O Romanceiro Tradicional

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O Romanceiro Tradicional
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O Romanceiro
Tradicional
Popular:
Origem e Permanência no
Nordeste do Brasil
zxz Maria de Fátima Barbosa
de Mesquita Batista
Doutora em Semiótica e Linguüistica Geral pela
USP. Professora do DLCV do CCHLA da UPFB.
O Romanceiro compreende um conjunto de
romances populares que compõe a tradição oral
de um povo, ou de uma região.
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uando falamos em romances, não estamos nos referindo às narrativas em prosa que
conhecemos comumente, mas às
narrativas poético-musicais, caracterizadas, sobretudo, pelo conteúdo épico ou épico-lírico, pela
forma dialogada ou dramatizada,
pela linguagem popular e pela riCONCEITOS
queza de variações, no conteúdo e
na forma, advinda de sua natureza
oral. Constitui “um domínio bem específico da poesia oral tradicional”
(Pinto Correia, 1984: 17). Apresentam extensão variável, mas não muito longos, exatamente por se tratar
de peças que exploram a memória
do usuário. Em geral, são compos-
tos em versos de uma só rima (monorrímicos) de dezesseis/quatorze
sílabas, divididos em dois hemistíquios de oito/sete.
Menèndez Pidal alude à musicalidade e à função recreativa dos
romances, quando os define como:
“ poemas épico-líricos breves
que se cantan al son de un instrumento, sea en danzas corales, sea en reuniones tenidas
para recreo simplesmente o para
el trabajo in común.” (1985: 9)
A música que os acompanha
não possui variações melódicas. São
as chamadas monótonas pelos musicistas. Por outro lado, uma mesma
melodia pode servir a diferentes ro-
tido vago, designando composiciones varias redactadas en lengua comun, no en el latin de los
clérigos, (1953, tomo I:3).
A origem do romance oral é
controvertida. Alguns remontam-no
aos antigos cantares de gesta, produzidos no norte da França em langue d’oil. É esta a opinião de Milá e
Fontenals que consideram os romances “herdeiros diretos e legítimos dos
A origem do romance
oral é controvertida.
Alguns remontam-no
aos antigos cantares
de gesta, produzidos
no norte da França
em langue d’oil.
antigos cantares de gesta.” (Apud
Michaëlis Carolina. 1980: 25). Os últimos constituem as primeiras manifestações literárias escritas em língua
românica, cujo exemplo valioso é La
Chanson de Rolland, “epopéia anônima que marcou o triunfo definitivo da
langue d’oil,” (ALENCAR, M. 1983: 66)
servindo de inspiração a outras composições, como o texto renascentista
Orlando Furioso, escrito por Ariosto.
Em francês antigo, trazemos um trecho da epopéia franca:
“Ei Durendal, cum es bele esentisme!
En l’oriet punt asez i ad reliques,
La dente seint Perre e del sanc
seint Basile
E des chevels mun seignor seint
Denise”
(Ó Durendal, como tu és bela e
santa. O punho de tua espada
é cheio de relíquias: um dente
de São Pedro, o sangue de São
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“La palabra romance en su sentido primario significou lengua vulgar, a diferencia de latin, acepción que perdura hasta hoy; pero
además tuvo desde la Edad Media en el campo literario un sen-
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mances ou diferentes peças da oralidade. O acompanhamento musical
dos textos é um costume antigo, proveniente do fato de ter sido composto, em suas origens, para os textos
serem recitados ao som dos instrumentos musicais, como a lira e a flauta. Com o passar do tempo, o uso
dos instrumentos musicais foi abolido, mas a musicalização permaneceu na memória do povo, tendo sido,
muitas vezes, a responsável pela sua
conservação no decorrer dos séculos. Tanto é verdade que o simples
solfejar da música aguça a memória
do informante, levando-o, na maioria dos casos, a lembrar o texto por
inteiro. O registro do canto pelo pesquisador torna-se, portanto, uma
conservação da oralidade na preservação escrita do texto, permitindo ao
leitor refazê-lo na íntegra.
Quanto à narratividade, Menéndez Pidal observou a existência de
duas formas de apresentação do romance, nomeando-as romances cuento y romances diálogo e considerando que as formas dialogadas “no
exponen una serie de sucesos complicada y completa, sino quo si limitan a desarrollar una escena, una situación, un momento” (1553: 63)
Os estudiosos reputam sua criação aos séculos X, XI e XII. A designação romance proveio do fato de ter
sido escrito, inicialmente, em romanço, língua falada no vasto território
do império romano e que foi estágio
intermediário entre o latim vulgar e
as línguas neolatinas. Da designação
dada à língua, passou-se, depois, às
composições literárias nessa língua.
A respeito do assunto, é ainda Menéndez quem opina:
Basílio e o os cabelos de meu
senhor São Diniz.) (apud ALENCAR, M. 1983: 66)
Na Espanha, a canção de gesta mais antiga documentada é El cantar de mio Cid (fim do século XII)
que conta a luta de Rodrigo Diaz de
Vivar, cognominado El Cid, contra o
domínio mouro. É de autoria também
desconhecida e se multiplicou em
diferentes peças, atravessando gerações, confirmando uma tradição
fluente e rica. Eis alguns versos do
romance em espanhol moderno:
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“De los ojos suyos tan fuertemente llorando,
Hacia atrás vuelve la cabeza y se
quedaba mirando-los.
Vió puertas abiertas y sin candados,
Vacias quedan las perchas ni com
pieles ni con mantos,
Sin halcones de cazar y sin azores mudados” (apud ALENCAR,
M. 1983: 67) .
Vale observar, entretanto, que
as gestas em língua primitiva eram
de natureza eminentemente épica,
contando longas narrativas de batalhas e feitos heróicos de seus personagens. O texto citado da Chanson
de Rolland serve de exemplo, uma
vez que descreve a espada de Carlos Magno como algo belo e sagrado. Os romances, ao contrário, apesar de terem mantido a fidelidade
formal primitiva quanto à rima e
metrificação (versos longos e monorrímicos) perderam os caracteres
da epopéia antiga, adquirindo tonalidades líricas. São fragmentos “desengranzados do colar épico” no dizer de Menèndez y Pelayo (apud Michaëlis Carolina, 1980: 25). Aos elementos épicos das gestas primitivas,
uniram-se tendências líricas absorvidas, provavelmente, da poesia trovadoresca que se produziu em Pro-
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vence, em langue d’oc e que iria influenciar grandemente a literatura
ibérica, principalmente em Portugal,
cujas origens estão ligadas ao conde Dom Henrique de Borgonha. Os
estudiosos a considerarem a inexistência de uma herança imediata dos
cantares de gesta e a pensarem em
recriações posteriores, tendo em vista a adaptação do romance ao gosto
ibérico. Passaram a fazer então uma
distinção entre romances épicos propriamente ditos que trazem narrações de feitos heróicos e romances
épico-líricos, de assunto novelesco
que se difundiu na Europa, na mesma época em que se desenvolviam
os primeiros.
A canção lírica usava de preferência o dístico, enquanto que a forma métrica dos romances foi extraída dos versos de oito sílabas com
assonância monorrítimica, portanto,
a mesma versificação das gestas
medievais. Este fato levou os estudiosos e críticos dos Romanceiros mais
antigos a relegarem as canções líricas, não as incluindo nas coleções
de romances dos séculos XVI e XVII,
vendo-as “como género literário diverso, menos noble que ele romance de asonante seguido.”(Pidal, Estudio sobre o Romancero: 367). Por
outro lado, o povo, via certa de transmissão do Romanceiro, preferindo o
verso longo monorrítimico, mais simples e de fácil memorização, deu às
canções líricas a mesma forma dos
romances. Nesse contexto, não havia necessidade de retirá-las dos
Romanceiros, levando-se em consideração que foram mais largamente difundidas que os romances, sobretudo nas Américas. Os romances
épicos ficaram circunscritos à área
peninsular, sem contar que perderam
o timbre da epopéia primitiva, passando a destacar muito mais os momentos líricos.
No início, os romances épicos
e novelescos foram criados para se-
rem cantados por jograis nos serões
e festas da corte. Somente a partir
dos séculos XV e XVI foram adaptados ao gênio popular e difundidos em
larga escala. O motivo se prende aos
movimentos expansionistas que se
alargariam a partir do século XV (a
descoberta do caminho marítimo
para as Índias e a projeção sobre
terras de América, Ásia e África).
Conseguindo o inusitado: alargar os
domínios e encher os cofres com o
ouro advindo das colônias, era preciso difundir e tornar conhecidos, nas
novas terras, os valores dos seus reis,
a bondade e a beleza de suas donzelas e a valentia de seus nobres. O
romance se prestava muito bem a
isso, sobretudo pelo fato de ser cantado, permitindo uma rápida memorização. Além de veicular informação sobre a vida no reino, serviu também como instrumento de catequese para os jesuítas que os faziam
representar em suas comemorações.
O mesmo aconteceu com os ciganos
e artistas de circo que se tornaram
responsáveis por sua penetração nas
zonas interioranas.
O nordeste do Brasil tem-se
revelado muito rico quanto a seu
Romanceiro. Grande centro econômico e cultural do Brasil no início da
colonização (sobretudo a Bahia, cuja
capital foi a primeira do Brasil e Pernambuco, a sede da aristocracia canavieira) recebeu o colonizador português que difundiu entre nós um
espetacular acervo de romances
orais. Inúmeros levantamentos, realizados desde a segunda metade do
século passado, vêm comprovando
o fato.
O primeiro a se interessar pelo
assunto foi Celso de Magalhães que
fez uma recolha no Maranhão, Pernambuco e Bahia, publicando-a , em
1873, como artigo no jornal O Trabalho, em Recife, sob o título A poesia popular brasileira que foi editado
por Bráulio Nascimento, em 1973,
Rosário Soares Albãn, publicado em
1996, além de inúmeros trabalhos
inéditos, como os realizados na Universidade Federal da Paraíba, sob a
orientação da professora Idelette
Santos e da nossa. Atuamos, em
princípio, nas regiões do agreste, litoral e cariri paraibano, o que nos
valeu a realização do Romanceiro na
Paraíba (inédito). Depois estendemos o levantamento a Pernambuco,
obtendo o material com que pensamos em realizar o romanceiro daquele estado ou então juntarmos ao
material recolhido na Paraíba para
formar uma única coletânea com o
título geral de Romanceiro na Paraíba e em Pernambuco. É precisamente com este título que vamos nos
referir ao nosso trabalho, a partir de
agora.
A pesquisa sobre o Romanceiro no Nordeste do Brasil, embora de
um valor inestimável pela riqueza de
tipos de romances e variações encontradas, nem sempre obedeceu
aos critérios rigorosos da pesquisa
científica na área. Muitos se limitam
a levantar os textos, sem dados sobre o informante e localidade pesquisada. Existe alguém, inclusive, que
modifica a linguagem do informante, transformando em erudito, o que
era em essência popular, como é o
caso de José de Alencar em O nosso
Cancioneiro.
“Declaramos que temos unicamente coligido por escrito os romances do Bernal Francês, Nau
Catarineta e D. Barão e que os
outros, que houvemos de comparar, foram ouvidos, é verdade,
mas não podemos tê-los por escrito, por causa da grande dificuldade que encontramos nas
pessoas que os sabiam, as quais
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Não têm culpa, portanto,
esses mestres
do passado.
A eles devemos,
pelo menos, a idéia
pioneira de coleta
e registro.
Na verdade, José de Alencar foi
um dos primeiros a se interessar
pelo assunto no Brasil. Como bom
romântico, empolgou-se pelas coisas
da terra e da gente e quis nos presentear com romances em que escutava o povo dizer. Procurou um
modelo e o encontrou em Almeida
Garret, em Portugal, que também
corrigiu a linguagem do informante.
O conteúdo era maravilhoso, lembrando os feitos gloriosos de nossa
gente. Entretanto, o modo de dizer
estropiado e simples carecia de rebuscamento gramatical para ser
aceito por um público exigente. Não
têm culpa, portanto, esses mestres
do passado. A eles devemos, pelo
menos, a idéia pioneira de coleta e
registro.
Com Sílvio Romero, Celso de
Magalhães, Rodrigues de Carvalho e
Pereira da Costa, no final do século
dezenove e início do século vinte,
começou-se a preservar a fala do
povo. No entanto, sem os equipamentos de que dispomos hoje (gravação, filmagens, boas fotografias,
computadores), muita coisa ainda
passava desapercebida, sobretudo
pelo fato de, não raro, receberem
os textos provenientes de parentes
ou amigos letrados que os copiavam
de outrem, não nos permitindo descobrir se o informante tinha ou não
instrução.
Especialmente, sobre as dificuldades enfrentadas no levantamento
dos romances, assim se expressa
Celso de Magalhães:
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através da Biblioteca Nacional. Em
1874, o cearense José de Alencar
publicou o Nosso Cancioneiro no qual
incluía uma versão recriada, a partir
de diferentes romances do ciclo do
gado. Em 1883, Sílvio Romero publicou, em Lisboa, a primeira edição
dos Cantos populares do Brasil que
se tornou uma obra de referência
para os estudos na área, tendo levantado romances orais em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Bahia
e Rio de Janeiro. A edição brasileira
dos seus Cantos aconteceu catorze
anos depois, em 1897. Em 1903,
ocorreu a primeira edição do Cancioneiro do Norte, de Rodrigues de
Carvalho, levantado principalmente
na Paraíba e, em 1908, a edição do
Folk-lore Pernambucano de Francisco Pereira da Costa, “o mais extenso, sólido e surpreendente documentário da cultura popular do nordeste” utilizando-se a expressão do
grande etnógrafo brasileiro Luís da
Câmara Cascudo cuja admiração
pelo trabalho vai mais além ao assegurar que “não existe na bibliografia brasileira realização comparável”
(apud COSTA, 1974). No espaço
compreendido entre 1945 e 1947,
Hélio Galvão dedicou-se ao estudo e
levantamento de romances tradicionais no Rio Grande do Norte, realizando o trabalho Romanceiro pesquisa e estudo que seria publicado,
em 1993, pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte: Fundação
Cultural Hélio Galvão. Modernamente, convém citar: O Folclore em Sergipe: Romanceiro, de Jackson da Silva Lima, trabalho que recebeu o prêmio Sílvio Romero do Instituto Nacional do Folclore em 1977; Romanceiro Alagoano, de José Aloísio Vilela, publicado em 1983, em Maceió;
O Romanceiro de Alcaçus, de Deífilo
Gurgel, publicado em Natal/RN, em
1993; O Romanceiro ibérico na
Bahia, de autoria conjunta de Doralice F. Xavier Alcoforado e Maria do
somente podiam repeti-los cantando e, quando paravam, não
lhes era possível continuar sem
recomeçar.” (1879: 564-565)
Pensamos que estes fatos respondem pelo pequeno número de
romances registrados nas primeiras
coletâneas. Mesmo depois da publicação de o Folk-lore Pernambucano,
não chegavam a cem, conforme afirmação de Câmara Cascudo (1984:
209). Da década de setenta para cá,
aproxima-se de mil o número de romances levantados no nordeste.
Vale lembrar ainda nos estudos
pioneiros a indiscriminação da matéria coletada, fazendo amontoar numa
só coletânea romances, cantigas,
desafios de cantadores e outros. Um
exemplo concreto disso temos no
Cancioneiro do Norte, de Rodrigues
de Carvalho. Já Pereira da Costa,
embora tivesse feito uma coleta ampla, que juntou numa única coletânea, conseguiu distinguir cada coisa
por capítulos, intitulando-os pelo conteúdo: 1 - Superstições populares; 2
- A poesia popular; 3 - Romanceiro;
4 - Cancioneiro; 5 - Pastoris; 6 - Parlendas e brinquedos infantis; 7 - Miscelâneas; 8 - Quadras populares. Sílvio Romero teve a mesma preocupação de Pereira da Costa. Seus Cantos Populares do Brasil são em dois
volumes: um dedicado ao Romanceiro e outro, ao Cancioneiro.
são de um grande número de textos
em língua galega, conservados por
imigrantes galegos que ali se estabeleceram desde o século XIX. Além
disso, muitos romances aparecem
prosificados, tendo perdido uma das
características mais importantes do
romanceiro que é sua natureza poético-musical.
O Romanceiro de Alcaçus segue o modelo de Jackson, enquanto
que o de Hélio Galvão não apresenta
uma firmeza quanto aos dados de
informante, comunidade e data, ora
os trazendo, ora os omitindo.
A bibliografia e a data vão aparecer também no Romanceiro alagoano, embora sem dados do informante (só em casos esporádicos
aparece a indicação do nome). As
características mais importantes dessa coletânea são a inclusão apenas
do romance de origem ibérica e o
registro dos romances em verso longo, seguindo o modelo dos antigos e
indicado para o tipo de poesia narrativa, quase sempre em linguagem
dialógica e em versos monorrímicos.
O Romanceiro Ibérico na Bahia e o
Romanceiro na Paraíba e em Pernambuco seguiram a proposta de
Vilela, enquanto que os demais preferiram o registro em quadras de
seis e sete sílabas, não diferenciando, portanto, os romances de outras
narrativas tradicionais (da cantiga,
por exemplo).
Mesmo depois da
publicação de o Folk-lore
Pernambucano, não
chegavam a cem, conforme
afirmação de Câmara
Cascudo (1984: 209).
Da década de setenta para cá,
aproxima-se de mil o número
de romances levantados
no nordeste.
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O trabalho de Jackson da Silva
Lima, publicado em 1977, foi um marco nas pesquisas sobre o Romanceiro no Brasil, pela quantidade de tipos
(e suas variantes) levantados, pela
seriedade da pesquisa realizada, pela
organização da coletânea e pelos comentários sobre a origem e referência bibliográfica de cada romance
obtido. Até aqui eram indicados o Estado (Celso e Rodrigues) e/ou comunidade pesquisada (Sílvio e Pereira).
Nada existia sobre o informante. Jackson lança a idéia da indicação do
informante (alguns até com documentação fotográfica), do local de origem
do mesmo e do local e data onde foi
feita a gravação, além dos registros
musicais, atendendo ao desejo de
Sílvio Romero que exortava o pesquisador a recolher as “solfas dos romances”, impossibilitado que foi de o
fazer ele próprio. Faltaram em Jackson, todavia, maiores dados sobre o
informante, como, por exemplo, a
idade e o grau de escolaridade que
vão aparecer completos no Romanceiro Ibérico na Bahia e no Romanceiro na Paraíba e em Pernambuco,
inclusive com a indicação da forma
de coleta do texto, se através de canto, da recitação apenas ou da escrita
e a indicação bibliográfica de cada romance.
A coletânea baiana apresenta
um fato inusitado nas pesquisas do
romanceiro no Brasil que é a inclu-
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bibliografia
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