México (Março 2013)
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México (Março 2013)
Mercados informação global México Ficha de Mercado Março 2013 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Índice 1. País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1 Situação Económica e Perspetivas 04 2.2 Comércio Internacional 09 2.3 Investimento 15 2.4 Turismo 18 3. Relações Económicas com Portugal 19 3.1 Comércio 19 3.2 Serviços 24 3.3 Investimento 25 3.4 Turismo 27 4. Relações Internacionais e Regionais 28 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 30 5.1 Regime Geral de Importação 30 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 33 5.3 Quadro Legal 35 6. Informações Úteis 37 7. Endereços Diversos 39 8. Fontes de Informação 42 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 42 8.2 Endereços de Internet 43 2 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) 1. País em Ficha Área: 1.964.375 km2 População: 115 milhões de habitantes (2012 - estimativa) Densidade populacional: 58,5 habitantes/km2 (2012 - estimativa) Designação oficial: Estados Unidos Mexicanos Forma de Governo: República Federal Chefe do Estado: Enrique Pena Nieto (eleito em julho de 2012). As próximas eleições presidenciais e para as Câmaras Alta e Baixa do Congresso estão previstas para julho de 2018 Chefe de Governo: Enrique Pena Nieto Data da atual Constituição: 5 de fevereiro de 1917, com alterações posteriores Principais Partidos Políticos: Governo: Partido Revolucionario Institucional (PRI); Oposição: Partido Acción Nacional (PAN); Partido de la Revolución Democrática (PRD); Partido Verde Ecologista de México (PVEM o Verde); Partido Convergencia (CD); Partido del Trabajo (PT); Partido Nueva Alianza (PANAL) Capital: Cidade do México (19,3 milhões de habitantes) Outras cidades importantes: Guadalajara (4,3 milhões de habitantes), Monterrey (3,8), Puebla (2,3) e Tijuana (1,6) Religião: Católica romana (76,5%); protestante (6,3%); outras (17,2%) Língua: A língua oficial é o castelhano, mas existem mais de 60 dialetos indígenas, destacando-se os Náhuatl, Mayan, Zapotec e Mixtec Unidade monetária: Peso mexicano (MXN) 1 EUR = 16,76 MXN (28.02.2013) 1 USD = 13,2 MXN (média 2012) Risco País Risco geral – BBB (AAA = risco mínimo; D = risco máximo) Risco de estrutura económica - BBB Risco político – BB Ranking em negócios: Índice 7,00 (10 = máximo) Ranking geral 32º (entre 82 países) (EIU – fevereiro 2013) Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – fevereiro 2013 Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. (Bens) / PIB = 62,0% (2012 – estimativa) Imp. (Bens) / PIB = 31,0% (2012 – estimativa) Imp. / Imp. Mundial = 2,0% (2011) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Banco de Portugal; CIA; COSEC; Organização Mundial de Comércio (OMC) 3 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspetivas De acordo com o Global Competitiveness Report 2012-2013, do Fórum Económico Mundial, de um conjunto de 144 países, em 2011, o México foi a 14ª maior economia mundial, pertencendo ao grupo restrito de países (15) com um produto interno bruto (PIB) superior a 1 bilião de USD (cerca de 1.155 mil milhões de USD), a 2ª maior da América Latina, a seguir ao Brasil; também, com 116,4 milhões de habitantes, ocupou o 11º lugar no ranking mundial, pertencendo ao grupo limitado de países (11) com mais de 100 milhões de habitantes, sendo igualmente o 2º mais populoso da América Latina (atrás do Brasil); com um PIB de 10.153 USD per capita, ocupava o 60º lugar no ranking mundial, refletindo, portanto, face aos indicadores já indicados, um nível de produtividade relativamente baixo, característico das economias emergentes. Na mesma publicação, e no mesmo conjunto de países, o México surgia no 53º lugar no Índice Geral de Competitividade (progredira 5 lugares em relação ao Relatório de 2011-2012), classificando-se da seguinte forma nos seus três subíndices constitutivos: Requisitos Básicos - 63º lugar; Potenciadores de Eficiência - 53º lugar; e Fatores de Inovação e Sofisticação - 49º lugar. Dos 12 pilares constitutivos dos subíndices, os melhores posicionamentos do México foram alcançados em termos de Dimensão do Mercado (12º lugar), Ambiente Macroeconómico (40º), Sofisticação dos Negócios (44º), Inovação (56º), e os piores registaram-se no Ensino Superior e Formação (77º), Eficiência do Mercado de Bens (79º), Instituições (92º) e Eficiência do Mercado Laboral (102º). Contudo, é de realçar que, num conjunto de 185 países, o relatório Doing Business 2012, do Banco Mundial, em termos de facilidade de realizar negócios, posiciona o México no 48º lugar (o 3º melhor na América Latina), muito à frente dos BRIC’s (Brasil – 130º, Rússia – 112º, Índia 132º e China - 91º). O México permanece ainda um país de contrastes, apresentando a sua economia grandes disparidades a nível regional, sectorial e social, com ritmos de desenvolvimento claramente distintos entre Norte e Sul e entre zonas urbanas e rurais. Eis alguns dados, obtidos de diversas fontes: Em 2010, o México contava com uma população muito jovem - mais de 62% tinha menos de 35 anos (27,9% de 0-14 anos, 34,2% de 15-34 anos), e apenas 6,6% da população tinha 65 ou mais anos. Todavia, do total da população com 15 ou mais anos apenas 61,7% participava na atividade económica, aquém da taxa média de participação de 66% para a América Latina. Em 2011, cerca de 77% da população vivia em zonas urbanas, sendo que 25% vivia nas três maiores áreas metropolitanas (2% da superfície do México); 4 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em 2010, cerca de 60% do número de famílias mais pobres usufruía de apenas 28,4% do rendimento nacional, enquanto que 30% usufruía de 37,7% e apenas 10% do número de famílias mais ricas dispunha de 33,9% do rendimento nacional, ou seja, 40% das famílias usufruíam em conjunto de 71,6% do rendimento nacional. Tendo em consideração que, de um modo geral, quanto mais pobres são as famílias maior é o número de elementos constitutivos, a desigualdade per capita da distribuição do rendimento deverá ser ainda mais díspar; Em 2011, a agricultura assegurava 13,3% do emprego, a indústria 25,2% e os serviços 61,5%, mas, em termos de PIB a custo de fatores e a preços constantes, a agricultura contribuía apenas com 3,8%, a indústria com 34,2% e os serviços com 62%; O tecido industrial mexicano é caracterizado por uma estrutura polarizada e desarticulada, constituído em 99% por pequenas e médias empresas. Por um lado, existe um setor constituído por empresas altamente competitivas, essencialmente exportadoras, sobretudo no ramo automóvel (com uma produção de 2,55 milhões de veículos ligeiros, em 2011, exportando cerca de 84% dessa produção), químico (10º maior produtor mundial de petróleo), metalomecânico (grande produtor mundial de metais, como zinco, cobre, fluorite e prata) elétrico e eletrónico e alimentar. Por outro, existe um grande número de pequenas e médias empresas pouco competitivas e com carências tecnológicas, apenas com relações esporádicas com as primeiras, e com disponibilidade de crédito indubitavelmente limitada, para o que contribui também a pequena dimensão do sistema financeiro – os depósitos do setor financeiro respondem por apenas cerca de 30% do PIB e o crédito doméstico por menos de 20% do PIB. Face ao exposto, é de concluir que a economia de mercado, dominada por um setor privado em crescimento, é constituída por um misto de modernidade e de tradicionalismo, refletido numa economia claramente dual, com a indústria e a agricultura direcionadas para a exportação significativamente competitivas, mas divorciadas em maior ou menor medida do resto do tecido empresarial, sobretudo no que respeita ao setor agrícola caracterizado em grande medida por uma economia informal. Em resumo, é patente a coexistência de dinâmicas variadas de desenvolvimento e orientação, e que a abertura crescente da economia mexicana ao exterior marcou o caráter dual da economia e da sociedade mexicana. 5 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População a 2010 Milhões 2011 a b 2012 c 2013 c 2014 c 2015 112,5 113,8 115,0 116,2 117,5 118.8 9 13.067 14.390 15.724 17.085 18.613 20.210 9 PIB a preços de mercado 10 MXN PIB a preços de mercado 10 USD 1,034 1,158 1,194 1,360 1,503 1,622 USD 9.190 10.180 10.380 11.700 12.790 13.650 PIB per capita Crescimento real do PIB Var, % 5,3 3,9 4,0 3,7 3,8 3,7 Consumo privado Var, % 5,0 4,4 3,5 3,9 3,9 3,8 Consumo público Var, % 2,3 2,1 2,0 2,1 2,0 1,9 Formação bruta de capital fixo Var, % 0,3 8,4 7,0 7,2 7,4 7,1 Taxa de desemprego - média % 5,4 5,2 4,5 4,6 4,3 4,0 Taxa de inflação - média % 4,2 3,4 4,1 3,7 3,7 3,5 Dívida pública % do PIB 36,9 35,3 35,3 34,8 34,0 33,0 Saldo do setor público % do PIB -2,9 -2,5 -2,4 -1,4 -0,9 -0,5 Dívida externa total % do PIB 19,3 18,2 18,3 17,5 16,9 16,5 9 Balança corrente 10 USD -1,7 -9,2 -7,7 -16,2 -24,6 -29,7 Balança corrente % do PIB -0,2 -0,8 -0,6 -1,2 -1,6 -1,8 1USD=xMXN 12,6 12,4 13,2 12,6 12,4 12,5 Taxa de câmbio - média Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU), fevereiro 2013 Notas: (a) Efetivo (b) Estimativa (c) Previsão No período de 2004-2007, a economia mexicana viveu um perído de franco desenvolvimento, com as taxas de crescimento do PIB a rondar, em média, os 3,9% ao ano. Todavia, em 2008, a expansão económica abrandou de forma significativa, com uma taxa de crescimento de 1,2%, em consequência do despoletar da crise financeira mundial, tendo-se verificado um acentuado agravamento no ano seguinte (-6,0%). Esta evolução negativa ficou a dever-se principalmente à forte contração da economia dos EUA, de longe o principal parceiro comercial do México, sobretudo como cliente, provocando um abrandamento das exportações mexicanas em 2008 e a uma forte contração em 2009 (-21,1%). A quebra da procura externa aliada à contração da procura interna (-7,6% em 2009), não podia deixar de se repercutir negativamante na expansão da atividade económica. Com o crescimento da atividade económica a nível mundial, particularmente nos EUA e na América Latina, o PIB mexicano recuperou rapidamente com taxas de crescimento de 3,9%, 4% e 3,7%, em 2010, 2011 e 2012 (estimativa), respetivamente. 6 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em resumo, enquanto que, no período de 2004-2007, a economia mexicana cresceu a uma taxa média de 3,9% ao ano, no período de 2008-2012, abrandou fortemente a sua expansão económica para uma taxa média de 1,9% ao ano, mesmo assim superior à taxa média de crescicmento do PIB mundial (1,5%) e dos EUA (0,6%), mas acentuadamente inferior à taxa média de crescimento do PIB da América Latina (3% ao ano). No período de 2008-2012, com exceção de 2009, sem dúvida que a procura interna, sobretudo o consumo privado, foi o fator determinante do crecimento económico, enquanto que o contributo das exportações líquidas foi bastante menor. No período de 2013-2015, as previsões apontam para uma aceleração da taxa média de crescimento do PIB mexicano de 3,7% ao ano, bem acima das taxas previstas para o PIB mundial (2,7%), EUA (2,3%), UE27 (0,9%) e ligeiramente inferior à taxa prevista para a América Latina (3,8%). Neste período, o consumo privado, antes de tudo, e a formação bruta de capital fixo, em menor medida, figuram novamente como os fatores determinantes de crescimento económico, enquanto que as exportações líquidas surgem agora como travão do crescimento - em todo o período, as importações de bens e serviços deverão registar taxas de crescimento real superiores à das exportações de bens e serviços (+7,2 pontos percentuai no total). Tendo ascendido a 5,1% em 2008, a taxa média de inflação aumentou para 5,3% em 2009, para o que terá contribuído principalmente a quebra de 7,6% da produtividade do trabalho (-0,5% em 2008), a grande depreciação do peso mexicano de aproximadamente 22% em relação ao USD, o agravamento do saldo orçamental para -2,3% do PIB (-0,1% em 2008), devido ao aumento das despesas. No período de 2010-2012, graças principalmente ao aumento da taxa média da produtividade do trabalho de 2,2% ao ano, acima do aumento da taxa média do salário real de 1,5% ao ano, e da apreciação média de 0,6% do peso mexicano em relação ao USD, a taxa média de inflação caiu para 3,9% ao ano. Para o período de 2013-2015, as previsões apontam para uma diminuição da taxa média de inflação para 3,6% ao ano, resultante principalmente da combinação de uma taxa média de aumento da produtividade do trabalho de 1,7% ao ano, de aumento do salário real de 1,3% ao ano e de uma apreciação média do peso mexicano de 1,8% ao ano. A taxa média de desemprego aumentou de 4% em 2008 para 5,5% em 2009, refletindo a forte contração da atividade económical. A partir de então, a taxa média de desemprego tem vindo a diminuir paulatinamente, para 5,4% em 2010 até 4,5% em 2012 (estimativa). As privisões apontam para a manutenção dessa tendência, devendo em 2015 rondar os 4%, mais ou menos em consonância com o evoluir da atividade económica. Todavia, calcula-se que tanto o subemprego como o emprego informal sejam elevados. 7 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em consequência do avolumar dos efeitos negativos da crise económico-financeira mundial na economia mexicana e das medidas tomadas tendo em vista a atenuação daqueles efeitos, o saldo orçamental, após alcançar um valor positivo em 2006 (0,1% do PIB) e neutro em 2007 (0,0% do PIB), regressou aos saldos negativos nos anos seguintes. A partir de 2010, os défices orçamentais diminuíram de forma paulatina (-2,5% e -2,4% do PIB em 2011 e 2012, respetivamente), apontando as previsões para a manutenção desta tendência (-1,4% do PIB em 2013 até -0,5% do PIB em 2015). Em consonância com a evolução orçamental acima indicada, as receitas fiscais aumantaram de 22% do PIB em 2007 para 23,5% do PIB em 2008 e 23,6% em 2009, enquanto que as despesas fiscais tiveram um comportamento mais dinâmico de 21,9% do PIB em 2007 para 23,6% e 25,9% do PIB em 2008 e 2009, respetivamente; em 2010, inverteram-se as tendências, com as receitas diminuindo mais rapidamente do que as despesas, o que explica o aumento do défice em 2010. A partir de então, as variáveis registaram e, segundo as previsões, continuarão a registar evoluções algo diferentes, com as receitas aumentado de 22,7% do PIB em 2010 para uma média de 23,5% do PIB ao ano até 2015, enquanto que as despesas diminuirão de 25,5% em 2010 para uma média de 25% do PIB ao ano até 2015, o que explica a evolução do saldo orçamental acima mencionada. Face ao exposto, resulta claro que tanto as receitas como as despesas fiscais absorvem uma quota muito baixa do PIB, pelo menos em comparação com as economias desenvolvidas do Ocidente, o que poderá explicar parcialmente as grandes desigualdades sociais presentes na sociedade mexicana (estima-se que à volta de 50% da população é afetada por algum grau de pobreza, enquanto que cerca de 6,5% (7,4 milhões de habitantes) da população vive em estado de pobreza extrema. Está na agenda do dia das autoridades competentes levar a cabo uma reforma fiscal que torne mais fácil e mais representativa a coleta de receitas fiscais (as de origam não petrolífera respondiam apenas por 9,4% do PIB em 2012), dificultada por uma base fiscal reduzida, um sistema excessivamente complexo e um elevado nível de evasão fiscal. Mais ou menos em conformidade com a evolução do saldo orçamental, a dívida pública subiu de 31,1% do PIB em 2007 para 36,9% em 2010. A partir de então registou-se e deverá continuar a registar-se uma diminuição gradual da dívida pública, até atingir 33% do PIB em 2015. A balança corrente apresenta tradicionalmente saldos negativos, sendo que apenas a de transferências regista regularmente excedentes, graças sobretudo às remessas dos emigrantes mexicanos (mais de 22,7 mil milhões de USD em 2011), embora, nos últimos anos, tendencialmente decrescentes (de cerca de 2,5% do PIB em 2007 para 2% em 2011). Mesmo assim, em termos absolutos, as remessas dos emigrantes mexicanos (origionárias principalmente dos EUA, onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas de origem mexicana) colocam o país no 2º lugar no ranking mundial de países recetores, depois da Índia, figurando como a segunda fonte de receitas provenientes do exterior, atrás das receitas do petróleo e à frentes dos fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE). 8 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em 2011 verificou-se um acentuado aumento do défice da balança corrente (0,8% do PIB), mas as estimativas indicam uma ligeira melhoria em 2012. As previsões apontam para um agravamento do défice em 2013 (1,2% do PIB), tendência que se deverá manter nos dois anos subsequentes (1,8% do PIB em 2015), em virtude, pincipalmente, do agravamento do saldo da balança comercial. A dívida externa tem-se situado em cerca de 18% do PIB nos dois últimos anos, apontando as previsões para a sua diminuição gradual até 16,5% do PIB em 2015. Não obstante tratar-se, de acordo com os dados da CEPAL (Comisión Económica para América Latina y el Caribe), relativos a 2010, e em termos absolutos, do 2º maior montante de dívida externa da América Latina (depois do Brasil), o seu rácio, em termos de PIB, é baixo (sendo inferior ao rácio médio da Améria Latina e Caraíbas – 19,7% do PIB). Por outro lado, a reserva internacional bruta do Banco do México ascendia a cerca de 167,1 mil milhões de USD (líquida - 163,5 mil milhões de USD). Face ao exposto, pode considerar-se que o saldo deficitário da conta corrente é suportável e gerível, sem riscos aparentes de financiamento (apesar dos riscos globais e da sincronização de perto da economia mexicana com o ciclo de negócios nos EUA), tendo em conta a disponibilidade de uma Linha de Crédito Flexível (FCL) de dois anos do FMI, no montante de 73 mil milhões de USD; a entrada de fluxos de IDE, demonstrando a confiança dos investidores internacionais neste mercado; bem como a acumulação recorde de reservas internacionais nos últimos dois anos, o que, em conjunto, proporcionará os meios necessários para o controlo da volatilidade do peso mexicano. 2.2 Comércio Internacional No âmbito das relações comerciais internacionais, o México posicionava-se, em 2011, no 16º lugar nos rankings de exportadores e importadores, com uma quota de mercado de 1,91% e 1,96%, respetivamente. Em relação a 2008, manteve estável o seu posicionamento no ranking mundial quer como exportador quer como importador, tendo, contudo, melhorado a sua quota de mercado de 1,80% para 1,91% como exportador, e de 1,92% para 1,96% como importador. No período 2008-2012, o saldo da balança comercial mexicana foi sempre negativo, mas diminuiu acentuadamente ao longo dos anos. No mesmo período, a taxa média de crescimento da exportações ter-se-á elevado a 7,8% ao ano e a das importações a 7,2% ao ano, tendo a taxa de cobertura das importações pelas exportações aumentado de 94,4% para 99,8%, e o saldo comercial melhorado de -17,3 para -0,8 mil milhões de USD (de 1,6% do PIB para 0,07% do PIB). Assim, no conjunto do período, é de notar o dinamismo assinalável da balança comercial mexicana, como resulta do aumento do seu peso no PIB, com a participação das exportações aumentando de 26,6% em 2008 para 31% em 2012, e a das importações de 28,2% para 31%. Segundo a CEPAL, a taxa de abertura da economia mexicana atingiu 64,9% (bens e serviços) em 2011, bem acima da taxa média de abertura da América Latina (43,1%). 9 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Assim, pode-se dizer que o comércio externo tem desempenhado um papel fundamental na estratégia de desenvolvimento do país, representando as exportações um motor muito importante para o seu crescimento económico. Sem dúvida que o agravamento da crise económico-financeira mundial teve um forte impacto negativo na contração das exportações e importações em 2009, com uma quebra, em cadeia, de 21,1% e 24%, respetivamente, o que se ficou a dever principalmente à contração da procura originária dos EUA. Todavia, em 2010, as duas variáveis da balança comercial registaram uma rápida recuperação (30% em termos de exportações e 28,6% relativamente às importações). Em verdade, ambas as variáveis têm vindo a crescer de forma mais ou menos dinâmica desde então, dando prova da pujança da economia mexicana, refletida num aumento da produtividade do trabalho de 2,8%, 1,7% e 2%, em 2010, 2011 e 2012, respetivamente. Aliás, é de realçar que no ranking das exportações de bens e serviços dos países da América Latina, o México surge em 1º lugar, em 2011, à frente do Brasil. Para o período 2013-2015, as previsões do EIU apontam para uma taxa média de crescimento das exportações de bens de 8,3% ao ano, e de 10,1% ao ano para as importações, o que se irá refletir num agravamento significativo do défice da balança comercial, de 0,07% do PIB em 2012, para 1,5% em 2015. Espera-se igualmente uma apreciação média do peso mexicano de 1,8% ao ano em relação ao USD, uma vez que os salários reais deverão continuar a crescer a um ritmo inferior ao aumento da produtividade do trabalho. Evolução da balança comercial (109 USD) 2008 2009 2010 2012a 2011 Exportação fob 291,3 229,7 298,5 349,4 369,6 Importação fob 308,6 234,4 301,5 350,8 370,5 Saldo -17,3 -4,7 -3,0 -1,5 -0,8 94,4 98,0 99,0 99,6 99,8 Como exportador 16ª 15ª 15ª 16ª nd Como importador 16ª 16ª 16ª 16ª nd Coeficiente de cobertura (%) Posição no ranking mundial Fontes: EIU (fevereiro 2013); WTO – World Trade Organization Notas: (a) – Estimativa; nd – Não disponível A América do Norte é destacadamente o principal parceiro comercial do México, tendo absorvido, em 2011, 81,6% do valor global exportado e fornecido 52,5% do valor global importado, destacando-se, no seu seio, os EUA como principal parceiro comercial tanto do lado das exportações como das importações. 10 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) A Ásia, com 4,2% e 30,6%, das exportações e importações, respetivamente, figura como segundo parceiro comercial do México, enquanto a UE27, com 5,5% das exportações e 10,8% das importações, surge como terceiro parceiro comercial. A América Latina e as Caraíbas, com 7,5% das exportações e 4,1% das importações, apresentam-se como o quarto parceiro comercial do México. Apesar do México contar com uma das maiores redes mundiais de acordos comerciais, os EUA continuam a ter um peso claramente dominante na balança comercial mexicana, sobretudo na qualidade de cliente, comprando-lhe 78,7% de suas vendas ao exterior, e fornecendo-lhe 49,8% de suas compras no exterior. Tendo em vista uma maior diversificação de relações comerciais, as autoridades propõemse desenvolver esforços nesse sentido nomeadamente através da Trans-Pacific Partnership e do pacto da Alianza del Pacífico com as economias andinas, bem como em bases bilaterais com alguns parceiros comerciais importantes, incluindo o Brasil. No ranking de cientes é ainda de realçar, se bem que incomparavelmente aquém dos EUA, o Canadá, em 2º lugar, com uma quota de mercado de 3,1%, enquanto que no ranking de fornecedores destacamse ainda a China, em 2º lugar e uma quota de mercado de 14,9%, Japão (3º e 4,7%), Coreia do Sul (4º e 3,9%) e Alemanha (5º e 3,7%). Portugal ocupava, em 2011, o 37º lugar no ranking de clientes, com uma quota de mercado de 0,10%, e o 39º lugar enquanto fornecedor, com uma quota de mercado de 0,15%, tendo, em relação a 2007, perdido 5 lugares como cliente e subido 6 lugares como fornecedor. Entre 2007 e 2011, a sua quota de mercado manteve-se estável como cliente, mas melhorou 25% enquanto fornecedor. É de notar que, segundo os dados do Banco do México, desde a entrada em vigor do Tratado de Comércio Livre entre o México e a União Europeia, em 1 de julho de 2000, as exportações mexicanas para a UE aumentaram 265%, passando de 5,2 mil milhões USD para cerca de 19 mil milhões USD em 2011. No mesmo período, as importações mexicanas com origem na UE aumentaram cerca de 185%, passando de 13,2 mil milhões USD para 37,6 mil milhões USD. Apesar desta evolução positiva, em 2011, as exportações mexicanas para a UE representaram 5,4% do total e as importações mexicanas provenientes da UE detiveram uma quota de 10,7% do total (contra 9,3% em 2000). Contudo, nos últimos 4 anos, de 2008-2011, a dinâmica da expansão das trocas comerciais entre o México a UE27 sofreu um duro revés, aumentando as exportações mexicanas apenas 9,8% e as suas importações da UE contraindo mesmo 4,1%. No mesmo período, as exportações mexicanas para os países asiáticos cresceram 68,8% e as suas importações aumentaram 24,2%, enquanto para a América do Norte as exportações mexicanas cresceram 18,6% e as importações 14,4%. Segundo o International Trade Centre (ITC), a balança comercial do México contabilizou, em 2011, os seus maiores saldos positivos com os EUA (100.114 milhões de USD), Colômbia (4.808 milhões de USD), Venezuela (1.288 milhões de USD), Guatemala (1.244 milhões de USD), Espanha (1.059 milhões de USD) e Canadá (1.031 milhões de USD), e os maiores saldos negativos com a China (-46.283 milhões de USD), Japão (-14.237 milhões de USD), Coreia do Sul (-12.142 milhões de USD), Alemanha (-8.548 milhões de USD), Itália (-3.429 milhões de USD) e Costa Rica (-1.651 milhões de USD). 11 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Como resulta dos dados expostos, terão sido principalmente os países asiáticos os que mais contribuíram para o saldo negativo da balança comercial mexicana em 2011. Principais Clientes 2009 Mercado quota 2010 posição quota 2011 posição quota posição Portugal 0,01% 71ª 0,06% 39ª 0,10% 37ª EUA 80,7% 1ª 80,1% 1ª 78,7% 1ª Canadá 3,6% 2ª 3,6% 2ª 3,1% 2ª China 1,0% 7ª 1,4% 3ª 1,7% 3ª Colômbia 1,1% 4ª 1,3% 4ª 1,6% 4ª Espanha 1,1% 5ª 1,3% 5 1,4% 5ª Brasil 1,1% 6ª 1,3% 6ª 1,4% 6ª Alemanha 1,4% 3ª 1,2% 7ª 1,2% 7ª Japão 0,7% 8ª 0,6% 8ª 0,6% 8ª Reino Unido 0,5% 11ª 0,6% 12ª 0,6% 9ª Holanda 0,7% 9ª 0,6% 10ª 0.6% 10ª Fonte: International Trade Centre (ITC) Principais Fornecedores 2009 Mercado quota 2010 posição quota 2011 posição quota posição Portugal 0,13% 41ª 0,15% 36ª 0,15% 39ª EUA 48,1% 1ª 48,2% 1ª 49,8% 1ª China 13,9% 2ª 15,1% 2ª 14,9% 2ª Japão 4,9% 3ª 5,0% 3ª 4,7% 3ª Coreia do Sul 4,7% 4ª 4,2% 4ª 3,9% 4ª Alemanha 4,2% 5ª 3,7% 5ª 3,7% 5ª Canadá 3,1% 6ª 2,9% 6ª 2,7% 6ª Taiwan 2,0% 7ª 1,9% 7ª 1,6% 7ª Malásia 1,7% 8ª 1,8% 8ª 1,6% 8ª Itália 1,3% 10ª 1,3% 10ª 1,4% 9ª Brasil 1,5% 9ª 1,4% 9ª 1,3% 10ª Fonte: International Trade Centre (ITC) Os dados disponíveis mais recentes, relativos aos principais produtos transacionados pelo México, em 2011, permitem relevar os seguintes aspetos: 12 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Forte peso dos produtos de elevado teor tecnológico (de média-alta e alta intensidade tecnológica), de maior valor acrescentado, de ambos os lados da balança comercial. No conjunto dos 10 primeiros grandes grupos de produtos abaixo indicados (81,1% do valor global das exportações e 72,9 das importações), os de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, veículos e outro material de transporte, máquinas aparelhos e instrumentos mecânicos, instrumentos de ótica, foto, cinema, medida, controle, etc., móveis, mobiliário médico-cirúrgico, etc., representavam 56,8% do valor global das exportações mexicanas; se destes grandes grupos de produtos retirarmos o de móveis, mobiliário médico-cirúrgico, etc., e juntarmos o de produtos químicos orgânicos, os produtos de média-alta e alta intensidade tecnológica representavam 50,9% do valor global das importações mexicanas. Sem dúvida que estes rácios refletem já uma certa pujança da indústria mexicana, por um lado, bem como os elevados fluxos de IDE canalizados para aqueles setores nos últimos anos. Também refletem seguramente a grande dependência da economia mexicana do mercado dos EUA, no âmbito do Acordo NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, entrado em vigor 1 de janeiro de 1994), que fomentou a instalação das chamadas maquiladoras – designação de offshores para finalização de produtos destinados à reexportação (situando-se, inclusivamente, muitas das suas empresas perto das zonas de fronteira) – responsáveis por grande parte das exportações deste país; É de realçar que os produtos de elevado teor tecnológico no conjunto dos 10 primeiros grandes grupos de produtos exportados/importados superavam os de muitas outras economias desenvolvidas, ombreando mesmo com os rácios de economias altamente desenvolvidas, como nos casos das economias alemã ou suíça, por exemplo; O diferencial de aproximadamente 6 pontas percentuais, na amostra dos principais produtos transacionados, de produtos de elevado teor tecnológico em favor das exportações traduz já uma indústria desenvolvida e competitiva; O elevado posicionamento e quota dos combustíveis/óleos minerais, tanto do lado das exportações (3º produto e 15,9% do total), como do lado das importações (3º e 10% do total) resultam do facto do México figurar como o 10º maior produtor mundial de petróleo (2011) e o seu 13º maior exportador mundial (2009), e de não existirem no país grandes refinarias, pelo que o produto é exportado para ser refinado, sendo que grande parte dele volta a ser importado, depois de realizada a sua refinação. Por outro lado, embora ainda longe dos níveis atingidos pelo petróleo, o país também se está a tornar num importante produtor e exportador de gás. Enquanto no período de 1998-2011, a produção média de petróleo bruto caía de 3,071 para 2,550 milhões de barris por dia (-17%), a de gás aumentava de 4.791 para 6.594 milhões de pés cúbicos por dia (+37,6%); 13 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Todavia, segundo os dados do Banco do México, a quota das exportações petrolíferas têm vindo a ganhar importância, de 9,2% do total em 2002 para 16,1% em 2011, em detrimento da quota das não petrolíferas, de 90,8% para 83,9%, no mesmo período. Assim, a importância crescente das exportações de combustíveis terá a sua explicação principal no aumento dos seus preços no mercado internacional, em combinação com a diminuição da quota das exportações de petróleo bruto nas exportações petrolíferas globais de 90% para 87,5 %; a quota das exportações da indústria transformadora, no âmbito das exportações não petrolíferas, manteve-se elevada e relativamente estável, de 96,9% para 95%; A importância crescente das exportações de petróleo está também patente na evolução do seu saldo comercial. Com efeito, a diminuição significativa, no período de 2002-2011, do défice da balança comercial mexicana, ficou dever-se, antes de tudo, ao aumento do saldo das exportações petrolíferas líquidas de cerca de 8 para 13,7 mil milhões de USD (+70,9%), no mesmo período; Também, no âmbito das importações, os produtos petrolíferos aumentaram a sua quota de 4% em 2002 para 12,2% em 2011, em detrimento da quota dos não petrolíferos, de 96% para 87,8%, no mesmo período, confirmando a falta de capacidade de refinação de petróleo bruto do país; Em termos de grandes categorias de produtos, em 2011, os bens de consumo representavam 14,8% do valor global importado, os bens intermédios 75,2% e os bens de capital 10%, refletindo a importância preponderante das importações de bens intermédios para o regular funcionamento da sua indústria transformadora. Principais Produtos Transacionados – 2011 Exportações / Setor Importações / Setor % % Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 20,2 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 21,6 Veículos e outro material de transporte 18,0 Máquinas, aparelhos e instrum. mecânicos 15,3 Combustíveis/óleos minerais, etc. 15,9 Combustíveis/óleos minerais, etc. 10,0 Máquinas, aparelhos e instrum. mecânicos 13,8 Veículos e outro material de transporte 8,1 Pérolas, pedras e metais preciosos 3,8 Plásticos e suas obras 5,3 Instrumentos de ótica, foto, cinema, medida e controle 3,1 Instrumentos de ótica, foto, cinema, medida e controle 3,2 Plásticos e suas obras 1,9 Produtos químicos orgânicos 2,7 Móveis, mobiliário médico-cirúrgico, etc. 1,7 Ferro fundido, ferro e aço 2,4 Produtos hortícolas, plantas, raízes, etc. 1,4 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 2,2 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 1,3 Códigos especiais de classificação 2,1 Fonte: International Trade Centre (ITC) 14 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Tendo em vista uma perceção mais abrangente da estrutura das importações mexicanas, indicam-se a seguir os 20 primeiros grupos de produtos importados, em 2011 (NC a 4 dígitos): 20 Principais Produtos Importados – 2011 NC Designação 106 USD 2710 Óleos de petróleo ou minerais betuminosos, exc. óleos brutos; preparações, etc 27.872 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 17.601 8517 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia, por fios; vídeofones 13.653 8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrónicos 12.458 8529 Partes reconhecíveis exclusiva/parcialmente p/ aparelhos pp 8525 a 8528 9.812 8471 Máquinas automáticas p/ processamento dados/unidades; leitores magnéticos 7.638 9999 Produto desconhecido 7.312 8703 Automóveis de passageiros e outros veículos transporte passageiros, etc 7.264 8473 Partes e acessórios para máquinas e aparelhos 5.089 2711 Gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos 4.789 8536 Aparelhos p/ interrupção, seccionamento, proteção, etc., p/ tensão <=1000 volts 4.725 8544 Fios e outros condutores, isolados p/ usos elétricos, cabos fibras óticas 4.517 8408 Motores de pistão, de ignição por compressão (motores diesel ou semidiesel) 3.498 9013 Dispositivos cristais líquidos ainda não incluídos noutras pp, etc. 3.295 3926 Outras obras de plástico e obras de outras matérias das posições 3901 a 3914 3.283 8409 Partes reconhecíveis c/o exclusiva/principalmente p/ motores das pp 8407/08 3.034 1005 Milho 2.989 3004 Medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho 2.942 8414 Bombas de ar/vácuo, compressores, exaustores p/ extração/reciclagem, etc. 2.901 8504 Transformadores elétricos, conversores, bobinas de reactância e autoindução 2.843 Fonte: International Trade Centre (ITC) 2.3 Investimento A América Latina continua a ser uma região importante em termos de atração de investimento estrangeiro, quer em países de grandes dimensões e com economias estáveis – México, Brasil, Chile e Argentina, assim como em países em expansão – Peru e Colômbia. Em 2010 o México foi o 2º país de destino do IDE da região da América do Sul e Central (o Brasil ocupou a 1º posição e o Chile a 3ª), tendo chegado a ser o 1º país de destino até 2007. O México ocupava, em 2011, o 17º lugar no ranking mundial de países recetores de investimento direto estrangeiro (IDE), com uma quota de mercado de 1,28%, e o 30º lugar na tabela de países emissores de investimento direto, com uma quota de mercado de 0,53%. 15 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) No contexto internacional, o México, como país recetor, usufrui, portanto, de uma posição relativamente relevante, enquanto, como país emissor, tem uma posição algo modesta, o que se terá ficado a dever, entre outros fatores, à negociação de acordos de livre comércio com mais de 50 países e às alterações introduzidas nos programas PITEX e Maquila. Na segunda metade dos anos 90, a implementação do Acordo NAFTA propiciou uma evolução muito positiva na aplicação do IDE na indústria transformadora (as maquiladoras), tendo chegado a alcançar cerca de 60% do IDE total. A partir de então, a parcela destinada à indústria vem sofrendo um declínio (cerca de 43% no período 2000-2011), embora continue a ser uma das áreas mais atrativas para o investidor estrangeiro. Entre 2007 e 2011, o México subiu um lugar no ranking mundial de países recetores, mas a sua quota de mercado regrediu de 1,59% para 1,28%, e dois lugares no ranking de países emissores, tendo a sua quota de mercado melhorado de 0,38% para 0,53%. Contudo, há que realçar que não se tratou de uma evolução linear no tempo, tratando-se, pelo contrário, de uma evolução marcadamente irregular. Investimento Direto 6 (10 USD) 2007 Investimento estrangeiro no México 2008 2009 2010 2011 31.492 27.140 16.119 20.709 19.554 8.256 1.157 7.019 13.570 8.946 Como recetor 18ª 16ª 25ª 18ª 17ª Como emissor 32ª 56ª 28ª 23ª 30ª Investimento do México no estrangeiro Posição no ranking mundial Fonte: UNCTAD - WIR 2012; WIR 1970-2012 No período de 2007-2011, segundo os dados do EIU, os fluxos de IDE entrados no país representaram um valor médio anual equivalente a 2,2% do PIB, à volta de 10,5% da formação bruta de capital fixo, tendo superado sempre os saldos negativos da balança corrente. Os fluxos de IDE, além de terem contribuído de maneira significativa para a transferência de tecnologias, a aceleração da reestruturação da economia, o aumento da produtividade do trabalho e das exportações, tornaram também possível um crescimento económico mais dinâmico. O investimento estrangeiro constitui a terceira fonte de divisas, a seguir às exportações de petróleo e às remessas dos emigrantes. Fruto dos esforços efetuados, ao longo dos últimos anos, no sentido de tornar o país mais atrativo para o investimento estrangeiro, o México tem conseguido atrair níveis significativos de IDE, embora com oscilações. A quebra verificada em 2009 (-40,6% e -48,8% em relação a 2008 e 2007, respetivamente) está de certo modo em consonância com a quebra sentida no IDE a nível global, embora mais profunda no caso particular do México (a nível global a quebra foi de -33% e -39,7%, respetivamente), devido à sua grande dependência da economia dos EUA, o seu maior parceiro comercial e investidor direto. 16 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Após uma recuperação assinalável de fluxos de IDE em 2010 e 2011, as previsões do EIU apontam para uma aceleração das entradas de fluxos nos próximos anos, devendo alcançar os 30 mil milhões de USD em 2016. Com efeito, diversos analistas consideram isso provável, nomeadamente graças à esperada abertura do setor energético ao investimento privado, à instalação de novas unidades produtivas americanas no seguimento da reestruturação da indústria automóvel americana, de unidades produtivas de origem chinesa, que utilizam o México como plataforma de acesso dos seus produtos ao mercado americano, bem como de outras empresas internacionais que optem por instalar-se no México, em detrimento da China, devido a menores custos de transporte e ao aumento dos salários neste país asiático. Segundo o World Investment Report (WIR) 2012, o IDE acumulado no México, elevava-se, em 2011, a 302.309 milhões de USD, o que representava 26,1% do PIB e 2.656 USD per capita. Em termos de IDE acumulado, o México ocupava, em 2011, o 17º lugar do ranking mundial de países recetores e o 2º lugar no ranking de países da América Latina e Caraíbas (atrás do Brasil). É de realçar que, de 1990 para 2011, o IDE acumulado no país aumentou 13,5 vezes, aumento assinalável em apenas 21 anos. O IDE acumulado terá aumentado para 320,8 mil milhões de USD, em 2012, segundo The World Factbook, ou seja, em cerca de 18,5 mil milhões de USD face ao ano anterior. No período de 2000-2011, de acordo com os dados da Comisión Nacional de Inversiones Extranjeras do México, os EUA, com 50,4% do IDE acumulado no país naquele período, figurava à cabeça dos países emissores, seguidos da Espanha (15,1%), Holanda (14,2%), Canadá (4%), Reino Unido (3%), e Suíça (2,7%). No mesmo período e segundo a mesma fonte, a indústria transformadora tinha absorvido 42,6% do IDE acumulado, seguida dos serviços financeiros (22,8%), comércio (8,3%), media (5,2%), apoio a negócios (3,9%), mineração (3,9%) e serviços imobiliários (3,6%). A título exemplificativo, segundo a ProMEXICO, em 2011 foram concretizados 104 projetos multianuais que, de acordo com as estimativas, deverão ter criado mais de 52 mil postos de trabalho. Abrangem os setores automóvel e componentes, energia, turismo, logística e infraestruturas, extrativo, químico, elétrico e eletrónico aeroespacial, serviços, biotecnologia, petróleo e petroquímica. Os maiores investimentos assinados naquele ano foram oriundos dos EUA, Japão, Espanha, Coreia do Sul, Canadá, Alemanha, Portugal, Taiwan, França, Chile, China e Colômbia. De um modo geral, destacam-se como principais oportunidades de investimento no México, as seguintes áreas: infraestruturas (estradas, portos, aeroportos e outros); energia (grandes projetos hídricos e eólicos); indústria transformadora, destacando-se entre outros o setor automóvel; e o turismo (grandes centros turísticos em desenvolvimento). 17 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Finalmente, segundo os dados do WIR, em 2011, o investimento direto mexicano acumulado no estrangeiro ascendia a 112.088 milhões de USD, tendo aumentado aproximadamente 42 vezes no período de 1990-2011, ou seja, a um ritmo significativamente superior ao do IDE no país. Em 2012, terá aumentado para 129,7 mil milhões de USD, segundo The World Factbook, ou seja, em cerca de 17,6 mil milhões de USD relativamente ao ano anterior. Em termos de ID acumulado, no âmbito dos países da América Latina e Caraíbas, o México surgia no 3º lugar, atrás das Ilhas Virgens Britânicas e do Brasil. 2.4 Turismo Reconhecendo a importância económica do setor, o Governo mexicano tem tido um papel muito ativo, desde 1999, sobretudo ao nível da promoção turística, direcionando-a essencialmente para nichos de mercado de alto valor acrescentado, tais como o turismo cultural, o ecoturismo e os resorts integrados. Apesar de ter vindo a perder gradualmente alguma importância, a indústria turística, em geral, com o turismo internacional no seu seio, continua a dar um contributo importante para o desenvolvimento do país. Em 2010, empregava mais de 2,45 milhões de pessoas, ou seja, 5,1% da força de trabalho mexicana. As receitas originárias dos turistas estrangeiros representavam 1,1% do PIB em 2011 (1,4% em 2007), 3,5% das exportações de bens (5,2% em 2007) e 80,2% das exportações de serviços (82% em 2007). No período de 2007-2011, o número de alojamentos na hotelaria global aumentou de 14.963 para 17.294 (+15,6%), o número de quartos passou de 583.731 para 651.160 (+11,6%) e o de camas de 1.167.462 para 1.302.320 (+11,6%), o que contribuiu também para a expansão da atividade económica do país, através, nomeadamente, do setor da construção. No mesmo período, o número de turistas estrangeiros aumentou em média 2,1% ao ano, o de dormidas 0,9%, enquanto o montante das receitas cresceu a uma taxa média de -3,1% ao ano. É de realçar o forte impacto negativo do agravamento da crise económico-financeira mundial nos três principais indicadores do turismo internacional, tendo, em 2009, o número de turistas registado uma quebra de -2,6%, o de dormidas de -18,7% e o montante de receitas de -14,8%. Aliás, é de realçar que em 2011, tanto as dormidas como as receitas ainda não tinham atingido os níveis de 2008. Turismo no México 2007 a 3 Turistas (10 ) Dormidas b Receitas (106 USD) Fonte: Notas: 2008 2009 2010 2011 21.606 22.931 22.346 23.290 23.403 48.780 52.746 42.904 48.152 49.064 14.055 14.726 12.542 12.648 12.270 WTO – World Tourism Organization (a) Turistas com dormida (b) Só inclui dormidas na hotelaria global 18 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) A América do Norte, responsável pela emissão de 86% do número total de turistas em 2011, era destacadamente o continente com os maiores mercados emissores de turistas para o México, seguida, mas muito aquém, pela Europa, com apenas 6,5% do número de turistas chegados ao país. Como principais mercados emissores destacavam-se os EUA com 79,3% do número total de turistas não residentes, Canadá (6,7%), Reino Unido (1,4%), Espanha (1,2%), Argentina (0,9%), Brasil (0,8%), França (0,8%), Alemanha (0,7%), Itália (0,6%) e Colômbia (0,5%). É de realçar que o México é também um país emissor de turistas, tendo os gastos dos turistas mexicanos no estrangeiro ascendido a mais de 9,7 mil milhões de USD em 2011, segundo dados da World Tourism Organization. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio Globalmente, o México é um parceiro comercial com alguma relevância para Portugal, sobretudo na qualidade de cliente, surgindo, em 2012, na 28ª posição no ranking de clientes, com uma quota de mercado de 0,44%, e na 38ª posição no ranking de fornecedores, com uma quota de mercado de 0,27%. No âmbito da América Latina e Caraíbas, o México surge no 3º lugar no ranking de clientes e no 4º lugar no de fornecedores. No período de 2008-2012, o México perdeu 7 lugares no ranking de clientes, tendo a sua quota de mercado regredido 22,8%, mas ganhou 7 lugares no de fornecedores, com um reforço de 50% da sua quota de mercado. Porém, em termos de evolução posicional e de quotas, a balança comercial lusomexicana caracteriza-se principalmente pelas oscilações mais ou menos acentuadas das suas duas variáveis. No contexto do comércio externo do México, segundo o International Trade Center, em 2011 Portugal posicionava-se como seu 37º cliente, absorvendo 0,10% do total das exportações mexicanas, e como seu 39º fornecedor, sendo responsável por 0,15% das suas importações, assumindo, portanto, posições e quotas menos relevantes como cliente e fornecedor do que o México na balança comercial portuguesa, em especial no que diz respeito a quotas. Importância do México nos Fluxos Comerciais de Portugal 2008 Como cliente Como fornecedor Fonte: 2009 2010 2011 2012 Posição 21ª 19ª 11ª 11ª 28ª % 0,57 0,64 1,09 1,08 0,44 Posição 45ª 56ª 34ª 31ª 38ª % 0,18 0,11 0,30 0,39 0,27 INE – Instituto Nacional de Estatística 19 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) No período de 2008-2012, a balança comercial luso-mexicana foi sempre favorável a Portugal. Contudo, em consonância com o diferencial das taxas médias de crescimento das exportações e importações, de 11,8% e 41,9% respetivamente, a taxa de cobertura das importações pelas exportações diminuiu significativamente de 193,6% para 130,1%, bem como o saldo comercial de cerca de 107,5 para 45,7 milhões de EUR, o que se ficou a dever sobretudo ao maior dinamismo das importações. No cômputo geral e em síntese, naquele período, as exportações diminuíram de cerca de 222,5 para 197,3 milhões de EUR, com um pico de 461,6 milhões de EUR em 2011, enquanto as importações aumentaram de cerca de 114,9 para 151,6 milhões de EUR, com um pico de 230,9 milhões de EUR em 2011; o montante máximo do saldo comercial registou-se também em 2011, enquanto a taxa de cobertura máxima foi alcançada em 2009. Em cadeia, o valor global exportado contraiu 8,5% em 2009 e 57,2% em 2012, enquanto o valor global importado contraiu 52,6% e 34,3% em 2009 e 2012, respetivamente. Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) 2008 2009 2010 2011 2012 a Var % 08/12 b Var % 11/12 Exportações 222.472 203.638 406.085 461.612 197.311 11,8 -57,3 Importações 114.935 54.475 176.345 230.896 151.604 41,9 -34,3 Saldo 107.537 149.163 229.740 230.716 45.707 -- -- Coef. Cob. 193,6% 373,8% 230,3% 199,9% 130,1% -- -- Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Taxa de variação homóloga 2011-2012 2008 a 2010: Resultados definitivos 2011 a 2012: Resultados preliminares As exportações portuguesas para o México apresentavam, em 2012, um grau de concentração significativamente elevado, uma vez que apenas dois grupos de produtos – máquinas e aparelhos (30,3%) e produtos químicos (20,9) - representavam mais de metade (51,2%) do valor global exportado para aquele mercado, tendo-se mesmo verificado um reforço do seu grau de concentração de 36,1% em 2008 para 51,2% em 2012. Dos restantes grupos de produtos, destacavam-se ainda, em 2012, as matérias têxteis (10,5% do total exportado), metais comuns (9,2%), madeira e cortiça (8%), plásticos e borracha (5,5%) e veículos e outro material e transporte (5,1%). No seu conjunto, pode dizer-se que, em termos de grandes categorias económicas, a estrutura exportadora continuava, em 2012, relativamente desequilibrada, em detrimento dos produtos de maior valor acrescentado, com os bens intermédios respondendo por 59,6% do valor global exportado (75,1% em 2008), os bens de capital por 35,6% (20,9% em 2008) e os bens de amplo consumo por 4,7% (3% em 2008). 20 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em termos de grau de intensidade tecnológica, a estrutura das exportações era, em 2011 (último ano disponível), dominada pelos produtos de média-baixa tecnologia, com 55,1% do total exportado, seguida pelos produtos de média-alta tecnologia (30,6%), baixa tecnologia (7,9%) e de alta tecnologia (6,4%). É de realçar que, no período de 2007-2011, a quota dos grupos de produtos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica subiu de 39,8% para 63% do valor global exportado, enquanto a dos produtos de média-alta e alta intensidade tecnológica caía de 60,2% para 37% do valor global exportado, tendo, portanto, as nossas exportações para o México regredido em termos de teor tecnológico. Exportações por Grupos de Produtos 3 2008 Máquinas e aparelhos 34.078 15,3 50.744 11,0 59.784 30,3 17,8 Químicos 46.339 20,8 95.411 20,7 41.237 20,9 -56,8 Matérias têxteis 13.778 6,2 20.638 4,5 20.627 10,5 -0,1 Metais comuns 2.375 1,1 3.696 0,8 18.162 9,2 391,4 Madeira e cortiça 12.767 5,7 11.441 2,5 15.770 8,0 37,8 Plásticos e borracha 11.029 5,0 7.139 1,5 10.926 5,5 53,0 Veículos e outro mat. transporte 11.764 5,3 15.893 3,4 10.161 5,1 -36,1 241 0,1 5.081 1,1 6.443 3,3 26,8 Vestuário 3.327 1,5 4.607 1,0 4.822 2,4 4,7 Minerais e minérios 3.057 1,4 6.532 1,4 4.210 2,1 -35,5 Alimentares 1.673 0,8 2.455 0,5 2.590 1,3 5,5 Calçado 262 0,1 306 0,1 439 0,2 43,2 Instrumentos de ótica e precisão 569 0,3 252 0,1 324 0,2 28,7 Agrícolas 511 0,2 248 0,1 212 0,1 -14,3 23 0,0 27 0,0 34 0,0 24,4 76.897 34,6 235.230 51,0 1 0,0 -100,0 Outros produtos 1.296 0,6 1.891 0,4 1.569 0,8 -17,0 Valores confidenciais 2.484 1,1 22 0,0 0 0,0 -100,0 222.472 100,0 461.612 100,0 197.311 100,0 -57,3 Pastas celulósicas e papel Peles e couros Combustíveis minerais TOTAL Fonte: % Tot 08 2011 % Tot 11 2012 % Tot 12 Var % 11/12 (10 EUR) INE – Instituto Nacional de Estatística As exportações portuguesas para o México mostram padrões de negócios relativamente estáveis. Com efeito, tomando como referência os 10 primeiros capítulos pautais da Nomenclatura Combinada (a 2 dígitos) de 2008, registava-se, em 2012, o aparecimento de apenas 2 novos capítulos pautais, ou seja, uma taxa de variabilidade de 20%, refletindo assim uma oferta portuguesa já bastante bem adaptada à procura de nichos de mercado mexicanos. As oscilações antes referidas ficar-se-ão a dever sobretudo aos choques externos de conjuntura na balança comercial bilateral. 21 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Assim, por exemplo, a forte contração de 57,3% registada nas nossas exportações para o México, em 2012, ficam a dever-se, antes de tudo, à ausência de exportações de combustíveis minerais, em combinação com a contração de cerca de 57% nas exportações de produtos químicos. Numa ótica de maior desagregação (NC a 4 dígitos), o quadro seguinte apresenta a evolução das exportações portuguesas para o mercado mexicano para os 10 principais produtos em 2012: Exportações por Grupos de Produtos em 2012 (4 dígitos) 3 % Tot 12 Var % 11/12 34.119 17,3 -63,3 24.250 28.336 14,4 16,9 10.442 14.454 7,3 38,4 0 11.613 5,9 § 9.481 9.543 4,8 0,7 8.636 9.492 4,8 9,9 4.783 6.062 3,1 26,7 3.136 4.922 2,5 57,0 4.559 4.779 2,4 4,8 0 4.092 2,1 § 158.222 127.411 64,6 -- (10 EUR) 2011 2012 2901 Hidrocarbonetos acíclicos 92.936 8527 Apar. recetores p/ radiotelefonia/radiotelegrafia/radiodifusão, etc. 4503 Obras de cortiça natural 7213 Fio-máquina de ferro ou aço não ligado 8480 Caixas fundição; placas fundo p/ moldes; modelos p/ moldes; moldes p/ metais 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 4802 Papel e cartão, n/ revestidos, tipo usados p/ escrita ou out. fins gráficos, etc. 8536 Aparelhos p/ interrupção, seccionamento, proteção, etc., p/ tensão >= 1000 volts 6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 2902 Hidrocarbonetos cíclicos Amostra Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Numa perspetiva de balança comercial mexicana e numa análise mais detalhada, constata-se que, em 2012, segundo o ITC, do conjunto dos primeiros 20 grupos de produtos portugueses (NC a 4 dígitos) mais exportados para o México, apenas 5 se encontravam entre os primeiros 20 grupos de produtos mais importados por aquele país de todo o mundo, significando, portanto, uma taxa de representatividade de 25%, o que aponta para um intercâmbio sectorial ainda de pouca complexidade e diversidade. De acordo com os dados do INE, o número de empresas portuguesas exportadoras para o mercado mexicano aumentou de 440 em 2007 para 443 em 2011 (último ano disponível), tendo-se mantido, portanto, relativamente estável. Com mais de metade do valor global importado concentrado num único produto – combustíveis minerais (53,8%) - o grau de concentração das importações é significativamente superior ao das exportações. Dos restantes grupos de produtos importados destacavam-se ainda, em 2012, os metais comuns (14,4% do total), produtos químicos (7,3%), plásticos e borracha (6,4) e máquinas e aparelhos (6,3%). 22 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) No seu conjunto, pode dizer-se que, em termos de grandes categorias de produtos, a estrutura importadora se mantinha, em 2012, extremamente desequilibrada, com os bens intermédios respondendo por 89,3% do valor global importado (70,1% em 2008), os bens de capital por 9,6% (26,9% em 2008) e os bens de amplo consumo por apenas 1% (1,7% em 2008). Como resulta dos dados expostos, no período em análise, os bens intermédios reforçaram claramente o seu peso na estrutura importadora, em detrimento principalmente dos produtos de maior valor acrescentado, os bens de capital. Importações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2008 Combustíveis minerais 60.767 52,9 140.609 60,9 81.584 53,8 -42,0 149 0,1 32.252 14,0 21.897 14,4 -32,1 Químicos 6.556 5,7 5.631 2,4 11.098 7,3 97,1 Plásticos e borracha 9.095 7,9 7.974 3,5 9.643 6,4 20,9 23.334 20,3 19.945 8,6 9.541 6,3 -52,2 Agrícolas 2.935 2,6 11.734 5,1 7.208 4,8 -38,6 Instrumentos de ótica e precisão 6.378 5,5 4.652 2,0 4.014 2,6 -13,7 11 0,0 1.421 0,6 3.203 2,1 125,4 Veículos e outro mat. transporte 1.305 1,1 1.734 0,8 1.091 0,7 -37,1 Alimentares 1.743 1,5 1.306 0,6 1.027 0,7 -21,4 Matérias têxteis 465 0,4 301 0,1 482 0,3 59,8 Minerais e minérios 306 0,3 224 0,1 305 0,2 36,1 5 0,0 0 0,0 84 0,1 § 213 0,2 62 0,0 27 0,0 -56,9 30 0,0 24 0,0 25 0,0 4,3 9 0,0 259 0,1 1 0,0 -99,7 204 0,2 337 0,1 373 0,2 10,9 1.430 1,2 2.429 1,1 0 0,0 -100,0 114.935 100,0 230.896 100,0 151.604 100,0 -34,3 Metais comuns Máquinas e aparelhos Peles e couros Calçado Pastas celulósicas e papel Vestuário Madeira e cortiça Outros produtos Valores confidenciais TOTAL Fonte: % Tot 08 2011 % Tot 11 2012 % Tot 12 Var % 11/12 INE – Instituto Nacional de Estatística Em termos de grau de intensidade tecnológica, a estrutura importadora era constituída, em 2011 (último ano disponível), por produtos de média-baixa tecnologia (37,8% do valor global importado), de alta tecnologia (23,6%), média-alta (21,8%) e de baixa tecnologia (16,8%), caracterizando-se as importações por um grau de intensidade tecnológica superior ao das exportações, não obstante se ter registado uma redução acentuada do peso dos produtos de alta e média-alta tecnologia na estrutura importadora (67,4% em 2007 e 45,4% em 2011), em favor dos produtos de média-baixa e baixa intensidade tecnológica (32,7% em 2007 e 54,6% em 2011). 23 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Todavia, é de realçar que, em termos de produtos industriais transformados, a sua quota no valor global importado aumentou de 24,8% para 38,8%, no período de 2007-2011, muito aquém da quota desses produtos no valor global das exportações (99,9%). Finalmente há que realçar que as importações apresentam padrões de negócios acentuadamente desequilibrados. Com efeito, tomando como referência os 10 primeiros capítulos pautais da NC (a 2 dígitos) de 2008, registava-se, em 2012, o aparecimento de 4 novos capítulos pautais, ou seja, uma taxa de variabilidade de 40%, mostrando assim que ainda não foram encontrados nichos de mercado estáveis, em Portugal. Numa ótica de maior desagregação (NC a 4 dígitos), o quadro seguinte apresenta a evolução das importações portuguesas do mercado mexicano para os 10 principais grupos de produtos em 2012: Importações por Grupos de Produtos em 2012 (4 dígitos) 2011 2012 % Tot 12 Var % 11/12 140.609 81.584 53,8 -42,0 8103 Tântalo e suas obras, incluídos os desperdícios, resíduos e sucata 20.389 19.365 12,8 -5,0 0307 Moluscos c/ ou s/ concha, vivos, etc; invertebrados aquáticos, etc; farinhas 11.460 3.945 2,6 -65,6 0 3.885 2,6 § 3.656 3.880 2,6 6,1 936 3.273 2,2 249,8 0 2.984 2,0 § 251 2.664 1,8 960,9 4104 Coros e peles depilados, de bovinos e de equídeos, preparados, etc. 1.056 2.615 1,7 147,6 9027 Instrumentos p/ análises físicas/químicas; instrumentos p/ ensaios viscosidade 3.233 2.220 1,5 -31,3 181.590 126.415 83,4 -- 3 (10 EUR) 2709 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 2926 Compostos de função nitrilo 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou outras olefinas halogenadas, em formas primárias 3907 Poliacetais, outros poliéteres e resinas epóxidas, em formas primárias 2901 Hidrocarbonetos acíclicos 0713 Legumes de vagem, secos ou em grão, mesmo pelados ou partidos Amostra Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Segundo os dados do INE, o número de empresas portuguesas que têm vindo a comprar produtos no México caiu de 367 em 2007 para 321 em 2011. 3.2 Serviços Em 2012, o México posicionou-se como o 43º mercado cliente dos serviços portugueses, tendo absorvido 0,08% das exportações totais, e o 41º mercado fornecedor de serviços ao nosso país, com uma quota de mercado de 0,13% das importações totais. 24 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) No período de 2008-2012, o México subiu 4 lugares no ranking de clientes, tendo a sua quota de mercado melhorado de 0,05% para 0,08, e perdeu 1 lugar no ranking de fornecedores, tendo, contudo, melhorado marginalmente a sua quota de 0,12% para 0,13%. Balança Comercial de Serviços com o México (103 euros) 2008 2009 2010 2011 Var.ª 08/12 2012 Exportações 8.391 11.685 13.353 14.873 16.075 18,2% Importações 14.030 12.084 21.940 16.767 13.865 6,7% Saldo -5.639 -399 -8.587 -1.894 2.210 -- 59,8% 96,7% 60,9% 88,7% 115,9% -- 47ª 38ª 41ª 42ª 43ª 0,05 0,07 0,08 0,08 0,08 -- 40ª 39ª 34ª 38ª 41ª -- 0,12 0,12 0,20 0,15 0,13 -- Coef. Cobertura Posição b % Export Totais Posição c b % Import Totais c Fonte: Banco de Portugal165117821547 Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Posição num conjunto de 55 mercados (c) Quota do mercado nas exportações e importações totais de Portugal Ao invés do que sucede no comércio de bens, em termos de serviços, a balança bilateral é geralmente favorável ao México, tendo-se verificado, ao longo dos últimos cinco anos, um saldo positivo para Portugal apenas em 2012. No período 2008-2012, a balança comercial de serviços luso-mexicana, mais ou menos em conformidade com o diferencial acentuado de taxas médias de crescimento das suas duas variáveis (18,2% ao ano para as exportações e 6,7% ao ano para as importações), registou uma dinâmica tendencialmente favorável a Portugal, com a taxa de cobertura das importações pelas exportações subindo de 59,8% para 115,9% e o seu saldo comercial de cerca de -5,5 para 2,2 milhões de EUR. É de salientar que, no âmbito dos mercados da América Latina, o México foi o nosso 3º mercado de exportação e de importação de serviços (a seguir ao Brasil e Venezuela), representando 1,2% das nossas vendas para a região em 2011 e 3,7% das nossas compras. 3.3. Investimento O México, enquanto país emissor de investimento direto estrangeiro (IDE), afigura-se ainda com pouca importância para Portugal, embora os fluxos de investimento mexicano tenham vindo a aumentar. Em 2012, surgia já no 25º lugar no ranking de países emissores de IDE para Portugal, com uma quota de mercado de 0,01%. 25 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Ao invés, como recetor de IDPE, o mercado mexicano vem testemunhando alguma importância, mas tendencialmente menos relevante para os agentes económicos portugueses. Em 2012, figurava no 29º lugar no ranking de países recetores de IDPE, com uma quota de mercado de 0,06%. No período de 2008-2012, o México subiu 17 lugares no ranking de países emissores e desceu 9 lugares no ranking de países recetores de IDPE. Importância do México nos Fluxos de Investimento para Portugal 2008 Posição Portugal como recetor (IDE) a %b Posição Portugal como emissor (IDPE) 2009 a a b % 2010 2011 2012 42 a 34 35ª 32ª 25ª 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 a 20 a 18 23ª 28ª 29ª 0,39 0,51 0,26 0,04 0,06 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Posição do mercado enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercado (b) Com base no ID bruto total de Portugal Em termos absolutos, no período de 2008-2012, o investimento bruto mexicano em Portugal ascendeu a cerca de 8,1 milhões de EUR, e o desinvestimento a cerca de 2,9 milhões de EUR, resultando daí um investimento líquido de cerca de 5,1 milhões de EUR, o que significa que o México fortaleceu a sua presença em Portugal no período em causa. É de notar que, no período de 2008-2012, o investimento bruto mexicano em Portugal registou uma taxa média de crescimento de 160% ao ano, tendo os fluxos aumentado de cerca de 180 mil para cerca de 4,8 milhões de EUR (26,9 vezes). Investimento Direto do México em Portugal 3 (10 EUR) 2008 Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido 2009 2010 2011 2012 Var.ª 08/12 Var.b 11/12 179 594 1.260 1.202 4.816 160,0% 300,7% 41 94 0 104 2.669 § § 138 500 1.260 1.098 2.147 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 -- -- (b) Taxa de variação homóloga 2011-2012 § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero em período anterior a 2012 Em termos absolutos, no período e 2008-2012, o investimento bruto português no México ascendeu a cerca de 121,5 milhões de EUR, e o desinvestimento a cerca de 67,8 milhões de EUR, resultando daí um investimento líquido de cerca de 53,7 milhões de EUR, tendo assim reforçado significativamente a sua presença neste mercado. 26 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Todavia, naquele período, o investimento bruto português no México acusou uma taxa média de crescimento de -36% ao ano, tendo os fluxos contraído continuamente durante todo o período, de cerca de 44,3 para 5,4 milhões de EUR (-87,9%). Investimento Direto de Portugal no México 3 (10 EUR) 2008 Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido 2009 2010 2011 b Var.ª 08/12 2012 Var. 11/12 44.309 39.332 25.228 7.211 5.370 -36,0% -25,5% 4.937 2.527 579 59.647 100 § -99,8% 39.372 36.805 24.649 -52.436 5.270 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 -- -- (b) Taxa de variação homóloga 2011-2012 § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero em período anterior a 2012 Entre as principais empresas portuguesas com investimento no México destacam-se as seguintes: Altitude Software; Actualsales-Serviços de Marketing na Internet; BES; CGD; Excalibur Capital - Parking Experience; Geco; Logoplaste; Mota-Engil; NBB-National Business Brokers Consultoria e Gestão; Neologica; Onara; Palbit; Soares da Costa; Tertir-Terminais de Portugal; TIMWE-Serviços de Telecomunicações Móveis e Afins; e WeDo Consulting-Sistemas de Informação. 3.4 Turismo O México assume uma importância relativamente modesta enquanto país emissor de de turistas estrangeiros para Portugal, ocupando o 33º lugar no ranking de receitas totais, com uma quota de mercado de 0,08%. No período de 2008-2012, as receitas registaram uma taxa média de crescimento de 14,1% ao ano. De um modo geral, pode dizer-se que a importância do México, como emissor de receitas, embora modesta, tem vindo tendencialmente a crescer no período em análise, com resulta do seu aumento de cerca de 4,4 para 6,8 milhões de EUR (55,3%). Turismo do México em Portugal 2008 c 3 Receitas (10 EUR) 2009 2010 2011 2012 a b Evol. 08/12 Evol. 11/12 4.385 4.192 6.622 6.931 6.810 14,1% -1,7% % Total d 0,06 0,06 0,09 0,09 0,08 -- -- Posição e 41ª 38ª 31ª 33ª 33ª -- -- Fonte: Notas: Banco de Portugal (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Taxa de variação homóloga 2011-2012 (c) Inclui apenas a hotelaria global (d) Refere-se ao total de estrangeiros (e) Receitas - posição enquanto mercado emissor, num conjunto de 55 mercados 27 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Finalmente há que realçar que as receitas geradas pelos turistas mexicanos em Portugal, em 2011, representavam apenas 0,1% dos gastos dos turistas mexicanos no estrangeiro, o que aponta para a existência de um potencial de crescimento ainda longe de ser esgotado. 4. Relações Internacionais e Regionais O México é membro, entre outras instituições internacionais, do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID – http://www.iadb.org), do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD – http://www.ebrd.com), da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE – http://www.oecd.org) e da Organização das Nações Unidas (ONU – http://www.un.org) e suas agências especializadas (http://www.un.org/en/aboutun/structure/#Others), de entre as quais se destacam o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo de Fomento Internacional (FMI). Integra também a Organização Mundial de Comércio (OMC – http://www.wto.org) desde 1 de janeiro de 1995. A nível regional este país faz parte do Acordo Norte-Americano de Comércio Livre (North American Free Trade Agreement – NAFTA), do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Asia-Pacific Economic Cooperation – APEC), do Conselho de Cooperação Económica do Pacífico (Pacific Economic Cooperation Council – PECC), da Organização dos Estados Americanos (Organization of American States – OAS), da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e do Sistema Económico LatinoAmericano (SELA). O NAFTA (http://www.nafta-sec-alena.org/en/view.aspx), assinado em 1992, e em vigor a partir de 1 de janeiro de 2004, visa a eliminação gradual e progressiva (num prazo de 15 anos) das tarifas alfandegárias, dos controlos fronteiriços e outras barreiras ao comércio entre os seus membros (Canadá, EUA e México). Este Acordo resultou de um alargamento do antigo Tratado de Livre Comércio Canadá-EUA, de 1989. Ao contrário da União Europeia (UE), o NAFTA não visa a integração total das economias dos países membros, tratando-se de uma Zona de Livre Comércio, reforçada com soluções de caráter liberal ao nível dos serviços, concorrência, investimento e propriedade intelectual (na sequência de acordos suplementares), não estando consagrada, por exemplo, a livre circulação de pessoas. Permanecem atuais as intenções para o eventual alargamento deste Acordo a outros países da América do Sul e Caraíbas. Constituída em 1989, a APEC (http://www.apec.org) apresenta-se como um grupo informal, que tem dado contributos para a promoção do comércio, a captação de investimento, a transferência de tecnologia e a conservação dos recursos marítimos e da pesca, com o objetivo de constituir uma zona de comércio livre entre os seus membros até ao ano 2020. 28 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Os países que integram a organização são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Coreia do Sul, EUA, Filipinas, Hong Kong-China, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, República Popular da China, Rússia, Singapura, Tailândia, Taiwan e Vietname. O PECC (http://www.pecc.org), por sua vez, é uma organização tripartida não governamental, criada em 1980, vocacionada para a promoção da cooperação económica na zona da Ásia-Pacífico, contando com 23 membros (Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Equador, EUA, Filipinas, Hong Kong-China, Indonésia, Japão, Malásia, México, Mongólia, Nova Zelândia, Peru, República Popular da China, Singapura, Tailândia, Taiwan, Vietname e o Pacific Island Forum), 1 membro associado (territórios franceses do Pacífico) e 2 membros institucionais (a Pacific Trade and Development Conference – PAFTAD e o Pacific Basin Economic Council – PBEC). Por sua vez, a OEA/OAS (http://www.oas.org), instituída em 1948 por 21 nações, alargada posteriormente a outras 14 (sendo que Cuba suspendeu a sua ligação entre 1962 e 2009, ano em que optou por não a retomar), tem como objetivos, entre outros, garantir a paz e a segurança continentais; promover e consolidar a democracia representativa; procurar a solução dos problemas políticos, jurídicos e económicos que surgirem entre os Estados-membros e promover, por meio da ação cooperativa, o seu desenvolvimento económico, social e cultural. A ALADI (http://www.aladi.org/nsfweb/sitioport) é um organismo intergovernamental que foi criado em 1980 (Tratado de Montevideu) e visa fortalecer as relações entre os seus membros, através da celebração de acordos bilaterais, modernização da estrutura produtiva dos países signatários, harmonização das respetivas políticas macroeconómicas e promoção de uma participação mais ativa dos diferentes grupos sociais no processo de integração. Como objetivo final, pretende-se a criação, de forma gradual e progressiva, de um mercado latino-americano, através da aplicação de uma Preferência Tarifária Regional (PTR), ou seja, redução de direitos aduaneiros entre as partes. Para além do México, integram a ALADI os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O SELA (http://www.sela.org), formado por 28 países latino-americanos, foi criado em 1975, com a finalidade de acelerar o desenvolvimento económico e social dos seus membros, através da cooperação intrarregional e do estabelecimento de um sistema permanente de consulta e coordenação em assuntos de natureza económica e social. Finalmente, é de referir que o México assinou acordos comerciais com mais de 40 países, nomeadamente com a União Europeia (UE) – http://www.economia.gob.mx/comunidad- negocios/comercio-exterior/tlc-acuerdos. 29 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) As bases legais do relacionamento entre a UE e o México regem-se pelo Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação (“Acordo Global”), assinado em 8 de dezembro de 1997 (em vigor desde 1 de outubro de 2000 http://eur- lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2000:276:0045:0061:PT:PDF) e que assenta em três vertentes: Comercial – Estabelecimento da liberalização bilateral preferencial, progressiva e recíproca do comércio de mercadorias e de serviços, com o objetivo de criação de uma Zona de Livre Comércio entre as partes no prazo máximo de 10 anos, após a entrada em vigor do Acordo. Cooperação – Reforçar a cooperação ao nível industrial, da promoção dos investimentos, dos serviços financeiros, das PME, da regulamentação técnica e da avaliação de conformidade dos produtos. Diálogo Político – Institucionalizar um diálogo político regular ao nível bilateral e internacional. Os interessados podem aceder a informação atualizada sobre o relacionamento entre as partes no Portal da União Europeia, no tema External Action/Mexico (http://eeas.europa.eu/mexico/index_en.htm) ou no Site da Comissão Europeia, no tema Trade/Bilateral relations/Countries and regions/Mexico (http://ec.europa.eu/trade/creating-opportunities/bilateral-relations/countries/mexico). 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação A entrada da generalidade das mercadorias não está sujeita a restrições. No entanto, existem ainda alguns produtos cuja importação é proibida, como algumas espécies de peixes vivos e sementes de papoila ou de cannabis, ou que podem estar sujeitos a licença de importação, como animais vivos, produtos de origem animal, petróleo e seus derivados e pneus usados. Se os produtos objeto de importação consistirem, por exemplo, em calçado, têxteis e artigos de vestuário, pode ser, ainda exigido um certificado de origem. Existindo o certificado de circulação de mercadorias EUR.1 ou declaração na fatura (para efeitos de redução/isenção de direitos aduaneiros no âmbito do Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação celebrado entre a União Europeia e o México), estes documentos podem substituir o certificado de origem para têxteis, calçado e vestuário. Por outro lado, na importação de plantas e produtos vegetais e de animais vivos podem ser exigidos certificados fitossanitários e sanitários, respetivamente. 30 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Em virtude das alterações que ocorrem, com alguma frequência, no regime aduaneiro mexicano, as empresas portuguesas devem solicitar orientações aos seus clientes no mercado e consultar o Guía de Importación, no Site Aduana México / SAT – Servicio de Administración Tributaria, que disponibiliza informação atual relevante – http://www.aduanas.sat.gob.mx/aduana_mexico/2008/importando_exportando/142_10068.html. Ao nível da regulamentação técnica importa referir que muitos produtos têm que cumprir obrigatoriamente os requisitos de qualidade previstos nas Normas Oficiales Mexicanas – Normas NOM – quando da sua importação neste país (http://www.economia.gob.mx/comunidad- negocios/competitividad-normatividad/normalizacion). A Pauta Aduaneira tem por base o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os direitos aduaneiros, calculados (na maioria das situações) numa base ad valorem sobre o valor CIF (custo, seguro e frete) das mercadorias. As tarifas aplicadas na importação de cada produto podem ser consultadas no Site SIICEX – Sistema Integral de Información de Comercio Exterior (http://www.siicex-caaarem.org.mx) ou na Market Access Database (apenas acessível para quem está localizado na União Europeia), no tema Tariffs (http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm), selecionando o mercado e o produto / código pautal. Aos produtos originários da União Europeia aplicam-se os direitos da coluna EU – European Union. A maioria dos produtos comunitários e, como tal, os portugueses, beneficiam de isenções das taxas dos direitos de importação, conforme previsto no Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação (“Acordo Global”). Na Market Access Database clicando no código pautal específico do produto (classificação mais desagregada), os interessados têm acesso a outras imposições fiscais para além dos direitos de importação (ex.: IVA, Impostos Especiais, etc). Com efeito, para além dos direitos aduaneiros, os produtos estão ainda sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (taxa geral de 16%; taxa de 11% nas zonas fronteiriças e taxa de 0% para alguns produtos como os animais e vegetais não industrializados, leite, fertilizantes, medicamentos de marca, livros e revistas, etc – Ley del Impuesto al Valor Agregado: http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/77.pdf, consultar artigos 1.º, 2.º e 2.º-A). Existem, também, impostos especiais que recaem sobre determinados tipos de produtos, como as bebidas alcoólicas, o tabaco e a gasolina (Ley del Impuesto Especial sobre Producción y Servicios – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/78.pdf, consultar artigo 2.º). A acrescer a estes encargos, refira-se uma taxa de 0,8% relativa a despesas alfandegárias – Derecho de Tramite Aduanero (DTA). Em alguns casos, esta taxa de 0,8% é substituída por um valor fixo de 249,89 pesos mexicanos por declaração aduaneira, é o caso, por exemplo, dos bens originários da União Europeia acompanhados de um certificado de origem válido. 31 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Quanto à documentação (geral/específica) que deve acompanhar as mercadorias quando importadas neste país, os interessados podem obter informação acedendo ao tema Procedures and Formalities da Market Access Database 1 (http://madb.europa.eu/madb/datasetPreviewFormIFpubli.htm?datacat_id=IF&from=publi). Quanto às exigências aí referidas, é possível clicar nos itens para obter informação pormenorizada sobre cada uma das formalidades/documentos, chamando-se especial atenção para a coluna Country Overview, no qual podem ser consultados variadíssimas matérias, de entre as quais se destacam os procedimentos aduaneiros de importação, as regras de rotulagem e embalagem e a regulamentação técnica de produtos. Para que os bens possam beneficiar do regime preferencial (isenção de direitos aduaneiros) quando da sua importação n, a origem comunitária deve ser comprovada mediante a apresentação do certificado de circulação de mercadorias EUR. 1 (emitido pelas alfândegas do país de origem) ou de declaração emitida pelo exportador, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente designada por declaração na fatura). A declaração de origem na fatura pode ser feita por qualquer exportador no caso de remessas de mercadorias cujo valor não exceda 6.000 euros, ou por um “exportador autorizado” no que diz respeito a remessas de mercadorias de valor superior a esse montante. O estatuto de “exportador autorizado” deve ser solicitado por escrito à Autoridade Tributária e Aduaneira, devendo o pedido ser acompanhado de um dossier, em duplicado, de onde conste a informação referida no ponto 5.4.5. (página 99) do Manual de Origem das Mercadorias – http://pauta.dgaiec.minfinancas.pt/NR/rdonlyres/A2C62368-6C09-4720-88B7-2521FCB8C79A/0/Manual_Origem_II_Intranet.pdf Por último, é de destacar que a 16 de maio de 2011 entrou em vigor no México o regime da Caderneta A.T.A. (“Cuaderno A.T.A.”), documento alfandegário internacional que permite a entrada temporária de mercadorias em 71 países, com o limite de um ano, sem pagamentos aduaneiros (direitos aduaneiros e IVA), sendo, no entanto, exigido um seguro ou uma garantia bancária pela entidade garante/emissora, que, em Portugal, é a Associação Comercial de Lisboa – Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. Este documento cobre amostras comerciais, material profissional e mercadorias para expor em feiras comerciais, espetáculos, exibições ou similares – http://www.acl.org.pt/pt-pt/services/carnetata.aspx. 1 Os critérios de pesquisa, para ambos os casos, são os seguintes: selecionar o mercado - Country / Mexico; introduzir as posições pautais dos produtos - Product Code - a 4 ou 6 dígitos; clicar em Search e aceitar as condições em Accept. 32 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro O investimento estrangeiro no México rege-se pelos princípios consagrados pela Lei de Investimento Estrangeiro (LIE), de 27 de dezembro de 1993, objeto de várias alterações posteriores (com o propósito de alargar os setores económicos ao investimento estrangeiro e estabelecer mecanismos para uma maior simplificação administrativa nesta área – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/44.pdf) e pelo respetivo Regulamento, de 8 de setembro de 1998 (http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/regley/Reg_LIERNIE.pdf), que define as regras a que deve obedecer a aplicação da LIE, no que respeita à aquisição de propriedade rural e urbana, ao investimento realizado por instituições financeiras internacionais, entre outros aspetos. De acordo com o quadro jurídico estabelecido, o investidor estrangeiro e as sociedades com capital estrangeiro devem cumprir várias formalidades junto do Registro Nacional de Inversiones Extranjeras, que funciona na Secretaria da Economia – http://www.economia.gob.mx/comunidad- negocios/competitividad-normatividad/inversion-extranjera-direta/registro-nacional-de-inversionextranjera: inscrição no registo, avisos e alterações da informação, entrega de informação económica anual, entrega de informação trimestral sobre fluxos e entrega de informação fiscal. Não obstante a maioria dos setores de atividade estar aberta ao investidor estrangeiro, podendo este deter a totalidade do capital das empresas existem, ainda, várias exceções estabelecidas por lei. Com efeito, o investidor estrangeiro (e nacional) vê cerceado o seu acesso a determinadas áreas de atividade estratégica reservadas ao setor público, das quais se destacam: distribuição de energia elétrica, extração de petróleo e seus derivados, serviços postais e o controlo, supervisão e vigilância de portos e aeroportos. Paralelamente, alguns setores encontram-se reservados às pessoas singulares e coletivas mexicanas, como sejam: transporte terrestre nacional de passageiros, turismo e carga; comércio a retalho de combustíveis e sua distribuição; instituições bancárias de desenvolvimento; serviços de rádio e televisão que não operem por cabo e a prestação de serviços profissionais e técnicos excluídos por lei (http://www.economia.gob.mx/comunidad-negocios/competitividad- normatividad/inversion-extranjera-direta/asuntos-juridicos/glosario-juridico, consultar “Atividades reservadas”). O investidor estrangeiro apenas pode participar nestas áreas por via do mecanismo designado Investimento Neutro (sujeito a autorização da Comisión Nacional de Inversiones Extranjeras), o que tem como consequência que, para a participação estrangeira no capital social de uma empresa, apenas resultam vantagens pecuniárias, encontrando-se limitado o exercício da generalidade dos demais direitos sociais (http://www.economia.gob.mx/comunidad-negocios/competitividad- normatividad/inversion-extranjera-direta/asuntos-juridicos/glosario-juridico, consultar “Inversión neutra”). 33 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Refira-se, ainda, que existem atividades de acesso condicionado à participação de capital estrangeiro, cujos limites não podem ser ultrapassados: sociedades cooperativas de produção (até 10% do capital de uma sociedade mexicana); transporte aéreo (até 25%); seguros, sociedades gestoras de grupos financeiros, sociedades de câmbio, impressão e publicação de jornais e revistas, fabricação e comercialização de explosivos, munições e armas de fogo, entre outras (até 49%) – http://www.economia.gob.mx/comunidad-negocios/competitividad-normatividad/inversion-extranjeradireta/asuntos-juridicos/glosario-juridico, consultar “Atividades com regulación especifica”. O organismo responsável pela aplicação da LIE é a Comisión Nacional de Inversiones Extranjeras – CNIE (http://www.economia.gob.mx/comunidad-negocios/competitividad-normatividad/inversion- extranjera-direta/comision-nacional-de-inversiones-extranjeras) devendo o investidor estrangeiro consultar este organismo para o esclarecimento de quaisquer dúvidas relacionadas com o enquadramento jurídico do investimento. Não há limites ao repatriamento de capital para o exterior, desde que sejam cumpridas as exigências legais em termos de registo e respetivas obrigações fiscais, bem como dos rendimentos decorrentes do pagamento de royalties dentro de certos limites pecuniários. O ProMéxico (http://www.promexico.gob.mx) é o organismo federal encarregue da promoção do comércio e do investimento externo. Este organismo disponibiliza, no seu Site, como documento de interesse, o Investment in Mexico 2012, da consultora KPMG, com informação relevante para o investidor (informação sobre a criação de empresas, sistema fiscal, laboral, etc) – http://mim.promexico.gob.mx/work/sites/mim/resources/LocalContent/211/2/Investment_in_Mexico_2012. pdf. Quanto às formas de estabelecimento as sociedades comerciais mexicanas são muito semelhantes às sociedades comerciais portuguesas, sendo os tipos de empresas mais utilizados a sociedade anónima e a sociedade de responsabilidade limitada. Em 2002 foi criado o SARE (Sistema de Apertura Rápida de Empresas – http://www.cofemer.gob.mx/contenido.aspx?contenido=122) com vista a facilitar a constituição de sociedades no país, reduzindo os custos administrativos e os atrasos verificados. Com o SARE as PME podem iniciar a atividade em menos de 72 horas, cumprindo apenas duas das oito formalidades federais e tratar do processo de constituição num só dia. Para certo tipo de atividades pode ser exigida tramitação adicional, tendo o processo de constituição, nesse caso, uma duração máxima de 3 meses. Também em 2009, o Governo criou a plataforma Web Tuempresa (http://www.tuempresa.gob.mx), dispondo as empresas de mais um canal rápido e eficiente para a constituição de sociedades – http://www.cofemer.gob.mx/contenido.aspx?contenido=123. 34 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Finalmente, ao nível bilateral, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e o México o Acordo de Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos (http://dre.pt/pdf1sdip/2000/08/178A00/37133729.pdf) e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento (http://dre.pt/pdf1sdip/2000/12/288A00/72547285.pdf), em vigor, respetivamente, desde 4 de setembro de 2000 e 9 de janeiro de 2001. 5.3 Quadro Legal Regime de Importação Reglas de Caráter General en Materia de Comercio Exterior para 2012, publicado no Diário Oficial Federal de 29 de agosto de 2012 (com alterações posteriores) – Estabelece facilidades em matéria aduaneira e de comércio externo, com vista a contribuir para a competitividade das empresas – http://www.siicex.gob.mx/portalSiicex/SICETECA/Reglas/ReglasSat2012.htm . Reglamento de la Ley Aduanera, publicado no Diário Oficial Federal de 6 de junho de 1996 (com alterações posteriores) – Regulamenta a Lei Aduaneira – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/regley/Reg_LAdua.pdf. Ley Aduanera, publicada no Diário Oficial Federal de 15 de dezembro de 1995 (com alterações posteriores) – Lei aduaneira – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/doc/12.doc. Ley de Comercio Exterior, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de julho de 1993 (com alterações posteriores) – Define o quadro legal do comércio externo – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/doc/28.doc. Ley del Impuesto Especial sobre Producción y Servicios, publicada no Diário Oficial Federal de 30 de dezembro de 1980 (com alterações posteriores) – Lei do imposto especial sobre a produção e os serviços – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/78.pdf. Ley del Impuesto al Valor Agregado, publicada no Diário Oficial Federal de 29 de dezembro de 1978 (com alterações posteriores) – Lei do imposto sobre o valor acrescentado – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/77.pdf. Regime de Investimento Estrangeiro Ley del Impuesto sobre la Renta, publicada no Diário Oficial Federal de 1 de janeiro de 2002 (com alterações posteriores) – Aprova o quadro legal do imposto sobre o rendimento – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/82.pdf. 35 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Reglamento de la Ley de Inversión Extranjera y del Registro Nacional de Inversiones Extranjeras, publicado no Diário Oficial Federal de 8 de setembro de 1998 (com alterações posteriores) – Regulamenta a lei do investimento estrangeiro e do registo nacional do investimento estrangeiro – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/regley/Reg_LIERNIE.pdf. Ley de Inversión Extranjera, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de dezembro de 1993 (com alterações posteriores) – Estabelece o regime legal do investimento estrangeiro – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/44.pdf. Ley de la Propiedad Industrial, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de junho de 1991 (com alterações posteriores) – Estabelece as bases legais da propriedade industrial – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/50.pdf. Ley General de Sociedades Mercantiles, publicada no Diário Oficial Federal de 4 de agosto de 1934 (com alterações posteriores) – Regulas as sociedades comerciais – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/144.pdf. Código de Comercio, publicado no Diário Oficial Federal de 7 de outubro de 1889 (com alterações posteriores) – Regula os atos de comércio – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/3.pdf. As páginas web da Secretaría de Hacienda (http://www.shcp.gob.mx/LASHCP/MarcoJuridico/MarcoJuridicoGlobal/Paginas/Leyes.aspx) y e da Crédito Cámara Público di Diputados (http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/index.htm) permitem o acesso a um conjunto diversificado de diplomas em vigor no país. Acordos Relevantes Resolução da Assembleia da República n,º 84/2000, de 15 de dezembro – Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e o Protocolo Anexo, entre Portugal e o México – http://dre.pt/pdf1sdip/2000/12/288A00/72547285.pdf. Decisão do Conselho n.º 2000/658/CE, de 28 de setembro (JOCE n.º L 276, de 28 de outubro de 2000) – Relativa à celebração do Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação entre a Comunidade Europeia e os seus Estados-membros, por um lado, e os Estados Unidos Mexicanos, por outro – http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2000:276:0045:0061:PT:PDF / http://eur-lex.europa.eu/JOHtml.do?uri=OJ:L:2000:276:SOM:PT:HTML. Decreto n,º 18/2000, de 3 de agosto – Aprova o Acordo de Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos, entre Portugal e o México – http://dre.pt/pdf1sdip/2000/08/178A00/37133729.pdf. 36 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Decreto n,º 18/97, de 26 de abril – Aprova o Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre Portugal e o México – http://dre.pt/pdf1sdip/1997/04/097A00/18681871.pdf. Para mais informação sobre mercados externos os interessados podem consultar o Site da aicep Portugal Global (http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paraonde/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx) ou “Livraria Digital” (http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx). 6. Informações Úteis Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado do México (mercado prioritário) é a seguinte (março 2013): Curto prazo – Aberta sem restrições; Médio/Longo prazo – Em princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia bancária, para clientes privados, será decidida casuisticamente. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direção Internacional da COSEC. Hora Local Na maioria do território mexicano, incluindo a Cidade do México, a hora local corresponde ao UTC menos seis horas, Face a Portugal, o México tem menos seis horas no nosso horário de verão. A diferença persiste no nosso horário de inverno, dado que o México também muda a hora. Deve atenderse, contudo, que as datas da mudança horária não coincidem nos dois países, pelo que haverá dois curtos períodos em que aquelas diferenças não se verificam. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 9h00-14h00 / 15h00-17h00 (segunda a sexta-feira) 37 a aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Bancos: 9h00-16h00 (segunda a sexta-feira) Comércio: 9h00-20h00 (segunda-feira a sábado) Feriados Datas Fixas: 1 de janeiro – Dia de Ano Novo 1 de maio – Dia do Trabalhador 5 de maio – Dia do Aniversário da Batalha de Puebla (parcial) 10 de maio – Dia das Mães 16 de setembro – Festa da Independência 2 de novembro – Dia de Finados (parcial) 12 de dezembro – Dia de Nossa Senhora de Guadalupe (parcial) 24 e 25 de dezembro – Véspera e Dia de Natal Datas Móveis: A primeira segunda-feira de fevereiro, em comemoração do dia 5 de fevereiro – Dia da Constituição A terceira segunda-feira de março, em comemoração do dia 21 de março – Dia do Nascimento de Benito Juárez Quinta, sexta-feira Santa e domingo de Páscoa (28, 29 e 31 de março de 2013) A terceira segunda-feira de novembro, em comemoração do dia 20 de novembro – Dia do Aniversário da Revolução De 6 em 6 anos, o dia 1 de dezembro, quando há transmissão do poder executivo federal Corrente Elétrica 110 Volts AC, 60Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 38 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada do México em Portugal Estrada de Monsanto, 78 1500-462 Lisboa Tel.: (+351) 21 7621290 I Fax: (+351) 21 7620045 E-mail: [email protected] I http://www.embamex.pt aicep Portugal Global Rua Júlio Dinis, 748º, 8º Dto 4050-012 Porto Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: (+351) 21 79138 32 I Fax: (+351) 21 79138 39 E-mail: [email protected] I http://www.cosec.pt Turismo de Portugal, I.P. Rua Ivone Silva, Lote 6 1050-124 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830 E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt Autoridade Tributária e Aduaneira, Rua da Alfândega, n.º 5, r/c 1149-006 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 881 37 00 I Linha Azul: (+351) 21 881 38 18 39 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) E-mail: [email protected] / [email protected] | https://www.e-financas.gov.pt/de/jspdgaiec/main.jsp 40 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Câmara de Comércio e Indústria Luso Mexicana Av. da República, 58, 13 º 1069-057 Lisboa Tel./Fax: (+351) 21 7959161 E-mail: [email protected] / [email protected] I http://www.camaralusomexicana.org No México Embaixada de Portugal no México Calle Alpes, 1370 Col. Lomas de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo 11000 México, DF Tel.: (+52) 55 55 207 897 / 55 407 562 I Fax: (+52) 55 204 688 E-mail: [email protected] I http://embpomex.wordpress.com/ aicep Portugal Global – Cidade do México Embajada de Portugal – Oficina Comercial Calle Alpes, 1370 Col. Lomas de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo 11000 México, DF Tel.: (+52) 55 5540 77 50 I Fax: (+52) 55 55207893 E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt Cônsul Honorário em Cancún Calle Guanábana 40, Súper Manzana 25, Manzana 13, Lote 11, 2° Piso, Depto. 2 C.P. 77500 Cancún, Quintana Roo, México Tel.: (+52) 998 884 28 72 I 998 884 27 35; E-mail: [email protected] Cônsul Honorário em Veracruz Benito Juárez, 86 – Altos Col. Centro 91700 Veracruz, - Ver – México Tel.: (+52) 229 931 18 36 / 932 25 27 I Fax: (+52) 229 932 41 02 E-mail: [email protected] I http://www.secomunidades.pt/web/mexico Confederación de Cámaras Nacionales de Comercio Servicios y Turismo – CONCANACO Balderas, 144 - Col. Centro 06070 México, DF Tel.: (+52) 55 57229300 http://www.concanaco.com.mx 41 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Secretaría de Economia Alfonso Reyes Nº. 30 Col. Hipódromo Condessa C. P. 06140 Del. Cuauhtémoc - México, DF Tel.: (+52) 55 5729-9100 I Fax: 5729-9320 E-mail: [email protected] I http://www.economia.gob.mx Aduanas de México Av. Hidalgo 77, Módulo IV Planta Baja - Colonia Guerrero E-mail: [email protected] I http://www.aduanas.gob.mx Secretaría de Turismo Av. Presidente Masaryk, 172 Col. Bosques de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo D.F. C.P 09000 - México Tel.: (+52) 55 3002 6300 http://www.sectur.gob.mx Banco de México – BANXICO (Banco Central) Av. 5 de Mayo, 20 Col. Centro Del. Cuauhtémoc 06059 México, DF Tel.: (+52) 55 52372000 I Fax: (+52) 55 52372419 http://www.banxico.org.mx European Union' s Delegation to Mexico Av. Paseo de la Reforma 1675 Col. Lomas de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo México, D.F. C.P. 11000 Tel.: 55 40 33 45 -47 I Fax: 55 40 65 64 E-mail:[email protected] I http://eeas.europa.eu/delegations/mexico/ 42 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre o México Título: “México – País em Síntese” Edição: 11/2012 Título: “Relações Económicas Bilaterais com o México 2007 – 2012 (janeiro a agosto)” Edição: 10/2012 Título: “México – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 03/2012 Título: “México – Sites Selecionados” Edição: 03/2012 Título: “México – Informações e Endereços Úteis” Edição: 03/2012 Título: “México – Relações Económicas com Portugal” Edição: 10/2011 Título: “México – TIC – Análise do Setor” Edição: 06/2010 Documentos de Natureza Geral Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 01/2013 Título: “Acordos Bilaterais Portugal/Nafta” Edição: 01/2013 Título: “Guia do Exportador” Edição: 05/2012 43 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 04/2012 Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 04/2012 Título: “Aspetos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2012 Título: “Proteção de Marcas e Desenhos ou Modelos” Edição: 04/2012 Título: “Normalização e Certificação” Edição: 04/2012 A Informação On-line, entre outra, pode ser consultada no Site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital (http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx) ou no tema “Mercados Externos” – México (http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=36) 8.2 Endereços de Internet Aduana México – http://www.aduanas.sat.gob.mx/aduana_mexico/2011/home.asp Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) – http://www.apec.org Asociación de Bancos de México (ABM) – http://www.abm.org.mx Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI) – http://www.aladi.org/nsfweb/sitioport Banco de México (Banco Central) – http://www.banxico.org.mx Banco Nacional de Comercio Exterior (Bancomext) – http://www.bancomext.gob.mx Cámara de Comercio e Industria Luso-Mexicana – http://www.camaralusomexicana.org Cámara de Diputados – http://www.diputados.gob.mx Confederación de Cámaras Nacionales de Comercio, Servicios y Turismo (Concanaco Servytur México) – http://www.concanaco.com.mx Delegation of the European Union to Mexico – http://ec.europa.eu/delegations/mexico/index_en.htm 44 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Diario Oficial de la Federación (DOF) – http://dof.gob.mx Dirección General de Compilación y Consulta del Orden Jurídico Nacional – http://www.ordenjuridico.gob.mx/index.php Gobierno Federal / Presidencia de la República – http://www.presidencia.gob.mx Guía Interativa de Trámites para Iniciar tu Negocio (Herramientas PYME) – http://mexico.smetoolkit.org/mexico/es/content/es/2936/Guia-interativa-de-tramites-para-iniciar-tu-negocio Instituto de Investigaciones Jurídicas (Legislación Federal) http://info4.juridicas.unam.mx/ijure/fed Instituto Mexicano de la Propiedad Industrial (IMPI) – http://www.impi.gob.mx Instituto Nacional de Estadística e Geografia (INEGI) – http://www.inegi.org.mx/inegi/default.aspx Instituto PYME – http://www.institutopyme.org Lexadin – Legislation Mexico – http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxwemex.htm Market Access Database (direitos aduaneiros. formalidades. barreiras. etc.) – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm Mexican Laws in English – http://www.mexicanlaws.com Mexico Travel – http://www.mexico-travel.com MEXonline – http://www.mexonline.com NAFTA Secretariat – http://www.nafta-sec-alena.org/en/view.aspx Pacific Economic Cooperation Council (PECC) – http://www.pecc.org Portal Tuempresa – http://www.tuempresa.gob.mx ProMéxico (Inversión y Comercio) – http://www.promexico.gob.mx Representative Office of Mexico in Europe - http://www.economia-bruselas.gob.mx Secretaria de Agricultura, Ganadería, Desarrollo Rural, Pesca y Alimentación (SAGARPA) – http://www.sagarpa.gob.mx 45 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (março 2013) Secretaría de Economía (SE) – http://www.economia.gob.mx Secretaría de Hacienda y Crédito Público (SHCP) – http://www.shcp.gob.mx/Paginas/default.aspx Secretaría de Medio Ambiente y Recursos Naturales – (SEMARNAT) – Leyes y Normas – http://www.semarnat.gob.mx/leyesynormas/Pages/inicio.aspx Secretaría de Relaciones Exteriores – http://www.sre.gob.mx Secretaría de Salud (SALUD) – http://portal.salud.gob.mx Secretaría de Turismo (SECTUR) – http://www.sectur.gob.mx Servicio de Administración Tributaria (SAT) – http://www.sat.gob.mx Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA) – http://www.sela.org/view/index.asp Sistema de Apertura Rápida de Empresas (SARE) – http://www.cofemer.gob.mx/contenido.aspx?contenido=122 Sistema de Información Empresarial Mexicano (SIEM) – http://www.siem.gob.mx Sistema Integral de Información de Comercio Exterior (SIICEX) – http://www.siicex.gob.mx/portalSiicex 45 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 980 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120