A Importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção
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A Importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: CONCENTRAÇÃO EM GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA MARIANA NASCIMENTO DE CARVALHO A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Unidade Básica de Saúde Salvador 2014 MARIANA NASCIMENTO DE CARVALHO A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Programa de Pós-Graduação do Instituto de Saúde Coletiva DA Universidade Federal da Bahia – ISC/UFBA, no Curso de Especialização em Saúde Coletiva: concentração em Gestão da atenção Básica,como requisito para obtenção do título de especialista em Saúde Coletiva. Área de concentração: Gestão da Atenção Básica. Orientador: Yara Oyram Linha de pesquisa: Acadêmica Salvador 2014 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 7 3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 8 4 RESULTADOS .............................................................................................................. 9 5 DISCUSSÃO ................................................................................................................ 13 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 16 7. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS...........................................................................18 ANEXO 1. INTRODUÇÃO O SUS tem como função realizar ações de promoção de saúde, vigilância em saúde, controle de vetores e educação sanitária, além de assegurar a continuidade do cuidado nos níveis primário, ambulatorial especializado e hospitalar (Paim et al, 2011). De acordo com este autor, o desenvolvimento da atenção primária – ou atenção básica (AB), como é chamada no Brasil – tem recebido muito destaque no SUS. Impulsionada pelo processo de descentralização e apoiada por programas inovadores, a atenção básica tem o objetivo de oferecer acesso universal e serviços abrangentes, coordenar e expandir a cobertura para níveis mais complexos de cuidado, a exemplo da assistência especializada e hospitalar, bem como da implementação de ações intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por ações individuais e coletivas de promoção e proteção à saúde, de prevenção de doenças, de diagnóstico, de tratamento, de reabilitação e de manutenção da saúde. Estas ações constituem fases da assistência à saúde e são desenvolvidas com enfoque multiprofissional, por meio de atribuições privativas ou compartilhadas entre os integrantes da equipe de saúde. Segundo Andrade e colaboradores (2013), o Sistema Único de Saúde tem investido na expansão e qualificação da Atenção Básica como prioridade político-organizacional. As práticas de cuidado em saúde no nível da AB constituem um dos desafios do sistema, considerando a necessidade de tecnologias próprias que atendam os atributos de eficácia e efetividade no sentido de fazer mais e melhor. O Sistema Único de Saúde é integrado por uma rede regionalizada de ações e serviços, que visa a redução de doenças e o acesso universal e igualitário da população. Tem como prioridade as ações preventivas, garantindo a participação da comunidade nas decisões e garantindo igualmente a gratuidade dos serviços. Para o fortalecimento das políticas públicas de saúde auditiva, proposta em 2004, os profissionais envolvidos no atendimento do deficiente auditivo em todo o país devem conhecer os preceitos, as características administrativas e sua repercussão em um contexto mais amplo do Sistema Único de Saúde (GARBIN, 1995). A Organização Mundial de Saúde (2000) relata que há mais de 120 milhões de pessoas no mundo com perda auditiva, sendo que 8,7 milhões dessas têm entre 0 e 19 anos, ou seja, uma grande parte das crianças nascem ou adquirem uma perda auditiva antes de chegar à vida adulta. Por esse motivo, faz-se necessário o diagnóstico precoce da deficiência auditiva, pois quando diagnosticada tardiamente acarreta para criança atrasos na sua vida social, familiar, escolar e em seu desenvolvimento linguístico, cognitivo e psicológico. Desta forma, é importante que hospitais, maternidades e Unidades Básicas de Saúde insiram em sua prática clínica a triagem auditiva neonatal universal (TANU) que tem por objetivo diagnosticar a perda auditiva que acomete o recém-nascido no período, prénatal, perinatal e pós-natal. A avaliação auditiva do neonato é realizada através das Emissões Otoacústicas (EOA) e o Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE), que são exames eletrofisiológicos que dão o parecer sobre a integridade de vários níveis do sistema auditivo, estas técnicas são testes objetivos de maior especificidade e sensibilidade para detectar possíveis alterações audiológicas, em recém-nascidos e crianças pequenas (RUSSO, 1994). A perda auditiva em bebês se for diagnosticada ao nascimento e ocorrer a intervenção de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos e entre outros, até os seis meses as mesmas podem apresentar um desenvolvimento muito próximo ao de uma criança ouvinte. Com vista à importância e necessidade de que a deficiência auditiva seja diagnosticada o quanto antes, para que sejam minimizados os seus prejuízos na vida de uma criança, torna-se imprescindível a implantação de Programas de Triagem Auditiva Neonatal. A motivação para realizar este trabalho surdiu após a percepção em estudar e divulgar a atuação fonoaudiológica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), pois a mesma vem crescendo nos últimos anos por todo o Brasil. Como as vantagens do diagnóstico precoce de uma perda auditiva são imensas, através da Triagem Auditiva Neonatal, e essa prevenção pode ocorrer, porque o Brasil possui quase 35 mil fonoaudiólogos, muitos deles inseridos no Sistema Único de Saúde ou em outros locais que podem oferecer esse tipo de atendimento. Portanto, melhorar a qualidade vida é o principal objetivo de qualquer cuidado com a saúde, através do direcionamento da quantidade e qualidade das medidas e serviços preventivos que, graças a procedimentos globais e específicos, permitam que as pessoas estejam menos expostas às doenças e melhor capacidade para resisti-las (ANDRADE, 2006). 2. OBJETIVO GERAL Discutir a importância do Programa de Saúde Auditiva Neonatal na Unidade Básica de Saúde. 2.1OBJETIVO ESPECÍFICO: Identificar na literatura os benefícios para a saúde auditiva das crianças com a implantação da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica 3. METODOLOGIA Este presente estudo refere-se a uma revisão na literatura sobre a Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica, com abordagem qualitativa, tipo descritivo na qual foram analisados artigos do seguinte site de busca, o Google Acadêmico. Para execução da pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: “Triagem Auditiva Neonatal” e “Atenção Básica”. O período para a seleção de artigos ocorreu de novembro 2013 a março 2014, durante o levantamento obteve-se 122 artigos, contudo, apenas 25 corresponderam ao objetivo da pesquisa (ANEXO I). Obteve-se o melhor aproveitamento dos artigos que fazem referência a triagem auditiva e atenção básica, os que referem a triagem auditiva em escolares e reabilitação auditiva foram descartados por não responder o objetivo estabelecido. Este estudo buscou fazer uma revisão sobre o papel da triagem auditiva neonatal no diagnóstico precoce dos problemas auditivos na infância. Ressaltamos, que é fundamental que os profissionais do Sistema Único de Saúde reconheçam a importância da realização da triagem auditiva, pois exercem influência significativa na vida do usuário. A presente pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFA) em função de se tratar apenas de uma revisão de literatura, onde não envolve pesquisa com seres humanos e não viola a resolução n°.196/96 do conselho Nacional de Saúde que estabelece os princípios referenciais da bioética. 4. RESULTADOS O Brasil é considerado um país em desenvolvimento, por apresentar problemas como: desigualdade na distribuição de rendas e difícil acesso na qualidade de serviços prestados nas áreas de educação e saúde. Os determinantes e as responsabilidades com a saúde são explicitados a partir de quatro dimensões: As condições, situações e estilos de vida; a situação ambiental; o desenvolvimento da biologia e a organização da assistência a saúde (LIMA et.al, 2008). Existe a convicção de que saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim boas condições biológicas, ecológicas, ambientais, emocionais, políticas, econômicas, sociais, e culturais. Levando em consideração a importância da saúde auditiva, hoje existe um consenso em que se destaca a importância da realização da triagem auditiva em todos os bebês (LIMA et.al, 2008). A Audição é um dos sentidos mais importantes do ser humano. Com ela, pode-se saber as condições climáticas, de alerta, e de prazer do meio ambiente, mesmo de olhos fechados. É ainda devido a audição que os humanos habitualmente se comunicam verbalmente. Toda cultura humana baseia-se em comunicação, sendo a maior dela feita por padrões sonoros (IORIO, 2004). Segundo Lewis (1996), a audição é um dos sentidos que traz informações importantes para o desenvolvimento humano, principalmente nos aspectos lingüísticos e psicossociais. As implicações decorrentes de uma perda auditiva são várias, ressaltandose aquelas que se referem à comunicação. Para que o desenvolvimento da linguagem falada aconteça, a audição é muito importante. Primeiramente o ser humano deve ser capaz de receber, reconhecer, identificar, discriminar e manipular as características e processos do mundo sonoro que nos cerca. Para que isso seja possível, a integridade do sistema auditivo periférico e central é fundamental, uma vez que será por meio da audição que nos manteremos informados sobre tudo que esta acontecendo ao nosso redor (AITA et al, 2002).As autoras Kaminski, Tochetto e Mota (2006) confirmam que a função auditiva é considerada peça fundamental do complexo sistema de comunicação do ser humano. A integridade e o funcionamento adequado dos órgãos responsáveis pela audição são prérequisitos para garantir a aquisição da linguagem. O desenvolvimento da linguagem depende do funcionamento normal dos processos auditivos para receber e transmitir, perceber, relembrar os sons e integrar as experiências. De acordo com Pereira (2004), a percepção e a produção da fala são eventos relacionados. A habilidade para produzir fala inteligível depende, em grande parte, das habilidades para processar os paradigmas de espectro acústico e da prosódia da fala do locutor. A partir da implantação da Politica Pública de Atenção a Saúde Auditiva, em 2004, muitos avanços foram conquistados, com o intuito de beneficiar a população. A avaliação dos serviços de saúde auditiva vem como forma de acrescentar melhorias a esta política, a partir da otimização da verba pública para um atendimento de qualidade para um maior número de indivíduos (BEVILACQUA et.al, 2009). A avaliação das ações de saúde vem se destacando entre as iniciativas de planejamento e gestão das práticas deste setor, a fim de fornecer informações relevantes para o processo de tomada de decisões, baseado em evidências, e pode enfocar a avaliação de programas, de serviços e de tecnologias. A avaliação de programas de saúde, tem como foco de análises os programas, ou seja, práticas com macro objetivo voltadas para populações específicas, como o programa da triagem auditiva neonatal (BEVILACQUA et.al, 2009). Os objetivos da triagem auditiva para as autoras Aita e colaboradores (2002), além da detecção de alterações auditivas, visam à necessidade de se desenvolver guias e critérios para os testes utilizados na avaliação dos bebês quando esses deixarem o hospital, incluindo referências sobre as avaliações auditivas e os serviços realizados, identificar as necessidades reais de cada população quanto às questões de saúde e de prevenção desta, desenvolver materiais educativos para serem distribuídos a médicos, à comunidade e aos familiares, estabelecer sistemas apropriados para assegurar a qualidade do programa e o seguimento das famílias após a alta hospitalar. O serviço de Fonoaudiologia vem apresentando avanços significativos no Sistema Único de Saúde. Desde sua inserção no SUS, entre as décadas de 70 e 80, muitos conceitos e práticas têm sido reavaliados. No entanto, é preciso que se tenha conhecimento desta caminhada para que seja possível fazê-la avançar cada vez mais, acredita-se que este serviço merece importante atenção das ações de saúde pública (MOREIRA, MOTA, 2009). A realização da triagem auditiva é possível em ambientes como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), no berçário comum, no alojamento conjunto ou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo esta realizada na ocasião do teste do pezinho, no qual o vérnix do meato acústico externo do neonato já teria sido absorvido, reduzindo assim o número de falso positivo (AZEVEDO, 2004). Costa Filho e Lewis (2002) ressaltam ainda que, atualmente os programas de triagem auditiva neonatal têm sido idealizados, desenhados e implementados por médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, na maioria dos serviços e, em alguns casos, por médicos pediatras ou neonatologistas. No entanto, é de grande importância que os programas de triagem auditiva neonatal possam contar com a colaboração de equipes multidisciplinares, ou seja, pelas equipes de pediatria e neonatologia, principalmente pela obstetrícia, enfermagem, serviço social e setores de neurologia, otorrinolaringologia e principalmente fonoaudiologia, quando esses serviços estiverem disponíveis no hospital. O setor administrativo, e principalmente os atendentes, recepcionistas e auxiliares deverão conhecer e apoiar o programa de triagem auditiva neonatal. Seminários e reuniões podem ser necessários para que uma atualização seja oferecida a esses profissionais. Ribeiro e Mitre (2004) relatam que é importante realizar um trabalho de conscientização das mães sobre a importância do diagnóstico precoce da perda auditiva e esse trabalho deve ser feito antes do nascimento do bebê. A mãe precisa ter consciência que no caso de uma perda auditiva, a intervenção precoce irá proporcionar a chance da criança se desenvolver o mais próximo do normal. A média de idade para a detecção de perdas auditivas na infância tem sido de 14 meses. No Brasil, essa média se da por volta do terceiro ano de vida, ambas as idades consideradas tardias para o desenvolvimento da criança. Através deste estudo observamos que o diagnóstico da perda auditiva na criança deve se rprecoce, através do programa de triagem auditiva neonatal. Os casos suspeitos devem ser encaminhados pelos diversos profissionais da saúde para avaliação especializada, para evitar sequelas (VIEIRA, 2007). 5. DISCUSSÃO Quanto antes uma deficiência auditiva for identificada e diagnosticada, medidas adequadas podem ser tomadas para que as dificuldades sejam minimizadas e, em alguns casos, até totalmente eliminadas. Assim sendo, tem-se como objetivo o diagnóstico precoce da deficiência auditiva, visando o tratamento médico e a intervenção fonoaudiológica, sempre que necessário e o mais rápido possível, sendo esta afirmação ainda mais importante quando se refere à criança (LEWIS, 1996). Para Northen e Downs (2005), a triagem é o processo de aplicar testes, exames ou outros procedimentos rápidos e simples a um número geralmente grande de indivíduos, dos quais serão identificados aqueles que possuam alta probabilidade de um distúrbio e aqueles que provavelmente não têm distúrbio. Por não ter a pretensão de ser um procedimento diagnóstico, a triagem simplesmente avalia grandes populações de pessoas tipicamente assintomáticas sem diagnóstico, para identificar aquelas com suspeita de serem portadoras do distúrbio e que exigem procedimentos diagnósticos mais elaborados. A triagem auditiva tem por objetivo a identificação precoce da perda auditiva, possibilitando a intervenção fonoaudiológica imediata (AZEVEDO, 2004). Para Basseto (1998) o sucesso de um programa de triagem depende da eficácia das medidas adotadas para a identificação do suspeito, portanto, a escolha do procedimento mais adequado é fundamental. Atualmente as técnicas mais empregadas são: as emissões otoacústicas (EOAE), o potencial evocado auditivo de tronco cerebral (PEATC) e a audiometria de observação comportamental. Entre os métodos mais indicados para a realização da triagem auditiva neonatal está o registro das Emissões Otoacústicas (EOA), um exame rápido, não invasivo e com resultados confiáveis (Joint Committee on Infant Hearing, 2000).As emissões otoacústicas foram observadas por Kemp (1978) que as definiu como uma liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo. Segundo Lonsbury – Martin (2001) as emissões otoacústicas têm várias aplicações clínicas na avaliação de recém-nascidos, bebês e crianças. Os tipos de emissões otoacústicas utilizados extensivamente para propósitos clínicos são as emissões otoacústicas evocadas por click e as emissões por produto de distorção. As emissões otoacústicas evocadas transientes (EOAT) são aquelas que ocorrem em resposta a um estímulo sonoro bem breve, geralmente click, que é muito estimulante para a membrana basilar, porém é desprovido de seletividade de frequência. Estão presentes em todos os indivíduos com audição normal, desta forma, sendo muito utilizado em procedimentos de triagem auditiva neonatal (MUNHOZ, 2000). É por esse motivo que as ações que visam à identificação das perdas auditivas em recém-nascidos devem ter início no nascimento. Atualmente, preconiza-se a implementação de programas de triagem auditiva universal, ou seja, em todos recémnascidos, e não somente naqueles de maior risco para a deficiência auditiva (COSTA FILHO, LEWIS, 2003). Para Barreira e colaboradores (2007), a implantação e a discussão de programas de triagem auditiva neonatal têm sido temas constantes de preocupação entre audiologistas e pediatras. A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala e linguagem. Os estudos dos últimos anos vêm comprovando que a detecção e a intervenção precoces das alterações na audição garantem à criança o desenvolvimento da compreensão e da expressão da linguagem, comparáveis com as crianças ouvintes da mesma faixa etária. No Brasil, o Ministério da Saúde, instituiu em 2004, por meio da portaria GMMS nº 2.073 a Política Nacional de Atenção a Saúde Auditiva, esta portaria promove uma organização das ações direcionadas a atenção básica e estruturando os serviços de média e alta complexidade (DANIELI et al, 2011). Os mesmos autores, referem que a constituição destas redes possibilitou um grande avanço no aprimoramento das ações de Saúde Auditiva do Sistema único de Saúde, na medida em que propôs uma organização, de uma rede hierarquizada, regionalizada e integrada, aos diversos serviços de saúde contemplando ações de promoção e proteção a saúde. Segundo Campos e colaboradores (2012) no SUS o cuidado com a saúde está ordenado em níveis de atenção (básica, média e de alta complexidade), essa estruturação visa a melhor programação e planejamento das ações e serviços do sistema. Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a atenção à Saúde deve ser integral. A prioridade para todos os munícipes é ter a atenção básica operando em condições plenas e com eficácia, visto que a Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sócio-cultural. Buscando produzir a atenção integral, o Fonoaudiólogo poderá desenvolver suas atividades nos campos da promoção, prevenção e proteção da saúde, bem como na redução de agravos. De acordo com os mesmos autores citados acima, a inserção do Fonoaudiólogo na APS objetiva contemplar os três níveis de Atenção à Saúde, conforme preconizado pelo SUS, o que significa promover a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde nas diferentes fases da vida. A adoção dessas concepções de saúde traz à cena a necessidade tanto de uma visão holística de homem como de um sistema integrado, superando a visão curativa, biológica e reducionista do indivíduo. As diretrizes do SUS apontam para a importância de uma atenção universal, equânime e integral à saúde, organizada por meio da descentralização, regionalização e hierarquização dos serviços, de forma que sejam acessíveis a todos os cidadãos, resolutivos e contem com a participação social (BRASIL, 1990) A atenção primária à saúde, segundo Befi (1997) e Sampaio (1997) tem uma capacidade resolutiva de 85% a 90% dos problemas da população, sendo a “chave” para que seja alcançada a saúde para todos. As Unidades Básicas e os Centros de Saúde, responsáveis pela APS, devem solucionar os problemas de menor dificuldade técnica, diagnóstica e terapêutica. Caso seja necessário, será realizado um encaminhamento aos demais níveis: Atenção Secundária à Saúde (Clínicas e/ou Ambulatórios de Especialidades) e AtençãoTerciária à Saúde (Rede Hospitalar de Referência). Como o atendimento está próximo ao indivíduo e à sua família, os profissionais podem eleger suas estratégias a partir das necessidades daquela região. Oliveira, Pedrozo e Macedo (1997) consideram a triagem como um momento próprio para esclarecer o paciente sobre o funcionamento da instituição e para levantar uma hipótese-diagnóstica. A Triagem Audtiva Neonatal é um procedimento utilizado para detectar precocemente as perdas auditivas. Quanto antes uma perda auditiva for diagnosticada haverá melhores resultados para a intervenção imediata da criança; pois se a educação auditiva por meio de prótese tiver início antes dos seis meses de idade, haverá maior aproveitamento das capacidades auditivas e menor atraso de linguagem (MAZZA, CAMARGO, PINTO, 2007). A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica, de acordo com Andrade (2006) é de grande significado na saúde da população infantil, pois através da prevenção das doenças da comunicação conduz, diretamente, à melhoria da mais significativa das características humanas. Melhorar a qualidade vida é o principal objetivo de qualquer cuidado com a saúde, através do direcionamento da quantidade e qualidade das medidas e serviços preventivos que, graças a procedimentos globais e específicos, permitam que as pessoas estejam menos expostas às doenças e melhor capacidade para resisti-las (ANDRADE, 2006). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pesquisas realizadas vêm comprovando a importância da atuação na prevenção, detecção e atendimento precoce; as crianças atendidas em programas de intervenção precoce necessitam de menor assistência no futuro. Desta forma, o presente estudo visa conscientizar e expandir conhecimento sobre os benefícios da realização de um programa de Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica para o desenvolvimento das crianças submetidas ao mesmo. Este trabalho também tem o interesse de subsidiar informações a cerca do conceito comunicação humana, tida como importante, mas não essencial, para o reconhecimento amplo de funcionalmente crítica e determinante do bem-estar, da saúde geral, do desenvolvimento pessoal e de toda sociedade, sem privilégio e poder de poucos, como preconiza uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde. Por meio deste estudo, observamos que seria relevante a elaboração de outras pesquisas a fim de contribuir com as leis relacionadas a Política Pública de Saúde Auditiva, na Atenção Básica, pois esta seria uma forma de aumentar a consciência coletiva quanto a prevenção da perda auditiva. Percebemos avanços no movimento da reforma sanitária brasileira, porém são relevantes os percalços e as dificuldades no que se refere as melhores condições de saúde e de trabalho em saúde no Brasil. Desta forma, é necessário realizar um levantamento do que está sendo feito em termos de prevenção a perda auditiva, e é preciso tomar providências para adequar os serviços à realidade atual. Portanto, para isto requer maior número de fonoaudiólogos atuando na Saúde Pública, profissionais preparados para lidar com Saúde Pública e mais atenção do governo ao que se refere a Política Pública de Saúde Auditiva. Contudo concluímos que precisa-se investir em pesquisas e estudos nessa área afim de fundamentar a importância dessas ações na Atenção Básica. 7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AITA, A. et al. Triagem auditiva de 0 a 2 anos: Uma proposta para unidades básicas de saúde. Revista Fonoaudiologia Brasil, São Paulo, dezembro, 2002. ANDRADE, C. Fonoaudiologia em Berçário Normal e de Risco. 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ANEXO Matriz para organização dos textos da revisão de literatura Base de Dados: Google Acadêmico Descritor: Triagem Auditiva Neonatal e Atenção Básica Data: Novembro 2013 a Março 2014 Quantidade encontrada: 122 Quantidade validada: 25 Ano Referencia (Fonte) Titulo 2010 http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S180886942010000100020&lng=pt&n rm=iso Saúde auditiva neonatal 2011 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v1 6n3/04.pdf Resumo Criado em 2007, o COMUSA é um comitê multiprofissional que agrega áreas de estudo da Fonoaudiologia, Otologia, Otorrinolaringologia e Pediatria e tem como objetivo discutir e referendar ações voltadas à saúde auditiva de neonatos, lactentes, préescolares e escolares, adolescentes, adultos e idosos. Fazem parte do COMUSA representantes da Academia Brasileira de Audiologia (ABA), Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL), Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Contribuições para Objetivo: Realizar o levantamento do quantitativo dos procedimentos análise da política de relacionados à adaptação de aparelho de amplificação sonora saúde auditiva no Brasil individual (AASI) incluídos na Tabela do Sistema Único de Saúde (Tabela SUS). Métodos: Os dados sobre os procedimentos relacionados à adaptação de AASI incluídos na tabela SUS foram levantados no site: WWW.datasus.org.br. Após o levantamento desses dados, foi realizada a organização e a análise descritiva da produção dos atendimentos ambulatoriais registrados pelos serviços de saúde auditiva do Brasil, durante o período de novembro de 2004 a julho de 2010. Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: Quanto aos procedimentos relacionados à dispensação de AASI no território nacional no âmbito da saúde auditiva, em 2006, a terapiafonoaudiológica ultrapassou o quantitativo obtido pela adaptação de AASI e, o acompanhamento fonoaudiológico, por sua vez, foi pouco realizado no país. Os AASI com tecnologias B e C vem sendo mais adaptados do que os AASI de tecnologia A e a realização de medida com microfone sonda ou acoplador de 2cc na 2012 http://web.b.ebscohost.com/ehos t/delivery?sid=f0243b48-b8d34bea-80c51772e2817ab9%40sessionmgr11 3&vid=17&hid=108 PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA SELETIVA EM CRIANÇAS DE RISCO EM UM SERVIÇO DE SAÚDE AUDITIVA DE SÃO PAULO. adaptação dos AASI é pouco realizada em comparação ao ganho funcional. Conclusão: Houve grandes avanços na atenção ao deficiente auditivo no país, mas é necessário aprimorar o acompanhamento dos usuários de AASI, e revisar procedimentos como medidas com microfone sonda e tecnologias dos AASI. Objetivo: descrever a população de neonatos encaminhada para um programa de triagem auditiva seletiva, caracterizando e comparando o grupo de lactentes que compareceram à triagem (grupo I) com o grupo de lactentes que não compareceu (grupo II). Método: a amostra foi constituída por 55 lactentes, provenientes de uma maternidade de São Paulo. A metodologia incluiu a análise de prontuários e entrevistas com as mães. Foram variáveis do estudo: idade da alta hospitalar, resultado da triagem auditiva, resultado do diagnóstico, o tempo entre a alta hospitalar e a triagem, o tempo entre a alta hospitalar e o diagnóstico e, por fim, o tempo entre triagem e diagnóstico. Além destes aspectos, as características socioeconômicas e culturais dos grupos e os indicadores de risco foram analisados. Resultados: foram encaminhados 55 lactentes e o comparecimento à triagem auditiva foi de 76% (42). A média de idade da alta hospitalar foi de 38 dias, da triagem auditiva foi de 42 dias e do diagnóstico foi de 95,1 dias. A média do tempo entre a alta e a triagem foi de 13 dias e da alta e diagnóstico de 40,8 dias. O grupo que compareceu à triagem apresentou peso menor, maior período de internação na UTI, maior número de indicadores de risco, maior renda familiar por pessoa e maior número de consultas pré-natal em comparação aos que não compareceram. Conclusões: as crianças que mostraram maior adesão à realização da triagem auditiva neonatal seletiva foram 2011 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sa udelegis/gm/2011/prt2488_21_1 0_2011.html O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios 2009 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ v11n3/a21v11n3.pdf OS CAMINHOS DA FONOAUDIOLOGIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS aquelas cujas mães compareceram a um maior número de consultas no pré-natal, as que apresentaram maior ocorrência de indicadores de risco, maior tempo de internação e quando as informações na maternidade mostraram-se mais efetivas. O Brasil é um país de dimensões continentais com amplas desigualdades regionais e sociais. Neste trabalho, examinamos o desenvolvimento histórico e os componentes do sistema de saúde brasileiro, com foco no processo de reforma dos últimos quarenta anos, incluindo a criação do Sistema Único de Saúde. Uma característica fundamental da reforma sanitária brasileira é o fato de ela ter sido conduzida pela sociedade civil, e não por governos, partidos políticos ou organizações internacionais. O Sistema Único de Saúde aumentou o acesso ao cuidado com a saúde para uma parcela considerável da população brasileira em uma época em que o sistema vinha sendo progressivamente privatizado. Ainda há muito a fazer para que o sistema de saúde brasileiro se torne universal. Nos últimos vinte anos houve muitos avanços, como investimento em recursos humanos, em ciência e tecnologia e na atenção básica, além de um grande processo de descentralização, ampla participação social e maior conscientização sobre o direito à saúde. Para que o sistema de saúde brasileiro supere os desafios atuais é necessária uma maior mobilização política para reestruturar o financiamento e redefinir os papéis dos setores público e privado. Tema: os caminhos da Fonoaudiologia no Sistema Único da Saúde – SUS. Objetivo: realizar um breve relato da evolução das questões de saúde no Brasil e da evolução do serviço de Fonoaudiologia no Sistema Público além de realizar uma breve análise sobre a importância de pesquisas nesta área. Conclusão: o serviço de 2011 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sa udelegis/gm/2011/prt2488_21_1 0_2011.html BRASIL. Portaria n. 24 88, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica,para a Estratégia Saúde da Família (ESF) o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 2008 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ v10n2/a16v10n2.pdf TRIAGEM AUDITIVA: PERFIL SOCIOECONÔMICO Fonoaudiologia vem apresentando avanços signifi cativos no Sistema Único de Saúde. Desde sua inserção no SUS, entre as décadas de 70 e 80, muitos conceitos e práticas têm sido reavaliados. No entanto, é preciso que se tenha conhecimento desta caminhada para que seja possível fazê-la avançar cada vez mais. Acredita-se que este serviço merece importante atenção das ações de saúde pública e que são necessárias evidências científicas que comprovem a importância deste trabalho. A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior freqüência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. Objetivo: descrever as características socioeconômicas e demográficas das mães cujos filhos participaram da triagem auditiva neonatal. Métodos: o estudo foi desenvolvido em maternidades públicas da cidade do Recife, por meio de entrevistas realizadas com as parturientes. Após a entrevista, as mães foram convidadas a comparecer às clínicas-escola de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco e da Faculdade Integrada do Recife, para realizar avaliação auditiva em seus filhos. Resultados: participaram do estudo 1.021 mães, sendo observado que: a idade destas variou de 13 a 50 anos, com maioria (69,5%) entre 20 e 35 anos; 59,4% são casadas ou têm união consensual ; 39,1% são solteiras e a maior parte (34,1%) possui primeiro grau incompleto e 3,4%, o 3°grau. Quanto ao fator renda pessoal, a maioria (72,8%) apresenta inferior a um salário mínimo; 90,3%.possuem bens, sendo que 83,6% televisão, 56,7% casa própria e 40,7% telefone e, como atividade,identificou-se (63,7%) como sendo dona de casa. Conclusão: as características socioeconômicase demográficas das mães participantes da triagem auditiva neonatal foram marcadas por mulheres adultas jovens, que possuem marido ou parceiros, baixa escolaridade e renda familiar, possuem acesso a televisão e não possuem trabalho fora de casa. Tais resultados representam uma importantesbase diagnóstica para as necessárias ações de gestão, assistência e ensino na área de saúde materno-infantil.Portanto, a partir dos achados pode-se melhor fundamentar programas direcionadospara as mães com as características socioeconômicas e demográficas identificadas. Entretanto, para se atingir todas as mães, o estudo também forneceu indícios de grupos minoritários que merecem, certamente, novas pesquisas sequenciais. O CONHECIMENTO, Objetivo: investigar o conhecimento, a valorização da detecção A VALORIZAÇÃO precoce da deficiência auditiva pelos profissionais da saúde DA TRIAGEM envolvidos no período pré e pós gestacional e verificar o DE MÃE 2007 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ v9n4/15.pdf AUDITIVA NEONATAL E A INTERVENÇÃO PRECOCE DA PERDA AUDITIVA 2006 conhecimento das mães sobre a importância da triagem auditiva neonatal. Métodos: o instrumento da pesquisa constituiu-se de três questionários com perguntas fechadas e específicas aos profissionais envolvidos; pediatras, ginecologistas/obstetras enfermeiros, além das mães dos bebês nascidos em uma maternidade na cidade de Maringá/PR, no período de janeiro a fevereiro/2005. Resultados: observou-se no questionário realizado com os médicos que todos, 100%, referiram ter conhecimento da saúde auditiva do bebê, 69% recomendaram o teste da orelhinha, 82% referiram que até os primeiros três meses seria o período ideal para o diagnóstico auditivo e apenas 37% souberam referir quais os exames necessários a serem realizados. Entre os enfermeiros, 78% demonstraram ter conhecimento sobre a detecção precoce da perda auditiva e 67% referiram orientar os pais sobre o teste da orelhinha. Sobre a importância da detecção precoce da deficiência auditiva, 22% não responderam ou não acharam relevante. No questionário realizado com as mães, 81% relataram não terem recebido orientações a respeito das doenças que alteram o desenvolvimento auditivo, 72% não tinham conhecimento a respeito da detecção precoce da deficiência auditiva. Conclusão: mostrou-se evidente neste estudo um conhecimento reduzido com relação a detecção precoce da perda auditiva e da triagem auditiva neonatal por parte das pessoas envolvidas nesta pesquisa. http://www.arquivosdeorl.org.br/ Triagem Auditiva O diagnóstico precoce da perda auditiva em neonatos constitui-se em conteudo/pdfForl/352.pdf estratégia fundamental parao planejamento e introdução de medidas Neonatal Universal terapêuticas, objetivando a prevenção de agravos e melhoriada qualidade de vida. É sabido que a prevalência de deficiência auditiva observada em outros países é de 5 em cada 1000 neonatos. Objetivo: Realizar uma triagem auditiva neonatal universal em uma maternidade pública do Estado do Acre. Foi realizado estudo transversal em 200 neonatos, da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco- Acre, durante o período de novembro de 2004 a janeiro de 2005, aplicando-se um questionário àsmães e/ou responsáveis e teste de Emissões Otoacústicas Produto de Distorção.Dos 200 neonatos estudados, apenas 6 (3.0%) de suas mães relataram história familiar de deficiênciaauditiva; apenas uma delas tinham mais de um familiar com o distúrbio. A média de peso dos neonatosfoi de 3122.31 ± 588.4 g, variando desde 1085 to 4900 g. Apenas um (0.5%) neonato apresentoudisfunção auditiva. Este tinha 20 dias de nascido quando foi testado, pesava 1515 g, e nascido pré-termo de parto normal.Conclui-se a partir do estudo realizado a extrema importância da triagem auditiva neonatal universal, uma vez que, na pesquisa diagnosticou-se um neonato com alteração, realizou-se encaminhamentosadequados tornando possível uma intervenção precoce, evitando sérios transtornos futuros para linguagem e comunicação deste. 2009 http://www.scielo.br/pdf/rboto/v 75n1/v75n1a09.pdf Resultados de um programa de triagem auditiva neonatal em Maceió Desde 1998, com a criação do grupo de apoio a triagemauditiva neonatal, vários programas de triagem auditiva foramimplantados no país. Em Alagoas, o primeiro programa foi criado em 2003, do qual não se publicou nenhum resultado. Sabe-se que a audição é importante para a comunicação humana, pois a perda auditiva na criança pode acarretardistúrbios na aquisição da fala, na linguagem e no desenvolvimento emocional, educacional e social. Objetivo: Apresentar os resultados obtidos em um programa de triagem auditiva neonatal em Maceió. Material e método: Trata-se de um estudo analítico retrospectivo para analisar exames realizados entre setembro de 2003 e dezembro de 2006 em um hospital privado de Maceió. Resultados: De 2002 recém-nascidos, 1626 atenderam aos critérios de inclusão, sendo 835 (51,4%)do sexo masculino. A triagem auditiva foi adequada em 1416 casos (87,1%), sendo a faixa etária mais freqüente entre 16e 30 dias. No total, 163 (10,0%) apresentavam indicadoresde risco para deficiência auditiva, o mais freqüente foi ahiperbilirrubinemia. Conclusões: Os resultados estatísticosobtidos neste programa de triagem auditiva demonstram aimportância da implantação e manutenção de um programadessa natureza. Esta análise foi considerada importante para contribuição de um estudo multinacional ou regional. 2002 http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?Isis Script=iah/iah.xis&src=google& base=LILACS&lang=p&nextAc tion=lnk&exprSearch=312960& indexSearch=ID O financiamento Analisa o Financiamento Federal para a saúde no período de 1988 a público federal do 2001. A base da análise é a Legislaçäo Federal sobre o Direito à Sistema Unico de Saúde e aos preceitos sobre o financiamento deste direito. Diante do prescrito, analisa o ocorrido. Uma tentativa de estudo relacionando o Saúde diploma legal (virtual) e o diploma do acontecido (real). Historia os documentos e o ocorrido neste período. No final, as conclusões säo tiradas orientadas por uma dezena de eixos. Desde a interpretaçäo do conceito de saúde para efeito do financiamento, a gratuidade do direito, as fontes de recursos, a obrigatoriedade dos repasses, a administraçäo dos recursos até outros aspectos mais genéricos. A partir da constataçäo de que neste período foram cometidas inúmeras ilegalidades säo feitas recomendaçöes relativas a cada uma delas com o intuito de corrigi-las ou compensá-las. 1992 http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?Isis Script=iah/iah.xis&src=google& Reforma da reforma, Discute o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), analisando os impasses do planejamento e da gestäo dos serviços públicos, além de repensando a saúde comentar algumas teorias referentes a esses temas. Estuda a forma base=LILACS&lang=p&nextAc tion=lnk&exprSearch=160820& indexSearch=ID neo-liberal de produzir e organizar a atençäo à saúde, enfatizando a investigaçäo dos processos de trabalho, do exercício do poder nas instituiçöes e nas relaçöes entre hospital e clientela. A seguir, descreve o processo de descentralizaçäo instituído no Brasil a partir de 1987 e as suas conseqüências sobre o modelo assistencial entäo vigente na área pública de saúde. Por fim, apresenta propostas de reformulaçäo da forma de organizar a atençäo à saúde na área pública, bem como dos métodos de planejamento, de gestäo e da prática dos profissionais de saúde. 1994 http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?Isis Script=iah/iah.xis&src=google& base=LILACS&lang=p&nextAc tion=lnk&exprSearch=140281& indexSearch=ID Conselhos de Saúde no Os Conselhos de Saúde emergiram recentemente na cena políticosanitária brasileira, com a missäo de operacionalizar o princípio Brasil constitucional da participaçäo comunitária e assegurar o controle social sobre as açoes e serviços de saúde. Foram institucionalizados como órgäos permanentes e obrigatórios do Sistema Unico de saúde, recebendo amplas atribuiçoes legais e caráter deliberativo. Busca avaliar o grau em que esses órgäos têm cumprido esse papel, bem como indaga de suas condiçoes atuais e potenciais de impactar positivamente o processo de transformaçäo democrática do sistema de saúde brasileiro. Säo estabelecidos os marcos teóricos e históricos onde se inscrevem os conceitos de participaçäo e controle social em saúde, discrimina e tipifica as diversas modalidades de práticas sociais a eles associadas. Apresenta o percurso histórico de evoluçäo das políticas e práticas que antecederam e deram origem à proposta dos Conselhos de Saúde no caso do Brasil. Através de le 2007 http://www.pediatriasaopaulo.us p.br/upload/pdf/1201.pdf O diagnóstico da perda Objetivo: descrever a epidemiologia, etiologia e formas de diagnóstico precoce das desordens auditivas na criança, assim como auditiva na infância as implicações no desenvolvimento. Fontes pesquisadas: artigos da base de dados Medline no período de 1985 a 2005. Livros técnicos, teses, publicações do Ministério da Saúde e documentos disponíveis na internet também foram pesquisados. Síntese dos dados: a perda auditiva da criança pode ocorrer em diferentes faixas etárias, em decorrência deem diferentes faixas etárias, em decorrência de doenças diversase pode ser reversível, progressiva ou permanente. Para o diagnóstico etiológico, é necessário considerar os indicadores de risco:agentes pré, peri e pós-natais, o quadro clínico, tipo de perda auditiva, faixa etária, comportamento social e acadêmico da criança. Testes auditivos, subjetivos e objetivos e testes de desempenho escolar são úteis para o correto diagnóstico. As principais conseqüências da perda auditiva na infância são: distúrbio na aprendizagem da linguagem, com possível retardo da aquisição da linguagem oral, distúrbios de atenção, de compreensão de leitura e alterações de comportamento social. O tratamento pode demandar a utilização de prótese e/ou outros meios de amplificação do sinal sonoro, acompanhamento médico, orientação familiar e escolar e fonoterapia. Conclusões: o diagnóstico da perda auditiva na criança deve serprecoce, através do programa de triagem auditivaneonatal como também deve haver uma triagemposterior em escolares, Os casos suspeitos devemser encaminhados pelos diversos profissionais dasaúde e do ensino para avaliação especializada,para evitar seqüelas. 2007 http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S010459702007000300011 As origens da rede de serviços de atenção básica no Brasil: o Sistema Distrital de Múltiplos aspectos relacionados à formulação de políticas, à construção do conhecimento e à implementação das práticas no setor saúde interagem e têm como produto a maneira como se prestam os serviços de saúde em determinado contexto histórico. O surgimento e a consolidação da organização sanitária resultaram de um processo político cujo ideário buscava atender às necessidades segundo um Administração Sanitária contexto histórico. Analisa-se a trajetória histórica da organização da rede de atenção básica no país tomando-se como referência os seus princípios organizativos e assistenciais, sua expansão em termos físicos e sua função no sistema público de saúde, entre 1918 e 1942. Abordam-se os antecedentes e as iniciativas para se implantar no Rio de Janeiro e, posteriormente, no país um Sistema Distrital de Administração Sanitária, precursor da rede de serviços de atenção básica no Brasil. 2008 http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?Isis Script=iah/iah.xis&src=google& base=LILACS&lang=p&nextAc tion=lnk&exprSearch=505222& indexSearch=ID Meta-avaliação da A publicação em pauta tem como eixo orientador a Política Nacional atenção básica em de Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica, com vistas à Institucionalização da Avaliação em Saúde. O texto engloba a saúde: teoria e prática pluralidade de abordagens metodológicas utilizadas nas pesquisas avaliativas, multi-institucionais, dos Estudos de Linha de Base integrantes do Projeto de Expansão e Consolidação da Estratégia Saúde da Família (PROESF), conduzido pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, ressaltando suas vantagens, limitaç 2008 http://rmmg.medicina.ufmg.br/in Triagem auditiva em A preocupação de se identificar precocemente a dex.php/rmmg/article/viewArticl Neonatos deficiência auditiva se deve à melhora no prognóstico se a e/139 intervenção é feita em tempo hábil. Objetivo: Revisar estudos que preconizam realização de TriagemAuditiva Neonatal, o seu histórico e os indicadores de risco para deficiência auditiva propostos pelo Joint Committee on Infant Hearing. Fonte de dados: Pesquisa bibliográfica na base de dados MEDLINE e LILACS. Síntese dos dados: A triagem auditiva no Brasil vem se expandindo. Observa-se aumento da conscientização dos profissionais e da população acerca do exame além, do maior conhecimento e possibilidade de identificação e intervenção precoces. Verifica-se a existência de um esforço contínuo, para divulgação do teste, dos profissionais envolvidos nos Programas de Triagem Auditiva Neonatal e que, com auxílio da mídia, reforçada pela aprovação de leis municipais e estaduais, vem atingindo maior parcela da população. As emissões otoacústicas são utilizadas amplamente em programas de triagem auditiva e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico automático vem ganhando espaço nas triagens de neonatos de alto risco. Conclusão: A literatura pesquisada demonstra que a prevalência da deficiência auditiva é alta e que as conseqüências apresentadas, quando não identificada precocemente podem ser devastadoras para o desenvolvimento de fala, linguagem, cognitivo e social As técnicas disponíveis atualmente para avaliação auditiva são altamente sensíveis e com especificidade adequada para se detectar precocemente a deficiência auditiva. 2005 http://www.revistas.usp.br/rmrp/ article/view/449 Diagnóstico Precoce da A audição é importante na comunicação humana. Perda auditiva na criança pode acarretar distúrbios na aquisição da fala, linguagem e no Surdez na Infância desenvolvimento emocional, educacional e social. O diagnóstico precoce de deficiência auditiva permite a intervenção e o ideal é que ambos ocorram nos primeiros 6 meses de vida. A triagem auditiva neonatal universal é recomendada pois avalia todos os recémnascidos e não apenas aqueles com indicadores de risco para perda auditiva. Embora existam testes comportamentais para a avaliação auditiva, os exames ideais são os objetivos, tais como as emissões otoacústicas e os (EOA) potenciais evocados auditivos de tronco cerebral, pois são exames eletrofisiológicos que não dependem da participação da criança, sendo úteis em recém-nascidos e crianças pequenas. As emissões otoacústicas avaliam a função coclear e o potencial auditivo evocado avalia a função auditiva até o tronco cerebral. Ambos são usados na triagem auditiva neonatal embora o registro das EOA seja o mais comum por ser de aplicação mais fácil e rápida. 2010 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ 2010nahead/16-10.pdf ANÁLISE DE DIFERENTES ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS EM AUDIOLOGIA REALIZADOS NO BRASIL Tema: a audição, responsável pela aquisição e desenvolvimento da linguagem, é um dos sentidos que permitem a ocorrência das relações interpessoais e com o meio ambiente. Desta forma, o levantamento epidemiológico da prevalência de deficientes auditivos em uma comunidade é deextrema importância para a adequação das medidas de saúde pública nos vários níveis de prevenção. . Objetivo: verificar na literatura científica, estudos que tiveram por interesse a busca de conhecimento no âmbito epidemiológico relacionados à perda auditiva no Brasil. Foram utilizados um total de 13 artigos sendo, 11 de estudos transversais, um estudo caso-controle, e outro estudo de coorte.Conclusão: Os trabalhadores expostos a ruído ocupacional têm recebido maior atenção por parte dos estudos epidemiológicos, diferentemente da população idosa e neonatal. Apenas um estudo combase populacional, seguindo o Protocolo sugerido pela OMS, foi realizado. É importante a realização de mais estudos relacionados à deficiência auditiva no país a fim de elaborar ações de saúde e assistência adequadas à necessidades locais. 2011 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v1 6n2/08.pdf Avaliação do nível de satisfação de usuários de aparelhos de amplificação sonora individuais dispensados Objetivo: Adaptar culturalmente o questionário Satisfaction with Amplification in Daily Life (SADL), versão em Português Brasileiro, para administrar em usuários de aparelhos de amplificação sonora individuais (AASIs) dispensados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Participaram da pesquisa 19 sujeitos usuários de AASIs dispensados pelo Sistema Único de Saúde, por nomínimo três pelo Sistema Único de semanas, com idade igual ou superior a 60 anos, que apresentavam perda auditiva pós-lingual, sendo 63% do gênero masculino e 37% Saúde do gênero feminino, com média de idade de 73 anos e média de tempo de uso das próteses auditivas de cinco meses. Os sujeitos responderam ao questionário SADL e a uma Escala de Satisfação de item único, além de alguns itens adicionais. Foi realizada a análise da consistência interna do SADL, a análise descritiva dos resultados, para caracterizar as respostas dos sujeitos, acomparação dos resultados com os dados normativos propostos pelos autores e uma investigação do relacionamento entre o SADLe a escala de satisfação de item único. Resultados: Os resultados obtidos para a pontuação global evidenciaram que os sujeitos, em média, encontravam-se satisfeitos com seus AASIs. O mesmo ocorreu para todas as subescalas do SADL, sendo que a subescala Imagem Pessoal apresentou o maior número de pessoas muito satisfeitas. Os resultados obtidos foram equivalentes aos encontrados pelos autores e o SADL mostrou ser um questionário com boa consistência interna (0,71). Houve íntima relação entre a escala de satisfação de item único e a pontuação global do SADL. Para as duas medidas de satisfação, a maioria dos sujeitos demonstrou estar“satisfeito” com seus AASIs e ambas as escalas apresentaram correlação alta e significativa (0,935). Conclusão: Em média, os sujeitos estavam satisfeitos com seus AASIs dispensados pelo SUS. O questionário SADL, versão em Português Brasileiro, mostrou-se um instrumento eficaz para avaliar o nível de satisfação dos usuários de AASIs dispensados pelo SUS avaliados neste estudo. Novas pesquisas são necessárias para complementar estes achados. 2009 http://www.scielo.br/pdf/csc/v14 s1/a29v14s1.pdf A ótica dos usuários sobre a oferta do atendimento fonoaudiológico no Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador Este artigo tem por objetivo analisar a oferta do atendimento fonoaudiológico do SUS no município de Salvador. Realizamos trinta entrevistacom usuários, em oito serviços de saúde e em turnos diferenciados, e constatamos que a oferta doatendimento de fonoaudiologia, neste município, encontra-se direcionada para pacientes da média ealta-complexidade. Há uma distribuição aleatória e desigual dos atendimentos nos distritos sanitários.Constatamos as múltiplas dificuldades dos usuários no acesso a este cuidado, que podem ser explicadaspela especialização da oferta, pela fragmentação da rede e déficit dos procedimentos fonoaudiológicos, estimado em 131.315 por ano. Em direção à aproximação do conceito de desigualdades justas ou suportáveis e para reverter as iniquidades do acesso à fonoaudiologia, sugerimos a urgência do planejamento deste cuidado nos três níveis de atenção. 2012 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ v14n2/102-10.pdf INSERÇÃO DOS FONOAUDIÓLOGOS NO SUS/MG E SUA DISTRIBUIÇÃO NO TERRITÓRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Objetivo: investigar a distribuição dos fonoaudiólogos no estado de Minas Gerais, sua inserção no SUS e as variações geográficas dessa distribuição e suas desigualdades. Método: análise dos Cadernos de Informações de Saúde dos 853 municípios do estado de Minas Gerais referentes a2009, disponíveis no Sistema de Informações em Saúde brasileiro, o DATASUS. Foram pesquisados os indicadores: população municipal, número total de fonoaudiólogos da rede SUS e da rede privada e número médio de fonoaudiólogos (SUS e rede privada) por mil habitantes. Resultados: a análisedos dados revelou a presença de 1.733 fonoaudiólogos atuando no estado em 2009. Destes, 67,8% atendiam à rede SUS. Dos 853 municípios, 505 (59%) não possuíam o profissional fonoaudiólogo no período investigado. Observou-se que entre as 13 macro regiões estaduais as regiões regiões Norte de Minas e Nordeste, as piores: 0,16 e 0,05/10.000, respectivamente. Observou-se a presença de 0,58 fonoaudiólogos/10.000 habitantes disponíveis na rede SUS e 0,86 fonoaudiólogos s/10.000 atendendo à rede privada e ao SUS no estado. Conclusão: a inclusão de fonoaudiólogos na assistência à saúde estadual ainda é deficitária, sendo observada grande disparidade na distribuição dos profissionais. É notório o estrangulamento da assistência fonoaudiológica no SUS em Minas Gerais, visto que para cada 17.000 mineiros existia somente um fonoaudiólogo no SUS estadual em 2009. Ressalta-se a necessidade de uma mobilização dos profissionais e dos gestores de saúde para garantir a integralidade da atenção à saúde no estado. 2010 http://www.revistas.usp.br/sauso c/article/view/29713 Adesão a um Programa de Triagem Auditiva Neonatal A Triagem Auditiva Neonatal tem se efetivado mundialmente como meio para detecção precoce da surdez. Na Unicamp, desde 2002, os recém-nascidos na maternidade do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher são agendados para a triagem auditiva no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr. Gabriel Porto". No entanto, nem todos vêm para a triagem e alguns abandonam o processo de avaliação antes do diagnóstico. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar as taxas de adesão de lactentes ao Programa de Triagem Auditiva Neonatal. Tratou-se de pesquisa que utilizou dados contidos nos prontuários dos lactentes que efetuaram a triagem no período de fevereiro a novembro de 2007. Permaneceram no alojamento conjunto do CAISM 2107 lactentes e vieram para a triagem 1310. Dentre aqueles que não passaram na triagem (92 lactentes), realizaram o exame de PEATE-A 73 lactentes. A adesão na primeira etapa da triagem foi de 62,17%, e na segunda, 79,34%. As taxas de adesão são inferiores às preconizadas pelo Joint Comittee on Infant Hearing e encontradas em alguns países desenvolvidos. No 2011 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/ 2011nahead/190-09.pdf SAÚDE AUDITIVA DOS RECÉMNASCIDOS: ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGI A NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA entanto, aproximam-se de outras experiências brasileiras de programas de triagem auditiva neonatal. O acompanhamento sistemático às famílias dos lactentes que não passaram na primeira avaliação e a conscientização destas sobre a detecção precoce da perda auditiva e suas consequências podem ter contribuído para o aumento da taxa de adesão na segunda etapa da triagem. Objetivo: analisar o acompanhamento dos recém-nascidos quanto à promoção da saúde auditiva após a inserção da fonoaudiologia na Estratégia Saúde da Família. Método: estudo retrospectivo e documental com abordagem quantitativa com 88 recém-nascidos que realizaram o teste da orelhinha, no período de fevereiro a maio de 2010, a partir dos relatórios mensais de devolutiva do Serviço de Atenção a Saúde Auditiva do município, consolidados mensais e prontuários de um Centro deSaúde da Família em Sobral-Ce. Resultados: dos recém-nascidos avaliados, 35 (39,77%) falharam no teste, entre estes, 7 (20%) apresentam indicador de risco para deficiência auditiva e 28 (80%)não apresentavam nenhum risco. Verificou-se também divergências entre os dados do Serviço de Atenção a Saúde Auditiva e os prontuários do Centro de Saúde da Família quanto a classificação dosindicadores de risco para a perda auditiva. Observou-se ainda que, o número de encaminhamentos para o teste da orelhinha aumentou 8,33%. Em relação ao reteste, 1 (7,69%) criança retornou nos meses de março a agosto de 2009 e entre os meses de setembro/2009 a fevereiro/2010 após a atuação da fonoaudiologia no CSF do Sumaré 17 (65,38%) crianças realizaram o reteste. Conclusão: os dados sugerem a importância da presença do fonoaudiólogo na atenção primária, sendo fundamental No acompanhamento e monitoramento do diagnóstico precoce das 2013 http://www.eventos.ct.utfpr.edu. br/anais/snpd/pdf/snpd2013/Paul a_Regina_Jardim_Campos.pdf ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGI CA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PROPOSTA PARA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA - PR alterações auditivas. Essa proposta de Atuação Fonoaudiológica em Atenção Primária à Saúde (APS), na saúde do município de Curitiba-PR, tem por objetivo apresentar uma ideia geral sobre as possibilidadesde inserção do profissional Fonoaudiólogo e sua correlação com Políticas Públicas de Saúdede âmbito Federal e Municipal, bem como sinalizar outras possibilidades de atuação em áreasque ainda carecem de regulamentação específica. As propostas apresentadas contemplam os três níveis de prevenção à saúde na Atenção Fonoaudiológica, conforme preconizado pelo SUS ao promover o acesso integral, universal e equinânime às ações e aos serviços de saúde visando à prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. A construção dessa. Proposta de Atuação Fonoaudiológica em APS surgiu das discussões e reflexões do grupo deFonoaudiólogas servidoras da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), culminando na construção coletiva, iniciada em março deste ano, de uma Carta de Serviços Fonoaudiológicos para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Dessa forma há cinco grandes áreas abordadas: Saúde Auditiva, Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, Saúde do Idoso, Atenção Domiciliar e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Para cada grande área de atençãoà saúde foi realizada uma breve descrição da mesma, sua correlação com a Fonoaudiologia realizando um paralelo com o preconizado por portarias, leis e decretos, tanto à nível Federal, Estadual e Municipal. É importante destacar que se trata de uma proposta inicial que foi recentemente apresentada para os gestores e está em fase de negociação para suaimplementação parcial ou total ao longo da gestão em vigor, considerando o pequeno quadro de profissionais disponíveis no momento (apenas 12 profissionais concursadas) e o fato de que todas prestam serviços em equipamentos da Secretaria Municipal de Educação (SME).
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