o big brother trabalhista

Transcrição

o big brother trabalhista
O único prêmio do mercado com pesquisa presencial e que
quem escolhe os varejos de autopeças são seus clientes
LOJA EM DESTAQUE
CADERNO ESPECIAL
n o 98
Para comemorar o Dia do Balconista de Autopeças,
o 1º Fórum exclusivo a esses profissionais.
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ANO IX
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NOVEMBRO DE 2014
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R $ 6 ,00
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PRÁNA EDITORA & MARKE TING
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w w w. b a l c a o a u t o m o t i v o. c o m . b r
|
O BIG BROTHER
TRABALHISTA
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PÁG. 12
3
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
EDITORIAL
O eSocial em miúdos
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Por: Silvio Rocha
Q ue bom poder encontrá-lo em mais uma edição do
jornal Balcão Automotivo, a nossa de nº 98. Como
reportagem de capa deste mês, o que muda para
as empresas com o eSocial, já que terão de repassar todas as
informações digitalizadas aos órgãos participantes do projeto
do governo federal para unificar o envio de informações pelo
empregador em relação aos seus empregados.
Vale frisar que o eSocial abrange inicialmente (ainda sem
data definida) as empresas que faturam a partir de R$ 3,6 milhões
e se estenderá a todas as demais, incluindo pessoas físicas, para
empregados domésticos. O eSocial possibilitará o atendimento a
diversos órgãos do governo com uma única fonte de informações
para que sejam cumpridas as diversas obrigações trabalhistas,
previdenciárias e tributárias.
Em Carreira, Inteligência Emocional: especialista em
coaching e PNL (Programação Neuro Linguística), Marcelo
Cardoso, explica o assunto, que pode até acabar atrapalhando
o desempenho pessoal e profissional do indivíduo, e os
treinamentos sobre o tema estão ganhando cada vez mais espaço
no mundo corporativo.
A Anfavea apresentou no dia 6 de novembro um estudo
que mostra a tendência do mercado brasileiro de autoveículos
para um horizonte de 20 anos, e os resultados sobre o
desempenho de outubro da indústria automobilística. O Salão
de São Paulo apresentou novidades nacionais, internacionais,
modelos conceitos e mostra os caminhos do futuro da
indústria automotiva.
Na seção Comparativo desta edição, os compactos 3
cilindros. VW e Ford lançaram up! e novo Ka, carros de entrada
equipados com propulsores menores e mais potentes que os
convencionais, ambos são modelos globais. Em Pesados, para os
grandes centros, a Lifan comercializa o Foison, um mini truck
(mini caminhão). Ele é importado do Uruguai, onde a fabricante
chinesa tem unidade produtiva.
Para fechar, durante o 1º Fórum de balconistas, profissionais
da área contaram como começaram a sua carreira, os desafios do
dia a dia e o futuro da profissão. Em parceria com o SincopeçasSP, a Prána E&M promoveu no dia 4 de novembro o 1º Fórum de
Balconistas de Autopeças, na sede do sindicato.
Até mês que vem!
O Editor
Í N D I C E
4 ................................................. Economia e gestão
26/58 ..................................................Distribuidores
34 ...............................................................Sindicato
38 .................................................. Fique por Dentro
42 ................................................. Balcão Acessórios
44 ............................................... Balcão Duas Rodas
46 .............................. Balcão Pesados & Comerciais
55 ..................................................................Calmon
58 ............................................................. Acessórios
60 ..........................................................Lançamento
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DESTAQUES DA EDIÇÃO
PÁG. 8
PÁG. 46
Em junho deste ano, a Lifan
Motors iniciou as vendas do
Foison, um mini truck para
transporte de pequenas cargas.
A Associação analisa tendência de
crescimento e cenário da indústria
automobilística num horizonte de
20 anos.
PÁG. 20
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NEM TÃO PESADOS
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DADOS DO SETOR
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PÁG. 30
SALÃO DO
AUTOMÓVEL 2014
OS COMPACTOS 3
CILINDROS
O evento reuniu novidades
nacionais, internacionais, modelos
conceitos e o futuro da indústria
automotiva.
VW e Ford lançaram up! e novo
Ka, carros de entrada equipados
com propulsores menores e mais
potentes que os convencionais.
4
ECONOMIA E GESTÃO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
FAZENDO NEGÓCIOS
Por: Fauzi Timaco Jorge*
O Banco Mundial acaba de publicar o relatório “Doing Business”, que traduzimos por
“Fazendo Negócios”, em sua edição 2015, que considera dados até junho de 2014
para uma classificação das economias vinculadas a este organismo internacional.
Com base em um critério único, são efetuadas medições das regulamentações de negócios em
189 países, o Brasil dentre eles. Os rankings são determinados por aferições de 10 tópicos, com
o mesmo peso a cada tópico.
Antes de uma análise sobre os dados ali constantes, vejamos um pouco da metodologia
empregada para o estabelecimento deste ranking das nações que se dispuseram a fornecer os
elementos para o comparativo.
O quadro abaixo relaciona os tópicos indutores da facilidade de se fazer negócios em cada
uma das economias analisadas:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Abertura de empresas
Obtenção de alvarás de construção
Obtenção de eletricidade
Registro de propriedades
Obtenção de crédito
Proteção dos investidores minoritários
Pagamento de impostos
Comércio entre fronteiras
Execução de contratos
Resolução de insolvência
O tópico “Abertura de empresas” trata de “todos os procedimentos oficialmente
necessários ou comuns na prática, para um empresário abrir e operar formalmente uma
empresa industrial ou comercial, assim como o tempo e custo necessários para completá-los”.
No tocante ao tópico “Obtenção de alvarás”, o Doing Business registra “todos os
procedimentos necessários para uma empresa do setor de construção construir um depósito”,
além dos procedimentos para a obtenção das ligações de água e esgoto.
A “Obtenção de eletricidade” é avaliada com base nos “procedimentos necessários
para uma empresa obter conexão e fornecimento permanente de eletricidade a um depósito
padronizado”.
O item “Registro de propriedades” registra “a sequência completa dos procedimentos
necessários para uma empresa (comprador) adquirir uma propriedade de outra empresa
(vendedor) e transferir o título para o nome do comprador de modo que este possa usar
a propriedade para expandir o seu negócio, usando-a como garantia para tomar novos
empréstimos ou, se necessário, vender a propriedade para outra empresa”.
A “Obtenção de crédito”, de fundamental importância para qualquer empreendimento,
é avaliada “a partir dos direitos legais dos mutuários e mutuantes no tocante às garantias por
meio de um grupo de indicadores e à troca de informações sobre crédito por meio de outros”.
O Doing Business “mede a ‘Proteção dos investidores minoritários’, em casos de
conflitos de interesse por meio de um conjunto de indicadores e de direitos dos acionistas em
governança corporativa”.
O tópico “Pagamento de impostos” leva em consideração “os impostos e as contribuições
obrigatórias que uma empresa de médio porte deve pagar em um ano determinado, bem como
as medidas do ônus administrativo do pagamento de impostos e contribuições”.
No caso do “Comércio entre fronteiras”, o Doing Business “compila os requisitos
procedimentais para exportação e importação de uma carga padronizada de mercadorias por
transporte marítimo”, com registro, ainda, de “todos os documentos necessários ao comerciante
para exportar ou importar a mercadores entre fronteiras”.
No tocante à “Execução de Contratos”, “os indicadores sobre o cumprimento de contratos
medem a eficiência do sistema judicial para solucionar as controvérsias comerciais”.
Finalmente, “o Doing Business analisa o tempo, o custo e os resultados dos procedimentos
de insolvência que envolvem as entidades nacionais”, no tópico “Resolução de Insolvência”.
Agora, conhecida a metodologia, já temos condições de analisar os dados que foram
compilados e os resultados daí advindos, para uma noção sobre o que é que verdadeiramente
nos aflige, enquanto nação voltada para uma inadiável produtividade, tanto do trabalho como
do capital.
O Brasil, com uma população de 200.361.925 habitantes e uma renda per capita de
US$11,690, ocupava a posição 123ª em 2014. Agora, neste relatório referenciado como
2015, ocupa a 120ª posição. Lembrando: foram analisadas 189 economias! E onde estamos
melhorando e onde estamos piorando ao longo deste ano?
O quadro que ilustra esta matéria mostra a classificação por tópico. Melhoramos em apenas
dois itens: comércio internacional e resolução de insolvência. Não houve nenhuma alteração em
três tópicos: obtendo eletricidade, proteção dos investidores minoritários e execução de contratos.
Pioramos em todos os demais, com especial deterioração na facilidade de abertura de empresas.
TÓPICOS
Abertura de empresas
Obtenção de alvarás
Obtendo eletricidade
Registro de propriedades
Obtenção de crédito
Proteção dos investidores minoritários
Pagamento de impostos
Comércio internacional
Execução de Contratos
Resolução de insolvência
ECONOMIA E GESTÃO
DB 2015
167
174
19
138
89
35
177
123
118
55
DB 2014
160
171
19
137
86
35
175
126
118
60
Um olhar mais atento nos revela que o Brasil está entre os 30 piores países do mundo para
se fazer negócios em pelo menos três dos dez tópicos: 1) abertura de empresas, 2) obtenção de
alvarás e 3) pagamento de impostos. Neste particular aspecto, pagamento de impostos, perdemos
o último lugar na lista para apenas 12 outras economias! Isso é uma vergonha!
O Doing Business 2015 nos aponta que, dentre os dez melhores países do mundo para se
fazer negócios, cinco estão na Ásia e Oceania, quatro estão no norte e centro da Europa e um
na América do Norte. Pela ordem, são eles: Cingapura, Nova Zelândia, Hong Kong, Dinamarca,
República da Coreia, Noruega, Estados Unidos da América, Reino Unido, Finlândia e Austrália.
São dez modelos a serem imitados, se quisermos dar uma guinada neste terrível estado de coisas
que nos impele a posição tão inglória no panorama mundial dos negócios. Saiba mais: dentre
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
nossos vizinhos, o Chile figura na 41ª posição! O Uruguai aparece em 89º lugar, o Paraguai em
92º! A Argentina, com suas peculiaridades, figura bem pertinho do Brasil, ali no 124º lugar
neste ranking de facilidade para se fazer negócios. Este, definitivamente, não é um exemplo
a ser seguido. Tampouco a Venezuela, que aparece no finalzinho da fila, em 182º lugar dentre
189 nações!
O que fazer, então, para tal guinada? Para desburocratizar o processo de abertura de uma
empresa não há que se falar em educação, segurança ou saúde. Ou mesmo em infraestrutura,
considerados pontos nevrálgicos de uma atuação governamental em todas as esferas, ou
seja, nos municípios, estados e união. Também no caso de obtenção de alvarás, registro de
propriedades, execução de contratos e facilidades de importação e exportação. O que temos
aqui são medidas de relativa facilidade para o equacionamento e efetiva solução de um regime
cartorial que prevalece nas relações entre o privado e o público. Daí, deste regime cartorial, em
que as responsabilidades individuais são relegadas a quinto plano, resultam os impedimentos
a uma verdadeira sociedade econômica fundamentada na livre iniciativa e, sobretudo, voltada
para a satisfação das necessidades de todos os participantes desta sociedade, e não apenas de
uma casta favorecida por séculos de letargia, proteção a interesses comezinhos e perpetuação
de uma infundada burocracia. Trata-se, portanto, de uma ação coordenada dos poderes
constituídos, impulsionada pela sociedade organizada. Sem isso, dificilmente atingiremos o
“padrão Fifa” na facilidade de realização de negócios, desperdiçando preciosas oportunidades
num mundo cada vez mais competitivo.
*Economista, escreve regularmente nesta
coluna e pode ser acessado pelo e-mail
[email protected]
FOTO: DIVULGAÇÃO
6
8
INDICATIVOS
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Anfavea divulga dados sobre o setor
Por: Redação
A
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou no dia
6 de novembro um estudo que mostra a tendência do mercado brasileiro de autoveículos
para um horizonte de 20 anos, e os resultados sobre o desempenho de outubro da indústria
automobilística.
MERCADO BRASILEIRO DE AUTOVEÍCULOS
Com o título “2034 – Uma Visão do Futuro”, o estudo da Anfavea traça a tendência de crescimento
da população, PIB, PIB per capita, taxa de motorização, frota e licenciamento em cenários otimista,
básico e pessimista. Uma das premissas mostra que a população brasileira vai saltar dos atuais 201
milhões de habitantes para 226 milhões em 2034, um crescimento médio de 0,5% ao ano.
Em paralelo, ao considerar um aumento médio de 3% ao ano, o PIB brasileiro passará de
US$ 2,243 trilhões em 2013 para US$ 4,036 trilhões em 2034. Tais indicadores resultam em uma
elevação do PIB per capita de US$ 11,2 mil em 2013 para US$ 17,9 mil em 2034.
Ao considerar este aumento do PIB per capita e a tendência mundial de evolução da taxa de
motorização – em cálculo feito pela Anfavea –, o estudo aponta que esta taxa no Brasil sairá de 5,1
habitantes por veículo em 2013 e chegará a 2,4 daqui 20 anos. Isto significa que a frota circulante,
segundo o estudo, crescerá 140%, ou seja, atingirá 95,2 milhões de autoveículos – em 2013 a frota
era 39,7 milhões.
O trabalho mostra também que para atingir estes resultados o licenciamento em 2034 chegará
ao patamar de 7,4 milhões de unidades comercializadas por ano – um crescimento médio de 3,7%
anualmente no período. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o estudo é mais uma
prova do potencial brasileiro.
“Uma das maiores riquezas do Brasil é o seu mercado interno. Somos um País com dimensões
continentais e com uma população que cresce tanto em número quanto em renda. Não tenho
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dúvidas de que estes são alguns dados que chamam atenção de grandes empresas, que atraem tantos
investimentos para o Brasil e que nos dão a certeza de que o futuro é promissor”.
DESEMPENHO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
Dados mostram que o licenciamento no mês de outubro apresentou ligeiro crescimento e a
produção pequena baixa com relação ao mês anterior. No último mês 306,9 mil unidades foram
comercializadas, o que representa crescimento de 3,6% ante as 296,3 mil de setembro.
Já no comparativo com outubro do ano passado, as vendas foram inferiores em 7,1% com 330,2
mil veículos naquele mês. No acumulado a queda foi de 8,9% com 2,83 milhões de unidades este ano
e 3,11 milhões em 2013. O presidente da Anfavea acredita que os resultados deste mês reforçam o
viés de retomada de crescimento no segundo semestre deste ano.
“O desempenho de julho a outubro comprova que teremos um segundo semestre melhor que
o primeiro. Ainda há alguma imprevisibilidade, mas no sentido positivo, quanto aos próximos dois
meses por razões como a oferta de crédito, sazonalidade, elevação do IPI e motivação gerada pelo
Salão do Automóvel. Mas o fato é que o viés é de otimismo”.
A produção acompanhou o resultado do licenciamento em outubro: este foi o segundo melhor
mês do ano com 293,3 mil veículos, o que significa baixa de 2,5% no comparativo com setembro
quando a indústria automobilística registrou o recorde do ano ao produzir 300,8 mil unidades.
Na análise com outubro do ano passado a produção encolheu 9% – foram 322,5 mil unidades
naquele período. Na soma dos dez meses já transcorridos neste ano, a produção mostrou declínio
de 16% quando confrontadas as 2,68 milhões de unidades deste ano com as 3,19 milhões de 2013.
As exportações de autoveículos fecharam outubro com 23,5 mil unidades, retração de 9,7% ante
as 26 mil de setembro e de 54,6% em relação as 51,8 mil de outubro do ano passado. Até o décimo
mês do ano 284,8 mil unidades saíram do País, o que significa diminuição de 40,4% contra as 477,8
mil de igual período de 2013.
CAMINHÕES, ÔNIBUS, MÁQUINAS AGRÍCOLAS E RODOVIÁRIAS
Já o licenciamento de caminhões em outubro apresentou aumento de 8,6% ao se comparar as 12,2 mil unidades do
mês contra os 11,2 mil veículos de setembro, mas decréscimo de 9,1% sobre outubro do ano passado, quando foram
comercializados 13,4 mil produtos. O acumulado do ano aponta recuo de 13,4%: foram 111,2 mil este ano e 128,5 mil
em 2013.
A produção de caminhões no décimo mês foi de 12,4 mil unidades, alta de 5,2% com relação as 11,8 mil de setembro de
2014 e baixa de 32,4% quando comparadas com as 18,3 mil de outubro do ano passado. No período acumulado deste
ano há declínio de 24,6% quando deparadas as 124,5 mil unidades fabricadas em 2014 com as 165 mil do ano anterior.
As exportações em outubro ficaram 12,3% abaixo do registrado em setembro – foram 1,4 mil contra 1,6 mil – e 44,3%
menor ante o resultado de outubro de 2013, quando 2,5 mil caminhões foram exportados. As 15,3 mil unidades que
deixaram o Brasil nos dez primeiros meses do ano representam 26% de recuo se comparadas com as 20,7 mil de igual
período de 2013.
Para o segmento de ônibus, outubro foi o melhor mês do ano em licenciamento: 2,88 mil unidades comercializadas,
30,9% a mais do que as 2,20 mil de setembro. Contudo, o resultado foi inferior em 1,9% com relação as 2,93 mil de
outubro de 2013. No acumulado, as 22,9 mil unidades negociadas este ano estão 15,2% menores do que as 27 mil
de 2013.
De janeiro a outubro de 2014 foram produzidos 30,5 mil ônibus, queda de 13,3% ante os 35,1 mil do ano anterior. Já
no comparativo mensal, as 2,7 mil unidades do décimo mês representaram retração de 3% com relação as 2,8 mil de
setembro e de 22,6% sobre outubro do ano passado, que registrou 3,5 mil ônibus.
O segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias apresentou em outubro o melhor mês em vendas internas do ano com
6,7 mil unidades. Este marco representa alta de 0,7% no comparativo com setembro quando foram comercializados 6,6
mil produtos e de contração de 8,6% contra outubro do ano passado com 7,3 mil unidades. No acumulado, a retração
foi de 17% – 59,1 mil este ano e 71,2 mil em 2013.
A produção do segmento agrícola encerrou o mês com acréscimo de 10%, ao se comparar as 7,9 mil unidades de
outubro com as 7,2 mil de setembro, e recuo de 20% ante as 9,9 mil unidades fabricadas em outubro de 2013. O
resultado do acumulado de 2014, com 72,4 mil unidades, ficou 15,6% abaixo das 85,7 mil unidades de 2013.
Nas exportações, o acumulado está 9,5% abaixo, quando se defrontam as 11,9 mil máquinas deste ano com as 13,1
mil do ano passado. As 1,3 mil unidades que deixaram o País em outubro de 2014 significam declínio de 4,6% contra
setembro com 1,4 mil unidades e queda de 20,5% com relação a outubro de 2013 com 1,7 mil.
12
CAPA
OUTUBRO DE 2014 / EDIÇÃO 97
, INFORMAÇÕES UNIFICADAS
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Por: Karin Fuchs
rojeto do governo federal para unificar o envio de
informações pelo empregador em relação aos seus
empregados, o eSocial abrange inicialmente (ainda
sem data definida) as empresas que faturam a partir de
R$ 3,6 milhões e se estenderá a todas as demais, incluindo
pessoas físicas, para empregados domésticos.
O eSocial possibilitará o atendimento a diversos órgãos
do governo com uma única fonte de informações para
que sejam cumpridas as diversas obrigações trabalhistas,
previdenciárias e tributárias, viabilizando a padronização
e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas
no âmbito dos órgãos participantes do projeto: Caixa
Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), Ministério da Previdência, Ministério do Trabalho
e Emprego e a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Também participa do projeto o Ministério do
Planejamento, assessorando os demais entes na equalização
dos diversos interesses de cada órgão e gerenciando a
condução do projeto, por meio de sua Oficina de Projetos.
“O eSocial é uma nova era no relacionamento entre
empresas, seus empregados e o governo. É um canal
digital de comunicação para que sejam informados todos
os eventos trabalhistas e previdenciários”, define Wilson
Gimenez Jr., vice-presidente Administrativo do Sescon-SP,
FOTOS: DIVULGAÇÃO
P
Wilson Gimenez Jr.,
vice-presidente Administrativo do Sescon-SP
sindicato que representa as empresas contábeis.
Pelo projeto, tudo o que é feito hoje em papel será pelo
meio digital. Como exemplo, as entregas do SEFIP (Sistema
Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social) para a Caixa Econômica Federal; o RAIS
(Relação Anual de Informações Sociais) à Previdência e o
Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)
ao Ministério de Trabalho. Todas as obrigações acessórias
entregues de maneira isolada para cada ente envolvido
serão aglutinadas pelo eSocial.
MUDANÇA NAS EMPRESAS
De acordo com Wilson Gimenez Jr., será necessária
uma mudança, até cultural, dos procedimentos e
governanças nas empresas. “Geralmente, o departamento
pessoal de um pequeno empreendimento é feito por
uma empresa contábil terceirizada. Com o eSocial não
será mais possível deixar tudo nas mãos do contador, que
continuará fazendo esse trabalho, mas muitas informações
deverão ser transmitidas meio que em tempo real para
que não se perca o prazo das obrigatoriedades previsto na
legislação”, explica.
Como exemplo, ele cita a admissão de funcionários.
“Ninguém pode começar a trabalhar sem já estar
registrado. E isso não foi o eSocial que mudou, mas sim
está na legislação trabalhista, na CLT. Porém, é comum a
empresa receber carteiras dos funcionários para registro
depois que eles estão trabalhando, o que não será mais
possível”, alerta.
Em suma, o executivo diz que as empresas, de maneira
geral, terão que profissionalizar o seu departamento
pessoal. “Alguém dentro dela terá de fazer a interface com
a empresa de contabilidade, para que ela transmita em
tempo hábil as informações necessárias, sejam admissões,
afastamentos, licenças, entre outras obrigatoriedades. A
empresa de contabilidade, sem a participação de seu cliente,
não conseguirá cumprir os prazos, sobretudo a pequena
empresa e a sua organização contábil terão que conversar
bastante, criar processos para que a coisa aconteça”.
PARA OS FUNCIONÁRIOS
Wilson Gimenez Jr. avalia que o eSocial preserva
melhor os direitos dos empregados, melhora a qualidade
das informações. “O funcionário ficará mais seguro de
que a empresa está cumprindo com as suas obrigações.
O eSocial é um verdadeiro big brother trabalhista e o
governo está de olho nas informações que as empresas
estão transmitindo, monitorando por meio do Ministério
do Trabalho, Caixa Econômica Federal e Receita Federal.
Quando elas fecham as suas folhas de pagamentos é como
se estivessem assinando uma confissão de dívida, meio que
em tempo real”, sintetiza.
PARA AS EMPRESAS
Em um primeiro momento, inevitavelmente haverá
um custo não apenas financeiro para as empresas se
adaptarem, como também com recursos humanos.
“Será necessário uma pessoa capacitada para fazer a
interface com a empresa contábil. Será preciso investir
em treinamento e estabelecer processos entre as partes
(empresa e contabilidade), atuação de cada uma e prazos”,
esclarece.
Francisco de La Tôrre,
presidente do Sincopeças-SP
14
Ceyla C. Machado Gobbi,
gestora de RH da Motocap
“Mas também é verdade que à medida que o eSocial
for consolidando, muito das várias obrigações que a
empresa está sujeita hoje deixará de existir, como o RAIS,
SEFIP e Caged. O eSocial terá mecanismos que inibem o
erro, muitas reclamações trabalhistas são frutos de erros
involuntários, e isso trará também para a empresa certa
segurança jurídica”, avalia o executivo.
Segundo ele, trata-se de um avanço, alinhado à
inovação tecnológica, ao combate à sonegação. “É a
fiscalização (eletrônica) sem a necessidade do fiscal ir
à empresa. É uma troca de papéis que já existe há algum
tempo, como foi com a Nota Fiscal Eletrônica, SPED Fiscal,
SPED Contábil e, agora, o eSocial, que é o subprojeto do
SPED, Sistema Público de Escrituração Digital”, diz.
PRAZO
Ainda não existe uma data pré-definida para que o
eSocial entre em vigor, mas a previsão é que ele comece com
as empresas que faturam mais de R$ 3,6 milhões por ano e
que seja feito em duas etapas: a fase de preparação, com um
prazo de seis meses após a saída do layout definitivo para
que as empresas de software elaborem todo o seu trabalho
e as empresas, de modo geral, verifiquem quais processos
precisarão implementar para cumprir a obrigação. Passado
esse prazo, são mais seis meses para o ambiente de teste e,
posteriormente, começa a vigorar.
Palestra no Sincopeças-SP sobre eSocial
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NOVEMBRO
DE 2014
EDIÇÃO
98 98
CAPA
Em defesa às pequenas empresas, o executivo do
Sescon-SP, informa que a entidade junto à Fenacon
(federação que representa as empresas contábeis)
está pleiteando por mais prazo para que elas possam
se preparar. “Já conseguimos avanços nesse sentido e
esperamos que o governo se sensibilize e até aumente o
limite de R$ 3,6 milhões. Para que, na fase inicial, entrem
as grandes empresas que já têm seus departamentos de
recursos humanos, estão totalmente profissionalizadas
nesse quesito, depois entrem as médias e posteriormente
as pequenas”, defende.
“Lembrando que nós representamos as empresas de
contabilidade que fazem a folha do departamento pessoal
das micro e pequenas empresas, que respondem por 60%
dos postos de trabalho do Brasil, sendo mais de 90%
das empresas constituídas, não somos contra o eSocial,
ao contrário, apoiamos desde que as micro e pequenas
tenham um tratamento diferenciado, conforme determina
a própria Constituição Federal”, conclui o executivo.
O QUE DIZEM AS ENTIDADES
Contadora e assessora do Sincopeças-RS, Daisy
Machado, afirma que o eSocial vem regularizar
procedimentos no âmbito de relacionamento de pessoal,
alterando a cultura de empregadores e empregados, ponto
principal atingido pelo SPED. “Por ser tão abrangente,
incluindo todas as relações de trabalho, algumas empresas/
pessoas não estão preparadas, não têm certificação digital
ou não têm pessoal interno para responder em tempo
hábil a demanda de informação, que em alguns casos é
imediata”, ressalva.
Para se adequarem, cita ela, as empresas terão de
atualizar o cadastro dos funcionários, exigência que seja
mais completo que atualmente, vinculando com a CEF
(CNIS); descrever a relação de tarefas em cada função;
observar se os exames periódicos estão em dia ou se estão
sendo feitos (PCMSO); adequar a informação de faltas
não justificadas; adequar a informação de advertência
e suspensão. “Estes são os principais, mas há outros que
dependem da organização de cada empresa”, diz.
Daisy Machado avalia que em longo prazo o eSocial
trará vantagens para ambas as partes, empregador e
empregado. “Não somente no ramo de autopeças, mas
em todos, por ser abrangente e detalhista”, analisa. Para
Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, toda
relação da empresa e do cidadão com o Estado está sendo
digitalizada e inserida em processos e procedimentos
eletrônicos, o que facilitará a vida das pessoas e
das empresas.
O lado negativo, diz o executivo, é o controle total
do Estado. “Pensando até de forma filosófica, eu vejo a
imagem do Grande Irmão, o Estado controlando a ação de
todos os cidadãos na memorável obra de George Orwell, o
livro 1984, ou na obra de Aldous Huxley, Admirável Mundo
Novo, onde o Estado também tinha total controle sobre os
João Pelegrini,
proprietário do Grupo Pelegrini
cidadãos. Obras de ficção que se tornaram realidade”, cita.
Para ele, a expectativa é que haja redução de impostos.
“Esses novos processos inibirão ou levarão quase a zero
a sonegação. Espera-se com isso o barateamento da
apuração dos impostos das empresas e dos cidadãos, e que
a sociedade se organize para diminuir os impostos, que
têm apuração complexa e questionável, sendo muito altos
para quem paga”, prevê.
No varejo, de La Tôrre, diz que haverá um melhor
equilíbrio do jogo. “Há lojas que pagam todos os seus
impostos e as que procuram desviar e pagar o mínimo
possível, o que cria uma concorrência desleal. Com o
aprofundamento das ferramentas que tendem a acabar com
a sonegação, não que a loja se tornará mais competitiva,
mas terá uma concorrência mais justa”, avalia.
Em relação aos custos para implementação do eSocial,
ele diz que “existe uma fase de adequação que é realmente
difícil e complicada, até porque os impostos no Brasil
e os seus controles e processos de apuração são muito
complexos. Passada essa fase de adaptação, tudo tende a
se acalmar. É só lembrarmos da implementação do SPED
Fiscal, da Nota Fiscal Eletrônica, procedimentos que
tiveram a sua fase inicial mais conturbada”, conclui.
AOS OLHOS DAS AUTOPEÇAS
Na sequência, profissionais e empresários que atuam
no varejo de autopeças fazem um balanço dos pontos
positivos e negativos do eSocial. Começando com os
benefícios, Ceyla C. Machado Gobbi, gestora de RH da
Motocap, diz que o principal ganho é com a simplificação
de processos.
“Melhoria no cumprimento da legislação em vigor;
redução de custos operacionais para cumprimento das
obrigações acessórias; revisão dos processos internos;
adequação de um plano de ação com a definição de prazos
e responsáveis pelas informações, em conformidade com a
legislação do eSocial, são outros benefícios que as empresas
terão. Inclusive, os empregados também se beneficiarão, já
que o histórico trabalhista ficará ligado ao CPF”, pontua.
Proprietário da Autopeças Gian, Marcelo Gian
Antonio, analisa que o eSocial pode ser entendido como um
16
Moisés Sirvente,
diretor Executivo da Jocar
registro eletrônico dos eventos da vida dos trabalhadores.
“Simplificando o acesso do Estado às informações que lhe são
de interesse e competência acerca da vida dos empregados e
empregadores. As empresas que aderirem antecipadamente
ao sistema terão um diferencial competitivo em relação à
concorrência, pois demonstrarão maior transparência e
confiabilidade ante seus consumidores, parceiros, clientes,
fornecedores, instituições financeiras e governo”.
João Pelegrini, proprietário do grupo Pelegrini, que
inclui a Casa do Chevrolet e a Casa de Transmissão, sintetiza
que “o eSocial tem como objetivo melhorar a burocracia
na rotina da entrega de todas as declarações, resumos para
recolhimento de tributos oriundos da relação trabalhista e
previdenciária”.
Já o empresário Carlos Gomes, da Carbwel, resume
que “o benefício será para o funcionário, que terá as
informações mais rápidas, mais seguras. Quando ele for se
aposentar, requerer um seguro-desemprego ou se tiver um
acidente o eSocial lhe trará mais segurança”. Opinião que é
compartilhada por Moisés Sirvente, diretor Executivo da
Jocar, “penso que o principal benefício será com relação ao
trabalhador, que terá seu histórico trabalhista diretamente
ligado ao seu CPF, agilizando as informações junto à
Previdência Social e FGTS, por exemplo”.
CONTRATEMPOS
Para Pelegrini, será necessário investir muito na área de
informática e capacitar os colaboradores para uma série de
exigências. “A infinidade de dúvidas pode inviabilizar esta
nova exigência
g
ggovernamental, trazendo muitos transtornos
Em palestra a profissionais do setor, Wilson prende a atenção
da plateia
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NOVEMBRO
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CAPA
e prejuízos para as nossas empresas. Caso ocorra alguma
falha na informação, trava-se todo o processo, ou seja, mais
entraves e marginalização do empregador”, afirma.
Impactos que também são avaliados por Sirvente. “Sem
dúvida, haverá um impacto nas empresas nesta implantação.
Processos deverão ser revistos e investimentos com
ferramentas de TI serão necessários. Consequentemente,
resultará em aumento de custo para as empresas”, prevê.
Na avaliação de Ceyla Gobbi, “tudo que é novo assusta e
nos obriga a sair da zona de conforto. Nossa primeira reação
é condenar, antes de executar. Já participei de um curso
organizado pelo nosso contador para apresentar o projeto,
vimos o quanto de trabalho teremos pela frente. Podemos
substituir pontos negativos por pontos desafiadores, e esses
serão muitos, como a conscientização dos empresários em
relação às mudanças, a adaptação do sistema e a mudança
de cultura e processos”, exemplifica.
Segundo ela, “muito mais que cumprir o prazo
do primeiro envio de informações, será alimentar as
informações de movimentações diárias, em especial nos
setores de RH e Departamento Pessoal que, segundo
pesquisa, sofrerão maior impacto”, informa.
Gian destaca que para as empresas se adaptarem, elas
terão: “custos iniciais para adaptação com a contratação
de profissionais de TI, treinamento pessoal e, em alguns
casos, com a compra de material, onerando o orçamento
das pequenas e médias empresas que representam 95%
do setor produtivo brasileiro”, pontua, acrescentando que
outro ponto negativo é a maior exposição e rapidez das
fiscalizações.
O QUE MUDA
No grupo Motocap, que tem a sua contabilidade
terceirizada, Ceyla Gobbi explica que já são cumpridas
algumas rotinas de prazos pré-estabelecidos e que com o
eSocial será preciso afinar ainda mais para atenderem todas
as exigências do projeto. “Até porque as penalidades serão
aplicadas, se não houver comunicação no prazo adequado
de um evento relacionado ao trabalhador ou à empresa.
Sem dúvida, será uma mudança de cultura interna quanto à
organização e execução de tarefas”, avalia.
Marcelo Gian prevê que o eSocial impactará bastante
o dia a dia das empresas. “Com alterações na área fiscal,
procedimentos administrativos e judiciais, abrangendo, de
alguma forma, todos os setores de atuação das organizações”.
Cenário similar na Jocar: “teremos que mudar alguns
processos na gestão do RH e atualizar ou mudar nosso
software que cuida disso”, revela Sirvente.
Já Pelegrini defende que é preciso mais tempo e
disponibilidade das informações para o entendimento do
empresariado. “Estamos falando de mudança de cultura
para novas regras, o que demanda tempo. Caso contrário,
poderemos cair em um caos e retrocedermos. Os técnicos
que estão implementando o eSocial têm de ir às ruas
Marcelo Gian Antonio,
da Autopeças Gian
para entender a realidade sofrida das empresas para
sobreviverem e não criarem mais impostos atrelados a uma
ferramenta que só eles entendem”.
COMPETITIVIDADE
Carlos Gomes, diz que o eSocial será importante para
as empresas “e para endireitar muitas delas (pagamento
de impostos)”, bem como para evitar erros nas questões
trabalhistas e problemas com horas extras. “O funcionário
terá que cumprir corretamente os seus horários. Muita
gente não sabe, por exemplo, que é preciso fazer uma hora
de almoço. Hoje, no nosso setor, o pessoal faz meia hora e
quer voltar ao trabalho, isso não pode. Tem que cumprir o
horário correto, 48 horas semanais, e o eSocial vai regularizar
situações como essas”, prevê.
Na visão de Ceyla Gobbi, espera-se que o eSocial faça
com que as empresas fiquem mais niveladas. “Cumprimos
o nosso papel como responsáveis por um mercado justo.
Há muitas denúncias de empresas que se firmam no
mercado burlando algumas leis e isso acaba por incidir
em desigualdades dentro um mesmo segmento. O eSocial
proporcionará maior organização e segurança para a
empresa, gerando transparência e confiabilidade na relação
com os empregados e com o governo”, afirma.
João Pelegrini não vislumbra o eSocial como um
fator de melhor competitividade. “Não o vejo como
diferencial competitivo, pois irão participar, como sempre,
as empresas que pagam impostos e os que não vão aderir
continuarão à margem do mercado dificultando ainda
mais a sobrevida das empresas honestas deste País”, analisa.
Sirvente complementa, dizendo que “não haverá mudanças
significativas nesta área, pois já existe uma fiscalização
atuante e os riscos da empresa não cumprir com suas
obrigações já existem independentemente do eSocial”.
Ao contrário, Marcelo Gian crê que melhorará a
competitividade. “Exatamente porque a maior exposição e
rapidez nas fiscalizações obrigará as empresas a cumprirem e
pagar 100% das exigências trabalhistas. Consequentemente,
tendo que igualar os preços de mercado”, finaliza.
18
ENTREVISTA
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Grupo Schaeffler
apresenta Ruville
'HRULJHPDOHPmQRYDPDUFDDJUHJDDLQGDPDLV
TXDOLGDGHDRSRUWIyOLRGHSURGXWRVGDPXOWLQDFLRQDO
Por: Silvio Rocha
ubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket
Automotivo - América do Sul, nessa entrevista
exclusiva ao jornal Balcão Automotivo, fala entre
outros diversos assuntos sobre a ampliação do portfólio
de produtos do Grupo com a chegada da marca Ruville ao
mercado brasileiro.
R
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Jornal Balcão Automotivo - Fale sobre a participação
nacional e internacional do Grupo.
Rubens Campos - No Brasil desde 1958, a Schaeffler
desenvolve desde produtos para o setor automotivo, como
soluções para motores, transmissão e chassi, até componentes para
a indústria pesada, agrícola, ferroviária, de produtos de consumo e
para o segmento aeroespacial. Com sede na Alemanha, a empresa
tem cerca de 80 mil colaboradores e um faturamento que atingiu
mais de 11,2 bilhões de euros em 2013.A Schaeffler está presente em
Rubens Campos,
vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo
mais de 170 localidades no
mundo todo, sendo uma
das líderes mundiais em
componentes automotivos, industriais e aeroespaciais.
JBA - Sobre a nova marca Ruville, conte sobre os motivos
que fizeram a empresa trabalhar com esta marca.
RC - A Ruville foi fundada em 1922 na Alemanha e tornouse a primeira fornecedora de produtos de reposição para veículos
automotores no mercado alemão. Ou seja, possui uma tradição
de qualidade. Ademais, outros fatores influenciam: é uma marca
reconhecida, que está presente em mais de 100 países e ainda assim,
por meio da regionalização, oferece proximidade aos mercados.
programa chamado “One Sales”, que a integrava as outras marcas
do grupo – INA, FAG e Luk, e chegou a vez do Brasil.
JBA - Quais são os objetivos e expectativas do Grupo com
a chegada desta nova marca no mercado?
RC - A marca Ruville chega ao País com a finalidade de
complementar o portfólio da Schaeffler e o objetivo de contribuir
para que nossa linha de produtos e serviços fique ainda mais
completa. Os produtos da Ruville já fazem sucesso no mercado
sul-americano, onde são comercializados por nós desde 2007.
JBA - Descreva quais são seus itens e soluções que chegam
para complementar o portfólio do Grupo.
RC - O portfólio da Ruville é bastante extenso e atende a mais
de 90% dos veículos de origens asiática e europeia (principalmente
na linha leve, picapes e vans), com relação a motor, chassi e sistema
de direção. No portfólio constam cerca de 25 mil componentes
e, além disso, a marca oferece soluções de reparo, com kits de
ferramentas para aplicação das peças, de maneira a disponibilizar
suporte para a instalação correta, o que resulta em melhor
desempenho dos produtos.
JBA - Fale sobre os pontos fortes desta marca, em termos
de qualidade e diferenciais sobre a concorrência.
RC - A Ruville é uma marca premium, com qualidade OE –
original de fábrica. O que a diferencia dos demais concorrentes
é a contínua expansão de portfólio, os 25 mil artigos e o
desenvolvimento de produto. A preocupação constante com
qualidade também deve ser salientada. Em fevereiro deste ano foi
inaugurado um novo centro de Treinamento Técnico na matriz da
Ruville, em Hamburgo, para facilitar ainda mais o desenvolvimento
de novos produtos e a transferência de conhecimento aos
colaboradores e aplicadores.
JBA - Esta nova marca já integra a Schaeffler Alemanha.
Fale sobre a fase de estudos e testes nos laboratórios da empresa
até sua chegada e comercialização no Brasil.
RC - A Ruville possui laboratórios próprios e cooperação das
autoridades técnicas alemãs de inspeção, como TÜV e Germanisch
Lloyd, além da Universidade Técnica de Aachen. Como empresa,
pertencente à Schaeffler desde 2001. A Ruville elaborou um
planejamento de lançamentos da marca no mundo, dentro de um
JBA - Quais são as expectativas para o fechamento do ano
e qual o planejamento da empresa para 2015?
RC - A Schaeffler, como companhia global, está sempre
investindo em tecnologia para manter produtos inovadores da mais
alta qualidade em seu portfólio. Para o próximo ano, esperamos
continuar promovendo treinamentos técnicos e incrementando
nossa linha de produtos para atender às expectativas de
nossos clientes.
GRUPO SCHAEFFLER: LINHAS DE PRODUTOS
A LuK foi fundada
em
1965
na
Alemanha e iniciou
a produção no Brasil
dez anos depois, em
Sorocaba-SP. Hoje, é
o centro mundial do
desenvolvimento de embreagens para veículos comerciais. Prova disso
é que um em cada quatro veículos usa a embreagem com essa marca.
Em permanente inovação, a LuK fornece produtos para as principais
montadoras do Brasil, além disso, exporta para a Europa, Estados Unidos,
América Latina, África e Índia. Alguns produtos e aplicações: Sistemas de
embreagem, Sistemas de transmissão, Volantes bimassa, Componentes
para CVT, Conversor de torque, Automação de transmissões. A INA foi
fundada em 1946 e o início das atividades no Brasil ocorreu em 1958,
quando ainda era chamada de Rolamentos Schaeffler do Brasil. Hoje,
possui um dos mais modernos complexos industriais do Brasil nesse
segmento. Sua linha de produtos é bastante diversificada e atende os
mercados automotivo e industrial, além de exportar para o mundo todo.
Alguns produtos e aplicações: Rolamentos Rolos e Planos, Guias Lineares,
Componentes de Motor, Produtos de precisão, Aplicações em Motores,
Aplicações em Transmissões. Fundada em 1883, a marca FAG se integrou
à Schaeffler em 2002, participando ativamente de todas as divisões da
empresa-aeroespacial, automotiva e industrial. Junto à gama de produtos
da INA, a FAG possui um dos portfólios de produtos mais completos da
indústria de rolamentos, atendendo a praticamente todas as aplicações em
máquinas operatrizes, transmissão de potência e tecnologia ferroviária,
indústria pesada e bens de consumo. Alguns produtos e aplicações:
Rolamentos para aplicações industrial e automotiva, Rolamentos de alta
precisão: Aeroespacial, Máquinas Operatrizes e Indústria Têxtil.
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
FEIRA
FOTOS: DIVULGAÇÃO
20
O que vem por aí
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LQWHUQDFLRQDLVPRGHORVFRQFHLWRV
HPRVWUDRVFDPLQKRVGRIXWXURGD
LQG~VWULDDXWRPRWLYD
Por: Edison Ragassi
ntre 30/10 e 09/11, São Paulo recebeu a 28ª edição
do Salão Internacional do Automóvel.
Organizado pela Reed Exhibitions Alcantara
Machado, a mostra contou com 500 veículos e 150
lançamentos. Participaram mais de 41 marcas, 84 expositores
de 11 países.
Incentivados pelo Inovar-Auto, os fabricantes nacionais
investem em tecnologia e os importadores preparam-se para
iniciar a produção nacional. É o caso da Audi que quer crescer
e vender 15 mil unidades no ano que vem. A fabricante
alemã, que integra o grupo VW, confirmou que em novembro
de 2015 inicia a produção em São José dos Pinhais (PR) do
A3 Sedan, equipado com motor 1.4L Turbo/Flex de injeção
direta. A Hyundai comemora 300 mil unidades do HB20
E
vendidas, desde o lançamento em 2012. A Fiat em festa, pois
durante 13 anos está na liderança das vendas nacionais. E a
GM anunciou investimentos de R$ 6,5 bilhões até 2018. A
Volkswagen confirmou que produzirá o sedã Jetta, em São
Bernardo do Campo (SP).
A Nissan reforçou que acredita no mercado nacional, eles
inauguraram uma fábrica e um estúdio de design no Rio de
Janeiro, e mostraram o March Rio 2016 edition e o crossover
Kicks Concept, desenvolvidos com o envolvimento local.
Outra fabricante de origem japonesa, a Mitsubishi,
anunciou a fabricação nacional do Lancer, eles pretendem
produzir 85% dos veículos vendidos pela marca em
Catalão (GO).
A busca constante de soluções que não agridem o meio
ambiente levou a Peugeot a desenvolver no Brasil uma tinta
à base de terra. A Renault projeta modelos em São Paulo,
entre eles, a picape Duster Oroch e a Toyota amplia negócios
exportando o Etios para Uruguai e Paraguai.
A Mercedes-Benz mostrou o GLA, novo SUV da marca,
que será produzido em Iracemápolis (SP). Outro utilitário
esportivo que está próximo de ser comercializado e produzido
no País é o Jeep Renegade da Chrysler.
Já entre os importadores, a discussão ficou por conta
da política para a entrada de veículos híbridos e elétricos.
Estes modelos comercializados nos países desenvolvidos têm
incentivos fiscais, o que não acontece por aqui e faz com que
um veículo elétrico, por mais simples que seja, custe em torno
de R$ 200 mil.
Audi
A3 híbrido com motor elétrico e-tron
Chrysler
Jeep Renegade, SUV compacto que será
fabricado no Recife
Land Rover
Lexus
Discovery Sport, modelo que será produzido em Nova mini-SUV NX 200t
Itatiaia (RJ)
Lifan
Mini utilitário esportivo X50
Mercedes-Benz
O GLA 45 AMG 4MATIC, a versão esportiva do
GLA, o SUV da nova geração de veículos da
marca
Mitsubishi
Concept GC PHEV
Jac
O T5, primeiro modelo da fabricante chinesa
com câmbio automático
Citroën
DS 6, o primeiro SUV da marca DS
Peugeot
Utilitário esportivo Peugeot 2008, que será
lançado no Brasil em 2015
22
FEIRA
GM
Nova S10 de luxo e Corvette Stingray
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Honda
Relançamento mundial do esportivo NSX e HR-V
Ford
Mustang 2015 será comercializado no ano que
vem nas versões V8 fastback e conversível
Kia
Minivan Carnival e o SUV médio Sorento, ambos
em sua terceira geração
Chery
Tiggo de 5ª geração e o Celer, fabricado em Jacareí
(SP)
Fiat
Versão elétrica do 500 e conceito FCC4
Subaru
Nova geração dos sedans esportivos WRX e
WRX STI
Porsche
Série especial 918 Spyder, com dois motores
elétricos, serão produzidas 918 unidades, para
Brasil virão três
Renault
Picape Duster Oroch, desenvolvida em São
Paulo
Volvo
Conceito Drive Me, o carro que dirige sozinho.
A Volvo pretende iniciar os testes do modelo
em 2017
Nissan
March Rio 2016 edition e crossover Kicks
Concept
Toyota
Protótipos FT-1 e FV2
Volkswagen
Cross up!, Novo Fox Pepper, Novo SpaceFox,
Novo Space Cross e Amarok Dark Label, modelos
que serão comercializados no Brasil
24
DE BALCÃO PARA BALCÃO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Inteligência Emocional:
É possível aprender e
desenvolver
(VSHFLDOLVWDHPFRDFKLQJH31/3URJUDPDomR1HXUR
/LQJXtVWLFD0DUFHOR&DUGRVRH[SOLFDRDVVXQWRTXH
SRGHDWpDFDEDUDWUDSDOKDQGRRGHVHPSHQKRSHVVRDOH
SURILVVLRQDOGRLQGLYtGXR
Por: Bruna Camolesi
s treinamentos estão ganhando cada vez mais
espaço no mundo corporativo. Esse tipo de
trabalho tem sido de fundamental importância
para ajudar os profissionais a se desenvolverem
emocionalmente e, com isso, aumentando o rendimento
e eficiência.
Inteligência Emocional é a capacidade de expressar e de
avaliar as emoções. Dessa forma, conseguimos compreender
e ser compreendidos com maior facilidade, além de
crescer emocionalmente. Também podemos dizer que é a
habilidade de filtrar as emoções – tanto as próprias como
as dos outros – direcionando-as para o lado positivo. Mas é
preciso ser racional e usar essas habilidades emocionais de
maneira consciente, de forma a não manipular as pessoas
ao redor.
O especialista em coaching e PNL (Programação Neuro
Linguística), Marcelo Cardoso, descreve brevemente o poder
das emoções, além de explicar sobre esse assunto, que por
ser pouco tratado abertamente, pode acabar atrapalhando o
desempenho pessoal e profissional do indivíduo.
“A emoção tem a capacidade de influenciar os
raciocínios. Saber agir emocionalmente bem e com
inteligência traz um diferencial na vida pessoal e
profissional. As pessoas que possuem equilíbrio são capazes
FOTOS: DIVULGAÇÃO
O
Marcelo Cardoso,
o especialista em coaching e PNL
de tomar decisões assertivas,
trabalham em prol dos
objetivos de todos e
produzem resultados ganhando assim destaque nas
organizações”, diz.
Perguntado sobre como as emoções podem atrapalhar
no ambiente profissional, ele conta que prazos curtos,
exigência na qualidade do serviço e a concorrência
tornam o local de trabalho um pouco pesado. Além disso,
as emoções pessoais de cada um e dos outros também
interferem.
“Sabendo gerenciar estas emoções é possível ter
sucesso com todos os outros problemas do dia a dia. Quem
lida bem com as emoções gera alternativas que sempre são
positivas”, afirma.
O ser humano é movido pela emoção. Muitas vezes
tomamos atitudes e decisões com base nas emoções.
Mesmo no ambiente corporativo, deixá-las de lado é um
tanto difícil. “As pessoas costumam dizer que não misturam
o lado pessoal com o trabalho, mas como não fazer isso se
você é um só? Tanto o ambiente familiar quanto o trabalho
podem influenciar um ao outro, positiva ou negativamente”,
complementa Marcelo.
Saber o que é a inteligência emocional e os fatores que a
influenciam é fundamental, mas como desenvolver essa parte,
que de fato é o que vai fazer a diferença na vida da pessoa?
Marcelo fala que “para desenvolver a inteligência
emocional é preciso se autoconhecer, pois não é possível
gerenciar as situações se você não conhece o que o
desestabiliza. Perceba as situações no seu cotidiano que
elevam o seu estresse e procure alternativas para elas. O
autoconhecimento é um trabalho de muita atenção, mas se
praticá-lo com frequência, logo se tornará um hábito”.
Dentro disso, podemos usar o autoconhecimento para
resolver problemas, optando pela melhor alternativa ou até
mesmo, criando-a. Como o especialista diz: “é importante
saber que para qualquer situação temos escolhas e somos
responsáveis pelas decisões”. Busque a saída que trará
menor impacto para você.
No trabalho, administrar as emoções é importante
para qualquer cargo ou posição. Alguns empresários já
perceberam esta importância e o aumento de rendimento
que uma pessoa bem equilibrada emocionalmente
proporciona ao ambiente empresarial. Para melhorar este
cenário, as empresas buscam profissionais qualificados para
aplicar coaching, equilibrando o emocional e alinhando as
pessoas com o objetivo da empresa.
“Pessoas que são emocionalmente adaptadas, que
sabem conciliar seus sentimentos com a realidade e
conseguem ler as emoções das outras, se destacam em
qualquer aspecto da vida, seja o da intimidade das relações
afetivas ou o da interpretação das regras não escritas que
governam o sucesso nas organizações”, afirma Daniel
Goleman, referência no assunto e autor do livro Inteligência
Emocional, cita Marcelo.
As perguntas a seguir podem ajudar a fazer uma
simples e rápida avaliação da inteligência emocional:
Você é do tipo de pessoa que ao fazer novos amigos já
demonstra um interesse imediato sobre a vida deles?
Você não se importa de deixar de fazer algo para si
para ajudar quem precisa?
Você é do tipo que quando se sente triste, sabe
exatamente o que lhe casou a tristeza?
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
A teoria da Inteligência Emocional, que foi desenvolvida
academicamente pelos psicólogos americanos,
John Mayer e Peter Salovey, estuda a habilidade das
pessoas de perceberem estados internos, motivações e
comportamentos de si mesmas e dos outros e, assim,
agir da melhor maneira, de acordo com as percepções.
26
DISTRIBUIDOR
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Pellegrino: 73 anos
de história
'LVWULEXLGRUDGHVWDFDLQLFLDWLYDV
LQYHVWLPHQWRVHIRUWHDWXDomRQRPHUFDGR
Por: Silvio Rocha
o mercado desde 1º de outubro de 1941,
a Pellegrino se tornou uma das maiores
distribuidoras de autopeças do Brasil, tendo
como missão comercializar e distribuir produtos
para aplicação em veículos automotores, com atendimento
e serviços de qualidade. De acordo com o diretor da
empresa, Antonio Carlos de Paula, a visão da Pellegrino é
conquistar a liderança no setor automotivo, ser destaque
em vendas e se tornar referência em serviços, atendimento
e resultados.
N
FOTOS: DIVULGAÇÃO
UM POUCO DE HISTÓRIA
Sua história começou em um pequeno armazém na
Rua Visconde do Rio Branco em São Paulo, quando Dante
Pellegrino, um viajante comercial com grande espírito
empreendedor, abriu sua importadora de autopeças.
Sempre priorizando a busca por inovações, foi uma das
primeiras distribuidoras a abrir uma filial em outro Estado
da Federação (Goiânia em 1965), se tornando a primeira
empresa multinacional quando em 1972 vendeu parte das
ações para a Dana Corporation.
Aquisições também foram fatores para alavancagem
do crescimento, como a compra da Distribuidora WIB,
em 1984, visando expansão na região Sul. Utiliza-se de
metodologia de Planejamento Estratégico, aplicando
programas de qualidade em atendimento e foco na
satisfação dos clientes desde 1993.
Sobre os valores e políticas da empresa, o diretor
procura sempre orientar os colaboradores no sentido de
práticas éticas e comerciais, nos quesitos: qualidade, ética,
parceria, resultados, inovação, reconhecimento, cidadania,
comunicação e equipe.
Antonio Carlos de Paula,
diretor da Pellegrino
Primeira filial aberta pela
Pellegrino em 1965
DESTAQUE NO SETOR
Com o foco de atuação no mercado automotivo, linhas
leve e pesada, a distribuidora atende os segmentos de
diesel, câmbio e diferencial, suspensão, freios e motor.
“Estes setores são sempre destacados pelos clientes como
sendo um ponto forte de nosso portfólio de produtos”.
Além disto, a empresa atua em nichos como o mercado
de peças para motocicletas e acessórios. “Estamos
sempre atentos a oportunidades que possam agregar
valor ao negócio e elevar o volume de transações com os
clientes”, emenda.
Reconhecida também por sua qualidade e excelência,
já recebeu diversas premiações, entre elas: Prêmio
Governador do Estado em Excelência de Gestão concedido
pelo PPQG (Premio Paulista de Qualidade de Gestão);
finalista do Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ);
10 vezes consecutivas entre as 150 Melhores Empresas
para se Trabalhar da Você S/A Exame; Platinum Award
Winner em Environmental Health and Safety Award e
Gold Leve em Enviromental Compliance Audit recebido
do acionista Affinia. “Entre outros prêmios recebidos de
nossos fornecedores, clientes e comunidades. A história
da Pellegrino foi escrita sob a ótica de atender o melhor
possível os clientes”, conta.
PROJETOS E INVESTIMENTOS
Os projetos de crescimento da Pellegrino levam em
conta expansão territorial através de abertura de novas
unidades, aumento do portfólio de produtos, entrada em
novos segmentos ou nichos de mercado, segmentação
das vendas por tipos de clientes, incorporação de novas
técnicas de gestão de relacionamento com clientes,
entre outros.
Sobre educação e sustentabilidade, Antonio Carlos
informa as iniciativas nestas áreas. “Os colaboradores
da Pellegrino recebem subsídios escolares para cursos
superiores de até 80% do valor. Incentivamos nossos
colaboradores a participarem de ações sociais junto às
comunidades vizinhas onde temos unidades”.
Já para os clientes, ele conta que é mantido um
programa de treinamento focado nos mecânicos chamado
PPTA, desde 1997. “Este programa conta com apoio de
nossos fornecedores e procura levar treinamento técnico
a regiões onde existe maior carência de informações.
Também apoiamos as iniciativas da Ação Comunitária do
Brasil”, completa.
REVISTA PELLEGRINO
Com o objetivo de sempre atender às necessidades
do mercado e estar atenta às tendências do setor, a
Pellegrino também conta com uma revista, publicação
esta que completa 21 anos e é distribuída gratuitamente,
tendo como função oferecer aos clientes conhecimento
e informação.
A publicação aborda assuntos atuais voltados à gestão
dos negócios, que atendem às necessidades de informação
dos comerciantes do setor. Procura-se compartilhar com
os varejistas as técnicas de gestão que são aplicadas na
empresa. “É a publicação mais longeva do segmento e
bastante elogiada pelos leitores. Sempre está à procura
de inovações e tendências do comércio que possam ser
estimuladas aos leitores” ressalta o diretor.
Curso de transmissão realizado em Patos de Minas,
em julho de 2014
28
DISTRIBUIDOR
TÉRIA DE CAPA
O MELHOR PARA O
MERCADO
Para manter seus
clientes sempre informados, a distribuidora
disponibiliza em seu portal
(www.pellegrino.com.br),
materiais com informações
sobre manutenção, aplicação de produtos, dicas
técnicas, etc., tudo isto
feito em parceria com seus
Capa da edição 131 da
fornecedores. “É um canal
Revista Pellegrino
de comunicação barato e de
fácil acesso que sem dúvida contribui para o crescimento
profissional dos clientes”, destaca.
Já sobre capacitação técnica, para manter seus clientes
atualizados e incentivar a profissionalização do mercado, a
Pellegrino criou em 1997 o PPTA - Programa Pellegrino de
Tecnologia Automotiva, que consiste na realização, por todo
o Brasil, de treinamentos e cursos a varejistas e aplicadores,
levando conhecimentos técnicos quanto aos produtos que
comercializam e conhecimentos relacionados à gestão
de seus negócios. Além disso, também realiza diversas
palestras regionais em parceria com seus fornecedores em
todas as regiões do País.
PLANEJAMENTOS E EXPECTATIVAS
Com um plano de trabalho que consiste de uma
variedade enorme de ações, aponta seus destaques no setor,
como a Equipe de Vendas e a valorização do Representante
Comercial, “figura que dizem estar com os dias contados,
mas que para nós é o grande pilar de nosso processo de
relacionamento com os clientes”, complementa.
“Nosso pessoal entende claramente a língua do
mercado. Sabe que não vendemos simplesmente produtos.
Juntamente com o produto também vai um atendimento
de excelência. Isto é o que faz a diferença. E os clientes
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
reconhecem isto”, afirma Antonio Carlos.
Sobre o fechamento do ano, o diretor ressalta os eventos
que ocorreram durante 2014, que foram as razões para o
ambiente de negócio ficar abaixo das expectativas. “Mas
isto já é passado e ainda esperamos encerrar o ano dentro
das metas estabelecidas. O negócio de distribuição é de
continuidade. Sempre estaremos apresentando novidades
e novas ações aos clientes. Certamente iremos continuar a
crescer dentro do planejado”, finaliza.
PELLEGRINO PELO BRASIL
Atualmente são 21 unidades de negócios estrategicamente
localizadas nos principais polos comerciais do Brasil. Este mês a
empresa está iniciando a 22ª operação em Porto Velho, que visa
fortalecer ainda mais a presença na região Norte.
PPQG e Prêmio Paulista
de Qualidade da Gestão
Região Norte: Araguaína (TO) e Belém (PA)
Região Nordeste: Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e
Salvador (BA)
Região Centro-Oeste: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e
Goiânia (GO)
Região Sul: Blumenau (SC), Curitiba (PR), Londrina (PR) e Porto
Alegre (RS)
Região Sudeste: Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Marília
(SP), Rio de Janeiro (RJ), Santo André (SP), São Paulo (SP), São
José do Rio Preto (SP) e Uberlândia (MG)
30
COMPARATIVO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
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FOTOS: ESTÚDIO PRÁNA
Os compactos 3 cilindros
Por: Edison Ragassi
m fevereiro deste ano a VW lançou o compacto
up!, o carro comercializado na Europa desde
2011 passou por modificações para atender as
necessidades do consumidor brasileiro. Em relação ao irmão
do velho mundo, a carroceria foi redesenhada, transporta
cinco pessoas e o porta-malas cresceu.
E
Suspensão traseira
Tanto up! quanto o novo Ka utilizam na traseira sistema de suspensão
com eixo rígido, o Ford é do tipo Twist Beam
O segmento de compactos é importante para os negócios
das fabricantes de veículos, isso faz com que elas invistam
nestes modelos. Assim, a Ford também lançou seu compacto
totalmente renovado. Em setembro começaram as vendas do
Novo Ka, mas diferentemente da VW que usou como base um
projeto europeu, a empresa do oval azul desenvolveu o carro
em seu centro de design de Camaçari (BA).
No up! o design utiliza linhas quadradas, não há grade
frontal, a ventilação para o motor é feita por entradas colocadas
no para-choque. Ele mede 3.605 mm de comprimento, 1.910
mm de largura e 1.500 mm de altura. A distância entre os
eixos é de 2.421 mm e o porta-malas tem capacidade de 285
litros, seu peso total é de 910 kg.
Enquanto que no Novo Ka o visual da frente tem uma
grande grade central na cor preta, outra inferior na mesma
cor do veículo e conjunto ótico embutido nos para-lamas. Ele
tem 3.886 mm de comprimento, largura de 1.911 mm, altura
de 1.525 mm e distância entre os eixos de 2.491 mm. Com
tampa de dobradiças pantográficas, a capacidade volumétrica
do porta-malas é de 257 litros e o peso total é de 1007 kg.
O compacto VW é oferecido com o motor EA211 1.0L
de 3 cilindros Total Flex, o qual estreou no Fox Bluemotion
em julho do ano passado. Ele não tem tanquinho de partida
a freio. Fabricado em São Carlos (SP), utiliza 12 válvulas e
comando variável na admissão e escape. Entrega potência
máxima de 75 cv (G)/ 82 cv (E) a 6.250 rpm. O torque máximo
é de 9,7 kgfm (G)/ 10,4 kgfm (E) a 3.000 rpm, com correia
sincronizadora, o tipo de óleo recomendado é sintético
(5W40). A transmissão é a MQ200, manual de cinco marchas,
acionadas por cabos.
Para o Novo Ka, a Ford preparou o propulsor flex sem
tanquinho de partida a frio, construído com bloco de ferro
e cabeçote de alumínio 1.0L TiVCT de três cilindros, 12
válvulas e comando variável na admissão e escape. Ele entrega
potência de 85cv (E)/ 80cv (G) a 6.500 rpm e torque de 10,7
kgfm (E)/10,2 kgfm (G) a 4.500 rpm. Entre as novidades, a
correia sincronizadora banhada em óleo, uma patente da Ford,
segundo a qual reúne o silêncio da correia e a durabilidade
da corrente. Usa óleo lubrificante do tipo sintético (5W20).
Completa o trem de força o câmbio manual de cinco marchas.
Ambos utilizam suspensão dianteira independente tipo
Espaço Interno
No compacto VW a distância entre os eixos é de 2.421 mm, enquanto que
o entre-eixos do Ford é 2.491 mm, isso proporciona mais espaço para os
ocupantes do banco traseiro no Ka
32
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
COMPARATIVO
Amortecedor e freio
Motor
Filtro de Oléo
As fabricantes utilizam elemento filtrante de óleo do tipo convencional
em seus motores de 3 cilindros. A especificação do óleo exige atenção,
5W40 no up! e 5W20 para o Ka
up! e Ka utilizam amortecedores hidráulicos, porém, ao substituir as peças do
carro da Ford, o preço é cobrado com e sem barra estabilizadora, já os freios
são convencionais
McPherson e eixo rígido na traseira, porém, no carro da Ford
é do tipo Twist Beam.
Desde a versão de entrada o up! é equipado com: limpador,
lavador e desembaçador traseiro, banco do motorista com
regulagem de altura, espelho no para-sol do passageiro, cintos
traseiros laterais retráteis, fechadura elétrica para abertura
da tampa do porta-malas. O miolo da chave gira em falso em
caso de tentativa de arrombamento.
São 6 opções com carroceria quatro portas, o take up! custa
R$ 28.900, ao acrescentar direção elétrica, ar-condicionado e
rodas de aço 14” o custo é de R$ 34.010. O move up! sai por
R$ 33.014 e R$ 37.224 com ar-condicionado e assistência de
direção elétrica. Na opção high up! que tem preço sugerido de
R$ 36.790 a direção elétrica é de série, com ar-condicionado
vai a R$ 39.690. E as opções black up!, red up! e white up! são
completas e custam R$ 41.430.
O novo Ka tem como opção de entrada a versão SE, ela
é equipada com ar-condicionado, direção elétrica, vidros
elétricos dianteiros, travas elétricas, som MyConnection
Gen.3 (rádio AM/FM, USB, Bluetooth) e MyFord Dock,
limpador e desembaçador traseiro e abertura elétrica do
porta-malas, custa R$ 35.390. O SE Plus tem a mais, vidros
elétricos traseiros e sistema de conectividade SYNC, seu preço
é de R$ 37.390. A opção topo de linha é a SEL, vem ainda
com o controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente
de partida em rampas, rodas de liga leve de 15 polegadas e
pneus 195/55 R15, faróis de neblina, computador de bordo,
alarme volumétrico, ajuste de altura do banco do motorista,
grade dianteira com aplique cromado e lanternas traseiras
escurecidas ao custo de R$ 39.990.
Ainda, a central multimídia SYNC traz sistema de
atendimento de emergência. Quando o veículo sofre um
acidente que aciona o air bag ou corta a injeção de combustível,
tendo um celular pareado, ele faz a ligação para o SAMU. Com
os ocupantes desacordados, ele envia a localização da antena
Filtro de combustível
do GPS para que o socorro aconteça.
A expectativa das duas fabricantes é grande com
estes produtos. O up! tem versões de carroceria 2 portas,
inclusive com câmbio automatizado a partir de R$ 26.900. E
a Ford, além do propulsor 1.0L, tem opção de motor 1.5L e
carroceria sedã, com custo inicial de R$ 40.390 para o hatch
e R$ 37.890 sedã.
Custos de peças e serviços
Novo Ka 1.0 SEL
VW up!
Amortecedor dianteiro:
Amortecedores traseiros:
Discos de freios dianteiros:
Jogo de pastilhas dianteiras:
Lonas de freios traseiras:
Óleo/ litro:
Filtro de óleo:
Filtro de ar:
Filtro de combustível:
Vela:
Acima o filtro do up! e abaixo o do Novo Ka, ambos são convencionais,
porém o acesso é mais fácil no modelo da VW
O 3 cilindros da VW é montado em bloco de alumínio, já o 3 cilindros da Ford
usa bloco de ferro, ambos possuem sistema duplo de refrigeração com duas
válvulas termostáticas
*Peças
R$ 437,00 - cada
R$ 335,00 - cada
R$ 409,77- cada
R$ 466,30
R$ 299,58
R$ 43,14
R$ 39,29
R$ 22,66
R$ 19,66
R$ 30,90 - cada
*Serviços
R$ 378,00
R$ 306,00
R$ 144,00
R$ 144,00
R$ 216,00
R$108,00
R$54,00
R$ 36,00
R$ 198,00
R$ 72,00
Colaboraram: Volkswagen do Brasil, Ford Motor Company, Concessionária
VW Caraiga – Morumbi – e Concessionária Ford Navesa- Giovanni
GronchiGronchi
*Peças
*Serviços
Amortecedor dianteiro: R$ 189,60 - com barra estabilizadora
Amortecedor dianteiro: R$ 178,50 - sem barra estabilizadora
R$ 261,00
Amortecedor traseiro: R$ 164,30 - com barra estabilizadora
Amortecedor traseiro: R$ 144,30 - sem barra estalilizadora
R$ 261,00
Disco de freio dianteiro: R$ 131,60 - roda de aço
Disco de freio dianteiro: R$ 52,70 - cada (roda de liga leve) R$ 52,20
Jogo de pastilhas dianteiras:
R$ 200,00
R$ 78,30
Lonas traseiras:
R$ 194,00
R$ 417,60
Óleo (5W20)/ litro:
R$ 40,54
R$ 78,30
Filtro de óleo:
R$ 22,43
R$ 78,30
Filtro de ar:
R$ 62,20
R$ 78,30
Filtro de combustível:
R$ 38,57
R$ 78,30
Filtro anti-pólen:
R$ 35,00
R$ 78,30
Velas:
R$ 17,30 - cada
R$ 104,40
34
SINDICATO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Sincopeças-SP em Ação
&RPpUFLRGHDXWRSHoDVID]YDOHUVXD
UHSUHVHQWDWLYLGDGHQDFLRQDO
Três importantes compromissos para ampliar a representatividade nacional do comércio varejista de
autopeças ocuparam a agenda do Sincopeças-SP. O primeiro deles foi a reunião da Câmara Brasileira do
Comércio de Peças e Acessórios para Veículos, na sede da Confederação Nacional do Comércio - CNC, em
Brasília. Foi nosso terceiro encontro e fizemos um apanhado sobre a Inspeção Veicular, portarias e decretos.
A Câmara entendeu que é uma bandeira do Sincopeças e vai encampar essa luta com o peso político da CNC.
Ainda na Câmara tratamos do sistema tributário MVA do setor de autopeças nos Estados e a diferença
para com as concessionárias, e o próximo passo será aguardar o resultado da pesquisa de método, que nós,
em São Paulo, encomendamos junto à Fundação Getúlio Vargas. Apesar dessas providências, ressaltamos
que por princípio somos contrários ao regime de substituição tributária porque entendemos que o regime
justo é o sistema de débito e crédito do ICMS, ou seja, ao adquirir uma mercadoria você se credita e, ao
vendê-la, paga o tributo devido.
Abordamos também a Lei de Defesa do Consumidor e alertamos os demais Estados sobre a
possibilidade de enfrentarem ações da Polícia Civil, como vem ocorrendo em São Paulo. E também falamos
da Lei do Desmanche, argumentando que a Lei paulista poderia ser incorporada pelos demais Estados,
na parte que estrutura a operação dos desmanches, para que sejam legalizados e não se limitem apenas à
rastreabilidade das peças.
O segundo compromisso, ainda em Brasília, foi a finalização do estatuto do Sincopeças Brasil. Todos
os Sincopeças do País estiveram representados. E, como entidade nacional, discutimos a possibilidade
de ingressar com ação de “descumprimento de preceito fundamental” para questionar na Justiça porque
empresas ligadas ao comércio não podem questionar impostos cuja origem estaria na indústria, tais como
Pis e Cofins, já que somos segmento cujo imposto é monofásico, ou mesmo questionar a inclusão do frete na
base de cálculo do ICMS. Enfim, essa ação poderia abrir precedente para esses questionamentos.
O terceiro compromisso foi no Rio de Janeiro, no INMETRO, onde nos reunimos com a intenção
de reivindicar a prorrogação de 24 meses para os produtos da Portaria 301. Eles entenderam e se
solidarizam como nosso posicionamento. Vale ressaltar que esse encontro foi importante porque existem
forças contrárias à prorrogação e que também estão
marcando posição. Informamos ao INMETRO que,
por sermos entidade de representação nacional,
pleiteamos assento permanente na condução das
novas portarias que tratam da certificação de
autopeças. Nossa representatividade se fez valer e
a reivindicação foi acolhida. Agora, toda vez que
se discutir portarias de autopeças no INMETRO, o
Sincopeças Brasil será convidado como representante
legal dos interesses do comércio.
)DOHFRPR3UHVLGHQWH
O empresário varejista tem linha direta com a Presidência do Sincopeças-SP, no
Portal da Autopeça. A íntegra das notícias e legislações citadas abaixo pode ser
encontrada em www.portaldaautopeca.com.br
Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Por: Redação
$SUHQGL]DJHPVHUiÀVFDOL]DGD
HOHWURQLFDPHQWHQDVHPSUHVDV
O Secretário de Inspeção do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida, divulgou Instrução Normativa
nº 113, de 30 de outubro de 2014, que dispõe sobre a fiscalização eletrônica da aprendizagem.
A medida tem por objetivo ampliar a abrangência da fiscalização da aprendizagem, pois, segundo
a CLT, art. 329, os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular,
nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, número de aprendizes equivalentes a 5%,
no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas
funções demandem formação profissional.
Sendo assim, para dar cumprimento ao que manda a Lei, poderá ser adotada a fiscalização por
meio eletrônico.
Peculiaridades da INO 113/14:
t/BöTDBMJ[BÎÍPFMFUSÙOJDBBTFNQSFTBTTFSÍPOPUJöDBEBTWJBQPTUBMQBSBBQSFTFOUBSEPDVNFOUPT
em meio eletrônico que serão confrontados com dados dos sistemas oficiais do Ministério do
Trabalho e Emprego, visando a efetiva contratação dos aprendizes;
t"TFNQSFTBTTVKFJUBTËDPOUSBUBÎÍPEFBQSFOEJ[FTEFWFSÍPBQSFTFOUBSFNNFJPFMFUSÙOJDPWJB
e-mail, os seguintes documentos; a) imagem da ficha, folha do livro ou tela do sistema eletrônico
de registro de empregados comprovando o registro do aprendiz; b) imagem do contrato de
aprendizagem firmado entre empresa e o aprendiz, com a anuência/interveniência da entidade
formadora; imagem da declaração de matrícula do aprendiz no curso de aprendizagem emitida
pela entidade formadora; c) imagem da declaração de matrícula do aprendiz no curso de
aprendizagem emitida pela entidade formadora; d) comprovante em meio digital de entrega do
CAGED referente à contratação dos aprendizes; e, outros referentes à ação fiscal, solicitados pelo
Auditor Fiscal do Trabalho notificante.
Para ver a íntegra da lei, acesse: www.portaldaautopeca.com.br
(http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4738)
&RPRGHYHVHUDLQIRUPDomRGRVSUHoRV"
O Procon-SP e a Fecomercio-SP elaboraram cartilha com todas as explicações sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor, normatizadas
pela Lei Federal 10.962, de 11 de outubro de 2004, que complementa o Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90). O objetivo dessa legislação é garantir aos consumidores
a correção, clareza, exatidão e visibilidade das informações prestadas.
Para conhecer a cartilha sobre Afixação de Preços e Fiscalização acesse www.portaldaautopeca.com.br (http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4730)
6XEVWLWXLomRWULEXWiULDQDVRSHUDo}HVFRPDXWRSHoDV
O secretário executivo do Confaz - Conselho Nacional de Política Fazendária, Manuel dos Anjos Marques Teixeira, publicou despacho sobre a
aplicação, nos estados de Pernambuco e São Paulo, do Protocolo ICMS 60, de 2014, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com
autopeças. Segundo o despacho, em atendimento à solicitação das Secretarias da Fazenda dos respectivos estados, as disposições contidas no
protocolo somente se aplicarão em Pernambuco e São Paulo, a partir de 1º de dezembro de 2014.
Para o exame completo da informação, acesse:
www.portaldaautopeca.com.br (http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4723)
6LQFRSHoDVQD5HGH
O Sincopeças-SP está na rede mundial.
Acesse:
facebook.com/sincopecas
twitter.com/sincopecas
youtube.com/portaldaautopeca.com.br
BALCÃO AUTOMOTIVO / NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Autopeças: exportações
recuam 17,3%
As exportações brasileiras de autopeças recuaram
17,3% no acumulado de janeiro a setembro, para
US$ 6,26 bilhões, destinadas a 189 países. As
importações também sofreram retração, de 8,9%,
chegando a US$ 13,67 bilhões. Os números foram
divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos Automotores
(Sindipeças). O déficit no acumulado do ano
atinge US$ 7,41 bilhões, com queda de 0,3%.
DryWash investe
R$ 2 milhões para
tornar a lavagem a seco
mais acessível
Com a grave crise no abastecimento de água,
que atingiu as principais cidades brasileiras em
2014, a DryWash decidiu reforçar sua estratégia
de distribuição multicanal, por meio do aumento
da oferta de produtos e serviços para o mercado.
A atual conjuntura fez com que a empresa
intensificasse seus investimentos e antecipasse
projetos que visam tornar a lavagem a seco mais
um hábito na vida dos brasileiros.
Dayco lança itens para o motor
Sigma na reposição
A Dayco lança para a reposição separadamente
a correia, o tensionador e as duas peças juntas,
compondo o Kit de Distribuição. Produzidos desde
2009, na cidade de Taubaté (SP), os motores Sigma
1.6 TiCVT utilizam a correia dentada, o tensionador
de distribuição e o damper (também conhecido como
polia do virabrequim), que equipam os veículos New
Fiesta 1.5 e 1.6, Focus 1.6 e New EcoSport 1.6, todos
flex, também exportados para a Ford no México e Europa, onde são montados os modelos
New Fiesta e EcoSport. Os lançamentos podem ser aplicados em veículos fabricados a
partir de 2009 e possuem os códigos: Correia: 117SP220HT; Tensionador: ATB1017 e Kit de
Distribuição: KTB764. Para mais informações, basta entrar em contato com o SAT através
do 0800 772 0033 ou consultar os catálogos no www.dayco.com.br
TECFIL ELEITA UMA DAS 150 MELHORES
EMPRESAS PARA SE TRABALHAR
Em evento no Auditório do Ibirapuera, no dia 08 de outubro,
concorrendo com mais 348 empresas, a Tecfil consagra-se
mais uma vez como uma das “Melhores Empresas para
Você Trabalhar”, através da pesquisa elaborada pela Revista
Você S/A, da Editora Abril. A premiação é dividida em 19
categorias diferentes e entre as seis escolhidas no segmento
de Indústria Automotiva, a Tecfil figura como a terceira melhor nota (83,2). “Estar
no Guia das Melhores Empresas para Você Trabalhar é fazer parte de um seleto
grupo de organizações que já se conscientizou que um ambiente que proporciona
felicidade no trabalho faz com que todos ganhem: a empresa melhorando seu
desempenho e os colaboradores melhorando sua qualidade de vida”, declara Ricardo
Brandão, diretor de Administração e Suprimentos.
BOSCH ATINGE A MARCA DE
100 MILHÕES DE INJETORES
PRODUZIDOS NO BRASIL
FOTOS: DIVULGAÇÃO
CURTAS
38
APEX DO BRASIL
PARTICIPA DA
SEMANA DE
TECNOLOGIA E
MEIO AMBIENTE
A Apex do Brasil participou da Semana de
Tecnologia e Meio Ambiente realizada em outubro
na Escola Senai “Mariano Ferraz”, com um estande
divulgando a sua marca e seus produtos, e também
ministrou algumas palestras técnicas. Este evento
propiciou o estreitamento da parceria Apex/
Senai, a disseminação
das experiências, o
desenvolvimento
e
informações de produtos
e do segmento, além
do contato com os
participantes.
MICRONAIR LANÇA
CATÁLOGO DE
FILTROS DE CABINE
2015 COM NOVIDADES
PARA VEÍCULOS
LEVES, PESADOS E
AGRÍCOLAS
A Bosch alcançou a marca de 100 milhões de válvulas injetoras produzidas em sua fábrica localizada em
Campinas (SP). A primeira linha de produção teve início em 1997 para atender a uma única fabricante e,
hoje, a Bosch fornece o produto para as principais montadoras instaladas no Brasil. A empresa praticamente
duplicou sua participação no mercado brasileiro nos últimos 4 anos e atualmente detém 54% de market
share do produto na América Latina, fornecendo injetores tanto para as montadoras, quanto para o mercado
de reposição. Além de atenderem à demanda do mercado brasileiro, as válvulas produzidas em Campinas
também são exportadas, principalmente para a Europa. Seguindo a tendência global de downsizing, na
qual as montadoras estão buscando desenvolver motores menores e mais potentes, apresenta o novo
injetor EV6-P2, menor e com maior conteúdo local de componentes.
Sistema tributário
preocupa setor de
autopeças
Alunos da UFMG vencem concurso
internacional da Valeo na França
O sistema tributário brasileiro foi um dos principais
temas debatidos na reunião da Câmara Brasileira
do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos
em Brasília. O coordenador do órgão consultivo
da Presidência da CNC, Darci Piana, afirmou que
o setor tem enfrentado dificuldades por conta
da desarmonia da legislação tributária, já que os
Estados têm autonomia sobre o tema. Outro tema
debatido foi a questão da segurança dos veículos em
circulação.
Projeto desenvolvido por dois alunos de Engenharia da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) foi premiado em primeiro lugar
em concurso internacional da Valeo. Os vencedores do Innovation
Challenge Valeo foram revelados na França e a dupla brasileira superou competidores de países
como Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Índia. O prêmio de € 100 mil foi entregue
aos estudantes Alexandre Marques Bemquerer e Ana Carla Campos. O desafio do concurso era
apresentar um projeto inovador. O time chamado Sadec da UFMG propôs uma reinvenção no
sistema de transmissão mecânica por acoplamento da bomba e motor hidráulico. Desta forma, a
transmissão seria teoricamente capaz de se adaptar melhor às necessidades do motorista, além de
reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2.
A micronAir acaba de lançar o Catálogo de Filtros de Cabine
2015. A publicação já está disponível nos revendedores da
marca Freudenberg Filtration Technologies e traz todo o
portfólio de filtros originais das linhas para veículos leves,
pesados e agrícolas. Entre as novidades: publicação de
fotos e medidas de todos os filtros originais, informações
adicionais sobre os benefícios dos filtros flexíveis e de carvão
ativado, e dicas sobre aplicação correta.
40
BALCÃO AUTOMOTIVO / NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Mann+Hummel
completa 60 anos
no Brasil
Em 2014, a Mann+Hummel, uma das maiores
fabricantes de filtros no mundo, completa 60 anos
da chegada ao Brasil. E neste período a empresa se
consolidou no mercado nacional pela qualidade e
tecnologia de seus produtos. “Temos o compromisso
com o desenvolvimento e com a satisfação dos nossos
clientes”, afirma Pedro Ortolan, diretor de Vendas,
Negócios e Marketing da MANN+HUMMEL no Brasil.
Fundada na Alemanha em 1941, por Adolf Mann
e pelo Dr. Erich Hummel, a companhia chegou ao
Brasil no ano de 1954, quando concedeu uma licença
para fabricação de filtros para a Naumann Gepp, que
ficava no bairro de Santo Amaro, em São Paulo (SP).
Quase 10 anos depois, a MANN+HUMMEL comprou a
empresa brasileira, dando início a Filtros MANN e, em
20 anos, a empresa iniciava a construção da fábrica
que hoje é a sede da empresa, em Indaiatuba (SP).
Villafranca lança
catálogo virtual
PELLEGRINO ANUNCIA MUDANÇAS
NAS DIRETORIAS DE SUPPLY CHAIN
E VENDAS E MARKETING
Formado em Administração de Empresas e atuando no aftermarket desde 1978,
com experiência em todas as áreas de uma empresa de distribuição e varejo de
autopeças, Nilton Rocha de Oliveira está na Pellegrino desde 1996, quando iniciou
como gerente da filial de Porto Alegre e a partir de 1999 passou a exercer o cargo
de diretor Comercial. A partir de agora assume a diretoria de Supply Chain (Produtos
e Suprimentos), que abrange todas as etapas de abastecimento e Logísitca. Nilton
diz que, “é com muita satisfação e alegria que inicio essa nova fase desafiadora,
incorporando toda a área de Logística da Pellegrino. É uma área que merece muito
trabalho e dedicação, pois os resultados têm relação direta na qualidade de nossos
serviços e também em nossos resultados econômicos e financeiros”. Dentre as metas,
o diretor aponta a revisão de todos os processos de produtos, portfólio e abastecimentos. Além disso, prever
os itens que podem ficar parados e estar atentos às variações de demanda são ações indispensáveis.“Estamos
em um momento muito especial porque muitos avanços ocorreram, outros estão para ser implementados,
e pelo trabalho de consultoria que estamos iniciando irá impactar em toda cadeia”, completa. Também
formado em Administração de Empresas com MBA em Marketing Executivo,
Marco Augusto Avelino atua no mercado de reposição desde 1991 e traz no currículo
experiência em fortes empresas do setor. Avelino faz parte da Pellegrino desde
2009, até então exercia o cargo de gerente nacional de Vendas. Hoje vai dirigir o
departamento de Vendas e Marketing, área que abrange as atividades relacionadas
aos resultados das filiais, além do Marketing. Marco cita dois objetivos da empresa,
que são: ampliar o foco na venda e no resultado, sempre pensando no cliente e na
motivação da equipe, bem como explorar as oportunidades, por regiões, cidades e
clientes. “Nesta fase, o departamento de Marketing se integrando à área de Vendas,
certamente trará um maior dinamismo às ações com o mercado, além de garantir
o compromisso com o resultado junto aos nossos fornecedores e clientes”, diz. O desafio é grande, “mas,
como o time Pellegrino alinhado e motivado, buscaremos os resultados esperados pelo nosso acionista,
entregando sempre o melhor serviço ao mercado”, finaliza.
Nytron lança novo site
A Villafranca já está disponibilizando o seu
catálogo virtual de aplicações. O catálogo
contém todos os dados sobre seus produtos
e serviços. Para acessar, basta entrar no site
(www.villafrancanet.com.br) e clicar na opção
de baixar o catálogo. E depois de feito o cadastro,
o consumidor terá à sua disposição todas as
informações sobre a peça que procura.
Acompanhando as inovações do mercado, a Nytron, empresa
fabricante de tensionadores e polias, tradicional e atuante no
mercado de reposição, relança o seu site (www.nytron.com.br),
totalmente reformulado e atualizado. Mais dinâmico e muito
mais informativo, o novo site oferece dicas técnicas, lançamentos
com aplicação recomendada, procedimentos de garantia, lista de
representantes, palestras e ainda um link de imprensa com todas
as novidades da empresa. Para facilitar e agilizar o dia a dia na
oficina e na loja na procura por peças, possui também disponível
o catálogo online atualizado, onde o aplicador ou o lojista pode
fazer consultas através do tipo do veículo, montadora, produto,
busca geral ou ainda, pelos códigos originais e Nytron ou também
fazer o download completo em PDF.
MONROE OFERECE ATENDIMENTO VIA CHAT A
MOTORISTAS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMOTIVO
Atenta às necessidades e mudanças de comportamento dos profissionais de reparação e dos proprietários de veículos, cada vez mais inseridos
no mundo virtual e em busca de respostas rápidas, a Monroe inova a comunicação no setor de autopeças: o atendimento via chat. Motoristas,
mecânicos e varejistas podem obter informações e tirar dúvidas em tempo real, acessando o Atendimento Online pelo www.monroe.com.br. Para
mais informações sobre produtos, aplicações, garantias e montagem dos componentes da Monroe e Monroe Axios em tempo real, o usuário deve
acessar o Atendimento Online, do lado superior direito da home page, e preencher um breve cadastro. Usuários do Monroe Club –
www.monroeclub.com.br – também poderão usufruir do atendimento via chat, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
CURTAS
Vendas de
automóveis e
comerciais leves
crescem 3,15% em
outubro
De acordo com levantamento realizado pela
Fenabrave com base nos emplacamentos de
veículos de outubro, foram realizadas vendas
de 442.216 unidades, entre automóveis,
comerciais leves, caminhões, ônibus,
motocicletas, implementos rodoviários e
outros, como carretinhas para transporte. Este
valor representa alta de 2,70% no comparativo
com o mês de setembro, quando foram
registradas vendas de 430.608 unidades.
Fundação Toyota
do Brasil promove
concurso e leva
visitantes do Salão
do Automóvel para
o Pantanal
Entre
carros,
alta
tecnologia e test-drives,
os visitantes do estande
da Toyota do Brasil
contaram com mais
uma atração no 28º
Salão Internacional do
Automóvel: participar de
um concurso, que sorteou quatro viagens ao
Pantanal para conhecer de perto o Projeto
Arara Azul, apoiado pela montadora há 25
anos e, mais recentemente, pela Fundação
Toyota do Brasil.
Magneti Marelli
ultrapassa a marca
de 1.000 códigos de
amortecedores Cofap
para o mercado de
reposição
Com os lançamentos realizados no mês de
outubro, além de chegar a 100 novos códigos
lançados em 2014, a divisão de aftermarket da
Magneti Marelli ultrapassou o marco histórico
de 1.000 códigos de amortecedores Cofap para
suspensão automotiva ativos em catálogo.
Esta marca ajuda a manter a ampla cobertura
de frota dos amortecedores Cofap, que chega a
98% da frota circulante no mercado nacional.
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BALCÃO ACESSÓRIOS
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Linha PRO-SERIES
veio para o Salão do
Automóvel de SP
A Pioneer do Brasil expôs no Salão do Automóvel os
principais modelos de alto-falantes da marca e três
produzidos no Brasil. Os modelos importados da Linha
PRO-SERIES TS-B350PRO, TS-B400PRO, TS-W1200PRO, TS-W1500PRO (profissionais, utilizados
em competições) e os Subwoofers TS-W304R, TS-W260S4 e TS-W310S4. Os modelos TS1330BR e TS-1730BR, e o alto-falante TS-6940BR foram desenvolvidos especialmente para o
mercado brasileiro. O último destaca-se pela potência de 100W RMS e borda de espuma que
garante graves precisos.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Tecnologia Omnilink da Zatix impede roubo
de carga em Minas Gerais
Presidente executivo da Keko é homenageado com o
Mérito Gigia Bandera 2014
O presidente executivo da Keko Acessórios, Leandro Scheer Mantovani, é um dos empresários
homenageados com o Mérito Metalúrgico Gigia Bandera 2014. Os nomes foram divulgados pelo
presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul (Simecs), Getulio Fonseca. Além de
Mantovani, os empresários Amerigo Manzato, diretor da Dynamics do Brasil, e Rogério Luis De Antoni,
diretor-presidente da Hyva do Brasil, também estão na lista. Na 22ª edição, o Mérito Gigia Bandera
homenageia empresários de destaque nas atividades desenvolvidas em seus segmentos.
No dia 1º de outubro, a Servis recebeu um alerta de
abertura de baú emitido pelo Sistema Omnilink, uma
poderosa ferramenta para monitoramento de veículos e
gestão de risco. A solução da Zatix proporciona segurança,
controle e automação, especialmente para cargas de alto
valor e cargas perigosas. O diferencial do Sistema é a
capacidade de configuração e personalização, de acordo
com as características da operação e necessidades do
cliente. O sistema oferece monitoramento com posição
avulsa e automática, botão de pânico e bloqueio do
veículo, etc.
TomTom GO auxilia
motoristas a evitar
congestionamentos
e chegar mais rápido
ao destino
A TomTom anuncia o lançamento do dispositivo TomTom
GO para os motoristas do Brasil, com serviço TomTom
Traffic de trânsito em tempo real para ajudar os motoristas
a chegarem mais rápido ao destino. Especialistas calculam
que os custos causados pelos congestionamentos chegam
a R$ 170 bilhões por ano no País. Os novos dispositivos
vêm com atualização de mapas vitalícia e gratuita, e
tecnologia de roteamento inteligente. A tela interativa
permite aos condutores navegar por mapas 3D. Os valores
variam entre R$ 899,00 e R$ 1.499,00.
Novo site da Pósitron integra empresa ao
ambiente online
O novo portal da Pósitron, marca da PST Electronics, está no ar. O site agrupa em um único ambiente o conteúdo de todas as áreas de negócios
e portfólio completo da companhia, que podem ser acessados por meio dos menus. A página oferece mais interatividade com o usuário, pois
muitos processos podem ser 100% feitos pela internet. É possível comparar os modelos de produtos e buscar lojas revendedoras, além de assistir
vídeos com dicas, novidades, lançamentos e o passo a passo para a instalação dos equipamentos da marca. Confira www.positron.com.br
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BALCÃO DUAS RODAS
ABRACICLO comemora linha de crédito
anunciada para motocicletas novas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pastilhas Fras-le para
motos ganham nova
embalagem
As pastilhas para
freio da marca
Fras-le, utilizadas por
grande parte da frota
de motocicletas na
Argentina e também
no Brasil, acabam
de ganhar uma moderna e prática embalagem,
totalmente alinhada ao que o mercado atual
exige. Reciclável e com layout atualizado, a nova
apresentação permite melhor identificação e
armazenamento do produto. O ganho ambiental
se deve à utilização de garrafas pet recicladas
na produção da nova embalagem. A mudança
foi desenvolvida para atender a demanda dos
distribuidores no Brasil e no exterior.
A ABRACICLO considera muito positivo o acordo entre a Caixa Econômica Federal, o Banco Pan
e a Fenabrave, que visa ampliar as operações de financiamento para o segmento de autos e
motos. Segundo Fabio Lenza, vice-presidente da Caixa, o banco vai operar até dezembro com
taxas especiais para os financiamentos para pessoa física. Clientes Caixa têm taxas a partir de 0,93% ao mês. O Banco Pan vai
ampliar o número de operadores no território nacional. As medidas visam fortalecer o segmento nos últimos meses do ano.
Freedom Riders traz para Curitiba encontro inédito
de customizadores de todo o País
Em novembro, acontece o primeiro encontro dedicado exclusivamente à
customização de motocicletas, o “Freedom Riders”. Inspirado na cultura mundial,
o projeto é um resgate do estilo onde apaixonados por duas rodas se reúnem para
apreciar essa forma de expressão artística representada em máquinas exclusivas.
A cultura, que passa de geração para geração, caracteriza-se pelas viagens sem
destino, paixão pela estrada e belas paisagens. O evento recebe os customizadores,
Apocalypse Cycles Choppers Brazil, entre outros nomes importantes.
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Cometa Motocenter de Mato
Grosso do Sul realiza ação
social em inauguração
O Grupo Cometa mudou
o endereço da Cometa
Motocenter de Campo Grande
(MS). A nova localização na
av. Mascarenhas de Moraes,
bairro Coronel Antonino, próximo ao terminal General Osório, faz parte
da estratégia de negócios da rede, que visa facilitar o acesso e oferecer
comodidade aos clientes da região. O evento de reinauguração contou
com ação beneficente e show de dupla sertaneja. Os participantes que
contribuíram com alimentos não perecíveis concorreram a uma moto
CG 125 Fan KS. Os alimentos arrecadados foram encaminhados às
instituições de caridade da região.
Harley-Davidson vai plantar 50 milhões de árvores em todo o mundo até 2025
A Harley-Davidson, em parceria com a The Nature Conservancy, está mobilizando sua comunidade global de motociclistas para levantar fundos com o intuito de plantar 50
milhões de árvores em todo o mundo até 2025 como parte da chamada Renew the Ride™. A empresa encoraja seus clientes e concessionárias a dedicar tempo e realizar
doações em prol da The Nature Conservancy. Em outubro deste ano, a Harley-Davidson e a The Nature Conservancy plantaram 1.000 pinheiros em South Quay, Virginia, EUA.
O programa de plantar um bilhão de árvores é uma iniciativa que já reflorestou mais de 57 km2 de área e plantou e restaurou mais de 14 milhões de árvores na Mata Atlântica
desde 2008.
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LANÇAMENTO
Para os grandes
centros
FOTOS: DIVULGAÇÃO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
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Texto: Edison Ragassi
m junho deste ano, a Lifan Motors iniciou as vendas
do Foison, um mini truck (mini caminhão). Ele é
importado do Uruguai, onde a fabricante chinesa tem
unidade produtiva.
O Foison é equipado com motor 1.3 litro movido a
gasolina e injeção eletrônica de combustível, o qual entrega
85 cv de potência e 11,3 kgfm de torque, o câmbio é manual
de cinco marchas.
A suspensão dianteira é independente do tipo McPherson,
na traseira usa amortecedores com molas de chapas de aço. Os
freios são a disco na dianteira e tambor na traseira. As rodas
são de aço 14 polegadas e pneus 175/70 R14.
A versão de entrada tem preço sugerido de R$ 34.990,
traz de série equipamentos como o rádio AM/FM digital
com entrada auxiliar, tomada 12V auxiliar, ar quente e luz de
leitura. Com ar-condicionado e direção de assistência elétrica
vai a R$ 37.990, atende as normas de segurança brasileira, o air
bag é duplo e os freios têm assistência do ABS, e também luz
auxiliar de neblina traseira, brake light e cinto de segurança
de três pontos.
E
A versão com caçamba de aço mede 2.800 mm de
comprimento, 1.520 mm de largura e 335 mm de altura e a
capacidade de carga é de até 800 kg.
No interior, o piso tem forração de borracha e os bancos
usam tecido impermeável.
A cabine é alta, portas amplas, para-choque dianteiro e
maçanetas na cor do veículo e os espelhos retrovisores são
pretos, assim como a antena do rádio, colocada no centro do
teto da cabine.
IMPRESSÕES
A versão avaliada pela equipe do Caderno Balcão dos
Pesados & Comerciais foi a com carroceria do tipo baú.
A primeira impressão ao entrar na cabine é de que ela é
pequena. Isso porque o encosto do banco não é móvel, é
possível regular o assento, para frente e para trás. Mas essa
impressão desaparece ao encontrar o posicionamento correto
do assento. A disposição do volante faz com que o corpo
acomode-se como se estivesse em uma cadeira. O painel de
instrumentos é de boa visualização e simples de entender.
O sincronismo do câmbio é adequado, as trocas de
marchas são precisas, não há trancos e nem arranha.
E o motor desempenha bem, o arranque é lento,
desenvolve a velocidade de maneira gradativa. O acerto
de suspensão é bom, enfrenta bem as valetas e lombadas
espalhadas pelas ruas da cidade.
A Lifan oferece garantia de dois anos ou 40.000
quilômetros para o Foison.
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48
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
FIQUE DE OLHO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Nakata lança amortecedores para ônibus
Mercedes-Benz
A Nakata está ampliando o número de itens em seu portfólio para
veículos pesados, com os amortecedores convencionais destinados à
série de chassi para ônibus O-500 da Mercedes-Benz, atendendo a
várias versões fabricadas. São produtos para 32 aplicações de veículos
fabricados entre 2001 e 2014. Os produtos têm a certificação do Inmetro. Os amortecedores, para
caminhões e ônibus, têm garantia de seis meses ou 50 mil km. É importante guardar o certificado de
garantia que vem na embalagem do produto e o reparador deve entregá-lo ao dono do veículo.
MWM INTERNATIONAL cresce 173%
na exportação de motores para o
Egito neste ano
A empresa celebra o marco de 13.500 propulsores fornecidos
à empresa Egypt Power, uma das maiores e mais importantes
empresas que prestam serviços de repotenciamento para as frotas
do governo egípcio e região. As empresas são parceiras há 16 anos e
estão em franco crescimento. De 2013 para 2014 houve a evolução
de 173% no volume de propulsores fornecidos, totalizando 3.411 motores e também para geradores de energia.
Recentemente, um novo acordo fechado prevê o fornecimento adicional de 800 motores pelos próximos 3 anos.
Meritor anuncia soluções para veículos
pesados com tração 6x4
Trata-se do eixo traçado tandem, com capacidade de carga de 57 a 100
toneladas, que permite ao condutor controlar a distribuição da tração
entre o eixo anterior e posterior dependendo da condição de operação do
veículo. Essa inovação possibilita significativa economia de combustível,
pneus, freios, além contribuir para o aumento de durabilidade dos componentes internos do diferencial, como
pinhão, coroa, rolamentos e até óleo lubrificante, reduzindo os custos de manutenção e nível de emissões ao
meio ambiente. O produto ainda está em fase de desenvolvimento.
Delphi promove convenção Diesel
voltada para o mercado de reposição
e reúne principais clientes da
América do Sul
O encontro aconteceu em 22 e 23 de outubro, e contou com a
presença de 18 distribuidores Diesel – principais clientes da
Delphi na América do Sul para o mercado de reposição – e teve
como objetivo principal anunciar lançamentos e novidades no portfólio de produtos da companhia
e também apresentar as estratégias e objetivos da empresa para o próximo ano. Entre novidades e
lançamentos previstos, estão: Bicos Injetores; Injetores EUI, Smart & EUP; Equipamentos Hartridge
e Filtros.
Transmissão Eaton equipa os modelos da nova Ford Série-F
Os novos caminhões da Série-F (F-350, F-4000 e F-4000 4x4), relançados
pela Ford para atender à demanda por transporte de cargas urbano e rural,
contam com a alta durabilidade e baixo custo operacional da transmissão
Eaton FSO 4505. Fabricada em alumínio, proporciona melhor eficiência no
consumo de combustível e aumento da capacidade útil de carga do veículo.
A transmissão possui conjuntos sincronizadores de alta durabilidade e
fácil manutenção, que permitem engates mais precisos e suaves e maior
conforto ao usuário.
Voith Turbo participa da FetransRio 2014
Por meio da divisão Voith Turbo, esteve presente à 10ª edição da FetransRio, feira bienal de ônibus, que
aconteceu no Centro de Convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, 5 e 7 de novembro. Durante o evento,
a empresa apresentou sua transmissão automática DIWA 5, o Retarder 123 e o 115HV, e os compressores
de ar. A Voith já forneceu 60 transmissões automáticas DIWA 5 para ônibus articulados em circulação
no BRT Transcarioca, que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Rio, e foi inaugurado em
junho deste ano.
TÉRIA DE CAPA
ANIVERSÁRIO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Parabéns, Carbwel!
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Por: Redação
undada em outubro de 1990 por Calos Gomes de Moraes, conhecido como Carlinhos, a
Carbwel Auto Peças nasceu em um salão com aproximadamente 50 m2. “No começo não
foi fácil, pois já havia grandes concorrentes consagrados no mercado”, conta Carlinhos, que
com espírito empreendedor traçou seu caminho e conseguiu ganhar espaço no setor.
Desta maneira, no dia 24 de janeiro de 2000, a Carbwel abriu suas portas com uma nova cara
e em um novo local, pronta para concorrer com os maiores lojistas do ramo. A nova sede contava
com 400 m2, 13 colaboradores diretos e 7 motoboys terceirizados.
Hoje a autopeça está localizada no bairro do Limão, em São Paulo (SP), tem sua estrutura
em um prédio com uma área aproximada de 1200 m2, estoque de quase 30.000 itens, 26
funcionários diretos e mais 14 motoboys. “A Carbwel é respeitada por grandes nomes do mercado
automotivo, englobando toda a cadeia de distribuição e, principalmente, seus clientes”, ressalta o
proprietário da loja.
F
Fachada da loja atualmente
INVESTIMENTOS
Atenta ao mercado e sempre em busca de novidades
que possam auxiliar no processo de venda e entrega dos
produtos comercializados, a autopeça oferece cursos e
palestras para aperfeiçoamento e descoberta de novas
técnicas para sua equipe, tendo como foco seu principal
produto, que é a venda.
“Com isso, estamos sempre aumentando a qualidade
Antiga fachada
da loja
de nossa equipe, oferecendo um melhor serviço, além de estar aperfeiçoando o layout da loja e
disposição das mercadorias para um melhor tráfego, agilizando o serviço”, destaca.
ATUAÇÃO
Com um atendimento a um público diversificado, o proprietário informa que a loja é
visitada por consumidores finais, oficinas mecânicas, centros automotivos e empresas. “O que a
maioria tem em comum é a classe de veículos, que são os ‘populares’, com base nisto, procuramos
administrar nosso estoque para este público e manter um bom atendimento, que sempre foi o
nosso diferencial”, completa.
Para a autopeça, a venda online é uma tendência no mercado que é preciso acompanhar, por
isso a loja também atua nesta área. “Mesmo tendo um percentual pequeno no nosso faturamento,
este segmento é muito promissor e terá uma parcela significativa a média prazo”.
Sobre o ano de 2014, Carlinhos comenta que ele não foi muito bom para a economia no geral
e o setor foi muito penalizado pelos acontecimentos: Copa do Mundo e Eleições. “Em meio a
tudo que aconteceu, acreditamos que teremos um fechamento bom diante deste cenário. Para
2015, estamos com um planejamento mais conservador devido à insegurança financeira que
poderemos enfrentar”, conclui.
FABRICANTE
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Affinia celebra 10 anos
de história
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Por: Silvio Rocha
ompletando uma década, a Affinia Automotiva soma hoje 115 milhões de peças
comercializadas no mercado de reposição brasileiro, com suas marcas presentes no
mais amplo espectro de distribuidores e autopeças de Norte ao Sul do Brasil.
A empresa, braço importante da multinacional Affinia Group Inc., especializada na
fabricação de autopeças para o mercado de reposição e presente em mais de 70 países, iniciou as
suas atividades no Brasil em dezembro de 2004, quando assumiu as operações para o mercado de
reposição das marcas Nakata, Wix e Spicer.
C
PRINCÍPIOS DE GESTÃO
Segundo o diretor de Vendas e Marketing, Sérgio Montagnoli, a Affinia tem 100% de
dedicação para este segmento e entende a dinâmica do mercado de reposição brasileiro e suas
necessidades, por isso, fez de sua missão: prover soluções de reparação da melhor forma possível
para que fossem reconhecidas por este mercado. “A empresa sabe da importância de ‘ter a peça
certa, na hora certa e instalada corretamente’ e trabalha nessa direção”.
Para tanto, concentra seus esforços no contínuo desenvolvimento de um portfólio de
produtos completo para todas as linhas em que atua, na valorização da equipe de colaboradores
e formadores de opinião, em criar condições para promover conhecimento técnico a oficinas
e varejos, facilitando a solução e a identificação das peças de reposição, política comercial que
garanta o produto a um preço competitivo, por meio de uma logística e distribuição eficaz
para que estas peças estejam disponíveis e ao alcance de um maior número de reparadores no
momento certo.
“Desta forma, acreditamos contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do setor
de reposição automotiva no Brasil, criando um ciclo virtuoso”, completa Montagnoli.
SUAS MARCAS
Com as marcas Nakata, Wix e Spicer, Montagnoli destaca as linhas de produtos. Sobre a
Nakata, conta que a empresa investiu em seu portfólio e na ampliação de linhas, fortalecendo
ainda mais a marca, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado.
“Além de ampliar a linha de amortecedores, juntas homocinéticas, caixa de direção,
componentes de suspensão e direção, produzimos novos produtos, como pastilhas de freios em
nossa fábrica do Uruguai, e lançamos ao longo deste ano novos produtos, tais como: cubos de
rodas, sapatas de freio, amortecedores para motocicletas e kit de amortecedores”.
Já marca Spicer é líder mundial na fabricação de sistemas de transmissão e a marca Wix,
que a empresa trouxe para o Brasil, é também líder em seu segmento de filtros automotivos nos
Estados Unidos.
Sérgio Montagnoli,
diretor de Vendas e Marketing da Affinia
POLÍTICAS E RESPONSABILIDADES
Comprometida com a preservação
ambiental e melhoria contínua em
seus processos de produção, a Affinia
tem trabalhado na redução de resíduos
e conservação dos recursos naturais.
Como exemplo, adotou práticas para
redução do volume de efluente gerado
no processo galvânico de haste de
amortecedores, na fábrica da Nakata. O
resíduo passa por tratamento antes de
ser descartado para não causar impacto
ao meio ambiente. De 2012 até setembro de 2014, a quantidade do material gerado na fabricação
caiu de 20 m³/anual para 10 m³/anual.
A fabricante também apresentou diminuição de 18% no consumo de água e de 7,5% na
utilização de energia no período de 2012 até setembro de 2014. Os resultados alcançados foram
possíveis devido à EHS (Environmental, Health e Safety), política de compromisso com o meio
ambiente, saúde e segurança, implantada globalmente na Affinia.
Sobre responsabilidade social, a empresa promove várias ações, envolvendo os funcionários,
como a contribuição à instituição Amamos, localizada em Osasco, que oferece amparo a 60
crianças em situação de risco, vítimas de maus tratos ou provenientes de famílias desestruturadas.
“São realizadas várias campanhas ao longo do ano, doação de sangue, doação de mantimentos e
roupas”, ressalta o diretor.
QUALIDADE COMPROVADA
A prática da Política EHS, em conjunto com as certificações da ISO14001 (Meio Ambiente)
e OHSAS18001 (Saúde e Segurança), é um fator significativo na busca da melhoria contínua dos
processos de produção, garantindo agilidade e levando em conta as questões ambientais, de saúde
e segurança. Também possui certificação da qualidade ISO9001, sendo que esta e as certificações
ISO14001/OHSAS18001 são válidas por três anos, com manutenções anuais.
A empresa busca investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para atender
a demanda do mercado de reposição. As novas tecnologias exigem um trabalho de pesquisa
para desenvolvimento de novos produtos. Tem certificação do IQA. A unidade responsável pela
fabricação dos produtos Nakata também possui a certificação do IRAM-AITA (Instituto Argentino
de Normalização e Certificação), importante pois permite a exportação de amortecedores para
o mercado argentino. A certificação é renovada a cada seis meses e foi concedida à Nakata em
outubro de 2008.
PREMIAÇÕES NO SETOR
Reconhecida no mercado, Montagnoli destaca que por cinco anos consecutivos a Affinia foi
eleita uma das melhores empresas para se trabalhar, avaliação da revista Você S/A - Exame. A
marca Nakata também tem se destacado em várias premiações e pesquisas realizadas junto aos
reparadores, varejistas e frotistas. Na última edição do Prêmio Mérito Reconhecido, realizado
pela Revista Jornauto junto a frotistas e distribuidores da linha pesada, a Nakata foi premiada na
categoria – Maior Fornecedor de Componentes de Suspensão.
Em 2014, figuramos nas pesquisas Marcas Preferidas da CINAU e no Prêmio Sindirepa-SP,
estando entre as três marcas de amortecedores mais preferidas pelos mecânicos. Na pesquisa
Inova, que mede a preferência de marcas do varejo, a Nakata ocupou lugar no pódio para
amortecedores e componentes de suspensão, ficando entre as três primeiras colocadas. “Esses
resultados comprovam a qualidade do produto e a satisfação de quem aplica a peça, o que é muito
importante para nós”, afirma.
54
FABRICANTE
TÉRIA DE CAPA
AÇÕES E PROGRAMAS
A Affinia participa do Programa Empresa Amiga da Oficina, ação do Sindirepa-SP que realiza
várias iniciativas junto aos reparadores. Também é uma das empresas patrocinadoras da 2ª edição
do Clube Reparador, também do Sindirepa-SP, que visa a elaboração de uma ampla pesquisa
em oficinas para identificar as necessidades dos reparadores. Possui programa e atendimento
diferenciado a frotistas, com equipe que faz assistência em campo.
Entre outras ações voltadas ao setor, criou o Programa para Auto Centers Nakata (PAC),
que tem como objetivo aprimorar o atendimento técnico ao reparador e do reparador para seus
clientes. O programa viabiliza o acesso às informações técnicas e orientações sobre produtos e
aplicações, principalmente por conta de novos veículos e tecnologia que chegam todos os dias ao
dia a dia do reparador
Também possui as unidades móveis de shock tester, equipamento que avalia a eficiência dos
amortecedores e da suspensão, disponibilizado pela Nakata, que viaja pelo País para fazer teste
gratuito em conjunto com seus parceiros locais. Denominado Pit Stop Nakata, trata-se de um
projeto fundamental para levar não só informação ao consumidor, mas também mostrar como é
importante realizar a manutenção preventiva para garantir a segurança dos ocupantes do veículo.
Além disto, também patrocina o Programa Carro 100%/Caminhão100%/Moto100% /, projeto
criado pelo GMA, que tem como objetivo conscientizar o motorista sobre a importância da
manutenção preventiva do veículo, incluindo as avaliações gratuitas que acontecem nas rodovias,
permitindo que técnicos da Nakata façam a verificação das condições da barra de direção
dos caminhões.
MAIS PRÓXIMA DO CONSUMIDOR
O diretor revela que o grupo investiu o montante de R$ 40 milhões no Brasil, garantindo
desenvolvimento de novos produtos e tecnologias na fábrica de Diadema (SP) e construção de
centro de distribuição em Extrema (MG) com mais de 9.000 m².
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Focada no mercado de reposição, a empresa também desenvolve várias ações para o trade, levando
informação e suporte técnico por meio de catálogos eletrônicos e impressos com dados sobre produtos
e aplicações, além da central de atendimento via 0800.707.8022 e site que contém a linha de produtos e
aplicações: www.affinia1.com.br
Presente também nas redes sociais, Facebook (www.facebook.com/componentesnakata) e
Youtube (www.youtube.com/componentesnakata), divulga conteúdos de interesse do público em geral
para estreitar relacionamento e manter canal de comunicação com o varejo, reparador e consumidor
final, e oferece uma série de vídeos com dicas de aplicação, manutenção e gestão.
Além disto, também possui consultoria com visita de técnicos às lojas e promove palestras gratuitas
em parceria com distribuidores e varejo. Com estas ações e seus programas para o consumidor,
Montagnoli destaca o objetivo da Affinia em estabelecer e reforçar o relacionamento da marca com o
cliente, através de orientações sobre a importância de cuidar de forma preventiva do veículo.
A AFFINIA NO MERCADO
A Affinia Automotiva, pertence à Affinia Group, multinacional norte-americana líder mundial em
fabricação e distribuição de componentes automotivos para o mercado de reposição. No mundo,
conta com 11 mil colaboradores, tem plantas em 11 países e comercializa produtos para mais de 70
países das Américas do Norte e Sul, Europa e Ásia.
No Brasil, iniciou as operações há 10 anos e hoje conta com 590 colaboradores, incluindo parte
administrativa, fábricas e o centro de distribuição em Extrema (MG). Muitos colaboradores estão
desde o início e vêm acompanhando toda a evolução, outros vieram depois para somar e ajudar a
empresa crescer.
Segundo balanço da multinacional, as operações da Affinia na América do Sul, que inclui Brasil,
Argentina e Uruguai, cresceram, em média, 8% ao ano. Tendo em vista somente os produtos sob
a marca Nakata, as vendas cresceram em média 10% ao ano. Resultado este que é muito positivo,
principalmente considerando o ambiente desafiador de negócios no mercado de reposição
neste período.
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
55
MATÉRIA DE CAPA
ARTIGO
NÃO É PARA
ESQUECER
Por: Fernando Calmon*
*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor
técnico, de comunicação e mercado.
[email protected] e www.twitter.com/fernandocalmon
Salão do Automóvel de São Paulo, que terminou no dia 9 deste
mês, surpreende pelo conjunto da obra. São vários lançamentos,
nacionais e importados, mas com diferentes graus de importância
que, somados, tornam essa edição uma das melhores da história.
A rigor, um modelo se destacou por significar a reestreia de uma marca
tradicional, que já produziu no Nordeste brasileiro há mais de cinco
décadas, e volta para a mesma região com fábrica muito maior. O Jeep
Renegade é nova referência entre os utilitários esporte compactos pela
ampla gama prometida que inclui câmbio automático de nove marchas,
motor diesel, assistente de estacionamento e teto solar removível.
Esse segmento, no entanto, teve muitas outras novidades. Honda
HR-V e Peugeot 2008, embora sem aptidões fora-de-estrada como o
produto da Fiat Chrysler, estão prontos para a produção, os três ao longo
de 2015. A Nissan avançou com seu SUV também para o mesmo público,
o Kicks (nome provisório), que surgiu no Anhembi com estilo arrojado e
bem próximo ao definitivo, provavelmente para o final de 2015. Chamou
tanta atenção que o sedã Versa, levemente reestilizado e agora já na
linha de montagem, ficou em plano secundário. Até as marcas chinesas
Chery e JAC não deixaram passar a oportunidade com o Tiggo 5 e o T5,
respectivamente. A Suzuki surpreendeu graças ao novo S.Cross.
A confirmação da fabricação aqui do SUV médio-compacto Land
Rover Discovery, como primeiro produto da marca inglesa, já era
esperada. Ao seu lado no mesmo estande, o elegante sedã médio-grande
Jaguar XE, ainda com volante no lado direito, é um bom indicativo de que
também está nos planos das instalações de Itatiaia (RJ) em 2016.
Interessante as diferentes estratégias da Renault e da Fiat em relação
às suas novas picapes. Enquanto a Duster Oroch aparecia em lugar de
destaque, com estilo e nome definido, como a primeira compacta de
cabine dupla e quatro portas no mercado, a Fiat decidiu disfarçar bastante
sua inédita picape média. Na realidade, ambas ainda não disputam essa
categoria e, portanto, poderiam se exibir de forma mais aberta. Entretanto
a marca italiana exagerou no disfarce e no conflito de proporções, apesar
de rumores apontarem para sua estreia no segundo semestre do próximo
ano antes mesmo da Oroch.
Pseudoaventureiros continuam a surgir, a exemplo do cross up!, Spin
Activ, Sandero Stepway e Saveiro Cross cabine-dupla.
Já a Hyundai deu boas indicações de como evoluirá o estilo do
HB20 por meio do conceitual R-Spec (SUV compacto, aliás, também nos
planos para 2016) e reintroduzirá o Veloster agora com motor adequado,
1,6 L turbo/204 cv. Discretamente, a Citroën exibiu no C4 Lounge o
primeiro turbo flex (173 cv/etanol) de uma marca de alta produção, antes
disponível apenas no BMW Série 3.
Entre importados, vários lançamentos do recente Salão de Paris já
valem a visita ao de São Paulo: Mercedes-AMG GT, BMW i8, Porsche 918
O
Spyder, Audi Off Road Concept, Lexus NX, Honda NSX, Nissan GT-R e Toyota FCV (primeiro elétrico
de série a usar pilha a hidrogênio), além de carros bonitos embora de venda limitada como as peruas
Classe C e Golf. As duas americanas têm o Ford Mustang (importação é certa) e o Corvette Stingray
(ainda em avaliação).
56
TÉRIA DE CAPA
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
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MATÉRIA DE CAPA
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NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
DISTRIBUIDOR
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Grupo CAR comemora 10 anos
de Roles e RPR no Nordeste
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SHUQDPEXFDQRRJUXSRDEULXDXQLGDGHGD5ROHVHQRPrV
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Por: Bruna Camolesi
N
CATÁLOGO ELETRÔNICO
Em relação aos produtos, o portfólio segue os padrões nacionais da empresa. Mas em algumas
regiões específicas, um ou outro tipo de produto que se destaca merece certa atenção, como é o caso
da frota de Toyota e D-20, que no sertão é maior. “Marcas de renome e tradição compõem o mix de
produtos, que conta ainda com a marca própria, Autho Mix, que tem sido reconhecida de forma bastante
positiva pelo mercado”, complementa Reginaldo.
Recentemente, foi disponibilizado no site da Roles e RPR o catálogo eletrônico. À medida que
novos itens são lançados pelos fabricantes, a empresa é comunicada e a atualização do catálogo
é feita imediatamente. Em relação à entrega dos produtos, a Roles e RPR apostam na parceria com
transportadoras. “O investimento neste setor é muito importante e deixa claro que nos importamos com
o cliente em todos os momentos, não somente na hora da compra”, comenta o gerente.
BALANÇO E PERSPECTIVAS
Para finalizar, Reginaldo conta como foi e ainda está sendo o ano de 2014 para a empresa e as
perspectivas para o ano que vem.“Passamos por mudanças internas, por reestruturações administrativas
e já estamos vendo os bons resultados. Fecharemos muito melhor que 2013, no entanto, 2012 foi o ano de
maior crescimento percentual até o presente momento em nossa unidade”.
“Acreditamos sempre em um ano melhor e 2015 será muito melhor que este ano. Em 2014 tivemos
em nossa região um primeiro semestre truncado, além, é claro, da Copa do Mundo, que desacelerou o
mercado como um todo, apesar de nossa unidade ter atingido os objetivos traçados para o período”,
conclui o gerente.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
o mês de outubro, o grupo CAR – Central de Autopeças e Rolamentos Ltda. – comemorou 10
anos da inauguração da primeira unidade no Nordeste do País, mais precisamente em Recife
(PE). A CAR Central é a ‘empresa-mãe’ das empresas Roles e RPR, já conhecidas no mercado
nacional. Ao todo, são 32 unidades espalhadas pelo território brasileiro, sendo 16 da Roles e
16 RPR. Cada uma atendendo seu público: autopeças e motopeças, respectivamente.
Diante desse cenário, Reginaldo Ferreira, gerente da unidade da CAR Central Recife (PE), diz que “ao
longo destes 10 anos de trabalho, a ausência de uma política nacional de tributação é um dos principais
fatores que dificulta nossa atuação na região. Além disso, a formação de equipe para trabalhar foi e ainda
é um problema aqui no Nordeste, pois apesar do aumento de vagas, não há investimento por parte do
nosso segmento na capacitação de mão de obra, isto gera dificuldades para montar um time interno e
externo, que são os representantes de vendas”.
O mercado de autopeças da região é muito competitivo devido à quantidade de varejos existentes,
“não há mais a forma tradicional do comércio, que na nossa cadeia é: fábrica-distribuidor-varejoaplicador-consumidor final. O que determina quem irá fornecer o produto é o cliente”, explica o gerente.
ACESSÓRIOS
Mopar completa um ano no Brasil
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HPWRGDOLQKD)LDW
Por: Redação
presentada ao público em setembro do ano passado,
a Mopar chegou ao Brasil trazendo para o mercado
nacional a tradição de mais de 70 anos desenvolvendo
acessórios para a Chrysler em nível mundial. Durante
este primeiro ano, a empresa colocou mais tecnologia,
personalização e exclusividade nos veículos da Fiat.
O Novo Uno 2015, por exemplo, traz muita inovação. Além
disso, o consumidor pode complementá-lo. Mais de 100 itens
opcionais estão disponíveis para incrementar o Novo Uno,
A
Rádio Easy 4 U com interatividade
com smartphones
Câmera de Ré
entre eles, uma central multimídia, uma câmera de ré com
imagem em tela de LCD 3,2” acoplada ao retrovisor interno
e o rádio Easy 4 U com interatividade com smartphones.
O conceito do rádio Easy 4 U traz suporte ajustável
para diversos tipos de celulares, permite a integração com
vários smartphones, inclusive com Iphone. O Easy 4 U,
exclusivo acessório Mopar, faz conexão via Bluetooth e permite
reproduzir no carro diversos conteúdos do celular através
de um APP (desenvolvido exclusivamente para o sistema)
como arquivos de áudio, realização de chamadas
telefônicas através do sistema de áudio do carro,
memória de rádios, acesso a internet rádio, entre
outros. Tem entrada USB que funciona também
como carregador de bateria para o celular.
Na tela HD touchscreen de 6.2 polegadas
e resolução de 800x480 pixels, o motorista
pode operar as diferentes funções presentes no
acessório, como sistema GPS com mapa de navegação; DVD
Player compatível com DVD, DVD-R/RW, DVD+R/RW, VCD,
CD, CD-R/RW, MP3; TV Digital integrada; Câmera de Ré; Rádio
AM/FM com 32 estações FM e 8 AM; Bluetooth (Viva Voz);
Calendário, Relógio e Controle Remoto.
Hoje, os consumidores já podem encontrar nas
concessionárias Fiat vários equipamentos para seus veículos,
como uma completa gama de rádios, extensor de caçamba
para a picape Strada, centrais Multimídia, Kit Sensor de
estacionamento integrado ao display do rádio, além de uma
infinidade de acessórios dos mais variados tipos que visam
conforto, segurança e esportividade.
A marca também comercializa no Brasil, dentro da lista de
acessórios, peças e serviços do Grupo Chrysler.
59
MATÉRIA DE CAPA
MONTADORA
FOTO: DIVULGAÇÃO
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
Volkswagen revela
vencedores de
concurso social
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Por: Edison Ragassi
m 17 de outubro, no Centro de Treinamento, em São Paulo, a Fundação Volkswagen
revelou os vencedores do 7° concurso “Volkswagen na Comunidade”. Neste ano, o concurso
teve recorde de inscrições, no total foram 569 projetos indicados por 139 colaboradores
da empresa que atuam voluntariamente nessas organizações. Os projetos inscritos são
realizados por 372 organizações sociais, localizadas em 23 estados brasileiros. Para concorrerem, os
projetos devem ser inscritos por colaboradores da Volkswagen do Brasil, estagiários e prestadores
de serviços das quatro fábricas da empresa no País, da unidade do Jabaquara, também do Centro
de Peças e Acessórios de Vinhedo (SP) ou dos escritórios regionais de vendas e serviços financeiros.
Foram 10 prêmios para as instituições sociais vencedoras, dos quais 9 foram contemplados pela
primeira vez. O 10º vencedor leva uma nomeação especial, o “Prêmio de Sustentabilidade”, que é
oferecido à instituição que já foi contemplada na edição anterior do concurso e que melhor geriu
durante o ano os recursos recebidos na ocasião. Neste ano, o vencedor foi a Casa de Apoio à Criança
com Câncer Durval Paiva, de Natal (RN), com seu projeto Viva a Cultura.
Por meio de seus projetos educacionais, a Fundação Volkswagen já beneficiou na última década,
E
até o fechamento de 2013, 1.325.224 alunos em todo Brasil e ofereceu formação continuada a 15.993
educadores da rede pública de ensino de 386 cidades. No período, 1.976 escolas e instituições
foram beneficiadas.
Conheça os vencedores e projetos: Casa Crescer e Brilhar, São Vicente (SP)- Projeto Bem me
quer/ Núcleo de Apoio ao Pequeno Cidadão, de São Bernardo do Campo (SP)/ Projeto Rádio
Cidadão – comunidade em ação/ Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, de Ibaté
(SP)/ Projeto Pedia Suit- uma nova abordagem da estimulação sensorial/ Associação Sagrada
Família de Nazaré, de Curitiba (PR)/ Projeto Juventude- um sinal de esperança/ IA3 – Instituto
de Acolhimento e Apoio ao Adolescente, de Pindamonhangaba (SP)/ Projeto Vem ser/ Lar
Carlos Augusto Braga, de Vinhedo (SP)- Projeto Valorizando potenciais/ Apae – Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais, de São Paulo- Projeto Brinquedoteca da Apae de São Paulo/
Associação Sociocultural Bataka, de Belo Horizonte (MG)- Projeto Em busca da autoestima
através da dança/ Associação Paranaense de Reabilitação | Escola de Educação Especial Nabil
Tacla, de Curitiba (PR)- Projeto o uso da informática e da tecnologia assistiva no processo de
ensino, aprendizagem do aluno com deficiência física neuromotora.
NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98
LANÇAMENTO
Motor com injeção
ç
direta
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
60
Por: Edison Ragassi
Chevrolet iniciou as vendas do utilitário esportivo Trailblazer linha 2015. O modelo fabricado
em São José dos Campos (SP) teve o acabamento interno modificado, a forração é de couro
bicolor para os bancos e painel com detalhes em preto brilhante, também recebeu um novo
sistema de isolamento acústico.
Entre os itens de segurança, o SUV é equipado com air bags laterais e de cortina, controles
eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ESP) e controle de balanço de reboque (TSC), ele aciona
automaticamente os freios e reduz o torque do motor, caso seja detectada alteração da trajetória do
trailer, por exemplo. Inclui ainda o assistente de partida em rampas (Hill Start Assist), que não permite
que o veículo recue em saídas íngremes, e o assistente de descida (Hill Descend Control), que controla a
A
velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do motorista. Banco do motorista
com regulagens elétricas e sistema multimídia Chevrolet MyLink com GPS e câmera de ré completam
a relação.
Em dimensões, o Trailblazer tem comprimento de 4.878 mm, distância entre os eixos de 2.845 mm
e a largura total é de 2.132 mm, transporta até 7 ocupantes. O ângulo de ataque é 32º e o de saída: 19,4º.
O motor 3.6L HFV6 agora tem injeção direta de combustível (SIDI- Spark Ignition Direct Injection),
assim, ganhou potência e ficou mais econômico. Ele entrega 277 cv a 6.400 rpm e 35,7 kgfm a 3.700 rpm
de torque. O motor anterior oferecia 33,5 kgfm de torque e 239 cv de potência. Utiliza quatro comandos
de válvulas continuamente variáveis, bloco em alumínio com ferro fundido nodular, pistões em alumínio
com pino flutuante e resfriamento por jatos de óleo, além de coletor de admissão em plástico e coletor de
escapamento integrado ao cabeçote.
A outra opção de motorização é 2.8L turbodiesel com 200 cavalos de potência e 51 kgfm de torque,
ambos têm a tração 4X4.
Comercializado só com transmissão automática de 6 velocidades, ela recebeu nova calibração, assim
como o sistema de suspensão.
O preço sugerido para venda do Chevrolet Trailblazer movido a gasolina é de R$ 144.650. A opção
diesel custa R$ 171.650.
CADERNO ESPECIAL
DE AUTOPEÇAS
26 | NOVEMBRO | 2014
REALIZAÇÃO
Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS
NOVEMBRO
| 2014
Fotos: Divulgação
62
POR TRÁS DO BALCÃO
Por: Karin Fuchs
C
om o objetivo de mostrar a realidade dos
profissionais que atuam na linha de frente das
autopeças, em parceria com o Sincopeças-SP, a
Prána E&M promoveu no dia 4 de novembro, o 1º Fórum
de Balconistas de Autopeças, na sede do sindicato. No evento
foram abordados temas como o mercado de trabalho, acesso
às informações e perfil de atendimento.
Na abertura do encontro cada um fez a sua apresentação
e, em comum, quase todos têm mais de 20 anos de
experiência em autopeças. Com formação mecânica, Carlos
Roberto Pereira, hoje no telemarketing da Carbwel, conta
que começou a sua carreira em uma agência de veículos que
também tinha uma oficina. “Eu comprava peças e o dono de
uma loja, vendo o meu esforço, convidou-me para trabalhar
com ele como motorista”, recorda-se.
Posteriormente novas propostas vieram e, antes de
chegar à Carbwel, Pereira trabalhou em outras lojas de
autopeças, tendo sido gerente em uma delas. Sobre o futuro,
diz ele, “penso em outros projetos, mas gosto da profissão.
Estou há 30 anos nesta área, sendo 19 anos no telemarketing
da Carbwel”, sintetiza.
Também com formação mecânica, Luis Carlos Cestari,
balconista na PRK Auto Peças, já chegou a mudar de área,
mas a paixão pela profissão é eminente. “Estou há 33 anos
neste ramo e até tentei mudar de profissão. Por um tempo
fui carreteiro e comprei três kombis para trabalhar com
lotação. Mas desisti e voltei para autopeças”, informa. Assim
como Rodrigues, ele também não pensa em seguir um
novo caminho. “Gosto do meu trabalho, somente o que me
desagrada é trabalhar aos sábados”, acrescenta.
No balcão da Carbwel, Djalma Santos Nunes, como
Pereira, começou em autopeças como motorista e já
soma 21 anos na profissão. “Por pouco tempo fiquei como
motorista na primeira loja que trabalhei e oito meses
depois me colocaram no telemarketing. Para eu aprender
sobre autopeças, após o expediente eu ficava conferindo e
guardando as peças”, lembra-se, complementando que não
pretende mudar de profissão.
E foi com uma brincadeira de criança que Cícero de
Assis Silva de Souza, também balconista na Carbwel, entrou
no ramo. “A minha mãe trabalhava em uma distribuidora
e, quando eu ia com ela, eu ficava brincando com as peças.
Um vendedor acabou me indicando para trabalhar em uma
loja, onde comecei no estoque. E como eu sempre fui muito
curioso, eu ficava olhando os catálogos, as fotos, aprendendo
e ajudando os balconistas. Isso contribuiu para me destacar
e um ano depois eu já estava no televendas e depois no
balcão”, conta.
Ao longo de sua carreira, que começou em 2002, Souza
chegou a mudar de área. “Fui trabalhar em uma loja de
materiais de construção, mas voltei para autopeças. Antes,
o meu sonho era ter uma loja, mas hoje não é mais, pois
vejo o quanto é difícil administrar uma”, diz, referindo-se
à questão de inadimplência. “Hoje, o meu objetivo é estar
mais próximo ao Carlos (Gomes, proprietário da Carbwel)
para trazer mais clientes, seja com projetos para a internet,
anúncios, entre outros”, diz.
Enfático, Wilson Juliani Coutinho, afirma: “sou um
vendedor de peças e não tem como eu sair desta área para
fazer outra coisa”. Há 22 anos ele atua no setor e hoje está no
balcão da Castro Auto Peças, mas já faz planos para o futuro.
“Quero morar no interior, em Bragança Paulista (SP), ter o
Roberto Pereira, da Carbwel
64 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS
meu trabalho e com os meus contatos continuar atuando
com autopeças, como fornecedor”, vislumbra.
Na sequência, os participantes dessa matéria não
estiveram no Fórum, mas com os seus depoimentos
repercutem os temas que foram abordados. Começando por
Sergio Fernandes Silvestre da Silva, atualmente no balcão da
Mello Auto Peças e há praticamente 40 anos na profissão.
Ele conta que, literalmente, começou de baixo. “Comecei em
uma loja pequena de autopeças como faxineiro até chegar
ao balcão. Por um período de seis anos trabalhei em banco e
depois voltei para autopeças, pois é o melhor que sei fazer, e
pretendo continuar como balconista”, afirma.
Mesmo posicionamento tem Marcos Ferreira Alves, que
está há dez anos no setor e sempre na mesma loja, a Teixeira
Luis Carlos Cestari, da PRK Auto Peças
Djalma Santos Nunes, da Carbwel
Auto Peças. “Iniciei na profissão como estoquista, fui me
aperfeiçoando, até chegar ao balcão onde aprendi e aprendo
muito”. E com essa vivência, ele dá o seu recado para quem
está começando. “O estoque é uma escola, é o caminho para
aprender sobre autopeças. Hoje estou realizado e não tenho
planos de mudar de profissão”, enfatiza.
Para José Matos do Prado, que hoje está na Auto Peças Sul,
o ingresso na área veio como uma oportunidade. “Em 1994,
um primo me indicou para trabalhar em uma autopeças
como motoboy e aos sábados, de graça, eu ficava na loja,
pois queria aprender. Surgiu a primeira oportunidade como
ajudante no balcão, até que o dono da loja, percebendo o meu
esforço, me deu a oportunidade para ser balconista. Assim,
de motoboy passei a balconista, cada vez fui aprendendo
mais e mudar de área não faz parte dos meus planos”, revela.
Já Cristiano do Amaral Fonseca está na Josecar, desde
2003, na unidade de Jundiaí (SP). “Mas antes disso, eu
trabalhava no estoque de uma autopeças em São Paulo e
tive a oportunidade na área de vendas na Josecar. Aceitei o
convite, adoro o que faço e quero trabalhar nessa área para
sempre”, enfatiza.
ONTEM E HOJE
Questionados sobre o que mudou na profissão de
balconista, os participantes dizem que antigamente havia
aquela vontade de aprender e crescer profissionalmente,
sempre almejando um cargo melhor. Hoje, a história é outra.
“Não vejo mais os jovens com esse interesse. Eles querem
tudo mastigado, o que facilitou muito com a internet. Porém,
para formar um vendedor está muito difícil”, comenta
Carlos Pereira.
Mesmo sentimento tem Cristiano Fonseca e José do
Prado. “Até pelo fato de os jovens não conhecerem a fundo
sobre autopeças, percebo que eles têm pouco interesse na
profissão. Se eles soubessem o quanto ela é boa e pode agregar
para eles, pensariam diferente”, diz Cristiano. “Hoje com a
internet eles buscam por profissões, digamos assim, mais
leves. Há muitas facilidades para outros tipos de serviços,
porém os jovens não sabem o quanto poderiam crescer na
nossa área e serem bem-sucedidos”, acrescenta José.
Para Sergio da Silva, o cenário não é diferente. “Hoje, os
jovens se preocupam mais com os salários, em trabalhar com
o que paga mais. Não é fácil encontrar os que têm interesse
pela profissão na nossa área, em que é preciso gostar de
carros, gostar de peças”, avalia. “E os que entram no mercado
muitas vezes não conhecem os componentes, as peças, e fica
mais complicado ainda no telemarketing”, diz Marcos Alves.
Em especial no televendas, ilustra Djalma Nunes, “todas
NOVEMBRO
| 2014
as informações estão na tela do computador e muitas vezes
o vendedor nem conhece a peça. Também há uma carência
de treinamentos, tanto que neste ano não teve nenhum”,
revela. Sobre o uso de ferramentas online para dispor de
informações técnicas, ele defende que “um treinamento
desta forma seria muito complicado, pois como iríamos
saber se ele está sendo ministrado por um técnico, por um
profissional que realmente conhece o assunto?” questiona.
Cícero de Souza sugere que, para facilitar, as fábricas
poderiam disponibilizar vídeos dos seus lançamentos
pela internet ou pelas redes sociais. “A velocidade com que
estamos nos atualizando é muito rápida. Quando eu tenho
alguma dúvida recorro ao telemarketing e quando chega
uma nova peça ao mercado, muitas vezes compramos
uma unidade para nos familiarizarmos. Se as fábricas
disponibilizassem vídeos sobre os seus lançamentos, isso
facilitaria muito”, diz, acrescentando que atualmente, os
próprios clientes já estão utilizando aplicativos para compra
de peças.“Alguns nos enviam fotos das peças via WhatsApp”,
exemplifica Souza.
Em nome da Isapa, uma das patrocinadoras do Fórum,
Vinicius Fernando Cazarim, pontua algumas das ações que
são realizadas em prol dos balconistas. “Já temos vídeos
de alguns itens (especificações) e disponibilizamos e-mail
como canal de comunicação para orientar e transmitir
Cícero de Assis Silva de Souza, da Carbwel
informações aos balconistas. Estamos trabalhando
constantemente para atualizá-los, para que eles tenham o
máximo de informações para venderem peças com certeza
e argumentação”, diz.
Ele antecipa que na Isapa, pelo 0800, um profissional
capacitado estará apto a esclarecer as dúvidas técnicas dos
profissionais do setor. “Já estamos trabalhando neste projeto
que deverá estar disponibilizado em um prazo de uns seis
meses”, informa.
Já na Granero, Ronald Razori, do Marketing, conta que
por fabricarem limpadores de para-brisa é mais fácil não
haver erros. “Até porque na própria embalagem já estão
especificadas as aplicações por marcas e modelos dos
veículos. Por outro lado, não diretamente pelo varejo, mas
o telemarketing do distribuidor entra em contato conosco
para pedir indicações das peças”, comenta.
66
Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS
NOVEMBRO
TREINAMENTO
Para Luis Cestari, falta treinamento e também vontade
de aprender. “Hoje não há mais nada de treinamento e os
mais jovens não querem saber de palestras. Querem estar no
telemarketing, fazendo vendas pelo computador, sem nunca
terem olhado para a peça”, diz.
Segundo ele, há praticamente três anos ele não participa
de nenhum treinamento. “Antes havia muitos no mercado,
agora está escasso. Às vezes falta informação para o pessoal
do telemarketing fazer uma venda certa e no balcão muitas
vezes abro o capô do carro do cliente para saber qual é a peça
que ele precisa”, afirma.
Mesmo cenário mostra Carlos Pereira. “São muitos
itens novos, muitas consultas nós fazemos pela internet,
pois quando as informações chegam para nós, elas já estão
defasadas”, explica, acrescentando que a precariedade dos
treinamentos chega a tal ponto que ele já participou de um
que deixou muito a desejar.“Para se ter uma ideia, os técnicos
que a apresentaram sabiam menos do que a gente”, lamenta.
“Quando começamos nessa profissão, a vontade de
Wilson Juliani Coutinho, da Castro Auto Peças
aprender era tanta que nos virávamos e buscávamos
informações com os mais experientes. Hoje isso não
acontece com os mais jovens que estão começando. Fora isso,
ninguém nos avisa quais peças mudaram em novos modelos
de veículos e, da mesma forma que antes, temos que correr
atrás das informações”, explica Cícero de Souza.
Na Josecar, além dos treinamentos realizados pela
própria loja, Cristiano Fonseca conta com outros meios para
se atualizar. “Busco sempre informações pela internet e o
próprio mecânico nos ajuda nesse sentido. Há uma carência
de treinamentos no setor e ainda bem que a empresa os
proporciona para todos nós”, diz.
Carência que tanto Sergio Silva como Marcos Alves
também sentem falta. “Dificilmente temos palestras de
fabricantes como havia no passado, seja para veículos
nacionais ou importados, sendo que para os importados
ter acesso às informações é mais difícil, elas são mais vagas.
Para me atualizar recorro aos catálogos”, diz Sergio. “Busco
me atualizar pela internet e junto aos mecânicos quando
novos veículos chegam às oficinas e eles nos pedem peças.
| 2014
Precavido em relação às peças de qualidade ou origem
duvidosa, Carlos Gomes, proprietário da Carbwel, comenta:
“se o produto chegar à loja em uma caixa branca, pode
desconfiar que tem algo errado. É preciso tomar cuidado de
quem se compra, pois se entrar na loja a responsabilidade
é sua”, alerta, complementando que toda a mercadoria que
entre na Carbwel é conferida e verificada se é proveniente
de uma empresa conhecida. “Se não for, devolvemos e
informamos o fabricante”, pontua.
RELACIONAMENTO E FIDELIZAÇÃO
Marcos Ferreira Alves, da Teixeira Auto Peças
Também faz tempo que não participo de palestras, o nosso
mercado está muito carente nesse sentido”, comenta Marcos.
Para José do Prado, o que salva é a curiosidade. “Desde
que comecei na área, sempre observei o que o cliente pede
no balcão, buscando aprender com quem sabia mais do que
eu. Sempre prestei atenção e fui aprendendo. Eu era até uma
pessoa chata. Mas precisa ser para conquistar o seu espaço,
tem que aprender, ter interesse e ser dedicado para ser
reconhecido”, ensina.
Já Wilson Coutinho destaca a falta de informação em
relação a novos componentes. “As montadoras mudam as
peças nos veículos novos e nós não somos informados. Isso
é um problema que vem da indústria. Fora isso, entre 70% e
80% das peças que estão no mercado são chinesas”, resume.
O que, segundo Luis Cestari, tende a melhorar com a
certificação de autopeças pelo Inmetro. “Isso fará com que
melhore a qualidade das peças”, prevê, defendendo que é
a favor do prazo, de cerca de dois anos do lançamento do
veículo, para que as informações em relação às novas peças
cheguem ao mercado. “Hoje, uma autorizada sobrevive
também com a venda de peças, pela garantia de dois anos
do automóvel. Se fossem os sistemistas oferecendo as peças
com a mesma qualidade para a montadora, as informações
deveriam ser liberadas mais rapidamente, mas não é o que
acontece”, afirma.
Cristiano do Amaral Fonseca, da Josecar
No relacionamento com o cliente, seja o mecânico ou o
consumidor final, notavelmente nas autopeças aumentou
a participação do público feminino. “Grande parte dos
meus clientes é mulher e mais de 50% dos meus fieis
são japoneses, inclusive, já aprendi um pouco a língua
para atendê-los melhor”, comenta, acrescentando que
na demanda no balcão, o peso maior é o atendimento e
em segundo lugar está o preço. “Já o telemarketing é o
serviço mais difícil que tem hoje nesse sentido”, compara
Luis Cestari.
Para Djalma Nunes, que está no telemarketing, “muitas
vezes o vendedor de autopeças sabe mais sobre peças
Ronald Razori, da Granero
do que os mecânicos. Eles querem ganhar e só ganhar,
inclusive na venda de peças para os clientes. Além disso
em nosso mercado, o próprio distribuidor está queimando
as autopeças vendendo direto para as oficinas”, afirma.
Uma informação que Carlos Pereira concorda. “O que
está acabando com os vendedores de autopeças são os
mecânicos comprando direto dos distribuidores. Fora isso,
eles deixaram de fazer as fichas dos veículos nas oficinas e
muitos pedidos chegam errados para nós”. Cícero de Souza
acrescenta: “os mecânicos não sabem o ano e modelo de
carro, e esperam que nós os orientemos qual é a peça que
precisam. Acho que o ideal seria o próprio cliente comprá-la
e levá-la na oficina”, sugere.
E vai além. “Creio que uma tendência seja as oficinas e
centros automotivos darem lugar às grandes redes, como a
AutoZone, a exemplo do que já aconteceu com as lojas de
materiais de construção, em que hoje a predominância é de
68 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS
Vinicius Fernando Cazarim, da Isapa
grandes redes”. Acrescentando, diz Carlos Rodrigues: “há
muitos mecânicos quem nem sabem qual é o carro que está
em suas oficinas. São muitas marcas e modelos de veículos,
e para as autopeças uma tendência é ser especialista”, prevê.
Na visão de Wilson Coutinho, é preciso preparar melhor
os mecânicos. “Os balconistas estão aptos a venderem as
peças, mas nem sempre os mecânicos sabem como consertar
os carros. O resultado é que recebemos muitos pedidos
errados”, sintetiza.
E no dia a dia de Sergio da Silva, a realidade é a mesma.
“Também sinto esta dificuldade no balcão. Oriento o
mecânico a me passar o máximo de informação, como ano
do veículo e motorização. Por ser mais leigo, é mais fácil lidar
com o cliente final do que com o reparador que acha que
conhece tudo de peça”, diz.
Por isso, diz Luis Cestari, é preciso muito jogo de cintura.
“Em todos os sentidos e para atender todos os públicos,
mecânicos, idosos, mulheres... É preciso entender o que o
cliente está querendo, deixá-lo falar e passar o máximo de
informação. Só assim, muitas vezes, saberemos de fato qual
peça ele precisa”, defende.
Um mecanismo que Marcos Alves aplica na prática.
“Para fidelizar o cliente, o diferencial está, principalmente,
no atendimento e na atenção que é dada a ele, além de ter um
preço bom. Eu atendo mais o cliente final, o que é mais fácil,
pois o mecânico, por achar que sabe tudo, acaba fazendo
pedidos errados”, compara.
E para não haver erros de pedidos, Cristiano Fonseca
diz que a melhor forma é pedir o máximo de informação.
“Atendo mais os mecânicos e algumas vezes eles não
se atentam que o mesmo carro (nome) tem motores e
modelos diferentes.
Para não ter erro de entrega, tento tirar o máximo de
informações que eles possam passar, pois quem mais pode
nos ajudar nessa situação são eles mesmos. Porém, mesmo
assim, acontecem muitos erros de pedidos de peças”, revela.
Também tendo como principal cliente os mecânicos,
José Prado conta que a maior parte do seu atendimento se
dá por telefone e, por esse meio, toda informação possível
se faz necessária para a garantia da entrega da peça certa.
“O que mais acontece é termos que decifrar a peça que o
mecânico quer. Peço o máximo de informações possível,
como o ano, motor e combustível do veículo, se a peça tem
alguma numeração, por exemplo, e do meu lado, procuro
passar todas as descrições dela. Se as informações que ele
nos passa são corretas, é 100% de certeza que a peça certa
NOVEMBRO
| 2014
J.C. Corrado, da Granero
será entregue”, conclui.
PAIXÃO E RECONHECIMENTO
Para J.C. Corrado, gerente Nacional de Vendas da Granero,
independentemente da escolha pela profissão e os percalços
que existem por trás dela, o importante é ser um profissional
de valor. “Estou há 45 anos no mercado de autopeças e
aprendi que o profissional de valor, consequentemente,
é um profissional de sucesso. Sempre o mercado estará
precisando de profissionais de valor, por isso, é preciso
fazer o que gosta. Além disso, todo fabricante depende do
balconista e do mecânico também. Felizes são as fábricas
que estão preocupadas com quem vende seus produtos”,
expôs. A Granero também foi uma das patrocinadoras do
Fórum, junto à Isapa e à Affinia, com a marca Nakata, que
70
Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS
presenteou os participantes com brindes no dia do Fórum.
“Para a Affinia Automotiva, é muito importante participar
de iniciativas como esta, que visam levar conhecimento aos
varejistas, pois é possível identificar as necessidades dos
lojistas e poder oferecer prestação de serviço que possa
atendê-los da melhor forma possível. Sabemos o quanto
é fundamental para o setor de reposição estabelecer um
canal de comunicação com o varejo. Por isso, a Affinia
investe em programas de relacionamento para os lojistas,
promoção de vendas, treinamento, distribuição de material
técnico, atendimento pessoal feito pela equipe de técnicos e
consultoria de mix de produtos”, cita.
Ela destaca também, em nome da Affinia, que o Dia
do Balconista mostra a relevância do profissional que
trabalha no balcão da loja. “É ele quem escolhe a peça que
será aplicada pelo reparador. Por isso, precisa estar bem
informado sobre os produtos, lançamentos e aplicações. Ele
atua como um consultor e é determinante na escolha da
marca da peça. A Affinia aproveita para homenageá-los e
reforçar que desenvolve ações que permitem dar suporte aos
balconistas, buscando oferecer consultoria e atendimento
cada vez mais técnico devido à complexidade e variedade
dos produtos”, informa.
Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP,
também destaca a importância do balconista para o setor.
“Ele é o principal colaborador do negócio e tem uma
posição estratégica nas empresas. Para o consumidor final
e o mecânico, o balconista é a cara e o jeitão da própria
autopeças. O empresário tem que, ao tempo todo, investir e
treinar esse profissional”, conclui.
NOVEMBRO
| 2014
A condução do Fórum ficou a cargo dos jornalistas
Karin Fuchs, Silvio Rocha e Bruna Camolesi, e a presença
de Édio F. Nelson (em pé), diretor da Prána E&M

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