tcc-tatiani-conceicao-alves (1192)

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tcc-tatiani-conceicao-alves (1192)
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
UNOESC – CAMPUS DE XANXERÊ
TATIANI CONCEIÇÃO ALVES
IDENTIDADE VISUAL PARA PRODUTOS EM PATCHWORK
Xanxerê
2013
TATIANI CONCEIÇÃO ALVES
IDENTIDADE VISUAL PARA PRODUTOS EM PATCHWORK
Monografia
de
conclusão
Curso,
apresentada ao Curso de Design, como
quesito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Design pela Universidade do
Oeste de Santa Catarina - Unoesc Xanxerê.
Orientador Prof. Esp. Walter Strobel Neto
Xanxerê
2013
TATIANI CONCEIÇÃO ALVES
IDENTIDADE VISUAL PARA PRODUTOS EM PATCHWORK
Monografia
de
conclusão
Curso,
apresentada ao Curso de Design, como
quesito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Design pela Universidade do
Oeste de Santa Catarina - Unoesc Campus
de Xanxerê.
Aprovado em .......... de .............................. de 2013.
Banca Examinadora
________________________________________
Prof. Esp. Walter Strobel Neto
Orientador - Avaliador
________________________________________
Prof.
Avaliador
________________________________________
Prof.
Avaliador
DEDICATÓRIA
A meu pai Gelio Luis Ribeiro Alves e
minha mãe Geceny Salete Alves pelo
amor e educação a mim concedidos.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela existência.
A meus pais Gelio Ribeiro Alves e Geceny Salete Alves, os quais me
ensinaram a ser forte e não desistir. Ao meu esposo Eriberto Bottan, minhas
irmãs Diane Alves e Melânia Alves, que me apoiaram nesta etapa da minha
vida. A minha filha Laura Alves Bottan que é a razão da minha vida. Aos meus
amigos que me incentivaram. Além de todos os professores que tive nas
instituições de ensino anteriores e em especial aos mestres desta universidade
os quais me mostraram que todos nós somos capazes de alcançar nossos
sonhos e objetivos, mesmo que estes pareçam estar inatingíveis A todos
agradeço, pois hoje sou forte porque eles me ensinaram a ser forte.
6
RESUMO
Marcas fortes e de identificação imediata são fundamentais para empresas que
querem se destacar num mercado de trabalho altamente competitivo.
Entretanto, é necessário ressaltar que a forma como a marca é vista, implica
diretamente na construção da imagem da empresa e de seus produtos, para
isso é extremamente importante a padronização da marca, o que garante a
permanência de uma imagem forte no mercado e o sucesso dos resultados.
Dada a importância de se manter um padrão consistente para a marca, através
da Identidade Visual para a consolidação da imagem institucional é que se tem
o tema desta pesquisa sendo Identidade Visual para produtos em patchwork.
Para tanto pretende-se alcançar o objetivo de representar os produtos criados
com essa técnica, além de mostrar aos consumidores que produtos criados de
forma manual podem ter qualidade e ser uma ótima opção de compra. Como
estratégias projetuais foram seguidos os passos metodológicos do autor Luiz
Vidal Negreiros Gomes. O resultado da marca Patcukices escolhida para
representar os produtos em patchwork, cria um elo entre memória e renovação,
preservando o conceito estrutural da técnica e renovando com formatos e
cores, tornando a marca limpa e visualmente marcante. Patchukices reflete
fielmente a técnica do patchwork, representando de forma abstrata os retalhos
com diversas estampas usadas para elaboração dos produtos, a tipografia reta
alude para as costuras que possibilita a junção dos retalhos. Patchukices
possui uma escrita inexistente no vocabulário o que traz curiosidade sobre o
assunto, mexendo no imaginário do público, o que se torna uma vantagem para
marca. Sua fácil leitura e aplicação trazem qualidade nas aplicações dos
materiais gráficos como cartões de visita e tags, além das embalagens a
adesivos, usados para a divulgação da marca e dos produtos, o que facilita sua
expansão e crescimento.
Palavras - chaves: Patchwork; Retalhos; Identidade Visual; Marca.
7
ABSTRACT
Strong brands and immediate identification are essential for companies who
want to excel in a highly competitive job market. However, it should be
emphasized that how the brand is viewed directly involves building the image of
the company and its products , it is extremely important for the standardization
of the brand , which guarantees the permanence of a strong corporate image
and success results. Given the importance of maintaining a consistent pattern
for the brand through the Visual Identity for the consolidation of the institutional
image is that it has the theme of this research is Visual Identity for patchwork
products. For that aims to achieve the goal of representing the products created
with this technique, and show consumers that products created manually can
have quality and be a great option. How projetuais strategies were followed the
methodological steps of the author Luiz Gomes Vidal Negreiros.
The result of Patcukices brand chosen to represent the products in patchwork
creates a link between memory and renovation , preserving the structural
concept art and renewing with shapes and colors, making it clean and visually
striking brand . Patchukices faithfully reflects the technique of patchwork,
representing abstractly the pieces with various prints used to manufacture the
products, typography refers to the straight seams allowing the junction
patchwork. Patchukices an existent in the vocabulary which brings curiosity
about the subject, stirring the imagination of the public, which becomes an
advantage for brand writing. Its easy reading and application bring quality
graphics applications in materials such as business cards and tags, in addition
to the packaging adhesives, used to publicize the brand and products , which
facilitates its expansion and growth.
Key - words: Patchwork , Patchwork , Visual Identity , Brand .
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Logotipo Ford .................................................................................. 21
Figura 2 - Banco do Brasil ................................................................................ 22
Figura 3 - Brasil Foods ..................................................................................... 22
Figura 4 - Apple ................................................................................................ 22
Figura 5 - Oi ..................................................................................................... 23
Figura 6 – Lubrax ............................................................................................. 23
Figura 7 - TAM ................................................................................................. 24
Figura 8 – Esso ................................................................................................ 24
Figura 9 - Diamante Negro ............................................................................... 24
Figura 10 - Identidade Visual............................................................................ 26
Figura 11 - Feminino / Masculino ..................................................................... 27
Figura 12 – O Boticário .................................................................................... 28
Figura 13 - Reunidas ........................................................................................ 28
Figura 14 - Lacoste .......................................................................................... 29
Figura 15 - Citroën ........................................................................................... 29
Figura 16 - Nike ................................................................................................ 30
Figura 17 - Disco Cromático ............................................................................. 32
Figura 18 – Efeito das cores no cérebro .......................................................... 33
Figura 19 – Classificação das tipografias ......................................................... 34
Figura 20 - Etapas e fases do processo criativo............................................... 36
Figura 21 - Esquema de organização dos componentes do problema ............ 39
Figura 22 – Patchwork e Quilting. .................................................................... 47
Figura 23 - Colcha de blocos de Double Wedding Ring. .................................. 48
Figura 24 - Apple Core (Miolo da Maça). ......................................................... 49
Figura 25 - Técnica de triângulos em tapete. ................................................... 50
Figura 26 - Boneca Sunbonnet Sue em patchwork. ......................................... 50
Figura 27 - Kit para patchwork da empresa Olfa .............................................. 51
Figura 28 - Nuvem de palavras ........................................................................ 52
Figura 29 - Painel de Conceitos ....................................................................... 54
Figura 30 - Painel de Similares – Produtos em Patchwork .............................. 55
Figura 31 - Painel de Similares – Logotipos ..................................................... 56
9
Figura 32 - Painel de Similares – Materiais Gráficos........................................ 57
Figura 33 - Short List de Naming...................................................................... 59
Figura 34 - Geração de alternativas do símbolo............................................... 60
Figura 35 - Geração de alternativas do símbolo............................................... 61
Figura 36 - Geração de alternativas do símbolo............................................... 62
Figura 37 - Geração de alternativas da tag ...................................................... 63
Figura 38 - Geração de alternativas de cartões de visita ................................. 64
Figura 39 - Geração de alternativas de embalagens........................................ 65
Figura 40 - Caixas dois correios para envio de encomendas ........................... 66
Figura 41 - Layout do blogger .......................................................................... 67
Figura 42 - Geração de alternativas do layout do blog ..................................... 68
Figura 43 – Solução da Marca ......................................................................... 69
Figura 44 - Solução textura para aplicar nas peças gráficas ............................ 70
Figura 45 - Solução da tag ............................................................................... 71
Figura 46 - Solução do cartão de visita ............................................................ 72
Figura 47 - Solução para embalagens ............................................................. 73
Figura 48 - Solução para layout do site ............................................................ 74
Figura 49 - Marca finalizada ............................................................................. 75
Figura 50 - Cartão de visita finalizado .............................................................. 76
Figura 51 - Etiqueta finalizada .......................................................................... 77
Figura 52 - Embalagem final aberta ................................................................. 78
Figura 53 - Embalagem final fechada............................................................... 78
Figura 54 - Base da embalagem final............................................................... 79
Figura 55 – Adesivo para embalagem.............................................................. 79
Figura 56 - Layout do blog da marca................................................................ 80
10
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .......................................................................................... 12
1.1 TEMA ........................................................................................................ 13
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................. 13
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 14
1.4 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN E PESQUISA .................... 15
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................. 16
2.
BASES DO CONHECIMENTO ................................................................. 17
2.1 DESIGN .................................................................................................... 17
2.2 DESIGN GRÁFICO ................................................................................... 18
2.3 MARCA ..................................................................................................... 20
2.3.1 Classificação dos nomes ................................................................... 21
2.3.2 Identidade Visual................................................................................ 25
2.3.3 Símbolo .............................................................................................. 26
2.3.4 Logotipo ............................................................................................. 30
Outro elemento que compõe a Identidade Visual é o logotipo, que segundo
Heley (2012, p.6), ......................................................................................... 30
2.3.5 Cor ..................................................................................................... 31
2.3.6 Alfabeto padrão .................................................................................. 34
3.
PROJETO DE DESIGN ............................................................................ 35
3.1 METODOLOGIA ....................................................................................... 35
3.2 ESTRUTURA DO MÉTODO DE PROJETO ............................................. 36
3.2.1 Identificação ....................................................................................... 38
11
3.2.2 Preparação ........................................................................................ 39
3.2.3 Incubação .......................................................................................... 52
3.2.4 Esquentação ...................................................................................... 53
3.2.5 Iluminação.......................................................................................... 69
4. SOLUÇÃO ................................................................................................... 75
4.1 FASES DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA - ELABORAÇÃO ................... 75
4.1.1 Verificação ......................................................................................... 80
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 82
12
1. INTRODUÇÃO
O Design teve seu início no artesanato de forma simples e despretensiosa,
ganhou destaque na Revolução Industrial, sendo indispensável no processo
produtivo e com o passar dos anos ganhou proporções grandiosas, tornandose muito importante para a sociedade, devido à imensa gama de áreas em que
atua como Design Gráfico, Design Industrial, Web Design entre outras, os
quais surgem para suprir as necessidades da população e das empresas
ainda, para trazer sucesso e reconhecimento para uma marca, produto ou
serviço em relação a seus concorrentes.
Os Designers possuem diversas etapas a serem seguidas para elaboração
de um projeto como abordar o problema; analisar o caso em questão; definir
metodologias e ferramentas; coletar dados e informações; analisar e detalhar
as informações; desenvolver o projeto e definir o resultado final. São etapas
que parecem simples, mas que exigem muita dedicação para que o resultado
final seja o mais adequado.
Uma área muito importante é a do Design Gráfico, o qual enriquece nosso
repertório visual, além de facilitar nosso cotidiano durante uma busca por
informações ou lugares, pois nos orienta através de placas, folders, outdoors,
cartões de visita, símbolos, ícones e pictogramas. Esta grande gama de
produtos criados na área do Design Gráfico divulga dos trabalhos
desenvolvidos por designers o que tem gerado a valorização da profissão.
13
1.1 TEMA
Identidade Visual para produtos em patchwork1.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Elaborar uma Identidade Visual para produtos em patchwork, a qual
represente produtos criados com essa técnica, além de mostrar aos
consumidores que produtos criados de forma manual podem ter qualidade e
ser uma ótima opção de compra.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Estudar o Design Gráfico e como o mesmo pode agregar valor em
produtos;
• Identidades Visuais;
• Compreender o mercado de produtos artesanais;
• Projetar uma Identidade Visual e materiais gráficos para os produtos em
patchwork.
1
PATCH: retalho, remendo, sinal, remendar, consertar. WORK: trabalho, labor, ocupação,
tarefa, serviço, obra. A tradução literal de patchwork é "trabalho com retalho" que
une tecidos com diversos formatos. (MELLO, 2013, pg.135 e 202)
14
1.3 JUSTIFICATIVA
A sociedade atual está inserida em um constante processo de mudanças,
tudo se modifica rapidamente deixando para traz conceitos e expondo novas
teorias e realidades, sendo assim as empresas passam por constantes
reestruturações, e procuram adequar-se na forma de administrar e fazer
negócios, pois, este é o momento em que a tecnologia está cada vez mais
acessível e já não é mais um fator de destaque, sendo assim, o que será o
diferencial competitivo
é a forma como
os
serviços
prestados são
apresentados.
Em contraste com as novas tecnologias o artesanato passa a ser uma
profissão valorizada e, os artesãos passam a ter um lugar de destaque.
Atualmente muitas pessoas usam sua criatividade para produzir diversos tipos
de produtos artesanais, os quais se tornam sua principal fonte de renda. Muitos
brasileiros e brasileiras nascem com o dom do empreendedorismo, e quando
misturam isso ao talento com os trabalhos manuais o resultado só pode ser o
sucesso profissional. O mercado do artesanato comprova isso em números.
Segundo Silva et al. (2000, p.24),
Segundo fontes da Associação Brasileira de Artesanato e do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, são 8,5
milhões de artesãos que geram, conjuntamente, uma renda anual de
R$ 52 bilhões por ano, sendo que mais de 80% da produção está nas
mãos das mulheres.
Como a maioria dos artesãos, o início é tímido e sem grandes pretensões
devido à competitividade do mercado e a ampla oferta de produtos, por isso é
através de muito esforço e criatividade que cada artesão busca o destaque e o
sucesso nas vendas. O meio que vem sendo cada vez mais utilizado para
alcançar este objetivo são as vendas pela Internet, através de blogs, sites
próprios ou especializados conhecido neste meio como e-commerce2, que tem
alavancando as vendas dos artesanatos para o Brasil e para o mundo todo,
sem levar em consideração onde ele foi produzido.
2
E-Commerce: Comércio eletrônico. (ONLINE TRANSLATOR, 2013).
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Perante o exposto, este trabalho de conclusão de curso pretende criar uma
Identidade Visual para produtos em patchwork, pois devido a grande
quantidade de concorrentes, buscará com a mesma se destacar entre os
demais produtos. Para isso, é importante que a marca seja atraente, chame a
atenção do público consumidor e mostre de forma simples e direta quais os
produtos que ela representa.
Os produtos em patchwork são produzidos informalmente, ou seja, não são
ligados a nem uma associação de artesão do município de Xanxerê, os quais
são vendidos pela própria autora para consumidores da mesma cidade ou
localidades vizinhas, as quais possuem algum vínculo de parentesco ou
tiveram algum contato com o artesanato adquirido por outra pessoa, como
amigos ou familiares. Sendo assim, as vendas ocorrem em um grupo limitado o
que não gera renda significativa para suprir as necessidades financeiras, e por
isso, a necessidade de criar uma Identidade Visual e um blog para divulgar os
produtos e conseqüentemente aumentar os lucros. A variedade de produtos
desenvolvidos é grande, abrange produtos com aplicações em patchwork como
toalhas, capas para almofadas, moedeiras, pendentes de porta, além de
produtos em tecido como bonecas de pano e bichinhos como ursinhos e
passarinhos usados de diversas formas como pendentes de cortinas ou na
decoração de quartos. A produção é relativamente pequena variando de 3 a 5
itens por produtos, mas sempre com a variação de cores e estampas de
tecidos o que torna cada um único em relação aos demais.
1.4 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN E PESQUISA
A pesquisa é natureza qualitativa, realizada através de uma Pesquisa de
Campo a qual dar-se-á através de pesquisa de Identidades Visuais similares
expostas em sites ou lojas físicas do município de Xanxerê que vendem
artesanatos.
Também será realizada uma Pesquisa Bibliográfica que ampliará os
conhecimentos para o desenvolvimento dos materiais gráficos propostos no
16
projeto, isso será possível por meio de pesquisas que terão como base leitura,
análise e interpretação de livros, documentos, imagens, conteúdos da Internet
e outros materiais que poderão servir para a fundamentação teórica sobre os
assuntos. Quanto a estes conhecimentos adquiridos, os mesmos iram auxiliar
no desenvolvimento dos textos de bases do conhecimento e nas analises de
pontos positivos e negativos presentes no projeto.
Para o projeto em questão a metodologia de Design utilizada será a do
autor Luiz Vidal de Negreiros Gomes, o processo é um conjunto composto de
sete etapas bem definidas e que se adaptam perfeitamente a um projeto
gráfico, além de uma adaptação na etapa de Esquentação, com a introdução
da metodologia do GAD para a escolha do naming.
As etapas da metodologia demonstram que “o conhecimento do processo
criativo leva o estudante a adquirir maior consciência e controle dos caminhos
que a sua mente percorre, quando ele percebe a necessidade de resolver um
problema projetual” (GOMES, 2001, p. 65)
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
A monografia está dividida em capítulos, os quais podem ser definidos
basicamente por elementos pré-textuais, textuais e práticos. O capítulo 1 é
composto pela Introdução onde ocorrem as definições sobre o Tema e os
Objetivos esperados, a Justificativa e o Processo Metodológico usado no
projeto. No capítulo 2 esta as Bases do Conhecimento, são apresentadas
pesquisas para ampliar o conhecimento. Já o capítulo 3 apresenta o
Desenvolvimento do Projeto de Design e se inicia a aplicação da Metodologia
de Design. Em seguida vem o capítulo 4 com o Resultado Final e por fim as
Considerações Finais com a visão total do projeto desenvolvido.
17
2. BASES DO CONHECIMENTO
2.1 DESIGN
Definir e conceituar a atividade de Design é extremamente exaustivo, pois
parece que apesar das inúmeras formas citadas, ainda não são suficientes
para abordar o assunto, pois essa atividade está em constante mudança,
sofrendo transformações contínuas.
“A origem imediata da palavra esta na língua inglesa na qual o substantivo
Design se refere tanto à idéia de plano, desígnio, intenção, quanto á de
configuração arranjo, estrutura.” (CARDOSO, 2000, p.16).
A história do Design segundo Cardoso (2000, p.18) mostra que:
O emprego da palavra Design permaneceu infrequente até o inicio do
século XIX, quando surgem primeiramente na Inglaterra e logo depois
em outros países europeus em número considerável de trabalhadores
que já se intitulavam Designers, ligados principalmente, mas não
exclusivamente a confecção de padrões ornamentais na indústria
têxtil. Esse período corresponde á generalização da divisão intensiva
do trabalho que é uma das características mais importantes da
primeira Revolução Industrial.
[...] Esses primeiros Designers que emergiram dentro do processo
produtivos eram aqueles operários promovidos por quesitos e
experiência ou habilidade a uma posição de controle e concepção,
em relação as outras etapas da divisão do trabalho.
Sendo assim, a Revolução Industrial mostra que sua importância histórica
não foi apenas nas máquinas usadas na produção e no modo de produzir os
produtos, que passou de um modo artesanal para algo mais mecanizado, mas
também, em áreas que surgiram dessa tão importante expansão, uma vez que
se separa as etapas de planejamento e produção.
Porém Cardoso (2000, p.29) afirma que:
A impressão mecânica de tecidos significava que um padrão
decorativo bem sucedido podia gerar lucros imensos para o
fabricante, sem nem um investimento adicional de mão de obra. O
custo de gerar ou adquirir o padrão único e as possibilidades de
reprodução ilimitadas; não por caso, este foi um dos primeiros setores
em que se fez notável o emprego de Designers. Porém, a facilidade
de reprodução mecânica logo gerou um novo problema para o
fabricante: a pirataria. Se o padrão/projeto não fosse exclusivo, a
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própria falta de intervenção do elemento artesanal possibilitava a
qualquer outro fabricante produzir imitações perfeitas, tirando partido
do Design alheio.
Os Designers enfrentam um grande problema quando o assunto é
reconhecimento do trabalho executado, são algumas pessoas sem a formação
adequada que fazem “projetos” a um valor muito abaixo do mercado, e que são
contratados por inúmeras empresas que desconhecem e importância de
trabalho executado por um profissional. Mas apesar disso é uma profissão
relativamente nova e tem muitas possibilidades de crescimento, devido à
constante diversificação de áreas relacionadas ao Design.
Ao contrario da situação relativamente estável de trinta anos atrás,
quando os únicos clientes em potencial para o Designer eram
grandes empresas estatais ou multinacionais, existe hoje um mosaico
de pequenas e microempresas, associações e sociedades
comunitárias, organizações não governamentais, fundações e outras
entidades que nunca tiveram tão ativas no cenário econômico
nacional. (CARDOSO, 2004, p.221)
Atualmente existe um vasto campo de trabalho que vem crescente e se
modificando constantemente nas diversas áreas do Design, as quais
necessitam
da
organização,
difusão
das
informações,
planejamentos
estratégicos, solução de problemas, ou seja, tarefas as quais os designers tem
conhecimento e capacidade para executar.
2.2 DESIGN GRÁFICO
Um fator extremamente relevante na história do Design possibilitou
alavancar a profissão dos designers gráficos, segundo Cardoso (2000, p.41),
[...] a crescente importância e rápida evolução dos meios impressos
de comunicação no século XIX. [...] o uso da polpa de madeira para
fabricação de papel, que se generalizou após a década de 1840. Com
a introdução da máquina no processo de fabricação, o papel foi se
tornando aos poucos uma mercadoria abundante e barata,
possibilitando tanto a produção de impressos por um preço até então
impensável em função do alto custo do próprio suporte. [...]
Novamente nesse contexto o papel do Designer adquiria um valor
19
redobrado, pois o critério principal que distinguia a qualidade do
impresso passava a não ser mais a habilidade da execução gráfica,
mas a originalidade do projeto e, principalmente das ilustrações.
Devido à enorme importância desses profissionais que tinham funções
como identificar, informar/instruir e apresentar/promover, o Design Gráfico
ganhou proporções cada vez maiores e vem crescendo até os dias atuais. De
acordo com Villas-Boas (1999, p.17),
Design gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional
especifica que tratam da organização formal de elementos visuais –
tanto textuais quanto não textuais – que compõem peças gráficas
feitas para reprodução, que são reproduzíveis e que tem um objetivo
expressamente comunicacional.
São muitos os conceitos que definem o Design Gráfico, mas todos levam a
um só caminho, a arte de transformar idéias em uma linguagem gráfica sem
perder a essência da criatividade, através de muitos desafios de comunicar da
forma mais correta para que o público compreenda de forma rápida e simples
aquilo que os profissionais querem transmitir.
Os profissionais desta área possuem como principal objetivo elaborar
projetos de peças gráficas para a reprodução, as quais focam na comunicação
e geram a interação entre os elementos visuais e o público alvo. Esta profissão
trabalha
com
a
combinação
de
diversos
elementos
organizados
metodologicamente como ilustrações, fotos, tipografias, cores, diagramações,
as quais interagem entre si e resultam no trabalho final que atribui valores
simbólicos com fins comunicacionais. Assim pode-se definir o Design Gráfico
como um conjunto de elementos visuais que projeta peças gráficas com a
finalidade de comunicar através de uma mensagem textual ou não-textual para
informar, guiar ou vender algo para o observador.
Essa combinação de elementos mostra a importância de desenvolver os
projetos por profissionais e na necessidade das empresas de gerarem uma
preocupação com a sua imagem e a de seus produtos, para que os mesmos
possam atingir seus objetivos e chegarem até seu público alvo. Atualmente a
profissão de Designer esta em crescente valorização, pois os clientes vêm
percebendo a qualidade e a eficiência de um projeto executado por
20
profissionais, que sem dúvida agregam valor e reconhecimento a empresa e/ou
serviço.
2.3 MARCA
Atualmente é nítida a importância de uma marca para produtos e serviços,
para estes serem reconhecidos e/ou adquiridos por seus consumidores. Este
processo de identificação iniciou segundo Rodrigues (2011, p.21),
[...] Historicamente, as motivações que levaram o homem a “marcar”
seus produtos podem ser relacionados a vida social, guerra,
comércio, tráfico e esportes, como também a outras atividades de
lazer. Desde cedo sinais foram usados para identificar de três
maneiras: como forma de Identidade Social. Quem é ou quem diz
algo; como Propriedade, quem possui algo; como Origem, quem fez
algo.
E isso continua ocorrendo até os dias atuais e com o auxilio do Design
Gráfico a marca torna-se adequada a que representa e atraente visualmente,
pois são desenvolvidas pesquisas para se chegar ao melhor resultado,
esperado pelo cliente.
Segundo Munari (2000, p.17):
[...] Se a imagem usada para uma certa mensagem não é objetiva,
tem muito menos possibilidade de comunicação visual: é necessário
que a imagem usada seja legível para que todos e por todos da
mesma maneira; caso contrário, não há comunicação, mas confusão
visual.
Ou seja, se a marca não expressa de forma clara quais os produtos que a
empresa e/ou serviço oferece, o consumidor não irá adquirir, por não entender
do que se trata.
21
2.3.1 Classificação dos nomes
Um fator muito importante na hora de criar uma marca é o nome que será
dado, segundo Rodrigues (2011, p.50), “os nomes são divididos em classes:
patronímicos, descritivos, toponímicos, metafóricos, encontrados, artificiais,
abreviações iniciais e não-iniciais, status.”
Para melhor entender cada classe de nomes, baseando-se em Rodrigues
(2011, p.50-71), as mesmas terão uma breve explicação, seguida de uma
imagem de uma empresa e/ou serviço que represente a classe citada.
Nomes Patronímicos: “A terminologia “patronímico” faz alusão aos nomes de
marcas baseados em nomes de pessoas, seja do fundador, inventor ou dono
da patente.” (RODRIGUES, 2011, p.50). Um exemplo de nome patronímico é
da empresa de automóveis Ford, cujo nome deriva de seu fundador Henry Ford
conforme figura 2.
Figura 1 – Logotipo Ford
Fonte: OLD POSTERS
Nomes Descritivos: “Diferentemente dos nomes próprios, os nomes descritivos
descrevem a natureza do negocio ou do produto de forma direta.”
(RODRIGUES, 2011, p.52). Nessa categoria enquadra-se, por exemplo, o
Banco do Brasil, como o nome demonstra banco, ou seja, instituição financeira
conforme figura 3.
22
Figura 2 - Banco do Brasil
Fonte: EMPRÉSTIMOS
Nomes Toponímicos: “O termo “toponímico” se refere a todos os nomes de
marca que remetem ao lugar de origem ou de atuação inicial da instituição.
(RODRIGUES, 2011, p.57). É o caso da Brasil Foods, atualmente representada
pela nova marca composta pelas letras BRF, criada da fusão entre duas
empresas brasileiras, a Sadia e Perdigão conforme figura 4.
Figura 3 - Brasil Foods
Fonte: REVISTA BRF
Nomes Metafóricos: “Nomes metafóricos revelam a natureza dos negócios
indiretamente. Referem-se a seu objeto por meio de uma qualidade comum,
que provoca associações.” (RODRIGUES, 2011, p.59). Um exemplo de nome
metafórico esta presente na marca Apple, a qual tem como logo uma maça
mordida, remetendo assim ao desejo de Adão e Eva conforme figura 5.
Figura 4 - Apple
Fonte: ENGENHARIA É
23
Nomes Encontrados: “Um nome “encontrado” é uma palavra já conhecida que
não possui relação natural com o que a companhia ou produto representa.”
(RODRIGUES, 2011, p.62). Um nome encontrado é o da empresa de telefonia
móvel brasileira Oi, que teve seu nome derivado da saudação “oi” conforme
figura 6.
Figura 5 - Oi
Fonte: OI
Nomes Artificiais: “O termo “nomes artificiais” engloba os neologismos,
palavras completamente novas que geralmente não fazem parte do léxico.
Podem ser onomatopéias, pedaços de palavras ou junções dessas.”
(RODRIGUES, 2011, p.63). O nome Lubrax da empresa brasileira de
lubrificantes
é
um
exemplo,
pois
deriva
da
junção
das
palavras
LUBRIFICANTES + BRASIL + GRAXA = LUBRAX conforme figura 7.
Figura 6 – Lubrax
Fonte: REAL PEÇAS ELÉTRICAS
Abreviações de Iniciais: “Quando nomes de empresas se tornam muito longos
e dificultam a comunicação da marca, sempre há a opção de introduzir
abreviações.” (RODRIGUES, 2011, p.67). O nome da empresa Transportes
Aéreas Marilia passou pelo processo de abreviação, transformando-se em TAM
conforme figura 8.
24
Figura 7 - TAM
Fonte: ACROS THE UNIVERSE
Abreviações de não-Iniciais: “Algumas vezes, os nomes de empresas são
determinados pelo conteúdo fonético da abreviação do nome original.”
(RODRIGUES, 2011, p.67). Outro exemplo é o da petrolífera americana Esso,
cujo foi abreviado de forma fonética do seu nome completo Standard Oil
conforme figura 9.
Figura 8 – Esso
Fonte: MY LOGS
Nomes de Status: “São nomes que através de sua sonoridade remetem a
condição de status, prestigio. (RODRIGUES, 2011, p.70). O nome do chocolate
Diamante Negro é um exemplo disso, devido ao uso do nome de uma pedra
preciosa, diamante conforme figura 10.
Figura 9 - Diamante Negro
Fonte: RUBY DIAMANT
25
Desta forma nota-se a importância de seguir alguns critérios para se chegar
a um nome com conteúdo mais apropriado, que de acordo com Rodrigues
(2011, p.85/86),
É necessário o uso de várias ferramentas criativas que podem auxiliar
bastante no desenvolvimento do nome: Buscar palavras em bancos
de dados existentes e softwares de dicionários; Identificar nomes que
possuam os atributos exigidos; Usar técnicas de junção de palavras
para construir novos nomes, com base em aspectos fonéticos.
Entende-se assim a classificação dos nomes, o que faz crescer ainda mais
a importância de desenvolver uma marca que represente de forma correta seus
produtos. Mas além dela, há outros elementos de extrema relevância que
devem ser projetados de forma padronizada, para isso a necessidade de criar
uma Identidade Visual para toda empresa e/ou serviço.
2.3.2 Identidade Visual
Entendendo a grande importância de uma marca para uma empresa há
fatores extremamente importantes para que haja a padronização da aplicação
dos elementos que a compõem, para isso é de grande relevância que seja
desenvolvida uma Identidade Visual para a mesma.
Segundo Peón (2009, p.10) a Identidade Visual é “[...] aquele componente
de singularização visual que é formado por um sistema expressamente
enunciado, realizando voluntariamente, planejado e integrado por elementos
visuais de aplicação coordenada.”
A Identidade Visual delimita a forma correta de aplicar os elementos que a
compõem e é um conjunto de elementos base, que segundo Wolf (2011, p.66),
“O pacote de Identidade Visual inclui marcas, logotipos, paleta de cores,
layouts padronizados para documentos e embalagens e as diretrizes de uso de
cada elemento para manter a coerência.”
Sem dúvida as empresas, produtos e serviços possuem a necessidade de
ser desenvolvida uma Identidade Visual que além de padronizar a aplicação da
26
marca, ajudará manter com fidelidade elementos definidos para a mesma. Pois
cada empresa e/ou serviço possui um conjunto de elementos, como por
exemplo, cartão de visita, folders, adesivos, uniformes, outdoors, papelaria em
geral, como por exemplo, podemos observar na figura 1 a seguir, que
demonstra que apesar da grande quantidade de produtos desenvolvidos para a
empresa Gapso, todos possuem um padrão visual de cores e aplicações para a
marca.
Figura 10 - Identidade Visual
Fonte: VISIVA DESIGN
2.3.3 Símbolo
Strunck (2007, p. 71) cita que o símbolo “é um sinal gráfico que, com o uso,
passa a identificar um nome, uma idéia, um serviço ou um produto.” Sem
dúvida se composto por elementos compreensíveis pelo consumidor, passa
muitas vezes a ser reconhecido na forma solitária, ou seja, sem o nome da
27
empresa e/ou serviço que o mesmo representa. Há também aqueles que
alcançam o reconhecimento internacional dentro do contexto que os formou.
De acordo com Wolf (2011, p.105),
Em muitas culturas, por exemplo, uma simples ilustração de um
coração, principalmente em vermelho, simboliza afeto e amor. O
símbolo no representa literalmente o amor, de fato nem sequer é um
coração real. Mas, como seu significado é compreendido
universalmente, serve como elemento de comunicação.
Um exemplo disso é possível perceber na figura 11 a seguir, com os
símbolos
que
representam
feminino
e
masculino,
que
poderão
ser
reconhecidos mundialmente, devido a pequenos elementos que os diferenciam,
como a representação do vestido no símbolo feminino.
Figura 11 - Feminino / Masculino
Fonte: SETON
Apesar de sua importância muitas vezes os símbolos não são criados ou
não são adequados a determinada empresa, produto ou serviço, o que muitas
vezes pode prejudicar a identificação, pois faz o consumir confundir-se, até
mesmo com outros serviços ou produtos.
“A grande propriedade de um símbolo é a sua capacidade de síntese: ele
deve ser rapidamente identificado e associado a uma instituição, por isso não
deve ter excesso de elementos [...] e deve ter uma associação clara [...] com os
conceitos o sistema de Identidade Visual em questão deseja agregar á imagem
corporativa.” (PEÓN, 2009, p.24).
28
Peón complementa que há uma classificação dos símbolos através de
categorias da seguinte forma:
Símbolo Tipográfico: símbolo que se deriva da inicial ou das iniciais da
instituição, mas se diferenciando do logotipo por assumir o nome da empresa
apenas pelas letras iniciais ou frase, ou por assumir somente a inicial do nome.
Como exemplo a figura 12 da marca O Boticário.
Figura 12 – O Boticário
Fonte: BEAUTRENDS
Símbolo Figurativo: representado por um ícone, uma maneira figurativa de
representar um objeto. São baseados em desenhos e deixa explícito o que a
instituição, serviço ou produto oferecem. Pode ser uma sigla ou frase, ou
assumir apenas uma inicial do nome. A empresa Reunidas, figura 13, é um
exemplo desse tipo de símbolo, o qual se da através de um par de asas
referentes a velocidade.
Figura 13 - Reunidas
Fonte: REUNIDAS
Ideograma: representa uma idéia veiculada por uma figura estilizada de um
objeto que possui aquela determinada propriedade, mesmo não representando
29
o que a instituição, serviço ou produto oferece. Diferencia-se do símbolo
figurativo por se tratar apenas da representação de um conceito e não ser
palpável como a representação do figurativo. A figura 14 evidencia a marca
Lacoste, a qual é um exemplo desta categoria, onde o crocodilo que representa
os produtos é derivado do apelido do fundador da empresa René Lacoste.
Figura 14 - Lacoste
Fonte: MUNDO DAS MARCAS
Símbolo Abstrato: é aquele que não objetiva nem uma representação figurativa,
ou teve sua representação tão modificada e estilizada que não possibilite seu
reconhecimento. Este símbolo exige mais empenho para mostrar seu
posicionamento, e muitas vezes, apenas uma parte do seu público alvo, que
possui repertório visual e cultural o reconhece. O exemplo desta classificação
esta presente na figura 15, da marca Citroën.
Figura 15 - Citroën
Fonte: CITROËN
30
2.3.4 Logotipo
Outro elemento que compõe a Identidade Visual é o logotipo, que segundo
Heley (2012, p.6),
A palavra “logo” é derivada da palavra grega logos, que significa
palavra e razão. [...] uma marca, como a maioria das invenções
humanas, é inicialmente comunicada por um nome e, posteriormente,
por imagens. Um logotipo funciona verdadeiramente como um signo
ou um pictograma, uma marca visual mais ou menos abstrata,
referindo-se a uma palavra. Antigamente, o nome de uma empresa
era escrito á mão. [...] Tais marcas exigiam que os consumidores
fossem alfabetizados, inteligentes e cultos para entendê-las. Por isso,
uma prática comum era acrescentar um elemento pictográfico à
palavra escrita, como forma de aumentar seu reconhecimento pelo
mercado. (HEALEY, 2012, p.6),
Essa prática segue até os dias atuais, quando um logotipo passa a ser
reconhecido pela associação entre o nome e o símbolo. Além disso, mostram
que possuem uma grande importância, transformaram-se com o passar dos
anos, tornando-se simplificados e minimalistas3, e muitas vezes são
reconhecidos apenas por iniciais do nome da marca. Como é o caso do
logotipo da empresa Nike, conforme figura 12, a qual é reconhecida apenas
pelo símbolo da marca.
Figura 16 - Nike
Fonte: MUNDO DAS MARCAS
3
Minimalista: relativo ao minimalismo ou indivíduo que defende ou que age segundo o
minimalismo. Procura de soluções que requeiram um mínimo de meios ou de esforços. Teoria
ou prática nas artes que utiliza os elementos mais simples e em número mais reduzido, e lança
mão da repetitividade para atingir sua proposta. (DICIONÁRIO..., 2013)
31
Para um logotipo desempenhar o papel adequado ele deve possuir algumas
características que segundo Healey (2012, p.7),
Um logotipo:
• precisa ter forma e cor;
• geralmente tem um elemento tipográfico que transmite o nome;
• precisa de algumas variações para serem usadas nos diferentes
contextos em que ele será visto;
• incorpora um simbolismo visual ou uma iconografia que seja tanto
universal como de cultura específica.
Para finalizar, entende-se como logotipo como sendo um dos elementos
gráficos de composição de uma marca, podendo ser único, ou seja, sem o
símbolo.
Complementando Healey (2012, p.15) ainda define logotipo como sendo,
Definição 1 - Grupo de letras, abreviações etc., fundidas em um bloco
único para acelerar a composição tipográfica.
Definição 2 - Representação gráfica de uma marca comercial, da
sigla de uma instituição etc.
Logotipo é uma assinatura institucional, a representação gráfica da
marca. Por isso ela deverá aparecer em todas as peças gráficas
feitas para a empresa. Como toda a assinatura, o logotipo precisa
seguir um padrão visual que a torna reconhecida onde quer que ela
seja estampada. [...] Usar corretamente o logotipo é uma das ações
obrigatórias para o reforço da imagem e da personalidade da
empresa.
2.3.5 Cor
Quando falamos em cores, logo vem a mente o disco cromático – figura 13
– que possui como base as cores primárias chamadas de cores puras, sendo o
amarelo, o azul e o vermelho, que não podem ser criadas misturando outras
cores. A combinação das cores primárias forma as cores secundarias, que são
o verde, o laranja e o violeta. E por fim, a união de cores primárias e
secundárias gera as cores terciárias, que são os tons presentes no anel da
figura a seguir.
32
Figura 17 - Disco Cromático
Fonte: COLOR IN NATURE
As cores estão presentes em nosso cotidiano, e exercem um papel de
extrema importância principalmente para o Design Gráfico, que as utilizam para
transmitir sensações aos consumidores.
A cor possui um grande poder sobre as escolhas feitas pelos consumidores
nos dias de hoje. Segundo Farina (1990, p.27) “[...] a cor é uma linguagem
individual. O homem reage a ela subordinado às suas condições físicas e as
suas influências culturais.” Ainda de acordo com Farina:
A cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a
de construir. A cor é vista: impressiona a retina. É sentida: provoca
emoção. E é construtiva, pois, tendo um significado próprio, tem valor
de símbolo e capacidade, portanto, de construir uma linguagem que
comunique uma idéia.
Partindo desta premissa pode-se dizer que a comunicação faz uso desta
ferramenta para diferenciar produtos e marcas, com o intuito de atrair e
conquistar o consumidor, bem como promover a interação, a orientação. O
autor fala ainda sobre a enorme capacidade comunicativa que as cores
33
possuem, sendo que, elas devem ser bem estudadas e analisadas, pois as
reações do homem perante elas dependem de muitos fatores.
De acordo com Samara (2010, p.25),
Considere cuidadosamente as propriedades espaciais da cor no que
diz respeito à hierarquia, quer visual ou tipográfica. Claramente,
elementos de forma nas cores vermelha, laranja e amarelo
provavelmente chamarão a atenção de maneira fácil, pois parecerá
que eles estão indo em direção ao observador.
Para isso é muito importante saber qual a sensação que cada cor transmite
ao observador antes de usá-la, como podemos ver na figura 14 a seguir, algo
essencial e que pode levar a criação, ao sucesso ou ao fracasso.
Figura 18 – Efeito das cores no cérebro
Fonte: DP ORGANIZAAR
34
2.3.6 Alfabeto padrão
A tipografia é outro elemento que compõem A Identidade Visual, para
Pereira (2004, p.4) “Tipologia ou tipografia é o conjunto de caracteres – letras,
algarismos e sinais, seu estilo, formato, tamanho e arranjo visual, que
constituem a composição dos textos, usada num projeto gráfico.” O autor cita
tipografia e tipologia como termos diferentes designados a mesma coisa, já
outros autores citam diferenças entre um termo e outro.
Nyemeyer (2000 apud Nardi, 2009, p.5) define a tipologia como,
Processo de classificação ou o estudo de um conjunto, qualquer que
seja a natureza dos elementos que o compõem, para determinação
das categorias em que se distribuem, segundo critérios definidos.
Pode-se desta forma designar ou descrever a tipografia, como elementos
da escrita utilizados para o desenvolvimento de materiais comunicativos a fim
de transmitir uma informação.
Nos dias atuais existe um número muito grande de fontes, Strunck (2007,
p.80) as divide em cinco grandes grupos: serifa triangular, serifa linear, serifa
quadrada, sem serifa e decorativos, como mostra a figura 19.
Figura 19 – Classificação das tipografias
Fonte: Strunck (2011)
35
3. PROJETO DE DESIGN
3.1 METODOLOGIA
Para elaboração de um projeto de Design é necessário escolher um método
que de acordo com Facca (2011, p.27) “O método também corresponde a uma
série de operações, cujo objetivo é atingir o melhor resultado com o menor
esforço.”
Para a área de Design Gráfico existem diversas metodologias disponíveis
que auxiliam na execução do trabalho. Algumas são mais complexas com
inúmeros passos a serem seguidas, e outras mais simples, mas todas elas
auxiliam para se chegar ao melhor resultado. De acordo com Facca (2011,
p.31/32) um método auxilia no:
Conhecimento do assunto a ser pesquisado;
Curiosidade;
Criatividade;
Integridade intelectual;
Atitude autocorretiva;
Sensibilidade social;
Imaginação disciplinada;
Perseverança e paciência;
Confiança na experiência.
Entre os diversos métodos disponíveis, todos possuem etapas bastante
importantes para qualquer trabalho que gere criatividade, e que leve o designer
a adquirir maior consciência e controle dos caminhos que a mente percorre
quando procura soluções para um problema.
Para o desenvolvimento de um projeto de Design Gráfico que elabore uma
Identidade Visual é importante que a metodologia tenha etapas bem definidas
para que as pesquisas e analises possuam uma boa interpretação, e estas
levem ao melhor resultado. Também, é de extrema importância que o método
leve este entendimento sobre o assunto, até a fase de criatividade, a qual terá
diversidade de resultados sem perder o foco do trabalho.
36
3.2 ESTRUTURA DO MÉTODO DE PROJETO
O método escolhido para o trabalho tem como autor Luiz Vidal Negreiros
Gomes. Suas etapas são bem definidas tanto nas pesquisas quanto na fase
criativa.
Segundo Villas-Boas (1999, p.37),
A metodologia serve para dar ao profissional um controle das
variáveis envolvidas no projeto e, assim, possibilitar que ele faça uma
opção expressa entre alternativas de consecução, a partir de
testagens realizadas por ele ou por outros. Portanto, para que uma
atividade seja considerada de Design gráfico, ou um objeto possa ser
enquadrado como produto de Design gráfico, é preciso que esta
metodologia projetual seja expressamente considerada.
Gomes (2001) exibe seu método como sendo um processo criativo, o qual é
composto por sete etapas, como mostra a figura 15 a seguir.
Figura 20 - Etapas e fases do processo criativo
Fonte: GOMES (2001)
37
Na primeira etapa Identificação, define-se o problema e delimita-se o
caminho que será seguido, também se percebe as necessidades e objetivos de
um problema de Design.
Durante a segunda etapa Preparação, é o momento de absorver
informações de dados abstratos e concretos. Conhecer o assunto sobre o qual
desenvolverá o projeto. Pesquisar quem são os seus concorrentes e como eles
atuam no mercado. Ler tudo sobre o assunto, selecionar informações mesmo
que pareça não ter relação com o problema. Enfim, buscar informações que
venham contribuir para a elaboração do trabalho.
A Incubação, terceira etapa, é hora de parar tudo e realizar outras
atividades para que o processo aconteça. Durante esse período, não deve-se
buscar respostas ou idéias incansavelmente. Pode-se aproveitar o tempo livre
para a formatação e organização do projeto. De acordo com Gomes (2001,
p.28), “[...] não é preciso esperar a chegada da pressão angustiante causada
pela procura da solução, quando a mente desliga e entra neste estágio
inconsciente.”
Esquentação é a quarta etapa, que é retomado o trabalho com o
desenvolvimento de atividades práticas, como rabiscar, desenhar, rascunhar e
escrever. Não é hora de julgar o trabalho, apenas de criar as gerações de
alternativas.
Iluminação quinta etapa, que traz à tona uma ou mais idéias para o projeto.
Imaginam-se as idéias e depois ocorre a visualização por meio de
representações gráficas. Além disso, são comparadas características em
relação as concorrentes. E por fim acontece a seleção da idéia que melhor
atende aos requisitos do projeto.
A sexta etapa Elaboração, a idéia já está definida. E o momento é de
aprofundar as análises e se necessário fazer melhorias na alternativa
escolhida, além de representá-la através da modelação bidimensional ou
tridimensional, dependendo do que exige o projeto.
A sétima etapa, a Verificação, é o final do processo que é preciso
comprovar que a idéia adotada como solução seja realmente a melhor. Sendo
necessária uma verificação final da qualidade dos produtos e da coerência de
acordo com o projeto de Design elaborado.
38
3.2.1 Identificação
O projeto acadêmico possui questões como problema e delimitações
criadas pela própria autora para o projeto. Trata-se do desenvolvimento de uma
Identidade Visual e de materiais gráficos que representem produtos criados
com a técnica de patchwork. Esta Identidade Visual representará estes
produtos como sendo de uma produção artesanal para agregar a renda
familiar, não sendo assim uma empresa.
O trabalho tem como foco a identificação de produtos artesanais
desenvolvidos com técnicas de costura e patchwork. São técnicas simples e
dominadas por diversas pessoas, assim possuem uma grande quantidade de
concorrentes, sendo necessário que a Identidade Visual seja um diferencial a
mais para os produtos, para que os mesmos sejam reconhecidos e adquiridos
pelos consumidores.
O projeto abrangerá uma série aplicações a serem desenvolvidas como
cartões de visita, tags, caixa para enviar via correio ou embalar os produtos,
manual da marca e blog para vendas dos produtos.
Os produtos terão como foco de venda a forma virtual através de um blog
que conterá a foto, o valor de cada produto. O mesmo também terá os contatos
e endereços necessários para o cliente adquirir os produtos e executar o
pagamento dos mesmos.
O público-alvo destes produtos artesanais é diversificado, pois se trata de
apreciadores das artes criadas manualmente, serão de diversas idades e
independe de sexo, pois os produtos são variados como tapetes, capas de
almofadas, toalhas, pendentes para cortina e porta, além de bonecas e
bichinhos como ursos e passarinhos, tudo de tecido.
39
Figura 21 - Esquema de organização dos componentes do problema
Fonte: A AUTORA
3.2.2 Preparação
Concluída a definição das delimitações para a pesquisa, como mostrou o
esquema na fase anterior com a especificação das pesquisas sobre artesanato
e patchwork e com a definição das peças gráficas a serem desenvolvidas.
Nesta fase de preparação ocorrem dois tipos de pesquisa, a denotativa4 que
4
Denotativa, cujo significado real está no dicionário. (CREATIVANDO, 2013).
40
envolve termos como: Artesanato, e uma pesquisa conotativa5, que coleta
dados mais específicos como sobre patchwork e concorrentes.
Dentre os temas pesquisados nesta fase não são incluídas as pesquisas
sobre Identidade Visual, pois já foram coletados nas Bases do Conhecimento.
Já sobre as Peças Gráficas será feita uma breve pesquisa sobre similares, as
quais iram compor um painel imagético.
3.2.2.1
Artesanato
Ao iniciar o assunto sobre artesanato, é importante definir o que se entende
por este termo, pois segundo Borges (2011, p.21),
Produtos artesanais são aqueles confeccionados por artesãos, seja
totalmente a mão, com o uso de ferramentas ou até mesmo por
meios mecânicos, desde que a contribuição direta manual do artesão
permaneça como o componente mais substancial do produto
acabado. Essas peças são produzidas sem restrições em termos de
qualidade e com o uso de matérias-primas de recursos sustentáveis.
A natureza especial dos produtos artesanais deriva de suas
características distintas, que podem ser utilitárias, estéticas, artísticas,
criativas, de caráter cultural e simbólicas e significativas do ponto de
vista social.
Muitas vezes o termo artesanato é definido de diferentes formas podendo
ser uma arte, uma técnica habilidosa, uma tradição familiar. Já outras
definições depreciam esta atividade, colocando a mesma como rústica, sem
sofisticação, feia e grosseira. Esses termos usados para definir o artesanato
em diversas partes do mundo, agregam valor ou desvalorizam estes produtos
criados com tanto empenho e criatividade.
Os objetos são projetados a partir premissas habitualmente atribuídas
ao Design, como o atendimento a determinada função de uso, a partir
do emprego de determinadas matérias-primas e determinadas
técnicas produtivas. As técnicas podem ser transmitidas por gerações
da mesma família ou por habitantes mais velhos de uma comunidade
ou podem ter sido “inventadas” recentemente por uma ou mais
5
Conotativa, que corresponde a uma transferência do significado usual para um sentido
figurado. (CREATIVANDO, 2013).
41
pessoas. Muito raramente essas técnicas foram aprendidas na
escola, mesmos nos casos em que os grupos artesanais pertencem à
classe média. (BORGES, 2011, p.21).
Historicamente o artesanato surgiu a milhões de anos, segundo Rugiu
(1998, p.11),
Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. Isso pode
ser identificado no período neolítico (6.000 a.C.) quando o homem
aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica para armazenar e
cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem das fibras
animais e vegetais. O mesmo pode ser percebido no Brasil, onde
pesquisas permitiram identificar fabricação de cerâmica por etnias
de tradição nordestina que viveram no sudeste do Piauí em 6.000
a.C.
Ainda de acordo com Rugiu (1998, p.18),
A partir do século XIX, o artesanato ficou concentrado então em
espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de
aprendizes vivia com o mestre-artesão, detentor de todo
o conhecimento técnico. Este oferecia, em troca de mão-de-obra
barata e fiel, conhecimento, vestimentas e comida.
Muitas vezes o artesanato é confundido com o termo craft6, que se atribui a
uma técnica aprendida em cursos universitários em países do hemisfério norte,
que usam esta técnica para a autoexpressão, as quais possuem alto preço,
comparados a de obras de arte. Muitas artesãs brasileiras, não conhecendo a
diferença, se intitulam crafteiras, por imaginarem se tratar de um termo
americano que define artesanato.
O artesanato brasileiro e de países da America Latina muitas vezes é
intercalado com outras atividades, se tornando apenas um entretenimento para
muitos artesãos e artesãs. Devido à dificuldade de divulgar os produtos
criados, para assim vender e gerar a renda suficiente para o sustento, muitas
pessoas se vêem obrigadas a trabalhos em outras áreas, onde o ganho é fixo,
e acabam deixando de lado a produção artesanal pela falta de tempo.
No Brasil o artesanato e o Design são áreas distintas e separadas, muitas
vezes até geram certa “competição”, onde produtos criados de forma artesanal
6
Uma ocupação manual que requer treinamento extenso, geralmente incluindo estágio como
aprendiz e alto nível de habilidade. (BORGES, 2011, p.25).
42
diminuem as vendas de produtos desenvolvidos por Designers e fabricados por
indústrias, o que não ocorre em outros países os quais usam a sabedoria
artesanal como alicerce para diversas criações.
Apesar da grande diversidade de artesanatos ainda existe pouca
informação a respeito do assunto. No ano de 2012 foram lançados dados da
Pesquisa de Informações Básicas Municipais Munic/2009 do IBGE, que trazem
informações mais concretas a respeito da atividade artesanal.
Nessa pesquisa foram levantados dados sobre essa atividade que poderão
levar a novas pesquisas capazes de preencher as lacunas hoje existentes
sobre números e características dos trabalhadores que desenvolvem estas
atividades, a renda gerada pela venda desses produtos, equipamentos usados
para o desenvolvimento do artesanato, instalações e técnicas utilizadas, canais
de comercialização usados para escoar os produtos produzidos, etc.
Dentre os dados coletados na pesquisa Munic/2009 do IBGE, foram
classificados os tipos de artesanato e suas respectivas definições que são as
seguintes:
Bordado: produção de artefatos com técnica artesanal à base de
linha, fios, etc., sobre estofo ou pano, para uso utilitário ou decorativo.
Barro: fabricação de artefatos utilitários ou simbólicos, moldados em
argila, a mão ou em tornos manuais, crus ou queimados em fornos.
Couro: produção manual de artefatos decorativos, utilitários e
indumentária de couro e de peles.
Fios: produção de peças de vestuário e outras, executada a partir de
fios naturais ou sintéticos.
Fibras vegetais: processo desde a extração, o tratamento e a
confecção do artefato em si.
Frutas e sementes: processo de produção de peças decorativas,
adorno pessoal e de caráter simbólico, a partir de sementes e de
frutos.
Madeira: fabricação de todo artefato construído com qualquer tipo de
madeira.
Material reciclável: produção de artefatos variados com resíduo de
origem industrial para produzir peças decorativas, utilitárias e de
indumentária.
Metal: processo de confecção artesanal de peças de metais diversos.
Pedras: produção de artefatos utilitários, decorativos e de adorno
pessoal de mármores, granitos, pedra-sabão e outras em geral.
Pedras preciosas: processo de lapidação e/ou utilização de pedras
preciosas para confecção de jóias, bijuterias e peças de adorno
pessoal.
Tecelagem: processo de produção de tecido que tem como base o
entrelaçamento de fios.
Tapeçaria: peça feita a mão, utilizando como base uma tela,
sobrepondo fios e fibras com pontos elaborados.
43
Renda: técnica artesanal de entrelaçar ou recortar fios, formando
desenhos variados, geralmente de aspecto transparente e vazado.
Vidro: produção de artefatos decorativos com técnica artesanal em
vidro
Conchas: produção de artefatos decorativos com técnica artesanal
com conchas.
Culinária típica: arte de confeccionar alimentos e bebidas com
produtos locais e modos de fazer próprios da comunidade local.
(IBGE, 2012, p.6-10).
Dentre estes encontra-se o bordado, ao qual se enquadra os produtos em
patchwork, e que será desenvolvida a Identidade Visual definida no projeto.
A tabela 1 a seguir, apresentada os resultados alcançados pela Munic-2009,
relativos ao artesanato executado nos municípios brasileiros.
Tabela 1 - Atividades Artesanais mais significativas nos Municípios - Brasil
Atividades
Quantidade
% do Total de
%
% do Número
Artesanais
de Atividades
Atividades
Acumulado
de Municípios
Bordado
4.081
28,3
28,3
73,3
Madeira
1.900
13,2
41,5
34,1
Culinária Típica
1.419
9,8
51,4
25,5
Barro
1.142
7,9
59,3
20,5
Material Reciclável
954
6,6
65,9
17,1
Fibras Vegetais
811
5,6
71,5
14,6
Tapeçaria
679
4,7
76,2
12,2
Couro
596
4,1
80,4
10,7
Fios e Fibras
563
3,9
84,3
10,1
Frutas e Sementes
496
3,4
87,7
8,9
Outros
437
3,0
90,8
7,9
Renda
374
2,6
93,4
6,7
Tecelagem
370
2,6
95,9
6,6
Pedras
178
1,2
97,2
3,2
Conchas
173
1,2
98,4
3,1
Vidros
105
0,7
99,1
1,9
Metal
84
0,6
99,7
1,5
Pedras Preciosas
46
0,3
100,0
0,8
14.408
100,0
Totais
Fonte: Adaptado de IBGE/MINIC - 2009
44
Nesta tabela é possível perceber que o bordado, ao qual se enquadra os
produtos em patchwork, esta em primeiro lugar com mais de quatro mil tipos de
técnicas, que se enquadram neste grupo, o que mostra a grande quantidade de
concorrentes que produzem artesanatos semelhantes no Brasil.
A pesquisa também traz dados sobre as atividades artesanais executadas
nos municípios do Estado de Santa Catarina, como dispostos na tabela 2 a
seguir.
Tabela 2 - Atividades Artesanais mais significativas nos Municípios – Santa Catarina
Atividades
Quantidade
% do Total de
%
% do Número
Artesanais
de Atividades
Atividades
Acumulado
de Municípios
Bordado
225
27,9
27,9
76,8
Culinária Típica
128
15,9
43,8
43,7
Madeira
116
14,4
58,2
39,6
Material Reciclável
55
6,8
65,0
18,8
Fios e Fibras
51
6,3
71,3
17,4
Tapeçaria
37
4,6
75,9
12,6
Fibras Vegetais
35
4,3
80,3
11,9
Outros
31
3,8
84,1
10,6
Tecelagem
28
3,5
87,6
9,6
Renda
23
2,9
90,4
7,8
Barro
20
2,5
92,9
6,8
Conchas
16
2,0
94,9
5,5
Vidros
13
1,6
96,5
4,4
Couro
11
1,4
97,9
3,8
Frutas e Sementes
11
1,4
99,3
3,8
Metal
3
0,4
99,6
1,0
Pedras
2
0,2
99,9
0,7
Pedras Preciosas
1
0,1
100,0
0,3
806
100,0
Totais
Fonte: Adaptado de IBGE/MINIC - 2009
Como se observa nas tabelas 1 e 2, a atividade artesanal possui números
significativos na atividade definida como bordado, a qual se enquadra os
produtos citados neste projeto, isso tanto no Brasil ou no Estado de Santa
Catarina, deixando claro a grande quantidade de artesãos que executam
45
técnicas semelhantes, sem citar as pessoas que executam esta atividade e não
estão ligadas a nem um grupo ou associação, e assim não constam nesta
pesquisa.
O artesanato foi sempre visto como um dos pontos mais marcantes
da cultura brasileira. Segundo dados de 2010 da Secretaria do
Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, o artesanato envolve 8,5 milhões de
pessoas no Brasil. Não é à toa que em qualquer cidade é possível
encontrar feirinhas e bazares com diversas opções feitas à mão. Mas
o trabalho que normalmente era feito em pequena escala, e vendido
de forma modesta, despertou o interesse de empreendedores, que
buscam dar ao material feito de forma artesanal o status de produto
exclusivo. (EMPRESAS..., 2012)
O artesanato apesar de ser uma atividade iniciada a milhões de anos, esta
em constante transformação, e possui grande capacidade de desenvolvimento,
e uma forma de alavancar este crescimento é através das vendas por Internet.
O desenvolvimento da tecnologia favoreceu o acesso a informação, o que
gerou o aumento das vendas através de lojas virtuais, devido ao baixo custo e
a facilidade de manutenção, o que possibilita realizar vendas para o país
inteiro, e até mesmo para outros países.
O crescente aumento dessas vendas fez surgir sites especializados nas
vendas desses produtos, como por exemplo, o Elo 7,
“Criado em 2008, o site recebe em média 7,6 milhões de visitas
por mês e tem atualmente 85 mil artesãos e mais de 1 milhão de
produtos cadastrados. O custo anual para manter uma loja no site é
de R$ 29,90. Para ser aceito, o artesão deve se encaixar no perfil do
grupo. Não é permitido nenhum tipo de revenda, tem que ser uma
produção própria. Também não pode ser um processo industrializado,
ou produção em alta escala. O site já apresenta um crescimento de
140% nas vendas, comparando ao período de maio de 2011 a maio
de 2012." (EMPRESAS..., 2012).
Mas o artesanato brasileiro ainda necessita de muitos investimentos para ter
o seu devido valor reconhecido, e para isso algumas ações precisam ser
organizadas, que de acordo com Borges (2011, p. 59),
Melhorias das condições técnicas.
Potencialidades dos materiais locais.
Identidade e diversidade.
Construção das marcas.
46
Artesãos como fornecedores.
Ações combinadas.
Com essas ações a qualidade e a valorização do artesanato aumentariam
consideravelmente, e assim, o artesão poderia executar sua atividade como
forma principal, gerando a renda para o seu sustento e de sua família.
Ainda de acordo com Borges (2011, p. 74),
Uma vertente importante da melhoria das condições técnicas dos
objetos resulta da necessidade de adaptar o produto para novos
usos. De que adianta fazer só toalhas de mesa enormes, se as
famílias diminuíram de tamanho? Insistir em toalhas quando muita
gente está optando pela informalidade dos jogos americanos? Várias
práticas artesanais surgiram para o consumo próprio do artesão, de
sua família e de sua comunidade, e o artesão precisa estar atento a
eles para poder atender a demanda.
Além das melhorias técnicas é necessário desenvolver Identidades Visuais
para esses produtos, como ma marca, tags, embalagens, modos de divulgação
com folders e cartões de visitas e pontos de venda ou sites, os quais são
recursos importantes para divulgar os produtos artesanais.
“Produtos manufaturados ligados a comunidade tradicional tendem a
ser pouco valorizados na origem, porque elas não possuem as
ferramentas para explicar os valores que vêm imbuídos neles, sua
origem, sua qualidade. Quando bem desenvolvidos, a marca e
demais produtos gráficos associados a ela são ferramentas
poderosas de comunicação. Elas possibilitam que o público
consumidor compreenda melhor uma realidade distante, ajudam a
criar uma ligação entre ambos.” (BORGES, 2011, p. 119).
Atualmente a sociedade preocupa-se com o consumo consciente e a
condenação da prática de exploração dos trabalhadores pelas indústrias.
Essas ações mostram que os produtos artesanais são ótimas opções de
compra e ainda geram renda para famílias, além de desenvolver a localidade
onde são produzidos. Pois com o aumento da renda dos artesãos, cresce
também o poder aquisitivo de bens de consumo, gerando assim um ciclo de
melhorias entre diversas áreas, e tudo isso sem agredir a natureza, pois os
artesanatos são produzidos com matérias-primas sustentáveis.
Outra ação que pode ser tomada para alavancar o valor dos objetos
artesanais é o artesão sair do meio informal e da produção caseira e juntar-se
47
a cooperativas ou associações, as quais são centenas espalhadas por todo o
país. Com isso, o artesanato ganha força e se torna reconhecido e admirado,
além de ter maior divulgação do que quando era feito nas casas.
3.2.2.2
Patchwork
O termo americano patchwork possui algumas denominações, mas sua
tradução correta é trabalho com retalhos.
A tradução literal de patchwork é "trabalho com retalho". É uma
técnica que une tecidos com formatos variados. O patchwork é a
parte superior ou topo do trabalho, já o trabalho completo é o
acolchoado, formado pelo topo mais a manta acrílica e o tecido fundo,
7
tudo preso por uma técnica conhecida como quilting ou
acolchoamento. (HISTÓRIA, 2013)
A figura 17 a seguir, é um exemplo dessas técnicas, onde o quilting é a
parte branca acolchoada e com inúmeras costuras, e o patchwork são os
desenhos aplicados sobre a colcha, nesta imagem representada pelas flores e
joaninhas.
Figura 22 – Patchwork e Quilting.
Fonte: SEW MAMA SEW
7
A palavra quilt provém do latim culcita, uma espécie de colchão ou almofadão preenchido
com algo macio e quente (assim como penas, lã ou cabelos) e usado para deitar ou cobrir.
(ONLINE TRANSLATOR, 2013).
48
O patchwork e o quilt são trabalhos manuais muito antigos, são técnicas
diferentes, mas segundo a história foram criados como um só, através das
colchas feitas de retalhos.
Há registros desse tipo de trabalho desde 3400 A.C. No Egito antigo,
os faraós já utilizavam roupas feitas de sobras de tecidos, para serem
usadas sob as armaduras de ferro, além de seu uso para aquecer.
Na idade média, o patchwork e o quilt se espalharam pela Europa
(Inglaterra, Itália, França e Alemanha).
Os peregrinos ingleses, que fugiram das perseguições religiosas,
trouxeram o patchwork e o quilt para a América. Estes colonizadores
eram muito rígidos e as mulheres eram incentivadas a fazer trabalhos
manuais para que o “demônio” não tivesse espaço em suas mentes.
Estas mulheres só tinham permissão para sair de casa em duas
ocasiões, para ir à igreja ou para ir às reuniões de quilteiras. Nestas
reuniões elas faziam colchas, roupas e cortinas de retalhos de sobras
de roupas ou mesmo de roupas velhas, porque não tinham dinheiro
nem onde comprar tecidos. Naquela época todas as mulheres
deveriam fazer 12 quilts antes de se casar, sendo que a última
deveria utilizar os blocos Double Wedding Ring (dois anéis de
casamento entrelaçados). (HISTÓRIA, 2013).
Figura 23 - Colcha de blocos de Double Wedding Ring.
Fonte: ATELIÊ SEGREDO DA ARTE
A figura 18 mostra uma colcha feita com a técnica do patchwork utilizando
os blocos Double Wedding Ring, está técnica apesar de tão antiga, ainda é
desenvolvidas nos dias atuais, devido a sua riqueza de detalhes que surge da
união de pequenas formas, as quais formam círculos.
Um ponto importante na história do patchwork foi a invenção da máquina de
costura caseira, que possibilitou a criação destes trabalhos de forma mais
49
rápida, além de influenciar o surgimento de revistas que ensinavam a técnica e
tinham moldes e padrões prontos.
Entre os anos de 1929 e 1939 durante a Grande Depressão causada
pelo estouro da Bolsa de Valores dos Estados Unidos, a economia
ficou em baixa, surgindo a necessidade do aproveitamento total dos
tecidos. Isso refletiu na necessidade de se criar blocos menores como
Apple Core (miolo de maçã), os triângulos e a bonequinha Sunbonnet
Sue (Sue com chapéu de sol).
Após a Segunda Guerra Mundial, as mulheres começaram a sair de
casa e a trabalhar fora. Durante algum tempo, o patchwork e o quilt
ficaram esquecidos. Porém, em 1979, a empresa Olfa lançou um
sistema inventado pelo Sr. Y. Okada, que utilizava um cortador
rotatório, uma placa de base (para não deixar a lâmina perder o fio) e
réguas com marcações, permitindo corte mais rápido e com precisão.
Na década de 70, contudo, com o movimento hippie, o artesanato
voltou a ter destaque, e o quilt e o patchwork ressurgiu com força
total. (PATCHWORK, 2013).
A seguir as figuras 19, 20 e 21 que representam respectivamente as
técnicas de Apple Core, Triângulos e a bonequinha Sunbonnet Sue.
Figura 24 - Apple Core (Miolo da Maça).
Fonte: MATELIÊ
50
Nesta técnica Apple Core a forma do molde lembra bem o miolo de uma
maça. Mas apesar da forma ser pré-estabelecida é possível brincar bem com
as cores e estampas do tecido, o que deixa o trabalho chamativo e divertido.
Figura 25 - Técnica de triângulos em tapete.
Fonte: RITA COR
Já os trabalhos usando triângulos é algo bem mais complexo e exige muita
dedicação na hora de executá-los. Em primeiro lugar o tecido é recortado em
círculos, após é feito uma dobra ao meio com o auxilio de um ferro de passar
roupa. Em seguida as extremidades do meio círculo são dobradas até se
unirem ao centro do meio círculo e são marcadas com o ferro novamente. Esse
passo a passo é feito em cada triangulo antes de costurá-los uns sobre os
outros.
Figura 26 - Boneca Sunbonnet Sue em
Fonte: LUZ ARTES
patchwork.
51
A Boneca Sunbonnet Sue presente na imagem anterior foi aplicada com a
técnica de patchwork, ou seja, retalhos de tecido costurados sobre outro tecido,
formando desenhos.
Atualmente, os trabalhos de patchwork não são desenvolvidos apenas com
sobras, mas com tecidos apropriados com 100% algodão, fabricados e
comprados exclusivamente para esse fim. Não é mais um aproveitamento, é
uma arte. Assim esta técnica passou a ser um trabalho tão bem elaborado que
é até exposto em feiras nacionais e internacionais. Há outras novidades nesta
área como o Kit para patchwork da empresa Olfa – figura 22, que ajuda a cortar
o tecido mais rápido e preciso.
Figura 27 - Kit para patchwork da empresa Olfa
Fonte: RIERA ALTA
Já a outra novidade é chamada de patch colagem ou internacionalmente
como apliqué, ou seja, “é uma técnica ornamental utilizada para decorar
utilidades diversas, cuja produção é simples. Para fazer o patch colagem
básico, é preciso tecido de estampas diversas, papel termocolante, agulha,
linhas e ferro de passar roupa.” (YASSUE ..., 2013). Está técnica nada mais é
que o patchwork aperfeiçoado com o uso de papel termocolante, o que facilita
muito na hora de desenvolver os trabalhos, pois as formas não saem do lugar
no momento de costurar.
A cor é o elemento que mais chama a atenção numa peça de patchwork. O
conhecimento da cor é uma boa base para obter ótimos resultados. Saber
52
combinar as cores e os tons e conseguir uma harmonia entre eles são um
grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho em patchwork.
3.2.3 Incubação
Nesta etapa da metodologia de Design definida como Incubação, é
realizada uma pausa estratégica. Isso é importante para que a mente descanse
e após prossiga de maneira mais focada.
Neste período é o momento de parar de buscar a solução para o projeto, o
foco é elaborar outras atividades como correções e releitura do trabalho. Isso
além de necessário ajudará o autor a desenvolver os painéis de conceitos, que
são essenciais para elaboração da próxima etapa Esquentação.
Figura 28 - Nuvem de palavras
8
Fonte: A AUTORA
8
Uma nuvem de palavras sobre um determinado texto dá uma visão geral aos alunos dos
conceitos e termos com mais destaque nos conteúdos. Essa ferramenta pode ser muito bem
aproveitada pelos professores na análise de textos e na criação de didáticas com ferramentas
tecnológicas. (COSTA, 2011).
53
Nesta etapa foi elaborada uma nuvem de palavras – figura 23 – onde foram
expostas palavras sobre o projeto e os elementos que o compõem. Assim é
possível perceber pontos fortes dentro da técnica de patchwork e artesanato
que devem estar presentes na Identidade Visual, como por exemplo retalhos,
colorido,unir, costurar, etc.
3.2.4 Esquentação
Nesta etapa ocorre o desenvolvimento das referências visuais elaborados
com os painéis imagéticos pesquisados de acordo com os temas definidos na
etapa anterior através da nuvem de palavras. Para este projeto foram
elaborados quatro painéis imagéticos que são: Painel de Conceito, Painel de
Similares – Produtos em patchwork, Painel de Similares – Logotipos, Painel de
Similares – Materiais Gráficos.
No primeiro Painel de Conceito que é caracterizado por elementos relativos
aos sentimentos de quem trabalha com este ramo das criações artesanais,
mostra este mundo lúdico, colorido, criativo, com muitos elementos e divertido
que surge durante o desenvolvimento dos produtos.
54
Figura 29 - Painel de Conceitos
Fonte: A AUTORA
Neste painel é possível observar os elementos que representam de diversas
formas esta técnica artesanal, como cores, delicadeza, fascínio pelo
artesanato, criatividade, felicidade, qualidade, liberdade de pensamentos e
expressão.
Já o segundo Painel de Similares – Produtos em patchwork é composto por
imagens retiradas da Internet de alguns produtos criados com esta técnica por
diversos artesãos. Neste mostra a variedade de produtos e a beleza gerada
pela combinação das estampas dos tecidos.
55
Figura 30 - Painel de Similares – Produtos em Patchwork
Fonte: A AUTORA
O painel, figura 25, traz detalhes referentes à técnica do patchwork como
diversas estampas, perfeição de acabamentos, muitos elementos, combinação
de cores, imagens ilustrativas de animais ou flores, além da dedicação pelo ato
de desenvolver tudo manualmente, como cortar os tecidos, costurar e aplicar
os desenhos com uma espécie de bordado.
O Painel de Similares – Logotipos, é formado por imagens de marcas ou
nome de artesãos que produzem produtos em patchwork. Neste painel é
possível perceber o uso de elementos como cores, linhas, texturas, os quais
tornam-se diferenciais importantes dos logotipos para chamar a atenção dos
consumidores.
56
Figura 31 - Painel de Similares – Logotipos
Fonte: A AUTORA
Já no este painel, figura 26, traz referências de marcas de artesão, onde
estão presentes elementos como cores vivas, ilustrações com representações
de estampas de tecidos, desenho ou elementos infantilizados e delicados,
tipografias com estilo manual, ou com muitos arabescos.
No último Painel 27, de Similares e Materiais Gráficos, há imagens de
embalagens e peças gráficas como cartões de visita e etiquetas para
contemplação de aspectos funcionais (encaixes, dobra, uso, tamanhos e
outros) e aspectos estético-formais (técnicas formais para linguagem visual).
57
Figura 32 - Painel de Similares – Materiais Gráficos
Fonte: A AUTORA
A figura 2 peças que possuem algumas formas diferentes em materiais
gráficos como dobras e alças nas embalagens, recortes nas etiquetas e
detalhes nos cartões de visita.
Após o desenvolvimento dos painéis imagéticos, é momento de iniciar a
segunda fase dentro da etapa de Esquentação, a elaboração do método para
escolha do nome e os esboços e geração de soluções desmembradas através
de desenhos, sendo estes simples e sem muitos detalhes, apenas com linhas e
formas que ilustrem elementos indispensáveis para a solução final.
58
3.2.4.1
Geração de alternativas para Naming
O naming9 é um dos principais elementos de uma Identidade Visual, e para
que a escolha seja a mais adequada, é importante que seja usado um método
que guie por caminhos simples e que gere idéias claras para uma marca forte.
Segundo Rodrigues (2011, p.73),
A Identidade Visual de uma marca é a combinação de diversos
elementos de expressão, seu logotipo/símbolo, elementos gráficos
padronizados, como cor, impressos, seu site, sua abordagem de
atendimento, a arquitetura da sede e dos pontos de venda, ou seja,
toda e qualquer experiência de contato dos públicos que interagem
com a marca e, claro, que seu nome é uma das fontes mais fortes de
construção de identidade.
Por isso, para este projeto foi usado uma metodologia desenvolvida pelo
GAD, que utiliza a ferramenta de brainstorm10, a qual faz parte do
desenvolvimento do short list 11com nomes aleatórios.
A metodologia do GAD12 divide-se em etapas, iniciando com o
desenvolvimento de nomes de forma aleatória. Em seguida é feita a primeira
verificação dos nomes testando os quais são de mais fácil pronuncia. Após os
nomes são verificados, para definir aqueles que enquadram-se de forma mais
adequada os produtos que irão representar. E por fim é realizada uma busca
informal, em sites e blogs, para definir quais os nomes disponíveis e que
podem ser usados.
Na figura 28 a seguir, é possível perceber este processo através do short
list elaborado para a escolha do nome para representar os produtos em
patchwork desenvolvidos pela autora.
9
Naming significa Nomeando. (GOOGLE TRADUTOR)
10
O Brain:
cérebro,
miolo,
inteligência,
intelecto,
quebrar
a
cabeça
de
alguém.
Storming tempestade, temporal, tumulto, ventar muito, chover, enfurecer-se. Ou seja,
brainstorming: tempestade de idéias. (MELLO, 2013)
11
Short List significa Lista de Finalistas. (WORD REFERENCE, 2013)
12
Empresa Gad’ Agency, especializada em branding.
59
Figura 33 - Short List de Naming
Fonte: A AUTORA
Após etapas elaboradas, a conclusão final para o naming da marca vem da
junção das palavras patchwork + maluquices = Patchukices, sendo modificadas
apenas as letras da palavra maluquices, qu por k, para simplificar o nome. O
nome se torna marcante por ser uma palavra inexistente no vocabulário formal,
ou seja, como citado anteriormente faz parte das classificações de nomes
artificiais. Além de ter tudo a ver com a técnica de patchwork, onde o artesão
passa por processos lúdicos na hora de criar cada trabalho.
3.2.4.2
Geração de alternativas
Terminada a etapa da escolha do nome para marca, é momento de voltar
para metodologia de Luiz Vidal Negreiros Gomes, ou seja, a elaboração da
60
geração de alternativas do símbolo, da marca, da embalagem, dos cartões de
visita e das etiquetas.
Figura 34 - Geração de alternativas do símbolo
Mundo lúdico, olhar maluco.
Retalhos e costuras que os une.
Pensamento criativo para criar os artesanatos.
Costuras ao redor, colorido dos tecidos na tipografia.
Retalhos de tecido.
Fonte: A AUTORA
61
Figura 35 - Geração de alternativas do símbolo
A junção das palavras, criando um novo termo.
Junção das palavras e união dos retalhos.
Mundo lúdico, olho maluco na junção das palavras.
União dos retalhos que é como um quebra cabeça de
estampas.
Retalhos de tecido.
Fonte: A AUTORA
62
Figura 36 - Geração de alternativas do símbolo
Inspirado no tapete de triângulos.
Inspiração dos triângulos e retângulos usados na
técnica de patchwork.
Remete a sobreposição dos retalhos.
Fonte: A AUTORA
A geração de alternativas do símbolo para a Identidade Visual tem como
caminho criativo a inspiração no patchwork, com muitas cores, além do mundo
lúdico e criativo que envolve o artesanato. É possível perceber as formas
quadradas, triângulos ou retângulos, elementos presentes nos trabalhos
desenvolvidos com esta técnica. Há também ícones que remetem a criatividade
63
e ao universo lúdico. E em algumas geração, como por exemplo nas três
ultimas, onde desenvolveu-se um símbolo muito carregado de elementos, foi
utilizada tipografias mais limpas para haver um equilíbrio do logotipo.
Figura 37 - Geração de alternativas da tag
Fonte: A AUTORA
64
A geração de alternativas das tags mostra algumas formas que podem
contribuir para se chegar à solução final, pois é uma peça gráfica simples e não
possui muitos elementos relevantes entre os concorrentes pesquisados. Os
materiais usados também são de baixo custo devido à grande quantidade de
peças que devem ser produzidas.
Figura 38 - Geração de alternativas de cartões de visita
Fonte: A AUTORA
65
No que se referem aos esboços dos cartões de visita, além do modelo
convencional, foram criados outros modelos que fogem deste padrão, para
além de chamar a atenção, trazer elementos com um diferencial, como ocorre
com os produtos que a Identidade Visual representa.
Figura 39 - Geração de alternativas de embalagens
Fonte: A AUTORA
66
Os esboços elaborados, figura 34, remetem a finalidade das embalagens,
envio via correio, assim além da estética atraente, deve possui formato que
possibilita ser encaixada dentro embalagem secundária de propriedade dos
correios, que possui dimensões como 140mm x 100mm x 70mm, ou 270mm x
180mm x 90mm, ou 360mm x 270mm x 180mm, ou 540mm x 360mm x
270mm, como mostra um exemplo na figura 35. Além disso, ocorre a busca
pela inovação nesta embalagem, como ocorre com os produtos os quais ela
embalará.
Figura 40 - Caixas dois correios para envio de encomendas
Fonte: SHOPPING CORREIOS
67
Para o blog foi utilizado o uma ferramenta para edição e gerenciamento
gratuito, conhecida como Blogger do servidor Google13 que permite a
publicação de conteúdos variados, postados pelo usuário criador do mesmo.
Figura 41 - Layout do blogger
Fonte: BLOGGER
Mas mesmo sendo uma ferramenta gratuita possui diversas formas de
personalização como cores, planos fundo, tipografias, etc para ficar mais
adequado com o que espera o usuário, como é possível perceber na figura 42.
13
É uma empresa multinacional de serviços online e software dos Estados Unidos. O Google
hospeda e desenvolve uma série de serviços e produtos baseados na internet e gera lucro
principalmente através da publicidade
68
Figura 42 - Geração de alternativas do layout do blog
Fonte: A AUTORA
A geração de alternativas mostra algumas opções geradas no projeto,
iniciando com o foco na marca posicionada no topo do blog. Após iniciou-se a
mudança do plano de fundo com aplicação de uma textura pronta. Em seguida
desenvolveu-se elementos para compor juntamente com a marca o topo do
blog. E finalizando optou-se por desenvolver algumas opções de plano de
fundo.
69
3.2.5 Iluminação
Nesta fase de iluminação ocorrem as definições de detalhes para as
alternativas finais de todas as peças gráficas e da Identidade Visual.
Para isso será usada a geração da alternativa a qual será trabalhada e
serão agregados elementos como cores, texturas, figuras, etc., para
representar como ficará a alternativa. Isso será desenvolvido em todos os
elementos que compõem o projeto de Identidade Visual, sendo a logomarca,
cartões de visita, tags, embalagens e layout do blog.
Definiu-se elaborar duas embalagens com as dimensões quando fechadas
de 250mm x 150mm e de 500mm x 300mm. O formato é inovador e alude a
envelopes, O material para a confecção das mesmas será tecido 100%
algodão cru.
Já os cartões de visita as dimensões serão de 90mm x 50mm impressos em
papel reciclato de gramatura 240. E as tags serão de 50mm x 90mm também
em papel reciclato de gramatura 240.
Figura 43 – Solução da Marca
Fonte: A AUTORA
70
Para a idéia final da marca trabalhou-se com a fonte tipográfica Agency FB,
a qual foi modificada para possuir cantos mais retos, que lembrassem os
retalhos dos tecidos, tornando assim uma fonte híbrida. E para a frase que
acompanha a marca será usada a fonte Arial.
Além da fonte totalmente reta, outros elementos que remetem aos retalhos,
são os retângulos e quadrados coloridos posicionados atrás de algumas letras,
que transmitem o colorido desta técnica de artesanato, além de trazer alegria
para a marca. Para estas formas geométricas foi selecionado o uso de uma cor
para cada forma, repassando assim a idéia do jogo de cores que ocorre na
hora de unir os retalhos de tecido do patchwork.
Figura 44 - Solução textura para aplicar nas peças gráficas
Fonte: A AUTORA
Para a idéia de textura para ser aplicada nas peças gráficas, foi elaborada
uma composição com as formas extraídas da própria marca. Com a repetição
das mesmas foi desenvolvido um painel que pode ser usado como um
elemento de cor, os quais aludem para os retalhos das colchas de patchwork.
Para criar a textura foram usadas sete cores, ou seja, um para cada forma,
as quais são todas em padrão cromático CMYK.
71
Todos os tons referem-se a uma sensação que pode ser gerada no
consumidor. O laranja remete a vontade de expansão da marca e p prazer
gerado na repetição das formas. Os dois tons de azul referem-se a
produtividade e a busca pelo sucesso que a marca espera alcançar, além, de
remeter a para masculina que também é um público alvo de consumo dos
produtos. O verde engloba a idéia de natureza, da produção artesanal com
produtos renováveis. Os tons de rosa possuem ligação com o público
consumidor feminino, além de remeter a delicadeza dos artesanatos. E por
fim, o amarelo que passa a mensagem de credibilidade e transparência na
compra dos produtos em patchwork.
Figura 45 - Solução da tag
Fonte: A AUTORA
A idéia final da tag trabalhou-se com poucos elementos para não poluir a
composição. Com um formato retangular vertical defini-se a marca ao centro da
etiqueta, os dados da artesã como nome, endereço e telefone na parte inferior
e na parte superior o orifício onde será passada a fita de cetim que servirá para
fixar a etiqueta aos produtos.
Para a tag ser uma peça gráfica mais limpa visualmente, foi definido não
usar cor de fundo, apenas uma composição elaborada com as formas
72
geométricas usadas atrás de algumas letras da marca, o que traz alguns
elementos, mas deixa amostra a cor natural do papel reciclato, que possui um
aspecto que remete ao artesanal, o que deixa a peça mais adequada aos
trabalhos manuais.
Figura 46 - Solução do cartão de visita
Fonte: A AUTORA
Para a idéia final dos cartões de visita foram usados os mesmos padrões da
tag, com a marca centralizada e os dados da artesã na parte inferior do cartão,
além da aplicação da composição de formas geométricas sem cor de fundo,
para deixar amostra a cor do papel cartão.
73
Figura 47 - Solução para embalagens
Fonte: A AUTORA
Para a idéia das embalagens primária para enviar ao produtos em
patchwork, possuem os mesmos elementos tanto gráficos quanto de formato,
apenas são de dimensões diferentes uma medindo 500 x 300mm e a outra de
250 x 150mm fechadas.
Possuem um formato inovador composto por um retângulo com quatro abas
que sobrepostas fecham a embalagem. Em duas dessas abas foram aplicadas
em serigrafia a textura com as formas extraídas da marca, o que da um efeito
gráfico na embalagem, no momento que a mesma esta fechada. E para o
fechamento dessas abas será usado um adesivo com a marca escolhida.
Para a confecção será utilizado tecido 100% algodão, no estado cru, ou
seja, sem passar por processos de coloração, o que traz além de uma cor pra
embalagem, também repassa a idéia do artesanal. E outro ponto a ser
observado é que por ser a embalagem primária, não possui a necessidade de
ter uma estrutura rígida, pois a mesma será posta dentro da embalagem
secundária, que é adquirida nos correios antes do envio, além do fato de que
os produtos em patchwork, que as embalagens envolveram não são objetos
frágeis que possam ser quebrados, pois são criados com tecidos.
74
Figura 48 - Solução para layout do site
Fonte: A AUTORA
O layout do site apesar de grátis possui diversas formas de personalização
como mudança de planos de fundo padrão, cores, tipografias, organização das
informações, além da opção de adicionar elementos criados especialmente
para compor sua interface.
Para a solução do layout definiu-se trazer a atenção do internauta para a
marca, a qual ficará localizada no topo do blog, com uma composição de
elementos. O plano de fundo poderá ser um padrão do blog ou adicionado um
especialmente criado para este layout. Mas estes elementos poderão ser
alterados pelo gerenciador, o momento que sentir necessidade.
75
4. SOLUÇÃO
4.1 FASES DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA - ELABORAÇÃO
A partir das definições expostas na fase anterior, contemplando elementos
estético-formais, estruturais e funcionais, os quais foram combinados para se
tem o resultado esperado, inicia-se a fase de Elaboração.
A elaboração da Identidade Visual e das peças gráficas, foram
desenvolvidas em programas de computação gráfica, e após serem
aprimoradas, alcançaram o resultado desejado.
Todas as peças possuem um padrão visual de formas e cores, e transmitem
os elementos mesmo que de forma sutil, que compreendem o patchwork, como
retângulos e muitas cores.
Figura 49 - Marca finalizada
Fonte: A AUTORA
A marca definitiva Patchukices foi mantida como quando foi elaborada na
fase Esquentação, onde se desenvolveu as gerações de alternativas para a
logomarca. Apenas foram realizados pequenos ajustes de cor e espaçamento
para manter uma proporção visual. A mesma alude aos retalhos e costuras, e
como complemento a explicação Produtos em Patchwork e Afins expõe de
forma clara para o consumidor que trata-se de uma marca que vende produtos
76
desenvolvidos com a técnica do patchwork, além de outros artesanatos como
ursos e bonecas de tecido.
Figura 50 - Cartão de visita finalizado
Fonte: A AUTORA
O cartão de visita seguiu os requisitos especificados na fase anterior de
Iluminação, foram mantidas as dimensões de 90mm x 50mm, apenas foi
alterada a aplicação da textura, a qual seria no cartão todo, resumiu-se a um
detalho no canto superior direito, para que não houvesse uma poluição visual
causada pelas formas geométricas da marca e do fundo. A impressão em
offset, papel reciclato, remete ao artesanal, e as cores serão todas em no
padrão cromático CMYK.
77
Figura 51 - Etiqueta finalizada
Fonte: A AUTORA
Na tag também foi seguida as definições da fase de Iluminação, além da
dimensão de 50mm x 90mm. Mas como no cartão de visita foi alterada a forma
da aplicação da textura passando do fundo para detalhes superior e inferior.
Além da impressão off-set em papel reciclato 240g no fundo para trazer o
aspecto artesanal, com cores todas no padrão cromático CMYK.
78
Figura 52 - Embalagem final aberta
Fonte: A AUTORA
A embalagem aberta mostra seu formato inovador, deixa a mostra as abas
com aplicação da textura em serigrafia e os dados na base da mesma também
aplicados em serigrafia, como descritas na fase da Iluminação.
Possui dimensões de 1010mm x 510mm da embalagem grande e 500 x
310mm da embalagem pequena, somando base e abas, confeccionadas em
tecido 100% algodão, cru.
Figura 53 - Embalagem final fechada
Fonte: A AUTORA
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Já nas embalagens fechadas é possível perceber o jogo de cores criado
com a sobreposição das abas, e o local central onde será aplicado o adesivo
com a marca.
As embalagens fechadas possuem dimensões de 500mm x 300mm da
grande e de 250mm x 150mm da pequena.
A textura de cores aplicada em duas das quatro abas foi através da técnica
de serigrafia.
Figura 54 - Base da embalagem final
Fonte: A AUTORA
A base da embalagem é simples, apenas com os dados da artesã,
impressos em serigrafia, No tecido 100% algodão, cru, para remeter ao
artesanal
Figura 55 – Adesivo para embalagem
Fonte: A AUTORA
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Já os adesivos com a marca, o qual será aplicado na parte superior das
embalagens, serviram de fechamento das abas. As dimensões serão de 140,0
x 45,0mm, com impressão digital.
Figura 56 - Layout do blog da marca
Fonte: A AUTORA
E por fim o layout do blog onde os produtos desenvolvidos com a técnica de
patchwork e outras técnicas serão divulgados e vendidos. Como definido
anteriormente é um blog grátis que teve seu layout personalizado.
4.1.1 Verificação
Após cumprir todas as etapas metodológicas definidas para o projeto,
ocorre a verificação dos elementos desenvolvidos, iniciando com a marca
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gerada para os produtos em patchwork, a qual atende ao que foi proposta, com
elementos que remetem a técnica através das formas retangulares, e o uso de
diferentes cores que aludem para as variadas estampas dos tecidos. O cartão
de visita com impressão em offset sobre papel reciclato torna-se resistente e
repassa um conceito artesanal. A tag com a mesma impressão sobre o mesmo
material do cartão de visita, assim transmite os meios conceitos, apenas possui
um elemento a mais, o qual é uma fita de cetim que passa pelo orifício
perfurado e que a fixa nos produtos. As embalagens com um formato inovador
alcançaram os objetivos para o qual foram desenvolvidas, ou seja, embalar os
produtos em patchwork e encaixar dentro das embalagens secundárias que
são de propriedade dos correios. Seu fechamento com adesivo contendo a
marca é outro diferencial, pois além de agradável esteticamente, ainda
divulgam a marca. E por fim o blog, que apesar de ser grátis, foi
82
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do tema definido como sendo Identidade Visual e materiais gráficos
para produtos em patchwork, o qual teve o objetivo geral de elaborar estes
elementos para representar os produtos desenvolvidos com esta técnica, além
de mostrar aos consumidores que produtos criados de forma manual podem ter
qualidade e ser uma ótima opção de compra.
Para isso no primeiro momento teve um cunho teórico através das bases do
conhecimento que envolveu estudos sobre Design, Design Gráfico e artesanato
com foco mais específico no patchwork e concorrentes. Após passou-se para a
fase prática com a aplicação da metodologia de Luiz Vidal Negreiros Gomes
que guiou o processo criativo e possibilitou o desenvolvimento da Identidade
Visual e das peças gráficas como cartão de visita, etiqueta e embalagens.
O projeto teve várias fases de pesquisas, análises, painéis referenciais,
esboços, até chegar à idéia final onde foi definida a solução do projeto, para
assim partir para a fase de elaboração e modelação. Após houve a conclusão
do projeto de Design, o qual atendeu a todos os requisitos definidos neste
projeto.
83
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89
APÊNDICES
APÊNDICE A – Molde para técnica Apple Core.
APÊNDICE B – Papel termo colante.
90
APÊNDICE C – MANUAL DA MARCA
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
APÊNDICE D – Prancha etapas do projeto
APÊNDICE E – Prancha resultado final

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