Outubro.2013 - O Capuchinho
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Outubro.2013 - O Capuchinho
Ano XIV - nº 140 - Outubro.2013 >> Igreja Matriz >> Demonstrativo Financeiro - Setembro 2013 RECEITAS Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO da Paróquia e Convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 Curitiba-PR Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.) Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis) Tel. Catequese: (041) 3336.3982 Dízimo paroquial ....................................................................... R$ 70.062,00 Ofertas ....................................................................................... R$ 12.877,00 Espórtulas/batizados/casamentos ........................................... R$ 1.175,00 Total ........................................................................................... R$ 84.114,00 Dizimistas cadastrados .................................................................................. 1247 Dizimistas que contribuíram ........................................................................... 974 Novos Dizimistas ............................................................................................... 18 DESPESAS DIMENSÃO RELIGIOSA EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL: De segunda a sexta-feira Sábado Das 8h às 12h e das 13h às 18h das 9h às 12h HORÁRIO DE MISSAS: MISSAS Segunda-feira: Terça, quarta e quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo: HORÁRIO 6h30 6h30 e 19h 6h30, 15h e 19h 6h30, 17h e 19h 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira 9h, 15h e 20h Salários/encargos sociais e férias ............................................. R$ 15.054,18 Côngruas .................................................................................... R$ 5.424,00 Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS .............................. R$ 3.034,00 Desp.cultos /ornamentação/homenagens ............................... R$ 2.358,00 Luz/água/telefone .................................................................... R$ 2.250,00 Café do Dízimo .......................................................................... R$ 4.150,00 Conserv. dos imóveis/ Pinturas/Invest .................................... R$ 4.388,00 Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ........................... R$ 1.215,00 Despesas com correios (dizimo) ............................................... R$ 431,00 Serviços de contabilidade ......................................................... R$ 96,00 Serviços de alarme/ Segurança ................................................. R$ 821,76 Manut. de Veículos/Combustíveis/ seguros ............................. R$ 779,73 Material de limpeza .................................................................. R$ 1.017,51 Material de expediente/xerox/Gráficas .................................. R$ 1.081,85 NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS Revistas/internet/ WEB/"O Capuchinho" ................................ R$ 2.797,50 Sexta-feira Plano de Saúde de Func. / farmácia .......................................... R$ 1.088,60 Vales transportes, alimentação e fretes ................................... R$ 3.530,10 Total....................................................................................... R$ 49.517,23 8h30 e 19h ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira Benção com o Santíssimo das 9h às 19h às 18h30 BÊNÇÃOS De segunda a sexta-feira: Sábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17h50 das 10h às 12h e das 14h às 17h DIMENSÃO MISSIONÁRIA Taxa para Arquidiocese ref. 08/13 .............................................. R$ 8.675,80 Taxa para a Província freis Capuchinhos ................................... R$ 9.741,88 Mat.Pastoral/Catequético/Cursos / Seminário ........................ R$ 1.601,98 Total....................................................................................... R$ 20.019,66 Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606 DIMENSÃO SOCIAL ANIVERSARIANTES Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de outubro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias. >> Expediente do Boletim Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC) ............................. R$ 4.000,00 Total....................................................................................... R$ 4.000,00 TOTAL GERAL .......................................................................... R$ 73.536,89 >> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de setembro/13, os donativos abaixo discriminados: DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: SETEMBRO/2013 O CAPUCHINHO Pároco: Frei Pedro Cesário Palma Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e Frei João Daniel Lovato Freis do Convento: Frei Moacir Antonio Nasato, Frei Juarez De Bona, Frei Hélio de Andrade e Frei Luiz Roberto Portella Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859 Coordenação: Izilda de Figueiredo Capa: Mayra Armentano Silvério Diagramação e Arte: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542 Impressão: Press Alternativa - (41) 3047-4511 / 3047-4280 Tiragem: 5.000 exemplares 2 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês Destinatário Peças de Roupas Pares de Calçados Diversos Total Alimentos Kg 422 KG N. Sra. da Luz (Vila) 2618 287 453 3358 Almirante Tamandaré 2326 273 271 2870 325KG Vila Verde 2110 222 696 3028 294 KG Setor Mercês 095 002 000 097 275 KG TOTAL 7149 784 1420 9353 1.316KG À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco outubro.2013 >> Mensagem do Pároco No mês de outubro temos tantas coisas bonitas para celebrar. Vou destacar quatro celebrações: de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora Aparecida, das crianças e das missões. São Francisco de Assis, patrono da ecologia, é lembrado no dia 04 de outubro. Ele via a criação como uma obra harmônica, onde todos os seres devem viver em fraternidade. Ele chamava a todos de irmãos e irmãs: irmã água, irmã formiga, irmã cotovia, irmã palmeira, irmão burro, etc. A todos via como obra maravilhosa da criação. A natureza, tão admirada, respeitada e cuidada por São Francisco de Assis, vive hoje um descalabro: a Irmã água potável está suja e pouca; as irmãs plantas foram destruídas, derrubadas e queimadas; os irmãos animais estão sendo mortos e afugentados; a irmã criatura humana vive explorada. Que São Francisco de Assis nos ajude a recriar a sinfonia universal, para que a música do universo seja mais afinada. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, é celebrada no dia 12 de outubro. Ela é a defensora dos pobres, protetora dos que sofrem e patrona dos oprimidos. Títulos como esses expressam a fé do povo na Mãe Aparecida que traz uma mensagem de libertação e de esperança para todos. Ela é uma das muitas faces que Nossa Senhora mostra à humanidade. Seu aspecto, retratado em sua imagem, é único, diferente de muitas outras e quer nos mostrar o próprio retrato de nosso povo: povo mestiço, negro, os traços toscos, simples. Tudo isso envolvido por um manto azul: o céu, a esperança do paraíso, do reino de Deus. No dia 12 lembramos também as crianças. Além de dar presentes para as crianças, é importante que a sociedade reforce o compromisso de garantia dos seus direitos, como: escolas para todos com qualidade, com prédios adequados, professores satisfeitos e capacitados, psicólogos para apoiar os que necessitam; proteção contra violência e acesso à cultura e ao lazer. Que nenhuma criança passe fome ou sofra desnutrição. Que nenhuma criança viva sem o amor, o carinho e o afeto de sua família, dos professores, das outras crianças, dos catequistas, dos seus amigos e amigas. Todo o mês de outubro é dedicado às missões. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF 2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha Missionária deste ano é "Juventude em Missão". O lema tirado do profeta Jeremias: "A quem eu te enviar, irás" (Jr 1, 7b), recorda que Deus continua a chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os povos. A Missão é a principal razão de ser da nossa Igreja e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza. Pela Campanha Missionária, toda a comunidade cristã é convidada a renovar seu compromisso batismal em conformidade ao mandato de Jesus Cristo que diz: "Ide fazei discípulos todas as nações" (Mt 28, 19). Que Deus abençoe a todos! Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap. NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS Toda sexta-feira, às 08h30 e 19h. Venha participar! "Mãe da libertação, ensina-nos a ter um coração confiante em Deus" outubro.2013 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 3 O SANTO QUE ENCANTA O jovem Francisco, da cidade de Assis, Itália, era filho de Pedro Bernardone e de Joana Picca. Era alegre, líder da juventude, tipo galã, ambicioso, idealista e de coração bondoso e dócil, por influência de sua educação materna. Francisco de Assis conserva enorme atualidade. Tal se deve a sua irradiante santidade e à profundidade evangélica de sua mensagem. Por isso oitocentos anos depois ele encanta os jovens, os adultos e a todos os que sonham e acreditam num mundo melhor, casa de todos, fraterno, saudável, justo, muito bom para todos viverem. São Francisco de Assis encanta pela sua coragem, abraça e beija o leproso, muda o jeito de viver, deixa as coisas fúteis, efêmeras para viver valores que vivificam, transformam e dão sentido à vida e a todo criado. Encanta pela sua sabedoria de vida, porque abraça o Evangelho como norma de vida para si e para seus irmãos e sabe fazer escolhas acertadas. Anda a cata da pérola preciosa e do tesouro escondido no campo (cf Mt 13,44-46). Encanta porque tinha consciência de que num primeiro momento é preciso acolher a Palavra de Deus, interiorizá-la, tornando-a vida na vida e foi para ele o ponto de partida para a missão. Encanta-se com o rosto de Jesus presente na Eucaristia, no rosto do leproso, no rosto do irmão pobre, no rosto do Menino do presépio, no rosto do torturado no alto da cruz. Em Jesus via o irmão simples e pobre e através dele chegava a perceber o quanto Deus ama a humanidade. O Pobrezinho de Assis, encanta porque, à luz do Evangelho e do Cristo crucificado, encontrou também a Deus no rosto dos mal amados, pouco amados e não amados. O Serafim de Assis, encanta por deixar-se conduzir pelo Espírito do Senhor, por sentir sede nunca satisfeita do Deus vivo, nunca saciada pela salvação de todos os homens e de todas as mulheres. E sua oração e seus atos nada mais são do que expressão de um sim fundamentado no Amor. São Francisco encanta porque a espiritualidade que ele nos herdou é a do olhar, em que nos convida a contemplar as pessoas, o mundo e todas as criaturas com o olhar que Deus e nos anima a descobrir sua beleza, admirá-la e amá-la, lembrando que a “qualidade de ser fraterno depende da qualidade do nosso olhar e do nosso coração”. Encanta porque deixou-se envolver e possuir pelo Mistério do amor, 4 martírio foi para a Síria enfrentando corajosamente muitos perigos, a fim de visitar o Sultão, o qual havia publicado um edito cruel: todos os que lhe trouxessem a cabeça de um cristão, receberiam uma grande recompensa em ouro. São Francisco vai ao encontro dele, sem pretensão de convertêlo. Mas pelo seu modo de ser, conquistou sua amizade. Falou do Evangelho com tanto convicção, clareza de espírito e persuasão, que o Sultão ficou maravilhado. Francisco quer conquistar os corações pelo diálogo, pela mansidão, pela paz e, jamais pela força ou pela violência. Encanta, porque ama a Igreja, continuadora de Jesus Cristo, venera os sacerdotes porque administram o espírito e a vida, contribui humildemente com ela em suas mudanças e lhe é sempre fiel. O Santo dos estigmas, encanta porque se rejubila, se alegra em poder tomar parte no aniquilamento de Cristo na cruz e por ter sido digno de participar da sua Paixão. No final de sua vida, recebe nas mãos, nos pés, e no lado, as chagas do Crucificado, que expressam externamente o que ele tinha no seu interior. E ainda nos diz que é preciso começar tudo de novo, porque até então, pouco ou quase nada havia feito. Ele encanta porque não ficou esperando pelos outros, mas pôs mãos à obra e deixou sua marca inapagável na história. fez da Eucaristia a força, a mola propulsora de seu peregrinar. Pela Eucaristia confirmou seu encontro e total integração com Cristo, a ponto de identificar-se com Ele externamente, pela impressão dos estigmas em seu corpo. Encanta porque nos faz perceber que a Eucaristia e realidade se interligam, assim acolher o Cristo é acolher o irmão. E reconhece, sob as aparências do pão e do vinho, o memorial da humildade e a pobreza da Encanação. Daí a sua admiração: “Ó humildade sublime, ó sublimidade humilde, que o Senhor de todo o universo, se humilha, a ponto de se esconder, para a nossa salvação, sob as aparências do pão e do vinho” (Ord 27). O Irmão Universal encanta pelo Cântico das Criaturas ou do Irmão Sol que revela um mundo vivo a falar de Deus. Para ele a Criação revela a beleza e a bondade de seu Criador e irmana-se numa alegre comunhão com todas as criaturas, faz transparecer a ação criadora de Deus, como bondade, luz e vida. Para Francisco a criação é um espelho, um reflexo da bondade de Deus e nos convoca à reconcili- Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ação com todos os seres humanos e com toda a Criação. “Este homem, cheio do espírito de Deus não cessava de glorificar, louvar, bendizer o Criador e Conservador do universo por meio de todos os elementos e criaturas” (1Cel 80). Encanta porque junto aos irmãos e irmãs, com a irmã Clara, com o irmão vento e irmão sol e com as irmãs água e as plantas, o ar e o vento, mesmo com a irmã morte, ele canta e louva o Senhor da vida e da criação. Maravilha-se diante da criação de Deus e nos diz que tudo é gratuidade de Deus, tudo recebemos dele. Quebra seu jejum para comer uvas com o irmão doente. Vibra com a fraternidade e encanta por sua paixão pelo silêncio, que lhe proporciona o encontro com Deus e consigo mesmo. O Santo da Paz, encanta a todos por seu empenho em benefício da paz. Roga aos habitantes de Gúbio, que tratem bem o lobo voraz e suplica ao prefeito de Assis e ao Bispo, que se encontrem num abraço de perdão e de reconciliação. Encanta porque motivado por grande ardor missionário e pelo desejo do Amiga e amigo leitor! Que São Francisco nos encante e nos inspire um amor maior à Palavra de Deus, à Eucaristia, ao seguimento de Jesus e também a um empenho sempre atento pela paz ou não violência, pela fraternidade e grande respeito à vida, à integridade da criação, ao meio ambiente, à solidariedade com pobres e sofredores. São Francisco de Assis interceda por nós, pela Igreja, pelo Papa, por toda a Família Franciscana, pela paz entre todos os povos, enfim, por toda a humanidade. Amém! Frei João Daniel Lovato,OFMCap [email protected] Vigário paroquial outubro.2013 NOSSA SENHORA APARECIDA, Mãe padroeira – discípula e missionária – A grandeza de Maria não está no fato de ter aparecido de diferentes maneiras, a pessoas, lugares, mas no fato de ter sido escolhida por Deus, acreditado em Sua Palavra, e ter dado a resposta, através de um Sim. Mãe do Missionário do Pai por excelência, Nossa Senhora veio ao mundo com um desígnio missionário. Ao dar-nos o Salvador, ela colaborou diretamente na Obra da Redenção consagrando-se inteiramente à Pessoa e à obra de seu Filho. Diversas são as circunstâncias em que Maria mostra-se a discípula missionária mais perfeita. Sua primeira viagem missionária aconteceu ao visitar sua prima Isabel. Antes mesmo de ter contemplado e admirado o rosto de Jesus foi apressadamente levar e anunciar aos outros o Salvador que carregava em seu seio materno. Maria acolheu com fé a Boa Nova, transformando-a em anúncio. De primeira evangelizada passa a ser evangelizadora. Quem traz Jesus consigo sente pressa e ardor em anunciá-Lo aos outros. Outra viagem missionária de Maria termina em Belém com o nascimento de seu Filho e o encontro com os pastores e os reis magos. Dando-nos o primeiro missionário Jesus Cristo, podemos dizer que Maria está na origem de toda a evangelização. Maria foi missionária também no deserto, a caminho do Egito. Podemos dizer que a vida de Maria foi um caminho e uma peregrinação da fé em Cristo. Ela realizou a primeira missão além fronteira. Outro momento eminentemente missionário de Maria acon- outubro.2013 teceu em Caná da Galiléia. Por sua intercessão, Jesus realiza o primeiro sinal, transformando a água em vinho. Deste sinal brota a fé dos discípulos. A presença e a influência de Maria estarão na origem da fé dos discípulos e missionários de todos os tempos. Não podemos deixar de mencionar ainda a viagem missionária de Maria ao Calvário. Por meio da sua compaixão e proximidade espiritual, maternal e solidária, a Mãe de Jesus participava intimamente na consumação da obra Redentora na cruz. Na pessoa de São João, o discípulo amado do Mestre, recebemos Maria como nossa Mãe. Jesus entrega sua Mãe aos discípulos e missionários de ontem, de hoje e do amanhã. Igualmente, importante foi a viagem missionária de Maria ao Cenáculo, onde todos perseveravam “em oração com a Mãe de Jesus” (At 1,14). Na manhã de Pentecostes ela presidiu, com sua oração, o início da evangelização sob a ação do Espírito Santo. A última viagem missionária de Maria começou a partir de sua assunção em corpo e alma ao céu e perdura até o fim do mundo. Ontem como hoje, Maria continua a ser a discípula missionária solícita e atenta às nossas necessidades para interceder junto do seu Filho. No Documento de Aparecida (que é o texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe) encontramos uma maravilhosa explicação de “Maria, discípula e missionária” (n. 266 ss). Em Maria reconhecemos a imagem perfeita da discípula mis- sionária nos exortando a fazer o que Jesus nos diz (cf. Jo 2,5) e com ela queremos estar atentos à escuta do Mestre que nos envia: “Vão e façam discípulos todos os povos” (Mt 28,19). Colaboração: Eliane Aparecida Marques Dobignies - OFS Mercês Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 5 >> Nossos Freis Frei José Ângelo, fez aniversário no dia dos Anjos! Frei José Ângelo do Prado, mais conhecido carinhosamente como Frei Zezinho, aniversariou no dia 2 de outubro passado, dia dos Santos Anjos. Recebeu este nome na pia batismal porque nasceu exatamente no dia dos Anjos. Mas quem é este Frei, não tanto conhecido nas Mercês? Frei Zezinho é membro da fraternidade do Convento das Mercês desde o ano 2010. Inicialmente veio completar sua formação inicial, ampliar sua formação na Saúde e auxiliar Frei Chiquinho no cuidado dos nossos freis idosos e doentes. Depois, com a transferência de fr. Chiquinho, fr. José assumiu este serviço tão exigente, tão franciscano e fraterno. Vamos conhecer um pouco a sua vida. Filho de José Bernardino do Prado e Decimília de Lima, Frei José Ângelo nasceu em Salto do Itararé - PR, no dia 2 de outubro de 1970. São 5 irmãos: Joaquim, Ana Lúcia, Luciléia, José Ângelo e João Batista. Na sua terra natal, ele passou sua infância, adolescência e juventude. Quando tinha completado o ensino médio, com sua irmã Luciléia mudou-se para Curitiba. Depois, empregou-se numa fábrica de embalagem, trabalhando 5 anos. VIDA ESCOLAR Cursou o ensino fundamental e médio em Salto do Itararé-PR. Estudou Filosofia com os basilianos, em Curitiba, concluindo-a com os Capuchinhos, em Ponta Grossa. Em Londrina, cursou o Auxiliar de enfermagem e em Curitiba, Cuidador de idosos, na Escola de Enfermagem Catarina Labourè. FORMAÇÃO CAPUCHINHA Após acompanhamento preparatório, ingressou no Aspirantantado no convento Bom Jesus, em Ponta Grossa. Posteriormente fez o Postulantado no convento Santo Antônio, em Butiatuba. Recebeu o hábito capuchinho dia 2 de fevereiro de 2007, ingressando ao Noviciado no convento São Francisco de Assis, em Joinville. Emitiu a profissão religiosa nesta casa de formação no ano seguinte. Como pós-noviço continuou sua formação no convento Santa Clara, em Londrina, nos anos 2008 e 2009. Em 2010 mudou-se para o convento Nossa Senhora das Mercês, onde completou sua formação inicial, emitindo os votos perpétuos dia 22 de maio de 2011, na Igreja Matriz N. Sra. da Luz, no CIC, onde residem seus pais. VIDA RELIGIOSA Sentindo o chamado a seguir Jesus Cristo mais de perto através dos conselhos evangélicos, fr. Zezinho primeiramente ingressou no Seminário Cristo Ressuscitado, da congregação dos Padres Ressurrecionistas, aqui em Curitiba. Permaneceu 5 anos com eles, fazendo as etapas iniciais de formação. Porém, percebendo não ser chamado àquele carisma decidiu sair. Seus familiares já residiam no CIC e fr. Zezinho voltou com seus pais. Passado um tempo, conheceu melhor o carisma franciscano-capuchinho, através de fr. Nelson Martins dos Santos, que era o seu diretor espiritual. E então, decidiu tornar-se Capuchinho. TRABALHOS Fr. José Ângelo, desde formando sentiu que tinha vocação para o trabalhar no âmbito da saúde, dedicando-se aos idosos e doentes. Fez preparação básica nesta área. Reside neste convento desde 2010. Auxiliado por outros freis ou por enfermeiros, cuidou dos seguintes freis, já falecidos: Alcides Rossa, Bonifácio Piovesan, Damião Girardi, Francisco Panzarini, Geraldo Carbonera, Honório Destéfani, Inácio Minalli, Jorge Dudu da Silva, Jorge Tessaro, José Dal Pozzo, Ludovico Tozzo, Mateus Ribeiro da Silva, Mauro Vellozo Rodrigues, Nereu do Vale. TESTEMUNHOS Provém de uma família muito religiosa, serena e equilibrada. Tem bom gênio, está quase sempre sorridente. É atencioso, afável e aberto. É responsável e muito caprichoso naquilo que faz. Assume com seriedade os seus deveres fraternos. Ao Frei José Ângelo os votos de uma vida muito abençoada e protegida por todos os anjos. É o que a Fraternidade das Mercês lhe deseja de todo o coração. Frei Juarez De Bona, OFMCap juarezdb@c onvoy .c om.br juarezdb@convoy onvoy.c .com.br 6 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês outubro.2013 Ide, esta é a missão! Outubro é o mês dedicado às missões. Por isso, neste artigo vamos abordar o nosso compromisso batismal de discípulos missionários. Lembremo-nos do tema da Jornada Mundial da Juventude, realizada em julho passado no Brasil: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Mas como se formam os discípulos missionários? No encontro pessoal e comunitário com Cristo. E a Eucaristia é o ponto alto e o ápice da evangelização. A participação na Celebração Eucarística forma-nos na escola de Jesus. Porém, muitos não valorizam a Santa Missa, não aproveitam esse dom da presença de Jesus, porque não compreendem a estrutura da celebração. Recebo partilhas de pessoas dizendo que não gostam de ir à missa porque acham que é sempre a mesma coisa, uma repetição, uma “chatice”. Digo que é preciso conhecer cada parte, cada gesto e entender o seu significado para perceber a beleza dessa liturgia. Missa é uma palavra que vem do Latim e significa “missão”. A antiga despedida na Missa em latim: “Ite missa est”, significa “Ide esta é a missão” ou “Ide, a Missa está terminada”. É o envio para vivermos a nossa missão no mundo. A missa é simultaneamente sacrifício de louvor e de ação de graças. É o memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Desde o seu início até a bênção final ela é importante, por isso a necessidade de se chegar antes de seu começo e só sair depois da bênção final. Mas para entender a Santa Missa é necessário perceber também que o nosso corpo “reza” e expressa um louvor visível a Deus através dos seguintes gestos, postura e atitudes: - Sentados: é uma posição cômoda que favorece a catequese e a meditação sobre a Palavra que está sendo recebida; - De pé: demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer; - Ajoelhados: declaramos nossa adoração e total submissão a Deus e à Sua vontade; outubro.2013 - As mãos levantadas: significam súplica e entrega a Deus. É a atitude dos orantes; - As mãos juntas: significam recolhimento interior. Mostra fé, súplica e confiança. É atitude de profunda piedade; - Prostração: é atitude de adoração na Celebração da Sexta-Feira Santa. Na ordenação presbiteral é a atitude própria de quem se consagra a Deus, significa morrer para o mundo e nascer para Deus em uma nova vida e nova missão; - Genuflexão (ato de flexionar os joelhos): é um gesto de adoração a Jesus Eucarístico. Fazemos diante do Sacrário; - Reverência: feita de pé, abaixando-se a cabeça, é atitude de veneração ao altar. Então, ao entrarmos na Igreja se o Sacrário estiver localizado no eu interior fazemos a genuflexão em sua direção; se não estiver, reverenciamos o altar; - O silêncio: ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também é necessário para interiorização e meditação. Por isso, na próxima celebração que participar perceba cada gesto e postura e os seus significados e importância. Dos Ritos Iniciais, no canto e procissão de entrada, ato penitencial, hino de louvor; passando pela Liturgia da Palavra, com as leituras, Salmo e homilia; na Eucarística, Comunhão e Ritos Finais, cada reflexão e reverência é uma atitude não só de oração, mas de compromisso com a evangelização. Mas um dos maiores gestos e de grande importância é depois de cada celebração, quando devemos voltar ao nosso ambiente levando o próprio Jesus em nosso sacrário interior. Temos a missão de testemunhá-Lo, anunciá-Lo e irradiar a Sua luz. Que possamos viver em nosso dia a dia àquilo que celebramos. Louvando a Deus por tudo que somos e temos; acolhendo; perdoando como somos perdoados; vivenciando e anunciando a Palavra refletida e respondendo com gestos e atitudes concretas ao que Deus nos pede. Sejamos no mundo discípulos missionários promotores da paz, da igualdade, da fraternidade, da partilha, da justiça e do serviço doação. Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obra sem fins lucrativos, benfeitora nacional, que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 7 O MÊS DAS MISSÕES Acabamos de vivenciar o mês de setembro, dedicado à Bíblia, na escuta do Evangelho segundo Lucas sob o prisma do discipulado-missionário, conforme o enfoque do Projeto de Evangelização: O Brasil na missão Continental é o tema do mês da Bíblia de 2013. O tema escolhido releva o Evangelho do Ano Litúrgico C, e os cinco aspectos fundamentais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão propriamente dita. Tivemos como lema indicado pela Comissão Bíblico-Catequética da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) uma frase do mesmo evangelho de Lucas: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido” (Lc 15). Agora já estamos no mês de Outubro e temos como celebrações importantes o dia primeiro, dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Dia 4 de celebramos São Francisco de Assis, o grande missionário e patrono da Ecologia. Portanto começa assim o mês dedicado às missões. Tivemos há pouco mais de dois meses o encontro com o Papa Francisco que enviou os jovens em missão naquela missa com 4 milhões de fieis na praia de Copacabana, Rio de Janeiro. Esse ano o tema para o mês das missões é “Juventude em Missão”, com o lema “A quem eu te enviar, irás (Jr 1, 7b)”. Portanto é uma oportu- to, ou seja, um coração aberto para todos que se achegarem. O missionário reza com o coração e não somente com a boca; Não ter medo de dizer o sim, como nossa grande missionária Maria de Nazaré. Enfim, é ser fiel ao projeto que nos é proposto pelo Pai. Lembremos que a missão verdadeira começa dentro de mim mesmo, do meu relacionamento com Deus, do meu amor com Deus, da minha intimidade com Ele. Já dizia Santo Agostinho: “Senhor, eu te procurei tão longe e não te encontrei, vim te encontrar aqui mesmo, dentro de mim”. Aproveitemos, portanto, esse mês para rever nossa vida cristã, nosso batismo, e o compromisso que assumimos ao dizer sim a Deus com nossa vida e nossa missão. Paz e Bem! nidade para fazer sentir a vocação missionária da Igreja, e especialmente da Igreja Jovem. Ouvimos tanto falar em missão, missionário, mas afinal, o que é ser missionário? Podemos dizer que ser missionário é colocar-se à disposição dos irmãos, principalmente dos doentes, pobres e marginalizados. Ser missionário é, em primeiro lugar, testemunhar e não se preocupar tanto com o falar aos outros. Porém, há momentos em que é preciso denunciar aquilo que possa estar escravizando e oprimindo. É preciso ter as mesmas atitudes de Jesus Cris- Frei Benedito Félix da Rocha Vigário Paroquial [email protected] Santa Teresinha do Menino Jesus Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu em Alençon, na França, no ano de 1873. Com 15 anos entrou no mosteiro das Carmelitas de Lisieux e exercitou-se de modo singular na humildade, na simplicidade evangélica e confiança em Deus. Morreu a 30 de setembro de 1897, oferecendo sua vida pela salvação das pessoas e pela Igreja. Quem já leu o livro História de uma alma vai descobrir a grandeza deste coração ou desta mesma jovem, que mesmo sendo religiosa dentro dos muros de um convento, tornou-se a Padroeira das Missões. Os nove anos que passou no Carmelo de Lisieux foram de intensa oração e atividade. A Igreja, em 1927, dois anos depois de tê-la declarada santa, declarou-a Padroeira principal das missões e desde 1944, é considerada padroeira secundária da França, ao lado da guerreira, santa Joana D’Arc. Esta mesma santa Teresinha do Menino 8 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês Jesus deixou escrito como encontrou sua vocação: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei meu lugar na Igreja, tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e o meu desejo se realizará. Frei Hélio de Andrade, OFMCap outubro.2013 400 Anos de Missão Capuchinha Nós, freis capuchinhos brasileiros, temos motivos para nos alegrar na celebração dos 400 anos de nossa presença no Brasil. Os primeiros capuchinhos que pisaram em terras brasileiras foram estes franceses: Frei Ives de Evreux, frei Cláudio de Abbeville, frei Arsênio de Paris e frei Ambrósio de Amiens. Eles implantaram o sinal de nossa redenção – a Cruz de Cristo – e deram o nome à Ilha de Sant’Ana. Chegaram ao Brasil aos 29 de julho de 1612 no arquipélago “Ipaon Mirim” – Ilha Pequena, com a esquadra chefiada por Daniel de La Touche. Os franceses fundaram a cidade de São Luiz no mesmo ano e o nome foi para homenagear o rei Luiz XIII. A ocupação francesa no litoral do Maranhão findou no ano de 1615, na Batalha de Guaxemduba. Os freis franceses iniciaram a missão man-tendo contato com indígenas e tinham bons projetos para o serviço de evangelização. Muitos são os escritos que guardam registros de como eram os costumes dos indígenas e da região onde viveram por tão pouco tempo. Frei Ambrósio de Amiens faleceu no mesmo ano da chegada ao Brasil. A história dos capuchinhos no Estado do Paraná tem dois períodos até os nossos dias, que foram: a) no segundo Império e no início da República (1840-1912); b) E a partir de 1920, com os capuchinhos Vênetos, Itália. Somando os dois períodos, foram 173 anos de história, com pequena interrupção de oito anos, sem presença dos freis capuchinhos em no Paraná. Os capuchinhos, que vieram no primeiro período, são: Frei Timóteo de Castelnuovo (Jataizinho), frei Luiz de Cimitile (Jataizinho-PR e Urussanga-SC), frei Matias de Gênova (CastroPR) e frei Gaudêncio de Gênova (Tibagi-PR). Eles vieram como missionários para ajudar os Bispos no zelo pastoral dos indígenas e do povo que migrou ao Paraná. Devido à extensão territorial e à carência de clero tiveram que viver distantes um do outro, para atender a população necessitada de zelo pastoral. No segundo período vieram os capuchinhos da Provincia Santo Antonio de Pádua de Veneza – Itália. A Província de Veneza aceitou a missão do Paraná, Brasil, aos 19 de abril de 1919, com acordo feito aos 16 de maio do mesmo ano, com Dom João Francisco Braga, Bispo de Curitiba. Os frades estavam fazendo o seu retiro no convento Santíssimo Redentor em Veneza e, na oportunidade, Dom João Francisco fez o convite para aceitar uma missão em sua diocese. O acordo foi assinado pelo Ministro Provincial de então, frei Serafim de Údine. Os primeiros missionário partiram para o Brasil aos 17 de setembro de 1919, no navio Principessa Mafalda, do Porto de Gênova, com Dom João Francisco Braga, os seguintes freis missionários: Frei Ricardo de Vescovana, frei Angélico de Énego, frei Maximiliano de Ênego e frei Teófilo de Thiene. Chegaram ao Rio de Janeiro aos 4 de outubro de 1919 (festa de São Francisco de Assis), onde permaneceram quase dois meses. Em seguida, foram a São Paulo, onde aguardaram o chamado do Bispo de Curitiba. Ao chamado do Bispo, chegaram em Curitiba-PR, os fr. Ricardo de Vescovana e fr. Teófilo de Thiene, na tardinha do dia 20 de janeiro de 1920. Os outros dois freis (fr. Angélico de Ênego e fr. Maximiliano de Ênego) viajaram diretamente de São Paulo até Jaguariaíva, onde fr. Ricardo (superior) os esperava. outubro.2013 Dom João Francisco Braga ofereceu, aos 28 de janeiro de 1920, a esses capuchinhos estas paróquias: Cerro Azul (posse a 01.02.1920), Jaguariaíva (posse aos 31.01.1920), Tomazina (posse aos 08.02.1920) e Colônia Mineira (Siqueira Campos) que, então, era apenas capela. Com a vinda e o trabalho dos freis missionários vênetos e dos freis brasileiros a implantação da Ordem nos Estados do Paraná e Santa Catarina foi se fortalecendo e crescendo até ser declarada (aos 11 de novembro de 1958) a Província São Lourenço de Brindes do Paraná e Santa Catarina, após 48 anos de intensa dedicação e testemunho. Também os freis capuchinhos da Provincia São Lourenço de Brindes foram em missão ao Paraguai aos 11 de março de 1987, através do primeiro missionário, frei Joemar Varassin Hohmann (paranaense) e dos outros 29 freis, que para lá foram até os nossos dias. No Paraguai, Hoje estamos presentes em cinco casas em três cidades: duas em Asunción, uma em Pastoreo e duas em Ciudad del Este. Foi elevada a condição de Custódia San Leopoldo Mandic aos 12 de junho de 2008, pelo nosso Ministro Geral frei Mauro Johri. A Província do Maranhão-Pará-Amapá fez ótima preparação para a celebração dos 400 anos de presença dos capuchinhos no Brasil, da qual participaram tanto os freis como o povo, conhece e respeita o serviço missionário dos freis capuchinhos no Brasil. A data escolhida para os festejos foi em 2013 para não coincidir com as comemorações dos 400 anos da fundação da cidade de São Luiz. As autoridades locais, de acordo com os ministros provinciais capuchinhos do Brasil, acharam oportuno que as celebrações fossem neste ano. Todos os superiores maiores se fizeram presentes durante a semana de comemoração. Houve também a participação de vários freis de outras Províncias do Brasil. Os encontros diários foram realizados no Colégio Santa Teresa das Irmãs Dorotéias, distante duas quadras do Convento N. Sra. do Carmo dos Capu-chinhos em São Luiz. Neste local pudemos conhecer um pouco mais da história da missão de muitos de nossos freis em todo o Brasil. Cada circunscrição apresentou três freis que se destacaram na vida e em ações no serviço à Igreja. Foram apresentados freis santos, empreendedores, pastores, simples, determinados, ousados, que responderam franciscanamente ao tempo em que viveram. O carisma capuchinho deu grande contribuição à evangelização, à formação na fé dos batizados, ao atendimento dos pobres, à distribuição dos meios de santificação, ao serviço missionário, promovendo a partilha de vida e enfrentamento de desafios... Esses abnegados e generosos freis quiseram que o Reino de Deus crescesse e produzisse frutos no silencio e na ação como nos fala o Evangelho. Partiram para junto de Deus, mas deixaram a obra que as traças não destroem. Muitos deixaram sua pátria, cultura, família, para continuarem amando e vivendo a quem amavam: Jesus Cristo do jeito de São Francisco de Assis. A Semana de comemorações foi iniciada na cidade de Primeira Cruz, local onde os freis capu-chinhos plantaram a cruz e rezaram a primeira missa e começaram o serviço missionário. Atualmente, lá vive um povo muito acolhedor, alegre, religioso, mas sente a carência de atendi-mento pastoral. Região pobre e distante de grandes centros e também de recursos. O meio de transporte, de cidade em cidade, é o barco e dentro da ilha é feito com motocicletas ou animais. Isso não ofusca a alegria de seu povo. Os Ministros e Vigários Provinciais, em reunião de 10 de agosto, decidiram começar um trabalho missionário na Ilha como compromisso da CCB e como gesto concreto da celebração dos 400 anos. Agradeçamos a Deus por todos esses séculos de vida e missão em nosso país, e particularmente em nossos estados do Paraná e Santa Catarina pelos freis abnegados e dedicados que testemunharam o jeito capuchinho de viver e anunciar o Evangelho, doando suas vidas a serviço do Reino de Deus. Eles acolheram o chamado de Deus para a missão e foram fiéis. São exemplos de vida doada por amor a Jesus Cristo que também enviou os seus discípulos para evangelizar os povos. Hoje. este apelo continua a todos os batizados nas mais diversas realidades, culturas, pessoas em nosso tempo. Como os seus discípulos, somos desafiados à missão, começando junto às pessoas que conhecemos e nos relacionamos em nossos ambientes e com os que não conhecem a Jesus Cristo como único Salvador. À medida que conhecerem e aderirem a Cristo, serão pessoas evangelizadas e se inserirão na comunidade de fé, onde poderão continuar seu processo de conversão, de educação na fé. Assim se lançarão nessa grande missão, colaborando com o Projeto do Senhor: “Ide e anunciai o Evangelho a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Que toda essa obra missionária continue sendo acolhida por todos nós, motivando-nos a avançar ainda mais na doação aos irmãos e à Igreja onde estamos vivendo e servindo. Frei Cláudio Sérgio de Abreu, OFMCap Ministro Provincial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 9 Ao mestre, com carinho... 15 de outubro: dia dos professores Os países do mundo possuem datas muito distintas para celebrarem o dia do professor. Essa data varia porque cada um possui um marco histórico e cultural que favoreceu para que o dia dos mestres fosse celebrado em diferentes datas. No Brasil, celebramos o dia do profissional que forma profissionais no dia 15 de outubro. Os Jesuítas, os Franciscanos, os Dominicanos e muitas outras ordens religiosas contribuíram muito para formação escolar, moral e católica no Brasil Colônia. Formavam pequenas escolas junto aos vilarejos, mas sabemos que muitas crianças não podiam frequentá-las, pois as carências sociais e os preconceitos as impediam. Foi só no dia 15 de outubro de 1827, dia consagrado à Doutora da Igreja, Santa Teresa d’Ávila, que Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. O decreto ordenava todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima, caso tivesse sido cumprida. Ao longo da História Nacional, a Educação sofreu suas diversas fases, como a Educação elitizada (para os filhos dos ricos), a Educação da palmatória e do joelho no milho (castradora e impositiva) e também a Educação cerceada pelo Regime Militar, sem liberdade para o pensamento crítico e livre. Ainda hoje, tudo isso respinga no atual sistema educacional brasileiro. “ Um professor que é comprometido sabe que sua atuação muda vida de muitas pessoas, para o bem ou para o mal. Pois um professor também pode matar: mata sonhos e projetos, ou seja, mata vida. E também pode salvar: pode recuperar vidas e talentos não valorizados. Mas, sobretudo, um bom professor faz pensar: pensar a realidade atual, a realidade histórica e social, a realidade individual do aluno, a realidade de nossa Educação... Por isso também é força motriz para uma mudança, pois seres que pensam, são seres livres. 10 ” Mas o que eu gostaria de refletir, nessas poucas linhas, é outro problema enfrentado pelos professores atualmente: a escola está tendo de suprir certas necessidades dos alunos que não é de sua função enquanto instituição de ensino. Algum exemplo? Como o pensador da Educação, Mario Sérgio Cortella, nos afirma: “Família educa. Escola, como o próprio nome já diz, escolariza”, temos de ter claro que a escola é um ambiente para que as crianças e adolescentes adquiram conhecimentos acadêmicos – Matemática, Língua Estrangeira e Língua Portuguesa, História, Filosofia, Sociologia, Química, Geografia, Biologia, entre outros – e não um lugar para ensinar limites e respeito aos outros. Obviamente que, no convívio social com outros seres em formação, o limite e o respeito serão também ensinados, mas isso já deve vir de casa, ou seja, a família – seja ela composta da maneira que for – deve ensinar ao educando que não se pode mexer no que não é dele, que o professor é sim autoridade em sala (assim como os pais ou responsáveis são em casa) e que nem tudo convém para que haja um bom convívio social. Por exemplo: os pais presenteiam seu amado filho com um celular. Muito bom! Facilita a comunicação e aproxima as pessoas, se pensarmos pelo lado bom. Entretanto, os pais têm ensinado aos filhos o momento devido de usar os Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês celulares e os fones de ouvido ou eles ficam perturbando em sala de aula e alheios ao trabalho do professor? Será que, futuramente, um chefe vai tolerar um funcionário que não produz para ficar usando celular no expediente de trabalho? Esse filho pode estar fadado a ser um eterno bebê, sempre dependendo dos pais que, infelizmente, não são eternos. Pois bem, parece que a família está falhando nesse quesito, pois grandes problemas sociais vem explodir no ambiente escolar: a gravidez precoce, falta de limites, uso indevido de aparelhos eletrônicos, falta de discrição, uso de drogas... Isso tudo também reflete na qualidade de ensino, pois imagine você, caro leitor, em sua profissão, seja ela qual for, ser impedido de realizá-la. Imagino meu pai tentando contabilizar o valor de um IPTU e sendo privado em fazê-lo, porque há um som estrondoso de música que seu colega está ouvindo na repartição; minha mãe tentando limpar a casa, mas sem sucesso, porque uma vizinha chegou lá e decidiu conversar sem parar... Seria estranho, mas porque que, para um professor, isso é “natural”? Um bom professor não pode com p actuar com isso. E pensar que a menina Malala Yousafzai, com apenas 15 anos, no Paquistão, foi baleada na cabeça por grupos extremistas só porque lutava pelo acesso à Educação para mulheres... Um professor que é comprometido sabe que sua atuação muda vida de muitas pessoas, para o bem ou para o mal. Pois um professor também pode matar: mata sonhos e projetos, ou seja, mata vida. E também pode salvar: pode recuperar vidas e talentos não valorizados. Mas, sobretudo, um bom professor faz pensar: pensar a realidade atual, a realidade histórica e social, a realidade individual do aluno, a realidade de nossa Educação... Por isso também é força motriz para uma mudança, pois seres que pensam, são seres livres. Para finalizar, gostaria de recordar algumas pessoas que fizeram ou ainda fazem a diferença em relação à Educação, pois se comprometeram de fato com a missão que assumiram: Catarina Golombek (+2012), irmã Franciscana da Sagrada Família, que foi diretora por cerca de 20 anos da Escola Estadual Santo Antônio em Orleans e que trabalhou com todas as suas forças até o fim da vida, sem parar em gabinetes, mas sempre circulando pelo ambiente escolar para verificar o que a escola precisava. Foi minha diretora enquanto eu era professor nessa escola. Também gostaria de lembrar da Prof.ª Dr.ª Milena Martins e da Prof.ª Dr.ª Francine Weiss – da área de Literatura Brasileira e Portuguesa da UFPR – foram minhas melhores professoras de Universidade, porque amavam o que faziam e transmitiam isso a nós! Dos meus professores de ensino básico não posso deixar de recordar do jovem Prof. Sérgio (de História), da pequena (só em tamanho) Prof.ª Elis (de Arte) e da inteligentíssima Prof.ª Eliana Martens – de Língua Portuguesa e Literatura – que me ensinaram a amar seus conteúdos, a pensar criticamente e me mostraram que um professor comprometido sempre faz algo de bom. Deus sempre abençoe a todos os professores! Feliz dia dos mestres! Eduardo Soczek Aspirante Franciscano - Capuchinho outubro.2013 >> Catequese em Ação Retiro dos Catequistas Começamos o nosso retiro na Casa de Oração. Conforme Frei Lovato, ela foi construída baseada na simbologia de uma cruz, dividida em três partes, que são as necessidades básicas do ser humano: higiene, alimentação e conheci-mento. Na primeira parte há a lavanderia, depois a cozinha e copa, em seguida uma biblioteca e por último uma linda e singela capela. A simbologia do altar consiste nos três elementos da natureza: elemento mine-ral, destacado pela parede de granito bruto; elemento vegetal destacado pelo altar, em madeira imbuia e o elemento animal destacado por cinco peixes petri-ficados que estão ao redor de onde é guardado o santíssimo. Tivemos momentos de muito aprendizado e reflexão através das palestras do Frei Lovato. Nos foi dito, que o catequista deve ser dedicado, trabalhar em con-junto, manter amizades, ser criativo, ser amigo dos catequisandos e superar os desafios. Foi nos passada também a música de Roberto Carlos "Quando eu quero falar com Deus", que mostrou que, como catequistas, devemos ter expe-riências com Deus (espiritualidade). Outra palestra muito interessante nos mostrou a atuação do espírito santo em nós, catequistas. Apresentando os seus dons, sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e te-mor a Deus. No momento do deserto, Frei Lovato nos pediu para que cada um de nós, em meio a natureza, lesse e meditasse sobre o salmo 138. Chegou a hora do Almoço. Foi uma farta refeição em um momento de alegria e fraternidade. Frei Lovato, nos proporcionou uma dinâmica, sobre João 4, 1 - 30, a Samaritana, onde o catequista Allan, interpretou Jesus, a catequista Viviane a Samaritana e o catequista Carlos o narrador.O local muito lindo, com diversas trilhas, inspirou a todos.Na casa existem ótimos locais para meditação, como o Recanto Mariano. Até uma linda mexeriqueira cheia de frutos encantou a todos. Chegou o fim do retiro, deixando um gostinho de quero mais. Conforme Frei Lovato, deveríamos utilizar mais essa casa de oração. outubro.2013 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 11 FARÓIS DE ESPERANÇA UM PROJETO MISSIONÁRIO DE FÉ E DE AMOR Outubro é o mês dedicado mais específicamente às missões. Isso não quer dizer, que nos outros meses do ano não precisamos ser missionários. Pelo batismo, todo cristão, é chamado a ser missionário. Esse deveria ser o SELO normal, estampado na mente e na testa de cada cristão: - ser um propagador do Evangelho de Cristo, não somente pela palavra, mas sobretudo pela vivência do amor, pelas atitudes de fé, pelos gestos de compaixão e carinho para com o outro, no dia a dia da vida. Outubro é também o mês do Rosário. E Maria foi sem dúvida, a grande missionária por excelência. No início do mês, comemoramos ainda a memória de grandes santos, como São Francisco de Assis, e Santa Terezinha do Menino Jesus, a Padroeira das Missões. Conta a história, que Santa Terezinha, sem nunca sair do Convento, salvou mais almas do que outros grandes missionários que migraram pelo mundo pregando o Evangelho. Quem tem um coração cheio de amor, mesmo impossibilitado de sair de casa, pode ser um grande missionário – pela oração, pela mentalização, pela escrita... QUEM SÃO OS FARÓIS DE ESPERANÇA Somos pessoas comuns, vindas de todos os seguimentos da sociedade, sem distinção de cor, idade, classe social, ou grau de instrução. O que nos distingue, é algo muito íntimo, que não aparece aos olhos carnais. Talvez seja a consciência que temos, de que, “a Igreja precisa sair para fora dos muros, ir para as ruas, ao encontro das pessoas”, conforme dizia nosso querido Papa Francisco. Somos pessoas espiritualizadas e a sede de Deus, nos impulsiona a buscar no Evangelho de Cristo, a fé e o amor, que são os princípios que norteiam nossas vidas. Direcionamos nosso esforço, para sermos verdadeiros faróis de esperança, terapeutas do amor, semeadores de paz, apontando caminhos de esperança, para tantos irmãos afastados de Deus, mergulhados no mundo das trevas. Buscamos proclamar a Boa Nova do Evangelho, praticando a terapia do amor, mentalizando e semeando paz, despertando a fé e a esperança, em todos os lugares por onde andamos. Vamos ao encontro dos necessitados: os doentes no corpo e na mente, os solitários, os idosos e desamparados... levando-lhes um “bálsamo” capaz de aliviar o sofrimento: uma oração, imposição de mãos, uma palavra de compreensão e carinho... VIRTUDES QUE DEVEM NORTEAR NOSSAS VIDAS Além das palavras de bondade, o Farol de Esperança, precisa cultivar a capacidade de ouvir o outro, ter atitudes e gestos concretos de compaixão, de acolhimento, de compreensão. Através da oração, da meditação, buscar a humildade, a simplicidade, a perseverança, o respeito e aceitação do outro, como irmão, filho do mesmo Pai. Cultivar o espírito de equipe e acima de tudo, ter UM CORAÇÃO CHEIO DE AMOR. O amor, é sem dúvida, a energia milagrosa, o combustível que mantém o Farol aceso dia e noite e não nos deixa no meio do caminho, mas nos impulsiona sempre a seguir em frente, porque lá adiante, perdido no mar da vida, poderá encontrar alguém que precisa da sua luz, para sair das trevas e continuar vivendo. MENTALIZAÇÃO PELA PAZ Neste mês de outubro, estamos lançando a CAMPANHA PELA PAZ. Você também é convidado! Junte-se às milhares de pessoas que já aderiram ao Movimento pela Paz, e todas as noites, entre 22 e 23 horas, durante 2 ou 3 minutos, feche os olhos e mentalize paz. Imagine cenas de paz acontecendo na sua família, no trânsito, nas ruas... depois agradeça a Deus pela paz na sua família, no seu bairro, em nossa cidade, no Brasil e no mundo. Se você tem alguém doente, ou idoso em casa e deseja que façamos uma visita, poderá contatarnos pelo fone: 3339-0898, ou pessoalmente na Igreja das Mercês, onde fazemos plantão de 2ª., 4ª., 5ª. e 6ª. das 9 às 11 e das 14 às 16 hs. VOCÊ DESEJA FAZER UM TRABALHO VOLUNTÁRIO? QUER SER UM FAROL DE ESPERANÇA? Entre no nosso blog: www.faroisdeesperanca.blogspot.com . Conheça um pouco do que fazemos e procurenos. Você será muito bem vindo. Não espere mais. O mundo está sedento de AMOR e você tem muito para dar. Você também pode fazer a diferença no mundo. Junte-se a nós! Quem ama, por mais ocupado que seja, sempre encontra tempo para se doar. Nelly Kirsten Parapsicóloga e Hipnóloga Coordenadora dos Faróis de Esperança E-mail: [email protected] O coração agradecido comunica-se com Deus! A vida tem sido difícil para minha família, mudança de ponto da empresa, sob intenso stress, a descoberta de um câncer de ovário durante o preventivo e, depois da cirurgia e dezoito semanas de quimioterapia, descubro que meu marido está com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença rara e sem cura, que vai degenerando toda a musculatura, é fatal! Neste furacão de emoções, a fé começa a titubear, começam as dúvidas, os porquês, os sonhos que não se realizarão, o que poderíamos ter feito diferente? No meio dessas dúvidas uma brisa de carinho veio nos acalentar, através de voluntários do Faróis da Esperança, da Paróquia N.Sra. das Mercês, que iniciaram visitas à nossa casa. Para minha surpresa, meu marido, sempre reticente com esse tipo de atitude, abriu o seu coração para o Alejandro, o Carlos, a Cleide e a Claudete. Falou sobre o seu interior, seus medos, suas decisões, sua in- 12 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês segurança. A maior surpresa foi que ele disse, que se fosse curado, se tornaria voluntário do Faróis da Esperança. Ele provavelmente não conseguirá, pois se encontra há 85 dias na UTI, mas durante esse tempo tenho recebido a visita deles, não só à minha casa, mas também à da minha mãe e irmã, fortalecendo a nossa fé, ajudando-nos a entender e aceitar as nuances mais difíceis da vida. Tenho a certeza que esse período muito difícil está sendo suavizado pela ajuda desses voluntários, aos quais serei eternamente grata pelo carinho e demonstração de fé, de amizade e principalmente de ser cristão! Quando me sentir preparada, espero fazer parte deste grupo e levar a minha experiência de vida e superação a todos! O meu muito obrigado ao Faróis da Esperança! Ariadne Gural outubro.2013 PEREGRINAÇÃO De 29 de setembro à 15 de outubro de 2013 um grupo de 48 pessoas realizou peregrinação à Terra Santa e Jordânia, promovida pela nossa paróquia das Mercês. Também nosso pároco, frei Pedro Cesário Palma, participou da viagem. Os peregrinos visitaram Tel Aviv, Jafra, Cesaréia Marítima, Haifa, Mosteiro Carmelita de Estella Maris e Monte Carmelo. Seguiram para a Tabgha, lugar da multiplicação dos pães e dos peixes. Continuaram até Cafarnaum, onde está a antiga sinagoga e a casa de São Pedro. Celebraram missa do barco no Mar da Galileia. Viajaram para Nazaré onde visitaram a Basílica da outubro.2013 Anunciação. No Rio Jordão fizeram a renovação das promessas do Batismo. Visitaram o Monte das Bem Aventuranças e o Monte Tabor. Em Caná da Galiléia os casais renovaram seus compromissos matrimoniais. Banharam-se no Mar Morto, estiveram em Massada e em Kunran, onde se deram as descobertas dos originais bíblicos. Partiram para Jerusalém, via Jericó. Em Jerusalém os peregrinos visitaram o Santuário do Livro, Muro das Lamentações, a Explanada do Tempo, Monte Sião, Cenáculo, Abadia da Dormição de Maria e celebraram missa no Santo Sepulcro. Depois seguiram para Ein Karem para visitas às Igrejas da Visitação e São João Batista. Foram ao Monte das Oliveiras, com visita ao “Pater Noster”, Dominus Flevit e do Getsêmani. Visitaram Belém e celebraram missa na Gruta dos Pastores. Na Jordânia visitaram o Monte Nebo, onde Moisés chegou e avistou a Terra Prometida. Em Petra, também na Jordânia, conheceram os monumentos esculpidos na rocha, como tesouro “Elkhazne”, obeliscos e tumbas. Alguns do peregrinos seguiram para a Turquia e Roma, enquanto outros retornaram para o Brasil. Foi uma peregrinação maravilhosa, com muita espiritualidade e informações históricas. Seguem as fotos de alguns lugares por onde o grupo passou. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 13 >> Parapsicologia - nº 67 FEITIÇO PEGA? Uma jovem, na Itália, procurou um padre e contou a ele que às vésperas de seu casamento foi abandonada pelo noivo. Decidiu vingar-se e foi visitar uma feiticeira, que lhe deu as seguintes recomendações: “Pegue um sapo, coloque-o num frasco, enterre-o na sexta-feira, à meia noite...” Ao saber quem era o noivo, o padre empalideceu, pois tinha acabado de dar a ele a unção dos enfermos. “Não se preocupe, padre, o rapaz não vai morrer. Estou arrependida e soltei o sapo”, disse a jovem. O padre foi ver novamente o tal noivo, que estava muito doente. Uma junta médica reunirase e não conseguia diagnosticar a doença. O homem não tinha nada, mas estava morrendo aos poucos. No dia seguinte, e para grande surpresa dos médicos, o homem começou a reagir. Será que este caso comprova a eficácia dos feitiços? Será que um sapo, uma galinha preta, um bonequinho espetado com agulhas têm poder de prejudicar alguém? Para compreender o que aconteceu com o jovem internado, que estava morrendo aparentemente vítima de um feitiço, é preciso, em primeiro lugar, lembrar como funciona a telepatia. Ela é um fenômeno paranormal que consiste em transmitir, idéias, sentimentos para uma outra pessoa, que espontaneamente acaba captando. A raiva da noiva abandonada ou a má intenção da feiticeira foi captada por telepatia pelo subconsciente do ex noivo. A emoção em alto grau, vivenciada nesse episódio, facilitou a telepatia. O segundo passo nesse processo é a ação da mente do rapaz sobre o seu próprio o corpo, produzindo os sintomas. Não era a ex noiva com raiva, nem a feiticeira, e muito menos o sapo que o estavam matando. Era ele mesmo, a sua própria mente agindo sobre o seu corpo. Quando a jovem mudou seu sentimento, desistiu da vingança, o subconsciente do rapaz captou a mudança por telepatia e isso abriu caminho para a recuperação da saúde. Para que os efeitos de um feitiço apareçam várias condições são necessárias. É preciso que a vítima seja paranormal, tanto para captar telepaticamente os sentimentos de quem fez o feitiço, quanto (e principalmente) para desencadear a energia da paranormalidade sobre seu próprio corpo produzindo os sintomas. É claro que todo esse processo é inconsciente. Outra condição é acreditar e ter muito medo de feitiços. Sentir-se culpado e merecedor de punição é outro dos ingredientes. Essas características apontam sempre para uma fragilidade psíquica, sem a qual o processo de auto-destruição não se põe em marcha. Nos casos em que um feitiço parece fazer efeito, não se trata de interferência de forças exteriores, mas de uma sugestão telepática assumida pela própria vítima. Não depende da autoridade do feiticeiro ou do tipo de feitiço. Depende da impressionabilidade e superstição da vítima. Existem numerosos casos em que o simples fato de alguém imaginar um possível feitiço, mesmo este não existindo, produziu resultados desastrosos. A melhor proteção contra os feitiços está no esclarecimento e no equilíbrio psicológico. Conhecer como a mente funciona, cultivar a autoestima, a auto-confiança e uma fé madura proporcionam uma vida feliz, livre de medos e superstições. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31) Parapsicólogo Flávio Wozniack 41 3336-5896 41 9926-5464 Atendimento voluntario Paróquia das Mercês 3335-5752 Atendimento também em Colombo, Lapa e São José dos Pinhais Como cultivar um relacionamento agradável Todas nós queremos ser felizes e ter um relacionamento agradável e tranquilo. Sabemos como é bom ser agradado, elogiado e viver em harmonia. No entanto, muitas vezes esquecemos de fazer a nossa parte, e esperamos que o parceiro inicie o movimento de fazer os agrados e mordomias. Para que o relacionamento funcione de uma forma harmoniosa, é muito importante que saibamos como e quando tomar a iniciativa. Cada membro do casal é 50% responsável pelo sucesso do relacionamento, portanto, não esqueça de aproveitar muito bem os seus 50%! Desta forma, o relacionamento fica equilibrado, e o ganho é exclusivamente do casal. Quantas vezes nos flagramos cobrando o outro, mencionando o que ele deixou de fazer? Mas e nós, o que fazemos para melhorar a situação? Criticar é muito fácil, no entanto, fazer diferente é o mais eficaz, e muitas vezes não sabemos como. Fazer diferente quer dizer rever as nossas ati- 14 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês tudes e hábitos, implica deixar a nossa zona de conforto e arriscar fazer diferente, em prol de uma melhoria para o casal. Já teve momentos em que você pensou estar fazendo algo inadequado? Se teve, aproveite estes momentos de reflexão para adotar uma postura positiva e efetiva para o relacionamento a dois! Vale muito a pena batalhar pelo bem-estar, especialmente quando o casal aprende a resolver as suas diferenças de uma forma tranquila e eficiente. Tayana Passos Consultora de Relacionamento & Bem-Estar www.tayanapassos .com.br - da Equipe do SOS Família Mercês outubro.2013 FATOS DA VIDA PAROQUIAL >> VAI ACONTECER >> ACONTECEU Missa de Finados BOAS VINDAS AOS NOVOS DIZIMISTAS DO MÊS DE SETEMBRO-13 Fernanda Voigt, Edílson dos Santos, João Camilo dos Santos, Acir Bastos, Benedito Alves de Oliveira Filho, Rosemeire Aparecida Cardo- so Morando, Terezinha Landowsky, Ana Maria Olkuszewski, Rodrigo Alves Felício, Geneci Salete Vendruscolo, Daniele Brychta, Regina A. Milani, Ohana M. de Oliveira, Gilberto Sohn, Diva Ap. Assis Paz, Romano Antonio Zambom, Juçara Balzan Metzker e Carlos Antonio Carvalho. TRÍDUO FRANCISCANO – PARA CELEBRAR O DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS Foi realizado o Tríduo de São Francisco, em união com outras duas comunidades. O Tríduo teve início em nossa Paróquia no dia 1º de outubro com missa solene às 19h e contou com a participação dos Freis Capuchinhos, irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular, religiosos, religiosas e paroquianos. No dia 02 de outubro, segundo dia, o Tríduo foi nas Irmãs da Sagrada Família, e no dia 03 de outubro, terceiro e último dia, a celebração solene foi na Igreja Senhor Bom Jesus, na Praça Rui Barbosa. CORAL NOSSA SENHORA DAS MERCÊS No mês de setembro comemorou um ano de sua primeira apresentação, em sua nova formação sob a regência do maestro Thiago Pauluk. Este ano o Coral participou da celebração litúrgica de abertura da Novena de Nossa Senhora das Mercês no dia 15 de setembro, primeiro dia da novena, e novamente no dia da Coroação de Nossa Senhora das Mercês festejado em 24 de setembro. Foram dias de muitas orações, bênçãos, graças e louvores, com belíssimos cantos litúrgicos próprios desta festa litúrgica. No dia 02 de outubro em come- HOMENAGEM À NOSSA SENHORA DAS MERCÊS O Studio Sueli Assunção Fotografias em homenagem à Nossa Sra. das Mercês, fotografou a Coroação de Nossa Senhora no dia 24 de setembro. As fotos foram gentilmente cedidas à Paróquia que farão parte do acervo cultural e histórico paroquial e algumas foram publicadas nesta edição. A Paróquia e comunidade agradecem ao Studio Sueli Assunção por esta singela homenagem. outubro.2013 moração aos 60 anos do Hospital Nossa Senhora das Graças, o Coral Nossa Senhora das Mercês cantou na Missa de ação de graças, realizada no anfiteatro da antiga Escola Técnica de Enfermagem Catarina Labouré, que pertence ao grupo Hospital Nossa Senhora das Graças. As celebrações começam na sextafeira dia 1º nos horários das 06h30, 08h30, 15h e 19h, no Dia de Finados sábado dia 02 às 06h30, 17h e 19h, e no domingo dia 03 às 06h30, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 17h e 19h. As missas no final de semana e finados serão oferecidas pelo descanso eterno dos finados. Os envelopes para escrever os nomes de seus familiares, parentes e amigos falecidos estão disponíveis no balcão na entrada da Igreja, ou na Secretaria Paroquial. UMA VAGA NO CÉU Nascida em Antonina, cidade litorânea do estado do Paraná, a 2 de agosto de 1913, Maria Dias Pinheiro, veio morar em Curitiba, no bairro Mercês, com seus parentes. Aqui, com sua simplicidade, vivendo principalmente para o amor de Jesus e de Nossa Senhora, conquistou muitas amizades entre pessoas que lhe devotavam respeito e admiração. Foi convidada a participar de vários movimentos na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, entre eles a Legião de Maria, Ordem Franciscana Secular, Pia União de Santo Antonio e Pastoral da Terceira Idade. Assídua às reuniões e trabalhos destes movimentos, nunca esquecia os compromissos de cada um deles. Gostava de ir como peregrina a vários santuários, viajando com disposição. Sempre estava com o Rosário nas mãos, rezando por quem lhe pedia orações. De missa diária, após o término das celebrações, permanecia longo tempo em contemplação diante do Santíssimo Sacramento. Na sua trajetória terrestre, foi exemplo de fé, confiança e autenticidade. Poucas pessoas alcançaram como ela os 100 anos de vida, comemorados duplamente: pela família e pelas amigas da Paróquia. Mariazinha, como a chamávamos, com muita lucidez, dizia que Deus era o dono do seu viver. No dia 15 de setembro passado, Ele a chamou para si. Sua caminhada aqui foi interrompida, mas continua na eternidade. Agradecemos a Deus pelo privilégio de ter convivido com ela! Amasília Araujo Bruel Legião de Maria Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 15 Coroação de Nossa Senhora das Mercês 16 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês outubro.2013
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