jornal fonte – abril/2013

Transcrição

jornal fonte – abril/2013
CENTENÁRIO DO
CONTESTADO
DIOCESE DE CAÇADOR
O SOL VOLTOU
A BRILHAR NA
PÁSCOA
ANO XV
Nº 175
ABRIL
2013
DESTAQUES
Primeira Homilia
do Papa Francisco
Pág 02
Mensagem do
Papa Bento
XVI para o Dia
Mundial das
Comunicações
Pág 04
Conheça o
Primeiro Papa
Latino Americano
Págs 08 e 09
Dia Mundial da
Saúde
Pág 13
Ação
Evangelizadora
"Rio que cresce
entre nós"
Pág 15
Igreja
2
a
EDITORIAL
O
s cristãos vivem a grande alegria da
festa da Páscoa do Senhor. Tempo de
muita alegria, encanto e esperança. A
Páscoa do Senhor envolve a vida de todos que
buscam viver os sentimentos de Jesus Cristo,
na perspectiva de renovar a vida e o meio onde
cada um vive.
Ao saudarmos a todos os diocesanos com uma Feliz Páscoa,
desejamos fortalecer em cada um os sentimentos positivos que,
também, nos contagiaram na ocasião da nomeação do Cardeal
argentino Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco. Nossas
preces devem ser abundantes e de fecunda espiritualidade para que
ele, Papa Francisco, tenha o vigor jesuíta e a alegria e simplicidade
franciscana para um papado oportuno para os nossos tempos.
Coloquemos nossas alegrias e esperanças na rota da nossa
conversão pessoal e familiar, nos fortalecendo para o exercício
da unidade em torno do Papa e para o bem das nossas famílias e
para toda a juventude, assim, teremos os instrumentos necessários
para a edificação da casa do Senhor em nossas comunidades de fé.
É desejo nosso que nesse tempo pascal se renove com
a Igreja no mundo inteiro, nosso compromisso de cristãos
engajados, participativos, ativos e fecundos na esperança do
Cristo ressuscitado.
Peço as preces pelo êxito da Assembleia Geral da CNBB,
que acontecerá entre os dias 10 e 19 de abril e tem como temática
central: comunidade de comunidades, uma nova paróquia.
Assim, como esperamos e desejamos uma renovação na Igreja
com a nomeação do novo Papa, devemo-nos empenhar para
animar e converter nossos hábitos, dando testemunho de nossa
fé, na ação pastoral. É preciso fazer a conversão pastoral em
nossas comunidades. Que os padres e todas as lideranças leigas
fiquem atentos para assimilar o novo que a assembleia deverá
trazer em prol de nossa ação pastoral, na construção do Reino de
Deus. Exigirá, de cada um, mais esforço e o entendimento que é
necessário desinstalar-se. O serviço prestado na comunidade de
fé deve convencer a todos a mudarem de vida e buscarem viver
o Evangelho da simplicidade, da humildade e que Jesus Cristo
seja o centro e não a nossa vontade e nosso desejo de aparecer. “É
preciso que ele cresça e eu diminua”.
O novo deve suscitar maior vigor em nossa fé, novo ardor no
testemunho de vida cristã, maior amor no seguimento de Nosso
Senhor Jesus Cristo. É importantíssimo que cada um se esforce
para conhecer melhor Jesus Cristo e buscar os seus verdadeiros
ensinamentos, para fortalecer a própria vocação cristã. A nossa
vida cristã, no tempo pascal, nos compromissos assumidos na
comunidade, deverão nos levar a uma renovada e autêntica fé.
É missão dos cristãos fazermos acontecer o novo, que a Igreja
necessita, para apoiar o Papa na renovação da Igreja.
É tempo oportuno, é tempo da graça. Que a leitura desse
jornal enriqueça o nosso coração, com novas, belas e oportunas
mensagens, para melhor participarmos do novo que o Evangelho
nos traz em todos os momentos da vida. Deus nos abençoe e que
a Virgem Maria se faça presente em cada lar, protegendo pais e
filhos no amor puro e corresponsável.
EXPEDIENTE
Dom Frei Severino Clasen, OFM
Bispo de Caçador
Jornal de Circulação Interna - Tiragem: 15 mil exemplares
MITRA DIOCESANA DE CAÇADOR
Rua Mafra, 235 - Bairro Bom Jesus - C.P. 227 - CEP: 89.500-000 - Caçador - SC
Editorial: Coordenação Diocesana de Pastoral
FONE/FAX: (49) 3563-2045
e-mail: [email protected]
DIAGRAMAÇÃO: Felipe Pelegrinello Caipers ([email protected])
Jornalista Responsável - Pe. Dr. Gilberto Tomazi – MTb: 38945
IMPRESSÃO: Diário Catarinense
ABRIL
2013
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA MISSA
DE ABERTURA DE SEU PONTIFICADO
A
solenidade de São José marca o início
do pontificado do Papa Francisco. A
celebração eucarística foi realizada na Praça
de São Pedro, no dia 19 de março de 2013, com a
participação de inúmeras autoridades políticas e
religiosas, entre elas a presidente do Brasil, Dilma
Rousseff. No início da celebração o Sumo Pontífice
recebeu o pálio e o Anel do Pescador, símbolos do
ministério que exerce na Igreja. Leia abaixo alguns
trechos da homilia do Santo Padre.
Queridos irmãos e irmãs! Agradeço ao
Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início
do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma
coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo
com a oração, cheia de estima e gratidão.
Ouvimos ler, no Evangelho, que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa”.
Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser justo guardião. Guardião de quem? De Maria
e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: “São José,
assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim
também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo”. Como
realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma
fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até o episódio de Jesus,
aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado
de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o
recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca
preocupada do filho no templo; e depois na vida cotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o
ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus,
aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como
ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua
Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito.
E José é “guardião”, porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar por sua vontade e, por isso mesmo, se mostra
ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está
atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à
vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo.
Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto a vocação
de guardião não diz respeito, apenas a nós cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente
humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de
Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde
vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas, especialmente das crianças, dos idosos,
daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. Fundamentalmente tudo
está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito. Sede guardiões dos dons
de Deus! E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos,
então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem
“Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a todos que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político
ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de
Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte
acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para “guardar”, devemos também cuidar de nós mesmos.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser
praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no
seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza
de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter
medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma,
Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que
poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta as
minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer
o poder, deve entrar sempre mais no serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço
humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e
acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais
pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro,
está nu, doente, na prisão. Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou “com uma esperança,
para além do que se podia esperar”. Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de
ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, com um olhar de ternura e amor,
é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança!
E para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi
aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre,
guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma é chamado a cumprir, mas para o qual todos
nós somos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos
deu! Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o
Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém.
Fonte: vatican.va
ABRIL
Evangelização
2013
ANO DA FÉ
Continuamos, nesta edição, a publicação da Carta Apostólica sob
Forma de Motu Proprio, Porta Fidei, do Sumo Pontífice Bento XVI,
com a qual se proclama o Ano da Fé. Boa leitura!
13.
Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa
fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada
com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o
progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve
provocar em todos, uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.
Ao longo deste
tempo, manteremos
o olhar fixo sobre
Jesus Cristo, “autor
e consumador da fé”
(Heb 12, 2): n’Ele
encontra plena realização toda a ânsia
e anelo do coração
humano. A alegria do
amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão
face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto
encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se
homem, do partilhar conosco a fragilidade humana para transformá-la com
a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil
anos da nossa história de salvação.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de
que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas
que realizava em quantos a Ele se confiavam (Lc 1, 46-55). Com alegria e
trepidação, deu à luz ao seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egito
a fim de O salvar da perseguição de Herodes (Mt 2, 13-15). Com a mesma
fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu ao seu lado mesmo no
Gólgota (Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição
de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito
Santo (At 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (Mc 10, 28).
Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente
e realizado na sua Pessoa (Lc11, 20). Viveram em comunhão de vida com
Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de
vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois
da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda criatura (Mc 16, 15) e, sem
temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram
fiéis testemunhas.
Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo
em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos
(At 2, 42-47).
Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do
Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom
maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando
tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela
fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma ação em prol da justiça,
para tornar palpável a Palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da
opressão e um Ano de Graça para todos (Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo
nome está escrito no Livro da vida (Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de
seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho
do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício
dos carismas e ministérios a que foram chamados. Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na
história.
Continua na próxima edição
Fonte: www.vatican.va
3
VOCAÇÃO: O SONHO DE DEUS PARA A
VIDA DO CRISTÃO
P
or meio do Batismo somos marcados
com o sinal que nos legitima, filhos
de Deus. Esse mergulhar no mistério
sacramental é o chamado para que em Cristo,
toda pessoa realize-se plenamente. Como
missão de batizados, cada um é convidado a
testemunhar com a vida o Evangelho, levando
outros ao seguimento da Boa Nova. Sendo
filhos de Adão, somos inicialmente marcados
pela natureza do pecado, porém, em Jesus o
chamado é a abandonar a condição adâmica,
trilhando o caminho para a ‘cristificação’.
Desde os tempos primitivos, achava-se
que vocação era algo que dizia respeito única
e exclusivamente a Padres e Freiras, embora
se perceba grande maturidade por parte dos
leigos, essa visão ainda exige ser superada,
levando os cristãos a tomarem consciência
de que Vocação implica serviço. Isso leva a
entender que o convite: “Sede santos...” (Lv.
19, 2), não se limita como algo que soa aos
ouvidos apenas de membros de determinado
grupo ou classe, pois todo ser humano é
vocacionado à santidade.
Acontece, porém, que para muitos o
ser batizado tem se tornado, o sacramento do
esquecimento e do descompromisso. “Se na
Igreja em outros tempos se batizavam pessoas
convertidas, no atual contexto de sociedade,
o apelo é a converter batizados”. Tal é a
afirmação feita por Jesus: “Quem crer e for
Batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado” (Mc 16, 16). O Batismo pode, a
partir daí, ser entendido como o sacramento
que é fonte para as demais vocações.
Impulsionados pelo espírito que nos
chama a ser ‘Jovens no Amor’, façamos
deste oportuno tempo de jejum, de esmola e
caridade, ocasião para a verdadeira conversão
do coração. Que na busca por nos tornar
íntimos de Deus, possamos mergulhar
profundamente ao ponto de, a exemplo de
Isaías dizer: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is
6,5). Estejamos atentos às palavras do Mestre,
e como Maria busquemos oferecer uma
resposta generosa, tendo como compromisso
a vocação universal: em Jesus Cristo nos
tornarmos santos.
Seminarista Edimar Blaskowski
Comunidade Serra Chata – Paróquia São José – Timbó Grande
A MISSÃO DOS JOVENS DIANTE DO
FUTURO DO MUNDO
C
omo será o futuro do
mundo e da sociedade?
Alguns filmes de ficção
fazem projeções nada animadoras.
Mesmo não querendo dar valor
ao pessimismo dos filmes, alguns
sintomas e reações da natureza
assustam. O aquecimento global,
a poluição do meio ambiente, a
falta de consciência ecológica
do ser humano, os poluentes e o
lixo produzidos pela indústria e ação humana
contaminam o ar e as águas e se tornam
problemas reais a serem superados. A tragédia
de Santa Maria na qual morreram 240 jovens
mostrou-nos, que a morte é quase instantânea,
quando respiramos o ar que transporta partículas
de elementos químicos.
Além destes, temos outros desafios: não
estamos conseguindo nos entender e nos unir
para resolver esses problemas. Os tratados
internacionais não avançam na prática. As
guerras persistem. A miséria e as desigualdades
sociais crescem a cada dia. O sonho dominante é
correr para um progresso financeiro produzindo
e consumindo, sem equilíbrio e senso ético. E o
futuro? “O problema não é meu...”, isso é o que
se ouve de muitos.
Essa lógica do descompromisso é
incoerente, pois o passado, enquanto foi
presente, preparou de fato o futuro, mesmo
quando não cuidou dele, portanto, todos têm
uma parcela de responsabilidade quanto ao
futuro. Surgem leis que cobram
essa responsabilidade, mas a
cobrança legal nunca vai ser
suficiente. A responsabilidade
exige antes de tudo a missão em
promover uma educação para ética
do cuidado nas relações de uso e
convívio com a natureza. De quem
será o futuro? A gente olha para
os jovens e as crianças e temos a
certeza de que serão os herdeiros
mais garantidos do futuro. E como será o futuro?
O futuro é como uma herança que se transmite.
Os herdeiros precisam preparar-se para recebêlo. Quem transmite, deve transmitir o melhor e
quem recebe deseja o mesmo, nunca aquele que
recebe, imagina que vai receber desgraça.
As grandes mudanças culturais de
hoje, geram conflitos entre os adultos e os
jovens. São desafios reais de linguagem, formas
de pensar e de se relacionar. No fundo, é o
ensaio dos jovens que desejam criar um novo
modo de ser no futuro. Contudo a inteiração
entre adultos e jovens é necessária, através
dela se transmite valores básicos sobre como
fazer diferente e seguro o futuro. A Campanha
da Fraternidade sob o tema “Fraternidade
e Juventude” propõe a reflexão sobre essas
questões e convoca os jovens e os adultos
para o serviço de edificação de uma sociedade
fraterna fundamentada na ética, na justiça e na
paz. É nossa missão garantir a Boa Nova do
futuro com vida digna para as novas gerações.
Pe. Moacir da Silva Caetano
4
Comunicação
ABRIL
2013
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES
Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 12 de maio de 2013. “Redes sociais: portais de verdade e de fé;
novos espaços de evangelização” é o título da Mensagem, que publicamos a seguir:
A
mados irmãos e irmãs, encontrando-se próximo
o Dia Mundial das Comunicações Sociais de
2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões
sobre uma realidade cada vez mais importante, que
diz respeito à maneira como as pessoas comunicam
atualmente entre si; concretamente quero deter-me a
considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais
que estão a contribuir para a aparição de uma nova
ágora, de uma praça pública e aberta onde as pessoas
partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda
ganhar vida novas relações e formas de comunidade.
Estes espaços, quando bem e equilibradamente
valorizados, contribuem para favorecer formas de
diálogo e debate que, se realizadas com respeito e
cuidado pela privacidade, com responsabilidade e
empenho pela verdade, podem reforçar os laços de
unidade entre as pessoas e promover eficazmente a
harmonia da família humana. A troca de informações
pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os
contatos podem amadurecer em amizade, as conexões
podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são
chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas
que nelas participam devem esforçar-se por serem
autênticas, porque nestes espaços não se partilham
apenas ideias e informações, mas em última instância a
pessoa comunica-se a si mesma.
O desenvolvimento das redes sociais requer
dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir
relações e encontrar amizade, buscar respostas para
as suas questões, divertir-se, mas também para ser
estimuladas intelectualmente e partilhar competências
e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se
cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade
enquanto unem as pessoas na base destas necessidades
fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas
por aspirações radicadas no coração do homem.
A cultura das redes sociais e as mudanças nas
formas e estilos da comunicação colocam sérios
desafios àqueles que querem falar de verdades e valores.
Muitas vezes, como acontece também com outros meios
de comunicação social, o significado e a eficácia das
diferentes formas de expressão parecem determinados
mais pela sua popularidade do que pela sua importância
intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade
está mais ligada com a celebridade ou com estratégias
de persuasão do que com a lógica da argumentação.
Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada
pelo rumor de excessivas informações, e não consegue
atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se
expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os
meios de comunicação social precisam do compromisso
de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo,
do debate fundamentado, da argumentação lógica;
precisam de pessoas que procurem cultivar formas de
discurso e expressão que façam apelo às aspirações
mais nobres de quem está envolvido no processo de
comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e
crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles
que têm ideias diferentes das nossas. “Constatada a
diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas
não só aceitem a existência da cultura do outro, mas
aspirem também a receber um enriquecimento da
mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de
verdade e de beleza” (Discurso no Encontro com o
mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).
O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de
serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão
da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a
Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana
que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis
dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova
não for dada a conhecer também no ambiente digital,
poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos
que consideram importante este espaço existencial. O
ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente
virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas
pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes
sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua
vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação
que cria relações: por isso uma solícita compreensão
por este ambiente é o pré-requisito para uma presença
significativa dentro do mesmo.
A capacidade de utilizar as novas linguagens
requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos,
como, sobretudo para permitir que a riqueza infinita do
Evangelho encontre formas de expressão que sejam
capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No
ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes
acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação
eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do
envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva
daqueles que queremos convidar para um encontro
com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que
a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos:
penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da
Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das
igrejas. Uma parte consistente do património artístico
da humanidade foi realizado por artistas e músicos que
procuraram exprimir as verdades da fé.
A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é
posta em evidência pela partilha da fonte profunda
da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico
de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal
partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita,
mas também no testemunho, isto é, no modo como se
comunicam “escolhas, preferências, juízos que sejam
profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo
quando não se fala explicitamente dele” (Mensagem para
o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um
modo particularmente significativo de dar testemunho é
a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da
disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente
e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no
caminho de busca da verdade e do sentido da existência
humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca
da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância
da religião no debate público e social.
Para aqueles que acolheram de coração aberto o
dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem
sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões
estas que não estão de modo algum ausentes das redes
sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural
que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto,
partilhá-la com aqueles que encontram no ambiente
digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é
capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela
força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os
corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A
confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre
superior a toda e qualquer segurança que possamos
colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo
no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de
tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes,
há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos
chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito,
recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus
não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra
ou no fogo, mas no “murmúrio de uma brisa suave”
(1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os
anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar
e ser amada, de encontrar um significado e verdade que
o próprio Deus colocou no coração do ser humano,
permanecem também nos homens e mulheres do nosso
tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que
o Beato Cardeal Newman chamava a “luz gentil” da fé.
As redes sociais, para além de instrumento de
evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento
humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos
e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes
sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva
com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam
a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando
as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido
de proximidade àqueles que professam a sua fé. O
envolvimento autêntico e interativo com as questões e as
dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer
sentir a necessidade de alimentar, através da oração e
da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a
nossa caridade operante: “Ainda que eu fale as línguas
dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um
bronze que soa ou um címbalo que retine” (1 Cor 13, 1).
No ambiente digital, existem redes sociais que
oferecem ao homem atual oportunidades de oração,
meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas
redes podem também abrir as portas a outras dimensões
da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir –
graças precisamente a um contato inicial feito on-line
– a importância do encontro direto, de experiências
de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são
elementos sempre importantes no caminho da fé.
Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente
digital, podemos convidar as pessoas a viverem
encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares
concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver
falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa
fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade
onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital.
Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com
os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de
Deus até aos confins da terra.
Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço
ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e
ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e
testemunhas do Evangelho. “Ide pelo mundo inteiro,
proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15).
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013
Fonte:www.cnbb.org.br
ABRIL
Celebrações
2013
5
PÁSCOA: VIDA NOVA EM CRISTO
Neste mês de abril, celebramos e vivenciamos o período pascal (segundo,
terceiro, quarto e quinto domingos). Os cinquenta dias entre o Domingo
da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes, sejam celebrados com
alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como
um grande Domingo” (Santo Atanásio).
2° DOMINGO DA PÁSCOA
07 de abril de 2013
At 5, 12-16; Ap 1, 9-11.12-13.17-19; Jo 20, 19-31
Jesus Ressuscitado confirma nossa fé
Jesus ressuscitado aparece aos discípulos. Tomé não
estava presente.
A dúvida toma
seu coração e,
longe da comunidade, ele tem
dificuldade de entender Jesus ressuscitado. A
experiência do encontro com Jesus Ressuscitado
leva o discípulo a professar: “meu Senhor e meu
Deus!”. A profissão de fé resume a caminhada
da Igreja. Todos os sinais que perpassam pela
Escritura pedem do leitor uma profissão de fé,
como a de Tomé.
Sugestões:
• Destacar o Círio Pascal, a Pia Batismal,
além da Mesa da Palavra e da Eucaristia,
usando muitas flores e a cor branca ou
amarela.
• Colocar a palavra ‘PAZ’ junto ao Círio
Pascal.
• Preparar um vaso de flores com a palavra fé, no meio.
• Lembrar-se de acender solenemente o
Círio Pascal, acompanhado de um canto
pascal.
• Durante o Hino de Louvor, podem-se
preparar bandeiras brancas, para que
sejam agitadas por algumas crianças da
comunidade. Onde estiver disponível toquem-se sinos ou sinetas durante o canto, para dar uma tônica pascal, festiva e
alegre à celebração.
• Durante a saudação da paz, o presidente
da celebração pode estimular os que celebram junto com ele, a saudarem-se da
seguinte forma: “a paz de Cristo, Ressuscitado, esteja contigo”.
3° DOMINGO DA PÁSCOA
14 de abril de 2013
At 5, 27-32. 40-41; Ap 5, 11-14; Jo 21,1-19
A Pesca Milagrosa
Jesus ilumina
nosso
cotidiano, ao
apresentar um
novo modo de
viver, pautado no amor.
Ele anunciava o Reino de
Deus, marcado pela paz, justiça e fraternidade.
Os discípulos, propagadores da Boa Nova, não
podem deixar, em seu anúncio, de fazer referência ao Mestre, pois Ele reflete o projeto de Deus
para toda a humanidade. Por isso, partem para
uma nova missão, deixando de fazer as mesmas
O mistério pascal é o centro da vida cristã. Jesus vence a morte e oferece
a todos a luz e a possibilidade de uma nova vida. Hinos de gratidão
elevam aos céus a alegria pela vida que ressurge. Ressuscitado, o Senhor
continua presente de muitas formas e convida-nos a assumir a missão de
anunciar e testemunhar ao mundo, a esperança gerada pela Páscoa.
coisas. Também nós somos chamados a deixar
o comodismo e o individualismo para viver de
forma diferente.
Sugestões:
• Fazer a entronização do Círio Pascal depois do Ato Penitencial, pedindo às pessoas que, após serem perdoadas, possam
acender suas velas (preparar anteriormente) no Círio, como sinal da conversão e da acolhida do Ressuscitado em
suas vidas.
• Preparar uma rede (ou algo que a represente) e dispor papeis, em cima dela (em
forma de peixe) com os diversos serviços da comunidade;
• Podem-se fazer peixinhos como “lembrancinha” desta missa, escrevendo em
cada um o jogral grego que fez do peixe
símbolo do Ressuscitado: “Jesus Cristo,
Filho de Deus, Salvador” (ICTUS = peixe).
4° DOMINGO DA PÁSCOA
21 de abril de 2013
At 13, 14.43-52; Ap 7, 9.14-17; Jo 10, 27-30
O Bom Pastor dá vida em plenitude.
Diz Jesus:
“as minhas ovelhas escutam
a minha voz,
eu as conheço
e elas me seguem”. A imagem do pastor,
guia do rebanho, exprime
ideia de autoridade e companheirismo. A autoridade está fundamentada numa relação de cuidado, de afetividade. Há um conhecimento mútuo.
Baseando-se nos aspectos cotidianos da vida
pastoril a Bíblia destaca, primeiramente, Deus
como pastor de Israel e, depois, Jesus como pastor de todos os seres humanos.
Sugestões:
• Preparar para a entrada, um cartaz ou
imagem de Jesus Bom Pastor.
• Dia 21 de abril é o Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. Enfatizar as vocações presbiterais e consagradas da comunidade. O Círio pode ser entronizado
por pessoas caracterizadas de acordo
com as diversas vocações (religiosas,
padres, leigos, portando a Bíblia);
• A aspersão com água batismal substitui
o Ato Penitencial e ajuda a comunidade
a retomar o Batismo, como mergulho na
Páscoa do Senhor Jesus. Durante a aspersão preze-se por um canto de caráter
penitencial, de preferência contendo a
fórmula “Senhor, tende piedade de nós;
Cristo tende piedade de nós”.
• Pode-se fazer a entrada da Bíblia da seguinte forma: um jovem vestido de pastor e com um cajado, entra pelo corredor
trazendo a Bíblia em uma bolsa (embornal). Ao chegar ao Presbitério a apresenta à comunidade.
• Cantar o “Cordeiro de Deus”, privilegiando uma melodia suave. A letra, preferencialmente, deve conter as mesmas
palavras da oração.
5° DOMINGO DA PÁSCOA
28 de abril de 2013
At 14, 21-27; Ap 21, 1-5; Jo 13, 31-35
“Amai-vos uns aos outros”
O amor é
o estatuto da
nova comunidade. Amor
é acolhimento, serviço,
respeito
à
dignidade do
outro. Jesus
nos oferece
o caminho da plena realização humana, dandonos o mandamento novo. Pelo amor uns aos outros, revelamos que somos discípulos de Jesus.
Ele nos amou primeiro, entregou Sua vida pelo
resgate da dignidade de todos os seres humanos.
Essa Boa notícia precisa ser acolhida e anunciada com entusiasmo. Todo discípulo deve ser
também missionário. O discípulo missionário
vive e orienta sua vida comunitariamente.
Toda a humanidade é chamada a viver de
modo a respeitar a presença de Deus, que, definitivamente, estabeleceu Sua tenda no mundo. Sua presença amorosa transforma todas as
coisas. A melhor forma de amar é fazer o bem.
Muitos necessitam de cuidado e apoio. Essa é a
missão do cristão.
Sugestões:
• Confeccionar um coração com a frase
“Amai-vos uns aos outros”. Convidar
lideranças da comunidade para que,
juntas, levem este coração até os pés do
Altar. Pode ser feito no início da celebração ou durante o canto de apresentação
das oferendas.
• Continuar dando destaque ao Círio Pascal, à Pia Batismal e à Mesa da Palavra
e da Eucaristia.
• Acolher de forma calorosa àqueles que
vêm à celebração, principalmente os que
vêm pela primeira vez ou são visitantes.
Afirma o Evangelho deste final de semana: “Nisto conhecerão todos que sois os
meus discípulos: se vos amardes uns aos
outros” (Jo 13, 35).
• Convocar a comunidade para, impelida
pela Palavra de Deus, realizar algum
gesto concreto durante a semana, destacando que a solidariedade é sinal do
amor entre os irmãos.
Organização: Fabio Paulo Belli
Referências: Revista Vida Pastoral. Religiosidade popular. Paulus:
Março-abril de 2013, ano 54, n° 289
Geral
6
ABRIL
2013
PASTORAL FAMILIAR REALIZA ENCONTRO DE FORMAÇÃO
E
ntre os dias 01 e 03 de março de 2013, na
Paróquia Senhor Bom Jesus, de Xanxerê,
Diocese de Chapecó, foi realizado o “Encontro
de Formação e Reunião do Conselho Regional Sul
4, da Pastoral Familiar, com o objetivo de estudar
os Documentos do Concílio Vaticano II e o Plano
Regional da Pastoral Familiar. Oriundos das 10
dioceses de Santa Catarina, cerca de 100 pessoas
estiveram presentes. Representaram a Diocese
de Caçador sete agentes da Pastoral Familiar.
Dom Frei Severino Clasen, Bispo Referencial da
Pastoral Familiar do Regional Sul IV, e Dom João
Manoel Francisco, Bispo Diocesano de Chapecó,
acompanharam o encontro.
Dom Severino falou sobre o Concílio Vaticano II,
destacando a importância do evento para a renovação
da Igreja, sobretudo no que se refere ao papel dos
leigos no mundo. Houve ainda a apresentação do
vídeo: Concílio Ecumênico Vaticano II – Um novo
pentecostes. O filme apresentou o relato da vida do
Papa João XXIII, a cronologia dos documentos e
descrição de seu conteúdo, com comentários. Além
da apresentação do tema, os participantes puderam
discutir em grupos e partilhar as suas considerações
com os demais.
Felipe Neri Tavares, da Equipe de Coordenação
da Pastoral Familiar do Regional Sul IV, falou sobre
o Plano Regional de Pastoral, que tem a família como
uma de suas prioridades. Ele destacou a importância
da implantação da Pastoral Familiar nas paróquias
e de fazê-lo seguindo o “Guia de Implantação da
Pastoral Familiar”. Dentre as ações mais importantes
para um agente de pastoral, citou a interação com as
outras pastorais e movimentos, tais como os Grupos
de Reflexão, Campanha da Fraternidade, catequese,
grupos de jovens e encontros para namorados e noivos,
etc. Nesse sentido, falou-se do Setor Pré-Matrimônio,
que precisa estar integrado às demais pastorais que
auxiliam no processo de amadurecimento pessoal
antecedente ao Matrimônio. O assessor ressaltou
ainda a necessidade do estudo dos subsídios do
Instituto Nacional da Pastoral Familiar (INAPAF).
Solicitou-se às dioceses que elaborem os seus
planejamentos de atividades ainda para 2013 e enviem
para a Coordenação do Regional, juntamente com a
estatística das atividades realizadas nas paróquias.
Os participantes tiveram ainda a oportunidade de
conversar sobre os avanços e dificuldades da Pastoral
Familiar em 2012 e suas necessidades para 2013.
Foram dias marcados por momentos de
espiritualidade, formação, motivação, amizade e
conhecimento. Assim, a Pastoral Familiar da Diocese
de Caçador quer continuar sua missão evangelizadora
junto às famílias, testemunhando a beleza e a
dignidade da família, como formadora de valores
humanos e cristãos. “O futuro da humanidade passa
pela família” (João Paulo II).
Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar
3º SIMPÓSIO NACIONAL DA FAMÍLIA E 5ª PEREGRINAÇÃO NACIONAL DA FAMÍLIA
A
Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e
a Família da CNBB – Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, com o apoio da Canção
Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família,
na Canção Nova, Cachoeira Paulista/SP, no dia 25 de
maio de 2013. Como nos anos anteriores, a Comissão
organizará a “5ª Peregrinação Nacional da Família”, no
Santuário Nacional, em Aparecida/SP, em 26 de maio
de 2013.
O 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª
Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com
o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude,
I
família; Família acolhedora (desde a hospitalidade à
adoção); Comunidade de famílias.
A preparação ao 3º Simpósio das Famílias e à
5ª Peregrinação Nacional das Famílias à Aparecida
será precedida de intensas atividades nas paróquias
e dioceses. Os membros da Comissão organizadora
estão preparando subsídios como: oração comunitária,
reflexão teológica e pastoral sobre o tema, sugestões
para que as comunidades organizem simpósios,
palestras e momentos de fraternidade e de intercâmbio
entre as famílias. Os subsídios estarão disponíveis no
site da Pastoral Familiar: www.cnpf.org.br.
PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DE CAÇADOR
rmãos, neste tempo propício do Ano da Fé, nossa
Igreja tem buscado cada vez mais se aproximar
dos fiéis com uma mensagem de fé e de esperança.
Dentre as várias iniciativas da nossa paróquia,
iniciamos no mês de fevereiro a missa das Crianças
e a missa dos Jovens. Espaço onde louvamos e
bendizemos a Deus, na linguagem das crianças e
dos jovens e ao mesmo tempo suplicamos graças e
bênçãos, especialmente pelas crianças e jovens da
nossa paróquia e de todo o mundo. É uma experiência
muito significativa para a nossa paróquia e por isso
agradecemos a Deus por esse novo passo no processo
O
terão como tema “Transmissão da Fé na Família:
tarefa dos pais”, com a intenção de oferecer aos pais a
oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos
na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho.
Realizar-se-ão algumas conferências durante o
Simpósio, conforme segue: 1ª Conferência - “O desígnio
de Deus”: Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari
– BA e Presidente da Comissão Episcopal para a Vida
e a Família e os professores do Pontifício Instituto João
Paulo II de estudos sobre matrimônio e família, sede
Salvador/BA. As demais conferências abordarão os
temas: Família e Sociedade; A transmissão da fé na
de evangelização.
Convidamos a comunidade caçadorense para
participar da Missa dos Jovens, no primeiro, terceiro e
quito domingos e da Missa das Crianças, no segundo
e quarto domingos, às 10h da manhã, na Igreja Matriz
do Bairro Santelmo. Por tudo, demos graças a Deus!
Pe. Francisco – Pároco
Pe. Justino – Vigário
PINHEIRO PRETO E O ASSALTO AO TREM PAGADOR
primeiro assalto ao trem pagador que se tem
conhecimento ocorreu em Pinheiro Preto/
SC, no quilômetro 152, da ferrovia EFSPRG,
em outubro de 1909. No local, atualmente, existe
uma cruz, chamada de Cruz do Vacariano, que foi
levantada para homenagear os mortos no assalto. Esta
cruz é uma das atrações turísticas de Pinheiro Preto.
Em torno da celebração dos 50 anos de
emancipação do município de Pinheiro Preto (2012),
duas iniciativas resgataram o acontecimento e
reabriram o debate deste e outros acontecimentos,
tais como o Contestado, ocorridos há um século,
que marcaram profundamente a região. Um dos
eventos foi uma peça de teatro de título: “Pinheiro
Preto, das raízes aos pinhões - do assalto ao trem
pagador à esperança de dias melhores”, de autoria
e direção do Pe. Dr. Gilberto Tomazi, apresentado
pela primeira vez, no ginásio municipal, no dia 01 de
agosto de 2012, que contou com a participação de 60
atores de Pinheiro Preto. Outro evento marcante foi o
Documentário e Filme “1º Assalto ao trem pagador”,
de Ernoi Matielo (Diretor Geral) e co-autoria de
Vilmar Miguel Sartori, cujo lançamento ocorreu no
dia 20 de fevereiro de 2013, no Salão Paroquial de
Pinheiro Preto. Este filme contou com a participação
de quase uma centena de atores e entrevistados.
O filme está tendo grande repercussão regional e
nacional. Redação do Jornal Fonte
ABRIL
Contestado
2013
7
UM SÉCULO DE RESISTÊNCIA E ESPERANÇA:
DEZ ENSINAMENTOS DO CONTESTADO
Última questão da entrevista, que apresentou uma leitura sobre o Contestado, desde a edição 166 de junho de 2012 do Jornal Fonte.
Agradecemos ao Pe. Dr. Gilberto Tomazi pela concessão desta entrevista.
10) Pode-se afirmar que uma das motivações do Contestado
foi a busca de outro mundo possível e que houve certo
protagonismo juvenil no Contestado? Existem hoje muitas
iniciativas culturais, pesquisas ou publicações a respeito?
Existe uma vasta herança bibliográfica, cultural e
religiosa do Contestado. Há muitos escritos, monumentos,
símbolos, ritos, fotografias, filmes, peças de teatro, poesias
e orações espalhados pelo Sul do Brasil. A participação da
juventude na Guerra do Contestado não se deu de forma
organizada, enquanto categoria social, mas pela presença
de indivíduos jovens nos mais variados espaços, tanto do
lado dos caboclos, como do lado do exército, do governo e
dos “ruralistas” da época. É difícil estabelecer um conceito
capaz de abarcar com precisão a parcela juvenil presente na
guerra. Todavia, os censos da época apontavam para 75% das
pessoas como tendo menos de 30 anos de idade. Isso significa
que grande parte dos participantes da Guerra podem ser
considerados jovens.
Sobre o protagonismo juvenil, pode-se dizer que ele
aparece quando os jovens, individualmente ou em grupos,
participam de diferentes formas e em espaços diversos, em
torno ou no objetivo de promover mudanças significativas
na sociedade, que venham a proporcionar não somente um
acesso a direitos sociais ou a serviços deles derivados, mas
também à constituição de novos direitos e políticas públicas
de/para/com juventudes e demais pessoas. Desta forma, esse
protagonismo aparece como resultado da intervenção social
dos jovens e das suas novas formas de integração, participação,
negociação, acesso, reivindicação, representação, educação e
comunicação sociais.
Na história das sociedades humanas, costumes,
tradições, culturas, localizações e religiosidades de jovens se
juntam numa complexa dinâmica de construção histórica. Por
mais que alguns insistam mais no protagonismo juvenil, não
se pode negar que os jovens são, além de sujeitos da história,
também resultado de todo um processo de desenvolvimento
sociocultural e histórico, no qual eles interagem,
modificando-o e sendo modificados por ele. Desta forma,
ao falar de protagonismo juvenil, eu parto do pressuposto de
que, semelhante à época da Guerra do Contestado, sempre
houve uma insatisfação ampla das pessoas e, especialmente,
dos mais pobres e de uma parcela significativa da juventude,
em relação à realidade vigente. Esse fato só não seria possível
de comprovar em sociedades onde não houvesse pobreza,
discriminação, violência... Na atualidade, essa insatisfação
vem acompanhada de uma descrença nas formas de política
e no sistema econômico, estabelecidos como solução para
os problemas sociais, bem como de uma crença de que os
jovens não são apáticos e alienados, mas sim, capazes de
procurar não apenas contribuir nos processos de solução
dos problemas sociais, como também de “combater/lutar na
primeira fila, ocupando o primeiro/principal lugar” como
sugere o termo grego (prṒtagṒnistḗs) em sua etimologia. O
protagonismo sugere que há um espaço ou um cenário público
onde acontecem disputas ou jogos, semelhantes a uma guerra
e, também, uma nova forma de fazer política, que aglutina um
número relativamente significativo de jovens tidos por novos
atores sociais.
Quanto à dimensão religiosa e juvenil, pode-se
afirmar que a participação de jovens místicos no Contestado
foi significativa. Foi a partir e por meio de uma profunda
experiência religiosa que milhares de jovens caboclos,
aderiram aos redutos e entraram na irmandade do Contestado.
Eles não “fugiram do mundo”, mas a partir de dentro do
seu próprio mundo, um mundo real e mítico, um mundo de
sofrimentos e de sonhos, tornaram-se “militantes”, e essa
militância não foi tão somente uma militância política. Foi
mais do que isso; foi uma mística-militante. E, para usar
palavras de Leonardo Boff, a mística foi, para eles, o “motor
secreto”, o “entusiasmo” que os animou, o “fogo interior” que
os alentou na monotonia das tarefas cotidianas e permitiu que
mantivessem “a soberania e a serenidade nos equívocos e nos
fracassos”, que os fez “aceitar a derrota com honra, antes que
buscar a vitória com vergonha.”
Um aspecto marcante do Contestado foi a compreensão
de que meninos e meninas virgens tinham um poder espiritual
maior do que os adultos e idosos. Somente eles (alguns dentre
eles) eram capazes de receber mensagens do além, dos santos
venerados pela irmandade cabocla. Alguns, dentre eles, foram
aceitos como seres “sagrados”, “meninos-deus”, “virgens”,
videntes e profetas, ganhando legitimidade, aprovação e, até
mesmo, obediência e submissão por parte dos mais velhos.
Alguns destes jovens comandaram fases importantes da
guerra, atuando como líderes de piquetes e de redutos,
influenciando decisivamente no dia-a-dia da irmandade em
guerra. Eles não eram apenas rapazes, mas, também, moças
que “davam as ordens” no cotidiano da Guerra.
Pode-se afirmar que os jovens do Contestado não
assimilaram passivamente a dominação imperialista que se
instalava no Sul do Brasil; pelo contrário, apresentaram-se
como parte importante das forças latentes da sociedade. Eles
desenvolveram uma atitude rebelde, crítica e de resistência
contra o processo de instalação da sociedade capitalista na
região. A partir da experiência dos redutos, sonharam com
outro mundo possível, também denominado de “milênio
igualitário” ou de “cidade santa” e assumiram uma postura
profética, guerreira e de busca de alternativas de vida.
“Enfim quero dizer que recentemente defendi minha
tese de doutorado (PUC-SP) e que em breve será publicado,
pela Editora Paulinas, um livro com o título “Protagonismo
e religiosidade da juventude, na busca de outro mundo
possível - pensados a partir do pulsar juvenil do Contestado”.
Uma avaliação feita, na apresentação desse livro, pelo Pe.
Dr. Hilário Dick, SJ, diz: “Pensando no exagero que pode
parecer, essa é uma das melhores produções que temos, no
Brasil, sobre juventude.” Se você deseja receber por e-mail
essa entrevista, solicite pelo endereço: [email protected][email protected]
ANÁLISE CRÍTICA – MOBILIDADE
A
“A terra é suficiente para todos, mas não para os consumistas”. (Gandhi)
afirmação deste grande homem da paz reflete bem
a situação em que estamos vivendo. Nosso modelo
civilizatório é tão absurdo que, se os benefícios
acumulados pelos países ricos fossem generalizados a
todos os demais países, precisaríamos de outras quatro
Terras iguais a esta que temos. Somos realmente irracionais
continuando a viver desta maneira.
Afirma Leonardo Boff, em entrevistas: “Desta
vez não há alternativa: ou nos salvamos todos ou todos
pereceremos! Uma realidade que muitos ainda não se
deram conta. Tudo precisa de cuidado para continuar a
existir. O que fazer para que tenhamos uma consciência
transformadora?”.
Partir do pressuposto de que a vocação da pessoa
humana é viver em plenitude, por isso, capaz de mudar
esta situação atual. E realmente acreditar que é possível! O
mundo está sofrendo várias crises: econômica, financeira,
ambiental, alimentar. É uma crise de valores; o lugar de
Deus é assumido por outras forças; o mundo, o Estado, o
mercado colocam-se no lugar de Deus, contra a Vida.
Hoje, a grande preocupação é formar um mercado
para criar consumidores. Ao mesmo tempo, há um
esgotamento do modelo de acumulação capitalista.
Diante disto, perguntamo-nos, qual o Estado que
queremos? Precisamos superar: O Estado patricionalista:
como lutar para que o Estado seja soberano? O Estado
clientelista: como afirmar a cultura do direito e da dignidade
do nosso povo? O Estado autoritário: como fortalecer
mecanismos desta cultura? O Estado conservador:
como vamos contribuir e fortalecer a sociedade civil, os
movimentos sociais?
Este mesmo Estado se fundamenta sobre sete
“pecados capitais”, a saber: “Riqueza sem trabalho;
comércio sem ética; prazer sem escrúpulos; ciência sem
humanidade; conhecimento sem sabedoria; política sem
idealismo; religião sem sacrifício”. (Gandhi).
Tudo isso nos leva a pensar: não se trata simplesmente
de não consumir, mas de consumir de forma responsável e
solidária, pensando em todos os irmãos e irmãs da imensa
cadeia da vida.
Quanto à mobilidade, o que fazer para que não cause
tantos transtornos, nas grandes e médias cidades? Qual o
nosso estilo de vida, o que realmente priorizamos?
Viver mais simplesmente, adotar o coletivo como
meio de transporte, nas ocasiões que isso seja uma
alternativa viável. Lembrando aqui da Carta da Terra,
documento assumido pela UNESCO em 2003:
“Como nunca, antes, na História, o destino comum
nos conclama a um novo começo. Isto requer uma mudança
nas mentes e nos corações; requer um novo sentido de
interdependência e responsabilidade.”
Já se passaram quase dez anos, e o que mudou em
nosso comportamento? Serão necessários mais quantos
anos para que a humanidade perceba o caos se aproximando?
Somos responsáveis pela saúde da Mãe Terra.
Mas, ainda não tomamos consciência disso ao permitir a
plantação desordenada da monocultura, como por exemplo,
da cana de açúcar. Os grandes latifundiários sabem que
o etanol brasileiro extraído dela, gera 7,3 mil litros por
hectare, enquanto o milho não produz mais que mil litros.
Tamanha produtividade ajuda a entender a corrida de
investidores estrangeiros por terras e usinas no Brasil.
E chegamos ao ponto crucial da questão: a mobilidade
humana, a que custo? As facilidades para adquirir um
automóvel hoje, superam as de outros tempos; com isso,
enchemos as cidades de automóveis, para assim, consumir
cada vez mais combustível. Portanto, a cana vai desalojando
o plantio de alimentos, aumentando o preço da comida de
muitos: “tanques cheios a custa de barrigas vazias”!
Do ponto de vista econômico, a aposta no etanol
significa, na realidade, uma volta ao passado do açúcar, da
borracha, etc... A cana de açúcar traz consigo miséria e
condições de trabalho aviltantes para estes trabalhadores
no campo – os cortadores de cana.
Portanto, que caminho deveremos seguir?
Necessitamos encontrar caminhos para harmonizar tudo
isso. Todos nós temos um papel vital a desempenhar. Para
construir uma comunidade global sustentável, as nações do
mundo devem renovar seu compromisso com o futuro pleno
para todos. Isso requer mudança na mente e no coração.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar
de uma nova reverência diante do possível, unida a uma
luta pela justiça, pela paz e pela celebração da VIDA em
plenitude.
Iara M.M. Mendes
Aluna do Centro Nacional de Fé e Política
Especial
8
ABRIL
2013
ANO DA FÉ – CONCÍLIO VATICANO II
ENTREVISTA COM PE. JOSÉ ERNANE PINHEIRO, ASSESSOR
A abertura mundial do Ano da Fé foi realizada
em outubro de 2012, estamos completando
seis meses desta importante reflexão e
fortalecimento da fé. Nesta edição publicaremos
uma entrevista com o Assessor Político da
CNBB e Coordenador do Centro Nacional de Fé
e Política Dom Helder Câmara, Pe. José Ernani
Pinheiro. A entrevista foi realizada por ocasião
do Curso Diocesano de Padres e Agentes, sobre
os 50 anos do Concílio Vaticano II, realizado
em novembro de 2012.
O Padre José Ernane Pinheiro é cearense e
esteve em Roma, como
estudante de teologia,
durante as primeiras seções do Concílio Vaticano II, assim conseguiu
acompanhar os passos, especialmente, dos
membros do episcopado brasileiro.
Jornal Fonte – Como o senhor vivenciou e
sentiu o processo do Concílio Vaticano II?
Pe. Ernane – Morava na cidade do Vaticano,
na época do Concílio e tive a oportunidade de
acompanhar o processo, ao participar de debates
realizados com os maiores teólogos do mundo,
sobre os temas em circulação na sala conciliar.
Estes debates eram organizados por Dom Helder
Câmara.
Jornal Fonte – Quais os principais destaques
do ponto de vista histórico, cultural e da vida
eclesial que deram e fizeram com que o Concílio
Vaticano II representasse um grande passo na
caminhada da Igreja?
Pe. Ernane – Eu sempre assinalo três momentos:
o pré-concílio, o evento conciliar e a recepção
do concílio. Antes do Concílio, vivíamos na
Igreja, não só do Brasil, mas do mundo inteiro
um momento de muita criatividade, de muita
liberdade, sobretudo no pós Guerra, que terminou
em 1946. Havia uma sede muito grande de coisas
novas, isso ajudava a criar um clima para um
evento novo, como foi o concílio, também toda
a Igreja, sobretudo algumas minorias, chamadas
por Dom Helder, de minorias Abraâmicas,
estavam com muita sede do novo e começaram
a criar alguns espaços, aqui no Brasil, que eu
considero de fundamental importância para
esta edição do concílio. A reforma litúrgica,
que significa a missa mais participada, clima de
assembleia, assembleia ligada à missão, baseada
muito na centralidade em Jesus Cristo, a luz da
encíclica de Pio XII (O Corpo Místico de Cristo),
então as celebrações se tornaram mais vivas, mais
participadas e isso naturalmente foi um passo
para receber a reforma litúrgica que mudava do
latim para o português, o padre celebrando de
frente para o povo, dando realmente a dimensão
de assembleia, foi um dos pontos fortes na
preparação do concílio.
Outro ponto foi a consciência do social. Nos
anos 50, nós estávamos aqui no Brasil, depois
da construção de Brasília, com um conceito de
desenvolvimento muito apurado, então havia
muitas frentes de desenvolvimento na busca do
ser integral, considerando o homem todo e todos
os homens, que depois foi o lema do Documento
de Paulo VI “Popularum Progressio” e, na
prática foi criado neste período o Movimento
da Educação da Base, os Sindicatos Rurais do
Nordeste, frentes gaúchas, o Movimento Rural,
que cresceram muito e deram margem, à luz do
Ensino Social da Igreja, a dar um passo adiante
nesta perspectiva.
E terceiro, nós tivemos antes do Concílio,
o primeiro Plano de Pastoral da Igreja do
Brasil, chamado Plano de Emergência, que foi
um pedido do Papa João XXIII, por causa da
situação de culpa, relatava que outros países com
plano de pastoral poderiam evitar que o conjunto
da América Latina, passasse para o socialismo,
como passou Cuba. Na realização do Concílio
Vaticano II havia um clima, uma mística muito
forte que fazia com que a Igreja desse um passo
a frente.
Jornal Fonte – Quais eram as grandes
perguntas que o Concílio Vaticano II procurou
responder?
Pe. Ernane – É certo que a Igreja do concílio
queria dedicar o seu trabalho maior, ao trabalho
da própria Igreja, e dois documentos Lumen
Gentium e Gaudium et spes foram os eixos. A
Gaudium et spes nasceu durante o concílio, como
exigência dos padres conciliares, que queriam
que a Igreja tratasse dos temas principais em
vigor no mundo atual, então a Gaudium et spes
respondia às grandes perguntas sobre a questão
política, econômica e da propriedade privada,
assuntos que fazem parte do social e também das
preocupações do Ensino Social da Igreja, porém
um problema que não esta nos dois documentos,
mas que teve muita influência e deu muito conflito
durante o concílio foi a questão da liberdade
religiosa, isso influenciava não só o diálogo com
as outras igrejas, mas também o diálogo com as
outras religiões.
Jornal Fonte – Sobre a participação do
episcopado brasileiro, qual foi a relevância,
importância, influência da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil na realização
desse Concílio? Quem foram os grandes
personagens que ajudaram a construir o
Concílio?
Pe. Ernane – Distinguiria três aspectos: 1º.
O papel da CNBB na preparação do Concílio,
Dom Helder Câmara, como Secretário Geral
se desdobrou para motivar os bispos não só a
responder as perguntas do Vaticano, mas também
o interesse em acompanhar todos os passos.
Algumas lideranças e alguns especialistas
puderam contribuir em alguns aspectos, como por
exemplo, na parte litúrgica, na parte da educação,
no tema sobre liberdade religiosa, Dom Fragoso,
que tinha muita experiência no meio operário
e assim por diante, vários bispos que tinham
influencia no Brasil e experiência, puderam dar
a sua contribuição. Eu não diria que a Igreja do
Brasil deu grande contribuição para o concílio,
mas eu diria que a Igreja do Brasil se preparou
muito bem para aplicar as resoluções do concílio
no Brasil. Basta dizer que o único episcopado
que saiu de Roma já com um plano pastoral
pronto para aplicar o Concílio Vaticano II, foi
o brasileiro, abrangendo seis áreas: a unidade, a
missão, a liturgia, a catequese, o ecumenismo e o
diálogo com o mundo.
Jornal Fonte – Estamos celebrando 50 anos
do Concílio, quais foram as grandes luzes e
esperanças que o Concílio trouxe para a Igreja
e a sua aplicação?
Pe. Ernane – Com o que aconteceu na preparação
do Concílio, com um planejamento pastoral, a
Igreja deu um passo muito forte, partindo dos
planos de emergência e de pastoral de conjunto, a
Igreja do Brasil chegou a conclusão que a melhor
maneira de planejamento pastoral, não seria um
plano específico para o Brasil inteiro, já que é
muito diferente a realidade do Rio Grande do Sul
e da Amazônia, por exemplo, então decidiu, de
1970 em diante ter Diretrizes Nacionais para todo
o País, e cada Regional fez o seu plano específico,
com seus apelos específicos, então me parece
que neste campo do planejamento a Igreja teve
grande criatividade e grande atuação. Outro plano
que, sobretudo, nos anos 80, teve a criatividade
muito presente, foi o trabalho das Comunidades
Eclesiais de Base, com seus Intereclesiais, a
criação da Pastoral da Terra, a Pastoral do CIMI
- Conselho Indigenista Missionário, a Pastoral
Operaria, Pastorais da Juventude, que foram
talvez as chaves principais, que deram estrutura e
base para a dinâmica pastoral do Brasil, sabendo
que neste período nós, de um lado tínhamos o
estímulo do Concílio Vaticano II, e de outro
tínhamos os desestímulos da Ditadura Militar,
que conseguiu inibir a criatividade de muitos
militantes, sobretudo dos jovens que vinham da
Ação Católica.
Jornal Fonte – Se estas foram as esperanças
que marcaram as decisões do Concílio. Quais
são os desafios que ainda restam, para que o
espírito do Concílio se torne mais presente na
ação pastoral e eclesial?
Pe. Ernane – Não diria que restam, mas que cada
vez mais temos desafios, porque as mudanças
culturais são tão fortes e inclusive algumas dessas
mudanças culturais que vieram depois do Concílio
estão presentes, pedindo uma resposta da Igreja,
ou pelo menos procurando ter uma dimensão
de fé diante desses novos problemas que estão
surgindo, então os desafios são proporcionais às
mudanças que estão acontecendo, a globalização,
o aquecimento global, o feminismo, as migrações,
a bioética, todos são desafios que vieram e que
foram acentuados com o Concílio e que a Igreja
está procurando responder, mas num clima ainda
bastante lento e sem ter muita clareza pra onde
vai a sua atuação.
Jornal Fonte – A emergência desses novos
desafios indicaria a possibilidade de realização
de um novo Concílio?
Pe. Ernane – Há vários grupos que pensam isso,
há mobilizações internacionais sobre isso, mas
particularmente acho que nós não temos clima
para um novo Concílio, porque os anos 50 com
toda a criatividade preparou terreno para o novo,
hoje estamos com mais problemas do que com
soluções, estamos com mais desafios do que
ABRIL
Especial
2013
CONHEÇA O PRIMEIRO PAPA
LATINO AMERICANO
R POLÍTICO DA CNBB
com criatividade, então realizar um Concílio
neste momento, acho que não traria muita coisa
nova porque não temos experiências suficientes
para ser legitimada por meio de um Concílio
internacional.
Jornal Fonte – O que o Concílio Vaticano II
nos oferece enquanto Igreja em termos de
motivação para ação?
Pe. Ernane – Diria que, faria uma distinção
entre a opção pelos pobres do Concílio e o
pacto das catacumbas. A opção pelos pobres do
Concílio é uma opção evangélica, Dom Helder
dizia que dois terços da humanidade passavam
fome, então foi um apelo que veio da Igreja e um
apelo que veio da sociedade, enfim é uma pelo
que veio dos próprios pobres, que o Concílio
assumiu a tal ponto que o Papa João XXIII disse:
“a Igreja é de todos, sobretudo dos pobres” e o
Cardeal Lecaro, que era o cardeal especialista
em liturgia, um italiano Bispo de Bolonha, disse
que “se o Concílio Vaticano II não levasse em
consideração a questão dos pobres, não tinha
cumprido sua missão”. Já o pacto das catacumbas
é consequência de um grupo de bispos (40 mais
ou menos) que se reuniam todas as sextas-feiras,
num colégio Belga, para refletir a contribuição
que poderiam dar ao Concílio sobre os pobres e,
nesses pactos das catacumbas, assumiram uma
série de compromissos de se manterem realmente
pobres, arcebispos pobres, assim tiveram muita
influência sobre a questão dos pobres no Concílio,
contudo é uma questão presente e ausente, pois
não tem nenhum documento oficial sobre os
pobres, mas cada vez, em cada sessão a questão
do pobre aparecia. Paulo VI que fazia parte do
grupo do pacto das catacumbas, que foi eleito
papa, disse que depois do Concílio faria um
documento que responderia exatamente a essa
realidade, que ele chamou de desenvolvimento
integral do homem todo e de todos os homens,
ele disse que seria um complemento à Gaudium
et spes que foi pensada mais para os países
desenvolvidos, e a Popularum Progressio que teve
uma influência muito grande na América Latina,
porque respondia exatamente a problemática de
pobreza da América Latina, a tal ponto que as
duas pessoas convidadas a preparar a minuta
para Paulo VI, foram Dom Helder Câmara e Pe.
Lepre, um dominicano francês que trabalhava no
Brasil e trabalhava a questão do planejamento,
com grande preocupação com a pobreza.
Jornal Fonte – Qual a sua mensagem para
Diocese de Caçador, em termos de viver o
Vaticano II, aplicar e fazer com que ele de
frutos na Ação Pastoral?
Pe. Ernane – Vai depender muito do planejamento
da diocese, levando em consideração os
eixos estruturais do Concílio Vaticano II, e,
sobretudo o espírito do Vaticano II, que é mais
do que conhecer os documentos, um espírito de
renovação, espírito de sensibilidade aos novos
sinais, ou seja, estar em dia com os grandes
problemas do mundo de hoje, acredito que tudo
isso deveria interpelar a maneira da Igreja se
organizar para os próximos anos em sua ação
pastoral.
Redação do Jornal Fonte
9
O
primeiro Papa da
América, Jorge Mario
Bergoglio vem da
Argentina. Com 76 anos, o
jesuíta Arcebispo de Buenos
Aires é uma figura proeminente
em todo o continente, no
entanto, continua a ser um pastor
simples que é profundamente
amado por sua diocese, onde
viajou extensivamente no metrô
e de ônibus durante os 15 anos
de seu ministério episcopal.
“O meu povo é pobre
e eu sou um deles”, ele disse
mais de uma vez, ao explicar
sua decisão de viver em um
apartamento e cozinhar sua própria ceia. Ele sempre
aconselhou os seus sacerdotes para mostrar misericórdia
e coragem apostólica e para manter suas portas abertas
para todos. A pior coisa que poderia acontecer para a
Igreja, ele tem dito em várias ocasiões, “é o que Lubac
chama de mundanismo espiritual”, que significa “ser
auto-centrado”. E quando ele fala de justiça social,
ele chama as pessoas em primeiro lugar para pegar
o Catecismo, para redescobrir os Dez Mandamentos
e as Bem-aventuranças. Seu projeto é simples: se você
seguir a Cristo, você entende que “pisotear a dignidade
de uma pessoa é um pecado grave”.
Apesar de seu caráter reservado - sua biografia
oficial consiste em apenas algumas linhas, pelo menos
até a sua nomeação como arcebispo de Buenos Aires,
ele se tornou um ponto de referência por causa das
fortes posições que tomou durante a dramática crise
financeira que abateu o País, em 2001.
Nasceu em Buenos Aires, em 17 de dezembro
de 1936, filho de imigrantes italianos. Seu pai Mario
Bergoglio, um trabalhador ferroviário e sua mãe
Regina Sivori uma esposa dedicada em educar os
cinco filhos. Formou-se como técnico de química e,
em seguida, escolheu o caminho do sacerdócio, entrou
no Seminário Diocesano de Villa Devoto. Em 11 de
março de 1958, entrou no noviciado da Companhia
de Jesus. Completou seus estudos no Chile e retornou
à Argentina em 1963, onde atuou na licenciatura em
filosofia pelo Colégio de San José, em São Miguel. De
1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia na
Faculdade Imaculada Conceição, em Santa Fé e, em
1966, no Colégio del Salvatore, em Buenos Aires. De
1967-1970, estudou teologia.
Em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote
pelo Arcebispo José Ramón Castellano. Ele continuou
a sua formação entre 1970 e 1971 na Universidade de
Alcalá de Henares, Espanha, e em 22 de abril de 1973
fez sua profissão perpétua com os jesuítas. De volta à
Argentina, ele foi mestre de noviços em Villa Barilari,
San Miguel, professor da Faculdade de Teologia de São
Miguel; consultor da Província da Companhia de Jesus
e também reitor do Colégio Máximo da Faculdade de
Filosofia e Teologia.
Em 31 de julho de 1973, foi nomeado Provincial
dos Jesuítas, na Argentina, cargo que ocupou por
seis anos. Ele, então, retomou seu trabalho no setor
universitário e em 1980-1986 serviu mais uma vez
como reitor do Colégio de São José, bem como pároco,
novamente em San Miguel. Em março de 1986, foi para
a Alemanha para terminar sua tese de doutorado; seus
superiores, então o mandaram
para o Colégio del Salvador,
de Buenos Aires e ao lado da
Igreja dos Jesuítas, na cidade de
Córdoba, como diretor espiritual
e confessor.
O
Cardeal
Antonio
Quarracino,
arcebispo
de
Buenos Aires, o queria como um
colaborador próximo. Assim, em
20 de maio de 1992, o Papa João
Paulo II o nomeou bispo titular
de Auca e auxiliar de Buenos
Aires. Em 27 de maio, ele recebeu
a ordenação episcopal do Cardeal,
na catedral. Ele escolheu como
lema episcopal “miserando ataque
elegendo”, e em seu brasão de armas inserido o IHS, o
símbolo da Companhia de Jesus.
Foi imediatamente nomeado Vigário Episcopal
do distrito de Flores, em 21 de dezembro de 1993
era também confiada a função de Vigário Geral da
Arquidiocese. Assim, não foi surpresa quando, em 03
de junho de 1997, foi elevado à dignidade de Arcebispo
Coadjutor de Buenos Aires. Nove meses se passaram,
quando, após a morte do Cardeal Quarracino, ele o
sucedeu em 28 de fevereiro de 1998, como Arcebispo,
Primaz da Argentina.
Três anos mais tarde, no Consistório de 21 de
fevereiro de 2001, João Paulo II o nomeou cardeal,
atribuindo-lhe o título de São Roberto Bellarmino. Ele
pediu aos fiéis para não vir a Roma para celebrar a sua
nomeação como cardeal, mas sim para doar aos pobres,
o que gastariam na viagem. Em outubro de 2001 foi nomeado Relator-Geral
da Assembleia Ordinária Geral do Sínodo dos Bispos
sobre o ministério episcopal. Esta tarefa foi confiada a
ele no último minuto, para substituir o Cardeal Edward
Michael Egan, arcebispo de Nova York, que foi obrigado
a permanecer em sua terra natal por causa dos ataques
terroristas de 11 de setembro. No Sínodo, ele colocou
a tônica na “missão profética do bispo”, o seu ser um
“profeta da justiça”, o seu dever de “pregar sem cessar”
a Doutrina Social da Igreja e também “para expressar
um julgamento em questões de fé e da moral”.
Não quis ser nomeado Presidente da Conferência
Episcopal argentina, em 2002, mas três anos mais
tarde, foi eleito e, em seguida, em 2008, confirmou para
um mandato de três anos ainda. Enquanto isso, em abril
de 2005, participou no Conclave em que o Papa Bento
XVI foi eleito.
Como arcebispo de Buenos Aires - uma diocese
com mais de três milhões de habitantes - ele concebeu
um projeto missionário baseado na comunhão e
evangelização. Ele teve quatro objetivos principais:
comunidades abertas e fraternas, protagonismo do
laicato, os esforços de evangelização dirigidos a todos os
habitantes da cidade, e assistência aos pobres e doentes,
pedindo aos sacerdotes e leigos que trabalhassem
juntos. Em setembro de 2009 ele lançou a campanha
de solidariedade para o bicentenário da Independência
do País. Duzentas agências de caridade serão criadas
até 2016. E em escala continental, espera muito do
impacto da mensagem da Conferência de Aparecida,
em 2007, a ponto de descrever isso como a “Evangelii
Nuntiandi da América Latina”.
Fonte: L’Osservatore Romano , LXIII Ano
Bíblia
10
ABRIL
2013
UMA NOVA HISTÓRIA É POSSÍVEL
- Deus é rico em misericórdia: Evangelho de Lucas (3ª parte) Irmãos e irmãs muito amados!
Estamos refletindo, durante este ano de 2013, sobre o Evangelho de Lucas.
É Boa Notícia vivida e transmitida pelas primeiras comunidades cristãs. Nós somos
chamados a continuar neste mesmo caminho do seguimento de Jesus. Ele veio
morar entre nós para revelar o amor misericordioso de Deus por toda a humanidade.
Assumiu a condição das pessoas comuns de sua terra. Como judeu, no meio do
seu povo, nasceu e cresceu numa família trabalhadora, foi educado conforme o
O que devemos fazer?
No anúncio do nascimento de João Batista, o
anjo anuncia que ele vai agir com o espírito e o poder
de Elias, isto é, vai cumprir a missão de um profeta,
a fim de preparar um povo bem disposto para acolher
o Salvador (Lc 1,17). Percorrendo pela região do rio
Jordão, proclamou um batismo de arrependimento
para o perdão dos pecados. As comunidades cristãs
perceberam que estava se cumprindo a profecia de
Isaías: ele é a voz do que clama no deserto, preparando
o caminho do Senhor (Is 40,1-3). As multidões vinham
até João para serem batizadas. Muita gente achava
que pertencer ao povo de Israel era suficiente para a
salvação. João Batista diz que não basta ter Abraão
como pai. É preciso produzir frutos de verdadeiro
arrependimento.
Cada grupo perguntava a João: “O que
devemos fazer?”. E João lhe dava uma resposta bem
específica. Para cada um de nós, o Evangelho nos
dá uma resposta. É preciso ter a sincera disposição
de converter-se, mudar de mentalidade e de atitudes
quando elas não estão de acordo com a vontade de
Deus. Para ser discípulo missionário de Jesus não
basta dizer que pertence a uma determinada religião.
João Batista indica que são necessárias a partilha dos
bens e a honestidade em tudo o que se faz. São nossas
atitudes com relação ao próximo e conosco mesmos
que revelam se somos ou não coerentes com o batismo
que recebemos.
No meio do povo está Jesus. Ele se faz irmão
de todos. Quis ser batizado por João Batista. No
momento em que está rezando, o céu se abre, o
Espírito Santo desce sobre ele e uma voz do céu
se faz ouvir: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei!”.
Inicia-se uma nova história! João Batista cumpriu sua
missão. Por causa de sua denúncia foi preso e vai ser
morto. Começa agora o ministério de Jesus. Ele vem
inaugurar o Reino de Deus! Indica o caminho de uma
nova humanidade. Neste sentido, Lucas mostra, pela
genealogia, que a origem de Jesus vai além do povo de
Israel: ele não é apenas filho de Abraão, mas de Adão.
E mais ainda: é filho de Deus. Ele não veio somente
para o seu povo, mas para toda a humanidade. O céu
se abriu para todos.
As tentações
Jesus foi tentado pelo diabo. “Diabo” é o espírito
do mal, contrário ao Espírito Santo. É um espírito
que tenta impedir o projeto de Deus que é liberdade,
justiça e dignidade para todos. Podemos resumir as
tentações de Jesus como sendo três dimensões do
poder. A primeira refere-se ao “pão” que, em sentido
amplo, abrange todos os bens materiais. É a dimensão
costume de sua época. Aprendeu as orações como todo judeu praticante de sua
religião. Participou da catequese e das celebrações religiosas. Pouco a pouco, foi
descobrindo sua verdadeira identidade e sua missão neste mundo. Quando ainda
tinha 12 anos de idade, deixou claro que ele veio “para ocupar-se das coisas de seu
Pai” (Lc 2,49). Ocupar-se das coisas de Deus é também a missão que Jesus nos
deixou para que prossigamos no projeto de construção de uma nova história. Antes
do comentário abaixo, podemos ler os capítulos 3 a 5 do Evangelho de Lucas.
econômica do poder. Jesus, certamente, sentiu-se
atraído pelo acúmulo de bens, mas não se deixou
conduzir por este espírito mau: “Não só de pão vive o
ser humano”...
A segunda tentação refere-se aos “reinos da
terra”. Certamente, Jesus sentiu-se atraído, pelo poder
político, pelo prestígio social, pelo glorioso domínio
sobre os outros. Muitos querem fazê-lo rei. Jesus
percebeu que isto significaria ajoelhar-se e prestar
culto ao diabo. Por isso não se deixou arrastar por este
mau espírito: “Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a ele
prestarás culto”...
A terceira tentação relaciona-se ao “templo”.
Jesus, certamente, sentiu-se atraído pelo poder
religioso. Muitos usavam do sistema religioso,
centralizado no templo de Jerusalém, buscando
interesses pessoais. Sentiam-se privilegiados por
ocupar alguma posição de destaque e faziam questão
de demonstrar que não eram como os demais.
Estabeleciam leis e impunham nos ombros do povo
humilde e pobre. Lá do alto, olhavam para baixo
sentindo-se agraciados por Deus. Isto significa tentar
a Deus manipulando seu nome e seus preceitos.
Também aqui Jesus não se deixa arrastar por este mau
espírito: “Não tentarás ao Senhor, teu Deus”.
Nestas três tentações estão condensadas todas as
atitudes contrárias ao Reino de Deus. Elas perseguiram
Jesus durante todo o tempo de sua missão. Este é o
sentido dos “40 dias”. Nós também, diariamente, nos
deparamos com estas mesmas tentações. Jesus as
venceu porque cultivou a íntima amizade com o Pai.
Lucas frequentemente fala da oração de Jesus. Quem
reza vive dentro do Espírito Santo. Quem reza sabe
discernir as coisas de Deus e ocupar-se delas.
O programa de Jesus
Jesus, em tudo o que fazia, era conduzido pelo
Espírito Santo. Na sinagoga de Nazaré assumiu
publicamente este programa anunciado pelo profeta
Isaías (61,1-2): evangelizar os pobres, proclamar a
libertação aos presos, recuperar a vista aos cegos,
restituir a liberdade aos oprimidos e proclamar um
ano de graça do Senhor. Na verdade, Jesus vem nos
propor um novo êxodo: da escravidão do mal para a
liberdade dos filhos e filhas de Deus. Assim como
no antigo êxodo, Deus desceu para libertar o povo de
Israel da escravidão do Faraó do Egito, também Jesus
desceu no meio do povo para libertá-lo dos males
provocados pelos “faraós” do seu tempo, aqueles que
se deixam conduzir pelo espírito do poder econômico,
político e religioso.
Foi dentro de outra sinagoga, a de Cafarnaum, que
Jesus realizou a sua primeira ação de libertação. Aquela
pessoa possuída por um espírito impuro representa
todos os oprimidos pela ideologia de poder. Também
a sogra de Pedro, representando todas as mulheres
discriminadas; também o leproso, representando os
impuros e excluídos; também o paralítico introduzido
pelo telhado da casa, representando os que se sentiam
pecadores e condenados...
Enfim, Jesus veio para libertar a pessoa inteira e
todas as pessoas. Ele se solidariza com as vítimas dos
sistemas de poder. Ele se faz irmão e companheiro:
frequenta os lugares onde vivem as pessoas comuns,
entra em suas casas, senta-se à mesma mesa e come
do mesmo pão. Ele está no meio de nós! Ele revela
quão grande é a misericórdia de Deus para com todos
os seus filhos e filhas!
Celso Loraschi
[email protected]
Para dialogar e agir
1* Ler Lc 2,31-39:
1. Qual é a situação das pessoas que Jesus
encontra na sinagoga e na casa? O que Jesus
faz?
2. Que outras histórias de curas, encontramos
nos capítulos 3 a 5 de Lucas? Por que as pessoas
se encontram nestas situações?
3. A partir deste encontro, que lições podemos
tirar?
- Ler e repetir: Lc 4,18-19. Concluir com preces
espontâneas * Para o próximo encontro: ler os capítulos 6 a 8
do evangelho de Lucas.
ABRIL
A
Pastorais
2013
ENCONTRO COM OS JOVENS DO GRUPO JAUC
conteceu, no dia 10 de março de 2013, um
encontro na Fazenda do Boi Preto, onde se
reuniram os jovens do Grupo JAUC (Jovens
Amigos Unidos em Cristo), de Timbó Grande, com a
presença do pároco da Paróquia São José, Pe. Moacir
Caetano, a coordenadora Diocesana de Catequese, Ir.
Regiane Freire, o seminarista Fabio Paulo Belli e o
Secretário Diocesano das Pastorais da Juventude PJs, Carlos André Basílio. No período da manhã, após
a celebração eucarística na matriz, dirigiram-se para
N
o local do encontro, onde se realizou um momento
de integração e almoço preparado pelo casal Ederson
Leithold e Jane Pasa.
No início da tarde foi feito um estudo sobre a
Evangelização da Juventude, juventude na Igreja
(Doc 85 CNBB), história e ação das PJs na diocese.
Ao final da reflexão houve momentos de diversão,
jogos, brincadeiras. Este foi um encontro marcado
pela alegria e que obteve bons resultados, mais
uma demonstração de que a juventude, quando bem
direcionada e apoiada, pode realizar grandes projetos,
beneficiando toda a comunidade.
Samara Castilho
Pela Coordenação do Grupo de Jovens - JAUC
MISSA JOVEM EM TRÊS BARRAS
o dia 17 de março de 2013, aconteceu na
Paróquia São João Batista, de Três Barras,
a 7ª Missa Jovem, realizada na comunidade
São João Batista, na localidade de São João dos
Cavalheiros. A missa foi organizada pelo Grupo local
“Jovens Unidos pela Fé”, com apoio da Juventude C³
(Juventude Caminhando com Cristo), com o tema
“Fraternidade e Juventude”.
A Santa Missa foi presidida pelo pároco Pe.
Miguel Dobrychtop, e contou com a presença de
pessoas das comunidades vizinhas e dos municípios
de Canoinhas e Bela Vista do Toldo. O grupo da
N
11
comunidade encenou o Evangelho do dia e contou
com a colaboração do Grupo JULIC, da Capela
Nossa Senhora Aparecida, que fizeram apresentação
de dança no momento da Ação de Graças, com a
canção Noites Traiçoeiras.
Ao longo do tempo, em que a Missa Jovem é
realizada na paróquia, percebe-se que a cada dia
ocorre maior participação e interesse pela vida
comunitária. Em cada celebração percebemos que a
união faz a força e que juntos somos mais, somos uma
só Igreja e não há divisões.
Que o Espírito Santo ilumine e permaneça
despertando nos corações dos jovens o interesse pela
Missão da Evangelização. Que Deus abençoe a cada
um. “O jovem quer esperança e só poderá encontrar
em Deus”
Viviane de Fátima Maciel Scherer
Pela Coordenação do Grupo de Jovens Unidos pela Fé
SESSÃO SOLENE ALUSIVA À CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013
Gabriel, Joni, Osmar e Tiago.
Durante os pronunciamentos, o deputado Pe.
Pedro destacou a importância do tema da Campanha,
voltado à juventude, afirmando que a “Campanha da
Fraternidade amplia a participação dos jovens dentro da
Igreja, na evangelização e que nos permite refletir sobre
o papel da juventude no contexto social”.
Ainda na sessão, foi homenageado um jovem
de cada uma das dez dioceses do estado, presentes no
evento.
o dia 04 de março de 2013, aconteceu na
Assembleia Legislativa do Estado de Santa
Catarina, a Sessão Solene alusiva a Campanha
da Fraternidade 2013, por proposição do deputado
Padre Pedro Baldissera. A 50ª edição da Campanha da
Fraternidade tem como tema “Fraternidade e Juventude”
e lema “Eis-me aqui, envia-me”. A solenidade contou
com a presença de representantes das dioceses de todo o
estado. Da diocese de Caçador estavam presentes treze
jovens, Anderson e Mayra (Lebon Régis), Lucia Ana
(Fraiburgo), Carlos, Claudio, Fábio, Kemerly, Viviane e
Ana Paula (Caçador) e os seminaristas do Propedêutico
Ana Paula Araújo
Agente da Pastoral da Comunicação
COORDENAÇÃO REGIONAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE JUVENTUDE: VIDAS PELA VIDA
N
os dias 16 e 17 de março
de 2013, a comunidade
São João Batista, de
Rio do Sul, acolheu a primeira
reunião do ano, da Coordenação
Regional da Pastoral da
Juventude. Participaram da
reunião membros CRPJ de nove,
das dez dioceses do Regional Sul
IV, membros dos projetos regionais: A Juventude Quer
Viver; Caminhos da Esperança; Mística e Construção e
Teias da Comunicação; membros da Comissão Regional
de Assessores da Pastoral da Juventude (CRAPJ), o
Secretário Regional da PJ e o professor Antônio Frutuoso
da Casa da Juventude do Paraná, que ajudou nas reflexões
sobre a caminhada regional e principalmente dos
Projetos assumidos na Assembleia Regional da Pastoral
da Juventude realizada em 2011.
Com a chegada da maioria dos participantes, deu-se
início às reflexões e avaliações das atividades realizadas
desde a última reunião, que teve como principal partilha,
o processo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Bote
Fé regional e a peregrinação dos símbolos da Jornada pelo
Estado. Na tarde de sábado, uma fala inicial do assessor
Frutuoso, fez com que os grupos de cada projeto regional
avaliassem e reestruturassem
os passos seguintes. Após a
janta, aconteceu a avaliação da
caminhada da PJ no regional,
da Comissão de Assessores do
Regional, do Assessor Eclesial,
e encaminhou-se a indicação
de novos nomes para as equipes
de assessoria e dos projetos
regionais e, para encerrar o dia, realizou-se uma partilha
de vida dos participantes.
No domingo, pela manhã, participou-se da Santa
Missa, com a comunidade local, e retomaram-se as
atividades, com o fechamento das avaliações e projeção
de ações a serem realizadas no decorrer do ano de 2013,
tendo em vista o Planejamento Regional de Pastoral,
com a organização da Escola Regional da Juventude.
A diocese de Caçador foi representada por
Carlos André Basílio (CRPJ) e Klaiton Mallmann dos
Santos (Projeto Teias da Comunicação). Ressaltou-se a
importância da caminhada das Dioceses e do Regional,
pois se juventude reunida na Igreja faz seu planejamento
e avalia as etapas de cada ação, dará passos certos, rumo
à “Civilização do Amor”.
Carlos André Basilio
Secretário Diocesano das Pastorais da Juventude
A
Semana da Cidadania (SdC), que se realiza
de 14 a 21 de abril, em 2013 abordará uma
realidade que está em pauta em nossa
sociedade: a redução da maioridade penal. Reduzir a
idade penal atinge a vida da juventude e fere muitos de
nossos valores cristãos em defesa da vida, dessa forma
nos posicionamos contra a redução na maioridade
penal, na luta pela vida da juventude. Assim, o tema
geral da semana é “Juventude: Vidas pela Vida” e o
lema “Pastorais da Juventude contra a redução da
maioridade penal”.
Neste ano, em que a Campanha da Fraternidade
trabalha o tema “Fraternidade e Juventude”, queremos
evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não
à redução da maioridade penal, por entendermos que
esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam
comprometidas em sua formação integral.
As Pastorais da Juventude do Brasil, em
parceria com alguns Centros e Casas da Juventude,
disponibiliza um subsídio com encontros e sugestão
de ações para a Semana da Cidadania, na internet,
para que os internautas possam baixar e utilizar em
seus grupos e comunidades. Fique atento e busque
este material nos sites voltados à Evangelização da
Juventude.
Pastorais
12
REUNIÃO DA
COORDENAÇÃO
DIOCESANA DE
CATEQUESE
C
om o objetivo de refletir e projetar a
caminhada da catequese em nossa
diocese, aconteceu no dia 02 de março de
2013, no Secretariado Diocesano de Pastoral, a
Reunião da Equipe de Coordenação Diocesana
de Catequese, contando com a presença de
representantes de todas as microrregiões da
diocese.
O tema de estudo foi “Catequese e o
Objetivo Geral da Igreja no Brasil”, ajudou
a perceber a importância de se buscar cada
vez mais uma catequese que seja de fato
evangelizadora, que leve ao encontro pessoal
com Jesus Cristo, e não meramente repassadora
de conteúdos.
Dentre os assuntos tratados, destacou-se o
processo de elaboração do projeto diocesano de
catequese, como fruto da Assembleia Diocesana
da Catequese, ocorrida em outubro do ano
passado, bem como da Assembleia Diocesana do
Povo de Deus. Buscou-se caminhar em direção
a uma catequese de inspiração catecumenal,
que contemple a formação dos catequistas, a
organização do trabalho catequético, a missão
junto às famílias e comunidade, e também
a catequese com os adultos. Algumas das
atividades previstas nesse projeto são as
renovações dos roteiros catequéticos de nossa
Diocese e a visita da Coordenação Diocesana
de catequese às paróquias.
A coordenação tomou melhor conhecimento
da proposta de formação de catequistas, a
partir de cartas, que estão sendo concluídas em
nosso Estado. As paróquias de nossa diocese
se organizarão para iniciar essa modalidade
de formação, a partir de agosto desse ano, por
ocasião da celebração do Dia do Catequista.
Além disso, foi apresentado aos participantes o
texto do VIII Sulão de Catequese, com o tema
“Catequista: Protagonista da Fé, do amor e da
Esperança”, que acontecerá em São Leopoldo
(RS), entre os dias 25 e 27 de outubro de 2013.
Os catequistas terão a oportunidade de estudar
esse texto em suas paróquias.
A reunião foi um momento privilegiado
de convivência, troca de experiências e de
crescimento na convicção de que a catequese
é imprescindível à renovação eclesial, como
nos diz a Conferência de Aparecida: “uma
comunidade que assume a iniciação cristã
renova sua vida comunitária e desperta seu
caráter missionário” (DAp 291). A próxima
reunião da Coordenação Diocesana será no dia
01 de maio de 2013, em Santa Cecília.
Pe. Marcio Martins Rosa
Referencial Diocesano de Catequese
ABRIL
2013
CELEBRAÇÕES NA CATEQUESE
Celebração da Luz
Continuamos a publicar sugestões de
celebrações para a catequese, especialmente
dirigidas ao processo de Iniciação à Vida
Cristã. Nesta edição, apresentamos a
celebração da Luz que pode ser utilizada com
os catequizandos, neste período pascal.
Símbolos: Círio pascal ou vela grande acesa e
velas menores pra todos os participantes.
1. Refrão: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra:
inunda meu ser, permanece em nós!
2. Abertura
I. Venham, ó crianças/ ao Senhor cantar!/ venham, com
alegria/ a Deus festejar!
II. És, Senhor, a luz/ em nossa escuridão!/ És o
Ressuscitado,/ Cristo, nosso irmão!
III. Tua Luz bendita/ sempre nos conduz!/ Fica sempre
conosco,/ ó Senhor Jesus!
IV. Glória ao Pai, ao Filho/ e ao Santo Espírito!/
Glória à Trindade Santa!/ Glória ao Deus bendito!
3. Recordação da vida: Motivar os catequizandos para
que façam memória das situações de trevas que existem
em nossas famílias, comunidades, sociedade... Pode-se
intercalar um refrão penitencial.
4. Salmo: O Senhor é a luz de nossa vida (Salmo
139/138)
Refrão: Tu és a luz, Senhor, do meu andar, Senhor, do
meu lutar, Senhor, força do meu sofrer. Em Tuas mãos,
Senhor, quero viver!
I. Meu coração Tu sondas e lês meus pensamentos.
Se sento ou se levanto, Tu vês meus movimentos. De
todas as minhas palavras, Tu tens conhecimento.
II. Quisesse eu me esconder do Teu imenso olhar,
subir até o céu, na terra me enterrar, atrás do sol que
VISITA ÀS PARÓQUIAS
nasce, lá irias me encontrar.
III. Se a luz do sol se fosse, que escuridão
seria!... Se as trevas me envolvessem, o que
adiantaria? Pra Ti Senhor, a noite é clara como
o dia.
IV. Tu vês meu coração, meu sofrimento, sentes.
Olha, Senhor, meus passos; se vou erradamente,
me guia no caminho da vida, para sempre.
5. Proclamação da Palavra (cantar, enquanto entra a
Bíblia). Texto Bíblico: Jo 8,12; 9,1-7
6. Reflexão – Breve meditação da Palavra, ressaltando
como Jesus é luz em nossa vida diária.
7. Catequese Litúrgica: Mostrar o simbolismo da
Luz na Liturgia, especialmente na missa: círio, velas,
lâmpadas... Jesus Ressuscitado, a fé que sempre deve
brilhar, nosso compromisso de ser luz na vida dos irmãos.
8. Ação de Graças: Convidar os catequizandos a dar
graças a Deus pelas situações de luz, as coisas boas que
existem em nossas famílias, comunidades, sociedade...
Cada pessoa que rezar, logo em seguida deve acender a
sua vela na vela maior. Ao final, cantar para que todos
acendam suas velas.
9. Canto: Minha Luz é Jesus! E Jesus me conduz, pelos
caminhos da paz!
10.Oração: Deus de amor e de bondade, Tu és luz
que ilumina a nossa vida. Permanece sempre conosco,
conduzindo nossos passos no caminho de Teu Filho
Ressuscitado. Amém!
11.Conclusão: Ó Deus da Luz e do Amor esteja sempre
em nossa vida! Amém! Louvado seja Nosso Senhor Jesus
Cristo! Para sempre seja louvado!
Fonte: Vanildo de Paiva – Catequese e Liturgia
Duas faces do mesmo Mistério – Paulus
Organizado por Maria Rosa Schafaschek
DINÂMICAS DE
CATEQUESE
Dinâmica de Páscoa
N
o dia 13 de março de 2013, em clima de grande
alegria, pela escolha do Papa Francisco,
realizou-se uma visita, da Coordenação
Diocesana da Catequese, com Ir. Regiane Freire e
das Pastorais da Juventude, com o seminarista Fabio
Belli e Carlos Basílio, às Paróquias de Lebon Régis e
Santa Cecília, tendo como objetivo dialogar com as
realidades de cada paróquia e ajudar na organização
das coordenações paroquiais da catequese e das
Pastorais da Juventude. A equipe apresentou o
trabalho desenvolvido em nível diocesano, colocandose à disposição das paróquias para ajudar no que se
refere à organização e fortalecimento das pastorais
em âmbito paroquial. Agradecemos a acolhida,
colaboração dos catequistas, jovens e dos Párocos Pe.
Valmir Pasa (Lebon Régis) e Pe. João A. Perin (Santa
Cecília).
Destacamos ainda que as paróquias podem
contar sempre com o apoio do Secretariado Diocesano
de Pastoral e das Coordenações Diocesanas das
Pastorais.
Ir. Regiane Freire
Material: Cartões com desenhos/palavras que
retratem símbolos da Páscoa.
Objetivo: Discutir o significado da Páscoa.
Expressar-se gestualmente.
Desenvolvimento: Em uma roda de conversa,
discutir o significado da Páscoa e de seus
símbolos. Esclarecer eventuais dúvidas. Cada
criança deverá retirar um cartão sem que as
demais vejam. Um participante por vez realizará
mímica que represente seu cartão e as demais
tentarão adivinhar o que é.
A partir da dinâmica, explicar os símbolos e
resgatar o sentido real da Páscoa cristã, com a
leitura do texto bíblico de João 20, 1- 18.
Fonte: catequesekids.blogspot.com.br - acesso em 12/03/13
ABRIL
Pastorais
2013
13
DIA MUNDIAL DA SAÚDE
ESPAÇO CÁRITAS
Dia Mundial da Saúde é celebrado no dia 07
de abril para comemorar o aniversário da
criação da Organização Mundial da Saúde.
Cada ano se escolhe um tema relevante e de interesse
prioritário para a saúde pública mundial, este ano o
tema escolhido é “Hipertensão”.
O objetivo do Dia Mundial da Saúde 2013 é reduzir o número de infartos do
miocárdio e acidentes cerebrovasculares. As metas específicas da campanha são:
promover a tomada de consciência sobre as causas e consequências da hipertensão;
motivar as pessoas a modificar comportamentos que podem provocar hipertensão;
conscientizar a todos sobre a importância do controle periódico da pressão arterial;
aumentar o número de centros de saúde para realização de controle de pressão arterial.
Direitos Humanos
A declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada em 10 de dezembro
de 1948. Outros documentos, como os Pactos Internacionais, foram assinados
posteriormente à Declaração. A Declaração Universal dos Direitos Humanos
reconhece um conjunto de direitos como sendo fundamentais para as pessoas.
Consagra, por exemplo, que todas as pessoas têm direito a um padrão de vida que
lhes garanta saúde, alimentação, habitação, segurança, emprego. Além disso, diz que
somos iguais perante a lei e que qualquer cidadão tem direito de participar da vida
política e social do seu país, entre vários outros. Portanto, quando falamos de direitos
humanos, estamos falando do conjunto das condições necessárias para as pessoas
viverem bem e felizes.
Saúde: Direito de Todos e Dever do Estado
Se a saúde é direito de todos e dever do Estado, então as suas ações e serviços
devem ser gratuitos. A população deve ter acesso ao sistema sem a necessidade de
qualquer pagamento. Se o pagamento fosse permitido, o acesso estaria condicionado
à possibilidade financeira do cidadão e a saúde deixaria de ser direito de todos. Por
isso, o SUS, como política pública de saúde, tem por princípio a gratuidade de todas as
ações e serviços, em função da falta de garantia integral da saúde. Em muitos casos,
procedimentos realizados pelo SUS são cobrados por profissionais e prestadores de
serviços. É preciso saber que isso constitui crime e deve ser denunciado. Outra coisa
importante é saber que os hospitais particulares não podem negar atendimento médico
hospitalar de emergência a qualquer pessoa tendo ela, ou não, condições de pagar,
nem exigir garantia de pagamento através de cheque-caução ou nota promissória.
Essa prática constitui crime e prevê pena de três meses a um ano de reclusão.
JUVENTUDES
O
P
N
os dias 02 e 03 de março de 2013, estiveram reunidos em Rio do Oeste/
SC, jovens distintos entre si, porém com o mesmo objetivo: buscar
um mundo igualitário e plural, onde não só haja pão para todos,
mas dignidade, trabalho e onde todos possam ter ideias e expressá-las sem
medo. Foi o Seminário Juventudes e Desenvolvimento Solidário Sustentável,
realizado pela Cáritas Brasileira Regional Santa Catarina.
A Cáritas Diocesana de Caçador contou com a participação de: Fabiane
Aparecida Guedes, Igor dos Santos, Karine Gonçalves Chaves, Mayra Paula
Alves Pacheco e Valéria Albuquerque Fernandes. No encontro os jovens
puderam falar de seus desejos e dificuldades nos projetos solidários, das
expectativas e realidades de cada região.
O conhecimento da realidade exige de nós uma ação, esta é a finalidade
da Cáritas: conhecer o evangelho e anunciá-lo, conhecer o ser humano mais
frágil e amá-lo infinitamente. Por isso é tão importante o envolvimento da
juventude, ela tem energia e amor de sobra para ajudar a quem precisa.
Agora, impulsionados por este desejo, vamos trabalhar segundo as palavras do
Mestre que nos deixou o testemunho e um pedido: “Amai-vos uns aos outros
como eu vos amei”.
Mayra Paula Alves Pacheco
Agente Cáritas de Lebon Régis
[email protected]
VISITA À CÁRITAS ESPERANÇA
DE TRÊS BARRAS
CONVITE
ercebemos, dia a dia, o valor e a necessidade de trabalharmos
na promoção e educação para a saúde para
cuidarmos bem do tesouro da vida, oferecido
generosamente por Deus a todos. Trata-se da
necessidade de respeitar e promover a dignidade
da pessoa humana que é imagem e semelhança de
Deus, cujo Filho veio nos oferecer a vida plena. A
prática de ensinar a todos a cuidar da saúde necessita
de cuidado, é um ato de carinho e conforto com o próximo.
Exige sempre aprendizagem.
Tendo isso presente, a Coordenação Diocesana da Pastoral
da Saúde convida para o Seminário de Organização da Pastoral
da Saúde:
Local: Centro de Formação João Paulo II – Castelhano, Caçador
Data: 19 e 20 de abril de 2013, com início 19h de sexta-feira e término às 16h do
sábado
Assessoria: Maria Eni Vieira da Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde
Confirmar até: 17 de abril, junto ao Secretariado Diocesano de Pastoral, pelo telefone
(49) 3563 2045
Para cada Paróquia são disponibilizadas cinco vagas, o convite é, também, para as
paróquias que não tem grupo organizado. Lembramos que os valores de diárias serão
custeadas pelo Fundo Nacional de Solidariedade que apoia o Projeto Diocesano da
Pastoral da Saúde. Contamos com sua presença e participação.
Inês Brunetta
Pela Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde
N
o mês de março iniciaram-se as visitas às Entidades-membro,
como compromisso assumido pelo novo Conselho Diretor da
Cáritas Diocesana de Caçador. A Cáritas Esperança foi a primeira
entidade-membro a receber representantes, no dia 09 de março de 2013.
Na oportunidade houve partilha das alegrias, anseios e dificuldades
da comunidade local. Momento propício para fortalecimento da rede
Cáritas e perseverança do trabalho social com os mais necessitados.
Agradecemos a presença dos agentes Cáritas de Três Barras e de
todos que participaram.
Estela Maia
Cáritas Diocesana de Caçador
Banco do Brasil
Agência: 0375-1 C/C: 34.248-3
Participe desta
Rede, contribua
de forma solidária
com a Cáritas
Diocesana
Espaço da Criança
14
Olá
crianças!
Leiam a história
ao lado e convidem
seus amiguinhos para
refletirem sobre
a atitude do
carpinteiro.
Sabedoria e Humor
♦♦ A pessoa educada é a pessoa que aprende a pensar. (F.L
D
ABRIL
2013
A PONTE E O PERDÃO
ois irmãos
moravam
em fazendas vizinhas, separadas apenas por
um riacho. Eles se
davam muito bem
e gostavam de estar sempre juntos. Por
algum
desentendimento
qualquer, eles brigaram e nunca mais se falaram. Cada um vivia na sua fazenda, sem
jamais procurar pelo outro. Certo dia, um
carpinteiro se ofereceu para prestar algum
serviço na fazenda do irmão mais velho.
Ele rapidamente concordou e pediu que o
homem construísse uma cerca bem alta de
forma que ele nunca mais precisasse sequer
enxergar a fazenda do irmão. O carpinteiro
começou seu trabalho e o irmão foi resolver
assuntos na cidade. No final do dia, quando
voltou, o irmão mais velho ficou grandemente surpreso ao ver que o carpinteiro, em
vez de levantar uma cerca, tinha construí-
do uma ponte ligando
as duas fazendas. Mais
surpreso ainda ficou o
irmão quando seu irmão mais novo veio
correndo, de braços
abertos a lhe encontrar
no meio da ponte. Os
dois irmãos se abraçaram e choraram, recon-
ciliando-se.
Diante de uma sociedade com tanta
violência, individualista, e de desigualdade
o que a atitude do carpinteiro ajudou? O
objetivo dessa história é fazer a gente pensar em nossas atitudes do dia a dia, na escola na família enfim em todos os lugares que
frequentamos, quando ouvimos uma fofoca
quando nos deparamos com atitudes de injustiças o que fazemos? O mundo só será
melhor se todos nós tivermos atitudes do
carpinteiro, unir e perdoar as pessoas. Pensem nisso! Um abraço, e que Jesus abençoe
a vida de vocês!
Holmes)
♦♦ Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser
feliz. Assim ele saberá o valor das coisas e não o seu preço.
(Max Gehringer)
♦♦ Assim como não existem pessoas pequenas na vida, sem
importância, também não existe trabalho insignificante.
Encontre e circule no diagrama abaixo,
sete boas atitudes.
(Elena Bonner)
♦♦ Confiança é coisa séria. Porém, mais sério é saber em
quem confiar. (Antônio Carlos Vieira)
♦♦ Se imitarmos o exemplo de nossa Mãe do Céu, a
humildade, a caridade, o silêncio, seremos realmente
felizes! (Dulce dos Pobres)
♦♦ O Deus vivo está aqui hoje. Então devemos anunciá-lo
para que as pessoas estejam em comunhão. (Dom Cláudio Maria
Celli)
♦♦ A vitória é o premio que a vida oferece àqueles que
perseveram na prática do bem. (Frei Anselmo Fracasso)
♦♦ Minha própria visão da verdade não brilha com mais
intensidade se eu depreciar a maneira de ver de meus
semelhantes. (Mahatma Gandhi)
Os óculos
- Empreste-me seus óculos? Preciso escrever uma
carta.
- Mas os meus óculos são para longe!
- Tudo bem, a minha carta também.
Respostas: Brincar, Rezar, Missa, Amizade, Trabalhar, Amar, Estudar.
Na escola
A professora questiona:
- Luizinho, a que distância você mora da escola?
- A dois quilômetros, professora.
- E a que horas você sai de casa?
- Às 7h15, professora.
- Então, se você tem 45 minutos para percorrer
apenas dois quilômetros, por que você chega todo dia
atrasado?
- Ah, professora, é que está cheio de placas pelo
caminho dizendo: “Devagar escola”.
ABRIL
Atualidades
2013
AÇÃO EVANGELIZADORA “RIO QUE
CRESCE ENTRE NÓS”
A
ação evangelizadora “Rio que Cresce entre Nós” aconteceu na diocese
de Caçador no segundo semestre de 2012, se prolongando até o final de
fevereiro de 2013. A apresentação da ação evangelizadora aconteceu em
todas as instâncias da diocese: Conselho Diocesano de Pastoral (CODIPA), reuniões
das microrregiões pastorais, encontros com o clero. A formação e organização da
ação foram realizadas em cada paróquia, na presença dos jovens, e em alguma
delas, com participação dos padres, no dia do encontro. Cada paróquia contou com
dois jovens que, livremente, se responsabilizaram pelo desenvolvimento da ação
evangelizadora em toda a paróquia e, especialmente, na mobilização da juventude.
O objetivo da ação evangelizadora era tornar a Jornada Mundial da Juventude
(JMJ) conhecida nas comunidades, através do trabalho de visitação e conversa
sobre este momento bonito da Igreja, e também angariar recurso financeiro para
custear as despesas das ações de evangelização nascidas da JMJ no Regional Sul
4 e, especialmente, na diocese.
Sentimos que em muitas paróquias os jovens não mediram esforços para
a realização desta ação evangelizadora, mesmo não tendo grupos de jovens
formalizados, a ação aconteceu e o resultado da evangelização e dos recursos
foram significativos. Muitas iniciativas pastorais se concretizaram a partir da
mobilização da ação evangelizadora e de seus desdobramentos. Também, teve
paróquias que não fortaleceram a ação, deixando passar uma nobre oportunidade
de evangelização e de engajar os jovens em uma ação que os aproximaria, ainda
mais, da vida da comunidade. É certo que este trabalho realizado nos apresentou
os esforços de muitos em relação ação evangelizadora e também nos permitiu ver
alguns desafios a serem superados no que se refere ao trabalho em comunhão. O
sucesso da ação não é medido pelo valor arrecadado, mas sim na capacidade de
motivação, mobilização, organização, e continuidade da evangelização junto aos
jovens em nossas comunidades.
A diocese de Caçador agradece a todos que se colocaram a disposição da
ação evangelizadora “Rio que Cresce entre Nós”. Que Deus os ilumine em sua
missão de evangelizar.
Paróquia
Jovens Coordenadores Paroquiais
Valor
Santa Juliana – Salto Veloso
Imaculada Conceição – Videira
São João Batista – Três Barras
São Francisco de Assis – Caçador
São Sebastião – Papanduva
São Luiz Gonzaga – Iomerê
São José Operário – Monte Castelo
São João Batista – Matos Costa
Santa Cruz – Canoinhas
Imaculada Conceição – Fraiburgo
Santa Cecília – Santa Cecília
São Pedro – Pinheiro Preto
Nsa. Senhora das Vitórias - Porto União
Nsa. Sra. dos Campos – Arroio Trinta
Divino Espírito Santo – Major Vieira
Divino Pai Eterno – B. Vista do Toldo
Sto. Antônio e Sta. Izabel – Rio das
Antas/Ipoméia
São José – Timbó Grande
N.Sra. Perpétuo Socorro – Treze Tílias
Senhor Bom Jesus – Irineópolis
Cristo Redentor – Caçador
Santo Antônio - Lebon Régis
São Pedro e São Paulo – Porto União
Paróquia Nsa. Sra. Rainha – Caçador
Nadiéle dos Santos e Laressa Grahl
Ir. Sônia Agostini e Matheus Parmagnani
Jéssica Felski e Reginaldo Marques dos Santos
Ana Paula Araújo e Edenilson Perego
Fátima Rodrigues Calixto e Bruna Sczepanski
Giovana Pasqual e Mateus San Bridi
Edivim Armando Ayres e Daniele C. C. Gaia
Ana Lúcia Szczottla e Tatiane Tomacheuski
Daniele Moreschi e Fábio Rodrigues
Jonathan Marcondes e Flávia Karina Burda
Denis André Bueno e Camila R. Guinski
Tiago Viceli e Josiane de Melo
Marlon Souza e Jéssica Orth da silva
Eliz Renata Manenti e Rogger Elano
Jessiane Jastrombek e Cristiano G. Fernandes
Evandro Damaso da Silva e Silvana Chopinski
Juliana Rodrigues
3.516,00
2.036.00
1.945,00
1.176,00
1.107,00
1.060,00
950,00
900,00
678,00
576,25
576,00
543,00
505,20
440,00
420,00
405,20
305,00
Monique Chaicoski e Samara Castilho
Ana Paula Dantas e Aline Gomes Viana
Kelen M. Santos e Célio RubensIork Filho
Cláudio da Luz Costa e Thayná N. de Oliveira
Andressa Apª. Rosa e Bruna Semam
Eloiza de Melo Cézar e Elias Neri de Borba
-----------------------------------
240,00
193,00
92,00
85,00
00,00
00,00
00,00
TOTAL: 17.748.65
Diácono Ederson Iarochevski
Pelo Setor Diocesano da Juventude
15
AGENDA DIOCESANA 2013
MAIO
01
01
01
02
03
03-05
05
06-12
07
12
12-19
14
14-16
15-17
17
16-19
17-19
17-19
18
18
18
18-19
20-23
21
21
24
24-25
25
25-26
26
26
26
27-29
28
29
30-02/06
31-02/06
31-01/06
31-02/06
31-01/06
31-02/06
Cinquentenário da Paróquia São José Operário
Reunião da Coordenação Diocesana Catequese
Dia do Trabalhador
Reunião do Conselho de Presbíteros
Reunião do Clero
Sem. Nac. Camp. contra Violência e Extermínio de Jovens
21ª Romaria Santuário Diocesano N. Sra. de Fátima,
Mãe dos Pobres
Visita Pastoral – Paróquia Divino Pai Eterno
Reunião do SDP
Dia das Mães
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Reunião do SDP
CONSEP (Conselho Episcopal Pastoral da CNBB)
Curso de Formadores do Regional - OSIB
Reunião da Microrregião de Porto União (19h30)
Reunião Coord. Dioc. e Escola Catequética do Regional
Cursilho para mulheres
Encontro de aprofundamento da missão – COMIRE
Enc. Dioc. dos Animadores dos Grupos de Reflexão
Enc. Coord. Diocesanos da Pastoral da Sobriedade
Reunião Regional das Codeirs – Credeir
9º Retiro Anual da Juventude – Diocesano
4º Seminário Nacional 5ª Semana Social Brasileira
Reunião do SDP
CAED
Reunião Equipe Gestora FDS
CODIPA
III Simpósio Nacional das Famílias
Formação Catequistas Iniciantes – Micro Canoinhas
V Peregrinação Nacional da Família
Encontros com Jovens Universitários (16h)
Enc. Formativo com a Juventude (Semana Missionária)
Tríduo Bíblico FACASC/ITESC
Reunião da Microrregião de Canoinhas
Reunião Microrregião de Videira às 19h30
Reunião da Coordenação Regional e Estudo das PJs
2ª R. Ampliada das CEBs/Grupos de Reflexão/Famílias
Encontro Regional de Conselheiros
Encontro de Catequetas
Encontro Regional das Diretorias de Cáritas
Retiro do EJA - Encontro com Jovens Amigos
ANIVERSÁRIOS
NASCIMENTO
Pe. Almedo Diedrich
Pe. Celso C. P. dos Santos
Pe. Irineu Maia
Pe. Marlon Malacoski
Pe. José Juan da Misericórdia
Pe. Ederson Iarochevski
07/05/51
09/05/67
13/05/74
15/05/85
15/05/67
29/05/83
Pe. Valcir Baronchello
Pe. João Alceu Perin
Diácono Everaldo Antonio Conceição
Pe. Rogério Esmeraldino
Pe. Fábio Costa Farias
04/05/91
08/05/94
27/05/10
30/05/93
30/05/09
ORDENAÇÃO
Monte Castelo
SDP - Caçador
Castelhano
Castelhano
Brasília
Fraiburgo
B. Vista do Toldo
SDP - Caçador
SDP - Caçador
Brasília/DF
Blumenau
Matos Costa
Lages
Canoinhas
Videira
Fraiburgo
Blumenau
Lages
Castelhano
Brasília
SDP – Caçador
SDP – Caçador
SDP
Castelhano
Aparecida
Canoinhas
Aparecida
Caçador
Videira
Florianópolis
Canoinhas
Blumenau
Blumenau
Curitibanos
São Paulo/SP
Lages
Caçador
Acontece
16
ABRIL
2013
ESPECIAL: GRUPOS DE REFLEXÃO NA DIOCESE DE CAÇADOR
Caro leitor do Jornal Fonte, nesta edição apresentaremos algumas experiências dos Grupos de Reflexão, que estão presentes em todas as
comunidades de nossa diocese. Queremos com esta iniciativa parabenizar cada grupo e demonstrar a nossa admiração por esta bela caminhada
desenvolvida todos os anos, sendo Igreja Doméstica, Igreja de Famílias que se encontram para rezar, refletir temas atuais e realizar ações concretas
em cada comunidade da Diocese de Caçador. Que estas experiências sirvam de inspiração e representem todos os nossos Grupos de Reflexão.
Grupo de Reflexão São Francisco, de Salto Veloso
Depoimento de Nadiely Galvão:
“Nesse tempo de mudança de época,
em nosso Grupo de Reflexão estamos vivenciando uma Campanha da
Fraternidade apresentada à nós como
um itinerário de conversão pessoal,
comunitária e social; todas as famílias que participam do Grupo de
Reflexão São Francisco acreditam que ao utilizar juventude como tema
da Campanha da Fraternidade deste ano, estamos todos, independentemente da idade, aptos a rezar, refletir com os jovens, apresentando a eles
os passos e as obras de Cristo em sua juventude, para que eles tomem
esses exemplos como sentido de vida e missão, os encaminhando na vida
religiosa, em nossa comunidade, diocese, mundo”.
Grupo de Reflexão Nossa Senhora de Fátima, de Treze Tílias
Depoimento dos Coordenadores José Trevisol e José Carlos Toporoski:
“Em sintonia com a Campanha da
Fraternidade, com este tema tão convidativo que é “Juventude”, faceta de
nossa vida que nunca devemos perder, o grupo com aproximadamente
30 pessoas está se reunindo todas as
terças-feiras, realizando uma reflexão muito fraternal. Discutir “Fraternidade e Juventude” adentra à nossa realidade. Percebemos aspectos desafiadores. Eles nos incomodam porque nos desafiam à ação. Percebemos
as situações que são criadas pelo sistema vigente e outras pelos próprios
jovens. Comentamos a necessidade de sermos mais parceiros dos jovens.
Fica evidente que a FAMILIA é o grande elo para a união da juventude
como um todo. Precisamos trabalhar em nossas comunidades as relações
familiares, as responsabilidades dos pais em relação à educação e amor
aos filhos. Vale ressaltar que todos os membros do grupo demonstraram
interesse em continuar a refletir e organizar ações que venham a defender
e garantir os direitos dos jovens. O pároco vai reforçar nosso grupo com
uma missa mensal, aberta a todos os moradores vizinhos”.
Grupo de Reflexão para Jovens, em Lebon Régis
Depoimento de Anderson Palhano Domingues, representando o Grupo
de Jovens: “Em 2013 a juventude da Paróquia Santo Antônio, de Lebon Régis, ganhou
um novo ânimo e um despertar
de sua fé, juntamente com a
passagem dos símbolos da
Jornada Mundial da Juventude e o tema da Campanha da
Fraternidade “Juventude e Fraternidade”, assim surgiu a ideia de montarmos um Grupo de Reflexão direcionado aos jovens, amparados e alicerçados no Roteiro I dos Grupos de Reflexão, proposto pela diocese de Caçador que apresenta a realidade juvenil de nossa região, abordando temas
característicos, questionamentos e despertando esse interesse para que o
jovem ocupe o seu lugar em nossa Igreja queremos suscitar o lema “Eisme aqui, envia-me” nos corações de nossa juventude. Os encontros do
Grupo de Reflexão para Jovens acontecem todos os domingos, a partir das
17h, na Igreja Matriz Santo Antônio, em Lebon Régis!
Grupo de Reflexão do Bairro Gioppo, de Caçador
Depoimento de Lauda Lucas: “A importância do tema
da Campanha da Fraternidade desse ano, “Fraternidade e
Juventude”, dá-se pelo fato de
levar os jovens à participação
na Igreja, proporcionar um encontro pessoal com Cristo, resgatar e orientar os que vivem perdidos e de forma desregrada. A
Campanha ajuda o jovem a decidir-se por Deus e é também fortalecida pelo Ano da Fé e pela Jornada Mundial da Juventude.”
Depoimento de Renilda Pelegrinello Borga: “O Grupo de Reflexão é
muito importante para a nossa vida em comunidade, proporciona-nos a
partilha, encontro com amigos, vizinhos. Apesar de morarmos, estarmos
perto, nos vermos, nem sempre podemos conversar e viver momentos juntos. O Grupo de Reflexão nos dá essa oportunidade, torna-nos mais próximos”.
Grupo de Reflexão, de Videira
Depoimento das Coordenadoras Vitória Civiero e Salete Fonseca:
“A Campanha da Fraternidade de 2013 nos propõe a
refletir este momento forte
com nossa juventude. Todos
nós temos a missão de evangelizar em nossas famílias,
pois assim vamos tornar
mais viva nossa fé e a busca
de maior comprometimento
com ela, partilhando a convivência e amizade. Eis-me aqui, Envia-me”.
Grupo de Reflexão São Francisco de Assis, de Três Barras
Depoimento de Suelin Jonko, da Coordenação do Grupo: “De acordo
com o Grupo Francisco de Assis, os temas abordados pelo livrinho são muito bons, trazem
para nossos jovens uma boa
reflexão e nos ensinam que devemos ser Discípulos e Missionários de Jesus. Infelizmente,
ainda percebemos uma ausência dos jovens na caminhada,
porém aqui na nossa comunidade eles colaboram, percebemos sua atuação
principalmente na catequese. Mas, ainda faltam jovens dispostos a Evangelizar, chegar e dizer: “Estou aqui meu Senhor”, ou ainda mais “Estou
aqui... envia-me Senhor”. Precisamos de jovens que digam “Sim”, como
Maria e Irmã Dulce fizeram e não tiveram medo de se doar por inteiro a
serviço do povo, da Igreja. Com certeza se todos os jovens participassem
dos encontros e da Via-Sacra, conseguiríamos ter mais jovens nas nossas
Igrejas, não só por um tempo e sim para sempre, pois dentro da Igreja,
encontrariam a solução para seus problemas e viveriam uma vida melhor,
longe de todo o mal. A semente já foi lançada, agora devemos esperar para
que todos acolham essa semente e que, a partir da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude, essas sementes sejam reproduzidas e que sejam distribuídos seus frutos de amor, paz, solidariedade, força,
fé, coragem e determinação para todos, especialmente para os jovens”.

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