Objectivos e Actividades da Resposta Social Creche

Transcrição

Centro Social e Paroquial de Pinhal NovoObjectivos e Actividades da Resposta Social Creche
“Falar das crianças é, principalmente, falar do que elas são, do que elas fazem,
do modo como nos surpreendem, dia após dia, num festival de inovação e de
criatividade sem limites, mas também da sua capacidade de aprender e de
ultrapassar obstáculos e dificuldades.
…o desenvolvimento da criança não pode nem deve ser entendido como uma
via cujo trajecto é obrigatório e previamente determinado.
“Há muitos caminhos caminhos para chegar a Roma”- as estradas percorridas
podem ser diferentes, mais ou menos longas e sinuosas, mas nem por isso
menos adquadas para que o objectivo seja atingido. Na “estrada” da vida a
caminhada não depende apenas das potencialidades das criança mas também
das oportunidades bque o m eio ambiente lhe proporciona ao longo dos anos, e
por isso a diversidade é a regra.” In “O desenvolvimento da criança” de António
Brito Avô
Largo José Maria Dos Santos 25 A 2955-119 Portugal Telf: 212362570 Fax 21 2389659
Contribuinte nº 502073748:
2
INTRODUÇÃO
A primeira infância é uma fase da vida que envolve muitas mudanças a nível
físico, cognitivo e social, sendo portanto mudanças muito significativas no
desenvolvimento da criança.É assim um período em que se começa a constituir
a base de toda a personalidade da criança. Assim que nasce, ela começa de
imediato a adquirir conhecimento do mundo que a rodeia, a revelar-se com um
comportamento que a tornará única. A este processo anteriormente referido dáse o nome de desenvolvimento.
É pois desta realidade que parte o objectivo fulcral do nosso centro para a
valência de creche: proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento
harmonioso e equilibrado de todas as crianças, estabelecendo e promovendo
relações e vínculos afectivos, quer com crianças, quer com os seus familiares.
Para que este objectivo se possa concretizar é nossa pertenção previligiar na
nossa atitude educativa, a individualidade de cada criança.
Assim o projecto pedagógico de cada sala será individualizado, tendo em conta
as
necessidades
das
crianças
ao
nível
das
diferentes
áreas
de
desenvolvimento. O conteúdo deste nosso projecto terá ainda exemplos de
algumas estratégias que pertendemos desenvolver, para assim alcançarmos os
objectivos deliniados para este ano lectivco. E a família terá um papel
fundamental em todo este processo educativo, pois é ela a principal e a
primeira base afectiva da criança. Por essa razão previliamos muito as relações
entre criança/família/educadores e ajudantes de acção educativa.
3
OBJECTIVOS GERAIS DA VALÊNCIA DE CRECHE
 Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, num
clima de segurança afectiva durante o afastamento parcial do seu meio
familiar.
 Promover a creche (sala e a equipe de trabalho) como um parceiro
previligiado dos pais, na continuidade dos cuidados básicos e dos
afectivos.
 Favorecer a individualização da criança respeitando os seus tempos, os
seus
ritmos
e
as
suas
preferências pessoais,
potenciando
o
desenvolvimento psico-afectivo de cada uma.
 Criar momentos para que se crie uma relação de amizade e afectividade
com a criança, a fim de as mesmas se sentirem seguras, amadas e num
ambiente
estável
e
harmonioso
que
contribua
para
um
bom
desenvolvimento das mesmas.
 Proporcionar à criança um contacto com o meio que a rodeia, para que
se inicie o processo de socialização.
 Promover a nossa creche como um espaço que fique “registado” como
positivo e construtivo na formação de cada criança.
4
CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO
BERÇÁRIO (dos 4 aos 12 meses)
O grupo da sala laranja é constituído por 10 crianças, com idades
compreendidas entre os 4 e os 12 meses. Das quais 5 são do sexo
feminino e 5 do sexo masculino.
Este grupo tem-se revelado bastante calmo, mostrando-se interessados
e atentos a tudo o que se passa à sua volta. São crianças simpáticas
que reagem bem à presença dos adultos e dos próprios pares.
Os próprios pais e familiares das crianças mostram já uma grande
cumplicidade e interacção com a equipa pedagógica da sala, o que
permite criar um ambiente harmonioso e seguro, quer para as crianças,
quer para a família. Assim sendo os pais entregam as crianças ao nosso
cuidado, mas sentido que há um trabalho continuado e um ambiente de
carinho e incentivo para o desenvolvimentos das crianças e nós, equipa
pedagógica sentimos que as crianças nos recebem com muito carinho.
5
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/MATERIAL
A sala laranja (berçário), é uma sala com duas divisões; uma é o
dormitório, outra a sala das brincadeiras.
Na última sala anteriormente referida, temos encastrado uma copa que
se encontra fechada. Esta sala também está equipada com dois
armários que servem para guardar vários brinquedos das crianças,
brinquedos esses que as crianças poderam tirar com facilidade sem se
magoarem e dar oportunidade de escolha às crianças de acordo com os
seus interesse e idades.
A bancada das mudas com armário e banheira encontra-se na casa de
banho que está num espaço contíguo à sala.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO/ROTINAS
A organização das rotinas nesta sala é feita de acordo com cada
criança, ou seja, de acordo com o próprio ritmo e tempo de cada uma.
Há crianças que só bebem leite e há outras que já estão nas comidas
semi-sólidas. Há crianças que ainda não saem do espaço em que estão
e outras já gatinham, fazendo mesmo tentativas para se porem em pé,
obviamente com apoio.
6
Assim sendo podemos definir as rotinas deste modo:
Das 7.00h às 9.30h – Realiza-se o acolhimento sempre com um membro
da equipa pedagógica da sala.
Das 9.30h às 11.30h – Dentro deste horário algumas crianças bebem o
leitinho; faz-se a muda de fraldas sempre que necessário e as crianças
são encorajadas para serem activas e curiosas, não esquecendo o
aspecto da afectividade, que está presente em todos os momentos do
dia.
Das 11.30h às 13.00h – Esta é a hora do almoço (para as crianças que
já comem comidas semi-sólidas) e também da higiene.
Das 13.00h às 15.00h – É a hora da sesta.
Das 15.00h às 16.00h – É a hora do lanche e da higiene.
Das 16.00h às 17.30h – É hora das crianças explorarem o que está à
sua volta, desenvolvendo a sua área motora, sensorial, afectiva e social.
Das 16.30h às 18.30h – É a hora em que as crianças começam a sair da
creche com os seus familiares e /ou pais.
Nota: Estes tempos e rotinas podem ser flexíveis e alteradas sempre
que se achar necessário e que seja em benefício da própria criança.
7
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
- Estabelecer um clima calmo e afectivo que facilite a adaptação da
criança e dos pais na creche.
- Estimular uma relação estreita e de confiança com as crianças e com
os pais.
- Estimular o contacto físico do bebé e do adulto para que a criança se
sinta amada e segura.
- Fomentar a aquisição de novos hábitos, nomeadamente; o desmame e
a introdução e passagem para uma alimentação semi-sólida e sólidos.
- Estimular a observação do mundo que rodeia o bébé, facilitando-lhe a
coordenação visual motora e as competências manipulativas dos
objectos.
- Estimular o bebé emitindo sons para que o mesmo
possa imitar
através do “palrar”.
- Proporcionar ao bébé a audição de vários sons (instrumentos músicais,
objectos variados, o corpo do adulto – palminhas, estalar os dedos e da
língua).
- Permitir ao bebé a exploração de vários objectos, quer no que diz
respeito ao tamanho, forma e textura.
- Permitir ao bébé a exploração do seu próprio corpo e do corpo dos
adultos, através do contacto físico.
- Estimular o bébé para a introdução de novos alimentos semi-sólidos e sólidos.
8
- Estimular o bebé para uma postura mais equilibrada e controlada,
nomeadamente, rolar sobre o próprio corpo, segurar a cabeça, sentarse, gatinhar, pôr-se em pé, andar.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS BÉBÉS
ENTRE OS 5 E OS 6 MESES
- É a fase qem que o bebé inicia a exploração com a boca, quer objectos, quer
o próprio corpo (mãos e pés).
- Movimenta as pernas e os braços para chamar a atenção do adulto, ao
mesmo tempo que faz algumas expressões facias e balbuciona alguns sons
com a mesma intencionalidade.
- Os ruídos, as bolhas com a boca e os sons “ergh” fazem já parte dos seus
recursos à comunicação.
- Quando vê ou ouve alguém conhecido seu, manifesta entusiasmo.
- Mantém-se de pé alguns segundos, quando apoiado pelo adulto.
- Começa a provar novos alimentos conseguindo expressar os seus gostos ou
desagrados.
- Utiliza a mão completa para segurar os objectos.
- Nesta etapa da sua vida o bebé aprende a jogar e a imitar aqueles que lhe
são mais próximos.
- É a fase do desenvolvimento que o bebé se revela como pessoa, com as
suas preferências e gostos.
- Levanta a cabeça e aguenta o seu peso com as mãos.
- Mantém-se sentado sem apoio.
- Tenta alcançar os objectos que estão longe de si.
- Gosta de bater e fazer ruídos com os objectos que já aprendeu a segurar
com os seus dedos.
9
- Reconhece aquilo que o rodeia, quer pessoas, quer o espaço físico.
- É capaz de demonstrar satisfação se estiver acompanhado pelos pais,
pessoas que conhece ou em convívio com outros bebés.
- Também é capaz de demonstrar desagrado, chorando ou mesmo imitindo
gritos que expressem a natureza da sua birra.
- Nesta etapa a criança quer decidir e reforçar o seu “eu”.
- É a fase em que o bebé vai manifestando maior compreensão do que dizem
os pais com os quais pretende “conversar”, adicionando sons à sua
linguagem.
- Nesta idade o bebé senta-se, inclina-se para a frente sobre as mãos e os
joelhos para gatinhar.
- Há um maior controlo dos músculos e estes ficam mais fortes.
- Também ganha confiança, abre os braços quando se encontra sentado, para
que o levantem expressando contentamento.
- Agarra tudo o que está ao seu alcance e leva à boca, prosseguindo desta
forma as suas explorações.
- É a fase em que a criança se converte em destruidora/(re)construtora, pondo
e tirando, empilhando e desfazendo.
-Adora ser levantada e gatinhar com muita velocidade.
-Adora estar rodeada de gente.
- Começa a dizer as primeiras palavras.
- Nesta sua nova etapa o bebé já reconhece o seu nome, sabe quem são os
pais e reconhece-se. O desenvolvimento do seu “eu” leva-o a ser possessivo
com os seus brinquedos e objectos.
- Começa a imitar sons de palavras verdadeiras com “mamã”, “papá”.
- O bebé começa a ter uma sensação de controlo do próprio corpo e começa a
10
pôr-se de pé sozinho.
- É uma etapa da vida do bebé em que há um desejo ilimitado para explorar
tudo o que está à sua volta.
11
“Tudo quanto eu preciso…Aprendi no jardim-de-infância.
Grande parte das coisas que preciso saber sobre a vida, sobre o que
fazer e como ser, aprendi no jardim de infancia…
A sabedoria, afinal não estava no topo de uma montanha chamada
Universidade mas sim na caixa de areia da minha escola.
Eis as coisas que aprendi:
A compartilhar…a não fazer batota…a não magoar os outros…a arrumar
o que desarrumei…a limpar o que sujei…a não tirar tirar o que não me
pertence…a pedir desculpa quando magou alguém…a lavar as mãos antes de
comer…a puxar o autoclismo…
Aprendi que o leite faz bem à saude. Aprendi a aprender a pensar e
também aprendi que desenhar, pintar, cantcar e dançar era bom…a dormir a
sesta…a ter cuidado com o trânsito…a dar a mão…a ser solidário…
Vi a semente crescer no copo de plástico; as raízes descem, a planta
sobe e embora não se saiba porquê…Gosta-se!
E lembro-me dos primeiros livros, da primeira palavra que aprendi…Vê!
Se todos no mundo tivessem tomado um copo de leite às quatro da
tarde, depois de terem dormido a sesta, o mundo estaria melhor…
E também sei que é verdade que no mundo o melhor é dar as mãos…e
ficarmos juntos!”
(R. Fulghum)
12
Nos dias de hoje, a forma de vida dá pouco espaço e tempo à criança…as
nossas casas são pequenas, as creches e jardins-de-infância ficam encaixados
em edifícios restritos, os jardins são inexistentes, inseguros ou inadaptados e o
ritmo de vida dos nossos pais é vertiginoso… Cada vez mais cedo se define o
fim do momento de relação continuada mãe - filho e, por isso, surgem com
abundância as instituições designadas creches que recebem crianças com
idades inferiores a 3 anos.
E, porque nestas idades as crianças são significativamente susceptíveis a tudo
aquilo que as rodeia, surge a preocupação de enfatizar a importância da creche
e das primeiras aquisições que nela se realizam.
É de extrema importância o trabalho que fazemos nos primeiros dias de
inserção na creche, a criança tem de ser envolvida por uma atmosfera de
ternura, de carinho, de atenção individual.
Em casa e, também devido à sua personalidade, cada uma adquire ritmos
próprios que têm de ser respeitados na creche, para que a criança não se sinta
numa casa de estranhos. Daí um dos princípios fundamentais ser o privilegiar a
relação afectiva com as crianças (pais,família/educadora,auxiliares). É
essencial que estes tenham sempre presentes a ideia de prolongamente e
continuidade de cuidado e estímulos. Assim sendo, agora que a criança
simplesmente mudou de etapa para a creche vamos tentar ajudá-los a uma
boa inserção.
Tudo isto se consegue, ou uma boa, parte através da situação de brincadeira
que leva a criança a aprender a ter maior consciência de si própria,
desenvolvendo a linguagem, a compreensão de símbolos e a capacidade de
atenção, iniciativa e criatividade. É ao Brincar com outras crianças que se
aprende a conhecer o outro, a comunicar, a respeitar e que somos obrigados a
13
criar hábitos de trabalho. Em suma é um grande objectivo contribuir para o
crescimento da criança, que visamos como conhecedora de si própria e das
suas capacidades tornando-a cada vez mais autónoma nas suas decisões e
tarefas.
Este ano o nosso grande objectivo para a creche é educar pela afectividade e
pela arte tornando esta a base de todas as situações pedagógicas. A
afectividade será a base toda a acção educativa.
Iremos ainda este ano privilegiar na nossa atitude educativa a individualidade
de cada criança. O projecto pedagógico será individualizado com base numa
auscultação das necessidades das crianças ao nível das diferentes áreas de
desenvolvimento.
O Projecto que se segue é respectivo à Sala Rosa (grupo de crianças de 1/2
anos). Basear-se-á sobretudo na caracterização do grupo que acolhe no seu
dia-a-dia e na explicitação dos princípios fundamentais para uma sala de
creche. Não pretende, assim, revelar-se enquanto elemento discriminativo de
conteúdos ou temáticas a desenvolver, mas sim das dinâmicas de relação que
façam sentido para o grupo em questão e que enfatizem a necessidade de
complementação entre a instituição escolar (creche) e o ambiente familiar
(casa).
Parece-nos importante ainda referir que este projecto fica aberto a olhares e
perspectivas diferentes daqueles que queira perpassar, pelo que, pode ser alvo
de discussão entre os intervenientes directos da acção educativa, a realizar na
Sala Rosa.
E também este caminho não é linear e único porque é composto por desvios e
é impossível querer conduzi-lo. As manobras, os avanços ou retrocessos são
impulsionados por sorrisos, sentires, alegrias, tristezas pedaços de vida que se
constroem que não podem ser desligados dos nossos sonhos.
14
(12 meses)
A caracterização do grupo de crianças da sala rosa perpassa não só por uma
abordagem e explicitação dos dados estruturais do grupo, mas também por
uma caracterização da dinâmica inerente ao mesmo.
Dados de Estrutura
A sala rosa integra um grupo de 10 crianças sendo as idades das mesmas
compreendidas entre um e dois anos. Em proporção, o número de elementos
do género masculino é superior, tendo o grupo apenas dois elementos do
género feminino.
No que respeita ao contexto familiar, as crianças da sala rosa coabitam, em
maioria, com os dois progenitores e são os mesmos que assumem a
responsabilidade de entregar/vir buscar a criança ao Centro Social. Neste
sentido, os avós também contribuem com o seu apoio, sempre que os pais
assim o determinam.
Dados de Dinâmica
A caracterização do grupo de crianças, nomeadamente a sua dinâmica relativa
ao desenvolvimento e aprendizagem apresenta-se como processo um pouco
complexo pois reconhecemos que cada criança é única e tem o seu próprio
15
ritmo de desenvolvimento e aprendizagem, ou seja, um “Eu” muito próprio que
acima de tudo tem de ser respeitado.
Neste sentido, as características que possam atribuir ao grupo não serão
rígidas nem imutáveis, serão sim generalizadas e susceptíveis de alteração a
qualquer instante.
O grupo de crianças da sala rosa é dinâmico, expressivo e muito activo. Revela
grande motivação para a música e para a dança e, por isso, tem picos de
excitação muito altos. É um grupo que evidencia a felicidade…ela vê-se nos
seus sorrisos…
Atendendo ao facto que este grupo esteve integrado na Sala do Berçário no
ano transacto (desde Fevereiro), deve referir-se que o mesmo, em regra geral
se encontra muito bem integrado nas principais rotinas.
No entanto, no que respeita às inter-relações entre os elementos do grupo
deve referir-se o respeito denotado, o qual nos surpreendeu grandemente pela
positiva. Em momento algum reparamos em atitudes de rejeição por parte das
crianças do grupo. Pelo contrário, existe já uma preocupação de saudação e
despedida dos amigos, sendo evidente o apreço pelos companheiros de sala,
assim como pelos adultos responsáveis.
Perfeitamente de acordo com as idades em questão, o grupo de crianças da
sala rosa revela necessidade de segurança extrema, por parte do adulto, exige
a sua colaboração e presença constantes e solicita afectividades (crianças crianças, crianças - adultos responsáveis pela sala e crianças -outros adultos
afectos à instituição).
Noutro campo, este grupo reage de forma contígua relativamente à
personalidade e estado de espírito dos adultos, uma vez que as suas reacções
e os seus comportamentos entram em conformidade com a acalmia ou
excitação/irritabilidade do adulto. Assim, no decurso da orientação pedagógica
16
do grupo em questão, prevalecerá um ambiente de calmia, serenidade e
afectividade de modo que esse ambiente perpasse nas “atitudes” do grupo. Em
conformidade com esta característica, está o facto de saber que, para
promover a boa aprendizagem e desenvolvimento das crianças devemos
disponibilizar atenção, tempo e dedicação; sem que a pressa ou a excitação se
deixe apoderar de nós e nos leve a transmiti-la às crianças.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Organização do Espaço/Materiais
Os materiais e os equipamentos da sala de actividades são o meio de
intervenção indirecta por parte do educador na sua acção pedagógica e
didáctica. As suas características compatibilizar-se-ão com o contexto social,
cultural e geográfico da instituição escolar, com as orientações pedagógicas do
educador, bem como com as Orientações Curriculares.
A sala tem uma localização contígua às outras salas de actividades,
possibilitando uma comunicação fácil com os cabides e casas de banho das
crianças. Destina-se ao desenvolvimento de actividades educativas a realizar
pelas crianças, individualmente ou em grupo. Temos em conta os seguintes
aspectos para tornar a sala rosa um local propício para as crianças, atendendo
às suas idades e às suas necessidades.
 Iluminação exterior e estores que permitem escurecer um pouco a sala,
durante a sesta;
17
 Possibilidade de visualização directa para o exterior, por meio de
janelas/portas de vidro ;
 Equipamentos verticais apenas ao serviço do adulto, para arrumação de
material de desgaste, aparelhos electrónicos e materiais de apoio à
prática pedagógica;
 Equipamentos verticais e materiais manipulativos ao serviço do grupo;
 Expositores e locais disponíveis para afixação de mapas de apoio à
prática pedagógica;
 Zona de bancada fixa com ponto de água e bancada muda-fraldas;
 Decoração aprazível, resultado das produções artísticas - trabalhos das
crianças e também de pintura de parede realizado pelos pais.
Neste espaço de liberdade propício às descobertas e experiências das
crianças, valorizamos a autonomia como principal objectivo a atingir pelas
mesmas. Como tal o mobiliário e os materiais são uma componente integrante
da sala. Preocupamo-nos particularmente em seleccionar materiais ricos e
variados, resistentes, estimulantes e agradáveis à vista e ao tacto, bem como
espaços harmoniosos e securizantes, tentando sempre responder às
necessidades das crianças.
A sala rosa está organizada em 4 áreas/zonas, existindo à direita uma área
polivalente (mesas) para realização de actividades de foro individual ou
colectivo.
Tem-se, assim:
18
 Área do Tapete
 Área da Biblioteca
 Área de Arrumação do material didáctico
 Zona da Higiene (muda-fraldas)
 Zona de Arrumação (colchões)
A área do tapete e da biblioteca será sobretudo utilizada pelo grupo em
conjunto com a responsável da sala, no decurso de propostas de actividades,
conto de histórias, audição de histórias, manipulação de fantoches,
visualização de slides, jogos de grande construção entre outras.
Será também uma área de recurso para a realização da hora de tapete (ver
organização de rotinas para melhor explicitação desta hora de tapete).
Em continuidade com a casa de banho está uma bancada com ponto de água
e uma bancada muda-fraldas. É neste espaço que se procede ao momento da
higiene, adiante explicitado.
Por fim, no outro canto da sala tem-se, então, uma zona definida como zona
de arrumação, na qual se colocam os catres empilhados e arrumados ou se
põem os materiais de dimensões significativas (escorrega, cavalo, carro e
elefante) durante o período da sesta.
Resta dizer que as crianças poderão movimentar-se à vontade, pelas áreas da
sala, sendo autónomas na sua escolha. Haverá, contudo a preocupação por
parte do adulto para chamar a atenção da arrumação do material didáctico na
respectiva área.
Durante o ano estas áreas poderão ser retiradas ou substituídas por outras.
19
Organização do Tempo/Rotinas
A organização do tempo está intimamente relacionada com o estabelecimento
de rotinas e estas últimas estão ligadas ao horário de actividades lectivas e não
lectivas que ficou decidido em conselho pedagógico.
Têm-se assim:
Abertura do Centro: 7h
Pequeno-almoço: 8h30 às 9h30
Almoço: 11h45 às 13h
Sesta: 13h às 15h30
Lanche: 15h30 às 16h15
Actividades lectivas: 9h30 às 11h30 e 16h30 às 17h30
Actividades não lectivas das 14h30 às 15h30 e das 17h30 às 19h.
A rotina diária constitui-se em momentos distintos que se repetem com uma
certa periodicidade e que permitem diferentes organizações do grupo em
diversos espaços da sala.
Assim, estão definidas do seguinte modo:

8h30  9h30 – Pequeno-almoço

9h30  10h – Acolhimento

10h·11h – Actividades propostos/orientadas/apoiadas
20

11h  11h45 – Actividades livres/Exterior

11h45  12h00 – Momento de Higiene

12h00  12h45 – Almoço

12h45  13h – Momento de Higiene

13h  15h30 – Sesta


15h45  16h15 – Lanche


16h30  17h30 – Actividades Livres/Saída
Tendo consciência de que a segurança, a estabilidade, a noção de tempo, a
noção de sequência e de organização são aspectos de extrema importância
para o desenvolvimento da criança; parece-nos que a rotina se evidencia como
favorável à interiorização destes aspectos. Dada a sua existência, a criança
pode sentir a previsibilidade dos acontecimentos e isso dar-lhe-á segurança
para investir na sua própria aprendizagem.
O processo de aprendizagem constrói-se no tempo. As crianças necessitam de
tempo para a acção, para se descobrirem a si próprios e aos outros, para se
situarem no mundo e organizar a realidade.
De seguida será explicitado cada momento da rotina.
À medida que cada criança vai entrando na sala é acolhida através da troca de
algumas palavras e carinhos; estabelecendo-se uma relação afectuosa entre o
adulto e a criança. É então que começa o dia. Ainda em implementação, está a
hora do tapete (acolhimento), durante a qual o grupo se reúne em redor do
tapete para cantar os bons dias, contar novidades e marcar a sua presença.
21
Após este tempo decorrem actividades propostas pelo adulto responsável, no
tapete (histórias, slides, fantoches, …) ou na área polivalente (mesas). Estas
actividades, ditas actividades orientadas terão temáticas de abordagem
sucessivamente diferentes (família, animais, cores, formas, …) e englobarão
âmbitos diversos, tais como: expressão plástica, motricidade, matemática,
música, culinária e expressão dramática.
Enquanto estas actividades decorrem, o grupo pode estar todo em actividade
orientada ou pode ir rodando entre as actividades livres e as actividades
orientadas.
Posteriormente à realização das actividades referidas, têm lugar as actividades
livres que se tornam imprescindíveis para alternar os tempos de maior/menor
concentração e exigência. A brincadeira é, por excelência a actividade da
criança, sendo este momento bastante ansiado por parte das crianças. Neste
tempo exploram as suas capacidades, os materiais da sala, jogam, riem, e
realizam o jogo simbólico em pequeno e grande grupo.
Seguem-se as rotinas de higiene e alimentação. A higiene deve ser um
momento cada vez mais autónomo por parte da criança, daí a nossa
preocupação em repetir constantemente o que estamos a fazer, durante o
período em que estamos na casa de banho. Este momento tem um ponto forte
no seu decurso pois envolve um elemento natural – água – que deve ser
explorado pela criança, das mais diversas formas.
Durante a higiene há que ter em atenção o momento da muda das fraldas. É,
sem dúvida, um momento ao qual deve ser dada toda a significância pois
implica interacção e intimidade por parte do adulto com a criança em causa.
Deve, portanto, ser considerado um momento chave de afectividade,
proximidade, confiança e brincadeira a título individual.
22
A refeição é um período durante o qual as crianças apreciam a comida,
experienciam sobre ela e desenvolvem as suas capacidades motoras ao
tentarem comer com as suas mãos, recorrendo também à colher. Esta
actividade é típica da vida da criança em casa e por isso devem ser
respeitados os hábitos familiares, realizando-se um trabalho contínuo com
aquele que é feito em casa. Esta rotina vai proporcionando uma série de
experiências novas à criança, sobretudo quando são introduzidos tipos de
alimentação diferente. Estas decisões são sempre tomadas em consenso com
os pais.
A ementa semanal é colocada no placar à entrada da sala, permitindo que
tanto os pais com os responsáveis saibam quais os pratos disponíveis para as
crianças.
Terminado o almoço, repete-se o momento de higiene e retiram-se os babetes.
É aqui que as crianças percebem que a refeição acabou… e chegou um breve
momento de brincadeira.
Este breve momento de brincadeira é delimitado pelo tempo em que são
efectuadas as mudas de fraldas, precisamente antes da sesta. Assim que a
criança está limpa, confortável e tem os seus “amigos” para a sesta é colocado
no respectivo catre e nele permanece até adormecer. O início da música de
embalar determina o início do silêncio.
A supervisão da sesta é feita pelos dois responsáveis da sala, até que todo o
grupo esteja a dormir, de modo que possa ser dada atenção mais
individualizada àquelas crianças que solicitem companhia ou que revelem
dificuldade em adormecer. É necessário o sentimento de segurança para que o
sono seja tranquilo e a criança consiga descansar, de modo a repor as suas
energias e o revigoramento que o caracteriza nestas idades.
23
Depois da sesta, voltamos a ter um momento de higiene e alimentação. Desta
vez segue-se o lanche que decorre num clima de animação e excitação dadas
as energias repostas e disponíveis para a brincadeira.
Novamente em pequenos e grandes grupos sucedem-se actividades de
jogo/brincadeira propostas pela educadora ou pelas crianças, já que várias
vezes o adulto segue a brincadeira de iniciativa da criança.
E é, então, que começam a chegar os pais ou familiares próximos que vêm
buscar as crianças à sala. Um breve adeus, um “xau”, um beijinho ou vários
beijinhos determinam a separação entre os adultos de referência da sala e os
amigos com - a criança; e o final do dia.
Para finalizar este tópico, resta referir que, a par da rotina diária, existirá
também uma rotina semanal; a qual se interliga com actividades propostas
sequencialmente. São elas: expressão físico-motora (terça-feira), expressão
plástica ou culinária (quarta feira) e expressão musical (quinta-feira). Para tal,
as crianças deverão à terça-feira vir com vestuário mais apropriado à
actividade em questão.
PROJECTO - AS CRIANÇAS E A ARTE
“A curiosidade natural das crianças e o seu desejo de saber é a manifestação
da busca de compreender e dar sentido ao mundo
humano e que origina
que é própria do ser
as formas mais elaboradas do pensamento, o
desenvolvimento das ciências, das técnicas e, também, das artes”. p.79
24
“A questão de haver ou não arte infantil, pode, porém, e há que estar atento a
isto, levar a alguns posicionamentos errados por parte alguns educadores e
professores. Em educação não interessa se a obra material produzida pela
criança é ou não arte, é ou não “estética”, é ou não “bonita”, é ou não
decorativa, se merece ou não ser colocada na parede da sala ou enviada para
uma exposição, se deve ter uma classificação positiva ou negativa. Com que
critérios de julgamento não subjectivo e com que autoridade o professor, se
autoriza a fazer de crítico de arte e de juiz?.
Os objectivos, quer da Educação pela Arte, quer das Artes na Educação, não
são a produção de obras de arte, mas a elevação espiritual da criança em
direcção ao Belo e ao Bem e a expressão das emergências da sua vida
afectivo-emocional. A criação de obras (que o adulto pode ou não considerar
artísticas, não interessa) é apenas o pretexto, o meio para se atingir aqueles
objectivos. Se houver obrigação de alguma avaliação, deverá ser sobre em que
medida estes objectivos foram ou não atingidos e não das obras que eram
apenas o modo de os atingir”. p.96
SOUSA, A. “Educação pela Arte e Artes na Educação”. 1º volume – Bases
pedagógicas. Lisboa: instituto Piaget, Horizontes Pedagógicos, 2003. p.96
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“O poder para aprender reside na criança, o que justifica o foco nas práticas de
aprendizagem através da acção”
(Hohmann e Weikart, 1997)
25
“(…) a sala (…) não tem uma organização totalmente fixada do início do ano
lectivo até ao seu término. É o desenrolar do jogo educativo quotidiano que vai
requerer a sua organização e reorganização.”
(Niza, 1998)
METODOLOGIA
A metodologia escolhida deverá envolver toda a comunidade educativa de
forma efectiva, activa e responsável dando resposta às necessidades dessa
mesma comunidade.
1ª Fase – Teórica
Recolha
e
documentos
organização
2º Fase - Prática
de Estabelecer iniciativas conjuntas entre
a escola e as famílias
Recolha de texto relacionados com o Realização de actividades
tema
envolvam os diferentes grupos
que
Reuniões com os pais e a equipa Exposições abertas à comunidade e
pedagógica da escola
elaboração do jornal
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS
Subjacentes aos príncipios orientadores atrás enunciados, mencionamos os
objectivos que visam definir as acções que correspondem à intenção
pedagógica preconizada.
OBJECTIVOS GERAIS
26
 Proporcionar à criança momentos de partilha de experiências e saberes
entre pares.
 Favorecer o trabalho cooperativo entre as salas com vista a desenvolver a
autonomia, a responsabilidade, a auto-estima e a inter-ajuda.
 Possibilitar à criança um meio relacional e material equilibrado e
harmonioso.
 Fomentar boas relações a nível de todo o pessoal docente e não docente,
pais e encarregados de educação e às crianças.
 Reconhecer a importância da família na participação das actividades
promovidas pela escola, como uma das formas habituais de organização da
vida humana e valorizar a sua utilidade.
 Desenvolver nos docentes e não docentes, atitudes de investigação,
reflexão crítica e troca de experiências que contribuam para melhorar a
consciência e satisfação profissional.
 Cultivar a avaliação sistemática de todas as crianças, assim como do
pessoal docente e não docente, no sentido de inventariar objectivamente as
necessidades, suprir as falhas e melhorar a qualidade da escola na sua
globalidade.
 Promover uma articulação estreita com a comunidade local, com base numa
gestão integrada de recursos, e no desenvolvimento de actividades de
âmbito educativo, cultural, desportivo e recreativo.

Estabelecer parcerias com instituições (autarquia, museus, grupos de
teatro, escolas, empresas, etc).
 Criar um sistema regular de informação e inter-ajuda, onde a escola se
revitaliza, enriquece e ganha valor social de pertença.
 Promover e facilitar a integração da criança na vida social e escolar;
27
 Tomar o Centro um espaço de afectos, com encontros assentes no bom
relacionamento entre os seus “habitantes”, fomentando o desejo de a ela
regressar;
 Proporcionar o prazer de aprender durante toda a vida;
 Desenvolver o sucesso educativo das crianças, facilitando a sua integração
social e escolar a partir da descoberta e desenvolvimento dos seus gostos e
aptidões, espírito crítico, criatividade, sentido moral e estético.
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
Para melhorar qualitativamente as aprendizagens artísticas e torná-las um
factor de inovação e melhoria da educação, devemos ter em conta:
 Valorizar o “saber fazer” incentivando à aprendizagem pela acção;
 Privilegiar o “trabalho de projecto” permitindo a articulação entre as várias
artes e saberes;
 Privilegiar o processo de trabalho (mais do que o produto) para aquisição de
aprendizagens necessárias á vida activa;
 Incentivar a experiência directa (das pessoas e das coisas), para despertar a
curiosidade e o pensamento crítico procurando recursos e fontes
diversificadas para a resolução dos problemas;
 Desenvolver a troca de experiências e vivências entre crianças, pais e outros
elementos da comunidade;
 Desenvolver a autonomia da criança e do grupo com base na oportunidade
de escolha e responsabilidade.
28
 Criar um sistema regular de informação e inter-ajuda, onde a escola se
revitaliza, enriquece e ganha valor social de pertença.
FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
(Autonomia e Socialização)
Sentar à mesa
Estar a mesa
Criar hábitos sociais
Comer sozinho
Brincar com o outro
Respeitar o outro
Fazer controlo dos esfíncteres
Criar hábitos de higiene
Ir à casa de banho
Lavar as mãos
EXPRESSÕES
Aquisição e enriquecimento do
Oral
vocabulário.
Iniciação da construção de frases.
Conhecimento do corpo, fazendo
enumerações das diferentes partes de
si e no outro.
Motora
Consolidação do andar e da marcha.
Que saiba transpor obstáculos em vez
de contornar.
“Aprendizagem” e consolidação de
corrida e de trepar.
29
Jogos de movimento e dança.
Contribuir para a criança expressar-se
enquanto ser individual nas diferentes
actividades plásticas.
Exploração de diferentes texturas e
materiais.
Plástica
Desenho, pintura, modelagem, recorte
e colagem, utilizando diferentes
técnicas.
E
Musical
Canções, audição de vários estilos
musicais, lenga-lengas, destravalínguas, poesias, construção de
instrumentos musicais, etc.
ESTRATÉGIAS
A maneira como está organizada a Instituição, a forma como actuamos, a
escolha do modelo pedagógico, assim como as actividades da escola, e o seu
regulamento interno, reflectem as estratégias que estão harmoniosamente
correlacionadas com os objectivos que pretendemos atingir.
 Criar condições específicas de apoio às crianças com necessidades de
apoio
educativo, nomeadamente
pedir auxílio da Educadora de
Intervenção Precoce.
 Apostar na formação em diferentes áreas da intervenção educativa.
30
 Comemorar as datas festivas solicitando a colaboração dos pais na
realização de actividades ou participação em festas, tais como:
Dia da Alimentação
Dia do Pai
Dia da Música
Dia da Mãe
Dia do Halloween
Páscoa
Dia de S. Martinho
Dia da Árvore
Festa de Natal
Dia dos Avós
Carnaval
Festa de Final de Ano
 Promover reuniões trimestrais com os pais e encarregados de educação.
 Participar e fomentar reuniões de equipa.
 Realizar exposições com trabalhos das crianças.
 Realizar visitas de estudo de acordo com trabalhos/projectos ou temáticas
desenvolvidas na sala.
 Elaborar e ajustar as rotinas de acordo com as necessidades
manifestadas pelas crianças.
 Organizar áreas de interesse de acordo com as sugestões e interesses do
grupo de crianças.
 Promover encontros individuais e em grupo com as famílias.
 Recolha/dramatização de histórias e lendas.
 Sessões de movimento e expressão corporal.
 Proporcionar actividades que desenvolvam os valores e o sentido estético.
 Proporcionar experiências diversificadas que possibilitam à criança
desenvolver o espírito crítico e democrático.
31
TRABALHO COM A FAMÍLIA
A participação da família no processo de aprendizagem da criança na escola
deve ser algo considerado como indispensável e enriquecedor.
É fundamental que os pais:

Dêem informações sobre as rotinas diárias das crianças, assim
como as suas preferências (no sono e na alimentação, por
exemplo);

Estejam atentos às faltas de materiais e a avisos comuns;

Participem nas reuniões de pais e dêem o seu parecer quando
pretenderem;

Colaborem na continuidade da aquisição de competências iniciadas
na escola;
A família da criança deve estar estritamente relacionada com o processo de
aprendizagem da mesma, de forma que todos possam cooperar para um
melhor aperfeiçoamento de competências e para o alargamento de
conhecimentos. É na valorização da família que a criança sente também a sua
importância enquanto membro da mesma e enquanto pertença de relações
afectivas ancoradoras. Se os pais participam e valorizam o processo de
aprendizagem da criança, ela sentir-se-á apta e estimulada para maiores
desafios e, consequentemente, para melhores concretizações.
32
Parece-nos importante realçar que, apesar das dificuldades inerentes à
cooperação partilhada entre pais, pessoal da instituição e da comunidade,
todos procuram o melhor para as crianças; sendo que ninguém é o detentor da
razão.
EXEMPLO DE ACTIVIDADES

Histórias simples;

Lenga-lenga;

Brincar com papéis coloridos

Colagem

Farinha maizena/Espuma de barbear

Digitinta

Desenho livre e com vários tipos de materiais

Pinturas colectivas e individuais

Balões com cores

Bolas com sabão

Sacos cheios com materiais diversos

Bolas

Blocos grandes

Brincar com caixas de papelão
33

Brincar com caixas de cartão

Músicas (canções de roda, mímica)

Fantoches

Brincar com água

Jogos de sombras

Contacto lúdico com alimentos

Saída ao meio que envolve a escola

Pintura com diferentes técnicas

Celebrações relativas às passagens de etapas (largar a chucha,
largar a fralda…)

Vivência das festas escolares

Celebração dos aniversários de cada criança
ACTIVIDADES COM AS FAMÍLIAS

Caderno de cada criança

Jornal de sala

Festas

Pintura de uma parede da sala

Caixinha de saudade
34

Placard informativo

Dia dos Avós

Dia dos Pais
35
AVALIAÇÃO
A avaliação é o processo pelo qual o educador, os pais e as crianças poderão
ter consciência de toda a aprendizagem, das competências exercitadas, assim
como dos conhecimentos adquiridos. É importante, por isso, que o educador
faça uma avaliação continuada e construtiva com a própria criança, no sentido
de orientar a sua acção e o processo de ensino-aprendizagem.
Por outro lado, deve realizar uma avaliação de grupo, nomeadamente no
decurso do trabalho de projecto, concretizando-a ao longo das várias iniciativas
e descobertas do grupo. Este tipo de avaliação realizada com as próprias
crianças será sobretudo uma avaliação qualitativa embora mereça ser
designada como avaliação pois revela-se como processo realmente importante,
significativo e de ponderação.
Por outro lado, o educador deverá avaliar o grupo, assim como a criança na
sua individualidade. Para tal, na sala, observa comportamentos e aquisições e
nas reuniões de equipa partilha experiências e saberes que lhe permitam uma
dinâmica reflexiva acerca do projecto.
Já no que concerne às famílias, deve existir igualmente um sem número de
conversas informais com os pais, momentos de partilha e explicação de
actividades,
reuniões
de
encarregados de
educação
e
atendimentos
individuais.
Na sala rosa existirá ainda uma grelha de observação individual da criança (18
– 24 meses) a qual será preenchida pelo Educador ao longo do ano
36
lectivo.Essa avaliação será realizada no intuito de uma posterior reunião de
pais.
37
CONCLUSÃO
É imprescindível ter em conta que a creche e o jardim-de-infância são a base
do processo de ensino aprendizagem. Constituem-se enquanto primeiros anos
de escolaridade que a criança levará consigo para o resto da vida. É, portanto,
fundamental que nos preocupemos em lhes possibilitar todas as condições e
oportunidades, para que se revelem quando homens.
“Longe vai a época em que se considerava que toda a problemática do
desenvolvimento e comportamento residia na própria criança, nas suas
potencialidades e nas suas capacidades, como se vivesse isolada e nela
residisse toda a «culpa» das suas dificuldades.
Felizmente também já se afastou a ideia de que o desenvolvimento da criança
constituía uma rígida sequência de etapas, mais ou menos previsíveis, que
invariavelmente se reproduziam em todas as crianças, e que os pais seguiam
com ansiedade e preocupação.” (António Brito Avô)
Assim, o desenvolvimento de criança não é, na nossa opinião linear nem se
realiza numa só direcção, de forma imposta e predeterminada. Importa, com
isto saber identificar as competências e aptidões que fazem da criança uma
mais valia em determinada área ou das capacidades que podemos despoletar
nelas para um desenvolvimento global harmonioso.
Este desenvolvimento não depende apenas da criança mas também das
oportunidades que o meio envolvente lhe vai possibilitando.
38
“O facto de encontrarmos crianças da mesma idade com capacidades e
competências muito diferentes, não nos permite fazer comparações, nem emitir
juízos de valor e muito menos estabelecer prognósticos levianos…
Todas as crianças contêm em si próprias um grande potencial de
desenvolvimento que se irá manifestar em plenitude se lhes soubermos
proporcionar as condições e as oportunidades e se respeitarmos o seu ritmo de
maturação.” (António Brito Avô)
39
PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES
Calendarização
Temáticas
Festividades
Setembro
Instrumentos
Dia Mundial Música
Outubro
Alimentos
Dia Mundial Alimentação
Novembro
Animais
São Martinho
Dezembro
Brinquedos
Natal
Transportes
Ano Novo
Corpo Humano
Dia de Reis
Vestuário
Dia dos Namorados
Janeiro
Fevereiro
Dia Mundial do Doente
Carnaval
Dia da Mulher
Elementos Naturais Dia do Pai
Março
Dia da Árvore
Dia do Livro
Páscoa
Abril
Alimentação
Dia da Dança
Maio
Família
Dia da Mãe
Dia da Família
Junho
Cores
Dia Nacional do Bombeiro
Dia da Criança
Julho
Formas
Dia da Música
40
Dia dos Avós
Centro Social Paroquial
de Pinhal novo
Sala Rosa – 1/2 anos
Equipa – Educadora Anabela Galrinho, Auxiliar Helena
Criança:
Data de Nascimento: _____ / _____ / _____
Ficha de Desenvolvimento
(18 – 24 meses)
41
Ano Lectivo 2010/2011
1. Adaptação
2. Motricidade Global – Locomoção
Anda sozinho
Senta-se sozinho numa cadeira pequena
Apanha objectos do chão
Corre com precaução sem rodear objectos
Puxa e empurra brinquedos grandes, pelo chão
Observações:
42
3. Visão – Manipulação
Constrói torres de 2/3 elementos
Aponta para a imagem com o dedo indicador
Faz rabiscos mostrando preferência por uma das mãos
Olha os livros e volta várias páginas de cada vez
Apreende e larga objectos com facilidade
Observações:
4. Audição – Linguagem
Compreende ordens simples
Diz algumas palavras compreensíveis
Compreende um leque alargado de palavras
Tenta cantar
Obedece a instruções simples
43
Identifica partes do corpo e peças de vestuário
Observações:
5. Comportamento Social
Imita um modelo, durante e depois
Utiliza o copo e a colher
Manifesta vontades
Observações:
Encarregado de Educação
( ______ / ______ / ______ )
44
“O facto de encontrarmos crianças da mesma idade com capacidades e
competências muito diferentes, não nos permite fazer comparações, nem emitir
juízos de valor e muito menos estabelecer prognósticos levianos…
Todas as crianças contêm em si próprios um grande potencial de
desenvolvimento que se irá manifestar em plenitude se lhe soubermos
proporcionar as condições e as oportunidades e se respeitarmos o seu ritmo de
maturação.”
45
(1/2 ANOS)
O grupo de crianças desta sala, é composto por 14 crianças, 9 são do sexo
masculino e 5 do sexo feminino, com idades compreendidas entre 1 e os 2
anos. Existe uma criança do sexo feminino que tem necessidades Educativas
Especiais, apresentando um atraso de desenvolvimento Edificit Sensorial
(visual), que beneficia de apoio de um fisioterapeuta, por parte da equipa de
Intervenção Precoce.
O grupo é constituído por crianças com muita vitalidade, transbordando
energia. As suas brincadeiras são muito activas, com muito movimento.
Revelam grande motivação por novas actividades.
“ O sistema de acção da criança de 2 anos ainda não está suficientemente
adiantado para estabelecer e sustentar por muito tempo relações inter-pessoais
delicadas. Ela continua a preferir brincar sozinha a brincar junto de outras
crianças e raramente brinca em cooperação com elas.
Está novamente numa fase pré-cooperativa, que é mais de observação daquilo
que as outras fazem do que da participação. Não é capaz de partilhar, não é
capaz em regra, de deixar que mais alguém brinque com aquilo que é dela, tem
de aprender primeiro o “é meu” e fá-lo, agarrando-se às coisas e escondendoas. Isso não é um defeito. É a única maneira que ela tem de adquirir orgulho
naquilo que é seu. É um processo de desenvolvimento. Guardar e partilhar não
virtudes
separadas,
ambas
elas
nascem
da
mesma
raiz
desenvolvimentista.”(Arnold Gesell, 1979)
46
CONSTITUIÇÃO E HORÁRIOS DA EQUIPA EDUCATIVA
A equipa Educativa é composta, no presente ano lectivo, por uma Educadora
de Infância e uma Auxiliar de acção Educativa.
Educadora de Infância
9h00 – 13h00 – Almoço - 14h30 – 17h30
Auxiliar de Acção Educativa
7h00 – 9h30 – Almoço – 11h30 – 16h30
9h30 – 14h00 – Almoço – 15h30 – 18h30
ORGANIZAÇÃO TEMPO – ROTINAS
 7h00 – 9h30: Acolhimento e pequeno almoço
 9h30 – 10h00: Tempo de tapete
 10h00 – 11h15: Actividades livres/dirigidas
 11h15 – 11h45: Higiene
 11h45 – 12h30: Almoço
 12h30 – 13h00: Higiene
 13h00 – 15h30: Repouso
 15h30 – 16h30: Lanche/higiene
 16h30 – 17h00: Actividades livres
 17h00 – 19h00: Saídas
47
Tendo a consciência de que a segurança, a estabilidades, a noção de tempo, a
noção de sequência estrema importância para o desenvolvimento da criança,
parece-nos que a rotina se evidencia como favorável à interiorização de
aspectos como estes. Dada a sua existência, a criança pode sentir a
previsibilidade dos acontecimentos e isso dar-lhe-á segurança para investir na
sua própria aprendizagem.
O processo de aprendizagem constrói-se no tempo. As crianças necessitam de
tempo para a acção, para se descobrirem a si próprias e aos outros, para se
situarem no mundo e organizar a realidades.
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/ MATERIAIS
A sala destina-se ao desenvolvimento de actividades educativas a realizar
pelas crianças individualmente ou em grupo. Tendo em conta os seguintes
aspectos para tornar a sala um local propício às crianças e às suas
necessidades:

Iluminação exterior e estores que permitem escurecerem um
pouco sala durante a sesta;

Equipamentos verticais e materiais manipulativos as serviço do
grupo;

Locais disponíveis para a afixação de mapas de apoio à prática
pedagógica.
48
Neste espaço de liberdade propício às descobertas e experiências das
crianças, valorizamos a autonomia como principal objectivo a atingir pelas
mesmas.
A sala encontra-se dividida em 4 áreas:

Área de casinha

Área da garagem

Área do tapete/biblioteca

Área do cabeleireiro
A área da casinha é um cantinho onde as crianças podem manipular materiais
relativas à cozinha, bebés e matérias a eles associados. É neste espaço que
as crianças simulam a rotina do dia-a-dia lá de casa.
No que respeita à garagem estão disponíveis carros e ferramentas para
vivenciarem o dia-a-dia numa oficina.
A área do tapete (biblioteca) é utilizada pelo grupo para planificação de
actividades, conto de Histórias, manipulação de fantoches, canções e lengalengas.
Esta área serve para vestirem a “pele” dos seus heróis, as pessoas que mais
gostam. Exteriorizam assim através do faz-de-conta o jogo simbólico.
As crianças poderão movimentar-se à vontade pelas áreas da sala, sendo
autónomas na sua escolha. Haverá a preocupação por parte do adulto para
chamar a atenção de arrumação do material correspondente a casa área.
49
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
Área de Desenvolvimento
Nível Sócio-Afectivo
Objectivos específicos
-Estimular
Desenvolvimento
Estratégias
o -Histórias
-Estimular a Autonomia
-Jogos de mímica
-Casinha das bonecas
-Livros com gravuras
Nível Psico-Motor
-Adquirir e desenvolver os -Jogos de construção
movimenotd largos e finos
-Brincadeiras
no
-Relacionar o corpo com o espelho
espaço circundante
-Pintura
-Desenvolver
a
-Jogos de movimento
coordenação motora
-Estimular
livre
a
expressão -Imitação de animais
-Desenvolver a linguagem
Nível Cognitivo
-Brincadeiras
fantoches
-Histórias
-Desenvolver a assciação -Fantoches
de ideias
-Jogos de vocabulário,
-Adquirir o conhecimento encaixe e domínio
das rotinas
-Actividades plásticas
com
50
Centro Social Paroquial
de Pinhal novo
Sala Rosa – 1/2 anos
Equipa – Educadora Cecília Silva, Auxiliar Henriqueta
Aluno
Data de Nascimento: _____ / _____ / _____
Ficha de Desenvolvimento
(24 - 30 meses)
51
Ano Lectivo 2010/2011
1. Autonomia Pessoal
2. Socialização
3. Orientação Espacial e Temporal / Conceitos
52
4. Domínio da Oralidade
5. Actividades Curriculares
6. Actividades Livres
53
7. Observações Gerais
Encarregado de Educação
( ______ / ______ / ______
54
(2/3 anos)
A Sala Verde é uma valência de creche onde se enquadram crianças na faixa
etária dos 24 aos 36 meses de idade.
O grupo de crianças, é composto por 15 crianças, seis do sexo masculino e
nove do sexo feminino. Nove dessas crianças transitaram de outra sala e seis
crianças encontram-se pela primeira vez a frequentar a instituição. Apesar de a
maior parte das crianças já frequentar a instituição, podemos considerar que se
encontraram em processo de adaptação geral, no que diz respeito ao espaço
«sala», ao grupo de crianças, aos adultos e às rotinas.
As crianças que se encontram na instituição pela primeira vez são todas mais
novas do que aquelas que transitaram de outra sala; daí notar-se que o grupo
de crianças mais novas é fortemente motivado e estimulado, uma vez que toma
como exemplo, ou até como modelo, o grupo de crianças mais velhas, já que
as últimas exploram processos complexos que lhes permitem colaborar,
explicar, ajudar, exemplificar e, sobretudo, exercitar o cuidado perante os
elementos mais novos.
55
No que às inter-relações entre os elementos do grupo diz respeito, há que
destacar o respeito denotado pela grande maioria, isto porque em momento
algum houve atitudes de rejeição por parte do grupo; pelo contrário, existe uma
preocupação de saudação e despedida dos amigos, sendo evidente o apreço
pelos companheiros da sala.
De acordo com as idades em questão, o grupo de crianças da sala verde
revela necessidade de segurança extrema por parte do adulto, exigindo a sua
colaboração e presença constantes, e solicitando, ainda, afectividades.
O grupo da Sala Verde é meigo e calmo e revela grande motivação para as
histórias e canções e adora brincadeiras livres. Até aos três anos, a criança
aprende, experimentando, através dos sentidos, o meio que a rodeia,
movendo-se fisicamente no espaço através da interacção social. Para além
disto, a criança aprende pela sua experiência, testa e erra, repete, imita e
identifica. Os adultos guiam e encorajam estas aprendizagens, garantindo um
ambiente seguro a nível emocional.
Um programa adequado à criança desta idade convida, por exemplo, à
brincadeira e à exploração activa. Para isso, põe-se, precisamente, à
disposição, um vasto número de possibilidades e experiências estimulantes.
56
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Ao organizar o espaço, deve-se ter em conta as características e necessidades
das crianças, bem como o desenvolvimento de todas as suas capacidades.
O espaço físico e o conjunto dos recursos materiais educativos são o cenário
indutor de uma prática educativa. O espaço está em permanente reconstrução,
mas terá que contemplar alguns referenciais para as crianças, de modo a
constituir-se com factor estruturante das experiências de aprendizagem.
Neste espaço de liberdade, propício às descobertas e experiências das
crianças, valorizamos a autonomia como principal objectivo a atingir.
Assim, nesta sala, podemos encontrar vários espaços que proporcionam
vivências diferenciadas e que estimulam a imaginação, a criatividade, a
linguagem e o raciocínio. Eles são:
- Área da casinha;
- Área da garagem;
- Área do tapete/biblioteca/do conto;
- Área dos jogos;
- Área da expressão plástica.
A área da casinha é um cantinho onde as crianças podem manipular materiais
relativos à cozinha, bebés a outro tipo de objectos a eles associados. Neste
espaço podem imitar modelos familiares, dramatizar histórias e inventar outras.
A área da garagem tem disponíveis carros de diferentes modelos, propícios à
brincadeira, com estrutura de pista com um carrossel e um tapete, cuja
decoração é feita com estradas e jardins.
57
É na área do conto que se partilham experiências, contando o que se faz no
fim-de-semana; programa-se, também, o dia; contam-se histórias; cantam-se
canções; e é também uma área onde as crianças podem brincar com legos de
grandes dimensões ou, então, jogos de encaixe.
A área dos jogos é destinada principalmente aos jogos mais pequenos, como
puzzles e dominós, os quais se executam nas mesas.
A área da expressão plástica é destinada à realização de trabalhos de pintura,
colagem, desenhos e modelagem, através da utilização de diferentes materiais.
58
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
A rotina diária na creche é muito importante, uma vez que proporciona às
crianças mais pequenas uma sequência de acontecimentos que elas seguem e
compreendem, ou seja, oferece-lhes uma estrutura de acontecimentos ao
longo do dia. Deve ser consistente, permitindo que as crianças antecipem os
acontecimentos que se vão seguir, sendo esta uma estrutura de segurança
para as crianças.
A rotina diária apoia a iniciativa da criança e promove a sua autonomia. O
processo de aprendizagem constrói-se no tempo. As crianças necessitam de
tempo para a acção, para se descobrirem a si próprias e aos outros e para se
situarem no mundo e organizar a realidade.
59
ROTINAS DIÁRIAS
07h00/08h30 - Acolhimento
08h30/09h30 - Acolhimento e pequeno-almoço
09h30/09h45 - Higiene
09h45/10h15 - Momento de grande grupo (tapete)
10h15/11h25 - Actividades dirigidas/livres
11h40/12h45 - Almoço
13h00/15h30 - Sesta/repouso
15h45/16h15 - Lanche
16h30/17h30 - Actividades livres
17h30/19h00- Saídas/brincadeiras livres
60
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
- Promover a criatividade da criança, a expressividade e o sentido estético;
- Desenvolver as suas capacidades de expressão e comunicação, assim como
a imaginação criativa;
- Adquirir capacidades de observação;
- Incentivar a curiosidade e o desejo pelo saber;
- Estimular a aquisição de um vocabulário mais vasto;
- Estimular os níveis de atenção;
- Promover contactos com novas texturas.
61
CONCLUSÃO
É na Valência de Creche que a criança passa o período que constitui a base
de toda a formação da sua personalidade e que a irá identificar no futuro.
Cabe-nos a nós enquanto resposta social, em sintonia com a família
proporcionar àas crianças, um ambiente securizante e estável, logo após o seu
nascimento. Estes intervenientes anteriormente referidos irão funcionar como
um suporte na construção da sua personalidade durante a 1ª Infância. Um
simples abraço ou um “colinho” são gestos que dão segurança e harmonia à
criança.
Assim a criança tem grandes probabilidades de se tornar num adulto feliz,
autónomo, solidário, livre e equilibrado!
62

Objectivos e Actividades da Resposta Social Creche

Transcrição

Documentos relacionados

FITA LED SMD 60W - Ip66 NOVIDADE

PRÉMIOS SAÚDE ORAL 2016 Data Limite de Entrega – 14 de julho

Stroke Aphasic Depression Questionnaire – Hospital Version

Aos Trabalhadores do Auchan Hipermercados Portugal SA

Encarece ao Senhor Prefeito Municipal, estudos para voltar a

PROGRAMA DE ACTIVIDADES PEDAGÓGICAS Ficha de Inscrição

Folheto deste momento

Parecer conselho fiscal 2012

Qualifica 2016 - AppGeneration

Regulamento do Centro Social do Lidador