- Centro Empresarial de São Paulo
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SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/009 Lições da Crise Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades” Operação Limpeza A opção da indústria pela produção mais limpa ‘Vale do Silício’ brasileiro Região de Petrópolis (RJ) desponta como polo de tecnologia | | SET/OUT/NOV – 2009 A força da combinação educação e tecnologia Recentemente, um grupo de empresas lançou um compromisso com a prática de produção sustentável. Para reduzir a emissão de poluentes, elas concordaram em assumir uma série de procedimentos unindo os conceitos de desenvolvimento e sustentabilidade. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não assinou o documento, mas, com a antecedência de meses, promoveu a Conferência de Produção Mais Limpa, com base nessa consciência que vem contaminando (no bom sentido) o mundo empresarial. Para falar sobre o assunto, entrevistamos nessa edição Paulo Skaf, o presidente da federação. Skaf e as indústrias associadas da Fiesp chamaram as universidades para se empenharem no esforço pela pesquisa de novas tecnologias e uso de fontes de energia renovável. Também peso-pesado da indústria, nosso outro entrevistado é o presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, que veio repassar uma lição de casa aos atuais e aos aspirantes capitães de empresas: como se comportar em tempos de crise. Experiente timoneiro, ele adotou a prática de manter os tri- pulantes calmos e de conservar todos a bordo do navio, até a tempestade passar. Notem que não estamos nos referindo à formação de marola, mas da intempérie financeira que envolveu o Planeta, cujos efeitos ainda não foram totalmente absorvidos. Assim, quando tudo voltar ao normal, a nave que se mantiver intacta estará em posição de vantagem em relação às demais. Ainda sobre desenvolvimento, a combinação educação e tecnologia é essencial para o crescimento das nações. Nunca é demais bater nessa tecla. Os países que adotaram essa estratégia lograram alcançar um índice invejável de bem-estar para seus concidadãos. Como acreditamos nessa premissa, fomos buscar em algumas cidades-polo de tecnologia os nossos “Vales do Silício”, regiões que vêm se firmando no campo da pesquisa tecnológica do País. Os homens sérios deste País têm que assumir, assim como fizeram as empresas que nos referimos acima, um pacto sério de compromisso com a educação e com o desenvolvimento tecnológico. Esse é o caminho, e os exemplos começam a pipocar aqui e acolá. Vamos lutar para que se espalhem pelo Brasil inteiro. Orestes Quércia Presidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda. SET/OUT/NOV – 2009 | | NOTAS | Cultura, imagem, música e boa alimentação. Características peculiares de um restaurante aniversariante que propõe dedicação e bom atendimento aos seus clientes Em meio ao formalismo e a rigidez do ambiente corporativo, há um espaço onde os domiciliados do Centro Empresarial de São Paulo podem fazer as suas refeições no Restaurante Cult em um ambiente descontraído que comemora um ano neste mês de setembro. A administração fica por conta do empresário Marcelo Porto, formado em Comércio Exterior e gastronomia com o Chef Nicolau Rosa. Com o objetivo de atender melhor as exigências de seus clientes e aperfeiçoar seus conhecimentos, ele decidiu fazer o MBA em gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi. Segundo Marcelo, o Restaurante Cult é uma extensão do Café Cultura, localizado no bairro do Itaim Bibi, que pertence à sua família, atuante na área de gastronomia há mais de 0 anos. A proposta do Cult é oferecer ao público do Centro Empresarial um momento de “cultuar as coisas boas da vida”. Entre elas, o prazer de se alimentar. O restaurante oferece aos clientes um menu diversificado e elaborado cuidadosamente com carnes, frutos do mar, especiarias e sobremesas, a um custo super acessível, tornando o momento de almoço um verdadeiro prazer. Arte e Gastronomia em um só lugar Os frequentadores do restaurante ainda “Há quem frequente o restaurante pela enpodem desfrutar de um ambiente cultural com tradinha, oferecida ao sentar à mesa”, acrescenexposição de fotografias de pontos turísticos da ta o empresário. cidade de São Paulo, boa música e referências Para festejar e presentear os clientes do Cult cinematográficas. em comemoração de 1 ano de existência, Marcelo e a direção de marketing do restaurante preparam atividades especiais e diferenciadas, que acontecem em todo o mês de setembro. Visite o site http://www.culgastronomia.com.br/ e conheça um pouco mais das novidades da casa. • Marcelo Porto | | SET/OUT/NOV – 009 Automação e eficiência energética O Centro Empresarial de São Paulo contratou a Johnson Controls para uma reforma em sua central de água gelada. Foram instalados três Chillers YK, marca YORK, fabricados pela Johnson Controls, que operam com gás refrigerante ecológico e geram 3100 TR´s de refrigeração, resultando na redução dos gastos com a produção de frio em cerca de 40 a 50%. A instalação de modernos chillers otimizaram o sistema de ar condicionado, garantindo maior eficiência energética. Foi atualizado o gerenciamento da operação das controladoras dos fan-coils, sistema de automação que condiciona a temperatura dos ambientes de escritórios e lojas, espalhados nos andares dos edifícios. Com esse sistema, ao invés de os operadores circularem pelos andares para alterar a temperatura manualmente a cada mudança climática, o controle será feito de uma sala que supervisiona todo o sistema do Centro Empresarial, fazendo a alteração de maneira rápida e eficiente. O novo sistema começou a operar em abril de 2009. Ele coordena a operação das mais de 500 controladoras de fan-coils e permite que toda a programação do sistema de ar-condicionado seja feita numa tela de computador. Assim, os ajustes de temperatura são imediatos e eliminam o serviço manual, proporcionando redução de gastos e tempo de manutenção. “O sistema Metasys de gerenciadoras NAE e controladoras de fan-coil regulam com maior eficiência a temperatura nos ambientes de trabalho e escritórios, possibilitando maior conforto térmico para as pessoas e melhor gestão da temperatura pela central de água gelada. O Centro Empresarial elimina custos desnecessários, otimiza tempo e gera eficiência energética, em função da gestão integrada das unidades instaladas, além de aumentar a satisfação de seus usuários”, explica Emílio Miranda, gerente de Contas da área de Sistemas, da Johnson Controls. • Empresas do Grupo GE têm novo endereço A GE Enterprise Solutions reuniu cinco unidades de negócios em um único local: o Centro Empresarial de São Paulo. Segundo Karla Cheli, do Departamento de Marketing da GE FanucSolutions, “a idéia do grupo de usar um endereço único é para gerar sinergia, escala e padronizar processos”. Na nova sede estão as unidades GE Fanuc, Digital Energy, Inspection Tecnologies, Security e Sensing. “Temos um espaço maior e bem planejado, com sala de demonstração das soluções aos clientes, laboratórios por equipamento e sala de treinamento. Os colaboradores estão trabalhando lado a lado, o que facilita a inte- gração entre as diversas áreas, desde a cotação da solução, suporte técnico e comercial, até a entrega do pedido ao cliente”, diz Karla. A GE Fanuc opera há 14 anos no mercado brasileiro como fornecedora de soluções de automação industrial. A companhia atende indústrias dos segmentos de celulose e papel, siderúrgico, tratamento de águas, geração de energia, farmacêutica, petrolífero, açúcar e álcool, utilidades, tais como Vale do Rio Doce, Cia. Suzano, Petrobras, Grupo Nova América, além de outros setores. As unidades GE Corporate e GE Health Care permanecem no prédio da avenida das Nações Unidas, 8501. • SET/OUT/NOV – 2009 | | 10 EMPRESA 32 18 O3 EDITORIAL | 13 QUALIDADE DE VIDA | 22 ECONOMIA | 34 TI EXPEDIENTE Panamby Empreendimentos e Participações Ltda. PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/2009 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES: Rita Gallo, Davi Brandão e Roberto Shinyashiki COMERCIALIZAÇÃO: Mart Bureau e Editora Tel.: 3815-5566 ramal: 27 FOTOS: Paulo Bareta e Márcia D’Ambrósio IMPRESSÃO: Arvato Digital Services CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco B ASSESSORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) 3741-6685 /Fax: (11) 3741-5152. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS é uma publicação do Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e formadores de opinião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected] | | SET/OUT/NOV – 2009 CULTURA 29 TURISMO 16 ESPECIAL 08 TELECOMUNICAÇÕES ENTREVISTA SUMÁRIO FINANÇAS Educação financeira é fundamental para as empresas crescerem REINALDO DOMINGOS A crise financeira já teve reflexos no país. Até mesmo os que acreditavam que seria apenas uma “marola” já afirmaram que o reflexo na economia será muito maior, como é o caso do ministro da Fazendo, Guido Mantega. Apesar de já haver consultores que afirmam que os efeitos já passaram, é cedo para afirmar que isso realmente aconteceu. Assim, o que os empresários devem fazer nesse momento? É hora de investir ou de ficar quieto esperando a crise passar? Essa resposta dependerá da situação que sua empresa se encontra nesse momento. Mas uma coisa é certa, isso mostra como é fundamental a educação financeira para os empresários. O problema é que muitos empresários ficam acuados pela falta de perspectiva financeira de seus negócios e param de investir, porque não sabem a forma adequada de gerir o dinheiro do caixa da empresa. Mas sempre observo que em momento de crise é que se constrói grandes impérios. Isso porque as oportunidades aparecem nestes momentos já que repensamos muitos dos nossos negócios, abrindo nossa visão para oportunidades que antes não conseguíamos observar, além de passarmos a respeitar mais as finanças. Assim, para o empresário sair das dificuldades fortalecido, a dica é muito simples: reforce sua gestão financeira. E o primeiro passo é fazer um diagnostico da atual situação da empresa, ou seja, fazer uma análise aprofundada do caixa, do que receberá e do que pagará. Sempre observando essa situação em curto, médio e longo prazo. É importante ressaltar que a aplicação dos recursos disponíveis nesse momento vai depender das ações e metas que serão traçadas a partir do diagnóstico da empresa. Por exemplo, Reinaldo Domingos se o dinheiro é para capital de giro, este valor deverá ser aplicado em tipos de investimento com disponibilidade imediata, como fundo DI. Já para aqueles objetivos e projetos de médio prazo, o dinheiro deve ser aplicado em investimentos com prazos maiores, que pagam melhores taxas, já que o mercado oferece boas taxas, visto que as instituições financeiras buscam fidelidade. Para o longo prazo, a dica é a mesma. Mas um alerta se faz necessário, essa é a pior hora para o empresário que não possui capital realizar empréstimos para investimentos, uma vez que a tendência é que os juros subam, fazendo com que essa ação se torne uma “bola de neve” nos próximos meses. O que levará a empresa a rumos perigosos, podendo ocasionar até mesmo a falência. Empréstimos só devem ser feitos em casos de retorno garantido. E, mesmo assim, negociando taxas de juros para índices muito abai- xo do mercado. Caso não se tenha certeza do retorno rápido para o dinheiro emprestado, o melhor a fazer é manter a situação da empresa sem alterações. Esperar o fim da crise para investir em novas idéias. São nos momentos de crise que o mercado abre novas frentes para serem trabalhadas. O empresário empreendedor deve observar o que está interferindo neste momento de crise em seu negocio e combater com alternativas inovadoras, mantendo o ânimo de toda equipe. É muito importante que a insegurança do mercado não reflita nas lideranças da empresa, pois isso poderá ser fatal para a sua saúde financeira. O momento é de assumir a liderança com atitudes positivas. Motivar e mostrar o verdadeiro momento vivido são importantes, sem pessimismo, mostrando que a estabilidade dependerá muito do empenho de todos para melhorar a produtividade. Também é importante mostrar a importância de novas ideias dos colaboradores, mostrando opções para a empresa crescer nesse momento de crise, pois, muitas vezes, eles conhecem melhor o mercado e os riscos do ramo em que a atuam. Infelizmente, o momento não é de contratações. Assim, os problemas devem ser resolvidos por seus próprios líderes e colaboradores. Empreender, ser empresário no Brasil ou em qualquer lugar do mundo é correr risco, ser flexível nos momentos difíceis, vibrar pelas conquistas e, principalmente, combater de frente os obstáculos, buscando alternativas e novas opções de negócios, porque onde existe crise existe oportunidade e lucros. Reinaldo Domingos, consultor e terapeuta financeiro, presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira (www.disop.com.br), autor dos Livros Terapia Financeira e O Menino do Dinheiro (Editora Gente) e presidente do Grupo Confirp, referencia em contabilidade no Brasil SET/OUT/NOV – 2009 | | TELECOMUNICAÇÕES | Eficiência e tecnologia de ponta Serviço de telecomunicações do Centro Empresarial de São Paulo se reinventa permanentemente Por Fernando Caldas Foto: Paulo Bareta Instalar uma empresa exige, quase sempre, gastos em infraestrutura de telecomunicações. As empresas que funcionam no Centro Empresarial de São Paulo, no entanto, podem se dedicar exclusivamente ao seu negócio principal sem precisar se preocupar com esse requisito. A Associação dos Usuários do Sistema de Telecomunicações e Afins do Centro Empresarial de São Paulo (Austacem) garante para todo o complexo de escritórios o fornecimento de sistemas completos de telefonia, com ramais analógicos, digitais e a base de IPs, infraestrura de dados, acesso a internet, soluções de multimídia e de call centers. O modelo de serviços de telecomunicação da Austacem é um diferencial do Centro Empresarial de São Paulo. Ele constitui uma marca do empreendimento desde sua origem, em 1977. A criação de uma associação que provê todos os recursos de telecomunicações aos condôminos foi uma solução original que acabou se reinventando ao longo de sua existência. Hoje, essa entidade, sem fins lucrativos, apresenta aos usuários os mais variados recursos e o que há de mais novo no mundo nas telecomunicações. Flexibilidade A Austacem cobra pelos serviços que as empresas demandam. Se a necessidade é, por exemplo, de 50 ramais, serão fornecidos | os 50. Se a empresa quiser ampliar ou reduzir, conforme sua necessidade de expansão ou de redução, basta redimensionar. Há total flexibilidade para obtenção da quantidade de ramais desejada, pelo prazo que for necessário, inclusive inferior a um mês. Profissionais treinados e capacitados atendem todas as demandas dos usuários. Com 50 funcionários, a Austacem dispõe de equipes que cuidam da programação, da administração de call centers, da tarifação, das redes corporativas, do tráfego com as operadores, além de desenvolverem projetos e instalações. O chefe da Seção de Telecomunicações da Austacem, Renato Marquart, explica que a manutenção é gratuita, sem ônus para o cliente, e feita de forma imediata. “Quando solicitada, a equipe de manutenção se apresenta em até 45 minutos no local de onde foi feito o chamado para a realização dos serviços requisitados, seja troca de fiação ou de aparelhos ou reprogramação na central telefônica.” Tarifas e controles As empresas têm à sua disposição equipamentos e facilidades como aparelhos analógicos e digitais, correio de voz, desvio de chamada, identificador, transferência, audioconferência, videoconferência, entre outros. Tudo isso com tarifas diferenciadas. Como o Centro Empresarial é grande e absorve muitas empresas num único espaço, ele tem um poder de barganha junto às operadoras. A Austacem trabalha hoje com 11 delas. Pode, portanto, negociar preços com elas | SET/OUT/NOV – 2009 e obter valores bem mais baixos do que se cada empresa negociasse isoladamente. “Todo esse poder de negociação e os benefícios advindos dele são revertidos para o usuário, que passa a dispor de tarifas bastante atraentes”, diz Marquart. Toda a tarifação é realizada pela própria Austacem. Isso permite que os usuários possam controlar via internet as tarifas incidentes em cada ramal. Todas as ligações ficam disponíveis on line no máximo 48 horas após serem efetuadas. Esse modelo foi implantado há três anos e é um sucesso para o controle e racionalização das contas telefônicas. Redes corporativas Para as empresas que têm várias unidades e precisam mantê-las constantemente interligadas, as redes corporativas, formadas por links digitais ou analógicos, oferecem vantagens de comunicação, economia, rapidez e eficiência. A Austacem fornece uma série de serviços capazes de integrar diversas unidades das empresa em todo o Brasil e no mundo, por meio de comunicações de voz, fax, dados e videoconferência, com grande variedade de alternativas tecnológicas. “As empresas que desejam facilitar os contatos internos entre suas unidades têm à disposição sistemas que permitem o funcionamento de redes corporativas, nas quais a comunicação entre as diversas unidades, situadas em diferentes locais, podem ser feitas sem custos. Essa comunicação pode ser feita como se fosse de ramal a ramal”, explica Marquart. Recentemente, foram instalados circuitos de fibra ótica em todo o condomínio. A Rede Backbone interliga todos os blocos do Centro Empresarial de São Paulo. Sua arquitetura foi baseada no padrão 10 Gigabit Ethernet entre os ativos da rede tendo Switch´s de acesso Gigabit Ethernet nas pontas (1 Gbps). “Hoje em dia, essa conexão é muito utilizada para o acesso a internet. As empresas que contratam Austacem só precisam de um cabo conectado a essa rede para acessar a banda de internet que ela desejar”, completa o gerente da Seção de Telecomunicações. Tecnologia de ponta A tecnologia empregada no sistema de comunicação do Centro Empresarial de São Paulo representa o que existe de mais avançado no mundo, tanto em termos de equipamentos quanto de técnicas e soluções. Desde a construção do complexo, em 1977, existe uma parceria com a Siemens, que vem permitindo a constante atualização tecnológica da plataforma de comunicação. Segundo Marquart, a empresa alemã tem o comprometimento de oferecer ao Centro Empresarial o que existe de mais avançado em tecnologia. “Tudo que está sendo lançado na Europa, assim que começa a ter a linguagem em português, a Siemens nos traz para que possamos fazer a demonstração ou utilizar o produto. Se for um produto de fácil comercialização ou que caia no gosto do Brasil, nós o trazemos e implantamos no Centro Empresarial.” A Austacem tem capacidade para atender empresas de todos os portes. Ela dispõe sempre de uma quantidade de ramais em estoque, parados e prontos para serem ativados, além de capacidade excedente de infraestrutura. “Podemos oferecer até 100 mil ramais, o que demonstra nossa capacidade de fornecimento para um grande parque de instalações”, completa Marquart. • Renato Marquart, chefe da Seção de Telecomunicações da Austacem SET/OUT/NOV – 2009 | | ENTREVISTA | Operação Limpeza Paulo Skaf, presidente da Fiesp, diz como a indústria brasileira está aderindo a novas práticas de produção O que é exatamente o programa “Produção Mais Limpa” ou “P+L”? PAULO SKAF: Sempre costumo dizer que, mais do que industriais, somos cidadãos brasileiros. E mais do que brasileiros, somos seres humanos. Assim, temos consciência da importância de promover o desenvolvimento econômico aliado ao equilíbrio ambiental. E foi perseguindo esse lema que conheci o programa Produção Mais Limpa, ainda lá atrás, quando a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), inspirada em práticas internacionais de produção limpa, buscou setores produtivos para realizar projetos pilotos. Naquela época, eu presidia a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), e fizemos um movimento para que o setor fosse o primeiro a se engajar e colaborar com o programa para desenvolver uma gestão ambiental consciente e responsável. Mais tarde, à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), busquei incrementar essa parceria e envolver toda a indústria paulista no programa, uma ação que promove tecnologias e processos que possibilitam a fabricação de bens e a prestação de serviços com menor consumo de material e de energia e geração mínima ou nula de poluentes. Hoje, a meu ver, a indústria já está preparada para produzir sem poluir, preservando o meio ambiente. Quais objetivos a Fiesp pretende alcançar? Qual é o principal ganho que o programa “Produção Mais Limpa (P+L)” oferece? Já há resultados concretos de redução de resíduos com o programa? 10 | | SET/OUT/NOV – 2009 Paulo Skaf, presidente da Fiesp PAULO SKAF: Todos ganham com a produção mais limpa: o meio ambiente, porque há economia de recursos naturais e menor descarga de poluentes; a indústria, com mais produtividade, retorno financeiro e o valor agregado da cidadania empresarial; o trabalhador, com mais segurança e salubridade no ambiente profissional; e, por fim, toda a sociedade. Afinal, mitigar os impactos ambientais da produção melhora a qualidade de vida, economiza água, energia e reduz o uso de matérias-primas tóxicas. Diversos programas vencedores, que economizaram energia e ainda geraram empregos, foram apresentados durante a Conferência Paulista de Produção Mais Limpa, que a Fiesp realizou em março deste ano. Além disso, no mesmo evento, assinamos um acordo com 17 instituições paulistas de ensino superior para promover e difundir ações de cooperação que buscam a conscientização de profissionais do setor produtivo e do meio acadêmico sobre a importância de práticas relevantes no uso racional dos recursos naturais. O que é exatamente o Guia Técnico Ambiental da Indústria Têxtil – Série P+L, produzido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e pelo o Sindicato das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo – Sinditêxtil? PAULO SKAF: O Guia condensa práticas positivas aplicadas pelas empresas engajadas no projeto e foi lançado durante a Conferência Paulista de Produção Mais Limpa, a qual sediamos na Fiesp. É um material bastante útil, que contempla um conjunto de soluções significativas para os aspectos primordiais no relacionamento entre meio ambiente e indústria e que, tenho certeza, terá um bom efeito multiplicador. Fale sobre o protocolo assinado entre a Fiesp e universidades paulistas, visando ações de cooperação mútua para inserir o tema da P+L nas universidades? PAULO SKAF: Nos países desenvolvidos, as pesquisas e a inovação tecnológica se concentram nas universidades. Aqui no Brasil, a universidade ainda participa pouco desse processo. O fundamento deste acordo é disseminar o conceito de produção mais limpa e integrar os estudantes que hoje estão nos centros de formação e que, dentro de pouco tempo, estarão no mercado de trabalho. Com o protocolo, vamos realizar ações de cooperação mútua entre as universidades como Unicamp, FGV, USP, Mackenzie, entre outras. Isto porque a produção mais limpa só funcionará em sua plenitude se houver um modo de pensar diferente, uma cultura nova por parte das novas gerações, que, atentas a essas questões, vão acrescentar ao que já se faz no setor produtivo. Todos ganham com a produção mais limpa: o meio ambiente, a indústria, o trabalhador e toda a sociedade. Afinal, mitigar os impactos ambientais da produção melhora a qualidade de vida particulados, hidrocarboneto, óxidos de enxofre e nitrogênio, entre outros poluentes, foram drasticamente reduzidas ao longo dos anos e hoje são comparáveis às emissões industriais dos países desenvolvidos. Muitas empresas até extrapolam as exigências legais e investem em práticas ambientais mais amplas, voltadas à economia de recursos hídricos e energéticos, por exemplo. Para a redução das emissões de CO2, a Fiesp lançou, no ano passado, uma ampla campanha chamada “Menos Carbono Mais Sustentabilidade”. A idéia é promover encontros públicos e envolver todos os setores da sociedade no esforço de compreender e amenizar os impactos ambientais provocados não apenas pelas atividades produtivas, mas, também, pela simples existência cotidiana. Quais os segmentos privados e públicos e as entidades técnicas ligados ao “Produção Mais Limpa”? PAULO SKAF: A produção mais limpa permeia todos os setores da sociedade, o setor produtivo industrial, as universidades e a Cetesb, como órgão de controle ambiental. Como o senhor analisa as potencialidades do Brasil no campo do desenvolvimento das energias alternativas? E qual o modelo de financiamento de pesquisas ideal para que o país possa ingressar definitivamente na era da economia do carbono? PAULO SKAF: O Brasil possui condições inigualáveis para a produção de energias alternativas. Temos uma matriz energética reconhecidamente limpa e que possui potencial de desenvolvimento em várias frentes. No campo da energia solar, nosso país é privilegiado. Já a expansão das energias de biomassa, eólica e das marés deverá ter grande incremento num futuro próximo. Outra alternativa é a produção de energia proveniente do lixo. Com a crescente urbanização, áreas disponíveis para novos aterros sanitários são cada vez mais difíceis, o que nos impele a criar soluções para aproveitamento energético do lixo. No Brasil, as empresas preocupadas com a emissão de gases de efeito estufa ainda são minoria. O desenvolvimento de tecnologias limpas depende, em sua opinião, da ampla conscientização do empresariado? PAULO SKAF: O empresariado já está consciente da necessidade de utilizar mecanismos de produção mais limpa e tem se esforçado bastante para diminuir emissões poluentes de um modo geral. As emissões de materiais O programa norte-americano de estímulo à utilização de tecnologia limpa envolve gastos diretos do governo e créditos fiscais. As companhias que lidam com tal tecnologia também têm sido ajudadas por empresários de investimentos de risco. No caso do Brasil, como devem atuar os agentes públicos e privados para enfrentar os desafios do desenvolvimento de novas tecnologias? PAULO SKAF: O setor produtivo não pode esperar o público para fazer investimentos em novas Paulo Skaf, presidente da Fiesp SET/OUT/NOV – 2009 | | 11 ENTREVISTA | vemos melhora. As exportações continuam desaquecidas, com nível que regrediu ao de 2007. Ainda por cima, outros fatores, como imposição de barreiras ao comércio e câmbio depreciado, castigam setores como a indústria de aviões, máquinas, têxteis, calçados e móveis. Neste cenário, o que tem sustentado nosso saldo comercial são as commodities. Qual o peso das exportações para a indústria brasileira? PAULO SKAF: As últimas análises da Fiesp mostram que aproximadamente 23% do que é produzido pela indústria brasileira é vendido ao exterior – uma parcela considerável e que não deve ser menosprezada, em especial pela capacidade de gerar empregos de qualidade e em grande quantidade. tecnologias. Estímulos e iniciativas em conjunto são Existe certo consenso de que alguns probem-vindos, mas a indústria precisa realizar ações cedimentos tomados pelo governo, como a por conta própria, o que, apesar dos percalços buro- formação de reservas financeiras, ajudaram o cráticos, tem feito com muita diligência. país a absorver melhor os impactos da crise financeira internacional. Assim mesmo, o FMI A crise econômica mundial pode prejudicar projeta um PIB negativo para este ano com reos projetos da indústria de estimular esse tipo cuperação em 2009. Projeta-se também uma de procedimento, de aumentar a produtivida- acentuada retração no comércio internacional, de e ao mesmo tempo economizar recursos embora isso deva afetar mais a exportação de naturais utilizados na produção e não poluir o produtos primários. Como essa situação irá se ambiente? refletir na indústria brasileira? PAULO SKAF: O setor industrial, assim como PAULO SKAF: Não há dúvidas de que a crise toda sociedade brasileira, já enfrentou diversas internacional afeta todos os países, em menor crises econômicas, externas e internas, como o ou maior grau, e o Brasil não é exceção. Nosso esmagador período de inflação galopante, e país foi atingido, principalmente, com quedas sempre soube buscar alternativas para produ- na demanda interna, no comércio exterior, no zir. Os novos tempos compelem o industrial ao crédito e na confiança. Destes aspectos, as vendesenvolvimento sustentável, ou seja, deve-se das internas têm respondido positivamente e buscar produzir cada vez mais com menos. E apresentaram crescimento, principalmente com a questão ambiental pode ser um bom fator o auxílio fiscal dado a determinados setores. A de competitividade, neste momento de crise. falta de confiança, embora ainda não totalmenResíduos são desperdícios que devem ser evi- te mitigada, parece dar sinais de que o pior já tados ao máximo; efluentes líquidos lançados passou. As taxas de juros e o spread bancário em padrões melhores que a qualidade dos rios começam a retornar aos patamares pré-crise podem e devem ser reusados. Tudo isto já faz e há espaço para o governo derrubar a Selic, parte da rotina do setor industrial, mas a busca melhorando ainda mais o panorama. No entanpor melhoria deve ser contínua. to, quando falamos da demanda externa, não 12 | | SET/OUT/NOV – 2009 A Fiesp critica os juros altos, contemplando assim a questão dos spreads bancários. Qual é a consequência dessa política monetária para o país e para o desenvolvimento da indústria, em particular? PAULO SKAF: O medo do Banco Central em fazer cortes que levem a taxa básica de juros a patamares condizentes com o momento econômico em que vivemos e o alto custo do crédito no país são extremamente nocivos à atividade produtiva no Brasil. Cada redução na taxa de juros leva seis meses para produzir efeito, isso significa que a morosidade do Comitê de Política Monetária do Banco Central não atende à urgência de reação que o país precisa dar em resposta a crise econômica. Se tivéssemos baixado os juros em outubro do ano passado, em abril estaríamos sentindo seus reflexos. A demora contribuiu para quedas do PIB e do emprego. O ideal é termos taxa de juros de 7% ao ano, número compatível com uma inflação sob controle. Além disso, nosso spread bancário é o maior do mundo, o que é um absurdo. É necessário promover a concorrência dos bancos com a adoção do cadastro positivo de clientes. O Banco Central também precisa pressionar o setor financeiro, principalmente os grandes bancos, a emprestar dinheiro ao mercado e, ao mesmo tempo, reduzir os juros. Já o governo tem que dar o exemplo, fazendo com que os bancos públicos cobrem taxas mais baixas. • | SAÚDE Saúde em gotas Por Rita Gallo Fotos: Paulo Bareta Em busca da paz interior Nos grandes centros urbanos, é impossível fugir dos problemas. Nossa cabeça parece uma floresta onde as preocupações são como macaquinhos pulando de galho em galho. Uma boa indicação para tornar a mente mais forte para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia é a meditação. Mas fica a dúvida: será que é possível meditar no trânsito caótico das cidades ou no ambiente competitivo do trabalho? À primeira vista, parece difícil silenciar a mente diante das atribulações, em busca da paz anterior. Mas para a Brahma Kumaris, organização que trabalha com o desenvolvimento de valores espirituais em 120 países e tem cursos gratuitos de meditação raja ioga, é possível compatibilizar a vida urbana com a meditação. Segundo Luciana Ferraz, coordenadora nacional da organização, é possível meditar no relacionamento com o mundo. Ela diz que em cada ação do dia é possível meditar. “Ao realizar cada ação do seu dia, o indivíduo deve se concentrar e realizar da melhor maneira possível cada uma das suas tarefas, meditando através dela.” Ponderar e refletir antes de cada ação também é um meio de meditar: “Temos que conectar mente e espírito, o que nos deixará em estado de meditação”. Esse treinamento diário dará habilidade para iniciar o processo de meditação tradicional. “Ao nos preencher com pensamentos positivos e elevados, automaticamente vamos silenciando a mente”, explica Luciana. Mas todo esse processo é gradativo, pois é “impossível frear um carro a 200 quilômetros por hora”. Luciana Ferraz, coordenadora nacional da Brahma Kumaris SET/OUT/NOV –- 2009 | | 13 g otas SAÚDE | em Saude Vazio espiritual Luciana diz que ao nos concentrarmos em nossas tarefas vamos ganhando gradativamente o “estado de silêncio”. Muitas vezes, a pessoa está presa em um turbilhão de ideias negativas e sente um vazio espiritual. “A meditação é um estado de limpeza espiritual, onde o medo e a confusão cessam e o homem ganha luz internamente”, afirma a coordenadora do Brahma Kumaris. Ela acrescenta ainda que “com a meditação devemos buscar a matriz original interna de amor e paz que todos nós, seres humanos, carregamos, o que nos transporta para uma experiência de encontro com Deus”. Segunda a filosofia de Luciana, Deus é como um sol espiritual, que nos toca com raios de luz qualificados, repletos de amor e compreensão. “Com a meditação, é possível criar um sintonia com a luz divina e com a nossa verdade interna.” A Brahma Kumaris foi fundada na Índia em 1936 com o propósito de resgatar valores espirituais. Mais informações no site www.bkwsu/brasil.org. “A raja ioga é a arte de viver em equilíbrio, ser feliz e pacífico”, diz Luciana. Sem pressão Um estudo publicado recentemente pelo American Journal of Epidemiology demonstrou a relação direta entre o ganho de peso e o estresse no trabalho. Durante nove anos, 1,3 mil pessoas foram acompanhadas e conseguiu-se demonstrar que a falta de desafios no trabalho, falta de poder de decisão e dificuldade em pa- 14 | gar as contas foram os fatores relevantes para o ganho de peso nos homens. Para as mulheres, as dificuldades de conciliar o trabalho com a vida pessoal e também a dificuldade de pagar as contas provocaram o aumento do peso. O estudo revela ainda que o estresse pode dificultar o controle de peso, especialmente quando já se está acima do peso. Alimentos versus estresse Regina Célia Pereira, em seu livro “Dieta dos 7”, indica sete alimentos que devem ser consumidos regularmente para combater o estresse. Segundo ela, um desses alimento é o açaí, fonte de carboidrato. Já o arroz integral é cheio de vitaminas do complexo B e a carne vermelha dá energia por combinar vitamina B12 e ferro. Outros alimentos que devem estar no cardápio diariamente são a castanha, rica em cobre, e a mandioca, como fonte de vitamina C e fósforo. Os sucos de frutas nos oferecem frutose e a semente de abóbora fornece potássio. | SET/OUT/NOV – 2009 Tetris Jogar Tetris pode combater o estresse póstraumático. Uma pesquisa publicada no periódico Public Library of Science One mostra a boa evolução em 40 voluntários saudáveis que testaram o jogo. Todos assistiram a vídeos que continham imagens traumáticas de ferimentos. Os voluntários foram, então, divididos em dois grupos de 20. Após 30 minutos, o primeiro grupo jogou Tetris por 10 minutos, enquanto o outro não realizou atividade alguma. Os cientistas mediram, na semana seguinte, a quantidade de flashbacks (visões, sons ou aromas percebidos durante o incidente traumático que voltam frequentemente à mente da vítima), e constataram que os voluntários que jogaram Tetris tiveram um número menor dos episódios do que o segundo grupo. Os pesquisadores afirmam que o Tetris ajuda a bloquear a formação de memórias dolorosas, caso seja jogado imediatamente após o evento traumático. Para eles, o Tetris interfere na forma como as memórias sensoriais são registradas no período depois do trauma e, assim, reduz o número de flashbacks. Estresse animal Os seres humanos têm pelo menos uma coisa em comum com os animais: ambos sentem estresse. No processo de domesticação, os animais perderam os desafios e oportunidades que tinham na vida selvagem. Segundo a veterinária Isabella Vincoletto, os www.garfield.com animais domesticados não podem mais formar bandos, correr em grandes espaços, mas têm de conviver com a solidão, principalmente nas cidades. “É muito comum, as pessoas que moram em apartamentos comprarem cachorrinhos, que passam o dia sozinhos à espera do dono”, diz a veterinária. Essa solidão causa atitudes como cavar, morder, arranhar portas e janelas, uivar, latir, chorar e urinar e defecar em lugares impróprios, sintomas diretamente relacionados com o estresse. “Normalmente, o dono acredita que o animal é desobediente ou mal-educado, mas o que pode estar acontecendo são sintomas diretamente relacionados ao estresse”, afirma Isabella. Os cachorros de pequeno porte têm uma relação de dependência muito intensa com o dono e costumam enfrentar problemas psicológicos, diferente dos animais de grande porte. Os sintomas surgem com a falta ou excesso de exercícios, mudanças na rotina, entre outros fatores. Animais estressados podem desenvolver problemas gástricos ou até tornarem-se agressivos. Para combater a doença, o dono precisa identificar a fonte do problema e propor mudanças na rotina do animal. “É necessário que o dono se coloque no lugar do seu cachorrinho e entenda que ele precisa sair de casa, pelo menos, uma vez por dia”, explica a veterinária. mais independentes e conseguem se adaptar com mais facilidade ao meio ambiente, mas podem ser acometidos de estresse”, explica a veterinária Isabella Vincoletto. A veterinária diz ainda que o gato estressado se assemelha muito ao personagem de desenho animado Garfield, gordo e pesado, com sintomas como recusa em beber água e olhar apático. “Esse tipo de animal também precisa de brincadeiras, pois ele é um caçador nato”, conta a veterinária. Em relação aos peixinhos ornamentais, o principal cuidado para evitar o estresse é a manutenção permanente do aquário. Já os pássaros devem ter apenas um tratador, evitando que as aves se assustem com estranhos Gatos e outros bichos em contato com a sua gaiola. Finalmente, os Como os cachorros, os gatos domésticos cavalos também sofrem estresse, que pode ser também apresentam manifestações de estres- evitado se forem respeitados os calendários de se, mas em escala menor. “Os gatos são ani- provas equestres e férias desse calendário. • SET/OUT/NOV – 009 | | 1 ESPECIAL | Universidade do Café UniOctavio promove cursos para difundir conhecimentos e novas tecnologias de produção do café Por Rita Gallo O consumo de café no Brasil cresce a cada ano, principalmente entre os maiores de 15 anos. O ritmo é tão acelerado que o consumo do produto perde apenas para a água e já está à frente dos refrigerantes. Estudos realizados pela empresa de pesquisa Interscience revelam que nove em cada dez brasileiros consomem café, diariamente. Minas Gerais é o principal estado produtor de café, Espírito Santo é o segundo e São Paulo aparece em terceiro lugar. O Brasil é o segundo mercado consumidor de café do mundo. A meta brasileira é chegar a 2011 e 2012 com um consumo interno de 21 milhões de sacas, passando a ser o maior consumidor do planeta. Hoje, o país se destaca como o maior produtor e exportador do grão. Para suprir as necessidades de conhecimento deste mercado em constante crescimento e com o objetivo de difundir novas tecnologias, foi criada a Universidade do Café Octavio, ou simplesmente a UniOctavio. A coordenadora da UniOctavio é Silvia Magalhães, uma das baristas mais renomadas do Brasil. A UniOctavio tem como diferencial direcionar seus cursos a baristas, donos de cafeterias, donas-de-casa, amantes do café, estudantes e consumidores que apreciam café de alta qualidade, oferecendo aulas que abordam temas como a colheita do café, o processo de torra e o momento do preparo da bebida. Segundo Silvia Magalhães, na Universidade do Café Oc16 | tavio existem cursos básicos, intermediários e avançados, inclusive para leigos. “Nosso objetivo é levar amplo conhecimento sobre a bebida, desde a lavoura até a obtenção da xícara do café, divulgando esse produto tão precioso para o brasileiro”, afirma Silvia. Os cursos também servem para a formação de mão-de-obra especializada para o mercado de cafés especiais, além de ofertar conhecimento sobre o universo do café para “apaixonados” pela bebida, abastecer o mercado com novidades e oferecer workshops com profissionais internacionais. Cafés especiais O consumo de cafés gourmet, que até 2001 praticamente inexistia no Brasil, tem crescido em média 15% ao ano. Assim como na Europa e Argentina, os brasileiros das grandes cidades começam a frequentar cafeterias para experimentar os chamados cafés especiais, feitos com processos, grãos e blends – mistura de vários tipos de grãos– de alta qualidade. O boom de novas cafeterias no Brasil e o lançamento de cafés especiais no varejo colaboram para a criação de uma nova safra de profissionais, os chamados baristas. A profissão, que existe há mais de 70 anos na Europa, recentemente começou a crescer no Brasil. Considerados os “sommeliers” do café, os baristas não preparam apenas bons expressos e capuccinos, como também criam drinques | SET/OUT/NOV – 2009 gelados da bebida. Um bom profissional ainda pode dar treinamentos, cursos, palestras ou até participar de campeonatos. Outro curso oferecido pela UniOctavio é o destinado aos “coffee lovers”. “Esse público não pretende se tornar profissional da área, mas adora um bom café”, explica Silvia. Ela conta ainda que o curso tem duração de duas noites. A UniOctavio conta com forte estrutura oferecida pelo Café Octavio, totalmente produzido, processado e embalado na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, que faz parte da região da Alta Mogiana, em São Paulo, e possui certificações internacionais, como a da ONG Rainforest Alliance. A universidade conta ainda com a estrutura do Octavio Café, uma cafeteria localizada na avenida Faria Lima, em São Paulo, com ambiente moderno, conceito inovador, prêmios conquistados e um café especial e sofisticado. Nesse local, são realizados os cursos destinados aos “coffee lovers”. A UniOctavio usufrui também da estrutura da Dallis Coffe, empresa de torrefação com sede na cidade de Nova York (EUA), especializada em cafés especiais. Desde 1913, ela importa grãos de café de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil, para compor seus famosos blends, hoje presentes em hotéis, restaurantes, lojas e butiques de café de 35 estados norte-americanos e em 12 países do mundo. Localizada no Centro Empresarial de São Paulo, a UniOctavio possui três salas que comportam até 12 alunos cada. Há ainda a possibilidade de ampliar esse espaço e contar com uma sala para aula prática com capacidade de até 20 alunos. Nessas salas estão instaladas TVs de última geração para projeção das aulas e apresentações. A universidade conta ainda com sala de torra, que possui um probatino (torrador de até 1 kg) para as aulas de torra de café. A UniOctavio disponibiliza também para seus alunos três máquinas de café diferentes: a máquina La Cimbali e moinhos, sendo um konico; a máquina La Spaziale e moinhos; e uma máquina Nuova Simonelli, modelo Aurelia (máquina oficial do campeonato mundial de baristas) e moinho. Os alunos contam também com uma máquina de água quente e moinho de prova da Bunn, fogão vitrocerâmico, máquina de lavar louça e todos os utensílios de uma cafeteria completa. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas no link: http://www.unioctavio.com.br/ cursos/ . • Octavio Café lança blends internacionais Casa é a primeira no Brasil a produzir cafés especiais com grãos de outros países O tradicional cafezinho deixou de ser um ritual do brasileiro para se tornar uma verdadeira experiência gustativa. O Octavio Café, centro de referência desde que foi inaugurado em 2007, acaba de lançar cinco blends internacionais provenientes de fazendas na Colômbia, Quênia, Etiópia, Costa Rica e Papua Nova Guiné. “Todos são produzidos com grãos da espécie arábica e são importados já torrados a partir da subsidiária do grupo em Nova York, a Octavio Inc.”, explica Mario Chierighini, diretor comercial. “A ideia é trazer características e notas de cafés de outros países para que o brasileiro conheça e tenha acesso”, informa Cristiane Quércia, diretora de marketing da marca Octavio. O blend Costa Rica traz grãos provenientes da fazenda Don Mayo Beneficio, na região de Tarrazu. O café apresenta um toque de chocolate, com notas doces de mel e frutas tropicais, sabor balanceado e bem equilibrado. É aromático e possui corpo intenso. De pequenas fazendas na região de Wagih Valley, na distante Oceania, o exótico Papua Nova Guiné conta com quatro diferentes variedades. O café apresenta aroma de marzipan, sabor amanteigado, com toques de caramelo e chocolate, corpo médio e acidez agradável. Com aromas e sabores muito diversificados, os cafés da Etiópia são considerados os mais distintos e vibrantes do mundo. O blend Etiópia vem de múltiplas plantações em Ayinage, uma região de Harrar, considerada a Meca dos cafés. Este blend tem aroma floral, corpo leve pronunciado e doçura acentuada com agradável acidez cítrica. O Colômbia possui grãos das regiões central e leste do país e das encostas dos montes andinos. Com reconhecimento internacional, o café colombiano é controlado rigidamente por entidades federais. A versão produzida pelo Octavio apresenta aroma complexo, com notas de chocolate, corpo médio e equilibrado e acidez agradável. Já o café queniano é um dos mais apreciados do mundo. O blend Quênia, trazido agora pelo Octavio, incorpora grãos de diversos produtores regionais. O solo vulcânico dá ao café notas incomparáveis, como aroma de cassis com frutas vermelhas, corpo intenso, acidez pronunciada e refinada, sabor que lembra vinho e uma doçura acentuada. Os novos blends podem ser degustados na cafeteria ou levados para casa, em grãos torrados ou torrados e moídos. Uma forma de ter os cafés mais exclusivos do mundo ao alcance de uma xícara. Além dos novos blends, o Octavio Café segue oferecendo seu blend original, de origem nacional, chamado Alta Mogiana. Os grãos vêm da fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Pedregulho (SP), localizada na região mais alta do Estado a produzir café, a 1.050 m de altitude. A fazenda possui certificações de qualidade (Utz Kapeh), certificações de qualidade socioambiental (Rainforest Alliance) e certificação de denominação de origem controlada (AMSC). Seu café apresenta um corpo intenso, acidez equilibrada e notas de chocolate, caramelo suave, baunilha e nozes. SET/OUT/NOV – 2009 | | 17 EMPRESA | Lições a tirar da crise Por Rita Gallo “Não se pode restringir investimentos em períodos de turbulência”, afirma Ivan Zurita. O presidente da Nestlé opta por uma saída diferente dos concorrentes 18 | O presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, decidiu ignorar a estratégia adotada pela grande maioria das empresas diante do agravamento da crise econômica, em setembro do ano passado. A companhia não cortou os investimentos previstos para o país em 2009 – ao contrário, manteve o plano de fazer aportes de R$ 350 milhões no período. Também se recusou a fazer demissões e manteve seus planos de aquisições, incluindo a entrada em novos setores (a Nestlé já atua em 28 segmentos). Para completar, não mexeu em sua meta de dobrar de tamanho no Brasil até 2012, depois de já ter duplicado suas vendas no país nos últimos oito anos. “Não se pode restringir investimentos em períodos de turbulência”, afirma Zurita ao justificar sua estratégia diante da crise. “Sem riscos não há oportunidades”, resume. Para ele, a ousadia de continuar investindo durante a crise deu resultado: “Nossas vendas estão a todo vapor, continuamos a fazer lançamentos e estamos fechando novas aquisições. O consumidor não se intimidou diante da crise, nem mesmo os que compõem as classes C, D e E”. A empresa calcula que seu produto de maior sucesso – o Leite Moça – tenha registrado vendas de sete latas por segundo no primeiro semestre. Com os resultados positivos, a Nestlé do Brasil vai manter o segundo lugar no ranking mundial de vendas do Grupo Nestlé, com faturamento em torno de R$ 12 bilhões. Para ocupar essa posição de destaque na corporação, Zurita aposta na agressividade comercial e se | SET/OUT/NOV – 2009 mantém sempre atento a novos segmentos do mercado: “É preciso ser veloz e ter capacidade para enfrentar e gerenciar os riscos”. Para o presidente da Nestlé, a busca por novos mercados não deve significar que as áreas tradicionais de atuação devam ser negligenciadas: “Deve-se estar sempre atento, porque os mercados são dinâmicos e a concorrência também está atenta. Vejam o caso do setor de leite. Várias empresas entraram nesse segmento nos últimos anos com planos ambiciosos, mas depois tiveram que abandonar o setor. Se não tivéssemos nos mantido atentos, poderíamos ter reduzido nossa presença na área de leite, talvez de maneira irreversível. Felizmente, isso não aconteceu, porque nossa equipe continuou a atuar no aperfeiçoamento desse mercado”. Com essa visão, ele garante não temer iniciativas da concorrência, como a fusão entre Perdigão e Sadia. “Concorrência faz bem para os negócios”, assegura. Zurita, no entanto, faz uma ressalva nesse caso: lembra que os órgãos que acompanham a concorrência empresarial, como o Cade, devem usar na avaliação da união Sadia-Perdigão os mesmos critérios utilizados para julgar a compra da Garoto pela Nestlé. “Não se pode ter dois pesos e duas medidas em uma economia como a brasileira”, ressalta. No caso da Garoto, o Cade julgou a transação como um risco para a concorrência – decisão que não teve resultados práticos porque a aquisição foi adiante e se concretizou, com o suporte de uma decisão judicial a favor da Nestlé. Ivan Zurita, presidente da Nestlé do Brasil No mercado interno, Ivan Zurita lembra que as empresas devem dar importância às classes de renda mais baixa. Essa estratégia foi adotada pela Nestlé com resultados positivos. “Estudamos durante anos os consumidores de menor poder aquisitivo para atendê-los de maneira adequada”, recorda. “Chegamos à conclusão, por exemplo, que a venda porta a porta funciona muito para essas faixas da população e hoje temos 6 mil vendedoras fazendo esse tipo de trabalho para as classes C, D e E.” As vendas da Nestlé para esse público já somam atualmente R$ 1 bilhão. Outro foco de atenção para as empresas terem sucesso no mercado interno é a regio- nalização, garante Zurita. A Nestlé tinha 80% de suas vendas concentradas no Sul e no Sudeste, e em cinco anos reduziu esse peso para 67%, desbravando novos mercados nas outras regiões. “Nossas vendas crescem no Nordeste o dobro da média brasileira”, afirma. No front externo, o presidente da Nestlé diz que o Brasil precisa abrir seu mercado. “O país está condenado ao sucesso, mas falta abrir o mercado”, ressalta Zurita. “Precisamos, por exemplo, de acordos bilaterais no comércio exterior, para impulsionar nossa presença no mercado internacional. Um exemplo: poderíamos fazer um acordo com a China que incluísse a venda de leite para aquele gigantesco mercado.” O crescimento da presença brasileira no mercado externo, afirma Ivan Zurita, é uma tarefa a ser tocada pela iniciativa privada: “Não faz sentido querer que o governo brasileiro venda nossos produtos lá fora. Essa é uma tarefa das empresas. O governo ajuda, sim, ao abrir a possibilidade de mais países comprarem nossos produtos. É o trabalho de abrir as portas das outras nações – o restante é trabalho das empresas”. Confiante, ele assegura que o Brasil ganhará espaço rapidamente na economia mundial se adotar essa estratégia: “Se abrirmos nossas fronteiras, ninguém consegue concorrer conosco. Somos muito competitivos em todas as áreas”. • SET/OUT/NOV – 2009 | | 19 NOTAS | Atração virtual O site do Centro Empresarial de São Paulo ganhou novas cores, novo formato, conteúdos variados e muitas informações sobre o condomínio e as empresas instaladas. A nova apresentação está mais leve e com visual mais moderno. “A ‘reconstrução’ do site teve como proposta a apresentação do Centro Empresarial de São Paulo ao mercado imobiliário e às empresas com perfil para ocupação de seus espaços locáveis”, explica Alvino José de Oliveira, diretor da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda, empresa que administra o condomínio. A criação e o projeto visual do novo site foram desenvolvidos por programadores e webdesign da agência Estúdio Copacabana (www.estudiocopacabana.com.br). De acordo com o diretor de negócios da agência, Nicholas Sales, o projeto perseguiu o propósito de criar um site mais bonito, agradável e com informações bem organizadas. 20 | As mudanças foram muitas. Porém, o mais importante são as melhorias na usabilidade. O site do Centro Empresarial pode ser encontrado com mais facilidade nos sites de busca. Ou seja, ele está melhor ranqueado em buscadores como Google e Yahoo. “O visual ficou mais clean e o foco principal foi dirigido para o negócio do Centro Empresarial”, avalia Sidnei Bertazzoli, diretor da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda. Ele destaca que os internautas podem acessar os conteúdos com muita facilidade. Podem assistir ao vídeo do Centro Empresarial e fazer um tour virtual pelos espaços do condomínio, conhecer as empresas que funcionam dentro do complexo – todas elas classificadas por nome e localização –, consultar os classificados, anúncios internos e todas as ofertas de serviços das lojas e restaurantes do Shopping Panamby. | SET/OUT/NOV – 2009 Foto; Paulo Bareta Imagem: Estúdio Copacabana O Centro Empresarial renova seu site (www.centroempresarial.com.br) para atrair novos negócios Alvino José de Oliveira, diretor da Panamby ” Foto; Luiz Paulo Alexo O novo site tem apresentação bilíngue. “Uma novidade é a versão em inglês, que antes não existia. Pelo próprio perfil dos clientes do Centro Empresarial, era inevitável que o site tivesse essa opção”, acrescenta Bertazzoli. Voltado para o público que tem interesse em conhecer e alugar espaços no conjunto, há uma página específica com o título “Tenha seu espaço”, onde estão elencadas as principais vantagens do condomínio: flexibilidade, tecnologia, segurança, qualidade de vida e serviços. O Centro de Eventos Panamby–Cenesp tambem ganhou uma apresentação especial. Uma série de fotos e a planta baixa mostram todas as suas instalações, o auditório, nove salas, área para almoços e exposições, além de informações sobre a realização de reservas. Para quem deseja obter mais informacões e notícias sobre o condomínio e as empresas, o site oferece várias edições da revista Centro Empresarial SP News, cujos arquivos em PDF estão disponíveis para download. Em pouco tempo, todas essas mudanças feitas já surtiram efeito sensível. De acordo com Alvino Segundo Sidnei Bertazzoli, uma das novidades é a versão em inglês do site José de Oliveira, a proposta do novo site conseguiu atingir plenamente o objetivo. Isso se comprova facilmente pelos acessos registrados já no primeiro mês, quando se atingiu aproximadamente 10 mil visitas, com tempo médio superior a 3 minutos. “O novo site contempla todas as facilidades que os usuários encontram no seu ambiente de trabalho, como a magnífica área verde, o shopping e sua enorme variedade de lojas e ótimos restau- rantes, o Centro de Eventos e uma academia de primeira linha. Seguramente, o empenho e dedicação dos profissionais que trabalharam no desenvolvimento do site estudando novas cores, fotografias e matérias contribuíram para que atingíssemos o nível de qualidade pretendida e, por consequência, o excelente número de visitas. Estimulado por este sucesso, estamos trabalhando agora no desenvolvimento do site da Austacen”, completa Alvino. • SET/OUT/NOV – 2009 | | 21 Imagem; SXC 277077_4713 ECONOMIA | O ‘Vale do Silício’ brasileiro O município de Petrópolis tem 65 empresas de tecnologia, cerca de 30 delas instaladas nos últimos quatro anos 22 | A cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, tem uma meta ambiciosa: tornar-se o “Vale do Silício” brasileiro. Com o movimento Petrópolis-Tecnópolis, já foi possível viabilizar a instalação na cidade da multinacional Orange, do Grupo France Telecom, que formalizou a decisão de levar para a cidade um centro de trabalho onde empregará até 2010 cerca de 400 pessoas. Outro grande trunfo obtido pelo movimento foi fazer parte da criação da primeira empresa de bioengenharia de células e tecidos do Brasil: a Excellion Serviços Médicos. “O Brasil tem um potencial absurdo para criar soluções na área de tecnologia”, afirma a gerente do Movimento Petrópolis-Tecnópolis, Ana Hofmann. Segundo ela, as iniciativas vêm crescendo. Hoje, a cidade já é reconhecida internacionalmente por suas atividades na área da tecnologia da informação. “Nosso trabalho permanente é que o movimento atraia empresas e instituições de base tecnológica”, conta Ana. Para a gerente, o Brasil tem competência para desenvolver soluções próprias. “Nós não temos apenas um perfil programador (ou seja, voltado para softwares), como é o caso da Índia”, diz ela. Para a gerente do Movimento PetrópolisTecnópolis, o Brasil tem um perfil produtor criativo de softwares. “Veja, por exemplo, a possibilidade da Petrobras de prospectar em águas | SET/OUT/NOV – 2009 profundas. É produto de desenvolvimento de softwares específicos feitos por brasileiros, o que também já acontece em outros grandes projetos de empresas como a Vale do Rio Doce e outras do mercado financeiro”, afirma Ana. Não é de hoje a ideia de tornar Petrópolis uma “tecnópolis”. A cidade precisava de uma nova vocação desde meados do século XX, quando houve um esvaziamento econômico provocado pelo fechamento de inúmeras indústrias do setor têxtil, tradicional base econômica do município. “A primeira iniciativa para a construção de um polo de tecnologia foi a criação do curso de Ciência da Computação da Universidade Católica de Petrópolis, em 1984”, diz Ana. Três anos depois, foi criada a Fundação Parque de Alta Tecnologia de Petrópolis (FUNPAT), com o objetivo de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico da região. Mas foi há 10 anos que o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) contrataram os serviços da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um estudo que deveria avaliar as potencialidades de oito regiões do Estado do Rio de Janeiro. ”Para a região serrana, o estudo mostrou que haveria ali espaço para um polo de alta tecnologia”, explica a gerente. E desde aquela época a ideia vem se tornando realidade. Atualmente, existem 65 empresas de base tecnológica por lá, principalmente nas áreas de desenvolvimento de software e telecomunicações – cerca de 30 delas se instalaram nos últimos quatro anos. “O objetivo principal do nosso projeto é tornar Petrópolis um portal de entrada para investimentos em tecnologia, longe dos grandes centros, o que é uma tendência nessa área”, diz Hofmann. A estratégia é investir em ações de infraestrutura para as empresas e no incentivo à pesquisa na área. No ano passado, Petrópolis sediou o 1o Festival de Tecnologia de Petrópolis (FTP), com o objetivo de reunir estudiosos da área de tecnologia da informação para discutir de maneira ampla temas que vão desde a robótica à medicina, passando pela arte digital. O evento teve a participação de palestrantes de centros como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e das universidades de Harvard, de Paris, de Londres e de Cambridge. Os organizadores do evento, capitaneado pelo Movimento Petrópolis-Tecnópolis, afirmam que o principal diferencial do festival é a aposta na transmissão de conhecimento, sem atividades comerciais – não há venda ou apresentação de produtos. “O encontro foi um sucesso e deveremos repeti-lo em 2010”, prevê Ana. “O Brasil tem um potencial absurdo para criar soluções na área de tecnologia”, avalia Ana Hofmann Outras tecnópolis brasileiras Centro Empresarial de São Paulo abriga cerca de 15 empresas da área de TI Petrópolis não é a única cidade brasileira que conta com o projeto batizado de Tecnópolis. A cidade paranaense de Cascavel é outro exemplo de desenvolvimento de projetos focados em tecnologia. Segundo a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec), situada em Cascavel, a tecnópolis local começará a mostrar resultados no longo prazo, mas consolidará a cidade como um polo de desenvolvimento regional. Inciativas semelhantes também podem ser encontradas em outras cidades do Paraná, de Minas Gerais e de Santa Catarina. Os polos tecnológicos visam atender a expansão digital do planeta. Dentro desta visão, as tecnópolis são unidades territoriais (cidade, região ou estado) com abundante capital humano e social, contendo estruturas, organizações e pessoas ativamente engajadas em gerar desenvolvimento social e econômico através da ciência, tecnologia e inovação e cuja interação proporciona a alta concentração de empresas baseadas em tecnologia e no conhecimento de empreendores altamente qualificados. As tecnópolis trabalham em cidades ou regiões que se preparam para enfrentar os desafios da sociedade do conhecimento. Conexão digital Inserido em um contexto de acelerado desenvolvimento digital, o Centro Empresarial de São Paulo abriga hoje cerca de 15 empresas da área de Tecnologia da Informação (TI). Essas empresas atuam nas áreas de Outsourcing (serviços, processos e infraestrutura) e especializadas em consultorias, ERP, BI e fábricas de software. “O Centro Empresarial de São Paulo conta com modernos sistemas de informática, que operam pela internet para oferecer maior mobilidade e conforto aos usuários”, afirma Eduardo Castro da Silva, gerente de Tecnologia da Informação. “Hoje, todas as empresas que se instalam no Centro Empresarial de São Paulo, inclusive as da área de TI, podem contar com diversos serviços via web, como instalação e manutenção civil, hidráulica, elétrica e de telecomunicações, além de cadastro e liberação de acesso ao empreendimento para funcionários, visitantes e veículos em seu estacionamento”, conta Castro da Silva. Eduardo Castro da Silva explica que a área de TI do Centro Empresarial de São Paulo também atua na administração e suporte dos sistemas de automação predial do empreendimento, além de fazer toda gestão tecnológica do Cenesp. Por meio da Austacem, o Centro Empresarial oferece um sistema de telecomunicações que reúne chamadas de voz, e-mail, fax e Internet a partir das redes de computadores das próprias empresas. Também oferece uma rede Wi-Fi aos usuários e às empresas, que podem se conectar à Internet banda larga por palm-tops e notebooks em uma área de aproximadamente 36 mil metros quadrados. • SET/OUT/NOV – 2009 | | 23 Assuma o que é importante para você POR ROBERTO SHInYASHIKI Você já parou para pensar que a cada minuto do seu dia você escolhe como vai ser a sua vida? Seu destino é criado com base em cada decisão tomada. No entanto, muita gente tem medo de decidir e de assumir as consequências de seus atos. Fica com medo de arriscar e não acredita na própria capacidade de realizar a vocação. Geralmente, são pessoas que, na infância, escutaram muitos nãos: “Não se atreva! Não dê palpites em assuntos que você não conhece”. Mais tarde, só sabem reconhecer o que não querem fazer. — Eu só sei que não quero lidar com números... — Eu só sei que não quero ninguém mandando em mim... — Eu só sei que não quero trabalhar com meu pai... São firmes no que não querem fazer, mas completamente indecisas sobre o caminho a seguir. Vivem se torturando, sempre insatisfeitas, reclamando de tudo. Falam que vão mudar, mas jogam seu tempo fora reafirmando apenas o que não querem. Outras não conseguem decidir porque se mobilizam com base apenas no que os outros pensam. Querem agradar aos outros, mas não conseguem agradar a si mesmas. Não desperdice sua vida procurando a aprovação alheia. Descobrir o que se quer fazer é fundamental. E assumir as perdas que essa decisão representa, também. Você quer ser treinador de futebol. Tudo bem, mas saiba que isso vai prejudicar a sua convivência com a família. Você gostaria de ser gerente. Ótimo, mas vai ter de aprender a lidar com as pessoas. Definir o que se quer facilita a vida. Há muita gente também que não define o que quer porque pensa que, para realizar um sonho, precisa abdicar de outro: trabalho ou casamento, filhos ou carreira, viver bem ou guardar dinheiro. Ao contrário dos nossos avós imigrantes, que tinham de decidir entre comer no almoço ou no jantar, hoje raramente precisamos eliminar coisas 24 | | SET/OUT/NOV – 2009 gente que não define o “ Háquemuita quer porque pensa que, para realizar um sonho, precisa abdicar de outro. Reveja suas crenças. ” importantes de nossa vida para realizar algo. Porém, muitas mulheres ainda abrem mão de ter filhos para se dedicar à vida profissional. Muitos homens ainda abrem mão do casamento para fazer carreira. Muitas pessoas ainda abrem mão dos prazeres da vida para acumular dinheiro. Não deixe de dar atenção ao que é importante para você. O campeão nunca dirá: esse projeto é demais para mim. Ao contrário, vai pensar no que precisa aprender para realizar o seu sonho, no que precisa mudar para conseguir o que quer. Está sempre se fazendo perguntas: “O que preciso fazer para desenvolver bem este projeto?”, “O que preciso mudar para conseguir ficar mais tempo na companhia dos meus filhos?” O campeão sabe que as novas conquistas são resultado de novos aprendizados. Claro, você pode optar por uma vida tranquila. Pode montar uma pequena pensão numa praia deserta e enfrentar poucos riscos, poucos desafios. A escolha é sua. O importante é saber como quer viver a sua vida. Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos, entre eles: Sempre em Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial www.clubedoscampeoes.com.br) SET/OUT/NOV – 2009 | | 25 ACESSIBILIDADE | Novo controle de acesso Seis novos anexos, 14 elevadores, substituição de duas escadas rolantes e novo sistema de controle de acesso vão facilitar a circulação no Centro Empresarial de São Paulo Por Fernando Duarte Caldas Fotos: Paulo Bareta A circulação no Centro Empresarial de São Paulo ficará mais fácil. Os prédios que compõem o conjunto do empreendimento ganharão seis anexos dotados, cada um deles, de dois elevadores, que permitirão mais fluidez na circulação e contribuirão para o controle de acesso dos usuários aos blocos de escritórios. O novo sistema de controle de acesso, instalado nos níveis dos jardins, do shopping e do piso Panamby, será formado por catracas e sistema de circuito fechado de televisão (CFTV). Nas entradas de cada bloco serão colocados totens, onde pessoas pré-autorizadas poderão fazer a emissão de crachás para a entrada nos prédios, principalmente os visitantes autorizados. Todo o sistema será dotado de muita automação, segundo o gerente de Segurança do Centro Empresarial de São Paulo, Adauto Luiz Silva. “Preocupamo-nos, fortemente, em não aumentar o efetivo de mão-de-obra para fazer esses controles, de modo a obter custos operacionais adequados.” além de segurança, maior conforto aos usuários”, completa Adauto. Todas as modificações foram longamente estudadas por uma equipe de funcionários das áreas de Manutenção/Obras, de Segurança, de Administração e de Tecnologia da Informação. Durante meses, uma equipe de profissionais Acesso Nos anexos haverá estações de parada de elevadores nos pisos Panamby, Shopping e Jardim, incluindo os estacionamentos intermediários. Isso permite interligar diretamente as áreas de conveniência e lazer, Shopping e Jardim, com os estacionamentos internos e pontos de entrada e saída dos blocos. “A circulação também fica muito facilitada para as pessoas com deficiência, uma vez que barreiras arquitetônicas serão eliminadas. O objetivo é proporcionar, 26 | | SET/OUT/NOV – 2009 Em cima: controle de acesso na recepção do Piso Jardins. Embaixo: visão do anexo e de sua platafroma de acesso entre as garagens e o Piso Shopping Hall de entrada do Piso Shopping terá controle de acesso, com catracas e sistema de circuito fechado de televisão (CFTV) discutiu a logística de circulação no condomínio, que resultou na concepção dos novos controles de acesso. “Estudamos as alternativas capazes de agregar vários benefícios e de trazer mais valor para os usuários. As obras para o novo sistema de acesso abarcam um conjunto de inovações que vão facilitar a circulação e promover uma vivência diferente na utilização do Centro Empresarial”, sintetiza Marcos Maran, gerente de Manutenção e Obras. Controles de acesso Os usuários poderão entrar nos prédios normalmente com o porte de crachás. “Para facilitar, iremos integrar nosso sistema web atual (SASWeb), que as empresas instaladas no condomínio já estão acostumadas a utilizar, ao novo sistema de controle de acesso, tornando funcional para nossos usuários, as operações de cadastro e de liberação de seus funcionários ou de visitantes para acesso aos blocos”, informa Eduardo Castro da Silva, gerente do Departamento de Tecnologia da Informação do Centro Empresarial de São Paulo. Castro da Silva explica que serão utilizados crachás com tecnologias diferentes para o público interno e visitantes. Para os visitantes, serão emitidos cartões descartáveis com código de barras, enquanto para o público interno serão crachás de proximidade. Todas as barreiras eletrônicas para acesso aos blocos estarão adaptadas para as duas tecnologias. No sistema de CFTV, serão implantandas modernas câmeras IP com recursos de análise de comportamento que, integradas ao sistema de controle de acesso, vão facilitar a administração e operação diária da área de Segurança. Novas escadas rolantes As entradas e saídas pelos níveis Panamby, Shopping e Jardim continuarão a ser franqueadas ao público em geral. O acesso para quem vem da rua também será facilitado com a substituição das duas escadas rolantes que ligam os pisos Panamby e Shopping por outras, novas e com maior capacidade de transporte de pessoas. Como complemento ao uso das escadas rolantes, também está previsto a implantação de uma escada fixa entre esses dois pisos. O piso Panamby será utilizado também para as operações de carga, que terão dois elevadores exclusivos para utilização dos lojistas do piso Shopping. Esses dois elevadores serão instalados nos blocos A e B. Cronograma O condomínio já está dando andamento a um programa de comunicação para esclarecer ao público e às empresas sobre o conjunto de mudanças. Esse programa inclui sinalização e treinamento para o uso das novas instalações, do sistema de cadastramento de funcionários e de autorização de acesso, informam Patrícia De La Sala e Márcia D´A mbrosio, da Assessoria de Relações Institucionais. Marcos Maran finaliza informando que o cronograma de obras prevê que os anexos do Blocos A e B, além dos dois elevadores de carga, entrem em operação em janeiro próximo. Os demais anexos devem ser entregues numa sequência linear, tão logo fiquem prontos. Todos devem estar concluídos até o final de junho de 2010. SET/OUT/NOV – 2009 | | 27 OPINIÃO | Porque eu gosto do Centro Empresarial de São Paulo Ele pintou paredes, fez instalações de tomadas, puxou cabos e fios, trocou lâmpadas, fez desenhos, viu a primeiras empresas se instalarem, participou da inauguração, desenhou o traçado das vagas dos estacionamentos e fez locações. Já foi até içado em uma cestinha do Corpo de Bombeiros por um helicóptero num treinamento da brigada de incêndio. Uma história de 33 anos e uma convicção: “o Centro Empresarial de São Paulo é a minha vida”. Quando José Aurélio Françoso chegou ao Centro Empresarial, em 1976, este se encontrava ainda em fase de obras. Ele participou da construção como contratado pela Carneiro Monteiro Engenharia, empresa prestadora de serviços de instalações, na qual trabalhava como desenhista. Seu primeiro local de trabalho foi o canteiro de obras, instalado onde hoje está o estacionamento 18. “Quando cheguei para trabalhar como desenhista, não havia ainda um local para eu desenvolver minha função. Então fui designado a coordenar a instalação de tomadas, com dez eletricistas”, lembra Aurélio. Somente após cumprir essa tarefa inicial, pôde se dedicar ao seu ofício de desenhista, participando do projeto da cozinha central, na área de alimentação da empresa Lubeca. Quando o condomínio começou a funcionar de fato, Aurélio foi contratado pelo Departamento de Manutenção como desenhista. Fazia plantas com a atualização de todas as novas instalações. Chamaram-no logo para fazer o controle de qualidade e, em seguida, para ser chefe da seção que cuidava das ordens de serviços executados pelo departamento. 28 | José Maria Marin Foto: Paulo Bareta José Aurélio Françoso tem uma história de amor com o Centro Empresarial de São Paulo. Ele conta como esse sentimento foi construído ao longo de 33 anos José Aurélio Françoso Em 1994, foi convidado por uma das diretorias para cuidar da locação dos andares vagos do Centro Empresarial. “Como eu conhecia muito bem o empreendimento, todas as instalações e as facilidades, sabia que era muito fácil alugar os espaços. No final daquele ano, quase todos os andares já estavam ocupados.” Aurélio sempre soube demonstrar para as empresas as vantagens do Centro Empresarial. Seus espaços, o tamanho dos andares, 2.844,05 m2, as facilidades das instalações graças aos interandares, o paisagismo com seus lindos jardins. “A beleza do empreendimento está na sua arquitetura. Há facilidade para se deslocar de um bloco para outro, as comodidades oferecidas pelo shopping e a segurança incomparável do empreendimento. Sempre digo para as empresas com as quais faço contato que posso sair do meu andar, ir até o banco, sacar dinheiro e voltar contan- | SET/OUT/NOV – 2009 do as notas, sem qualquer preocupação. Pois sei que não existe nenhum risco aqui dentro.” Nesses 33 anos, Aurélio fez muitos amigos no Centro Empresarial. Sabe que é muito querido, pois não há lugar por onde passe que não tenha sempre alguém que o cumprimente. Por tudo isso, se lhe perguntam por que ele gosta do Centro Empresarial, a resposta vem fácil: – Eu não gosto, eu amo o Centro Empresarial. Foi toda uma vida aqui. Cheguei garoto, aos 20 anos. Nunca trabalhei em outro lugar. Aqui passei alguns momentos tristes e muitos outros felizes. O prazer, o amor, a felicidade de trabalhar neste empreendimento, o querer bem, o gostar, o interesse por tudo que lhe diz respeito e o cuidado com ele continuam como sempre. O empreendimento faz parte de mim e eu faço parte dele. Eu vivo aqui e tenho uma história toda que não se apaga. • Fotos: Divulgação | TURISMO Diversão em alto mar Em constante ascensão, segmento de cruzeiros manterá temporada com excelentes opções aos viajantes, tanto nacional quanto internacionalmente Texto: Davi Brandão Fotos: Divulgação Uma categoria que se mantém em ascensão no setor de turismo. Deste modo se apresenta o segmento de cruzeiros marítimos, tradicional entre os europeus e que nos últimos anos entrou no gosto também dos brasileiros. Prova disso é que, a cada temporada, o número de navios que ancoram na Costa do Brasil é crescente. Para este verão estima-se mais de 15 opções, além das sugestões internacionais. Segundo especialistas, essa “onda” foi impulsionada, em especial, pela crise aérea eclodida no período de 2007 e 2008 e que, até os dias atuais —principalmente nas datas festivas e temperadas—, se coloca presente nos aeroportos do país e, por vezes, transforma a chamada viagem dos sonhos em pesadelo. Outro fator ponderável para tal elevação da demanda de passageiros nos últimos anos foi a elevação do dólar perante o real, tendo em vista que os turistas que optavam pelos destinos aéreos internacionais passaram a frequentar os navios da costa brasileira. Para atender tantos novos visitantes, as empresas especializadas neste segmento de viagem apresentam, a cada temporada, uma série de novidades. Nos últimos anos, a proposta dos cruzeiros temáticos foi a mais observada entre os turistas. Hoje, é possível fazer pacotes especiais para encontros de qualidade de vida, enogastronomia, dança e, mais recentemente, para curtir em alto mar o seu cantor predileto. Pois, outra explosão marítima são os shows em alto mar. Após o sucesso de Roberto Carlos, cantores como Fábio Junior, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone e outros apostaram na proposta e já confirmaram apresentações do tipo para a temporada de 2010. SET/OUT/NOV – 2009 | | 29 TURISMO | Boas novidades Para marcar sua estreia na temporada brasileira, a Ibero Cruzeiros oferecerá duas opções de cruzeiros, o “Anos Dourados” e o “Movida Latina”, ambos a bordo do navio Grand Celebration. A primeira opção promoverá uma viagem pelo túnel do tempo, tendo em vista que os participantes podem recordar momentos inesquecíveis que marcaram os anos 50, como a boa música das orquestras americanas. Ao todo, nove noites, com partida do porto de Santos e passagem pelo Rio de Janeiro, Buenos Aires, Punta del Leste e Porto Belo. Muitos afirmam que dançar faz bem para o corpo e para a mente. E se a ideia for essa, o Movida Latina, ao longo de suas sete noites, fará os participantes se revelarem verdadeiros “pés de valsa”. Para animar a galera, destaques para os estilos salsa, samba e zouk, que estarão presentes na programação. Com partida do Porto de Santos, o navio passará pelo Rio de Janeiro, por Salvador e por Búzios. Restaurante do Costa Victória Cassino Costa Victória 30 | | SET/OUT/NOV – 2009 Tradição em alto mar Uma das empresas de referência no mercado, a Costa Cruzeiros, promete mais uma temporada de animação para a sua clientela, que ao longo dos anos se tornou habitué das opções ofertadas pela empresa. Entre as opções estão os cruzeiros “Fitness” e “Bem-Estar”, que valorizam a qualidade de vida, a alegria e a boa forma. A bordo do navio Concórdia, os participantes terão a oportunidade de buscar uma sintonia entre corpo e mente. Para a primeira opção, cinco noites, com saída de Santos e passagem pelo Rio de Janeiro, Búzios e Porto Belo. E a segunda dica são as sete noites, com saída do porto de Santos e passagem pelo Rio de Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela. Outro temático da empresa é o “Dançando a Bordo”, no dia 7 de fevereiro, tendo passagem pelo Rio de Janeiro, Salvador e Ilhéus. A bordo do navio Concórdia, os viajantes participarão de uma grande festa dançante. A dança de salão será predominante, com ritmos como bolero, samba, forró, tango, salsa, country, valsa, zouk, danças gaúchas, merengue, soltinho, chá-chá-chá e pagode fazendo parte da programação. Música e gastronomia estarão presentes no “Prata All’ Italiana”, durante nove noites, no navio Costa Mágica. Em sua décima edição, o cruzeiro terá um programa culinário regado de aromas e sabores, no qual estão previstos jantares temáticos, que apresentarão a cozinha de diferentes régiões italianas, como Napoli, Firenze, Milano e Bologna, entre outras. No quesito musical, os viajantes terão o prazer de ouvir do lírico ao popular. Com o tema “Tango e Milonga”, o Costa Mágica também apresentará a emoção e sensualidade do ritmo portenho, ao longo de nove noites. No pacote, aulas da dança que encanta o mundo e alguns dos principais nomes do tango argentino. Exóticos Requinte e sofisticação são garantidos nas opções de viagem dos cruzeiros ofertadas pela Silversea, com seus seis navios, para até 500 passageiros: Silver Cloud, Silver Wind, Silver Shadow, Silver Whisper, Prince Albert II e o novo Silver Spirit. Todos os pacotes da empresa oferecem o sistema de “all inclusive”, ou seja, com todas as refeições e gratificações incluídas. Com saída marcada para o próximo mês de novembro, o cruzeiro Amazônia fará o trecho Manaus–Rio de Janeiro. Ao todo 14 noites, tendo como destaque a passagem pelo coração da Amazônia, com destaque ainda para as visitas a Natal, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Também em novembro, o navio Silver Wind fará o trajeto Egito–Dubai, com viagem iniciando em Port Said, no Egito, cruzando o Canal de Suez, com paradas em Sharm-El-Sheikh (Egito), Agaba (Jordânia), Safaga (Egito), Salalah e Muscat, em Oman. Ao todo, são 15 dias de puro luxo e glamour. Os demais temáticos da empresa serão: “Cingapura a Sidney”, com passagem pela Samarang (Indonésia), chegando até Darwin, na Austrália, por onde percorrerá várias cidades. Fechando as saídas, o “Índias e Ilhas Seichelles”, com partida de Mumbai, na Índia, passará por Cochin (Índia), Colombo (Sri Lanka), Male (Maldivas), até chegar as Ilhas Seichelles, onde fará as Ilhas Curie, La Dique, Praslin e Mahé. Serão 12 dias de aventura e culturas exóticas. • Cruzeiros oferecem gastronomia sofisticada e variada Vista Suite SET/OUT/NOV – 2009 | | 31 Fotos: Divulgação CULTURA | Agenda Cultural Dicas de atrações culturais que acontecem bem próximo ao Centro Empresarial de São Paulo HSBC BRASIL R. Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo, SP Tel: 4003-1212 LULU SANTOS Dias 11 e 12 de setembro - sexta e sábado Horário: 22h Show Longplay JOJO Dia 3 de outubro - sábado Horário: 22h Jojo Brasil Tour UMA NOITE NA ÍNDIA Dias 18 e 19 de setembro - sexta e sábado Horário: 22h VÍDEOS GAMES LIVES Dia 7 de outubro - quarta-feira Horário: 20h30 O maior show da game music INIMIGOS DA HP Dia 25 de setembro - sexta-feira Horário: 22h Show de aniversário de 10 anos DIOGO NOGUEIRA Dia 2 de outubro - sexta-feira Horário: 22h De volta a São Paulo TONY BENNETT Dia 26 de outubro - segunda-feira Horário: 22h In Concert ANAHI Dia 3 de novembro - terça-feira Horário: 20h30 World Tour 2009 Diogo Nogueira 32 | Anahi se apresenta em novembro no HSBC Brasil Tony Bennett | SET/OUT/NOV – 2009 Bailarinas do Pina Bausch Tantztheater Wuppertal Sarah Brightman CREDICARD HALL Av. Nações Unidas 17.955 (Marginal Pinheiros), entre as pontes João Dias e Transamérica. Ao lado do Hotel Transamérica. Acesso à ponte Transamérica. Tel: (11) 2846-6000 BLUE MAN GROUP Dias 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 de setembro Horário: diversos TEATRO ALFA – TEMPORADA DE DANÇA 2009 o o Endereço: R. Bento Branco de Andrade Filho, n 722, Santo Amaro. (Altura do n 18.591 da Avenida das Nações Unidas. O Teatro Alfa localiza-se anexo ao Hotel Transamérica.) Tel: (11) 5693-4000 ou 0300 789 3377 PINA BAUSCH TANTZTHEATER WUPPERTAL A Sagração da Primavera Direção artística e coreografia: Pina Bausch Coreografias: Café Müller Dias 24 a 26 de setembro. Horários: 21h (quinta) e 21h30 (sábado) BALLET NATIONAL DE MARSEILLE Métamorphoses Direção artística e coreografia: Frédéric Flamand / Cenário e Figurinos: Humberto e Fernando Campana Dias 2 a 4 de outubro Horários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.) CIA. DE DANÇA QUASAR Céu na Boca Direção artística e coreografia: Henrique Rodovalho Dias 17 e 18 de outubro Horários: 21h (sábado) e 18h (domingo) SÃO PAULO CIA. DE DANÇA Coreografia inédita ainda sem título, de Daniela Cardim; Gnawa (2005), de Nacho Duato, para 14 bailarinos; e Polígono (2008), coreografia de Alessio Silvestrin, Ricardo Scheir e Maurício de Oliveira Direção artística: Iracity Cardoso Direção Artística Adjunta: Inês Bogéa Dias 22 a 25 de outubro Horários: 21h (quinta e sábado), 21h30 (sexta) e 18h (domingo) BALLET PRELJOCAJ Blanche Neige Direção artística e coreografia: Angelin Preljocaj Música: Gustav Mahler Figurinos: Jean Paul Gaultier Cenário: Thierry Leproust Dias 6 a 8 de novembro Horários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.) JERRY LEE LEWIS Rock Dia 18 de setembro Horário: 22h LAURA PAUSINI Pop Internacional Dias 6 e 7 de outubro Horário: 21:30h RITA LEE Dias 9 e 10 de outubro Horário: 22h PALAVRA CANTADA Infantil Dias 12 de outubro Horário: 18h ANA CAROLINA Dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de outubro Horário: 22h/22h/20h SARAH BRIGHTMAN Pop Internacional Data: 20 e 21 de outubro Horário: 21:30h SET/OUT/NOV – 2009 | | 33 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO | Um novo modelo de governança de TI Área de TI do Centro Empresarial de São Paulo adota novos processos de gerenciamento Foto: Paulo Bareta O Centro Empresarial está implantando um novo modelo de gerenciamento de serviços de TI. Para atender às necessidades do condomínio, o Departamento de Tecnologia de Informação escolheu o Information Technology Infrastructure Library (ITIL), biblioteca de boas práticas nos serviços de tecnologia da informação. Eduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Centro Empresarial de São Paulo, explica que não se pode confundir boas práticas com burocracia. Melhor seria falar em espírito de colaboração. Desse modo, todos tiveram que documentar com detalhes o próprio trabalho. Hoje, após a implantação, todos analistas e os usuários colaboram com as novas regras de atendimento dos serviços de TI. Em agosto de 2008, O Centro Empresarial contratou a empresa Kalendae & FoxIT, que realizou um diagnóstico de maturidade dos proEduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Centro Empresarial de São Paulo cessos adotados. Foi definido, então, um plano listas de TI e usuários finais mais satisfeitos. de implementação. Uma equipe de projeto Service desk O service desk centraliza o fluxo de atendi- Nosso objetivo é reduzir falhas, evitar surprecomposta por consultoras Kalendae e analistas internos de TI começou a desenhar os proces- mento, ou seja, é um ponto único de contato sas; melhorar a detecção automática dos prosos, apresentando fluxos detalhados, descrição entre clientes e a área de TI do Centro Empresa- blemas; reduzir tempo médio de manutenção; rial. O service desk realiza o atendimento inicial melhorar a produtividade do usuário final; e a das atividades, papéis, responsabilidades etc. Após um ano de trabalho, foram definidos (nível 1), resolvendo os incidentes e as solicita- disponibilidade dos sistemas”, diz Silva. Ainda este ano, o gerenciamento da cone implementados os processos de gerencia- ções mais comuns. Somente quando o service mento de incidentes, problemas, cumprimento desk não consegue encontrar uma solução a figuração será concluído. Em 2010, serão imde solicitações, catálogo de serviços e mudan- esses pedidos, o atendimento é passado para a plementados os outros processos do ITIL. O treinamento de toda a equipe de TI do Centro ças, além da função service desk, que opera os equipe de analistas de TI (nível 2). A maioria dos atendimentos é remota. O Empresarial em ITIL Foundations V3 deve ser processos com ferramenta ITIL. Algumas lições foram apreendidas nesse processo, avalia Edu- usuário só deve receber a visita de um analista concluído até o inicio de 2010. “Começamos o projeto em 2008 com apeardo Castro da Silva. Uma delas é não imple- quando todas as tentativas falharem e o prazo para resolução do chamado começar a compro- nas dois colaboradores treinados. Hoje, temos mentar todas as boas práticas de uma vez. quatro e, até o final do ano, mais quatro serão “Realizar o Outsourcing de nosso primeiro nível meter a operação da empresa. O usuário sabe o que pode solicitar a TI, treinados. Para não haver aumento dos gastos (service desk) foi uma decisão fundamental, pois, apesar de reduzirmos o quadro interno, nossos ana- através do catálogo de serviços. Há diversos in- de TI, conseguimos treinamentos sem custos, listas agora ficam totalmente focados em soluções dicadores diários, o que permite uma atuação através de acordos de troca de benefícios com a de TI para a operação da empresa, aproximando-se rápida sobre a causa-raiz e a redução de custos empresa Kalendae. Posso dizer que o processo muito mais do negócio. Para o service desk, contra- operacionais. “Hoje, o usuário solicita serviços, é complexo, mas o resultado final traz benefítamos os serviços de Call Center da Austacem, com acompanha, aprova o fechamento e tem um cios relevantes para a empresa e para os colafeedback. Tudo via web. Resultado disso é ana- boradores”, conclui Eduardo Castro da Silva. • três posições de atendimento”, explica Silva. 34 | | SET/OUT/NOV – 2009 SET/OUT/NOV – 2009 | | 35