Edição 50

Transcrição

Edição 50
EXPEDIENTE
Editorial
Governo do
Estado de São Paulo
Governador
José Serra
A
nossa Folha de Ortopedia e
Traumatologia terá agora,
em cada número, uma reedição de um artigo publicado há
mais de 40 anos por antigos professores do DOT. Além de uma
homenagem aos nossos mestres,
os mais jovens poderão ver aquilo
que se fazia e publicava dentro da
especialidade.
Secretário da Saúde
Luiz Roberto Barradas Barata
Hospital das Clínicas
da Faculdade de
Medicina da USP
Presidente do
Conselho Deliberativo
Marcos Boulos
Superintendente
José Manoel de C. Teixeira
Além disso, será colocado um artigo fruto de uma dissertação
ou tese defendida no último trimestre. Outra novidade será a
inclusão de temas de revisão ou atualização que foram
apresentados na reunião clínica semanal.
A idéia principal é manter o DOT (Departamento de
Ortopedia e Traumatologia) da FMUSP (Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo) sempre presente
na ortopedia nacional.
Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo
Editor
Sumário
03
Editorial
04
Artigo Reeditado - PPadronização
adronização da Técnica
das Osteossínteses com PParafusos
arafusos
07
Atualização - Sistemas de liberação
controlada de Fármacos suportados por
Biocerâmicas para a Reconstrução Óssea
10
Dissertação Defendida - Estudo experimental
da ação da metilprednisolona utilizada antes
do traumatismo raquimedular em ratos wistar
14
Posse - Novo PProfessor
rofessor Titular
17
Programação 2007 - Reuniões Clínicas,
atualização e revisão de temas
Diretor Clínico
José Otávio Costa Auler Júnior
Instituto de Ortopedia
e Traumatologia
Professores Titulares
Tarcísio Eloy P. de Barros Filho
Arnaldo Valdir Zumiotti
Olavo Pires de Camargo
Diretor Científico
Alberto Tesconi Croci
Diretor Executivo
Alfredo Manoel da
Silva Fernandes
Editor
Olavo Pires de Camargo
Cartas para a Redação
Sandra Maria Silveira
Claudia Helena dos Santos
Instituto de Ortopedia
e Traumatologia
“Prof. F. E. Godoy Moreira”
Rua: Dr. Ovídeo Pires de
Campos, 333 - Tel./Fax: (11)
3069-6815 / 3069-7900 - CEP
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Fotos
Olga Mendes Braga
José Roberto Caetano
Projeto e Execução
NaJaca Design
& Comunicação
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www.najacaonline.com
Jornalista Responsável
Antonio Luiz Mello Jr.
MTb 46.025 – SP
Tiragem: 6.000 exemplares
18
Disciplinas de Pós
Pós-- Graduação - 1º semestre de 2007
Distribuição Nacional
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
3
Artigo reeditado
Padronização da técnica das
Ostessínteses com Parafuso
Dr. Flavio Pires de Camargo (assistente)
Dr. Jose Passarelli Junior (assistente)
A Folha de Ortopedia
e Traumatologia traz, nesta
edição, a reedição de um artigo
científico. Publicado originalmente em julho de 1946, na
Revista do Hospital das Clínicas
- Volume I - Número 3.
Prestamos, assim, homenagem
àqueles que fizeram história
em nosso serviço e contribuíram para o engrandecimento da ortopedia brasileira.
A
prática diária nos tem demonstrado de
uma maneira insofismável que o bom
êxito de uma osteossíntese depende de
uma fixação perfeita e permanente dos
fragmentos. Sempre que existam movimentos, por
minutos que sejam, entre o osso e os diversos
meios de síntese, estes se afrouxarão progressivamente. Haverá então movimentos no foco
de fratura que ocasionam a destruição dos
osteoblastos e da rede neo-vascular, base da
repação óssea. Observamos então a necrose
intra-focal dos pontos fragmentários, contribuindo para os insucessos das osteossínteses,
que vão desde o retardo de consolidação até a
rarefação em torno do material de síntese. A
imobilização em aparelhos gessados não evita
muitas vezes esses inconvenientes, trazidos ao que
parece, pelas ações musculares.
Depois de vários ensaios e observações, o Prof.
Godoy Moreira deliberou padronizar a técnica
das osteossínteses com parafuso na Clínica
4
Janeiro - Abril 2007
Ortopédica e Traumatológica, utilizando para isso
uma série de parafusos e instrumentos, que além
de facilitar grandemente o ato operatório, permite
uma fixação perfeita entre os fragmentos,
satisfazendo assim os fatores locais e mecânicos,
que contribuem para apressar a evolução dos
processos biológicos, que determina a formação
do calo e a consolidação das fraturas. Os
resultados obtidos com essa técnica na Clínica
Ortopédica e Traumatológica justificam a
descrição da mesma, assim como do instrumental
empregado.
INSTRUMENTAL
a) Uma série de parafusos (Fig. 1) manufaturados
em comprimentos e diâmetros previamente
determinados. Os de tamanho compreendido
entre 12 mm a 25 mm têm diâmetro de 2,5 mm
para a alma e de 3 mm para o corpo. O material
empregado é de aço Roechliny (18% de cromo e
8 a 10% de níquel).
Fig. 1- O parafuso
apresentado na
chanfradura da
cabeça um
orifício central.
perior um dispositivo (Fig. 5) que se adapta
à cabeça do parafuso havendo encaixe
na fenda aí existente; uma peça acessória (Fig. 6), que é rosqueada na chave,
servindo para fixar o parafuso na chave
(Fig. 7). Esta fixação do parafuso na chave
torna extraordinariamente fácil a colocação do mesmo.
c) Um instrumento graduado (Fig. 8) utilizado para a medida do parafuso a ser
utilizado. Consiste em uma haste graduada deslizando dentro de um pequeno
cilindro metálico. A haste graduada termina em um estilete tendo a extremidade
inferior ligeiramente curva.
Fig. 2 Chave de
Fenda com
saliência
central.
Fig. 3 - Brócas
com diâmetro
previamente
estabelecido.
Fig. 4 Chave para
introdução
dos parafusos.
d) Uma broca (Fig. 9) que serve para
produzir uma escavação na cortical do
osso, a fim de evitar que a cabeça
do parafuso faça saliência, acima do
plano ósseo.
A característica essencial desse parafuso
é apresentar na fenda da cabeça um orifício central, que se adapta a uma chave
de fenda (Fig. 2) que apresenta pequena saliência no centro. Esse dispositivo bastante simples dá segurança ao
ato de colocar o parafuso, evitando as
derrapagens constantes. Apresenta ainda
o parafuso em sua extremidade distal,
uma série de freseduras, que dão maior
poder de impação aos mesmos.
As brocas (Fig. 3) que preparam o
leito para o parafuso, têm diâmetros
diferentes: uma de diâmetro de 2,6 mm
Fig. 7 - O
parafuso fixo
na chave.
Fig. 5 - Na
extremidade
superior da
chave
existe um
dispositivo
especial
que se
adapta na
cabeça do
parafuso.
Fig. 6 - Peça
acessória
da chave.
e outra de 3,3 mm. Esta particularidade
tem muita importância no ato de colocar
o parafuso.
b) Uma chave especial (Fig. 4) formada
de duas partes: a chave propriamente
dita que apresenta na extremidade suFolha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
5
Artigo reeditado
TÉCNICA DA COLOCAÇÃO
DOS PARAFUSOS
Estabelecido o plano de síntese, seja a
colocação simples de parafuso ou de placas, inicia-se a perfuração do osso depois
de perfeita redução da fratura. A perfuração inicial é feita com a broca de diâme-
Fig. 9 Bróca para
fazer uma
excavação
na cortical
do osso.
tro 2,6 mm, devendo atingir as duas superfícies de fratura. Em seguida, com a broca
de maior diâmetro (3,3 mm), perfura-se somente o fragmento de entrada do parafuso
(Fig. 10). Executados os orifícios, com o
mediador graduado, calcula-se o tamanho
Fig. 10 - Esquema
mostrando como
deve ser feita a
perfuração das
extremidades
fraturárias.
Fig. 8 - Istrumento
graduado para
medir o tamanho
dos parafusos
Fig. 10 - Esquema
mostrando como se
utiliza o aparelho que
mede o tamanho do
parafuso a ser
utilizado.
do parafuso utilizado (Fig. 11). Uma vez
escolhido o parafuso, este é fixado na chave
(Fig. 7), dando-se inicio a penetração do
mesmo. Quando a chave tocar no osso,
gira-se em sentido contrário o dispositivo
rosqueado, que solta o parafuso, encontrando-se este quase completamente penetrando no osso. Os apertos finais são dados
com a chave de fenda já descrita (Fig. 2).
Quando a osteossíntese é feita em ossos
como a tíbia que se encontra diretamente
sob a pele, a fim de se evitar que a cabeça
do parafuso faça saliência acima do plano
ósseo, faz-se com a broca especial (Fig. 9)
uma escavação na cortical do osso, antes
da introdução do parafuso.
CASO APRESENTADO
C. L. 77 anos – Fem. A 32 dias de queda acidental,
fraturando a coxa, deu entrada neste Hospital com
goteira de arame. RX: Fratura em espiral do 1/3 inferior
do fêmur. Tratamento: Osteossíntese com parafuso
(radiografia). Foi revista quatro meses após a operação,
andando ainda com certa dificuldade.
RESUMO
Os AA. Apresentam a técnica e os instrumentos usados
na Clínica Ortopédica e Traumatológica nas
osteosínteses com parafuso. Com essa técnica a
colocação dos parafusos é grandemente facilitada,
obtendo-se ainda maior solidez nas osteossínteses.
6
Janeiro - Abril 2007
Caso N. 1 - Radiografia n. 2 Osteossíntese com parafusos
Atualização
Sistemas de liberação
Controlada de Fármacos
suportados por Biocerâmicas
para a Reconstrução óssea
Aline Sillos Puga1 , Carolina Jordan Mazotti1, Tomaz Puga Leivas2 ,
Olavo Pires de Camargo3 , Patricia Santos Lopes4
O
início do desenvolvimento dos
implantes e dos biomateriais de
forma científica ocorre no século XX,
principalmente no período que
inclui as duas Grandes
Guerras. Até a metade do século XX, experimentam-se
praticamente todos os materiais conhecidos na confecção de implantes e provocam-se danos à saúde de
muitos pacientes. Em 1947, o
Comitê Americano para o
Tratamento das Fraturas do
Colégio Americano de Cirurgiões recomenda formalmente
da autorização para a comercialização; no Brasil,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA é criada em 1998 com atribuições
equivalentes.
“Desenvolvem-se,
atualmente, os
sistemas de liberação
controlada de
fármacos nos quais os
biomateriais exercem
as funções de
carreadores ou de
vetores de transporte
e distribuição”.
No final desse século, surgem
os biomateriais para a
reconstrução tecidual: os
materiais porosos (macro e
microporosos), os absorvíveis,
os bioativos e os biomiméticos. Utilizam-se para a
obturação de cavidades (neoplasias) ou para o preenchimento de falhas ósseas,
para a substituição tecidual,
para a reparação ou recons-
a utilização dos aços inoxidáveis ao Ni-Cr na
confecção dos materiais de osteossíntese.
Surgem as instituições governamentais para o
controle dos implantes e dos biomateriais: em
1976, a Administração de Alimentos e Drogas
("Food and Drug Administration - FDA"), órgão
trução articular e para o remodelamento ósseo.
Procuram-se desenvolver materiais que permitam a variação das formas e
das dimensões, das suas características físicas, químicas,
estruturais e superficiais (in-
de controle dos Estados Unidos da América, passa
a ter autoridade adicional para a regulação do
desenvolvimento, dos testes, da produção, da
distribuição, do uso dos dispositivos médicos e
terface implante-osso) e,
principalmente, das suas
propriedades mecânicas e bioló-
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
7
Atualização
Ensaio de resistência à compressão de corpo de prova confeccionado de cimento de
colágeno-hidroxiapatita no Laboratório de Biomecânica do IOT.
Detalhe das dimensões dos corpos de prova cilíndricos
8
gicas. Apresentam a resistência e a rigidez
necessárias a cada situação, proporcionam uma
rápida consolidação ou uma integração óssea
adequada e permitem a movimentação precoce
do paciente.
biomateriais exercem as funções de carreadores
ou de vetores de transporte e distribuição. Os
sistemas suportados pelas biocerâmicas
representam uma excelente alternativa para a
disponibilização no sítio da lesão, conseguindo
Destacam-se os produtos biológicos, como o
colágeno, as hidroxiapatitas de origem coralina
e os ossos processados (liofilizados, irradiados,
congelados, etc), os polímeros absorvíveis, como
os a base de ácidos poliglicólico e polilático, os
hidrogéis e diversos polímeros porosos, as
alta concentração do fármaco no local, baixa
concentração sistêmica, alta eficiência terapêutica
e a redução significativa da toxidade e da
ocorrência dos efeitos colaterais ou das reações
adversas.
Os tratamentos convencionais, geralmente,
cerâmicas sintéticas, como os carbonatos de
cálcio, os fosfatos de cálcio, as hidroxiapatitas
(HAP), os ß-tricalciofosfatos (ß-TCP) e os biovidros;
e os compósitos, como os cimentos polímerocerâmicos preparados a base de colágeno e
hidroxiapatita.
administrados por via oral, intravenosa ou
intramuscular, nem sempre são satisfatórios. A
disponibilização da concentração adequada de
um medicamento pode ser dificultada ou não ser
alcançada devido à baixa circulação de sangue
no local de ação, o tecido alvo. Muitas vezes,
Desenvolvem-se, atualmente, os sistemas de
liberação controlada de fármacos nos quais os
para tentar solucionar o problema, administramse superdosagens dos produtos farmacêuticos
Janeiro - Abril 2007
com o objetivo de garantir o efeito terapêutico,
podendo levar a níveis tóxicos de concentração,
provocar reações adversas ou efeitos colaterais
graves e indesejados.
O tecido ósseo normal apresenta uma baixa
vascularização. Os ossos com traumatismos, com
fraturas simples ou cominutivas, com
esmagamentos, com microfissuras (fadiga), com
osteomielite, com pseudartrose, os ossos dos
pacientes com lesões extensas de partes moles,
com problemas vasculares (aterosclerose) ou
metabólicos associados e os dos pacientes
imobilizados, idosos ou obesos podem apresentar
graves restrições no fluxo sangüíneo, menor
disponibilidade do fármaco no local da ação e,
portanto, menor eficiência terapêutica.
Os primeiros materiais utilizados como
carreadores de fármacos são o gesso e o cimento
acrílico
ósseo
(polimetilmetacrilato
autopolimerizante - PMMA), ambos com
resultados controversos, tanto como material
estrutural (propriedades mecânicas e biológicas)
quanto na eficiência de liberação de antibióticos
(gentamicina).
Além dos produtos farmacêuticos químicos, como
os antibióticos, os antiinflamatórios, os
analgésicos, os produtos para o tratamento das
neoplasias (quimioterapia) e as diversas
associações medicamentosas, e dos biológicos,
como os colágenos, os peptídeos, as proteínas,
as fibrinas e os fatores de crescimento tecidual;
os biomateriais podem, ainda, suportar ou
incorporar as culturas de condrócitos, de
osteoblástos ou de células-tronco, isolados ou
associadamente. Podem carregar, também,
microesferas, lipossomos ou nanopartículas de
liberação rápida, lenta ou combinada, por longos
ou curtos períodos de tempo. Podem ser
projetados para atender necessidades individuais
específicas. Podem reter e liberar o fármaco
quando necessário ou desejado.
Sua aplicação como sistema de liberação
controlada de fármacos depende, no entanto, do
estudo da estrutura do material, dos mecanismos
de carregamento (absorção) e de distribuição
(liberação), independente dos fatores locais do
tecido e do fármaco. Deve-se prever a
capacidade de estoque do produto armazenado
no biomaterial, a cinética e a meia-vida do
produto, determinar o fluxo de liberação, a
velocidade de difusão (concentração local) e o
período de tempo de liberação (tempo de
tratamento). Essas características cinéticas podem
ser controladas ou moduladas, dependem do
tamanho e do peso molecular do agente ativo,
do mecanismo de liberação e dos seus fatores
de influência, por exemplo, a porosidade do
material. A modulação é obtida pela variação
de fatores internos (mudança de pH) ou externos
(efeitos físicos e químicos). Todos, produtos de
alta tecnologia e de alto valor agregado.
O mercado mundial de implantes ortopédicos
estima vendas superiores a 10 bilhões de dólares
americanos em 2005. O segmento da
reconstrução
óssea
corresponde
a
aproximadamente 2,5 bilhões e deve chegar a
14 bilhões de dólares anuais nos próximos 20
anos. Nesse mercado, os biomateriais para a
reconstrução óssea constituem o segmento de
maior índice de desenvolvimento e de potencial
de mercado, devendo crescer entre 10% e 20%
ao ano, nos próximos 5 ou 7 anos. As cerâmicas,
os cimentos cerâmicos e polímero-cerâmicos
constituem o campo mais recente, relevante e de
amplas perspectivas de desenvolvimento para a
ortopedia e traumatologia.
1- Alunas do curso de farmácia industrial
da Universidade Anhembi Morumbi
2- Engenheiro Chefe do LLaboratório
aboratório de
Biomecânica LIM-41 do IO
T-HC
-FMUSP
IOT
-HC-FMUSP
3- Professor Titular do DO
T-FMUSP
DOT
4- Docente do curso de farmácia industrial
da Universidade Anhembi Morumbi
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
9
Dissertação defendida
Estudo experimental da ação
da metilprednisolona utilizada
antes do traumatismo
raquimedular em ratos wistar
Raphael Martus Marcon
• Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Mestre
em Ciências
• Área de concentração: Ortopedia e
Traumatologia
• Orientador: Dr. Reginaldo Perilo Oliveira
• São Paulo, 18/07/2006
INTRODUÇÃO
A lesão medular apresenta mecanismos primários
e secundários de dano à medula espinal, sendo
a lesão secundária resultante de um ou mais
processos bioquímicos e celulares desencadeados
pela lesão primária (Bunge et al., 1993). O
conceito de lesão secundária foi primeiro
postulado por Allen em 1911, que propôs a
existência de agentes nocivos presentes no
material necrótico e hemorrágico que causam
danos adicionais à medula espinal e esses
A lesão medular é incapacitante, irreversível e de
alto custo econômico e social. A mesma apresenta
efeito devastador na qualidade de vida da vítima,
com alterações fisiopatológicas nos sistemas
cardiovascular, respiratório, gastrointestinal,
urogenital, neurológico e músculo-esquelético. A
agentes são fatores bioquímicos.
Os estudos mais recentes sobre os processos
fisiopatológicos após a lesão do sistema nervoso
central proporcionam um suporte mais racional
para as estratégias de tratamento e demonstram
alguma melhora da função neurológica em
extensão destas alterações é relacionada com a
gravidade do dano neurológico. Tem como causa
mais freqüente o traumatismo, mas também é
produzida por tumores, infecção, lesão vascular
ou mesmo iatrogenicamente.
pacientes com lesão medular.
Nas últimas duas décadas, várias pesquisas
foram realizadas na tentativa de obter-se um
tratamento mais efetivo para a lesão medular
espinal. Todas essas pesquisas envolvem
“Este estudo tem como objetivo avaliar, em
modelo experimental padronizado, os efeitos da
metilprednisolona empregada previamente ao
traumatismo medular, tanto em relação aos
possíveis efeitos benéficos quanto às possíveis
complicações associadas”.
10
Janeiro - Abril 2007
Da esquerda para a direita: Dr. Osmar Avanzi (Santa Casa, SP), Raphael Martus
Marcon (mestrando, IOT-HCFMUSP), Dr. Reginaldo Perilo Oliveira (Orientador, IOTHCFMUSP), Prof. Dr. Eduardo de Barros Puertas (UNIFESP).
basicamente quatro formas de abordagem do
paciente com lesão medular aguda, a cirúrgica,
a por meios físicos, a biológica e a farmacológica.
A farmacologia desempenha papel relevante no
tratamento da lesão medular e é sem dúvida o
método mais pesquisado. Através de ensaios
mento com esteróides baseia-se na ação
antiinflamatória e na efetividade em tratar o
edema cerebral. Acredita-se que, além desta sua
ação, a metilprednisolona atua aumentando o
fluxo sangüíneo, estabilizando a membrana
celular e inibindo a peroxidação lipídica, com
clínicos e experimentais, contribuí efetivamente
para o tratamento dos danos medulares
secundários. Entre as drogas em teste, os
bloqueadores dos canais de cálcio, a naloxona,
os gangliosídeos, os lazaróides, o dimetilsulfoxido e a alfa metilparatirosina são estudadas
conseqüente diminuição da formação de radicais
livres. Está contra-indicada a administração em
pacientes politraumatizados devido aos seus
efeitos sistêmicos. Em última análise, a
contribuição da farmacologia tem sido na
prevenção do dano lesional secundário.
preferencialmente. Os corticóides e os
gangliosídeos já estão protocolados para uso em
humanos. Dentre os corticóides, os mais
pesquisados são a dexametasona e a
metilprednisolona. Essa última, em ensaios
clínicos randomizados, prospectivos, duplocegos, tem comprovação clínica de sua eficácia
Em algumas situações, a lesão medular é prevista
e é conseqüente a um determinado tratamento.
Dentre estas situações, podemos citar a
radioterapia para o tratamento de tumores, com
lesões medulares decorrentes das lesões actínicas
secundárias à radiação empregada.
Outra situação é a encontrada nos tratamentos
(Bracken et al., 1992). Inicialmente, o trata-
cirúrgicos para tumores intra-espinhais, sejam
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
11
Dissertação defendida
estes extramedulares intradurais (meningioma,
neurofibroma etc.), intramedulares intradurais
(gliomas, ependimoma etc.) ou cistos intraespinhais (cisto perineural, cisto de aracnóide,
siringomielia etc.). Nestas situações o cirurgião,
tanto no acesso para a lesão, quanto na própria
retirada da mesma, pode provocar uma lesão
medular.
Observa-se, na prática clínica, que muitos
cirurgiões, baseados nos estudos prévios com a
metilprednisolona como agente neuroprotetor,
têm utilizado a mesma previamente a atos
cirúrgicos com potencial risco para lesão medular
associada.
Além de ser procedimento não isento de
complicações, devidos aos efeitos sistêmicos da
metilprednisolona, não se encontram na literatura
estudos que dêem suporte ao mesmo.
Assim, este estudo tem como objetivo avaliar, em
modelo experimental padronizado, os efeitos da
metilprednisolona empregada previamente ao
traumatismo medular, tanto em relação aos
possíveis efeitos benéficos quanto às possíveis
complicações associadas.
MÉTODOS
Foram utilizados 32 ratos Wistar, com idade de
20 semanas, divididos em 4 grupos. Todos os
ratos sofreram lesão medular padronizada
através de equipamento computadorizado para
impacto por queda de peso - IMPACTOR. De
modo duplo-cego, 2 grupos receberam as drogas
A (placebo) e a droga B (metilpredinisolona)
imediatamente após a lesão (T0). Outros 2 grupos
receberam as mesmas drogas 4 horas antes da
lesão (T-4). Todos os grupos foram
acompanhados para a identificação de possíveis
complicações (óbitos, infecções e lesões
associadas). A função locomotora dos ratos foi
avaliada segundo o método descrito por BASSO;
BEATTIE; BRESNAHAN (1995), no segundo, no
sétimo, no décimo quarto, no vigésimo primeiro
e no vigésimo oitavo dia após contusão medular.
Os ratos foram sacrificados no vigésimo oitavo
12
Janeiro - Abril 2007
Observa-se, na prática
clínica, que muitos
cirurgiões, baseados nos
estudos prévios com a
metilprednisolona como
agente neuroprotetor, têm
utilizado a mesma
previamente a atos
cirúrgicos com potencial
risco para lesão
medular associada.
dia após o ensaio, com avaliação macroscópica
das possíveis lesões associadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foi encontrada diferença estatisticamente
significante entre os grupos de estudos quanto
às médias de peso (p = 0,496) e de idade (p =
0,605) dos animais. Nos índices motores não foi
encontrada diferença estatisticamente significante
entre os grupos de estudo em nenhuma das
avaliações (p > 0,05 em todas as comparações).
Na comparação entre os 4 grupos quanto às
intercorrências foi encontrada diferença
estatisticamente significante nos óbitos (p =
0,047), onde o grupo Droga B T0 apresentou
proporção de óbitos significantemente menor do
que a encontrada no grupo Droga B T-4 (0% e
55,6% respectivamente nos grupos Droga B T0 e
Droga B T-4). Nos demais parâmetros não foi
encontrada diferença estatisticamente significante
entre os grupos de estudo (p > 0,05 em todas as
comparações). Para analisar a relação entre a
ocorrência de intercorrências e o uso da droga,
independentemente do momento de aplicação
da mesma, os grupos Droga A T0 e Droga A T-4
foram reagrupados, bem como os grupos Droga
B T0 e Droga B T-4. Em nenhum dos parâmetros
avaliados acima foi encontrada diferença
estatisticamente significante entre estes grupos de
estudo (p > 0,05 em todas as comparações).
Figura 1 - Procedimentos para a realização
da lesão medular através de equipamento
computadorizado para impacto medular por
queda de peso - NYU Impactor®. A - detalhe
da laminectomia, com exposição da medula
espinal; B - detalhe das garras de fixação
nos processos espinhosos e C - vista geral
do posicionamento do animal no dispositivo
de impacto.
CONCLUSÕES
Quanto aos índices motores, não foi observado
efeito benéfico com o uso da metilprednisolona
previamente ao traumatismo medular.
Quanto às complicações, os ratos tratados com
metilprednisolona quatro horas antes do
trauma apresentaram um número de óbitos
significativamente maior quando comparados
aos ratos tratados com a mesma droga
imediatamente após o trauma.
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ratos Wistar [tese]. São PPaulo:
aulo: FFaculdade
aculdade de Medicina,
Universidade de São PPaulo;
aulo; 1999.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
13
Posse
Com a platéia da Sala da Congregação da
Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo cheia, tomou posse o novo Professor
Titular do Departamento de Ortopedia e
Traumatologia Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo
DOT ganha mais um
PROFESSOR TITULAR
Dr. Flavio Pires de Camargo (assistente)
Dr. Jose Passarelli Junior (assistente)
N
a manhã do dia 23 de março realizouse a cerimônia de posse do Prof. Dr.
Olavo Pires de Camargo no cargo de
Professor Titular do Departamento de Ortopedia
e Traumatologia (DOT) da Faculdade de Medicina
em quando para trás. Tudo o que há em nós de
original conservar-se-á tanto melhor e será tanto
mais apreciado quanto mais formos capazes de
não perder de vista os nossos antepassados".
O atual DOT se originou da vigésima nona
da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Em sessão solene o novo Professor Titular foi
saudado pelo Prof. Dr. Tarcisio Eloy Pessoa de
Barros Filho, que lembrou, em seu discurso, o
nascimento e o desenvolvimento do Departamento e do Instituto. Para isso, citou o poeta e
dramaturgo alemão Goehte. "É bom olhar de vez
cadeira da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que se denominava ortopedia
e cirurgia infantil e foi regida desde a fundação
pelo professor Rezende Puech. Com o falecimento
do professor em janeiro de 1939, a cadeira foi
"O maior desafio de um Professor
Titular é o de conseguir equilíbrio
entre a produção de projetos de
pesquisa inovadores de aceitação
internacional, sem se esquecer da
vertente acadêmica, que é a razão
de ser de um docente”.
Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo
14
Janeiro - Abril 2007
posta em concurso e em setembro do mesmo
ano assumiu Francisco Elias de Godoy-Moreira.
Em março de 1944, a ortopedia foi a primeira
clínica a se transferir para o Hospital das Clínicas.
O professor Godoy-Moreira foi o primeiro diretor
clínico do HC e realizou, em 29 de março de
1944, a primeira intervenção cirúrgica do novo
hospital, uma artrodese de joelho por tuberculose
osteo-articular.
Outra data marcante para a ortopedia
brasileira é 31 de julho de 1953, quando é
inaugurada a Clínica Ortopédica e
Traumatológica, que em 1977 foi transformada
em Instituto de Ortopedia e Traumatologia e em
A platéia da Sala da Congregação da
FMUSP lotou durante a posse. Estiveram
presentes representantes do HC, docentes,
residentes, funcionários do IOT e familiares
do novo Professor Titular.
13 de agosto de 1990, recebeu o nome de
Instituto de Ortopedia e Traumatologia Prof F. E.
Godoy Moreira.
"A grandeza de uma instituição não é avaliada
por sua estrutura física, nem pela presença de
equipamentos de última geração e sim pela
grandeza dos homens que a compõem. Cada
um dos membros do corpo clínico e dos
funcionários do IOT é também responsável pelo
reconhecimento que nossa instituição recebe",
disse o também Professor Titular Tarcisio Eloy
Pessoa de Barros Filho.
Em seu discurso de posse, o novo Professor
Titular Olavo Pires de Camargo lembrou de seu
pai, o professor Flávio Pires de Camargo e dos
antigos professores Rezende Puech, Francisco
Elias Godoy-Moreira, Manlio Mario Marco
Napoli, João Delphino B. Alvarenga Rossi,
O também Professor Titular Tarcisio
Eloy Pessoa de Barros Filho discursou
na cerimônia de posse. Foi ele quem
conduziu o Prof. Dr. Olavo Pires de Camargo
até a mesa.
Ronaldo Jorge Azze e Marco Martins Amatuzzi.
"O maior desafio de um Professor Titular é o
de conseguir equilíbrio entre a produção de
projetos de pesquisa inovadores de aceitação
internacional, sem se esquecer da vertente
acadêmica, que é a razão de ser de um docente.
O Professor Titular deste século XXI deve resgatar
os valores humanísticos e transmitir aos seus
alunos o fruto de sua vivência pessoal no trato
com seus pacientes", salientou Olavo Pires de
Camargo que encerrou sua fala com a frase: "O
melhor professor não é aquele que ensina mas,
sim, aquele que inspira".
Importantes personagens que fizeram e
fazem a história do IOT e do DOT
marcaram presença. A mesa que
foi composta demonstra a grandeza
da cerimônia.
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
15
Cursos 2007
Cursos programados
para
DATA
30 e 31/03
04 e 05/05
2007
TEMA
Exercícios Resistidos Prevenção e Reabilitação Módulo I
Profª Júlia Greve e Ed. Físico Emmanuel Gomes Ciolac
Curso de Artroscopia do Aparelho Locomotor
Dr. Roberto Freire da Mota e Albuquerque
Médicos
11 e 12/05
Reconstrução Óssea - Fixador Orthofix
Walter Hamilton de Castro Targa
Médicos
18 e 19/05
Artroplastia do Joelho - Primária e Revisão
Dr. José Ricardo Pécora
Médicos
25 e 26/05
Exercícios Resistidos - Prevenção e Reabilitação Módulo II
Profª Júlia Greve e Ed. Físico Emmanuel Gomes Ciolac
Profissionais da Saúde
01 e 02/06
Workshop em Oncologia Ortopédica
Dr. André Baptista
Profissionais da Saúde
15 e 16/06
Atualidades em Infecções Osteoarticulares
Dra. Ana Lúcia L. Munhoz Lima
IV Curso Teórico e Prático de Fisioterapia Aplicada em
Ortopedia e TraumatologiaFt. Leda Shizuka Yogi
Curso de Revisão em Artroplastia do Quadril
Dr. Antonio Carlos Bernabé
Médicos
03 e 04/08
Curso Avanços e Controvérsias em Cirurgia de Coluna
(Centro de Convenções Rebouças)
Dr. Alexandre Fogaça Cristante
Profissionais da Saúde
17 e 18/08
Curso de Reciclagem e Atualização em Cirurgia da Mão
e Microcirurgia Reconstrutiva
Prof. Arnaldo Valdir Zumiotti
Curso de Medicina do Esporte
Dr. Arnaldo José Hernandez
Médicos
31/08 e 01/09
Curso de Geriatria
Profª Clara de Rosa Carelli
Profissionais da Saúde
14 e 15/09
Navegação na Artroplastia do Joelho
Dr. José Ricardo Pécora
Médicos
19 e 20/10
Curso de Próteses
Dr. André Pedrinelli
Profissionais da Saúde
26 e 27/10
Curso do Joelho
Dr. Pécora / Fts. Cleidnéia e Aline
Profissionais da Saúde
29 e 30/06
03 e 04/08
24 e 25/08
Para Maiores informações:
Centro de Estudos Godoy Moreira - CEGOM
Telefone: 11-3086-4106 - FAX: 11-3086-4105
e-mail: [email protected]
16
PÚBLICO ALVO
Profissionais da Saúde
Janeiro - Abril 2007
Profissionais da Saúde
Médicos
Profissionais da Saúde
Errata
Na edição número 48 da Folha de
Ortopedia, constou que a próxima
eleição da Comissão de Ética
aconteceria no dia 18 de outubro deste
ano, enquanto que a data correta é dia
07 de maio de 2007, conforme edital.
Reuniões Clínicas, atualização e revisão de temas
sextas-feiras, das 10h às 11h, no anfiteatro
"prof. flávio pires de camargo"
Janeiro
05. Núcleo de Gestão
12. Diagnóstico/Imagem
19. Banco de Tecidos
Abril
13. Traumatologia
20. Enfermagem
27. Joelho
Julho
06. Ombro/Cotovelo
13. Coluna Cervical
20. Cirurgia da Mão
27. Oncologia Ortopédica
Outubro
05. Traumatologia
19. Ortopedia Pediátrica
26. Medicina do Esporte
Fevereiro
Março
02. Anatomia Patológica
Doenças Metabólicas
09. Ortopedia Pediátrica
16. Ombro/Cotovelo
23. Neuro-Ortopedia
Maio
02. Cirurgia da Mão
09. Oncologia Ortopédica
16. Coluna Cervical
23. Com. de Infecção Hospitalar
30. Coluna Lombar
Programação - 2007
PROGRAMAÇÃO - 2007
Junho
04. Deformidades Vertebrais
11. Traumatologia
18. Medicina do Esporte
25. Quadril
01. Joelho15. Artroplastia
22. Pé Adulto
29. Trauma Raquimedular
Agosto
Setembro
03. Med. Física e Reabilitação
10. Pé Adulto
17. Traumatologia
24. Coluna Lombar
31. Geriatria/Orteoporose/
Reumatologia
14. Amputados / Prótese
21. Deformidades Vertebrais
28. Quadril
Novembro
Dezembro
09. Trauma Raquimedular
23. Artroplastia
30. Microcirurgia
07. Pós-Graduação/
Residência Médica
14. Hospital Universitário
21. Laboratório de
Investigação Médica
Folha de Ortopedia e Traumatologia - IOT
17
Disciplinas
Disciplinas que serão ministradas
no curso de Pós-Graduação de
Ortopedia e Traumatologia
1º SEMESTRE DE 2007
Coordenador: Prof. Olavo Pires de Camargo
COD
DOCENTE
DISCIPLINA
MOT 5734 Prof. Tarcisio Eloy P. Barros Filho Modelos para análise de
Dr. Reginaldo Perilo de Oliveira lesões do sistema nervoso
18
CRED/PERÍODO
3 créditos
08/03/07 a 23/03/0708/03 e 09/
0315/03 e 16/0322/03 e 23/03
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
MOT5736
Prof. Gilberto Luis Camanho
Prof. Arnaldo José Hernandez
Ensaios sobre
instabilidadesarticulares
3 créditos
12/04/07 a 27/04/0712/04 a 13/
0419/04 a 20/0426/04 a 27/04
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
MOT5738
Prof. Arnaldo Valdir Zumiotti
Prof. Arnaldo José Hernandez
Análise experimental da
regeneração músculo
esquelética
3 créditos
03/05/07 a 18/05/0703/05 e 04/
0510/05 e 11/0517/05 e 18/05
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
MOT5729
Prof. Olavo Pires de Camargo
Prof. Rames Mattar Junior
A utilização de métodos
anátomos patológicos
em ensaios
experimentais
3 créditos
14/06/07 a 29/06/0714/06 e 15/
0621/06 e 22/0628/06 e 29/06
5ªs e 6ªs feiras - 8 às 12h
Janeiro - Abril 2007

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