Baixar o arquivo - Pastor Alemão Holambra

Transcrição

Baixar o arquivo - Pastor Alemão Holambra
Surgimento da Raça Pastor Alemão
Em meados de 1890, o jovem capitão da cavalaria alemã, Max von Stephanitz, idealizou um
cachorro de porte médio, que poderia cuidar dos dois tipos diferentes de ovelhas que haviam
na Alemanha, que seria extremamente inteligente, protetor, rápido, de aparência nobre, caráter
confiável, tão disposto que poderia trabalhar até a exaustão e com desejo insaciável de servir.
Um cão que tivesse como razão de existir, a companhia do homem.
Max Von Stephanitz
Com esta idéia em sua mente, Stephanitz concluiu que deveria criar este cão ideal e torná-lo
disponível para todos os pastores de rebanho da Alemanha. Prometeu a si mesmo que iniciaria
um raça de cães de utilidade que se chamaria Pastor Alemão.
Max Emil Frederick von Stephanitz nasceu na Alemanha em dezembro de 1864, serviu como
veterinário do exército, e seus conhecimentos sobre biologia, adquiridos na Faculdade de Berlin,
foram de grande valor aplicados à criação de cães. Em 1898 foi promovido à Capitão da cavalaria
e pouco tempo depois foi convidado a retirar-se do exército por ter-se casado com uma atriz.
Stephanitz experimentou a criação de seus pastores, aplicando várias idéias de que criadores
ingleses utilizavam na época. Ele estava especialmente interessado em cães de pastoreio, por
serem considerados verdadeiros animais de trabalho. Em 1899, ele assistiu um pequeno
concurso de cães, onde encontrou e comprou Hektor Linkrsheim, e imediatamente mudou o
nome do cão para Horand von Grafrath. Duas semanas depois, junto à seu amigo, Artur Meyer,
fundaram o Verein für Deutsche Schaferhunde (SV), a sociedade de pastores alemães da
Alemanha. Stephanitz tornou-se seu primeiro presidente e Artur o secretário. Mais nove
homens juntaram-se aos dois como cofundadores. Assim iniciou-se o clube que estava destinado
a torna-se o maior clube de criadores de uma só raça de todo o mundo.
Horand foi o primeiro cão a entrar em seu livro de registro com o número SZ1 e tornou-se assim
o primeiro Pastor Alemão registrado:
Holand v. Grafrath SZ1
Utilizando Horand com base de sua criação, Stephanitz moldou o Pastor Alemão como a mais
pura expressão de utilidade, inteligência e nobreza. Decretou que como um cão de trabalho,
deveria ser criado buscando harmonia entre inteligêcia e físico que o permitissem realizar seu
trabalho. Ele nunca interessou-se pura e simplesmente pela beleza dos cães, mas somente
quando esta refletia as características desejadas de trabalho.
Em 1899 a SV iniciou um campeonato anual chamado de Sieger Show, onde os campeõe da
classe adulta seriam nomeados como Sieger ( macho ) e Siegerin ( fêmea ) durante o todo o ano.
O próprio capitão Stephanitz julgava as provas. Percebendo a tendência da maioria dos criadores
em cruzarem suas cadelas com o atual Sieger , nos anos seguintes, ele foi capaz, através da
seleção do Sieger, guiar o desenvolvimento dos criadores e também corrigir faltas indesejáveis.
Os pedigrees eram analisados durante as provas, fato que permitia a Stephanitz um
entendimento melhor dos pontos fortes e fracos escondidos nas linhagens de cada cão, não
importando se este os demonstrava ou não, mas que seriam transmitidos para seus herdeiros.
O julgamento destas provas tinha uma duração de dois dias e era conduzido com extrema
seriedade. O caráter e o temperamento do cão eram uma parte importantíssima do julgamento.
Em pouco tempo Stephanitz percebeu que comforme a criação da raça crescia, a inteligência
minguava devido ao fato de apenas um pequeno número de cães ainda servirem ao pastoreio,
e para que essa característica não fosse perdida criou campeonatos de obediência, encontrando
assim uma maneira de incentivar o trabalho à serviço do homem.
Doando uma série de cães à políciais, ele conseguiu demonstrar seu potencial como cão policial
e a polícia passou a cooperar mais quando percebeu que era um cão realmente útil para o
trabalho de apreenção e detenção de criminosos. Algum tempo depois o exécito reconheceu a
utilidade da raça e começou a empregá-la, mas somente na Primeira Guerra Mundial é que o
exército realmente percebeu o quão útil o Pastor Alemão poderia ser, servindo como cães
mensageiros, auxiliando na busca de linhas telefônicas soterradas, encontrando e indicando
soldados feridos, trabalhando como sentinelas e avisando a presença de inimigos durante as
patrulhas.
Em 1923, a SV alcançou um número de 57,000 sócios, e em 1925, Stephanitz encontrou um sério
problema na criação da raça, os cães estavam ficando com as pernas muito finas, e estavam
perdendo a devida propulsão para trabalho. Stephanitz e seus colaboradores concordaram que
algo deveria ser feito, e no Sieger de 1925, escolheram um cão que nada tinha em comum com
o sieger anterior, chamado Klodo von Boxberg, que tornou-se o primeiro exemplar da linha
moderna dos pastores alemães. Klodo descendia de linhagens de dois siegers, Hettel Uckermark,
1909, e Erich von Grafenwerth, 1920. Possuia estrutura compacta, corpo esticado, com a
traseira curta, elástica e boa cobertura do solo no passo. Era um cão de tamanho moderado e
temperamento destemido.
Ch. Erich von Grafenwerth
Sieger 1909 Hettel Uckermark
Sieger 1925 Klodo v. Boxberg
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pastor-alemao/pastor-alemao.php