direção artística luísa taveira

Transcrição

direção artística luísa taveira
DIREÇÃO ARTÍSTICA
LUÍSA TAVEIRA
O PÁSSARO
DE FOGO
Junho
dias 18, 19, 20, 24,
25, 26 e 27 às 21h
dias 21 e 28 às 16h
Espetáculo de
abertura do 41º
Festival de Estoril
Lisboa
28 de junho às 16h
Fernando Duarte
coreografia
Igor Stravinski
música
Carlos Pimenta
dramaturgia
e encenação
Nuno Maya |
OCUBO.COM
cenografia
e video mapping
José António Tenente
figurinos
Cristina Piedade
desenho de luz
Ana Lacerda
Barbora Hruskova
Fátima Brito
Rui Alexandre
ensaiadores
ORQUESTRA
SINFÓNICA
PORTUGUESA
Joana Carneiro
direção musical
A FUNDAÇÃO EDP
É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO
E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
PÁSSARO
DE FOGO
¯¯¯ Carlos Pimenta,
junho 2015
PARTE I
Noite. Um cenário pós-apocalíptico. Adivinham-se na
paisagem inquietante restos de uma civilização. Após
a sua destruição poucos subsistiram. Aqueles que o
conseguiram escondem-se e mantêm-se vigilantes
procurando assegurar a sobrevivência. Contudo, as
condições são adversas. A contaminação destruiu a
paisagem e muitas formas de vida, e os territórios,
agora inóspitos, são demasiado perigosos.
A Ivan – o guerreiro errante – não lhe resta mais do
que vaguear por aquilo que terá sido uma cidade,
agora quase totalmente engolida por uma estranha
vegetação. A natureza expandiu-se livre e descontroladamente num espaço antes dominado pelo Homem.
Esporadicamente encontramos vestígios dessa ocupação humana: peças de metal corroído e enferrujado;
ruínas do que terá sido um palácio ou um templo.
O ambiente é escuro, denso e hostil.
Em mais esta deambulação há já algum tempo que Ivan
procura identificar um ruído estranho e ameaçador. Assemelha-se a um bater de asas que avança devastando parte da vegetação. Todos os sentidos de Ivan estão
em alerta. Neste novo mundo sinistro, no qual cada um
luta por si, tudo se apresenta como ameaça. Ivan procura localizar a origem daquele ruído. Um pássaro de
fogo surge repentinamente. Ivan sabe que o pássaro
tem qualidades mágicas – é ele que transporta a chama da vida – e quando este resplandece à sua frente
procura capturá-lo. Ivan e o pássaro lutam até ao limite das suas forças. Contudo, a luta é leal e corajosa.
Por fim Ivan consegue dominar e capturar o pássaro de
fogo. Este, vencido e assustado, suplica a Ivan que o
liberte. Ivan reconhece a coragem do pássaro durante
a luta e oferece-lhe a liberdade. Como gratidão pelo
gesto de Ivan, o pássaro dá-lhe uma pena de fogo que
este poderá utilizar para o chamar se estiver em dificuldades. O pássaro de fogo regressa ao seu voo, livre.
Ivan continua a sua viagem sem destino. Entra num
território pantanoso e perturbador. Apesar do lugar ser
inóspito, Ivan pressente que este é um território habitado. De repente abre-se uma vedação e dela surgem
13 mulheres muito belas. Iniciam uma dança, brincando com os frutos luminescentes de uma árvore que se
impõe no espaço onde que se encontram. As mulheres
estão em cativeiro e só podem sair durante a noite,
quando é aberta a cerca que as encerra. Uma das mulheres (Tsarevna) avisa Ivan de que aquele é um território perigoso, dominado pelo terrível Kostchei, que as
capturou. Ivan fica encantado com a mulher. Todas as
outras mulheres reparam no encantamento recíproco
que se produziu entre Ivan e Tsarevna.
Falta pouco para o nascer do dia. As mulheres são obrigadas a recolher. Ivan vai atrás da mulher por quem se
apaixonou. Esta diz-lhe para não o seguir porque será,
tal como elas, feito prisioneiro por Kostchei. A vedação fecha-se. Ivan fica sozinho. Nisto aparece um numeroso grupo de criaturas ameaçadoras, com corpos
estranhos, transfigurados. São a guarda avançada de
Kostchei “o mago” que detém o segredo da vida eterna. Kostchei comprou este segredo antes do apocalipse. Para o conseguir sacrificou populações e saqueou
cidades inteiras. Tanto ele como os seus seguidores
procuram agora impor uma nova ordem. Odeiam a beleza e subjugam todas as criaturas que por ali passam,
tentando aumentar o seu exército. Raptaram as mulheres e mantêm-nas cativas, só as deixando sair de
noite. Os homens que as foram procurar recusaram-se
a seguir Kostchei e estão, por isso, aprisionados na
vegetação. Um casulo encerra os seus corpos.
Ivan é capturado pelos seguidores de Kostchei e terá,
previsivelmente, o mesmo destino desses homens.
Mas, Ivan lembra-se da pena que lhe foi dada pelo
pássaro de fogo. Quando a agita, este surge pelo meio
da vegetação. O pássaro de fogo faz Kostchei e os
seus seguidores rodarem numa dança frenética até
caírem de exaustão. Por fim adormece-os e conta a
Ivan o segredo do poder de Kostchei. Ele guarda a sua
alma num ovo e isso garante-lhe a vida eterna (para si
e para os que a ele se quiseram juntar). O pássaro de
fogo indica a Ivan o local onde está o ovo. Ivan destrói
o ovo, levando esta ação à morte de Kostchei e de todos os que o seguem.
PARTE II
Com o fim do poder de Kostchei tudo se transforma.
A cidade liberta-se da estranha vegetação que a envolvia e renasce em tons de um verde puro. Os homens
libertam-se dos casulos onde estavam encarcerados e
regressam à vida. As mulheres, agora livres, juntam-se
a eles. Ivan reencontra aquela por quem se apaixonou
e celebram todos juntos a vida, o amor e a liberdade.
São vidas transitórias, mas vividas intensamente.
Ao longe o pássaro de fogo observa todos estes acontecimentos. Sente que cumpriu, mais uma vez, o seu
dever: transportar eternamente a energia que permite
aos humanos, na Terra, o ciclo da vida. Uma vida efémera, mas plena e livre nos seus momentos. —
AS HISTÓRIAS
EXISTEM NAS
HISTÓRIAS
¯¯¯ Cristina Peres,
junho 2015
A origem não é de desprezar tratando-se da receita
Ballets Russes. Quando corria o ano de 1910, estava
Igor Stravinski ainda em vésperas de vir a ser consagrado, Michel Fokine em pleno vigor criativo imprimia uma das mais significativas marcas coreográfica
na companhia, e dava-lhe a alma nacional do conto
popular com rasto de quase mil anos. O Pássaro de
Fogo teria cenários de Alexander Golovine, e figurinos
e pinturas de Léon Bakst. Tudo concorria para que se
alcançasse o grau de apuro que hoje é História, um
corpo comum de memória já sem testemunhas diretas.
Haverá por isso interditos a “refazer” a um clássico
moderno tornado contemporâneo, em 2015, na era das
apropriações e dos remixes?
Fernando Duarte (coreografia) e Carlos Pimenta (dramaturgia e encenação) partiram da matéria obrigatória – a partitura de Stravinski. Uma série de sinais
abstratos em folhas de papel que só ganham sentido
musical ao serem traduzidos pelos instrumentistas.
Ambos acordaram reduzir a memória deste O Pássaro
de Fogo à sua expressão mais essencial, sublinhando
a efemeridade da apresentação pública do bailado.
E deste modo criaram uma ligação direta ao conto, que
tem por natureza e até ao momento em que é fixado, a
condição de errante, dependendo da versão que cada
contador lhe imprima ao contá-lo. A dança e música
só acontecem quando acontecem, tem de lhes ser insuflada vida, tem de se lhes fazer cumprir a mecânica
que as materializa, tem de haver músicos e bailarinos
para lhes conferirem esse existir. No fundo, explica o
coreógrafo, a combinação da coreografia é que tem de
ter a sua assinatura pessoal, uma dinâmica e estética
adaptadas aos bailarinos contemporâneos, que são
diferentes dos do passado, mesmo dos do passado
recente.
Poder-se-á fazer “tudo” com um clássico? A Companhia Nacional de Bailado, pela sua natureza, impõe
parâmetros. Stravinski e Fokine impõem os seus também, ainda que a reescrita dramatúrgica tenha exercido a sua liberdade durante a construção. Fernando
Duarte lembra que não pôde abstrair-se do processo
criativo do compositor. Chama-lhe uma herança demasiado importante para que lhe fosse permitido partir do
zero. Porém, sentiu-se livre para pôr marcadores e notas à margem, criar as nuances nos passos e nas ligações das sequências que personalizassem esta versão
do O Pássaro de Fogo. Na partitura há variadíssimas
melodias a sobreporem-se umas às outras ao mesmo
tempo e é isso que a coreografia tem de tornar visível.
No fundo, diz: “estamos a contar o mesmo conto de
uma forma diferente e eu tenho de ver o que quero ver
quando oiço aquela música”.
A história popular é aqui transposta para um tempo a
vir, já pouco sensível a príncipes e princesas, porém
capaz de reduzir à essência as forças que concorrem
para que um clássico seja um clássico. Neste caso, a
luta entre o bem e o mal. Criaturas humanas e outras
com poderes sobre-humanos que disputam a libertação dos domínios impostos, procurando controlar a
razão perdida do mundo.
Carlos Pimenta respeitou a paixão que tem pelos clássicos nessa exigência de, precisamente, não suportarem nem autorizarem todo o tipo de alterações. Mas a
arte permite fazer variações no tempo, lembra, e o que
esta versão da peça faz é proporcionar uma variação
no tempo. A sua verdadeira matéria é uma energia que
não é quantificável, que não se mede como a térmica,
nem como a das marés. É um sentimento transmitido
pelos intérpretes, um sentimento sem materialidade
física que é transmitido pela interpretação da peça.
Esse é o poder dos bailarinos, de uma orquestra, é o
poder da arte, insiste. Estaremos a sobrepor pensamentos sofisticados a pensamentos sofisticados? A
análise, a perceção, esse tempo, a memória, cons-
troem-se por aí: construímos o mundo através de representações e são elas que ficam constituídas, são
elas que ganham vida. No fundo, continua, é isso que
nos atrai, não são os factos nem as formas. Apropriamo-nos do conto que não se sabe de onde vem para
construir uma outra representação do mundo que é o
de hoje. E representamos uma ideia de futuro. É isso,
uma ideia de futuro.
No início desta versão de O Pássaro de Fogo, a natureza expandiu-se livre e descontroladamente num espaço antes dominado pelo Homem, de cuja civilização
se adivinham vestígios incompletos. É este o ponto de
partida do espaço envolvente. A ordem ressurgirá no
final, um herói disso se encarregará na teia de peripécias reescritas para os dias de hoje.
Nuno Maya|OCUBO (cenografia e video mapping) criaram a imagem que envolve este O Pássaro de Fogo na
totalidade do espaço de apresentação. O video mapping é uma linguagem, ou tem um resultado, que fala
eloquentemente um vocabulário da atualidade na medida em que é uma habitação sobreposta à realidade
onde é projetada. Tem uma existência própria bidimensional que é também informada pelas formas e texturas dos lugares em cujas superfícies é projetada e tem
uma proposta de totalidade na medida em que envolve
os espaços e as audiências que neles se encontram. —
FERNANDO DUARTE
COREOGRAFIA
IGOR STRAVINSKI
MÚSICA
CARLOS PIMENTA
DRAMATURGIA E ENCENAÇÃO
NUNO MAYA
CENOGRAFIA E VIDEO MAPPING
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Fernando Duarte, natural de Lisboa, realizou os seus estudos na
Nascido em Oranienbaum, em 1882, Igor Fedorovitch Stra-
Carlos Pimenta tem exercido a sua atividade como ator e
Nuno Maya, vive e trabalha em Sintra, Portugal. Paralelamen-
Academia de Dança Contemporânea de Setúbal sob orientação
vinski ocupa um lugar único no mundo da criação de música
encenador. Entre 1979 e 2001 fez parte do elenco do Teatro
te a uma carreira de artista a solo com várias exposições indi-
de Maria Bessa e António Rodrigues. Foi bailarino estagiário na
para bailado, ultrapassando o de Tchaikovski (com quem tem
Nacional de D. Maria II. Dirigiu mais de duas dezenas de
viduais, é sócio e artista no atelier OCUBO.com especializado
CeDeCe – Companhia de Dança Contemporânea. Ingressou no
sido frequentemente comparado). O interesse de Stravinski
espetáculos de autores como Beckett À Espera de Godot,
em video-mapping, projecções multimédia e projetos culturais
elenco da CNB em 1996, sendo promovido a Bailarino Principal
pelo bailado começou muito cedo e acompanhou-o até à sua
Shakespeare Estudo para Ricardo III – um ensaio sobre o
interativos. Recebeu numerosos prémios pelo seu trabalho
em 2003. Interpretou vasto repertório clássico, nomeadamen-
morte, em 1971. Foi Diaghilev quem descobriu todo o poten-
poder, Ibsen A Dama do Mar, Racine Berenice, Handke Insulto
que já foi apresentado em Portugal e no estrangeiro, Austrá-
te Giselle, O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, Cinderela,
cial coreográfico da sua música, ao ouvir Scherzo Fantástico
ao Público, Mamet The Duck Variations e Olleana, Mishima
lia, Japão, Singapura, Holanda, Alemanha, Polónia, República
O Quebra-Nozes, Romeu e Julieta, A Dama das Camélias,
e Fogos de Artifício num concerto em São Petersburgo, em
A Senhora de Sade, Duras Moderato Cantabile, nas principais
Checa, Eslovénia, Bélgica, entre outros. Nos últimos 10 anos,
La Sylphide, Coppélia, Raymonda, Onegin, Les Sylphides, assim
1909. Já radicado nos Estados Unidos da América, o compo-
salas do país Centro Cultural de Belém (CCB), Teatro Nacio-
tem vindo a desenvolver a técnica de mapeamento de vídeo,
como as obras de Balanchine Apollo, Serenade, Who Cares?,
sitor manteve uma estreita colaboração com Balanchine,
nal de S. João, Teatro Municipal de S. Luiz, Teatro Nacional
que consiste em projeções e instalações multimédia de grande
Os 4 Temperamentos, Sinfonia em Dó e Sinfonia em Três Movi-
que conhecera quando este trabalhava com Diaghilev. Para
de D. Maria II, Fundação Calouste Gulbenkian, Rivoli, entre
formato adaptadas à arquitetura de edifícios ou outras super-
mentos. Dançou ainda coreografias de Van Manen, Duato,
bailado, Stravinski compôs, expressamente, as partituras de
outros. Trabalha regularmente com a companhia Ensemble.
fícies, procurando usar a interatividade para tornar o público
Lightfoot/Léon, Wheeldon, O’Day, Forsythe, Keersmaeker,
O Pássaro de Fogo e Petruchka (Fokine, 1910 e 1911),
Em 2011 foi responsável pela versão cénica da ópera Antí-
num agente participativo das suas obras. Trabalhando através
Fielding, Lopes Graça, Roriz e Wellenkamp, entre outros. De
A Sagração da Primavera (Nijinski, 1913), O Canto do Rouxi-
gono apresentada no CCB, com a orquestra Divino Sospiro.
de um vasto leque de técnicas artísticas, fotografias, ilustra-
2005 a 2007 fez parte do elenco do Ballet Nacional da Norue-
nol e Pulcinella (Massine, 1920), As Bodas (Nijinska, 1923),
A par da sua atividade artística, tem exercido diversas funções
ções, vídeo, animação 3D, som e programação interativa, usa
ga. Paralelamente à carreira de bailarino apresentou-se como
Apollo Musageta (Bolm, 1928), Jeu de Cartes, Orfeu e Agon
no domínio da gestão cultural, nomeadamente no Ministério
a luz como um meio privilegiado e denominador comum para
coreógrafo nos Estúdios Coreográficos da CNB em 1999, 2001
(Balanchine, 1937, 1948 e 1957) e Scènes de Ballet (Dolin,
da Cultura|IPAE (responsável pela área do teatro) Instituto
o corpo das suas criações. O seu trabalho tem como tema de
e 2003. Para a CeDeCe criou: Fantasia em (len)sol maior (2002),
1944). A propósito da substância russa que impregna a obra
Camões (consultor para a internacionalização), entre outros
fundo “Tempo e Espaço”, que se reflete nas suas obras, com
O Corvo e a Raposa (2009) e Pão de Brites (2010). Para a
de Stravinski, sobretudo no período dos Ballets Russes, refira-
organismos. Foi, recentemente, perito designado por Portugal
enfoque na comunicação com o público. É co-fundador, diretor
V Gala Internacional de Bailado de Lisboa da CNB criou, em
-se Debussy quando, em 1915, escrevia ao autor da Sagração:
junto da Comissão Europeia, nos grupos de trabalho sobre
e curador do LUMINA Festival da Luz, um evento reconhecido
2010, Cimbalo Obbligato sobre música do compositor Carlos
«Caro Stravinski, você é um grande artista. Seja, empenha-
Parcerias Criativas e Residências Artísticas. Licenciado e
internacionalmente, estando no TOP 10 dos Festivais da Luz
Seixas. Em coautoria com Solange Melo apresentou Cindere-
damente, um grande artista russo. É tão belo ser-se do seu
Mestre em Ciências da Comunicação (comunicação, cultura,
da Europa. —
la em bicos de pés – A Gata Borralheira contada e dançada
próprio país, estar ligado à terra como o mais humilde dos
arte e novas tecnologias) pela FCSH da Universidade Nova de
para as crianças (2008), um espetáculo único em Portugal na
camponeses.» —
Lisboa, é, também, diplomado em Gestão das Artes (Instituto
apresentação de bailado clássico ao público mais jovem assim
Nacional de Administração) e tem o curso de fotografia do
como Dó, Ré, Mi, Perlimpimpim – Uma viagem musical para
Ar.Co. É professor na ECATI | Universidade Lusófona onde
bebés dos 3 meses aos 3 anos (2011) sobre música inédita de
exerce, ainda, as funções de subdiretor da Licenciatura em
Mário Franco. Desde setembro de 2011 que acumula funções
Artes Performativas e Tecnologias e de consultor para as
de professor e ensaiador na CNB, passando oficialmente a
artes. Nesta universidade prepara a sua tese de doutoramento
Mestre de Bailado em setembro de 2013. Foi o principal respon-
em Ciências da Comunicação (arte, cultura, tecnologias) área
sável na remontagem dos bailados Savalliana de Lopes Graça,
pela qual se tem interessado nos últimos anos. Em 2004 foi
A Bela Adormecida e Cinderela, versões de Ted Brandsen
condecorado pelo Governo Francês com o grau de Cavaleiro
e Michael Corder respetivamente. A convite da Direção Artísti-
da Ordem das Artes e das Letras. —
ca da CNB estreou a sua própria versão de O Lago dos Cisnes
em 2013, e Quebra Nozes Quebra Nozes, em conjunto com
André e. Teodósio, em 2014. —
JOSÉ ANTÓNIO TENENTE
FIGURINOS
CRISTINA PIEDADE
DESENHO DE LUZ
—
—
Após ter iniciado a sua formação superior em Arquitetura,
Nasceu em Lisboa. Diretora técnica da CNB desde 2004, estu-
José António Tenente envereda pela moda, revelando em
dou Iluminação em Portugal, Espanha e nos EUA. Foi convidada
1986 a sua primeira coleção. Atualmente o universo da marca
a lecionar Iluminação a técnicos, coreógrafos e bailarinos em
estende-se a vários projetos: ‘TENENTE escrita’, ‘TENENTE
Portugal, Inglaterra e Finlândia. Desempenhou funções de di-
eyewear’, ‘Amor Perfeito’ perfume e perfumaria de casa. Em
retora técnica, programadora, operadora, colaboradora técnica
2009 viu editado um livro sobre o seu trabalho JAT – Traços de
e desenhadora de luz de espetáculos no Royal Festival Hall,
União. Em 2010 comissariou a exposição Assinado por Tenente
Londres em 1998 e Encontros Coreográficos de Bagnolet, em
no MUDE, Museu do Design e da Moda, em Lisboa. Com um
1994, festivais de teatro e dança, como Miradas Atlânticas, Ex-
trabalho reconhecido e galardoado com vários prémios de
posição ARCO Madrid, Navegar é Preciso em São Paulo e ainda
“Criador de Moda” e outras distinções, José António Tenente
concertos de Björk e Madonna, apresentados por toda a Europa,
dedica atualmente a maior parte do seu trabalho à criação de
Estados Unidos da América e Austrália. Das criações de luz para
figurinos para espetáculos, atividade que desde cedo ocupa
dança e teatro distinguem-se: O Cansaço dos Santos, de Clara
um importante lugar no seu percurso, tendo trabalhado com
Andermatt; O Sorriso da Gioconda, Leonardo, Puro-Sangue/Mu-
diversos encenadores e coreógrafos: Beatriz Batarda, Carlos
lheres e Realidade Real, de Lúcia Sigalho; Encaramelado, de Al-
Avillez, Carlos Pimenta, Lúcia Sigalho, Maria Emília Correia,
dara Bizarro; Um golpe de sorte numa mera crise não é suficien-
Pedro Gil, Tonan Quito, Benvindo Fonseca, Clara Andermatt,
te, Babilónia, de Teresa Prima/João Galante; Espiões Agentes
Paulo Ribeiro, Rui Lopes Graça, Rui Horta, entre outros. Para
Duplos e outros carácteres suspeitos, de João Galante, Carlota
a CNB criou os figurinos de Intacto (1999) de Rui Lopes Graça,
Lagido e Filipa Francisco; Ever Wanting, de Paula Castro; Primei-
Du Don de Soi (2011) e Lídia (2014) de Paulo Ribeiro e O Lago
ro nome, Le (baseado no desenho original de Miran Sustersic),
dos Cisnes (2013), de Fernando Duarte/Petipa. —
D. São Sebastião, Gust, More e À Força, de Francisco Camacho;
e em co-criação, Apetite, Pop Corn, de António Feio; Conversas
da treta, de António Feio e José Pedro Gomes; Ao Vivo e Comédia Off, de Paulo Ribeiro; Jump-up-and-Kiss-me, Confidencial,
O Amor ao canto do bar vestido de negro, Nortada, 7 Silêncios
de Salomé e A Cidade de Olga Roriz. Para além dos já citados,
desde 1988 até hoje, destacam-se ainda colaborações com
coreógrafos e encenadores como Vera Mantero, José Laginha,
João Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuparth, Rui Nunes, Amélia
Bentes, Madalena Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar,
Jessica Levy, Joana Providência, João Fiadeiro, Margarida Bettencourt, Nigel Chernock ou Miguel Pereira. Para a CNB desenhou as luzes de Pedro e Inês, Noite de Ronda e Orfeu e Eurídice
de Olga Roriz, Giselle, de Georges Garcia, Requiem de Rui Lopes
Graça, Lento para Quarteto de Cordas, de Vasco Wellenkamp,
Romeu e Julieta, de John Cranko, Cinderela, de Michael Corder
e A Perna Esquerda de Tchaikovski de Tiago Rodrigues. —
Filipa de Castro
e Carlos Pinillos
Ensaio de palco
Frederico Gameiro
Ensaio de palco
JOANA CARNEIRO
DIREÇÃO MUSICAL
ORQUESTRA SINFÓNICA
PORTUGUESA
BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik;
—
—
Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina
Joana Carneiro é, desde janeiro de 2014, maestrina titular
Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um
Lourenço; Henriett Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Armando Maciel; Dominic Whitbrook; Freek Damen; Miguel
da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Em 2009, foi nomeada
dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem
Ramalho; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo;
diretora musical da Sinfónica de Berkeley, tornando-se no
vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluin-
Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca; Leonor de Jesus;
terceiro diretor musical nos 40 anos de atividade desta
do uma programação regular de concertos, participações em
Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons; Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Tatiana
orquestra. É maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian
festivais de música nacionais e internacionais. No âmbito de
Grenkova; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dukin Seo; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian
e diretora artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra da
outras colaborações destaque-se também a sua presença nos
Souc; Lourenço Ferreira; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Tiago Coelho BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Calum Collins; Joshua Earl
Fundação Calouste Gulbenkian. Joana Carneiro dirigiu uma
seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens
produção de Peter Sellars de Oedipus Rex e Sinfonia dos
Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze paí-
MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO
Salmos, de Stravinski, no Festival de Sidney, que recebeu o
ses (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Inter-
ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola
Prémio Helpmann 2010 para melhor concerto sinfónico. Dirigiu
nacional de Música e Dança de Granada (1997); concerto de
COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
A Flowering Tree na Chicago Opera Theater e com a Orquestra
Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de
LESÕES Didier Chazeu PROFESSORES DE DANÇA CONVIDADOS Boris Storojkov**, Irina Zavialova** PIANISTAS CONVIDADOS
Gulbenkian, em Lisboa e na Cité de la Musique, em Paris.
encerramento da Expo 98; Festival de Música Contemporânea
Humberto Ruaz**; Jorge Silva**; Hugo Oliveira**
Foi assistente de Esa-Pekka Salonen na Ópera de Paris, na
de Alicante (2000); e Festival de Teatro Clássico de Mérida
estreia de Adriana Mater, de Kaija Saariaho. Foi maestrina
(2003). A OSP tem-se apresentado sob a direção de maestros
assistente da Filarmónica de Los Angeles e dirigiu múltiplos
como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi,
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OPART Presidente José de Monterroso Teixeira; Vogal Sandra Simões; Vogal Adriano Jordão
concertos no Walt Disney Concert Hall e no Hollywood Bowl.
Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Mi-
DIRETOR GERAL Carlos Vargas DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS CNB Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno
Foi maestrina assistente da Los Angeles Chamber Orchestra e
chel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán
Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente) ATELIER DE COSTURA CNB Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro
Diretora Musical da Campus Philarmonia Orchestra. Formou-
Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros. A dis-
Paulo; Ana Fernandes; Cristina Fernandes; Conceição Santos; Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA CNB Diretora Cristina Piedade; Sector
se em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior
cografia da OSP conta com dois CD’s para a etiqueta Marco
de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis* Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector);
de Orquestra, concluiu o mestrado em Direção de Orquestra
Polo, com as sinfonias números 1, 3, 5 e 6, de Joly Braga San-
Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco
pela Universidade de Northwestern e o Doutoramento na
tos, as quais gravou sob a direção do seu primeiro maestro
Jardim DIREÇÃO DE CENA CNB Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra); Tom Colin (assistente) Conservação
Universidade de Michigan. Estudou com Kenneth Kiesler, Kurt
titular, Álvaro Cassuto, e Crossing Borders (obras de Wagner,
do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO CNB Cristina de Jesus (coordenadora); Pedro
Masur, Michael Tilson Thomas, Victor Yampolsky, Mallory
Gershwin, Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa
Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Anabel Segura;
Thompson e Jean-Marc Burfin. Desde que Joana Carneiro se
gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro titular,
Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS CNB Luis Moreira*** (coordenador) DIREÇÃO FINANCEIRA
tornou diretora musical da Sinfónica de Berkeley, a orquestra
seguiram-se José Ramón Encinar (1999/2001), Zoltán Peskó
E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Vanda Simões; António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos
recebeu dois prémios da American Society of Composers,
(2001/2004) e Julia Jones (2008/2011); Donato Renzetti de-
Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria
Authors and Publishers de programação. Em 2010, recebeu o
sempenhou funções de Primeiro Maestro Convidado entre
Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretor Paulo Veríssimo; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes
prémio Helen M. Thompson, o Prémio Helpmann para melhor
2005 e 2007. Atualmente a direção musical está a cargo de
GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO OPART Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; André Viola; Armando Cardoso; Artur
concerto sinfónico, o Prémio D. Antónia Adelaide Ferreira e o
Joana Carneiro. —
Ramos; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Rui Rodrigues; Sandra Correia e Sandro Cardoso (estágio) GABINETE
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira
Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina
Prémio Amália de Música Erudita. Em 2004, foi agraciada com
JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de
a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. A sua primeira
Administração Regina Sutre SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA CNB Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA OPART Infocut
colaboração com a CNB data de dezembro de 2011 quando
dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa na produção Romeu
e Julieta. —
* Licença sem vencimento
** Prestadores de serviço
*** Regime de voluntariado
BILHETEIRAS E RESERVAS
Teatro Camões
Quarta a domingo
das 13h às 18h (01 nov – 30 abr)
das 14h às 19h (01 mai – 31 out)
Dias de espetáculo até meia-hora após
o início do espetáculo.
Telef. 218 923 477
Teatro Nacional de São Carlos
Segunda a sexta das 13h às 19h
Telef. 213 253 045/6
Ticketline
www.ticketline.pt
Telef. 707 234 234
Lojas Abreu, Fnac, Worten,
El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita
—
DIGRESSÃO 2015
ORFEU
E EURÍDICE
OLGA RORIZ
CONTACTOS
Teatro Camões
Passeio do Neptuno, Parque das Nações,
1990 - 193 Lisboa
Telef. 218 923 470
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
Não é permitida a entrada na sala enquanto
o espetáculo está a decorrer (DL n.º 23/2014,
de 14 de fevereiro); É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante
os espetáculos; É proibido fumar e comer/
beber dentro da sala de espetáculos; Não
se esqueça de, antes de entrar no auditório,
desligar o seu telemóvel; Os menores de 6
anos não poderão assistir ao espetáculo nos
termos do DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro;
O programa pode ser alterado por motivos
imprevistos.
Espetáculo M/6
CLAUSTRO DO RACHADOURO,
MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
CISTERMÚSICA 2015, XXIII FESTIVAL
DE MÚSICA DE ALCOBAÇA
11 JULHO ÀS 22H
BG
PROGRAMA
DE HOMENAGEM
AO BALLET
GULBENKIAN
TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM
BENITE, ALMADA
32º FESTIVAL DE ALMADA
17 JULHO ÀS 21H30
18 JULHO ÀS 19H
APOIOS À DIVULGAÇÃO
LARGO DO TEATRO NACIONAL
DE SÃO CARLOS, LISBOA
FESTIVAL AO LARGO
23, 24 E 25 JULHO ÀS 22H
WWW.CNB.PT // WWW.FACEBOOK.COM/CNBPORTUGAL
Em associação com a
Fundação Calouste Gulbenkian
MEDIA PARTNER:
FOTOGRAFIAS © BRUNO SIMÃO
PRÓXIMOS
ESPETÁCULOS

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