Proposta de uma Estrutura Internacional de - STT

Transcrição

Proposta de uma Estrutura Internacional de - STT
USP
EESC
STT
Proposta de uma Estrutura
Internacional de Designação de
Veículos Rodoviários de Carga
João Alexandre Widmer
Professor Titular de Engenharia de Transportes da
Escola de Engenharia de São Carlos – USP
Caxias do Sul, maio de 2008
Introdução
Introdução
• Busca contínua por veículos rodoviários
de carga mais produtivos nas últimas
décadas produziu um grande número de
inovações tecnológicas em termos de
configurações veiculares com uma, duas
e mais unidades rebocadas, formas
alternativas de conexões entre elas,
diferentes características de eixos e
conjuntos de eixos, bem como de
suspensões e rodagem.
Semi-reboques
Semi-reboques para cargas a granel
Semi-reboques para cargas volumétricas
Caminhão + 1 reboque
Caminhões + reboque para cargas a granel
Caminhões + reboque para cargas volumétricas
Mais de 1 reboque/semi reboque
Mais de 1 reboque/semi reboque
Algumas questões relevantes
• Como especificar condições de teste das
composições?
• No Brasil, por exemplo ANFAVEA e ABNT
utilizam especificações da Comunidade
Econômica Européia - EEC.
EEC 70/156 (2001)
Algumas questões relevantes
• Como avaliar a compatibilidade de tráfego
nas rodovias brasileiras, por exemplo, cujas
normas de projeto geométrico (Manual de
Projeto Geométrico do DNER (1999) são uma
adaptação do livro verde da AASHTO.
AASHTO (1994)
Uma visão mais abrangente
• Paises sub-desenvolvidos ou ditos
emergentes buscam, de um modo geral,
soluções de transporte mais econômico.
• Como sua estrutura de pesquisa e
tecnologia é mais fraca, baseiam suas
decisões em normas e regulamentações
estrangeiras (Européias, Norte-americanas)
sem avaliar a compatibilidade dessas
regulamentações com a realidade
operacional do país.
A base conceitual
A base conceitual
• O trabalho de Ramsay et alii (2000),
pesquisadores australianos.
• Esse trabalho serviu de base para a edição da
nova classificação de veículos rodoviários de
carga australianos (AUSTROADS 2000).
• Com base no trabalho de Ramsay et alii (2000),
e do uso modificado do conceito utilizado nos
EUA pela SAE reportado em Fitch (1994), a
proposta amplia essa base para considerar
também reboques com eixos centrais, comuns
no âmbito da CEE, não incluídos anteriormente.
A base conceitual
• CVCs são composições de 2 ou mais
veículos acoplados.
A base conceitual
• Alternativas de conexão
Conexão tipo A
Conexão tipo B
Conexão tipo C
Conexão tipo D
A base conceitual
• Configurações de eixos
– Tandems e eixos espaçados
– Levantamento de eixos e eixos dirigíveis
A base conceitual
• Configurações de rodagem
– Rodas duplas casadas x extra - largo
– Diâmetro padrão x diâmetro reduzido
A estrutura de designação
proposta
A estrutura proposta
• Unidades tratoras
– Caminhões unitários
Uxy onde x caracteriza o conjunto de eixos dianteiros e y o
conjunto de eixos traseiros
U11
U22
– Cavalos mecânicos
xy somente, como proposto por Ramsay et ali (2000) com base
no padrão SAE (Fitch, 1994)
11
12
A estrutura proposta
• Unidades rebocadas
– Uma unidade tratora pode tracionar unidades rebocadas
mediante diferentes acoplamentos.
– Caminhões unitários utilizam, em geral, acoplamentos do tipo A,
mas na Europa os do tipo D são comuns.
U12A1S1
U12D2
A estrutura proposta
• Unidades rebocadas
– No caso de cavalos mecânicos a conexão usual é do tipo
quinta-roda com pino rei, denominada de conexão tipo B.
Propõe-se manter a sigla S consagrada pelo uso.
11S2
11S3
12S3
11S3
12S3
A estrutura proposta
• Mais de uma unidade rebocada
– Aplica-se a mesma base conceitual do tipo unidade tratora +
acoplamento + número de eixos do conjunto + acoplamento +
número de eixos, etc.
U12A1S1A1S1
12S2A2S2
12S2S2S2
12S3A3S3A3S3S3
A estrutura proposta
• Configurações de eixos e de rodagem
– Como se pode observar, essa forma de designação ainda não
descreve completamente a CVC. Algumas das unidades tratoras
de 3 eixos são 6x2, outras 6x4. Umas erguem eixos, outras não.
– Na América do Sul e no Canada eixos espaçados permitem
maiores PBTCs para um mesmo número total de eixos.
• Propõe-se portanto:
indexar os eixos com subscritos para representar as configurações
relevantes dos eixos: d-driving axle; i-independent axle; l-lifting
axle; s-steering axle;
indexar os eixos com superscritos para representar as
configurações relevantes das rodagens: s- single standard
diameter tire; w-wide single standard diameter tire; r-reduced
diameter tire.
A estrutura proposta
11S1is2i
11S1is2
11s1dS3w
11S2r
U12A1rS1r
12S1lw1wA1lw1wS1lw1w
12S1ils1s21ils
U11d1sD2r
Considerações finais
• Uma descrição relativamente precisa
das características de uma ampla gama
de configurações parece possível.
• Espera-se que a discussão dessa
possibilidade no âmbito da SAE – Brasil,
ANFIR, ANFAVEA e DENATRAN possa
convergir, se não para um consenso
internacional, ao menos para um
consenso nacional.
USP
EESC
STT
Muito obrigado pelas
possíveis contribuições
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Várias fotos gentilmente cedidas dos sites:
http://www.hankstruckpictures.com/
http://www.hankstruckpictures.com/martin_phippard_trailers.html
http://www.hankstruckpictures.com/len_rogers9.htm
EEC 70/156 revisada em 2001
• As classes estabelecidas são:
• Código M – veículos a motor, com ao menos quatro
rodas, projetados para o transporte de passageiros.
Subdivide-se em categorias M1, M2, M3 em função do
número de assentos para o transporte de passageiros
excluído o motorista e limite de PBT.
• Código N - veículos a motor, com ao menos quatro
rodas, projetados para o transporte de bens.
Subdivide-se em categorias N1, N2, N3 em função do
limite de PBT.
• Código O – reboques (incluindo semi-reboques).
Subdivide-se em categorias O1, O2, O3, O4, em
função do limite de PBT.
AASHTO (1994)
• AASHTO utiliza 15 classes veiculares:
• passenger car (P), single unit truck (SU),
single unit bus (BUS), articulated bus (A-BUS),
semi-trailer intermediate (WB-12),
semi-trailer combination large (WB-15),
semi-trailer full trailer combination (WB-18),
interstate semi-trailer (WB-19),
interstate semi-trailer (WB-20),
triple semi-trailer (WB-29),
turnpike double semi-trailer (WB35),
motor home (MH), passenger car with travel trailer (P/T),
passenger car with boat trailer (P/B),
motor home and boat trailer (MH/B)”.
Conexão tipo A
RALA C/ BARRA ARTICULADA
DOLE C/ 5a RODA E BARRA RÍGIDA
Conexão tipo B
Denominadas historicamente de S
Conexão tipo C
C modificada