigências relacionadas ao licenciamento e funcionamento de farmácia
industrial, medicamentos, alimentos e laboratórios de análises clínicas nos órgãos de
fiscalização;
 conscientizar-se quanto à responsabilidade civil, penal e administrativa do profissional
farmacêutico;
 analisar e discutir os paradigmas éticos, da moral individual e social, ultrapassando o
âmbito da ética codificada, buscando compreender as relações que se estabelecem entre o
profissional farmacêutico e os demais sujeitos dessa relação;
 promover análise crítica do processo histórico-contemporâneo que fundamenta os valores
que norteiam a práxis humana, focalizando a ética como reflexão para a ação responsável na
dimensão da pessoalidade e do exercício profissional na construção de uma sociedade justa
e solidária.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA. Brasília: CFF.
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA. Minas Gerais. Legislação.
MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
ZUBIOLI, Arnaldo. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BERLINGUER, Giovanni. Bioética cotidiana. Brasília: UnB, 2004.
COSTA, Sérgio; FONTES, Malu; SQUINCA, Flávia. Tópicos em bioética. Brasília: Letras Livres, 2006.
HOLLAND, S. Bioética: enfoque filosófico. Tradução de Luciana Moreira Pudenzi. Rio de Janeiro:
Loyola, 2008.
PALÁCIOS, Marisa. Ética, ciências e saúde – desafios da bioética. São Paulo: Vozes, 2002.
PESSINI, L; BARCHI, Fontaine C. P. Problemas atuais de bioética. São Paulo: Loyola, 2003.
SEGRE, Marco. A questão ética e a saúde humana. São Paulo: Atheneu, 2006.
Revista Bioética.
Prática Farmacêutica III: Meio ambiente e vigilância à saúde
EMENTA:
81
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Saúde ambiental: abordagem conceitual. Os fatores ambientais e o homem. Principais fatores
capazes de alterar o equilíbrio ambiental e os efeitos decorrentes de modificações sobre o homem.
As condições do meio ambiente, a transmissão de doenças e suas conseqüências sociais. Ar, água,
solo, resíduos sólidos, saneamento ambiental e qualidade de vida humana. Educação ambiental e
saúde ambiental. Desenvolvimento de práticas interdisciplinares na comunidade e entorno
envolvendo a descrição e análise das condições de higiene e saúde social, as condições sanitárias e
ambientais da região, bem como ações socioeducativas junto à população.
OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Iniciar o aluno no desenvolvimento de estudos que promovam a aprendizagem de condutas
minimizadoras dos impactos negativos no meio biótico e na saúde do próprio homem. Os estudos
orientam-se para atividades de campo e na comunidade local, momento em que os alunos serão
induzidos a observar fenômenos naturais em suas condições de equilíbrio ecológico e sua
interferência no processo saúde/doença; a formular abordagens socioeducativas apropriadas; a
coletar e analisar dados e apresentar resultados visando à promoção da saúde humana e a
sustentabilidade do meio ambiente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FOCESI, Maria Cecília. Educação ambiental em diferentes espaços. São Paulo: Signus, 2007.
PHILIPPI JÚNIOR, A. Saneamento, saúde e meio ambiente: fundamentos para um desenvolvimento
sustentável. São Paulo: Manole, 2004.
SISINNO, C. L. S.; OLIVEIRA, R. M. Resíduos sólidos, ambiente e saúde: uma visão multidisciplinar.
Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALMEIDA, Fernando. Desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente. São Paulo: Campus, 2008.
ASHLEY, Patrícia. Responsabilidade social e meio ambiente: São Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde ambiental e gestão de resíduos de serviços de saúde. Capacitação à
distância. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
DAJOZ, Roger. Princípios de ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
FORATTTINI, Osvaldo. Ecologia, epidemiologia e sociedade. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MINAYO, M. C. de M. & Miranda A.C. Saúde em ambiente sustentável: estreitando nós. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2002.
MORAES, Luiz Alberto Rodrigues de. Direito à saúde e segurança no meio ambiente. São Paulo: LTR,
2002.
ODUM, Eugene P; BARRET, Gary W. Fundamentos de ecologia. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007.
PAPINI, Solange. Vigilância em saúde ambiental. São Paulo: Atheneu, 2008.
TORRES, Heloisa. População e meio ambiente. São Paulo: Senac, 2000.
Processos Patológicos Gerais
EMENTA:
História natural da doença. Delimitação do campo teórico da Patologia Geral envolvendo
conceitos de saúde e doença, normal e patológico. A doença em termos evolutivos e culturais.
82
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Patogênese das doenças, centrando-se o estudo nos aspectos moleculares, celulares e teciduais
envolvidos na inflamação aguda e crônica, no reparo tecidual, nas desordens hemodinâmicas
(incluindo coagulação), nas doenças genéticas, nos fenômenos imunopatológicos, nas neoplasias,
nas doenças infecciosas, nos desarranjos do metabolismo e da nutrição. Principais doenças
imunológicas e sistêmicas de natureza nutricional e do meio ambiente. Processos de reparação
tecidual. Discussão de questões que contextualizem a evolução do processo de adoecimento e cura
na contemporaneidade.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Dar a conhecer a patogênese das doenças, os principais agravos e mecanismos de defesa do
organismo, analisados do ponto de vista da ação dos agentes agressores físicos, químicos ou
biológicos e das alterações produzidas nas células; indicar as situações relevantes nas quais a
investigação laboratorial pode estabelecer a verdadeira natureza da doença e monitorar sua
evolução em resposta à terapia adotada. Com esses estudos, o estudante estará apto a:
 compreender os processos patológicos que envolvem os sistemas humanos;
 diferenciar saúde e doença;
 reconhecer as manifestações que ocorrem nas células e tecidos e as lesões que caracterizam os
distúrbios orgânicos;
 inter-relacionar as características clínicas, radiológicas e histopatológicas diferenciais das
lesões dos sistemas, analisando o desenvolvimento e prognóstico dessas lesões em função do
diagnóstico e do tratamento indicado;
 identificar as patologias relevantes de cada sistema, enfocando a etiologia, patogênese,
anatomia patológica, fisiopatologia e evolução, estabelecendo correlações anatomoclínicas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ABBAS, Abul K.; et al. Robbins patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo - Patologia geral. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.
COTRAN, R.S.; KUMAR, V.; COLLINS, T. Patologia - bases patológicas da doença. 7. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CAMARGO, João Lauro Viana de; OLIVEIRA, Deilson Elgui de. Patologia geral: abordagem
multidisciplinar. Rio de Janeiro: Guanabara, 2007.
CIRIADES, Pierre G. J. Manual da patologia clínica. São Paulo: Atheneu, 2008.
COTRAN, R. S; et al. Patologia estrutural e funcional. ?6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
MENDES, Malker Righi; CAPARICA FILHO, Nevio Urioste; BRANDÃO, Jaime Peralta de Lima.
Manual da patologia clínica. Rio de Janeiro: Imperial, 2008.
MONTENEGRO, Mário R. Patologia de processos gerais. São Paulo: Atheneu, 2004.
STEVENS, Alan; LOWE, James N. Patologia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2002.
Farmacotécnica
EMENTA:
83
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Breve história da farmácia galênica. Remédios e medicamentos, posologia, receita médica e seus
constituintes. Boas práticas de manipulação e controle de qualidade em Farmácia. Metodologias
aplicadas à manipulação: operações básicas e abreviaturas; relações entre composição,
biodisponibilidade,
acondicionamento,
embalagem,
conservação,
estabilização,
incompatibilidades, vias de administração e dispensação de medicamentos. Formas farmacêuticas
sólidas, semi-sólidas e líquidas sob o ponto de vista conceitual, de constituição, planejamento,
formulação e preparação. Adjuvantes farmacotécnicos na elaboração das diferentes formas
farmacêuticas. Estabilidade e embalagem de medicamentos manipulados. Cálculos relacionados às
preparações magistrais e oficinais de estabilidade e tonicidade de preparações estéreis.
Dispensação. Formas cosméticas: higiênicas, preventivas e estéticas; aspectos técnicos e práticos
para o seu desenvolvimento.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Apresentar as bases teórico-práticas da composição geral do medicamento e a concepção das
principais formas farmacêuticas, como subsídio ao exercício da atenção farmacêutica no plano da
interpretação e avaliação de prescrições, preparo, conservação, dispensação e desenvolvimento de
medicamentos, controle e garantia da qualidade de insumos farmacêuticos, de tal modo que o
aluno possa:
 compreender os aspectos fundamentais relacionados à farmacotécnica, os procedimentos e
expressões usuais na área;
 diferenciar as formas farmacêuticas e relacioná-las com os fenômenos farmacocinéticos
(absorção, distribuição e eliminação);
 identificar e caracterizar as diferentes formas farmacêuticas dispersas, estéreis e de ação
modificada;
 identificar e caracterizar as diferentes formas farmacêuticas líquidas não-estéreis e sólidas;
 formular e reconhecer a ação de cada insumo em uma determinada forma farmacêutica;
 dominar os conhecimentos básicos sobre a composição e manipulação de produtos
cosméticos;
 analisar as formas farmacêuticas quanto a aspectos de estabilidade, atividade farmacológica
e compatibilidade entre fármacos, veículos e adjuvantes;
 executar com responsabilidade o desenvolvimento, produção e dispensação dos
medicamentos magistrais e oficinais;
 conhecer a composição, produção e controle de qualidade em fármacos, bem assim as
normas e leis que regulam tais atividades;
 exercitar práticas de manipulação de medicamentos pela transformação de substâncias puras
em formas farmacêuticas por intermédio de técnicas apropriadas baseadas em Boas Práticas
de Manipulação e em Procedimentos Operacionais Padrão de acordo com a legislação
vigente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
GENNARO, A. R. Remington. A ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.
HANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JR, L.V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e
sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001.
84
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Técnica farmacêutica e
farmácia galênica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.
CRESPO, M.; CRESPO, J. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais. São Paulo:
Pharmabooks, 2002.
CONRADO, M.F.L., CORDEIRO, P. P. M. Gestão farmacotécnica magistral. 2. ed. São Paulo: Base,
2008.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
FERREIRA, Anderson de Oliveira. O. Guia prático da farmácia magistral. 3. ed. São Paulo: LMC Pharmabooks, 2008.
STORPIRTIS, S.; GONÇALVEZ, J. E.; CHIANN, C; GAI, M. N. Biofarmacotécnica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2009.
THOMPSON, J.E. A prática Farmacêutica na manipulação de medicamentos. Porto Alegre: Artmed,
2006.
Farmacognosia e Princípios Ativos Fitoterápicos
EMENTA:
Aspectos gerais de Farmacognosia. Caracterização físico-química dos fármacos de origem vegetal
e principais rotas biossintéticas que participam da produção biológica. Métodos gerais e especiais
de coleta, secagem, estabilização e conservação de espécies vegetais para pesquisa fitoquímica.
Controle fitoterápico. Os grandes grupos de fármacos de origem vegetal: composição química,
atividade farmacológica dos diferentes componentes, efeito farmacológico resultante da interação
das substâncias, diferentes formas de apresentação como material botânico e seus extratos. Fatores
que influenciam a produção e deterioração das drogas vegetais. Importância da biodiversidade e
etnofarmacologia na prospecção de novos fármacos. Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos e Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS –
aspectos relevantes da legislação e produção de fitoterápicos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Apresentar os princípios ativos de fármacos de origem natural, especialmente os de natureza
vegetal, desde a conceituação, localização nos produtores e ocorrência; as estruturas histoquímicas
básicas; as principais propriedades químicas e farmacológicas; os efeitos colaterais e a importância
do uso de drogas vegetais, habilitando o aluno para práticas específicas em química de produtos
naturais e, mais especificamente:
 conhecer as técnicas de identificação, caracterização de plantas medicinais e substâncias
bioativas presentes nas drogas vegetais, e de produção de formas farmacêuticas utilizadas
em fitoterapia;
 dominar os processos fitoquímicos básicos para extração, identificação e fracionamento de
princípios ativos de origem biológica, de modo a fomentar o desenvolvimento e o interesse
em biotecnologia de fitoterápicos e fitofármacos;
 fundamentar os métodos fitoquímicos de análises presuntiva, qualitativa e quantitativa
aplicadas ao estudo químico-farmacêutico de plantas com princípios farmacologicamente
ativos;
85
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA








desenhar e interpretar fluxogramas de marchas analíticas e extrações;
ordenar e preparar reagentes e procedimentos experimentais relacionados a fitoquímicos;
consolidar o conhecimento dos processos de biossíntese de produtos naturais;
executar técnicas de análise fiscal das drogas de origem vegetal, bem como o doseamento
biológico de matérias-primas vegetais;
compreender a importância da fauna e especialmente da flora como fonte de conhecimento e
de matéria prima para o farmacêutico;
analisar criticamente produtos fitoterápicos e plantas medicinais quanto aos aspectos de
eficácia, segurança e qualidade;
respeitar o conhecimento popular sobre uso e aplicações de plantas medicinais, valorizar o
seu uso pelas comunidades e serviços públicos de saúde;
desenvolver uma visão crítica quanto à utilização de nossa flora medicinal e a importância
das plantas medicinais no acesso aos medicamentos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
OLIVEIRA, F.; AKISUE, Gokithi; AKISUE, Maria Kubota. Farmacognosia. São Paulo: Atheneu, 1998.
PROENÇA DA CUNHA, A. Farmacognosia e fitoquímica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2006.
SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira. (Org.) Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre:
UFRGS, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CÔRREA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas medicinais: do cultivo à terapêutica.
Petrópolis: Vozes, 1998.
COSTA, Aloísio Fernandes. Farmacognosia. 6. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004.
IBURG, Anne. Plantas medicinais: ingredientes, efeitos medicinais, aplicações. São Paulo: Lisma,
2006.
LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil. 2. ed. Nova
Odessa: Plantarum, 2008.
YUNES, R.A.; FILHO, V.C. ITAGAI. Química de produtos naturais, novos fármacos e a moderna
farmacognosia. Editora Univali, 2007.
SOARES, Carlos Alves. Plantas medicinais como alternativa terapêutica. Petrópolis: Vozes, 2007.
STASI, Luiz Cláudio. Plantas medicinais: verdades e mentiras. São Paulo: Unesp, 2007.
Legislação aplicada a medicamentos fitoterápicos.
Farmacocinética e Farmacodinâmica II
EMENTA:
Estudo dos mecanismos de ação das principais classes terapêuticas. A terapêutica medicamentosa
nas diferentes patologias, enfatizando os princípios farmacocinéticos, farmacodinâmicos e
fisiológicos das classes de medicamentos. Farmacologia do sistema nervoso autônomo, dos
antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais, dos cardiovasculares, dos contraceptivos, dos
medicamentos usados em diabetes, DPOC, Hansen e contracepção. Farmacologia de grupos
86
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
especiais de pacientes (crianças, idosos, gestantes). Farmacologia clínica (reações adversas, uso
racional de medicamentos, interações entre drogas).
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Fornecer as bases dos mecanismos de ação dos principais grupos de fármacos nos sistemas do
organismo humano, fundamentando as reações adversas, interações medicamentosas e a
toxicidade dos fármacos, para que se possa promover o uso racional de medicamentos e evitar ou
minimizar as reações adversas e prestar assistência farmacêutica no monitoramento de terapias
medicamentosas. Estes conhecimentos são fundamentais à formação profissional do aluno,
tornando-o capaz de:
 entender os principais mecanismos de ação dos diferentes grupos de fármacos estudados,
assim como algumas interações em nível farmacodinâmico e farmacocinético;
 conhecer as bases moleculares para as ações farmacológicas, os principais mecanismos de
ação, os efeitos bioquímicos, fisiológicos e farmacológicos dos fármacos, assim como as
indicações clínicas e contra-indicações;
 quantificar a cinética de absorção, distribuição, biotransformação, excreção e eliminação de
fármacos;
 distinguir os processos biofarmacêuticos de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação
e compreender como eles interferem na ação de fármacos no organismo;
 aplicar os modelos farmacocinéticos abertos de um e dois compartimentos e alguns outros
modelos;
 avaliar se duas formulações são bioequivalentes e aplicar os conceitos de biodisponibilidade
absoluta e relativa;
 estabelecer os parâmetros importantes entre os mecanismos de ação dos diferentes fármacos
e os efeitos modificados por alimentos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da
terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007.
KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008.
ROWLAND, Malcolm; TOZER, Thomas N.; COSTA, Teresa Dalla. Introdução à farmacocinética e à
farmacodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BACHMANN, Kenneth A.; LEWIS, Jeffrey D.; FULLER, Matthew A. Interações medicamentosas. São
Paulo: Manole, 2006.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007.
OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001.
87
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Saúde Pública e Farmacovigilância
EMENTA:
Conceitos de Saúde de uma perspectiva holística e oficial. Os determinantes do processo
saúde/doença: unicausal, multicausal e social. Medidas de freqüência de doenças. Resgate
sociohistórico sobre a evolução da Saúde Pública e das políticas sociais no Brasil. Princípios
doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde – SUS. O Farmacêutico no SUS.
Indicadores de saúde e o perfil epidemiológico da população brasileira, do estado e região do
Baixo Jequitinhonha. Delineamentos de estudos epidemiológicos. A vigilância epidemiológica e o
programa nacional de imunização como instrumentos de ruptura da cadeia de transmissão de
doenças. Vigilância sanitária e epidemiológica dos medicamentos: noções básicas, métodos
epidemiológicos e sua aplicação nos diferentes níveis de atuação profissional. Política de
Medicamentos e o Programa de Assistência Farmacêutica. Estudos sobre Utilização de
Medicamentos (EUM). Indicadores de consumo. Avaliação da qualidade da informação em
medicamentos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Analisar a problemática da saúde pública no país, os fatores que a condicionam (saneamento,
planejamento, organização do sistema de atenção à saúde) e as principais questões prevalentes,
com ênfase na utilização racional do medicamento pela atuação do profissional farmacêutico na
assistência à saúde pública. Ademais, levar à discussão o papel da Ciência Farmacêutica e a
atuação do farmacêutico na saúde coletiva, levando-se em conta sua abrangência e as condições de
acesso de populações específicas às requisitos mínimos de vida saudável. Ao final do curso, o
aluno deverá demonstrar-se capaz de:
 dominar os conceitos e mecanismos de risco epidemiológico e de experimento;
 identificar a estrutura da vigilância epidemiológica e sanitária;
 conhecer indicadores epidemiológicos de saúde coletiva e proceder a uma análise crítica dos
desenhos de pesquisa em estudos epidemiológicos;
 definir casos de vigilância sanitária e epidemiológica, inscrever, analisar e propor medidas
profiláticas para o controle ou indicação das doenças sob vigilância epidemiológica;
 identificar os principais aspectos epidemiológicos das doenças transmissíveis e nãotransmissíveis e os diferentes tipos de fontes de evidências e os elementos das análises dessas
evidências;
 comparar as variáveis circunstanciais na epidemiologia de diversas condições de
saúde/doença;
 definir as formas de determinação de probabilidades em epidemiologia;
 identificar os indicadores dos estudos de utilização de medicamentos;
 interpretar as informações em saúde, bem como articulá-las sobre medicamentos;
 compreender o papel e o nível de responsabilidade do profissional farmacêutico na
investigação dos determinantes sociais da saúde e doença;
 assumir atitudes críticas sobre os principais problemas epidemiológicos na saúde pública
brasileira e regional, relacionar-se e comportar-se eticamente com o seu grupo de trabalho e
com a comunidade assistida.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
88
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à epidemiologia: revisada e
ampliada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
GIOVANELLA, L.; ESCOREL, S., LOBATO, L. V. C.; NORONHA, J. C.; CARVAL, A. I. Políticas e
sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008.
MEDRONHO, Roberto de Andrade; BLOCH, Kátia Vergetti; WERNECK, Guilherme Loureiro.
Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANVISA. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível no URL: www.anvisa.gov.br/snvs.
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. SUS o que você precisa saber sobre o sistema único de
saúde. São Paulo: Actínia, 2004.
BELLUSCI, Sílvia Meirelles. Epidemiologia. 7. ed. São Paulo: Senac, 2008.
BENICHOU, Christian. Guia prático de farmacovigilância. São Paulo: Andrei, 1999.
COHN, A.; ELIAS, P. E. Saúde no Brasil: políticas e organização de serviços. 6. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
INDICADORES BÁSICOS PARA A SAÚDE NO BRASIL: conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.
MIRANDA, A. C.; BARCELLOS, C. (Orgs.). Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2008.
PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. (Orgs). Ensinar Saúde: a integralidade e o SUS nos cursos de graduação
na área da saúde. Rio de Janeiro: CEPESC/UERJ, IMS: ABRASCO, 2006.
ROCHA, Aristides Almeida; CÉSAR, Chester Luiz Galvão. Saúde pública - bases conceituais. São
Paulo: Atheneu, 2008.
Prática Farmacêutica IV: Observação em Serviços de Saúde
EMENTA:
Atividades programadas de observação em visitas orientadas a serviços de saúde e a outros
ambientes inerentes à atuação do farmacêutico: farmácias de tipologias diversas, indústrias
farmacêuticas, laboratórios de análises clínicas, indústrias de alimentos, estação de tratamento de
água e esgoto, vigilância epidemiológica. Identificação do papel do profissional farmacêutico na
comunidade, observação dos aspectos éticos da profissão. Acompanhamento de práticas
multiprofissionais nos serviços de atenção básica à saúde. Integração ao Programa de Saúde
Coletiva e em outras atividades interativas na comunidade de referência. Elaboração de relatório
relacionado às atividades exercidas nos locais visitados e observados.
OBJETIVOS:
Fornecer ao farmacêutico em formação, obedecendo ao nível de complexidade compatível,
condições de conhecer os diferentes campos de atuação e poder aplicar, em situações práticas, os
conhecimentos adquiridos até então, buscando o desenvolvimento, a capacitação e aprimoramento
das competências inerentes ao exercício do profissional farmacêutico.
BIBLIOGRAFIA:
Os títulos utilizados nos componentes curriculares já cursados do curso e especialmente nos do
semestre em questão.
89
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Farmacotécnica Homeopática
EMENTA:
Filosofia homeopática, abordagem histórica e evolução. Conceitos básicos e fundamentais de
Homeopatia. Farmacotécnica homeopática abrangendo a manipulação de formas
farmacêuticas básicas e derivadas, de uso interno e externo, conservação e dispensação
dos medicamentos homeopáticos, bem como acondicionamento e controle de qualidade em
farmácias homeopáticas. Estrutura da farmácia homeopática. Ação de medicamentos
homeopáticos. Receituário homeopático e legislação aplicável à homeopatia.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Dar a conhecer os mecanismos de obtenção de medicamentos homeopáticos, considerando a
farmacotécnica específica e particular de cada tipo deste medicamento, bem como o controle de
qualidade, acondicionamento, validade e dispensação, dotando o aluno das competências e
habilidades seguintes:
 identificar e relacionar os princípios básicos da homeopatia na produção de medicamentos
homeopáticos;
 conhecer os medicamentos homeopáticos em suas diferentes origens, desde a transformação
da matéria prima em medicamento, obedecida a farmacotécnica própria da homeopatia;
 identificar a importância da estabilidade dos fármacos, os fatores intrínsecos e extrínsecos
que alteram a conservação dos mesmos e ainda alguns métodos de conservação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
DIAS Aldo de Farias. Fundamentos de homeopatia: princípios de prática homeopática. Rio de Janeiro:
Cultura Médica, 2003.
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. Partes I e II. São Paulo: Atheneu, 2004.
FONTES, Olney Leite. Farmácia homeopática: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Manole, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
AMARAL, Maria da Penha Henriques do; VILELA, Miriam Aparecida Pinto. Controle de qualidade
na farmácia de manipulação. São Paulo: Omega, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas
para farmácia homeopática. Editora da ABFH, 2003.
CARVALHO, José C. Tavares. Formulário médico-farmacêutico de fitoterapia. 2. ed. São Paulo:
Pharmabooks, 2005.
CRESPO, Marcelo; CRESPO, Juliana. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais. São Paulo:
Pharmabooks, 2002.
LACERDA, Paulo. Manual prático de farmacotécnica contemporânea em homeopatia. São Paulo: Andrei.
POZETTI, G. L. Controle de qualidade em homeopatia. Ribeirão Preto: IHFL, 1998.
SOARES, Antonius A. Dorta. Dicionário de medicamentos homeopáticos. São Paulo: Livraria Santos,
2002.
90
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Gestão em Farmácia
EMENTA:
Teorias da Administração aplicadas à Farmácia. Estrutura organizacional. Ferramentas da
administração. Planejamento, organização, direção e controle. Meios e instrumentos do processo
de trabalho gerencial: recursos humanos, recursos materiais, recursos físicos, sistema de
informação, planejamento, processo decisório e processo de mudança. Estrutura do mercado
farmacêutico. Funcionamento dos segmentos administrativos das empresas farmacêuticas do
ponto de vista operacional, financeiro e de recursos humanos. Noções sobre gestão de sistemas
públicos de abastecimento de medicamentos. A indústria farmacêutica e o contexto empresarial do
setor no Brasil. Noções de empreendedorismo sob uma visão empresarial farmacêutica.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Apresentar ao aluno noções básicas de Administração, desenvolvendo-lhe habilidades e
competências de gerenciamento de atividades no domínio da Farmácia, à luz das modernas
ferramentas de gestão empresarial, tendo sempre presente a preocupação com a otimização dos
recursos organizacionais, a melhoria das relações interpessoais e, sobretudo, a melhoria da gestão
de processos, a competitividade e lucratividade. Ao final do semestre, os alunos terão assimilado os
conteúdos estando habilitados a:
 distinguir e dar aplicabilidade às modernas teorias de administração com aplicação nas
empresas farmacêuticas;
 gerir os recursos materiais, financeiros e estoques de uma empresa farmacêutica e gerenciar a
sua força de trabalho;
 conhecer a legislação sobre abertura e funcionamento de empresas farmacêuticas;
 desenvolver atitudes empreendedoras na área de gestão farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
KWASNICKA, E.L. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2007.
NETO, Gonzalo V.; REINHARDT FILHO, Wilson. Gestão de recursos materiais e medicamentos. São
Paulo: USP/FSP, 2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
GRIFFIN, Ricky W. Introdução à administração. São Paulo: Ática, 2008.
KOTLER, Philip, ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2003.
SANTOS, Gustavo Alves Andrade dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2006.
Legislação da Anvisa sobre o assunto.
Assistência e Atenção Farmacêutica
EMENTA:
91
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
A Atenção Farmacêutica e sua evolução no Brasil e no mundo; objetivos, organização e estratégias.
Componentes da prática da atenção farmacêutica (filosofia, processo do cuidar, sistema de gestão).
Relacionamento terapêutico farmacêutico/paciente. Atenção Farmacêutica no contexto da
Assistência Farmacêutica. Planejamento da Atenção Farmacêutica. Raciocínio clínico para
identificar, prevenir e solucionar os problemas relacionados com medicamentos (PRM). Processo
de seguimento do tratamento farmacológico. Atenção Farmacêutica na atenção básica à saúde.
Readaptação da farmácia para atender as demandas sociais; transferência do foco de atuação do
medicamento para o paciente. Discussão de casos clínicos com elaboração de relatório.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar ao aluno uma visão integrada e concisa dos fundamentos e ciclos que regem a
Assistência Farmacêutica, pautada em princípios éticos e na compreensão da realidade social,
cultural e econômica da população, assim como compreender o ambiente de atuação profissional,
dirigindo suas ações de modo a contribuir para a transformação da realidade em benefício da
sociedade. Espera-se que ao final dos estudos, o profissional em formação possa:
 dominar a prática da Farmácia mediante orientação de preceptores médicos e farmacêuticos,
entender e tabular dados de acompanhamentos farmacoterapêuticos;
 selecionar estratégias para o uso racional de medicamentos;
 proceder à avaliação dos resultados de uso de medicamentos e das intervenções
farmacêuticas e comprometer-se com os resultados dos tratamentos farmacológicos e não
farmacológicos;
 estabelecer a interação e a construção de uma relação de confiança com os pacientes;
 discutir os elementos básicos envolvidos no uso racional de medicamentos;
 atuar de forma integrada em equipes interdisciplinares, exercendo a profissão farmacêutica
com uma visão humanística, critica e reflexiva;
 desenvolver uma visão e análise crítica da saúde em seu processo evolutivo, permitindo a
compreensão da inter-relação Farmácia e Atenção Farmacêutica;
 buscar e compreender novos padrões culturais e econômicos no contexto de atuação;
 realizar estudo de casos no plano da atenção farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BERMUDEZ, Jorge Antônio Zepeda; CASTRO, Cláudia Garcia Serpa Osório de; OLIVEIRA, Maria
Auxiliadora. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007.
BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2007.
DADER, Maria José Faus; MUNOS, Pedro Amarites; MARTINEZ-MARTINEZ, Fernando. Atenção
farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos. São Paulo: RCN, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ACURCIO, Francisco de Assis. Medicamentos e assistência farmacêutica. Belo Horizonte: Coopmed,
2003.
CUNHA, José Carlos de Almeida; BARTOLO, Alice Teixeira. Assistência farmacêutica - Lei 5.991/73.
São Paulo: Atheneu, 2008.
GRAHAME SMITH, D. G; ARONSON, J. K; VOEUX, Patrícia Lydie. Tratado de farmacologia clinica e
farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
92
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
MARIN, Nelly; et al (org.). Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Disponível em:
www.opas.org.br/medicamentos/site/UploadArq/0080.pdf.
MARQUES, Luciene Alves Moreira. Atenção farmacêutica em distúrbios menores. São Paulo:
Medfarma, 2008.
MARQUES, Luciene Alves Moreira; & Cols. Atenção farmacêutica em distúrbios maiores. São Paulo:
Medfarma, 2009.
OLIVEIRA, Maria. Auxiliadora. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 2007.
STORPIRTIS, Sílvia. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Dicionário de Especialidades Farmacêuticas.
Dicionário de Medicamentos Genéricos e Similares.
Legislação do Conselho Federal de Farmácia.
Legislação do Ministério da Saúde
Revista Pharmacia Brasileira. Brasília: CFF, 2005.
Bromatologia e Saúde Nutricional
EMENTA:
Ciência dos alimentos e seus desdobramentos. Química bromatológica: composição básica dos
produtos alimentícios e suas propriedades físico-químicas e nutricionais. Métodos instrumentais
de análises e composição centesimal de alimentos. Constituintes que afetam o sabor (ácidos
orgânicos, substâncias tânicas) e o aroma (óleos essenciais, terpenóides). Conservantes e aditivos
químicos – classificação e uso em alimentos. Alterações provenientes dos processos de
manipulação e processamento e possíveis perdas nutricionais e sensoriais. Toxicologia em
alimentos. Conceitos de alimentos especiais, enriquecidos, funcionais. Alimentos obtidos por via
biotecnológica. Principais problemas associados à alimentação e nutrição no país. Normas
sanitárias para o controle de alimentos. Legislação bromatológica.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar o aprendizado dos constituintes básicos dos alimentos, destacando aqueles que
fornecem nutrientes essenciais, bem como dos principais contaminantes, procedendo-se a uma
análise das modificações físico-químicas na manipulação e processamento desses alimentos de
modo a oferecer alternativas para minimizar perdas nutricionais e sensoriais. Com esta abordagem
o aluno deverá demonstrar-se capaz de:
 descrever a composição química de alimentos e as reações dos respectivos componentes;
 caracterizar os principais sistemas alimentares e sua funcionalidade;
 descrever os princípios fundamentais de processamento, conservação e inocuidade de
alimentos e também os diferentes tipos atualmente em desenvolvimento;
 conhecer o conjunto de normas sanitárias dedicadas ao controle de alimentos;
 explicar a importância dos macro e micronutrientes básicos dos alimentos (água,
carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas, minerais, pigmentos e aditivos), suas interações
e a influência do processamento e armazenamento de alimentos nestes componentes;
 discutir a importância dos macro e micronutrientes nos alimentos para o equilíbrio físico e
mental.
93
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
EVANGELISTA, José. Alimentos - um estudo abrangente. Rio de Janeiro: Atheneu, 2004.
OLIVEIRA, José e Dutra de; MARCHINI, Júlio Sérgio. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier,
2008.
SALINAS, Rolando D. Alimentos e nutrição: introdução à bromatologia. Porto Alegre: Artmed,
2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANGELIS, Rebeca Carlota de; TIRAPEGUI, Júlio. Fisiologia da nutrição humana. São Paulo:
Atheneu, 2007.
BENDER, A. E. Dicionário de nutrição e tecnologia de alimentos. São Paulo: Roca, 2004.
GIBNEY, M. Introdução à nutrição humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
MORETTO, E.; FETT, R., GONZAGA,L.V; KUKOSKI, E. M. Introdução à ciência de alimentos.
Florianópolis: UFSC, 2008.
OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006.
SERRAVALLI, Elisena A. G. Química de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2007.
PALERMO, Jane Rizzo. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2008.
Biotecnologia em Farmácia
EMENTA:
Conceitos amplo e restrito da Biotecnologia. Fundamentação e aplicação das técnicas de
biotecnologia nas diferentes áreas do conhecimento biológico. As novas tecnologias: transposons,
tecnologia do DNA recombinante, fusão de protoplastos, cultura de tecidos vegetais e animais.
Aplicação dos princípios da genética e citogenética na biotecnologia. Biotecnoloiga na saúde - nos
diagnósticos clínicos, na terapia gênica, no monitoramento de tratamentos. Biotecnologia no Brasil
e no cenário mundial. Situação atual e perspectivas. Biotecnologia e bioética.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIA E HABILIDADES:
Conduzir os alunos à aquisição de conhecimentos sobre os fundamentos básicos das
biotecnologias e suas aplicações na saúde, ciência, tecnologia e inovação. Na parte prática, os
alunos deverão realizar métodos de isolamento e classificação de novos microrganismos,
caracterização e melhoramento genético de microrganismos, entre outras atividades.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALBERTS, B.; JOHNSON, A; WALTER, P. et al. Biologia molecular da célula. 4. ed. Rio de Janeiro,
Artmed, 2004.
ZAHA, A. et al. Biologia molecular básica. 3. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003.
MOSER, A. Biotecnologia e bioética: para onde vamos. São Paulo: Vozes, 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANSEL, H. G.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L. V. Farmacotécnica. Formas farmacêuticas e
sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001.
94
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
BORZANI, W. et al. Engenharia bioquímica. São Paulo: Edgar Blucher, 2001 (Série Biotecnologia,
v.3).
GINGOLD, E.B, WALKER, J. M. Biologia molecular y biotecnologia. 2. ed. Saragoza: Acribia, 1997.
LIMA, V. A. et al. Tecnologia das fermentações. São Paulo: Edgar Blucher, 2001 (Série Biotecnologia,
v.1).
ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M.K.; TYLER, V. E. Farmacognosia e farmacobiotecnologia. São Paulo:
Premier, 1997.
ULRICH, Henning; et al. (Org.). Bases moleculares da biotecnologia. São Paulo: Roca, 2008.
Sites científicos.
Microbiologia e Imunologia Clínica
EMENTA:
Identificação dos gêneros e espécies bacterianas de importância clínica. Métodos e reações em
Imunologia Clínica. Provas imunológicas para microrganismos. Normas de coleta de amostras
microbiológicas provenientes de diferentes partes do corpo. Preparo e meio de cultura e
antibiograma. Isolamento e identificação de bactérias em amostras clínicas. Suscetibilidade frente a
agentes microbianos. Normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas; padronização
e controle de qualidade de reagentes e provas imunológicas utilizadas em laboratório de análises
clínicas. Provas e laboratórios de referência. Automação em microbiologia.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Preparar o aluno para reconhecer aspectos morfobiológicos dos microorganismos, sua interação
com os diferentes habitats e caracterização dos diferentes grupos de interesse médico e de
contaminação de ambientes e produtos farmacêuticos, levando-o a compreender, pela investigação
laboratorial, as relações epidemiológicas e profilaxia relacionada a esses microorganismos. Ao
final do semestre e em associação ao aprendizado de Microbiologia e Imunologia e outras matérias
conexas, os discentes terão adquirido competências e habilidades para:
 reconhecer os microorganismos responsáveis por doenças humanas e os processos de
isolamento, identificação, fisiopatologia, resposta imune na epidemiologia e ecologia desses
agentes;
 distinguir as infecções de maior interesse no quadro sanitário brasileiro;
 aprimorar a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado;
 realizar a identificação morfológica dos helmintos e protozoários humanos;
 efetuar experimentos de microbiologia clínica envolvendo técnicas laboratoriais diretas e
indiretas de diagnóstico das infecções bacterianas, fúngicas e virais;
 compreender a resposta imunológica inata e adaptativa frente aos imunógenos, anticorpos
mono e policlonais de interesse farmacêutico;
 desenvolver técnicas de obtenção e purificação de antígenos para utilização farmacêutica e
imunização para produção de soro imune;
 desenvolver mecanismos do controle de qualidade em laboratório de análises clínicas,
tornando o profissional em formação apto a atuar nas diferentes áreas da profissão
farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
95
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
JAWETZ, Ernest; LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
KONEMAN, Elmer W.; WINN, Washington C et al. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas
colorido. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
VOLTARELLI, J.C.; DONADI, E.A. Imunologia clínica na prática médica. São Paulo: Atheneu, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABBAS, Abul K. LICHTMAN, Andrew H. PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio
de Janeiro: Revinter, 2008.
BIER, Otto G.; SILVA, Wilmar Dias da; MOTA, Ivan. Imunologia: básica e aplicada. 5. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
DOAN, Thao; MELVOLD, Roger; WALTENBAUGH, Carl. Imunologia médica essencial. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.
FERREIRA, A.Walter; ÁVILA, Sandra L. M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e
auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
GORCZYNSKI, Reginald; STANLEY, Jacqueline. Imunologia clínica. Rio de Janeiro: Reichmann,
2001.
MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER, M.A. Microbiologia médica. 6. ed. Rio de Janeiro:
São Paulo: Elsevier, 2010.
OPLUSTIL, Carmem Paz Procedimentos básicos em microbiologia clínica. 2. ed. São Paulo: Savier,
2004.
Farmácia Hospitalar
EMENTA:
O Hospital, suas especialidades e a Farmácia Hospitalar. Funções da Farmácia Hospitalar e as
responsabilidades do Farmacêutico. Acompanhamento terapêutico ao paciente. Gerenciamento,
seleção, sistemas de aquisição e distribuição de medicamentos e correlatos. Técnicas de controle de
qualidade, preparo de medicamentos enterais e parenterais e técnicas de estocagem. Controle de
infecção hospitalar. Interações medicamentosas. Farmácia Clínica. Farmacotécnica hospitalar
(produtos estéreis e não estéreis); fármacoepidemiologia e farmacovigilância hospitalar. Centro de
informação sobre medicamentos. Atuação do Farmacêutico em equipes multidisciplinares.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Capacitar o aluno para o exercício da Farmácia Hospitalar, integrando conteúdos, fornecendo
conhecimentos e desenvolvendo habilidades técnicas e administrativas específicas, ademais de
evidenciar o papel do profissional farmacêutico em equipes multiprofissionais. Com estas
abordagens, o aluno estará preparado para:




identificar as diferentes áreas que caracterizam a Farmácia Hospitalar;
atuar em equipes interdisciplinares e em comissões internas nas áreas de Farmácia e afins;
promover a atenção farmacêutica aos pacientes internos ambulatoriais;
gerenciar recursos humanos e materiais;
96
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 integrar-se em atividades específicas de Farmácia no âmbito hospitalar, visando à
administração, gestão de estoques, distribuição e manipulação de medicamentos de maneira
racional;
 planejar e estruturar um Serviço de Farmácia Hospitalar.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Manual básico de farmácia hospitalar. Brasília: Conselho
Federal de Farmácia.
GOMES, M. J. V. M.; REIS A. M. M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar.
São Paulo: Atheneu, 2006.
SANTOS, Gustavo Alves Andrade dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BISSON, M. P. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Guia básico para farmácia hospitalar.
Brasília: Ministério da Saúde.
CIPRIANO, Sonia Lucena; PINTO, Vanusa Barbosa; CHAVES, Cleuber Esteves. Gestão estratégica
em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2009.
FERRACINI. Fábio Teixeira. Prática farmacêutica no ambiente hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2005.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica: fundamentos da
terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill,
2006.
MAIA NETO, Júlio Fernandes. F. Farmácia hospitalar e suas interfaces com a saúde. São Paulo: RX,
2005.
OSME, Simone Franco; et al (Organizadores). Manual de padronização de medicamentos: Uberlândia:
Hospital de Clínicas, 2007.
Revista da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar.
Parasitologia Clínica
EMENTA:
O ambiente antrópico. Parasitologia Clínica, centrando o estudo nos parasitas responsáveis por
ecto e endoparasitoses humanas, nas suas ações patológicas, patogênicas, sintomatologia,
epidemiologia e profilaxia. Métodos de coleta, transporte e processamento de espécimes biológicos
para realização de exames parasitológicos. Realização e interpretação de exames utilizados para
diagnóstico. Culturas e antibiograma. Epidemiologia e profilaxia de protozooses, helmintoses,
bacterioses e infecções patogênicos para o homem. Metodologia e aplicação de técnicas para o
diagnóstico laboratorial das principais micoses.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Preparar o aluno para distinguir as principais parasitoses encontradas em nosso país, a
caracterização dos diferentes grupos de interesse em saúde pública, sua interação com os
diferentes habitats, além de compreender os mecanismos patogênicos e a profilaxia relacionados,
97
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
mediante a investigação laboratorial. Ao final do semestre e em associação ao aprendizado de
Parasitologia e Micologia e outras matérias conexas, os discentes estarão aptos a:
 identificar os principais protozoários e helmintos agentes etiológicos de parasitoses
humanas, reconhecendo suas características morfológicas, ciclo biológico, patogenia,
tratamento, epidemiologia e profilaxia;
 compreender as relações parasito-hospedeiro e reconhecer os microrganismos em vida
parasitária, relacionando-os ao processo patológico;
 conhecer as principais técnicas laboratoriais e materiais biológicos utilizados para
identificação e diagnóstico de cada parasitose, envolvendo coleta, armazenamento e técnicas
de identificação;
 aprimorar a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado;
 realizar, interpretar e emitir laudos referentes aos exames de rotina laboratorial na área de
parasitologia e micologia;
 distinguir as infecções de maior interesse no quadro sanitário brasileiro;
 reconhecer a importância dos princípios básicos de higiene e assepsia pessoal e seu papel no
desenvolvimento e transmissão das parasitoses e micoses;
 desenvolver mecanismos do controle de qualidade em laboratório de análises clínicas,
tornando o profissional em formação apto a atuar nas diferentes áreas da profissão
farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
NEVES, D. P. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
REY, Luis. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
ZAITZ C.; RUIZ L. R. B.; SOUZA, V. M. Atlas de micologia médica: diagnóstico laboratorial. Rio de
Janeiro: Medsi, 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R. Parasitologia médica. Texto e atlas. 4. ed. São Paulo: Premier, 2000.
MARKELL & VOGE. Parasitologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
MINAMI, P. S. Micologia: métodos laboratoriais de diagnóstico das micoses. São Paulo: Manole,
2002.
MORES, R. G. Parasitologia e micologia humana. 5. ed. São Paulo: Cultura Médica, 2008.
NEVES, David Pereira; BITTENCOURT NETO, João Batista. Atlas didático de parasitologia. 2. ed.
São Paulo: Atheneu, 2008.
REY, Luis. Parasitologia - parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
SIDRIM. Micologia médica à luz de autores contemporaneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Tecnologia Farmacêutica
EMENTA:
Aspectos gerais da Tecnologia Farmacêutica. Procedimentos técnicos utilizados na indústria
farmacêutica. Produção industrial e semi-industrial de medicamentos. Insumos farmacêuticos.
Tecnologia das formas farmacêuticas sólidas: granulados, cápsulas, comprimidos e comprimidos
revestidos. Tecnologia das formas farmacêuticas líquidas não estéreis, suspensões, formas semi-
98
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
sólidas e formas de liberação modificada. Águas para fins farmacêuticos. Esterilização e área
limpa. Tecnologia de produtos estéreis. Legislação, garantia de qualidade e validação de
processos. Novas formas farmacêuticas e novos sistemas de liberação de fármacos. Tecnologia
farmacêutica de última geração. Estudo experimental dos processos de síntese de medicamentos
orgânicos (sulfas, anestésico, antisépticos e outros medicamentos), analisando a estequiometria
dos processos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
 Apresentar ao aluno definições e conceitos que orientam o desenvolvimento e a produção
industrial de medicamentos, sob várias formas, do ponto de vista teórico-prático;
 Permitir um conhecimento amplo de matérias-primas e técnicas de produção industrial,
com a finalidade de capacitar o aluno a desenvolver formulações farmacêuticas,
considerando: características físico-químicas dos componentes da fórmula, tecnologia
envolvida, controle de qualidade e de estabilidade dos produtos desenvolvidos, bem como
eficácia e segurança dos mesmos.
 Capacitar o profissional em formação para a pesquisa em livros específicos da área, bem
como em periódicos que tratam de recentes avanços da Tecnologia Farmacêutica, visando
novas formas de liberação de fármacos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia
farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008.
AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG, J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 1, 2v.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABIFARMA. Indústria farmacêutica e cidadania. São Paulo: Abifarma.
ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Técnica farmacêutica e
farmácia galênica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.
CASADIO, S. Tecnologia farmacêutica. 2. ed. Milão: Cisalpino Goiliardica, 1972.
GENNARO, A. R. R. Remington - a ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Atheneu, 2004.
VOIGT, R. Tratado de tecnologia farmacêutica. Zaragoza: Acribia, 1982.
Cito-Hematologia Clínica
EMENTA:
Estrutura, morfologia e organização de células normais. Morfologia da lesão celular.
Punção e "imprintings". Análise de tumores. Estudo de punções de órgãos, massas e
coleção líquida. "Imprintigs" de diversos órgãos do corpo. Origem, desenvolvimento e
funções dos elementos morfológicos do sangue. Identificação morfológica dos elementos
figurados no sangue. Hematologia geral e citologia do sangue e da medula óssea.
99
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Aspectos fisiológicos que levam a alterações morfológicas e quantitativas das células
sanguíneas e da medula óssea. Imunohematologia, hemostasia e coagulação. Classificação
e métodos clínico-laboratoriais para investigação de anemias, leucemias e demais
processos patológicos do sangue. Realização e interpretação dos exames hematológicos.
Condutas terapêuticas e aspectos bioéticos envolvidos nas transfusões de sangue.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar o estudo de patologias hematológicas do ponto de vista teórico, visualizando
alterações em estados patológicos, e o embasamento teórico-prático das principais técnicas de
rotina em hematologia e interpretação de exames hematológicos e imuno-hematológicos para
diagnóstico clínico, capacitando o aluno para fundamentar:
 reconhecer as células dos diferentes tecidos e alterações citopatológicas;
 realizar exames citopatológicos, emitir e interpretar laudos, responsabilizando-se
tecnicamente por análises laboratoriais;
 descrever um laudo citológico normal, bem como de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas;
 identificar situações de infecções, estabelecer a presença de neoplasia maligna primária ou
metastática, a partir de critérios citológicos de malignidade;
 atuar na preparação e revisão de lâminas em análise citológica;
 assimilar e executar as principais técnicas na rotina laboratorial em hematologia clínica,
reforçando o aprendizado semiológico das condições patológicas do sistema hematopoético e
da hemostasia;
 realizar hemograma, diagnóstico das principais patologias hematológicas com base nos
valores do hemograma e da hematoscopia;
 interpretar resultados de exames hematológicos e correlacioná-los com as manifestações
clínicas;
 traçar plano de investigação laboratorial a partir das hipóteses levantadas, solicitando os
exames na busca da confirmação ou eliminação das mesmas;
 identificar as urgências hematológicas e realizar o primeiro atendimento.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
LORENZI, Therezinha Ferreira. Manual de hematologia: propedêutica e clínica. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
GIGLIO, Auro Del. Princípios de hematologia clínica. São Paulo: Manole, 2006.
MCKEE, Grace T. Atlas de citopatologia. Porto Alegre: Artmed, 2001.
HOFFBRAND, A. Victor; MOSS, P. A. H.; PETTIT, J. E. Fundamentos em hematologia. 5. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BAIN, BARBARA J. Células sanguíneas: um guia prático. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CARR, Jaqueline H. Atlas de hematologia clínica. São Paulo: Santos, 2000.
CARVALHO, William de Freitas. Técnicas médicas de hematologia e imunohematologia. 8. ed. Belo
Horizonte: Coopmed, 2008.
HECKNER, F. Hematologia microscópica prática: manual para laboratório e prática clínica. São Paulo:
Santos, 2001.
100
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo:
Manole, 2008.
LORENZI, Therezinha Ferreira. Atlas de hematologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
TEIXEIRA, José Eduardo C. Diagnóstico laboratorial em hematologia. São Paulo: Roca, 2006.
VALLADA, E. P. Manual de técnicas hematológicas. São Paulo: Atheneu, 2002.
ZAGO, M. A., FALCÃO, R. P. & PASQUINI, R. Hematologia: fundamentos e prática. São Paulo:
Ateneu, 2001.
Bioquímica Clínica Laboratorial
EMENTA:
Metodologia de laboratório clínico. Materiais e métodos gerais de análises bioquímicas. Princípios
e cuidados na coleta, conservação e triagem de amostras biológicas envolvendo análises
bioquímicas. Controle de qualidade e unidades de medida. Determinação qualitativa e
quantitativa dos componentes bioquímicos e químicos dos fluidos biológicos, tais como sangue,
urina e outros mediante técnicas analíticas específicas. Correlacionamento de resultados
bioquímicos com fisiopatologia. Dosagens bioquímicas de interesse clínico-laboratorial e
interpretação de resultados laboratoriais. Estudo de casos centrados na ação dos medicamentos
nos exames bioquímicos de interesse clínico-laboratorial.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Fomentar a aprendizagem dos princípios gerais e da dinâmica do controle químico e biológico da
qualidade de produtos farmacêuticos e capacitar o aluno para realizar exames laboratoriais na área
de Bioquímica, correlacionando-os com o diagnóstico clínico identificado. Ao concluir estes
estudos, o discente deverá estar habilitado para:
diferenciar as etapas e os procedimentos básicos realizados em laboratório clínico;
entender os aspectos clínico-laboratoriais das funções hepática, cardíaca, pancreática e renal;
identificar as etapas pré e pós-analíticas da função renal e conhecer as diferentes litíases;
reconhecer as hemoglobinopatias e suas técnicas;
dominar técnicas de obtenção e conservação de amostras e controle de qualidade envolvendo
métodos de análise em bioquímica clínica;
 fundamentar, executar e interpretar a dosagem química de biomoléculas para permitir o
diagnóstico de patologias mais comuns ao ser humano;
 determinar qualitativa e quantitativamente os componentes bioquímicos e químicos dos
fluidos biológicos, como sangue, urina e outros, e interpretar resultados laboratoriais;
 planejar, executar, interpretar os exames bioquímicos de forma a contribuir para o
diagnóstico clínico como ferramenta de intervenção no processo saúde/doença;





BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ASHWOOD, Edward R.; BURTIS, Carl A. BRUNS, David e. Fundamentos de química clínica: Tietz.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DEVLIN, Thomas M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. 6. ed. São Paulo: Edgard Blucher,
2007.
101
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para laboratório: princípios e interpretações. Rio de Janeiro:
Medbook, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CHAMPE, Pamela C; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2009.
CISTERNAS, J. R; VARGA, J; MONTE, A. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2005.
GARCIA, Mat; KANAAN, S. Bioquímica clínica. São Paulo: Atheneu, 2008.
HENRY, J. B. Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo: Manole,
2008.
NEPOMUCENO, M. F. Bioquímica experimental. Piracicaba: Unimep, 2000.
STRYER, Lubert; TYMOCZKO, John L.; BERG, Jeremy M. Bioquímica. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva
EMENTA:
Realização de atividades acadêmico-profissionais em um campo de trabalho determinado:
farmácias comunitárias e unidades públicas de saúde, incluindo atividades no Programa de Saúde
da Família. Seleção, aquisição, distribuição e uso do medicamento em farmácias públicas.
Viabilização do contato com outros profissionais de saúde e comunidade de referência. Aplicação
dos conhecimentos teóricos e práticos, habilitando, adequadamente, o estagiário ao exercício de
análise e implementação do ciclo de Assistência Farmacêutica à situação atual do mercado de
trabalho.
OBJETIVO:
Consolidar os conhecimentos adquiridos no percurso de formação, ao final do qual o discente terá
oportunidade de demonstrar as competências e habilidades necessárias ao exercício profissional
em Serviços Públicos de Saúde, condizentes com as políticas públicas no que se refere à vigilância
epidemiológica e sanitária e à assistência farmacêutica, com o propósito de contribuir para a
promoção da saúde da comunidade.
BIBLIOGRAFIA:
De acordo com as experiências do estágio.
Farmacologia Clínica e Farmacoterapia
Ementa:
Interação dos princípios de farmacologia e terapêutica. Princípios de farmacoterapêutica clínica
nas diversas doenças. Ensaios clínicos. Interações medicamentosas. Aplicação prática dos
diferentes tipos de fármacos. Terapia anti-inflamatória esteroidal e não esteroidal. Medicamentos
utilizados no tratamento das doenças ósteoarticulares. Fármacos anti-histamínicos. Profilaxia e
terapia das alergias. Anticoagulantes. Tratamento e prevenção das doenças tromboembólicas.
Hormônios. Distúrbios neuroendócrinos e suas terapias. Farmacologia do sistema respiratório.
102
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Tratamento e profilaxia da asma brônquica. Tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica.
Farmacologia cardiovascular. Tratamento da hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca
congestiva, arritmias cardíacas. Diuréticos. Tratamento da úlcera péptica, gastrites, esofagite de
refluxo.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Desenvolver estudo particularizado das formas de administração dos fármacos, suas interações
medicamentosas, efeitos colaterais e respectivos mecanismos de ação, promovendo assim a
conexão da prática médica ao uso correto dos fármacos. Com esses estudos, o aluno deverá
demonstrar-se capaz de:
 identificar os princípios gerais que regem a escolha de fármacos utilizados no tratamento de
alterações dos sistemas cardiovascular, renal, hematopoiético, respiratório, digestivo,
endócrino e nervoso central, correlacionando o mecanismo de ação e os efeitos dos fármacos
com suas indicações clínicas;
 descrever o esquema de administração a ser utilizado, com base na farmacocinética de cada
agente e nos fatores capazes de influenciá-la;
 reconhecer os efeitos terapêuticos e adversos induzidos pelos fármacos em estudo;
 descrever as medidas indicadas na área de Farmácia, para prevenção e tratamento dos
principais efeitos indesejáveis observados com os fármacos estudados;
 reconhecer as interações farmacológicas relevantes;
 propor novos esquemas terapêuticos que minimizem os efeitos deletérios ao tratamento dos
pacientes.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill,
2007.
GRAHAME SMITH, D. G; ARONSON, J. K; VOEUX, Patrícia Lydie. Tratado de farmacologia clinica e
farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007.
OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
FUCHS, F. D; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica: fundamentos da
terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
PAGE, C. et al. Farmacologia integrada. São Paulo: Manole, 2004.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
TRIPATHI, K. D. Farmacologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
VOEUX, P. L. Farmacologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
103
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Tecnologia e Produção de Fitomedicamentos
EMENTA:
Aprofundamento dos estudos fitoquímicos, envolvendo biossíntese de metabólitos secundários de
origem vegetal, de cromatografia e outras técnicas de separação. Quimiotaxonomia. Etapas e
métodos de estudo químico de plantas. Pesquisa fitoquímica (“Screeningfitoquímico” de plantas e
extratos vegetais). Constituintes químicos do extrato hidroalcoólico. Fitoquímica de terpenóides
(óleos essenciais e drogas aromáticas). Fitoquímica de esteróides e triterpenos. Fitoquímica de
alcalóides, de plantas medicinais e fármacos de origem vegetal. Controle de qualidade de
produtos fitoterápicos. Legislação específica.
OBJETIVOS:
Propiciar conhecimento de processos e técnicas utilizados na indústria de fitoterápicos, incluindo o
controle de qualidade na produção de formas farmacêuticas utilizadas em fitoterapia.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia
farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008.
PROENÇA DA CUNHA, A. Farmacognosia e fitoquímica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2006.
SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira. (Org.) Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre:
UFRGS, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BARREIRO, E. J. e FRAGA, C. A. M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos.
Porto Alegre: Artmed, 2008.
CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
IBURG, Anne. Plantas medicinais: ingredientes, efeitos medicinais, aplicações. São Paulo: Lisma,
2006.
YUNES, R. A.; CALIXTO, J. B. Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal moderna. Chapecó:
Argos, 2002.
KOROLKOVAS, A.; BURCKALTER, J. H. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
SCHULZ, V.; HÄNSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional. São Paulo: Manole, 2002.
SOARES, Carlos Alves. Plantas medicinais como alternativa terapêutica. Petrópolis: Vozes, 2007.
Legislação aplicada a medicamentos fitoterápicos.
Toxicologia Aplicada à Farmácia
EMENTA:
Bases conceituais de Toxicologia, agente tóxico, toxicidade. Classificação da toxicologia: ambiental,
alimentar, ocupacional, social, toxicologia forense. Estudo dos fármacos, medicamentos e drogas
nos aspectos de toxicocinéticos e toxicodinâmicos. Toxicologia básica da interação de
medicamentos; causas e efeitos do uso de associações. Vias de penetração, biotranformação de
tóxicos, distribuição e vias de eliminação. Ação dos tóxicos sobre o sistema biológico, sintonias
104
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
terapêuticas. Avaliação de toxicidade. Noções de fitotoxicologia, farmacotoxicologia e toxicologia
dos alimentos, com foco na prevenção, no diagnóstico e tratamento. Métodos analíticos, físicoquímico e biológico utilizados em análises toxicológicas. Métodos gerais para pesquisa de agente
tóxico desconhecido. Marcha analítica geral nas investigações toxicológicas. Casos clínicos
toxicológicos. Antídotos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Conhecer as substâncias que desenvolvem efeitos tóxicos no organismo e avaliá-las de acordo com
a sua capacidade de assimilação e eliminação, relevando a importância dos conceitos e princípios
básicos de toxicologia fundamentais para entendimento de questões relacionadas às soluções para
os fatores que condicionam as intoxicações e situações de risco. Com estes estudos, o estudante
estará apto a:
 identificar e quantificar os principais grupos de agentes tóxicos envolvidos nas áreas de
toxicologia ocupacional e social e compreender os parâmetros toxicocinéticos de preparações
farmacêuticas e alimentares;
 identificar as fases das intoxicações provocadas por substâncias químicas no organismo
humano, a partir de diferentes fontes de exposição: microambientais, no contexto de
trabalho, em alimentos, no uso e abuso de medicamentos e no meio social;
 realizar procedimentos de análise toxicológica;
 reconhecer os efeitos da poluição antropogênica e conscientizar-se de que a proteção e a
preservação do meio ambiente são medidas de prevenção das doenças e de promoção de
saúde da coletividade;
 compreender a essencialidade da atuação do profissional farmacêutico como sujeito
ambientalista;
 aplicar os conhecimentos e procedimentos necessários para prevenir o aparecimento de
intoxicações.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
LIMA, Darcy Roberto. Manual de farmacologia clínica, terapêutica e toxicologia. Porto Alegre: Medsi,
2004.
MOREAU, Regina Lúcia Moraes; SIQUEIRA, Maria Elisa Pereira Bastos de. Ciências farmacêuticas:
toxicologia analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
OGA, Seizi; BATISTUZZO, José Antonio; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida. Fundamentos de
toxicologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
AZEVEDO F. A. de; CHASIN, A. A. M. As bases toxicológicas da ecotoxicologia. São Paulo: Rima,
2003.
ANDRADE FILHO, Adebal; CAMPOLINA, Délio; DIAS, Mariana Borges. Toxicologia na prática
clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001.
LOPES, Antonio C. Fundamentos de toxicologia clínica. São Paulo: Atheneu, 2006.
MICHEL, Oswaldo da Rocha. Toxicologia ocupacional. São Paulo: Revinter, 2000.
MIDIO, Antonio Flávio; MARTINS, Deolinda Izumida. Toxicologia de alimentos. São Paulo: Varela,
2000.
PASSAGLI, Marcos. Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2007.
105
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Cosmetologia
EMENTA:
Características morfológicas, microestrutura e biologia molecular da pele normal. Absorção
cutânea. Principais problemas dermatológicos (diagnóstico e tratamento). Bases conceituais da
Cosmetologia. Processo de criação e desenvolvimento de produtos cosméticos, cosmecêuticos e
fitocosméticos. Aspectos anatômicos e fisiológicos relacionados e a tecnologia envolvida.
Conservantes e antioxidantes. Bioativos. Cosméticos masculinos, infantis e para gestantes.
Máscaras faciais. Produtos capilares (xampus e condicionadores). Produtos de higiene pessoal
(sabonetes, produtos para banho e desodorantes). Cosméticos anidróticos e desodorantes.
Perfumes. Espectro da radiação solar. Fotoprotetores (filtros solares e bronzeadores). Batons.
Controle da produção de cosméticos. Legislação. Estudo experimental dos processos de síntese,
analisando a estequiometria dos processos. Práticas de laboratório em dermocosmetologia,
dermopatocosmetologia preventiva, medicamentos; acidentes causados pelas preparações
cosméticas. Boas práticas de fabricação na indústria cosmética.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar a compreensão do processo envolvido na tecnologia da produção de cosméticos e
produtos cosmecêuticos e fitocosméticos, bem como a indicação e os mecanismos de interação e
compatibilidade com o órgão cutâneo, evidenciando as características das matérias primas que
compõem esses produtos e as boas práticas de fabricação na indústria cosmética. Ao final, o
discente deverá ter assimilado conhecimentos que o torne capaz de:
 atuar como profissional especializado em planejamento, preparação e conservação de
produtos cosméticos, com conhecimento das características das matérias-primas que
compõem esses produtos;
 envolver-se na produção e manipulação de cosméticos, tendo como orientação as Boas
Práticas de Manipulação, e em Procedimentos Operacionais Padrão;
 conhecer a composição, produção e controle de qualidade, as normas e leis que regem as
atividades na área;
 formular e reconhecer a ação e eficácia de cada insumo em uma determinada forma
farmacêutica;
 dominar as técnicas de composição e manipulação de produtos cosméticos, incluindo o
desenvolvimento de novos produtos e novas formas de apresentação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BARATA, E. A. F. Cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2003.
FONSECA, Aureliano da. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Roca, 2000.
LEONARDI, Gislaine Ricci. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Sants Isabel, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANVISA - RDC 210/2003.
DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas.
GOMES, Rosaline Kelly; GABRIEL, Marlene. Cosmetologia descomplicando os princípios ativos. 3. ed.
Porto Alegre: LMP Editora, 2009.
106
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 1 e 2v.
MAGALHAES, João. Cosmetologia. Rio de Janeiro: Rubio, 2000.
SAMPAIO, S. A. P.; CASTRO R. M.; RIVITTI, E. A. Dermatologia básica. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
SANTI, Erika de. Dicionário de princípios ativos em cosmetologia. São Paulo: Andrei, 2003.
SCHUELLER, Randy; ROMANOVSKI, P. Iniciação à química cosmética. São Paulo: Tecnopress, 2001.
(Optativa) Língua Brasileira de Sinais - Libras
EMENTA:
Conceitos de deficiência em audiocomunicação: identidade, cultura e educação. Caracterização da
Língua Brasileira de Sinais (Libras) como forma de comunicação e expressão do surdo e recurso
para a prática docente e utilização na comunicação entre o formador e o aluno surdo. Pressupostos
históricos, filosóficos, sociológicos, pedagógicos e técnicos de Libras. Forma e estruturação da
gramática em Libras e o conjunto do seu vocabulário. Noções da percepção de leitura labial e
desenvolvimento da expressão gestual-visual. Noção de diagnose: como perceber se uma criança é
portadora de necessidade auditiva. Ambiente computacional e procedimentos educacionais para
aprendizagem de Libras.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CASTRO, Alberto Rainha de; CARVALHO, Ilza Silva de. Comunicação por língua brasileira de
sinais. Brasília: Senac, 2005.
SOUZA, Regina Maria de; ARANTES, Valéria Amorim (Org.); SILVESTRE, Núria. Educação de
surdos. São Paulo: Summus, 2007.
VERGAMINE, Sabine Antonialli Arena; MOURA, Maria Cecília; CAMPOS, Sandra Regina Leite
de. Educação para surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Santos, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALMEIDA, Elizabeth Crepaldi de. DUARTE, Patrícia Moreira. Atividades ilustradas em sinais da
Libras. São Paulo: Revinter, 2004.
BOTELHO, Paula. Linguagem e letramento na educação dos surdos. São Paulo: Autêntica, 2002.
ROCHA, Solange. O Ines e a educação de surdos no Brasil. Rio de Janeiro: Ines, 2007.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
TANYA A.; MONTEIRO, Myrna S. Libras em contexto. 8. ed. Brasília: MEC/SEEP, 2007.
Estágio Supervisionado em Farmácia de Manipulação e Comercial
EMENTA:
Práticas específicas em farmácia comercial. Conceitos na aplicabilidade da rotina em farmácia,
ressaltando-se aqueles referentes aos aspectos administrativos: critérios para armazenamento dos
produtos, relação dos mais vendidos por classe terapêutica; critérios organizacionais: distribuição
da área física, limpeza, destino do lixo; critérios legais: registros de psicotrópicos e substâncias
capazes de determinar dependências físicas e psíquicas. Averiguação do conhecimento sobre as
107
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
exigências legais do exercício profissional e funcionamento de estabelecimentos farmacêuticos e
outros fatores relevantes da área farmacêutica que sejam detectados durante o estágio.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Oferecer condições de aprimoramento, complementação e aplicabilidade dos conhecimentos
adquiridos durante o Curso, sob orientação supervisionada de docente e profissional da área na
empresa, envolvendo tarefas inerentes a aspectos administrativos, organizacionais e legais no
âmbito da farmácia comercial, incluindo farmácias magistrais, facultando ao farmacêuticoaprendiz vivenciar procedimentos operacionais de aquisição, armazenamento, manipulação e
dispensação, ressaltando-se neste último quesito a Atenção Farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA:
De acordo com as experiências do estágio.
Enzimologia e Tecnologia das Fermentações
EMENTA:
Conceituações de proteínas e enzimas. Cinética das reações enzimáticas. Microbiologia das
fermentações. Métodos de ensaios enzimáticos. Processos de fermentação enzimáticos de interesse
farmacêutico e industrial. Fermentação láctica, acética e alcoólica. Principais aplicações da
tecnologia das fermentações para processamento de alimentos e medicamentos. Métodos de
separação e purificação de biomoléculas. Segurança na manipulação enzimática. Biotecnologias e
transformações químicas atuais e perspectivas futuras. Utilização de enzimas em processos
industriais. Aspectos legais e econômicos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Entender os processos enzimáticos e fermentativos que ocorrem no homem, no medicamento e a
influência na natureza e nos animais, destacando a aplicabilidade destes insumos como alvos para
o desenvolvimento de fármacos e uso na indústria alimentícia. Ao final dos estudos, o aluno
deverá demonstrar ser capaz de:
conhecer a microbiologia das fermentações;
utilizar os processos que permitem o uso das enzimas em escala industrial;
explicar as propriedades e as aplicações de enzimas na indústria farmacêutica e alimentícia;
dominar o mecanismo de obtenção de enzimas e moduladores enzimáticos e a aplicabilidade
destes insumos na indústria farmacêutica;
 desenvolver produtos por intermédio de processos fermentativos;
 identificar agentes enzimáticos como alvos para o desenvolvimento de fármacos;
 utilizar princípios essenciais às aplicações da tecnologia das fermentações no processamento
de medicamentos.




BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BON, Elba P. S.; FERRARA, Maria Antonieta; CORVO, Maria Luisa. Enzimas em biotecnologia. Rio
de Janeiro: Interciência, 2008.
BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, Eugenio. Biotecnologia industrial - processos
fermentativos e enzimáticos. São Paulo: Edgar Blücker, 2002.
108
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ORDONEZ, J. A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e processos. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, E. Biotecnologia industrial: biotecnologia da produção
de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2001.
BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2003.
EVANGELISTA, J. Tecnologia de alimentos. São Paulo: Atheneu, 2005.
NUNEZ DE CASTRO, Ignácio. Enzimologia. São Paulo: Pirâmide, 2001.
OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006.
SCHMIDELL, W. et al. Biotecnologia industrial: engenharia bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher,
2001.
SHREVE, R. N. & BRINK Jr., J. A. Indústrias de processos químicos. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1997.
Controle de Qualidade em Alimentos e Biossegurança
EMENTA:
Princípios básicos em controle de qualidade. Padrões de qualidade. Sistemas de controle de
qualidade. Padronização e normatização. Princípios e importância do controle de qualidade de
alimentos. Boas Práticas de Laboratórios. Filosofia e programas de qualidade dentro da indústria
de alimentos. Implantação e segmento de sistema de controle de qualidade
(qualidade/produtividade); análises físico-químicas de processos, instrumental, sensorial e análise
microscópica de alimentos. Desenvolvimento de padrões: especificação, regulamentação e
principais orientações quanto ao padrão de qualidade e identidade dos alimentos. Avaliação da
qualidade. Alimentos transgênicos.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Introduzir o aluno à compreensão dos métodos, processos e tecnologias envolvidas na produção,
transformação e conservação dos alimentos, orientados por procedimentos técnicos, científicos,
éticos, e o controle de qualidade, abrangendo, ainda, a organização e legislação pertinente,
permitindo-lhe avaliar as alterações de natureza físico-química desses produtos e criar alternativas
para o desenvolvimento de alimentos especiais. Ao concluir estes estudos, o discente terá
assimilado o aprendizado que o habilite a:
 aplicar as técnicas de análise de alimentos no que se refere ao valor nutricional e
caracterização química e microbiológica (sanitária);
 interpretar os resultados analíticos e enquadrá-los de acordo com os padrões exigidos pela
legislação vigente sobre controle de qualidade;
 planejar e realizar ensaios sobre o controle de qualidade, estudos de estabilidade e estimativa
do prazo de validade em alimentos;
 exercitar técnicas microscópicas aplicadas à matéria-prima de modo a permitir a construção
de conhecimentos essenciais em tecnologia de alimentos;
 conhecer e interpretar os princípios físicos e físico-químicos que envolvem o funcionamento
dos equipamentos empregados nas análises laboratoriais de produtos alimentícios;
109
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 avaliar os métodos analíticos aplicados para determinar a composição dos alimentos e
controlar a qualidade físico-química e microbiológica;
 envolver-se em programas de controle de qualidade que visem aumentar a eficiência das
operações de processamento, melhorar o produto final e/ou serviços;
 avaliar o significado higiênico e toxicológico das alterações e das contaminações dos
alimentos;
 realizar ensaios para verificar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos de acordo com
a legislação vigente;
 validar metodologias analíticas, identificando os componentes básicos e observando a
importância da utilização correta de equipamentos envolvidos na análise química
quantitativa de produtos alimentícios.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Métodos físicoquímicos para análise de alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 4 ed. Instituto Adolfo
Lutz. São Paulo, 2005.
ORDONEZ, Juan A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e processos. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
SILVA JR., E. A. da. Manual de controle de qualidade higiênico-sanitário em alimentos. 4. ed. São Paulo:
Varela, 2004.
SILVA, N.; JUNQUEIRA, V. C. A.; SILVEIRA, N. F. A. Manual de métodos de análise microbiológica de
alimentos. São Paulo: Varela, 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretrizes para rotulagem de alimentos.
Disponível na URL: www.anvisa.gov.br.
BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Manual de laboratório de química de alimentos. São Paulo: Varela, 2003.
BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, E. Biotecnologia industrial: biotecnologia da produção
de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2001.
FELLOWS, P. J. Tecnologia do processamento de alimentos. 2. ed.Rio de Janeiro: Artemed, 2006.
FERREIRA, S. M. R. Controle da qualidade em sistemas de alimentação coletiva I. São Paulo: Varela,
2002.
FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
GERMANO, Pedro Manuel Leal; GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e vigilância sanitária dos
alimentos. 3. ed. São Paulo: Manole, 2008.
OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006.
RIEDEL, Guenther. Controle sanitário dos alimentos. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005.
ROSENBERG, Gerson. A ISO 9001 na indústria farmacêutica: uma abordagem das boas práticas de
fabricação. Rio de Janeiro: Papers, 2000.
Controle de Qualidade de Medicamentos e Cosméticos
EMENTA:
110
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Estabilidade de medicamentos; validação de metodologia analítica. Parâmetros gerais de controle
da qualidade dos princípios ativos de medicamentos e cosméticos manipulados. Tecnologia,
gestão e controle de qualidade de formulações de grande produtividade. Características físicas e
químicas da matéria-prima; formulações farmacêuticas líquidas, sólidas e semi-sólidas. Pilotos e
escala industrial; infra-estrutura e processos envolvidos. Análise das características físico-químicas
e avaliações microbiológicas das matérias-primas e produtos acabados; controle em processo.
Validação de metodologias e BPF aplicáveis à realidade das indústrias farmacêuticas e de
cosméticos. Novos sistemas terapêuticos (lipossomas, nanocápsulas, microcápsulas). Legislação
aplicada.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Subsidiar a formação do aluno nos aspectos relacionados com o conceito de Qualidade Total e
desenvolver-lhe a capacidade de realização de estudos sobre princípios gerais e mecanismos do
controle químico e biológico da produção e qualidade de medicamentos, cosméticos e
fitoterápicos, orientados por parâmetros farmacopéicos ou resultantes de novos processos
tecnológicos, assegurando qualidade e condições de utilização desses produtos para o
consumidor. Com este embasamento, o aluno estará habilitado a:
 desenvolver uma visão abrangente do funcionamento da indústria farmacêutica em toda sua
complexidade;
 aprimorar aptidões técnicas nos processos de fabricação de medicamentos e cosméticos;
 identificar os principais processos industriais e equipamentos de interesse na indústria de
medicamentos e cosméticos;
 desempenhar atividades relacionadas às diversas fases de produção industrial de
medicamentos e correlatos manipulados;
 dominar e aplicar as diversas metodologias relacionadas ao controle de qualidade de
produtos farmacêuticos e cosméticos garantindo a qualidade ao usuário/paciente;
 executar a validação de metodologias analíticas, identificando os componentes básicos,
observando a importância da utilização correta de equipamentos envolvidos na análise
química quantitativa de produtos;
 interpretar os princípios físico-químicos que envolvem o funcionamento dos equipamentos
empregados nas análises laboratoriais de produtos farmacêuticos e correlatos;
 analisar os resultados obtidos das análises laboratoriais e interpretar os resultados analíticos
referentes às análises de controle de qualidade dos produtos farmacêuticos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia
farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008.
GIL, E. S. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. São Paulo: Pharmabooks, 2007.
ROSENBERG, Gerson. A ISSO 9001 na indústria farmacêutica: uma abordagem das boas práticas de
fabricação. Rio de Janeiro: E-papers, 2000.
PINTO, Terezinha de Jesus Andreoli. Controle biológico de qualidade de produtos: farmacêuticos,
correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2003.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
AMARAL, M. P. H. Controle de qualidade na farmácia de manipulação. 2. ed. Juiz de Fora: UFJF, 2003.
111
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
ANSEL, H. G.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L. V. Farmacotécnica. Formas farmacêuticas e
sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001.
ANVISA - www.anvisa.gov.br - RDC 210/2003; RDC 249/2005.
GRUPO DE MICROBIOLOGIA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COSMETOLOGIA. Controle
microbiológico na indústria de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. São Paulo:
Digigraphis, 1998.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
MORETTO, L. L. Gerenciamento da produção para farmacêuticos. São Paulo: RCN, 2004.
Periódicos:
COSMETICS & TOILETRIES - edição em português.
International Journal Pharmaceutical Compounding
Seminários Integrados
EMENTA:
Abordagem e discussão de temas relevantes em rotina, inovações e pesquisa em campos de
interesse à formação do Farmacêutico.
BIBLIOGRAFIA:
A ser definida oportunamente em função dos temas abordados.
Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar
EMENTA:
Atividades supervisionadas abrangendo elementos da prática de gestão, suprimento de materiais
e medicamentos, padronização, aquisição, armazenamento, controle de qualidade, controle de
estoque e dispensação de medicamentos e material em Farmácia Hospitalar. Participação do
Farmacêutico nas comissões de controle de infecção hospitalar, farmacovigilância,
farmacoterapêutica e nutrição parenteral; integração em equipes multiprofissionais da área de
saúde mediante assistência voltada ao uso correto de medicamentos e correlatos visando à
prevenção, recuperação e promoção da saúde.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Possibilitar orientação supervisionada em procedimentos operacionais na Farmácia Hospitalar,
estimulando o estagiário a compreendê-la como um órgão de abrangência assistencial, técnicocientífico e administrativo. Visa, ainda, a complementação e aplicação dos conhecimentos
assimilados na manipulação de quimioterápicos, antiretrovirais e nutrição enteral/parenteral, bem
como desenvolver competências nas diferentes áreas de atuação do Farmacêutico no âmbito
clínico hospitalar.
BIBLIOGRAFIA:
De acordo com as experiências do estágio.
112
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Estágio Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas
EMENTA:
Fundamentos e validação da formação profissional do analista clínico. Atuação nas diversas
modalidades e setores que compõem um Laboratório de Análises Clínicas relacionado à área
farmacêutica. Em adição, o estágio inclui atividades supervisionadas de coleta e preparação de
material biológico utilizado nas análises, lavagem e esterilização dos materiais, preparo de meios e
reagentes; diagnósticos laboratoriais; correlação clínico-laboratorial; controle de qualidade no
laboratório de análises clínicas. Noções de gerenciamento de laboratório de análises clínicas.
OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
Proporcionar o exercício de funções especializadas em laboratórios de análises clínicas e
toxicológicas, na execução e interpretação de exames de rotina laboratorial, de modo a garantir a
qualidade das análises, observados os padrões de qualidade pertinentes e as normas de segurança
vigentes.
BIBLIOGRAFIA:
De acordo com as experiências do estágio.
Estágio Supervisionado em Alimentos
EMENTA:
Atividades supervisionadas em indústria de alimentos ou laboratório de análise de alimentos,
centro de pesquisas, da produção e controle bromatológico, toxicológico e microbiológico. Visão
geral da planta industrial e demais setores correlatos da empresa. Conhecimento do fluxograma
da empresa. Identificação dos diferentes estágios de processamento e respectivos riscos para a
qualidade final do produto e para a saúde do consumidor. Atuação laboratorial envolvendo a
participação nas principais análises sobre a identidade, a qualidade e o desenvolvimento de
produtos.
OBJETIVO:
Propiciar um ambiente onde a teoria se materializa nas áreas de produção e controle de qualidade
da indústria de produtos alimentícios, visando integrar o aluno numa perspectiva de
aprimoramento de seu conhecimento na área de produção, controle e biossegurança alimentar.
BIBLIOGRAFIA:
De acordo com as experiências do estágio.
Trabalho de Conclusão do Curso I e II
EMENTA:
Desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a partir da problematização de um
tema de interesse e aplicação na vida profissional, que pode ser apresentado sob formas variadas:
113
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
relatório, formulação farmacêutica, desenvolvimento de produtos ou técnicas, roteiros, sistemas
para vigilância sanitária, fluxogramas de processo, parecer técnico, desempenho prático de interrelacionamento pessoal ou em laboratório, pesquisa bibliográfica ou levantamento de dados. A
elaboração do TCC tem como base de sustentação conceitual os conteúdos trabalhados em
Metodologia da Pesquisa Científica, conformando-se com as normas da ABNT e o regulamento
próprio, representando assim a culminância da produção intelectual do farmacêutico-aprendiz.
OBJETIVO:
Propiciar ao aluno a oportunidade de demonstrar o nível de conhecimento assimilado e de
aprofundamento temático, o estímulo à produção científica e à pesquisa bibliográfica especializada
na área farmacêutica e o grau de aprimoramento da capacidade crítico-reflexiva.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas, 2007.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10. ed.
São Paulo: Hucitec, 2007.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Além destes, outros títulos que se relacionem especialmente com o tema escolhido pelo discente
serão utilizados para elaboração do TCC.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Trabalhos NBR 14.724: informação e
documentação. Trabalhos acadêmicos. Apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2007.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC,
monografias, dissertações e teses. São Paulo: Thomson, 2002.
PARRA FILHO, D.; SANTOS, J. A. Apresentação de trabalhos científicos: monografia, TCC, teses e
dissertações. São Paulo: Futura, 2001.
Além destes, outros títulos que se relacionem especialmente com o tema escolhido pelo discente
serão utilizados para elaboração do TCC.
114
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.6 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO
Como antes explicitado, a Alfa coloca-se no caminho para formar farmacêuticos com uma
visão sistêmica do corpo social circundante. Assim, o eixo curricular traçado guarda coerência com
tal expectativa de modo a tornar os egressos do seu Curso de Farmácia cidadãos, acima de tudo, e
instrumentos do desenvolvimento regional. Portanto, a visão humanística e crítica da realidade
social será trabalhada ao longo dos períodos letivos, inserindo no aluno uma perspectiva pluralista
da atuação do profissional contemporâneo por meio da conjugação teoria e práxis.
Seguindo esta lógica, a matriz curricular contempla conteúdos gerais e específicos, de
fundamentação pragmática, que se distribuem entre os semestres consoante uma elaboração
humanística sugerida pela interdisciplinaridade entre as Ciências Farmacêutica e da Saúde e as
Ciências Humanas e Sociais. Por sua vez, o inter-relacionamento entre os componentes
curriculares conduzirá o egresso ao efetivo cumprimento dos objetivos do Curso, ou seja, à
formação de um Farmacêutico capacitado para atuar nos diversos campos funcionais do sistema
da saúde, em observância aos aspectos legais preconizados pelo SUS, utilizando adequadamente e
de forma otimizada os recursos humanos e técnico-científicos disponíveis.
Concomitante a este traçado e respeitando os procedimentos didático-pedagógicos, o
currículo do Curso encontra-se intensamente subsidiado por atividades complementares e projetos
integradores, aproximando as áreas de conhecimento, as habilidades, atitudes e valores éticos
fundamentais à habilitação profissional. Importa destacar o conjunto de práticas farmacêuticas a
serem experienciadas seja nos laboratórios ou em contextos externos à instituição, nas atividades
extensionistas, que reforçarão sobremaneira a construção do conhecimento farmacêutico nos
moldes objetivados no projeto pedagógico.
6.7 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DE FORMAÇÃO DO EGRESSO
A coerência do currículo com o perfil de conclusão se consolida sob a premissa de que o
profissional de Farmácia tem como requisitos essenciais o domínio do conhecimento especializado
nas funções de proteção, prevenção, recuperação e reabilitação na área de fármacos e
medicamentos; de análises clínicas e toxicológicas e de controle, produção e análise de alimentos.
Além destas, deve demonstrar flexibilidade intelectual, capacidade analítica para interpretar
informações, motivação para a autoatualização, capacidade de gestão, competência gráfica e oral,
estando apto a acompanhar as transformações sociais, as tendências mercadológicas e perspectivas
do exercício profissional, com habilidades para compor equipes multiprofissionais, bem assim
atuar no ensino, na pesquisa aplicada e extensão em nível acadêmico.
Com esse propósito, o currículo contempla uma proposta multi e transdisciplinar que
faculta uma conjugação de saberes, o aperfeiçoamento e a atualização técnico-científica, primando
por uma formação sociohumanística, com espírito empreendedor, consciência ética e
responsabilidade social perante o meio natural. A capacitação profissional está assim alicerçada no
desenvolvimento de competências para o exercício do pensamento crítico e juízo profissional.
6.8 - ARTICULAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO COM O PDI E PPI
O projeto pedagógico formalizado neste documento harmoniza-se com o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Alfa,
notadamente no que diz respeito ao referencial teórico-metodológico, aos princípios, diretrizes,
abordagens, estratégias e ações.
115
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Na medida destes referenciais, o curso de Farmácia será implementado com base nas
seguintes diretrizes gerais:
⊸ metodologias de ensino que promovam o desenvolvimento de competências e
habilidades requeridas na formação integral do educando e na formação para o
trabalho;
⊸ planos de ensino que favoreçam a integração simultânea entre o saber e sua prática;
⊸ avaliação formativa e continuada da aprendizagem, minimizando as avaliações
quantitativas centradas meramente na acumulação de informações de cunho teóricodoutrinário;
⊸ concepção do educando como centro do processo pedagógico, mediante a assistência
e atendimento em todos os momentos de sua vida acadêmica, aliada à oferta de
ensino de qualidade, apoiado em um corpo social (professores e técnicos) qualificado
e em recursos metodológicos, bibliográficos e tecnológicos adequados;
⊸ estrutura organizacional que respeite as individualidades e harmonize a convivência
acadêmica em todos os níveis e categorias;
⊸ integração do educando à comunidade social por meio de programas e ações de
iniciação científica e extensão, em parceria com serviços de saúde, empresas e
instituições governamentais ou particulares de Almenara e vizinhança; e
⊸ convênios interinstitucionais para viabilizar trocas de experiências e informações
entre a comunidade acadêmica, a Alfa, a comunidade local e regional e organizações
em todo o país.
O projeto pedagógico guarda congruência com a política de responsabilidade social da
instituição, especialmente quanto à sua contribuição em relação à inclusão social; ao
desenvolvimento econômico e social; à defesa do meio ambiente, da produção artística, da
memória e do patrimônio cultural da região que lhe dá sede e adjacências. Ademais, cumpre as
diretrizes políticas e ações institucionais, contemplando de um modo geral:
⊸ orientações pedagógicas específicas para o desenvolvimento de competências e
habilidades que atendam ao perfil desejado dos egressos,
⊸ concepção do currículo do curso em consonância com as Diretrizes Curriculares
Nacionais (conteúdo e duração) fixadas pelo MEC e às peculiaridades regionais,
⊸ princípios metodológicos
teoria/prática;
inovadores
e
criativos,
priorizando
a
integração
⊸ processos de avaliação formativa e continuada da aprendizagem,
⊸ diretrizes para estágio, prática profissional e atividades complementares articuladas
com o ensino teórico-prático e os projetos e programas de extensão e de iniciação
científica, atendimento ao educando, ao egresso e ao ambiente organizacional, que
proporcionem condições ideais de aprendizagem e de convivência comunitária.
116
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.9 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Na perspectiva de assegurar efetiva aplicabilidade dos conteúdos ministrados e obtenção
dos objetivos planejados, os princípios que norteiam a proposta de formação do Farmacêutico da
Alfa defendem a didática do diálogo e preconizam uma metodologia de ensino que pressupõe,
necessariamente, a interação professor/aluno no fazer pedagógico.
Neste sentido, a dinâmica curricular adotada utilizar-se-á de metodologias de ensinoaprendizagem diversificadas, que se desenvolverão mediante aulas teóricas e práticas, estágios
curriculares e atividades acadêmicas complementares, estruturadas com permanente
acompanhamento de docentes. No conjunto de aulas teóricas e práticas, em laboratórios e nos
diversos espaços de aprendizagem, o farmacêutico-aprendiz poderá aplicar seus conhecimentos e
exercitar as habilidades de assistência farmacêutica adquiridas em atividades de ensino, pesquisa e
extensão com o devido suporte do corpo docente.
Na dimensão do ensino prático, serão formados grupos e o professor assumirá papel de
facilitador da aprendizagem. Os temas serão desenvolvidos com base em situações reais,
simuladas ou virtuais. O processo de ensino-aprendizagem será construído em sala de aula, em
laboratórios, utilizando-se recursos adequados, assim como nos espaços dos serviços de saúde,
segmentos da comunidade, com vistas a uma interação com as necessidades da população e o
desenvolvimento do processo de assistir pessoas, desde a promoção à recuperação e reabilitação
no processo saúde/doença. Procedimentos pedagógicos variados, tais como: seminários, palestras,
conferências, estudos de caso, visitas a instituições, atividades laboratoriais, estágios estarão
presentes no cotidiano do processo de formação do educando, utilizados para imprimir motivação
e integração no preparo necessário ao exercício profissional.
Desde o início do curso serão oferecidas condições reais de acesso e uso de tecnologias
diversas, pela disponibilidade de acervo bibliográfico (livros, periódicos) e, particularmente, de
recursos informatizados e laboratoriais específicos que possibilitem a utilização de softwares e
aplicativos específicos da área de Farmácia, incluindo o acesso às principais redes de informação e
comunicação virtual. Demais disso, especial empenho será dado à contratação e manutenção de
corpo docente qualificado, num esforço de dotar o curso das qualidades didático-pedagógicas
requeridas e com conteúdo técnico-científico condizente com os objetivos a serem colimados e
aqui preconizados em razão dos apelos e atuais exigências da sociedade do conhecimento.
6.10 - APOIOO AO DISCENTE
Os alunos do curso contarão com acompanhamento, orientação e apoio institucional
durante a graduação e após sua conclusão, e com o suporte acadêmico prestado pela Coordenação
e professores do curso. Esta preocupação revela-se já pela opção por um sistema de comunicação
entre a instituição e o aluno que garanta que este esteja sendo sistematicamente munido de todas
as informações necessárias, quer do ponto de vista administrativo-institucional, quer do ponto de
vista acadêmico e social-recreativo, de modo a assegurar a efetiva interlocução e veiculação da
palavra do corpo discente.
Estratégias como circulares, comunicados, folders e panfletos, cartazes, posters e publicação
bimensal de simplicidade gráfica, elaborada com base nas informações prestadas pelas
coordenações de curso, compõem os suportes a serem utilizados na divulgação dos atos
acadêmicos e administrativos. Neste mesmo sentido, os alunos serão incentivados a se
117
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
organizarem de forma que também eles, pelo órgão institucional de representação discente,
possam veicular uma publicação a seu encargo.
O conjunto de atividades de apoio discente, sistematizadas em programa de orientação ao
discente, constitui-se de ações interdisciplinares desenvolvidas sob diversas formas para que
reconheçam em cada aluno os diferentes estilos de aprender e favoreçam o processo de
assimilação da realidade circundante.
As principais ações previstas, em estreita articulação com a Coordenação do Curso de
Farmácia, compreendem:
 orientação pedagógica na definição do melhor caminho de seu curso, na escolha e
explicitação do seqüenciamento das atividades curriculares, nas atividades extraclasse
e de pesquisa, extensão, acompanhamento, orientação e supervisão nos estágios;
 orientação na escolha, elaboração e apresentação dos trabalhos de conclusão de curso;
 monitoramento do desempenho acadêmico e orientação para recuperação de estudos;
 orientação para requerer aproveitamento de estudos de componentes curriculares já
cursados;
 mecanismos de nivelamento, sempre no início do semestre letivo, aos alunos que
eventualmente apresentem dificuldades no desempenho da língua portuguesa, nos
componentes curriculares que envolvem conceitos e cálculos matemáticos e também
nas dificuldades da área de ciências da saúde (Biologia, Bioquímica, Anatomia).
 orientação profissional sobre processos de seleção e postura profissional, incluindo:
elaboração de currículo, desenvolvimento de competências, habilidades e
comportamentos necessários a uma atuação consistente e diferenciada no mercado;
dicas de postura e etiqueta profissionais;
 acompanhamento e orientação no desenvolvimento das atividades de práticas
profissionais e no desenvolvimento de atividades complementares;
 recepção e encaminhamento de queixas, reclamações e sugestões da comunidade
acadêmica, para apuração da qualidade dos serviços prestados;
 incentivo à participação e apresentação de trabalhos de alunos em eventos de interesse
do curso: jornadas acadêmicas, feiras e encontros acadêmicos e de iniciação científica
da própria instituição e de outras instituições congêneres;
 adoção ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e ProUni.
Para dar operacionalidade a essas ações, será dispensada carga horária específica a um
docente, desde o início do curso, para que o mesmo possa atender os alunos com orientações
pertinentes à rotina de estudos. À medida que o Curso for evoluindo, serão designadas docentes
para prestarem orientação a projetos de iniciação científica, monitorias, atividades de pesquisa e
extensão, trabalho de conclusão de curso, entre outros.
6.11 - ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS EGRESSOS
A Alfa implantará sistema de acompanhamento de desempenho dos seus egressos como
instrumento complementar ao programa de avaliação institucional, em sintonia com o Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior - Sinaes. Não apenas isso, cuidará também de
118
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
estabelecer uma conexão permanente com os ex-alunos e a sociedade local de forma a determinar
a medida de sua intervenção profissional.
O programa de acompanhamento do egresso reveste-se de múltiplos objetivos e de
significado comum, qual seja o de reforçar as atividades acadêmicas da instituição para melhor
cumprir o seu compromisso social. Parte-se do pressuposto de que ao se pesquisar a vivência
acadêmica do aluno, no tempo de sua formação, e sua experiência na vida profissional, torna-o
fonte de informação e possibilidade de crítica mais categorizada e objetiva em relação à qualidade
do curso e, portanto, da pertinência e utilidade prática dos conhecimentos ministrados.
Como instrumento do programa, prevê-se a criação de um Banco de Dados dos egressos,
com atualização periódica de suas atividades ocupacionais. Adicionalmente, um Portal/Link do
Egresso, com informações atualizadas sobre o mundo do trabalho; um banco de currículos para
conhecimento dos empregadores; informes sobre cursos, pesquisas e eventos científico-culturais e
outras atividades de interesse dos alunos.
Espera-se com isso que todas as iniciativas se estabeleçam em espaço de interlocução dos
egressos e professores, e possam dispor de um meio de orientação e visibilidade profissional, ou
de recolocação no mercado de trabalho e, em outros casos, de promover a continuidade dos laços
acadêmicos e de interação entre os alunos e a Instituição.
6.12 - AVALIAÇÃO
6.12.1 - PRESSUPOSTOS BÁSICOS
Em tempos mais recentes, a avaliação vem assumindo importância crescente em todos os
domínios da vida institucional. Com efeito, amplia-se seu universo para além da avaliação da
aprendizagem, alcançando de modo cada vez mais consciente, sistemático e cientificamente
fundamentado as políticas educacionais, as reformas e inovações do sistema de ensino, os projetos
pedagógicos, currículos, aos programas institucionais em sua globalidade.
Nessa perspectiva, a concepção de avaliação assume conotações mais ou menos
particulares de acordo com o seu contexto, mas, em sua essência, avaliar pressupõe, sem dúvida,
uma atitude de julgamento, uma valoração, no sentido em que ela não tem significado fora da
relação com um fim, um contexto, em que o avaliador se pronuncia quanto ao sucesso ou
insucesso do objeto avaliado.
No Projeto Pedagógico Institucional da Alfa, a avaliação é compreendida como
instrumento de integração entre a aprendizagem e o ensino. Em consonância, encerra um conjunto
de ações cujo objetivo coloca-se na orientação da intervenção pedagógica para garantir um melhor
aprendizado, tendo como base o conhecimento dos avanços e dificuldades demonstrados pelos
educandos. Simultaneamente apresenta-se ao professor como oportunidade de reflexão sobre sua
prática educativa e desafio à formulação de alternativas passíveis de oferecer maior efetividade ao
trabalho desenvolvido, conferindo-lhe significado e possibilitando seu contínuo redirecionamento.
De fato, o enfoque trabalhado pela Alfa visa deslocar o sentido da avaliação como mero
instrumento de mensuração de resultados, que toma o aluno como único implicado na dificuldade
de aprendizagem para um eixo de responsabilidade compartilhada. A avaliação é, pois,
subsidiária do processo de ensino-aprendizagem no qual educando e professor são
simultaneamente objeto e sujeito deste, como conseqüência de uma atitude coletiva reveladora do
quanto o professor e a organização acadêmica contribuem com o decurso formativo.
119
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.12.2 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO
A avaliação discente fundamenta-se nos critérios procedimentais que embasam a proposta
pedagógica do Curso - domínio de conhecimentos, aquisição de competências e desenvolvimento
de habilidades – e segue as recomendações e os mecanismos explicitados no Regimento da Alfa.
Assegura-se também que o aluno seja avaliado, em cada componente curricular, por critérios de
assiduidade, pontualidade, participação e bom desempenho nas atividades presenciais nelas
incluídas: aulas, seminários, conferências e trabalhos correlatos ao componente curricular e
indicados pelo professor.
Concomitante, a Alfa introduz o sistema formativo de avaliação no qual se pondera
principalmente a evolução do aluno dentro do conjunto de conteúdos do Curso, a sua capacidade
de decidir e agir diante de situações complexas que requerem conhecimento sólido e raciocínio
lógico, assim como sua competência para promover o próprio crescimento intelectual e
profissional.
Levando a efeito tais premissas, estão previstas as seguintes situações para mensuração
da aprendizagem do graduando, tendo-se em conta as características e os objetivos de cada
componente curricular consoante os planos de ensino respectivos:
 exposições práticas, em laboratório;
 realização de seminários, nos quais são discutidos novos temas, descobertas recentes
em áreas de interesse do Curso e atualizadas matérias antes abordados pelos
professores e outros itens, sempre enriquecidos pelos recursos tecnológicos de
comunicação e informação;
 elaboração e apresentação de trabalhos específicos em classe, individuais e de grupo,
cujo número e natureza ficam a critério de cada professor, e obrigatoriamente
relacionados aos conteúdos curriculares trabalhados no período;
 participação em atividades complementares;
 desenvolvimento de atividades de monitoria, visando o acompanhamento do
desempenho dos colegas, esclarecendo dúvidas, prestando orientações específicas e
discutindo pontos de vista sobre determinado trabalho solicitado pelo professor;
 participação em eventos científicos ou culturais;
 participação em atividades de extensão (cursos, palestras, participação em programas
na comunidade em áreas de interesse do curso, seminários, congressos etc.);
 realização de provas formais.
Considera-se como mais relevante não apenas a quantidade de conhecimento adquirido,
como também a capacidade de acioná-los, relacioná-los para então formular uma resposta
adequada a cada situação-problema proposta ou constatada. Ademais, que o processo de
avaliação concorra para revelar, preservar e estimular a pluralidade constitutiva da formação
recebida. Desse modo, são igualmente consideradas nos diversos planos de aprendizagem as
soluções entendidas como erradas, incompletas ou distorcidas, pois os erros devem ser encarados
como hipóteses inteligentes na construção e reconstrução do conhecimento.
Os discentes que demonstrem fragilidades no processo de aprendizagem podem contar
com o suporte prestado pelo núcleo de apoio ao discente que, após submetê-los a avaliação eles
recebem, quando necessário, acompanhamento adequado. A Coordenação do Curso e os
professores disponibilizam carga horária para escuta aos acadêmicos.
120
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Estão previstos critérios e tempos específicos de avaliação para as modalidades
excepcionais de cumprimento de componente curricular na forma de regime especial de
aprendizagem ou regime de exercícios domiciliares, observando os requisitos legais pertinentes e
obedecendo a critérios e condições estabelecidos pelo colegiado competente e a normas
complementares.
O cumprimento e avaliação das atividades curriculares, dos Estágios Supervisionados e
do Trabalho de Conclusão de Curso, indispensáveis à integralização do currículo, obedecem a
normas específicas definidas em regulamento próprio.
Ainda em conformidade com dispositivo regimental, é assegurado ao aluno o direito de
recorrer do resultado final de sua avaliação, devendo, para tanto, apresentar requerimento à
Secretaria Acadêmica, no prazo definido após a divulgação do teor da avaliação.
6.12.3 - AVALIAÇÃO DO CURSO
A autoavaliação institucional na Alfa, incluindo a avaliação dos cursos, está sob a tutela
da Comissão Própria de Avaliação – CPA, instituída por nomeação da Diretoria- Geral. Composta
por alunos, professores e funcionários, eleitos entre os pares, e de dois representantes da sociedade
civil, indicados pela diretoria-executiva, a CTA tem a atribuição de conduzir os processos
avaliativos internos da Instituição, sistematizar e atender às solicitações de informações do Inep,
em conformidade com a legislação que institui e regula o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior - Sinaes.
Com fundamento nas normativas vigentes, o Curso de Farmácia será submetido
regularmente e de forma cumulativa a uma programação de avaliação institucional, realizada pela
CPA, que de maneira específica se propõe a:
 identificar os pontos fortes, para fortalecê-los e consolidá-los; corrigir os aspectos
considerados fracos;
 manter a estrutura curricular sempre adequada ao contexto socioeducacional em que o
egresso irá atuar;
 oferecer ferramentas de acompanhamento e melhoria da eficiência institucional;
 proporcionar meios para atendimento à legislação em vigor e, desse modo, integrar-se
aos sistemas de avaliação vigentes encetados pelo MEC.
O campo de avaliação do Curso engloba as atividades previstas no seu projeto
pedagógico e se utiliza dos seguintes procedimentos:
 sensibilização da comunidade acadêmica para a importância da avaliação como
instrumento de qualificação do curso e como mecanismo utilizado para prestar contas
aos alunos, a seus responsáveis e à sociedade;
 efetivação de diagnóstico permanente dos conteúdos e atividades curriculares e
extracurriculares de cada período, como modo de subsidiar o planejamento da etapa
subseqüente;
 identificação das condições de infraestrutura para desenvolvimento das atividades do
curso: espaço físico, laboratórios específicos e de informática, materiais experimentais,
biblioteca e outros;
 aplicação dos instrumentos de avaliação a acadêmicos e professores do curso;
 sistematização dos dados, análise, organização do relatório para conhecimento dos
dirigentes, da coordenação e dos professores do Curso.
121
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Os resultados das avaliações serão repassados à Coordenação do Curso que, em conjunto
com a Diretoria-Geral, definem estratégias e metas para melhorar o desempenho de questões que
apresentem índices abaixo daqueles previstos nos documentos oficiais da instituição.
A Coordenação do Curso, assessorada pelos núcleos de apoio institucional e apoiada
pela direção-geral, tem a incumbência de promover reuniões individuais de acompanhamento e
orientação com os professores responsáveis pelos componentes curriculares que obtêm índices
insatisfatórios. Também nas reuniões mensais e nos encontros pedagógicos, com os representantes
de turmas, pode-se detectar situações propícias à autoavaliação do Curso de forma contínua e
somativa.
Além desses mecanismos institucionais, outra situação passível de avaliação ocorre com
a participação dos discentes no Enade. Previamente à realização do mesmo, os alunos serão
levados a conhecer o conteúdo dos documentos que definem as normas e os conteúdos de
avaliação. Após a publicação dos resultados do exame, o relatório final é divulgado entre
professores e alunos, sendo objeto de reunião com os docentes para analisar o desempenho dos
acadêmicos, identificar lacunas em sua formação e definir metas a serem implementadas visando
qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
A atual composição da CTA da Alfa iniciou suas atividades no início de 2007, e desde
então vem se estruturando no sentido de empreender processos avaliativos nas dimensões que a
seguir se destacam sem, contudo, serem exclusivas: corpo docente, condições de ensino,
instalações físicas, perfil do egresso em confronto com as demandas sociais, currículo vigente,
corpo técnico-administrativo.
6.13 - ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ASSISTÊNCIA
A reafirmação de compromisso social das instituições de ensino superior passa,
necessariamente, pela aproximação dos alunos com a realidade social e pelas interações entre
grupos envolvidos no processo de desenvolvimento do ser humano, para que essa ação mútua
resulte o cumprimento dos propósitos de formação definidos institucionalmente.
A articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão com seu universo de inserção surge
da necessidade emergente de atender às demandas colocadas por essa realidade, respeitando seus
valores e sua cultura, bem como pela capacidade de aprimorar a qualidade e relevância científica
de conhecimentos e serviços gerados na e pela instituição.
Assim, a pesquisa é percebida pela Alfa como mecanismo valioso de construção e
reconstrução do conhecimento, impondo-se como recurso eficaz para a contextualização do
processo ensino-aprendizagem. Entendendo como capacidade de elaboração própria, de análise e
descoberta da realidade, espera-se que a pesquisa deva ser estimulada e orientada para o uso de
metodologias que não qualifiquem o seu exercício apenas como levantamento empírico da
realidade e que, portanto, sejam estimuladas as abordagens quantitativas e qualitativas.
Pode-se afirmar, por sua vez, que a extensão é uma atividade que se projeta para
favorecer a participação efetiva da Alfa no seu meio ambiente, devendo funcionar como elo
permanente e comprometido de diálogo, de comunicação e de serviços entre suas unidades
acadêmico-pedagógicas e os sujeitos envolvidos. Constitui-se numa vigorosa fonte de
retroalimentação capaz de gerar e propor alternativas viáveis e, associada ao ensino e à pesquisa,
de levantar e investigar problemas novos da realidade social.
Com efeito, tem a extensão a dupla dimensão de levar para a sociedade idéias, fatos,
saberes, vivências que se desenvolvem no seu espaço, e trazer para dentro dele o conhecimento
122
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
construído externamente, para que o mesmo seja investigado, apreendido e, de forma
ressignificada, devolvido à comunidade. Possibilita também que o acadêmico desenvolva
atividades extracurriculares como complementação à sua formação acadêmica.
A idéia de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão deve acompanhar o aluno
desde o ingresso no curso até a sua conclusão. Ao estudar os conteúdos de Métodos de Pesquisa
em Farmácia, em que conhecerá o instrumental básico necessário à ciência, o aluno terá
oportunidade de iniciar-se no exercício investigativo, em pequenos projetos de pesquisa, respaldos
nos conteúdos trabalhados em componentes curriculares como Fundamentos Socioantropológicos da
Saúde e Doença, Fundamentos da Ciência Farmacêutica, sobretudo. Esse exercício de “aprender
fazendo”, também por meio da pesquisa, deverá se constituir em meta a ser perseguida e
exercitada ao longo de todo o curso.
Espera-se que cada programa de aprendizagem se desenvolva com o compromisso de
criar estratégias de ensino voltadas para o estímulo à pesquisa e extensão, encaminhando o aluno
paulatinamente, capacitando-o para a realização de projetos de maior complexidade e
aplicabilidade com o propósito de socialização do saber produzido.
Os alunos serão inseridos gradativamente nas modernas técnicas e práticas no campo da
Ciência Farmacêutica, especialmente nas Práticas Farmacêuticas, e levados a participar de projetos
comunitários, como oportunidade de avaliar, desenvolver e testar propostas assistenciais,
gerenciais e educativas com famílias, grupos, comunidades, ao mesmo tempo em que fornece um
vasto campo para o exercício da pesquisa em serviço, com foco na atenção farmacêutica à
comunidade.
Para assegurar tal integração, a Alfa constituirá núcleo interdisciplinar de pesquisa e
extensão, como recurso educacional de prática profissional, objetivando potencializar os
programas de aprendizagem e congregar outras atividades de investigação, extensão e serviços à
comunidade, desenvolvidas no âmbito dos cursos a implantar – Educação Física, Farmácia,
Fisioterapia e Ciências Biológicas, além de Enfermagem e Nutrição, já em funcionamento. A
institucionalização desse núcleo dar-se-á no momento em que os cursos se encontrarem em plena
atividade. Com o propósito de otimizar suas ações, contará com professores titulados, em regimes
de 20 e 36 horas de trabalho, com membros do corpo acadêmico da Instituição, além de envolver
profissionais e instituições de saúde da comunidade.
Várias são as ações de prática profissional e extracurriculares inicialmente pensadas pela
Alfa para dar concretude ao propósito de associar-se à comunidade de referência, em consonância
com a filosofia e os propósitos dos programas de governo dedicados à saúde pública (PSF, PACS),
cabendo menção:
 Desenvolvimento de plano de assistência a uma dada comunidade considerada menos
favorecida em relação às necessidades básicas de saúde do município. Assim, cada
aluno deve acompanhar um número definido de famílias durante um período, que
funcionará como laboratório em situação de ensino-aprendizagem, com avaliações
sistemáticas das condições de saúde do grupo familiar escolhido, dentro de uma ação
participativa.
 Participação em macrocampanhas que tenham por objetivo o diagnóstico precoce de
enfermidades controláveis por ações educativas e de saúde. Caracterizam-se estas como
situações de ensino-aprendizagem e de geração de benefícios à população concernida,
despertando a consciência para o controle e prevenção de enfermidades.
123
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 Com base em estudos e dados epidemiológicos que identifiquem problemas de saúde
coletiva com incidência significativa na comunidade, propor intervenções
socioeducativas aos moradores e portadores do agravo observado, numa ação que
integre docentes de Farmácia e dos outros cursos da Alfa. Daí traça-se um plano de
ação enfatizando aspectos como: mudança de hábitos de vida (alimentação, higiene),
necessidade de exercícios físicos, informação sobre a doença (conceito, sintomatologia,
prevenção de complicações provocadas por uso incorreto de medicamentos, entre
tantos outros).
 Oficinas para formação de agentes multiplicadores com alunos de Farmácia, facultando
a participação dos demais cursos, para atuarem na comunidade informando,
promovendo ações educativas, preventivas e também capacitando agentes
multiplicadores naquelas comunidades atendidas. Utilizando-se dos referenciais do
campo da saúde coletiva, da educação popular e da inter e transdisciplinaridade, esse
trabalho será desenvolvido a partir de processos grupais, especialmente com crianças,
adolescentes, mulheres e idosos, assim como de assessoria às organizações
comunitárias e sociais.
Ainda
dentro
dos
programas
curriculares
alternativos
de
integração
instituição/comunidade na prevenção e promoção da saúde, o Curso de Farmácia poderá vir a
realizar ou viabilizar o envolvimento dos alunos em atividades intra e intercursos, a saber:
 Semana de Farmácia;
 Semana de eventos científicos, de resgate e reforço das tradições da arte e cultura
regionais;
 Ações comunitárias diversas, especialmente para levar a debate e reflexão temas sobre
preservação ambiental e melhoria das condições de vida;
 Ações direcionadas especificamente para a assistência ao idoso;
 Campanhas nacionais de multivacinação, intensificação e bloqueios de vacinas;
 Programas institucionais de iniciativa de órgãos públicos voltados para atenção à saúde
materno-infantil; saúde do adulto e idoso; saúde mental, saúde escolar;
 Campanhas da saúde abrangendo questões como: reeducação de hábitos de vida;
divulgação do potencial terapêutico de plantas da região; o poder curativo de diversas
terapias naturais;
 Participação em ações de treinamento de recursos humanos em DST/AIDS, diabetes,
hipertensão etc.
O desenvolvimento articulado dessas atividades respalda-se nos princípios da educação
de qualidade que se quer efetivada nesta Instituição, numa concepção de conhecimento como
entendimento do mundo vivo e continuado, no aperfeiçoamento da visão de organização e
articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
A destinação de um espaço específico, dentro da própria Alfa, para prestação de serviços
no campo da atenção farmacêutica e implementação de programas de assistência à saúde como
um todo, deve ser discutida e organizada com os órgãos de saúde locais, estaduais e lideranças
comunitárias dos setores para os quais esses serviços se destinam.
124
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
6.14 - GESTÃO ACADÊMICA DO CURSO
O Curso de Farmácia tem coordenador o professor Daniel Rodrigues Silva, contratado em
regime de tempo integral, cuja formação e titulação acadêmica se enquadram aos requisitos das
funções a serem desempenhadas pelos pontos de seu currículo que a seguir se destacam:
Inseri a síntese do Currículo do Coordenador do Curso
7 - CORPO DOCENTE DO CURSO
O corpo docente selecionado para o curso de Farmácia constitui-se de 14 professores,
contratados pelo Instituto Educacional Almenara, sob o regime da legislação trabalhista, para
assunção de jornadas de trabalho que variam de 10 a 36 horas.
Nos itens subseqüentes são apresentados quadros com o detalhamento da titulação,
experiência profissional e adequação da formação para o curso de Farmácia.
↬Formação Acadêmica e Profissional
Para o início do Curso, este quadro revela-se suficiente em número, cujos integrantes
reúnem as devidas competências e habilidades relacionadas aos conhecimentos curriculares que
irão ministrar, adequando-se também à concepção político-pedagógica proposta neste documento
e às características e disponibilidades da região onde o Curso será implantado.
7.1 - FORMAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL
A formação acadêmica dos docentes do Curso ajusta-se às recomendações do MEC no
que diz respeito à titulação, experiência profissional e adequação de formação às atividades que
desenvolvem nos componentes curriculares que ministram. Eles foram recrutados tomando-se em
conta as características regionais em que está inserido o Curso, bem como a concepção pedagógica
proposta.
▪ Titulação, Suficiência e Adequação da Formação
No que se refere à titulação acadêmica, o corpo docente do Curso apresenta o seguinte
perfil: 04 mestres, correspondendo a 29%; 09 especialistas, o que corresponde a 64% do total do
quadro de professores, conforme demonstrado no quadro seguinte.
Quanto à adequação da formação acadêmica aos componentes curriculares a ministrar, o
corpo docente detém perfil ajustado e com significativa aderência às áreas em que irão atuar: ....
docentes são graduados e pós-graduados em Farmácia;...... têm formação pós-graduada em
Ciências Biológicas; os demais possuem formação (graduação e/ou pós-graduação) específica na
área correspondente ao componente curricular que irá ministrar.
▪ Experiência Profissional no magistério superior e fora dele
Dos 14 professores que atuarão no Curso de Farmácia, ?% possuem cinco anos ou
mais de experiência no magistério superior. Cabe ressaltar que ?% dos docentes
apresentam experiência profissional relevante em diferentes atividades, além do
magistério no ensino superior.
125
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
7.2 - CONDIÇÕES DE TRABALHO
Como antes mencionado, o regime de contratação dos docentes, sempre ao abrigo da
legislação trabalhista, segue os critérios definidos pela Mantenedora e Mantida, que privilegiam
aqueles com melhor qualificação acadêmica na vinculação pelos regimes de Tempo Integral (TI),
Tempo Parcial (TP) e Horista (H), de modo a assumirem responsabilidades com o ensino, a
pesquisa e extensão.
Os procedimentos relativos à seleção, admissão, promoção e dispensa do professor, seus
direitos e deveres estão disciplinados no Plano de Carreira Docente, estando sujeito, ainda, às
normas regimentais da instituição.
Na carga de horas/atividades distribuídas aos docentes para desenvolvimento de
projetos e programas de ensino, pesquisa e extensão, quanto maior a qualificação do professor,
maior o percentual de horas/atividades. Na jornada de trabalho estão incluídas as tarefas próprias
à função docente: preparação e ministração de aulas, aplicação e correção de provas e testes, e
também o tempo destinado à orientação discente, participação em projetos de pesquisa, extensão e
atividades culturais, orientação de monografia e estágios supervisionados, bem como a
participação em programas de capacitação profissional.
A política de pessoal docente da Alfa prevê mecanismos de estímulo à atualização,
capacitação e aperfeiçoamento docentes, seja mediante “Ajuda de Custo” para participação em
eventos de natureza técnico-científica ou cultural, seja pela concessão de bolsas de estudo para
realização de cursos de pós-graduação, em instituições reconhecidas e credenciadas, ou em
programas específicos de treinamento e reciclagem profissional.
No momento o corpo docente do curso de Farmácia apresenta o seguinte regime de
trabalho conforme se verifica no quadro a seguir.
As informações do quadro seguinte nomeiam os professores, os componentes curriculares
que cada um irá ministrar, a titulação acadêmica e o regime de trabalho a cumprir na instituição.
Informações do Corpo Docente do Curso
Docente
Adeilda
Lopes
Titulação
Alves
Ana Valéria Sousa
Campos Pimenta
Ane Maria Brant
Alves Rego
Licenciatura em Ciências Sociais;
Especialização em Ensino de
Ciências na Área de Informática
Educativa;
Especialização
em
História
Contemporânea.
Graduação em Letras
Especialização
em
Língua
Portuguesa
Especialização em Literatura e
Lingüística Aplicada.
Graduação em Fisioterapia;
Especialização em Fisioterapia
Traumato-Ortopédica Funcional.
Regime
Trabalho
Tempo de
magistério
superior
(em anos)
Tempo de
exercício
profissional
fora do
magistério
(em anos)
Componente Curricular
a ministrar
Fundamentos
Socioantropológicos
da Saúde e da
Doença
Horista
6 anos
25 anos
Horista
1 ano
25
Parcial
2 anos
8 anos
Oficina
Comunicação
Expressão
de
e
Anatomia Humana
126
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Bianca Araújo de
Oliveira
Daniel Rodrigues
Silva
Licenciatura em Química e Física
Especialização
em:
Docência
Superior: Fundamentos Teóricos
Metodológicos do Processo de
Educação
Bacharelado em Enfermagem;
Graduação em Farmácia;
Pós-Graduação Lato Sensu em
Gestão Pública;
Mestrado
em
Ciências
Farmacêuticas;
Doutorado
em
Ciências
Farmacêuticas;
Horista
Integral
1 ano
04 anos
01 mês
9 anos
Química Orgânica I
e II
x
Farmacocinética e
Farmacodinâmica;
Deontologia
e
Legislação
Farmacêutica
Fundamentos
da
Ciência
Farmacêutica;
Histologia
e
Embriologia;
Prática Farmacêutica
I: Biossegurança em
Ações de Saúde
Parasitologia
e
Micologia
Química Analítica;
Físico-Química
Farmacêutica;
Química
Farmacêutica
Biologia Celular e
Molecular
Genética Humana e
Evolução
Graduação em Farmácia;
Especialização
em
Análises
Clínicas e Toxicológicas;
Pós-graduanda em Docência do
Ensino Superior.
Horista
1 ano
1 ano
Fidelino Carvalho
Filho
Graduação em Farmácia Industrial
Especialização em Análises
Clínicas - Bioquímica
Horista
-
5 anos
Geizecler
Tomazetto
Graduação em Biomedicina;
Mestrado em Biologia Celular e
Molecular.
Horista
2 anos
2 anos
Parcial
3 anos
3 anos
Integral
1 ano
8 anos
Horista
-
10 anos
Química Geral e
Inorgânica;
Bioquímica Básica
Métodos Físicos em
Farmácia;
Prática Farmacêutica
III: Meio ambiente e
vigilância à saúde
Microbiologia
e
Imunologia;
Fisiologia e Biofísica
3 anos
20 anos
Matemática
Farmácia;
Bioestatística
Fabrícia
Dias
Morais
Leonardo Augusto
Mendes
Marcelo
Freitas
Castro
Mirthes Garcez
Patente
Patrícia
Cardoso
Rosilmar
Santiago
Alves
Mendes
Tânia Maria Mares
Figueiredo
Graduação em: Agronomia
Mestrado em Zootecnia
Graduação
em
Farmácia
Bioquímica;
Especialização em Química.
/
Graduação em Farmácia e
Bioquímica
Especialização em Fisiologia e
Fisiopatologia Geral
Habilitação em Biologia
–
Licenciatura Plena
Mestrado em Microbiologia
Graduação em: Matemática
Especialização em: Álgebra Linear
I e II, Análise Real, Cálculo
Avançado I e II, Equações
Diferenciais I e II, Metodologia da
Pesquisa Científica, Metodologia
do Ensino Superior, Seminário de
Monografia e Monografia.
Mestrado
Horista
Horista
Parcial
Farmacobotânica
para
Prática Farmacêutica
II: Metodologia da
127
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Pesquisa
Farmácia
em
Regime de Trabalho dos Docentes
Regime de Trabalho
a) Tempo Integral – 36h
b) Tempo Parcial (>= 20h e < 36h)
c) Horista
Total
Nº de Professores
02
03
09
14
%
14
22
64
100
Titulação dos Docentes
Titulação
Doutorado
Mestrado
Especialização
Total
Nº de Professores
01
04
09
14
%
07
29
64
100
128
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
8 - INFRAESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA
8.1 - DESCRIÇÃO DA ÁREA FÍSICA E SUAS EDIFICAÇÕES
A Faculdade de Almenara funciona em imóvel de propriedade da entidade mantenedora,
localizado em área valorizada, situada ao lado do Centro Administrativo Municipal e do
Aeroporto da cidade. Suas edificações caracterizam-se pela localização estratégica e qualidade das
instalações.
Como se pode constatar no quadro a seguir, as salas de aula totalizam 12 e contam com
sistema de iluminação natural e artificial, cuja dimensão (60 m²) atende perfeitamente às funções a
que se destinam. As instalações físicas oferecem condições para utilização de recursos
audiovisuais necessários à prática pedagógica e há o cuidado com a qualidade e manutenção dos
móveis, carteiras e quadros. Os demais ambientes disponíveis às atividades administrativas e
didático-pedagógicas atendem perfeitamente às suas especificidades e têm suas dimensões
expressas no quadro seguinte.
A Alfa definiu uma política permanente de manutenção e ampliação dos recursos físicos
por meio da revisão das instalações existentes, reorganização do ambiente físico e investimento em
novos mobiliários e equipamentos, como condição indispensável para o alcance da melhoria
qualitativa dos programas educacionais em andamento. Esta política de expansão e readaptação
da infra-estrutura física e de apoio observa as seguintes diretrizes gerais:
 ampliação da infra-estrutura física para atender à ampliação e melhoria contínua do
ensino, pesquisa e extensão, em condições adequadas aos padrões de qualidade
fixados pelos órgãos competentes do MEC;
 atendimento aos requisitos de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades
especiais;
 atendimento às normas de biossegurança;
 melhoria contínua do ambiente físico da biblioteca, dos laboratórios, das salas de aula,
sala dos professores e coordenadores e outros espaços de apoio ao ensino;
 ampliação dos espaços para convivência comunitária, lazer e alimentação.
Os espaços externos da Alfa contam com estacionamento para professores, funcionários,
alunos e comunidade em geral.
No quadro seguinte são especificados, de forma sintetizada, a disposição da infraestrutura física dispensada às atividades da instituição, até que o plano de ampliação previsto se
concretize.
Distribuição dos Espaços Físicos
Qtde.
12
Descrição
Salas de Aula
Área (m2)
60
-
Área Administrativa compreendendo: Tesouraria, Secretaria,
Diretoria e Cantina
300
1
Laboratório de Informática
60
1
Laboratório de Anatomia
120
129
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
▪
1
Biblioteca (2 ambientes contíguos);
Sala para estudo individual com bancadas e mesas e para
estudo em grupo;
Sala para acervo e administração; 2 banheiros.
471
10
1
1
1
1
1
Banheiros para alunos e funcionários
Auditório
Anfiteatro (em construção)
Recepção com Guarita e Vigilância
Quadra esportiva em tamanho oficial
Amplo estacionamento externo
18
250
600
12
-
Infraestrutura de Segurança
O conjunto de edificações físicas da Alfa foi projetado para atender às normas do Código
de Segurança e Proteção contra Incêndio, mediante a instalação dos seguintes sistemas:
 extintores CO2 nos corredores e laboratórios;
 saída de emergência;
 luminárias de emergência;
 ducha d’água nos laboratórios;
 corrimão na escada e rampa;
 sinalizações;
 parte elétrica: subestação e quadros de distribuição compatíveis com as cargas
elétricas;
 sistema de hidrantes;
 proteção contra descarga atmosférica.
8.2 - INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
A Alfa tem sua estrutura física adaptada para receber portadores de limitações de
natureza física, sendo amplas as condições de acesso autônomo, de ingresso e permanência em
todos os serviços e instalações, destacando-se:
 Rampas com corrimãos que permitem o acesso aos espaços de uso coletivo;
 Rampas com corrimãos que permitem o acesso às salas de aula, laboratórios, biblioteca
e outras instalações da infra-estrutura física e acadêmica;
 Banheiros adaptados às condições de uso especial, incluindo barras de apoio nas
paredes;
 Lavabos e bebedouros instalados em altura acessível aos usuários de cadeiras de rodas;
 Telefones públicos instalados em altura acessível aos usuários de cadeiras de rodas;
 Estacionamento em local próximo das salas de aula.
A disposição dos espaços internos (balcão de atendimento, salas de leitura) facilita o
acesso de cadeira de rodas às dependências internas. Além disso, mantêm-se funcionários
treinados para auxiliar e receber alunos e outros usuários com necessidades especiais. De um
modo geral, as áreas de circulação interna e externa estão projetadas de forma a minimizar os
130
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
esforços de deslocamento e garantir condições de conforto necessário à realização das atividades
acadêmicas.
Além desses itens, a Instituição se compromete em prover infra-estrutura compatível
para alunos com incapacidade visual e auditiva, quando por eles solicitada, sala de apoio especial
e recursos próprios, desde o acesso até a conclusão do curso.
8.3 - LABORATÓRIOS MULTIUSO - INFORMÁTICA
O complexo de infraestrutura projetado para a Alfa engloba espaços para laboratórios de
informática e aqueles específicos dos cursos, ambientes de prática profissional, oficinas,
estruturados para dar suporte técnico às funções acadêmicas. Apesar de priorizar as atividades
práticas de ensino, eles devem atender também a outras demandas provenientes da prática de
pesquisa e extensão.
O planejamento de cada laboratório está em consonância com as exigências didáticocientíficas do projeto pedagógico de cada curso quanto a: área física, instalações específicas,
condições de biossegurança, equipamentos identificados pelos professores das atividades práticas,
dos projetos de pesquisa e programas de extensão.
Cada laboratório tem um técnico responsável pelos trabalhos nele realizados, sendo
auxiliado por monitor vinculado aos componentes curriculares e atividades que o utilizam. A Alfa
pretende terceirizar os serviços de manutenção e conservação das instalações e equipamentos
contratando profissionais ou empresas de reconhecida competência na área para a manutenção
preventiva. A manutenção contínua e corretiva fica a cargo da do técnico instrutor de cada
laboratório.
A atualização tecnológica ocorre a partir das necessidades de cada laboratório, levantadas
pelos professores e técnicos do setor, com assessoria de especialistas da área.
● Laboratórios de Informática
Os Laboratórios de Informática, estruturalmente vinculados ao Núcleo de Multimeios,
servem como ambiente de estudo e desenvolvimento de experimentos relacionados às atividades
de ensino que demandam a utilização de programas computacionais e aplicativos. Também atuam
como campo de apoio a projetos de pesquisa e a programas de extensão, servindo-se de
instrumento de veiculação de informações acadêmicas intra e extra-institucionais, viabilizando as
iniciativas de redescoberta como um guia de aprendizagem.
Aos alunos e docentes é permitido acesso à Internet por meio da rede local e do provedor
de acesso à rede mundial, além de possibilitar-lhes acesso a e-mail para uso acadêmico.
O Laboratório de Informática encontra-se instalado numa área de 60 m2, com as
especificações e equipamentos discriminados abaixo, com previsão de ser ampliada em função de
novas demandas surgidas com a implantação dos cursos projetados no PDI.
Atualmente, a Instituição conta com os seguintes recursos no Laboratório de Informática:
 35 Computadores com Windows XP Home Edition e Office XP;
 26 Bancadas;
 52 Cadeiras;
 2 Aparelhos de ar condicionado;
 2 No Breaks;
131
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 2 HUBS com 16 portas.
Recursos Audiovisuais e Multimídia
Tipo de Equipamento
Televisor de 29’
Retroprojetor
Vídeocassete
Projetos de Slides
Coder (computador com placa de TV)
Projetor Multimídia montados em kit portátil podendo ser
transportado para qualquer ambiente
Data Show
Aparelho de som com alta potência
Aparelho de som com baixa potência
Quantidade
3
5
2
5
2
2
5
2
1
● POLÍTICA DE ACESSO
O acesso aos recursos de informática é garantido a todos os alunos regularmente
matriculados, a professores e funcionários da Alfa, observadas as finalidades educacionais gerais e
específicas e as normas de utilização que vierem a ser fixadas.
O sistema implantado possibilita ao aluno acompanhar, via Internet, sua situação
acadêmica, acesso ao relatório de notas e avaliação, emissão de 2ª via de boleto bancário, extrato
financeiro, reserva de livros, rematrícula on-line, comprovante de matrícula, minuta de contrato,
além de outras possibilidades, inclusive a e-mail para uso acadêmico.
Os docentes terão condições de acessar informações de suas turmas, impressão do diário
de classe, cadastro de notas e faltas dos alunos, conteúdo programático das disciplinas, podendo
desta maneira acompanhar o rendimento acadêmico de cada aluno.
As situações de utilização dos recursos e equipamentos disponíveis no laboratório
obedecem as respectivas prioridades:
 horários fixos de aulas práticas para os componentes curriculares que têm sua
ministração baseada no uso de laboratório;
 horário de aulas sob reserva para componentes curriculares que eventualmente
necessitam dos recursos de laboratório;
 horários livres de uso extraclasse para resolução de exercícios e elaboração de trabalhos
acadêmicos propostos pelos professores;
 desenvolvimento de atividades previstas em projetos de pesquisa e extensão.
O Laboratório de Informática está aberto e à disposição dos usuários – corpo docente e
discente – de segunda a sexta-feira, das 13h às 22h30min,? sendo reservados pequenos intervalos
durante o funcionamento para controle e manutenção dos computadores.
No momento em que fazem uso do laboratório, os usuários contam com a assistência de
um Monitor, com atribuições de auxiliá-los, em caso de dúvidas, de apoiar os professores na
ministração de aulas e deliberar sobre o funcionamento regular dos equipamentos e recursos
disponíveis.
132
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
O compartilhamento do laboratório é coordenado na confecção dos horários para o
semestre letivo, e o sistema de reserva se dá por prévio agendamento, seguindo uma ordem préestabelecida na definição dos horários. O regulamento próprio dispõe sobre a programação de uso
e prevê a sistemática de manutenção dos equipamentos e sistemas do laboratório, entre outros
aspectos.
● PLANO DE EXPANSÃO, ATUALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
A manutenção contínua e corretiva fica a cargo do técnico instrutor lotado no laboratório.
A cada dezoito meses é feita atualização tecnológica, mediante levantamento das necessidades
surgidas feito pelos professores e técnicos ou especialistas de cada área. Contudo, a Alfa pretende
terceirizar os serviços de manutenção e conservação das instalações e equipamentos, utilizando
profissionais de reconhecida competência na área para a manutenção preventiva.
Prevê-se a implementação de um plano de desenvolvimento para a área de informática,
com os seguintes objetivos:
 atualização tecnológica dos equipamentos;
 padronização do ambiente de desenvolvimento dos sistemas corporativos;
 integração dos bancos de dados relevantes para os sistemas corporativos;
 redução de custos de manutenção;
 autonomia em termos de hardware e software.
Os serviços de manutenção, conservação e suporte técnico dos equipamentos objetivam
manter os equipamentos limpos e otimizados, com periodicidade semanal, a fim de se evitar
problemas causados por interrupções de uso, podendo ser desenvolvidos:
 por técnicos da própria Instituição e consiste basicamente de verificação diária do
funcionamento normal de todas as máquinas, limpeza interna e externa dos terminais
e placas, configurações dos arquivos para uma melhor desempenho antes do início de
cada turno de utilização dos laboratórios; ou
 por firma especializada mediante contrato de terceirização, nele prevendo manutenção
periódica por empresa especializada na área de informática, e incluirá o suporte
técnico envolvendo a verificação completa de hardware (desmontagem, limpeza,
verificação de conexões e estado dos componentes internos e externos, montagem) e de
software (formatação e instalação do sistema operacional, aplicativos principais e
recursos de acesso a rede local). Nesse suporte prevê-se ainda assessoria na
especificação dos equipamentos e programas visando sua atualização ou compra.
A atualização e ampliação tecnológica dos equipamentos ocorre a partir de solicitações
dos docentes ao coordenador do curso, de forma a garantir a compatibilidade do ensino com a
evolução das tecnologias da informação. Os equipamentos são adquiridos gradativamente de
maneira a atender adequadamente as necessidades dos alunos, antes do início de cada período
letivo.
A infraestrutura de informática com os laboratórios e equipamentos já especificados, é
adequada para os dois primeiros períodos do Curso. Para os seguintes, a quantidade de
equipamentos será ampliada e diversificada de acordo com a expansão planejada pela instituição.
133
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 PESSOAL TÉCNICO E DE APOIO
O quadro de pessoal técnico e de apoio lotado no Laboratório de Informática é integrado
por 1 técnico de nível superior, graduado em Informática, em regime de 40 horas semanais e 2
auxiliares técnicos, além de monitores eventuais.
8.4 - LABORATÓRIOS DE SUPORTE AO CURSO
 Recursos físicos e funcionalidades
Na atualidade, tem sido consenso a necessidade da correta utilização dos equipamentos,
material de consumo e objetos experimentais, em atendimento às normas de biossegurança, que
visam proteger alunos, professores, corpo técnico, assim como preservar o meio ambiente. Por essa
razão, a implementação dos laboratórios será realizada atendendo normas pré-estabelecidas por
Comissão de Biossegurança instituída para tal fim e que contemplem:
 espaço físico com boa circulação de pessoas, ventilação, iluminação e segurança;
 descarte adequado de material orgânico e inorgânico;
 evaporação de gases;
 limpeza: produtos e técnicas utilizados nos laboratórios;
 treinamento de pessoal adequado dentro da realidade de cada laboratório;
 proteção individual: jalecos para uso exclusivo nos laboratórios, máscaras faciais, luvas
de procedimentos cirúrgicos, óculos, avental, luvas cano longo, (anatomia);
 determinação de protocolo de utilização de cada laboratório;
 identificação do lixo;
 autorização para utilização de produtos entorpecentes, na Polícia Federal, e explosivos
em potenciais, no Exército.
A Alfa no momento dispõe dos equipamentos e materiais de laboratório listados na
seqüência, sendo que durante o processo de implementação do Curso de Farmácia toda
infraestrutura indicada neste projeto será disponibilizada aos alunos e professores.
















2 Balanças mecânicas 5kg
6 Balões de fundo chato de 500ml
1 Balão volumétrico, médio, com rolha esmerilhada
10 Bastões de vidro, pequeno e médio
5 Copos Becker 400 ml
5 Copos Becker 1000 ml
4 Buretas de vidro graduada de 50 ml e 100 ml
10 Candinhos de porcelana.(5 pequenos e 5 médios)
10 Contagotas
2 Copos de Erlenmeyer
4 Copos graduados
5 Copos lava-olho
4 Escovas pequenas, para limpeza de vidraria
4 Escovas grandes, para limpeza de vidraria
10 Estiletes
2 Funis de vidro
134
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA





















1 Garra para bureta
1 Caixa de lâmina de vidro
4 Caixas de lamínula de vidro
4 Pipetas, 10ml
4 Pipetas graduadas, 10ml
12 Placas de Petri
10 Provetas graduadas
10 Bandejas Plásticas
2 lamparinas em vidro 100 ml
30 unidades de tubo de ensaio de vidro 15 x 100
1 kit lâminas de histologia conj.
1 caixa de placa de Petri desc. estéril
1 caixa de alfinetes (grossos, com bolinha na ponta)
4 Pissetas cap. 250 ml
6 Escovas para lavar tubos, pequenas, médias e grandes
5 caixas de seringas (com agulhas) descartáveis de 5ml
2 Microscópios biológicos binoculares mod. TIM 2005 B
2 Microscópios Estéreos (Lupas) mod SQF-F
12 Bancadas em MDF
2 No-Breaks
3 Ventiladores de Teto
 Laboratórios existentes comuns aos cursos
Os laboratórios comuns aos cursos existentes e especificamente ao de Farmácia para os
componentes curriculares a serem ofertados nos dois primeiros anos letivos atenderão aos
requisitos de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, e serão dotados dos
equipamentos de biossegurança necessários a cada tipo de laboratório, serviço ou demanda,
observando-se as normas da ABNT, especialmente nos seguintes aspectos:
 almoxarifado com área reservada a líquidos inflamáveis, controle de material e
estocagem adequados;
 espaço físico com dimensões adequadas por aluno;
 salas com iluminação, ventilação e mobiliário adequados;
 instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias e outras adequadas ao atendimento de
alunos, professores e funcionário;
 microcomputador, ligado em rede e com acesso à Internet, com recursos multimídia
para projeções;
 política de uso dos laboratórios compatível com a carga horária de cada atividade
prática;
 plano de atualização tecnológica, além de serviços de manutenção, reparos e
conservação realizados sistematicamente, sob a supervisão dos técnicos responsáveis
pelos laboratórios.
135
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Quant.
04
04
01
05
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
02
Equipamentos
Mesa de mármore grande
Estante de mármore
Geladeira Eletrolux 30 RDE
Armário de vidro
Dionizador de água
Barrilete de 10 litros
Estufa de esterilização e secagem
Balança analítica
Balança de precisão eletrônica
PH metro de bancada
Centrífuga com time (12 litros)
Agitador magnético com aquecimento
Capela para exaustão de gases
Autoclave vertical 18 litros
Espectrofotômetro digital
Lupa binocular
LABORATÓRIO DE MICROSCOPIA / MICROBIOLOGIA
Quant.
20
01
13
01
01
01
02
Equipamentos
Microscópio binocular
Microscópio trinocular
Banca de fórmica
TV 29” SAMSUNG
DVD
Câmara filmadora
Prateleira de aço
LABORATÓRIO DE ANATOMIA
Quant.
06
01
07
01
01
20
33
15
04
02
45
02
02
05
02
02
Equipamentos/peças
Mesas inox
Maca
Baldes para recolhimento de líquidos
Tanque
Motor tanque
Caixas plásticas para acondicionar peças
Bancos
Pranchetas
OSSOS
Crânios
Jogos de vértebras= 06 colunas vertebrais
completas do Atlas ao cóccix
Vértebras
Pares de clavículas (04 peças)
Pares escapulas (04 peças)
Uni. de úmero
Pares de ulnas (04 peças)
Pares de rádios (04 peças)
136
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
03
3 e 1/2
02
04
02
04
04
04
02
03
02
02
03
01
01
02
02
02
02
01
03
01
Uni. de esternos
Pares de fêmures (07 peças)
Pares de patela (04 peças)
Uni. de tíbias
Pares de fíbulas (04 peças)
Mãos
Pés
Mandíbulas
Esqueletos completos
Uni. de sacro
Pares de osso do quadril
Articulações
Ombros
Cotovelos
Punho
Quadril
Esternos costal
Discos intervertebrais
Pares de membros de superiores
Pares de membros inferiores
Pé
Mãos
Par de joelho
Peças
05
02
02
07
04
01
01
03
03
02
01
02
02
05
04
01
03
01
02
01
01
Línguas
Laringes
Bexigas masculinas
Úteros
encéfalos
hemicabeças
Cadáver completo com abdômen e tórax
dissecado
Corações inteiros
Corações abertos
Esôfagos com estômago
Pulmão com traquéia
Rins com ureter e pelve renal
Rins
Fígados com vesícula biliar
Estômagos
Pâncreas
Intestinos
Baço
Próstata (01 com bexiga)
Bexiga feminina
Pênis
137
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 LABORATÓRIOS E CLÍNICAS DO CURSO DE FARMÁCIA
Para o curso de Farmácia, além dos laboratórios da área da saúde, antes mencionados,
serão instalados os laboratórios específicos, descritos na seqüência, a partir do segundo ano e em
conformidade com a oferta dos componentes curriculares que requerem atividades práticas.
O conjunto de equipamentos, mobiliários, materiais, reagentes serão adquiridos à época
de implantação dos laboratórios, para que não fiquem defasados, em função da constante
atualização tecnológica nessa área.
Equipamentos a serem disponibilizados aos Laboratórios de Farmácia
Laboratório de Farmacobotânica, Farmacognosia, Bromatologia e Análise de Alimentos
Descrição
Quant.
Autoclaves
01
Balança de precisão
01
Bancadas
03
Estufas com termostato
02
Estufas sem termostato
02
Fotocolorímetro
01
Geladeira
01
Lupas sem fonte de luz
04
Microscópios binoculares e monoculares
10
Retroprojetor
01
Laboratório de Química e Físico-Química
Agitador
01
Agitador de tubos
02
Aparelho de determinação de ponto de fusão
01
Balança analítica
02
Balança granatária
02
Balança semi-analítica
02
Bico de bunsen
03
Bomba de vácuo e ar comprimido de bancada
02
Capela de exaustão de gases
03
Centrífuga
01
Condutivímetro
01
Deionizador
02
Destilador 10 l/h
02
Estufa de secagem (média)
02
Evaporador rotatório
01
Freezer
01
Galvanômetro
01
Geladeiras
01
Manta de aquecimento (250ml)
03
Máquina de gelo (picado ou cubo)
01
Medidor de pH
03
Mufla
01
Placa de agitação e aquecimento
08
Recipiente de PVC para água
01
138
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Trompa de vácuo
05
Laboratório de Física
Balança de Mohr
02
Balança de Tolly
02
Calorímetro
01
Computador para simulação de experiências físicas
01
Fonte de alimentação
08
Gerador de onda
01
Modulo de equipamentos para Física Geral para realização de 100 práticas
01
diferentes
Multímetro analógico
10
Multímetro digital
05
Osciloscópio
03
Pêndulo de torção
02
Trilho de ar completo
02
Volante de inércia
01
Tubos de Kundt
02
Dispositivo para estudo de ondas estacionárias
01
Paquímetro
05
Micrômetro
10
Esferômetro
20
Escala em aço inox 1m
02
Termômetro
04
Galvanômetro
02
Gerador de função
02
Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (Cosmetologia e Tecnologia Farmacêutica)
Máquina rotativa 16 punções
01
Misturador em V
01
Amassadeira
01
Granulador
01
Blistadeira
01
Estufa
01
Drageadeira
01
Batedeira planetária comum
02
Cromatógrafo líquido de alta eficiência
01
Cromatógrafo de gás
01
Friabilômetro
01
Durômetro
01
Dissolutor
01
Desintegrador
01
Estufa de secagem tamanho médio
01
Potenciômetro
01
Balança analítica
01
Placa de aquecimento e agitação
02
Espectrofotômetro na região do ultravioleta
02
Desintegrador para testes de desintegração de comprimidos
01
Durômetro
01
Máquina de comprimir com acessórios
01
Friabilômetro
01
Sistema de revestimentos para comprimidos
01
139
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Estufa de secagem à vácuo
Tamises nºs 14, 16, 18, 40, 60
Balança de um prato
Farmacotécnica e Tecnologia de Cosméticos
Formas para supositório
Agitador com controle de velocidade
Capela de exaustão de gases
Destilador 10l/h
Bico de gás
Caneca de aço inox de 1, 2 e 5 litros
Densímetro para álcool
Densímetro para xarope
Argola com garra para suporte
Garra para suporte
Suporte
Tripé
Laboratório Escola
Armário arquivo
Agitador homogeneizador
Agitador magnético sem aquecimento
Agitador mecânico
Alcoômetro
Aparelho para determinação do ponto de fusão
Arquivo de aço
Balança analítica eletrônica digital
Balança de precisão eletrônica digital
Balança mecânica de precisão
Banho-maria – Sorológico
Batedeira
Bomba d’água
Bomba de vácuo
Blisters – manual
Caneca em aço inox 304 – 10.000ml
Caneca em aço inox 304 – 2.000ml
Caneca em aço inox 304 – 5.000ml
Capela de exaustão de gases
Centrífuga sorológica de bancada
Compressor
Densímetro 700-1000 e 1000-1500
Densitômetro para leitura de eletroforose
Deonizador de água
Dessecador completo
Destilador de água
Desumificador de ar ambiente
Encapsuladora p/200 e 300
Espectrofotômetro
Estabilizador
Estufa com circulação de ar digital
Exaustor centrífugo
Exaustor
01
12
10
10
02
01
01
10
15
02
02
10
10
10
10
02
01
01
02
03
01
03
02
02
01
01
01
01
01
01
06
05
03
01
01
01
04
01
03
01
02
01
02
01
03
01
01
03
140
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Filtro de carvão ativo
Freezer vertical
Impressora jato de tinta
Jarra anaeróbica com cesto em tela de aço inox
Jogo de peneiras para análises
Medidor de pH
Mesas de escritório e impressora
Micropipeta 10µL , 20µL, 50µL, 100µL, 500µL, 1000µL
Moldes em metal
Molde metálico para óvulos
Molde metálico para supositório
Monitores
Peneiras para análises granulométricas
Pera com 3 vias
Picnômetro em vidro boros
Placa aquecedora com agitação
Polarímetro
Refrigerador
Relógio despertador para laboratório
Roupeiro
Termômetro químico
Viscosímetro digital
Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas
Aparelho microlab 200
Autoclave
Agitador de Kline
Aparelho de sódio, potássio e cálcio
Aparelho de hematologia
Analisador de eletrólitos
Aparelho de bioquímica
Aparelho de gasometria
Banho-maria
Balança analítica
Bico de Bunsen
Centrífuga
Contador de células eletrônico
Contador de células manual
Despertador de laboratório
Destilador
Espectrofotômetro
Estufa de secagem e esterilização
Estufa bacteriológica
Terminais de computador
Microscópios
Microcentrífuga
Impressora
Múltiplo marcador de tempo
04
01
01
01
01
12
07
06
03
01
02
03
01
06
03
03
01
01
01
03
03
01
01
02
02
01
01
01
01
01
03
01
01
02
01
01
01
01
02
01
01
02
01
01
01
01
141
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
c) Farmácia-Escola
A Farmácia-Escola da Alfa servirá como ambiente de pesquisa e desenvolvimento das
atividades de extensão, atendendo à comunidade interna e externa. Trata-se de um espaço de
ensino-aprendizagem para que o aluno possa vivenciar um modelo ideal de farmácia, de
atendimento e serviço. Servirá também de campo de estágio extracurricular e supervisionado aos
alunos do curso. Será instalada numa área física de 150m2, com capacidade para 25 alunos, e
contará com setores distintos voltados para as áreas de dispensação, manipulação, homeopatia e
atenção farmacêutica.
A infraestrutura a ser disponibilizada atenderá as exigências postas pela legislação
vigente (Anvisa), principalmente no que se refere às condições mínimas necessárias para
autorização e funcionamento de uma farmácia pública. A responsabilidade técnica estará a cargo
de um profissional Farmacêutico.
Equipamentos e demais recursos
Descrição
Quant.
01
02
10
01
01
06
01
01
01
01
01
01
Aparelho de osmose reversa
Balanças analíticas
Bases para encapsulador cápsulas nºs 0, 1, 2, 3, 4
Blança semi-analítica
Computador com conexão de internet banda larga
Encapsuladoras para 180, 360 e 600 cápsulas;
Estufa
Impressora Fiscal
Impressora jato de tinta
Phmetro de bancada
Placa de aquecimento
Ponto de fusão capilar
Infraestrutura física da Farmácia-Escola
Descrição
Área (m2)
Sala de espera
?
Sala da administração
?
Sala de dispensação
?
WC (masculino e feminino)
?
Laboratório de produção de bases
?
Laboratório de semi-sólidos e sólidos
?
Laboratório de líquidos
?
Sala de embalagem e rotulação
?
Sala de pesagem, lavagem e esterilização
?
Laboratório de controle químico e microbiológico
?
Recepção e almoxarifado de recipientes e ativos
?
Sala para troca de roupa
?
142
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
Sala de estudo
?
Sala de teleatendimento e serviço de informações
?
 Acesso dos alunos aos laboratórios
As atividades em laboratório poderão ser em grupo ou individualizadas, com
acompanhamento direto do professor responsável pelo componente curricular, auxiliado por
monitores e pessoal de apoio. As turmas serão dimensionadas para a não ocupação da total
capacidade dos laboratórios, ou seja, 20 alunos. Na eventual necessidade de repetirem aulas
práticas, as mesmas serão agendadas com antecedência com os professores e técnicos responsáveis
pelos laboratórios.
Os laboratórios asseguram acessos diários de 2ª à 6ª feira, no horário de ? às ?horas, e aos
sábados, no horário das ? as ? horas, para que os docentes e discentes tenham condições de
desenvolvimento de suas pesquisas, trabalhos e consultas.
A utilização dos laboratórios é atividade essencial para o curso tanto dentro da carga
horária, como em outros horários, de acordo com a organização de cada componente curricular e
da administração dos laboratórios.
8.5 - BIBLIOTECA
 Organização
Na estrutura organizacional da Alfa, a Biblioteca define-se como órgão de apoio aos
programas, projetos e atividades acadêmicas, estando subordinada à Diretoria-Geral. Como
instância que agrega documentação e informação, assume sua principal atribuição de possibilitar o
acesso ao conhecimento sistematizado e fomento para sua projeção social, na medida em que
disponibiliza os diversos recursos tecnológicos ao seu alcance, amplia as possibilidades de
participação social, dinamiza e enriquece o processo educacional e torna atraente o processo de
ensino-aprendizagem.
Encontra-se estruturada para viabilizar os seus objetivos, cujo atendimento dá a medida
da eficácia do cumprimento de suas funções, entre as quais se destacam:
 reunir, organizar, classificar, catalogar, armazenar e divulgar o acervo, visando
otimizar o uso do material bibliográfico disponível;
 proporcionar serviços bibliográficos e de informação com qualidade, permitindo o
desenvolvimento adequado de todas as atividades educacionais, científicas e culturais;
 desenvolver ferramentas e métodos de trabalho eficazes de modo a manter uma
coleção dinâmica e atualizada;
 estabelecer intercâmbio com bibliotecas, centros de documentação, universidades e
outras instituições técnicas, científicas e culturais, nacionais e estrangeiras.
 Estrutura Física
A Biblioteca encontra-se instalada numa área de aproximadamente 135 m², ? com espaços
organizados para atividades próprias de tratamento técnico bibliográfico e administração dos
serviços internos e às necessidades dos usuários, tais como: permanência para estudos, pesquisa e
elaboração de trabalhos acadêmicos; realização de atividades de leitura livre e de atualização
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
estudo, dinâmica de grupos, debates, intercâmbio de informações, preparação de seminários,
eventos de natureza cultural, acesso à Internet, entre tantos outros realizados internamente ou fora
da Instituição.
A Biblioteca apresenta condições de conforto térmico, acústico, com iluminação
adequada, condições de higiene, ventilação e segurança, itens aliados a uma adequada arquitetura
interna e ao uso de mobiliário apropriado. Contudo, a área física atual será progressiva e
adequadamente redimensionada de modo a dar suporte às demandas dos novos cursos e dar
acolhida àquelas da própria comunidade externa.
Atendendo às exigências legais vigentes, foram observados os cuidados com o acesso às
instalações físicas da Biblioteca, de forma a não restringir a mobilidade dos usuários e, de modo
especial, dos portadores de necessidades especiais.
 Política de expansão e melhoria do acervo
Pela importância que lhe é conferida no conjunto dos órgãos de apoio da Alfa, a
Biblioteca tem assegurados recursos para investimentos fixados pela Mantenedora, registrados nas
planilhas de receita e despesas do planejamento econômico-financeiro do PDI. São recursos que se
destinam à ampliação física, ao desenvolvimento, manutenção e conservação das coleções e
formação dos acervos, acompanhando a própria evolução dos conhecimentos dos cursos, as novas
metodologias de ensino e as modernas tecnologias da informação e comunicação.
A política de ampliação e atualização do acervo orienta-se por critérios qualitativos e
quantitativos, possibilitando o acesso à bibliografia básica dos cursos, em número e conteúdo. A
aquisição dos itens do acervo será efetuada gradativamente seguindo a evolução do contingente
de alunos e de conformidade com a necessidade de atualização do acervo específico de cada curso.
Terá como referência as avaliações e indicações dos coordenadores de curso e professores, e
também mediante o acompanhamento da literatura especializada existente, disponível nos
catálogos das editoras ou via Internet.
Os títulos devem guardar coerência com as características e necessidades dos conteúdos
curriculares, observando-se as condições de acesso dos alunos a essa literatura no que diz respeito
ao domínio de línguas, bem como a disponibilidade financeira da Instituição.
A seleção dos títulos é submetida a critérios de avaliação distintos, baseados em normas
internacionais tanto no que se refere aos livros quanto aos periódicos, que levem em conta os
seguintes parâmetros:
 adequação às capacidades, necessidades e interesses dos usuários;
 atualização de novas edições, a cada ano, pela aquisição dos melhores textos;
 preferência por novos títulos, obras de autores consagrados e data atual de publicação;
 caracterização do valor histórico das obras seja ele legal, fiscal ou cultural;
 número de exemplares existentes de cada obra, com verificação da freqüência de uso
pelos usuários;
 prioridade para os conceitos de especificidade, relevância do tema e o princípio
utilitário.
A política de expansão da Biblioteca, no que diz respeito à prestação de serviços,
estabelece como prioridade:
 estabelecimento periódico de diretrizes, metas e ações e definição de orçamento
compatível com o atendimento das mesmas;
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 ajuste do orçamento financeiro com o fim de suprir as necessidades informacionais dos
usuários;
 coleta, gerenciamento e disposição de pontos de informações referenciais e
bibliográficas específicas, a fim de dinamizar atividades de ensino, pesquisa e extensão;
 criação de meios, formais e informais, de divulgação dos produtos e serviços, dando
conhecimento aos usuários sobre os benefícios que deles possam resultar;
 oferecimento de treinamentos específicos aos usuários com vistas à melhor utilização
dos itens e recursos disponíveis;
 validação de uma política de gestão para orientar os processos de seleção, aquisição e
desenvolvimento do acervo de livros, periódicos, vídeos, CD-ROM, DVD e de outros
recursos bibliográficos e audiovisuais voltados para áreas de estudos e pesquisas de
interesse;
 instalação de sistema de segurança do acervo, envolvendo mecanismos de uso
estratégico de tecnologias da informação e comunicação;
 implantação de bancos de dados com informações de natureza diversa de interesse da
comunidade usuária;
 criação de parcerias com instituições congêneres com o intuito de divulgar a produção
intelectual e artística da Instituição;
 efetivação de intercâmbios culturais, científicos e educacionais, nas áreas de interesse
dos cursos;
 implantação de critérios de avaliação das atividades desenvolvidas na Biblioteca.
O acervo bibliográfico conta com uma previsão de ampliação anual de 10%, com a
finalidade de aumentar não somente a cobertura temática do acervo e sua qualidade, também a
quantidade de exemplares em relação aos títulos. Quanto ao acervo de periódicos, pretende-se um
crescimento médio de 10% ao ano, com o cuidado na manutenção das assinaturas correntes. Para o
acervo de fitas de vídeo, CD-ROM, DVD a base de ampliação é de 8% (oito por cento) ao ano, uma
vez que representa grande economia de espaço, permite à comunidade acadêmica consultas e
respostas imediatas e, ainda, faculta a impressão de textos.
 Serviços prestados e nível de informatização
O plano de informatização da Biblioteca inclui serviços de natureza interna e atendimento
aos usuários nas suas necessidades de ensino, pesquisa e extensão, estando assim especificados:
 Acesso on line: para pesquisa bibliográfica e reservas de títulos disponíveis no acervo;
 Sistema de empréstimo: de acordo com os dispositivos do regulamento da Biblioteca a
clientes internos: empréstimo domiciliar para alunos, professores e funcionários; e clientes
externos: disponível para consulta in loco, realizada por não-usuários registrados (público externo).
O sistema coordena todo o controle acadêmico, devolução e cobrança informatizado, e por ele é
possível realizar o cadastramento automático do corpo docente, discente e funcionários lotados na
Biblioteca.
 Serviço de referência: orientação quanto ao uso dos catálogos automatizados em
terminais de computador; orientação de busca e recuperação de documentos e informações;
elaboração de pesquisa bibliográfica; treinamento de usuários calouros; avaliação de acervos e
ordenação de estantes; controle de entrada e saída (portaria e guarda-volumes); controle de uso
das salas e outros ambientes, de acordo com normas estabelecidas no regulamento.
145
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
 Controle de circulação do acervo desde empréstimo, devolução, cobrança, reserva de
títulos emprestados, até relatórios e estudos registros estatísticos mensais em forma de tabelas e
gráficos, expostos nos quadros de avisos da Biblioteca.
 Controle de ocorrências relativas às suspensões e taxas em razão de títulos não
devolvidos;
 Serviço de pesquisa via bases em CD-ROM, Internet em terminais da instituição;
levantamento bibliográfico; acesso a referências e textos; orientações quanto às normas técnicas
para elaboração e apresentação de trabalhos científicos (projeto de monografia de curso);
 Tutoriais para alunos ingressantes e professores recentemente contratados: presta
informações sobre horário e procedimentos de utilização dos espaços, organização básica da
Biblioteca, serviços presenciais, organização geral do acervo, tipos de materiais impressos,
audiovisuais e eletrônicos que podem ser utilizados por todos, e orienta os usuários sobre
empréstimo e outros aspectos;
 Interligação com redes nacionais, internacionais e outros centros de informações, para
a troca de experiências, dados e informações, além da permuta de publicações;
 Serviços de reprografia e recursos para digitação e impressão de textos;
 Hemeroteca: disponibilização de jornais diários, mantendo, para uso local, os
principais títulos de maior circulação;
 Fitoteca e Videoteca.
 Nível de Informatização
O processo de informatização da Biblioteca encontra-se em curso, devendo estar
concluído num período de dois anos, simultaneamente com a implantação dos novos cursos.
Disporá de recursos multimídia e outros disponíveis no mercado, demais materiais e serventias
que facultem aos usuários o desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos diversos.
Atualmente, a infra-estrutura da Biblioteca da Alfa conta com os seguintes itens:
 balcão para atendimento;
 8 prateleiras de livros;
 3 revisteiros;
 6 estantes para DVD;
 1 estante para jornal;
 1 móvel para oratória;
 2 computadores, para consulta dos alunos e cadastro de livros e serviços da biblioteca;
 Box com 5 lugares para estudos individuais, com cadeira em cada box;
 5 mesas para estudo em grupo;
 25 cadeiras;
 Videoteca com 240 títulos;
 Telefone (Ramal);
 Impressora;
 Área física: 150 m2
A Biblioteca fará uso de infraestrutura tecnológica com possibilidade de sistematização
das rotinas e propiciar maior agilização no contato com o universo de seus usuários reais e
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PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA
potenciais. Os microcomputadores estarão ligados em rede, servindo aos alunos para consultas
(on-line) ao acervo da instituição, de outras instituições de ensino e a diversas bases de dados
nacionais e internacionais. Além disso, estarão ainda interligados a um provedor da Internet,
possibilitando aos usuários acesso pleno e navegação.
 Especificação e organização do acervo:
Os itens que constam do acervo da Biblioteca compreendem os títulos da bibliografia
básica e complementar dos cursos, periódicos especializados, obras de referência, também outros
materiais de natureza diversa.
Para operacionalização do acervo, são adotadas as normas do CDU – Classificação
Decimal Universal e a catalogação obedece ao Catálogo Anglo-Americano. Está disponível para
professores e alunos convênio com o COMUT destinado à obtenção de matérias não encontradas
no acervo.
O horário de funcionamento da Biblioteca é de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h, e das
13h às 22h; aos sábados, das 7h30min às 18h.
O acesso à Biblioteca é facultado aos alunos regularmente matriculados nos cursos da
Instituição, aos docentes, servidores e à comunidade em geral, sendo indispensável a identificação
pessoal. Eles terão acesso gratuito à Internet para pesquisas bibliográficas e serão orientados por
funcionários treinados para explicitar a disposição do acervo e facilitar-lhes a coleta dos dados.
Além da possibilidade de consulta interna, o material pesquisado pode ser reproduzido no setor
de produção reprográfica da Biblioteca, que recolhe do usuário deste serviço os valores do
pagamento relativo aos direitos autorais.
Os empréstimos de títulos do acervo somente são permitidos a integrantes do corpo
docente, discente e do quadro funcional da Instituição, com prazos determinados e renováveis,
conforme a necessidade do usuário, desde que atendidos os requisitos do Regulamento da
Biblioteca. Não se constituem objeto de empréstimo os dicionários, enciclopédias e outras obras e
itens do acervo considerados de uso especial, neles incluído o acesso a revistas, anuários,
catálogos, folhetos e outros periódicos, sendo sua consulta permitida somente no próprio recinto
da Biblioteca.
Os usuários contam com serviço de reserva de qualquer item do acervo que, no momento,
em razão de empréstimo, não esteja disponível. E para melhor divulgar os dados e informações de
interesse comum dos usuários, os murais estarão estrategicamente dispostos no eixo de circulação
principal da Biblioteca.
 Equipe Técnica e de Apoio
No presente, a equipe técnica e de apoio da Biblioteca é constituída de um bacharel em
Biblioteconomia, que coordena os serviços do setor, e dois auxiliares que atuam na administração
e no atendimento ao público. Outros colaboradores deverão ser integrados à equipe para assumir
novas demandas resultantes da necessidade demonstrada pelo fluxo de usuários e serviços da
Biblioteca.
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