Livro – Historia da Enfermagem – Elba Miranda

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Livro – Historia da Enfermagem – Elba Miranda
Copyright O
V/ALESKA PAIXÃO
l 9 ó l b y W a l c s k aI)u i x rìo
PROFESSORA
DE ETICA E HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
D A E S C O L A D E E N F E R M A GEM AN A N ÉR I D A U .F.R .J.
Capa dc
J a i r Pi n to
HISTONN
DA ENFERMAGEM
5çEDI Ç ÃO
t979
REVISTAE AUMENTADA
Ilustrações de
Newton de Figueiredo Coutinho
JULIO C. REIS- LIVRARIA
Dir eit os desta e d i ç ã o re s e rv a d o sa
J ÚLI O C . R E IS L IVR AR IA
Trav es s ado O uvi d o r 3 6 _ 2 e A n d a r _ e r.
Ri o d e J a n e i ro
Printed in Brqzil/lmpresso no Br;rsil
É
Travessa
do Ouvi dor3 6 - 2" A ndar grp.4 - Tel . 263 ?549
242-421í0
20.O4O- R i o de J anei ro-R J .
1979
IN D IC E
P ri rn ei ra e d i ç ã o . 1 9 5I
S e g u n d ae d i ç ã o , l 9 ó 0
T ç rc e i ra e d i ç ã o , l 9 ó 3
Q u a rta e d i ç ã o , 1 9 6 8
Q u i n ta e d i ç à o , 1 9 7 9
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Prefácio da I I edi ção
Prefácio da 2+ edi ção
Prefácio da 5e edi ção
Introdução
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l3
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UnidadeI
,, Origensda Enfermaggm
. TemposAntigos . . ./.
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Egito
India
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Palestina
A ssi ri a e B abi l ôni a
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C hi na
Japão
Greci a
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U ni dade II
P eríodo da U ni dade C r ist ã
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Diáconos
D i aconi as e X enodoq ur a
V i da rel i gi osa
Monaqui smo
As grandes abadessas
Ordens mi l i tares
Ordens secul ares
Infl uênci a Á rabe na medicina
E scol asde medi ci na
rDecadênciada Enfermagem
As Misericórdias .
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t Evoluçàodos hospitais .V.
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UnidadeIII
PeriodoCríticoda Enfermasem
R e fo r m a r eligios a
C o n c ilio de T r ent o
UnidadeIV
Precursores
da Enfermagem
Moderna
rS. Vi ç ent e de P aulo
. '\ Te n tat iv aspr ot es t a n te s
c^Pa sto r T eodor o F lie d n e r
,^ Te n tat iv asleigas
..'Pro g r es s da
o M edic i n a e d a s C i ê n c i a s
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55
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64
64
64
UnidadeV
FlorenceNightingalee a ren o v a ç ã o d a En í' e rm a -,
gem
Di fu sã o do S is t em aN i g h ti n g a l e
, ^ . -.)En fe r m eir ade S aúd e p ú b l i c a
Canadá
Esta d osUnidos
l R e fo rm a da E nf er m a g e me m o u tro s p a i s e s \!
'Fra n ça
Itá l i a
. Al e manha
- Áu 'stria
Pa i se sE s c andinav o s
Di n a m ar c a
Su e ci a
'Noruega
'Finlândia
,Holanda
Belgica
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S uÍça
' Grçci a
'* Portugal
' - E spanha
' U ni ão S ovi eti ca
"Ásia e Ãfrica
C hi na
Indi a
Persia - Irã
Israel
Á si a Menor e S i ri a
Ocçânia e algumas regiões africanas
A meri ca Lati na
A rgenti na
B ol i vi a
Chile
Colômbia
Equador
Mexico
Peru
Uruguai
Venezuela
A meri ca C entral
.t;Cruz Vermelha
U ni dade V I
, E nfermagemno B rasi l
t P ri mei ros hospi tal s
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* . f ra n ci sca de S ande
". Ma te rn i dade e I nf ânc ia
' ÀEn fe rma g em
+AnaNeri
Cruz Vermelhatsrasileira
SaúdePública
EnfermagemPsiquiátrica
Escolasde Enfermagem
de Al to Pa d rã o
( E sco l a Ana Ner i
,'E sco l a d e E nf er m agem " A Ifre d o Pi n to "
- Esco l a d e E nf er m agemd a C ru z Ve rme l h a
\ Escola de Enfermagem CarlosChagas
. Escola de Enfermagem d a U n i v e rs i d a d ed e Sã o
Paulo
r Au xi l i a res de E nf er m ae e m
Cu rso Colegial T ec nic o d e E n fe rm a g e m
Associação de Voluntários de "Ana Néri"
lun d a çã o S er v iç o E s pe c i a ld e S a ú d e p ú b l i c a
. gAsso ci a ç âoB r as ileir a de E n fe rm a g e m (AB En )
1 R evi sta Br as ileir ade E n fe rma s e m
i CongressosNacionais
jC on cl u sã o
Bibliografia
ANEXO I
lo-5
t05
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t08
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127
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t29
t29
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t33
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r3 9
PREFÁCIO DA IC EDI('ÃO
Repre.rentanlesta.tptigina.r apenali unw pequena wntrìhuiç'ão
proJi.r.tionais.
para a Jòrnação de no.tsa.ç
puhlica-las,para dìminuìr unt pouco
resolvi
modestq,
Ape.sarde
as dijìculdades de professorese alunas.
da língua inglesa,em (!ue e e:crita a ntaior
O desconhecimento
parte das obra.ç.çobreo assunto, e e,tcq.çsez
e disper.sãodo p<tut'o
ntaterial que pos.suíntosenr língua vernácula,levarant-ntea organizqr o.\'nola.\'tonruda.çperseterantemenle, no.t rQro.\'ìrtornenlu.\Jurtudo.ça trabalhos nrais urgentes,durante os doze enos ent (lue lenho
lecionado Hi.çtórìa da EnJermagem;os nove printeiro.\',tta L.rc'olu
CarlosChagas,de Belo Horìzonte,e os úlíìtrtos,na EscolaAne Nëri,
da Uni+'er:;idadedo Brasil.
Haverd ne.tle opúsculo muitas lacuna.ç.Álgunras poderão ser
sanadascom o Iempo, em Juturas edìç'õet.
('onto, para i.t.to,com a crítica sìncera e con.\lruliva dct.rnlegu.s
proJì.r.rão
de
e nragi.stério,que levarei em consideruç'ãoe procurarei
aproveitar.
De.se.jo
tambëmlesÍemunharnrínhagratidão u lodtts- nrëdico.s
e enJèrmeìra.\- que rne auxiliarom com docuntento.r,notes tnuttu.\critas, inJornraçõe.srlue me.forant de grande utilÌdade, bem c'otttt,tu
dedicadase competentescolegas, cuja valio.saopinÌãLtorienlou a
utntpolição de algun.sponto.\.Não podendomenc'ìottarlodo.s.dei.tolhe.saqui nteu sincero agradecimento.
PREFÁC'IO DA 2C EDI('ÃO
Meu de.sejode apresentar uma 2q edição que ntelhor atendesse
à.çttece.çsidade.s
do en.çinoenÚe nós e levas.çeem conla a,çobseryade
algumas
colegas, só em parte, e nuito pequena parte, e
ç'ões
realizado.
A esca.tsezde material sohre o assuntoe a Jalta de tempopara
pesquisare obter, daqui e dacola, alguma inJornraçãoque conrpletu.tse os dados anleriormenteobtidos, lirniÍarant ntuilo os acre.scittto.s
e
a.t ret(ìcações que nos pareciant indispen.sávei.s.
f-oram consultados qlgun.\ tabalho.s de enJermeira.çbrasileira.y
que .\e orha,r, citados na bibliograJia do.s capítulos sobre os quai.t
influíram
Sobre ot paísesda Amërica Latina Joi nelhorada a parte reJerente à Bolívia, graças e um resuno histórico aincla não publicado
mas citaclo lambëm na bibliograJia.
Ja .;olicitqmos,alravés da ABEn, a varìosoutros des,se.t
puísa.s,
itdormaç'õe.s
Dtai,çatualizadassobre os mesmos,porem .çorecebenro.s
alguns dados sobre ct Peru.
O pouco que obtivemo.ssobre outros paí.\e.\da America Lutina
Joi colhido em trabalhos que .\e acham mencionadosna bibliograJìa
própria.
O capítulo sohre a EnJermagem e a Psiquìatia Jt-ti reJundìekt
corrta colaboraçãoda EnJermeira'l'eresade Jesu.sSenna,proJes.sora
de "En/èrnugem Psiquiátrica" nq Escola Ana Nëri.
A lodct.sque nos auxiliaranr nessa melhoria, nossosugrutlet'intenlo.\.
WAI- I.,S K A P A IX Ã O
Esperando que os exemplos aclui apresenlado.tptt.s:am au-uiliar
a.se.çtudantesde enJèrmagema Íornar-.çeenJermeirasnorteada'çpelo
verdadeiroideal da protissão, entrego-lhes,pela segunda \ìe:. estQS
"Página.s de História da EnJèrmagem".
Rio de Janeiro, 15 de Íevereiro de 196u.
WÁLL'SKA PAIXÃO
PREI'ÁCIO DA 5CEDI('ÃO
Voltando a apre.rentqr às escolas de enJerntagenta ntode.çtu
utntrihuição de.çtaHislória, tive que levar em conÍa vario.t dado.tque
me Jizeram modiJìcar a apresentação de./atos sobre a L'nJernrugent
no Bra.sì1.
Ls.çoë devido principalntente a publicação do e.rcelentelivro tla
auloria de Anayde Corrêa de ('arvqlho: "Associaç'ãts
Brq.sileirade
En/èrmagent( 192ó-1976)". Graças a e.ç.se
documentririo,J rtipo.tsível
de.tenvolver
nelhor o hÌ.çtóricoda ABEn, o tlue equivalea reJuntliru
própria Hi.çtória da En/ermagem no Brasil.
Outra mudança, nesta edição, se reJereà.t pequenasre.renha.s
hi.ttóricas .çohre várias escolas, publicada.s em anterìores ediçõe.s.
Não poderíantos manft-la.\, sem grave inju.ttiç'a contra oulru:'
e.rqtla.spo.rter i ormente J undadas.
Tanrhentnão .çeriapossível,por que.ttãode .ju.ttiç'a,hipertroJìar
o lópico sohre a.t e.\colas, num truhalho que esta longe de .ser
e.\'au.\l
iv0.
A,ssittt,trtantivemosos dados de íntportâncìaparu u ft)tnlr(en.çiio tla evoluçiio do ensino da EnJernrugemno Bra.çil.
Dada.se.r.sa.te-rplicaçõe.s,apre.rentoao públicr,t,pela 5q t'e:. unt
trahalhrt cujo maior mërito ë ter ,sidoJeito cont ntuìto urrtttr.
Rio de Janeiro, I I de iunho de 1979
w.4LL'SKAt'.1t,\,'{o
rNl-Ro DU Ç Ã O
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A hi stori a de sua proÍ' i ssàodeve desper t ar na ení 'er m eir a,
com o nrel hor conheci mentode su asor igense evoluçiì o,m aì br
conrpreensãodos deveresque l he i mpÕ ee m ais ent usiasm opelo
seu i deal .
S endo a enÍ' ermagemuma proÍ 'issãodesenvolvidaat r avés
dos secul os,em estrei ta rel ação co m a hist or ia da civilizaçào,
sera i mensanìenteúti l à enferme ir a um a r evisào dest a, par a
l rrelhor compreensãodaquel a.
E ntretanto, o ri tmo do progresso não sc m aniÍ èst a igualnìente enr todos os setores,mesmo cor r elat os.Assim , às descobertasci enti Í' i casapl i cadasà medi cina, Í 'at or esde t ant a r elcvânci a, nçm sempre corresponde ri g or osam ent eo pr ogr esso da
e n fe rma'gerrr.
H á no trabal ho da enÍèrmei r a t r ês elem ent os pr incipais,
consi deradosbhsi cos em nossos d ias: espir it o.de ser viço ( ou
i dcal ), habi l i dade(arte) e ci ênci a.
O mai s i rnportantee, evi dentem ent e,o espí r it ode scr viço,
essa i ncl i naçâo natural do homem , ser social por excelência.
E ,sseespi ri to preci sa ati ngi r el evad o gr au naquelasque se pr opõem ao cui dado dos doentes e à pr eser vaçãoda saúde.
I' oi el e o pri mei ro em ordem cr onologicae e o pr im eir o na
i nrportânci a.Quando ai nda não havia ciência, er a o espir it o de
servi ço que real i zava,j á embri ona r iam ent e,aquilo que ainda
hoj e consti tui al gunsdos obj eti vosda enÍ èr m agem :dar conÍ br t o
I' i si co e moral ao doente, aÍãstar dele os per igos, ajudá- lo a
WAI.LS K A I'A l X Ã O
a l ca n ça r a c ur a. A ar te Í' o i -s el o rma n d o e m s e g u i d a.dc mi stura
co rn su pc r t iç õese c on h e c i me n to se mp i ri c o s .S o n riri starde vci o
a ve rd adeir ac iênc ia.
O e nt r elaç am ent od e s s e strê s e l e m e n to sn ã () s c l ez sempre
dc mo d o har m onios o.A re l i g i â o ,o s c o .s l u n re sa. c o ntJi çàos< ;ci l l
da mu l her . nr uit as v ez e s i n Íl u i ra rn d e s i g u a l me n tc ,< j e tal mocl cl
qu e p o der nosv er época sd e g ra n d ed e d i c a ç ã oe b a i xo ni vel ci enlil 'i co , e nquant o er n ou tro s p e ri o d o sd e n ra i o re sc o nheci rncnl ei s,
a e n Í'e rm agemdec ai, p e l a d e Í' i c i ê n c i ad e e l e rn e n to sde cl cvadtr
pa d rã o m or al.
Em nos s ost er npo s ,p o re m , u n i ra m-s cc i ê n c i a ,a rte e espi ri to
d e se rvi ç o,alc anç andoa s s i ma e n l e rn ra g c mra p i rJ oe harnroni oso
pro g re s s o.
l )o dem os div idir a h i s to ri a d a e n Í' c rrn a g c n nas
scgui ntcs
l
u n i d a d es :
I)ri me i ra unidade:
Pe riodo ant es de C ri s to ;
S cg u n daunidade:
Pe riodo da Unida d e C ri s tà :
Te rce i ra unidade:
Pe rí odo Cr it ic o da En l ' e rma g e m;
Q u a rta unidade:
l )ri n r eir osr nov inre n to sd e re l ' o rmud a e n l c rm a gern;
Q u i n ta u nidade:
Si st em aNight inga l e ;
Scxta u nidade:
l :n l c r nr agem no B ra s i l .
UNI DADH I
OR IGE N S D A H N I' ERI VI ACEM : 0 t r at anr ent odo cnlcr nro < Jcpen< icsl
c .rci l i .rrtrcntdo
e conceit o de saúdc c dc doer r çu.
D epende, porérn, ai nda m ais, dos scnt im ent osde hunr anidade
que nos l evarna servi r u nossoser nelhant e,pr incipalnr ent cquandc. o venros soÍ-redorc i n capaz de pr over às pr t r pr r ls r r ccessidades.
[:i s porque, nas nrai sr em ot aser as,podenr osinr aginara nr àe
como pri mei ra enl ' ernrci rada I 'am í lia.
E ,ntre
tanto, a convi cçãode que as doençascr anì um casl. igt r
de I)eus, ou eÍ' ei tos do poder diabolico exer cido sobr c os
homens,l evou os povos pr im it jvt r sa r ecor r cr a seussaccr dot es
ou Íbi ti cei ros,acumul and o est esas I 'unçõesdc nr edico, lar nt lt cêuti co e enÍ' errnei ro.A ter apêut icase lim it ava a dois lr ns: aplacar as di vi ndadespor nl ci o dc sacr il'iciosexpialor iosc alr . r st ar
os
maus espi ri tos. P ara i sso . os_r neios ent m var iados:nlassageÍ ì s,
ban-!9de água Í' ri a ou qucnl. c,pur gat ivos,subst ir nciaspr ovocadoras dc náusei rs. . .
ï.udo i sst'til nharpor l i m t or nar o cor po hum uno t ir o desagr ir dável que os i ïaus espi ri tos r esolvessemabandoná- lo.
Quando, porem, o sacer dot e- m et licochcgou a aclquir ir
conheci mentospráti cos de plant as m edicinar se do nr oclo <ie
prepará-l as,começou a d elegar o pr epar o e a adm inist r açiì t l
que acum ulavat nussimas lunçt ì cs
dessesrenrcdi osa assi sten t es,
()s
de Í' arrrracêr,rti cos
c enl ' errneir os.
G r aças aos <jocur lcr ì t ( ) quc
s
povos anti gos nos l egarar nsobr e o assunt o,ainda que poucr )
W^ I- L S K A
P A IX Ã O
osle r u m a i d e i a d e s u a sre a l i z a ç õesno campo
nu me ros os podem
,
d a me d ic ina e da enÍè rm a g e m . É o q u e p à s s a remosa expor
suma n anlent e.
TEM P O S A NT I G OS . N ã o h á g ra n d c c l o c u n r entaçâorel cr e n te d i r et am ent e à E n Íè rm a g e m n a s Í' o n te sh i s to ri casque nos
le g a ra m os t em pos ante s d e C ri s to .
C o n hec inr ent oss o b re a En Í' e rn ra g e m
v ê m d e e n vol tacom os
a ssu n tosm edic os , s oc i a i se re l i g i o s o s .
{l g uns papir os , in s c ri ç õ e se mo n u mc n to s , ru i nas de aquedu to s e e s got os ,c odigo se Ii v ro s d e o ri e n ta ç â op o l i tica,e rel i gi os a e , e n Í ' im , m ais t ar d e , v e rd a d e i ro stra ta d o s d e m cdi ci na, ate
h o j e ce l e br es ,s ão os m e i o s q u e n o s p e rm i l e m Io rmar urra i dei a
do tra tam ent o dos doe n te s n e s s ep e ri o d o .
EGI T O - O pov o e g i p c i o Íb i o q u e .n o s l e g ou os mai s
r e n ìo t,o sdoc um ent os s o b re M e d i c i n a . D o a n o 4 .ó88 a.C . a< ;
1 .5 5 2d a nì es m aer a, Í ' o ra me s c ri to ss e i sIi v ro s s a g rados.ondc sc
ach a d e sc r it aa m edic in a e n tã o p ra ti c a d an o E g i to . I ncl uem el es
a d e scriç àode doenç a s ,o p e ra ç õ e se d ro g a s .U m d os mai s anti g o s d e ssesdoc um ent o s e o ma n u s c ri to d e l mh o tep, pri mei ro
au to r q ue m enc iona o c e re b ro e s e u c o n tro l e s o b re o corpo. A
d e ci Í'ra ç àode algunspa p i ro s p ro j e to u n o s e c u l oX X novasl uzes
so b re a medic inaegí pc i 4 ,As s i m ,o " p a p i rod e Be rl i m e do apogeu
d a e p o ca f ar aônic a.Ne l e s e e n c o n tra m 1 7 0p re s c ri ções.A s Í' or,
o doente
mu l a s me dic ass ão s egu i d a sd e fo rmu l a s re l i g i o s a sque
d e vi a p ro nunc iar enqu a n to to mg v a o re me d i o . A q u e l e que prepa ra va a dr oga, dev ia fa z ê -l o a o m e s mo te mp o q u e di zi a uma
ora çã cra ls is e a Hor u s , p ri n c i p i o d e to d o b e m.
O p a pir o de E ber sc o n s e rv o uv e rd a d e i ro stra ta d osde medi c i n a q u e s e s upõe s er em fra g m e n to sd o s l i v ro s h e rmeti cos.E stes
e ra m u ma enc ic loped i a re l i g i o s a e c i e n ti Í' i c al b rm ada por 42
vo l u me sque f or am des tru i d o sn o i n c ê n d i o d a b i b l i otecade A l exa n d ri a .
O p a pir o de Leide s ó a b o rd a a n te d i c i n ad o p onto de vi sta
re l i g i o so . M as é c er t o q u e a me d i c i n a e g i p c i a te n tava uni r às
prá ti ca s r eligios asc on h e c i m e n to sc i e n ti fi c o s . A s s i m, em cada
H I S T O R I A D A E N F E R M A C EM
2l
ternpl o havi a di versasescolas,ent r e as quais a de m edicr na.As
rnai scel cbres I' orarnas d e Tebas, M ênlis, Sais e Chcm .
P ara a práti ca dos e st udant es,Í 'ut ur ossacer dot es- m edicos,
os tenrpl os rnanti nharnar nbulat ór iosgr at uit os.
O saccrdote-nredi cot inha o dir cit o de usar o t ur bant e de
Osi ri s - urna das rnai s alt as dignidades - c vcst ir o nì ant í J
branco dos sábi os.S eus t r abalhos er ar ì ì t ào benr r enum er ados
que so os ri cos podi arn o bt ê- los.Por r ssohavia out r a cut cgor ia
de nrcdi cos,tamberr da classesacer dot al,m as com m enor pr eparo: csscsacci l .uvaml ìì cnor r em uner açàt - r
Os egípci osconheciam e pr at icavam o Hipnot isnr o. I nt er pretavarnos sonhos. A dr nit iam a iní 'luênciados ast r os sobr c u
saúde.S ua habi l i dadepar a em balsar nare í ãzer at adur assc evidenci a na conservaçãod as m únr ias.J- act assit icavun
conìo centro da ci rcul açào,e'xbor a não soubeqs
tgI'tJ.N ão nrcnci or' ìarnos docur nent os egipcì os nem hospit ais,
nenr enÍ' errnei ros.
A s l ei s rel i gi osase civis r ecom endavanra hospit alidadc,o
que l ' aci l i tavao auxi l i o aos desam par ados.A r eligiao pr oibia a
di ssecçãodo corpo hurnano,opondo assir nbar r eir asao pr ogr esso ci enti Í' i co.
A i ntrodução da medicina gr ega na escoia de Alexandr ia,
onde a di ssecçãoI' oi perr nit ida.deu nova or ient açãoaos conheci mentos medi cos do E g it o.
-)r" IN U In - l )ocument os
do seculo Vl a. C. nos dào a çonheccr o adi antamento dos hindus em m edicina e enl'er m agenr ,
assi mcomo seu cui dado er n pr opor cionarassist ênciaint eligent c
aos mai s desamparado s.O per iodo áur eo da m edicina e da
enÍèrmagem hi ndu Íbi devido ao Budism o, cujas dout r inir sdc
bondade erarn grande i n cent ivo ao pr ogr esso.
N e.ssaep o ca j á 9o_glfSçjam s.ç[sscrev i arÌ |igam ç rrlrrs- y!Ls,rs
l i nÍ' áti cos,múscul os, nervos e plexos. Julgavam scr o cor : - r çr o
sede da consci enci a e pont o de par t ida de t odos os ncr vos.
C onheci arno processooa digest ão.laziam sut ur as,am put açr ) cs,
trepanaçõese corri gi am Í 'r at ur as.
22
wAt , hs K A P A I X Ã O
O tra t anr ent oger al d a s d o e n ç a sc o n s i s ti ae m : d i e -ti çbíl !!l j s,
cl i .s-te re inalaç
s,
õ9s ,s A ! g -1 -4 !.
C o n h e c i a m a n ti d o to s p ara al guns
ve n e n o se ul, iliz av ar npl a n ta sm e d i c i n a i s .D o i s p o n to s em que os
hin d u s se dis t r nguir ar ne n tre o s p o v o s a n ti g o s l o ra n r: a constru. me smo o úni ctr
çà o <1 ehos pit aise a es c o l h ad e e n Í' e rm e i ro sÉ
pa!s llersg_ç-ppsrrìle Í'ala emçnf9*gllçll-11s--E+uÍàç_LiS.ç_
ÍJ-o-g*rllgsn]-o-,s-!rn
Os hospitais
Lo4iunl"o"de qu.r[id.ades...e..c.on-hec.inrçntos.
nra i sn o táv eisÍ ' or am c on s tru i d o sp o r o rd e m d o re i A soka, cerca
de 2 2 5 a . C. Nos hos pit a i sd a In d j a h a v i a mú s i c o s ,n arradorcsdc
histo ri a se poet aspar a d i s tra i r o s d o e n te s .l -u n c i o n a vanrtanrbónr
c sco l u stl c m edic ina.
Os h indus quer iam q u e s e u s e n Í' e rme i ro sti v u -s sem:
ussei o.
ha b i l i d a de, int eligênc ia ,c o n h e c i me n to d e a rte c u l i nári a e de
pre p a ro d os r em edios .Mo ra l m e n te ,d e v e ri a n ls e r: p u ros,dcdi cados e co o per ador es .
En tr e os m edic os h i n d u s , d i s ti n g u i ra m -s eS
: u s rutae C harak a . O pr ir neir o des c rc v e u rn u i ta s o p e ra ç õ e s c i rúrgi cas, tai s
co rÌìo : cat ar at a, her nia , c e s a ri a n a .Es ta b e l e c e un o r mas para o
pre p a ro d a s ala de opera ç õ e se n re n c i o n o u ,a s s i mc onìo C hi Ìraka , o u so de dr ogas an e s te s i c a sN. a tr" i ra l m e n teo s p rocessosde
ane ste siaer am r udim en ta re se s e u e Í' e i top re c a ri o . N ão dei xava n r, p o r ém . de s er , pa ra 4 c p o c a , u rn g ra n d e p ro gresso.
No " ' l- r at ado de M e d i c i n a " e s c ri to p o r C h a ra ka l ê-se:
"O rn edic o,as dr og a s ,o e n fe rm e i roe o p a c i c n teeonsti tucttr
un r a g re gado de quat r o . D e v e m o s c o n h e c e r a s q u al i dadesde
ca d a u rn na c ont r ibuiç ã o p a ra a c u ra .
"C o n hec im ent o do p re p a ro d a s d ro g a sc d e s u a a dnri ni straç ã o , i n tcligônc ia,dedic a ç ã o ,p u re z a d e c o rp o e e s p i ri to sào as
qu a tro s q ualida< J es
do e n fe rrn e i ro ."
l n l 'cliz r t t er t t co, br a rn a n i s n rod o m i n o u a Ín d i a c , c()nì o scr.l
sis te rn ad c c us t us ,l' ezde c a i r a rn e d i c i n ah i n d u . O s V edas.l i vros
sa g ra d o sh int lLr sr,t r c nc i o n a ma o ri g e m d a s d o e n ç a se tl s nrei osdc
co rn b a tê - las lor
. nc c idt > sp e l o p ro p ri o B ra m a .
Fo ra nr es c r it osc lr t fc 1 .1 1 0a0 1 .2 0 0a n o s a .C . e conl ênr uru
v e rd a d e ir oc ur s o c le t c r l rp ô u ti c a ,a s s i mc o n l o o re ç Òesaos gêrri os
da Sa ú d e e ex or t uç t ) c s:r l rl n l r d o s reme d i t-rs .
H IS TOR IA D A E N F'L,R MA GE M
LJ
B nr outra parte dos livr os, há l'or m ulasnt ágicaspar a cur ar
cÌrl crrças
e epi denri as.l l á t ar nber npr escr içr ) eshigienr casc r eligi osas.conl o: " pel a man hir ,banhar - se,lim par os dent cs, pr ngar
col i ri o nos ol hos, perl ' ulnar - se,nr udar a r oupa e ador ar os deuscs" .
D urantt nrui to ternpo a m edicina loi pr ivr legr oexclusivt r
dos sacerdotes;depoi s l b i per r nit iciaaos gucr r cir os c pouco a
pouco aos l avradorese descendent esdos povos vcncidos pelos
hi ndus.Mas os nredi cosd as duas últ int asclasseser ant cclnsi<Jer ados dc categori a i nl ' error .
jur am ent o, colì lpr oÍ lì et endo- se
Os rncdi coshi ndus I'azianr
a
vi ver segundo as l ei s de sua cor por açi'io,a nunca enlpr egar a
ci ênci a para.prati caratos condenáveis,a t r at ar t ant o dos pobr cs
cotno dos ri cos, a nào procur ar Ì ucr o cxcessivoncm vingur - se.
O ensi no l eori co cor npr eendia:hist or ia clasdoençase dos
remedi os,i nÍ' l uênci ados a st r ose das pedr assobr e a saúde,nt odo
de extrai r o suco das pl ant ase pr epar o dos r em edios.O est udantc dcvi a aprender tarnbe ntas Í 'ór nr ulase as or açòcs aos deuses
da vi da, da rnorte e da saúde.O ensino pr át ico er a quasc nulo.
S endoproi bi do derrar.nasangue
r
de aninr aise consider adoinr puro tocar nurn cadáver,os est udant esÍ 'aziamoper açÒ essint uladas
crn Í' ol has,cascasde árv or es, Í 'r ut ase bonccos de ar gila.
N as l ei s de Manu (2 seculosa. C. ) as doençaser anr consr dcradas,quer como produzidaspor espir it o m alignos,qucr conlo
um casti goque D eus i mpunha aos culpa<ios.
Chegavanlnlesnlo ir
atri bui r deterr.ni nadas
doe nçasa det er m inadoscr im cs. Assint , o
ebri o terá os dentes estragados;o assassinodo br âm ane I icar á
tubercul oso;o l adrão de cer eaisper dcr á unt nt em br o; o ladr âo
de al i rnentose tornará di spept ico;o ladr ão de r oupasse t or nar á
l eproso;o l adrão de cava losÍ 'icar ár nanco;o dc lâm padasÍ icar á
cego. Os del ' ei toscongênit os,com o cegueir a,sur dez, lclucur a,
eranr consi deradoscasti g ospelos pecadosdos pais.
N o pri rnei ro secul o da er a cr ist ã apar eceu na I ndia unt i,
enci cl opedi arnedi cada a ut or ia de Char aka.M ais t ar de not abili/()u-seS usruta,cuj as teo r iasjá sào apr endidasde I - lipocr at es.
A i nda um ponto reve lao gr au de adiant am ent ohindu: pr essenti ramser possi vela pr evençãodas doenças,achando nt elhor
D rcveni r do que rernedi ar .
WAL ESK A P A IX Ã O
PALE S T I NA - D i s ti n g u i u -s ea Pa l e s ti n a ,e n tre todos os
po vo s a n t igos ,pela c r en ç a e m u m s o D e u s . Me s m o quando unr
r e i a d o tav aí dolos im po rta d o s ,e s e Í' a z i aa c o m p a n h a rpel o povo.
po r co a çào, o m onot ei s mo p re v a l e c e u .
.Mo i ses , o pr im eir o l e g i s l a d o rd e s s ep o v o , n ã o o l ' oi apenas
no tcrre n o r eligios o.S ua sp re s c ri ç ô e si n c l u e m p re c e itosde hi gi enc q u e o c oloc am ent r e o s g ra n d e ss a n i ta ri s ta sd e todos os tempo s. As ins t r uç õesm in i s tra d a sa o p o v o s o b re a s p r ecauçÒesa
t o ma r e m c as ode algur n ad o e n ç a d a p e l e , e n c c rra m precei tos< j e
pro í'i l a xi aque des c em a rn i n ú c i a s .
'O e x am e do doent e , o d i a g n o s ti c o ,o i s o l a me n to,o expurgo,
a d e si n fec ç ào,o al' as ta rn e n tod o s o b j e to s c o n ta mi nados para
lu g a r i n a c es s iv el,s ão en s i n a d o s H
. á p re s c ri ç õ e se s p e ci ai se severa s, p a ra os c as os de l e p ra , e m d i v e rs o s tre c h o s do Levi ti co,
Para qual quer
re co n re n dadasnov am en ten o D e u te ro n o rn i o
doe n ça cons ider adac on ta g i o s ad, e termi n a -s eo p e ri o do de i sol am e n to supos t o s uÍ ' ic ie n tea; p o s e s s e ,o d o e n te d e v e r á scr novar n e n te e x am inado ant e s d e l h e s e r d a d a a l ta .
A religião inc ulc avac o m o d e v e re ss a g ra d o sa p roteçào aos
órl 'à o s,à s v iúv ase a ho s p i ta l i d a d ea o s e s tra n g e i ro sN
. i ro se sabe
que o s'l sr âelit ast enha m ti d o h o s p i ta i sp e rm a n e n te s.L,stabel eci a m-n o sapenasem c a s o d e c a l a m i d a d ep ú b l i c a , m a s vi si tavam
os e n l 'e r nr oset r ì s uas c a s a se i n s ta l a v a mh o s p e d a r i asgratui tas
pa ra vi a jant es pobr es, h a v e n d o n e l a s l u g a r re servado aos
<i o en te s.
ASS I RI A E B A B I L ON IA - O m a i s a n ti g o d o s codi gosque
atra ve ss ar ar nos t em po s Ío i o d e H a m u ra b i , re i d e B abi l ôni a
(2 .1 0 0a .C. ) . l- oi c ons er v a d ol ' a c i l m e n te p
, o r te r s i d o g ravadoem
ped ru . É c heio de s en s o d e j u s ti ç a e i n te re s s ep e l o s pobres e
desa rn p a r adosM. enc ion a o s d e v e re sd o s n re d i c o se s eushonorár ios, q u e dc v iam s er dil e re n ìe s ,s e g u n d oa s p o s s e sd.oscl i entes.
E sta b e l ec ec as t igt x r igo ro s o sp a ra o s me d i c o se m c a sode Í' racasso . O ci r ur gião inc apaz p o d i a s o l ' re ra p e n a d e a mputação das
mà o s, e o m edic o que d e i x a s s em o rre r u m e s c ra v od evi a pagar
ao se n h o r um a indeniz a ç ã oc o rre s p o n d e n tea o v a l o r do mesmo.
A p rinc ipio a M c t li c i n a e ra to d a b a s e a d an a ma gi a.A credi t a va m o ue s et e denônio s c ra m ç a u s a d o re sd a s d o e nças.
H I S T O R I A D A E N F E R M A GEM
25
A s i nscri çòes çune if or m es encer r am m uit as I 'or m ulasdc
oraçõesem uso pel os sacer dot es- m edicos.
E, st esvendiam t alisnrãs desti nadosa torna r o cor po invulner ávelaos at aquesdos
demôni os.C onsi sti amessesam ulet os,em ger al,de t ir as de pano
com i ncri çõesconj urator ias.Ao lado dessespr ocessos,os sacer dotes recorri am tambenrà obser vr 'çãoclinica e um a t er apêut icu
D avam grande im por t ância 4o r 9gim 9 alim ent ar , usa" 11!gR |
vam a rnassagem,ti nham colí r ios adst r ingenl. es
par a conjunt ivites e prati cavamo l amponam ent odas l'os. sa.
s
nasais
em epislaxes
l ebel des.
D ei tavam os doentesnas r uas par a quc os t r anscunt esr cceitassem conl orme suas pr evias exper iências em casos senleI hantes.
N ào há menção de hospit aisnem de enl'er m eir osnos documentos assi ri o-babi l ôn icos.A cir ur gia se desenvolveu m ais
depressado que a medicina, por que est a últ im a I 'icou nr uit o
l empo sob o dorni ni o da m agia.As epidem iaser anl at r ibuidasàs
i nÍl uênci asastrai s.Já fazí ampesquisasanat ôm icasem anim i. r is.
P l acasde pedra achadasem Ninive Í alam enr t r abalhosde sanitari smo. O nrai or númer o de docum ent os assir iosencont r ados
em N i ni ve pertence atu alm ent eao M useu Br it ânico.
P É R S IA O d ualism o, cr ença em dois pr incipios:
Ormuzd, águas pri ncípio do bem , Ahr im an, pr incÍ piodo m al, l'oi
a basedas doutri nasmedicasper sas.O r m uzd cr iou seisespir it os
benfaze.l os,
dos quai s do is velam par t icular m ent epelos hom ens,
dando-l hessaúde e l onga vida.
O l i vro de Zoroast r o diz que O r m uzd pr oduziu plant as
medi ci nai sàs dezenasde m il.
Classificaramos peÍ'sas99.999doerrçaso que Í'azsupor que
nessenúmero i ncl ui am mer os. sint om as.O s sacer dot es- m edicos
persasse preparavamnos t em plos pela ador açàoe pelo est udo.
E xperi mentavamdepoi s sua ciência sobr e t r ês iní 'ieis.Se os
curassem, adqui ri am o dir eit o de t r at ar os ador ador es de
Ormuzd; se fraçassassemdeviam
,
est udar m ais. Const r uir an- r
hospi tai spaÍa os pobres, que er am ser vidospor escr avos.
26
\\,1 \L L SKA P A IX Ã O
H IS TOR ÍA D A E N T.'E ,R MA G Ê ,M
especi ai s,precursorosdas m at er nidades.So a cir ur gr a eslacionou, pel a i mpossi bi l i dad ede dissecar er ncadávar es.
N ào se sabc corno d ecaiu a or ganizaçãohospit alarint r oduzi da na C hi na pel os budist as.O Í at o e que a m edicina chinesa
pouco i t pouco sc tornou ast r ologica.
CHINA - Cot no t od o s o s p tl v o s a n ti g o s 'o s c h i n e sesderanl
às su a s e xper iênc iasm ed i c :a su n t c a rá te r rc l i g i o s o .O s meci i cos
que se n o t abiliz av alner a m a d o ra d o s c o mo d e u s e s .O cui dado
dos d o e n te ser a l' unç it os a c e rd o ta l .P o r i s s o o s tern p l o schi nescs
er a n r ro d e udosde jar dí ns o n d e s e c u l ti v a v a n rp l a n (a sn rcdi ci nai s.
A s <Jo u trinasde c onlr . r ç i o n ri rrrti v e ra nel s s a tra d i ç ã o . E tl trc t-l s
.c atal ogadas:
. d -o en ç a s c ra n l
s ace rd o te shav ia t r ês c at e S o ri i l s As
beni g n a s,In ediase gr av c s .C a d a g ru p o s a c :c rd o ta lc,o n l ' orntesl tl t
As
s e oc upav a d e ttt' ttd e s s e sg ru l )o s d e c l t -rcnças'
irnp<.rrtâ n c ia,
çOtÌì
e
x
c
l
u
s
i
v
a
nl
entc
c rA tl l trA tAd a S
dOe n ça sg rav ese S em igr a v e S
. d o en ç l s tl c tc rcei ru cuLct lra çÕe se C er it nônii. rcson j u ra to ri a s As
t râ p ê u tl c ab a s ta n teru C l l nìcnl arc
gor i a se b er r ef ic iav alrcrie u rr-ìite
i
r
nen r se mpÍ e logic a.A s s in r, á g u i td e d e te rrtri n a d al o n l e era darJa
aos d o e n te s lebr is , I ' az ia rtti tp l i c a ç i i e s l o c a i s d e á g u a Íri a rras
lux a çõ e s,n r aso r er nc c lioi n tl i c a d op a fu l Ìs c rtl i c a sc ra i ngesl .Ìodc
unra p i ta ci ade c inz asc J ep ;.rp e<l ìo u ra d o ,p rc v i u rttc n teq uei nrrt< Jtl
dian te d o alt ar c los t t t ot ' to sd i t l tn i i l i a .
I)o cu rner lt osc la r nç d i c i rtac l ti n e s a :o l i v ro rn e d i co (2' Ó9tla
2. 5 9 9 a .C .) c s c r it o pelo in tp e ri td o r K w a n g -T i : o l i v ro de C hcnN ug , q u e n r et r c ic lr ttllt t aisd ç c c rn re mé d i o sv c g e ta i s ;u tl corrl pénclio cl e l i a rnr ac ologit ro; l i v ro d o Pu l s o , e tn d e z v o l u mes'
C l o n h ec iar na v t r r iolad c s d c te mp o s re Ín o to s .Em epoca mri s
r ec e n te . oc s c r ev er Ì las t tti ttl i l e s tl rç õ eps ri n rá ri a s .s e curtdúrtusc
co rn t>a s l o t' n ta sc o rtg ê n i trrsO. drrgnosti ,
t crci a ri a sc las iÍ ' ilis bent
opct' uçòcs
p e l o p u l s o . M c ttc i ttttr' ttn
co e ra í'e it o pr inc : ipalnre n (e
de Ìa b i o l e por ino Í eit as n o a n o 1 .0 0 0a .C .
'Te ra p êut ic a- I ) es c re v e ri " l l e.nl ìr s u a l -a rn ra c o p ei anrai sde
n g u i n d o -s e l:e rro p a ra a l l e nìl as,nl er,
2. 00 0 me dic at nent os disti
cúri O p u ru: ililis . er s úr r i c up l tri t rl c rtn u ttts c :.e c rta s rl ti zcs pl tri t
v ermi rto s ese. ópio c olÌ ì o Il a rc o ti c o . Ì-a n rb e rrta p l i c a vam Iral anì e n to h tgieno- diet et ic o .IÌe c r)ttterrd a v a n rl íg a d o i to s itnênttcos.
< J eStrs ru tac l l e g i tra n là C h i rl a n o secul oI l l
Os e ns init t nc t t Los
pela a b e rt ir r at lc t r t . tt t t os te i t' ttl )a rl Ì o q u a l l o ra rn p e d ìdosà tntl i a
s áhi o s e l iv r os . O s s ac e rd u te sd c B u d a o rg a tti z a ra mhospi tai s
. t s tru i ra trth o s p i ta i stl e i s tl l a n l e ntoe cüsüs
c our e rrÍ'e r ut eir osCot
cje re p o u s opar a c or t v ale s c c n tc sl l.a v i a p a rte i ra sc Ìn i n sti tui çòes
.l A I' Ã O - A pri nci p io o poder supr enì odo M ikado abr angi a tanrberr a autori dade r eligiosaque os sacer dot escxer cianl
sob sua d c pe nd ê n c i a. A m ed i c i q a l oiiètic.hjsl-a :rG.g_çg4pço da
I
I
9!{-9-ll!!È'
A úni ca terapêuti caer a a das águas t cr r nar s.
A eutunási acra con sider adulicì t a.
A medi ci na budi sta penet r ou no Japào gr aças a ur n bclnzo
chi nês a quenl o i mperador conÍ 'iou a nì issar ode or ganizar cl
ensi no Inedi co em todo o lm per io. Depois de algunr pr ogr esso,
as gucrri ìs ci vi s provoca r an.aì t Jecadênciado ensino nr edico.
GR É C l A - A cel ebr idadeda ( ì r ecia no dom inio da lilosol ' i a,das ci êrrci as.l etras e ar 1es,se est cndclam bénr ao canr po da
rnedi ci na.
Mesrl o no peri odo rnit ologicoe cnì pir ico, a m edicr r r agr ega
j á ti nh:ì seu espl endor.D e pois que Hipócr at eslançou as basesda
nredi ci naci enti l i ca. nrai s se I 'ir r noua Cr écia conì o uut or idade
medi çr. Ti i o i rnportante Í oi a at uaçào dc Hipocr at es, que se
cl i vi dç a rnedi ci na grcga cnì clois per iodos: ant cs e depois de
H i pócrates.
P eri odo pre-H i pocrat ico - As pr im er r us t conr s Br cgils
sobre a medi ci na se pren diam à M it ologia. Assim , Apolo, o deus
sol , e tambem o deus da saúde e du nr edicina.Asclcpios 1ou
E scul Ípi o).seu I' i l ho,é nredico.O s Í 'ilhosde Asclcpios,Podalir io
c Mi tcuon di Í' undi ramo cult o dc seu pui. e or ganilar unros Asclcpi ades,seus sacerdotcs- m edicos.
Higea, Panaceiae l\ 4cdit r ina,
cram deusasda S aúde:e pr ir neir a conì o conser vador u,ir scgunda como restauradorae a t er ceir acom o pr eser vador a.Q uir or r .o
i ra rni tol og icu.t net ad'eht lr r t em , m eI ade ca\ 'it lo) c r i. ì
C entauro (Í' gu
o nl estre das artes rnedicas.
H ornero i ncl ui errrsc usescr it osm uit ir sinlor nur çr ì cssobr c u
nrcdi ci nagrega. S abcttto s,assit n.quc os m edicos gr egos dr ssc
pcri odo conheci am pel o r nenos:
28
WAL ESK A P A IX Ã O
D e Ar : at om ia: os s o s ,mú s c u l o se a rÌi c u l a ç ò e s ;
Da P at ologia:epide mi a s ,l e s õ e stra u m á ti c a s ,l e ri mentos.
Cl a ss il' ic av ar n
os I ' e ri me n to se m s u p e rl ' i c i a i se prol undos,
disti n g u i ndo l- ll es pec i e s .
Te ra pêut ic a- A lem d e fi s i o te ra p i a ,u s a v a ms e d ati vos,l ort iÍ ' i ca n te se hem os t át ic o s F
. a z i a m a ta d u ra se e x tra ç à ode corpos
es tra nh o s .
A rn e dic inaer a ex e rc i d a p e l o s A s c l e p i a d e s .
Os ma is ant igoses t a b e l e c i me n to qs u e c o n h e c e n rosna Grécia p a ra o t r at ar nent o d o s d o e n te s c h a ma v a m -s eXenodoqui a.
Se u p ri m eir o objet iv o e ra h o s p e d a r o s v i a j a n te s . H avendo,
porem, d o ent esent r e os m e s mo s ,p re s ta v a m -s ea e s s e sos cui dados n e ce s s ár iosO. ut r o es ta b e l e c i me n tog re g o e ra o l a l ri on, quc
c orre sp o n deaos nos s osa tu a i s a m b u l a to ri o s .
Os tem plc ls dedic a d o s a A s c l e p i o s ta m b e m s e l ornaranl
Í 'amo so spela gr ande al' l u ê n c i ad e d o c n te s q u e v i n h a m i mpl orar
s ua cu ra a o deus m edic o . U m d o s m a i s c e l e b re sd e s s estenrpl os
e o d e Epidir ur o. E m h o s p i ta l a n e x o . o s m e d i c o s -sacerdol cs
int e rp re tav anlas pr es c ri ç õ e sd e A s c l e p i o s , d a d a s a traves dos
sonh o s d o pac ient e. O tra ta me n to c o n s i s ti a g e ra lmente eÌl l
s ang
,
ri a sp, u rg a ti v o s ,d i e ta s .H ra m p roporci oban h o s,rÌìas s agens
nad o s a o s doent es em l a rg a e s c a l a : s o l , a r p u ro , i g uu pura c
mine ra l .
Se a c ult ur a Í ' is ic a,o c u i to d a b e l e z a ,a i n rp o rtâ n ci adada uo
deve r d a h os pit alidade,Í' o ra mÍ' a to re sd e p ro g re s s od a medi ci nu
e da e n Íe r r nagem o
, ex cc s s od e re s p e i top e l o c o rp o , a ponto de
consi d e ra ra dis s ec ç àod e c a d á v c rc sd e s re s p e i to s aa. trüsavl os
sos medicos.
es tu d o sa n at ôr lic os indi s p e n s á v e i a
A crenç a de que na s c i m e n toe l ìl o rte e ra tn c o i srtsi tttpurus
cond u zi aao des pr ez oda Ob s te tri c i ae a o a b a n d o n od os doentes
em e sta do r r . r uit ogr av e.
Hn trc t ant o,hont ense s tu d i o s o se d e v a l o r c o n s c g ui rantvencer e sscs pr c c onc eit os e e s ta b e l e c e rb a s e s p a ra I' uturos progre sso s.
H i p o c r at es- Nas ce uo Pa i d a M e d i c i n a n a i l h a d e C os, no
an o 4 6 0 a. C. l) c r t c nc il à v i g e s i rn ag e ra ç ã o d o s A s cl epi adcs.
H, stu d o uÍ' ilos ol' iae v ialo u p o r d i v e rs o sp a i s e s .A l e nda di z cl uc
H I S T O R I A D A E N F E R M A C EM
aprendeuas artes medi c ascom Q uir on. A ele devem osa m edicina ci enti fi ca.
P ondo de parte a crença de ser em as doençascausadaspor
maus espíri tos,expl i cava a seus discipulos a ver dadeir a causa
das mesmas.Insi sti a sob r e a obser vaçãocuidadosado doent e
para o di agnósti co,o prognóst icoe a t er apêut ica.A coleçào de
seusescri tosconsti tui o "cor pus hipocr at icum ". t , ssest r abalhos
l ' oram reuni dospara a l am osa bibliot ecade Alexandr ia.O s m ais
anti gr> smanuscri tosdos t r abalhos. de Hipocr at es, at ualm ent e
conheci dos são: os da bt bliot eca de Viena. do Vat icano e de
P ari s. H á tambem edi çõ es im pr essasdos seculosXVI e XlX.
P ara H i pocrates, a Nat ur eza e o m elhor m edico. Seu pr imei ro cui dado e' não con t r ar iá- la.
H i pocrates, ao des cr ever suas obser vações,dem onst r ou
conhecerdoençasdo pulm âo, do apar elhodigest ivo,do sist em a
nervoso.Ê extraordi náriaa pr oÍ 'undidadede seusconhecim ent os
sobre doençasmentai squ e so em nossosdias,pr at icam ent e,t em
si do tratadas raci onal me nt e.
P rati cava tambem a cir ur gia, dist inguia cicat r izaçoespor
pri mei ra e segundai ntenção. O per ava cat ar at as.
Teori a H umoral - Consider avaa saúdecom o o equilibr io
dos humores:sangue,l i nfa, bile br anca e bile negr a.O desequilibri o entre os humores e a doença. As causasde desequilibr io,
segundoH i pócrates,podem ser : o ar viciado,o t r abalho excessivo, as emoções,as bruscasalt er açõesda t em per at ur a.
Terapêuti ca - S eu pr incí pio Í 'undam ent aler a nâo cont r ari ar a natureza, rnas auxilia- la a r eagir . Conser vou o uso de
massagens,
banhos,gi nást ica.Det er m inou as diet aspar a diÍ er enIes casos.Tambem usavasangr ia,vent osas,vom it or ios,clist er es
e purgati vos.O cal mant e em uso er a a m andr ágor a.Descr eve
236 pl antasmedi ci nai s.Ent r e os m edicam ent osm iner aisem pr cgou: enxoÍ' re,al umi ni o, chum bo, cobr e e ar sênico.
E scri tosde H i pocrat es- Escr eveusobr edeont ologianr cdica, sobre cl i mas e epi dem ias,sobr e as diver sast eor ias nt ódicr r s
por el e estabel eçi das
e sobr e as especialidades
que exer ccu.Sct r s
" A Í' ori smos" são cel ebre s.baseadosem suas obsen, act icsr r lr . r r
l as. C i taremos al guns:
30
H I S T O R I A D A h , N F E R M A GE,M
WAI,b ,S K A P A IX Ã O
"A vida e br ev c , a a rte é l o n g a , a o c a s i à oe I' u g a z,o cxpt:rl me n to Í'a laze o juiz o di l i c i l " (1 . 6 ).
"Os v elhos s upor t a ÍnÍ' a c i l m e n teo j e j u m : n ìe n o sl ' aci l nl entc
o to l e ra nr os adult os i po u c o o s a d o l e s c e n te se, n l a l , a s cri anças,
esp e ci a l r nent eas de gr a n d e a ti v i d a d e " (1 , l l ).
"A tis is s e m aniÍ ' es tap ri n c i p a l n te n tee n tre o s l 8 e 35 anos"
(v. 9).
"O sangue es put n o s oq u e s c e x p e l e c o Ín a to s se provóttt
c e rta l n e nt edos pulm õe s " (V, l 3 ).
A i n l luênc ia de Hip ó c ra te sl ' o i l e v a d ap o r s e u sI' il hosi i escttla d e Al e x andr ia que l' o i u m c e l e b re c e n l ro c l c e s tu dosnos úl ti mo s sé culos ant es da e ra c ri s tã , a tra i n d o h o m e n s dc val or de
t od a s a s r egiões c iv iliz a d a sd a e p o c a .
Ëi n tr eos pr ogr es s o sp ro m o v i d o s p e l a l ìmo s a es col a de A l cx a n d ri a , Í bi de gr ande i m p o rtâ n c i a o a d i a n L a n re n toda A natorn i a , p e l a dis s ec ç ãodos c a d á v e re s .
Ce l ebr iz ar ar n- s cna q u e l a e s c o l a :
fJe ro l' ilc rque
,
identi Í' i c o uo s n e rv o s s e n s i ti v o se nl otores e
Í 'cz e stu d osde v alor s o b re o p u l s o .
Bra s is t r at oout r o n o tá v e l p ro Íè s s o rd e A n a to l rri a.
Assi r n,A lex andr ia h e rd o u o ma g n i l ' i c od ep o s i to da cul turi t
gre g a ,e n r iquec eu- oe o d i Í' u n d i u n o te m p o e n o e s paço.
R OM A - A pr ox irn a d a me n ten o a n o 7 5 3 a .C . l t1{ 99;;t:
R on ra ,cujo nor le, e. t r p o u c o te m p o , s e l o rn a ri a l a n tt tsoent todo
o n ru n d o ant igo, c or Ì ro o g ra n d e i rn p e ri o q u e s u pl antou os
de n ra i s.D or ninando, s u c e s s i v a m e n tco, s p o v o s v i z i nhos,.anexi ,tva -o s c()r Ì t opr ov inc ias.
g u e rre i ro , o r o m o n o i n tp ri nri u l r sua
_ l 'o v o es s enc ialnr e n te
ci vi l i za çir oo s ir r et eda g u e rra e d a c o n q u i s ta .S e u rnstrntodc
pod e r vi s av ut ar r beni nr" ç à g ra n d e z ad a n a ç à o q u . r,u bcnt da
pcsso ah um ana. O indiv íd D ore c c b i a c u i d .rd o sd o E stado,conro
ci <j rd ã od c s t inadoa t or n a r-s eb o m g u e rre i ro .N i s s o d i l ' ereu ci vi liza çà o ro nlr Ì niì da gr e g a , o n d e o a s p e c to h u n ra n o c pessoi rl
Í ì e re ce u nr ais c ons ider a ç ã o O
. s p ri m e i ro s h a b i ta n te sde R ottut
que s e s u p õ e te re m v i n d o d o Ori e ntc. S ol reo
s
et
r
us
c
os
,
-Í b ra m
ra rn e l es duas inÍ ' luênc i a sc i v i l i z u d o ra s :r o ri e n ta l c a grctrr.
i
I
D i sti ngui ram-seos ro m anos pr incipalm ent epor suasobr ls
de saneanrento.R uas l i mpas, casasbem vent iladas,ir guapunr c
abundante,banhos pLrbl icos,r ede de esgot o,conr bat eà n. r aliir ia
pel a drenagem das água s dos ler r enos pant anosos,I 'or ant as
preocupaçõesrnáxi masdos gover nar r les.
O escoamentodos brejos se Í 'aziapor m eio de galer iassubterrâneas.
A S exto Júl i o Frontinus deveu Rom a scu not ável abast ccimento d' água. N arrou el e suas r eaÌ izaçÕ es
em unl livr o que I 'oi
copi ado c conservado cuidadosant ent eat e a descober t a da
quando Íoi edrt ado.
i nr.prensa,
C r> nstrui ul 4 aquedu t osque t r aziam à cidade as àguasdas
mt> ntanl rasvi zi nhas. Os gr andes ediÍ 'iciospúblicos de banho
eram suÍ' i ci entespara que cada habit ant e de Rom a lom asse
banho di ari amente.A l gum as t er nr asse t or nar anì celebr es,pois
eram l ugrres de encontro par a conver sassobr e t t t dos os acont eci rììcntt.l dc
s i rnportànci a .
O si stemade esgotosem Rom a l'oi um a gr ande r ealizaçào.
A cl oaca nthxi nra,construçãode Tar quinio Pr isco,er a o gr ande
centro dessesi stema.
' Os rnortos erarn sep ult adosf or a da cidade, na Via Ápia.
A l ern do sani tari smo,os r om anos se dist inguir antpor seus
cui dadosaos guerrei ros.Eslabelecer ampar a est esvár ios hospitai s. P or i sso adi i rntaranr - sepr incipalm ent e enr cir ur gia de
gue rra.
Os ci vi s recorri am aos m edicosgr egos,que er am num er osos
ern R otna. D urante mui to t em po f oi a pr oÍ 'issâom edica considerada i ndi gnardo ci dadão rom ano. Assint , quando o m edico não
cra cstrangei ro,era escravo.
Os servi ços de enÍ' er m agemer iì nì t am bem conl'iadosaos
cscravos.
A i nfl uênci i rgregafoi, por em , cr escendo.Júlio Cesarcom eçou a conceder o ti tul o d e cidadâo r om ano a m edicos est r angeiros.
S o na era cri stã, por em , se dist inguir am alguns r onì anos
como grandes rnedi cos,s endo t odos de or igem gr ega. O s nt ais
notávei sl -orarn:
32
WA L ES K AP A IX Ã O
C e l sc - que apes a rd e a d q u i ri r c e rta l a n ' ìan â o i n l l ui u sobre
a po ste ridade.
D i o s c or ides - ( s e c u l o l ) Íb i c i ru rg i à o m i l i ta r. E xerceu
infl u ê n ci aat e o s ec ulo X V p o r s u a b o tâ n i c ame d i ç a . É o pri mei ro a u to r a m enc ionar o o p i o e . s c u e mp re g o .
Ca l e n o - gr ego de n a s c i me n to ,i n Íl u i u n ru i to n a nredi ci na
roma n a . N as c eu em P er g a m on o s e c u l o l l . D e v e u a A ri stotel es
s u a fo rmaç ão f ilos of ic a.E s tu d o u m e d i c i n a n a G re c i a e em A l cx a n dri a .
Esta b elec eu- s eem R o m a , o n d e o b te v e i n tc i ro apoi o do
imp e ra d or M ar c o A ur eli o . S u a a n a to mi al o i o te x to u ni versalaté
o se cu l o X V l, quando fo i s u b s ti tu i d o p o r V e s á l i o . P el as suas
exp e ri ê n ciass obr e anim a i s fo i o p re c u rs o r d a Í' i s i o l ogi aexperi me n ta l .
E,scr ev eus obr e dif e re n te sfo rma s d e tu b e rc u l o s e di
, sti ngui u
a p n e u n t onia do pleur i s , e s c re v e u m i n u c i o s a m e n t esobre ó0
m e d i ca n rent os .
In fe l i z m ent e,f oi an te s d e tu d o te ó ri c o , e n e g l i genci ouos
m e to d o sde Hipoc r at es.
UNI DADE I I
P E R IOD O DA UNI DADE CRI STÃ
Primeiros .téttrlos
a)
b)
D i áconos e di aconi s as;
l grej a Li vrc - Monaq uisr no
Idade Mëdia
B IB L IOG RA F IA
t)
?l
l)
4)
))
o)
7)
ti)
Dr. Eugè n c S a i n t J a c q u c s - Histo ir e d e la M e d e cr n c - Ed itr ons B eauchcnrin. Mon t r c r l . 1 9 3 5 .
Dr. Henr i B o n - P r é c i s d e M e d e cin e Ca th o liq u e - L ib r a ir ic Fsl i x A l cun.
| 93ó.
t s iblia-- P e n t a t e u c o .
Luc y Rid g e l y S e y r n e r - A g e n e r a l Histo r y o l Nu r sin g - l abcr & [ abcr
Lim it c d. 1 9 1 2 .
l)oc k an d S l e w a r t S h or t Hr sto r y o l' Nu r sin g 2 r cd içà o, 1925. C .P .
P ut narn' sS o n s . N e w Y o r k .
E liz abet hJ . S c w a l l - T r e n ds in Nu r sin g Histo r y - W. Sa u n d e r s,1941.
Hirt s M c d r c a l C l a s s i c s - W illia m sa n d Wilkin s- Vo ls. l7 c 1 8 , l 9l l í.
A us t in. A n n e L . - H i s t o r y o l Nu r sin g So u r ce Bo o k - G.P. I' utnant's S ons
- Nc * ' Y o r k .
a)
b)
c)
d)
C ruzadas- Ordens M ilit ar es
Ordens S ecul ares
D ecadênci a rel i gi osa
P rogressosda medi cina
O adventodo C ri sti a nism o,com plet andoa r evelaçâopr inr iti va e real i zandoa R edençào,const it uiu a m aior e nt ais pr olunda revol ução soci al de to dos os t em pos.
S em i ntervi r di retam ent e na or ganizaçàopolit ica e social,
nel a i nfl ui u pel a reforma dos individuos e da f am ilia.
A subl i mi dadede sua dout r ina e a Í 'or çade seus m eios de
santi fi caçãol evaram os pr im eir os cr ist ãosa um a vida t ào sanl. a.
que seu exempl o arrastavaas alm asde boa vont ade,sequiosas
dc
perfei ção.A l ei da cari da de,"o m andam ent onovo", post a cnì
práti ca generosamente,Í'azia da Com unidade cr ist à, "unì s( )
coração e uma só al ma" . Esseespet áculonunca vist o levava os
34
\\ A L L SK A P A tX Ã O
H I S T O R I A D A E N F E R MAGEM
pag ã o sa ex c lam ar ,adm i ra d o s :" V ê d e c o m o s e a m a m essescri st lìo s1 ".
Fa zi ar n r r r aisos c r i s tã o s :a n ìa v a m , s e g u n d o o p recei to do
M e stre , s euspr opr ios in i m i g o se p e rs e g u i d o re sa, l g u nsdos quai s
s c co n ve r t iir r ndiant e de s s ama ra v i l h aj a ma i s p re s e nci adaanter iorme n te . Logo no inic i o d a s p ri m e i ra s c o mu n i d a d e scri stàs,os
po b re se e nÍ ' er m osÍ br an r o b j e to d e e s p e c i a ls o l i c i tu d epor parte
da l g re j a.
Foi o pri rnei ro a t >bt erdo go'"'er noisençãode im post ospar a
ho.spi tai .s
de socorrr>ú pobr cza.
C i tanrossuaspropr ias palavr asde ur na car t a ao Pr clcilo t lc
u
de que olhar eis f avor avelm ent t : par a o
C esaróa:" E ,st< -lcerto
hospi tal dos pobres e o isent ar eisde im post í r s".
E rn C onsl anti noplaianr bemse desenvolveu nr Lr it oo socor r o
aos doentes e desan r par ados,gr açes ao zelo de S. Joào Cr isostomo.
D l ÁCO NO S - S . P e d ro o rg a n i z o uo s d i á c o n o sp ara so!^orrê -l o s (At os . V l. - l) .
Ig u al s er v iç opr es t a v a ma s d i a c o n i s a sà s m u l h e resnecessi tada s. S. Paulo c it a: F oeb e . M a ri a , T ri Í' e n a ,T ri Í' o s a ,P ri sci l a.comtr
t c n d o trubalhado r nuit o . (R o ma n o s , X Vl , l , 6 . l 2 ).
As viúr , usque dis pu n h a md e te mp o , a s s i mc o m o as' vrrgcns
quc se co ns agr av ar na D e u s . to m a v a m p a rte i rti v a n c sserocorr()
a p o b re s e doent es .
pr im it iva assist ênct a
D IA C ON IA S h XI TNO DO Q LJI , '\- A
prestadapel os di ácon <t sc diit conisaslevou o povo it deI t om t nlr
di aconi as os l ugares onde se r ecolhianr os doent es, qucr enl
casasparti cul ares,qucr enÌ hospit ais.
a nlaior dilusào da lgr cO grande núrnero de necessit ados.
j a, a exti nçi rodus pcrs eguiçt ) es.
lor it nt causit sde gr ande m o<jilicação ncl si stcrxade assist ência.
C onteçou esta a cent r alizar - seno bispado,cont r nst alaçòcs
rnai ores s pcnl anent es, sent elhaÌ lt csâos xcnodoquia gr egos.
cuj o nonre adotararrrO
. Edilo de M ilÀo t ll5) pelo qual Const anti no dava aos cri sti rosa liber dadede cult o, I 'echouos hospit ais
dedi cados a E scul ápi oc est im ulou a l'undaçàode hospil. aiscr ist iìos.
Grande núrnerod c bispost inham conhecim ent o dc m edicil ìa, o que os col ocavaduplar nent eent concliçòesde or ganizarc
ori entar a assi stênci a.
Os secul osl V c V t r Ì ar canlunl per iodo üe gr andc llor cscr rììcnto de hospi tai s.Ncles er it nt r ecebidos,alem dt r s docnt cs.
órl ' ãos,vel hos, al ei j ad ose per e{r inos.
Qu a n do pc ns aÌ lt osn a a u s ê n c i ac o n tp l e tarJ ss o c o rro orgl nrz a d o n ess a ópoc a, pod e mo s i m a g i n a r q u a n to h a v ra a l uzer e
c o n ro I'o i v er dadeir ar ev o l u ç ã os o c i a l o c o n j u n to d e scrvi çosde
assi stcn ciaor ganiz adoe ma n ti d o p e l a g e n e ro s i d a d edos pri r.nci ro s cri sti -r osHs
. s clr abalh o e n c o n tro u s e ri o so b s tá c u l osna perscgui çi ro rnov ida por jude u s e p a g à o sc o n tra o C rrs ti a ni srno.l .rês
s e cu l o sd u r ou aquele pe río d o .O p ri me i ro D i á c o n o , S anto E stêv à t>.Í'o ia pedr e. jado.
S . L o u re n ç o , d i á c o n o , l ' o i n ra rti ri zadonunta
gr e l h a .l 'e r r lir r ados os t rè s s e c u l o sd e p e rs e g u i ç à oo, i ntperador
C on sta n tinopublic ou o E d i to d e M i l ã o , d e c l a ra n d oa l grej a l i vre
para e xe rc er s uas at iv id a d e s .
Pô d e , ent ão, o m o v i m e n to d e a s s i s tê n c i ad e s envol ver-se
rnai s.Di rigi< J opelos bis p o sn a s s u a sd i o c e s c s .i n i ei o u a organi ./i l çiìo d e h os pit uise r c c ol h i me n to s .
Hrn ( c s t r c u. s ob S . Ba s i l i o ,o tra b a l h o d a s d i a c o ni sasD i Ìrccc
t er a ti n g ido o s c u apoge u (s e c u l o l V).
C.e l ebr iz < lu- srcì,a su a < l i re ç i ro Ol
, i mp i a . n ru l h e r dc grandc
v itl o r e capac idu< J cE. dL rc a d oe m A te n a s , te n d o v u s tosconheci t nc n to s n rédic os .S B as i l i o c rn p re e n d c uo b ra s d e ta l
.vul to que
ob te ve a u r ilio r lc 1- r r gìo sc c ri s tà o s .p o b re s e ri c o s .
V ID A R E LIGIOSA - A gr ande dilusâo do Cr ist ianisnr t 'r
s sc dcdicar
cnr R ortti tl evou mui ta s de suasr t r it isdist int asdanli- t a
Irt>servi ço dos pobres e doent cs.
A pos o E di to de M ilao puder antit s vir t uosasr om anast r ansl ìrrrnar seus pal áci oscr n casasde car idr r dc.
I)esti tcl m-secntre elas:Sant it l) aula. l- it Lr iolac M ar ccla. A
pri nci pi o reuni ül n-se pit r a esludos r eligit t sosc pr ( ) lilllt ) s.lì ( )
Monte A ve nti no. ond e r esidia M ar cela.
WAL L,S K A P A IX Ã O
I
H IS TÓR IA D A E N FE R MA C E M
Dir igia- lhesas ati v i d a d e sS . J e rô n i mo , n o m e d e notável bri l h o n a His t or ia da lg re j a , e d e g ra n d e i n Íl u ê c i a na drf' usãbdo
C ri sti anis m o.S ua t r a d u ç ã o d a Bl i b l i a p a ra o L a ti m, conheci da
co mo " V ulgat a" e un ra fo n te d e a p o s to l a d oe c u l tura cri stà ate
h o j e co ns ult ada.
Er a, pois , um gr u p o d e e s c o l ,a l i a n d o g ra n d e cul tura e educa çã o a elev ado es pí ri tod e s e rv i ç o . É e s te o p ri mei ro grupo de
n ru l h er es ,c it ado na H i s tó ri a , q u e s e d e d i c o u a estudos proI'undos.
SuasÍ ' undaç õess e d i fu n d i ra m , p ri n c i p a l m e n t en{ P al esti rra,
o n d e S ant a P aula Í ' un d o ua l g u n sh o s p i ta i s .l * a b i o l ase consagrou
a o s d o ent es no s eu pro p ri o p a l á c i o ,q u e tra n s Í' o rmouem hospi ta l , o pr im eir o Í ' unda d oe m R o n ra p e l o s c ri s tã o s .
MO NA Q UI S M O - En tre o s h o m e n s ,a l i b e r dade rel i gi osa
i n sp i rout am bem a m u i to s a i d e i a d e s e re u n i r c m contuni dadesa
se rvi ço da c r is t anda d e .
Já hav ia, ant er io rn i e n te ,p e q u e n o sn ú c l e o s d e horrrensvi rtu o so s ,que s e r eunia rnp a ra e s ti m u l a r-s en l u tu a mcntc u vi vcr tr
cri sti a nis m ona s ua pe rfe i ç ã o ,e s ta b e l e c i d o sp, o rem, enr regi Ões
d e se rtas Depois
.
do E d i to d e Mi l à o , e s s a sa g re mi a çÒcs
se e stabel e ccra m er n plena c id a d e e l o ma ra m n o v o i n rp u l so.For i .ssonos
ú l ti mo s t er nposdo lr n p e ri o R o ma n o .
O m ais c elebr e org a n i z a d o rd e ta i s i n s ti tu i ç õ e sl oi S . tsen1o,
co n h e c idoc om o " o p a i d o s m o n g e sd o O c i d e n te " , que vi veu no
Vl scc ulo.
R apidam ent eos m o s te i ro sb e n e d i ti n o ss e e s p al harüm,pri nci p a l m ent e na lt ália, n a F ra n ç a , n a In g l a te rra e n a A l emanha
'I'o rn u ranr - s e
c ent r os < l eg ra n d e p ro g re s s o .Os m o n gesl avravanr
l utcrn r, c ons t r uiamm o i n h o s ,d e rru b a v a mI' l o re s tas
e l abri cavanr
o h j cto s t lc r nadeir a:e o p i a v a n ì mu n u s c rrto su n ti g t-l se orguni zi rva m b i bliot c c ase es c o l a s C
. u l ti v a v a m p l a n ta sm e d i ci nai sc manti n h a n r s er ì ì pr eur n ho s p i ta l p a ra o s p o b re s .
Oc uplr v ar nc m s u a s l a v o u ra sg ra n d e n ú n re ro de canrponese s,I'or r r undous s ir nn ú c l e o sd e p o p u l a ç â o ,mu i to s dtl s quars se
to rn a ra r ì Ìpr ( r s per asc i d a d e s .
Or ganiz ir ç r ) c s e rn e l h a n te sI' o ra m Íè i ta s p a ra as mul heres.
L .i n l reo s pnr r c ir os bc rrc d i ti n o sc o rÌta m-s ed e z e n a sde i mperado-
res e rel s, assi mcomo rainhas,quc abdicar anìpar a ent r egar - sea
uma vi da mai s perfei ta.
U ma das caracterist icasnot áveisda nova inst it uiçào l'oi o
cui dacl ode associ aror ação e t r abalho num equilibr io pcr l'eit o,
sem excessosou ri gores desf avor áveisà saúde.
L,ssaprudênci a to r nou os nr ost eir osbenedit inos gr andes
escol asde vi da cri stã per f eit a. Sua inÍ luência na cr ist andade
ten' ì-semanti do através dos seculose par ece m esm o t or nar - se
r.nai spul ante em nossost em pos.
,
A S GR A N D E S A BADESSAS - Na dir eção dos convent os
I' enrj ni nos (que nl s i nter essampar t icular m ent e)est avamas abadessas.Mui tas se di sti nguir ar nna ciência e nas let r as,m as Lodas
trabal haramtambem de m odo especial,no pr ogr essodos hospitai s e dos cui dadosdi spensadosaos doent es.
S anta R adegunda- ( seculoVI ) - Deixou o t r ono de l- r ança e fundou um convent oespecialm ent ededicadoao t r at anr ent o
dos l eprosos,do qual se t or nou abadessa.
S anta H i l degarda- ( seculoXI ) - Nascidana Alem anha, e
conheci da como a S i b ila do Reno. De f am ilia nobr e, educada
num convento desdea inf ância,t or nou- seum a das m ais celebr es
abadessas,
di sti ngui ndo- sepelos seusgr andesconhecim ent osde
C i ênci asN aturai s, E nl'er m ageme M edicina.
E screveu sobre doençasdo pulm ão, ver m inose,ict er icia e
di senteri a.
D ava grande i mpor t ância à água em sua t dr apêut ica,r ecomendando aos doentes que a bebessemem quant idade, e às
enl ermei ras, que propor cionassemf r eqüent es banhos a seus
pacl entes.
C onta-sçque cons eguiucur as not áveise que seusconhecimentos medi cos sobrepujavamos dos hom ens m ais not áveisde
seu tempo.
OR D E N S MILITARES - Desde o seculoVll t inha Jçr usal em caído em poder do s M uçulm anos. lsso acar r et ou inúm er as
di fi cul dadespara os crist ãosque f aziam per egr inaçõesà Ter r a
S anta.Os Muçul manosos per seguiamdé t al Í 'or m a,que, pouco a
pouco, foi cresçendoent r e os povos cr ist ãosa ideia de liber t ar o
H IS TOR IA
D A E N FE R MA GEM
]9
túmul o de C ri sto. Foi est a a or igem das expediçõesnr ilit ar cs
ccl nheci dassob o notne de Cr uzadase iniciadasno século Xl.
,"
(t
E ssemovi mento, por sua vez, deu or iger na novasor ganizasob a Í 'or m a r eligiosa- m ilit ar .
çòes de enÍ' ernragem,
A s pri nci pai sÍbram: O s Cavit leir osde S. Joào de Jer usalenr .
os de S . L' azaroe os C a valeir osTeut ônicos. A pr im eir a t eve
i níci o com a fundação de dois hospit ais em Jer usalém .Seus
l undadores,rregoci antes
i t alianos,t endo vist o os sol'r inì cnt os
d( ) s
percgri n< -rs
persegui dospe los M uçulr nanos,cr iur ar r r ,par i. lsocor rê-l os, os htl spi tai sde S . João e de Sant a M ar ia M adalena: o
pri nre.i ropara os honrens,o segundopar a nr ulher cs.
R ecebendodonati vo sde gr ande núm er o de r icos cr uzados,
os C aval ei rosde S . Joi -roc onseguir amest endcrseusbenel'iciosa
di versos pai ses eul ropeus.Tor nar am - se t ão num er ososque sc
di vi di rarn em provi nci as,de acor do com as linguas I 'aladasnas
l Ììesnras.
C orn a expul sãodos cr ist àosde Jer usalem ,os L'avaleiros transl ' eri rürnseu pri ncipal ht lspit alpar a Rodes e r r r ur ;t ar ic
para a Il ha de Mal ta.
S ão por i sso, conhe cidos t am bém com o Cavalcir os dc
R odes e C aval ei rosde M alt a.
O hospi tal de Mal ta e r a luxuoso e t inha m il leit os. É pena.
porenl . que os usos e os conhecim ent osde higiene da epoca
sacri fi cassetna necessi d adede ar . sol e lir lpeza a inst alaçÕ es
anti -hi gi êni cas,de di fi ci l e r ar a linr peza.
A te o secul o X V l l ai nda se encont r avanìna L, ur opapequenos núcl eos dccadentesdessa ou{r or a Í lor cscent e.inst it uiçào.
U m dos grandesmereci ment osdessaO r dem I oi o cuidado car inhoso que di spensouaos Ioucos,cont r a t odas us ideiasc cost umes então em voga.
Os caval ei rosde S . Lazar o, Í 'undadospelos lr anceses,t anì bem na P al esti na,deram p r ova de gr ande dedicação,cnt r egandcl -seao tratatnentodos l epr osos.
Santa HíIdegarda
A i nda que anteri orm ent e,desde S. Basilio, t ivessehavido
al gumaassi stênci aaos mes m os,f or am os cavaleir osde S. Lázar o
os pri mei ros que se dedi car am sist em a( icam cnt ca essc nr ist cr .
WAL L ,SK A P A IX Ã O
Du rant e dois s ec u l o s Í' u n d a ra m l e p ro s a ri o s enr di versas
r e g i õ e se f or am os m aio re sre s p o n s á v e ips e l a s e n s i v eldi mi nui çào
do n ú me r o de lepr os o sn a E u ro p a .
Co mo elem ent ode v a l o r n o c o m b a te à l e p ra ,q ue se i ntensi Í ' i co umais a par t ir do s e c u l oXl l , c o n ta m-s ea s i n s ti tui çòesl -ranc i sca n a sO
. s doc um ent o sre l a ti v o sa o s l e p ro s o sn a l dade Medi a.
nre n ci o nar .gr
n ande núme ro d e l e p ro s á ri o se u m to tal assusta< j or
de i n te rnados .
Ju l ga- s ehoje, que m u i to s d o s s u p o s to sl e p ro s o s,como tai s
en ca mi nhadosaos lepr o s â ri o se, ra m s i mp l i s m e n tep ortadoresde
lesõ e ssi f ilit ic as .
C o m o as dem ais Ord e n s .o s C a v a l e i ro sd e S . L ázaro l oram
d e sa p a rec endoc om o a l v o re c e rd e o u tra s i n s ti tu i ç õcsnrai sconf o rme s às nec es s idadeds o s te mp o s .
Os Cav aleir os T e u tô n i c o s i n i c i a ra m s u a s a ti vi dades em
J e ru sa l emno c om eç o d o s e c u l o Xl l . P ro s s e g u i ra mn essetrabalho a te o s ec ulo X V , t e n d o g o z a d o d e g ra n d e c o n si dcraçàode
d i ve rso sm onar c as ,na Al e m a n h a .
ORDE NS S E CULA R E S - As c ru z a d a sn ã o a ti ngi ram seu
o b j e ti vo : t om ar o t úm u l o d e C ri s to a o s M u ç u l m a n o s. A bri ram,
p o re m, par a o O c ì den te , n o v a s p o s s i b i l i d a d e sd e comerci o e
no va Í'o nt ede pr ogr es s o .
Po r out r o lado, a p a z e ' à p ro s p e ri d a d ed e q u e gozavamos
cri stã o sf oi. par a m uit o s , o ri g e m d a d e c a d ê n c i ad a l ' é e dos cost u r'Ìl e s.Baix a de niv el mo ra l , e me s m o Í' ra n c a c o r rupção dos
co stu mes .ç ont r ov er s ia sre l i g i o s a sa, l te ra n d oe m c e r tosgrupos a
u n i cl a d eda Í é, f or am do i s m a l e sq u e s e a c e n tu a ra mn o i ni ci o do
s e cu l o Xlll.
l )a ra c om bat ê- los ,l ' o i S . I-ra n c i s c od e As s i s u m d os homens
pro vi d e n c iuis O
. out r o f o i S. D o mi n g o s .O p ri m e i ro , Í' i l hode unr
n e g o ci a nt ede A s s is , P e d ro B e rn a rd o n e ,e ra u m ra p az al egre e
el e g a n te,o idolo de s e u s c o m p a n h e i ro sd e l ' e s l a s .D e espi ri to
gen e ro s o, ni- r o c ons eg u i u i n te re s s a r-s ep c l o c o merci o, conto
de se j a vas eu pai.
Te n tou as glor ias m i l i ta re s , ma s u m a d o e n ç a ó obri gou a
r e n u n ci a r m om ent anei i me n teà s m e s ma s .Pro c u ro u , entào. mai s
H I S T O R I A D A E N F E R M A GEM
4l
el evado i deal . l mpressionadopelas palavr asdo L, vangelho,que
recomendamo desapegoàs r iquezas,r esolveuvivê- lasao pe da
l etra.
E m pouco tempo o ut r os vier am pedir - lhesor ient açàopar a
vi verem do mesmo nrodo,e assimcom eçou a O r dem dos l- r ades
Menores ou Franci sca nos.
N ão pretendeuS . l -r anciscoÍ 'undarum a or dcm par a cuidar
dos doentes. Os i rmãos se dedicavam a viver a per leição do
L,vangel hoe a pregá-lo pelo exem plo e pela palavr a. Sendo
assi m,nenhuma obra de car idadelhes er a est r anha.Conr eçar am
a vi si tar hospi tai s,onde alem de exor t ar os doent es,davam - lhes
banhos,curavam.l hesas chagas,ar r um avam - lhesos leit os.
A popul ari dadede S. Fr ancisco,ou m elhor , sua sant idade,
atri l i u-l hs tambem di scí pulos Í 'er vor osos.Clar a SciÍ 'Í 'i,dist int a
j ovem de A ssi s, pedi u-lhe um a r egr a de vida sem elhant eà dos
Frades.S . Franci sco atendeu- a,e em br eve llor escia o lc convento da 2s ordem, ou das r eligiosas,depois conhecidass<- rob
nome de C l ari ssas.
D e acordo com os cost um esda epoca,as lr m ãs não podiam
gozar da mesma l i berdadeque os f r ades.Viviam , pois, enr clausura. Mesmo assi m,coo per avamno t r at am ent odos doent esque
as procuravam,dando-lhesr em edios e Í 'azendo- lhes
cur at ivos.
S ó i sso seri a bastant epar a im or t alizar S. Fr ancisco r r a Histori a da E ,nÍ' ermagem;
muit o m ais ainda, por em , lhe devcm os.
P rocurado por pes soascasadasou r et idas no m undo por
outros deveres,que desejavamt am benr t om ar par t e na r enovaçâo cri stã i ni ci ada pel a s duas pr im eir as or dens, S. l- r ancisco
i nsti tui u para el as a Ord em Ter ceir a.
D eu-l hesuma regra de vida com pat ivelcom seu est ado.O s
membrosdas Ordens Ter ceir asse obr igavamà pr át icada per l'eição cri stã, mas não faz iam vot os nem deixavam seus lar es. H
assi m, o fermento da re novação espir it ual ia ganhando t t r da e
massa.Outros renovad or esim it ar am essainiciat iva. S. Dom ingos, cuj a ordem tambem m endicant e,t inha com o Í 'im pr incipal <- l
estudoe a pregação,teve em br eve,sua or dem t er ceir a.O valor
das ordens tercei ras foi enor m e par a o pr ogr essoda cnler m asem. S eus membros con sider avamum dever t om ar Dar t e nr : ssit
H IS TÓR IA D A E N FE R MA GE M
Membro de Ordem Militar
obra de rni seri cordi a,e gr ande er a o núm er o dos que t onlavanìir
si o cui dado de uns tan t os doent es,indo dr ar iant en{eaos hospitai s. Mui tos desscster ceir os er am nobr es.
S i ro l -ui s, R ei da l -r ança,St a. lsabel de Hungr ia, St a. lsabel
de P ortugal , pertenci a r n à O r dent T'er ceir a l- r anciscana,St a.
C atari na de S i eni L.à Dont inicana.
S _antaC atari na de Siena - Nir o se cont cnt xvü eor r rscr r ir
doentes no hospi tal . Pr ocur ava- os,abandonadospelas r uas ou
e provi de nciuvasua int er naçào.L. m l- 172,dur ant c
.e,qr.casebres,
uma epi demi a, trabal h ou ciia e noit e no hospit aldc Scala.I , ar u
ìronrarsua rnernori ae que o velho hospit alent r uinas I oi r cconstrui do secul os depoi s. Pode- se visit ar , ainda hoje. seu pobr e
quarto, onde se conservaa lânr padaque lhe scr lia par u pr ocur ür
tts doentes abandonar Jos
pelas r uas escur ijsdc Sienu.
C atari na de S i ena e ulì ì nonle que deve ser guar dado pelus
cnÍerrnei rasconl o unl a das m ais per l'eit asr ealizador asde seu
i dcal .
S anta l sabcl de Ììungr ia - Casadaaos l5 anos collì o. Landgrave da Turi ngi a, não abandonou,ant es int ensif icouseu int ercsscpel os pobres e doent es.Visit ava- ospela m anhã e à t ar dc,
bunhuva os l eprosos,l evava- lhesalinr ent os.Viúva conr quat r o
l i l hos, Í' oi expul sa do palacio pela sogr a e pelo cunhado. Desprcndi da cotrìo era do s bens t er r enos, nào se per t ur bou coln
i sso.V i veu o resto de seusdias na pobr ezaachandoai*r dant cios
dc a.;udaros nrai s pobr es.
Morta aos 24 anos,t eve t em po de encher sua cur l. aexist ênci a com boas obras que lhe im or t alizar amo nom e: na lgr e. 1a.
c()rÌ1osi ìnta, na H i storia. coÍ Ì Ì o elent ent o de gr andc pr ogr esso
srl ci al ; na E ,nÍ' errnagemcom
,
o unr dos seus nt ais adm ir ávcis
rnodel os.
B egui nas- Insti tuiçào bast ant eor iginal e a das lì eguinas,
cstabcl eci daenr Fl andres.algum t enlpo ant esdas or denst er ceiri rs. P odi am, as beguinas, com o as r eligiosas, t er vida ent
c()rìl l uìl C
. omo as terceir as,não l'aziamvot os, e podianr ,se pr el cri ssem.rì1orarcor.ÌÌsu a pr opr ia Í 'am í lia.Chegar am a ser m uit ( )
rìul tìerosas
(200.000)e pr est ar amgr andesser viços,quer nos hospi tl i s, quer a domi ci l i o. Alguns de seusest abelecim ent os
( t segui-
H I S T O R I A D A E N F E R M AGEM
WAL ES K A
P A IX Ã O
na g e s)s ão ainda enc o n tra d o sn a B c l g i c a ' O Be g u i n agede B rug cs. tru n s í or r nadoenl M u s e u , a p re s e n tua s p c q u c nascl tsasdl ts
be g u i n ast ais c or no er a m n a e p o c a d e s e u l ' u n c i o n amento.l -undu ra m-s eoulr as ins t it u i ç l )e sa p re s e n tl .rn dpoo l .l to sd c senl cl hança
c o m a s o r dens t er c eir a s ,tn a s n e n h u n ìa [e v c u re p e rcussìoutl i v e rsa l d a s < J eS . F r anc i s c o e S. D o m i n g o s . tl u c u ti ' nossos di us
i n d i v i d u a l e c e n tro s d e benel i ci t-rs
de per l è i ç ã < -r
s à o e l e n r enl- os
so ci a i s.
INF LUE , NCI A Á R AB E N A M ED IC IN A - A queda de
R o ma d et er m inou o ê x o d o d a m a i o ri a d o s h o m e n s de ci ênci a
p a ra o B iz ânç io ( depo i s C o n s ta n ti n o p l a ),h o j e ' l s ta mbul , desl oca n d o a ss im ,por algum te m p o , o c e n tro d a c u l tu ra m edi eval .Os
á ra b e srec olher am as tra d i ç õ e sl i te rá ri a se c i e n ti Í' i casda E scol a
b i z.a n tinae s er v ir amde tra ç o d e u n i à o e n tre a c i v i l i zaçàogrecoro ma n a e a m oder na. A u x i l i a d o s p o r e l e m e n to si s rael i tus.ensi na ra m p r im eir o em B a g d a d e D a m a s ç o ,p a s s a ra mao C ai ro e a
onde f undar a m a s u n i v e rs i d a d e sd e C o rd ova, S evi l hae
L ,sp a n h a,
To l e d o . E m B agdad, n o s e c u l o X, h a v i a d o i s v a s to shospi tai se
. m e s mae p o c a o s h o s p i ta i sd e Damascoe do
80 a rn bulat or iosNa
C a i ro e ram os m ais im p o rta n te sd o mu n d o ' F o i p e n a que dessem
p o u ca i m por t ânc ia à o b s e rv a ç ã oc l i n i c a tã o re c o mendadapor
H i p ó cra t es . Na t er ap ê u ti c a i n tro d u z i ra m g ra n d e s progressos'
r m a Í' a rm a c o p e l ae a envl ar as
t-o ra m os pr im eir os a e s ta b e l e c e u
re ce i ta spar a s er em pre p a ra d a sp e l o fa rma c ê u ti c t l .
l n tr oduz ir am na te ra p ê u ti c a : c â n Í' o ra , s â n d a l o, rui barbo'
qu a ssi a,ac ônit o, m ir r a , m e rc ú ri o . l n v e n ta ra m o a l ambi que e a
de sti l a ç àodo álc ool.
Tra duz ir am div er s a so b ra s me d i c a sd a a n ti g u i d ade.E ntre os
me d i co s m uç ult nanosd i s ti n g u i ra m-s e :R a z e s , (s e cul o l X ) quc
p ro cu rou r eat ar as t r a d i ç õ e s d e H i p o c ra te s ' C o n heci a bem os
a u to re s ant lgos .
Haly A bas - ( s e c u l o X ) e s c re v e uu m tra ta d o de medi ci na
q u e í'o i dur ant e um s e c u l o o l i v ro o fi ç i a l .
Avic enas- ( s ec u l oX I), fo i d i re to r d o h o s p i ta lde B agdade
pu b l i cou t r abalhoss ob re rn a i sd e c e m a s s u n to sc l ' oi cognomi nado o "P r inc ipe dos Me c l i c o s " . F o i u m d o s s á b i o smui s notávei s
45
do Ori ente, pel a extensãode seusconhecim ent os.É consider ado
o A ri stotel esÁ rabe.
A l bucasi s- (sec uloXl) cujo t r at ado de cir ur gia Í bi adot ado ate o R enasci men t o.
A verróes- V i veu no seçuloXI I . Celebr e m édico e l'ilosoÍ o.
Levou à E spanha novos conhecim ent osm edicos e Í 'ilosol'icos.
Foi grande comentador de Ar ist ót eles. Seus escr it os t endiam
fortemente para o ma t er ialism o.For am , por isso, condenados
pel a U ni versi dadede Par is e, post er ior m ent e,pela Sant a Se.
E S C OLA S D E MEDI CI NA - Dar am da t dade M edia os
agrupamentosde _esc. olas
de ençino super iorsob o t it ulo de Universi dade.A prrncípi o o ensino er a exclusivam ent edado por
Ordensrel i gi osase pelo cler o secular ,passandopouco a p, oucoa
admi ti r professoresl eigos.
A ni ai i anti ga escolade m edicina da Eur opa, na ldade M edi a, foi a de S al erno,na t t ália, conhecidacom o. 'Civit as Hipoçráti ca" .
N o secul o X sua l am a se est endiaat e a Fr ança e a lnglat er ra. C onstanti no,o A fricano, gr ande poligt ot a,í êz- sebenedit ino
e traduzi u, para S al ern o,livr os de gr ande valor que lr ouxer a do
Ori ente. A E scol a de Saler no t eve m uit os out r os pr oÍ 'essor es
emi nentes,entre os qua isdiver sasm ulher es.Ent r e est asm encionaremos:Trotul a, que acr escent ounovos pr ogr essosà ginecologi a e à obstetri ci a. A b ela, M er cur iades, Rebeca, Const ant ina
C al endaensi naramtambem na m esm aescola.A escolade Saler no di fundi u pel a E uropa os pr ogr essosint r oduzidospelos ár abes
na medi ci na;foi a pri m eir a que m at r iculou alunosleigos.Levou
a hi gi enea grande progr esso.Ent r e os docum ent ossobr e Saler ,
no temos: o " R egi men Saler nit um ", conr pêndiode r eceit asem
versossobre hi gi ene e diet et ica, o "Ant idot ar ium ", f or m ulár io
compl etadopor uma ta bela de pesose m edidas,um dos pr im eiros l i vros i mpressosem Veneza.O ut r as escolasde m cdicina se
l ìrran.rabri ndo nas di ve r sasuniver sidadesda Eur opa.
Menci onaremos:Mont pellier ( 738)já celebr e no século X,
l ' ari s (secul oX II) na Fr ança; Bolonha e Pádua.Sienae per úsia
(sccul osX l l e X III) na lt ália.
IIIS TOR IA D A E N FE R MA GE M
4'1
S al amanca,C ordova e Tol edo na Espanha;O xí 'or d ( seculo
X II) na Ingl aterra;C ol ôni a, na A l e m anha.
' D essesdi versoscentros, freqÍient adospor alLr nosdc vár ias
nacìonali dades,i rradi avanr-se
as novascon( .uÌr . sÍ
lt s r t r cdicas.algumas das quai s de grande val or.
Quando se i ni ci ou o peri odo ch am ado Renascim ent o,gr ande foi a contri bui ção da rnedi ci n a par a o br ilho dessaepoca,
servi ndo de base a posteri oresrea lizaÇôcs.
D urante a l dade Medi a a E uropa Í - oialacar lupor t . r ê-t$cr r í vei s Í' l agel os:a l epra, a si fi l i s e a p est e br r bt r nica.
A pri mei ra l oi trazi da do Ori en t e e alast r ou- scpela Hur opa
no secul o X l l l .
na populaçào
N o secul o X V , a si fi l i s l ' ez gra ndes L- st r agos
curopei a, embora j á se usasseo me r cúr io pr ì r a seu ir at am ent o.
l :nl ' i rn,a peste bubôni ca no secul o XVl, invadiu os por t os quc
comerçi avamçom o Ori ente e ati n giu m uit as r egiòes.
D E C A D E N C IA D A ENFERM AG HM
'íÍfir+
Santa Catarína de Siena
P areceque o progressoda med icina e a <liÍ 'ur iirdc
o hospit ais
dcveri a, l ogi camente,l razeÍ à enf' er m agemaquisiçoesde valor .
N o entanto i sso não se deu.
A peri odos de fervor rel i gi oso,sucediam - seout r os de r ela,rarnento.S endo a enfermagenl ,nesset enlpo, l'unçàoexclusiva
tl a l grej a, a bai xa do espíri i o cri stã o r epcr cut ia sem pr e sobr e a
quanti dadee a qual i dade das pess oasa ser viço dos enl'er m os.
tambem os donat ivospar t icular es,o que obr iE sçasseavanr
g:rvaos hospi tai sa restri çõesseri a m ent cpr c. ludiciais.
(-.
A l i mentação escassa,Íal ta de r or r pa c de leit os, t ais e r an. t
:rl gurnasdas del i ci ênci as.H ortve ho spit aisque chegar anra uliliul rr grandes l ei tos, onde erunr col ocaclossr : isdoent es dc um a
vt/.
l )ouco a pouco a decadêncras o ( or r ì ou cluaseger al. Aqui c
:reol l i ai nda se encontravam pessoasgcnçr osase capazesque
l ìr(ìcuri tvamrenredi aressatri stc si t uação.I 'ouco, por enl, conseessesesforçosi sol ados.
1Ìrri ri rrn
WALESKA PAIXÃO
e
F oi pr ec is o que o ma l to ma s s ep ro p o rç ô e s assustadorâs
que
um
esl
'
orço
p
a
ra
l
g
re
j
a
,
d
a
pr
o
p
ri
a
u
n
i
d
a
d
e
fo sseque- br adaa
co e so pus es s eum d i q u e à d e rro c a d a e a b ri s s en ovos rumos as
a l ma s c apaz esde el e v a d o si d e a i s .
AS M ISE R IC O R D IA S
Seria injusto passarem silêncio uma iniciativa de valor' tanto
ma i s not áv el quant o m a i s c o n tra s ta v ac o m a d e cadêncrageral '
Re fe r im o- nosàs Co n fra ri a sd a Mi s e ri c o rd i a 'q u e tanto bem realizaram e m Portugal e suas colônias. Deve-se sua Í'undaçào a
Fre i M iguel de Con tre ra s ,re l i g i o s oe s p a n h o l 'A l c Í' oi I' undada
e m Lis boa.
E nc ont r ou F r e i M i g u e l u m te rre n o a d m i ra vel mentepreparado para Íeàlizar seus planos' O povo português exerçera semp re a s obr as de m is e ri c ó rd i a ,o q u e s e i n te n s j Íi c oucom a prol und a i n f luênc ia dos D o m i n i c a n o s e F ra n c i s c a n o s .
O bt endo o apo i o d e D ' L e o n o r, ra i n h a d e P ortugal , l -rei
C o n tr er asapr ov eito u u m v e l h o ç a s a rã oe n e l e i n stal ouo H ospi ta l d e Nos s a S enho rad o AmP a ro .
P ar a m ant er v i v a a i n s ti tu i ç ã o ' fo i fu n d a d a a C onl ' rari ada
Mi se r ic or dia a l5 d e a g o s to d e 1 4 9 E.
S e nenhum a no ti c i a te mo s d e e n s i n od e e n fermagemnessee
, n d a dos no R ei no c
n o s out r os es t abele c i me n to s e me l h a n te sfu
n a s Colônias , s abe mo sq u e a s c o n fra ri a s ,to m a ndo a seri o seu
p ro g r am a de pr át ic a d e o b ra s d e mi s e ri c o rd i a ,l evavam os seus
a sso c iadosao ex er c i c i o d e m u i ta s a ti v i d a d e sp ro pri as de enl ' erma gem , e a c ar ida d ec o m q u e s e d e d i c a v a mc e rtamentecontri b u i a par a' m ant er a e l e v a ç ã od e s s e sm i s te re se a efi ci ênci acomp a tív el c om os r aro s c o n h e c i mç n to sd a e p o c a em materi a de
e n fe r m agem .
A lem dis s o,qu a l q u e r n ú c l e o d e p o v o a ç ã oi n i ci ado em col ôn i a s por t ugues aspr o c u ra v a l o g o te r a s u a Sa n taC asa de Mi seri co rdia.
E s s asf undaç õ e s ,a p o i a d a s n o e x e Írìp l od a l e S anta C asa,
buscavam logo apoio dos poderes públtcos' que não se recusa-
H I S T Ô F . I AD A E N F E R M A G E M
vam a essacooperação.A pesa r de não ser em os pr im eir os est abel eci mentoshospi tal aresque r eceber amauxilio ol'icial,par ece
que foi a pri mei ra organi zaçã oem que essacooper açãose t or nou habi tual .
B astari ai ssopara dar à cri açãode Fr ei M iguel de Cont r er as
l ugar de destaquena evol uçâo da assist ênciaaos doent ese, por
consequi nte.na da enl ' ermaqe m .
E V OLTJÇ Ã O DO S HO SP|TATS
E ntre os hospi tai sdo temp o ant esde Cr ist o, dist inguiam - se
os da Indi a. pel a sua organi zaçãoe nt elhor com pr eensio do
cui dado i ntegral do doente.
D e seus regul amentos,po der iam os copiar nr uit os pont os,
crn pri ncípi o perfei tarnenteap licáveisaos hospit aism oder nos.
l l ri s como: as exi gênci asmorai s e cult ur aispar a os enÍ er m eir osc
rrsdi straçÕespropot' ci onad;rs
aos doent es.
N os pri mei ros secul soda er a cr ist ã, iniciou. . sco pr ogr css( )
c()nstante,durante secul os,do pessoala ser viço dos doent es ç
tl i rs i nsi al açõeshospi tal ares.
A i nfl uênci a das romanus, a aut or id; r dee a cont pet èneia
rrrúdi cados pri rnei ros bi spos, a cont r ibuição nr onást icac dus
ordcns tercei rastai s foram os p r incipaisÍ at or esde pr ogr essoat e
o sccul o X l .
A c< l l hendoa pri nci pi o tod a especiede necessit ados.
lor anr
rrs hospi tai s,pouco a pouco, d eixando a out r as inst it uiçocsos
ctrrd;r,l osde orfãos, mendi gos,velhos, inválidos,r eser vando- sc
rl )crìi tsos doentes agudos e, em alguns casos,os cr ônicos.
Já no secul o V l vemos o inicio de num er osasI 'undaçÒ cs
hospi tal ares,como: o H otel Dieu de Liào ( 5. 12)c o de Par is
((r5l ), o hospi tal do E spíri to Sant o, em Rcm a ( 717) os de S.
I' ctl rtr e de S . Leonardo na In glat er r a ( 936) .
 s l r.rnãsdo E spi ri to S anto I 'or ; r mas pr im eir asa ocupilr - \ c
r' rt l trsrr:trììcntede h,)spi tai s.
() l l ospi tal do E spi ri toS ant o,enr Rom a, Í oi const r uidopar r Ì
' .r' rvi rtl c padrâo a outros e, de Í 'at o,t eve im it ador es,enì divcr sos
I I I S T O R I AD A E N t - E R M A G E M
pui ses,que construi ram hospi tai ssemelhant ese conì o m esnì o
I l ( ) tÌl e.
que ser viam
D urante al gunssecul os,as l rmâs Agost inian: r s,
rrs< Joentes
no H otel -D i eu de P ari s,de r am o exenr ploda nt áxint a
tl cdi cação.
A s i nfl uênci asmi l i taresdas C ruzadas,no seculo Xll, assinr
u()rnoos trabal hosdas ordens tercei r asa par t ir do seculo Xlll,
rrrtroduzi ramno servi ço hospi tal argrande núm er o de secular cs,
crnbora conti nuassea caber às orden s r eligiosasa r esponsabilirl rrdemai or.
C onstruÍram-seedi Í' i ci osgrandi o sospar a aquelacpoca, pr ocurundo seus construtoresproporci onar aos doent eso m áxint o
etl nÍ' or1o.
A fal ta de conheci mentoda hi gi ene,por em , nào lhesgar antra a aeração e a l i mpeza desej ávei s.
A decadênci avei o com a bai xa do espir it o cr ist ào.
D eçai u o servi çodos doentcse ate o nt aisr udim ent arasseio
sc [()rnou raro.
A R eforma, expul sandoas rel i grosasdos hospit ais,pr ecipr torr ai nda mai s o peri odo negro da enÍ 'er m agem .
A l em das tentati vasde al gumasor densr eligiosas,dedicadas
;roscl oentes,podemosmenci onar,con r o eslor çosde r eint egr art t
scrvi çohospi tal arna sua forma pri mìt iva de r eì at ivaper Í 'eiçào.a
Irrrrdação
das Mi seri cordi asno secul oXVl, das lr m ãs de Car idai l c no secul o X V l l e das D i aconi sasd e Kaiser swer t hno seculo
.\tx.
l j i nal mente,o arroj o de Fl orçnce Night ingalee o desenvoÌ vi rrrcrrtode urna mental i dademai s social,em nossoseculo,viet;uÌì trazer para os hospi tai s,não so mais vast a cooper açãool'iri rrl , construçÒeshi gi êni case confortáveis,novasc m ais el'icienl cs rl rgani zações,mas aínda, como fat or pr eponder ant e,pr oÍ 'issl orÌl ri sde el evado padrão cul tural .
B IB LIOG R A F I A
Médíco do Século XVI
l)
l )r'. l :ugtne S arnt Jacquesrrrrrr,Montreal , l 9-ì-5.
H i stoi re de l a medec i ne -
h.di tronsB c auc l rt
52
\\ AI- t.. S K A P A IX Ã O
2 ) Dr. llc n n [ ì o n - P r t c i s d c M cd e cin e ( a th o lr q u e- l- clr x Alcan, 19J6.
.ì) Nov o' f ' j s t a Ì n e n t o : / \ l o s cìo sAp itsto lo s; Ep tsto la d c S. Pa u io aos R omantrs.
.l ) L. uc yR i d g c l y - A G c n c r a l h isto r y- o íNu r sin g - I- a b cr & I- a ber, 1912.
5 ) Doc k a n d S t e w a r t- S h or t Histo r y o f' Nu r sin g - Pu tn a m ' s Sons,N ew york.
t 9li
ú) Lliz an c t h J . S e w a l l- T r e n d s in Nu r sin g llr sr o r ) ,- \À . ts. Sa udcrs,l 9.tl .
7 ) M aria S [ i c c o - S . Í - r a n cisco d c Assis - T r a d . d c Ar m a n do Más Lci tc.
Voz c s d e l , c t r ó p o l i s , 1 9 .1 0 .
l J ) Pc dro N a r l r - C a p i l r r l o sd e Íì. d a M e tìir .in an o Bn tsr l - Scpufi tti ì<j o tsrasrl
l\ lc 'dì e o ( r r u r g i c o , I L ) . 1 9 .
9 ), { us t in, ,, \ n n c L . - H i s t or y o l Nu r sin g So n s [ìo o k Nc rr Yr r r k .
I 0 ) Nt ruv ca u L a r o u s s cc i a s s iq u c- ;l+e d r cà o .
C. P. l,u tnant'sS on: -
UNIDADE IIJ
PERIODOCR.ITICODA ENI-ERMAGEM
l ìl :FOR MA R E LIGIOS A * A dim iuiçào do €spir it o cr ist,to cri gi a uma reí' orÍna,não de sua dout r ini. rque
,
est á âcinla das
( ()rì1i l ìgênci as
humanas, mas dos individr r os,cujo al'ast anlent o
rl os pri nci pi os cri stãosera causa d a decadênciager al.
l :spi ri tos de escol compreend er amisso e se ent r egar anli
rr' l orrrrade si mesmos,dando ass im sua cooper açàoà r el'or m a
rIrs tl urìai s. A uni ão de esl ' orçose idcais sen'ì elhant es
levou à
( I r:rç:ì()
de novasi nsti tui ções,ou .a Í eÍ 'or m ade out r as.já exist entcs. tl c nl odo a mel hor atenderemàs necessidades
dos t cm pos.
l )or outro l ado espi ri tosmenosposit ivos,ao pr ot est arcont r a
,rl rtrsos.
i trrastarama cri standadeà quebr a de sua unidacie.
N o i ni ci o do secul oX V I, Martinho Lut er o, m onge alem ão,
l i i l rÇ t)r,r
o gri to de protestoque val e u a cle e a seusadcpt os,assin]
( rrrÌl (ìi r()sdos mui tos grupos que se diÍ 'er enciar umcm seguida,o
nr)nrc8cnéri co de protestal l tes.
l ul sro, na A l emanha; H enri que Vlll, na I nglat er r a; Calvirri l , rr:rS ui ça,foram os pri nci pai schel'esque pr ccipit aianl divcr ' ,,rrrl rçr)cscuropei asnunra reíorma cujo m aior pont o de conlut o
t' ri r srr.rscl )araçàoda l grej a de R ont a.
(' tl rn ei ei to, em.pouco tempo, senãodescieo inicio, os t r ês
I r' l urnìi rdorcs i mpri mi ram di í' ercn iesor ient ações,i. t osdivcr sos
prttl )r)\rcl i gi ososquc di ri gi am. N ào cabe aqui est udarsuasdou-
\IA LE S K A
55
P A IX Ã O
tn n a s , e s im a r epe rc u s s ã o
d e s s e smo v i me n [o s sobre a
enl .er_
tn a g enl.
Com o em t odo m o v i m e n to v i o l e n to ,
o _ q -re Íormadores
l bram
ma i s r ongedo que pre te n d i a m .
A s s i m, re n u n c l a n d oao C atol i crs-
lï""r|j;J#i.:
a Ingtarerra
_ principal1nenre
esraútrima,
girìo-oíìciar r;*ri.j"',ïi :;'1 ïiï fl:ïii""[i'
ffinïn: ::j:
g ro sa sque s e dedic a v a m
a u s d o e n re s . N a o d i s p Jnàï" rrr"
ï.
n e n h u m a or ganiz açi ìo , re l i g i o s a
u u -" 1 " ,g u ,p a ra substi tui -l as,
to ra n r obr igadas a Í ' e c h a r
g i a n d e n ú m e ro d e h o spi taÌs.
S o na
In g l a rer r aior am f ec h a < l o s
Ãa i s ,1 " ;;i .Ent r e os r es t ant e sfo
, i p re c i s o ,O a n o l t"
p a ra o di a, recrutar
p e sso alr em uner adop a ra
o s e rv i ç o d o s d o e n te s .
O s er v iç o er a pe s a rl o ,o ," .r* .o r:a o
absol uta .
í'a l ta -deor ganiz aç ãoe s u p e rv rs à o .
" r.o rru,
O pes s oalque s e a p re s e n ta v a
e ra o m a ts b a i xo na escal a
.
so cíu l , de duv idos a m o ra l i d a d e .
N ;;r;
c o n d i çÒcs. r_rsmai s
p o b re s doent es , enqu a n to
[i v e s s e ma l g u e m p a ra cui dá-l es
enì
su a s p ropr ias c as as ,m e s m o
m a l a l i m e n ta d o se d e sprovi dos
de
co n fo rto, r ec us av am _ s ae i r
p a ra u m h o s p rta í.
Os pr et ens ose nf e rm c iro i A .rr.,
.rìo d e l e c im c n tos déi xavam
os d o e nt esm or r er ao a b a n d o n o
. f f,.r.^ i o rq u ra m g orJetas,
mes_
mo a o s indigent es .I m p e ra v a
a fa tra o " À i g i " n .. Ã .;;i i l
;;
de te stá v ele ins uf ic ie n te .-N ã o
h o " i ; ;u ;*
s e i n te rçssasseem
'amenízaros sofrimentos
físicos ,riio *"nos os morais.
tsse
t ip o d e " enÍ èr m eir a" e b e m
d * ;ri" ;;;;r
C a rro s D i kens enr seu
fivro "Marrin Chuzzt-e.wit...
Sarey è;;;,
ì norn. que dá à sua
p e rso n a gemainda
,
hoje s e rv ep a i a d e s i g n a ra p s e u d o
enÍ.ermei ra
rg n o ra 4t ee s em ideal.
.Fo ì, v er dadeir ame n te o, p e ri o d o c ri ti c o d a e n Í.ermagern.
Na Fr anç a, a inf il tra ç â o ' .o tu i n i rto ,' rp e s a r
d e g rande, não
ch e g o u a t er um c unho n u " ;o n o i ,
J ta " re ra n i smo na A l e_
ma n h a e o A nglic anis m o
ã rï
n a l n g l a"te
rra .
Pa ra es s e pais , o. v e rd a d e i ro
p e ri o d o c ri l l c o l bi o que
se
s e g u ruà Rev oluç ão.pio r q u e
u ro i u tu ã .-re l i g rò e s ,l bi
unra l uta
que se rns pir av ano m at e ri a ri s m o ;
c o mo c o n s e q ü ê n c i ai medi ata,
v e i o a e xpur s ãodai r eli g i o s a r
l ' " ri rr." l "
e s s ep e rÍodo-nâorbi
IIIS TOR IA D A E N FE R MA GE M
suas devast açòesso lent ut t t ct t t c
tl c l onga < l uraçl to' el nbora
tcnhanr si d(),c:tn pi Ìrte, repar aoiì s'
( ) t p". l_l: :
D B TR E N TO - Par a esclar eccr
coN cl Ll o
nccessar
las
as
pel os prot est ànt esc t om ar
doutri nári osataca< Jos
pclo
convocado
f
'oi
para a rel ' ormarJoscost unt es'
nrovi < Jênci as
llJ anos'
conci l i o dc Trento' Dur ou o m esr ì 1o
ï' ;;;
cot l. t
"
loi est uda<Ja
A questi ìo da assi stênciaaos enlcr nr os
r
econr
cndldas At as clessc Ct lnçilio:
grancl ccui tl ado. C ' r-rttstatn
dos
organi
za çir o't r lit r t ut ençioe lt sculizuçir o
pari
t
aos bi spos
çt-rcs
ser
que
pelos
a ser enl obser vudas
scrvi çoshospi tatares;
' " gtut par a a assist ênciaespir it ual nt ls
u" nl ' u, doentes; ori entaçÕes
e r elr giosasa ser viçodos
hospi tai s,bem conro pi ìra' os"ligiot ot
doentcs.
r elbr m a do cler o e l't snì ulE ssasori cntaçòes,assi mcom o a
do povr >'l'or am .o ponlo
tas i nsti tui çoespara rnel hor l'or nr açào
r cligiosasdedicadas a
cl e parti < 1ade nutnerosasorganizaçòcs
c n I'ernl agctn.
O s ir m Àosde S' Jt - r àode Deus'
A ssi n.r,di r(anrdo secul oXVI :
aos doent es m ent ais;os ir nlàos
que se dedi cavanrespeci al ment e
auxilio espir it ualt Ï ': 1] :
de S . C ami l o de L' el l i s,que p r est avam
Car los' as Ter ceir asI - r anct scasi onal aos tl ocntes;o' i r' tãs de S'
out r as inst it uiçr ies'm eios de
nas regul ares'l ' oram entre t ant as
Do
m eno- squant o à dedicaçào'
el evação da enl .ertnagem'a o
m
om
ent
o'
no
se
cogit
ava
vi statecni co-eci en t iÍ 'ico'nào
;" ;;;
cr
iaçào
a
XVll' dcvem os
A S . V i cenrc dc P aul o' no século
adiant
adaspar a a epoca' quc
e
t
ão
pl
anei
adas
de cbras tão bem
de pr ecur sor da enl'er m agem
o tcìrl ram nterecedor áo tit ulo
modcrna.
B íB LIOG R A F IA
B eauc heHi s toi rc de l a Mc dec i nc - Ldi ti ons
l 1 D r.'Lugcne S i rrntJi tuquesmi n, Montrel l . 1935'
C athol i que - Fel i x A l c an' l 916'
2) D r. H enri B on - P réci sde Méd ec i ne
I-abc r'
l
{
i s tory ol N urs i ng - } ' aber and
31 Lucy R i dgcl ;-S eyrne' --Ã C "n ttol
r932.
W AL E S K A P A I X Ã O
J)
,"U Srcwa rr- Shor tHis t or y
ol. Nur s ing
_ pur nanì.Ss o n s ,
N *v y o r k .
,ïïl
A
las
d 0 Co nciliodc Tr enr u.
-))
ót Liiz;rh cth
J. Scu all- T r endsin Nur s ing
His t or ;_, t v . S.Sa u <l e rjs9,J l .
UNIDADE IV
PRECURSORES
DA ENI-ERMAGEM MODERNA
N enhurna obra soci al e digna dessenom e se não pr ocur ar
ati ngi r uma fi nal i dadeeducat iva.O m er o r em ediarde desajust amentos, corri gi ndo com e sm oias e socor r os sit uaçõescr iadas
mui tas vezespel a defi ci èn cia das est r ut ur as,e m ais ainda pelo
egoi smode mui tos,e esfor çosem r esult adosdur adour os,sem pr e
recomeçado,sem marcar n enhum pr ogr esso.
Na iniciativa de S. Vicentede Paulo em prol dos doentes e
desamparados,
encontránr - r éiãaos os elem ent osde um a inst it uição soci al .
V i veu S . V i cente numa epoca agit ada.A Fr ança, devast ada
pel a guerra dos 30 anos, esm agavao povo com im post osexcessi vos.
A mi seri a era grande; a pr ecár ia assist ênciadisp'ensada
aos
doentes em estado grave er a insuÍ ì cient e par a conÍ or t ar os
pobres,nos quai s cresci a o sent ir nent ode am ar gur ae de r el, oit a.
S . V i cente, sacerdoteobscur o, f ilho de pobr escom poncses,
i nteressou-se
de tal modo p elo povo que veio a ser I 'undadorde
i nsti tui ções' decari dade de t ipo int eir am ent enovo, çapazesdc
eìevar a enfermagem a nivel jamais alcançado anteriormente e
de àdapta.r-seaos progressosposteriores da prol'issâo,
A pri mei ra de suas i niciat ivasf oi na pequena par oquia de
C hati l l on l es-D ombes,da q ual f oi vigár io por alguns m eses.
WAL ES K A P A IX Ã O
D e sdeo inic io de s u a sfu n ç õ e s ,e m l ó 1 7 , d e d i c avaboa parte
d o te r.npoa v is it ar os d o e n te s . M a s n à o ti n h a a i n da nenhurna
i d ei a d e as s oc iaç ãode p e s s o a sp a ra c i e s e m p e n h atambem
esse
r
mi ste r d e m odo or gan i z a d o .
U m ac ont ec im en toi n e s p e ra d ol e v o u -c à Í' u n d açãoda C onfra ri a d a Car idade.
In Íbr m ado de que u ma Ía m i l i a p o b re e d o e n te se achava no
ma i o r abandono, Í bi v ê -l a c re c o me n d o u -aà c a ri dade dc seus
p a ro qu i anos .
Ve n do o int er es s ed e s p e rta d o ,re s o l v e u c o o rdeni -l o para
qu e o s s oc or r os não fã l ta s s e me íb s s e md i s tri b u i d osoportuname n te .
Trê s dias depois r e u n i u v á ri a ss e n h o ra se l h e s p rcpôs Í' undare n l u ma as s oc iaç ãop a ra s o c o rre r o s d o e n te sd a pari tqui a.
Al i st ar am - s e onze s e n h o ra s . D e p o i s d e o ri enta-l as três
me se s,deu- lhesos es ta tu to sd a C o n Í' ra ri a .
Fu ndada em agos to ,j á e m d e z e mb rod e 1 6 1 7 ,e ra aprovarl a
p cl tr a rcebis pode Liã o .
L o g o nos pr im eir o s te mp o s d a Í' u n d a ç à o ,a cl ' i ci ênci acl a
Co n Í'rar ias e m aniÍ ' es t o un u ma e p c c a d e Íb m e , s e g u i dade epi demi a d e p es t e.Cons egu i ure s e rv a sd e tri g o , o rg a n i z o ua di stri bui ç ã o a o s pobr es .
Du rant e a pes t e,e s ta b e l e c e ul ' a rm á c i a se c o z i n hasespeci ai s
pa ra o s doent es , que a s s e n h o ra sv i s i ta v a m e tra ta vam com a
ma i o r ciedic aç ão.
Ao es pir it ogener o s o ,e s c l a re c i d oe o rg a n i z a d orde S . V i cent e d e Pa ulo não pas s oud e s p e rc e b i d oe s s ere s u l t.a d o.
P ensoul ogo
q u e e ss aex per iênc iap o d e ri a s e rv i r d e b a s e a [' u tu r ase nrai ores
r e a l i za ç ões .
C h a m ado, pela s e g u n d av e z , a o c u p a r o c a rg o d e proÍ' essor
d <l s fi l h os dos Condes d e G o n d i e C a p e l ã o d a C as4, resol veu
t e n ta r a m es m a ex per i ê n c i ae m m a i s l a rg a e s c a l a .
O C onde de G ond j p o s s u i ag ra n d e sp ro p ri e d adesagri col as
o n d e S. V ic ent e c om e ç o u a e s ta b e l e c e r,e m c a d a al dei a, uma
Co n fra r ia. A S r c de Go n d i fo i s u a s ra n d e c o l a b o ra dora.
D e p ois da m oi: [ ed a õ o n d e s s ad -eG o n d i . S . Vi c ente Í' oichama d o a out r os t r abalh o sq u e o c o n d u z i ra m a P a ri s.
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S. Vicente de Paulo
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WAL L ,S K A P A IX Ã O
H I S T Ô R I A D A E N F E R M A GEM
A m is er ia a s oc orre r n a g ra n d e c a p i ta l e ra e n orme.
As p r ir neir ast ent a ti v a sÍ' o ra mme n o s í' e l i z e sq u e nasal dci as.
Mu i ta s s enhor asde alt a s o c i e d a d eq u e s e a l i s ta ra mnas C onÍ' rari a s, ti n h ar n dif ic uldad e se m s e rv i r o s p o b re s a d o m i ci l i o, crÌìbora mu i ta s Í bs s em v er d a d e i ra n re n tec a ri d o s a s .
O rec r udes c im en Í.o
d a p e s i e , q u e i n v a d i a h o s pi tai sc caseb re s a ss us t av aos m a ri d o s d a s a s s o c i a d a s A
. s s i n r, apesar das
gra n d e ses nì olasr ec eb i d a s ,Íã l ta v a p e s s íJ apl a ra s u a di strrbui çào
e o se rviç o dos doent e s .
Fo i es s aa hor a de o u tra re a l i z a ç à od e S. V i c e n tc: O l nsti tut o d a s l -ilhas da Car id a d e .
Pe n s ar anrS . V ic c n te e Sa n trrl g i .z a d ç !ta l ,i l l a c ern acei tar
jo vcn s cam pones asqu c d e s e j a s s e md e rJ i c a r-s ea o servi ço dos
d o e n te se pobr es . e as c o l o c a ra m s o b a v i g i l Ín c i a das S enhcras
da C a ri d ade.
Co m pr eendendoq u e a C o n Í' ra ri ad a C a ri d a d e, apesur do
g ra n d e b er n que Í ' az ia ,n à o c s ta v a a p ta a re a l i z a r um trabal ho
co mp l clo, por que s c us me mb ro s s o p o d i a m d e d i c a r aos docntes
a l g u ma shor as de laz er , p l a n e j o u a C o n g re g a ç à od a s l -i l has du
C a i i d a d e, r nais c onhec i d a se n tre n ó s c o m o l rm ã s d e C ari dadc.
A pr im eir a des s asj o v e n s Í' o i [ta rg a ri d a N a s e a u,cuj o nonìe
é vcn e radc lat e hoje.
Re u niu- as ' Luiz a d e M a ri l l a c e rn l ó 3 3 p a ra l ormar-l hcs o
ca rá te r e ins t r ui- lasno s rn i s te re sq u e d e v e ri a m d e sempenhar.
tssa iniç iat iv âÍ ' oi u m a v e rd a d e i rare v o l u ç â on o s costumese
me smo na legis laç ãoç a n ô n i c a d a e p o c a , p o i s e s s a sl rmãs vi ver i a rÌì e m c or num , por e m, s e m, c l e u s u ra ,e a n d a ri a m l i vremente
pcl a s ru as par a ac udir a o s ma i s a b a n d o n a d o s .
L )i z iao I ' undador :" As I-i l h a sd a C a ri d a o ere rà o por mostei r o s a s ca s as dos pobr c s ; p o r c e l a u m q u â rto d e a i ugucl ; por
ca p e l a a lgr eja par oqu i a l ; p o r c l a u s tro , á s ru a s d a ci dade; pt-l r
cl a u su ra,a obediénc ia ;p o r g ra d e s ,o te m o r d e D c u s; por oi ' i ci o,
o ro sá ri o, e por v eu a m o d e s ti a " .
É i mpor t anie not a r q u c p a ra o re e rg u i me n toda enl ' ern.ìagem, e stabelec euS . V ice n te d o i s p o n to sd e i me n s ov al or: a l i bcrda d e d e a ç ão de s uaslil h a s q u e , e p e s a rd e c h a ma d a sà perl ' ei çào,
nà o d e ver iam t er c laus u ran e m s e r c h a m a d a sre l i g i o sas,a l ' i m dc
ol
que coi sa al guma l hes fosseem pecilhoao ser viçodos doent es,c
a i nstrução que l hes era dada, par a m elhor eÍ 'iciênciade seus
serviços.
D evi arr saber l er e escr ever .Apr endiam os r udinr ent t t sdir
arte dc enl ' ermagementão em uso.
Ti nhanr urn programu de et iça, salient undopont os at e hoje
observ' ados
com bonr result ado.em r elaçãoa at it udesc<t nrm edicos e doentes.
E nÍ' i rn,pedi a S . V i c ent e, aos m edicos, os esclar ecint ent os
ci enl i l ' i cosnecessári osàs ir m às.
P or que di zern< -rs
qu c o t r ahalho de S. Vit : ent ede Paulo e
obra dc grande val or social'/
P ri rnei ro, porquc p r ocur ou t L) m ar unt conhecinì cnt o i. ào
exato quanto possi velda sit uaçãodaquelesaos quai: i por cur ava
acudi r.
h.nrsegui da,enÍrent ou essasit uaçiì o,t al com o a cnc'Jr ì t r ou,
reconhecendo e apontando os er r os e lalhas da or ganizaçiì t l
soci al tl uc cra a tìl ai or causa clessesdcsajust ar n, ; nt os.
Nào
podendo mcl di Í' i cardi ret ar nent ea I egisluçâo.pr ocur ou l'or m ; r r
nas senhorasri cas ntentalidadee per sonalidadecr ist às,que as
pusesscnr,deci di darnen t e,ao ser viço dos deslavr , r r ecir Jrdu
ls
sortc.
Mi l strou-l hcsal gurl as m iser iasque encont r ou e loi or gani, nt odo a Í ì lr m á- loscada vcz m elhor
zancl ogrupos generosos de
no espi ri to da I' raterni d adecr ist ã.
I-azi a respei tara di gnidade hum ana do pobr e e pr ocur avu
educá-l o.não se l i rni tando a dar unl pal; at ivo iì seus nr ales.
U rn pouco antes te nLar aS- hir ncisc. o dç Sales,bispo dc
C enebra, Í' undar enr A neci um a í Jr dem , que incluia enÌ scu
prograrnau vi si tu aos do cnlcs.
A uxrl i ava-o S a0!a Jo ana de Chant aÌ , viúva de ait a posiçâo
soci al que j á ti nha expe r iência dessasO br as de Car idade, às
quai s sc dedi cara durante illgur n t em po.
A tentati va não l ' oi com pr eendida,e as r eiigiosasda Visit asupri
rni urnde seus p Í anos a visit r raos doent cs.passur r doir
çi ro
vi ver em cl ausura.
\À/ALLS K A P A IX Ã O
É,p r ec is oler nbr a rp o re n r,q u e S. l -ra n c i s c od e S al esi ncl ui ri r
n à o como l ' i nal i daa vi si ta aos pobr es no p ro g ra ma d a V i s i ta ç à c r,
d c. n e r n nles r Ì ì o ocu p a ç ã o d o m i n a n te d a s re l i g i osrLs.Turrttr
r.rssi rnque
,
as v is it as s c ri a n r Íè i ta s c a d a d i a a p enas por duas
l rmã s, c om o uf iì t c o l a b o ra ç à o m o d e s ta n e s s ao bra dc mi seri có rd i a .
S. V ic ent e, por e m , o rg a n i z o u a s F i l h a s d a C ari dade paru
e sse fi m. e par a is s o e x c l u i u d e s e u re g u l â n .ìe ntoLudo.o que,
n l csrl ìoex c elc nt c .pud c s s ed e a l g rrmm o d o d i l i c u l ta r u real i zaçào
d e se u sobjet iv os .
Não dev em os cs q u e c e r q u e a Íu n d a ç à o d as l rrnÌs nàtr
e xcl u i u as A s s oc iaç õ e sd e Se n h o ra s .
Pe lo c ont r ár io, a rn b o s o s g ru p o s c re s c i a m pel o nrúrl .ucr
a u xi l i o .
A A s s oc iaç ãoda s D a ma s d e C a ri d a d e , ta l c omo l unci ona
h o j e , q uas e s em pr e a n e x a a c a s a sd a s Irn rà s d c C ari dadc, l oi
o rg a n i z adaem P ar is ,p o r i n s p i ra ç â od a s e n h o raC ;oussaul (,coop e ra d o r a de S ant a L u i z a d e Ma ri l l a c c m s u us r' i si (us ao
l { tl te l -Dier r .
l i ss c gr andc c s t a trc l c c i n te n tod, i ri g i d o p e l a s lrmàs A gosti n i a n a sat r av es s av aurn p e ri o d o d e d e c a d ê n c i a .
Abngando at ú 2.0 0 0d o e n te s ,à s v e z e s6 e m u m so l ci l o, sent
ro u p a , s enl as s eio,c o m a l i me n ta ç ã od e l ' i c i e n te ,l utando col l l i ì
l 'a l tad e r c c ur s ( ) se c otn a e s tre i te z ad e e s p i ri tod o s a dnti ni stradorcs, o H ot c l- Dieu niì o s e p o d e ri a re e rg u e rs e m q u e l he vi esscde
Ío ra a lgur n s oc or r o.
E,s s clhe Í bi pr es ta d op e l a s l rm â s e Se n h o ra sde C ari dadc.
Vi s it a aos doent e s ,a l i m e n to sp re p a ra d o sp e l a sl rnrãsc servi . u l l a s c o s (u ra d a se l o rn e c i d as,e nl esnl o
d o s p clas s enhc lr as ro
a q u i si çãodc lc it os . Í ' o ra rno s tra b a l h o sd e s s a sd u a s agrenti açòes,
a l cru d t as s is ( ênc iur c l i g i o s a .
Só em ló40 as lr r n ã s to ma ra m a d i re ç ã o d e u m H cl spi tal .e
co m tão bons r c s ult a d o s ,q u e m u i to s o u tro s l h e I' o ramem brevr
co n í'i a dos .
N ão podem osaco mp a n h a ra tra J e to ri ad a s l rmãs de C ari dad e , n a F r anç a, e s ua rá p i d a d i fu s ã o e n ì o u tro s p a i ses.D urante a
H Í S T O R I A D A E N F E R Ì \ , l A GEM
63
revol uçãol ' rancesa,em 1 797,a Casa- M àeI 'oiconl'iscadae lor anr
di soersadasas l rrnàs.
Lnt pouco tcrnpo, sob o gover no dc Napoleir t - ra. l*r unçl
L, m 1930er anr it s lr nr ãs nr ais
dei xou-asrcuni rem-scno val. Ì Ì ent e.
et n t odos os
de 40.000(quarenta mi l ) e se achavar r respa. lhadas
contlnen tes.
OR D E N S C A TOLICAS I NG LESAS - Na lr landa. l'undou-se ern I8l 3 a C ongregaçàodas lr m ãs de ( 'ar idade ir landcsas,por Mari a ,,\i kenhead.A Í 'undador anì andr ) ualgunr aslr m às
Íazeresti rgi oern P ari s.E s saslr nr it sm uit o t r abalhar anrdur ant c it s
epi derni asde col era e ti Í 'o. Faziam t am bem vr sit asaos pobr es.
na Aust r ália.As lr m ir s du M iser ic( r r H rn 1857se estabel eceran'ì
di a de D ubl i n, datarn da m esnr aepoca.
TE N TA TIV A S P R O TESTANTES - A Í 'alt adr s lr nr às nos
pai sesprotestantesl evou os gover nosa t om ar em a seu cür go os
hospi taìs.
N i ro tendo, porérn, p essoalpar s o t r at anì ent oe scr vr çodos
doentes, servi anr-sedc m ulher cs da m ais bair a esler a. O t ipo
da cnÍèrrnei raera da hèbada.desor deir a.nr ulher dç r t r it
coi -nurì.ì
vi da. P ode-se i nragi nar o s per igos que cor r iam os doent es, o
abandonoenì que eri Ìl Ìl dcixados.a m iser iam at er ial e m or al cluc
era seu qui nhào.
P or i sso,apenasos mais abandor r adoser anì levldos, cont r il
a vontade. a essesl ugaresde hor r or .
A s pessoasde boa vont ade não podiam scr indil'er cnt cs a
esseestadode coi sas.Lembr avam - sedas Diaconisusdos pr inr eiros secul ose procuravarnut n m eio de Í 'azerr eviver a inst it uiçiì o.
O propri o Lutero pensou ser essaa soluçãodo pr obelm r rhospital ar, nrassc convenceud e que issoer a ir r eaÌ izávelno pr olest anti smo.
Outros, porérn, na AleÌ Ì ì ânhae I nglat er r a.l'izer anrconr Cxito a experi ênci a.
Fundaram-sena Inglat er r aas lr m andadesdc ler Jos os Sur r tos, S anta Margari da, S ão João, as lr m ãs da Car idadepr ot est antss c outras.
p or em , m uit o lent am ent eat e llJ40.
D esenvol veram-sc.
WALb,S K A P A IX Ã O
En r 1835,Dr . Ro b e rt C o o k , s u g e ri uu m p ro g r antade prcparo d e E nÍ ' er r neir asqu e i n c l u i a m u i to s p o n to s b á si cosdc nossas
a l u a i s es c olas :ens ino c o m p ro v a d o p o r e x a me , e s tági osprátrcos
o ri e n (ados .M as não h a v i a n i n g u e n l c a p a z d e re a l i zá-l o.
D as t ent at iv asb a s e a d a srra p ri m i ti v a o rg a n i zaçàodas D i aco n i sa s .a r nais Í ' eliz Í' o i u d e f l i e d n e r.e n r Ka i s ersw crth (,{ l cn ra n h a) .
In ic iou c or Í ì s ua rn u l h e r l -re < j e ri c a e
, m l 8 3 ó, unl pequcno
h o sp i t al.S et e f or am a s p ri m e i ra s c a n d i d a ta s .D e s de o i ni ci o, as
cn Í'e rnr eir asat endiar no s d o e n te s a d o n ri c i l i o . c l nde devi anr ser
tra ta d os c oino pes s o a sd e b o m n i v e l s o c i a l , o q u e represcntava
u rÌl a g r ande c onquista p a ra a s i d e i a s d a e p o c a .
L rr t i859, depois d e j á s e l e rc n l e s ta b e l e c rd oem Londres,
a l g u rn us das Diac on i s a s d e Ka i s e rs w e rth Í' o ra n r chanìadus i ì
An ró ric a do Nor t e. E s s a se n Í' e rme i ra sn à o l ' a z i a mvotos, nrusnÌo
rccçb i l m s alhr ios .s en d orn a n ti d a sp e l a l n s ti tu i ç à o ,enquant,Jcl l l
se rvi ço, c par a o r e s to d a v i rJ a ,q u a n d o n e l e trvesserÌlpcrscvcra d o .
tTI-N T A ' I I V A S L EIGA S - Al g u n s m e d i c o s na A l errranha,
te n l .a ralnpequenases c o l a sa n e x a sa o s h o s p i ta i s c, h egandc.a prep a ra r l r v i' os par a as e s tu d a n te s .S o e n tã o v e ri l ' icaranlque as
ca n d i dat aser ar n anal í' a b e ta sD. i a n te d e s s a se o u tra sdi l ' i cul dades
cssa stent at iv as lbr atn e Í' ê m e ra s .
HISTORIA DA ENFERMAGEM
32 anos. E ,ssetratado,em set evolum es,e acom panhadode desenhos, reproduzi ndoas peças est udadas.
, discipulo,lèz novasdescoGabri el Fal opi o (152 3- 1562)seu
bertas anatômicas.
A mbrósi o P are (150 9- 1590)
int r oduziu na cir ur gia a ligadur a
de vasos.l sso consti tui uenor m e pr ogr essona cir ur gia,pois ant eri ormente as feri das eram caut er izadas.
dtanási o K i scher ( 1602-1680) , jesuit a, com auxilio do
'relacionou
micro-scO--pio,
o contágio com os microrganismos.
W i l l i am H arl w ey (1578- 1657)
descobr iuo sist em ada cir culação do sangue.
A ntôni o Loew enhock ( 1624- 1689)aper Í 'eiçoouo m icr oscopi o.
Thomas S ydenham(1624- 1699)
salient ouo sist em ade Hipóçrates, contra o ensi no livr esco, d_escr eveu
diver sas doenças,
advogou as vantagensdo ar pur o e a sim plif icaçàoda t er apêut ica, assi m como o aband ono dos r em edios m uit o r epugnant cs.
O seculo XVIII viu o inicio da reforma do tratamento das
doençat mentai s.
Jenner descobri u a vacina ant ivar ióliça.
E stabel eci am-se,
ass im ,as basessobr e as quais a m edicina
ia se apoiar para realizar os grandes progressosque se sucedem
desde o secul o X IX .
BIB LIOC R A I-IA
, j < p n o cRESSODA ME DrcruA E DA SctÊNCI A S- N.
r n ìe srn oper iodo er Ì r q u e a e n Í' e rm a g e ncr a i a c m Í' rancadeci .Ldên' ci a , a c iênc ia r nedic a Í' a z i ac o n q u i s ta sn o tá v e i s .
P; r r ac els o. ( 149 3 -115)4d e i x o u d e l a d o a s tra d i çoesda época.
e p ro cur ou t r abalha r e e s tu d a r i n te l i g e n te m e n te .D os nl t:strcs
a n ti g os ac eit ou s or ne n teH i p ó c ra te s .
D ev em c l- lhea intro d u ç ã od e n o v o s re m e d i o s,entre os cìuars
o n re r c úr io paf a o t r a ta me n to d a s i t' i l rse o u s o d as águasnri ncra i s d c m odo m enos e m p i ri c o .
An< lr e V es álio ( 1 5 1 4 -l -5 6 4 ),
a o s 2 4 a n o s j á e ra prol essordc
An a to r nia. Dur ant e t rê s a n o s , d i s s e c a n d o c, c rma uxi l i o de ussrstcn te s ,pr epar ou not á v e ltra ta d o d e s s am a te ri a ,q u e publ i cou aos
ó5
l)
2)
3)
4)
5)
ó)
D r. Í:ugène S ai nt Jacques- H i s toi re de l a Medec i ne - E di ti ons B eauc henri n. Montreal . 19J5.
P P . Jerôni mode C astro- S . V i c ente de P aul o- tdi tora V oz es .
Lucy R i dgel y S eymer - A G eneral H i s rory of N urs i ng - Faber and Faber,
1932.
D ock and S tew art - S hort H i s tory of N urs i ng P utnam' s S ons , N ew y ork .
I 935.
Mary S ew al l C ardner - L'lnÍìrmi ere V i s i teus e- Les P res s esU ni v ers i tutres
de France, 1926.
L.l i zabethJ. S ew al l- Trends i n N urs rng H i s tory - W . S . S aunders ,| 941.
HISTORIA DA ENFERMACEM
ç)
:
UNIDADE V
lü\
.t,FLORENCENIGHTINGALE E A RENOVAÇÃO
DA ENFERMAGEM
Pa ra c om pr eende rm o sa a tu a ç ã o d e F l o re n c e N i ghti ngal e
s o b re a enf er m agem ,p re c i s a m o sc o n h e c e r-l h ea v i da, a educaç â o q u e r ec ebeu e s ua p e rs o n a l i d a d ei n v u l g a r.
Fi l ha de pais ingle s e s ,ri c o s , n a s c e ue m F l o re nça - dondç
s e u n o me ( 1820) .
Su a c ult ur a es t avamu i to a c i m a d o c o mu m e n tre as moças
do seu tempo. Ç-onheciagrego e latim, falava diversaslínguase
estudou bem matemática. Isso lhe f-oide grande- utilidade na
imensa reforma que devia realizar em seu proprio pais e se
estenderia rapidamente a outras nações'
Su a t endênc ia para tra ta r e n fe rm o s ma n i fe s tou-sedesde a
in fâ n ci a : c r ianç as e an i ma i s d o e n te s re c e b i a m s e us sol i ci tos e
ha b i l i d os osc uidados .
Ao s 24 anos , quis p ra ti c a r e m h o s p i ta l .A m ã e nào l ho permi ti u .
De fato, as condições dos hospitais ingleses nessa epoca
ju sti fi ca v am os t em or e s m a te rn o s .
O p es s oala s er v iç od o s d o e n te se ra d i v i d i d o e m doi s grupos:
p
ri
me ir o, dim inut o, c o mp u n h a -s e d e re l i g i o s a scatol i cas c
o
a n g l i ca nas ,que c om eç a v a m a p e n a s a s e o rg a n i z a r ;o segundo,
67
numeroso,era formado de pessoassem educaçãoe qgrn_rn-qlal
.{
maioria se embriasava.
- -Não
fosse Floience dotada de tào decidida vocação e marcada person_qli!ade,
desistiriadiante dos imensosobstáculosque
se l he opúnÉ ãni l É ntret ant o, per sever ou.Som ent e aos 3t anos
consegui ua autori zaçâ ode f azer est ágiosna inst it uiçàodc Kai_
sersw erth,reçonheci dapela m or alidade e pelos elevadosideais
de seusfundadores,se b em que nada t ivesseinovado'not er r eno
tecni co ou çi enti fi co. E ra desejodo past or Fliedner , seu Í 'undador, ïazer reviver a instituição das diaconisaspara serviço dos
pobres doentes. Passadosos tempos agitadosda implantação do
protestanti smona A l emanha, evidenciava- seo cont r ast e ent r e
os paisescatólicos com suas florescentese organizadasobras de
benefi ci ênci a,e a fal ta, nos paí sespr ot est ant es,de inst it uições
de pessoasdi spostasà i nt eir a abnegaçàode si m esm asa ser viço
do proxi mo.
O apel o de Fl i edne r f oi, pois, ao encont r o de m uit as âlm as
de boa vontade, e a exper iência de Kaiser swer t hchegou ao
conheci mento de Fl orence. Tr ês m eses passou ela na escola.
durante o ano de 1851.
Nessa epoca contava a instituiçâo cle Kaiserswerth um hos_
pital de 100 leitos, alem de outras obras de assistência.
Lá trabalhavam 49 diaconisasEssaestada foi o primeiro período verdadeiramenteÍ'elizna
vi da de Fl orence N i ghti ngale.Apr eciava ext r aor dinar iam ent ea
vi da ati va e úti l com que t ant o sonhar ae que, ent ão com eçavaa
ser uma real i dade. R efer e- se às inst r uções m or ais do past or
Fl i edner em termos el ogiosos.Em car t a à sua m ãe, diz: . . lst o e
vida. Agora sei o que e viver e amaÍ a vida". Sobre o ensino da
e n fe r m-affi l-p txe m, ïãõãõTr oí q u e c o iie sp o n d esse a se u s d esej os, o que e fáci l compr eender .Seus dot es er am excepcionais,
sua vi sâo mui to l arga, e ncar ando o pr oblem a com hor izont es
mai s ampl os e o prepar o de enf er m eir asem basesm ais cient i_
ficas.
€^
Outro ponto em que Flor ence f oi ver dadeir am ent epioneir a
e renovadorafoi a abertu r adas escolasde EnÍ 'er m agcmàs m clçus
educadase cultas, como uma profissâo honrosa e capazde tor_
68
WAL ES K A P A IX Ã O
ná -l a sfeliz es .Com o v i mo s , a s ú n i c a s i n s ti tu i ç õ e sonde se dava
preparo moral à Enfermeira e, às vezes, rglgllgjlg.p.aro_cie,ntiÍico e tec nic o, er am as c o n g re g a ç õ e sre l i g i o s a se o s i nsti tutos,
c'o mod e ' l( ais er s wer t h ,.o n d ea,p e s a rd a a u s ê n c i ad e votos, i mpun h a m-s e lim it aç ões f a m i l i a re se e c o n ô mi c a sq u c r estri ngi amo
ca mp o d e t r einam ent oa u m p e q u e n og ru p o . Se m negar o val or
da s i n st it uiç ôes que a p re c e d e m e q u e e l a c u i dadosamente
o b se rva v aem s uas v is i ta se e m s e u s e s tá g i o s ,c o mpreenderaa
n e ce ssidade
de es t end e ra mu i ta sj o v e n s o s b e n e Íi ci osdessaíbrque
ma çã o ,
ela já plan e j a v ama i s p e rÍ' e i to ,p ô r à d i sposi çàodos
do e n te s , s uf ic ient es e n fe rm e i ra s p a ra d i s p e n s a r- l hecui dados
sa ti sfa tor ios .
Depois de Kaiserswerth,procurou I'azertambem um estágitl
n a Fra nç a,c om as lr m ã s d e C a ri d a d e ,l á l ' i c a n d oa p cnasal gumas
s e ma n as .
Pret endia dem or a r-s e m a i s , p o re m , a d o e n ç a obri gou-a a
re ti ra r-s e.Des s aes t ad a ,e m q u e fo i m a i s te mp o d o entc do que
en fe rme ir a, t r oux e a m e l h o r re c o rd a ç ã o ,e l o g i a n do sempre os
cu i d a d o sque lá r ec eb e u d a s l rm â s .
Em s uasnum er osa sv i a g e n s ,o b s e rv o ua e n Í' e rm agemem seu
p ro p ri 'o paÍ s , na F r an ç a , n a Al e m a n h a , n a Áu s tri a e na l tál i a,
p u b l i ca ndo es t udos co mp a ra ti v o s d a s m e s ma s . Desde então,
aco mp a nhou- as em pr e o d e s e j od e I' u n d a ru ma e s col ade enl ' crma g e m em nov as bas e s . En q u a n i õ è s p e ra v ã a o p ortuni dade,
C omo vol unde d i co u - s ea ulna c as ad e s e n h o ra sc o n v a l e s c e n te s.
tá ri a , se r v iu t am benr d u ra n te u ma e p i d e mi a d e ç o lera.
.- Em 1854 r ebent o u a g u e rra d a C ri m e i a . As noti ci as dos
c a mp o s de bat alha er a m a fl i ti v a s .En q u a n to o s Íê r i dos russose
Í'ranceseseram tratados por Irmãs de Caridacie,Í'altavaaos ingles e sq u a l queror ganiz aç ã od e e n fe rma g e m.N o s i m e n soshospi tai s
de sa n g ue,40/ " dos f e ri d o s m o rri a m e m c o n s e q ú ê nci ado aband.o n oe m que f ic av am .
Di a nt e des s asnoti c i a s ,F l o ren c e N i g h ti n g a l eq ue era ami ga
pe sso a ldo M inis t r o da Gu e rra , S i d n e y H e rb e rt, o Í' ereceuseus
sejvjgos. Seu oferecimento cruzou se coftì extensa carta deste,
e xp o n d o - lhea s it uaç ã o e c o n v i d a n d o -aa re me d i á -l a.-l -l orence
pa rti u par a S c ut ar i c om 3 8 v o l u n tá ri a s ,e n tre re l i g i osase l ei gas
,u
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Florence Nightíngale
W ALE S K A P A I X Ã O
v i n d a sd e dif er ent esho s p i ta i s .E n c o n tra ra m u m i m e nso hospi tal
superlotadocom 4.000 feridos. Prevendo deÍ'iciênciasdas cousas
, ar are Íb rç o d e ro u p a s ,re me d i o se provi sões.
ma i s n çc es s ár iaslev
Ap e s ar do ex ç es s i v otra b a l h o d a s e n fe rme i ra s ,não descui do u n a d a do que r eput a v ai n d i s p e n s á v eal u ma b o a e nl ermagem.
proporcionou livros e distra- Organizoua lavanderiae a cozinha,
c
onv
aies
c
ente
s
,
a
s
a
ti s fa ç ã od e v e r a m< l rtal i dade
e te v e
ç ò e sa o s
b a i xa r a 2" , " .E es s eo ma i s e l o q ú e n te c o m e n tâ ri o de seu trabalh o . Pa ra v er m os quan to h a v i a a re a l i z a r,b a s ta d i zer quÈ antes
de su a chegada lav av a m -s es o me n te s e i s s a m i s a s ,e m um mês!
N ã o c ont ent e c om o d e s e mp e n h od e s u a ta reÍ' a,l evava u
s o l i ci tu dea pont o de p e rc o rre r a s e n l ' e rma ri a sà, n oi te, com sua
lân tp a d a,que er a um ra i o d e e s p e ra n ç ap a ra o s l ' e ri dos.
Qu em c onheç e um p o u c o a c o mp l e x i d a d ed e um servi ço
h o sp i talar ,pode f az er i d e i a d o q u e Í' o i o tra b a l h o daquel as39
enÍèrrneiras,uma para çada 100 Í'eridos,depositadosaos 400 e
ao s 5 0 0 de um a v ez , c m c o l c h õ e sn o c h à o d o h o s p i tal ,por í' al ta
de l e i to s,c om as r oupa s c h e i a sd e s a n g u ee l a ma c ol ando-seaos
leri me nt os ,pr ec is and o ,n a ma i o ri a , d e c u i d a d o s u r gentes. . .
lmagine-seainda a falta de roupa, a desorganizaçãoda cozinh a e d a lav ander ia,a m á v o n ta d ee a i n c o m p re e n s ãode servent e s, a i n c apac idade e i n s u fi c i e n te d e d i c a ç ã o d e a l gumas das
e n fe rmeir asr ec r ut ada s ,a i n d a s e rá p á l i d a a i d e i a que se pode
Í ãze r d o her oÍ s m o r eq u e ri d o p a ra e n fre n ta r ta l s i tuaçâo.
Essa Í oi, v er dade i ra m e n te ,a p ro v a d e Íb g o d e l -l orence
. Ni g h ti n gale. A i r ev ç lo u , ma i s d o q u e n u n c a , o s te sourosde sua
bo n d a d e,s ua c apac ida d ed e t.ra b a l h oe o rg a n i z a ç à oe o resul tado de sua-prc_rtinaz-observação
e sábia critica do que se l'azia,ate
en tã o , nos s er v iç osho s p i ta l a re s .
Di spens ou s eus c u i d a d o s a d o i s h o s p i ta i s e m S cutari : O
Ho sp i tal G er al e o " B a rra c k H o s p i ta l " , i s to e , u m a nti go quartel
t ra n sfo rm adoem hos p i ta l .P a ra o p ri m e i ro , m a n d o u Mi ss N i ght i n g a l e l0 enÍ èr m eir as.N o s e g u n d o ,i n s ta l o us e u q u a rtel general .
Org a n i z ou am bos , e or i e n ta v a to d a s a s s u a s e n l ' e rmsi ras.
Su a c or r es pondên c i a ,q u e p ro c u ra v a m a n te r em di a, para
o b te r o int er es s ede s e u sa m i g o sp e l o s Íe ri d o s ,o Í' e rccemi núci as
pi to re sc asde s inc er ida d ee re a l i s m o :" T i v e m o s mu i ta sortc com
H I S T O R I A D A E N F E R MAGEM
7l
os medi ços. D oi s são ver dadeir osbr ut os e quat r o ver dadeir os
anj os - porque este e um t r abalho que t r ansl'or m aos que o
Íazem em anj os ou dem ônios.Tem os at ualm ent equat r o m ilhas
de camas uma j unto à out r a, separ adasapenaso bast anlepar a
uma pessoapassarent r e elas. Há ler idos at e junt o à por t a do
nossoquarto, e estaÍn osdesem bar candom ais quinhent ose quarenta. A s mul heres i nglesasque est ào sob m inhas or dcns sào
mai s di Í' i çei sde gover nardo que 4. 000 hom ens.Não dcvcm deixar vi r aj udar-nosque r n não t enha o hábit o de Í 'adigae pr ivações...
C ada l 0 rni nutosn os cham am par a est ancar ,com o lor pos-.si vel , uma hemorragia, enquant o pr ocur am um cir ur giào. Ent
nossocorredor, crei o q ue não se ençont r a um I 'er idoao qual nào
l .al teum membro. É enor m e a m or t alidadeent r e os oper ados.As
operaçõessão fei tas na pr ópr ia enf çr m ar ia.Ar r anjei um - biom bo
para as amputações,po is quando um pobr e soldadoque deve scr
operado vè seu comp anheir o m or r er no at o oper at or io, l'ica
i mpressi onadoe i sso d ir ninui suas pr obabilidadesde êxit o".
E ,stendemo-nosp r oposit adam ent e nest a cit ação. Ela diz
mel hor do que nossa spalavr as,o que Í bi o t r abalho gigant esco
dessafrági l mul her, qu e ser á sem pr e um a das m ais pur as glor ias
de nossa proÍ'issão.
P ouco a pouco for am m andadasnovasenlèr m eir as;no l'im
da guerra eram 120,todas sob a dir eção de l- lor enceNight ingal e. A l gumas das pri meir as volunt úr ias Í 'or anl despediduspor
i ncapaci dadede adapt açãoe, pr incipalm ent e,por indisciplina.
Quanto às rel i gi osascat olicas que l'izer am par t e do pr im cir o
grupo, assi m como ou t r as que vier am m ais t ar de, eis o que diz
Fl orence: " S ão as m ais ver dadeir ascr ist ãs que jam ais vi: de
grande val or em seu tr abaiho,dediçadasde t oda sua int eligÈncia
e todo seu coração ao ser viço de Deus e da hum anidade".
Apesar de seu precário estado de saúde, conservou-se[-lorence no seu posÍ.oate o f im da guer r a.
O governo i ngl êse o povo pr em iar am - nacom 40 m il libr as,
l- oi
poi s sabi amseu desejode Í 'undarum a escolade enÍ 'er m eir as.
esta estabel eci dano Hospit al São Tom ás, a 9 de julho de 1860.
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WAL L ,S K A P A IX Ã O
H I S T Ô R I A D A E N F E R M AGEM
Su a s aúde, s em pr e p e ri c l i ta n te , n ã o l h e p e rmi ti u di i i gi -l a
di re ta m ent e.F ic ou s em p re e m c o n ta to , p o re m , c o m a di retora,
Mrs. Wa r dr oper , que b u s c a v as u a o ri e n ta ç ã o n a s menores coi s a s.Era es t a um a v iúv a , q u e s u p e ri n te n d e rad u ra n te nove anos o
Ho sp i tal S ão T om ás , o n d e re v e l o u g ra n d e i n te re s s epel os doent es e i n v ulgar c apac id a d ed e o rg a n i z a ç ã o .A s a mb i çõesde l -l or e n ce a o f undar es s a e s c o l a e ra m n a d a m e n o s q u e rel ' ormar a
en fe rmagem em s ua p á tri a e n o m u n d o i n te i ro , por mei o de
no va s e num er os ases c o l a s .
O i ngr es s ode jov e n s e d u c a d a se d e e l e v a d ap o si çãosoci al ,e
o cu i d a do na s eleç ãod a s c a n d i d a ta s ,to rn a ra m e m breve uma
be l i ssi ma r eaiidade, o q u e m u i to te mp o n ã o p a s sarade um
so n h o .
Se u s dois liv r os : " N o ta s s o b re H o s p i ta i s " (1 8 5 8)e " N otas
so b re E,nf er m agem "( 1 8 5 9 ) s ã o o s m a i s c o n h e c i d o sentre suas
o b ra s. Es c r ev eu,por én r a i n d a , s o b re a s s u n to sd e s a úde e saúde
pú b l i ca , pr inc ipalr nen tes o b re a In d i a e a s c o n d i ç ò essani tári as
d o Exe r ç it o.
Qu a ndo m or r eu, a o s 9 0 a n o s ,j á s u a re l ' o rmaa ti ngi rao N ovo
M u n d o , e ac om panharag a l h a rd a m e n tec, o m o s ú l ti mos progresso s d a c iênc ia, as nov a s e x i g ê n c i a sd a M e d i c i n a .
DI F US Ã O D O S IST E M A N IC H T IN G A L E
NA I NG LA T E RRA - Os p ri m e i ro s a n o s d a E scol a S ão
To má s fo r am de gr and e sl u ta s . Po u q u i s s i mo se ra m o s que com:
pre e n d i am a nec es s id a d ed e e n fe rm e i ra sc u l ta s e de el evados
d o te s mor ais . M ais r aro s a i n d a o s q u e e n te n d i a ma necessi dade
d e e stu dos e es pec ialp re p a ra ç ã o p a ra e s s a sl ' u n ç ões.U m dos
g ra n d e sf at or esda v it ó ri a d e I-l o re n c eN i g h ti n g a l eÍbi a ri gorosu
se l e çã odas ç andidat a s .
Po r is s o, apes ar do s i n e v i tá v e i se rro s d e to d o empreendi me n to nov o, t ais c om o o fra c a s s od e a l g u m a sd e s u aspi onei ras
n a fu n d a ç ão de nov as e s c o l a s ,a re l b rma N i g h ti n g a l e venceu.
l,
IJ
A l guns dos pontos essencialm ent enovos na m oder na concepção de educação de enf er m eir as,est abelecidosdesde o inici o. foram:
l e) D i reção da escolapor um a enÍ èr m eir a,e nào por m edico, como se Íìzera ate então nos pequenos e raros cursos dados
nos hospi tai s.
'
21' )Mai s ensi nomet odico, em vezde apenasocasional,at r aves da práti ca.
3e) S el eção das çandidat as sob o pont o de vist a I 'isico,
moral , i ntel ectual e de apt idão pr of issional.
V i nte anos após a aber t ur ada pr im eir a escola,Í 'uncionavam
mui tas outras. E i sto gr açasà ener gia e aos dot es excepcionais
das pi onei ras.
Os medi cos reprovavamm uit a coisa adot ada pela escola,e
o públ i co duvi dava seriam ent ede que um a "lady" pudesset or nar-seenÍ' ermei ra.
Foram ai nda al gurnasdiplom adas pela Escola Sào Tom ás
que l evaram o novo sist em a ao Canadá, à Aust r ália, à Nova
Zelàndia, aos E,stadosUnidos.
D epoi s de ser a pi oneir a da enÍ 'er m agem m oder na, a I nglaterra o Íbi ai nda na organizaçâoda classe.
À S ra. B edÍbrd Fenwik devem osa Í 'undaçàoda Associaçào
Ingl esa de E nfermei ras ( 1887) , do Conselho I nt er nacional de
e do B ri tain Jour nal of Nur sing.
E nferrnei ras,.
C ol aborou tambem na pr im eir a or ganizaçãode enl'er m cir as
na A meri ca.
À organi zaçãodas enf er m eir as em associaçãode classe,
opuseram-setenaz e vi olent am ent em edicos e adm inist r ador es
hospi tal ares,que não conçebiam essa liber dade pr oÍ 'issional,
estranhapara a epoca e m ais ainda par a um a pr oÍ 'issãonascent e.
E N T.E R MA GE M DE SAÚDE PÚBLI CA - O inleTesse
das senhorasi ngl esasfo i a gr ande Í or ça pr opulsor ados ser viços
de enfermei rasvi si tador as.No jubileu da Rainha Vit or ia, em
1887,fi zeram uma gran de colet a de Í 'undosdest inadosa essc
servi ço, que se di Í' undiu r apidam ent e.
E m 1892i ni ci ava-s ea enÍ èr m aqemescolar .
\IAL IS K A
P A IX Ã O
Um a v ez des per ta d oo i n te re s s ep e l a e n Í' e rm a geme estubc, p ro g re s s oa ti n g i u todos os setol e ci d a ss olidam ent es u a sb a s e s o
re s e es pec ialidade sA
. In g l a te rra , i n i c i a d o ra d a enl ' ernragenl
p ro fi ssional,c ont inua a te r l u g a r s a l i e n te e n trc o s pai ses que
me l h o r c om pr eende ra m, re a l i z a ra m e a mp l i a ra m u i ni ci ati va
a rro j a d a de F lor enc e N i g h ti n g a l e .
CA NA DÁ - A e n fe rma g e mn o C a n a d á b e n l nl erece especi a l reler ênc ia. S eu i n i c i o fo i u m a p á g i n a g l o ri o sa do espi ri to
a p o stolic odos pr im e i ro s c o l o n i z a d o re sd a N o v a l-rança. E xccl u a n d o- s eos do M ex i c o , s { o o s d o C a n a d á o s p rinci ros hospi ta i s fu n dados na A m e ri c a d o N o rte .
Des de ló19 as Urs u l i n a stra b a l h a ra me m Q u ebec, trul ando
d o s va r iolos ose dos p o b re s a d o m i c i l i o . Em l Ó 5 8c onstrui ramo
H ô te l -Dieu de Q uebe c .
Em 1644, f undara -s eo u tro e m Mo n tre a l . J eanne Mance,
mu l h e r c ult a e dedic a d a ,fo i a i n i c i a d o rad e s s al u n daçào.Tendtl
sa b i d o das dif iç ulda d e s e n c o n tra d a s p e l a s re l i gi osas,obteve
a u xi l i o f inanc eir o, dei x o u a F ra n ç a e e n tre g o u -s eao servi çodos
d o e n te s ,no Canadá,a te l ó 5 9 , q u a n d o c o n s e g u i ud a' l ' rança três
l rmã s de S ão J os e pa ra a u x i l i á -l a .
Vi er am em s egu i d aa s l rmã s d e C a ri d a d e .
A Congr egaç ào m i s s i o n á ri ad a s l rm à s C i n z entas tanrbénl
tra b a l h ou e at e hoje tra b a l h a n o s h o s p i ta i sc a n a d enscs.
D o s ec ulo X V ll e m d i a n te , p a s s a n d oo C a n a dá a ser domi n i o i n glês , f undar am -s e d i v e rs o s h o s p i ta i s m u n i ci pai s, cont
e n fe rm agemleiga, do ti p o e n tã o e m v i g o r.
ES CO LA S - A p ri me i ra te n ta ti v a ,s e m ê x i to, Í' oi l èi ta enr
On tá rio, em 1864.De z a n o s d e p o i s , c o m a u x i l i o d a Ingl aterra,
tra n sfor m ou- s ees s ee s ta b e l e c i m e n toe m u ma b o a escol a.O hosp i ta l g e r al de M ont r e a l p e d i u a F l o re n c e N i g h ti n gal e,em 1875,
a u xi l i o par à r ef or r na r s u a e n Í' e rma g e m.
Seguiu- s ea es co l a d e T o ro n to (1 8 8 1 ). Su a d i retora Mi ss
Sn i ve l y , diplom ada p o r B e l l e v u e (N e w Y o rk ), I' oi , com Mi ss
L i vi n g s t one, gr ande fa to r d o p ro g re s s o d a e n l' ermagem no
C a n a d á.
Hospítal S. Tomaz _ Londres
Sede da Iq Escola de Enfermaqem
W AL B S K A P A I X Ã O
Alguur as das E , sc o l a sC a n a d e n s e stê m l ' a ma m undi al e si r-r
p ro cu r adaspor enÍ - e rrn e i raess l ra n g e i ra sp a ra a p e r Íei çoamentoc
e sp e cializ aç ào.
As r c ligios ast iv e ra m ta n rb e m g ra n d e p a rte n o desenvol vi n.Ìentoda proÍ'issão.
As lr m ãs Cinz e n ta s ,a s d e Sã o J o s e , d i ri g e m boas escol as,
re sp e c t iv ar nent e,
em Ota v a e Mo n tre a l .
'fo dos os s et or e s d a e n l ' e rma g e ms e a c h u m . atual mente,
b e rn re pr es ent ados.
As e nÍ ' er r neir ase s tâ o o rg a n i z a d a se m a s s o c i uçàonaci onal .
Pu blic am a r ev i s ta " C a n a d i a n N u rs e " .
'ú ES T RoO S UNI D OS - O p ri m e i ro h o s p i ta lnessepai s I' oi o
Be l l e v ue, es t abeleçi d op e l o s h o l a n d e s e s ,e m M ;r nhattan (N c1
Yo rk) em 1658. A p ri n c i p i o , e ra a o me s m o te n l po hospi tal e
a si l o ' c onr o out r os esta b e l e c i m e n tods a e p o c a ' F n r l Tl l ' estatrel e ce u - s eem F iladelfi a u n ta c a s a q u e , a l e m d o s d o entes,rcccbi a
o rÍã o s, louc os e pob re s .
. A enf er m ageme ra , e m a m b o s , d o m a i s b a i xo ti pt-1.
A pr im eir a t ent a ti v a d e p re p a ra r e n Í' e rme i ra sÍ' oi I' ei tapel o
N e w Y or k Hos pit al, e d a ta d e 1 7 1 1 .C o mo e ra n a t ural ,os cursos
co n si s t iamem lim it a d o n ú m e ro d e a u l a s s o b re A n atomi a, Fi si ol o g i a , P ediat r iae, pr i n c i p a l m e n te ,O b s te tri c i a .
l 'o i o Dr . V alen ti m S e a m a no i n i c i a d o r d e s sescursos.
E m F iladellia ab ri u -s eo u tra e s c o l a ,e m b a sesai nda nrui tt-r
186l . A l g u ma s d o u to ra s n o tá v e i sl i zcranttentae l e ment ar esem
,
ti va s n o m es m o s enti d o .
No Hos pit al Nov a In g l a te rrad i p l o m o u -s eu m u pri mei ra turma e m 1873,dis t ingu i n d o -s en e l a L i n d a R i c h a rd s,consi deradaa
p ri meir a enÍ ' er m eir ad o s E,s ta d o sU n i d o s .
C O NT RI B UI ÇÃ O D AS IR MÃ S C AT ÓL IC A S - A ssi nr
co mo no Canadá, e n tre o s p ri me i ro s h o s p i ta i s Í' undadosncl s
E,sta dosUnidos , c on ta m-s ed i v e rs o ss o b a d i re ç à o de C ongregaço e s Cat ólic as .A s U rs u l i n a s ,e m 1 1 2 7 ,a b ri ra m u m estabc' l eci me n to na Luis iana.S e g u i ra m -s ea s Irmã s d e S a n taC nl z (1843)'
a s Irm ãs de Car idad e d e N a z a re (1 8 3 2 )e , I' i n a l rnente,um ramo
H I S T O R I A D A E N F E R M AGEM
das lrmãs de Caridade, fundado por E,lizabethSeton, Í'undou o
H ospi tal S ão V i cente em Nova lor que ( t 849) .
C om a adoçâo do sist em aNight ingale,as r eligiosasiniciaram di versasescol as,te ndo, at e hoje, consider ávelpar t e no pr ogressoda profi ssão,pel o núm er o e qualidadede seusest abelecimentos.
A l rl anda e os E stadosUnidos est ão ent r e os paisesem que
as l rmãs mai s cooperam em t odos os m ovim ent os de enÍ 'er magent.
O S IS TE MA N IGHTI NG ALE - Um a com issãode senhoras i nteressadas
pel os do ent espobr es,f oi o passoinicial do est abel eci mento da pri mei r a escola m oder na de enl'er m agemnos
E stadosU ni dos.
V i si tando o H ospit al de Bellevue, ver ilì car am a ur gent e
necessi dade
de uma refor m a: a desor dem ,a Í alt a de asseio,a m á
al i nentação, a i moral i dade im per avam .
l mpressi onadascom essam iser ávelsit uaçào,t om ar am logo
uma seri e de i ni ci ati vas:m andar am consult ar Flor ence Night ingal e, l evantaram fundo s e, em 1873,inst alar ama escola. lr m ã
H el ena, que estudaraem Londr es,f oi sua or ganizador a,seguindo depoi s paÍa a Á fri ça , onde cont inuou a t r abalhar pela r el'or ma da enfermagem.
o movi mento se propagou r apidam ent e.
E ,mN ew H aven abr ia- se,poucos m esesdepois, um a escola
cul a cel ebri dadee mundial. Em 1879,publicava ela o pr im eir o
l i vro norte-ameri canop ar a alunas de enÍ 'er m agem .
S egui ram-sea esco lade M assachuset t se a de l- iladelÍ 'ia.
Os pri mei ros passo sdessasescolaslor am cheios de cont r adi çoes.
Os medi cos se opu nham à sua dir eção por enÍ 'er m eir ase à
sua autonomi a na l ormação e or ient açào pr át ica das alunas.As
atendentesdos h< l spi taishost ilizavam - nasde t odos os m odos,
porque não suportavamor dem e disciplina.
P ouco se i nteressandopelos doent es, quer iam agir com o
l hes aprouvesse,conti n uando na desor dem e no desleixo.
V enceu, porem, o e nt usiasm odas pioner r as.
WALE ,S K A I',,\I,\Ã O
Rápida Í ' oi a ac e i ta ç ã od a n o v a p ro Í' i s s ã op e l a sj ovens norte -a n re r ic anasE. , m 18 8 0e l e v a v a -s ea l 5 o n ú me ro de suasescol a s; a o t er m inar a gr a n d e g u e rra ( l 9 L 4 -l 9 l S ) j á p a ssavamde mi l .
Gr ande Í bi t am b e m o n ú m e ro d e p i o n e i ra sq ue se dedi cara m i nt eir am ent e ao d e s e n v o l v i m e n tod a p ro l ' i s são,Í' undando
e sco l a s ,es c r ev endoli v ro s , o rg a n i z a n d os e rv i ç o sh ospi tal arese
d e Sa údeP úblic a,lev a n ta n d oo n i v e l d o s e s tu d o s ,o rgani zandoa
prol'issãoem associaçãonacional, fundando revistas proÍ'ission a i s. A s enl' er m eir a sn o rte -a m e ri c a n a stê m c o l a borado ati vame n l .en a im plant aç ã od o s i s te maN i g h ti n g a l ee m mui tos pai ses.
AS S O CI A ÇO E S D E C L AS SE - Em 1 8 9 3 Í' undou-sca
Asso ci aç ãode S uper i n te n d e n te d
s e Es c o l a sd e Enl ' ermagem.O
g ra n d e núm er o de ho s p i ta i sq u e m a n ti n h a m e s c o lasexi gi a essa
u n i à o , c uja f inalidadee ra c o n s e rv a re e l e v a r o n i v el educaci onal
das enfermeiras.
O êx it o das pr im e i ra ses c o l a s ,a tra i n d o a a te n çâogeral ,estava l e va ndo a r ef or m a a u ma e x te n s ã omu i to rá p i d a ,que poderi a
p re j u d ic ars er iam enteo n o v o p a d rã o , a i n d a n ã o s u fi ci entemente
a ssi mi lado.
Logo de início, foi preocupação das Superintendentesfund a r u ma as s oc iaç ãon a c i o n a l ,à q u a l , d e l 9 0 l a 1 9 09se l ' i l i aranr
o rg a n i z aç õesloc ais e e s ta d u a i s Em
.
l 9 l I a A s s o c i a çãoN aci onal
to ma va o nom e que a te h o j e c o n s e rv a :A s s o c i a ç ãoA meri cana
d e En fe r m eir as( A m e ri c a n N u rs e s As s o c i a ti o n ).
Para atender a todos os interessesda proÍìssão, iniciaram
tambem a Liga Nacional de Educação de Enfermagem e a Organ i za çã o Nac ional de E n fe rm a g e md e Sa ú d e Pú b l ica.
A A s s oc iaç ãoque c o n ta v ad e i n i c i o 2 .ü )0 me mbros,ati ngi ra
4 1.4 1 9 em 1922.A r evi s ta" A m e ri c a n J o u rn a l o f N ursi ng" e seu
ó rg ã o of ic ial. A N. O.P .H .N . te m p o r o rg ã o o " P ubl i c H eal th
Nu rsi ng" .
Ou t r as r ev is t as , c o mo " N u rs i n g O u tl o o k " e " N ursi ng
Re se a r ç h" ,s ur gir amm a i s re c e n te me n tes, e n d oc o nheci dase uti l i za d a s em gr ande nú me ro d e p a i s e s .V á ri a s s e ções estaduai s
p u b l i ca m s ua pr opr ia re v i s ta .
Jeanne Mance
WALESKA PAIXÃO
RE F O R M A D A EN F ER M AGE M
EM O U T R OS P AIS ES
1 FRA Nç A - Du ra n te mu i to te m p o a F ra n ç a estevena van.
g u a rda do pr ogr es s od a En fe rma g e m.B a s ta r-l h e -i at.ersi do ber
ço d a s lr m ãs de Ca ri d a d e , p a ra o c u p a r n a h i s tori a um l ugar
p ro e m inent e.
Mas não escapou à decadência do espirito religioso, e Í'oi
ma i s for t em ent e aba l a d ac o m a re v o l u ç ã o ,q u e e xpul souas rel i g i o sa s dos hos pit ais . R e s ta b e l e c e u -a sN a p o l e ã o . N ão se pode
d i ze r, por em , que se u s s e rv i ç o s a c o m p a n h a ra mos progressos
e vi d e nt esnas Congr e g a ç õ e sq u e tra b a l h a v a me m outros pai ses.
Sabe- s eque a ad m i n i s tra ç ã oh o s p i ta l a ro Í' i c i a lnào l hes Íaci
l i ta va m uit o a inic iat i v a ,o q u e e ra c e rta m e n teg ra nde obstácul o
a i n o vaç ões .
Houve diversastentativasde medicos paraeslabelecer escol a s d e enf er m eir as .C h e g a ra m a p ro c u ra r c o n h e cer o que Fl ore n ce Night ingale r e a l i z a ran a l n g l a te rra , m a s Í' r açassaram
em
su a se x per iênc ias pri
, n c i p a l me n tep o r n ã o te re m c onìpreendi do
o p a p e l da enf er m ei ra -c h e fen o h o s p i ta l .
À dout or a A na H a m i l to n s e d e v e o v e rd a dei ro i ni çi o da
re fo rma da enf er m ag e mfra n c e s a .C o m o d i re to ra do H ospi tal de
Bo rd eus , c onv idou a e n fe rme i ra i n g l e s a C a ta ri n a E l ston para
d i ri g i r, no. m es m o, um a e s c o l a d e e n fe rm e i ra s- a E scol a Fl ore n ce Night ingale.
, re m , e ra m l e n to s .A g u e rra de l 9l 4-l 9l g,
Os pr ogr es s ospo
p o n d o as f r anc es as e m e s tre i to c o n ta to c o m a s enl ' ermei ras
i n g l e sase nor t e- am e ri c a n a sl,e v o u -a sa a c e i ta r mel hor a i novaçâ o e st r angeir a,à qu a l e ra m u m ta n to h o s ti s .
Mg_demoiselleChaptal foi a orientadora desassombrada
n e ssen ov o s ur t o de p ro g re s s o Au
. me n to u o n ú me ro e a qual i dad e d a s es c olas ,c om o mín i m o d e d o i s a n o s d e c u rso e em I92J
o rg a n iz oua A s s oc iaç ã oN a c i o n a l d e En Í' e rm e i ra sl .rancesas,sob
a su a p r es idênc ia.
As Congr egaç õe sh o s p i ta l a re sd e s i g n a ra ma lguns de seus
me mb r os par a es t uda re me to m a re m p a rte a ti v a n o desenvol vi me n to da pr of is s ão.
HISTORIA DA ENFERMAGEM
8l
A.senfermeirasfrancesaspublicaram, conl a colaboraçãode
medi cos,al gunsl i vros di dáticos.M adem oiselleChapt al e M ademoi sel l e Geni n, esta di reto r a do hospit al- esçolada Associação
de Socorro aos Feridos de Guerra, rião autoras de tratados de
moral profissional.
P ubl i cam tambem al gu m as r evist aspr oÍ 'issionais.
V ári as escol as,em P aris,e em algum asdas pr incipaiscidades do país, se dedicam à formação de proÍ'essorase chel'esde
servi çosde E nfermagem.C) s cur sos pós- gr aduaçâosâo de um
ano l eti vo. E ,stãosendo mi nist r adosem vár ias r egiõesdo pais,
quer em escol asofi ci ai s,que r r eligiosas.A Cr uz Ver m elha m antem um dessescursos.em Par is.
i tl TÁ Ll A - Três nome s se salient am na r eÍ br m a da enl'er magem i tal i ana.A my Turton, G r ace Baxt er e Sr a. Angelo Celli.
A pri mei ra, escocesa,suge r iu a M iss Baxt er , diplom ada pela
E scol ade John H opki ns, a fundaçào de escolasde enl'er m agcm
na l tál i a. A s di fi cul dadesÍbr am m uit as.
A costumadasa ver ,hg- spit ais
ent r eguesa r eligiosas,e cst as
auxi l i adaspor moças de ni vel soçial inl'er ior ,as m oças de boa
educação não se senti am atr aidaspela enÍ 'er m agem .
E m 1896estabel eceu- se
em Nápoles a pr im eir a escola,que
se desenvol veul entamente .
P ouco depoi s a S ra. A ngelo Celli, enl'er m eir adiplom adaem
H amburgo, publ i cou um est udo sobr e o ser viçode e, nl'er m agem
na l tál i a. A di vul gaçàodas dcf iciênciasèncont r adas.assimcom t r
as sugestõespara removj-las, despertou grande interesse. O
P apa P i o X escreveuuma c ir cular aconselhandoas r eligiosasa
estudar e estabel eceuuma e scola par a esseÍ 'im .
E m l 9l 0 Mi ss Turton f undou em Rom a com o apoio da
rai nha E l ena, a segunda escola, sob a dir eção da enl'er m eir a
i ngl esaD orothy S nel l .
A col aboração da C ru z Ver m elha lt aliana Í oi r elevant e.
Fundou escol asem Mi l ão, Rom a, Nápoles, Bolonha, l'ur im e
Parma.
Incenti vou l ei s favoráv eis à enf er m agem . - l'oi a pr int eir a
i nsti tui çãoa uti l i zar, na l tália, enf er m eir asno cam po da Saúdc
P úbl i ca.
WALESKA PAIXÃO
A Marquesa lrene di Tergianti Giusti, presidente da Cruz
Ve rm elha lt aliana d e 1 9 2 0a 1 9 3 7 ,te v e p a rte p reponderantenessas grandes iniciativps.
Foram fundadas numerosas escolas.A maioria está sob a
direção de religiosas.
O ensino pós-graduaçãoprogride lentamente. A escola de
re l i gios asdo O s pe d a l eM a g g i o re m a n te m u m d o s mel horescurso s d a lt ália ( M ilão ).
yA LE M A NHA - F o i a Al e m a n h a u m d o s p ai sesem que a
e n fer m agemm as d e c a i u d u ra n te o s e u p e ri o d o cri ti co. D epoi s
de diversastentativas fracassadaspara estabecelerdiaconisasna
Igreja reformada, conseguiu-oFliedner, pastor de Kaiserswerth,
grandementeauxiliado por sua esposaFrederiça, e apos a morte
d e st a,pela s ua s eg u n d am u l h e r, C a ro l i n a .
Dev iam as dia c o n i s a sd e d i c a r-s eà s o b ra s de mi seri córdi a.
C o mpr eender am o s F l i e d n e r s e r n e c e s s á ri au ma l ormação à
e n fer m eir a e a em p re e n d e ra m .Era u m c u rs o mui to el ementar
a i n da, quant o à ç iê n c i a . C u l ti v a v a m-s en e l e , p o r em, a eti ca, e a
"-arte da enfermagem.
Tor nou- s ec ele b re Ka i s e rs w e rthn a h i s to ri ada enÍ' ermagem,
não so porque suasdiaconisasse espalharampor diversospaíses,
co mo, pr inc ipalm e n te ,p o r te r F l o rç n c e N i g h ti n g al eadqui ri do ai
parte de sua formação profissional.
Outro elemento de grande progressopara a enfermagem na
Al e m anha f oi a Cu z Ve rme l h a .
Logo que es t a s e e s ta b e l e c e u ,fu n d o u n e ssepai s di versos
h o spit ais ,aos quai s a n e x a v ae s c o l a sd e e n fe rmagem.
lsso foi um grande passono recrutamento de alunas, pois a
escola de Kaiserswerth, como as Congregações religiosas, só
a d m it ia c andidat asq u e d e s e j a s s e ms e r d i a c o n i sas.
A s es c olasda C ru z Ve rme l h a a c e i ta v a ma l u nasde qual quer
credo religioso.
E m 1886o V it o ri a H o u s e ,g ra n d e h o s p i ta ld e B erl i m, envi ou
su a enf er m eir a- c he feà e s c o l ad e F l o ren c e N i g h ti ngal e.E m bre.ve outros hospitais imitaram esse exemplo.
À Agnes Karl se devem outros progressosde maior valor.
Org a niz ouum a as s o c i a ç ã on a c i o n a ld e " l rq â s l p* dependentes"
H I S T O R I A D A E N F E R M A GEM
83
filqg-q minimo de |.ano d_eestudos, fundou uma revista de
enfermagem,foi a pri meir a a com bat er os hor ár ios est aÍ 'ant es
das enfermei ras.E m l 92Oa dur ação m inim a dos cur sospassoua
ser de 2 anos.
E m 1924havi a mais de 60 escolasm ant idaspela Cr uz Ver mel ha, todos os grandeshospit aism unicipaist inham a sua, e 3
funci onavam anexasa Univer sidades.
rÁ U S TR IA - A A s sociaçãode Enf er m eir asAlem às m uit o
i nfl ui u sobre a reforma da enf er m agemna Áust r ia. At e pouco
tempo antesda pri mei ra gr andeguer r a,a enÍ er m agemcont r ast ava com a medi ci na. E nquant o est a Í àzia pr ogr essosnot áveis,
aquel a fi cava estaci onár ia.
.
A penas no terreno o bst et r icohavia a Áust r ia l'eit o um gr ande passo.Graças ap!-gpl!-d-o!de Semmelweisssobre a inÍ'ecção
puerperal ,procuravam o s m edicos or ient ar , com algum êxit o' o
preparo das partei ras.
D esde 1913,porem , iniciou- sea f undaçãode algum asescol as. A da U ni versi dadede Viena com pr eendeo cur so de 3 anos.
Termi nada a guerra, i niciar am - secent r os de inst r ução sobr e
H i gi ene Infanti l e S aúd e Pública.
P A IS E S E S C A N DI NAVO S - o pr im eir o passo par a o
mel horamentoda enfer m agemnos PaisesEscandinavosÍ 'oidado
par a diaconisas,sob o m odelo
pel a fundaçãode hospi tais- escolas
Ver
m
elha
e a r ef or m a de Flor ence
de K ai sersw erth.A C r uz
f
at
or es de novospr ogr essos.
pouco
depois,
os
N i ghti ngal eforam,
D IN A MA R C A - A legislaçãodo ensino de enl'er m agem
promul gada em 1956 mant em o cur so básico de t r ês anos. O s
estági osde pedi atri a, obst et r í ciae saúde pública são obr igat óri os. A s escol asdepend em do M inist er io da Educaçào.
A A ssoci açãode Enf er m eir as,f undada em 1889,é o cent r o
de todas as i ni ci ati vas par a o pr ogr essoda pr oÍ 'issão'Publica
uma revi sta.
' S U Ê C l A - P or i n f luência da r ainha Sof ia, Í 'undou- seem
1884 uma escol a di ri gida por um a diplom ada do Hospit al S.
Tomás. Os cursos são d e 3 anos. Há bom ensino especializado,
W AL E S K A P A I X Ã O
p ri n ci p alm ent eem P s ìq u i a tri a As
. e n fe rme i ra stê n l sua associ açã o e rev is t a.
O I ns t it ut o de E stu d o sPo s -G ra d u a ç ã op a ra e n Í' ermei ra. i ni _
ci a l men t e dir igido pel a A s s o c i a ç ã oN a c i o n a l ,e o c e ntro < Jeaper_
l e i ço a m ent o pr of is s io n a l .
'> NO RUE G A
- A p o s u m p ri m e i ro e n s a i od e c ursosde I ant,
e me i o , m ant idospela C ru z Ve rme l h a ,a d e ri u à re !' o rmaN i ghti n_
ga l e e ao c ur s o de 3 a n o s . A As s o c i a ç ã oN a c i o n a l de E nl èi rnei ra s mu i t o c ont r ibuiu p a ra g ,!g v l rr_ q _ _ n -i<--v
i o sgel s tudos.publ i ca
u mu re v is t a.
A L ei de ens ino p ro mu l g a d a e m l 9 4 g e x i g e q ue as escol as
se j a ma p r ov adaspela C o ro a . p e rm i te q u e a s e s tu d a ntesde enl er_
ma g e m í nic iem a es p e c i a Íi z a ç ã oo b s te tri c a o u a psi qui átri ca
a p o s d ois anos e quat ro m e s e s .d e e s tu d o sd e J ' o rn raÇ i l o.
A nrui o_
ri a d a s enf er m eir as ,po re m, p re fe re e s p e c i a l i z a r-se
após os três
an o s co m plet os do c u rs o .
FIN LÂ NDI A - A s p ri m e i ra s e n fe rme i ra sfi n l andesasl ' orma ra m-s ena lnglat er ra . U ma d a s m a i s a tu a n te sn a s ati vi dades
in te rn a cionais ,a B ar on e s aM a n n e rh e i m, fo i d i p l o mada peto S t.
Th o ma s Hos pit al.
Os c ur s osde f or m a ç ã o tê m a d u r4 ç ã o d e 3 0 meses.H á uma
insti tu i ç ãopar a ens ino p o s -g ra d u a ç à oEs
. s e sc u rs o ssão de nove
meses.{ especializaçãoobstetriç^ae feita em doze meses.
Desde 1946 hâ cursos de oito mesespara formação de pess o a l a u x iliar . Há duas a s s o c i a ç õ e sp ro fi s s i o n a i s u
, n i das por um
ç o n se l ho que s e oc up a , p ri n c i p a l m e n te ,d o s a s s u ntosi nternac i o n a i s.
HOLA NDA - O mo v i me n to p ro g re s s i s tan a Hol anda teve
m a rch a um t ant o dif er e n ted o s d e ma i s p a ís e sd o n o r te europeu.
Nã o ca i ra a enf er m age mn o b a i x o n ív e l d e ta n to s o utros pai ses.
Co n s er v ar ar eligio s a sç a to l i c a se m s e u sh o s p i tai s.R ecebera
co n g re g aç õese núc leosd e d i a c o n i s a sp ro te s ta n te sEstas
.
úl ti mas
t oma ra m par t e no m ov i me n to d e e n fe rme i ra sv i s i tadoras,j á i ni ci a d o n a Holanda. A S o c i e d a d ed a C ru z V e rm e l h ap r omoveu em
1 8 7 4 ,a f undaç ão de u ma e s c o l a .A l g u n s e l e Ín e n tosde grande
v a l o r co meç ar am a m e l h o ra r a ' s e l e ç ã od a s e n fe rme,i r4s
hospi ta-
H I S T Ó R I A D A E N F E R M AGEM
l ares, assi nr como o en sino t eor ico e pr át ico. O t r abalho das
pi,oneirasera, porem, travado pelas demais autoridadeshospitaem dependênciaexcessiyade
l ares,que manti nham.e nf er m - eir as
e administrado-r.ç5.
Entre outros pontos, os horários de
m-e-dicos
trabal ho excessi vosç o m au ensino dispensadoàs enlèr r neir as,
l oram causa de uni ão dessas,em associaçãode classe.
E m sua revi sta " Nosokom os" bat er am - sebr ilhant em ent e
pel o progressoda profissão. I niciar am a publicação de livr os
para enfermei ras,auxiliadas por m edicos de valor ; Í 'undar am
cursos para diplomadas, colaboraram nas iniciativas da C(ue
l gi me l hq.'l evando-l he sseusalt ospadr õesde ensinoe Í br m ação.
H á cursosde prepar açãopar a f unçÕ esde dir eção, super visão e ensi no. H á vári as associaçõespr of issionais,ger alm ent e
organi zadasde acordo com os gr upos r eligiosos,m as unidas
numa federação naci on al que publica sua r evist a. r
B Ê LGIC A - O se r viço de enf er m agemse genieJ- vou. nas
mãos das reÍi gi osas_gdas. Reg. uinas,at e que em pr incí pio de
rrossosecul o foi pedi da um a enf er m eir a inglêsapar a or ganizar
uma escol a.E di th C aw ell loi çncar r egadadessal'undação,à qual
se dedi cou até a mor(.e .Encont r ougr andecom pr eensãoda par t e
dos medi cos,o que muit o lhe f acilit ou o t r abalho. lnÍ 'elizm ent e,
sua bel i ssi macarrei ra foi cor t ada inesper adam ent e.Fuzilar am na os al emães,durante a pr im eir a gr ande guer r a,por t er auxiliado a evasãode pri si oneir osf er idos. A car t a que dir igiu a suas
enfermei raspoucos mom ent os ant es da m or t e e um m odêlo de
el evaçãomoral e de ser enidade.
Escrita çom letra firme, deixa às suas colaboradoras uma
úl ti ma e bel íssi mal i ção de cor agem e abnegação.
D esde 1957 a exi g ência par a a m at r icula nas escolasde
enfermagem col oça esse- ç. p; ino- emnivel super ior . Apos t r ês
anos de estudospode ser escolhidaum a especialidadeem quaiquér iãmo de enfermagem, para a qual,se-prepêra'€nìunì ano.
P ara S aúde P úbl i ca, sã o exigidosdois anos.
H á cursos de prep ar açàopar a super visãoç ensino.
S U ÍÇ A - N a enl ' er m agçmsuiça encont r am osum a iniciat iva ori gi nai e avançadaq ue, no ent ant o,não cor r espondeulogo a
8ó
WAL b S K A
P A IX Ã O
e xp e cta t iv a.A es c ola" L a S o u rc e " fo i a p ri me i ra d o mundo a ter
re cu rsos pr opr ios . F un d a d a e m 1 9 5 9 , e m L a u s a n ne, recebeu
mo ça s d e bom niv el s o c i a l . M a s fi c o u i n te i ra m e n t eentre màos
d o s me d ic os , des c on h e ç e n d op ra ti c a me n te a s re Íbrmas e a
o ri e n ta ç ãode F lor enc e N i g h ti n g a l e .S o m u i to re c e ntementeas
a d o to u . P ouc o a pouco , a C ru z Ve rme l h a s e l o rn ou a mai or
re sp o n s áv elpela f unda ç ã o -d eè s c o l a s ,i n fl u i n d o me smo excessi vamente na profissâo, mantendo autoridade sobre a associaçâo
de classe.
Os c ur s osdur am t rê s a n o s ,ma s n ã o h á u m a e s l ruturadetermi n a d a p ar a os m es m o s .H á , p o re m, te n d ê n c i aa i n t. roduzi rmai s
mo d e rn os m et odos de e n s i n o .
A C r uz V er m elha m a n te m c u rs o p ó s -g ra d u a ção.
Várias escolastêm mandado algumasde suasprol'essorasde
enfermagem aperfeiçoar-senos Estados Unidos e no Canadá.
GRÉ CI A - A pós v á ri a s d e v a s ta ç õ e sd e g u erra e catacl i smos, aGrecia tem procurado desenvolvero ensino da enÍèrma-gem. Mantem a Assoçiação Na-çional,e tem obtido várias opor{ç aperfeiçoamento no estrangeiro.
Jq-n_idades
PORT UG A L - En ç o n tra m -s e e m L i s b o a uma E scol a
N a ci o n a l, um a dir igida p o r l rm ã s d e S . Vi c e n te d e P aul o, uma
po r Fra nc is c anasM is si o n á ri a s e u ma a n e x a a o t nsti tuto de
O n co l o g ia na qual s e te m fe i to s e n ti r ma i s p ro fu ndamente a
in fl u ê n cia do s is t em aN i g h ti n g a l e .
ESP A NHA - A pe s a r d e a l g u n s.rtírç o , i s o l a dose de boas
organizaçõesde classe,o çnsino da enfermagem não e dos mais
adi a n ta d os A
. inda não f o i c o mp re e n d i d aa i mp o rtâ nci ados curS ó sre g u l ar es .A s s im , gra n d e n ú me ro d e d i p l o ma s e conl ' eri doa
pessoasque se preparam atravesde estágiossem verdadeira Íorma çà o .
UNIÃ O S O V I É T |C A - A p o s u ma re n ta ri v ad e l egi sl açâo
do a b o rto, a U. R. S . S ., d i a n te d o s p e s s i mo sre s u l tadosde tal
me d i d a , inic iou em pr e e n d i me n to sd e c o mb a te à m ortal i dade
ma te rn ae inf ant il. A ind a n ã o d e u , p o re m, a d e v i d a importânci a
à i e fo rm a int egr al de s u a e n fe rma g e m. Pe rs i s tea preÍerêncr4
HISTORIA DA ENFERMAGEM
87
pelo preparo atraves de prática sem cogitar muito da formação
$õpriamente dita, nem de basesçientificas satisfatórias.
Âs parteirasfoi dada maior atenção,sendo-lhe proporcionaj9-treino satisfatorio.
Á S IA E Á FR IC A - Nos paí sesda Ásia e da Áf r ica, a
grande i nfl uênci atem si do a m issionaf ia.O s pr econceit qsa vencer sâo muilo grandes;raça, religião, castas,opòem forte barreira às iniciativas cristãs. Os progressos,porém, são animadores.
N o Japão começou cedo a r ef or m a ( 1883)pr ejudicada em sua
plena expansão pela oposição à direção das escolaspor enÍèrmei ras.
Mesmo assim, o número e a qualidade das escolasprogredi u. E l evou-sea 100 em l 9 l9 e a 400 em 1930.
$ colaboração da Cruz Vermelha foi valiosa.
Na Coreia, as iniciativasso atrairam.candidatasanalfabetas.
Foram gggit.as,e recçberam um preparo preliminar !e 2 anos.
T!ilq anos depois a exigência para matricula era certificado de
curso secundário.
CHINA - lniciada por missõesnorte-americanas,a educação de enfermeirãs na China _foi bem aceìta e progrediu com
grande rapidez. Pouco depois da fundaçâo da primeira escola,
em Shangai, diversas cidades seguiram-lhe o exemplo.
Estabbleceramaltos pàdrõesde estudo, obtiveram o interesse do Governo. Os medicos se mostraram compreensivose cooperadores.
foi desenvolvidoum magnifico programa de Saúde Pública.
Enfim, se os problemas chinesessão um desafio às enfermeiras
estassabem aceitâ-lo, e estão realizando um trabalho que pode
rivalizar com o dos paises mais adiantados na enfermagem.
N ão obti vemos document açãosobr e a evolução da enf er magem após a separaçãoda China Ver m elha e da Nacionalist a.
ÍN D IA - É ,na Indi a que se encont r amr eunidos,at ualm ente, os mais fortes obstáculosao progressoda enfermagem. Densa população, castas,preconceitosreligiosose sociais,diversidade de linguas, supertições,flagelos tais como a peste, a lepra, a
88_
WALE S K A
P A IX Ã O
fome, opõem-se aos esforços incansáveisde governos e mission á ri o s.
A pes ar da f und a ç ã o d e d i v e rs o s h o s p i ta i s pel o governo
i n g l ê s , dur ant e m uit o te mp o a s mu l h e re s n ã o ousavam i ntern a r-se.
U m dos gr andeso b s tá c u l o se ra o tra ta m e n toÍèi to por medi co s. Foi pr ec is o obt e r e fo rm a r d o u to ra s p a ra c o tìsegui rque as
mu l çum anaspr oc ur a s s e mo s h o s p i ta i s .
E m s eguida, c o me ç o u o re c ru ta m e n to d e e nl ' ermei ras.O
mo vi m ent o aum ent a s e m p re , m a s e s tá l o n g e d e sol uci onar os
g ra n d ese num er os o sp ro b l e ma sd e S a ú d ed a In d i a. N ovas C ongregações Missionárias têm feito da fundação de escolas de
e n fe rm agem e hos p i ta i s s e u p ri n c i p a l me i o d e apostol ado. Ë
notável a atuação da Medical Missions Sisters,que atende comp l e ta m ent eas nec ess i d a d e h
s o s p i ta l a re sp, o r m e i o de rel i gi osas
medicas, en[ermeiras, farmacêuticas,administradorase assitente s so c iais .A ir r da qu e n ã o s e d e d i q u e m a o e n s i n o da E nfermag e m, mer ec em m enç ã o a s Mi s s i o n á ri a sd a C a ri d ade, fundação
de Madre Teresa de Calcutá, instituição recentc, (1948, aprovada em 1950)responsávelpela disseminaçãode hospitais e instituições de atendimento fraterno aos mais pobres dentrc os
pobres.
HISTÔRIA DA ENFERMAGEM
e hoj e a mai s i mportant e. O s ser viços de Saúde Públiça vão
tambem em progresso .
A s enfermei rastê m sua Associaçâonacional.
A S IA ME N OR E SI RI A - Desde o seculoXI X há escolas
de enfermagem anexasaos hospitaismissionários.A enÍèrmeira
ãúèri çana, em C ushman, t r abalhou com gr ande dedicaçâo e
efi ci ênci adurante 30 anos no O r ient e Pr oxim o.desenvolvçuser vi ços notávei s, que mcr ecer am elogios dos gover r t osgr ego e
francês.
A primeira escola de afto padrão foi fundada por iniciativa
da U ni versi dadeA mericana de Beir ut e, em 1905.
PÉRSIA-tRÃ - Apos longo periodo de esforços missionários e desinteressedo governo pelas questões de saúde, desde
193ó começou uma colaboração oficial, pedindo aos missionários fundação de esçolas,custeadaspelo governo.
Apos a SegundaGue rra Mundial foram abçrtas cinço escolas oficiais. Com a colaboraçãode várias instituiçoesinternacionais (OrganizaçãoMundial de Saúde, Cruz Vermelha, Fundação
Rockefeller) foram feitos vários estudose planos para o progresso da profissão.
OC E A N IA E A LGUM AS REG I O ES AF. RI CANAS _ NO
Egito e na União Sul Africana, conseguiram as enÍêrmeiras
i ngl esasestabel ecerbo ns hospit aise iniciar algum asescolasde
enfermagem.
N os pai sessob i nf luênçiaf r ancesa,o t r abalho desenvolvido
e, pri nci pal mente,realizadopelasm issões.Ent r e essasdist inguiram-seas l rmàs de S . Vicent e de Paulo e, r naisr ecent em ent e'as
Congregaçõesde Padrese lrmãs fundadas pelo Cardeal Lavigeri e, especi al mentepar a as m issôesaf r icanas'É' t am bem pr onunci ada a ação de mi ssionâr iosinglesese nor t e- am er icanos.Nos
paÍsesque se formara m r ecent em ent e,or iundosde ant igascolÔ nias, há esforçosconjugadosdos governos,dos missionáriose da
O. M. S ., para a form ação de enf er m eir asem m aior escala.As
regi õesda Oceani a, pr incipalm ent eas m ais cult as com o a Austrál i a, seguemdc perto o m ovim ent o pr ogr cssist ados paiscscuja
cul tura l hes foi transmit ida.
A Austrália e a Nova Zelãndia muito fizeram pela l'undação
reforma de hospitais,organizaçãode estudos,serviço
escolas,
de
de S aúde P ubl i ca e associaçãode enf er m cir as.
IS RA E L - - T ermi n a d a a G ra n d e G u e rra (1 914-1918),na
antiga Palestina,iniciou-se o movimento de formação de enl'çrmeiras.
Fundaram-selogo l2 escolas.A escolade Jerusalem,Íundada por uma enfermçira da Universidade Americana de Beirute,
A MÉ R IC A LA TI NA - A or igem dos colonizador esdos
di versospai sesl ati no - am er icanoslegou- lhesa m esm a lingua, o
espanhol ,costumessem elhant es,a m esm a r eligião- a cat olica.
S uasl utas pel a i ndependênciaseguir ama m esm at endênciae, acl
sacudi r o j ogo cspanho. l,const it uir am - seem Repúblicas.
W ALÈS K A P A I X Ã O
O Bras il c ons t it ui u ma e x e c e ç ã oq u a n to à l i n g u a e a Íbrma
de g o ve rn o dos pr im eiro s a n o s d a i n d e p e n d ê n c i a .
Ap e s ar de c ont in u a re m a p re s e n ta n d o v á ri o s aspectos
co mu n s e pr oblem ass eme l h a n te so, ri tm o d o p ro g re ssonão e o
me smo n e s s esdiv er s os p a i s e s ,n e m n a s re g i õ e sd e u m mesmo
país.A e xplor aç ãodo t r a b a l h o e s c ra v od e i x o u p o r mui to rempo
a ma i o ri a da populaç ão p ri v a d a d e me i o s d e e d u cação, com
serios prejuizos tambem para a saúde.
As cor r ent esim igr a tó ri a stê m s i d o , e m p a rte , c a usade pro_
gresso. Nem sernpre, porem, a imigraçâo e bem orientada no
s e n ti d o d e r ef or ç ar os se to re s d a v i d a n a c i o n a l m a i s necessi t ado s.
Por outro lado, tem sido del.icienteo trabalho para integrar
essa sco rr ent es im igr at ó ri a sn a v i d a n a c i o n a l .
Do progresso nos setoresde educaçâo e saúde, bem como
de outros fatores que mais de perto influenciam o progrcsso
f em i n i n o na A m er ic a La ti n a te m d e p e n d i d o e m g ra n de parte. o
plogresso da Enfermagem.
A ca teques e,f eit a p e l o sj e s u i ta se d e p o i s p o r d o m i ni canos,
f r a n ci scanos benedit
,
ino s ,c a rm e l i ta se m u i to s o u tro s mi ssi onár ios, l e vo u a quas et odas a s re g i õ e ss u l -a m e ri c a n a a
s cri açào de
hos p i ta i se es c olas .
Exp u l s osos m is s ion á ri o sd, e c a i ra m s u a se m p rê s ase l oi l ent o o se u re er guim ent o.
As religios asque v ie ra m p o u c o a p o u c o o c u p a r-s edos hospit ai s n ã o er am bas t anten u m e ro s a s .N e m ti n h a m , a te há bem
pouco te m po, nenhum a f o rm a ç ã o p ro fi s s i o n a l A
. ma i o r parte do
s ervi ço d o s doent es r ec a i a s o b re m u l h e re s s e m p re paro e sem
s ufi ci e n teelev aç àom or a l , p a ra tã o d e l i c a d o mi s te r.
Mu i to s t r abalhosde e n fe rm a g e me ra m Í' e i to sp o r medi cose
es tu d a n tesde m edic ina, p o r n ã o h a v e r e n fe rm e i ra scapazesde
ex e cu tá -l o s .
De sd e o f im do s ecu l o XIX c o me ç a ra m a s te n tati vasde
f und a çã ode es c olas ,m ui ta s d a s q u a i s tê m h o j e e l e v a dopadrão.
ARGE NT I NA - U m d o s a s p e c to sm a i s i n te re ssantesda
enfe rma g emnos t em pos co l o n i a i sfo i o C u ru z u i á- títu l o dado a
HISTORIA DA ENFERMAGEM
9l
um índi o preparadopara at ender aos doent es a dom icí lio, sob a
supervi sãode um mi ssi o nár iopossuidorde conhecim ent osm edi cos.
R aramentese encon t r a €m nossascolônias,cuidado sem el hante.
abandonaIssofoi fei to, em part e, par a que ninguemÍ 'icasse
do, porque €m tempo d e epidem ias( que er am lieqüent es) os
l ei tos hospi tal aresnão er am suf icient es.
E m tempos normai s er a ainda út il o ser viçodesseenl'er m eiro a domi ci l i o, porque os abor í genespr eÍ er iam sçr t r at adoscm
casa.
A construção e o f uncionam ent o de hospit ais, iniciados
pel osj esui tase conti nua do por out r os m issionár ios,apenasat enuava a necessi dadeda cr escent epopulação,m uit as vezesat ingi da por epi demi asde vár ias especies.
N o secul o X tX (182l) , apos vár ias t ent at ivas,iniciou- se,de
modo permanente,o ensino m edico em Buenos Air es.
No pefiodo anterior à formação organizadade enÍ'ermeiras,
di sti ngui ram-se,em di ver sosset or es,volunt ár iascuja dedicação
foi admi râvel .
Mari a R emedi os de l Valle, volunt âr ia de guer r a; Cam ila
R ol on, que se dedj cou ext r aor dinar iam ent eno cuidado dos
vari ol osose durante a e pidem ia de f ebr ç am ar ela.
Fundou, mai s tarde, um a congr egaçãor eligiosadest inadaa
acol her e educar cri ançase or f ãos e a pr est arcuidadosde enÍ 'er magem quer em hospit ais e lazar et os,quer nos cam pos de
batal ha.
A gusti na B ermej o foi out r a volunt ár ia que ia aos bair r os
mai s l ongi nquos para cu idar das vit im as da Í 'ebr eam ar ela, at e
que morreu do mesmo mal.
E scol a.ç- E m 1886,por iniat iva da Dr ç Cecilia G r ier son,
fundou-sea pri mei ra es cola de enf er m agemar gent ina.
tni ci ado com a duração de um ano, f oi em pouco t em po
ampl i ado o curso para d ois. Sua f undador a Í 'oi ainda a pr im eir a
autora de doi s l i vros didát icos par a as est udânt esar gent lnas:
" Gui a de E nfermei ras" e "Educação t ecnica e dom est ica da
mul her"
WALE S K A P A IX Ã O
Em l9l I o gov e rn o s o l i c i to u a u m g ru p o d e enl ' ermei ras
i n g l ê sa se nor t e- am eri c a n a as fu n d a ç ã od e u m a e s c ol a,que, após
mu i ta s dif ic uldades ,fo i b e m a c e i ta e c o n ti n u a e m progresso.
Fu ndar am - s em ai s ta rd e a d a C ru z Vç rm e l h a e a do Mi ni steri o d e S aúde P úblic a .
Na pr ov í nc iade S a l ta ,fo i c ri a d a e m 1 9 3 8 ,p e l a S tandardOi l ,
u ma e s c ola de E nf er ma g e mq u e fu n c i o n o u a té 1 958.
A m ais ant iga esc o l aq u e fu n c i o n a e m U n i v e r si dadee a dc
Tu cu m an, s eguindo- s eC ô rd o b a , C h a c o e R o s á ri o.
A pedido do gov e rn o , a O .M.S . d e u c o l a b o ração tecni ca
p a ra realiz ar um es t u d o n o s d i v e rs o s s e to re sd o Mi ni steri o da
Sa ú d e .
Fo r m ou- s eum a co mi s s ã od e e n fe rm e i ra sq u e mai s tarde I' oi
d i sso l v ida,per m anec e n d on o Mi n i s te ri o a p e n a su ma assessora.
Em 1958 c r iou-s e o D e p a rta me n to N a c i o n al de E nl ' erma g e m .
As as s oc iaç ôes
de c Ìa s s etê m tra b a l h a d op a ra o progressoda
profissão.
Em 1957f oi r eali z a d oe m B u e n o sA i re s o I C ongressoLati n o -Amer ic anodo C. l . C . l . A . M. S . e e m l 9 ó 2 o V l C oneresso
l 'vl u n dialda m es m a e n ti d a d e .
BO LI V I A - E m 1 8 7 8c h e g o u a e s s ep a i s o p r i mei ro grupo
d e re l i g ios asde S ant' An a , c h a ma d a sp a ra a te n d e r aos doentes
d o s h os pit aisde La P a z .
Dur ant e a G uer r a d o P a c i fi c o , d e d i c a ra m-s eaos hospi tai s
mi l i ta re s . Regis t r a- sen e s s ag u e rra o n o m e d e u m a heroi na l g n á ci aZ eballos- qu e s e d e d i c o u a o s fe ri d o sc o mo vol untári a.
Em l9l7 f oi f unda d a a C ru z V e rm e l h a b o l i v i a na,que durante vá ri os anos pr epa ro u s a m a ri ta n a sp a ra o v o luntari ado de
e n fe rm agem .M ant inh a ta mb e m s e rv i ç o sd e As s i stênci aMatern o -l n fa nt il.
Ent r e 1930e 193 5Í' u n c i o n a ra mp e q u e n o sc u rsosde I' ormaçã o d e v olunt ár ias .
Em 1938f or m ou-s en o Pe ru a p ri me i ra e n l ' e rm ei raprol ' i ssi on a l b o liv iana, S r a. Lia P e fra ra n d rd e F i o ri l o .
Nes s em es r no ano fo i i u n d a d a a Es c o l a d e Bnl ' ermagemda
Cl i n i ca A m er ic ana, d e p e n d e n ted a Mi s s ã o Me to di sta.
H I S T O R I A D A E N F E R M A GEM
93
N o ano segui ntefun dou- sea EscolaNacional de EnÍ 'er m eiras, que pouco tempo funcionou.
O ano de 1942marca a r eor ganizaçãoda E, scolaNacionalde
E nfermei rase V i si tador asSociais.Som ent eo cur so de Enl'er m agem entrou ern funci onat nent o.
E m 12 de mai o de 1 952Í bi f undada a AssociaçãoBoliviana
de E nfermei ras.S ua prim eir a pr esident ef oi a enlèr m eir a br asileira Ena Zoflolí de Rodriguez.
N esse ntesmo ano, dada a lent idâo com que aum ent avao
número de enfermei ras,f or am iniciadoscur sosde auxiliar esdc
enfermagem.
E m 1954,com o auxilio do Ser viço Cooper at ivo I nt er - am e'
ri cano de S aúde P úbl i ca ,f or am or ganizadoscur sosde l'or m açào
de chefes e professoras.
C H ILE - S obre e st e pais, obt ivem os apenasdados r elat ivos a E scol asde E nferm agem .
E m 1902 foi aberto o pr im eir o cur so par a a Í 'or m açãode
enfermei ras,funci .onandono Hospit al S. Bor ja.
E m I906, no H ospit al S. Vicent e, or ganizou- seum a escola.
E m 192[, abertura de nova escola, gr aças à gcner osidude
parti cul ar.
A tual mente as escolaschilenas são de nivel univer sit ár io.
P odemosmenci onar:
A dç S anti ago;a E s colaCar los Van Bur en, em Valpar aí so;a
da U ni versi dadeC atol i ca, em Concepcion.
A responsabi l i dadee a or ient ação da pr oÍ 'issãocabem ao
C ol egi o de E nfermei rasdo Chile.
C OLOMB IA - A s pr im eir as r eligiosasque se dedicar ant
à E nfermagem na C ol ô m bia f or am as lr m ãs da Apr esent açào
( r8 7 3 ).
P rocuraram' l ogo for m ar pessoalauxiliar e se esf or çar ant
para fundar uma escol a que f oi aut or izadapelo gover no.
Em 1929fundou-se em Bogotá a Escola Superior de E,nl'ermagem,sob a dependên ciado M inist er io do Tr abalho e da Pr evi dênci a S oci al . E ssai niciat iva t eve o apoio f inanceir oe a coluboração tecni ca da Fun dação Rockel'eller .
WALË S K A P A IX Ã O
A A s s oc iaç ãod e En fe rme i ra sV i s i ta d o ra sS o ci ai s,fundada
e m 1 934, e o c ent r o d e to d a s a s e s c o l a sd e Enfermagem da
C o l ô mbia.
EQ UA DO R - A E s c o l a d e En fe rma g e md a U ni versi dade
d e Gu aiaquil loi f un d a d a e m 1 9 2 9 .M a i s o u menos na mesma
e p o ca f oi f undada a d e Qu i to . C o m a c o l a b o ra ç ã oda R eparti ção
Sa n i târ iaP an- A m er i c a n afo i d e s e n v o l v i d ou m p ro grama de el eva çã o do ens ino e f o rm a ç ã o d e a u x i J i a re s .
MÉ X I CO - O ma i s a n ti g o h o s p i ta ld o Me x ico é o da l macu l a d a Conc eiç ão, cu j a c o n s tru ç â o to i i n i c i a d a p or C ortez em
1521. Ê. o atual Hospital JesusNazareno.
N os pr im eir os te mp o s c o l o n i a i s mu i to a tu o u como enl èrme i ra dos s oldados e s p a n h ó i sa Sra . Is a b e l R odri guez. E sses
serviços foram premiados com o direito de exercer a medicina.
N o s ec ulo X V I j á s e v i s l u mb rau ma o rg a n i z açàode servi ços
d e e n f er m agemc om a fu n d a ç ã o d o s l rmã o s d a C ari dade.
N o s ec uloX V I I c h e g a ra ma o Me x i c o 4 i rm ã o sde S . João de
De u s. E s s ac ongr eg a ç ã ofu n d o u v á ri o s h o s p i ta i s .A i nda no mesmo sec ulo,r eligios a sb e tl e mi ta sc o l a b o ra ra mta m bem na fundaçã o d e hos pit ais .
N o s ec ulo X V lll, d u ra n te u ma te rri v e l e p i d emi a de ti Í' o,os
re l i g i os osde S . J oão d e D e u s p re s ta ra m h e ro i c o s servi ços.
Em 1844c hegar a ma s p ri m e i ra sl rmã s d e C a r i dade,entre as
q u a i sa lr m â M ic aela A y a n z ,a m a i s c e l e b ree n fe rm ei rado Mexi co . N o f im de 1874o g o v e rn o s u p ri mi u a s c o n g regâçõesrel i gi osa s.E m c ons eqüênci a4, 1 0 i rm ã s , d a s q u a i s 3 5 5 m exi canas,dei xaram o pais.
Em 1894houv e a p ri m e i ra te n ta ti v a d e fu n dar uma escol a
d e e n f er m eir os , no H o s p i ta l M i l i ta r d a c i d a d e d o Mexi co. O
e n si n o er a dado por m e d i c o s d o me s m o h o s p i tal .
Em l90l abr iu- s en o v a e s c o l a ,e m s e rv i ç o sd e Gi necol ogi ae
Ob ste t r ic ia.
Em 1903 f undo u -s e n o H o s p i ta l G e ra l d e Santo A ndre a
p ri meir a es c olaque f u n c i o n o u c o m a c o l a b o ra ç ãode enÍ' ermei ra s vi n dasda A lem an h a e m a i s ta rd e s u b s ti tu íd a spor norte-ameri ca n as .
H I S T O R I A D A E N F E R M AGEM
E m 1914foi publ icadoo pr im eir o livr o sobr e e nf 'er m ageme
em l 92l o l i vro " E nfe r m agem Teor ica e Pr át ica".
E m 1925organi zou- sea Escola da Cr uz Ver m elha.
E m 1933real i zou - seo lsCongr esso Nacional de EnÍ èr m agem e ObstetrÍçi a.O 2't r ealizou som ent e em 1955 e o 3e em
| 959.
E m 1945o Insti tut o Nacional de Car diologiainaugur ouum a
escol adi ri gi da pel a Ma dr e G uadalupeCer isola,r eligiosado Ver bo E ncarnado.
E m 1947fundou-sea AssociaçàoM exicana de t . nler nt cir us.
P E R U - A enfe r m agem nessepais cont ou m uit o t em po
com um ti po de vol un t ár io conhecido com o "bar chilon".
E ssadenomi naçã oveio de Pedr o Bar chilon, nat ur al de Cor dova (E ,spanha).
D epoi s de uma v ida polit ica m uit o acident ada,dedicou- se
i ntei ramenteao servi ço dos doent es hospit alizados.
Tal foi sua dedi caçãoque a palavr a "bar chilon" se incor porou ao l exi co peruano,com a signif icaçãode - pessoaencar r egada de servi r os doent es.
A os barchi l onesq ue dem onst r avamcapacidadepar a ser vier am dadas inst r uções'par aapliços de mai or responsabilidade
caçào de medi camen t os,cham ando- se,ent ão, "t opiquer os".
Tambem os " prat icant es" ( est udant es de m edicina) se
cncarregavamde al gunsser viçosque. nor m alm ent e,caber iam a
enfermei ros.
Hospitai.s- O primeiro hospital do Peru foi o de Santo
A ndre, fundado em 15 37.Dur ant e algum t em po f oi o único onde
os índi os recebi am assist ência.
H ospi tal S ão Lázar o ( 1563) - A pr incipio só t inha duas
enfermei ras;chegou a t er capacidadepar a 500 leit os.At ualm ente está transformadoem quar t el.
H ospi tal de S ão Bar t olom eu, est . abelecidoem l65 l par a
tratamento dos escravos.Em 1835passoua ser Hospit al M ilit ar .
H ospi tal de Incur áveis,S. Tur ibio de M ogr ovejo - Fundado em 1669para atend im ent ode incur áveis.At ualm ent e e dediçado a servi ço neurol ógico.
\[' ALE S K A I'A IX À O
Esses foram os principais hospitais fundados no periodo
co l o n i al.
D ur ant e o s ec ulo XIX a p re o c u p a ç ã od a s a u tori dadescom
a a ssi s t ênc iaaos doen te ss e m a n i fe s to un a c ri a ç ã o e na ampl i açã o d e s er v iç oshos p i ta l a re s .
Fundaçãode Escolas - Desde l9l0 começaram as iniciutiva s p a ra es t abelec ere s c o l a sd e e n fe rm a g e ma n e xasaos mel hore s h o s pit ais .
Em l9l0 f oi inic i a d a , c o m 6 a l u n a s ,u ma e s c o l aorgani zada
p e l a e nf er m eir aRos it a L i e te , d i p l o ma d ap e l a E s c o l ado H ospi tal
São Tomás, de Londres. Essa escola foi reorganizadaem l'921,
q u a n d o o hos pit alpas s o ua u m g ru p o d e i n g l e s e se norte-ameri ca n o s, t om ando o nome d e C l i n i c a An g l o -Ame ri cana.
Em I 9 | 5, I 93 | e 1937foram abertasas escolasda Sociedade
d e Be n ef ic ênc ia,do H o s p i ta l P s i q u i á tri c o e d o H ospi tal del
Niõo.
URUG UA I - G ra ç a s a e n fe rm e i ra si n g l e s a sestabel
,
eceuse e m M ont ev ideu, n o a n o d e 1 9 1 2 ,a Es c o l a d e E nl ' ermagem
C a rl o s Ner i.
Foi as s impos s ive la p l i c a r a s n o rma s e s ta b e l eci das
por Fl ore n ce N ight ingale.
VENEZUELA - ,a-preparaçãodo pessoalde Eníèrmagem
n e ssep ais s e div ide em d u a s e ta p a s :d e 1 9 0 7a 1 9 3 6e de I9l ó em
di a n te.
Já ant er ior m ent e e ra m a d m i ti d a s n o s s e rv i ç osobstetri cos
esta g i ár iasque, as pir a n d oa o títu l o d e p a rte i ra s ,re queri am uma
ba n ca e x am inador a.
A p r im eir a et apa e c o n s ti tu i d ap o r te n ta ti v a se sparsas,sem
nenhuma coordenaçâo,dç formar pessoalpara atendimento dos
d o e n te s hos pit aliz ado s Em
.
1 9 0 1 ,n o H o s p i ta l R ui z y paez na
ci d a d e B oliv ar , abr iu- s eo p ri m e i ro c u rs o . Em 1 9 1 2,i ni ci ou-sena
E sco l a d e A r t es e O f i c i o s u m p e q u e n o c u rs o , d a do escl usi vame n te p or um m edic o . Em l 9 l 3 fu n d o u -s ee m C a ra casa pri mei ra e scola de e nf er m a g e m . F o ra m a b e rt.o s ,ta mbem, vári os
p e q u e nosc ur s os ,em v á ri a s ç i d a d e s ,m a s s e m g ra n d e matri cul a.
H I S T O R I A D A E N F E R M A GEM
E m 1936exi sti am' apenas
t r ês escolas:a do Hospit al Var gas,
a da C ruz V ermel ha e a do Hospit al de Cr ianças.
Em 1937foi começado o serviço de visitadorase, no mesnì(.)
ano. a E scol a N aci onal de Enf er m eir as.
A parti r de 1959aum ent ar amas exigênciasde pr epar o par a
admissâoâs Escolasde Enì"ermagem,e os cursos pasóarama ter
a duração de quatro an os.
A tual mente há esc slas em Car acas, M ar acaibo e vár ias
outras cidades. Foi tambem aprovado um programa de Cursos
de um ano pafa a formação de pessoalauxiliar .
A MÉ R IC A C E N TRAL - Q uase t odos os paí sesda Am eri ca C entral possuem.sua escola de Enf er m agem .A de Cost a
R i ca, medi ante a col abor açãoda Repar t ição Sanit ár ia Pan- Ameri cana,tem el evado,em poucos anos,de m odo consider ável,
seu l l adrão de ensi no. Possuicur so de especialização
em obst etri çi a e prepara tambem auxiliar esde enf er m agem .
N i caráguapossuiqu at . r oçscolas.As enf er m eir asest f u r euni das em associ açãonacional. Publica r evist a t r im est r al.
C RUZ VTlRM ELHA
E sta i nsti tui ção, u niver salm ent e conheçida, f oi l'undada
pel o sui ço H èni i D unan t ( 1828- 19t 0) .
Tendo presenci adoenr 1859 os r esult adosdesast r ososdu
batalha de Solferino, procurou organiz-arum serviço de assistênci a vol untári a aos feri d os.
E ssafel i z i ni ci ati vaf oi nar r ada no livr o "Souvenir de Soll'eri no" , publ i cado em 18 62.
O l i vro não se l i mi tou a nar r ar os t r ágicosacont ecim ent ose
os socorrosprestadosna quelaocasião.Pr ocur ou lançar as bases
de uma i nsti tui ção per m aner lt e que m it igasseos hor r or es da
guerra, ni obi l i zandoe or ganizandot odas as boas vont adespar a
servi r às vi ti mas de tai s e out r as calam idades.
L.i saÌgurnasde sua spr opr ias palavr asr evelador asde elevado esprri tode servi ço e da sua lar ga visão no sent ido de ut ilizar
forÇ asvol unti rri as:
HISTORIA DA ENFERMAGEM
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Henri Dunant
99
" P ara ser posta em pr át ica, essaobr a èxigir á alt o gr au de
dedi caçãoda parte de a lgum aspessoas".
" A di fi cul dade. . .e o ser io pr epar o de um a t al obr a e da
cri ação de tai s soci edades".
"Será preciso formular algum principio internacional, convencional e sagrado o qual, uma vez aceito e ratificado, servirá
de base a sociedadesde socorro aos feridos nos diversos países
da Eu_ropa. . ." (pirg. 126).
E m l 8ó3, com a colabor ação de G ust ave M oynier , do
General G.H . D ufour, do Dr . Luiz Appia e do Dr . Theodor o
Maunoi r, consti tui u D unant o pr im eir o Com it ê I nt er nacionalda
C ruz V ermel ha.Foi então r ealizadoum pr im eir o congr esso,com
a parti ci paçãode l 6 pa í ses.
Uma de suas recomendaçõesfoi a criação de Sociedades
nacionais de socorro aos feridos, para as quais solicitou-se o
apoio dos governos.
N a C onferênci ade 1864f oi ult im adaa Convençãode G enebra e.escol hi doo embl em a da Sociedade:Cr uz Ver m elha sobr e
fundo branco, i nspi radona bandeir asuí çaque e ver m elha,com
a cruz branca.
Os pri ncípi osem que se baseiaa ação da Cr uz Ver m elhasão
assi m enumerados:
l . H umani dade- A Cr uz Ver m elha lut a cont r a o soÍ 'r imento e a morte; ped e que, em qualquer cir cunst ância, o
homem sej a tratado humanam ent e.
2. Igualdade- A Cruz Vermelha está dispostaa prestar a
cada um i gual assi stên cia,sem nenhum a discr im inação.
3. Proporcionalidade
- O auxilio disponivel será repartido
segundo a i mportânci a r elat iva das necessidadesindividuais e
conforme a urgênci a.
4. Imparcialidade - A Cruz Vermelha agirá sem I'avor nem
prevençãoem rel ação a quem quer que seja.
5. Neutrqlidode- A Cruz Vermelha deve observar estrita
neutral i dademi l i tar, po lit ica, ideologica,conl'essional,social e
raci al .
6. Independência- A Cruz Vermelha deve ser independente de todo poder e livr e de qualquer inÍ luência.
100
WAL E S K A P A IX Ã O
7. Univer.çalidode
- A assistênciada Cruz. Vernrelha deve
e ste n d er - s ea t odos os h o me n s , e m to d o s o s p a i s e s.
A aç ão ef ic ient í s s i m ad e F l o ren c e N i g h ti n g a l ena Guerra da
Crimeia e a Drganizaçãoda Escola de Enfermagem do Hospital
S. To má s es t im ular amm u i to H e n ri D u n a n t n o p ro ssegui mento
de su a p r ov idenc ial in i c i a ti v a .
So b r e o des env ol v i m e n tod a C ru z V e rrn e l h a ,c i tamos H ans
Ha u g , S ec r et âr ioG er a l d a C ru z V e rm e l h a Su íç a ,e m seu arti go
" Em q ue s e t or nar am a s i n i c i a ti v a sd e H e n ri D u n a nt" .
"Sobre as basesdas resoluçõestomadas pelo Congressode
Genebra, desenvolveu-sepouco a pouco a organizaçãohumanit á ri a d e nom inada " Cr u z Ve rme l h a In te rn a c i o n a l " .
D u rant e as duas g u e rra s m u n d i a i s ,o C o m i tê Internaci onal
d a Cru z V er m elha pr eo c u p o u -s ee, m p ri me i ro l u g a r , com a sorte
d o s p ri s ioneir osde gue rra , fa z e n d ov i s i tá -l o sp o r s e usdel egados
e i n sta l andoem G eneb ra u m s e rv i ç oc e n tra l c i ei n l b r maçõesque
t ra n smi t iu m ilhões de n o tíc i a s e n tre o s p ri s i o n ei ros e suas
lami l i a s .
D u rant e a P r im eira Gu e rra Mu n d i a l , o C o mi t ê contri bui u
mu i to p ar a c om plet ar e a p e rfe i ç o a ra s C o n v e n ç õ e sd e Genebra.
As rev is õese nov a s d i s p o s i ç õ e sd e c i d i d a se m 1929e 1949
sã o e ssenc ialm ent edevi d a s a s u a i n i c i a ti v a .
O cam po de at iv id a d ed a s s o c i e d a d e sn a c i o n a i sul trapassou
d e mu i to as t ar ef as de fi n i d a s p o r D u n a n t e p e l o Congressode
! 8 6 3 . A as s is t ênc ia
pr evi s tap a ra o s fe ri d o sd e g u e rraestendeu-se
aos prisioneiros, aos feridos civis, aos deportados, aos reÍ'ugiado s, à s p opulaç õesdas re g i õ e so c u p a d a s .
Fo ra m t am bem amp l i a d o so s tra b a l h o se m te m p o de paz em
be n e fi cio dos doent ç s ,a c i d e n ta d o s ,d e fi c i e n te sÍ' i s icos,vel hos e
cri a n ça s e v it im as de c a tá s tro fe s .
Em v ár ios pais esa C ru z V e rm e l h a te m Í' u n d a doe manti do
e sço l a sde enf er m agem , a l e n r d o s c u rs o s d e v o l u n t ári as.
Assi m s ejus t if ic a p l e n a me n teo l e m a d a C ru z V e rmel ha:' .l n
pa ce e t in bello c ar it as " .
H I S T O R I A D A E N F E R MAC EM
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B IB LIOGR A I.IA
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D ock and S l ew art - S hort l ìi s tory oÍ' N urs i ng P utnatn' sS ons- N c w Y ork
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l -l i zabcthJ. S cw al l -- Trends i n N urs i ng H i s tory - W B S aundc rs ' l 94l '
Lucy S eynrer - A Gc nc ral H i s tory oÍ' N urs i ng - l -abc r and l -abc r, i 9-12'
Look -- S horl l i Íè ol 'f "l orenc e N i ghti ngal e
Fl orence N i ghti ngal e - N otes on N urs i ng.
,4. Mathcson - 1-l orenc eN i ghti ngal e- N el s on -- Londres '
- v ol . 2, 1950.
Ol i ci na P anutneri car ta
l sabcl S tew art - E du c ati on oÍ' N urs es- Mac Mi l l an' 1944'
N otas manuscri tassobre a enÍi rmagem na B ol ív i a.
tdcni sobre a enl 'erm agc mno P eru.
l nter Medi c a. B uenos
Tcresa M. Mol i na, Hi s tóri a de Ia LnÍermeri a -
A rres. l 9ó1.
l 2) M4 C arrasquclde V a s quez- A puntes para l a H i s torra de l a E nl ermeri u c n
V enezuel a,C aracas. l 9ó0.
R c v i s ta
l J) A . l -crnurrdese B . Naranj o - "tl pers onal de enl ermeri a" V cnczol anade S ani dady A s s i s tenc i a S oc i al -- D ez embro l 9ó1.
l .l ) tl cnri D unun( - U n Souv èni rde S ol l eri no, C roi x R ougc . S ui s s c ,1962'
i 5) Le C onri tc Inrernuti onal< l cl aC roi x R ouge - Genev e - D ,672'
l ó) R OU X IN OL - Man uel - Teres a de C al c utá - A Mul her do S éc ul o sOR vIL_D i stri bui dor aeE di toradeLi v ros Li mi tada_S ãoP aul o.l 977.
UNIDADE VI
ENFERMAGEM NO BRASIL
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pR tU gl R OS H OS P ITA IS - *'Descor ber t o o Br asil, as pr imei ras tentati vasde col oni zaçã oincluí r am em seu pr ogr am a a
abertura de Sanla$CasaE,tipo de casade caridade então comum
em P ortugal e, sob nomei di ve r sos,em m uit os out r os paises.
Inçl uíam el as hospi tai s e r ecolhim ent os par a pobr es e
orfãos;' Fundadaa V i l a de S antos,por Br az Cubas,t eve ela desde
1543.sua S anta C asa.
S egui ram-seas do R i o e Vit or ia, O linda, llheus, t odas do
secul oX V I, conti nuandopel o se culoXVI I a Í 'undaçãode ou( r as.
H á di vergènci asentre os hist or iador esquant o às dat as das
fundações. O certo, porem, e, a at uação pr eponder ant e- - de
,,A nchi eta na do R i o de Janei ro, Tendo chegadoao Rio a esqua' \g
de D i ogo Fl ores Y al dez,tra zendogr ande núm er o dc enl'er tratou A nchi eta de recol her os m esm ospar a t r at am ent o,
egs_:_
i mprovi sandoo núcl eo hospi talarque se t or nou a gr ande Casa
d,ç-Mi seri córdi ado R i o de Jan eir o.
N ão pode seu nome ser esquecido.M issionár io int r cpido,
não se limitava à catequese.Como professor, medico e enl'erur gent esdo povo: H, ducaçào
e
mei ro, acudi a a duas necessi dades
S aúde. E m grande número de docum ent os,deixou est udosde
val or sobre o B rasi l e seus prim it ivos habit ant es.O clim a, os
costumes,as doençasmai s comu ns,a t er apêut icaem pr egada,as
pl antas medi ci nai s são descrit os cuidadosam ent e por esse
104
WALESKA PAIXÃO
h o me m que v iv eu in te n s a m e n tea s e rv i ç o d e n o ssossi l vi col as.
D e l e nos v ier am t am b e m p re c i o s a si n Ío rn ra ç ô e ss obre os ccìnheci me nt os m edic os do s p ri mi ti v o s h a b i ta n te sd a col ôni a. A i nda
q u e e m pir ic os . algu n s e ra m e mp re g a d o sc o n r ê xi to: anti dotos
co n tra v eneno das c o b ra s , p l a n ta s me d i c i n a i s ç ()nìo: guaranú,
, ,1co p 'a i ba,et c . Na c ir u rg i a u s a v a mta l a s d e c a :r:l rd e árvores,l i ga' d ,u ra sde c ipó, v en( o s a sc l e c h i fre s < J cb o i . l \l c rrc i o naA nchi eta a
'a u sê n c iade def eit osfi s i c o se n tre o s s e l !a g s n :.u q ue e conl ' i rmad t-rp o r v iajant ese esc ri to re si l u s trc s .
Fait am - nos dado s s e g u ro ss o trrc a e i tl c rn ra gemde nossas
p ri mi ti v as S ant asCa s a s .
DqÇa a gr ande a tu a ç ã od o s J c s u i ra sn a l u n d ação,di reçào c
ma n u tenç ãodas obr a s d e a s s i s te n c rae, d e s u p o r q ue se encarrcg a sse melespr ópr ios d a s u p e rv i s ã oe m e s mo d o s rr abal hosgerai s
1 /d e e n f er m agem ,f az e n d o -s ea u x i l i a r p e l o s l ' i e i s ,a o s quai s ensi na,a - o que os m es m o se ra m c a p a z e sd e a p re n d e r.O utros rel i gi o/t
so s, p os t er ior m ent e,tra b a l h a v a mta m b e m c o m o enl ' ermei ros.
C elebr iz ou- s e,p e l a s u a i l i mi ta d a d e d i c a ç ã o, l j rci l -abi ano
d e Cri s t o, F r anc is c a n o ,q u e e x e rc e uq u a s e4 0 a n o sas l ' unçõesde
e n fe rmeir o no Conve n to d e S a n to A n tô n i o d o Ri o de Janei ro,
o n d e viv eu t r o s éc ul o XV l l l .
'- Alem do aux í lic id e v o l u n tá rro s .o s re l i s ,i o s o suti l tzavamos
strvi ços de es c r av os.
Hav ia s enlr or esq u e a l u g a v a me s c ra v o sp e ri t<l sem enl èrmag e m p ar a s er v ir em a d o e n te s p â rti c u l a re s . Q u al quer pessoa
p o d i a inic iar - s eno c u i d a d o a o s d o e n te s e , a p o s p equena expe4
ri ê n ci a , int it ular - s ep râ ti c o .
Em ger al, er am a n a l fa b e to s .O u tro s ma i s e ducados, em
l u g a res onde não ha v i a me d i c o , s e o ri e n ta v a m por l i vros de
me d rc inapopular e en l e rm a g e mc a s e i rap u b l i c a d o sem P ortugal .
U m des s esliv r os s e i n ti tu l a v a " L u z d a m e c i i ci naou prái i ca
ra ci o nal m et odic a, gu i a d e e n fe rme i ro ,o b ra mu i t o úti l a todo o
p a i d e Í ' am ilia,de que p o d e râ o a p ro v e i ta rp o b re s e ri cos na l al ta
d e medic os dout os " . Po r F ra n c i s ç o Mo ra to R oma. C oi mbra,
r7 8 3 .
,,
I _pr qpr ia ideia q u e s e fa z i a d a En l ' e rma g eme a Íal ta de
d -i vu l gaç àodos c onh e c i m e n to sc i e n ti fi c o s d e s s ae poca si mpl i l ' i -
H I S T O R I A D A E N F E R MAC EM
catam excessi vamen t as
e exigênciaspar a o desem penhodas Í 'unçôcs atri bui das aos enf er m eir os.
A medi da que chegavamr eligiosasao Br asil iam - lhessendo
Par a a Sant aCasa
de assist ência.
entreguesos estabel e cim ent os
do R i o dc Janei ro, vier anr as lr m ãs de Car idade em 1852.Hoje
Hospit al
pÈ rtencemà S antaC ì asaos seguint esest abelecim ent os:
Geral , H ospi tal S âo Zacar ias( cr ianças) ,Hospit al NossaSenhor a
,
das D orcs (tubercul ose) Hospit
al NossaSenhor ada Saúde,Hospi tal S ão Joào B ati sta,Am bulat ór ios,Asilo Sant aM ar ia, Fundação-R omão de Matos Duar l. e( Ant iga Casa dos' L, xpost os) .
E m 1680foi aber t a a Sant aCasa de São Paulo. Pouco m ais
, tarde fundavam-seas de M inas, Sant a Cat ar ina e Angr a dos
R ei s.
m edica nessesest abeleB em precári adevia ser a assist ência
ci mentos cri ados pel a car idade,em r egião t ão vast a,onde clinicavam pouqui ssi mosm edicos por t ugu€ses. ,
C om efei to, só no seculo XI X se abr ir am no Br asi! as pr imei rasescol asde me dicinae r ar os er am os br asileir os,no per iodo col oni al que podiam est udar na Eur opa.
i*r
Ì F R A N C IS C A DE SANDE - A pr im eir a volunt ár ia de
enl ãi ú-agemno B rasil, cujo o nom e f oi conser vado,e I - r ancisca
de S andeque vi veu no f im do seculoXVll, na Bahia. Êm ula das
Joanasde C hantal e d as l, zabelda Hungr ia, dedicou sua viuvez
ao cui dado dos doen t es.Nas f r eqüent esepidem iasque assolavam a B ahi a, i mprovisavahospit ais, 'eat e no seu solar hospit alizava os doentes pobr es,quando não havia m ais leit os na Sant a
C asa.
C astava, sem çont ar ,ï o socor r o dos pobr es doent es.M or reu a 2l de A bri l de 1702e f oisepult ada na lgr eja da Piedadeem
Salvador.
M.A TE R N ID A D E E I NFÂNCI A - Em 1693, apar ece a
pri mei ra mani festaçã oof icial de pr ot eção dir et a à inf ância do
B rasi l : uma carta régia sobr e os expost os,dir igida ao G over nador da C api tani a do Rio de Janeir o, Ant onio Paes de Sande.
D çl a consta a recom endaçàode que os enjeit adosf ossem ali-
106
W AL L , S K AP A I X Ã O
me n ta d ospelos bens d o C o n s e l h o .N a d a , p o re m , s e í' ezde práti co , p a r a r es olv er o pro b l e ma d a s c ri a n ç a s a b a n d onadas.
Sô em 1738,por i n i c i a ti v a p a rti c u l a r d e R o mão de Matos
Duarte, fundava-se,no Rio, a Casa dos Expostos.
N o inic io de s uasa ti v i d a d e se p o r m u i to te mp o, sua eÍ' i ci ência deixava muito a desejar,
N a s ua f ala à A s s e m b l e i aC o n s ti tu i n te , e m 3 de mai o dc
1 8 2 3 ,as s im s e ex pr es s aD . Pe d ro I: " A p ri me i ra vez que I' ui à
R o d a dos E x pos t os ,a c h e i , p a re c e i n c ri v e l , s e te c ri anças conl
d u a s a m as ,nem ber ç o , n e m v e s tu á ri o .Pe d i m a p a € vi que em l 3
a n o s ti nham ent r ado 1 2 .0 0 0e a p e n a sti n h a m v i n g a do 1.000,não
sa b e n doa m is er ic or d i a v e rd a d e i ra me n teo n d e e l a s se acham" .
Po r a i p odem osv er qu ã o p re c á ri a se ra m a s c o n d i ç õesdo estabel e ci me n t o.P ouc o a po u c o , a mu d a n ç a p a ra me l h o r l ocal e, pri nci p a l ment e,a v inda de Irmã s d e C a ri d a d e ,e m 1 8 5 6,di mi nui ram
co n si d er av elm ent ea m o rta l i d a d e i n fa n ti l . Se g u i n d o o exempl o
da Ca p it al, f undar am -s ea s i l o ss e m e l h a n te se m P e r nambuco,na
Ba h i a e no E s t ado do R i o .
O s ec ulo X I X f o i fe c u n d o , e n tre n o s , e m re al i zaçõesno
ca mp o da m edic ina. Emb o ra p o u c o s e fi z e s s en o terreno da
e n fe rm agem ,podem o s me n c i o n a r a l g u ma s i n i c i a ti vas tambem
n e ssese nt ido.
A pr im eir a dç c ad a d o s e c u l oX IX re g i s tro ua i ntrodução,no
Bra si l , da v ac ina anti v a ri ó l i c a , p o r i n i c i a ti v a d o V i sconde de
Ba rb a cena,e a f undaç ã o d e Es c ò l a d e Me d i c i n a d a B ahi a, esta i
realizadapelo Dr. Jose Correia Picanço.
Até 1830,o pr inc i p a l p ro g re s s oe re g i s tra d on a Obstetri ci a.
A e scolada B ahia inici o u c u rs o sd e p a rte i ra s ,s e n do o pri mei ro
di p l o ma c onf er ido a A n a J o a q u i n a .
Em 1822, oB r as il to m o u a i p ri me i ra sm e d i d a sd e proteçãoà ,
Ma te rnidade que s e c o n h e c e rnn a l e g i s l a ç ã om u n d i al . S ão el as l
'--,1
devidas a Jose Bonifácio de Andrada e Silva.
"
A
R ef er em - s eà m ãe e s c ra v ae d i z e m:
e s c rava,durante a
pre n h eze pas s adoo 3 e m ê s , n ã o s e rá o b ri g a d aa s e rvi çosvi ol entos e aturados; no 8s mês so será ocupada em casa; depois do
pa rto ter á um m ês de c o n v a l e s c e n ç a
e , p a s s a d oe s te,durante um
an o n ã o t r abalhar á lon s e d a c ri a " .
H I S T O R I A D A E N F E R M AC EM
t 07
A pri mei ra sal a de par t os f oi est abelecida,nesseano, na
Casa dos E,xpostos.
D evemos a Jose Clem ent e Per eir a, a pr im eir a enl'er m ar ia
obstetri ca no B rasi l (1847) .Dai por diant e, Bahia, S. Paulo, e
mai s tarde outras provinciasanexar am M at er nidadesàs Sant as
C asas.
E m 1832foi organizadoo ensino m edico e est abelecidaa
l ' acul dadede.Medi ci na ,do Rio de Janeir o.Sua escolade par t eiras di pl omou no ano seguint ea celebr eM adam e Dur ocher , t ida
como primeira parteira do Brasil.
D r. earl ôi A rtur M oncor vo de Figueir edo esc. r eviaem
1874:" D o exercíci oe ensino m edico no Br asil", onde lem br ava
medi das de grande i mp or t ância, t ais com o: m elhor am ent o. do
ensi no, cri ação de novas cadeir ase am pliaçõesde out r as, est abel eci mentode cl i ni cas e labor at or ios.
Lutou, pri nci pal ment e,pela cr iação de um ser viçoobst et r ico e outro de assi stênciaà inf ância.
A nal i sandoa peri gosasit uaçãodas par t ur ient esenì r cguesa
curi osassem a menor com pet ência,pr opunha um cur so de dois
anos para a formação de parteiras.
D evemos-l hestamb em a cr iação da cadeir ade Pediat r iae a
sobr el necessirespecti vacl l ni ca (1882) .Nas suasconsider ações
dade dessa i nsti tui ção, m enciona que o indice da nr or t alidade
inl'antif, ate 7 anos, era então de 460'7,.
N o começo do seculoXX o gr ande núm er o de t esesm edicas sobre H i gi ene Infantil e Escolarevidenciavaos r esult adosde
tal ensi no e abri a horizont es a novas r ealizaçôes.Not ava- se,
porem, na mai ori a dessast eses,um a gr ande lacuna:baseavam - se
não apr esent anem dadoscol hi dos em p ublicaçõesest r angeir as,
do nenhum trabal ho de pesquisaent r e nos.
Mesmo assi m, a atenção dir igida par a a Puer icult ur a e a
P edi atri aera o começo de um a nova er a na nossaM edicina. . - _
Ê pena que essepro gr essoda M edicina não t ivesseinÍ 'luên' ci a sobre a E nfermagem .
- Relegadasas f unçõesde enÍ 'er m eir aa
pl-E
ano
N l -E
R MA GE
ou religioso,sem nenhum car át er t ecnico ou
domesti
coM
- -7l
WA L E S K A P A I X Ã O
108
\
cientifico, não se cogitava, entre nós, do preparo de prol'issi o n ais .
desseprepaQuando os P s i q u i a tra ss e n ti ra m a n e c e s s i d ade
ro , co nc r et iz ando s e u s p l a n o s n a fu n d a ç ã o d a H scol a A l l ' redo
Pi n to, s er ia ot im a o p o rtu n i d a d ep a ra n o v a o ri e n taçãoda enl èrma g e m br as ileir a. , T i v e s s e monsó s , n e s s ao c a s i ã o(1890),vol tado
a a te nç âo par a o q u e s e p a s s a v ae m d i v e rs o s pai ses,onde se
d i fu n dia o s is t em aN i g h ti n g a l e ,e a Es c o l aAl l ' re d o P i nto i ni ci ari a
n o B r as il a r elbr m a d a e n Íè rma g e m.
lqlE liz nient e,p o re m , a c o n c e p ç ã o q u e ti n h amos das I' unçõ e s de enf er m eir al e v o u n o s s o sm e d i c o s a e s ta bel ecera escol a
e m bas esm uit o r ud i m e n ta re s .A s s i m, d a e n Í' e rmagemno B rasi l
d o te m po do lm pe ri o ra rò s n o m e s s e d e s ta c aram,di gnos de
p a ss arà His t ór ia, I e n tre e s s e s ,to d o s d e v o l u nl .ári as,merece
e sp ec ialm enç ão o d e An a N e ri .
_\
r- A NA NÊ RI - N a s c e u An a J u s ti n a F e rre i r a na ci dade de
Ca choeir a,na P r ovi n c i a d a Ba h i a , a o s l 3 d e d e zembrode 1814.
C a sou- s ec om o of i c i a l d a a rma d a Is i d o ro An tô ni o N eri , tendo
e n vi u v a. doaos 30 an o s .T e v e trê s fi l h o s , d o s q u a i s doi s medi cos
mi l i tar es e um of ic i a l d o e x e rc i to . Ern 1 8 6 5e n tr ou o B rasi l em
g u e rr a c om o P ar ag u a i ,S e m h e s i ta r,An a N e ri e screveuao P resi d e n te da P r ov inc ia o fe re c e n d os e u ss e rv i ç o sa o e xerci to, Merece m tr ans c r iç ão âs p a l a v ra sc o m, q u e a v e n e ta n dasenhora,na
i d a d e de 5l anos , s e a p re s e n tag e n e ro s a m e n t epara servi r os
feridos.
E is o t eor de s u a c a rta :
"E x m o. S r .
Tendo jh m ar c h a d o p a ra o e x e rc i to d o i s d e meus Í' i l hos,
a l e m de um ir m ão e o u tro s p a re n te s ,e h a v e n d o se oÍ' ereci doo
q u e me r es t ar anes tac i d a d e , a l u n o d o 6 c a n o d e M edi ci na, para
ta mb em s eguir a s o rte d e s e u s i rm ã o s e p a re n tesna del ' esado
p a ís, of er ec endo s e u s s e rv i ç o s m e d i c o s , c o m o brasi l ei ra, não
p o d e n do r es is t irà s e p a ra ç ã od o s o b j e to sq u e me são caros e por
tã o l o nga dis t ânç ia , d e s e j a v a a c o m p a n h á -l o sp or toda parte,
me sm o no t eat r o da g u e rra , s e i s s o me Í' o s s ep ermi ti do; ntas
o p o n d o- s ea es s em e u d e s e j o ,a m i n h a p o s i ç â oe o meu sexo, nào
Ana Neri
- Mde dos Brasileiros
IIO
W A LE S K AP A IX Ã O
i mp edem , t odav ia, e s te sm o ti v o s , q u e e u o fe re ça meus
servi ços
'e m q u alquer dos
ho s p i ta i sd o R i o G ra n d e a o S u l, onde se Íaçam
precisos,com o que satisfareiao mesmo tempo
aos impulsos de
mãe e aos deveres de humanidade para com aquele, qr"
oro
sacrificam suas vidas para honra e brio nacionaii
e integridade
d o Im pér io.
D igne- s eV . E x c i a . d e a c o l h e r b e n i g n oe s temeu espontâneo
oferecimento ditado tão-somente pela voz do coração.
B ahia, ó de ago s to d e l g ó 5 " .
A c eit o o of er ec i me n to ,e m b a rc o u A n a N e ri no
di a l 3 do
mesmo mês, para os campos de batalha, onde
tambem petelavam dois irmãos seus,
Onde não havia ho-spitais,improvisava um, e
não se poupa_
va, na dedicação aos feridos. Esteve
em Curupaiti, Humaitá,
Assu n ç ãoe Cor r iente s .
S ua dedic aç ãoa to d a p ro v a , a q u a l q u e r h o ra
do di a ou da
noite, valeu-lhe o tituro de Mãe do Iirasiieiros.
Não só uo, norsos socorria. Bastava ser um ferido, para
merecer_lheos mais
desveladoscuidados.Só depois de cinco anos
de trabalho, terminada a guerra, voltou para o seu lar. Trazia
consigo + ori.jã, a"
guerra, cujos pais, soldados,cairam nos
campos de batalha.
N a B ahia t ev e a ma i s b ri l h a n te re c e p ç ã o .O l mperador
D.
Pedro ll concedeu-lhe uma pensão anual de
urn
e duzen_
tos e condecorou-a com as medalhashumanitárias
"onio
de 2s classee
de campanha. Fareceu no Rio de Janeiro aos
ó6 anos de idade, a
2 O d e m aio de 1880,se n d o e n te rra d an o c e mi te ri o
S . Francrsco
^a vl e r.
Foram-lhe prestadasmanifestaçõesde apreço
em dlversas
provincias.
.- ^S."u retrato, pintado a ólço, foi colocado no paço Municipat
ìlë Salvador
pr im e i ra e s c o l ad e e n l ' e rm a g e md e al to padrào
,l no
- õ^ra
Fu\
lada,
a dado o n o me d e n o s s ah e ro i n a ,
s
ll.
,
lot
_lhe
,/
p r i mei raenfl er_
meira voluntária de guerra em nossapátria e
modçlo da dedica_ i
çâo que deve ter toda enfermeira.
I
HISTORIA DA ENFERMAGEM
lll
C R U Z V E R ME LH A BRASI LEI RA - A pr im eir a t ent at iva de fundação da Cruz Vermelha Brasileira foi leita em 1907,
mas sua organizaçãoe instalaçãose realizaram em fins de 1908'
com a cooperaçãoda S ociedadede M edicina"
Seu primeiro presidente foi Oswaldo Cruz, jâ celebre pelas
'
i suasgrandes realizaçõessanitárias.Por decreto de 3 | de dezembro de 1910,o Governo da República r egulou a exist ênciaiJas
associaçõesda Cruz Vermelha que se fundassem no Brasil, de
acordo com as C onvençõesde G enebr a de 1864a 1906'
E m l 9l 2 foi a C ruz V er m elha Br asileir ar econhecidaof icialmente pel o C omi tê l ntern acional da Cr uz Ver m elha em G ene'
bra e sç fez representar na 9ç Conferência Internacional'
A pri mei ra Grande G uer r a ( 1914- 1918)incent t vou m ur t o o
progresso da Cruz Vermelha. Fundaram-se filiais em diversos
Estados e abriram-se cursos de voluntárias.
D urante a epi demi a de gr í pe espanhola,em 1918,a Cr uz
Vermelha colaborou com os poderes públicos na organizaçãode
postos de socorro, demonstrando assim,de modo cabal, sua utiilauA". Hospitalizou doentese enviou socorristasa diversasinstituições hospitalarese a domicilio.
A filial de Petropolis chegou a otganizat e manter um hospital de emergência qúe foi de grande auxilio à população' Tendo
compreendido a necessidadeurgente da formação de çnfermeiros, o setor femi ni no da Cr uz Ver m elha r esolveu iniciar um
curso para o preparo de profissionais.
Ini ci ou este suas ati vidadesem m ar ço de l9lÓ ' A dir eção
tecnica foi entregue ao Dr. Getúlio dos Santos.O curso inicialmente de dois anos, foi ampliado para três. A Cruz Vermelha
mantem curso de Auxiliares de Enfermagem.
Após o flagelo da gripe espanhola,sucederam-seas oportunidades de ação benefica da Cruz Vermelha. Foram socorridas,
em 1919,as vi ti mas das inundaçõesnos Est adosde Ser gipe e
Bahia. As vitimas das freqüentes secasdo Nordeste não foram
esquecidas.As filiais da cruz vermelha nos Estados assolados
distribuíam gênerosalimenticios que chegavam,às toneladas,de
diversos pontos do Pais.
WAL ESK,I\ P A IX Ã O
Fu n d aç ão de hos pi ta i sd e e me rg ê n c i ae m e p o c a sde epi demias, hospitais de crianças, cursos de socorristas,escolas para
pr o fi ssi o naisaux
, í lio a v íti m a sd e d e s a s tre ss, e c a se i nundações,
t ais sã o a lgum as das út e i s re a l i z a ç õ e sd a C ru z V e r mel ha, de
acordo com o programa da Organização Internacional.
Po r oc as ião da S e g u n d a Gu e rra Mu n d i a l fo ram cri ados
diversasfiliais. Muitas dessasse dedicaram ativamente á formação d e vo lunt ár ias ,não i n te rro mp e n d o s u a s a ti v i d adescom o
t ermi n o d o c onf lit o.
Em alguns c ent r os , c o mo R i o , S ã o P a u l o , C u ri ti ba, B el o
H ori zo n te, há hos pit aisd a C ru z V e rm e l h a q u e tê m col aborado
no desenvolvimento da enfermagem.
' SAú D E P ÚB LI CA - E s tu d a n d oa e v o l u ç ã o d a s organi zações sanitáriasno Brasil, devemosmencionar dois grandesmedic os , re sp o ns áv eisum
, pe l a c ri a ç ã od a me d i c i n a p re v enti vaentre
nos, e o u t r o, pelo s eu c o mp l e m e n to , a e n fe rma g e mem S aúde
Pú b l i ca .
São eles, respectivamente,Oswaldo Cruz e Carlos Chagas.
Em torno dessasduas celebridadesmundiais brilham outros
nomes, na grande maioria discipulosdos primeiros e continuadores de seus trabalhos
Para imortalizar o primeiro, bastaria sua vitória sobre a
febre amarela no Rio de Janeiro, após uma árdua campanha,
r idi cu l a ri z ada pelos jor n a i s e p e l a m u l ti d ã o . Ma s a medi ci na
brasileira fhe deve ainda mais: a organização do instituto de
pesq u i sa sque hoje t em s eu n o m e , e m b o ra ma i s c o n h eci do pel o
no me d o loc al onde fo i c o n s tru íd o : M a n g u i n h o s (R i o de
Jane i ro ).
N e l e s e t em pr epar a d o s á b i o sm u n d i a l m e n te c o n heci dose
se realizam trabalhos e estudos de grande importância para a
Sa ú d e Públic a.
Antes de abordarmos o grande trabalho de Carlos Chagas
na fo rma ç ãode nos s asen fe rm e i ra se, x a mi n e m o s s, u mari umente,
a evolução dos serviços de enfermeiras visitadoras.
Já vi mos c om o, nos p ri m e i ro ss e c u l o s ,d i á c o n o se di aconi sas
visitavam e socorriam os doentes.
As Ordens Terceiras se dedicavam tambem a esseserviÇo.
gìa',*',-.:
,
Carlos Chagas
o sístema Nightíngale
BrasíL,
no
Implantuu
HISTORIA DA E,NFERMAGEM
W ALE S K A P A I X Ã O
A O r dem da. V is i ta ç ã o ,n o s e c u l o X Vi l , Íè z u ma tentati va
que não foi avante.
S. V ic ent e de P au l o c o n s e g u i ue s ta b e l e c e rc o m êxi to as vi si _
tas sistemáticasa pobres e doentes.
Florence Nightingale, ao iniciar sua escola de enfermagenr,
incluiu entre os objetivos desta, o preparo de enfermeiras para
f arcnder aos pobres em suas casas. Adotava assim a ideia de
/
William Rathbone que, apreciando os cuidados de enfermagem
dispensadosa sua esposa,desejou estendê-losa todos.
No Brasil, os serviçosde enfermeiras visitadorasforam ini.17
/ ' r "ciad o s e m époc a já m a rc a d a p e l o d e s e n v o l v j rn entoda S aúde
Pública, visando à prevençâo da doença e não somente a cura.
Fo i a f or m aç ão de b o n s s a n i ta ri s ta sq u e e v i d e nci oua necessidade dessa colaboração.
Citemos algunsfatos que marcam a evolução do sanitarismo
entre nós.
Em 1804 o V is c o n d e d e B a rb a c e n a i n tro d u z i u no B rasi l a
va ci n a ant iv ar iólic a.
A vinda da F am il i a R e a l p a ra o B ra s i l a b n u n ova l ase no
se to r d a s aúde c om o e m mu i to s o u tro s .
Assim , já em 180 8 ,s u rg i u o p ri me i ro c a rg o d e saúdepúbl i ca, o de físico-mor do Reino, para o qual foi nomeado o Dr.
Maqoel Vieira da Silva, que centralizou toda a autoridade sanitái.ria, representadanas províncias pelos delegadosde saúde.
Só e m 1886,por e m , fo ra m e mp re e n d i d o stra b al hossani tários de valor, como o saneamentodo Rio de Janeiro.
N a Repúblic a, c o n s ti tu i u m a rc o d e c i s i v o n o sani tari smoo
governo Rodrigues Alves, durante o qual Oswaldo Cruz combat eu vi tor ios am ent ea fe b re a m a re l a e d e s e n v o l v e uo i nci pi entc
in sti tu to de M anguinh o s . Em l 9 t8 c o m e ç a a m a ni festar-seo
in te re ss edos poder esp ú b l i c o s p e l a sz o n a sru ra i s , i ni ci ando-seo
combate â malária.
- -D o i ó ãnos depois ,a U n i â o i n i c i a v a u m p l a n o d e cooperação
co m o s E s t ados ,no co m b a te a e n d e m i a s ,d o e n ç as venérease
lepra.
Já ent ão f unc r ona v a n o R i o u m c u rs o d e e n fermagemda
. Cru z Ver m elha B r as ile i ra ,l i mi ta n d o -s e p
, o re m , a p re pararenl ' erme i ra s p ar a hos pit ais .
il5
da
um marcono reconhecimento
O ano de l9l9 reprçsenta
num
evidencia
se
como
visitadoras'
n.".rriJud" de enfermeiras
Popular'
Sanitária
sobreEducação
Dr. J. P. Fontenelle
;;;;
ilï;;J;'
i'o ro,nu''o-:._l:*i:i:ll: daquere
anoNf3
e sugeremeios para organlapela para a criação desse serviço
zit-lo.
e eo assunt o,I 'oçaliFontenel l eescreveuinsist ent em entsobr
de
m
eios
açào'
e
di
scut
indo
zando probl emas
m oder O Governo Epitácio Pessoaadotouum progranla de
Plácido
por
Pública,
r
eclam
ada
Saúde
ni zação dos servi çosde
Barbosa, Barros Barreto, Custavo Lessae outros'
na
Juntamente com P l ácido Bar bosa't r abalhoul- ont enelle
a
sobr
e
pr incipalm ent ç
l uta contra a tubercul o se, insist indo
i-mportânciada çducação sanitâria'
.D epartamentoN aci onal deSaüdePública. Noset or dePr o|'ila- , ,
no ano
. i i u' du Tuberçul osç\ni c iou- seo ser viçode visit ador as;
set
or de
ao
p.nrou' se em est endçr essaassist ência
em
vener
eas
ao de dot nças
" aFl t" g;;t.,
doenças transmi ssi vei sem ger al e
\ parti cul ar'
achaÀ frente do D epartam ent oNaçionalde SaúdePública
cuJos
Chagas'
dgÇarlos
va-se a figura extraçrdinária
:s.tud:s-^e
trabal hos-desani tari smoot or nar am Í ner ecedor devár t ospr e.
mi os em âmbi to i nternacional'
I
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P ori ni ci ati vaS uaecom acooper açãodaFundaçãoRockeum gr upode enf er m eir asvisit a\ f" ff" t,.ft" gou uo R i o, e m l92l'
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O primeiro d^esses
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e pr im eir a
Mui to devsmos à or ganizador adessescur sos
Sr a' Et hel
nos'a
visit
ador
as
ent r e
ori entadora Ous
" nf" tm t iias
P arsons.
de 192l' Sua
E thel P arsonscheg ou ao Br asil em set em br o
e chef iarum ser viçode Enler mi ssãonão se l i mi tava a or ganizar
da enl'ernramasem. Estava encarregadade estudara situação
ao G over no br asileir o r ecom enda;;;;;i " ' ú' " ' Ã tu'
í v ;.ï" ;;
a ser adotado'
'/
ïõ., poro o programa
I ló
WALESKA PA|XÃO
HISTORIA DA ENFERMAGEM
O pr im eir o pas s op a ra a i mp l a n ta ç ã od a En Í' ermagem basead a n a ex per iênc ian o rte -a m e ri c a n afo i a c ri a ç â o do servi co
-d_9En l _c r m agç mdo De p a rta me n roN a c i o n a l d e S a úde FúbÌi ca, no
. rí
me sm o ní v el de aut o ri d a d ed o s d è ma i s s e rv i ç o s.A ere deveri am
.,'
fi
ca r s ubor dinadasa s a ti v i d a d e sd e e n Í' e rma g e mexi stentesou a
. //
serem criadas. o segundo passofoi a criaçào de uma t,scola de
En fe r m eir as .
a
-Em 1922 chegaramao Brasil mais l3 enfermeiras,sete para
os serviçosde Saúde púbrica e seis para a Escola. para a direçào
d a Esc ola f oi des ig n a d aC ra ra L o u i s e K i e n mi n g er (rg22-rg25).
F undadaa E s c o rad e E n fe rm a g e md o D e p a rtamentoN aci on a l à e s aì de, pos t e ri o rme n teE s c o ìad e En fe rmçi rasA na N eri
e
h o j e Es c olade E nf e rm a g e md a u n i v e rs i d a d e F e derardo R i o de
Janeiro, suas primeiras alunas foram çontratadaspero Deparrame n to, alguns m es e sa n te s d e re ç e b e re mo d i p !oma.
I
lnic-iaramseu trabarho de eriucaçãosanitária nos setoresde
|
-..-.-\profrlaxia da tuberculose e higiene infantil.
N o ano s eguin te( 1 9 2 ó ),e s te n d e ra ms e u tra bal ho à hi gi ene
p re -n at al, e em 192 7 p a s s a ra ma v i s i ta r ta mb em os casos
de
d o e n ç ast r ans m is s iv e i se, x c e to o s d e d o e n ç a s v e nereas.
E m l92t ì c om e ç o u a fu n c i o n a r a In s p e to ri a de l _epra e
D o e nç as V enér eas .
O s s er v iç os de e n fe rma g e m fo ra m d i ri g i d o s, a pri nci pi o,
p e l a e nf er m eir anor t e -a me ri c a n a!{ i s s R i c e , s u b s ti tui da
çm bre':
ve p o r M ar ina B ancl e i rad e O l i v e i ra .
Em 1931, t er m i n a d o s e u c o n tra to , d e i x o u M i ss parsons a
d i re çào do s er v iç o d e e n fe rm e i ra sv i s i ta d o ra s s, e n do substi tui da
p o r D. E dit h de M a g a rh ã e sF ra n c k e r a te 1 9 4 0 . D urante
esse
p e ri o do m ult iplic ara m -s e o s c e n tro s d e s a ú d e em di versos
b a irros .
N es s em es m o an o , o s s e rv i ç o sd e Sa ú d e p ú b li ca Federal no
R i o d e J aneir o pas sa ra ma fu n c i o n a r s o b a j u ri sdi ção da pre_
fe i tu ra.
E m alguns E s t a d o s ,c o m .oSã o p a u l o e Mi n a s . i ni ci avam_se
cu rso s par a a f or m a ç ã o d e v i s i ta d o ra s ,p ro c u ra ndo remedi ar a
/
. {'de fi ci ê n c ia num er ic a d e d i p l o ma d a s ,o u me s m o sua ausênci ..
z
Nessese em alguns outros Estados, foi criado o Departa_
ì
curativa,
mento de Saúde para dar ao povo, não sÓa as'sistência
a Diviprevgptiya'
não
há
essa
organização,
Nos
Estados
a
ç-oJBa
1 são de OrganizaçãoSanitáriado Mínisterio de Educação e Saúde
promove a fundação cie centros de Saúde.
A pesar das grand es dif iculdades que t êm enlr ent ado, as
, enfermei ras vi si tadoras. iá cont r ibuí r am gr andem ent e par a a
i mel hori a das condi çÕ essanit ár iasno Br asil.
,,.i
A medi da que aum €nt a o núm er o de enf er m eir as,o ser viço
4 d" E nf" .tagem no setor pr event ivose t or na objet o de cur sosde
pós-graduaçiìo.
N a opi ni ão, com i ì q'- : ll concor dam os,de algum asdas com petentesenf.' i ,rrerrase m quest õesde Saúde Pública: D. lsaur a
B arbosaLi ma, Mrs. C lar á Cur t is e D. Saf ir a G om es Per eir a,de
uma boa formação tecnica de enfermeirasde Saúde Pública, já
no curso bási co de en f er m agem e, m ais t ar de, em cur sos de
especialização,depende, em grande parte, o êxito dos serviços
de enfermagempreve nt iva.
A organização de centros de saúde bem aparelhados,nos
t l ocai s onde exi stemes colas,é um a das pr im eir aspr ovidênciasa
'i serem tomadas, a fim de que os estágiossejam verdadeiramente
.
.provei tososàs al unas.
A A ssoci açãoB ra sileir ade Enf er m agem ,pela sua Divisão
de Saúde Pública, tem procurado estudar esseproblema e sugeri r mei os para sua sol ução.
Não poderiamos terminar melhor este capitulo do que repetindo as conclusões apresentadaspela Sra. Clara Curtis e D.
S afi ra Gomes P erei ra em seu t r abalho: "For m ação t ecnica de
enfermei rasde S aúde Pública". São elas:
l e - A formação tecnica em enf er m agemde SaúdePública
abrange,em teoria e prática, cursos básiccsem escolasde enfermagem e cursos de especializaçãopara enfermeirasdiplomadas'
g
2e efi ci ência do t r einam ent o depende de unidades
^ bom funcionamento, demonstrando a aplicaçào
sanitárias em
'/prática dos conceitos fundamentais de saúde pública'
i7
3e - A cooperação de sanitaristas,enfermeiras de saúde
.,.'
í) pública, escolas de enfermagem e poderes públicos, reunindo
todos os esforços e récursostornará possivelintroduzir no setor
,,/
I
WALESKA PAtXÃO
.. Y
d e sa úde públic a, r e fo rm a s q u e g a ra n ti râ o o mel horamentodo
e xe rc ic ioe do ens in od e e n fe rm a g e md e s a ú d ep ú b l i ca no B rasi l .
O ano de 1959r e g i s traa a b e rtu rad e d o i s c u r sosde especi al i za çã o em S aúde P ú b l i c a : o p ri me i ro , n o In s ti tu to de H i gi cne,
e m S. P aulo, inic iado e m ma rç o ; o s e g u n d o ,n a Escol ade S aúde
Pú b l i c a, no Dis t r it o F e d e ra l . A m b a s tê m a d u ra ção de um ano
l e ti vo"
E Nf . E R MA G E M
P StQtJ tÁT R | C A ."
O c onhec im ento d a s d o e n ç a s me n ta i s m e re ce um l ugar à
p a rte na his t ór ia da Me d i c i n a e d a E n fe rm a g e m .
Pr im eir am ent e,p o rq u e fo ra m o s d o e n te s mentai s os que
mais sofreram pela ignorância de medicos e enfermeiros; em
segundolugar, porque a doença fisica, qualquer que seja,al'etao
p si q u i s m o,f az de t od o d o e n te s o má ti c o u m s e r a se consi derar
tambem sob o aspecto emocional. Eis por
_tgç"q94Í'eqmeira
_q-l-e
deve saber compreender as_atitudes mentãis de seus doentes,
aceitando-ascomo conseqüentesdesta estreita inter-relação de
soma e alma, e esta seria então a magistral oportunidade de
confortar, cativar e ajudar, atentando os inegáveisbons eÍèitos
d e u m es pí r it o t r anq ü i l o s o b re o c o rp o d o e n te .
C onhec endo os e rro s d o s q u e n o s p re c e d e ram,l evantemos
o p ro ces s oda " c om un i c a ç ã o " c o mo c h a v e m á g i c a na i nter_rel a_
ção enfermeira-paciente. Seja ela falada, escrita ou mcsmo
expressana linguagem universal dos que sabem dar pelo bem
c o m u m ; 9-1mp9!44-q e:ggli
f i gtd -o*-h!unano,que-o seusentid"o
e xp n m a.
O c onc eit o m ode rn o d a d o e n ç a m e n ta l tra z - nosj á al guma
e sp e ranç ade, em f u tu ro b e m p ró x i m o , p o d e r a enÍermagem
p si q u i á t r ic aalç ar o s e u v ô o d e c o n q u i s ta .
Na antiguidade, os homens acreditavam que Íbsse a doença
mental uma possessãodiabólica, não admirando, pois, que o
tratamento preconizado fossecruel e absurdo.Afastar demônios
era a tarefa. Por isso, o homem impunha hediondos castigos e
HISTORIA DA ENFERMAGEM
l19
cri mi nososmaus tratos a o seu sem elhant e,m er o peçador às suas
vi stas.
Tem si do o doente m ent al, desde a alvor ada da m edicina
mental , i nstrumento de pesquisada alm a hum ana. Assim , Í bi
que, H i pocrates, no se gundo ciclo da hist or ia psiquiát r icaperíodo hi pocráti co - cr iou a M edicina do espir it o,subst it uindo o concei to da ori gem sobr enat ur al da "louçur a" pelo da
natuÍeza patologica da mesma.
A l em di sto, di sti nguiudiver sasper t ur baçõesm er t t ais,com o
mani a, demênçi a, para noia, im becilidade e int r oduziu m eios
terapêuti cosraci onai scom o: banhos de im er são,diet a veget al,
sangri as,músi ca, vi agem , et c. , em subst it uiçãoaos exer cicios
mirabolantes dos sacerdotescharlatães.
E ram raríssi mos,por em , alem de pr ecár ios,os est abelecimentos para al i enados,na ant iguidade.Podem osm ençionar os
santuáriosde Epidauros (sec. Vl a. C.); os nosotrolios de Bizânci o e al guns outros hospiciossob a r egr a de S. Jer ônim o. Em
, I nglat er r a;
5ó0,fundou-seum hospicioem Colônia; e em 7( X) na
no C ai ro o Mori stau; a colônia de G heel na Belgica no seculo
xil.
A pesar do i níci o d as Univer sidades,na ldade M çdia, os
ensi namentosde H i poc r at escair am no esquecim ent o,pr incipalmente no campo das doençasm ent ais,volt ando a r einar o l'eit iço e a supersti ção.
P edras mági cas e am ulet os er am usados pelos doent es,
então.
A pesar do retroces soda ciência,algunscient ist asconseguiram estudar assuntosrelativos a idiotia, estupor, imbecilidade e
das lesões orgânicas determinantes dos transtornos psiquicos.
A pareceramos pri mei r osensaiosde cur a de m ania pela t r ansÍ 'usão de sanguee de outr as doenças m ent ais,peÍ a t r epanaçào.
E m P ari s (1660),c om eçar am a f uncionar , no Hot el- Dieu,
duas enfermarias destinadasaos alienados:uma para homens, a
enfermari a S . Luís; e a out r a, a S. M ar t inha, par a m ulher es.
U ma vezj ul gadosi n cur áveis,est esdoent eser am daí m andados para P eti tes Mai so ns, Bicêt r e e Salpêt r ier e.
I2O
PAIXÃO
WALT,SKA
Em Lis boa, o H o s p i ta l d e T o d o s -o s -Sa n to era
s provi do dc
e n fe rm ar iaspar a c ad a s e x o .
Não obs t ant e,os tra ta m e n to sc o n ti n u a v a ma ser os mesmos
e stra nhose c r uéis :t iro d e p ó l v o ra s e c aà q u e i m a - roupa,açoi tes,
a l ça p õ es ,et c .
Finalm ent e, c ie s d eo fi m d o s e c u l o X Vl l l , os pri ncípi os
h u ma nit ar is t asjá ap l i c a d o sn o c a m p o d a a s s i s tênci ageral , vi era rn b e nef ic iar t am b e m o s a l i e n a d o s ,fa z e n d o b rotar i ni ci ati vas
fi l a n trópic ast ais c on i o a d e Wi l l i a m T u k e n a In gl aterra e a de
Fi l i p e P in' elna F r an ç a .
A P inel ( 1745- 1 8 2 6 ),n o m e a d o me mb ro d e u ma comi ssão
para reforma de hospitais,devemos o caráter mais geral e duradouro dessareforma. Apos reiterados pedidos ao Governo, para
a p ro vaç ãode s euspl a n o s ,i n i c i o u a re fo rm a d e B icêtre e depoi s
d a Sa lpêt r ier e.
Tu k e, o inic iado r d a re fo rma d e h o s p i ta i s ,l evantou í' undos
p a ra o pr im eir o hos p i ta ld e a l i e n a d o s( 1 7 9 ó ),c u j o tratamentoera
b a se a doem s is t em ac i e n ti fi c o e h u ma n i tá n o .
N a r nes m aepoc a ,i n i c i a v a -s en o s E s ta d o sU n i d os uma rel ' orma n es s es ent ido, t en d o p a p e l d e re l e v o n a d i fu s ã o deste movi rn e n to , Dor ot ea Ly nd a D i x . V i s i ta n d ou m a p ri s ã o - a H ouse ol '
Corretion at East Cambridge - onde fora lecionar aos detentos,
n u m dom ingo pela m a n h ã , M i s s D i x d e l á v o l ta ra proÍ' undamente i mp r es s ionadac om o s m a u s tra to s i m p o s to sa o s i nsanosconÍ' i nados em celas infectas.
To r nou- s e ela um a i n c a n s á v e ld e fe n s o rad a causados i nsan o s e , em 1843,c ons e g u i au m p ro j e to d e l e i p a ra a comodarmai s
2 0 0 d oent esm ç nt ais .E m 9 a n o s c o n s e g u i un o s Es t adosU ni dos e
C a n a d á. a aber t ur a d e 1 4 h o s p i c i o s .
Com a saúde abalada, viajou para a lnglaterra a Íìm de se
re fa zer , não int er r o mp e n d o , n o e n ta n to , o s e u trabal ho pel a
me l h o r ia de v ár ios m a n i c ô m i o s .
Gr aç as ao pr ogre s s od a s d e s c o b e rta sn o te rreno da P si qui atri a e a ev oluç ão da e n fe rma g e m, o s i d e a i s d e D orotea D i x
loram sustentadosmesmo depois da sua morl.e.
O liv r o de Clif f o rd B ç e rs - " U m e s p i ri toq u e se achou a si
mestno" - v'eio mostrar a todas as nacõescivilizadasa necessi-
HISTORIA DA ENFERMACEM
dade de proteger cten t if icam ent eo seu m ais delicado pat r im ôni o - o potenci al psíq uicode seu povo. E dai par t im os par a as
descobertasda H i gi en e M ent al.
N o B rasi l , em 1830,a Com issãode Salubr idadeda Soçiedade de Medi ci na do R io de Janeir o pr ot est oupela pr im eir a vez,
entre nós, contra o tratamento bárbaro dado aos alienados.Do
rel atóri o apresentadoà Câm ar a do Rio de Janeir o pelo r elat or
da C omi ssão,D r. Jose M ar t ins da Cr uz Jobim , const a:
" N o mesmo P avi m ent oda Sant aCasa est ãoos doidos,quase todos j untos em um a sala, a que cham am Xadr ez, por onde
passa um cano que conduz as im undicies do hospit al. Aqui
verrÌosuma ordem de tar im bas,sobr e que dor m em aquelesm iserávei s,sem nada mai s que algum çolchâo,podr e, algum lençol e
travessei rode aspectohediondo;t am bem vim os um t r onco, que
e o úni co mei o de con t er os f ur iosos,r est o dest est em pos bár baros de que a medi ci na se enver gonhahoje, quando se pr ocur ava
conter os que t.i nham a desgr aça '1" per der a r azào com os
azorraguese toda a sor t e de m ar t ir ios.Há algunsquar t osem que
se metem os mai s fur iosos em um t r onco com um , deit ados no
chão, onde passamos dias e as noit es, debat endo- secont r a. o
tronco e assoal ho,pelo que se [ er em t odos, quando ainda não
vem outro, que com e le est ejae que os m alt r at e hor r ivelm ent e
com pancadâs" .
A o D r. Jose Mart ins da Cr uz Jobim coube t am bem a glor ia
do pri mei ro escri toso br e as doençasm ent aisno Br asil. Foi ele o
primeiro diretor do Hospicio Nacional de Alienados, fundado
em 1814,graças à i nter vençãode Jose Clem ent e Per eir a e ao
apoio do jovem 'monarca Pedro II.
r '
A criação de Institutos e Colônias para psicopatasnos EstadosdeS ãoP aul oeMi nasG er ais, or ganizadosedir igidospor
psiquiatrasde valor, apresentam.porém, uma grande lacuna: a r
enfermagem.
i
--:Èí É irrisorio o número de enfermeiros que se interessapela i
enfermagempsi qui ât r ica.
E outra não serâ a razã,oque não a compreensivel del'esa
daquel as que nâo se sent çm at r aidas por vant agensque lhes
despertem uln rumo a seguir.
122
W AL E S K A P A I X Ã O
, a sua mai ori a,
Sã o m aus os nos s o sh o s p i ta i sp s i q u i á tri c o s n
se m condiç Õ esgeogr á fi c a s s, e m a p a re l h a me n l ote cni ço mi ni mo
i n d i sp e ns áv el,s em pe s s o a la u x i l i a r h a b i l i ta d o , n e m condi ções
q u e l h e s f ac ult em um a p re n d i z a d ora c i o n a l e s e m porte i nteri or
p a ra a c eit aro enf er m e i roq u e c h e g ac o m o u n ì me mbro i ndi spensá ve l n a ec uioe de s a ú d e .
--=Fdftil-n-os,
assim, nodpitais psiquiátricos com condições
te cn i cass uf ic ient esao a p re n d i z a d od o s e s tu d a n te sde enfermag e m. E , nes t e balan ç o v i c i o s o , g i ra re m o s a te <1uedesponte
al g u e m que, at ingind o o p o n to v i ta l , m o d e l e a e n f' ermagemao
doente mental pensando nas suas necessidadesbasicashumanas:
. ã o e fá c i l , s a b e m o s.transÍ' undi rco mu n i c aç ãoe int er -re l a ç ã o N
mo -n o s aos dem ais . M a s , ta m b e m , n ã o e tã o d i l i ci l . E nquanto
al i mçn ta,adm inis t r aa m e d i c a ç ã o j,o g a , c o n v e rs a ,d ança ou si mp l e sment es ent a,s ilen c i o s a m e n tea, o l a d o d o p a c i ente,a enÍ' erme i ra s e env olv e numa a u tê n ti c a i n te rp e s s o a lre lação paci ente -e n fe r m eir a.
E o m ilagr e da e mp a ti a s e o p e ra rá .
C om a c olabor a ç ã o d a s E s c o l a s d e E n fe rm agem, mui to
po d e rá s er f eit o, por q u e rn u j to s e te m a fa z e r, n o B rasi l , pel a
e n fe rmagemps iquiátri c a .
Algumas professoras,especializadasem enfermagem psiq u i á tri c a nos E s t adosU n i d o s ,j á e n c e ta ra ma l u ta de col aboraçã o n a r ef or m a des t e sn ú c l e o s .
Integradas no ensino de graduação, pós-graduaçãoe especialização,já contam com alguns elementos de valor, por elas
formados nèssescursos.
I
Aj u dem - nas as au to ri d a d e s re s p o n s á v e i sE
. e sse pequeno i
p u n h a d o c heio de c o ra g e m p o d e rá m u l ti p l i c a r-see levar aos I
serviços psiquiátricos a indispensávelcolaboração da Enferma- )
g e m a u m . adas m ais d i fíc e i s e s p e c i a l i d a d e me
s d i c as.
J ESC O LA S DE E N F ER M AGE M
DE ALTO PADRÃO
Vi mos no es t udo d a e v o l u ç ã o d a Sa ú d e Pú b l i ca entre nos,
que devemos a Carlos Chagas a iniciativa da fundação de nossa
primeira Escola de Enfermagem de alto padrão: a Escola Ana
}I I S T Ô R I A D A E N F E R MAGEM
Neri. Foi sua primeiradiretoraMiss Clara LouiseKienninger,
senhorade grandecapacidadee virtude,que conquistoupara
sempreo coraçãode suasprimeirasalunas,
com habilisabendo,
dade fora do comum,adaptar-seaos costumesbrasileiros.
Iniçiaram-seos cursosa 19 de fevereirode 1923,com 14
alunas.Instalou-se
o pequenointernatoproximoao HospitalS.
Franciscode Assis,onde seriamfeitos os primeirosestágios.
Em 1926e que lhe foi dadoo nomede ANA NËRI, mudando-seo Internatopara a Avenida Rui Barbosa.
No ano seguinte
era construidopelaFundaçãoRockçfeller
o pavilhãode aulas,proximo ao HospitalS. Francisco.
primeirocursofoi de 28 meses;
passoulogodepoisa32:a
{O
posterior/3e turmajá teveo cursocom a duraçãomencionada
men\e-lg)et775: 3ó meses,equìvale
nte a quatro anos letivos.
I
-I' 'í
Ainda em 1923,a Escoladeu uma provaevidentede suas
vantagens.
Durante um surto de variola,enfermeirase alunas
/
p f dedìcaram-se
aosvariolosos.
Enquantoem epidemiasanteriores
Í.. a mortalidadeatingia5-0/,,baixou,daquelavez, a l5%.
\'-A
pÍimãrf turma se diplomouem 19 de junho de 1925.
Das pioneiras,tiverambolsasde estudosnos EstadosUnidos: Lais Netto dos Reys,Luiza de BarrosThènn (de Araújo),
Maria do Carmo Ribeiro,Olga Salinas(Lacorte)e Zulema de
CastroLima (Amado).
A Miss KienningersucederamMiss Lorraine Denhardt e
Miss Berta Pullen. Com a terminaçãodo contratodesta,tivemos
a prirneiradiretora brasileira:RaquelHaddock Lôbo.
Nascidaa l8 de junho de 1891,foi a pioneirada enlermagem modernaentre nos.Estandona Europa,durantea Grande
Cuerrade 1914,incorporou-se
à Cruz VermelhaFrancesa,onde
sepreparoupara os primeirostrabalhos.Distinguiu-seno serviço
de guerra,a ponto de ser condecoradapelo governofrancês.
Voltandoao Brasil,continuoua trabalharcomo enfermeira,servindo na Santa Casa de Campanhaao lado de uma lrmà de
as falhasde nossa
Caridade,sua antigamestra.Reconhecendo
enfermagem,foi à França em 1922,preparaï-semelhor para a
missâoa que se dedicara.Foi uma das primeirasalunasde sua
turma.Voltandoao Erasil,em 1925,trabalhouna fundaçãoGaf-
HISTORIA DA ENFERMAGEM
125
free Gui nl e. A convit e da Sr a. Et hel Par sons,est eve alguns
mesescomo enfermeir a da Saúde Pública. No sur t o de var iola
em N i teroi , trabal hou com o volunt âr ia,com inexcediveldedicação. C onvi dada, entã o, pela M issão Rockef eller , f oi Í ãzer um
curso de aperfeiçoamentonos Estados Unidos, a fim de assumir
a direção da Escola "Ana Neri". Administração, especializaçã.o
em doenças transmissiveis,pedagogia,tais foram seus estudos,
coroados de mai or êxit o.
E m 1930 col abor ou na publicação da r evist a "Anais de
E nfermagem" . E m j ul h o de I 93 I assum iua dir eção da escola,
trabal ho de tanta rel e vânciapar a a enf er m agembr asileir a.
Foi el e de pouca dur ação, pois a 25 de set em br o de 1933
falecia a primeira diretora brasileirade nossaprimeira escola de
enfermagemsob o si st em aNight ingale.
E mbora curta, foi sua adm inist r açãocheia de'iniciat ivas
progressistas,salientando-se:abertura de novos estâgiose extensão de alguns programas. Foi sua dedicada colaboradora D.
Zaira Cintra Vidal, a quem devemos nossos primeiros livros
escritos para as estudan'tesde Enfermagem: "Tecnica de EnÍ'ermagem" , " D rogas e Soluções" e "Tecnica de At adur as".
D epoi s de sua mo r t e, volt ou M iss Ber t a Pullen à dir eção da
E scol a,na qual foi subst it uí da,em 1938,por D. Lais Net t o dos
Reys.
N asceu essegrand e vult o da enf er m agemnaçional na cidade dc R ezende,E stado do Rio, a 22 de set em br o de 1893.
D e famíl i a mui to conceit uada na sociedadee nos m eios
pol i ti cos, casou-semu it o jovem . e m uit o jovem envir r vou.
Miss Clara Louise Kienninger
lc Diretora da Escola "Ana Neri"
Desde esse momento, só pensou em dedicar-se ao serviço
do proxirno. Abria-se, então, a Escola Ana Neri. Nela ingressou,
e foi uma das premiadas com bolsa de estudos nos Estados
U ni dos.
D e vol ta ao B ras il, çont inuou a t r abalhar na Escola Ana
N eri . E m 1928 uma viagem à Eur opa pr opor cionou- lhe novas
oportunidadesde aperfei(oamento. Em 1932tentou em S. Paulo
a fundação de uma nova escola.A revolução e suasconseqüências imediatas impediram essa realìzação. No ano seguinte, a
t26
W ALE S K A P A I X Ã O
co n vi te do gov er no m i n e i ro , o rg a n i z o u e m B e l o H ori zonte a
Esco l a C ar los Chagas ,q u e d i ri g i u a te o fi m d e 1 938.
l -á r ealiz ou div ers a se x p e ri ê n c i a sd e g ra n d e a lcancepara a
en fe rm agem :c ur s os in te n s i v o sp a ra p ro fe s s o ra sp ri mári as, curso s d e a ux iliar es ,c olab o ra ç ã oe m mo v i me n to sd e cul tura, como
o Mê s F em inino, r ea l i z a d o a n u a l me n te , e m V i ç o sa, no qual
i n tro d uz iu aulas de en fe rm a g e mp a ra o l a r, ta i s fo ram al gumas
de su a s r ealiz aç ões .Fu n d o u e d i ri g i u a re v i s ta " A E ,nÍ' ermagem
em Mi n a s " . Diplom ou a s c i n c o p ri m e i ra sl rmã s d e C ari dadeque
se formaram no Brasil, sob o novo sistema.
Em 1938 as s um iu a d i re ç ã o d a Es c o l a A n a Neri , na qual
p e rma nec euat e s ua m o rte , o c o rri d a a 3 _ d ej u l h o de 1950.
Nesse posto organizou as semanasde enfermagem realizada s a n ualm ent ede 12 a 2 0 d e ma i o , e m h o m e n a g e ma Fl orence
Ni g h ti n galee A na Neri . N e l a s s ã o e s tu d a d o sa s s u ntosrel ati vos
ao progressoda profissão.Essassemanassãojá tradicionais,e se
re a l i za m em div er s ase s c o l a se s e rv i ç o s ,b e m c o mo nas sessões
d a ABEn ( A s s oc iaç ãoB ra s i l e i rad e E n fe rm a g e n r).O Governo as
o fi ci a l i z ou.
i"- ò o m a c olabor aç ã od e D . Ol g a S a l i n a sL a c o rte, i ni ci ou os
\ u rto s d e pos - gr adua ç ã on a E s c o l a An a N e ri , e m 194ó.
Pa r a m ant er o es p íri to d a e s c o l a e n tre s u a s di pl omadas,
f u n d o u a A s s oc iaç ãod a s An ti g a s A l u n a s . In i c i o u a I' ormaçãode
vo l u n tár ias ,t r abalho e s s ee n tre g u ep o s te ri o rm e n teà A ssoci ação
de Vo l unt ár iasde A na N e ri . D e e s p i ri to p ro fu n d a m entecri stâo,
d e l e i mpr egnou t oda a s u a v i d a p ro fi s s i o n a l .
Fo i, par a s uasc ola b o ra d o ra se a l u n a s ,u m m o d el o de abnega çã o , t r abalho as s id u o , b o n d a d e i n e s g o tá v e l .Seu nome e
d a q u e l e sque per m ane c e rã on a H i s to ri a d a E,n Íè rmagem,como
u m e stim ulo às m uit as p ro fi s s i o n a i sa n ô n i m a s ,n a luta persevera n te p a r a at ingir s eu i d e a l .
Em l5 de junho d e t9 3 8 , o d e c re to 2 0 .1 0 9e stabel eçeua
Esco l a " A na Ner i" c o mo p a d rã o d o Bra s i l .
D e 1934a 1937es te v es o b a d e p e n d ê n c i ad o M i ni steri o da
Ed u ca çã oe S aúde.F in a l me n te ,a 5 d e j u l h o d e l 9 3 7l bi i ncl ui rl a
\ n a U n i ve r s idadedo B r a s i l c o m o In s ti tu to d e e n s i n ocompl emenI
t ar. Em 194ó pas s ou a te r n a U n i v e rs i d a d el u g a r i gual ao das
I
IIIS TOR IA
D A E N FE R MA GEM
127
) tl crnai suni dades.Foi a pr im eir a escola do Br asil int egr adaenr
l \, l i ni versi dade.
u
A l em da contri bui çã o de m uit as de suas diplom adas na
organi zaçâode di ferentes ser viços, t ais com o: novas escolas,
servi çoshospi tal ares,ofi c iais e par t icular es,cent r os de saúde,
tem a E scol a A na N eri co labor ado com o gover no em diver sas
si tuações de emergênci a e em iniciat ivas de saneam ent o e
rnel hori adas zonas rurai s. Ent r e out r as, em 1947,or ganizou a
C aravanaA na N eri , que com em or ou a Sem anada EnÍ 'er m eir a
l cvando às margensdo Tocant ins e do Ar aguaia ( G oiás e Par á)
assi stênci amedi ca e dentá r ia, enl'er m ageme ser viço social.
E,tçoJade EnJèrmagem "A(redo Pinlo"'. A mats antrga do
B rasl l , fundada em 1890,sob dir eção m edica, par a m elhor ar a
assi stênci aa psi copatas.
R eformada por decret o de2s de nt aio de 1939,passoua ser
di ri gi da por enfermei ra diplom ada. "'Foi r eor ganizadapor D.
Mari a P amphi ro, uma das pioneir asda Escola Ana Ner i.
E.scolada Cruz Verntelha'.(Rio de Janeiro). Fundado em
pr el 9l 6G' ÏÏÌsõ
de S ocorri st as,par a at ender às necessidades
mentesda pri mei ra Grand e G uer r a, ï oi em br eve evidenciadaa
necessi dade
de formar prof issionais.Funcionar am ,pois, os dois
cursos:o de profi ssi onai se o de volunt ár ias.M as o pr im eir o so
mai s tarde se desenvol veuquando, apos a f undação da Escola
o cur so
A na N eri e a conseqüenteelevaçãodo nivel pr ol'issional,
da C ruz V ermel ha passoua t r ês anos de dur açào, '
Já anteri ornrenteseusdiplom as er am r egist r adosno M inisteri o da Guerra e assi m consider adosoÍ 'iciais.
A parti r de 1949aceler ou- seo r it m o da cr iação de novas
escolas'.
Observando o cresce nt eint er essedos gover nos est aduais,
de vári as C ongregaçõesreligiosase de inst it uiçõescr ist ãs não
catol i cas,pel a fundação de novasescolas,som os t ent adosa julgar que seri a mel hor, em vez de t al disper sãode Í 'or çase dos
poucos recursosde que <Jispom os,
concent r á- losno r eÍ 'or ço e
enri queci mentode al gunr asde nossasm aior es escolas,canalizando para as mesmasas candidat as.
128
W AL E S K A P A I X Ã O
IIISTORIA DA ENFERMAGEM
129
\ ' ^\ l1 ,
\1 É des ejáv ele m e s m o u rg e n te q u e , d e fa to , s ej am auxi l i adas
a s a tu a is es c olas ,par a q u e p o s s a mo fe re c e r à s a l unas cursosde
ma i o r ef ic iênc iaquer p e l o n ú m e ro e c a p a c i d a d ede seusproÍ' esso re s,q uer pelo s eu a p a re l h a m e n to q
, u e r p e l o c a m po de trei name n to e pelas c ondiç õ e sd e c o n fo rto d a re s i d ê n c i ados estudante s, q ue s ão im pr es c i n d i v e i s .
S ua pri mei ra turma cont ava I r m ã M at ilde Nina, I r m ã dc
C ari dade; de sua tercei ra tu r m a f aziam par t e m ais 4 lr m às da
nlesm.aCongregação.
-' P or decreto de 24 de mar çe de 1942f oi equipar adaà Escola
" A na N çri " no mçsmo di a q ue as Escolas"Luiza de M ar illac"
(esta fundada pel a l rmâ Ma t ilde Nina) e "Escola do Hospit al
S ão P aufo" . Fazparte da U niver sidadeFeder al de M inas G er ais.
' E.çcolade EnJèrmagemda Universidade de São Paulo: l-undada cõ* a col abora!âo do S e r viço Especialde SaúdePública,em
1944,l az parte da U ni versidadede São Paulo.
Foi sua pri mei ra di retor a D. Edit h Fr anckel,que já pr est ar a
rel evantesservi çoscomo S u per int endent edo Ser viço de L. nÍ 'er mei ras do D epartamento N acional de Saúde.
Tem-se di sti ngui dopor sua at uação na AssociaçàoBr asileira de L,nfermageme o esforço para manter a revista oÍ'icial da
mesma: " A nai s de E nferma gem ", hoje "Revist a Br ir sileir ade
E nfermagem" .
S ua pri mei ra turma di plom ou- seem 1946.Há vár ios anos a
E scol a está mi ni strando C u r sos de For m ação de Pedagogiae
D i dáti ca apl i cadaà E nferma gem ,Adm inist r açãode Ensino e dc
S ervi çosde E nfermagemcom a dur ação de um ano. 'Essecur so
tem aperfei çoadomui tas pro f essor ase cheÍ 'esde ser viço de vári as escol asdo país e do estiangeir o.Apesar de já Í 'uncionar enr
C ursosde pos-graduaçâoem out r as escolas,os de S. Paulo m antêm crescentematrícul a, tan t o.de r eligiosascom o de leigos,do
B rasi l e da A meri ca Lati na. , At ualm ent e os cur sos seguem u
denomi naçâoe os padrÕesu niver sit ár ios.
N ão dev em os ,p o ré m , e s q u e c e rq u e c a d a n ova escol a stgn i fi ca :
Oc as ião,par a ma i o r n ú m e ro d e m e d i c o s ,d e conheci nrento
e xp e ri m ent alda enf e rma g e mp ro fi s s i o n a l ;
Oc as ião,par a de te rm i n a d o sn ú c l e o sd e p o p u l ação,de i ntere ssepor um a nov a p ro fi s s ã oe m a i o r fa c i l i d a d e de I' reqüênci a
a l e m d e pr ogr es s opa ra o s h o s p i ta i sd a l o ç a l i d a d e.
Maior f ac ilidaded e i n te re s s á -l o sp e l o s p ro b l e masl ocai s de
sa ú d e.
Não podem os , n e m d e v e m o s ,c e rta m e n te ,c onrbateras i ni ci a ti vas públic as ou p a rti c u l a re sd e fu n d a r n o v a s escol as.
E, por em , dev er n o s s o ,p ro c u ra r q u e a s n o v a s í' undaçõesse
fa ça m c om o m áx im o d e g a ra n ti a sp a ra o ê x i to das mesmas.
Nâo e r az oáv elq u e u ma n o v a e s c o l as e a b ra sem que di spon h a d e pes s oaldoc en te p re p a ra d o ,d o s l o c a i s a d e quadosà el ' i ci ê n ci a do ens ino e d e fu n d a d a s p ro b a b i l i d a d esde razoável
re cru ta m ent o.
E;cola de Enfermagem Carlos Ç'49&y, Por decreto ne 10.952
d e 7 d è f unho dè 193 3 ,e i n i c i a ti v a d o D r. Ern a n i Agri col a, entào
Di re to r da S aúde P ú b l i c a d e Mi n a s , fo i c ri a d a p e l o E stado de
Mi n a s a E s c ola de En fe rma g e m" C a rl o s õ h a g a s " , a pri mei ra a
fu n ci o nar f or a da Ca p i ta l d a R e p ú b l i c a .E n tre g u esua organi zaçà o e d ir eç âo a D. La i s N e tto d o s R e y s ,fo i i n a u g u radano di a l 9
d e j u l h o do m es m o a n o .
In ic iar am - s eos e s tá g i o sp rá ti c o s n o H o s p i ta l S . V i cente de
Pa u l o , es t endendo- s ema i s ta rd e a o u tra s i n s ti tu i ções.
-A E s c ola " Car lo s C h a g a s " , a l em d e p i o n e i ra cntre as escol a s e staduais ,f oi a pri me i ra q u e d i p l o mo u re l i g i o sasno B rasi l ,
se g u n d oo padr ão da E s c o l a An a N e ri .
A U X ILIA R E S D E E N FERM AG EM - A r el'or m ada enl'er magem, el aborada por Fl or ence Night ingale.pr evia dois t ipos
de formação profissional:
{
de scr viço e o das
O das S upervi sorasou super int endent es
r./'
enl ermei raspara o servi ço d ir et o dos doent es.
A s duas categori aseram dist int asdesde o inicio do cur so.
pri
mei ras devi am ter maior cult ur a ger al e f aziam alguns
,oA s
.z* ' estudos de ci ênci as medi cas,ainda que m uit o r udim ent ar es.
130
W AL E S K A P A I X A O
Mais tarde preÍ'eriu-sedar a todas um çurso básico, proporci o n a n do- s e,às m ais c a p a z e s ,p re p a ro p o s te ri o r p ara os cargos
d e ma i or r es pons abi l i d a d e .
O cresqenteprogressoda profissão,maior atençâo dada aos
problemas de saúde, estudos atentos dos variados graus de dil'icu l d a de e r es pons ab i l i d a d en o c u i d a d o a o s d o e ntes, al em de
o u tra s c aus as ,lev ar a m me mb ro s d o s ma i s c o m p e t enl esna profi ssã oa pens ar na f or ma ç â o d e u m g ru p o a u x i l i a r../A stentati vas
n e ssese nt ido t êm s ido d a s m a i s v a ri a d a s ;d e s d eo s cursosde três
me se s,d ados nos pr op ri o s h o s p i ta i s ,a te o s d e d e z oi to meses,em
esco l a ses pec iaisou a n e x o s à s e s c o l a sd e En l ' e rmagem.
Ent r e nos f oi D. L a i s N e tto d o s R e y s a i n i c iadora desses
cu rs-o sc, om c ar át er p e rm a n e n te .
O pr im eir o f oi da d o e m B e l o H o ri z o n te , n a E ,scol aC arl os
Ch a g a s ,em 1936,e t e v e a d u ra ç ã o d e u m a n o .
Estabelec ido,poste ri o rm e n l e ,n a Es c o l a " A n a N eri " , passo u a func ionar ç om a d u ra ç â o d e l 8 me s e s .L ,s s aduraçâo equi va l e n te a dois anos le ti v o s Í' o i c o n fl i rm a d an a L e i 115 de 1949.
C URS O CO LE G I A L T É C N IC O D E EN F ER M A GE M
' f cui dadosa doentesem condiçõesm elindr osas,quer sob o pont o
/ de vi sta fi si co, quer menta l.
O número de enfermei ras e insu[ icient e par a esset r abalho e
II as auxiliares não estão preparadas para o mesmo.
A Lei de D i retri zese Basesda EducaçãoNacional ne 4. 024
de 20/12/1961abre largos horizontes para a formação dos mais
variados profissionais em nivel tecnico; isso despertou grande
i nteressede vári as escol a s de enf er m agem par a esse t ipo de
__çnsi no de grau mçdi o.
A r E scol as de E nferm agem , da Univer sidade Feder al do
/
1 Rio de Janeiro e Luiza de Marillac, da PUC, ambas sediadasno
i E stadodo R i o de Janei ro, p r om over am os est udospr elim inar es
/ para abrir um Curso Colegial Tecnico, o que se realizou em
1966.
,
O C onsel ho Federal d e Educação apr ovou a cr iação dos
C ursos,em parecer ns l 7l de 66.
-_ No mesmo ano foram iniciadas as aulas_
D ado o pri mei ro i mpulso e sendo a lei int eir am ent e f avor áL vel ao ensi no tecni co, os cur sos t ecnicos de Enf er m agem se
J.
mul ti pl i caram.
\
( .,- r.-
A S S OC TA Ç Ã O D E VO LUNTÁR|AS
./ -p
Ap ós um per í odo d e e x p e ri ê n c i ad e fu n c i o n a mentode C urso s p a ra a f lor m aç ãode A u x i l i a rç s d e En Íe rma g e m,l ' i couevi dente q u e i s s or epr es ent a v au m g ra n d e p ro g re s s on o n i vel de atendi m e n to d os doent es ,gra ç a sà s u b s ti tu i ç ã op ro g re s si vado pessoal
se m fo r m aç ão par a e s s e m i s te r, p o r a u x i l i a re s ,e speci al mente
pre p a radasem dois an o s l e ti v o s , p a ra tra b a l h a r s o b ori entaçào
de e n fer m eir a.
Po u c o a pouc o, p o re m , v e ri fi c o u -s eu ma l a c una que não
fo ra p re enc hida.E nt r e o s c u i d a d o sd e e n fe rm a g e mmai s el ementares e as funções de magisterio,supervisãoe chefia de serviços,
e xi b ti a um a lar ga f aixa d e a tri b u i ç õ e sq u e n â o e ra m atendi das
sa ti sfa t or iam eht epor n e n h u m d o s g ru p o s e x i s l e n t es.
C o m ef eit o, ent r e e s s e sd o i s g ru p o s d e a ti v i d ade exi ste um
3 e q u e c om pr eende a s u p e rv i s ã od e p e q u e n a s u n i dades e os
r3r
H I S T O R I AD A E N F E R M A G E M
DE ANA
NÉRt :
Uma das conseqüênciasda Segunda Grande Guerra Mundial foi a intensificaçãodo preparo de enfermeiras profissionaise
voluntárias.
A contri bui çãoda E sco laAna Ner i no set ordo volunt ar iado
foi das mais proveitosas.
S uas vol untári as se reu niam em Associação,por iniciat iva
de D. Maria das Dores Cavalcanre. Tendo visto de perto a premente necessi dadede enfç r m eir as,r esolver amauxiliá- laspelo
preparo de voluntárias e auxiliares de enfermagem.
A associaçãomanteve essesdois cursos por longos anos,sob
a supervi sãode enfermei ra s.
Fazendo a maior parte de seusestágiosna Santa Casa, contri buíram mui to para a melhor ia dos ser viços.
As voluntárias pelo setor de costura, proporcionam aos serviços a roupa necessáriaao conforto dos doentes.
132
W ALI S K A P A I X Ã O
HISTORIADA ENFERMAGEM
S ubvençãoe assi stênc iat ecnica a hospit ais
D i spensári osregi onai sant it uber culosos .
C ooperação tecni ca e f inanceir a a escolasde
enÍ' ermagem
l dem, de auxi l i aresde enf er m agem . . .
B ol sasde estudosa enf er m eir as'coln a colabor ação de vári as Í' undaçÕ es.
B ol sas para o curso básico no Br asil ( at e 1957)
Al e m das alunasqu e fre q ü e n ta ra mo s c u rs o sd e auxi l i arese
de vo l u nt ár ias ,a A s s oc i a ç ã od e v o l u n tá ri a sA n a N e r i deu aul ase
ori e n ta ç ão a gr ande nú me ro d e a te n d e n te sd a S a n ta C asa.
FU NDA ÇÃ O S E R VIÇ O ES PE C IA L D E SA Ú D E P Ú B LIC A; Cría da em 1942,p o r c o n v ê n i o fi rm a d o e n tre o B rasi l e os
Esta d o su nidos , inic iou s e u stra b a l h o sd e s a n e a m e ntonos val es
do Ama z onas e do Rio D o ç e.
Su a s at iv idadess e e x p a n d i ra me m p o u c o te m p o . Medi ante
c o n vê n i o c om v ár ios E s ta d o s , i n i c i a ra m-s e o s p ro gramas da
B a h i a e do Nor des t e,a l e m d o a c o rd o c o m a C o m i ssãodo V al e
do S. Fra nc is c ô,que s e rv ea v á ri o s E s ta d o s(Al a g o a s ,pernambu_
c o , Se rgipe e M inas G e ra i s ).
Al e m da ins t alaç ã od e S e rv i ç o sh o s p i ta l a re se u ni dadessani _
t á ri a s, o S E S P es t im ul o u a fo rma ç ã o e o a p e rÍ' e i çoamentode
pro fi ssi onais s, alient an d o -s eo d e e n fe rme i ra s .
Pe l a c ooper aç ãode c i s i v a n a fu n d a ç ã o d e e s c o l asde enl ' er_
ma g e m e de aux iliar esd e ç n fe rm a g e m ,p e l a p re p a ra çâode pes_
so a l a u xi liar em s er v iç o ,p e l a c o l a b o ra ç ã oc o n s ta n recom A B E n,
pe l a tra duç ão e public a ç à o d e l i v ro s d e v a l o r, o SE S p e unr
se rvrçoque m uit o es t á c o n tri b u i n d o p a ra o p ro g re ssoda enÍèrma g e m no B r as il.
A Fu ndaç ãot em pr o m o v i d o v á ri o s p ro g ra m a si n tegradosdc
s a ú d e , e x ec ut adoss ob a re s p o n s a b i l i d a d ed o s E s tados,com i r
c o l a b o ra ç ãodo M inis t e ri o d e Sa ú d e ,d o F u n d o In te r naci onalde
So co rro à lnf ânc ia ( F I SI) e d a Org a n i z a ç ã oM u n d i al de S aúde
E nfennei rasnoestrangeir o. . .
P reparo de aux. de enf er m agem. . .
P reparo de vi si tadoressanit ár ios
I JJ
6
5
7
3
350
24
416
687
Tem col aboradocom os M inist er iosde Educaçàoe de Saúde apresentandosubsi dospar a a elabor açàode pr olet osde leis'
N a E scol aN aci onal de Saúde Públicat om a par t e no enst no
mi ni strado ü cnl ' ermei ras.
Menci onamosaqui apenaspar t e da par t icipaçãoda FSL'SP
em trabal hosde vári as i ns t it uiçõesde int er essepar a a saúde'
A mats constante,porem ' dur ant e m uit o t er npo' t 'oi a colaboração com a A ssoci açãoBr asileir ade Enf er m agem '
ASSOC'IAÇÃOBRASILEIRA DE ENFERMAGEM
(ABEn)
( o MS) .
Essespr ogr am asf o ra m i n i c i a d o s e m 1 9 5 g ,n o s E stadosdo
Pi a u i , R i o G r ande do N o rte , Se rg i p e e M a to Gro s so.
N ã o podendo es t en d e r-n o s o b re c a d a tó p i c o , c ítamos aqui
alg u ma sd as r ealiz aç õe sd e s s es e rv i ç o ,q u e m a i s d e p e rto i nteres_
s a m a o n os s o as s unt o.F o ra m o b ti d o s n o re l a tó ri o de l 9ól :
Ad minis t r aç ão de u n i d a d e ss a n i tá ri a s
Ad minis t r aç ão de s u b p o s to s
Ori e n t aç ào de unid a d e sa d mi n i s tra ti v a sD o r s e crel ar r as es t aduaisd e s a ú d e
Ma n ut enÇàode hos p i ta i s
286
6)
IIJ
30
(
I A ssoci ação B rasi leir a de Enf er m agem . cujo pr im er r o
r Íìorrì€foi Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas, Í'oi
fundada em 1926,por um gr upo de enf er m eir asda la' e da2a'
'I
turma da E scol a de E nfer m eir asdo Depar t am ent oNacional de
nti vad aspela Sr a. Et hel Par son e D' Edit h
\ S ouO" P úbl i ca.ni nce
ì Fraenkel .
'
A di retori a provi sória, que t eve dur ação de um ano' loi a
segui nte:P resi dente,R i mi dia Bandeir a de SouzaG ayoso ( da 2a'
turma): S ecretári a, l sol i n a Lossio; Tesour eir a, lsaur a Bar bosa
Li ma, ambas da l a. turma ( 1925) .
134
W ALES K A P A I X Ã O
Na a t a da la. r euni ã o d a As s o c i a ç ã o ,c o n s ta mo s nomesdas
pre se n tç sc, ons ider ada s ó c i a sfu n d a d o ra s .Sã o e l a s :Mari a Fran_
c is ca Fe rr eir a de A lm e i d a R e i s , R i m i d i a B a n d e i ra de S ouza
G ayo so ,J udit h A r êas , ls o l i n a L o s s i o ,l s a u ra B a rb o s aLrma, Ode_
t e Se a b ra,Cec y Claus e u ,H e l o i s a Ve l o s o .
A p rim eir a dir et ori a e l e i ta te v e c o m o p re s i dente E di th
F ra e n ke l ,c ujo dinam is m o e e n tu s i a s mop e l a p ro l ' i s sãoentravam
e m a çâ o s em pr e que a A s s o c i a ç â op e ri c l i ta v ao u q u a n do se í' az_i a
s e n ti r n e c es s ár ioum es fo rç o p a ra a s o l u ç ã o d o s m u itos probl e_
m a s q u e s ur gt am .
A ABE n ganhou no v o v i g o r q u a n d o , Í' o rm a d a sa s l as. enl ' er_
me i ra sp e la E s c olade E n ferma g e m d a U .S.p .,Í' o i c o ncreti zadaa
f und a çâ o das pr im eir as s e ç õ e se s ta d u a i s .,Ol v g ru p o da A tsE n
Í bi a Se ção do Dis t r it o l -e d e ra l .O n ú c l e o l ' u n d a d oe m S . paul o
t orn o u -sea S eç ão daqu e l e E s ta d o . Mi n a s Ge ra i s , q u e Íora o l .r
E , sta d oa fundar unr a E s co l ad e E n fe rm a g e m ,a p ó s o s d ez pri ntei _
ros a n o s de f unc ionam e n tod a L ,s c o l aA n a N e ri . c o nsti tui u a Jq
s e çã o e stadual.
- Desde 1928,a Associaçãofora aceita como
membro do ICN
(lnte rn a tionalc ounc il of N u rs e s ),d u ra n te o C o n g re s sol nternacional realizado em Montreal (Canadá).
Pa ra que a inc ipien te a s s o c i a ç ã oti v e s s ea p o s s ibi l i dadede
ser a ce i ta, m uit o t r abalh a ra m Eth e l p a rs o n se Ed i th Fraenkel ,
rem o d e l andoos es t at ut o s ,d e n tro d a s e x i g ê n c i a sd o l C N .
De sde s ua r eor gan i z a ç ã .oe,m 1 9 4 4 ,te m s i d o a A B E n um
c entro d e união e es t im u l o p a ra a s e n fe rm e i ra se a re sponsável
pelo i n i n te r r upt o t r abalh o e m p ro l d o e n s i n o e d a l e g i sìaçãoda
pr o fi ssã o, c ulm inando n a fu n d a ç â o d o C o n s e l h o l -ederal de
E n fe rma g em( Lei nr 5. 9 0 5 1 7 3 ).
A l ç Pr es ident edo C o n s e l h oÍb i M a ri a R o s a p i n hei ro, Í' i gu_
ra d e g rande r elev o n a A BE n , d a q u a l Íb i p resi dente
( 195 4 -1 9 5 8)t,endo ex er c i d o c o m b ri l h a n ti s mo Í' u n ç òesda mai s
alt a re sp ons abilidade.
R E V I S T A B RA S IL E IR A D E EN F .ER M AGE M
Pu b l i c ada a par t ir d e l 9 J I, te v e a p ri n c i p i o , o nome de
"A n a i s d e E nf er m agem " .c o n v i c ta s d a i mp o rtâ n c i ad a A ssoci a-
D A E N FE R MA GE M
H IS TÔR IA
I 35
de t er a m esm a um a publicação
ção de cl assee da necessi da de
Bdit h Fr aenkel'
peri odi ca, 4 l e presi dente e f et iva da ABEn'
publicação'
a
auxi l i adapor R achel H addo ck Lobo, iniciou
de pr ogr essoe
P assoua revi sta por todas as alt er nat ivas
publicada
epocas'
cer
t
as
retrocessoda A B h,n' sendom esm o,em
apenasuma vez por ano'
de alt o niTornou-se, Í' i nal mente,u m a r evlst a pr of issional
valor
es'
novos
vel . ondc se revel am semprc
C ON GR E SSO S NACI O NAI S
'Um
em pr cgados grandesmei os de pr ogr essosda pr ol'issào
r
anuais' ealizados
ao, p" ro;B Ë " , são os C ongr eisosNacionais
\ sucessi vamente
em vári os E st adosda Uniào'
real
i zadoem S' Paulo,em 1947' ainda por inicial
'
r
o
D esde
vào osti va de E di th Fraenkel , auxiliadapor Ella Hasaenkeger '
br
ilhant
ism o e
m
aior
se sucedendo,ca da ano' colr ì
"resul
ongr"tados
rro,
P ráti cos.
I nt çr naA A B E n foi tambem a or ganizador ado Congr esso
l'
196
em
PanAm
er
icano
ci onal de 1953e do C ongresso
CI
CI
AM S
ao
m
em
br
os'
seus
de
Tendo se fi l i ado, po' -uá t iot
Asslst
ent es
e
Enf
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m
eir
as
de
(C onsel ho l nternaci onal C at ólico
int
er
nar
euniÕ
es
suas
de
participado
Medi co-S oci ai s) tem
ci onats.
C ONCLUSÃO :
de alguns
Ao termrnar esta sumária exposiçãoe apreciação
conalgumas
tiremos
enfermagem,
da
fatos relativos à evolução
B
rasil'
ao
cl usõesem rel ação
lent o' pelo
P odernosnotar que, ent r e nos, se o pr ogr essol'oi
em cer t as
ver
il'icada
rnenosnào se deu a decadê nciaver t iginosa
às Sant as
passam
os
dom
est
ica
cpocase regi ões.D a enferm agem
com
pet cnt e'
pessoal
e
casas onde-,na l al ta de bons edr f icios
hum
anidade'
procurava-setratar os doen t es com
13ó
WA LE S K AP A IX Ã O
D os es c r av os , ^ e n s i n a dnooss l a re sp a ra
c u l c l a rdos doenfes,e
u l u g a d osc om o enr er rn c i r,s ,rc c e b i a m
ts p a c i c n tesservìçoscari n h o so s ç om o s abia p rc s ta r o c o ra ç à o
a te tu o s o d o preto. N Ìo
csca p a m os ,por er n, a o tra ta m e n to c ru e l
d j s p c n s adoaos l ouco.s,
co mo s e pode v er il' ica r,n l ).c a p l i u l o s o D re
a rs tq utat.a, ü[raves
d o re l a t ór io do Dr . J o b i m.
I-om os im ens am e n teb e n e ri c i a d o sp e ra srra d i çoes
de bondad e d e i x adaspelos J esu íta se o u l ro s re l i g i o s o s ,
e re l.orçadas,
mai s
ta rd e , p elas num er os a sc o n g re g a ç ò e sI' e n ti n i n a sq, u e.
succssi va_
mcn te . t om ar an. ra s i o s c rv i ç o d o s d o c n tc s .
In í ' eliz m ent e,por e m , Í' o mo sl e n to s e m ro m a r
c Ònscrênci oa
a
p re ca riedadedes s aen l ' e rm a g e m .
Pa r a is s o c ont r ib u i a b a s ta n tea e s c a s s e z
d e c o nheci nrentos
nre d i co se de or of is s i o n a i sd a n re d i c i n a .
ò o na s egundanr e ta d ed o s e c u l o XIX c o m e ç aram
a mul tr_
p l i ca r-s e os m edic os d e g r;n d e v a l o r.
A i n Íl u ê .n ci ade pasteur
e sti n ru louo int er es s ep e l a p e s q u i s ac i e n ti ri c a .
o tìa g el oda I-cbrc
Ama re l a , que dur ant e m e i o s e c u ro c e i l ' o u a n u a rmente
no R i u
mi l h a re sde v idas ,e t orh e u n o s s a sre l a ç õ e sc o m
o s d cmai spai ses,
l'o i u m des af io aos nos s o sg o v e rn o se m e d i c o s .
A c e i tou-o e verrce u -o Os waldo Cr uz , c o m a te n a c i d a d ee d e d i c a ç ào
do sábi o ç
do p a triot a, do hom em p ro fu n d a m e n teh u ma n o
q ue nada l azìa
r ccu a r quando s e t r at a v ad a c i ê n c i a e d o b e m
d e s e ussenreÌhan_.
t cs..Assint s c pr epar av ao c a mi n h o p a ra a s l .u tu ra s
organi zações
sa n i tá ri ir se s eu des en v o rv i me n t' .p o r o u tro ra d o .
o s l studos d.
Pe d i a tria e obs t et r ic ia d e s p e rta v a mi n te re s s ep e l o s
probl emas
c ru ci a n tesde er ev adam o rta ri d a d en l a te rn ae rn l a n ti l
e rcvavamà
c ri a cã o do ins t it ut o de p ro te ç ã o à ma te rn rd a d e
c a i nl .ânci a.
Fi n aÍ m ent e,a Í ' un d a ç â od a C ru z Ve rme rh a
.'
Brasi l ei rae sui .
, ''a tu a çà o na pr inr eir a G ra n d e G u e rra , p ìr.ro ,
e m evi dênci a i .
\ -nece ssi dadede pr epar a r e n l ' e rme i ra sh o s p i ta l a re s
A l 'undaç âoda E s c o l ad a C ru z Vc rm e l h a ,
s o b a di reçào de
nre d i co s pr
, ov ou pc la s e g u n d av e z ,
n e g a ti v a m e n ree n tre nos,que
um d o s fat or es es s enci a i sd o ê x i to d e u ma Es c o rad e E nÍ.ernragcm e a d ir eç ào da nr es m ap o r e n fe rme íra s r/A
C a rl o sC ;" ;;;. ;,
di re to ri a do Depar r anr e n roN a c i o n a rd e
Sa íd c p ;;i l .;;;ï;;r;:
H T S T O R I AD A E N F E R M A G E M
l3?
a compreensâoexata do pr oblem a, e sua solução com a Í 'undação da pri mei ra escol a de alt o padr ão ent r e nôs. Foi çsse o
marco i ni ci al de nova epoca par a a enl'er nr agemDesde
.
cnt ào, o
progressovem segui ndo um a t r a1et or iacada vez nr ais r ápida.
A l gumas das úl ti mas i niciat ivasdo M inist er io de Hducaçào
e C ul tura, sendo Mi ni stro o Pr of essorRaym undo M oniz de Ar ugào, íoram de grande al can cepar a o pr ogr €ssoda Enlèr m agem .
E ntre outras menci on am os: a cr iação de um a Com issão
Mi ni steri al ,compostade elem ent osde pr ojeçãona Enl'er m agem
e i ncl ui ndo a P resi denteda ABEn, a colocaçãoda Enl'er nr agem
entre as profi ssõespri ori tá r ias, a dist r ibuição de auxilios nr ais
substanci ai sàs E scol as,a concessãode bolsasde est udo.
A s i ni ci ati vasparti cular es,t ão Í ecundasem obr as de assr stênçi a, devem agora col a bor ar , m ais do que nunca, com os
poderespúbl i cos,na obtençãode m aior esr ecur sospar a as escol as exi stentes,no recrutament ode num er osase boas candidat as,
na organi zaçãode bons serviçosde assist ência.
A exper iênciadc
outros paísesonde a enfermagemest áem gr ande pr ogr esso,nos
abre novos rumos para a melhor ia de nossasescolase ser viços.
Tambem da ação conj unta. dasenf eim eir asdependeo pr ogr esso
da profissão.
O trabal ho real i zadodesde a Í 'or m at ur ada pr im eir a t ur m a
da E scol a A na N eri , permit e- nosesper arnovas e m ais per l'eit as
real i zações:progressoteçnico e cient if ico, pr ogr essom at er ial,
mas, pri ncìpal mente,fi del idade aos elevadosideaist r adicionais
em nossiìprofissão.
Quando a l egi sl açãoçoloca as Escolasde Enl'er m agenìenì
nÍvel uni versi tári o,não e r azoilel que novas Escolasse abr am
sem di sporem de corpo do çent e qualif icado, locais e m at er ial
adequados,çampos de estáeio. suf icient es
e bem or ient ados.
O número crescentede jovens candidat osaos cur sosunlver si tári osque optam pel a enfer m ageme indicio de que, l'inalm ente, a prol ' i ssãoestásendo co m pr eendida,no seu lugar equivalente as demai s profi ssõesdo cam po de saúde.
W AL E S K A P A I X Ã O
EIBL IOGRAF ' IA
P edr o N a v a - C a p i t u lo s d e Histô r ia d a M e d icìn a n o Br a sir
- S epararade
B ras i l M é d i c o C i r ú r g i c o - I9 4 0 .
2) Monc o r v o F i l h o - H i stó r ico d a p r o te çã o à M a te r n id a d e e à InÍãnci a no
Brasil - Empresa Cráfica Editora - 1922.
1ì A nals d e E n t e r m a g e m- An o ll - Ne 2 , d e ze m b r o . 1 9 3 J.
4) M emó r i a s o b r e a c r u z ve r m e lh a Br a sile ir a- Ap r e se n ta d aà i r C onl crêncìa
P an-A m e r i c a n ad a C r u z Ve r m e lh a * Rio , 1 9 3 5 .
s ) A E nf e r m a g em e m M i n a s - Ne 5 , m a r ço - a b r iÌ. 1 9 1 7 .
ó) ProÍ e s s o rL o p e s R o d r i g u e s- An ch ie ta .
7') J os e M a r t i n h o d a R o c h a - In tr o d u çâ o à Histô r ia d a p u e r icul tura c pedi at ria no B r a s i l - R i o , 1 9 4 7 .
u ) Mary S e w a l l G a r d n er - L ' in fir m ie r e vìsite u se- L e s p r e ssesU ni versi (ai res
de F ra n c e - 1 9 2 6 .
9) S af ira C o m e s P e r e i r a e Cla r a Cu r tis - F o r m a çà o T e cn ica de E nl crmei rus
de Sa ú d e P ú b l i c a - Se p a r a ta d a Re vista d o Se r vìço tsp ccral de S aúde
Pública - j u n h o , 1 9 4 8 .
l 0 ) Lic urg o S a n t o s F i l h o - Histô r ia d a M e d icin a n o Br a sil - L.di tora B rasi _
liens e , S . P a u Ì o , 1 9 4 7 .
l l) G le. t ed e A I c â n t a r a - B r ie f Re vie w o f Nu r sin g in Br a zil - M E .C . S ervi ço
de Do c u m e n t a c â o .
l 2 ) ABEn - L e v a n t a m e n t o d e r e cu r so se n e ce ssid a d eds e Ën lè r magem.
l J ) Ërmen g a r d a d e F a r i a Alvr n - e u in ze a n o s d e Ën Í' e r m a l em no S ervi ço
Ës pec i a l d e S a ú d e P ú b l ica - Bo le tim d a o ficin a Sa n itá r ia pan-A nreri cana
- V ol . X l V , N e 5 - N o v . Í9 5 9 .
Ì4) l-unda ç ã oS e r v i ç o I ' s p e c ia ld e Sa ú d e p ú b lica - Re la tô r io Ceral _ | 9ó l .
l 5 ) A nay d c C o r r ê a d e C a r va lh o Asso cia çâ o Br a sile ir a d e E níermagent
(1926- 1 9 7 6-) D o c u m e n r á r io - Br a silia . DF ,1 9 7 6 .
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