Avaliação da volatilidade do preço de curto prazo no
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Avaliação da volatilidade do preço de curto prazo no
8º CONGRESSO LATINO AMERICANO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CLAGTEE 2009 1 Avaliação da volatilidade do preço de curto prazo no Brasil e sua relação com a geração térmica R. B. Heideier, Pesquisador, EPUSP, F. A. A. Prado, Professor, EPUSP, M. A. Saidel, Professor, EPUSP e M. Z. Ueocka, Pesquisador, EPUSP Resumo - Este artigo avalia a intensidade da volatilidade dos preços da energia elétrica no mercado de curto prazo em países selecionados. São analisadas séries históricas de preços mensais de energia de importantes mercados no mundo, com avaliação da matriz energética de cada região. O estudo, através da analise dos dados de entrada dos programas de otimização da operação do SIN (NEWAVE e DECOM,), conclui que a volatilidade do preço de curto prazo no Brasil é acentuada pela grande variação da potência térmica disponível, principalmente pela falta de lastro de Gás Natural. Palavras-Chaves: Energia elétrica, gás natural, geração térmica, preço de curto prazo, volatilidade. I. INTRODUÇÃO A oferta de energia elétrica no SIN possui uma dependência muito grande da hidrologia do período. Porém, a folga estrutural entre oferta e demanda deixou de ser significativa desde 2006 e o SIN não é mais capaz de operar sem o despacho das térmicas para regularizar os níveis dos reservatórios, condição reforçada pelos resultados dos leilões de energia nova em que a energia contratada entre 2008 e 2012 é 53% de origem fóssil. Das fontes térmicas, a mais expressiva é a geração a gás natural. A tendência da evolução da matriz nacional e as considerações do planejamento no longo prazo para o setor indicam que o gás natural deve continuar sendo a segunda fonte mais importante na matriz brasileira. R. B. Heideier está no departamento de energia e automação elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil (email: [email protected]) F. A. A. Prado está no departamento de energia e automação elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil (email: [email protected]) M. A. Saidel está no departamento de energia e automação elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil (email: [email protected]) M. Z. Ueocka está no departamento de energia e automação elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil (email: [email protected]) O mês de janeiro de 2008 iniciou com uma intensa elevação dos preços de liquidação das diferenças - PLD (preço spot de energia elétrica no Brasil). Embora uma tendência de aumento do risco de fornecimento de energia elétrica já pudesse ser pressentida desde meados do ano de 2006, em especial em decorrência da indisponibilidade de oferta de Gás Natural, este aumento de preços provocou aumento da percepção do risco de desabastecimento em todo o mercado de energia elétrica. O preço spot de energia, embora com diferentes características e procedimentos operacionais em cada País, de uma maneira geral é o referencial econômico que é empregado para fechamento das operações de produção ou consumo de energia elétrica quando estas não estão cobertas por contratos. Este preço determina o montante a ser recebido por um gerador que não tenha formalizado contrato para venda de sua produção como também o dispêndio de um consumidor que não tenha assegurado seu consumo através de contratação. O preço spot também influencia os contratos de opções e de mercados futuros de energia nos países onde estes instrumentos já se encontram estabelecidos. No Brasil acabam por influenciar o mercado de curto prazo e afetar a percepção de risco associada à contratação de energia, inclusive em horizontes diferentes daqueles para os quais o PLD é definido na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). II. FORMAÇÃO DO PREÇO DE CURTO PRAZO NO MERCADO BRASILEIRO Conforme determinado pela reforma do setor elétrico, o mercado elétrico brasileiro apresenta uma estrutura de negociação “mista” – Pool (Ambiente de Contratação Regulada, ACR) e bilateral (Ambiente de Contratação Livre, ACL). Os contratos de consumo de energia em geral se subdividem quanto ao ambiente de contratação. No ACR são representados por contratos a termo derivados dos leiloes de energia para o Pool de mercado, e no ACL os contratos realizados são acordos bilaterais, tipicamente contratos a termo negociados independentemente e sem padronização. Em função da preponderância de usinas hidrelétricas no parque de geração brasileiro, são utilizados modelos matemáticos para o cálculo do Preço de Liquidação de Diferenças – PLD, que serve de referencial para liquidação das operações efetivadas fisicamente sem lastro de contratação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. 8º CONGRESSO LATINO AMERICANO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CLAGTEE 2009 Nessa metodologia, a CCEE, tem por objetivo encontrar a solução ótima de equilíbrio entre o benefício presente do uso da água e o benefício futuro de seu armazenamento, ou seja, uma decisão operativa tomada no presente e que tem conseqüências futuras para o custo operativo. A decisão de usar a água no presente leva a duas possíveis conseqüências operativas no futuro: (a) se as afluências futuras forem altas, tem-se uma operação econômica, mas (b) se as afluências futuras forem baixas, tem-se um déficit, com possíveis cortes de carga ou medidas de racionamento de energia. Por outro lado, a decisão de evitar o uso da água no presente (usando geração térmica), leva também a duas possíveis conseqüências operativas futuras: (a) se as afluências futuras forem baixas, tem-se uma operação econômica, mas (b) se as afluências futuras forem altas, tem-se um vertimento, que não chega a ser tão danoso quanto a um déficit, mas significa um desperdício de energia. O modelo de precificação obtém o despacho ótimo para o período em estudo, definindo a geração hidráulica e a geração térmica para cada submercado com base nas condições hidrológicas, na demanda de energia, nos preços de combustível, no custo de déficit, na entrada de novos projetos e na disponibilidade de equipamentos de geração e transmissão. Como resultado desse processo são obtidos os Custos Marginais de Operação (CMO) para o período estudado, com análise de 3 faixas horárias diferentes ao longo do dia, definidos como patamares de carga leve (24-06hs), média (6-18hs e 21-24hs) e pesada (18-21hs) em cada um dos submercados. Por fim, com estas informações são obtidos os valores do PLD semanalmente, limitado por um preço máximo e mínimo vigentes, definidos no Brasil pela legislação evitando-se uma volatilidade ainda mais acentuada para cada período de apuração e para cada Submercado. A CCEE contabiliza as diferenças entre o que foi consumido e o que foi contratado. As diferenças positivas ou negativas são liquidadas no Mercado de Curto Prazo e valoradas ao PLD. Dessa forma, pode-se dizer que o mercado de curto prazo é o mercado das diferenças entre montantes contratados e montantes medidos. O cálculo do preço baseia-se no despacho “ex-ante”, ou seja, é apurado com base em informações previstas, anteriores à operação real do sistema, considerando-se os valores de disponibilidade de geração declarados e o consumo previsto de cada submercado. Isto causa uma discrepâncias entre o despacho físico e o comercial chamados por Maurer [1] de “congestão”. Um exemplo de discrepância inclui uma planta atrás de uma restrição de transmissão que deve operar para assegurar a confiabilidade do sistema. O preço do submercado A pode não ser suficiente para pagar seus custos, mas é necessária operá-la, pois ela agrega um valor ao sistema que não está refletido no PLD. Diz-se que esta usina está “constrained-on”. Outra usina no submercado B estará “constrained-off” pela mesma quantidade (abstraindo perdas). Para permitir a operação ótima, conciliando o despacho físico e comercial, criou-se um sistema para remunerar estas plantas, através de um encargo de serviço de sistema (ESS) [1]. 2 III. A VOLATILIDADE DO PREÇO SPOT DA ELETRICIDADE EM DIFERENTES MERCADOS Para analisar a volatilidade do preço spot da eletricidade em diferentes mercados selecionados foi utilizado o desvio padrão dos preços em relação à média como métrica. As séries históricas mensais de preço utilizadas foram convertidas para dólares americanos utilizando as respectivas séries históricas mensais para cada moeda referente ao mercado estudado. Entre os mercados estudados, o Brasil é o único país que não utiliza um processo de leilão para determinar o valor spot da energia elétrica. Observando a Tabela 1, pode-se notar que a volatilidade no mercado brasileiro realmente é superior a volatilidade em outros mercados. TABLE I VOLATILIDADE DOS PREÇOS SPOTS DA ENERGIA ELÉTRICA E A MATRIZ DE GERAÇÃO NO PERÍODO DE MAIO DE 2003 A JANEIRO DE 2008 Sub Mercado Média US$/ DP * US$/ Hídrica Comb. MWh MWh Fóssil Solar, Nuclear Geo e Eólica Noruega Oslo 42,09 36% Bergen 42,09 36% Trondheim 43,17 32% 99% 1% 0% 0% Tromsø 43,11 32% Suécia 42,94 31% 46% 8% 46% 1% Finlandia 42,85 32% 15% 57% 28% 0% 82% 0% 18% 12% 4% 0% 31% 0% 11% Dinamarca DK-West 44,62 26% DK-East 45,02 30% 0% Brasil SE/CO 27,24 160% S 27,20 160% NE 24,35 183% N 25,73 171% 84% Nova Zelândia HAY2201 41,13 45% BEN2201 39,15 51% OTA2201 41,61 43% QLD 28,32 80% 6% 93% - 0% NSW 32,75 79% 4% 96% - 0% SNOWY 30,30 73% 100% - - 0% VIC 28,61 64% 6% 94% - 0% SA 35,45 96% - 100% - - TAS 42,21 43% 90% 10% - 0% 58% Austrália *Desvio Padrão em relação à Média Fonte: [3], [4], [5], [6], [7], [8]. Elaboração própria 8º CONGRESSO LATINO AMERICANO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CLAGTEE 2009 IV. EQUILÍBRIO OFERTA E DEMANDA Observando a evolução da energia afluente e energia armazenada em relação à geração, percebe-se que a geração térmica convencional foi necessária mesmo em um ano como 2007, quando a afluência foi muito favorável, apontando dependência do SIN em relação às térmicas (Figura 1). Segundo informações oficiais, fornecidas pela ONS (ONS, 2008), a elevação acentuada do PLD no início de 2008 foi conseqüência do atraso das chuvas no início do período úmido. Embora esses valores (níveis de armazenamento) fossem superiores aos níveis de armazenamento indicados nas Curvas de Aversão ao Risco das respectivas regiões, o atraso do período úmido resultou na decisão de despachar geração térmica das regiões SE/CO e Sul, já no início de 2008. 3 Uruguai e da Argentina não afetaram o PLD no início de 2008, pois as condições hidrológicas dos reservatórios do sul eram muito favoráveis para a época e o suprimento teve caráter interruptível, sendo efetuado através de energia vertida turbinável e/ou geração térmica não despachada para atender ao mercado brasileiro. De fato, o atraso das chuvas no início do período úmido demandou um volume bem maior de geração térmica. Porém, o volume requerido foi menor que um terço do parque térmico destinado exclusivamente a essa necessidade. O que explica a exorbitante escalada dos preços em Janeiro de 2008 é a falta de lastro de gás para geração. Esta afirmação é confirmada quando feita uma revisão do histórico do PLD e verifica-se que quase todas as elevações de preço estão associadas a uma restrição no fornecimento de gás natural (Figura 3). 50.000,0 250.000,0 40.000,0 200.000,0 30.000,0 150.000,0 20.000,0 100.000,0 10.000,0 50.000,0 0,0 ja n/ 07 fe v/ 0 m 7 ar /0 7 ab r/0 m 7 ai /0 7 ju n/ 07 ju l /0 ag 7 o/ 07 se t/0 7 ou t/0 7 no v/ 0 de 7 z/ 07 ja n/ 08 fe v/ 0 m 8 ar /0 8 ab r/0 m 8 ai /0 8 ju n/ 08 ju l /0 ag 8 o/ 08 se t/0 8 0,0 Energia Armazenada e Natural Afluente [MWmed.] Geração por Fonte [MWmed.] Comparação entre Geração e Energia dos Reservatórios Térmica Convencional Térmica Nuclear Eólica Média EArm. Média ENA Energia Natural Afluente Energia Armazenada Fig. 1. Evolução da geração por fontes e energia dos reservatórios nos anos de 2007 e 2008 (Dados: [9] - Valores médios de janeiro de 2000 a setembro de 2008. Elaboração própria) Observando a Figura 1, percebe-se que a justificativa da ONS para o acionamento da térmica convencionais em grande quantidade no início de 2008 confere, pois a afluência em Janeiro de 2008 foi baixa e os reservatórios apresentavam energia armazenada abaixo da média para o período. Porém, a análise conjunta com a Figura 2 leva ao questionamento da razão dos valores alcançados pelo PLD, pois, quando se analisa as informações da Figura 4, quase 90% da capacidade instalada das térmicas deveria operar com um custo variável menor que R$ 400,00. Fig. 3. Oscilações do PLD e sua relação com crises energéticas no Brasil (Dados: CCEE. Elaboração própria)) A Figura 4 aponta para a importância das térmicas a gás para segurança no abastecimento e custo para a operação do SIN, Pois a expansão térmica em 2007 e 2008 estruturou-se na geração térmica, com ênfase no gás natural. 1000,00 Evolução do custo variável de operação (CVU) em relação a potência disponível das térmicas convencionais 900,00 800,00 CVU [R$/MWh] Hidráulica 700,00 600,00 500,00 400,00 300,00 200,00 Comparação entre o PLD, Energia dos Reservatórios e Geração 70.000,0 100,00 600 Geração e ENA [MWmed.] 50.000,0 400 40.000,0 300 30.000,0 200 20.000,0 100 10.000,0 0 ja n/ 07 fe v/ 0 m 7 ar /0 7 ab r/0 m 7 ai /0 7 ju n/ 07 ju l/ 0 ag 7 o/ 07 se t/ 0 7 ou t/ 0 7 no v/ 0 de 7 z/ 07 ja n/ 08 fe v/ 0 m 8 ar /0 8 ab r/0 m 8 ai /0 8 ju n/ 08 ju l/ 0 ag 8 o/ 08 se t/ 0 8 0,0 Hidráulica Térmica Convencional ENA x 0,5 EAR x 0,1 S N NE SE/CO Fig. 2. Evolução da geração por fontes e energia dos reservatórios em relação ao PLD (Dados: [9]. Elaboração própria) O fornecimento de energia aos sistemas elétricos do 8.735 7.380 7.039 6.917 6.600 6.330 6.235 6.107 5.928 5.764 5.554 5.363 5.279 5.151 5.083 4.963 4.884 4.756 4.611 4.500 4.267 4.120 3.942 3.791 3.604 3.441 3.220 3.000 2.763 2.618 2.392 80 550 1.967 500 Preço de curto prazo - PLD [R$/MWh] 0,00 60.000,0 Potência Disponível [MW] CVU_jan/07 CVU_Mai/07 CVU_ago/07 CVU_Set/07 CVU_Out/07 CVU_Dez/07 CVU_Jan/08 CVU_Fev/08 CVU_Mar/08 CVU_Set/08 CVU_Nov/07 Fig. 4. Evolução do Custo Variável Unitário pela potência disponível (Dados: Arquivos DADGER.RVX - do DECOMP, decks de Janeiro de 2007 e 2008. Elaboração própria) A. Simulação do PLD para o inicio de 2008 Para verificar a tese que a disponibilidade de GN acentuou significativamente a elevação dos preços da eletricidade no início de 2008 foi simulado o PLD utilizando o NEWAVE e o DECOMP alterando-se as disponibilidades das térmicas do modelo. Para se alterar a curva do custo variável de operação das 8º CONGRESSO LATINO AMERICANO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CLAGTEE 2009 térmicas convencionais foi adicionada a potencia das térmicas a GN que operavam em janeiro de 2007 com fator de carga de 75%. Então foi recalculado o custo marginal de operação para o mês de Janeiro de 2008. A Figura 5 mostra as curvas de CVU com e sem alteração. Os resultados obtidos (Figura 5) mostram que a alteração da curva de CVU impacta no custo da água, conseqüentemente altera o custo marginal de operação que formará o PLD ao ser limitado pelo piso e teto estabelecido para o período. Evolução do cus to variável de ope ração (CVU) em relação a potê ncia disponível das térm icas convencionais 1000,00 900,00 CVU [R$/MWh] 800,00 700,00 600,00 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00 Potência Disponível [MW] CVU_Jan/08 CVU_Jan/08_alt Fig. 5. Curvas do custo variável unitário das térmicas convencionais para Janeiro de 2008 (Fonte: CEAR. Dados: Arquivos DADGER.RVX - do DECOMP, decks de Janeiro de 2007 e 2008. Elaboração própria) Observa-se que o CMO com alteração, onde uma parcela maior da potência das térmicas a GN não estava disponível, é 28% menor que o real para 3 semana de Janeiro, quando o PLD alcançou o teto. TABLE II PREÇOS MARGINAIS DE OPERAÇÃO COM E SEM ALTERAÇÃO NA CURVA DE CVU Janeiro de 2008 sem alteração 4 geração de energia elétrica como principal vetor da volatilidade do preço da energia no curto prazo. Sem dúvida, sabe-se que a energia armazenada nos reservatórios é a variável principal que forma o PLD. Porém, este tem uma volatilidade acentuada pela variação da disponibilidade das térmicas que são associadas ao sistema para absorver o risco hidrológico. Contudo, não fica claro a real obrigação dos agentes frente a garantia desta energia de segurança. Pois, para evitar o risco de déficit o governo federal transferiu para os consumidores, através do ESS, os custos do risco hidrológico e de disponibilidade de insumos das térmicas, enquanto os geradores, responsáveis pela gestão deste risco, deveriam arcar com este custo. Sendo papel do governo desenhar e informar para sociedade os direitos e responsabilidades de cada parte, essa falta de transparência em relação às obrigações dos agentes e razões para decisões como o despacho fora da ordem de mérito acarreta na socialização dos prejuízos do setor, mesmo quando oriundos de más decisões de investimento públicos e privados. Isso não só onera a sociedade, divergindo com o principal objetivo do modelo, a modicidade tarifária, mas onera sobremaneira as indústrias em geral e questiona a credibilidade do mercado de energia elétrica, elevando o risco para investimentos tão necessários para expansão do setor. VI. AGRADECIMENTO Os autores agradecem a contribuição de ... que disponibilizou o acesso aos programas NEWAVE e DECOMP para simulações. Janeiro de 2008 Alterado 29/dez 5/jan 12/jan 29/dez 5/jan 12/jan SE 248,79 472,1 637,23 186,15 362,28 496,84 496,84 S 248,79 472,1 637,23 186,15 362,28 NE 250,79 472,1 632,39 192,73 374,56 496,84 N 250,79 472,1 637,23 192,73 374,56 496,84 Esta simulação apenas alterou a curva no mês em que houve o pico do PLD, Janeiro de 2008. Este impacto é ainda mais notável se simulado o período inteiro de 2007 sem restrição de GN. Com uma curva de CVU com patamares mais baixos ao longo de 2007, como era observado no início de 2007, o modelo pouparia mais água durante o período seco e a energia armazenada nos reservatórios seria maior em Janeiro de 2008, o que atenuaria ainda mais o pico do preço neste mês. Para este cenários, estimativas levantadas pela ABRACE [2] apontam para um CMO médio para os meses de 2008 em torno de R$ 200,00 por MWh sem despacho fora da ordem de mérito. V. CONCLUSÕES Este estudo apresenta uma visão geral do SIN em relação à capacidade instalada, distribuição da oferta e formação do preço de curto prazo, e aponta para a oferta dos insumos da VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] MAURER, L., Modelos e Leilões – A Experiência Internacional, VI encontro dos associados da ALPINE com seus convidados. Tema: “O momento atual do setor elétrico brasileiro”, Brasília, 2005. [2] ABRACE – Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres, Relatório Técnico ABRACE, São Paulo, SP, 2008. [3] COMIT Free To Air. Apresenta series históricas do preço spot da energia elétrica no mercado Neozelandês. Disponível em: < www.comitfree.co.nz/fta/media_releases.home > Acesso em: 8/02/2008. [4] NEMMCO - National Electricity Market Management Company. Apresenta series históricas do preço spot de eletricidade no mercado Australiano. Disponível em: < www.nemmco.com.au/data/avg_price/averageprice_main. shtm#Avemonthprice > Acesso em: 8/02/2008. [5] Nord Pool Spot. Apresenta histórico da evolução das reformas que deram origem ao NordPool. Disponível em: < www.nordpoolspot.com/about/History > Acesso em 8/02/2008. 8º CONGRESSO LATINO AMERICANO DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CLAGTEE 2009 [6] Nordic Power Exchange. Apresenta series históricas do preço spot da energia elétrica nos mercados do NordPool. Disponível em: < www.nordpool.com/ > Acesso em: 8/02/2008. [7] BCB - Banco Central do Brasil. Apresenta series históricas para conversão de diversas moedas. Disponível em: < www.bcb.gov.br > Acesso em: 18/02/2008. [8] X-rates. Apresenta series históricas para conversão de diversas moedas. Disponível em: < www.x-rates.com/ > Acesso em: 18/02/2008. [9] ONS – Operador Nacional do Sistema, Dados Técnicos do SIN, Informações disponível em página de internet, 2008. Disponível em: < www.ons.org.br/ > Acesso em: 9/10/2008. VIII. BIOGRAFIAS RAPHAEL BERTRAND HEIDEIER, nascido em São Paulo, Brasil, em 18 de Maio de 1981. Graduado em Engenharia Naval e Oceânica pela Universidade de São Paulo (2006). Possui dois anos de experiência profissional em planejamento logístico na indústria. Atualmente é aluno de mestrado e pesquisador do Centro de Estudo e Análise de Risco no Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. FERNANDO AMARAL DE ALMEIDA PRADO JÚNIOR, possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (1977), mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (1994), doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e pós - doutorado pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor de pós-graduação da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração de Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: energia, mudanças climáticas, setor elétrico, reestruturação, tarifas, avaliação de risco e regulação. Entre os cursos de especialização realizados dois destaques: Energy Management Kytakyushu University (1990/1991) Climate Change Science, Impacts and responses- Imperial college, Londres, 2007. Atuou na CESP, Secretaria de Energia e na Comissão de Serviços Públicos de Energia do Estado de São Paulo onde foi Comissário Chefe. Atualmente é sócio da empresa Sinerconsult Consultoria e Treinamento Ltda. MARCO ANTONIO SAIDEL, Professor Livre Docente, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Atua na área de gestão e uso eficiente de energia e de regulação energética, ministrando disciplinas de graduação, pós-graduação e cursos de especialização. Tem coordenado e participado de projetos de pesquisa junto à ANEEL, ANP, PETROBRAS, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, BANCO MUNDIAL, CESP, ELETROPAULO, FINEP, INFRAERO, BNDES, PROCEL, ELETROBRÁS, SABESP e diversas prefeituras municipais do Estado de São Paulo. Responde pela Coordenação do pureusp – Programa para o Uso Eficiente da Energia Elétrica na USP e Coordenação do GEPEA/EPUSP – Grupo de Energia do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 5 MARCOS ZAPPAROLI UEOCKA, é natural de São Paulo, Brasil. Ingressou em 2006 na graduação em Engenharia de Energia e Automação Elétricas pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (PEA-USP). Possui um ano de experiência em pesquisa, como aluno de iniciação científica no Centro de Estudo e Análise de Risco no Departamento do PEA-USP (2008).