Confluências Nº 20
Transcrição
Confluências Nº 20
BOLETIM ESCOLAR Confluências Confluências (2ª Série) setembro / dezembro 2012 BOM ANO LETIVO 2012-2013! “… é fraqueza/ Desistir-se da cousa começada.” Camões, Os Lusíadas, c.I, est.40 Como é já tradição, o novo ano letivo iniciou-se com um encontro-convívio aberto ao corpo docente e aos funcionários da escola. Em ambiente descontraído, preencheu-se uma manhã de sábado com uma visita a alguns recantos familiares dos poetas Mário de Sá Carneiro (ex-aluno do Liceu Camões) e Fernando Pessoa, sob a orientação da olissipógrafa Marina Tavares Dias. O Movimento Camoniano, embora com alguns dos seus elementos fundadores já na universidade, mantém-se presente na Escola Secundária de Camões e pugna pelos seus objetivos. «Vamos juntar pessoas de todas as idades e origens que se interessam pelo voluntariado e a solidariedade com aqueles que pertencem já a associações e querem divulgar o seu trabalho! Contamos com a participação de vários oradores, muita música e dança, e convívio para que haja comunicação direta entre as pessoas e troca de contactos!» (Movimento Camoniano) O restaurante Martinho da Arcada acolheu os visitantes e propiciou um repasto poético! Nesta edição: Scriptomanias p. 2-7 Cartas de Amor (de Mariana a Simão) p. 8 Edgar Allen Poe p. 9 Em Inglês & Alemão p. 10 Camões no (exp. 11 liceu) Camões Breves Feliz Natal & Bom Ano 2013! p. 12 Página 2 Confluências SCRIPTOMANIAS - Memórias... Agora, adolescente, olho para a minha infância como algo já passado há muito tempo… apenas frágeis memórias que se preparam para desaparecer. No entanto, da minha fase de criança, existem momentos que nunca hão de deixar de fazer parte de mim. Não sei ao certo quando aconteceu, mas recordo-me de ser a festa de aniversário do João – meu colega até aos 10 anos. Toda a nossa turma estava em casa dele, alguns no quarto, outros no quintal… outros no corredor. E havia uma só razão para nos termos concentra- do no corredor: a minha melhor amiga da altura, a Marta, permanecia aí, junto da escrivaninha, apontando um punhal ao peito. Afirmava matar-se ali mesmo, e só eu sabia o porquê dessa vontade. Entrei em pânico. Que podia eu fazer para a ajudar? Senti que a vida da Marta estava nas minhas mãos. Para meu alívio, a mãe do João apareceu e arrancou-lhe a faca das mãos. Hoje, esta situação mantém-se cravada no meu coração, bem como os motivos da Marta, que acordamos guardar connosco para sempre e nunca os contar a ninguém. Adriana Jorge, 10º E Memórias de um ciclo ainda mais pequeno. Eram grandes e velhos os muros Recordo-me perfeita- que cercavam o pátio, mente do ensino primário, cobertos de musgo e dificída minha escola, dos meus limos de trecolegas e até dos professo- par. A única res e auxiliares. Sim, maneira de o recordo-me daquela escola, subir era corvelha, algo suja e destruí- rendo através da. Mas, por detrás de de uma estreitodos os defeitos, escondia- ta rampa ao se uma escola divertida longo de uma onde cresci feliz e onde se das paredes, constrói educação. coisa que quaA escola estava em se ninguém alcançava. obras, havia andaimes por Aliás, era o sonho de todos toda a parte, o que torna- chegar ao topo do muro, va o nosso mísero pátio mas apenas os “matulões” conseguiam essa proeza. Sempre fomos amantes de futebol, mas era proibido. A única maneira de nos divertirmos era chutando um pacote de leite vazio, fingindo jogadas de futebol e marcando golos “à Ronaldinho”. As balizas eram linhas desenhadas a giz pelos muros da escola. Conforme fazíamos um jogo a Marcas de Infância Título: Confluências Iniciativa: Departamento de Línguas (Grupo Disciplinar de Românicas) Coordenação de edição: António Souto, Manuel Gomes e Lurdes Fernandes Periodicidade: Trimestral Impressão: GDCBP Tiragem: 250 exemplares Depósito Legal: 323233/11 Propriedade: Escola Secundária de Camões Praça José Fontana 1050-129 Lisboa Telefs. 21 319 03 80 - 21 319 03 87/88 Fax. 21 319 03 81 seis ou um “baliza a baliza”, aparecia a diretora, furibunda e exaltada. Só nós sabemos o que é ficar virado para a parede durante uma aula inteira, sem nada que fazer e ansiosos pelo fim do castigo. Tudo isto por causa de um simples pacote de leite! Enfim, foram estes divertimentos e estas recordações que tornaram a minha infância um infinito livro de histórias. Diogo Santana, 10º E Felicidade que cria memórias Flauta Mágica era o nome do teatro. O dia da peça é aquele de que melhor me recordo, quando todos juntos demos as mãos e cantámos o “adeus” a todos aqueles que nos fizeram prosperar e encontrar o nosso caminho. O final daqueles longos anos, passados naquela que foi a minha segunda casa durante oito anos, tinha chegado. Foi a meta da nossa jornada, e a saudade invadiu-nos mais cedo e escorria-nos pelo rosto. Foi na escola que dei os meus primeiros passos, assim como as minhas primeiras quedas. Disse as minhas primeiras palavras, assim como aprendi com os meus erros a expressar os meus sentimentos. Durante aqueles últimos meses aproveitei minuto a minuto a euforia dos risos e a energia dos momentos. Naquele lar fui feliz com aqueles que sempre me amarão. Hoje, quando me sinto mais fraca e desprotegida, sonho em voltar a fazer parte daquele maravilhoso lar. Daniela Campos, 10º E Quadro de Claude Monet Página 3 Confluências SCRIPTOMANIAS É fraqueza… Desistir deixa sempre impressa, inevitavelmente, aquela sensação de fraqueza que nos faz duvidar da simplicidade do nosso reflexo ou da confiança que depositamos no espelho que nos jura verdade. Apesar disso, faço questão de me deitar numa cama limpa, sabendo que não é nesse mundo que amanhã vou acordar. Mundo esse que não é fatalmente banhado a tons de preto e branco, e que o cinzento não cai em esquecimento. Rotula-se de fraqueza o monstro que se entrega ao escuro, quando a sua última gota de suor beija o chão enquanto restam desejos por queimar agarrados às paredes do coração. Fraqueza que se apodera da fé que nos guia na neblina, que se desfaz nas mãos frias de um bicho tão sozinho quanto a sua vontade de saber amar. Quero satisfazer o apetite desse ser mesquinho, quebrar fraquezas que lhe distorcem a visão do que é continuar, encontrar luz num dia em que ninguém a queira dar a quem a procura. Animal moribundo de alma com- primida pela indecisão que lhe preenche de dentro para fora todos momentos que lhe fogem para outros dias, dias que teimam em não existir, que se refugiam no aleatório do que virá a ser. Desistir soa a ingratidão, a mim sabe-me a vitória sobre o universo, e ele concorda. Mas quem sabe, talvez esteja errado, talvez isto não passe de uma mentira que tento injetar no meu subconsciente, talvez tenha de mudar de espelho. Leonardo Rabino, 12º G Passeios de verão Os meus verões foram sempre uma animação, uns mais que outros, mas todos muito divertidos. Ou havia de ir com a minha família até ao Algarve ou havia de andar às voltas por Lisboa. Durante toda a minha infância me habituaram a passar férias no Algarve. Brincar na praia e comer gelados eram as atrações principais. Mas, ao longo dos anos, fui perdendo esse hábito. Não sei se foi por causa do crescimento ou da crise. Não sei. Só sei que, mesmo sem praia, passei verões muito divertidos apenas deambulando por Lisboa. Saía de casa cedo para voltar tarde, para andar e transpirar, para parar e descansar envolto no chilreio dos pássaros e no corrupio dos carros a passar. Isto tudo enquanto contemplava pequenas nuvens no céu limpo com sol radioso. Parecia um poeta! Mas não era poeta. Era apenas um adolescente com vontade de sair e relaxar, dependente das suas pernas e da sua vontade. As vindas para casa também eram interessantes. O poder sentar-me, enquanto fazia um som de cansaço, deixava sempre um humor no ar. E assim, com imaginação, se podem passar férias excelentes! Diogo Santana, 10º E nada de meu… Quem me dera poder ficar, contribuir com mais alguma coisa para a vida das nossas lindas filhas, vê-las crescer… Mas não tenho condições. Fui pedindo empréstimos para lhes proporcionar o melhor, fiandome no meu salário para os pagar; agora, estando desempregado há dois anos e meio, já nem para comer tenho. Sou apenas um fardo para vocês. Não tenho o direito de pedir que me alimentem e me deem teto, que abdiquem de algo para sustentar um homem inútil. Peço-te, Mariana, meu amor, que compreendas a minha decisão e tentes explicar à Susaninha e à Rita que é para o bem de todas. Vou ter muitas saudades vossas! Só espero que a vossa vida melhore. Amo-vos muito!” Carta de despedida 08.10.2012 “Dívidas, dívidas… e mais dívidas… Já não dá para António Marques (45 anos) aguentar. Toda uma vida trabalhei para conseguir algum dinheiro para viver e, aos 45 anos, já não tenho Adriana Jorge, 10º E Página 4 Confluências SCRIPTOMANIAS Uma hora de Porto Não há alma que não passe sem pensar nisso, que não se questione de como será aquela sensação. Há quem a sinta, e toda a gente afirma de peito erguido que se trata de uma sensação única e exclusiva, não digo que não, pois não somos mais do que um saco onde são despejadas emoções e sentimentos que rejubilam pelas ruas do Bairro Alto, e eu não estou mais cheio que ninguém. Mas hoje só especulo, desabafo e invento delírios de um guedelhudo tresloucado que vê poesia num saco de plástico ao vento. Especulo sobre aquela sensação que se prolonga por noites que pecam por ser curtas e por deixarem a língua a saber a pouco. Quero mais. Resume-se a isso. Peço perdão, hoje não estou para poesias, hoje dedico-me ao banal e tosco desabafo, mas não um de lágrima no olho, a que se segue uma outra que cai no balde de gelo onde se afundam as mágoas que numa quinta-feira se não afogam no Bairro. Talvez até invente uma história sobre como aquela sensação surgiu, uma história daquelas que passam a filmes em que o herói morre no fim com a cabeça a repousar no colo da sua amada e a quem dedica os seus últimos pedaços de oxigénio que queima com palavras de amor. Por muito que estas ideias se façam ouvir (num eco que acordará todos os momentos, incrustados na minha mente, que remontam à noite em que aquela sensação se apoderou deste meu triste cadáver ambulante), irei cair sempre na desgraça inoportuna que é a realidade, realidade que se baseia nestas amargas e ermas palavras "as coisas complicam-se". Talvez seja como encontrar uma fotografia de um casal, que já não se pertence, e que traz sempre uma mistura inaceitável de sentimentos e emoções. Foi preciso um pôr do sol queimado ao som de um Douro embalado nas melodias rasgadas e cruas das colunas (que faziam sentir a tua ausência), para me ocorrer de que é isto que quero, esta sensação, este sentido literal da palavra paixão que nestes dias está mais pisada que uma pastilha no cais do metro, uma paixão que se faça sentir, que abra feridas onde não se julgava possível sangrar, e que esse sangue jorra com toda a felicidade que este sentimento se permite deixar supor nesta tão tenra e inocente idade. A palavra está macerada como nunca, e, como a pastilha do metro, este sentimento fica sujo e apodrece na maior solidão do mundo que se encontra num dia em que o espaço que separa dois corpos não chega para matar a sede da sensação que os une. As coisas complicam-se, mas hoje não, hoje durmo enrolado numa sensação pura e limpa. Enfim, toda a gente tem direito à sua cena de verão. Leonardo Rabino, 12º G O início do amor Quando entraste na sala, olhei para ti. O teu corpo tão desproporcional ao meu despertou em mim uma certa curiosidade. Os meus olhos fixaram -te e gravaram-te na minha mente. Forcei-os a desviar-se, virei a cara. Mas a tua imagem não abandonava o meu pensamento. Tornei a voltar ligeiramente a cabeça, para te ver discretamente pelo canto do olho, como uma pequena criancinha espreitando algo proibido. Reparaste. Sorriste docilmente e, nas tuas faces, duas covinhas inocentes. Derreteste-me a alma. Sabia que, a partir daquele momento, jamais te esqueceria. Na aula seguinte, sentaste-te a meu lado. Fingi que me era indiferente e evitei a todo o custo olhar-te nos olhos, falar contigo. Depois, pediste-me um lápis e, ao dar-to, tocaste-me ao de leve nos dedos. Um toque eletrizante que me causou um arrepio e me fez volver novamente a cara. Agradeceste, num tom grave e meigo, atingindo o meu coração e acalmando o meu nervosismo. Sorri para dentro, disfarçadamente. Agora, quando estou contigo, a minha pulsação dispara, fazendo-me contorcer, envergonhada, esconder a minha cara por detrás da franja… Talvez estranhes, mas não perguntas. Limitas-te a continuar a sorrir. Não sei se é da tal curiosidade, ou do poder de sugestão da minha mente, mas estar perto de ti, ouvir-te falar, é uma necessidade. O meu cérebro interpreta-te como uma droga à qual me aprisionei sem querer, mas que não quero largar. Adriana Jorge, 10º E Página 5 Confluências SCRIPTOMANIAS “Como posso morrer sem ver cada centímetro deste mundo?” Leonardo DiCaprio A viagem de uma vida É exatamente isto que pergunto a mim mesma várias vezes. Tendo a noção de que existe tanto à minha volta, tantas culturas, tantas pessoas, tantos lugares a conhecer, como é que posso contentar-me com aquilo que já me é familiar? Gostava de conseguir deixar tudo para trás e de ir à descoberta do mundo. Não viajar simplesmente, não, não é isso que tenho em mente. Quero, tal como uma grande amiga minha diz, “pôr a mochila às costas e ir conhecer o mundo”. Ao contrário do que muitos adolescentes chegam a pensar a uma certa altura das suas jovens vidas, eu não quero fugir daqueles e daquilo que me rodeia, mas sim quero enriquecer a minha personalidade e a minha mente com conhecimento e diversidade, pois o mundo não é todo igual, para depois partilhar tudo com aqueles que irão ficar à espera que eu volte. Quero descobrir as diferenças e as igualdades entre os povos; quero fotografar cada cidade, cada floresta, cada oceano e mar; quero ver e compreender o que é que cada pessoa de cada canto do mundo considera ser a beleza, a felicidade e a tristeza. Quero experimentar comida interessante e fora do comum. Quero fazer tudo isto e muito mais! Tenho a certeza de que ao viajar e ao ver como as coisas são lá fora, veria, ao voltar, o que tenho agora de maneira diferente, pois não quero ver sítios “bonitos”, “luxuosos”, “conhecidos”. Quero ver o dia a dia e os lugares de pessoas comuns. Ver as suas dificuldades e desfrutar daquilo que as faz felizes. Quero emocionar-me, quero dançar, quero sorrir, quero dormir pouco, acordar com o nascer do Sol, quero deixar de me importar tanto com coisas banais. Quero passar por experiências que deixarão a sua marca na minha vida e no meu coração! Acredito que, um dia, irei mesmo preparar-me para a viagem de uma vida. Anca Ciuntu, 11º E Era uma vez uma rapariga de 14 anos, chamada Mariana. Era uma rapariga muito inteligente e bonita, os seus cabelos eram loiros e os seus olhos eram azuis, faziam lembrar a água do mar. Ela era uma rapariga muito popular na sua escola, andava no 9º ano. Adorava ajudar os seus amigos e tentava dar-lhes os melhores conselhos. Era muito boa aluna a ciências, matemática, físico-química, inglês e português. O seu grande sonho era chegar ao final do 12º ano e ter média para conseguir entrar na faculdade de medicina. Quando chegou ao 10º ano, decidiu ir para a área de ciências. Adaptou-se muito bem à escola, fez novos amigos e gostou dos professores e da turma. Até ao 9º ano, Mariana não estudava para os testes, só estava atenta nas aulas e isso bastava-lhe para ter boas notas. No 10º ano, a rapariga pensava que o nível de dificuldade não aumentava muito, e por isso continuava com a mesma atitude que tinha tido até ao 9º ano. Não estudava, só estava atenta nas aulas. Chegou ao final do 1º Período e a média dela era 15. A justificação para aquela média ‘’ baixa ’’ na cabeça dela era devido à mudança de escola e de ciclo, e então, pensou que se ela se aplicasse mais um pouco nas aulas e se começasse a estudar, teria melhores resultados. Mas ela não fez bem assim, estava ainda mais concentrada nas aulas, mas só na véspera é que estudava para os testes. Quando chegou ao final do 2º Período, a média dela só tinha subido 1 valor. Mariana começou a ficar desanimada e quase a meio do 3º Período ficou com a certeza de que queria desistir do seu sonho e mudar de área, para uma mais simples. Numa aula de português, o professor mandou como trabalho de casa para o dia seguinte, lerem um canto d’Os Lusíadas. A rapariga chegou a casa muito desanimada e foi ler o canto que o professor tinha pedido (ela adorava ler). Quando o estava a ler, encontrou dois versos que diziam: ‘’ é fraqueza / Desistir-se de cousa começada ’’ . Assim que acabou de ler aqueles versos, e depois de muito pensar, disse a si própria que não era fraca nem pessoa de desistir dos seus objetivos. E se o sonho dela era ter médias altas, ela prometeu a ela própria que as iria conseguir e que as ia ter. Assim que chegava a casa, estudava entre 30 a 45 minutos a matéria que tinha dado nesse dia. Começou a ter notas belíssimas e quando acabou o 12º ano, conseguiu entrar na faculdade que queria, tirou o curso, e hoje é médica, que era o seu grande objetivo! Andreia Afonso, 10º A Página 6 Confluências SCRIPTOMANIAS Férias… As férias são o meu retiro. Abstraio-me de tudo o que me possa lembrar da palavra ‘responsabilidade’, pois é o antónimo perfeito daquilo que eu queria ser nestas férias: ‘descansado’. Assim o fiz! Naveguei pela música e a música navegou por mim. O principal holofote das férias. Onde fui e com quem estive, foi sempre com música. Aventurei-me no desporto, na família, nas amizades, nas festas e, claro, no Garrafa de água Hoje em dia, o valor de uma garrafa de água varia muito, devido ao seu tamanho e marca. No seu conteúdo está sempre a mesma coisa, a água. Independentemente da sua “composição analítica típica”, presente em todos os rótulos, aquele líquido transparente é basicamente o mesmo. Mas, mais importante do que o seu conteúdo, o que conta mesmo, é a imagem que uma garrafa transmite do seu detentor. Ter uma garrafa criteriosamente colocada à vista de todos e ao nosso alcance é o primeiro passo para sermos ouvidos, respeitados e levados a sério, numa conferência por exemplo. Penso que a garrafa até já pode ser considerada um objeto de inveja entre todos os indivíduos, desde as pequenas crianças da creche até aos atarefados adultos. É na creche que tudo começa; é lá que as crianças dão os primeiros descanso. Mas tudo isto com música. Até para adormecer. Li alguns livros, vi filmes, ouvi música, visitei sítios… Ou seja, acalentei a mente com cultura. Em paralelo com tudo isto, fui muito igual aos outros e aproveitei a época balnear, quer tenha sido na selva, quer tenha sido nos conhecidos litorais. Somando toda esta diversidade de palavras, o resultado é este: aventurei-me a ser feliz. E fui, sim! Vim com outro olhar e outra postura para enfrentar o mundo. Fernando Loureiro, 11º E passos da sua vida ao lado das garrafas. Levar uma garrafa de água na lancheira permite a uma criança, mesmo não fazendo parte das mais populares, ser das mais respeitadas e consideradas pelos adultos. Essa mesma criança é provavelmente a que recebe a maior bolacha, a que brinca mais tempo e, talvez quem sabe, a que pode dormir mais. Entre os jovens, a garrafa de água pode ser considerada um objeto que só os “certinhos” possuem. Pode ser um motivo de gozo, assim como usar óculos. Mas, para esses jovens, os “certinhos”, ter uma garrafa de água à sua frente, na sala de aula, nem que esteja vazia, é um símbolo de responsabilidade e correção! Na idade adulta, todo aquele tempo preenchido com reuniões, entrevistas, palestras ou conferências, faz com que beber água em público não seja feito de uma forma qualquer. A melhor maneira é usando a Um sonho improvável Era uma vez uma menina, Rosa, que tinha um sonho: ir a África. Os poucos homens que de lá tinham voltado contavam que as pessoas, lá, eram escuras como a noite, com um olhar estranho e um amor diferente. Rosa queria sentir esse amor, e continuava a sonhar, até à noite em que não quis sonhar mais… Partiu, sozinha no silêncio da noite, remando na escuridão. Remava, remava, remava…mas cada vez se sentia mais perdida no mar imenso… Um sentimento de medo e de desespero invadiu-a quando percebeu que já não sabia em que direção remar. Desolada, deixou-se engolir pela escuridão, caindo garrafa e um copo de vidro ou plástico. Portanto, para um adulto respeitado e atarefado, ter uma garrafa e um copo à sua frente fazem tanto sentido como um rei ter uma coroa e um cetro. Se no mundo só existissem estas pessoas, fãs e amantes da água engarrafada, estávamos bem… o problema é que, como em tudo, existem ovelhas negras. São aquelas pessoas, de criação inexplicada, que apenas compram as garrafas, ingerem a água e as lançam para o local menos indicado, o caixote do lixo comum. Pelo menos que as colocassem cuidadosamente no ecoponto amarelo… Renato Dias, 11º G num sono profundo e perturbado. Nessa noite, sonhava que estava perdida, quando ouviu uma voz: – Não mereces sonhar se desistires depois de tanto esforço. Estou desapontada contigo por teres perdido a esperança – disse a voz, lenta e chorosamente. Rosa escutou e questionou-se. Seria a voz da sua consciência? Um novo dia despertava, com o sol imponente a surgir no horizonte, sobre o mar imenso. Então é que Rosa se lembrou do que lhe contara um navegante: “África, a terra onde nasce o sol”, e, movida por uma nova força, remou em direção ao sol nascente, rumo a África. Clara Cottet, 10º A Página 7 Confluências SCRIPTOMANIAS Velejar dá-nos uma sensação de liberdade indescritível mas, ao mesmo tempo, mostra-nos a força do mar e a do vento. Por vezes, há É preciso uma certa calma e sabedoria. Temos que todo um conjunto de expressões que o seu desconheci- caçar e folgar a vela no momento certo, morder os mento nos leva às mais caricatas situações. cabos, mudar de bordo rapidamente e comandar bem o “Caça e morde” é um dos mais variados exemplos. leme. Nem sempre, com tudo isto em sintonia, o barco Das primeiras vezes que me disseram isto cheguei se mantém estável. É nessas alturas que o meu tio grimesmo a perguntar “Mordo? Como?” e por muito pouco ta “TUDO PARA TRÁS!”, aí temos que nos deitar, não cheguei a pôr o cabo na boca, quando era suposto ficando praticamente fora do barco, para que este se prendê-lo entre duas peças de plástico. equilibre. O meu tio não perdoava cada vez que dizia “corda” Quando vemos o mastro do barco quase a tocar na em vez de “cabo”, pois na realidade são duas coisas água, pensamos nas mais variadas coisas: nos treinos completamente diferentes. Tão diferentes como quando de abdominais que devíamos ter feito ao longo do ano, ele dizia “vejo uns carneiritos lá fora” e eu imaginava ou na forma de como prevemos cair. um rebanho a pastar. Na verdade, eram as ondas de Velejar é um misto de sensações! Mas o melhor é conespuma no meio do mar, devido à força do vento. fiar em nós, no outro e aproveitar a viagem, desde as Ir ao mar, com bandeira encarnada e algum vento ondas que nos passam por cima aos golfinhos que se (quando se avistam alguns “carneiritos”, mas não mui- avistam lá ao longe. tos) é das melhores coisas a fazer, num dia de sol. Maria Dias, 11º E Uma paixão… Vezes e vezes sem conta Carreguei no play. Em menos de segundos começaram a chegar aos meus ouvidos sons que me faziam relembrar diversos momentos. Os sons percorriam o meu corpo e eletrizavam cada célula por onde passavam. Eu ouvia atentamente, deixava que o ritmo me coordenasse o espírito e dançava sem qualquer tentativa de controlo do meu próprio corpo. Voava enquanto dançava e sonhava enquanto cantava. Cada batida me fazia mexer e rodopiava no pouco espaço disponível. Os meus braços mexiam-se involuntariamente. As minhas pernas fugiam ao meu controlo. A minha mente esvaziava-se aos poucos até já não pensar em mais nada que não a sensação de liberdade que sentia cada vez que a música começava. Mas como tudo o que começa tem de acabar… assim, a música chegava ao fim e eu acabava por aterrar, de novo, na minha realidade. Até que surgia outra melodia e tudo se repetia… Ana Catarina Lopes, 11º E “Xifen, uma amizade que ainda perdura.” Lembro-me vagamente do meu primeiro dia no jardim-de-infância. Estava assustada, pois não conhecia nada nem ninguém… Tinha receio de não conseguir fazer amigos, mas para uma criança de seis anos acho que era normal sentir-me assim; porém, não gostava da sensação! Durante a manhã, permaneci com um olhar tímido no rosto, junto às educadoras que, com um enxergar atento, tomavam conta de todas as crianças que corriam alegremente naquele recreio, até que decidi falar. Inquiri, então, se podia ir beber água, e responderam-me rapidamente que sim, acrescentando ainda as palavras “Pede a uma colega que te mostre onde são as casas de banho.” Olhei à minha volta e vi uma rapariga com um sorriso nos lábios a quem perguntei se me podia levar às casas de banho. Continuou sorrindo, pegou a minha mão e levou-me. E assim, com uma simples pergunta e um simples gesto, nasceu uma grande amizade que ainda perdura apesar da distância entre nós. Joana Garcia, 10º E Página 8 Confluências CARTAS DE AMOR (de Mariana a Simão) No debate intitulado "Amor de Perdição na perspetiva dos amores juvenis de hoje", realizado no CCB a 24 de outubro, estiveram a representar a nossa escola a professora Cristina Duarte e as alunas Catarina Letria, Maria João Pica e Rita Gutierres. Após a apresentação das alunas, a professora Cristina Duarte referiu a metodologia utilizada para a concretização deste projeto, salientando que o resultado final – cerca de 27 cartas – foi de grande qualidade. (Este debate foi filmado e transmitido em direto pelo Diário de Notícias.) De: Mariana meu pai proferiu tal palavra que imagino mil planos para Para: Senhor Simão que se torne real. Oh senhor Simão, que tanto sofreu mas nunca sozinho, tudo o que fiz foi por amor, pelo amor tão Meu querido senhor Simão, desde já lhe peço perdão por o grande que lhe tenho, nunca lhe pedi nem mesmo passou tomar como meu, mas creio que ao fim de tantos anos ao seu pela mente pedir-lhe, ou esperar, que me amasse em troca. serviço, e amá-lo como sei que nenhuma outra o amou, lhe É você talvez a pessoa mais corajosa, o homem mais bravo posso chamar de meu, uma vez que seja nesta minha vida de e valente que conheci e é também o mais romântico, oh meu tormenta. deus, creia em mim quando digo que dava a minha vida por Sei que, como homem inteligente que é, neste momento se um homem assim, que darei, senhor Simão, acredite que estará a interrogar sobre como fui eu capaz de lhe fazer che- darei, porque nada tenho já, meu pai... meu querido pai, falegar tais palavras, no entanto esclareço-lhe já todas as suas ceu, e o senhor? Dentro em pouco estará junto dele, diga-lhe dúvidas, lembra-se da minha amiga, a Brito do convento a que não tardo em ir ter com ambos, mas antes, diga-me, que quem me pediu o favor de lhe entregar uma das suas cartas faço cá eu se desde que me lembro a minha função nada é se para D. Teresa? Pois bem, dessa mesma vez, pedi-lhe que não cuidar de si? De quem cuidarei? Por quem sofrerei senão escrevesse por mim tudo o que eu não era capaz, palavras pelo senhor? Ninguém, mais ninguém é merecedor do meu para lhe dizer nunca me faltaram e vi nela a oportunidade sofrimento e das minhas lágrimas, que são suas, que escorpara que, um dia, as pudesse ler. rem por si e pelo seu sofrimento. Durante todos estes meses, cuidei de si tal como o meu que- Meu querido Senhor Simão, muitas cartas pode ter recebirido pai, já falecido, João da Cruz, queria. Será que ainda se do da sua amada, D. Teresa de Albuquerque, mas acredite recorda das palavras dele quando o entregou ao meu cuida- que nenhuma foi escrita com tanto amor e sofrimento como do? Todas as manhãs o ouvia repetir "tenho dito, rapariga; esta minha que recebe, da sua Mariana. aqui te entrego o nosso doente; trata-o como quem é, e como se fosse teu irmão ou marido". Marido, desde o dia em que Ana Carolina Guerra, 11º J “Se Mariana soubesse escrever...” Simão, meu amigo, Tenho ponderado enviar-te esta carta desde o dia que foste encarcerado. Provavelmente estranha-la, pois bem sabes que não sou sábia das letras. Como tal, afogada em preocupação, decidi recorrer à ajuda de uma prezada amiga, essa sim boa escritora, freira no convento onde esteve aposentada a tua Teresa. Pedi-lhe, então, que escrevesse estas palavras. Enquanto aguardas a tua sentença definitiva, aqui passo eu os dias, como uma estátua de sofrimento, quase morta de aflição. Como estás tu, meu Simão? Meu não serás nesta vida, certamente. Nunca me pertencerás como desejo, tal como nunca te pertencerei se não me quiseres. Os nossos destinos não se unem, pois Deus assim o parece querer. Fidalgos não amam filhas de ferradores, e nada penso eu fazer contra isso, pois estou consciente dos meus pecados. Não sou nobre, rica, muito menos digna de nobres amores. Não te mereço por ser quem sou. Teresa de Albuquerque, belíssima jovem e merecedora do teu amor, tão apaixonada aparenta ser. Ela, sim, é dona do teu coração. E que charmosa ela é! Muita sorte tem a fidalga, ao permanecer no teu pensamento dia e noite, tendo em suas mãos toda a tua paixão e desejo. Os meses passam, e ela, definhando no convento, espera por ti. Que hei eu de fazer? Devo ajudá-la? Creio firmemente que a tua felicidade se nutre na dela, e que, por isso, desejo derrubar todos os obstáculos que te impeçam de viver feliz. Sem nenhum conhecimento do que possa fazer, cada vez me sinto mais impaciente, louca, doente por te ver, como se algo me quisesse castigar miseravelmente. Fala comigo. Dá-me notícias. O meu sofrimento cresce todos os instantes e sufoca-me impiedosamente. Aqui estou eu disposta a ajudar-te, capaz e ansiosa por saber de ti. Mariana Diana Barros Francês, 11º J Página 9 Confluências EDGAR ALLEN POE Do tempo perdido ao tempo recuperado No âmbito do projeto Do tempo perdido ao tempo recuperado, coordenado pela professora Cristina Duarte e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve lugar na sala da Biblioteca da nossa escola, a 31 de outubro, a primeira sessão aberta ao público. Organizada em torno do escritor norte-americano Edgar Allan Poe, a programação incluiu, entre outras atividades, a leitura encenada do conto O Gato Preto, uma exposição com o trabalho de pesquisa realizado e a elaboração de e-books. com os contos A Carta Roubada e Coração Delator. O trabalho apresentado pelos alunos contemplou as quatro vertentes preconizadas no projeto: – Linha a linha, dedicada à leitura e ao debate das obras lidas, debate esse realizado ao longo das sessões do clube de leitura entre alunos e professores organizadores; – Inter-dicção, dirigida para o desenvolvimento de competência da leitura em voz alta; – O que foi passado a limpo, orientada para o conhecimento do autor e da sua obra, concretizado em trabalhos expostos na biblioteca principal e em materiais digitais disponíveis na BE/CRE; – Tempo recuperado, destinada à divulgação de trabalhos concebidos durante os encontros dos membros do clube e à ligação da literatura com outras artes, nomeadamente a música. Decorada a preceito para o evento, de modo a evocar o ambiente de mistério e macabro próprio de Põe, foram usados como adereços cénicos animais empalhados do Museu da escola, um esqueleto do laboratório de Biologia, objetos fornecidos pelos professores organizadores e livros antigos da biblioteca. Para a criação da atmosfera sombria foi importante o contributo dado pela violoncelista Maria e o facto de a maioria dos convidados envergar uma peça de roupa preta. Num chão coberto de panos pretos (cedidos pelo Grupo de Teatro Camões e pelo Auditório) sentaram-se os seis leitores de O Gato Preto. A leitura foi intervalada por pequenos trechos musicais tocados ao piano pelo antigo aluno Lionel Zink. Deixamos-vos o início do conto, lembrando que, se gostarem, poderão ir à BE/CRE requisitar os contos de Edgar Allan Poe ou lê-los num Ipad que lá estará à vossa disposição a partir de 15 de novembro. «Não espero nem solicito o crédito do leitor para a tão extraordinária e no entanto tão familiar história que vou contar. Louco seria esperá-lo, num caso cuja evidência até os meus próprios sentidos se recusam a aceitar. No entanto não estou louco, e com toda a certeza que não estou a sonhar. Mas porque posso morrer amanhã, quero aliviar hoje o meu espírito. O meu fim imediato é mostrar ao mundo, simples, sucintamente e sem comentários, uma série de meros acontecimentos domésticos. Nas suas consequências, estes acontecimentos aterrorizaram-me, torturaram-me, destruíram-me. No entanto, não procurarei esclarecê-los. O sentimento que em mim despertaram foi quase exclusivamente o de terror; a muitos outros parecerão menos terríveis do que extravagantes. Mais tarde, será possível que se encontre uma inteligência qualquer que reduza a minha fantasia a uma banalidade. Qualquer inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que a minha encontrará tão-somente nas circunstâncias que relato com terror uma sequência bastante normal de causas e efeitos. […]» Publicado em 1845 Fotos de Teresa Saborida Página 10 Confluências EM INGLÊS & ALEMÃO Camões English Theatre Group is an experience in acting and writing for the theatre which has been going on for over two years. The group was started while studying Hamlet in class. Suddenly someone came up with the idea of staging the play, or at least parts of it. And then we wrote a play containing passages of Hamlet and took care of everything, including the production. As one of the students in class was already an actor, João Santos, he helped with the acting techniques. We eventually staged "Hamlet Smith and the Vanishing Star". Most of the students went on to university, so in 2011/12 the company had both students and ex-students from our school. Our second show was "Tobermory and the Polyssylabic Spree", which we may stage again some time. Right now the company has grown and we are currently writing and preparing two other plays. The company members include actors with an outstanding command of English but also others who are only beginners and who are Inês Abel hoping to improve their knowledge of the language by working with fluent speakers. Ramos You will be hearing from us soon. Come and watch us play. A melhor Profª Maria Nazaré Campos THE TRANSYLVANIA EXPRESS The 11th grade class (11º I) went to the theatre on the 9th of November to see The Transylvania Express, an interactive play in English. Here’s what they thought about the play: aluna de alemão no ano transato! Catarina Rosa “Who doesn´t know the place where Dracula lives? Who hasn’t heard about vampires, werewolves, zombies or the famous Frankenstein? Well, many of you might think that they aren´t real… but I wonder if you’ll carry on thinking like that after taking the Transylvania Express! In this play, besides the great costumes and the ingenious and brilliant set, we are amused by the scary story that is performed by four actors. Full of suspense and funny moments, the Transylvania Express is a great show.” Sofia Negrão “I think the play was a great way to make us feel more interested in learning English and it made some students get out “The Transylvania Express, or shall I say “the Creepy Ex- of their comfort zone to communicate and learn more as they press” is an amazing and funny play. It’s about an account- joined the actors on stage.“ ant, Van Helsing, who is going to visit his uncle in TransylDébora Carvalhosa vania, but instead of travelling on a regular train, he finds himself on a train full of weird creatures like vampires, zom- “The interactive play was very interesting. Firstly, I found bies or werewolves”. the characters really good, not only because the actors were Francisca great but also because of their accent and costumes, which made me feel like I was there, in Transylvania. “The play is performed by four actors and some volunteers Secondly, the fact that they went to the audience to find from the audience. The story unfolds quickly and with hu- more characters, like zombies and vampires, was a very good mour. The delighted audience answers with enthusiasm be- idea because it helped us to pay more attention to the play, cause it isn’t hard to understand the English used to write otherwise we could have lost focus on the plot. this play. To sum up, I felt the play could not have been better and I On the whole, I recommend it, in view of the fact that the would like to see another play with the same actors.” plot was pretty interesting, the interactive part was quite João Mendes funny and the costumes were amazing.” Página 11 Confluências Camões no (ex-liceu) Camões Com conceção do prof. José Luís Vasconcellos, uma exposição “narrada”, no átrio da Biblioteca, sobre Camões e Os Lusíadas! Luís de Camões 17 de outubro de 2012 (Auditório) “Fantásticas pinturas de alegria – uma leitura da poesia de Camões”, pela Professora Doutora Isabel Almeida (Fac. de Letras da Universidade de Lisboa) e “Duas coisas acerca de Camões”, pela professora Margarida Sérvulo Correia (ex-docente da Escola Secundária de Camões) Com moderação do professor Manuel C. Gomes, a assistência deliciou-se com duas preleções de uma excelente qualidade e de um inequívoco interesse! (A coordenação esteve a cargo da professora Cristina Duarte) As ARTES marcando presença! (numa exposição no átrio da Biblioteca) ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES http://www.escamoes.pt Página 12 BE/CRE Confluências http://esccamoes.blogspot.com/ AINDA NÃO É NATAL, MAS A DINÂMICA DO CAMÕES NÃO SE ESGOTA AQUI. B R E V E S BOAS FESTAS! Aposentada Maria Teresa Cavaco da Palma Andrade (11º B) Ao professor Lino das Neves, ao funcionário José Alvega e a todos quantos colaboraram com a cedência de fotos e trabalhos para este Boletim, uma palavra de agradecimento. FELICIDADES! Confluências Envia os teus trabalhos para: [email protected] Com o generoso apoio do Grupo Desportivo e Cultural do Banco de Portugal
Documentos relacionados
Confluências - Escola Secundária de Camões
Nem os deuses controlam a fala à sua própria imagem. Se numa estância as divinas forças não detêm poder, quem somos nós para exigir uma porção da terra? Resta à divindade e ao mortal, aquando dos s...
Leia mais