Doença de Huntington - Diagnóstico Molecular
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Doença de Huntington - Diagnóstico Molecular
Doença de Huntington - Diagnóstico Molecular Comentários A doença de Huntington (HD) é um distúrbio neurodegenerativo, autossômico dominante, que afeta aproximadamente 1 em cada 10.000 indivíduos. O distúrbio geralmente se apresenta entre os 30 e 50 anos de idade, embora já tenha sido observado casos de Huntington em pacientes jovens e idosos. A doença de Huntington é caracterizada por uma perda progressiva do controle motor (coréia: movimentos involuntários) e por problemas psiquiátricos, incluindo demência e distúrbios afetivos. O curso clínico da doença é inexoravelmente progressivo. Tipicamente, o intervalo entre o diagnóstico inicial até a morte é de aproximadamente 15 a 18 anos. Estudos moleculares recentes demonstraram a existência de uma mutação (expansão) responsável pela doença de Huntington. Esta mutação corresponde a um aumento na repetição de trinucleotídeos (CAG) situada na região do gene HD do cromossomo 4. Esta expansão CAG do gene HD é polimórfica na população. As pessoas não afetadas tipicamente têm de 8 a 36 cópias desta repetição. As pessoas com doença de Huntington podem ter de 36 a mais de 100 cópias da repetição. Indivíduos com expansão entre 37 a 39 repetições podem apresentar manifestações clínicas ou não. Quanto maior o número de expansões, mais precoce é a apresentação clínica da doença. Porém o fenótipo não tem correlação com o número de expansões. Departamento de Genética Humana do IHP O Instituto Hermes Pardini realiza realiza a pesquisa da mutação no gene HD para diagnóstico da doença de Huntington pela Técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A pesquisa desta mutação deve ser realizada quando se deseja obter um diagnóstico diferencial das doenças neuropsiquiátricas com as quais a doença de Huntington é freqüentemente confundida, ou mesmo para identificar a herança da mutação em pacientes assintomáticos que apresentam risco para a doença de Huntington. Envio do material O exame é realizado utilizando-se DNA extraído de células do sangue colhido em EDTA, sendo necessário, no mínimo, 1,5 mL de sangue para o estudo. O material deverá ser mantido em temperatura ambiente por até 2 dias ou em até 7 dias e refrigerado entre 2° e 8°C. Não há necessidade de jejum. Liberação 21 dias úteis Referências bibliográficas Squitieri F, Berardelli A, Nargi E, Castellotti B, Mariotti C, Cannella M, Lavitrano ML, de Grazia U, Gellera C, Ruggieri S. Atypical movement disorders in the early stages of Huntington's disease: clinical and genetic analysis. Clin Genet. 2000 Jul;58(1):50-6. Harper PS, Lim C, Craufurd D. Ten years of presymptomatic testing for Huntington's disease: the experience of the UK Huntington's disease prediction consortium. J Med Genet. 2000 Aug;37(8):567-71.