COCO CHANEL Francieli Constante Prof.ª Márcia de Souza

Transcrição

COCO CHANEL Francieli Constante Prof.ª Márcia de Souza
COCO CHANEL
Francieli Constante
Prof.ª Márcia de Souza
Disciplina: Língua Portuguesa II
Unochapecó – Universidade Comunitária da Região de Chapecó
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
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RESUMO
Coco Chanel não estava apenas à frente de seu tempo. Ela estava à frente de si mesma. Se olharmos para o trabalho de
estilistas contemporâneos, verá que muitas de suas estratégias ecoam o que Chanel já fez. Há 75 anos ela fez uma
mistura do vocabulário de roupas femininas e masculinas e criou uma moda que deu ao usuário um sentimento de luxo
íntimo, em lugar da ostentação; estes são apenas dois exemplos de como seu gosto e senso de estilo ultrapassam a moda
atual.
Palavras-chaves: Coco Chanel; Moda; Roupas.
Para conhecer melhor Coco Chanel, criadora da marca, é necessário compreender que ela
mudou completamente o conceito de moda em um tempo onde se usavam somente vestidos longos
com ancas e ancas de roupas. Coco foi a mulher que introduziu o diferente, o confortável a moda.
Assim a francesa Gabrielle Bonheur Chanel, mundialmente famosa pelo codinome Coco Chanel,
fez a moda de seu tempo.
Gabrielle tinha quatro irmãos (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era
caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que
faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta das crianças.
Mas por ironia do destino, seu pai abandonou as crianças em um orfanato. Aos 18 anos Gabrielle
deixou o orfanato por ter atingido a maior idade, sem emprego e saída, foi trabalhar no cabaré na La
Rotonde, onde dançava e cantava, pois cismou que seu destino era ser artista e passou a cantar as
músicas que cantava bem. Foi uma canção que lhe deu o apelido que acompanhou a sua fama.
“Quem viu Coco?”, que dizia em sua letra “perdi meu pobre Coco, Coco, meu adorável cãozinho,
perdi-o perto do trocadero, quem viu Coco?”.
Os galantes militares do décimo regimento de cavalaria, assíduos frequentadores desses
concertos apelidaram a moça de Coco, depois disso Gabrielle ficou conhecida apenas como Coco
Chanel. E foi através da música que conheceu Etienne Balsan, ele estava na platéia e, bem
humorado, disse saber onde estava o cãozinho, então começaram a conversar e mais tarde inseriu
Coco ao mundo da fama e tornou-se um de seus amantes.
Coco, moderna, usava paletós e gravatas de Etienne e inventou para seu uso uma espécie de
chapéu de palha pregada com alfinetes, pois se diferenciava por suas idéias bastante particulares
sobre a moda dos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial.
Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco conheceu o grande amor da sua vida: um
milionário inglês Arthur Capel que a ajudou abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria
tornar-se um sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este
relacionamento, Chanel aprendeu a frequentar o meio sofisticado da Cidade Luz. Capel meses mais
tarde morreu num desastre de carro.
Com esse desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura, comercializando também
chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas desportivas para ir à praia e para montar a
cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas, e as tão famosas nos dias de hoje,
as calças jeans Boyfriend.
No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri
Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com
Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20
bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso,
Luchino Visconti e Greta Garbo.
Suas roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood e seu estilo ditava moda em todo o
mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são
referência até hoje. A moda atual como o estilo navy, nesse verão quem criou foi Coco, até mesmo o
bronzeado Coco conseguiu inserir na moda, após uma viagem ao Mediterrâneo. Inspirada nos
marujos, ela criou, a partir de 1920, peças com listras bicolores, botões dourados, calças de
alfaiataria com boca de sino e vestidos e tailleurs com golas navais.
Em 1921, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o
nº5. O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não
teve o mesmo êxito que o nº5.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a casa e envolveu-se romanticamente
com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
Faleceu no Hotel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por
centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.
A logomarca Chanel é a identificação, onde esse signo repassa ao mundo da moda luxo,
poder e eterno. A identificação é encontrada pelos - dois C’s -, seja pelas suas cores – o dourado, o
preto ou o vazado em branco. O dourado simboliza riqueza, nobreza. Neste sentido, a logomarca
assume a função de exprimir as ideias do emissor e projetá-las ao consumidor, propiciando a ele
identificar, reconhecer e valorizar. A logomarca busca expressar a moda, a estilista e a moda,
fundidas e magnetizadas no imaginário e no real. Assumindo uma dupla natureza, cuja face de
celebridade abriga tanto a estilista e mulher de sucesso quanto a pessoa privada, que se nutre no
amor, na intimidade. Assim, estipulando seu público-alvo através dos elementos estéticos.
Chanel é uma marca clássica, que dispensa explicações, que se impõe pelo seu jeito sutil e
despojado. Reforçando a idéia do “Chique Pobre”, dito por Coco, o qual estar bem vestido significa
vestir-se pouco, porém com roupas que reforcem a identidade de quem as vestem.
Considerada umas das forças do movimento feminista do começo do século passado, Coco
Chanel criou uma moda atemporal e elegante, ostentada até os dias de hoje, fazendo de sua marca
sinônimo de elegância e conforto.
Podemos concluir que a moda do século 20 precisaria de alguém como Coco Chanel para
chegar ao luxo. Sua importância é inegável e a Maison Chanel hoje representa tradição e ousadia,
caminhando assim sob o olhar atento. Coco Chanel aproveitou-se de pessoas para chegar à fama.
Era um gênio, mas bastante esperta. Coco criou peças que as mulheres da época nem imaginavam
vestir, foi um ícone copiado até hoje.
A logomarca Chanel submete-se ao pensamento de qualidade, luxo, sofisticação e poder.
Trata-se da propagação de que Chanel é Chanel, a idéia de que se usarmos ela, nos sentiremos
melhores. O poder da logomarca está no seu caráter distintivo, que confere a quem a utiliza uma
personalidade marcante, feminina, liberal e de classe, uma identidade associada à inovação.
Uma das estratégias de marketing utilizadas por Chanel foi a interseção entre os dois C’s
nos remetendo aos elos de uma corrente, elos que pode nos unir. Outra estratégia foi o testemunho
de celebridades do cinema, que utilizavam perfumes e roupas Chanel para destacar sua beleza ou
para seduzir, criando vínculos emocionais com o público.
REFERÊNCIAS
PICARDIE, Justine BIOGRAFIAS, DIÁRIOS, MEMÓRIAS E CORRESPONDÊNCIAS
Ed. Harper Usa. 1ª Edição – 2010 (acessado no Google books em 11/08/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coco_Chanel (acessado em 4 de agosto de 2010)
http://www.infoescola.com/biografias/coco-chanel/ (acessado em 4 de agosto)
http://www.leme.pt/biografias/80mulheres/chanel.html (acessado em 4/08/2010)
Filme: Coco antes de Chanel (assistido em 18/08/2010)
ALZUGRAY Cátia. Coco Chanel Ela Revolucionaou o Mundo da Moda e Construiu seu
império, Coleção Dinheiro. (retirado em 19/08/2010)

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