FICHA DE UNIDADE CURRICULAR
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FICHA DE UNIDADE CURRICULAR
FICHA DE UNIDADE CURRICULAR 2011/2012 Designação Julgamento e Decisão na Incerteza Docente (s) (Indicar também qual o docente responsável pela U.C.) Leonel Garcia-Marques (responsável) Creditação (ECTS) 6 ECTS Funcionamento 2 teóricas, 2 horas práticas semanais e realização de uma investigação Objectivos Abordar os processos de raciocínio inferencial e a sua relação com o comportamento social. Os temas específicos incluídos no programa são centrais do ponto de vista conceptual e/ou extremamente relevantes para a investigação a desenvolver na cadeira. Outros objectivos: i) Discutir as abordagens cognitivas dos processos de inferência (julgamento na incerteza, tomada de decisão e resolução de problemas, etc.). ii) Desenvolver uma visão crítica e actualizada sobre a investigação actual na área. iii) Desenvolver um trabalho de investigação em temas centrais da inferência social. Competências a desenvolver Capacidade de comparar diferentes abordagens relativamente a um domínio substantivo do Julgamento e Decisão na Incertezal, de examinar o suporte empírico dessas diferentes abordagens, de reflectir sobre as limitações da investigação realizada; e de formular questões problemáticas a investigar no futuro. Pré-Requisitos (Precedências) * Nenhuma Conteúdos programáticos 1. A percepção da covariação e os limites da racionalidade humana. 1.1. Percepção da covariação: Perspectivas baseadas nas limitações de racionalidade. 1.2. Percepção da covariação: Modelos abstracionistas. 1.3. Percepção da covariação: Perspectivas associativas. 1.4. Relações teóricas entre a percepção da covariação e da diagnosticidade: Uma visão integrativa. 2 Processos de busca de informação e de teste de hipóteses na interacção social. 2.1 O teste de hipótese na interacção social: Tendências confirmatórias versus estratégias diagnósticas. 2.2.A percepção da diagnosticidade da informação social. 3. A estatística intuitiva e o julgamento social na incerteza. 3.1. A perspectiva de Tversky e Kahneman e os seus crítico 3.2. Modelos globalistas de julgamento probabilistico. 3.3. Modelos dualistas de julgamento probabilistico. Bibliografia TEXTOS PARA DISCUSSÃO NA AULAS PRÁTICAS PONTO 1 Lopes, L. L. (1982). On doing the impossible: A note on induction and the experience of randomness. Journal of Experimental Psychology: Learning , Memory and Cognition, 6, 626-636. Shaklee, H. & Tucker, D. (1980). A rule analysis of judgments of covariation between events. Memory & Cognition, 8, 459-467. Shaklee, H. & Mims, M. (1982). Sources of error in judging event covariations: Effects of memory demands. Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition, 8, 208-224. Garcia-Marques, L., Sherman, S. J. & Oliveira, J. M. P. (2001). Hypothesis-testing and perception of co-variation. Journal of Experimental Social Psychology, 37, 183-200. Chapman, G. B. & Robbins, S. J. (1990). Cue interaction in human contingency judgment. Memory & Cognition, 18, 537-545. Waldmann, M. R. (2001). Predictive versus diagnostic causal learning: Evidence from an overshadowing paradigm. Psychonomic Bulletin & Review, 8, 600-608. PONTO 2 Snyder, M. & Swan Jr., W. B. (1978). Hypothesis-testing in social interaction. Journal of Personality and Social Psychology, 36, 1202-1212. Snyder, M. (1980). Seek, and ye shall find: Testing hypothesis about other people. In E. Tory Higgins, C. Peter Herman & M. P. Zanna (Eds.), Social Cognition, The Ontario Symposium Vol. 1, (pp 277-303). Trope, Y. & Bassok, M. (1982). Confirmatory and diagnosing strategies in social information gathering. Journal of Personality and Social Psychology, 43, 22-34. Trope, Y., Bassok, M., & Alon, E. (1984). The questions lay interviewers ask. Journal of Personality, 52, 90-106. Doherty, M. E., Mynatt, C. R., Tweney, R. D., & Schiavo, M. D. (1979). Pseudodiagnosticity. Acta Psychologica, 43, 111121. Doherty, M. E., Chadwick, R., Garavan, H., Barr, D., & Mynatt, C. R. (1996). On people's understanding of the diagnostic implications of probabilistic data. Memory & Cognition, 24, 644-654. Skov, R. B. & Sherman, S. J. (1986). Information-gathering processes: Diagnosticity, hypothesis-confirmatory strategies, and perceived hypothesis confirmation. Journal of Experimental Social Psychology, 22, 93-121. PONTO 3 Tversky, A. & D. Kahneman (1974). Judgment under uncertainty: Heuristics and biases. Science, 85, 1124-1231. Kahneman, D. & A. Tversky, A. (1982). On the study of statistical intuitions. In D. Kahneman, P. Slovic & A. Tversky (eds.), Judgment under uncertainty: Heuristics and Biases (pp. 493-508). New York: Cambridge University Press. Gigerenzer, G. (1991). How to make cognitive illusions disappear. Beyond heuristic and biases. In W. Stroebe & M. Hewstone (Eds.), European Review of Social Psychology (vol. 2, pp. 83-115). Chichester, UK: Wiley. Kahneman, D. & Tversky, A. (1996). On the reality of cognitive illusions: A reply to Gigerenzer’s critique. Psychological Review, 103, 582-591. Ferreira, M. A. B. & Garcia-Marques, L. (2003). O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo. Análise Psicológica, nº3.série XXI, 353-374. Ferreira, M. A. B., Garcia-Marques, L., Sherman, S. J. & Sherman, J. (2006). A dual-process approach to judgment under uncertainty. Journal of Personality and Social Psychology, 91(5), 797-813 TEXTOS DE APOIO ÀS AULAS TEÓRICAS PONTO 1: Lopes, L. L. (1982). On doing the impossible: A note on induction and the experience of randomness. Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition, 6, 626-636. Shaklee, H. (1979). Bounded rationality and cognitive development: Upper limits on growth? Cognitive Psychology, 11, 327-345. Cheng, P. W. (1997). From covariation to causation: A causal power theory. Psychological Review, 104, 367-405. Allan, L. G. (1993). Human contingency judgements: Rule-based or associative? Psychological Bulletin, 114, 435-448. McKenzie, C.R.M. (1992). The accuracy of intuitive judgement strategies: Co-variation assessment and Bayesian inference. Cognitive Psychology, 26, 209-239. Waldmann, M. R. (1996). Knowledge-based causal induction. In D. R. Shanks, K. J. Holyoak, & D. L. Medin (Eds.), The psychology of learning and motivation, Vol. 34: Causal learning (pp. 47-88). San Diego: Academic Press. PONTO 2: Snyder, M. (1984). When belief creates reality. In L. Berkowitz (Ed.), Advances in experimental social psychology (Vol. 18, pp. 247-305). San Diego, CA: Academic Press. Fischhoff, B. & Beyth-Marom, R. (1983). Hypothesis evaluation from a bayesian perspective. Psychology Review, 90, 239-260. Klayman, J. (1995). Varieties of confirmation bias. In R. Hastie & N. Pennington (Eds.), The psychology of learning and motivation (Vol. 32, pp. 385-418). New York: Academic Press. Klayman, J. & Ha, J. -W. (1987). Confirmation, disconfirmation and information in hypothesis-testing. Psychology Review, 94, 211-228. Trope, Y., & Liberman, A. (1996). Social hypothesis testing: Cognitive and motivational mechanisms. In E. T. Higgins & A. W. Kruglanski (Eds.), Social psychology: Handbook of basic principles (pp. 239-270). New York: Guilford Press. PONTO 3: Dawes, R. M. (1999). Behavioral decision making and judgment. In D. T. Gilbert S. T. Fiske, & G. Lindzey (Eds.), The Handbook of Social Psychology 4th ed.. (vol. 1 pp. 497-548). New York: McGraw-Hill. Dougherty, M. R. P., Gettys, C. F. & Ogden, E. E. (1999). MINERVA-DM: A memory processes for judgements of likelihood. Psychological Review, 106, 180-209. Ferreira, M. A. B. & Garcia-Marques, L. (2003). O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo. Análise Psicológica, nº3.série XXI, 353-374. Ferreira, M. A. B., Garcia-Marques, L., Sherman, S. J. & Sherman, J. (2006). A dual-process approach to judgment under uncertainty. Journal of Personality and Social Psychology. Griffin, D. W., Gonzalez, R. & Varey, C. (2001). The heuristics and biases approach to judgment under uncertainty. In N. Schwarz, A. Tesser (Eds.), The Blackwell handbook of social psychology: Intrapersonal processes (pp. 207-235). Oxford, UK: Blackwell Publishers. Kahneman, D. & Frederik, S. (2002). Representativeness revisited: Attribute substitution in intuitive judgment. In T. Gilovich, D. Griffin & Kahneman (Eds.), Heuristics and biases: The psychology of intuitive judgment (pp. 49-81). Cambridge, UK: Cambridge University Press. Kahneman, D. & A. Tversky, A. (1982). On the study of statistical intuitions. In D. Kahneman, P. Slovic & A. Tversky (eds.), Judgment under uncertainty: Heuristics and Biases (pp. 493-508). New York: Cambridge University Press. Kahneman, D. & Tversky, A. (1996). On the reality of cognitive illusions: A reply to Gigerenzer’s critique. Psychological Review, 103, 582-591. Sloman, S. A. (1996). The empirical case for two systems of reasoning. Psychological Bulletin, 119, 3-22. Kahneman, D. (2011). Thinking Fast and Slow. New York: Farrar , Strauss & Giroux. Métodos de ensino As aulas desdobram-se em teóricas e práticas. Nas aulas teóricas, o docente apresentará uma visão geral das temáticas incluídas no programa, enquadrando os textos das aulas práticas gerais. Nas aulas práticas, serão apresentados textos paradigmáticos das áreas temáticas abordadas por grupos de alunos (máximo 4). Nessas aulas pretende-se que os alunos sejam capazes de: i) sintetizar as ideias fundamentais dos textos apresentados, ii) formular os problemas de partida, iii) descrever a investigação realizada, iv) explicar de que forma o delineamento dessa investigação constitui uma resposta aos problemas de partida, v) expor os principais resultados obtidos, vi) discutir como esses resultados respondem aos problemas iniciais, vii) apontar as questões deixadas em aberto e viii) comentar criticamente as limitações da investigação apresentada. O atendimento aos alunos terá feito à quarta-feira, das 15h às 17h ou por email Modalidades de Avaliação (Regime Geral de Avaliação e/ou Regime Final Alternativo) Regime Geral de Avaliação Elementos de Avaliação (Propostas de datas de avaliação, prazos de entrega de trabalhos, ponderação percentual de cada elemento de avaliação). A avaliação incluirá: trabalho de grupo (máximo 3 alunos), correspondendo a um relatório experimental (com uma revisão detalhada da literatura relevante) da investigação a realizar no âmbito da cadeira (40% da avaliação – prazo de entrega 22 de Junho de 2012); trabalho de grupo (máximo 3 alunos), correspondendo a um poster científico apresentado nas aulas práticas (20% da avaliação). O poster pode (facultativamente) ser enviado para o professor até 2 semanas (24h de terça-feira) antes da data de apresentação, por forma a ser dado feedback sobre o mesmo. O poster deve (obrigatoriamente) ser enviado para os colegas (com conhecimento do professore) até 1 semana (24h de terça-feira) antes da data de apresentação, para que os restantes alunos possam preparar questões sobre o mesmo. trabalho de grupo (máximo 3 alunos), correspondendo a questões sobre os posters científicos apresentados nas aulas práticas (20% da avaliação). Estas questões devem ser entregues ao professor no início de cada aula prática; trabalho individual, correspondendo à resposta com consulta, em 15 linhas, a uma questão sobre os pontos do programa (20% da avaliação - questão entregue aos alunos a 8 de Junho de 2012 devendo ser respondida até 22 de Junho de 2012). Regras relativas à melhoria de nota O elemento avaliativo “apresentação de um conjunto de textos na aula” não pode por razões óbvias ser deixado para 2ª Época. É possível realizar mais do que uma apresentação, só contando para nota a melhor das apresentações. Os textos a apre Os elementos avaliativos “poster científico apresentado nas aulas práticas” e “questões sobre os posters” não podem por razões óbvias ser deixado para 2ª Época. É possível realizar mais do que um poster e respectiva apresentação, só contando para nota a melhor das apresentações. Os textos a apresentar em cada aula encontram-se em caixa na bibliografia da cadeira. Exigências relativas à assiduidade * Não aplicável Regras específicas relativas aos estudantes considerados em situação de excepção (estudantes-trabalhadores, atletas de alta competição, alunos dirigentes associativos, alunos militares, pais e mães estudantes, alunos com necessidades educativas especiais) * Não aplicável Língua de ensino Português * No caso de se aplicar
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