resumo carina
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Anais do IV Colóquio de História e Arte: Resumos Os Rowers encenam suas vitórias e os Papas contam histórias: A visualidade do remo na ilha de Santa Catarina (1920-1950) Carina Sartori (PPGH\UFSC) Em 1861 o Capitão de Mar e Guerra, Sr. Sabino, tornou-se o responsável por organizar o primeiro entretenimento marítimo de Desterro. Patachos e escalares da capitania dos portos e de particulares rasgaram as águas da pequena praia da Enseada. Quase meio século depois as Baías Norte e Sul, da cidade de Florianópolis, eram palco das maiores disputas entre rowers e suas yoles-meninas. “Da praia, do cais, das pontas da cidade, uma multidão curiosa e palpitante, olhava soltando gritos de incitamento, agitando lenços...”, dizia o Postal dos Rapazes de 1918. Os apitos das embarcações lançavam-se ao ar quando o primeiro remo rompia as ondas. Festas, canções e poemas, todos dedicados aos vencedores, dividiam os clubes sociais da capital catarinense. Imagens da mocidade com os “músculos de Adonis”, como se lê num jornal local, eram fabricadas para que a vitória fosse eterna. A II Guerra Mundial silenciou as Baías, mas a década de 1950 trouxe a “nova geração” - os Papas do remo - que narra suas histórias por entre velhos recortes de jornal. Tecer as linhas das visualidades da prática do remo na ilha de Santa Catarina é analisar as diferenças entre as gerações, os rowers e os Papas, e compreender como cada uma construiu sua memória. 3