- Hotel Palácio da Lousã
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Nº1 • TRIMESTRAL • 2011 CULTURA O ESTRANHO CASO DO MOSTEIRO NAUFRAGADO / PORQUE UM PRAZER NUNCA VEM SÓ MEMORY LANE NO TRILHO DAS MIGALHAS DE PÃO GOURMET A CASA DE GENGIBRE SUCESSO AO CENTRO COMO O BRANCO É CHATO LUGARES COM HISTÓRIA UM ILUSTRE HÓSPEDE TREKKING O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO. PELO MEIO DO XISTO DA SERRA DA LOUSÃ PEQUENOS HABITANTES APRECIANDO A CORNUCÓPIA DA NATUREZA COM OS OLHOS BEM ABERTOS SUMÁRIO MOSTEIRO SANTA CLARA-A-VELHA OU O ESTRANHO CASO DO MOSTEIRO NAUFRAGADO P.4 ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM PORQUE UM PRAZER NUNCA VEM SÓ P.5 NO TRILHO DAS MIGALHAS DE PÃO P.8 RENOVA COMO O BRANCO É CHATO P . 10 SIR ARTHUR WELLESLEY O DUQUE DE WELLINGTON UM ILUSTRE HÓSPEDE Capa: Serra da Lousã ao entardecer Foto: Tiago Carvalho P . 12 PERCURSO PEDESTRE O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO. PELO MEIO DO XISTO DA SERRA DA LOUSÃ P . 14 BIRDWATCHING APRECIANDO A CORNUCÓPIA DA NATUREZA COM OS OLHOS BEM ABERTOS P . 15 Serra da Lousã S.A. (Palácio da Lousã - Marketing) Largo da Viscondessa do Espinhal 3200-257 Lousã • Coimbra T.: 239 990 800 F.: 239 990 801 [email protected] www.palaciodalousa.com Redação: [email protected] Propriedade_ Serra da Lousã SA. Direcção executiva_ Lourenço Mexia Santos Edição_ Palácio da Lousã - Marketing Direcção de arte_ Tito Andrade Design e Paginação_Experimenta Studio Redação_Mário Santos Tiragem_ 50.000 ex. Periodicidade_ Trimestral Impressão_ FIG - Indústrias Gráficas, S.A. EDITORIAL Detalhe da fachada do Palácio da Viscondessa do Espinhal Lousã • Coimbra Portugal 2 LAND.ESCAPES.01 A Land.Escapes foi criada pela área de marketing da Serra da Lousã S.A (SERRA DA LOUSÃ), PME que atua na área da hotelaria e turismo, gestora do Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel e dos espaços de restauração A Viscondessa e Licor Beirão Resto-Bar. Ao detectar um conjunto de sinergias já existentes nas nossas áreas de negócios, percebemos o potencial de criar valor não só para nossas actividades, mas também para a região centro, ou melhor, as Beiras (como a maioria conhece e carinhosamente a denomina). Neste território cheio de possibilidades para o turista explorador, faltava algo que divulgasse todo o seu potencial. Nasceu então uma publicação que ultrapassa o objectivo da promoção turística mas que é ao mesmo tempo aí que reside todo o seu potencial: a expressão da riqueza beirã em todas as suas vertentes. O conceito fundamental da Revista Land.Escapes é a ideia de aventura. Não no sentido dos esportes radicais, mas da busca de conhecer, sentir e explorar coisas diferentes. De descobrir novos sabores, novos lugares, novas histórias e ideias, ou simplesmente relembrar quão fantásticos podem ser os pequenos pormenores do quotidiano das cidades, vilas e aldeias beirãs. Vamos falar sobre as empresas, as pessoas, os produtos, o potencial económico e toda a beleza natural e diversidade gastronómica que cá se pode encontrar. A Land.Escapes pretende dar voz a ideias, despertar emoções, contar histórias. Potenciar novas parcerias e oportunidades editoral de negócio se possível. Valorizar quem cria, quem inova, quem cultiva a atitude de bem-fazer. As parcerias estabelecidas foram a alavanca para este projecto. Foi fundamental a confiança dos patrocinadores no conceito criado, conteúdos e canais de distribuição. Como PME, não tínhamos budget para um projecto que cabia possivelmente a uma agência de promoção e marketing da região. As parcerias com a Blue Media (através da revista Blue Travel), com o Diário de Coimbra, a Sol Meliá, cadeia a qual nosso hotel está integrado, e a Experimenta Studio, agência responsável pelo design, foram outros dos factores fundamentais para a materialização desta primeira edição, e esperamos, da perpetuação do sucesso da revista. Um agradecimento especial à nossa pequena grande equipe, o Tito Andrade e o Mário Santos, responsáveis desde a concepção da ideia, à arte e redacção. Sem o empenho e entusiasmo que colocaram neste trabalho, teria sido impossível transformarmos a ideia inicial numa realidade. Quero fazer uma homenagem neste primeiro número à minha querida prima Ulrica d’Orey Menano, que partiu, deixando muitas saudades pela sua ternura, alegria e amizade. Como jornalista, fez sua brilhante carreira na Editora Abril. Ela foi e é uma fonte de inspiração para o desenvolvimento desta revista, pela paixão que dedicou sempre ao seu trabalho, e principalmente pela sua atitude perante a vida.// Lourenço Mexia Santos [email protected] L.E.cultura Aliança - Vinhos de Portugal Rua do Comércio - Sangalhos L.E.cultura T: 234732045 • www.alianca.pt MOSTEIRO SANTA CLARA-A-VELHA OU O ESTRANHO CASO DO MOSTEIRO NAUFRAGADO H á uns anos poderia imaginar-se que este mosteiro teria sido trazido pelo rio numa enorme inundação, em tais circunstâncias, como se se tratasse mesmo do Grande Dilúvio. Fundado em 1283, foi abandonado, definitivamente, pelas fiéis freiras clarissas em 1677 e entregue às águas eternas do Mondego. Submerso durante mais de 200 anos, este mosteiro é o testemunho da introdução do estilo gótico em Portugal, ainda que em fase experimental. Após um extenso trabalho de recuperação, abriu ao público em 2009, conjuntamente com um Centro de Interpretação com funções museológicas, albergando ainda um auditório, salas de exposição, loja e cafetaria.Aqui, pode olhar de perto para o modus vivendi das freiras clarissas durante vários séculos, sendo possível, através de um extenso trabalho de investigação, tomar conhecimento das suas deficiências alimentares, causas de morte mais comuns, a dieta que faziam e a sua rotina diária. Tudo isto suportado por centenas de objectos do seu quotidiano 4 LAND.ESCAPES.01 PORQUE UM PRAZER NUNCA VEM SÓ P recuperados das ruínas e expostos no Centro de Interpretação. Mais do que olhar para simples ruínas ou andar a ver peças resgatadas, expostas num museu, as infra-estruturas do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha são um testemunho da vida na Idade Média, da tenacidade e fé das irmãs clarissas, uma verdadeira máquina do tempo a postos para o(a) transportar para o passado. Contemplado com o prémio Europa Nostra 2010, nos primeiros 8 meses de abertura ao público recebeu cerca de 40 mil visitas.// ara os apreciadores do que a vida tem de bom — eles sabem do que estamos a falar — é imperativo a combinação de prazeres de forma a maximizar o nosso proveito. Parece teoria económica, mas não é menos verdade só porque a espontaneidade foi quebrada e reduzida ao frio cálculo. De facto, é mesmo assim. A boa carne de vaca requer um bom vinho tinto. Um belo romance precisa de música a condizer. Uma tosta de queijo e tomate categoricamente necessita de umas folhas de basílico. Seguindo este mandamento, um bom vinho precisa de ser envolto em arte com notas de paixão para amadurecer correctamente. E desta maneira, Joe Berardo criou o Aliança Underground Museum, a combinação perfeita de dois prazeres: o vinho e a arte. Em Sangalhos, bastante fora do trilho batido das atracções turísticas das Beiras, estão as Caves Aliança e, literalmente nas Caves estão os vinhos e as exposições. Seguindo um dos experientes guias preparese para uma visita a fundo à cultura africana, portuguesa e, à não menos importante cultura vinícola. Passando a primeira porta será acolhido pelos sons, cores e ícones da cultura africana, incluindo explicações detalhadas de cada artefacto e cultura. A nossa preferida: A cultura da tribo Bura, extinta há mais de 1500 anos, representada pelas suas originais esculturas mortuárias, tendo inclusivé servido de mote para uma reinterpretação da Última Ceia por Joe Berardo. Mais abaixo encontrará as exposições de fósseis, minerais, azulejaria portuguesa do século XVIII e ainda a colecção de Bordalo Pinheiro. Tudo isto, num percurso pedestre com mais de 1 km abaixo do solo, sempre acompanhado pelas estantes do soberbo vinho Aliança, sempre com descrições detalhadas de todos os artigos e culturas por parte do guia. O rebentar da rolha do vinho espumante serve de mote para a última paragem, na qual o visitante é convidado a degustar o belo espumante das Caves Aliança. Uma espécie de agradecimento por parte de Joe Berardo, como quem diz: “Obrigado por ter feito este percurso, brindemos ao seu bom gosto!”// LAND.ESCAPES.01 5 LAND.ESCAPES.01 9 Não se trata apenas de cerveja. NO TRILHO DAS MIGALHAS DE PÃO Trata-se de cerveja, não de pão, mas há dois ingredientes em comum entre ambos: cereais e água. Com cereais e água de qualidade se faz um bom pão... e uma boa cerveja. A FOTOS: Bibliteca de Arte - Fundação Calouste Gulbekian’s ndando pelas ruas de Coimbra é muito difícil de reparar nas migalhas deixadas pela história cervejeira, daquele que foi um grande polo do fabrico de cerveja em Portugal. Talvez porque não é no centro da cidade, junto às atracções turísticas que vemos o que resta dessa história, mas sim na periferia. Os apreciadores de cerveja mais experientes conhecem essas migalhas e saboreiam a memória das célebres defuntas Topázio e Onix fabricadas pela Companhia de Cervejas de Coimbra, agora apenas representada pela decrépita fábrica na zona da Pedrulha, e sabem das qualidades que a água de Coimbra possui para um excelso fabrico de cerveja. 8 LAND.ESCAPES.01 Não é só o líquido que interessa.Trata-se da variedade que dava à cidade. Da cor e sonoridade dos anúncios nos antigos eléctricos e paragens de autocarro:Topázio “A cerveja de Coimbra”, “Cerveja que é frescura.“ É o saudosismo de verdadeiros ícones da cidade que se perderam no tempo injustamente. Na memória de quem se lembra, lamenta-se o seu desaparecimento. Lamenta-se a perda do sabor e autenticidade que só a cerveja de Coimbra tinha. Ou será que ainda tem? Através da perseverança descobre-se que num país vinícola, afinal Coimbra é cidade de cerveja e há quem mantenha a tradição viva. Do outro lado da ponte, em Santa Clara, com o Mondego como cúmplice, fermenta a cervejaria-restaurante Praxis desde 2009. Obra dos sócios Arnaldo e Pedro Baptista que juntando as migalhas do caminho da tradição brindam ao paladar refinado dos clientes com quatro variedades de cerveja 100% artesanal que, diga-se, é raríssima de encontrar em Portugal com esta qualidade. É a este lugar que o trilho de migalhas nos parece ter trazido, pois é na Praxis que fica o regresso à boa tradição cervejeira de Coimbra.// PRAXIS Urb. Quinta da Várzea, Lote 29 Santa Clara - Coimbra +351 239 440 207 www.praxis.pt FOTO: Istockphoto memory lane MARTIN & THOMAS OU A CASA DE GENGIBRE D escanse. Não existe nenhuma bruxa má que o quer enfiar nos fornos onde nasce o mais delicioso pão das Beiras. Existe sim, o conceito de padaria gourmet, finalmente criado em Portugal. Na singela praça Rodrigues Lobo, em Leiria, cenário que dir-se-ía saído da Canção de Lisboa, esperar-se-ía ver Vasco Santana sentado numa das rústicas esplanadas, aproveitando o Sol de Inverno com o seu café e um suculento pão ciabata com sementes de papoila recheado com salmão fumado, fatias de pepino e guacamole de abacate da Ilha da Madeira. No entanto, ele já não tem tanta sorte. Mas quem visita a Martin & Thomas pode muito bem ter. Se estiver frio, entre e suba ao primeiro andar. As vistas para a praça e castelo de Leiria valem bem a pena e combinando com a decoração, está criada uma amálgama interessante entre rústico e moderno. O pão aqui, é quem manda, por isso é perfeitamente adequada a Ode ao Pão de Pablo Neruda inscrita numa das paredes. As variedades que existem de pão, estão na Martin & Thomas. Mas não só. Pode ser o prato principal ou o acompanhamento ideal. Depende do que peça e do ponto de vista. Mas antes de ir embora, prove as sobremesas. Torta de Azeitão com guacamole de ananás marinado em Moscatel de Setúbal e sorvete de manga vai ocupá-lo um bocadinho porque é bom demais para se comer depressa e, de certo, que na viagem de volta ou durante a semana vai começar a pensar: “Quando é que vou voltar a Leiria outra vez?”.// Praça Rodrigo Lobo 8-9 • Leiria T. 244 823 577 Aberto todos os dias das 08.00 às 24.00 LAND.ESCAPES.01 9 SUCESSO AO CENTRO O famosíssimo Renova Black, o primeiro papel higiénico preto do mundo, é português e de Torres Novas. É a variedade mais famosa da linha luxuosa da Renova e também o mais sexy, presente nos hotéis e restaurantes mais restritos do mundo e nos armazéns Harrods, Côté Maison ou até no Louvre. A verdade é que a Renova abanou o mercado, de tal forma que conseguiu moldar um nicho de mercado apaixonado pelo “papel higiénico mais sexy do mundo”. Daqui cresceu ainda mais. Reforçou a sua presença de mercado em mais de 50 países por todo o mundo e para além do sucesso do luxuoso Renova Black, a marca tem apostado fortemente no segmento ecológico, com unidades próprias para a reciclagem de papel. Sublinhe-se a consciência ambiental da mesma e o sucesso da gama Renovagreen, productos 100% reciclados. Quais serão os trunfos que a Renova tem na manga para o futuro? // RENOVA COMO O BRANCO É CHATO D e certo foi isso que o presidente da empresa, Paulo Pereira da Silva, pensou quando teve a ideia de tornar um item tão aborrecido como papel higiénico em algo mais. O arrojo mostrado com esta estratégia de marketing já foi alvo de estudos de mercado mas nunca é demais louvar a criatividade necessária para transformar um objecto banal, algo que tem uma função de primeira necessidade e que amiúde é menosprezado pela sua banalidade, num símbolo de criatividade, inovação e sucesso empresarial. 10 LAND.ESCAPES.01 DE TORRES NOVAS PARA O MUNDO. É uma história que daria um argumento hollywoodesco, no mesmo campo de um Rocky ou Cinderella. Mais um belo exemplo de como se passa de rags to riches com a devida determinação, criatividade e know-how necessário para vencer. Fundada como empresa familiar, a Renova é agora líder de mercado na produção de produtos de papel de higiene e possui o papel higiénico mais procurado do mundo. LAND.ESCAPES.01 11 LUGARES COM HISTÓRIA A rthur Wellesley, o primeiro Duque de Wellington, um irlandês de Dublin que viria a servir a Coroa Inglesa como nenhum outro inglês o faria. Curiosamente, Wellington não gostava que o tratassem como irlandês, quase tanto como não gostava dos franceses, tendo uma vez respondido ao facto de continuarem a referir a sua descendência irlandesa com este comentário espirituoso: "Ter nascido num estábulo não faz de um homem um cavalo. " Um homem de inteligência arguta e de morais rígidas, sem contemplações perante a adversidade como viria a provar em diversas batalhas contra o mais temido exército do mundo, na altura. O seu estilo de liderança era aliás a sua mais-valia e o seu trejeito mais famoso tendo recebido o cognome de O Duque de Ferro pelos seus homens, tal era a disciplina que eram obrigados a seguir. SIR ARTHUR WELLESLEY, O DUQUE DE WELLINGTON Wellington combatia onde era necessário e, uns anos antes de finalmente derrotar Napoleão na Batalha de Waterloo, Wellington repousou no Palácio da Lousã, na altura Palácio da Viscondessa do Espinhal. No seguimento da Batalha de Foz de Arouce, em Março de 1811, uma das mais importantes da história das invasões napoleónicas na Peninsula Ibérica, Wellington terá expulsado o Marechal Massena do Palácio da Viscondessa do Espinhal, onde residia após a Batalha do Buçaco. O historiador Nélson Correia Borges, conta-nos uma história curiosa que teve como palco o Palácio da Lousã, ou Palácio da Viscondessa do Espinhal, após a batalha: ''Entretanto, Massena, preparava-se para jantar, mas ao receber a notícia do desastre na Batalha de Foz de Arouce, fugiu precipitadamente. Pouco depois, o Duque de Wellington entrava triunfante na Lousã, e sentando-se à mesa que Massena abandonara, pôde saborear com redobrado gosto o jantar que tinha sido preparado para o inimigo...'' 12 LAND.ESCAPES.01 W 8º 14’ 47’ ‘ N 40º 6’ 34’ ‘ E assim, de uma assentada, duas figuras mundialmente históricas trocam de lugares, no que foi o Palácio da Viscondessa do Espinhal de finais do século XVIII. No dia 16 de Março, no dia da batalha de Foz de Arouce, Wellington escreveu um relatório da batalha e da situação geral das tropas portuguesas e britânicas ao Conde de Liverpool, a partir do sua nova morada temporária. A transcrição deste relatório encontra-se emoldurada no palácio, tendo sido gentilmente oferecida pela British Historical Society of Portugal. Para ver este documento, bem como sentir os sabores apreciados pelo Duque de Wellington, faça uma visita a este Boutique Hotel, onde todos os hóspedes são ilustres.// Meliá Palácio da Lousã - Boutique Hotel Restaurante A Viscondessa Largo da Viscondessa do Espinhal, Lousã www.palaciodalousa.com O Palácio da Viscondessa do Espinhal sofreu obras de restauro e foi transformado num dos principais boutique hotéis de Portugal. Este edifício é classificado como Património Histórico. trekking pequenos habitantes A PERCURSO PEDESTRE altura do ano pode não ser a ideal. Pelas condições climatéricas e as consequências que podem advir para o frágil corpo humano, mas a beleza da Serra da Lousã dura um ano inteiro e em cada estação, ela surpreende os visitantes e veste-se a preceito para os receber. Apesar da chuva, frio e da neve, a beleza da natureza está na agrura dos elementos e na capacidade que o ser humano tem para se adaptar e vencê-los. O s sons e as cores são únicas. Os seus olhos parecem sempre estar atentos às fotos e os músculos preparados para uma fuga apressada, mas numa pose de cumplicidade artística ficam parados o suficiente para as excelentes fotos que muitos birdwatchers conseguem. Claro está que nem todos os pássaros são assim. Outros têm mais de eremitas e fogem aos olhos ansiosamente atentos e há quem passe anos sem avistar o seu mais desejado prémio. O caminho faz-se caminhando Pelo meio do xisto da Serra da Lousã Foto: Waypoint - www.walkinportugal.com ALDEIA DA PENA - GÓIS FOTOS: TITO ANDRADE 14 LAND.ESCAPES.01 Testemunhe em primeira mão, num percurso pedestre de cerca de 9 quilómetros, como os habitantes das aldeias de Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena se adaptaram à aspereza dos elementos com nada mais do que as matérias-primas arrancadas da terra pelas suas próprias mãos. A beleza das imperfeições do xisto, a vontade de permanecer, a solidão da montanha e a fugacidade da vida selvagem. Um percurso pela autenticidade da natureza e tenacidade da vontade do ser humano, seja de quem lá vive, seja da sua que escolhe, e muito bem, fazer um percurso por um cenário dedicado aos Hiperbóreos de Nietzsche.// FOTO: Vitor Gonçalves www.flickr.com/photos/vitorlouzan/ Se não sabe, a cidade de Coimbra tem na zona do Choupal uma comunidade interessante de aves de rapina, destacando-se o Milhafre Real e o Milhafre Preto. À volta da Serra da Lousã há muitos troféus para fotografar, destacam-se a Águia de Asa Redonda, Felosa do Mato e o Tartaranhão Azulado. Se a orla marítima é mais consigo viaje pela estrada nacional até à Figueira da Foz e encontrará a Ilha da Morraceira, e nela, uma das mais ricas comunidades de aves limícolas, que incluí muitas espécies consideradas raras. Se o birdwatching não o atrai pense assim, é uma caça sem sangue, com adrenalina e no final tem sempre um troféu para pendurar na parede se quiser.// LAND.ESCAPES.01 15 AGENDA sugestões land.escapes 12 DE FEVEREIRO E 12 DE MARÇO @ VISEU ///////// 24 DE MARÇO @ COIMBRA /////////////////////// Visitas dançadas ao Museu Grão Vasco Restaurante O Japonês Konnichiwa Coimbra! Licor Beirão resto-bar no Palácio da Lousã O paraíso do sol nascente situa-se na Avenida D. Afonso Henriques, 34, em Coimbra. Da rua parece imponente. Suba as escadinhas e se tiver bom tempo fique na esplanada, peça uma cerveja Sapporo e beba-a refastelado nos mais confortáveis bancos-sofas de Coimbra. O seu interior é precioso. A decoração é de muito bom gosto, de influências orientais com um toque de design minimalista reflectido perfeitamente na sala de jantar. O sushi é fresquíssimo e o sake excelente. Kampai!// Deixe a gravata e havaianas à porta. O Licor Beirão Resto-Bar é um daqueles sítios que se esperam encontrar numa grande cidade, num recanto de um bairro hip. Um sítio intimista e com gosto mas sem ser empertigado. Nascido da parceria entre duas empresas da Lousã, abriu em Dezembro no antigo bar do Palácio da Lousã. Acompanhe o seu elixir predilecto com as refeições que vão da cozinha tradicional portuguesa à cozinha sofisticada com toques de gourmet, e beba mais um copo à noite, inspirando a paisagem nocturna da Serra da Lousã.// Encerramento semanal à segunda-feira Av. D. Afonso Henriques - Coimbra Reservas 239 702 013 Aberto todos os dias Meliá Palácio da Lousã . Largo Viscondessa do Espinhal . Lousã Reservas 239 990 800 Visitar um museu pode ser uma experiência recorrente. Mas e se se tratar de uma visita dançada, a qual nos conduz através das mais notáveis obras de arte? Poderá ter esta experiência memorável no Museu Grão Vasco. Actividade é organizada pelo Teatro Viriato. 18/02/2011 @ COIMBRA /////////////////////////// “Don Quixote” Um espectáculo levado ao palco pelo Royal Ballet da Républica Checa no teatro Académico Gil Vicente. Promete-se pura magia. 24 de Março às 21:30 18/02/2011 @ AVEIRO - ESTARREJA /////////////// “Rigoletto” pela Ópera Nacional da Moldávia A famosa ópera de Verdi, “Rigoletto”, sobe ao palco do Teatro Académico Gil Vicente, no dia 18 de Fevereiro, às 21.30. A não perder! 24 A 26 DE FEVEREIRO @ SEIA ///////////////////// Cristina Branco - Fado Cristina Banco, uma das vozes na nova geração de fadistas com concerto marcado para 26 de Março no Cine Teatro de Estarreja às 22.00H Seia Jazz & Blues Festival Decorrerá na Casa Municipal da Cultura de Seia. Um festival verdadeiramente único! VOUCHER LAND.ESCAPES 10% ESTADIA PARA 2 PESSOAS DESCONTO APLICÁVEL SOBRE A MELHOR TARIFA DÍSPONÍVEL. Válido com apresentação desta revista no check-in até 30/04/2011 R. Manuel Madeira – Pedrulha - Apartado 8115 3021-901 Coimbra Tel. 239 490 700 – Fax. 239 490 740 www.grupoasc.com