jornal fonte – abril/2013
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CENTENÁRIO DO CONTESTADO DIOCESE DE CAÇADOR O SOL VOLTOU A BRILHAR NA PÁSCOA ANO XV Nº 175 ABRIL 2013 DESTAQUES Primeira Homilia do Papa Francisco Pág 02 Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Pág 04 Conheça o Primeiro Papa Latino Americano Págs 08 e 09 Dia Mundial da Saúde Pág 13 Ação Evangelizadora "Rio que cresce entre nós" Pág 15 Igreja 2 a EDITORIAL O s cristãos vivem a grande alegria da festa da Páscoa do Senhor. Tempo de muita alegria, encanto e esperança. A Páscoa do Senhor envolve a vida de todos que buscam viver os sentimentos de Jesus Cristo, na perspectiva de renovar a vida e o meio onde cada um vive. Ao saudarmos a todos os diocesanos com uma Feliz Páscoa, desejamos fortalecer em cada um os sentimentos positivos que, também, nos contagiaram na ocasião da nomeação do Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco. Nossas preces devem ser abundantes e de fecunda espiritualidade para que ele, Papa Francisco, tenha o vigor jesuíta e a alegria e simplicidade franciscana para um papado oportuno para os nossos tempos. Coloquemos nossas alegrias e esperanças na rota da nossa conversão pessoal e familiar, nos fortalecendo para o exercício da unidade em torno do Papa e para o bem das nossas famílias e para toda a juventude, assim, teremos os instrumentos necessários para a edificação da casa do Senhor em nossas comunidades de fé. É desejo nosso que nesse tempo pascal se renove com a Igreja no mundo inteiro, nosso compromisso de cristãos engajados, participativos, ativos e fecundos na esperança do Cristo ressuscitado. Peço as preces pelo êxito da Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá entre os dias 10 e 19 de abril e tem como temática central: comunidade de comunidades, uma nova paróquia. Assim, como esperamos e desejamos uma renovação na Igreja com a nomeação do novo Papa, devemo-nos empenhar para animar e converter nossos hábitos, dando testemunho de nossa fé, na ação pastoral. É preciso fazer a conversão pastoral em nossas comunidades. Que os padres e todas as lideranças leigas fiquem atentos para assimilar o novo que a assembleia deverá trazer em prol de nossa ação pastoral, na construção do Reino de Deus. Exigirá, de cada um, mais esforço e o entendimento que é necessário desinstalar-se. O serviço prestado na comunidade de fé deve convencer a todos a mudarem de vida e buscarem viver o Evangelho da simplicidade, da humildade e que Jesus Cristo seja o centro e não a nossa vontade e nosso desejo de aparecer. “É preciso que ele cresça e eu diminua”. O novo deve suscitar maior vigor em nossa fé, novo ardor no testemunho de vida cristã, maior amor no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É importantíssimo que cada um se esforce para conhecer melhor Jesus Cristo e buscar os seus verdadeiros ensinamentos, para fortalecer a própria vocação cristã. A nossa vida cristã, no tempo pascal, nos compromissos assumidos na comunidade, deverão nos levar a uma renovada e autêntica fé. É missão dos cristãos fazermos acontecer o novo, que a Igreja necessita, para apoiar o Papa na renovação da Igreja. É tempo oportuno, é tempo da graça. Que a leitura desse jornal enriqueça o nosso coração, com novas, belas e oportunas mensagens, para melhor participarmos do novo que o Evangelho nos traz em todos os momentos da vida. Deus nos abençoe e que a Virgem Maria se faça presente em cada lar, protegendo pais e filhos no amor puro e corresponsável. EXPEDIENTE Dom Frei Severino Clasen, OFM Bispo de Caçador Jornal de Circulação Interna - Tiragem: 15 mil exemplares MITRA DIOCESANA DE CAÇADOR Rua Mafra, 235 - Bairro Bom Jesus - C.P. 227 - CEP: 89.500-000 - Caçador - SC Editorial: Coordenação Diocesana de Pastoral FONE/FAX: (49) 3563-2045 e-mail: [email protected] DIAGRAMAÇÃO: Felipe Pelegrinello Caipers ([email protected]) Jornalista Responsável - Pe. Dr. Gilberto Tomazi – MTb: 38945 IMPRESSÃO: Diário Catarinense ABRIL 2013 HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA MISSA DE ABERTURA DE SEU PONTIFICADO A solenidade de São José marca o início do pontificado do Papa Francisco. A celebração eucarística foi realizada na Praça de São Pedro, no dia 19 de março de 2013, com a participação de inúmeras autoridades políticas e religiosas, entre elas a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. No início da celebração o Sumo Pontífice recebeu o pálio e o Anel do Pescador, símbolos do ministério que exerce na Igreja. Leia abaixo alguns trechos da homilia do Santo Padre. Queridos irmãos e irmãs! Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão. Ouvimos ler, no Evangelho, que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa”. Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser justo guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: “São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo”. Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até o episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida cotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus. Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é “guardião”, porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar por sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto a vocação de guardião não diz respeito, apenas a nós cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito. Sede guardiões dos dons de Deus! E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher. Queria pedir, por favor, a todos que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para “guardar”, devemos também cuidar de nós mesmos. A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura! Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais no serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão. Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou “com uma esperança, para além do que se podia esperar”. Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus. Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma é chamado a cumprir, mas para o qual todos nós somos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu! Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém. Fonte: vatican.va ABRIL Evangelização 2013 ANO DA FÉ Continuamos, nesta edição, a publicação da Carta Apostólica sob Forma de Motu Proprio, Porta Fidei, do Sumo Pontífice Bento XVI, com a qual se proclama o Ano da Fé. Boa leitura! 13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos, uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos. Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, “autor e consumador da fé” (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anelo do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar conosco a fragilidade humana para transformá-la com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação. Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz ao seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egito a fim de O salvar da perseguição de Herodes (Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu ao seu lado mesmo no Gólgota (Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (At 1, 14; 2, 1-4). Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (Lc11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda criatura (Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas. Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (At 2, 42-47). Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores. Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma ação em prol da justiça, para tornar palpável a Palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um Ano de Graça para todos (Lc 4, 18-19). Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados. Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história. Continua na próxima edição Fonte: www.vatican.va 3 VOCAÇÃO: O SONHO DE DEUS PARA A VIDA DO CRISTÃO P or meio do Batismo somos marcados com o sinal que nos legitima, filhos de Deus. Esse mergulhar no mistério sacramental é o chamado para que em Cristo, toda pessoa realize-se plenamente. Como missão de batizados, cada um é convidado a testemunhar com a vida o Evangelho, levando outros ao seguimento da Boa Nova. Sendo filhos de Adão, somos inicialmente marcados pela natureza do pecado, porém, em Jesus o chamado é a abandonar a condição adâmica, trilhando o caminho para a ‘cristificação’. Desde os tempos primitivos, achava-se que vocação era algo que dizia respeito única e exclusivamente a Padres e Freiras, embora se perceba grande maturidade por parte dos leigos, essa visão ainda exige ser superada, levando os cristãos a tomarem consciência de que Vocação implica serviço. Isso leva a entender que o convite: “Sede santos...” (Lv. 19, 2), não se limita como algo que soa aos ouvidos apenas de membros de determinado grupo ou classe, pois todo ser humano é vocacionado à santidade. Acontece, porém, que para muitos o ser batizado tem se tornado, o sacramento do esquecimento e do descompromisso. “Se na Igreja em outros tempos se batizavam pessoas convertidas, no atual contexto de sociedade, o apelo é a converter batizados”. Tal é a afirmação feita por Jesus: “Quem crer e for Batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 16). O Batismo pode, a partir daí, ser entendido como o sacramento que é fonte para as demais vocações. Impulsionados pelo espírito que nos chama a ser ‘Jovens no Amor’, façamos deste oportuno tempo de jejum, de esmola e caridade, ocasião para a verdadeira conversão do coração. Que na busca por nos tornar íntimos de Deus, possamos mergulhar profundamente ao ponto de, a exemplo de Isaías dizer: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,5). Estejamos atentos às palavras do Mestre, e como Maria busquemos oferecer uma resposta generosa, tendo como compromisso a vocação universal: em Jesus Cristo nos tornarmos santos. Seminarista Edimar Blaskowski Comunidade Serra Chata – Paróquia São José – Timbó Grande A MISSÃO DOS JOVENS DIANTE DO FUTURO DO MUNDO C omo será o futuro do mundo e da sociedade? Alguns filmes de ficção fazem projeções nada animadoras. Mesmo não querendo dar valor ao pessimismo dos filmes, alguns sintomas e reações da natureza assustam. O aquecimento global, a poluição do meio ambiente, a falta de consciência ecológica do ser humano, os poluentes e o lixo produzidos pela indústria e ação humana contaminam o ar e as águas e se tornam problemas reais a serem superados. A tragédia de Santa Maria na qual morreram 240 jovens mostrou-nos, que a morte é quase instantânea, quando respiramos o ar que transporta partículas de elementos químicos. Além destes, temos outros desafios: não estamos conseguindo nos entender e nos unir para resolver esses problemas. Os tratados internacionais não avançam na prática. As guerras persistem. A miséria e as desigualdades sociais crescem a cada dia. O sonho dominante é correr para um progresso financeiro produzindo e consumindo, sem equilíbrio e senso ético. E o futuro? “O problema não é meu...”, isso é o que se ouve de muitos. Essa lógica do descompromisso é incoerente, pois o passado, enquanto foi presente, preparou de fato o futuro, mesmo quando não cuidou dele, portanto, todos têm uma parcela de responsabilidade quanto ao futuro. Surgem leis que cobram essa responsabilidade, mas a cobrança legal nunca vai ser suficiente. A responsabilidade exige antes de tudo a missão em promover uma educação para ética do cuidado nas relações de uso e convívio com a natureza. De quem será o futuro? A gente olha para os jovens e as crianças e temos a certeza de que serão os herdeiros mais garantidos do futuro. E como será o futuro? O futuro é como uma herança que se transmite. Os herdeiros precisam preparar-se para recebêlo. Quem transmite, deve transmitir o melhor e quem recebe deseja o mesmo, nunca aquele que recebe, imagina que vai receber desgraça. As grandes mudanças culturais de hoje, geram conflitos entre os adultos e os jovens. São desafios reais de linguagem, formas de pensar e de se relacionar. No fundo, é o ensaio dos jovens que desejam criar um novo modo de ser no futuro. Contudo a inteiração entre adultos e jovens é necessária, através dela se transmite valores básicos sobre como fazer diferente e seguro o futuro. A Campanha da Fraternidade sob o tema “Fraternidade e Juventude” propõe a reflexão sobre essas questões e convoca os jovens e os adultos para o serviço de edificação de uma sociedade fraterna fundamentada na ética, na justiça e na paz. É nossa missão garantir a Boa Nova do futuro com vida digna para as novas gerações. Pe. Moacir da Silva Caetano 4 Comunicação ABRIL 2013 MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 12 de maio de 2013. “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” é o título da Mensagem, que publicamos a seguir: A mados irmãos e irmãs, encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante, que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição de uma nova ágora, de uma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade. Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma. O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem. A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. “Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza” (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010). O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo. A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como, sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé. A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam “escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele” (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social. Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontram no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no “murmúrio de uma brisa suave” (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a “luz gentil” da fé. As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interativo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine” (1 Cor 13, 1). No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contato inicial feito on-line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra. Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15). Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013 Fonte:www.cnbb.org.br ABRIL Celebrações 2013 5 PÁSCOA: VIDA NOVA EM CRISTO Neste mês de abril, celebramos e vivenciamos o período pascal (segundo, terceiro, quarto e quinto domingos). Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes, sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio). 2° DOMINGO DA PÁSCOA 07 de abril de 2013 At 5, 12-16; Ap 1, 9-11.12-13.17-19; Jo 20, 19-31 Jesus Ressuscitado confirma nossa fé Jesus ressuscitado aparece aos discípulos. Tomé não estava presente. A dúvida toma seu coração e, longe da comunidade, ele tem dificuldade de entender Jesus ressuscitado. A experiência do encontro com Jesus Ressuscitado leva o discípulo a professar: “meu Senhor e meu Deus!”. A profissão de fé resume a caminhada da Igreja. Todos os sinais que perpassam pela Escritura pedem do leitor uma profissão de fé, como a de Tomé. Sugestões: • Destacar o Círio Pascal, a Pia Batismal, além da Mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela. • Colocar a palavra ‘PAZ’ junto ao Círio Pascal. • Preparar um vaso de flores com a palavra fé, no meio. • Lembrar-se de acender solenemente o Círio Pascal, acompanhado de um canto pascal. • Durante o Hino de Louvor, podem-se preparar bandeiras brancas, para que sejam agitadas por algumas crianças da comunidade. Onde estiver disponível toquem-se sinos ou sinetas durante o canto, para dar uma tônica pascal, festiva e alegre à celebração. • Durante a saudação da paz, o presidente da celebração pode estimular os que celebram junto com ele, a saudarem-se da seguinte forma: “a paz de Cristo, Ressuscitado, esteja contigo”. 3° DOMINGO DA PÁSCOA 14 de abril de 2013 At 5, 27-32. 40-41; Ap 5, 11-14; Jo 21,1-19 A Pesca Milagrosa Jesus ilumina nosso cotidiano, ao apresentar um novo modo de viver, pautado no amor. Ele anunciava o Reino de Deus, marcado pela paz, justiça e fraternidade. Os discípulos, propagadores da Boa Nova, não podem deixar, em seu anúncio, de fazer referência ao Mestre, pois Ele reflete o projeto de Deus para toda a humanidade. Por isso, partem para uma nova missão, deixando de fazer as mesmas O mistério pascal é o centro da vida cristã. Jesus vence a morte e oferece a todos a luz e a possibilidade de uma nova vida. Hinos de gratidão elevam aos céus a alegria pela vida que ressurge. Ressuscitado, o Senhor continua presente de muitas formas e convida-nos a assumir a missão de anunciar e testemunhar ao mundo, a esperança gerada pela Páscoa. coisas. Também nós somos chamados a deixar o comodismo e o individualismo para viver de forma diferente. Sugestões: • Fazer a entronização do Círio Pascal depois do Ato Penitencial, pedindo às pessoas que, após serem perdoadas, possam acender suas velas (preparar anteriormente) no Círio, como sinal da conversão e da acolhida do Ressuscitado em suas vidas. • Preparar uma rede (ou algo que a represente) e dispor papeis, em cima dela (em forma de peixe) com os diversos serviços da comunidade; • Podem-se fazer peixinhos como “lembrancinha” desta missa, escrevendo em cada um o jogral grego que fez do peixe símbolo do Ressuscitado: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” (ICTUS = peixe). 4° DOMINGO DA PÁSCOA 21 de abril de 2013 At 13, 14.43-52; Ap 7, 9.14-17; Jo 10, 27-30 O Bom Pastor dá vida em plenitude. Diz Jesus: “as minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”. A imagem do pastor, guia do rebanho, exprime ideia de autoridade e companheirismo. A autoridade está fundamentada numa relação de cuidado, de afetividade. Há um conhecimento mútuo. Baseando-se nos aspectos cotidianos da vida pastoril a Bíblia destaca, primeiramente, Deus como pastor de Israel e, depois, Jesus como pastor de todos os seres humanos. Sugestões: • Preparar para a entrada, um cartaz ou imagem de Jesus Bom Pastor. • Dia 21 de abril é o Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. Enfatizar as vocações presbiterais e consagradas da comunidade. O Círio pode ser entronizado por pessoas caracterizadas de acordo com as diversas vocações (religiosas, padres, leigos, portando a Bíblia); • A aspersão com água batismal substitui o Ato Penitencial e ajuda a comunidade a retomar o Batismo, como mergulho na Páscoa do Senhor Jesus. Durante a aspersão preze-se por um canto de caráter penitencial, de preferência contendo a fórmula “Senhor, tende piedade de nós; Cristo tende piedade de nós”. • Pode-se fazer a entrada da Bíblia da seguinte forma: um jovem vestido de pastor e com um cajado, entra pelo corredor trazendo a Bíblia em uma bolsa (embornal). Ao chegar ao Presbitério a apresenta à comunidade. • Cantar o “Cordeiro de Deus”, privilegiando uma melodia suave. A letra, preferencialmente, deve conter as mesmas palavras da oração. 5° DOMINGO DA PÁSCOA 28 de abril de 2013 At 14, 21-27; Ap 21, 1-5; Jo 13, 31-35 “Amai-vos uns aos outros” O amor é o estatuto da nova comunidade. Amor é acolhimento, serviço, respeito à dignidade do outro. Jesus nos oferece o caminho da plena realização humana, dandonos o mandamento novo. Pelo amor uns aos outros, revelamos que somos discípulos de Jesus. Ele nos amou primeiro, entregou Sua vida pelo resgate da dignidade de todos os seres humanos. Essa Boa notícia precisa ser acolhida e anunciada com entusiasmo. Todo discípulo deve ser também missionário. O discípulo missionário vive e orienta sua vida comunitariamente. Toda a humanidade é chamada a viver de modo a respeitar a presença de Deus, que, definitivamente, estabeleceu Sua tenda no mundo. Sua presença amorosa transforma todas as coisas. A melhor forma de amar é fazer o bem. Muitos necessitam de cuidado e apoio. Essa é a missão do cristão. Sugestões: • Confeccionar um coração com a frase “Amai-vos uns aos outros”. Convidar lideranças da comunidade para que, juntas, levem este coração até os pés do Altar. Pode ser feito no início da celebração ou durante o canto de apresentação das oferendas. • Continuar dando destaque ao Círio Pascal, à Pia Batismal e à Mesa da Palavra e da Eucaristia. • Acolher de forma calorosa àqueles que vêm à celebração, principalmente os que vêm pela primeira vez ou são visitantes. Afirma o Evangelho deste final de semana: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). • Convocar a comunidade para, impelida pela Palavra de Deus, realizar algum gesto concreto durante a semana, destacando que a solidariedade é sinal do amor entre os irmãos. Organização: Fabio Paulo Belli Referências: Revista Vida Pastoral. Religiosidade popular. Paulus: Março-abril de 2013, ano 54, n° 289 Geral 6 ABRIL 2013 PASTORAL FAMILIAR REALIZA ENCONTRO DE FORMAÇÃO E ntre os dias 01 e 03 de março de 2013, na Paróquia Senhor Bom Jesus, de Xanxerê, Diocese de Chapecó, foi realizado o “Encontro de Formação e Reunião do Conselho Regional Sul 4, da Pastoral Familiar, com o objetivo de estudar os Documentos do Concílio Vaticano II e o Plano Regional da Pastoral Familiar. Oriundos das 10 dioceses de Santa Catarina, cerca de 100 pessoas estiveram presentes. Representaram a Diocese de Caçador sete agentes da Pastoral Familiar. Dom Frei Severino Clasen, Bispo Referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul IV, e Dom João Manoel Francisco, Bispo Diocesano de Chapecó, acompanharam o encontro. Dom Severino falou sobre o Concílio Vaticano II, destacando a importância do evento para a renovação da Igreja, sobretudo no que se refere ao papel dos leigos no mundo. Houve ainda a apresentação do vídeo: Concílio Ecumênico Vaticano II – Um novo pentecostes. O filme apresentou o relato da vida do Papa João XXIII, a cronologia dos documentos e descrição de seu conteúdo, com comentários. Além da apresentação do tema, os participantes puderam discutir em grupos e partilhar as suas considerações com os demais. Felipe Neri Tavares, da Equipe de Coordenação da Pastoral Familiar do Regional Sul IV, falou sobre o Plano Regional de Pastoral, que tem a família como uma de suas prioridades. Ele destacou a importância da implantação da Pastoral Familiar nas paróquias e de fazê-lo seguindo o “Guia de Implantação da Pastoral Familiar”. Dentre as ações mais importantes para um agente de pastoral, citou a interação com as outras pastorais e movimentos, tais como os Grupos de Reflexão, Campanha da Fraternidade, catequese, grupos de jovens e encontros para namorados e noivos, etc. Nesse sentido, falou-se do Setor Pré-Matrimônio, que precisa estar integrado às demais pastorais que auxiliam no processo de amadurecimento pessoal antecedente ao Matrimônio. O assessor ressaltou ainda a necessidade do estudo dos subsídios do Instituto Nacional da Pastoral Familiar (INAPAF). Solicitou-se às dioceses que elaborem os seus planejamentos de atividades ainda para 2013 e enviem para a Coordenação do Regional, juntamente com a estatística das atividades realizadas nas paróquias. Os participantes tiveram ainda a oportunidade de conversar sobre os avanços e dificuldades da Pastoral Familiar em 2012 e suas necessidades para 2013. Foram dias marcados por momentos de espiritualidade, formação, motivação, amizade e conhecimento. Assim, a Pastoral Familiar da Diocese de Caçador quer continuar sua missão evangelizadora junto às famílias, testemunhando a beleza e a dignidade da família, como formadora de valores humanos e cristãos. “O futuro da humanidade passa pela família” (João Paulo II). Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar 3º SIMPÓSIO NACIONAL DA FAMÍLIA E 5ª PEREGRINAÇÃO NACIONAL DA FAMÍLIA A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com o apoio da Canção Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família, na Canção Nova, Cachoeira Paulista/SP, no dia 25 de maio de 2013. Como nos anos anteriores, a Comissão organizará a “5ª Peregrinação Nacional da Família”, no Santuário Nacional, em Aparecida/SP, em 26 de maio de 2013. O 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude, I família; Família acolhedora (desde a hospitalidade à adoção); Comunidade de famílias. A preparação ao 3º Simpósio das Famílias e à 5ª Peregrinação Nacional das Famílias à Aparecida será precedida de intensas atividades nas paróquias e dioceses. Os membros da Comissão organizadora estão preparando subsídios como: oração comunitária, reflexão teológica e pastoral sobre o tema, sugestões para que as comunidades organizem simpósios, palestras e momentos de fraternidade e de intercâmbio entre as famílias. Os subsídios estarão disponíveis no site da Pastoral Familiar: www.cnpf.org.br. PARÓQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DE CAÇADOR rmãos, neste tempo propício do Ano da Fé, nossa Igreja tem buscado cada vez mais se aproximar dos fiéis com uma mensagem de fé e de esperança. Dentre as várias iniciativas da nossa paróquia, iniciamos no mês de fevereiro a missa das Crianças e a missa dos Jovens. Espaço onde louvamos e bendizemos a Deus, na linguagem das crianças e dos jovens e ao mesmo tempo suplicamos graças e bênçãos, especialmente pelas crianças e jovens da nossa paróquia e de todo o mundo. É uma experiência muito significativa para a nossa paróquia e por isso agradecemos a Deus por esse novo passo no processo O terão como tema “Transmissão da Fé na Família: tarefa dos pais”, com a intenção de oferecer aos pais a oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho. Realizar-se-ão algumas conferências durante o Simpósio, conforme segue: 1ª Conferência - “O desígnio de Deus”: Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari – BA e Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e os professores do Pontifício Instituto João Paulo II de estudos sobre matrimônio e família, sede Salvador/BA. As demais conferências abordarão os temas: Família e Sociedade; A transmissão da fé na de evangelização. Convidamos a comunidade caçadorense para participar da Missa dos Jovens, no primeiro, terceiro e quito domingos e da Missa das Crianças, no segundo e quarto domingos, às 10h da manhã, na Igreja Matriz do Bairro Santelmo. Por tudo, demos graças a Deus! Pe. Francisco – Pároco Pe. Justino – Vigário PINHEIRO PRETO E O ASSALTO AO TREM PAGADOR primeiro assalto ao trem pagador que se tem conhecimento ocorreu em Pinheiro Preto/ SC, no quilômetro 152, da ferrovia EFSPRG, em outubro de 1909. No local, atualmente, existe uma cruz, chamada de Cruz do Vacariano, que foi levantada para homenagear os mortos no assalto. Esta cruz é uma das atrações turísticas de Pinheiro Preto. Em torno da celebração dos 50 anos de emancipação do município de Pinheiro Preto (2012), duas iniciativas resgataram o acontecimento e reabriram o debate deste e outros acontecimentos, tais como o Contestado, ocorridos há um século, que marcaram profundamente a região. Um dos eventos foi uma peça de teatro de título: “Pinheiro Preto, das raízes aos pinhões - do assalto ao trem pagador à esperança de dias melhores”, de autoria e direção do Pe. Dr. Gilberto Tomazi, apresentado pela primeira vez, no ginásio municipal, no dia 01 de agosto de 2012, que contou com a participação de 60 atores de Pinheiro Preto. Outro evento marcante foi o Documentário e Filme “1º Assalto ao trem pagador”, de Ernoi Matielo (Diretor Geral) e co-autoria de Vilmar Miguel Sartori, cujo lançamento ocorreu no dia 20 de fevereiro de 2013, no Salão Paroquial de Pinheiro Preto. Este filme contou com a participação de quase uma centena de atores e entrevistados. O filme está tendo grande repercussão regional e nacional. Redação do Jornal Fonte ABRIL Contestado 2013 7 UM SÉCULO DE RESISTÊNCIA E ESPERANÇA: DEZ ENSINAMENTOS DO CONTESTADO Última questão da entrevista, que apresentou uma leitura sobre o Contestado, desde a edição 166 de junho de 2012 do Jornal Fonte. Agradecemos ao Pe. Dr. Gilberto Tomazi pela concessão desta entrevista. 10) Pode-se afirmar que uma das motivações do Contestado foi a busca de outro mundo possível e que houve certo protagonismo juvenil no Contestado? Existem hoje muitas iniciativas culturais, pesquisas ou publicações a respeito? Existe uma vasta herança bibliográfica, cultural e religiosa do Contestado. Há muitos escritos, monumentos, símbolos, ritos, fotografias, filmes, peças de teatro, poesias e orações espalhados pelo Sul do Brasil. A participação da juventude na Guerra do Contestado não se deu de forma organizada, enquanto categoria social, mas pela presença de indivíduos jovens nos mais variados espaços, tanto do lado dos caboclos, como do lado do exército, do governo e dos “ruralistas” da época. É difícil estabelecer um conceito capaz de abarcar com precisão a parcela juvenil presente na guerra. Todavia, os censos da época apontavam para 75% das pessoas como tendo menos de 30 anos de idade. Isso significa que grande parte dos participantes da Guerra podem ser considerados jovens. Sobre o protagonismo juvenil, pode-se dizer que ele aparece quando os jovens, individualmente ou em grupos, participam de diferentes formas e em espaços diversos, em torno ou no objetivo de promover mudanças significativas na sociedade, que venham a proporcionar não somente um acesso a direitos sociais ou a serviços deles derivados, mas também à constituição de novos direitos e políticas públicas de/para/com juventudes e demais pessoas. Desta forma, esse protagonismo aparece como resultado da intervenção social dos jovens e das suas novas formas de integração, participação, negociação, acesso, reivindicação, representação, educação e comunicação sociais. Na história das sociedades humanas, costumes, tradições, culturas, localizações e religiosidades de jovens se juntam numa complexa dinâmica de construção histórica. Por mais que alguns insistam mais no protagonismo juvenil, não se pode negar que os jovens são, além de sujeitos da história, também resultado de todo um processo de desenvolvimento sociocultural e histórico, no qual eles interagem, modificando-o e sendo modificados por ele. Desta forma, ao falar de protagonismo juvenil, eu parto do pressuposto de que, semelhante à época da Guerra do Contestado, sempre houve uma insatisfação ampla das pessoas e, especialmente, dos mais pobres e de uma parcela significativa da juventude, em relação à realidade vigente. Esse fato só não seria possível de comprovar em sociedades onde não houvesse pobreza, discriminação, violência... Na atualidade, essa insatisfação vem acompanhada de uma descrença nas formas de política e no sistema econômico, estabelecidos como solução para os problemas sociais, bem como de uma crença de que os jovens não são apáticos e alienados, mas sim, capazes de procurar não apenas contribuir nos processos de solução dos problemas sociais, como também de “combater/lutar na primeira fila, ocupando o primeiro/principal lugar” como sugere o termo grego (prṒtagṒnistḗs) em sua etimologia. O protagonismo sugere que há um espaço ou um cenário público onde acontecem disputas ou jogos, semelhantes a uma guerra e, também, uma nova forma de fazer política, que aglutina um número relativamente significativo de jovens tidos por novos atores sociais. Quanto à dimensão religiosa e juvenil, pode-se afirmar que a participação de jovens místicos no Contestado foi significativa. Foi a partir e por meio de uma profunda experiência religiosa que milhares de jovens caboclos, aderiram aos redutos e entraram na irmandade do Contestado. Eles não “fugiram do mundo”, mas a partir de dentro do seu próprio mundo, um mundo real e mítico, um mundo de sofrimentos e de sonhos, tornaram-se “militantes”, e essa militância não foi tão somente uma militância política. Foi mais do que isso; foi uma mística-militante. E, para usar palavras de Leonardo Boff, a mística foi, para eles, o “motor secreto”, o “entusiasmo” que os animou, o “fogo interior” que os alentou na monotonia das tarefas cotidianas e permitiu que mantivessem “a soberania e a serenidade nos equívocos e nos fracassos”, que os fez “aceitar a derrota com honra, antes que buscar a vitória com vergonha.” Um aspecto marcante do Contestado foi a compreensão de que meninos e meninas virgens tinham um poder espiritual maior do que os adultos e idosos. Somente eles (alguns dentre eles) eram capazes de receber mensagens do além, dos santos venerados pela irmandade cabocla. Alguns, dentre eles, foram aceitos como seres “sagrados”, “meninos-deus”, “virgens”, videntes e profetas, ganhando legitimidade, aprovação e, até mesmo, obediência e submissão por parte dos mais velhos. Alguns destes jovens comandaram fases importantes da guerra, atuando como líderes de piquetes e de redutos, influenciando decisivamente no dia-a-dia da irmandade em guerra. Eles não eram apenas rapazes, mas, também, moças que “davam as ordens” no cotidiano da Guerra. Pode-se afirmar que os jovens do Contestado não assimilaram passivamente a dominação imperialista que se instalava no Sul do Brasil; pelo contrário, apresentaram-se como parte importante das forças latentes da sociedade. Eles desenvolveram uma atitude rebelde, crítica e de resistência contra o processo de instalação da sociedade capitalista na região. A partir da experiência dos redutos, sonharam com outro mundo possível, também denominado de “milênio igualitário” ou de “cidade santa” e assumiram uma postura profética, guerreira e de busca de alternativas de vida. “Enfim quero dizer que recentemente defendi minha tese de doutorado (PUC-SP) e que em breve será publicado, pela Editora Paulinas, um livro com o título “Protagonismo e religiosidade da juventude, na busca de outro mundo possível - pensados a partir do pulsar juvenil do Contestado”. Uma avaliação feita, na apresentação desse livro, pelo Pe. Dr. Hilário Dick, SJ, diz: “Pensando no exagero que pode parecer, essa é uma das melhores produções que temos, no Brasil, sobre juventude.” Se você deseja receber por e-mail essa entrevista, solicite pelo endereço: [email protected]” [email protected] ANÁLISE CRÍTICA – MOBILIDADE A “A terra é suficiente para todos, mas não para os consumistas”. (Gandhi) afirmação deste grande homem da paz reflete bem a situação em que estamos vivendo. Nosso modelo civilizatório é tão absurdo que, se os benefícios acumulados pelos países ricos fossem generalizados a todos os demais países, precisaríamos de outras quatro Terras iguais a esta que temos. Somos realmente irracionais continuando a viver desta maneira. Afirma Leonardo Boff, em entrevistas: “Desta vez não há alternativa: ou nos salvamos todos ou todos pereceremos! Uma realidade que muitos ainda não se deram conta. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. O que fazer para que tenhamos uma consciência transformadora?”. Partir do pressuposto de que a vocação da pessoa humana é viver em plenitude, por isso, capaz de mudar esta situação atual. E realmente acreditar que é possível! O mundo está sofrendo várias crises: econômica, financeira, ambiental, alimentar. É uma crise de valores; o lugar de Deus é assumido por outras forças; o mundo, o Estado, o mercado colocam-se no lugar de Deus, contra a Vida. Hoje, a grande preocupação é formar um mercado para criar consumidores. Ao mesmo tempo, há um esgotamento do modelo de acumulação capitalista. Diante disto, perguntamo-nos, qual o Estado que queremos? Precisamos superar: O Estado patricionalista: como lutar para que o Estado seja soberano? O Estado clientelista: como afirmar a cultura do direito e da dignidade do nosso povo? O Estado autoritário: como fortalecer mecanismos desta cultura? O Estado conservador: como vamos contribuir e fortalecer a sociedade civil, os movimentos sociais? Este mesmo Estado se fundamenta sobre sete “pecados capitais”, a saber: “Riqueza sem trabalho; comércio sem ética; prazer sem escrúpulos; ciência sem humanidade; conhecimento sem sabedoria; política sem idealismo; religião sem sacrifício”. (Gandhi). Tudo isso nos leva a pensar: não se trata simplesmente de não consumir, mas de consumir de forma responsável e solidária, pensando em todos os irmãos e irmãs da imensa cadeia da vida. Quanto à mobilidade, o que fazer para que não cause tantos transtornos, nas grandes e médias cidades? Qual o nosso estilo de vida, o que realmente priorizamos? Viver mais simplesmente, adotar o coletivo como meio de transporte, nas ocasiões que isso seja uma alternativa viável. Lembrando aqui da Carta da Terra, documento assumido pela UNESCO em 2003: “Como nunca, antes, na História, o destino comum nos conclama a um novo começo. Isto requer uma mudança nas mentes e nos corações; requer um novo sentido de interdependência e responsabilidade.” Já se passaram quase dez anos, e o que mudou em nosso comportamento? Serão necessários mais quantos anos para que a humanidade perceba o caos se aproximando? Somos responsáveis pela saúde da Mãe Terra. Mas, ainda não tomamos consciência disso ao permitir a plantação desordenada da monocultura, como por exemplo, da cana de açúcar. Os grandes latifundiários sabem que o etanol brasileiro extraído dela, gera 7,3 mil litros por hectare, enquanto o milho não produz mais que mil litros. Tamanha produtividade ajuda a entender a corrida de investidores estrangeiros por terras e usinas no Brasil. E chegamos ao ponto crucial da questão: a mobilidade humana, a que custo? As facilidades para adquirir um automóvel hoje, superam as de outros tempos; com isso, enchemos as cidades de automóveis, para assim, consumir cada vez mais combustível. Portanto, a cana vai desalojando o plantio de alimentos, aumentando o preço da comida de muitos: “tanques cheios a custa de barrigas vazias”! Do ponto de vista econômico, a aposta no etanol significa, na realidade, uma volta ao passado do açúcar, da borracha, etc... A cana de açúcar traz consigo miséria e condições de trabalho aviltantes para estes trabalhadores no campo – os cortadores de cana. Portanto, que caminho deveremos seguir? Necessitamos encontrar caminhos para harmonizar tudo isso. Todos nós temos um papel vital a desempenhar. Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com o futuro pleno para todos. Isso requer mudança na mente e no coração. Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência diante do possível, unida a uma luta pela justiça, pela paz e pela celebração da VIDA em plenitude. Iara M.M. Mendes Aluna do Centro Nacional de Fé e Política Especial 8 ABRIL 2013 ANO DA FÉ – CONCÍLIO VATICANO II ENTREVISTA COM PE. JOSÉ ERNANE PINHEIRO, ASSESSOR A abertura mundial do Ano da Fé foi realizada em outubro de 2012, estamos completando seis meses desta importante reflexão e fortalecimento da fé. Nesta edição publicaremos uma entrevista com o Assessor Político da CNBB e Coordenador do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, Pe. José Ernani Pinheiro. A entrevista foi realizada por ocasião do Curso Diocesano de Padres e Agentes, sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II, realizado em novembro de 2012. O Padre José Ernane Pinheiro é cearense e esteve em Roma, como estudante de teologia, durante as primeiras seções do Concílio Vaticano II, assim conseguiu acompanhar os passos, especialmente, dos membros do episcopado brasileiro. Jornal Fonte – Como o senhor vivenciou e sentiu o processo do Concílio Vaticano II? Pe. Ernane – Morava na cidade do Vaticano, na época do Concílio e tive a oportunidade de acompanhar o processo, ao participar de debates realizados com os maiores teólogos do mundo, sobre os temas em circulação na sala conciliar. Estes debates eram organizados por Dom Helder Câmara. Jornal Fonte – Quais os principais destaques do ponto de vista histórico, cultural e da vida eclesial que deram e fizeram com que o Concílio Vaticano II representasse um grande passo na caminhada da Igreja? Pe. Ernane – Eu sempre assinalo três momentos: o pré-concílio, o evento conciliar e a recepção do concílio. Antes do Concílio, vivíamos na Igreja, não só do Brasil, mas do mundo inteiro um momento de muita criatividade, de muita liberdade, sobretudo no pós Guerra, que terminou em 1946. Havia uma sede muito grande de coisas novas, isso ajudava a criar um clima para um evento novo, como foi o concílio, também toda a Igreja, sobretudo algumas minorias, chamadas por Dom Helder, de minorias Abraâmicas, estavam com muita sede do novo e começaram a criar alguns espaços, aqui no Brasil, que eu considero de fundamental importância para esta edição do concílio. A reforma litúrgica, que significa a missa mais participada, clima de assembleia, assembleia ligada à missão, baseada muito na centralidade em Jesus Cristo, a luz da encíclica de Pio XII (O Corpo Místico de Cristo), então as celebrações se tornaram mais vivas, mais participadas e isso naturalmente foi um passo para receber a reforma litúrgica que mudava do latim para o português, o padre celebrando de frente para o povo, dando realmente a dimensão de assembleia, foi um dos pontos fortes na preparação do concílio. Outro ponto foi a consciência do social. Nos anos 50, nós estávamos aqui no Brasil, depois da construção de Brasília, com um conceito de desenvolvimento muito apurado, então havia muitas frentes de desenvolvimento na busca do ser integral, considerando o homem todo e todos os homens, que depois foi o lema do Documento de Paulo VI “Popularum Progressio” e, na prática foi criado neste período o Movimento da Educação da Base, os Sindicatos Rurais do Nordeste, frentes gaúchas, o Movimento Rural, que cresceram muito e deram margem, à luz do Ensino Social da Igreja, a dar um passo adiante nesta perspectiva. E terceiro, nós tivemos antes do Concílio, o primeiro Plano de Pastoral da Igreja do Brasil, chamado Plano de Emergência, que foi um pedido do Papa João XXIII, por causa da situação de culpa, relatava que outros países com plano de pastoral poderiam evitar que o conjunto da América Latina, passasse para o socialismo, como passou Cuba. Na realização do Concílio Vaticano II havia um clima, uma mística muito forte que fazia com que a Igreja desse um passo a frente. Jornal Fonte – Quais eram as grandes perguntas que o Concílio Vaticano II procurou responder? Pe. Ernane – É certo que a Igreja do concílio queria dedicar o seu trabalho maior, ao trabalho da própria Igreja, e dois documentos Lumen Gentium e Gaudium et spes foram os eixos. A Gaudium et spes nasceu durante o concílio, como exigência dos padres conciliares, que queriam que a Igreja tratasse dos temas principais em vigor no mundo atual, então a Gaudium et spes respondia às grandes perguntas sobre a questão política, econômica e da propriedade privada, assuntos que fazem parte do social e também das preocupações do Ensino Social da Igreja, porém um problema que não esta nos dois documentos, mas que teve muita influência e deu muito conflito durante o concílio foi a questão da liberdade religiosa, isso influenciava não só o diálogo com as outras igrejas, mas também o diálogo com as outras religiões. Jornal Fonte – Sobre a participação do episcopado brasileiro, qual foi a relevância, importância, influência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na realização desse Concílio? Quem foram os grandes personagens que ajudaram a construir o Concílio? Pe. Ernane – Distinguiria três aspectos: 1º. O papel da CNBB na preparação do Concílio, Dom Helder Câmara, como Secretário Geral se desdobrou para motivar os bispos não só a responder as perguntas do Vaticano, mas também o interesse em acompanhar todos os passos. Algumas lideranças e alguns especialistas puderam contribuir em alguns aspectos, como por exemplo, na parte litúrgica, na parte da educação, no tema sobre liberdade religiosa, Dom Fragoso, que tinha muita experiência no meio operário e assim por diante, vários bispos que tinham influencia no Brasil e experiência, puderam dar a sua contribuição. Eu não diria que a Igreja do Brasil deu grande contribuição para o concílio, mas eu diria que a Igreja do Brasil se preparou muito bem para aplicar as resoluções do concílio no Brasil. Basta dizer que o único episcopado que saiu de Roma já com um plano pastoral pronto para aplicar o Concílio Vaticano II, foi o brasileiro, abrangendo seis áreas: a unidade, a missão, a liturgia, a catequese, o ecumenismo e o diálogo com o mundo. Jornal Fonte – Estamos celebrando 50 anos do Concílio, quais foram as grandes luzes e esperanças que o Concílio trouxe para a Igreja e a sua aplicação? Pe. Ernane – Com o que aconteceu na preparação do Concílio, com um planejamento pastoral, a Igreja deu um passo muito forte, partindo dos planos de emergência e de pastoral de conjunto, a Igreja do Brasil chegou a conclusão que a melhor maneira de planejamento pastoral, não seria um plano específico para o Brasil inteiro, já que é muito diferente a realidade do Rio Grande do Sul e da Amazônia, por exemplo, então decidiu, de 1970 em diante ter Diretrizes Nacionais para todo o País, e cada Regional fez o seu plano específico, com seus apelos específicos, então me parece que neste campo do planejamento a Igreja teve grande criatividade e grande atuação. Outro plano que, sobretudo, nos anos 80, teve a criatividade muito presente, foi o trabalho das Comunidades Eclesiais de Base, com seus Intereclesiais, a criação da Pastoral da Terra, a Pastoral do CIMI - Conselho Indigenista Missionário, a Pastoral Operaria, Pastorais da Juventude, que foram talvez as chaves principais, que deram estrutura e base para a dinâmica pastoral do Brasil, sabendo que neste período nós, de um lado tínhamos o estímulo do Concílio Vaticano II, e de outro tínhamos os desestímulos da Ditadura Militar, que conseguiu inibir a criatividade de muitos militantes, sobretudo dos jovens que vinham da Ação Católica. Jornal Fonte – Se estas foram as esperanças que marcaram as decisões do Concílio. Quais são os desafios que ainda restam, para que o espírito do Concílio se torne mais presente na ação pastoral e eclesial? Pe. Ernane – Não diria que restam, mas que cada vez mais temos desafios, porque as mudanças culturais são tão fortes e inclusive algumas dessas mudanças culturais que vieram depois do Concílio estão presentes, pedindo uma resposta da Igreja, ou pelo menos procurando ter uma dimensão de fé diante desses novos problemas que estão surgindo, então os desafios são proporcionais às mudanças que estão acontecendo, a globalização, o aquecimento global, o feminismo, as migrações, a bioética, todos são desafios que vieram e que foram acentuados com o Concílio e que a Igreja está procurando responder, mas num clima ainda bastante lento e sem ter muita clareza pra onde vai a sua atuação. Jornal Fonte – A emergência desses novos desafios indicaria a possibilidade de realização de um novo Concílio? Pe. Ernane – Há vários grupos que pensam isso, há mobilizações internacionais sobre isso, mas particularmente acho que nós não temos clima para um novo Concílio, porque os anos 50 com toda a criatividade preparou terreno para o novo, hoje estamos com mais problemas do que com soluções, estamos com mais desafios do que ABRIL Especial 2013 CONHEÇA O PRIMEIRO PAPA LATINO AMERICANO R POLÍTICO DA CNBB com criatividade, então realizar um Concílio neste momento, acho que não traria muita coisa nova porque não temos experiências suficientes para ser legitimada por meio de um Concílio internacional. Jornal Fonte – O que o Concílio Vaticano II nos oferece enquanto Igreja em termos de motivação para ação? Pe. Ernane – Diria que, faria uma distinção entre a opção pelos pobres do Concílio e o pacto das catacumbas. A opção pelos pobres do Concílio é uma opção evangélica, Dom Helder dizia que dois terços da humanidade passavam fome, então foi um apelo que veio da Igreja e um apelo que veio da sociedade, enfim é uma pelo que veio dos próprios pobres, que o Concílio assumiu a tal ponto que o Papa João XXIII disse: “a Igreja é de todos, sobretudo dos pobres” e o Cardeal Lecaro, que era o cardeal especialista em liturgia, um italiano Bispo de Bolonha, disse que “se o Concílio Vaticano II não levasse em consideração a questão dos pobres, não tinha cumprido sua missão”. Já o pacto das catacumbas é consequência de um grupo de bispos (40 mais ou menos) que se reuniam todas as sextas-feiras, num colégio Belga, para refletir a contribuição que poderiam dar ao Concílio sobre os pobres e, nesses pactos das catacumbas, assumiram uma série de compromissos de se manterem realmente pobres, arcebispos pobres, assim tiveram muita influência sobre a questão dos pobres no Concílio, contudo é uma questão presente e ausente, pois não tem nenhum documento oficial sobre os pobres, mas cada vez, em cada sessão a questão do pobre aparecia. Paulo VI que fazia parte do grupo do pacto das catacumbas, que foi eleito papa, disse que depois do Concílio faria um documento que responderia exatamente a essa realidade, que ele chamou de desenvolvimento integral do homem todo e de todos os homens, ele disse que seria um complemento à Gaudium et spes que foi pensada mais para os países desenvolvidos, e a Popularum Progressio que teve uma influência muito grande na América Latina, porque respondia exatamente a problemática de pobreza da América Latina, a tal ponto que as duas pessoas convidadas a preparar a minuta para Paulo VI, foram Dom Helder Câmara e Pe. Lepre, um dominicano francês que trabalhava no Brasil e trabalhava a questão do planejamento, com grande preocupação com a pobreza. Jornal Fonte – Qual a sua mensagem para Diocese de Caçador, em termos de viver o Vaticano II, aplicar e fazer com que ele de frutos na Ação Pastoral? Pe. Ernane – Vai depender muito do planejamento da diocese, levando em consideração os eixos estruturais do Concílio Vaticano II, e, sobretudo o espírito do Vaticano II, que é mais do que conhecer os documentos, um espírito de renovação, espírito de sensibilidade aos novos sinais, ou seja, estar em dia com os grandes problemas do mundo de hoje, acredito que tudo isso deveria interpelar a maneira da Igreja se organizar para os próximos anos em sua ação pastoral. Redação do Jornal Fonte 9 O primeiro Papa da América, Jorge Mario Bergoglio vem da Argentina. Com 76 anos, o jesuíta Arcebispo de Buenos Aires é uma figura proeminente em todo o continente, no entanto, continua a ser um pastor simples que é profundamente amado por sua diocese, onde viajou extensivamente no metrô e de ônibus durante os 15 anos de seu ministério episcopal. “O meu povo é pobre e eu sou um deles”, ele disse mais de uma vez, ao explicar sua decisão de viver em um apartamento e cozinhar sua própria ceia. Ele sempre aconselhou os seus sacerdotes para mostrar misericórdia e coragem apostólica e para manter suas portas abertas para todos. A pior coisa que poderia acontecer para a Igreja, ele tem dito em várias ocasiões, “é o que Lubac chama de mundanismo espiritual”, que significa “ser auto-centrado”. E quando ele fala de justiça social, ele chama as pessoas em primeiro lugar para pegar o Catecismo, para redescobrir os Dez Mandamentos e as Bem-aventuranças. Seu projeto é simples: se você seguir a Cristo, você entende que “pisotear a dignidade de uma pessoa é um pecado grave”. Apesar de seu caráter reservado - sua biografia oficial consiste em apenas algumas linhas, pelo menos até a sua nomeação como arcebispo de Buenos Aires, ele se tornou um ponto de referência por causa das fortes posições que tomou durante a dramática crise financeira que abateu o País, em 2001. Nasceu em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes italianos. Seu pai Mario Bergoglio, um trabalhador ferroviário e sua mãe Regina Sivori uma esposa dedicada em educar os cinco filhos. Formou-se como técnico de química e, em seguida, escolheu o caminho do sacerdócio, entrou no Seminário Diocesano de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus. Completou seus estudos no Chile e retornou à Argentina em 1963, onde atuou na licenciatura em filosofia pelo Colégio de San José, em São Miguel. De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia na Faculdade Imaculada Conceição, em Santa Fé e, em 1966, no Colégio del Salvatore, em Buenos Aires. De 1967-1970, estudou teologia. Em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo José Ramón Castellano. Ele continuou a sua formação entre 1970 e 1971 na Universidade de Alcalá de Henares, Espanha, e em 22 de abril de 1973 fez sua profissão perpétua com os jesuítas. De volta à Argentina, ele foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel, professor da Faculdade de Teologia de São Miguel; consultor da Província da Companhia de Jesus e também reitor do Colégio Máximo da Faculdade de Filosofia e Teologia. Em 31 de julho de 1973, foi nomeado Provincial dos Jesuítas, na Argentina, cargo que ocupou por seis anos. Ele, então, retomou seu trabalho no setor universitário e em 1980-1986 serviu mais uma vez como reitor do Colégio de São José, bem como pároco, novamente em San Miguel. Em março de 1986, foi para a Alemanha para terminar sua tese de doutorado; seus superiores, então o mandaram para o Colégio del Salvador, de Buenos Aires e ao lado da Igreja dos Jesuítas, na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor. O Cardeal Antonio Quarracino, arcebispo de Buenos Aires, o queria como um colaborador próximo. Assim, em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de maio, ele recebeu a ordenação episcopal do Cardeal, na catedral. Ele escolheu como lema episcopal “miserando ataque elegendo”, e em seu brasão de armas inserido o IHS, o símbolo da Companhia de Jesus. Foi imediatamente nomeado Vigário Episcopal do distrito de Flores, em 21 de dezembro de 1993 era também confiada a função de Vigário Geral da Arquidiocese. Assim, não foi surpresa quando, em 03 de junho de 1997, foi elevado à dignidade de Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires. Nove meses se passaram, quando, após a morte do Cardeal Quarracino, ele o sucedeu em 28 de fevereiro de 1998, como Arcebispo, Primaz da Argentina. Três anos mais tarde, no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, João Paulo II o nomeou cardeal, atribuindo-lhe o título de São Roberto Bellarmino. Ele pediu aos fiéis para não vir a Roma para celebrar a sua nomeação como cardeal, mas sim para doar aos pobres, o que gastariam na viagem. Em outubro de 2001 foi nomeado Relator-Geral da Assembleia Ordinária Geral do Sínodo dos Bispos sobre o ministério episcopal. Esta tarefa foi confiada a ele no último minuto, para substituir o Cardeal Edward Michael Egan, arcebispo de Nova York, que foi obrigado a permanecer em sua terra natal por causa dos ataques terroristas de 11 de setembro. No Sínodo, ele colocou a tônica na “missão profética do bispo”, o seu ser um “profeta da justiça”, o seu dever de “pregar sem cessar” a Doutrina Social da Igreja e também “para expressar um julgamento em questões de fé e da moral”. Não quis ser nomeado Presidente da Conferência Episcopal argentina, em 2002, mas três anos mais tarde, foi eleito e, em seguida, em 2008, confirmou para um mandato de três anos ainda. Enquanto isso, em abril de 2005, participou no Conclave em que o Papa Bento XVI foi eleito. Como arcebispo de Buenos Aires - uma diocese com mais de três milhões de habitantes - ele concebeu um projeto missionário baseado na comunhão e evangelização. Ele teve quatro objetivos principais: comunidades abertas e fraternas, protagonismo do laicato, os esforços de evangelização dirigidos a todos os habitantes da cidade, e assistência aos pobres e doentes, pedindo aos sacerdotes e leigos que trabalhassem juntos. Em setembro de 2009 ele lançou a campanha de solidariedade para o bicentenário da Independência do País. Duzentas agências de caridade serão criadas até 2016. E em escala continental, espera muito do impacto da mensagem da Conferência de Aparecida, em 2007, a ponto de descrever isso como a “Evangelii Nuntiandi da América Latina”. Fonte: L’Osservatore Romano , LXIII Ano Bíblia 10 ABRIL 2013 UMA NOVA HISTÓRIA É POSSÍVEL - Deus é rico em misericórdia: Evangelho de Lucas (3ª parte) Irmãos e irmãs muito amados! Estamos refletindo, durante este ano de 2013, sobre o Evangelho de Lucas. É Boa Notícia vivida e transmitida pelas primeiras comunidades cristãs. Nós somos chamados a continuar neste mesmo caminho do seguimento de Jesus. Ele veio morar entre nós para revelar o amor misericordioso de Deus por toda a humanidade. Assumiu a condição das pessoas comuns de sua terra. Como judeu, no meio do seu povo, nasceu e cresceu numa família trabalhadora, foi educado conforme o O que devemos fazer? No anúncio do nascimento de João Batista, o anjo anuncia que ele vai agir com o espírito e o poder de Elias, isto é, vai cumprir a missão de um profeta, a fim de preparar um povo bem disposto para acolher o Salvador (Lc 1,17). Percorrendo pela região do rio Jordão, proclamou um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. As comunidades cristãs perceberam que estava se cumprindo a profecia de Isaías: ele é a voz do que clama no deserto, preparando o caminho do Senhor (Is 40,1-3). As multidões vinham até João para serem batizadas. Muita gente achava que pertencer ao povo de Israel era suficiente para a salvação. João Batista diz que não basta ter Abraão como pai. É preciso produzir frutos de verdadeiro arrependimento. Cada grupo perguntava a João: “O que devemos fazer?”. E João lhe dava uma resposta bem específica. Para cada um de nós, o Evangelho nos dá uma resposta. É preciso ter a sincera disposição de converter-se, mudar de mentalidade e de atitudes quando elas não estão de acordo com a vontade de Deus. Para ser discípulo missionário de Jesus não basta dizer que pertence a uma determinada religião. João Batista indica que são necessárias a partilha dos bens e a honestidade em tudo o que se faz. São nossas atitudes com relação ao próximo e conosco mesmos que revelam se somos ou não coerentes com o batismo que recebemos. No meio do povo está Jesus. Ele se faz irmão de todos. Quis ser batizado por João Batista. No momento em que está rezando, o céu se abre, o Espírito Santo desce sobre ele e uma voz do céu se faz ouvir: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei!”. Inicia-se uma nova história! João Batista cumpriu sua missão. Por causa de sua denúncia foi preso e vai ser morto. Começa agora o ministério de Jesus. Ele vem inaugurar o Reino de Deus! Indica o caminho de uma nova humanidade. Neste sentido, Lucas mostra, pela genealogia, que a origem de Jesus vai além do povo de Israel: ele não é apenas filho de Abraão, mas de Adão. E mais ainda: é filho de Deus. Ele não veio somente para o seu povo, mas para toda a humanidade. O céu se abriu para todos. As tentações Jesus foi tentado pelo diabo. “Diabo” é o espírito do mal, contrário ao Espírito Santo. É um espírito que tenta impedir o projeto de Deus que é liberdade, justiça e dignidade para todos. Podemos resumir as tentações de Jesus como sendo três dimensões do poder. A primeira refere-se ao “pão” que, em sentido amplo, abrange todos os bens materiais. É a dimensão costume de sua época. Aprendeu as orações como todo judeu praticante de sua religião. Participou da catequese e das celebrações religiosas. Pouco a pouco, foi descobrindo sua verdadeira identidade e sua missão neste mundo. Quando ainda tinha 12 anos de idade, deixou claro que ele veio “para ocupar-se das coisas de seu Pai” (Lc 2,49). Ocupar-se das coisas de Deus é também a missão que Jesus nos deixou para que prossigamos no projeto de construção de uma nova história. Antes do comentário abaixo, podemos ler os capítulos 3 a 5 do Evangelho de Lucas. econômica do poder. Jesus, certamente, sentiu-se atraído pelo acúmulo de bens, mas não se deixou conduzir por este espírito mau: “Não só de pão vive o ser humano”... A segunda tentação refere-se aos “reinos da terra”. Certamente, Jesus sentiu-se atraído, pelo poder político, pelo prestígio social, pelo glorioso domínio sobre os outros. Muitos querem fazê-lo rei. Jesus percebeu que isto significaria ajoelhar-se e prestar culto ao diabo. Por isso não se deixou arrastar por este mau espírito: “Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a ele prestarás culto”... A terceira tentação relaciona-se ao “templo”. Jesus, certamente, sentiu-se atraído pelo poder religioso. Muitos usavam do sistema religioso, centralizado no templo de Jerusalém, buscando interesses pessoais. Sentiam-se privilegiados por ocupar alguma posição de destaque e faziam questão de demonstrar que não eram como os demais. Estabeleciam leis e impunham nos ombros do povo humilde e pobre. Lá do alto, olhavam para baixo sentindo-se agraciados por Deus. Isto significa tentar a Deus manipulando seu nome e seus preceitos. Também aqui Jesus não se deixa arrastar por este mau espírito: “Não tentarás ao Senhor, teu Deus”. Nestas três tentações estão condensadas todas as atitudes contrárias ao Reino de Deus. Elas perseguiram Jesus durante todo o tempo de sua missão. Este é o sentido dos “40 dias”. Nós também, diariamente, nos deparamos com estas mesmas tentações. Jesus as venceu porque cultivou a íntima amizade com o Pai. Lucas frequentemente fala da oração de Jesus. Quem reza vive dentro do Espírito Santo. Quem reza sabe discernir as coisas de Deus e ocupar-se delas. O programa de Jesus Jesus, em tudo o que fazia, era conduzido pelo Espírito Santo. Na sinagoga de Nazaré assumiu publicamente este programa anunciado pelo profeta Isaías (61,1-2): evangelizar os pobres, proclamar a libertação aos presos, recuperar a vista aos cegos, restituir a liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor. Na verdade, Jesus vem nos propor um novo êxodo: da escravidão do mal para a liberdade dos filhos e filhas de Deus. Assim como no antigo êxodo, Deus desceu para libertar o povo de Israel da escravidão do Faraó do Egito, também Jesus desceu no meio do povo para libertá-lo dos males provocados pelos “faraós” do seu tempo, aqueles que se deixam conduzir pelo espírito do poder econômico, político e religioso. Foi dentro de outra sinagoga, a de Cafarnaum, que Jesus realizou a sua primeira ação de libertação. Aquela pessoa possuída por um espírito impuro representa todos os oprimidos pela ideologia de poder. Também a sogra de Pedro, representando todas as mulheres discriminadas; também o leproso, representando os impuros e excluídos; também o paralítico introduzido pelo telhado da casa, representando os que se sentiam pecadores e condenados... Enfim, Jesus veio para libertar a pessoa inteira e todas as pessoas. Ele se solidariza com as vítimas dos sistemas de poder. Ele se faz irmão e companheiro: frequenta os lugares onde vivem as pessoas comuns, entra em suas casas, senta-se à mesma mesa e come do mesmo pão. Ele está no meio de nós! Ele revela quão grande é a misericórdia de Deus para com todos os seus filhos e filhas! Celso Loraschi [email protected] Para dialogar e agir 1* Ler Lc 2,31-39: 1. Qual é a situação das pessoas que Jesus encontra na sinagoga e na casa? O que Jesus faz? 2. Que outras histórias de curas, encontramos nos capítulos 3 a 5 de Lucas? Por que as pessoas se encontram nestas situações? 3. A partir deste encontro, que lições podemos tirar? - Ler e repetir: Lc 4,18-19. Concluir com preces espontâneas * Para o próximo encontro: ler os capítulos 6 a 8 do evangelho de Lucas. ABRIL A Pastorais 2013 ENCONTRO COM OS JOVENS DO GRUPO JAUC conteceu, no dia 10 de março de 2013, um encontro na Fazenda do Boi Preto, onde se reuniram os jovens do Grupo JAUC (Jovens Amigos Unidos em Cristo), de Timbó Grande, com a presença do pároco da Paróquia São José, Pe. Moacir Caetano, a coordenadora Diocesana de Catequese, Ir. Regiane Freire, o seminarista Fabio Paulo Belli e o Secretário Diocesano das Pastorais da Juventude PJs, Carlos André Basílio. No período da manhã, após a celebração eucarística na matriz, dirigiram-se para N o local do encontro, onde se realizou um momento de integração e almoço preparado pelo casal Ederson Leithold e Jane Pasa. No início da tarde foi feito um estudo sobre a Evangelização da Juventude, juventude na Igreja (Doc 85 CNBB), história e ação das PJs na diocese. Ao final da reflexão houve momentos de diversão, jogos, brincadeiras. Este foi um encontro marcado pela alegria e que obteve bons resultados, mais uma demonstração de que a juventude, quando bem direcionada e apoiada, pode realizar grandes projetos, beneficiando toda a comunidade. Samara Castilho Pela Coordenação do Grupo de Jovens - JAUC MISSA JOVEM EM TRÊS BARRAS o dia 17 de março de 2013, aconteceu na Paróquia São João Batista, de Três Barras, a 7ª Missa Jovem, realizada na comunidade São João Batista, na localidade de São João dos Cavalheiros. A missa foi organizada pelo Grupo local “Jovens Unidos pela Fé”, com apoio da Juventude C³ (Juventude Caminhando com Cristo), com o tema “Fraternidade e Juventude”. A Santa Missa foi presidida pelo pároco Pe. Miguel Dobrychtop, e contou com a presença de pessoas das comunidades vizinhas e dos municípios de Canoinhas e Bela Vista do Toldo. O grupo da N 11 comunidade encenou o Evangelho do dia e contou com a colaboração do Grupo JULIC, da Capela Nossa Senhora Aparecida, que fizeram apresentação de dança no momento da Ação de Graças, com a canção Noites Traiçoeiras. Ao longo do tempo, em que a Missa Jovem é realizada na paróquia, percebe-se que a cada dia ocorre maior participação e interesse pela vida comunitária. Em cada celebração percebemos que a união faz a força e que juntos somos mais, somos uma só Igreja e não há divisões. Que o Espírito Santo ilumine e permaneça despertando nos corações dos jovens o interesse pela Missão da Evangelização. Que Deus abençoe a cada um. “O jovem quer esperança e só poderá encontrar em Deus” Viviane de Fátima Maciel Scherer Pela Coordenação do Grupo de Jovens Unidos pela Fé SESSÃO SOLENE ALUSIVA À CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013 Gabriel, Joni, Osmar e Tiago. Durante os pronunciamentos, o deputado Pe. Pedro destacou a importância do tema da Campanha, voltado à juventude, afirmando que a “Campanha da Fraternidade amplia a participação dos jovens dentro da Igreja, na evangelização e que nos permite refletir sobre o papel da juventude no contexto social”. Ainda na sessão, foi homenageado um jovem de cada uma das dez dioceses do estado, presentes no evento. o dia 04 de março de 2013, aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, a Sessão Solene alusiva a Campanha da Fraternidade 2013, por proposição do deputado Padre Pedro Baldissera. A 50ª edição da Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e Juventude” e lema “Eis-me aqui, envia-me”. A solenidade contou com a presença de representantes das dioceses de todo o estado. Da diocese de Caçador estavam presentes treze jovens, Anderson e Mayra (Lebon Régis), Lucia Ana (Fraiburgo), Carlos, Claudio, Fábio, Kemerly, Viviane e Ana Paula (Caçador) e os seminaristas do Propedêutico Ana Paula Araújo Agente da Pastoral da Comunicação COORDENAÇÃO REGIONAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE JUVENTUDE: VIDAS PELA VIDA N os dias 16 e 17 de março de 2013, a comunidade São João Batista, de Rio do Sul, acolheu a primeira reunião do ano, da Coordenação Regional da Pastoral da Juventude. Participaram da reunião membros CRPJ de nove, das dez dioceses do Regional Sul IV, membros dos projetos regionais: A Juventude Quer Viver; Caminhos da Esperança; Mística e Construção e Teias da Comunicação; membros da Comissão Regional de Assessores da Pastoral da Juventude (CRAPJ), o Secretário Regional da PJ e o professor Antônio Frutuoso da Casa da Juventude do Paraná, que ajudou nas reflexões sobre a caminhada regional e principalmente dos Projetos assumidos na Assembleia Regional da Pastoral da Juventude realizada em 2011. Com a chegada da maioria dos participantes, deu-se início às reflexões e avaliações das atividades realizadas desde a última reunião, que teve como principal partilha, o processo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Bote Fé regional e a peregrinação dos símbolos da Jornada pelo Estado. Na tarde de sábado, uma fala inicial do assessor Frutuoso, fez com que os grupos de cada projeto regional avaliassem e reestruturassem os passos seguintes. Após a janta, aconteceu a avaliação da caminhada da PJ no regional, da Comissão de Assessores do Regional, do Assessor Eclesial, e encaminhou-se a indicação de novos nomes para as equipes de assessoria e dos projetos regionais e, para encerrar o dia, realizou-se uma partilha de vida dos participantes. No domingo, pela manhã, participou-se da Santa Missa, com a comunidade local, e retomaram-se as atividades, com o fechamento das avaliações e projeção de ações a serem realizadas no decorrer do ano de 2013, tendo em vista o Planejamento Regional de Pastoral, com a organização da Escola Regional da Juventude. A diocese de Caçador foi representada por Carlos André Basílio (CRPJ) e Klaiton Mallmann dos Santos (Projeto Teias da Comunicação). Ressaltou-se a importância da caminhada das Dioceses e do Regional, pois se juventude reunida na Igreja faz seu planejamento e avalia as etapas de cada ação, dará passos certos, rumo à “Civilização do Amor”. Carlos André Basilio Secretário Diocesano das Pastorais da Juventude A Semana da Cidadania (SdC), que se realiza de 14 a 21 de abril, em 2013 abordará uma realidade que está em pauta em nossa sociedade: a redução da maioridade penal. Reduzir a idade penal atinge a vida da juventude e fere muitos de nossos valores cristãos em defesa da vida, dessa forma nos posicionamos contra a redução na maioridade penal, na luta pela vida da juventude. Assim, o tema geral da semana é “Juventude: Vidas pela Vida” e o lema “Pastorais da Juventude contra a redução da maioridade penal”. Neste ano, em que a Campanha da Fraternidade trabalha o tema “Fraternidade e Juventude”, queremos evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não à redução da maioridade penal, por entendermos que esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam comprometidas em sua formação integral. As Pastorais da Juventude do Brasil, em parceria com alguns Centros e Casas da Juventude, disponibiliza um subsídio com encontros e sugestão de ações para a Semana da Cidadania, na internet, para que os internautas possam baixar e utilizar em seus grupos e comunidades. Fique atento e busque este material nos sites voltados à Evangelização da Juventude. Pastorais 12 REUNIÃO DA COORDENAÇÃO DIOCESANA DE CATEQUESE C om o objetivo de refletir e projetar a caminhada da catequese em nossa diocese, aconteceu no dia 02 de março de 2013, no Secretariado Diocesano de Pastoral, a Reunião da Equipe de Coordenação Diocesana de Catequese, contando com a presença de representantes de todas as microrregiões da diocese. O tema de estudo foi “Catequese e o Objetivo Geral da Igreja no Brasil”, ajudou a perceber a importância de se buscar cada vez mais uma catequese que seja de fato evangelizadora, que leve ao encontro pessoal com Jesus Cristo, e não meramente repassadora de conteúdos. Dentre os assuntos tratados, destacou-se o processo de elaboração do projeto diocesano de catequese, como fruto da Assembleia Diocesana da Catequese, ocorrida em outubro do ano passado, bem como da Assembleia Diocesana do Povo de Deus. Buscou-se caminhar em direção a uma catequese de inspiração catecumenal, que contemple a formação dos catequistas, a organização do trabalho catequético, a missão junto às famílias e comunidade, e também a catequese com os adultos. Algumas das atividades previstas nesse projeto são as renovações dos roteiros catequéticos de nossa Diocese e a visita da Coordenação Diocesana de catequese às paróquias. A coordenação tomou melhor conhecimento da proposta de formação de catequistas, a partir de cartas, que estão sendo concluídas em nosso Estado. As paróquias de nossa diocese se organizarão para iniciar essa modalidade de formação, a partir de agosto desse ano, por ocasião da celebração do Dia do Catequista. Além disso, foi apresentado aos participantes o texto do VIII Sulão de Catequese, com o tema “Catequista: Protagonista da Fé, do amor e da Esperança”, que acontecerá em São Leopoldo (RS), entre os dias 25 e 27 de outubro de 2013. Os catequistas terão a oportunidade de estudar esse texto em suas paróquias. A reunião foi um momento privilegiado de convivência, troca de experiências e de crescimento na convicção de que a catequese é imprescindível à renovação eclesial, como nos diz a Conferência de Aparecida: “uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário” (DAp 291). A próxima reunião da Coordenação Diocesana será no dia 01 de maio de 2013, em Santa Cecília. Pe. Marcio Martins Rosa Referencial Diocesano de Catequese ABRIL 2013 CELEBRAÇÕES NA CATEQUESE Celebração da Luz Continuamos a publicar sugestões de celebrações para a catequese, especialmente dirigidas ao processo de Iniciação à Vida Cristã. Nesta edição, apresentamos a celebração da Luz que pode ser utilizada com os catequizandos, neste período pascal. Símbolos: Círio pascal ou vela grande acesa e velas menores pra todos os participantes. 1. Refrão: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra: inunda meu ser, permanece em nós! 2. Abertura I. Venham, ó crianças/ ao Senhor cantar!/ venham, com alegria/ a Deus festejar! II. És, Senhor, a luz/ em nossa escuridão!/ És o Ressuscitado,/ Cristo, nosso irmão! III. Tua Luz bendita/ sempre nos conduz!/ Fica sempre conosco,/ ó Senhor Jesus! IV. Glória ao Pai, ao Filho/ e ao Santo Espírito!/ Glória à Trindade Santa!/ Glória ao Deus bendito! 3. Recordação da vida: Motivar os catequizandos para que façam memória das situações de trevas que existem em nossas famílias, comunidades, sociedade... Pode-se intercalar um refrão penitencial. 4. Salmo: O Senhor é a luz de nossa vida (Salmo 139/138) Refrão: Tu és a luz, Senhor, do meu andar, Senhor, do meu lutar, Senhor, força do meu sofrer. Em Tuas mãos, Senhor, quero viver! I. Meu coração Tu sondas e lês meus pensamentos. Se sento ou se levanto, Tu vês meus movimentos. De todas as minhas palavras, Tu tens conhecimento. II. Quisesse eu me esconder do Teu imenso olhar, subir até o céu, na terra me enterrar, atrás do sol que VISITA ÀS PARÓQUIAS nasce, lá irias me encontrar. III. Se a luz do sol se fosse, que escuridão seria!... Se as trevas me envolvessem, o que adiantaria? Pra Ti Senhor, a noite é clara como o dia. IV. Tu vês meu coração, meu sofrimento, sentes. Olha, Senhor, meus passos; se vou erradamente, me guia no caminho da vida, para sempre. 5. Proclamação da Palavra (cantar, enquanto entra a Bíblia). Texto Bíblico: Jo 8,12; 9,1-7 6. Reflexão – Breve meditação da Palavra, ressaltando como Jesus é luz em nossa vida diária. 7. Catequese Litúrgica: Mostrar o simbolismo da Luz na Liturgia, especialmente na missa: círio, velas, lâmpadas... Jesus Ressuscitado, a fé que sempre deve brilhar, nosso compromisso de ser luz na vida dos irmãos. 8. Ação de Graças: Convidar os catequizandos a dar graças a Deus pelas situações de luz, as coisas boas que existem em nossas famílias, comunidades, sociedade... Cada pessoa que rezar, logo em seguida deve acender a sua vela na vela maior. Ao final, cantar para que todos acendam suas velas. 9. Canto: Minha Luz é Jesus! E Jesus me conduz, pelos caminhos da paz! 10.Oração: Deus de amor e de bondade, Tu és luz que ilumina a nossa vida. Permanece sempre conosco, conduzindo nossos passos no caminho de Teu Filho Ressuscitado. Amém! 11.Conclusão: Ó Deus da Luz e do Amor esteja sempre em nossa vida! Amém! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado! Fonte: Vanildo de Paiva – Catequese e Liturgia Duas faces do mesmo Mistério – Paulus Organizado por Maria Rosa Schafaschek DINÂMICAS DE CATEQUESE Dinâmica de Páscoa N o dia 13 de março de 2013, em clima de grande alegria, pela escolha do Papa Francisco, realizou-se uma visita, da Coordenação Diocesana da Catequese, com Ir. Regiane Freire e das Pastorais da Juventude, com o seminarista Fabio Belli e Carlos Basílio, às Paróquias de Lebon Régis e Santa Cecília, tendo como objetivo dialogar com as realidades de cada paróquia e ajudar na organização das coordenações paroquiais da catequese e das Pastorais da Juventude. A equipe apresentou o trabalho desenvolvido em nível diocesano, colocandose à disposição das paróquias para ajudar no que se refere à organização e fortalecimento das pastorais em âmbito paroquial. Agradecemos a acolhida, colaboração dos catequistas, jovens e dos Párocos Pe. Valmir Pasa (Lebon Régis) e Pe. João A. Perin (Santa Cecília). Destacamos ainda que as paróquias podem contar sempre com o apoio do Secretariado Diocesano de Pastoral e das Coordenações Diocesanas das Pastorais. Ir. Regiane Freire Material: Cartões com desenhos/palavras que retratem símbolos da Páscoa. Objetivo: Discutir o significado da Páscoa. Expressar-se gestualmente. Desenvolvimento: Em uma roda de conversa, discutir o significado da Páscoa e de seus símbolos. Esclarecer eventuais dúvidas. Cada criança deverá retirar um cartão sem que as demais vejam. Um participante por vez realizará mímica que represente seu cartão e as demais tentarão adivinhar o que é. A partir da dinâmica, explicar os símbolos e resgatar o sentido real da Páscoa cristã, com a leitura do texto bíblico de João 20, 1- 18. Fonte: catequesekids.blogspot.com.br - acesso em 12/03/13 ABRIL Pastorais 2013 13 DIA MUNDIAL DA SAÚDE ESPAÇO CÁRITAS Dia Mundial da Saúde é celebrado no dia 07 de abril para comemorar o aniversário da criação da Organização Mundial da Saúde. Cada ano se escolhe um tema relevante e de interesse prioritário para a saúde pública mundial, este ano o tema escolhido é “Hipertensão”. O objetivo do Dia Mundial da Saúde 2013 é reduzir o número de infartos do miocárdio e acidentes cerebrovasculares. As metas específicas da campanha são: promover a tomada de consciência sobre as causas e consequências da hipertensão; motivar as pessoas a modificar comportamentos que podem provocar hipertensão; conscientizar a todos sobre a importância do controle periódico da pressão arterial; aumentar o número de centros de saúde para realização de controle de pressão arterial. Direitos Humanos A declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada em 10 de dezembro de 1948. Outros documentos, como os Pactos Internacionais, foram assinados posteriormente à Declaração. A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece um conjunto de direitos como sendo fundamentais para as pessoas. Consagra, por exemplo, que todas as pessoas têm direito a um padrão de vida que lhes garanta saúde, alimentação, habitação, segurança, emprego. Além disso, diz que somos iguais perante a lei e que qualquer cidadão tem direito de participar da vida política e social do seu país, entre vários outros. Portanto, quando falamos de direitos humanos, estamos falando do conjunto das condições necessárias para as pessoas viverem bem e felizes. Saúde: Direito de Todos e Dever do Estado Se a saúde é direito de todos e dever do Estado, então as suas ações e serviços devem ser gratuitos. A população deve ter acesso ao sistema sem a necessidade de qualquer pagamento. Se o pagamento fosse permitido, o acesso estaria condicionado à possibilidade financeira do cidadão e a saúde deixaria de ser direito de todos. Por isso, o SUS, como política pública de saúde, tem por princípio a gratuidade de todas as ações e serviços, em função da falta de garantia integral da saúde. Em muitos casos, procedimentos realizados pelo SUS são cobrados por profissionais e prestadores de serviços. É preciso saber que isso constitui crime e deve ser denunciado. Outra coisa importante é saber que os hospitais particulares não podem negar atendimento médico hospitalar de emergência a qualquer pessoa tendo ela, ou não, condições de pagar, nem exigir garantia de pagamento através de cheque-caução ou nota promissória. Essa prática constitui crime e prevê pena de três meses a um ano de reclusão. JUVENTUDES O P N os dias 02 e 03 de março de 2013, estiveram reunidos em Rio do Oeste/ SC, jovens distintos entre si, porém com o mesmo objetivo: buscar um mundo igualitário e plural, onde não só haja pão para todos, mas dignidade, trabalho e onde todos possam ter ideias e expressá-las sem medo. Foi o Seminário Juventudes e Desenvolvimento Solidário Sustentável, realizado pela Cáritas Brasileira Regional Santa Catarina. A Cáritas Diocesana de Caçador contou com a participação de: Fabiane Aparecida Guedes, Igor dos Santos, Karine Gonçalves Chaves, Mayra Paula Alves Pacheco e Valéria Albuquerque Fernandes. No encontro os jovens puderam falar de seus desejos e dificuldades nos projetos solidários, das expectativas e realidades de cada região. O conhecimento da realidade exige de nós uma ação, esta é a finalidade da Cáritas: conhecer o evangelho e anunciá-lo, conhecer o ser humano mais frágil e amá-lo infinitamente. Por isso é tão importante o envolvimento da juventude, ela tem energia e amor de sobra para ajudar a quem precisa. Agora, impulsionados por este desejo, vamos trabalhar segundo as palavras do Mestre que nos deixou o testemunho e um pedido: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Mayra Paula Alves Pacheco Agente Cáritas de Lebon Régis [email protected] VISITA À CÁRITAS ESPERANÇA DE TRÊS BARRAS CONVITE ercebemos, dia a dia, o valor e a necessidade de trabalharmos na promoção e educação para a saúde para cuidarmos bem do tesouro da vida, oferecido generosamente por Deus a todos. Trata-se da necessidade de respeitar e promover a dignidade da pessoa humana que é imagem e semelhança de Deus, cujo Filho veio nos oferecer a vida plena. A prática de ensinar a todos a cuidar da saúde necessita de cuidado, é um ato de carinho e conforto com o próximo. Exige sempre aprendizagem. Tendo isso presente, a Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde convida para o Seminário de Organização da Pastoral da Saúde: Local: Centro de Formação João Paulo II – Castelhano, Caçador Data: 19 e 20 de abril de 2013, com início 19h de sexta-feira e término às 16h do sábado Assessoria: Maria Eni Vieira da Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde Confirmar até: 17 de abril, junto ao Secretariado Diocesano de Pastoral, pelo telefone (49) 3563 2045 Para cada Paróquia são disponibilizadas cinco vagas, o convite é, também, para as paróquias que não tem grupo organizado. Lembramos que os valores de diárias serão custeadas pelo Fundo Nacional de Solidariedade que apoia o Projeto Diocesano da Pastoral da Saúde. Contamos com sua presença e participação. Inês Brunetta Pela Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde N o mês de março iniciaram-se as visitas às Entidades-membro, como compromisso assumido pelo novo Conselho Diretor da Cáritas Diocesana de Caçador. A Cáritas Esperança foi a primeira entidade-membro a receber representantes, no dia 09 de março de 2013. Na oportunidade houve partilha das alegrias, anseios e dificuldades da comunidade local. Momento propício para fortalecimento da rede Cáritas e perseverança do trabalho social com os mais necessitados. Agradecemos a presença dos agentes Cáritas de Três Barras e de todos que participaram. Estela Maia Cáritas Diocesana de Caçador Banco do Brasil Agência: 0375-1 C/C: 34.248-3 Participe desta Rede, contribua de forma solidária com a Cáritas Diocesana Espaço da Criança 14 Olá crianças! Leiam a história ao lado e convidem seus amiguinhos para refletirem sobre a atitude do carpinteiro. Sabedoria e Humor ♦♦ A pessoa educada é a pessoa que aprende a pensar. (F.L D ABRIL 2013 A PONTE E O PERDÃO ois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho. Eles se davam muito bem e gostavam de estar sempre juntos. Por algum desentendimento qualquer, eles brigaram e nunca mais se falaram. Cada um vivia na sua fazenda, sem jamais procurar pelo outro. Certo dia, um carpinteiro se ofereceu para prestar algum serviço na fazenda do irmão mais velho. Ele rapidamente concordou e pediu que o homem construísse uma cerca bem alta de forma que ele nunca mais precisasse sequer enxergar a fazenda do irmão. O carpinteiro começou seu trabalho e o irmão foi resolver assuntos na cidade. No final do dia, quando voltou, o irmão mais velho ficou grandemente surpreso ao ver que o carpinteiro, em vez de levantar uma cerca, tinha construí- do uma ponte ligando as duas fazendas. Mais surpreso ainda ficou o irmão quando seu irmão mais novo veio correndo, de braços abertos a lhe encontrar no meio da ponte. Os dois irmãos se abraçaram e choraram, recon- ciliando-se. Diante de uma sociedade com tanta violência, individualista, e de desigualdade o que a atitude do carpinteiro ajudou? O objetivo dessa história é fazer a gente pensar em nossas atitudes do dia a dia, na escola na família enfim em todos os lugares que frequentamos, quando ouvimos uma fofoca quando nos deparamos com atitudes de injustiças o que fazemos? O mundo só será melhor se todos nós tivermos atitudes do carpinteiro, unir e perdoar as pessoas. Pensem nisso! Um abraço, e que Jesus abençoe a vida de vocês! Holmes) ♦♦ Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o valor das coisas e não o seu preço. (Max Gehringer) ♦♦ Assim como não existem pessoas pequenas na vida, sem importância, também não existe trabalho insignificante. Encontre e circule no diagrama abaixo, sete boas atitudes. (Elena Bonner) ♦♦ Confiança é coisa séria. Porém, mais sério é saber em quem confiar. (Antônio Carlos Vieira) ♦♦ Se imitarmos o exemplo de nossa Mãe do Céu, a humildade, a caridade, o silêncio, seremos realmente felizes! (Dulce dos Pobres) ♦♦ O Deus vivo está aqui hoje. Então devemos anunciá-lo para que as pessoas estejam em comunhão. (Dom Cláudio Maria Celli) ♦♦ A vitória é o premio que a vida oferece àqueles que perseveram na prática do bem. (Frei Anselmo Fracasso) ♦♦ Minha própria visão da verdade não brilha com mais intensidade se eu depreciar a maneira de ver de meus semelhantes. (Mahatma Gandhi) Os óculos - Empreste-me seus óculos? Preciso escrever uma carta. - Mas os meus óculos são para longe! - Tudo bem, a minha carta também. Respostas: Brincar, Rezar, Missa, Amizade, Trabalhar, Amar, Estudar. Na escola A professora questiona: - Luizinho, a que distância você mora da escola? - A dois quilômetros, professora. - E a que horas você sai de casa? - Às 7h15, professora. - Então, se você tem 45 minutos para percorrer apenas dois quilômetros, por que você chega todo dia atrasado? - Ah, professora, é que está cheio de placas pelo caminho dizendo: “Devagar escola”. ABRIL Atualidades 2013 AÇÃO EVANGELIZADORA “RIO QUE CRESCE ENTRE NÓS” A ação evangelizadora “Rio que Cresce entre Nós” aconteceu na diocese de Caçador no segundo semestre de 2012, se prolongando até o final de fevereiro de 2013. A apresentação da ação evangelizadora aconteceu em todas as instâncias da diocese: Conselho Diocesano de Pastoral (CODIPA), reuniões das microrregiões pastorais, encontros com o clero. A formação e organização da ação foram realizadas em cada paróquia, na presença dos jovens, e em alguma delas, com participação dos padres, no dia do encontro. Cada paróquia contou com dois jovens que, livremente, se responsabilizaram pelo desenvolvimento da ação evangelizadora em toda a paróquia e, especialmente, na mobilização da juventude. O objetivo da ação evangelizadora era tornar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) conhecida nas comunidades, através do trabalho de visitação e conversa sobre este momento bonito da Igreja, e também angariar recurso financeiro para custear as despesas das ações de evangelização nascidas da JMJ no Regional Sul 4 e, especialmente, na diocese. Sentimos que em muitas paróquias os jovens não mediram esforços para a realização desta ação evangelizadora, mesmo não tendo grupos de jovens formalizados, a ação aconteceu e o resultado da evangelização e dos recursos foram significativos. Muitas iniciativas pastorais se concretizaram a partir da mobilização da ação evangelizadora e de seus desdobramentos. Também, teve paróquias que não fortaleceram a ação, deixando passar uma nobre oportunidade de evangelização e de engajar os jovens em uma ação que os aproximaria, ainda mais, da vida da comunidade. É certo que este trabalho realizado nos apresentou os esforços de muitos em relação ação evangelizadora e também nos permitiu ver alguns desafios a serem superados no que se refere ao trabalho em comunhão. O sucesso da ação não é medido pelo valor arrecadado, mas sim na capacidade de motivação, mobilização, organização, e continuidade da evangelização junto aos jovens em nossas comunidades. A diocese de Caçador agradece a todos que se colocaram a disposição da ação evangelizadora “Rio que Cresce entre Nós”. Que Deus os ilumine em sua missão de evangelizar. Paróquia Jovens Coordenadores Paroquiais Valor Santa Juliana – Salto Veloso Imaculada Conceição – Videira São João Batista – Três Barras São Francisco de Assis – Caçador São Sebastião – Papanduva São Luiz Gonzaga – Iomerê São José Operário – Monte Castelo São João Batista – Matos Costa Santa Cruz – Canoinhas Imaculada Conceição – Fraiburgo Santa Cecília – Santa Cecília São Pedro – Pinheiro Preto Nsa. Senhora das Vitórias - Porto União Nsa. Sra. dos Campos – Arroio Trinta Divino Espírito Santo – Major Vieira Divino Pai Eterno – B. Vista do Toldo Sto. Antônio e Sta. Izabel – Rio das Antas/Ipoméia São José – Timbó Grande N.Sra. Perpétuo Socorro – Treze Tílias Senhor Bom Jesus – Irineópolis Cristo Redentor – Caçador Santo Antônio - Lebon Régis São Pedro e São Paulo – Porto União Paróquia Nsa. Sra. Rainha – Caçador Nadiéle dos Santos e Laressa Grahl Ir. Sônia Agostini e Matheus Parmagnani Jéssica Felski e Reginaldo Marques dos Santos Ana Paula Araújo e Edenilson Perego Fátima Rodrigues Calixto e Bruna Sczepanski Giovana Pasqual e Mateus San Bridi Edivim Armando Ayres e Daniele C. C. Gaia Ana Lúcia Szczottla e Tatiane Tomacheuski Daniele Moreschi e Fábio Rodrigues Jonathan Marcondes e Flávia Karina Burda Denis André Bueno e Camila R. Guinski Tiago Viceli e Josiane de Melo Marlon Souza e Jéssica Orth da silva Eliz Renata Manenti e Rogger Elano Jessiane Jastrombek e Cristiano G. Fernandes Evandro Damaso da Silva e Silvana Chopinski Juliana Rodrigues 3.516,00 2.036.00 1.945,00 1.176,00 1.107,00 1.060,00 950,00 900,00 678,00 576,25 576,00 543,00 505,20 440,00 420,00 405,20 305,00 Monique Chaicoski e Samara Castilho Ana Paula Dantas e Aline Gomes Viana Kelen M. Santos e Célio RubensIork Filho Cláudio da Luz Costa e Thayná N. de Oliveira Andressa Apª. Rosa e Bruna Semam Eloiza de Melo Cézar e Elias Neri de Borba ----------------------------------- 240,00 193,00 92,00 85,00 00,00 00,00 00,00 TOTAL: 17.748.65 Diácono Ederson Iarochevski Pelo Setor Diocesano da Juventude 15 AGENDA DIOCESANA 2013 MAIO 01 01 01 02 03 03-05 05 06-12 07 12 12-19 14 14-16 15-17 17 16-19 17-19 17-19 18 18 18 18-19 20-23 21 21 24 24-25 25 25-26 26 26 26 27-29 28 29 30-02/06 31-02/06 31-01/06 31-02/06 31-01/06 31-02/06 Cinquentenário da Paróquia São José Operário Reunião da Coordenação Diocesana Catequese Dia do Trabalhador Reunião do Conselho de Presbíteros Reunião do Clero Sem. Nac. Camp. contra Violência e Extermínio de Jovens 21ª Romaria Santuário Diocesano N. Sra. de Fátima, Mãe dos Pobres Visita Pastoral – Paróquia Divino Pai Eterno Reunião do SDP Dia das Mães Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos Reunião do SDP CONSEP (Conselho Episcopal Pastoral da CNBB) Curso de Formadores do Regional - OSIB Reunião da Microrregião de Porto União (19h30) Reunião Coord. Dioc. e Escola Catequética do Regional Cursilho para mulheres Encontro de aprofundamento da missão – COMIRE Enc. Dioc. dos Animadores dos Grupos de Reflexão Enc. Coord. Diocesanos da Pastoral da Sobriedade Reunião Regional das Codeirs – Credeir 9º Retiro Anual da Juventude – Diocesano 4º Seminário Nacional 5ª Semana Social Brasileira Reunião do SDP CAED Reunião Equipe Gestora FDS CODIPA III Simpósio Nacional das Famílias Formação Catequistas Iniciantes – Micro Canoinhas V Peregrinação Nacional da Família Encontros com Jovens Universitários (16h) Enc. Formativo com a Juventude (Semana Missionária) Tríduo Bíblico FACASC/ITESC Reunião da Microrregião de Canoinhas Reunião Microrregião de Videira às 19h30 Reunião da Coordenação Regional e Estudo das PJs 2ª R. Ampliada das CEBs/Grupos de Reflexão/Famílias Encontro Regional de Conselheiros Encontro de Catequetas Encontro Regional das Diretorias de Cáritas Retiro do EJA - Encontro com Jovens Amigos ANIVERSÁRIOS NASCIMENTO Pe. Almedo Diedrich Pe. Celso C. P. dos Santos Pe. Irineu Maia Pe. Marlon Malacoski Pe. José Juan da Misericórdia Pe. Ederson Iarochevski 07/05/51 09/05/67 13/05/74 15/05/85 15/05/67 29/05/83 Pe. Valcir Baronchello Pe. João Alceu Perin Diácono Everaldo Antonio Conceição Pe. Rogério Esmeraldino Pe. Fábio Costa Farias 04/05/91 08/05/94 27/05/10 30/05/93 30/05/09 ORDENAÇÃO Monte Castelo SDP - Caçador Castelhano Castelhano Brasília Fraiburgo B. Vista do Toldo SDP - Caçador SDP - Caçador Brasília/DF Blumenau Matos Costa Lages Canoinhas Videira Fraiburgo Blumenau Lages Castelhano Brasília SDP – Caçador SDP – Caçador SDP Castelhano Aparecida Canoinhas Aparecida Caçador Videira Florianópolis Canoinhas Blumenau Blumenau Curitibanos São Paulo/SP Lages Caçador Acontece 16 ABRIL 2013 ESPECIAL: GRUPOS DE REFLEXÃO NA DIOCESE DE CAÇADOR Caro leitor do Jornal Fonte, nesta edição apresentaremos algumas experiências dos Grupos de Reflexão, que estão presentes em todas as comunidades de nossa diocese. Queremos com esta iniciativa parabenizar cada grupo e demonstrar a nossa admiração por esta bela caminhada desenvolvida todos os anos, sendo Igreja Doméstica, Igreja de Famílias que se encontram para rezar, refletir temas atuais e realizar ações concretas em cada comunidade da Diocese de Caçador. Que estas experiências sirvam de inspiração e representem todos os nossos Grupos de Reflexão. Grupo de Reflexão São Francisco, de Salto Veloso Depoimento de Nadiely Galvão: “Nesse tempo de mudança de época, em nosso Grupo de Reflexão estamos vivenciando uma Campanha da Fraternidade apresentada à nós como um itinerário de conversão pessoal, comunitária e social; todas as famílias que participam do Grupo de Reflexão São Francisco acreditam que ao utilizar juventude como tema da Campanha da Fraternidade deste ano, estamos todos, independentemente da idade, aptos a rezar, refletir com os jovens, apresentando a eles os passos e as obras de Cristo em sua juventude, para que eles tomem esses exemplos como sentido de vida e missão, os encaminhando na vida religiosa, em nossa comunidade, diocese, mundo”. Grupo de Reflexão Nossa Senhora de Fátima, de Treze Tílias Depoimento dos Coordenadores José Trevisol e José Carlos Toporoski: “Em sintonia com a Campanha da Fraternidade, com este tema tão convidativo que é “Juventude”, faceta de nossa vida que nunca devemos perder, o grupo com aproximadamente 30 pessoas está se reunindo todas as terças-feiras, realizando uma reflexão muito fraternal. Discutir “Fraternidade e Juventude” adentra à nossa realidade. Percebemos aspectos desafiadores. Eles nos incomodam porque nos desafiam à ação. Percebemos as situações que são criadas pelo sistema vigente e outras pelos próprios jovens. Comentamos a necessidade de sermos mais parceiros dos jovens. Fica evidente que a FAMILIA é o grande elo para a união da juventude como um todo. Precisamos trabalhar em nossas comunidades as relações familiares, as responsabilidades dos pais em relação à educação e amor aos filhos. Vale ressaltar que todos os membros do grupo demonstraram interesse em continuar a refletir e organizar ações que venham a defender e garantir os direitos dos jovens. O pároco vai reforçar nosso grupo com uma missa mensal, aberta a todos os moradores vizinhos”. Grupo de Reflexão para Jovens, em Lebon Régis Depoimento de Anderson Palhano Domingues, representando o Grupo de Jovens: “Em 2013 a juventude da Paróquia Santo Antônio, de Lebon Régis, ganhou um novo ânimo e um despertar de sua fé, juntamente com a passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude e o tema da Campanha da Fraternidade “Juventude e Fraternidade”, assim surgiu a ideia de montarmos um Grupo de Reflexão direcionado aos jovens, amparados e alicerçados no Roteiro I dos Grupos de Reflexão, proposto pela diocese de Caçador que apresenta a realidade juvenil de nossa região, abordando temas característicos, questionamentos e despertando esse interesse para que o jovem ocupe o seu lugar em nossa Igreja queremos suscitar o lema “Eisme aqui, envia-me” nos corações de nossa juventude. Os encontros do Grupo de Reflexão para Jovens acontecem todos os domingos, a partir das 17h, na Igreja Matriz Santo Antônio, em Lebon Régis! Grupo de Reflexão do Bairro Gioppo, de Caçador Depoimento de Lauda Lucas: “A importância do tema da Campanha da Fraternidade desse ano, “Fraternidade e Juventude”, dá-se pelo fato de levar os jovens à participação na Igreja, proporcionar um encontro pessoal com Cristo, resgatar e orientar os que vivem perdidos e de forma desregrada. A Campanha ajuda o jovem a decidir-se por Deus e é também fortalecida pelo Ano da Fé e pela Jornada Mundial da Juventude.” Depoimento de Renilda Pelegrinello Borga: “O Grupo de Reflexão é muito importante para a nossa vida em comunidade, proporciona-nos a partilha, encontro com amigos, vizinhos. Apesar de morarmos, estarmos perto, nos vermos, nem sempre podemos conversar e viver momentos juntos. O Grupo de Reflexão nos dá essa oportunidade, torna-nos mais próximos”. Grupo de Reflexão, de Videira Depoimento das Coordenadoras Vitória Civiero e Salete Fonseca: “A Campanha da Fraternidade de 2013 nos propõe a refletir este momento forte com nossa juventude. Todos nós temos a missão de evangelizar em nossas famílias, pois assim vamos tornar mais viva nossa fé e a busca de maior comprometimento com ela, partilhando a convivência e amizade. Eis-me aqui, Envia-me”. Grupo de Reflexão São Francisco de Assis, de Três Barras Depoimento de Suelin Jonko, da Coordenação do Grupo: “De acordo com o Grupo Francisco de Assis, os temas abordados pelo livrinho são muito bons, trazem para nossos jovens uma boa reflexão e nos ensinam que devemos ser Discípulos e Missionários de Jesus. Infelizmente, ainda percebemos uma ausência dos jovens na caminhada, porém aqui na nossa comunidade eles colaboram, percebemos sua atuação principalmente na catequese. Mas, ainda faltam jovens dispostos a Evangelizar, chegar e dizer: “Estou aqui meu Senhor”, ou ainda mais “Estou aqui... envia-me Senhor”. Precisamos de jovens que digam “Sim”, como Maria e Irmã Dulce fizeram e não tiveram medo de se doar por inteiro a serviço do povo, da Igreja. Com certeza se todos os jovens participassem dos encontros e da Via-Sacra, conseguiríamos ter mais jovens nas nossas Igrejas, não só por um tempo e sim para sempre, pois dentro da Igreja, encontrariam a solução para seus problemas e viveriam uma vida melhor, longe de todo o mal. A semente já foi lançada, agora devemos esperar para que todos acolham essa semente e que, a partir da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude, essas sementes sejam reproduzidas e que sejam distribuídos seus frutos de amor, paz, solidariedade, força, fé, coragem e determinação para todos, especialmente para os jovens”.
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