Aspectos Biopsicossociais da velhice

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Aspectos Biopsicossociais da velhice
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Aspectos Biopsicossociais da velhice
Psic. Edson Alberto Silva
CRP 06/42980-6
Organização: Drª Elisama dos Santos Monteiro Silva
CRN 05/ 5393
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SUMÁRIO
1.0 Introdução
2.0 Conceito etimológico e significado da palavra “Velho” e similares.
3.0 Conceitos da velhice.
3.1 Conceito cronológico.
3.2 Conceito biológico.
3.3 Conceito pessoal.
4.0 Aspectos biopsicossociais da velhice
4.1Aspectos biológicos.
4.2Aspectos psicológicos.
4.3Aspectos sociais.
5.0 Referências
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1.0 INTRODUÇÃO
O processo do envelhecer, no ser vivo é entendido como as alterações fisiológicas
que ocorrem ao longo do tempo em organismos multicelulares. Estas alterações acontecem
nas moléculas e nas células que acabam por prejudicar o funcionamento dos órgãos e do
organismo em geral. A forma como isto ocorre leva em consideração a genética, o estilo de
vida e o ambiente em que uma pessoa vive.
A genética explica o envelhecimento através da divisão das células (mitose). Nesse
processo de divisão as seqüências de DNA se encurtam fazendo com ocorra perda
progressiva da capacidade de renovação. O estilo de vida que uma pessoa leva pode
contribuir bastante para o seu envelhecimento como, por exemplo, o sedentarismo que faz
com que um indivíduo acumule gorduras, açúcares no organismo dificultando a ação dos
órgãos. O ambiente também favorece ou não a longevidade de um indivíduo, já que a
poluição, o abastecimento sanitário precário, o excesso de trabalho e outros fatores podem
aumentar a probabilidade de envelhecimento precoce.
Segundo a Organização Mundial de Saúde é considerado idoso qualquer pessoa a
partir de 60 anos de idade, mas vale lembrar que tal consideração é avaliada segundo o
envelhecimento fisiológico, o que não impede uma pessoa de ser social e intelectualmente
ativo. A saúde intelectual e física nesse processo é de grande valia. Esses podem ser
equilibrados através de atividades sociais e de lazer que não deixa com que o indivíduo, em
fase de envelhecimento, se sinta excluído da sociedade e incapaz de exercer funções.
Os principais problemas que ocorrem durante o período de envelhecimento são
os danos no sistema nervoso central, que comprometem a memória tornando-a mais fraca
com o passar do tempo, e problemas psicológicos. A expressão “envelhecimento ativo”
tem crescido consideravelmente, assim como o número de seus adeptos. Trata-se de
envelhecer priorizando, além de atividades sociais, as afetivas, profissionais e amorosas.
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2.0 CONCEITO ETIMOLÓGICO E SIGNIFICADO DA PALAVRA “VELHO” E
SIMILARES.
Velho:
adj (lat vetulu).
1. Adiantado em anos; de idade avançada; que atingiu a ancianidade.
2. Que não é novo; que existe há muito tempo; antigo ou que já tem muitos anos.
3. Avelhentado.
4. Que possui desde muito tempo certa qualidade: Ele é nosso amigo velho.
5. Que dura há muito tempo.
6. Que data de épocas remotas: Um velho costume.
7. Que exerce há muito uma profissão.
8. Diz-se falando de um homem célebre da Antiguidade: O velho Sócrates.
9. Gasto pelo uso: Um vestido velho.
10. Antigo.
11 Que está fora do uso; antiquado, obsoleto: Uma expressão velha.
12. Bom, forte, adestrado, perito. Antôn (acepção 1): jovem; (acepções 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9, 10 e
11): novo. sm 1 Homem que tem muita idade; homem idoso. 2 Certo peixe que parece gemer
quando o apanham. 3 fam Genitor, pai. V. Mundo: a Europa. V. Testamento: o mesmo e mais
usado que Antigo Testamento. Estar velho antes do tempo: sofrer, antes da idade ordinária, os
percalços da velhice; ter aparências de velho sem o ser. Fazer-se de velho: estragar-se com o
tempo ou com o uso; cair em desuso; envelhecer. Meu velho, minha velha, meus velhos;
tratamento carinhoso entre cônjuges, ou que se dá aos pais, aos amigos a quem se quer
aconselhar, consolar etc. Morrer de velho: morrer em idade muito avançada. Não morrer de
velho: morrer sem ter envelhecido. O velho: modo pelo qual os filhos costumam designar o
pai, na ausência deste. Velho é trapo: resposta zangada que alguém dá quando o chamam de
velho. aum: velhacas, velhote, velhasco e velhustro.
In:
Michaelis
-
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?
lingua=portugues-portugues&palavra=Velho
A palavra “velho” pode ser utilizada como um adjetivo ou como um substantivo.
Como adjetivo pode adquirir tanto uma conotação negativa quanto uma positiva, podendo
denotar algo desusado, antiquado ou obsoleto. Ao ser utilizado como substantivo refere-se
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á homem idoso, pai ou avô, podendo ser uma referência carinhosa ou pejorativa
dependendo do contexto em que é aplicada.
O substantivo “velhice” tem a conotação de estado ou condição de vida, idade
avançada, pode se referir a pessoas velhas ou até mesmo conotar rabugice ou disparate
próprio de velho.
A palavra “senil” origina-se do latim senile, que expressa algo próprio da velhice.
O substantivo “senilidade” quer dizer idade senil, decrepitude ou até mesmo
relacionado à fraqueza intelectual resultante da velhice.
O adjetivo “Idoso” significa “que tem bastante idade”; “velho”.
O adjetivo “Senescente” significa “que está envelhecendo”. O adjetivo
“decrépito” significa muito idoso; gasto; caduco.
O substantivo “decreptude” representa “estado ou condição de decrépito;
velhice extrema; caducidade; decrepidez”.
Popularmente podemos perceber que todas estas expressões são de uma maneira
ou de outra, utilizadas para se referir á pessoas em idade avançada, mesmo que partindo de
um conceito pessoal ou até mesmo da idade da pessoa que utiliza a expressão; por
exemplo, uma criança de 05 anos provavelmente irá se referir á um jovem de 15 como se
este já fosse “velho”.
COSTA salienta que há uma diferença entre estas palavras dependendo do
contexto e do autor que as utiliza.
A autora faz as seguintes citações:
•
Bogomelts iguala velhice, envelhecimento e senectude.
•
Capisano utiliza sempre senescência e envelhecimento para denominar velhice
como processo vital normal.
•
Jaspers vale-se da terminologia senectude e senilidade anormal para descrever
velhice com manifestações psicopatológicas.
•
Solomon utiliza senilidade para o envelhecimento normal com ausência de
patologias.
•
Salgado designa processo de envelhecimento normal de envelhecimento e
senescência como fase mais adiantada do envelhecimento (com modificações
deficitárias do idoso).
•
Alonso-Fernandez não faz diferenciação dos termos velhice, idade senil, senectude
e ancianidade.
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A autora coloca de maneira muito interessante, que envelhecimento é um processo
evolutivo, um ato contínuo que acontece a partir do nascimento do indivíduo até o
momento de sua morte. Sendo assim o envelhecimento é o curso natural da vida. Uma
pessoa sempre estará envelhecendo e seja qual for à idade com qual morreu passou pelo
processo de envelhecimento. Já o estado de ser velho, é o produto do envelhecimento, é o
resultado do processo.
COSTA utiliza as terminologias Senescência e senilidade para diferenciar a velhice
normal da patológica. Senescência refere-se à velhice normal e senilidade a velhice
patológica.
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3.0 CONCEITOS DA VELHICE.
A definição de envelhecimento não é o sinônimo de doença apesar destas
poderem estar associadas. Em qualquer fase da vida o ser humano é suscetível aos mais
diversos tipos de doenças. Com o aumento da idade o sistema imunológico humano
diminui a capacidade de defender o organismo e, portanto, o indivíduo fica mais vulnerável
às doenças, mas não necessariamente adoece. Apesar do envelhecimento não ser o
sinônimo de doença, ocorrem alterações anatomopatológicas como:
•
Alterações decorrentes do envelhecimento que ocorrem naturalmente com o passar
do tempo.
•
Alterações que surgem em decorrência das várias condições patológicas que
ocorrem ao longo da vida do indivíduo (seqüelas de doenças); e,
•
Alterações patológicas que surgem mais facilmente em indivíduos idosos, porém
não em todos eles.
DUARTE, citando Veja & Bueno, diz que O envelhecimento é um fenômeno
universal que teve lugar em todas as épocas, culturas e civilizações. O conhecimento que
temos atualmente a respeito é o resultado da acumulação de experiência cultural e científica
ao longo da história. A velhice é uma etapa que poderíamos dizer está relacionada com a
idade adulta; seu conhecimento científico, porém forma parte de uma ciência “jovem”.
3.1 Conceito cronológico
Este conceito relaciona-se ao tempo de existência do indivíduo; a idade
cronológica é àquela determinada pela data de nascimento, a idade real, tempo real de
existência.
O envelhecimento não é essencialmente determinado pelo conceito cronológico
ou físico, pois segundo SANTOS existem muitos eventos que podem influenciar os rumos
desta fase da vida, assim como também não é visto em muitas sociedades como algo
almejado ou ao menos não é conscientemente valorizado. Mas o fato do indivíduo não se
sentir velho leva ao questionamento de quais são os fatores que o conduzem a pensar desta
maneira.
Com relação à idade cronológica DUARTE cita que a variável idade é um indicador
do que ocorre somente num período cronológico determinado; é necessário levar em conta
que, segundo a conduta que se trate, ou seja, os limites mínimo e máximo entre as
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modificações comportamentais, podem estar muito distanciados. Isto significa que a idade
somente tem uma função referencial.
Impor limites ou faixas etárias ou classificar o processo de envelhecimento é um ato
arbitrário, porém a divisão etária concreta desta fase pode ser utilizada para marcar este
processo de maneira didática.
Vários autores versam sobre o assunto, COSTA unifica as classificações
conhecidas e como ponto de referência cita as idades cronológicas da seguinte maneira:
1. Mediescência – 30 aos 49 anos.
2. Pré-senescência ou meia idade – 40 ou 45 aos 59 ou 65 anos.
3. Mediescência e maturidade tardia – 50 aos 65 ou 70 anos.
4. Senescência, velhice ou terceira idade – 65 ou 70 anos até 75 ou 80 anos.
5. Segunda velhice ou quarta idade – 75 aos 80 anos.
Já DUARTE cita 03 etapas:
a) terceira idade: em torno dos 65 anos aproximadamente; anos que precedem a
aposentadoria.
b) ancianidade: pode centrar-se entre os 70-75 anos, neste momento ocorrem modificações
no sentido de orientação de algumas tarefas e responsabilidades. Período muitas vezes com
presença de limitações físicas e sociais.
c) última senectude: situada ao redor dos 80 anos. Pode haver possibilidade de viver este
período com grande plenitude; no entanto, é um período caracterizado, particularmente,
por limitações de todo o tipo e a proximidade da morte.
A classificação do idoso utilizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, que
define a população idosa como aquela que tem idade a partir de 60 anos, para os países
considerados em desenvolvimento, enquanto esse limite sobe para 65 anos de idade no
caso dos países desenvolvidos.
O processo de envelhecer não significa apenas aumentar o número de anos vividos.
Sendo o homem um ser biopsicossocial, devemos considerar o conjunto total de fatos que
interagem para promover o processo de envelhecer.Sendo assim, reconhecemos que a
idade cronológica não é o único fator para definir o processo do envelhecimento
populacional, mas que é imprescindível considerar os aspectos biopsicossociais do
envelhecimento.
3.2 Conceito Biológico.
COSTA afirma que a idade biológica é aquela que o nosso corpo biológico
estabelece.
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Vários autores afirmam que as idades cronológicas e biológicas não caminham
necessariamente juntas. A autora coloca ainda que a idade biológica é determinada por uma
série de fatores pessoais e ambientais e variam de pessoa para pessoa.
Para DUARTE citando Aragó (1995) refere que seria pouco correto acentuar
unilateralmente o processo biológico no envelhecimento e coloca três razões principais:
a) O ritmo do envelhecimento biológico é muito diverso segundo os indivíduos.
b) O declive biológico é real e em certa medida irreversível, mas não existe momento algum
em que o crescimento psicológico do indivíduo deve cessar. O desenvolvimento
psicológico é independente do processo biológico.O fator biológico terá maior ou menor
peso conforme seja a personalidade do indivíduo.
c) Há uma mútua interferência dos fatores fisiológicos e comportamentais (Woodruff1980).
3.3 Conceito Pessoal.
COSTA menciona este difícil conceito em sua obra Gerontodrama – a velhice em
cena. Este conceito seria um critério individual, pois está relacionado às vivências pessoais.
Segundo a autora, a idade pessoal é aquela que a própria pessoal determina. Está
relacionada à percepção pessoal de si mesmo. É a expressão sensitiva da vivência de sua
existência. Não é a idade psicológica relacionada com a maturação psíquica. É o conceito
pessoal ou propriamente a “sensação íntima de ser e estar” e tem grande importância
dentro da definição de velhice.
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4.0 ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS DA VELHICE.
Anna Pegova. (produto) Pegolia:
Hoje você é uma uva, mas cuidado: amanhã pode ser uva
passa.
L’Oréal. (produto) Plenitude:
Quando um simples anti-rugas não é mais suficiente.
• Avon. (produto) Accolade:
Alimente sua pele
duas vezes ao dia. [...] Peles
especialmente
secas ou maduras, um tratamento mais
rigoroso pode trazer de volta o viço perdido.*
Quantas outras campanhas de marketing enfatizam os pontos negativos do
envelhecimento?
A estigmatizarão do envelhecimento e do “velho” é constante e mediatizada pela
mídia escrita, falada e televisionada.
A infância, adolescência e a fase adulta são recebidas festivamente e com
esperança, crescer, estudar, conhecer, aprender, conquistar, amar, procriar, e tantas outras
coisas marcam estas fases e são fatos desejados e almejados por todos nós. Envelhecer,
entretanto, gera ansiedade e angústia.
A estigmatização da velhice causa um medo angustiante de envelhecer, como se
realmente possível deixar de fazê-lo.
O estigma surge no momento em que se acredita haver a perda de alguma das
habilidades essenciais estabelecidas para que o ser humano seja aceito, confiável e com
plenos direitos de cidadãos. Quando as habilidades cognitivas, o controle sobre o corpo ou
o controle emocional passa a ser questionado surge então o estigma. Na velhice supõem-se
a perdas de tais habilidades, surge então a estigmatização dos velhos e do processo de
envelhecer.
O processo de envelhecimento passa a ser encarado de forma ameaçadora e como
a inevitável perda da autonomia.
A Associação da velhice à doença causa um inevitável mal estar, e gera a
concepção de que toda a velhice é patológica; a aversão social ao envelhecer causa uma
dissociação da realidade, onde o envelhecer na verdade é um processo continuo e
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inevitável, que salvo àqueles que perderam suas vidas, os demais conhecerão de uma forma
ou de outro.
Okuma (1998), acrescenta que a velhice não é definível por simples cronologia,
e sim pelas condições físicas, funcionais, mentais e de saúde do indivíduo, sugerindo que o
processo de envelhecimento é pessoal e diferenciado.
Envelhecer não significa apenas aumentar o número de anos vividos, devemos
considerar os aspectos biopsicossociais, que são fundamentais para a percepção da idade e
do envelhecimento. Sendo assim percebemos que a idade cronológica não é o único fator
para definir o processo do envelhecimento populacional, mas que é imprescindível
considerar os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.
4.1Aspectos biológicos.
Envelhecimento biológico (PAPALÉO, 2002; SALGADO, 1982) é o tempo de
vida humana que o organismo sofre consideráveis mutações de declínio na sua força,
disposição e aparência, as quais não incapacitam ou comprometem o processo vital. É o
envelhecimento considerado natural, onde o organismo apresenta alterações funcionais,
atribuídas ao envelhecimento, que são próprias do avançar dos anos. Já o envelhecimento
patológico caracteriza-se por ser incapacitante, afetando diretamente a qualidade de vida do
indivíduo.
NETTO cita algumas alterações patológicas que podem ou não acometeram o
homem com a chegada da velhice:
•
As alterações anatômicas são principalmente as mais visíveis e manifestam-se em
primeiro lugar.
•
A pele que resseca, tornando-se mais quebradiça e pálida, perdendo o brilho natural
da jovialidade.
•
Os cabelos que embranquecem e caem com maior freqüência e facilidade não são
mais naturalmente substituídos, principalmente nos homens.
•
O enfraquecimento do tônus muscular e da constituição óssea leva a mudanças na
postura do tronco e das pernas, acentuando ainda mais as curvaturas da coluna
torácica e lombar. As articulações tornam-se mais endurecidas, reduzindo assim a
extensão dos movimentos e produzindo alterações no equilíbrio e na marcha.
•
Nas vísceras, produz-se uma alteração causada pelos elementos glandulares dos
tecidos conjuntivos e atrofia secundária, como a perda de peso.
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•
Obesidade.
•
Problemas hormonais, principalmente nas mulheres.
•
Quanto ao sistema cardiovascular, é próprio das fases adiantadas da velhice a
dilatação aórtica e a hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo do coração,
associados a um ligeiro aumento da pressão arterial.
•
Na parte fisiológica, as alterações, na maioria das vezes, podem ser observadas pela
lentidão do pulso, do ritmo respiratório, da digestão e assimilação dos alimentos.
•
A atividade sexual não desaparece, apenas torna-se menos intensa e freqüente.
Estudos comprovam que a atividade sexual alivia as artrites, aumenta a produção de
cortisona das glândulas supra-renais e contribui igualmente para o equilíbrio
psíquico. É falso acreditar que as pessoas que sofrem problemas coronarianos
correm risco de uma crise cardíaca durante a relação sexual. Neste item em
particular cabe colocar que há grande preconceito social quanto à atividade sexual
nesta etapa da vida, o envelhecer não é sinônimo de morte sexual.
Segundo o autor principais funções fisiológicas do corpo humano, bem como as
mudanças biológicas e estruturais que diminuem gradativamente e naturalmente as suas
funções, tendo em vista o envelhecimento dos órgãos e tecidos, os quais atingiram o ápice
de seu funcionamento durante a fase adulta.
NETTO coloca ainda que embora as modificações orgânicas citadas
anteriormente apresentem dados nada agradáveis à primeira vista, não se pode avaliá-los de
forma preconceituosa e pessimista. O fato real e natural é que todo ser vivo envelhece no
seu aspecto orgânico e biológico, muito embora nem todo ser vivo envelheça na mesma
proporção, nos sentidos psicológico, espiritual e humano.
Um indivíduo não sofre a ação do envelhecimento da mesma maneira que o
outro. Existem particularidades essencialmente individuais e que são determinadas pela
genética, pelo meio ambiente, fatores adquiridos como estresse, fumo, uso de drogas e
álcool, atividade sexual, nutrição ou hábitos alimentares, condições sócio-econômicas e
culturais e vivências pessoais no decorrer de toda a existência.
4.2 Aspectos psicológico.
Envelhecimento psicológico diz respeito aos aspectos cognitivos e às emoções,
que estão diretamente relacionadas com as questões sociais, com o contexto sócioambiental que o indivíduo está inserido.
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No processo de envelhecimento a avaliação do futuro modifica-se, já que as
expectativas de vida são curtas e o futuro adquire um peso que antes não tinha, o que
repercute na organização da conduta. Segundo Neugarten; Havighurst; Tobin (1968),
citados por DUARTE, a partir de um determinado momento, “( . . . ) a vida se reorganiza
em função do tempo que ainda tem por viver mais que do tempo transcorrido desde o
nascimento.” (p.97). Os câmbios psicológicos podem dividir-se em dois grupos: 1- os
cognitivos, ou seja, aqueles que afetam a maneira de pensar assim como as capacidades e, 2
- os que concernem à afetividade e a personalidade.
DA SILVA et col. Citando Fajardo salientam que a idade avançada é
acompanhada por perdas, acentuando-se os problemas de saúde, de depressão, e, muitas
vezes, de rejeição, apesar de ser a fase da sabedoria e da maturidade. As alterações
psicológicas surgem através de diversos fatores que podem conduzir ao engrandecimento
ou ao esgotamento do idoso. Com o envelhecimento, as habilidades verbais, a memória e a
atenção se deterioram com mais facilidade, enquanto que as habilidades numéricas, a
capacidade imaginativa e de julgamento permanecem quase que intactas. Por outro lado, a
deterioração gradual dos processos sensoriais leva o idoso a se isolar e causa considerável
impacto sobre seu psiquismo, alterando sua auto-imagem; já que muitos de seus amigos já
morreram ou se encontram também bastante limitados pelo próprio processo do
envelhecimento ou por enfermidades crônicas, algumas das quais foram citadas. Essa
solidão quase sempre leva as pessoas idosas à depressão.
O envelhecimento na maioria das vezes é visto como uma ameaça e a mesma está
relacionada não somente modificações somáticas, como também mudanças psicossociais,
incluindo aqui aquelas no nível da memória, do intelecto, do comportamento, da
personalidade, das relações sócio-familiares, das finanças, entre outros, que podem
desembocar na velhice patológica, atrapalhando a caminhada saudável da sua existência.
Muitos problemas psicológicos na velhice provêm de conflitos afetivos e
frustrações correspondentes a épocas da sua vida. As dificuldades psicológicas que se
acumulam na velhice das pessoas não satisfeitas e inadaptadas. Uma vida adequadamente
vivida pode constituir um distanciamento dos riscos psicológicos que a velhice comporta.
José Ângelo Gaiarsa defende a idéia de que a manutenção da jovialidade na
velhice depende basicamente da rigidez de caráter. “As pessoas muito contidas e
controladas são velhas desde o começo”.
COSTA cita um estudo realizado por Petersen e Suzanne Reichards, onde os
autores descrevem cinco diferentes tipos de características nos velhos:
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Construtivos: são aqueles bem integrados tanto no campo pessoal, familiar e no
social. As suas vidas foram feitas de responsabilidades e estabilidades, sofrendo poucas
tensões. Apresentam uma personalidade de auto controle, porém conscientes das suas
realizações, frustrações e limitações. São otimistas e aceitam a aposentadoria sem maiores
conflitos. Não lamentam o que se passou e querem continuar a construir, pretendendo
ainda grandes realizações.
Dependentes: são passivos, não são ambiciosos, mas vivem uma vida com um
padrão acima das suas possibilidades. São cautelosos com contactos novos, mostrando-se
desconfiados. São extremamente otimistas e pouco realistas. A aposentadoria livra-os da
responsabilidade e não sentem nenhuma disposição para qualquer tipo de atividade.
Defensivos: são neuróticos, descontrolados emocionalmente, convencionais no
social e apresentam um comportamento fechado. Os seus empregos nunca forma fonte de
prazer, mas apenas o caminho para atingir um futuro promissor. São preconceituosos e
tentam passar uma imagem de auto-suficientes. São pessimistas quanto á velhice e invejam
freqüentemente a juventude. Evitam reformar-se para não entrarem em contacto com o
envelhecimento e trabalham arduamente, só para parando quando são obrigados.
Hostis: são pouco ambiciosos e pouco competentes, com constantes sentimentos
de fracasso. São rígidos, inflexíveis no modo de pensar, agressivos, competitivos,
preconceituosos, culpam os outros pelo seu insucesso. Tem enorme medo de envelhecer,
criticam os mais jovens pelas suas posturas e agarram-se desesperadamente ao seu trabalho.
Tendem freqüentemente á introspecção
Pessimistas: são sempre vitimas das circunstancias, vivendo em constante
conflito. São hostis consigo mesmo e não se interessam pelos outros. Consideram a velhice
uma triste etapa da vida, não se revoltam contra ela, mas também nada realizam para mudar
ou construir de novo. Não tem medo da morte porque ela representa a possibilidade de
libertar-se dessa vida tão insatisfatória.
Robert Butler apresenta um quadro com temas específicos que parecem ser
característicos da meia idade, achamos interessante realizar a compilação da citação do
mesmo na obra de autoria de MOTTA.
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Aspectos Salientes da meia idade
Temas
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Apogeu da vida
Uso responsá
responsável do poder;
maturidade, produtividade.
Visão da pessoa como
“vencedorvencedor-perdedor”
perdedor”,
competitividade
Balanç
Balanço: o que fazer do
resto da vida.
Possibilidades; alternativas; Encerramento; fatalismo.
organizaç
organização dos
compromissos;
redireccionamento.
Fidelidade e compromisso.
Compromisso consigo
mesmo, com outros, com a
carreira, a sociedade;
maturidade final.
Hipocrisia; decepç
decepção
quanto a si mesmo.
Amadurecimento morte
(amadurecer é morrer);
fantasias sobre juventude e
rejuvenescimento.
Naturalidade com relaç
relação
ao corpo e ao tempo.
Repetitividade;
Repetitividade; té
tédio,
impaciência, isolamento,
conservadorismo,
conservadorismo, confusão,
rigidez.
4.2.1 COSTA cita Possíveis Alterações psicológicas:
-
Dificuldade menor ou maior em aceitar-se como alguém que está a envelhecer ou
que está velho;
-
Certo declínio na manifestação da afetividade, dos interesses, das ações, das
emoções e dos desejos;
-
Prejuízo da memória de fixação, como, por exemplo, esquecer nomes de pessoas,
coisas, ou mesmo onde colocou determinados objetos;
-
Acentuação das características da personalidade. Traços do tipo, por exemplo:
rigidez,
egocentrismo,
desconfiança,
irritabilidade,
avareza,
dogmatismo,
autoritarismo, que tenham existido na juventude, tendem a exacerbar;
-
Dificuldade na assimilação ou mesmo aversão a idéias, coisas e situações novas;
-
Apego maior aos valores já conhecidos e convencionados, aos costumes e às
normas já instituídas;
-
Diminuição da percepção, da concentração, da atenção, do raciocínio e do
rendimento intelectual;
-
Tendência ao isolamento e a introspecção;
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16
-
Perda ou diminuição do interesse sexual, mas com tendência a contar anedotas
satíricas de conteúdo sexual ou mesmo obscenas;
-
Aumento do apetite levando à gula;
-
Diminuição da criatividade e da espontaneidade;
-
Menor capacidade para o pensamento abstrato;
-
Auto-estima baixa, sentimento de inutilidade, desvalorização;
-
Lentidão nos movimentos e nas ações que solicitam esforço;
-
Aumento da ansiedade associada ao medo da morte, doença, amigos que morrem;
-
Comportamentos regressivos e ou infantilidade;
-
Depressão e ou alteração de humor.
Todas estas manifestações podem transformar-se patológicas, impedindo o idoso
de viver a sua vida de maneira independente, uma vez que estas podem causar
interferências como exemplo:
1. A memória apresenta lapsos cada vez mais freqüentes. O vocabulário vai-se tornando
mais restrito, pois a memória atingida apaga as palavras menos utilizadas.
2. Há um estreitamento maior atenção, da vontade, das referências afetivas, do sentimento,
da capacidade de ação.
3. Maior dificuldade para o entendimento dos significados.
4. Os traços de personalidade agravam-se de tal maneira que o individuo pode desenvolver
um quadro demencial.
5.
Desenvolvimento
ou
acentuação
dos
chamados
“transtornos
neuróticos”,
principalmente: depressão, ansiedade, hipocondria, histeria, fobias, obsessões ou
compulsões.
4.2.2 Características negativas do Envelhecimento Emocional
-
Redução da tolerância a estímulos.
-
Vulnerabilidade à ansiedade e depressão.
-
Acentuação de traços obsessivos.
-
Sintomas hipocondríacos, depreciativos ou de passividade.
-
Conservadorismo de caráter e de idéias (rigidez mental).
-
Atitude hostil diante do novo.
-
Diminuição da vontade, das aspirações, da iniciativa.
-
Estreitamento da afetividade.
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-
A sexualidade nesta fase da vida continua presente. Apesar de não existir de
maneira uniforme durante toda a vida em termos de quantidade e qualidade, ela
poderá ser sempre prazerosa.
As Modificações nas reações emocionais na vida do idoso podem se dar pelo
Isolamento, pela marginalização social, solidão e pelo acumulo de perdas e separações.
4.2.3 Aspectos psicológicos de risco para o idoso.
-
Deterioração gradual dos processos sensoriais.
-
Solidão e ou depressão.
-
Risco de suicídio.
-
Doenças mentais (Alzheimer).
-
Baixa auto-estima.
-
Violência (em casa ou nas ruas) – física, psicológica, negligência ou financeira.
As alterações psicológicas surgem através de diversos fatores que podem conduzir
ao engrandecimento ou ao esgotamento do idoso.
Com o envelhecimento, as habilidades verbais, a memória e atenção deterioram-se
com mais facilidade, enquanto que as habilidades numéricas, a capacidade imaginativa e de
julgamento permanecem quase intactas.
A história está repleta de casos de homens e mulheres que “não envelheceram
psicologicamente”, conservando quase ou todos as suas características psicológicas de
forma viva e brilhante.
Tal como escreveu Alonso-Fernandez: “O comportamento na velhice, igual ao
das outras idades, depende das motivações do ancião e os significados pessoais que estão
ligados às situações”.
4.3 Aspectos sociais
Envelhecimento social é a dimensão construída pela sociedade. Nas sociedades
antigas, em geral, ser velho conferia uma posição dignificante e todos que atingiam essa
etapa eram acatados como sábios. Nas sociedades contemporâneas, na sua maioria, ser
velho significa estar excluído de vários lugares sociais. Um desses lugares é aquele relativo
ao mundo do trabalho.
DUARTE cita Aragó (1995), que acredita que a idade social considera
especialmente o indivíduo como membro dos grupos dos quais pertence e da sociedade
que lhes acolhe; atende também as variações das inter-relações. Por isto, a idade social
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costuma medir-se pela capacidade funcional em contribuir no trabalho, a proteção do
grupo ou grupos que pertence e a sociedade que os acolhe; atende a dívida que pode
reportar o indivíduo frente ao grupo social ao qual pertence. A estimativa desta utilidade
depende em grande parte das medidas legais, valores em uso e também dos prejuízos e
estereótipos dominantes.
MOREIRA & NOGUEIRA citam que a vivência do processo de envelhecimento,
que deveria ser natural, na medida em que é vivida de maneira estigmatizada, passa a
representar uma ameaça à auto-estima, à aceitação de si, tornando as pessoas vulneráreis a
sofrimentos psíquicos de toda ordem e até mesmo a patologias. O preconceito de idade
reflete-se como uma tendência geral de marginalizar pontos relativos aos velhos e como
tendência de associar indevidamente a velhice a algo negativo, pejorativo, e não como uma
fase da vida que tem aspectos positivos e negativos. Há uma percepção discriminatória
expressa no meio social. Parece ser vergonhoso ser valho em nossa cultura, visto que
usamos tantos artifícios para esconder a idade, copiamos modas dos jovens e disfarçamos
as marcas e sinais que nos aproximam da condição indesejada. Compreendendo a noção de
estigma como um atributo que implica desvalorização, inferioridade e que coloca a pessoa
em uma situação de desvantagem em relação às outras, foi que, neste estudo, tivemos como
hipótese, entendida aqui como suspeita ou desconfiança que a vivência do envelhecimento
é uma experiência estigmatizada.
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5.0 REFERÊNCIAS:
5.1Referências eletrônicas:
BALLONE, G.J.
TRANSTORNOS EMOCIONAIS DO ENVELHECIMENTO
http://gballone.sites.uol.com.br/geriat/envelhecimento.html
CABRAL, G.
ENVELHECIMENTO
http://www.brasilescola.com/saude/envelhecimento.htm
CALDAS, C.P.
CONCEITOS EM GERONTOLOGIA
http://www.sescrs.com.br/maturidade/iptv_trabalhocomidosos/MATURIDADE/Textos/Aula
%202%20e%204/conceitos_basicos%5B1%5D.pdf
DA SILVA, ET. COL.
MUDANÇAS
FISIOLÓGICAS
E
PSICOLÓGICAS
NA
VELHICE
RELEVANTES NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO.
http://www.unesp.br/proex/revista/artigos_pdf/revista_ce_v2n1_revisao24.pdf
DA FONTE, I. B.
DIRETRIZES INTERNACIONAIS PARA O ENVELHECIMENTO E SUAS
CONSEQUENCIAS NO CONCEITO DE VELHICE.
http://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/p48.pdf
DUARTE, L.R.S.
IDADE CRONOLÓGICA: MERA QUESTÃO REFERENCIAL NO PROCESSO
DE ENVELHECIMENTO.
http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/viewFile/5473/3109
Todos os créditos são dados aos autores citados
20
GARDNER, P.J.
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA REVISÃO DAS PESQUISAS EM
LÍNGUA INGLESA
http://www.portaldoenvelhecimento.net/artigos/p46.pdf
KALACHE, A. ET. COL.
O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL. UM DESAFIO NOVO
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v21n3/05.pdf
MOREIRA V. & NOGUEIRA, F. N. N.
DO INESEJÁVEL AO INEVITÁVEL: A EXPERIÊNCIA DO ESTIGMA DE
ENVELHECER NA CONTEMPORANEIDADE.
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167851772008000100009&lng=pt&nrm=is
NETTO, F. L.
ASPECTOS BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
HUMANO E SUAS IMPLICAÇÕES NA SAÚDE DO IDOSO
http://revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewFile/67/66
PALÁCIOS, A.R.J.
VELHICE, PALAVRA QUASE PROIBIDA; TERCEIRA IDADE, EXPRESSÃO
QUASE HEGEMÔNICA: APONTAMENTOS SOBRE O CONCEITO DE
MUDANÇA DISCURSIVA NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA.
http://www.bocc.ubi.pt/pag/palacios-annamaria-velhice-palavra-proibida.pdf
SANTOS, G. A.
OS CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA NA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA
VELHICE
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/937/717
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21
5.2 Referências bibliográficas:
COSTA, E.M.S. Gerontodrama: a velhice em cena – São Paulo, S.P.: Agora 1998
OKUMA, S. S. O idoso e a atividade física. Campinas, S.P.: Papirus, 1998
5.3 Artigos, aulas e manuais sem autorias específicas com endereço eletrônico:
O ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA POLÍTICA DE SAÚDE
Organização Pan-Americana da Saúde – Opas – OMS
Tradução: Suzana Gontijo
Ministério da Saúde 2005
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A
POPULAÇÃO IDOSA.
PUC RIO DE JANEIRO
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0410376_07_cap_02.pdf
ESTATUTO DO IDOSO
http://www.portaldoenvelhecimento.net/download/Estatuto%20do%20Idoso.pdf
DIAGNOSE ERGONÔMICA EM COZINHA PARA IDOSOS
http://www.portaldoenvelhecimento.net/download/ergoidoso.pdf
PSICOLOGIA DA VELHICE
PowerPoint
Conteúdos Teóricos e Práticos em Gerontopsicologia.
http://www.forma-te.com/mediateca/download-document/3227-psicologia-doenvelhecimento.html
Todos os acessos eletrônicos foram realizados durante o Mês de Novembro de
2008.
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22
* Pegolia, de Anna Pegova. Revista Marie Claire, julho de 1996.
Anti-rugas “Revitalift”, da L’Oréal, publicado na revista Marie Claire, editora Globo, outubro de 1996.
Anúncio de “Accolade”, linha cosmética da Avon, publicado na revista Elle, julho de 1996.
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