Confluências Nº 20

Transcrição

Confluências Nº 20
BOLETIM ESCOLAR
Confluências
Confluências
(2ª Série)
setembro / dezembro
2012
BOM ANO LETIVO 2012-2013!
“… é fraqueza/ Desistir-se da cousa começada.” Camões, Os Lusíadas, c.I, est.40
Como é já
tradição,
o novo ano letivo
iniciou-se com um
encontro-convívio
aberto ao corpo
docente e aos funcionários da escola.
Em ambiente descontraído, preencheu-se uma
manhã de sábado
com uma visita a
alguns recantos
familiares dos poetas Mário de Sá
Carneiro (ex-aluno
do Liceu Camões) e
Fernando Pessoa,
sob a orientação da
olissipógrafa Marina Tavares Dias.
O Movimento Camoniano, embora com
alguns dos seus elementos fundadores já
na universidade, mantém-se presente na
Escola Secundária de Camões e pugna
pelos seus objetivos.
«Vamos juntar pessoas de todas as idades e
origens que se interessam pelo voluntariado e a
solidariedade com aqueles que pertencem já a
associações e querem divulgar o seu trabalho!
Contamos com a participação de vários oradores, muita música e dança, e convívio para que
haja comunicação direta entre as pessoas e
troca de contactos!»
(Movimento Camoniano)
O restaurante
Martinho da Arcada acolheu os visitantes e propiciou
um repasto poético!
Nesta edição:
Scriptomanias
p. 2-7
Cartas de Amor (de
Mariana a Simão)
p. 8
Edgar Allen Poe
p. 9
Em Inglês & Alemão
p. 10
Camões no (exp. 11
liceu) Camões
Breves
Feliz Natal & Bom Ano 2013!
p. 12
Página 2
Confluências
SCRIPTOMANIAS - Memórias...
Agora, adolescente, olho para a minha infância como
algo já passado há muito tempo… apenas frágeis
memórias que se preparam para desaparecer. No entanto, da minha fase de criança, existem momentos que nunca hão de
deixar de fazer parte de mim.
Não sei ao certo quando aconteceu, mas
recordo-me de ser a festa de aniversário
do João – meu colega até aos 10 anos.
Toda a nossa turma estava em casa dele,
alguns no quarto, outros no quintal… outros no corredor. E havia uma só razão para nos termos concentra-
do no corredor: a minha melhor amiga da altura, a
Marta, permanecia aí, junto da escrivaninha, apontando um punhal ao peito. Afirmava matar-se ali mesmo,
e só eu sabia o porquê dessa vontade. Entrei em pânico. Que podia eu fazer para a ajudar?
Senti que a vida da Marta estava nas
minhas mãos. Para meu alívio, a mãe do
João apareceu e arrancou-lhe a faca das
mãos.
Hoje, esta situação mantém-se cravada
no meu coração, bem como os motivos da
Marta, que acordamos guardar connosco
para sempre e nunca os contar a ninguém.
Adriana Jorge, 10º E
Memórias de um ciclo ainda mais pequeno. Eram
grandes e velhos os muros
Recordo-me
perfeita- que cercavam o pátio,
mente do ensino primário, cobertos de musgo e dificída minha escola, dos meus limos de trecolegas e até dos professo- par. A única
res e auxiliares. Sim, maneira de o
recordo-me daquela escola, subir era corvelha, algo suja e destruí- rendo através
da. Mas, por detrás de de uma estreitodos os defeitos, escondia- ta rampa ao
se uma escola divertida longo de uma
onde cresci feliz e onde se das
paredes,
constrói educação.
coisa que quaA escola estava em se ninguém alcançava.
obras, havia andaimes por Aliás, era o sonho de todos
toda a parte, o que torna- chegar ao topo do muro,
va o nosso mísero pátio mas apenas os “matulões”
conseguiam essa proeza.
Sempre fomos amantes
de futebol, mas era proibido. A única maneira de
nos divertirmos era chutando
um
pacote de leite vazio, fingindo jogadas
de futebol e
marcando
golos
“à
Ronaldinho”.
As balizas eram linhas
desenhadas a giz pelos
muros da escola. Conforme fazíamos um jogo a
Marcas de Infância
Título: Confluências
Iniciativa: Departamento de Línguas
(Grupo Disciplinar de Românicas)
Coordenação de edição: António Souto, Manuel Gomes e Lurdes Fernandes
Periodicidade: Trimestral
Impressão: GDCBP
Tiragem: 250 exemplares
Depósito Legal: 323233/11
Propriedade: Escola Secundária de
Camões
Praça José Fontana
1050-129 Lisboa
Telefs. 21 319 03 80 - 21 319 03 87/88
Fax. 21 319 03 81
seis ou um “baliza a baliza”, aparecia a diretora,
furibunda e exaltada. Só
nós sabemos o que é ficar
virado para a parede
durante uma aula inteira,
sem nada que fazer e
ansiosos pelo fim do castigo. Tudo isto por causa de
um simples pacote de leite!
Enfim,
foram
estes
divertimentos
e
estas
recordações que tornaram
a minha infância um infinito livro de histórias.
Diogo Santana, 10º E
Felicidade que cria memórias
Flauta Mágica era o nome do teatro. O dia da peça é aquele de que
melhor me recordo, quando todos juntos demos as mãos e cantámos o
“adeus” a todos aqueles que nos fizeram prosperar e encontrar o nosso
caminho. O final daqueles longos anos, passados naquela que foi a minha
segunda casa durante oito anos, tinha chegado. Foi a meta da nossa jornada, e a saudade invadiu-nos mais cedo e escorria-nos pelo rosto.
Foi na escola que dei os meus primeiros passos, assim como as minhas
primeiras quedas. Disse as minhas primeiras palavras,
assim como aprendi com os meus erros a expressar os
meus sentimentos. Durante aqueles últimos meses
aproveitei minuto a minuto a euforia dos risos e a energia dos momentos. Naquele lar fui feliz com aqueles
que sempre me amarão.
Hoje, quando me sinto mais fraca e desprotegida,
sonho em voltar a fazer parte daquele maravilhoso lar.
Daniela Campos, 10º E
Quadro de Claude Monet
Página 3
Confluências
SCRIPTOMANIAS
É fraqueza…
Desistir deixa sempre impressa,
inevitavelmente, aquela sensação
de fraqueza que nos faz duvidar da
simplicidade do nosso reflexo ou da
confiança que depositamos no espelho que nos jura verdade. Apesar
disso, faço questão de me deitar
numa cama limpa, sabendo que não
é nesse mundo que amanhã vou
acordar. Mundo esse que não é
fatalmente banhado a tons de preto
e branco, e que o cinzento não cai
em esquecimento.
Rotula-se de fraqueza o monstro
que se entrega ao escuro, quando a
sua última gota de suor beija o chão
enquanto restam desejos por queimar agarrados às paredes do coração.
Fraqueza que se apodera da fé que
nos guia na neblina, que se desfaz
nas mãos frias de um bicho tão sozinho quanto a sua vontade de saber
amar. Quero satisfazer o apetite
desse ser mesquinho, quebrar fraquezas que lhe distorcem a visão do
que é continuar, encontrar luz num
dia em que ninguém a queira dar a
quem a procura.
Animal moribundo de alma com-
primida pela indecisão que lhe
preenche de dentro para fora todos
momentos que lhe fogem para
outros dias, dias que teimam em
não existir, que se refugiam no aleatório do que virá a ser.
Desistir soa a ingratidão, a mim
sabe-me a vitória sobre o universo,
e ele concorda. Mas quem sabe, talvez esteja errado, talvez isto não
passe de uma mentira que tento
injetar no meu subconsciente, talvez tenha de mudar de espelho.
Leonardo Rabino, 12º G
Passeios de verão
Os meus verões foram sempre uma animação, uns mais que outros, mas todos muito divertidos. Ou havia de
ir com a minha família até ao Algarve ou havia de andar às voltas por Lisboa.
Durante toda a minha infância me habituaram a passar férias no Algarve. Brincar na praia e comer gelados
eram as atrações principais.
Mas, ao longo dos anos, fui perdendo esse hábito. Não sei se foi por causa do crescimento ou da crise. Não sei.
Só sei que, mesmo sem praia, passei verões muito divertidos apenas deambulando por Lisboa. Saía de casa cedo
para voltar tarde, para andar e transpirar, para parar e descansar envolto no chilreio dos pássaros e no corrupio dos carros a passar. Isto tudo enquanto contemplava pequenas nuvens no céu limpo com sol radioso. Parecia um poeta!
Mas não era poeta. Era apenas um adolescente com vontade de sair e relaxar, dependente das suas pernas e
da sua vontade.
As vindas para casa também eram interessantes. O poder sentar-me, enquanto fazia um som de cansaço, deixava sempre um humor no ar.
E assim, com imaginação, se podem passar férias excelentes!
Diogo Santana, 10º E
nada de meu…
Quem me dera poder ficar, contribuir com mais alguma coisa para a vida das nossas lindas filhas, vê-las
crescer… Mas não tenho condições. Fui pedindo
empréstimos para lhes proporcionar o melhor, fiandome no meu salário para os pagar; agora, estando
desempregado há dois anos e meio, já nem para comer
tenho. Sou apenas um fardo para vocês. Não tenho o
direito de pedir que me alimentem e me deem teto, que
abdiquem de algo para sustentar um homem inútil.
Peço-te, Mariana, meu amor, que compreendas a
minha decisão e tentes explicar à Susaninha e à Rita
que é para o bem de todas. Vou ter muitas saudades
vossas! Só espero que a vossa vida melhore.
Amo-vos muito!”
Carta de despedida
08.10.2012
“Dívidas, dívidas… e mais dívidas… Já não dá para
António Marques (45 anos)
aguentar. Toda uma vida trabalhei para conseguir
algum dinheiro para viver e, aos 45 anos, já não tenho
Adriana Jorge, 10º E
Página 4
Confluências
SCRIPTOMANIAS
Uma hora de Porto
Não há alma que não passe sem
pensar nisso, que não se questione
de como será aquela sensação.
Há quem a sinta, e toda a gente
afirma de peito erguido que se trata
de uma sensação única e exclusiva,
não digo que não, pois não somos
mais do que um saco onde são despejadas emoções e sentimentos que
rejubilam pelas ruas do Bairro Alto,
e eu não estou mais cheio que ninguém.
Mas hoje só especulo, desabafo e
invento delírios de um guedelhudo
tresloucado que vê poesia num saco
de plástico ao vento. Especulo sobre
aquela sensação que se prolonga por
noites que pecam por ser curtas e
por deixarem a língua a saber a
pouco. Quero mais. Resume-se a
isso.
Peço perdão, hoje não estou para
poesias, hoje dedico-me ao banal e
tosco desabafo, mas não um de
lágrima no olho, a que se segue uma
outra que cai no balde de gelo onde
se afundam as mágoas que numa
quinta-feira se não afogam no Bairro. Talvez até invente uma história
sobre como aquela sensação surgiu,
uma história daquelas que passam
a filmes em que o herói morre no
fim com a cabeça a repousar no colo
da sua amada e a quem dedica os
seus últimos pedaços de oxigénio
que queima com palavras de amor.
Por muito que estas ideias se façam
ouvir (num eco que acordará todos
os momentos, incrustados na minha
mente, que remontam à noite em
que aquela sensação se apoderou
deste meu triste cadáver ambulante), irei cair sempre na desgraça
inoportuna que é a realidade, realidade que se baseia nestas amargas
e ermas palavras "as coisas complicam-se". Talvez seja como encontrar
uma fotografia de um casal, que já
não se pertence, e que traz sempre
uma mistura inaceitável de sentimentos e emoções.
Foi preciso um pôr do sol queimado ao som de um Douro embalado
nas melodias rasgadas e cruas das
colunas (que faziam sentir a tua
ausência), para me ocorrer de que é
isto que quero, esta sensação, este
sentido literal da palavra paixão
que nestes dias está mais pisada
que uma pastilha no cais do metro,
uma paixão que se faça sentir, que
abra feridas onde não se julgava
possível sangrar, e que esse sangue
jorra com toda a felicidade que este
sentimento se permite deixar supor
nesta tão tenra e inocente idade. A
palavra está macerada como nunca,
e, como a pastilha do metro, este
sentimento fica sujo e apodrece na
maior solidão do mundo que se
encontra num dia em que o espaço
que separa dois corpos não chega
para matar a sede da sensação que
os une.
As coisas complicam-se, mas hoje
não, hoje durmo enrolado numa
sensação pura e limpa. Enfim, toda
a gente tem direito à sua cena de
verão.
Leonardo Rabino, 12º G
O início do amor
Quando entraste na sala, olhei para ti. O teu
corpo tão desproporcional ao meu despertou em
mim uma certa curiosidade. Os meus olhos fixaram
-te e gravaram-te na minha mente. Forcei-os a desviar-se, virei a cara. Mas a tua imagem não abandonava o meu pensamento. Tornei a voltar ligeiramente a cabeça, para te ver discretamente pelo
canto do olho, como uma pequena criancinha
espreitando algo proibido. Reparaste. Sorriste
docilmente e, nas tuas faces, duas covinhas inocentes. Derreteste-me a alma. Sabia que, a partir
daquele momento, jamais te esqueceria.
Na aula seguinte, sentaste-te a meu lado. Fingi que me era indiferente e evitei a todo o custo olhar-te nos
olhos, falar contigo. Depois, pediste-me um lápis e, ao dar-to, tocaste-me ao de leve nos dedos. Um toque eletrizante que me causou um arrepio e me fez volver novamente a cara. Agradeceste, num tom grave e meigo, atingindo o meu coração e acalmando o meu nervosismo. Sorri para dentro, disfarçadamente.
Agora, quando estou contigo, a minha pulsação dispara, fazendo-me contorcer, envergonhada, esconder a
minha cara por detrás da franja… Talvez estranhes, mas não perguntas. Limitas-te a continuar a sorrir.
Não sei se é da tal curiosidade, ou do poder de sugestão da minha mente, mas estar perto de ti, ouvir-te
falar, é uma necessidade. O meu cérebro interpreta-te como uma droga à qual me aprisionei sem querer, mas
que não quero largar.
Adriana Jorge, 10º E
Página 5
Confluências
SCRIPTOMANIAS
“Como posso morrer sem ver cada centímetro deste mundo?”
Leonardo DiCaprio
A viagem de uma vida
É exatamente isto que pergunto a mim mesma várias vezes. Tendo a noção de que existe tanto à minha volta,
tantas culturas, tantas pessoas, tantos lugares a conhecer, como é que posso contentar-me com aquilo que já me
é familiar?
Gostava de conseguir deixar tudo para trás e de ir à descoberta do mundo. Não viajar simplesmente, não, não
é isso que tenho em mente. Quero, tal como uma grande amiga minha diz, “pôr a mochila às costas e ir conhecer o mundo”. Ao contrário do que muitos adolescentes chegam a pensar a uma certa altura das suas jovens
vidas, eu não quero fugir daqueles e daquilo que me rodeia, mas sim quero enriquecer a minha personalidade e
a minha mente com conhecimento e diversidade, pois o mundo não é todo igual, para depois partilhar tudo com
aqueles que irão ficar à espera que eu volte. Quero descobrir as diferenças e as igualdades entre os povos; quero
fotografar cada cidade, cada floresta, cada oceano e mar; quero ver e compreender o que é que cada pessoa de
cada canto do mundo considera ser a beleza, a felicidade e a tristeza. Quero experimentar comida interessante
e fora do comum. Quero fazer tudo isto e muito mais!
Tenho a certeza de que ao viajar e ao ver como as coisas são lá fora, veria, ao voltar, o que tenho agora de
maneira diferente, pois não quero ver sítios “bonitos”, “luxuosos”, “conhecidos”. Quero ver o dia a dia e os lugares de pessoas comuns. Ver as suas dificuldades e desfrutar daquilo que as faz felizes. Quero emocionar-me,
quero dançar, quero sorrir, quero dormir pouco, acordar com o nascer do Sol, quero deixar de me importar tanto
com coisas banais. Quero passar por experiências que deixarão a sua marca na minha vida e no meu coração!
Acredito que, um dia, irei mesmo preparar-me para a viagem de uma vida.
Anca Ciuntu, 11º E
Era uma vez uma rapariga de 14 anos, chamada
Mariana. Era uma rapariga muito inteligente e bonita,
os seus cabelos eram loiros e os seus olhos eram azuis,
faziam lembrar a água do mar. Ela era uma rapariga
muito popular na sua
escola,
andava no 9º
ano. Adorava ajudar os seus amigos e tentava dar-lhes os melhores conselhos. Era muito boa aluna a ciências, matemática, físico-química, inglês e português. O seu grande sonho era chegar ao final do 12º ano e ter média
para conseguir entrar na faculdade de medicina.
Quando chegou ao 10º ano, decidiu ir para a área de
ciências. Adaptou-se muito bem à escola, fez novos
amigos e gostou dos professores e da turma. Até ao 9º
ano, Mariana não estudava para os testes, só estava
atenta nas aulas e isso bastava-lhe para ter boas
notas.
No 10º ano, a rapariga pensava que o nível de dificuldade não aumentava muito, e por isso continuava
com a mesma atitude que tinha tido até ao 9º ano. Não
estudava, só estava atenta nas aulas. Chegou ao final
do 1º Período e a média dela era 15. A justificação para
aquela média ‘’ baixa ’’ na cabeça dela era devido à
mudança de escola e de ciclo, e então, pensou que se
ela se aplicasse mais um pouco nas aulas e se começasse a estudar, teria melhores resultados. Mas ela não
fez bem assim, estava ainda mais concentrada nas
aulas, mas só na véspera é que estudava para os testes. Quando chegou ao final do 2º Período, a média dela
só tinha subido 1 valor.
Mariana
começou
a
ficar desanimada e quase
a meio do 3º
Período ficou com a certeza de que queria desistir do
seu sonho e mudar de área, para uma mais simples.
Numa aula de português, o professor mandou como
trabalho de casa para o dia seguinte, lerem um canto
d’Os Lusíadas. A rapariga chegou a casa muito desanimada e foi ler o canto que o professor tinha pedido
(ela adorava ler). Quando o estava a ler, encontrou
dois versos que diziam: ‘’ é fraqueza / Desistir-se de
cousa começada ’’ . Assim que acabou de ler aqueles
versos, e depois de muito pensar, disse a si própria que
não era fraca nem pessoa de desistir dos seus objetivos. E se o sonho dela era ter médias altas, ela prometeu a ela própria que as iria conseguir e que as ia ter.
Assim que chegava a casa, estudava entre 30 a 45
minutos a matéria que tinha dado nesse dia. Começou
a ter notas belíssimas e quando acabou o 12º ano, conseguiu entrar na faculdade que queria, tirou o curso, e
hoje é médica, que era o seu grande objetivo!
Andreia Afonso, 10º A
Página 6
Confluências
SCRIPTOMANIAS
Férias…
As férias são o meu
retiro.
Abstraio-me
de tudo o que me possa lembrar da palavra ‘responsabilidade’, pois é o antónimo perfeito daquilo que eu queria ser nestas férias:
‘descansado’. Assim o fiz!
Naveguei pela música e a música navegou por mim.
O principal holofote das férias. Onde fui e com quem
estive, foi sempre com música. Aventurei-me no desporto, na família, nas amizades, nas festas e, claro, no
Garrafa de água
Hoje em dia, o valor de uma garrafa de água varia muito, devido ao
seu tamanho e marca. No seu conteúdo está sempre a mesma coisa, a
água. Independentemente da sua
“composição analítica típica”, presente em todos os rótulos, aquele
líquido transparente é basicamente
o mesmo. Mas, mais importante do
que o seu conteúdo, o que conta
mesmo, é a imagem que uma garrafa transmite do seu detentor.
Ter uma garrafa criteriosamente
colocada à vista de todos e ao nosso
alcance é o primeiro passo para sermos ouvidos, respeitados e levados
a sério, numa conferência por exemplo. Penso que a garrafa até já pode
ser considerada um objeto de inveja
entre todos os indivíduos, desde as
pequenas crianças da creche até aos
atarefados adultos.
É na creche que tudo começa; é lá
que as crianças dão os primeiros
descanso. Mas tudo isto com música. Até para adormecer.
Li alguns livros, vi filmes, ouvi música, visitei
sítios… Ou seja, acalentei a mente com cultura.
Em paralelo com tudo isto, fui muito igual aos outros
e aproveitei a época balnear, quer tenha sido na selva,
quer tenha sido nos conhecidos litorais.
Somando toda esta diversidade de palavras, o resultado é este: aventurei-me a ser feliz. E fui, sim!
Vim com outro olhar e outra postura para enfrentar o
mundo.
Fernando Loureiro, 11º E
passos da sua vida ao lado das garrafas. Levar uma garrafa de água
na lancheira permite a uma criança, mesmo não fazendo parte das
mais populares, ser das mais respeitadas e consideradas pelos adultos. Essa mesma criança é provavelmente a que recebe a maior bolacha, a que brinca mais tempo e, talvez quem sabe, a que pode dormir
mais.
Entre os jovens, a garrafa de água
pode ser considerada um objeto que
só os “certinhos” possuem. Pode ser
um motivo de gozo, assim como usar
óculos. Mas, para esses jovens, os
“certinhos”, ter uma garrafa de
água à sua frente, na sala de aula,
nem que esteja vazia, é um símbolo
de responsabilidade e correção!
Na idade adulta, todo aquele tempo preenchido com reuniões, entrevistas, palestras ou conferências,
faz com que beber água em público
não seja feito de uma forma qualquer. A melhor maneira é usando a
Um sonho improvável
Era uma vez uma menina, Rosa, que tinha um sonho: ir a
África.
Os poucos homens que de lá tinham voltado contavam que
as pessoas, lá, eram escuras como a noite, com um olhar
estranho e um amor diferente.
Rosa queria sentir esse amor, e continuava a sonhar, até à
noite em que não quis sonhar mais…
Partiu, sozinha no silêncio da noite, remando na escuridão.
Remava, remava, remava…mas cada vez se sentia mais perdida no mar imenso… Um sentimento de medo e de desespero invadiu-a quando percebeu que já não sabia em que direção remar. Desolada, deixou-se engolir pela escuridão, caindo
garrafa e um copo de vidro ou plástico. Portanto, para um adulto respeitado e atarefado, ter uma garrafa e um copo à sua frente fazem tanto sentido como um rei ter uma
coroa e um cetro.
Se no mundo só existissem estas
pessoas, fãs e amantes da água
engarrafada, estávamos bem… o
problema é que, como em tudo, existem ovelhas negras. São aquelas
pessoas, de criação inexplicada, que
apenas compram as garrafas, ingerem a água e
as lançam
para o local
menos indicado, o caixote
do lixo
comum. Pelo
menos que as colocassem cuidadosamente no ecoponto amarelo…
Renato Dias, 11º G
num sono profundo e perturbado.
Nessa noite, sonhava que estava perdida, quando ouviu
uma voz:
– Não mereces sonhar se desistires depois de tanto esforço.
Estou desapontada contigo por teres perdido a esperança –
disse a voz, lenta e chorosamente.
Rosa escutou e questionou-se. Seria a voz da sua consciência?
Um novo dia despertava, com o sol imponente a surgir no
horizonte, sobre o mar imenso. Então é que Rosa se lembrou
do que lhe contara um navegante: “África, a terra onde nasce
o sol”, e, movida por uma nova força, remou em direção ao sol
nascente, rumo a África.
Clara Cottet, 10º A
Página 7
Confluências
SCRIPTOMANIAS
Velejar dá-nos uma sensação de liberdade indescritível
mas, ao mesmo tempo, mostra-nos a força do mar e a
do vento.
Por vezes, há
É preciso uma certa calma e sabedoria. Temos que
todo um conjunto de expressões que o seu desconheci- caçar e folgar a vela no momento certo, morder os
mento nos leva às mais caricatas situações.
cabos, mudar de bordo rapidamente e comandar bem o
“Caça e morde” é um dos mais variados exemplos.
leme. Nem sempre, com tudo isto em sintonia, o barco
Das primeiras vezes que me disseram isto cheguei
se mantém estável. É nessas alturas que o meu tio grimesmo a perguntar “Mordo? Como?” e por muito pouco ta “TUDO PARA TRÁS!”, aí temos que nos deitar,
não cheguei a pôr o cabo na boca, quando era suposto
ficando praticamente fora do barco, para que este se
prendê-lo entre duas peças de plástico.
equilibre.
O meu tio não perdoava cada vez que dizia “corda”
Quando vemos o mastro do barco quase a tocar na
em vez de “cabo”, pois na realidade são duas coisas
água, pensamos nas mais variadas coisas: nos treinos
completamente diferentes. Tão diferentes como quando de abdominais que devíamos ter feito ao longo do ano,
ele dizia “vejo uns carneiritos lá fora” e eu imaginava
ou na forma de como prevemos cair.
um rebanho a pastar. Na verdade, eram as ondas de
Velejar é um misto de sensações! Mas o melhor é conespuma no meio do mar, devido à força do vento.
fiar em nós, no outro e aproveitar a viagem, desde as
Ir ao mar, com bandeira encarnada e algum vento
ondas que nos passam por cima aos golfinhos que se
(quando se avistam alguns “carneiritos”, mas não mui- avistam lá ao longe.
tos) é das melhores coisas a fazer, num dia de sol.
Maria Dias, 11º E
Uma
paixão…
Vezes e vezes sem conta
Carreguei no play.
Em menos de segundos começaram a chegar aos meus ouvidos sons que me faziam
relembrar diversos momentos. Os sons percorriam o meu corpo e eletrizavam cada
célula por onde passavam. Eu ouvia atentamente, deixava que o ritmo me coordenasse o espírito e dançava sem qualquer tentativa de controlo do meu próprio corpo.
Voava enquanto dançava e sonhava enquanto cantava.
Cada batida me fazia mexer e rodopiava no pouco espaço disponível. Os meus braços mexiam-se involuntariamente. As minhas pernas fugiam ao meu controlo. A
minha mente esvaziava-se aos poucos até já não pensar em mais nada que não a
sensação de liberdade que sentia cada vez que a música começava.
Mas como tudo o que começa tem de acabar… assim, a música chegava ao fim e eu acabava por aterrar, de
novo, na minha realidade. Até que surgia outra melodia e tudo se repetia…
Ana Catarina Lopes, 11º E
“Xifen, uma amizade que ainda perdura.”
Lembro-me vagamente do meu primeiro dia no jardim-de-infância.
Estava assustada, pois não conhecia nada nem ninguém… Tinha receio de não conseguir fazer amigos,
mas para uma criança de seis anos acho que era normal sentir-me assim; porém, não gostava da sensação!
Durante a manhã, permaneci com um olhar tímido no rosto, junto às educadoras que, com um enxergar
atento, tomavam conta de todas as crianças que corriam alegremente naquele recreio, até que decidi
falar. Inquiri, então, se podia ir beber água, e responderam-me rapidamente que sim, acrescentando ainda as palavras “Pede a uma colega que te mostre onde são as casas de banho.”
Olhei à minha volta e vi uma rapariga com um sorriso nos lábios a quem perguntei se me podia levar às
casas de banho. Continuou sorrindo, pegou a minha mão e levou-me.
E assim, com uma simples pergunta e um simples gesto, nasceu uma grande amizade que ainda perdura apesar da distância entre nós.
Joana Garcia, 10º E
Página 8
Confluências
CARTAS DE AMOR (de Mariana a Simão)
No debate intitulado "Amor de Perdição na perspetiva dos amores juvenis de hoje", realizado no CCB a
24 de outubro, estiveram a representar a nossa escola a professora Cristina Duarte e as alunas Catarina
Letria, Maria João Pica e Rita Gutierres.
Após a apresentação das alunas, a professora Cristina Duarte referiu a metodologia utilizada para a concretização deste projeto, salientando que o resultado final – cerca de 27 cartas – foi de grande
qualidade.
(Este debate foi filmado e transmitido em direto pelo Diário de Notícias.)
De: Mariana
meu pai proferiu tal palavra que imagino mil planos para
Para: Senhor Simão que se torne real. Oh senhor Simão, que tanto sofreu mas
nunca sozinho, tudo o que fiz foi por amor, pelo amor tão
Meu querido senhor Simão, desde já lhe peço perdão por o grande que lhe tenho, nunca lhe pedi nem mesmo passou
tomar como meu, mas creio que ao fim de tantos anos ao seu pela mente pedir-lhe, ou esperar, que me amasse em troca.
serviço, e amá-lo como sei que nenhuma outra o amou, lhe É você talvez a pessoa mais corajosa, o homem mais bravo
posso chamar de meu, uma vez que seja nesta minha vida de e valente que conheci e é também o mais romântico, oh meu
tormenta.
deus, creia em mim quando digo que dava a minha vida por
Sei que, como homem inteligente que é, neste momento se um homem assim, que darei, senhor Simão, acredite que
estará a interrogar sobre como fui eu capaz de lhe fazer che- darei, porque nada tenho já, meu pai... meu querido pai, falegar tais palavras, no entanto esclareço-lhe já todas as suas ceu, e o senhor? Dentro em pouco estará junto dele, diga-lhe
dúvidas, lembra-se da minha amiga, a Brito do convento a que não tardo em ir ter com ambos, mas antes, diga-me, que
quem me pediu o favor de lhe entregar uma das suas cartas faço cá eu se desde que me lembro a minha função nada é se
para D. Teresa? Pois bem, dessa mesma vez, pedi-lhe que não cuidar de si? De quem cuidarei? Por quem sofrerei senão
escrevesse por mim tudo o que eu não era capaz, palavras pelo senhor? Ninguém, mais ninguém é merecedor do meu
para lhe dizer nunca me faltaram e vi nela a oportunidade sofrimento e das minhas lágrimas, que são suas, que escorpara que, um dia, as pudesse ler.
rem por si e pelo seu sofrimento.
Durante todos estes meses, cuidei de si tal como o meu que- Meu querido Senhor Simão, muitas cartas pode ter recebirido pai, já falecido, João da Cruz, queria. Será que ainda se do da sua amada, D. Teresa de Albuquerque, mas acredite
recorda das palavras dele quando o entregou ao meu cuida- que nenhuma foi escrita com tanto amor e sofrimento como
do? Todas as manhãs o ouvia repetir "tenho dito, rapariga; esta minha que recebe, da sua Mariana.
aqui te entrego o nosso doente; trata-o como quem é, e como
se fosse teu irmão ou marido". Marido, desde o dia em que
Ana Carolina Guerra, 11º J
“Se Mariana soubesse escrever...”
Simão, meu amigo,
Tenho ponderado enviar-te esta carta
desde o dia que foste encarcerado.
Provavelmente estranha-la, pois bem
sabes que não sou sábia das letras.
Como tal, afogada em preocupação,
decidi recorrer à ajuda de uma prezada
amiga, essa sim boa escritora, freira no
convento onde esteve aposentada a tua
Teresa. Pedi-lhe, então, que escrevesse
estas palavras.
Enquanto aguardas a tua sentença
definitiva, aqui passo eu os dias, como
uma estátua de sofrimento, quase
morta de aflição. Como estás tu, meu
Simão? Meu não serás nesta vida,
certamente. Nunca me pertencerás
como desejo, tal como nunca te
pertencerei se não me quiseres. Os
nossos destinos não se unem, pois Deus
assim o parece querer. Fidalgos não
amam filhas de ferradores, e nada
penso eu fazer contra isso, pois estou
consciente dos meus pecados. Não sou
nobre, rica, muito menos digna de
nobres amores. Não te mereço por ser
quem sou.
Teresa de Albuquerque, belíssima
jovem e merecedora do teu amor, tão
apaixonada aparenta ser. Ela, sim, é
dona do teu coração. E que charmosa
ela é! Muita sorte tem a fidalga, ao
permanecer no teu pensamento dia e
noite, tendo em suas mãos toda a tua
paixão e desejo. Os meses passam, e ela,
definhando no convento, espera por ti.
Que hei eu de fazer? Devo ajudá-la?
Creio firmemente que a tua felicidade
se nutre na dela, e que, por isso, desejo
derrubar todos os obstáculos que te
impeçam de viver feliz. Sem nenhum
conhecimento do que possa fazer, cada
vez me sinto mais impaciente, louca,
doente por te ver, como se algo me
quisesse castigar miseravelmente.
Fala comigo. Dá-me notícias. O meu
sofrimento cresce todos os instantes e
sufoca-me impiedosamente. Aqui estou
eu disposta a ajudar-te, capaz e ansiosa
por saber de ti.
Mariana
Diana Barros Francês, 11º J
Página 9
Confluências
EDGAR ALLEN POE
Do tempo perdido ao tempo recuperado
No âmbito do projeto Do tempo perdido ao tempo recuperado, coordenado pela professora Cristina Duarte e financiado
pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve lugar na sala da
Biblioteca da nossa escola, a 31 de outubro, a primeira sessão aberta ao público.
Organizada em torno do escritor norte-americano Edgar
Allan Poe, a programação incluiu, entre outras atividades, a
leitura encenada do conto O Gato Preto, uma exposição com o
trabalho de pesquisa realizado e a elaboração de e-books. com
os contos A Carta Roubada e Coração Delator.
O trabalho apresentado pelos alunos contemplou as quatro vertentes preconizadas no projeto:
– Linha a linha, dedicada à leitura e ao debate das obras
lidas, debate esse realizado ao longo das sessões do clube
de leitura entre alunos e professores organizadores;
– Inter-dicção, dirigida para o desenvolvimento de competência da leitura em voz alta;
– O que foi passado a limpo, orientada para o conhecimento do autor e da sua obra, concretizado em trabalhos
expostos na biblioteca principal e em materiais digitais
disponíveis na BE/CRE;
– Tempo recuperado, destinada à divulgação de trabalhos
concebidos durante os encontros dos membros do clube e
à ligação da literatura com outras artes, nomeadamente a
música.
Decorada a preceito
para o evento, de modo
a evocar o ambiente de
mistério e macabro
próprio de Põe, foram
usados como adereços
cénicos animais empalhados do Museu da
escola, um esqueleto do
laboratório de Biologia,
objetos fornecidos pelos professores
organizadores e livros antigos da
biblioteca. Para a criação da atmosfera sombria foi importante o contributo dado pela violoncelista Maria e
o facto de a maioria dos convidados
envergar uma peça de
roupa preta. Num chão
coberto de panos pretos
(cedidos pelo Grupo de
Teatro Camões e pelo
Auditório) sentaram-se
os seis leitores de O Gato
Preto. A leitura foi intervalada por pequenos
trechos musicais tocados
ao piano pelo antigo aluno Lionel Zink. Deixamos-vos o início do conto, lembrando
que, se gostarem, poderão ir à BE/CRE requisitar os contos
de Edgar Allan Poe ou lê-los num Ipad que lá estará à vossa
disposição a partir de 15 de novembro.
«Não espero nem solicito o crédito do leitor para a tão
extraordinária e no entanto tão familiar história que vou contar. Louco seria esperá-lo, num caso cuja evidência até os
meus próprios sentidos se recusam a aceitar. No entanto não
estou louco, e com toda a certeza que não estou a sonhar. Mas
porque posso morrer amanhã, quero aliviar hoje o meu
espírito. O meu fim imediato
é mostrar ao mundo, simples, sucintamente e sem
comentários, uma série de
meros acontecimentos domésticos. Nas suas consequências, estes acontecimentos
aterrorizaram-me, torturaram-me, destruíram-me. No entanto, não procurarei esclarecê-los. O sentimento que em mim
despertaram foi quase exclusivamente o de terror; a muitos
outros parecerão menos terríveis do que extravagantes. Mais
tarde, será possível que se encontre uma inteligência qualquer que reduza a minha fantasia a uma banalidade. Qualquer inteligência mais serena, mais lógica e muito menos
excitável do que a minha encontrará tão-somente nas circunstâncias que relato com terror uma sequência bastante normal de causas e efeitos. […]»
Publicado em 1845
Fotos de Teresa Saborida
Página 10
Confluências
EM INGLÊS & ALEMÃO
Camões English Theatre Group is an experience in acting and writing
for the theatre which has been going on for over two years. The group
was started while studying Hamlet in class. Suddenly someone came up
with the idea of staging the play, or at least parts of it. And then we
wrote a play containing passages of Hamlet and took care of everything,
including the production. As one of the students in class was already an
actor, João Santos, he helped with the acting techniques. We eventually
staged "Hamlet Smith and the Vanishing Star". Most of the students
went on to university, so in 2011/12 the company had both students and
ex-students from our school. Our second show was "Tobermory and the
Polyssylabic Spree", which we may stage again some time. Right now
the company has grown and we are currently writing and preparing two
other plays. The company members include actors with an outstanding
command of English but also others who are only beginners and who
are
Inês Abel
hoping to improve their knowledge of the
language by working with fluent speakers.
Ramos
You will be hearing from us soon. Come
and watch us play.
A melhor
Profª Maria Nazaré Campos
THE TRANSYLVANIA EXPRESS
The 11th grade class (11º I) went to the
theatre on the 9th of November to see The
Transylvania Express, an interactive play
in English. Here’s what they thought
about the play:
aluna de
alemão no
ano transato!
Catarina Rosa
“Who doesn´t know the place where Dracula lives? Who hasn’t heard about vampires, werewolves, zombies or the famous Frankenstein?
Well, many of you might think that they aren´t real… but I
wonder if you’ll carry on thinking like that after taking the
Transylvania Express!
In this play, besides the great costumes and the ingenious
and brilliant set, we are amused by the scary story that is
performed by four actors. Full of suspense and funny moments, the Transylvania Express is a great show.”
Sofia Negrão
“I think the play was a great way to make us feel more interested in learning English and it made some students get out
“The Transylvania Express, or shall I say “the Creepy Ex- of their comfort zone to communicate and learn more as they
press” is an amazing and funny play. It’s about an account- joined the actors on stage.“
ant, Van Helsing, who is going to visit his uncle in TransylDébora Carvalhosa
vania, but instead of travelling on a regular train, he finds
himself on a train full of weird creatures like vampires, zom- “The interactive play was very interesting. Firstly, I found
bies or werewolves”.
the characters really good, not only because the actors were
Francisca great but also because of their accent and costumes, which
made me feel like I was there, in Transylvania.
“The play is performed by four actors and some volunteers Secondly, the fact that they went to the audience to find
from the audience. The story unfolds quickly and with hu- more characters, like zombies and vampires, was a very good
mour. The delighted audience answers with enthusiasm be- idea because it helped us to pay more attention to the play,
cause it isn’t hard to understand the English used to write otherwise we could have lost focus on the plot.
this play.
To sum up, I felt the play could not have been better and I
On the whole, I recommend it, in view of the fact that the would like to see another play with the same actors.”
plot was pretty interesting, the interactive part was quite
João Mendes
funny and the costumes were amazing.”
Página 11
Confluências
Camões no (ex-liceu) Camões
Com conceção
do prof. José
Luís Vasconcellos, uma exposição
“narrada”, no
átrio da Biblioteca, sobre
Camões e Os
Lusíadas!
Luís de Camões
17 de outubro de 2012 (Auditório)
“Fantásticas pinturas de alegria – uma leitura da
poesia de Camões”, pela Professora Doutora
Isabel Almeida (Fac. de Letras da Universidade de Lisboa) e “Duas coisas acerca de Camões”, pela professora
Margarida Sérvulo Correia (ex-docente da Escola
Secundária de Camões)
Com moderação do professor Manuel C. Gomes, a assistência deliciou-se com
duas preleções de uma excelente qualidade e de um inequívoco interesse!
(A coordenação esteve a cargo da professora Cristina Duarte)
As ARTES
marcando presença!
(numa
exposição no
átrio da
Biblioteca)
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES
http://www.escamoes.pt
Página 12
BE/CRE
Confluências
http://esccamoes.blogspot.com/
AINDA NÃO É
NATAL,
MAS A DINÂMICA
DO CAMÕES NÃO
SE ESGOTA AQUI.
B
R
E
V
E
S
BOAS FESTAS!
Aposentada
Maria Teresa Cavaco da
Palma Andrade (11º B)
Ao professor Lino das Neves, ao funcionário José Alvega e a todos quantos colaboraram com a cedência de fotos e trabalhos para este Boletim, uma palavra de
agradecimento.
FELICIDADES!
Confluências
Envia os teus trabalhos para:
[email protected]
Com o generoso apoio do
Grupo Desportivo e Cultural do Banco de Portugal

Documentos relacionados

Confluências - Escola Secundária de Camões

Confluências - Escola Secundária de Camões Nem os deuses controlam a fala à sua própria imagem. Se numa estância as divinas forças não detêm poder, quem somos nós para exigir uma porção da terra? Resta à divindade e ao mortal, aquando dos s...

Leia mais