EDITORIAL DESTAQUES

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EDITORIAL DESTAQUES
Virbac
Nº 04 Nov/Dez - 2008
DESTAQUES
BRASIL CAMPEÃO MUNDIAL NO AGILITY!
Entre os dias 26 a 28 de setembro foi realizado
em Helsinke, na Finlândia, o Campeonato
Mundial de Agility.
Para quem não conhece, o Agility é um esporte
no qual os cães, conduzidos por seus donos, têm
que passar alguns obstáculos e a dupla (homemcão) que fizer o percurso em menor tempo e
com menos faltas se consagra campeã.
O Agility no Brasil já existe há 10 anos, e cresce aos poucos. Em países da
Europa e EUA existem milhares e milhares de competidores.
Embora ainda pouco popular no Brasil, o Agility já é um esporte em que o
país se destaca: “Hoje disputamos de igual para igual com qualquer país do
mundo.” afirma José Luiz Filho, técnico da seleção brasileira de Agility.
No Campeonato Mundial há dois tipos de competição, uma por equipe e uma
individual. O Brasil ganhou em duas categorias por equipes (Mini e Standard).
Entre os individuais nosso melhor resultado foi da Marcela, com Magic, que
ficaram em nono lugar. “Sem dúvida foi uma grande vitória ficar entre os 10
melhores do mundo, com mais de 120 cães disputando. E ela ficou a menos de
meio segundo do pódio.”, comenta Zé Luiz. Com muito trabalho e dedicação,
a seleção de 2008 fez o Brasil definitivamente deixar de ser apenas um
coadjuvante para tornar-se um dos destaques do Agility mundial.
Mas é importante lembrar que o Agility não é praticado apenas para
competição, é um esporte acessível a pessoas de todas as idades e que
pode ser uma excelente e divertida opção para manter a forma física além
de estar junto de seu cão.
“Para praticar o Agility, o único requisito é que o cão esteja saudável. Para
isso recomendamos boa alimentação, suplementação vitamínica e mineral,
vacinação, vermifugação e controle de pulgas e carrapatos.” ressalta o técnico
da seleção brasileira. “Agradecemos à Virbac pelo apoio e pelos excelentes
produtos que nos ajudam a manter a perfeita saúde de nossos cães. Somos
fãs do Endogard (vermífugo palatável) e do Vitaminthe (suplemento calórico,
vitamínico e mineral). É por isso que a equipe Hundewelt usa e recomenda
os produtos Virbac!” complementa José Luiz Filho.
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e
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EDITORIAL
VI CONGRESSO MUNDIAL
DE DERMATOLOGIA
VETERINÁRIA
A atualização técnica é fundamental para
todo profissional que busca diferenciação
em seu mercado de trabalho. Por isso,
à frente da Sociedade Brasileira de
Dermatologia Veterinária e nas Universidades,
sempre estimulo os veterinários a
freqüentarem cursos e palestras, buscando
novos conhecimentos. E comigo não poderia
ser diferente.
Participar do Congresso Mundial de
Dermatologia Veterinária em Hong Kong foi,
sem dúvida, uma experiência única. Além
das diferenças culturais marcantes, participar
deste evento foi uma oportunidade
para conhecer as novas tendências em
dermatologia em termos de diagnóstico,
tratamentos e procedimentos. As principais
informações foram: identificação de novas
espécies bacterianas nas piodermites e
resistência bacteriana; etiopatogenia e
terapia do paciente atópico; novidades na
abordagem e terapia das otites e novos
protocolos no tratamento de Leishmaniose.
Um fato que deve ser destacado foi a
apresentação por muitos palestrantes da
comparação de diferentes protocolos
terapêuticos nas dermatopatias cotidianas
para discutir afinal quais os mais efetivos.
Pretendemos explorar todos esses temas no
Virbac Skin III, em 2009, e contamos com a
presença de vocês!
Bom Natal, Feliz Ano Novo e que 2009 seja um
ano de sucesso
para todos.
Com muita
dermatologia,
é claro!
Prof. Dr. Ronaldo
Lucas.
Presidente
da Sociedade
Brasileira de
Dermatologia
Veterinária.
Virbac Info Pet
Eventos
Pet South America
A edição da Pet South America em 2008 mostrou
mais uma vez sua importância para gerar negócios
no setor veterinário e a Virbac marcou sua presença
novamente.
Desta vez, o destaque ficou por conta da celebração do
aniversário de 40 anos da empresa no mundo.
Dentre os 22.000 visitantes da feira, muitos compareceram
no stand da Virbac, que como sempre, manteve um
ambiente agradável e descontraído. Nesta edição da
feira, a atração do stand foram as fotos divertidas tiradas
e impressas na hora. A empresa comemora os ótimos
resultados, parabeniza o empenho de seus colaboradores
e agradece a todos que prestigiaram seu stand.
Programa Dermatológico 2008
I Fórum Latino Americano de
Dermatologia e Endocrinologia
Veterinária e III Congresso Brasileiro
de Odontologia Veterinária.
O I Fórum Latino Americano de Dermatologia e Endocrinologia Veterinária e o III Congresso Brasileiro de
Odontologia Veterinária foram realizados em Belo Horizonte, nos dias
03, 04 e 05 de outubro último.
A presença de palestrantes brasileiros
e estrangeiros atraiu um público de
140 veterinários, entre profissionais
e estudantes. A Virbac do Brasil, mais
uma vez, apoiou esse evento de
grande sucesso.
Sucesso de público na palestra sobre Foliculite superficial pruriginosa e Malasseziose,
realizada em 23/10/2008 em Ribeirão Preto,
pelo Prof. Dr. Ronaldo Lucas.
Com o apoio do novo distribuidor Virbac na
região, o Horizonte Pet, o evento contou
com a presença de 170 veterinários de
Ribeirão Preto, Jaboticabal, Barretos, entre
outras cidades vizinhas.
VOCÊ SABIA?
Semelhanças e Diferenças entre a dentição de
Cães, Gatos e Humanos
Cães, gatos e humanos, assim como
todos os mamíferos, são difiodontes
e heterodontes, ou seja, apresentam
duas dentições sucessivas e dentes de
formas distintas (incisivos, caninos, prémolares e molares). Os dentes das fêmeas
erupcionam mais cedo que dos machos e
raças grandes e gigantes têm seus dentes
erupcionados mais precocemente que as
raças pequenas.
A primeira dentição é denominada de decídua e a segunda de permanente. A
queda dos dentes decíduos para o nascimento dos permanentes é chamada
de esfoliação.
Até o oitavo mês de idade todos os dentes devem ser eclodidos.
EXPEDIENTE
O Jornal Info Pet é uma publicação bimestral da Virbac do Brasil. Av Eng Euzébio
Stevaux, 1368 – Cep 04696-000 São Paulo – SP • Editores Técnicos: Alcione Salgado /
Ana Lúcia Senatore Rivera / Fabiana Zerbini / Letícia Satiko / Daniella Caçador•Jornalista
Responsável: Denise Vieira Pinto – Mtb 029133 • Nesta Edição •INFORME TÉCNICO
VIRBAC N°04 • AUTOR ARTIGO TÉCNICO: Prof. Dr. Ronaldo Lucas
Uso e Recomendo
Venho realizando, aproximadamente há quatro anos, o teste
de avaliação exigido pela Comunidade Européia, que serve
para qualificar a titulagem de
anticorpos anti-rábicos. Devido a essa rotina, observei excelentes resultados na titulação da vacina
Canigen LR da Virbac que sempre mostrou
estar dentro dos
padrões de resposta imunológica exigidos pela Comunidade Européia.
Dr. Umberto Barreto
Gomes (Gary) - CRMV:
RJ 2381 - Veterinária
Du’Viver
Virbac Info Pet
INFORME TÉCNICO VIRBAC
Terapia tópica do paciente atópico
A atopia é uma das doenças mais comuns
e frustrantes do cotidiano da prática
veterinária. É atualmente tida como a mais
freqüente dermatopatia de etiologia alérgica,
sendo que alguns autores destacam que
acomete 15% da população canina. Para
que se firme o diagnóstico de atopia, devem
ser afastadas as possibilidades de dermatite
alérgica a picada de ectoparasitas (DAPE)
e alergia alimentar (AA). No nosso meio
dispõe-se de testes alérgicos sorológicos
de detecção de IgE no soro de pacientes.
Todos os autores consultados concordam
em afirmar que estes testes não são efetivos
para o diagnóstico definitivo de DAPE, AA
ou Atopia. O diagnóstico da atopia deve ser
feito por exclusão, portanto frente a uma
dermatopatia alérgica, o clínico terá que:
Prof. Dr. Ronaldo Lucas,
Graduado em Medicina Veterinária e
Zootecnia pela Universidade de São
Paulo, mestrado em Clínica Veterinária pela
Universidade de São Paulo e doutorado
em Clínica Veterinária pela Universidade
de São Paulo. Atualmente é professor
adjunto da Universidade Anhembi
Morumbi, professor titular da Universidade
Santo Amaro e presidente da Sociedade
Brasileira de Dermatologia Veterinária.
1. Avaliar a possibilidade de presença de pulgas,
carrapatos, ou ainda a chance de infestação do
paciente avaliado. Se os animais apresentarem
parasitas, estes devem ser eliminados por 4060 dias. Havendo melhora do quadro lesional
e do prurido, confirma-se o diagnóstico de
DAPE. Caso não haja melhora, o segundo
passo deve ser:
2. Alterar a dieta do animal por 8 a 13
semanas, utilizando-se ração comercial com
proteínas hidrolizadas, ou comida caseira
com fontes de proteínas desconhecidas
pelo organismo. Para que se estabeleça o
diagnóstico de alergia alimentar o animal
deve apresentar remissão dos sintomas com
a dieta de eliminação e posteriormente o
clínico deve “liberar” a antiga alimentação
e observar o recrudescimento do quadro
em 10-14 dias. Caso o paciente não
melhore após a dieta:
3. Fica estabelecido o diagnóstico de Atopia.
A dermatite atópica é uma doença incurável, mas
pode ser controlada na maioria dos casos. Os
proprietários devem ser instruídos sobre os fatores
que podem agravar ou gerar crises de prurido e todos
devem ser considerados pelo médico veterinário na
proposta de tratamento do paciente.
Cadela Shi-tzu, de 5 anos de idade com quadro avançado de atopia, antes e depois do controle terapêutico.
Inicialmente para o controle da disqueratiniação e infecções associadas, foi utilizado Sebolytic® Spherulites.
Após o controle do quadro disqueratótico/infeccioso, optou-se por hidratar a pele com Allercalm®.
O tratamento da dermatite atópica é multifatorial
e consiste em uma combinação de
ações,
incluindo:
Virbac Info Pet
1. Reduzir a exposição aos antígenos desencadeantes, como pólen, ácaros do ar, poeira doméstica,
ambientes com bolores, etc;
2. Prevenir estimulação do sistema imune (controle
de parasitas);
3. Reforçar a barreira epidérmica;
4. Controlar infecções secundárias (S.intermedius e
M. pachydermatis);
5. Higienizar e hidratar a pele;
6. Reduzir inflamação;
7. Modificar a resposta imunitária.
Quando se opta por terapia tópica, as ações 3, 4
e 5 são prioritárias, mas deve-se notar que a 3 e 5
são conflitantes, como proceder então? O uso de
xampus parasiticidas, bactericidas, antifúngicos, ou
de maneira geral anti-sépticos, deve ser limitado
às crises de infecção e os mesmos não devem ser
utilizados para manutenção pelo grande potencial
de ressecamento da pele e alteração na microbióta
residente de bactérias e fungos importantes no
equilíbrio do microclima cutâneo. Portanto, após
o controle da foliculite bacteriana e Malasseziose
cutânea, comuns no paciete atópico, o clínico
deverá imediatamente optar por terapia tópica
hidratante umectante/emoliente. Os xampus com
aveia coloidal (este é o principio ativo mais utilizado
pela maioria dos autores consultados), glicerina, aloe
vera, e alantoína podem ser utilizados com grande
freqüência (duas vezes por semana). Os xampus
ditos fisiológicos ricos em ceramidas e ômegas e
que não alteram as características da pele, podem
ser utilizados com igual propósito. Na opinião do
autor devem ser evitados xampus com peróxido de
benzoíla, melaleuca e clorexidine (em concentrações
maiores que 3%) para uso freqüente. Como já
destacado, estes princípios podem ser utilizados em
animais quando as infecções secundárias estiverem
presentes. Xampus com corticóides podem ser
utilizados com cautela e somente se o paciente não
estiver utilizando outro tipo de corticóide (tópico ou
sistêmico). Estes últimos não irão oferecer benefícios
maiores que aqueles ditos hidratantes, portanto a
palavra de ordem em atopia é hidratação.
Bibliografia consultada
1. DETHIOUX, F. A dermatite atópica canina, um desafio para o clínico. Focus – edição especial. Dezembro de 2006
2. GRIFFIN, C. E.; KWOCHKA, K. W.; MACDONALD, J. M. Current veterinary dermatology. Missouri: Mosby year book, 1993,
378p.
3. LUCAS, R. Diagnóstico difrencial do prurido. In: SOUZA, Heloísa Justen M. de. (Org.). Coletâneas em medicina e
cirurgia felina. 01. ed. Rio de Janeiro, 2003, v. unico, p. 115-138.
4. NESBITT, G. H.; ACKERMAN, L. J. Canine and feline dermatology. New Jersey, Veterinary learning systems, 1998, 517p.
5. OLIVRY, T.; HILL, B.P. The ACVD task force on canine atopic dermatitis (IX): the controversy surrounding the route of
allergen in canine atopic dermatitis. Veterinary Immunology Immunopathology, vol. 81, 219-225, 2001a.
6. OLIVRY, SOUSAS, S.C.The ACVD task force on canine atopic dermatitis (XIX): general principles of therapy. Veterinary
Immunology Immunopathology vol.81,311-316,2001b.
7. OLIVRY, T.; FONTAINE, J. Treatment of canine atopic dermatitis with cyclosporin: a pilot study. Veterinary Record,
v.148, p.662-663, 2001
8. SCOTT, D. W.; MILLER Jr.,W. H. ; GRIFFIN, C. G. Small animal dermatology. Philadelphia: Saunders, 2001. 1528p.
TIRE SUAS DÚVIDAS
O Allercalm pode ser utilizado no
tratamento de animais atópicos?
Sim! O tratamento de um atópico consiste na
combinação de várias ações, como reduzir
a exposição aos antígenos desencadeantes
da alergia, reforçar a barreira epidérmica,
reduzir a inflamação, higienizar e hidratar
a pele, entre outros. O Allercalm possui
em sua formulação a aveia coloidal que oferece ação
emoliente antiinflamatória, nutritiva e revitalizante,além
da glicerina que promove ação hidratante e restauradora.
Seu uso freqüente vai reduzir o prurido de forma natural,
sem efeitos colaterais. Pensando nisso a Virbac acaba de
lançar o Allercalm 500mL com melhor custo x benefício
para uso contínuo.