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Peabody developmental motor scale-2 (PDMS-2):
definição e aplicabilidade no contexto
educativo, clínico e científico
Linda Saraiva, Luís Paulo Rodrigues
Escola Superior de Educação
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Resumo
As escalas PDMS-2 (Folio & Fewell, 2000) são um dos instrumentos mais
utilizados no âmbito da avaliação motora infantil. Trata-se de um instrumento
recentemente revisto e que permite avaliar a execução das habilidades
motoras finas e grosseiras de crianças até aos 71 meses. Com o presente
artigo, pretendemos efectuar uma breve apresentação do instrumento no
que diz respeito à sua utilidade, estrutura e validade. Finalmente, serão apresentados os principais domínios de investigação em que tem sido utilizado.
Como síntese, podemos afirmar que as PDMS-2 são um instrumento útil no
contexto clínico, educativo, e amplamente utilizado como instrumento de
medida em numerosos estudos de carácter empírico.
Palavra-chave
Desenvolvimento motor; PDMS-2 (Peabody Developmental Motor Scale-2);
criança; avaliação motora
Actualmente, de entre os diversos instrumentos descritos na literatura internacional, as Peabody Developmental Motor Scales 2 (PDMS-2) (Folio & Fewell, 2000)
destacam-se como um dos instrumentos mais recentes no âmbito da avaliação motora
infantil. As PDMS-2 são escalas estandardizadas com base numa amostra de 2003
crianças residentes em 46 estados americanos, sendo amplamente utilizadas por
pediatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, professores de educação física,
educadores e investigadores, com o objectivo de avaliar a execução das habilidades
motoras grosseiras e finas de crianças até aos 71 meses de idade.
A versão original das PDMS (Folio & Fewell, 1983) foi especialmente concebida para a detecção precoce de inadaptações ou atrasos no desenvolvimento motor da
criança, particularmente em crianças com paralisia cerebral. Recentemente, a versão
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PDMS-2 (Folio & Fewell, 2000) descreve no seu manual várias potencialidades e vantagens do instrumento que possibilitam especificamente: i) avaliar a competência motora
ii) identificar défices motores e desequilíbrios entre as componentes motoras finas e
grosseiras; iii) avaliar o progresso da criança; iv) determinar a necessidade/elegibilidade para programas de intervenção clínica; v) planear e avaliar programas de intervenção no contexto educativo e clínico; vi) e, por último, a sua utilização como um
instrumento de medida na investigação científica. Para além destas vantagens, os
autores do instrumento propõem também um programa de intervenção motora, uma
ferramenta útil no contexto educativo e clínico.
A administração das PDMS-2 é individual e demora cerca de 45 a 60 minutos.
As PDMS-2 apresentam a mesma base teórica das PDMS, no entanto representam
uma melhoria significativa da versão original, no que diz respeito à representatividade
das suas normas e às suas propriedades psicométricas.
Estrutura e dimensões avaliadas
A estrutura compósita das PDMS-2 inclui seis testes, distribuídos por duas componentes ou sub-escalas motoras: as habilidades motoras grosseiras e as habilidades motoras finas (Figura1).
Reflexos
(8 itens)
Posturais
(30 itens)
Locomoção
Quociente Motor
Grosseiro
(89 itens)
Quociente
Motor Total
Manipulação de Objectos
(24 itens)
Manipulação fina
(26 itens)
Integração visuo-motora
Quociente
Motor Fino
(72 itens)
Figura 1. Estrutura compósita das PDMS-2.
Os seus resultados são expressos em três domínios do comportamento motor:
o quociente motor fino (QMF), o quociente motor grosseiro (QMG) e o quociente motor
total (QMT) que resulta dos dois anteriores. O QMF é encontrado pelo somatório de
dois conjuntos de testes, manipulação fina (MF) e visuo-motores (VM), enquanto, para
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o QMG, se utilizam três [posturais (PO), locomotores (LO) e de manipulação de objectos
(MO)], aos quais se acrescenta um quarto [reflexos (RF)], para crianças até aos 12
meses de idade. Cada um destes testes é constituído por itens (tarefas motoras) ajustados à idade e colocados numa sequência de dificuldade acrescida. A criança inicia o
teste num determinado item, segundo a sua idade, e prossegue na sequência até
falhar a execução de três itens consecutivos. Cada item é classificado segundo uma
escala de avaliação de três valores (0 = não executa, 1 = proficiência mínima, 2 =
proficiência óptima). O valor da soma de todos os itens em cada um dos testes é
localizado na tabela de referência para a idade, daí resultando um valor estandardizado
e um valor percentílico que podem ser comparados inter-idades. Posteriormente, a
soma dos valores estandardizados dos testes agrupados permite obter o quociente
motor total, fino ou grosseiro, através da consulta de uma outra tabela. As escalas
estandardizadas para a população infantil norte-americana estabelecem o valor
médio de 10 pontos (± 3) para cada teste e o valor médio de 100 pontos (± 15)
para os quocientes motores. Posteriormente, os valores estandardizados podem
ser convertidos numa classificação qualitativa com 7 categorias (desde o “Muito
Bom” ao “Muito Fraco”). A adopção de resultados estandardizados, tanto ao nível
dos testes como dos quocientes motores, comporta a vantagem de permitir as comparações entre sujeitos ao longo do tempo, ou entre sujeitos com idades cronológicas
diferentes.
Precisão e validade das PDMS-2
Segundo Folio e Fewell (2000), as PDMS-2 constituem uma melhoria significativa da versão original, demonstrando boa validade e fidelidade independentemente
dos subgrupos populacionais estudados. A consistência interna do PDMS-2, avaliada
pelo coeficiente alfa de Conbrach, revela valores elevados (0.89 a 0.97) para cada
teste e quociente motor. As propriedades psicométricas desta escala incluem, ainda,
uma confiança teste-reteste aceitável (0.73 a 0.96, dependendo do nível etário) e uma
alta fidelidade inter-observador que varia entre 0.97 e 0.99 para os testes e varia entre
0.96 e 0.98 para os quocientes. Estas propriedades psicométricas têm vindo a ser
confirmadas em vários estudos internacionais (Kolobe, Bulanda, & Susman, 2004; LiTsang, Lee, & Hung, 2006; Provost et al., 2004; Van Hartingsveldt, Cup, & Oostendorp,
2005; Wang, Liao, & Hsieh, 2006).
Quanto à validade do construto das PDMS-2, os resultados de dois estudos
factoriais confirmatórios que incidiram sobre amostra estandardizada (Folio & Fewell,
2000) revelam elevados índices de ajustamento ao modelo de medida constituído por
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dois factores latentes (QMG e QMF), definidos respectivamente por três (PO, LO, MO)
e dois (VM, MF) testes marcadores.
No que diz respeito à validade empírica, as autoras das escalas concluem que
as PDMS-2 apresentam elevada validade concorrencial com a versão original (QMG
0.84 QMF 0.91) e com as escalas Mullen Scales of Early Learning: AGS Edition (Mullen,
1995) (QMG 0.86, QMF 0.80). Num outro estudo, Bean et al. (2004), ao avaliarem
crianças em risco de desenvolvimento com idades compreendidas entre os 2 e 15
meses, registaram correlações elevadas (0.90 - 0.97) entre os resultados de três testes (reflexos, locomoção e posturais) da escala de motricidade grosseira do PDMS-2
e o quociente motor total da Alberta Infant Motor Scale (AIMS).
Relativamente à sensibilidade das PDMS-2, Wang e seus colaboradores (2006),
ao examinarem a competência motora de 32 crianças entre os 2 e 5 anos com paralisia cerebral, concluem que as PDMS-2 foram sensíveis às mudanças no desenvolvimento motor ocorridas num espaço de três meses. Esta parece ser uma melhoria
importante desta versão já que Palisano, Kolobe, Haley, Lowes e Jones (1995) haviam referido que a escala das habilidades motoras grosseiras da versão original das
PDMS não foi capaz de detectar mudanças no desenvolvimento motor grosseiro de
crianças com paralisia cerebral num intervalo de 6 meses.
Apesar das excelentes propriedades psicométricas da recente versão, alguns
estudos têm vindo a questionar a sua sensibilidade e particularmente os seus valores
de corte para discriminar certos grupos clínicos. Van Hartingsveldt et al. (2005) compararam os resultados obtidos na escala de motricidade fina das PDMS-2 e os da
componente fina da bateria Movement ABC (Movement Assessment Battery for
Children) na avaliação de 18 crianças com idades compreendidas entre os 4 e 5 anos,
que apresentavam ligeiros problemas motores finos. Tendo como referência os valores de corte de cada instrumento para a detecção de problemas na motricidade fina, a
bateria Movement ABC identificou 50% (normas USA) ou 78% (normas Holanda) das
crianças com problemas motores finos e a escala PDMS-2 identificou apenas 39%.
Perante estes resultados, os autores concluem que a escala de motricidade fina das
PDMS-2 não apresenta sensibilidade para discriminar crianças com problemas motores finos ligeiros.
Provost et al. (2004) procuraram analisar a validade concorrente entre as PDMS-2 e as Escalas Bayley (BSID II) com 110 crianças dos 3 aos 41 meses que evidenciavam sinais de atrasos no desenvolvimento. A validade concorrente foi avaliada através da comparação dos valores estandardizados e dos valores relacionados à idade,
bem como da correlação e do acordo do diagnóstico clínico entre os resultados dos
dois testes. Os resultados do estudo concluem que a validade concorrente entre as
duas escalas é apenas evidente nos valores referenciados à idade e especificamente
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no teste de locomoção. Os autores realçam, ainda, que a diferença marcante entre os
valores estandardizados dos dois testes pode afectar a eligibilidade das crianças para
integrar programas de intervenção. Deste modo, aconselham alguma prudência na
interpretação dos seus valores estandardizados quando se tomam decisões clínicas
com base num só instrumento de avaliação.
Também nesta perspectiva, alguns autores alertam que a aplicação das PDMS-2, particularmente a interpretação dos seus valores estandardizados para outras populações ou grupos especiais, deverá ser efectuada com alguma precaução, sugerindo uma adaptação e validação transcultural do instrumento à população em causa.
Relativamente à população infantil portuguesa, existem dois estudos que ambicionaram dar um contributo para a adaptação e validação das PDMS-2. Martins (2006)
realizou a adaptação linguística e cultural do instrumento. Este processo incluiu a
tradução e a retroversão das escalas por 8 tradutores bilingues. Por fim, a última
versão de consensos foi submetida a um painel de peritos para a validação do conteúdo. A autora obteve um consenso elevado (aproximadamente 90%) da parte do painel
de peritos, no entanto sugere que em futuros estudos se verifiquem as características
métricas e se traduza o respectivo manual.
Saraiva e Rodrigues (2005), com o propósito de analisar a validade de construto
das PDMS-2 para a população portuguesa, utilizaram uma amostra de 121 crianças
portuguesas com idade compreendida entre os 27 e 60 meses. A análise factorial
confirmatória evidenciou que, na estrutura portuguesa, os valores dos coeficientes
estruturais são maiores relativamente à estrutura original, o que parece demonstrar
maior relevância dos valores dos testes na determinação das variáveis latentes (QMG
e QMF). No entanto, os resultados de alguns indicadores de ajustamento revelaram
problemas de discrepância do modelo quanto à sua projecção na população portuguesa infantil. O facto de se tratar de dados preliminares e, como tal, com uma dimensão amostral reduzida (num modelo como este sugere-se um número mínimo de 150
indivíduos), poderá estar na origem de alguns destes desajustes, tornando assim
evidente a necessidade da repetição do procedimento com amostras maiores. Ainda
neste estudo, é interessante referir que as crianças portuguesas apresentaram níveis
superiores na motricidade fina e inferiores na motricidade grosseira, comparativamente à população infantil norte-americana.
Investigação com as escalas do Peabody
Desde a sua publicação, o instrumento de medida PDMS tem sido utilizado em
numerosas investigações sobre o comportamento motor infantil. Uma boa parte dos
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estudos procurou determinar a influência de vários factores de risco, nomeadamente,
de ordem biológica e ambiental, sobre o desenvolvimento motor da criança. Neste
campo de investigação, tem merecido um especial destaque a influência de variáveis,
como a exposição intra-uterina a drogas ou ao tabaco (Fetters & Tronick, 1996; Arendt,
Angelopoulos, Salvator, & Singer, 1999; Trasti, Vik, Jacobsen, & Bakketeig, 1999; Fetters
& Tronick, 2000; Nelson, Lerner, Needlman, Salvator, & Singer, 2004; Miller-Loncar et
al., 2005), a idade gestacional, o peso à nascença (Goyen & Lui, 2002; Sommerfelt et
al., 2002), o aleitamento materno (Angelsen, Jacobsen, & Bakketeig, 2001), a qualidade do ambiente familiar (Goyen & Lui, 2002; Rodrigues, 2005), e as posturas adoptadas
pelo bebé durante o período de sono (Majnemer & Barr, 2006). Convém salientar que
alguns destes estudos utilizaram delineamentos longitudinais e de follow-up para analisar o impacto da combinação dos vários factores de risco a curto e médio prazo
(primeira infância e idade pré-escolar) sobre o desenvolvimento motor.
Um outro conjunto de estudos centrou-se em caracterizar o comportamento
motor de populações especiais, como exemplo, crianças com paralisia cerebral, autistas
e atrasos linguísticos (Provost, Lopez, & Heimerl, 2007; Reeves, 1995) ou populações
com quadros clínicos específicos (Smith, Danoff, & Parks, 2002; Rao et al., 2004;
Mitchel et al., 2005).
Numa outra linha de investigação, encontramos estudos que pretenderam avaliar
o efeito de programas de intervenção no contexto clínico (Willis, Morello, Davie, Rice,
& Bennet, 2002) ou educativo (Wang, 2004).
Por fim, um vasto conjunto de estudos dedicou-se à análise das características
psicométricas do próprio instrumento (Provost et al., 2004; Van Hartingsveldt, Cup, &
Oostendorp, 2005; Wang, Liao, & Hsieh, 2006), bem como das variáveis susceptíveis
de interferir sobre o desempenho naquele instrumento (Doty, McEwen, Parker, & Laskin,
1999; Wierpert, Mercer, & Vicki, 2002). Ainda neste âmbito, as escalas de Peabody
também foram utilizadas para avaliação das propriedades psicométricas de outros
instrumentos (Provost, Crowe, & McClain, 2000; Kolobe, Bulanda, & Susman, 2004;
Li-Tsang, Lee, & Hung, 2006).
Como síntese, podemos afirmar que as escalas PDMS-2 são um instrumento
útil e válido no contexto clínico, educativo, e amplamente utilizado por investigadores
interessados na área do desenvolvimento motor da criança. No futuro, e no sentido de
aproveitarmos as potencialidades do instrumento, será importante continuar os estudos de adaptação e validação da escala para a população portuguesa.
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PEABODY DEVELOPMENTAL MOTOR SCALE-2 (PDMS-2)
Linda Saraiva, Luís Paulo Rodrigues
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