o big brother trabalhista
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o big brother trabalhista
O único prêmio do mercado com pesquisa presencial e que quem escolhe os varejos de autopeças são seus clientes LOJA EM DESTAQUE CADERNO ESPECIAL n o 98 Para comemorar o Dia do Balconista de Autopeças, o 1º Fórum exclusivo a esses profissionais. | ANO IX | NOVEMBRO DE 2014 | R $ 6 ,00 | PRÁNA EDITORA & MARKE TING | w w w. b a l c a o a u t o m o t i v o. c o m . b r | O BIG BROTHER TRABALHISTA 3URMHWRGRJRYHUQRIHGHUDOSDUDXQLÀFDURHQYLRGHLQIRUPDo}HV SHOR HPSUHJDGRU HP UHODomR DRV VHXV HPSUHJDGRV DEUDQJH LQLFLDOPHQWHDVHPSUHVDVTXHIDWXUDPDSDUWLUGH5PLOK}HVH VHHVWHQGHUiDWRGDVDVGHPDLVLQFOXLQGRSHVVRDVItVLFDV PÁG. 12 3 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 EDITORIAL O eSocial em miúdos $12,;1129(0%52'( ZZZEDOFDRDXWRPRWLYRFRPEU (GLWRUH[HFXWLYR %HUQDUGR+HQULTXH7XSLQDPEi (GLWRUFKHIH 6LOYLR5RFKDHGLWRU#SUDQDHGLWRUDFRPEU (GLWRUGHYHtFXORV (GLVRQ5DJDVVLUDJDVVL#SUDQDHGLWRUDFRPEU 5HGDomR 6LPRQH.KOVLPRQH#SUDQDHGLWRUDFRPEU %UXQD&DPROHVLUHGDFDR#SUDQDHGLWRUDFRPEU &RODERUDGRUHV $UWKXU+HQULTXH67XSLQDPEi )DX]L7LPDFR-RUJH,QJR+RIIPDQQ.DULQ)XFKV 'HSDUWDPHQWRGH$UWHFULDFDR#SUDQDHGLWRUDFRPEU 6XSHUYLVRUGH$UWH)DELR/DGHLUD $VVLVWHQWHGH$UWH-XDQ&DVWHOODQRV 'LDJUDPDGRU$GULDQR6LTXHLUD )RWRJUDILD (GXDUGR3RUWHOOD$PRULP(VW~GLR3UiQD 'HSDUWDPHQWR&RPHUFLDO FRPHUFLDO#EDOFDRDXWRPRWLYRFRPEU 'LUHWRU&RPHUFLDO (GLR)HUUHLUD1HOVRQ HGLR#SUDQDHGLWRUDFRPEU ([HFXWLYRVGH&RQWDV 5LFKDUG)DEUR)DULD ULFKDUG#SUDQDHGLWRUDFRPEU $X[LOLDUGH0DUNHWLQJ 5RVHPHLUH*UDPD PDUNHWLQJ#SUDQDHGLWRUDFRPEU ,QWHUQHW ZHEPDVWHU#SUDQDHGLWRUDFRPEU 6XSHUYLVRUGH'HVHQYROYLPHQWR $U\HO7XSLQDPEi DU\HO#SUDQDHGLWRUDFRPEU )LQDQFHLUR $QDOLVWD)LQDQFHLUD 7DWLDQH1XQHV*DUFLD WDWLDQH#SUDQDHGLWRUDFRPEU $VVLVWHQWH$GPLQLVWUDWLYD 6WpSKDQ\/LVERD DGPLQLVWUDWLYR#SUDQDHGLWRUDFRPEU $WHQGLPHQWRDROHLWRU (OLV5HJLQD/DQHV 7HOHIRQH DWHQGLPHQWR#SUDQDHGLWRUDFRPEU ,PSUHVVmR 3OXUDO,QG*UiILFD Por: Silvio Rocha Q ue bom poder encontrá-lo em mais uma edição do jornal Balcão Automotivo, a nossa de nº 98. Como reportagem de capa deste mês, o que muda para as empresas com o eSocial, já que terão de repassar todas as informações digitalizadas aos órgãos participantes do projeto do governo federal para unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Vale frisar que o eSocial abrange inicialmente (ainda sem data definida) as empresas que faturam a partir de R$ 3,6 milhões e se estenderá a todas as demais, incluindo pessoas físicas, para empregados domésticos. O eSocial possibilitará o atendimento a diversos órgãos do governo com uma única fonte de informações para que sejam cumpridas as diversas obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Em Carreira, Inteligência Emocional: especialista em coaching e PNL (Programação Neuro Linguística), Marcelo Cardoso, explica o assunto, que pode até acabar atrapalhando o desempenho pessoal e profissional do indivíduo, e os treinamentos sobre o tema estão ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo. A Anfavea apresentou no dia 6 de novembro um estudo que mostra a tendência do mercado brasileiro de autoveículos para um horizonte de 20 anos, e os resultados sobre o desempenho de outubro da indústria automobilística. O Salão de São Paulo apresentou novidades nacionais, internacionais, modelos conceitos e mostra os caminhos do futuro da indústria automotiva. Na seção Comparativo desta edição, os compactos 3 cilindros. VW e Ford lançaram up! e novo Ka, carros de entrada equipados com propulsores menores e mais potentes que os convencionais, ambos são modelos globais. Em Pesados, para os grandes centros, a Lifan comercializa o Foison, um mini truck (mini caminhão). Ele é importado do Uruguai, onde a fabricante chinesa tem unidade produtiva. Para fechar, durante o 1º Fórum de balconistas, profissionais da área contaram como começaram a sua carreira, os desafios do dia a dia e o futuro da profissão. Em parceria com o SincopeçasSP, a Prána E&M promoveu no dia 4 de novembro o 1º Fórum de Balconistas de Autopeças, na sede do sindicato. Até mês que vem! O Editor Í N D I C E 4 ................................................. Economia e gestão 26/58 ..................................................Distribuidores 34 ...............................................................Sindicato 38 .................................................. Fique por Dentro 42 ................................................. Balcão Acessórios 44 ............................................... Balcão Duas Rodas 46 .............................. Balcão Pesados & Comerciais 55 ..................................................................Calmon 58 ............................................................. Acessórios 60 ..........................................................Lançamento -RUQDOLVWD5HVSRQViYHO 6LOYLR5RFKDă07% 7LUDJHPPLOH[HPSODUHV 2VDQ~QFLRVDTXLSXEOLFDGRVVmRGHUHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYDGRVDQXQFLDQWHVLQFOXVLYHFRPUHODomRDSUHoRH TXDOLGDGH$VPDWpULDVDVVLQDGDVVmRGHUHVSRQVDELOLGDGH GRVDXWRUHV DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 8 PÁG. 46 Em junho deste ano, a Lifan Motors iniciou as vendas do Foison, um mini truck para transporte de pequenas cargas. A Associação analisa tendência de crescimento e cenário da indústria automobilística num horizonte de 20 anos. PÁG. 20 &RQWDWR )RQH FRQWDWR#SUDQDHGLWRUDFRPEU 3UiQD(GLWRUD0DUNHWLQJ/WGD -RUQDO%DOFmR$XWRPRWLYR 5XD(QJHQKHLUR-RUJH2OLYD&(3 9LOD0DVFRWH6mR3DXOR63 NEM TÃO PESADOS ANFAVEA DIVULGA DADOS DO SETOR %DOFmR$XWRPRWLYRpXPDSXEOLFDomRPHQVDOGD 3UiQD(GLWRUD0DUNHWLQJ/WGDFRPGLVWULEXLomRQDFLRQDO GLULJLGDDRVSURILVVLRQDLVDXWRPRWLYRVHWHPRREMHWLYRGH WUD]HUUHIHUrQFLDVDRPHUFDGRSDUDPHOKRUFRQKHFLPHQWR GHVHXVSURILVVLRQDLVHUHSUHVHQWDQWHV PÁG. 30 SALÃO DO AUTOMÓVEL 2014 OS COMPACTOS 3 CILINDROS O evento reuniu novidades nacionais, internacionais, modelos conceitos e o futuro da indústria automotiva. VW e Ford lançaram up! e novo Ka, carros de entrada equipados com propulsores menores e mais potentes que os convencionais. 4 ECONOMIA E GESTÃO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 FAZENDO NEGÓCIOS Por: Fauzi Timaco Jorge* O Banco Mundial acaba de publicar o relatório “Doing Business”, que traduzimos por “Fazendo Negócios”, em sua edição 2015, que considera dados até junho de 2014 para uma classificação das economias vinculadas a este organismo internacional. Com base em um critério único, são efetuadas medições das regulamentações de negócios em 189 países, o Brasil dentre eles. Os rankings são determinados por aferições de 10 tópicos, com o mesmo peso a cada tópico. Antes de uma análise sobre os dados ali constantes, vejamos um pouco da metodologia empregada para o estabelecimento deste ranking das nações que se dispuseram a fornecer os elementos para o comparativo. O quadro abaixo relaciona os tópicos indutores da facilidade de se fazer negócios em cada uma das economias analisadas: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Abertura de empresas Obtenção de alvarás de construção Obtenção de eletricidade Registro de propriedades Obtenção de crédito Proteção dos investidores minoritários Pagamento de impostos Comércio entre fronteiras Execução de contratos Resolução de insolvência O tópico “Abertura de empresas” trata de “todos os procedimentos oficialmente necessários ou comuns na prática, para um empresário abrir e operar formalmente uma empresa industrial ou comercial, assim como o tempo e custo necessários para completá-los”. No tocante ao tópico “Obtenção de alvarás”, o Doing Business registra “todos os procedimentos necessários para uma empresa do setor de construção construir um depósito”, além dos procedimentos para a obtenção das ligações de água e esgoto. A “Obtenção de eletricidade” é avaliada com base nos “procedimentos necessários para uma empresa obter conexão e fornecimento permanente de eletricidade a um depósito padronizado”. O item “Registro de propriedades” registra “a sequência completa dos procedimentos necessários para uma empresa (comprador) adquirir uma propriedade de outra empresa (vendedor) e transferir o título para o nome do comprador de modo que este possa usar a propriedade para expandir o seu negócio, usando-a como garantia para tomar novos empréstimos ou, se necessário, vender a propriedade para outra empresa”. A “Obtenção de crédito”, de fundamental importância para qualquer empreendimento, é avaliada “a partir dos direitos legais dos mutuários e mutuantes no tocante às garantias por meio de um grupo de indicadores e à troca de informações sobre crédito por meio de outros”. O Doing Business “mede a ‘Proteção dos investidores minoritários’, em casos de conflitos de interesse por meio de um conjunto de indicadores e de direitos dos acionistas em governança corporativa”. O tópico “Pagamento de impostos” leva em consideração “os impostos e as contribuições obrigatórias que uma empresa de médio porte deve pagar em um ano determinado, bem como as medidas do ônus administrativo do pagamento de impostos e contribuições”. No caso do “Comércio entre fronteiras”, o Doing Business “compila os requisitos procedimentais para exportação e importação de uma carga padronizada de mercadorias por transporte marítimo”, com registro, ainda, de “todos os documentos necessários ao comerciante para exportar ou importar a mercadores entre fronteiras”. No tocante à “Execução de Contratos”, “os indicadores sobre o cumprimento de contratos medem a eficiência do sistema judicial para solucionar as controvérsias comerciais”. Finalmente, “o Doing Business analisa o tempo, o custo e os resultados dos procedimentos de insolvência que envolvem as entidades nacionais”, no tópico “Resolução de Insolvência”. Agora, conhecida a metodologia, já temos condições de analisar os dados que foram compilados e os resultados daí advindos, para uma noção sobre o que é que verdadeiramente nos aflige, enquanto nação voltada para uma inadiável produtividade, tanto do trabalho como do capital. O Brasil, com uma população de 200.361.925 habitantes e uma renda per capita de US$11,690, ocupava a posição 123ª em 2014. Agora, neste relatório referenciado como 2015, ocupa a 120ª posição. Lembrando: foram analisadas 189 economias! E onde estamos melhorando e onde estamos piorando ao longo deste ano? O quadro que ilustra esta matéria mostra a classificação por tópico. Melhoramos em apenas dois itens: comércio internacional e resolução de insolvência. Não houve nenhuma alteração em três tópicos: obtendo eletricidade, proteção dos investidores minoritários e execução de contratos. Pioramos em todos os demais, com especial deterioração na facilidade de abertura de empresas. TÓPICOS Abertura de empresas Obtenção de alvarás Obtendo eletricidade Registro de propriedades Obtenção de crédito Proteção dos investidores minoritários Pagamento de impostos Comércio internacional Execução de Contratos Resolução de insolvência ECONOMIA E GESTÃO DB 2015 167 174 19 138 89 35 177 123 118 55 DB 2014 160 171 19 137 86 35 175 126 118 60 Um olhar mais atento nos revela que o Brasil está entre os 30 piores países do mundo para se fazer negócios em pelo menos três dos dez tópicos: 1) abertura de empresas, 2) obtenção de alvarás e 3) pagamento de impostos. Neste particular aspecto, pagamento de impostos, perdemos o último lugar na lista para apenas 12 outras economias! Isso é uma vergonha! O Doing Business 2015 nos aponta que, dentre os dez melhores países do mundo para se fazer negócios, cinco estão na Ásia e Oceania, quatro estão no norte e centro da Europa e um na América do Norte. Pela ordem, são eles: Cingapura, Nova Zelândia, Hong Kong, Dinamarca, República da Coreia, Noruega, Estados Unidos da América, Reino Unido, Finlândia e Austrália. São dez modelos a serem imitados, se quisermos dar uma guinada neste terrível estado de coisas que nos impele a posição tão inglória no panorama mundial dos negócios. Saiba mais: dentre NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 nossos vizinhos, o Chile figura na 41ª posição! O Uruguai aparece em 89º lugar, o Paraguai em 92º! A Argentina, com suas peculiaridades, figura bem pertinho do Brasil, ali no 124º lugar neste ranking de facilidade para se fazer negócios. Este, definitivamente, não é um exemplo a ser seguido. Tampouco a Venezuela, que aparece no finalzinho da fila, em 182º lugar dentre 189 nações! O que fazer, então, para tal guinada? Para desburocratizar o processo de abertura de uma empresa não há que se falar em educação, segurança ou saúde. Ou mesmo em infraestrutura, considerados pontos nevrálgicos de uma atuação governamental em todas as esferas, ou seja, nos municípios, estados e união. Também no caso de obtenção de alvarás, registro de propriedades, execução de contratos e facilidades de importação e exportação. O que temos aqui são medidas de relativa facilidade para o equacionamento e efetiva solução de um regime cartorial que prevalece nas relações entre o privado e o público. Daí, deste regime cartorial, em que as responsabilidades individuais são relegadas a quinto plano, resultam os impedimentos a uma verdadeira sociedade econômica fundamentada na livre iniciativa e, sobretudo, voltada para a satisfação das necessidades de todos os participantes desta sociedade, e não apenas de uma casta favorecida por séculos de letargia, proteção a interesses comezinhos e perpetuação de uma infundada burocracia. Trata-se, portanto, de uma ação coordenada dos poderes constituídos, impulsionada pela sociedade organizada. Sem isso, dificilmente atingiremos o “padrão Fifa” na facilidade de realização de negócios, desperdiçando preciosas oportunidades num mundo cada vez mais competitivo. *Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail [email protected] FOTO: DIVULGAÇÃO 6 8 INDICATIVOS NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Anfavea divulga dados sobre o setor Por: Redação A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou no dia 6 de novembro um estudo que mostra a tendência do mercado brasileiro de autoveículos para um horizonte de 20 anos, e os resultados sobre o desempenho de outubro da indústria automobilística. MERCADO BRASILEIRO DE AUTOVEÍCULOS Com o título “2034 – Uma Visão do Futuro”, o estudo da Anfavea traça a tendência de crescimento da população, PIB, PIB per capita, taxa de motorização, frota e licenciamento em cenários otimista, básico e pessimista. Uma das premissas mostra que a população brasileira vai saltar dos atuais 201 milhões de habitantes para 226 milhões em 2034, um crescimento médio de 0,5% ao ano. Em paralelo, ao considerar um aumento médio de 3% ao ano, o PIB brasileiro passará de US$ 2,243 trilhões em 2013 para US$ 4,036 trilhões em 2034. Tais indicadores resultam em uma elevação do PIB per capita de US$ 11,2 mil em 2013 para US$ 17,9 mil em 2034. Ao considerar este aumento do PIB per capita e a tendência mundial de evolução da taxa de motorização – em cálculo feito pela Anfavea –, o estudo aponta que esta taxa no Brasil sairá de 5,1 habitantes por veículo em 2013 e chegará a 2,4 daqui 20 anos. Isto significa que a frota circulante, segundo o estudo, crescerá 140%, ou seja, atingirá 95,2 milhões de autoveículos – em 2013 a frota era 39,7 milhões. O trabalho mostra também que para atingir estes resultados o licenciamento em 2034 chegará ao patamar de 7,4 milhões de unidades comercializadas por ano – um crescimento médio de 3,7% anualmente no período. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, o estudo é mais uma prova do potencial brasileiro. “Uma das maiores riquezas do Brasil é o seu mercado interno. Somos um País com dimensões continentais e com uma população que cresce tanto em número quanto em renda. Não tenho 7HQGrQFLDGHFUHVFLPHQWRHFHQiULRGDLQG~VWULD DXWRPRELOtVWLFDVmRGHVWDFDGRV dúvidas de que estes são alguns dados que chamam atenção de grandes empresas, que atraem tantos investimentos para o Brasil e que nos dão a certeza de que o futuro é promissor”. DESEMPENHO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Dados mostram que o licenciamento no mês de outubro apresentou ligeiro crescimento e a produção pequena baixa com relação ao mês anterior. No último mês 306,9 mil unidades foram comercializadas, o que representa crescimento de 3,6% ante as 296,3 mil de setembro. Já no comparativo com outubro do ano passado, as vendas foram inferiores em 7,1% com 330,2 mil veículos naquele mês. No acumulado a queda foi de 8,9% com 2,83 milhões de unidades este ano e 3,11 milhões em 2013. O presidente da Anfavea acredita que os resultados deste mês reforçam o viés de retomada de crescimento no segundo semestre deste ano. “O desempenho de julho a outubro comprova que teremos um segundo semestre melhor que o primeiro. Ainda há alguma imprevisibilidade, mas no sentido positivo, quanto aos próximos dois meses por razões como a oferta de crédito, sazonalidade, elevação do IPI e motivação gerada pelo Salão do Automóvel. Mas o fato é que o viés é de otimismo”. A produção acompanhou o resultado do licenciamento em outubro: este foi o segundo melhor mês do ano com 293,3 mil veículos, o que significa baixa de 2,5% no comparativo com setembro quando a indústria automobilística registrou o recorde do ano ao produzir 300,8 mil unidades. Na análise com outubro do ano passado a produção encolheu 9% – foram 322,5 mil unidades naquele período. Na soma dos dez meses já transcorridos neste ano, a produção mostrou declínio de 16% quando confrontadas as 2,68 milhões de unidades deste ano com as 3,19 milhões de 2013. As exportações de autoveículos fecharam outubro com 23,5 mil unidades, retração de 9,7% ante as 26 mil de setembro e de 54,6% em relação as 51,8 mil de outubro do ano passado. Até o décimo mês do ano 284,8 mil unidades saíram do País, o que significa diminuição de 40,4% contra as 477,8 mil de igual período de 2013. CAMINHÕES, ÔNIBUS, MÁQUINAS AGRÍCOLAS E RODOVIÁRIAS Já o licenciamento de caminhões em outubro apresentou aumento de 8,6% ao se comparar as 12,2 mil unidades do mês contra os 11,2 mil veículos de setembro, mas decréscimo de 9,1% sobre outubro do ano passado, quando foram comercializados 13,4 mil produtos. O acumulado do ano aponta recuo de 13,4%: foram 111,2 mil este ano e 128,5 mil em 2013. A produção de caminhões no décimo mês foi de 12,4 mil unidades, alta de 5,2% com relação as 11,8 mil de setembro de 2014 e baixa de 32,4% quando comparadas com as 18,3 mil de outubro do ano passado. No período acumulado deste ano há declínio de 24,6% quando deparadas as 124,5 mil unidades fabricadas em 2014 com as 165 mil do ano anterior. As exportações em outubro ficaram 12,3% abaixo do registrado em setembro – foram 1,4 mil contra 1,6 mil – e 44,3% menor ante o resultado de outubro de 2013, quando 2,5 mil caminhões foram exportados. As 15,3 mil unidades que deixaram o Brasil nos dez primeiros meses do ano representam 26% de recuo se comparadas com as 20,7 mil de igual período de 2013. Para o segmento de ônibus, outubro foi o melhor mês do ano em licenciamento: 2,88 mil unidades comercializadas, 30,9% a mais do que as 2,20 mil de setembro. Contudo, o resultado foi inferior em 1,9% com relação as 2,93 mil de outubro de 2013. No acumulado, as 22,9 mil unidades negociadas este ano estão 15,2% menores do que as 27 mil de 2013. De janeiro a outubro de 2014 foram produzidos 30,5 mil ônibus, queda de 13,3% ante os 35,1 mil do ano anterior. Já no comparativo mensal, as 2,7 mil unidades do décimo mês representaram retração de 3% com relação as 2,8 mil de setembro e de 22,6% sobre outubro do ano passado, que registrou 3,5 mil ônibus. O segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias apresentou em outubro o melhor mês em vendas internas do ano com 6,7 mil unidades. Este marco representa alta de 0,7% no comparativo com setembro quando foram comercializados 6,6 mil produtos e de contração de 8,6% contra outubro do ano passado com 7,3 mil unidades. No acumulado, a retração foi de 17% – 59,1 mil este ano e 71,2 mil em 2013. A produção do segmento agrícola encerrou o mês com acréscimo de 10%, ao se comparar as 7,9 mil unidades de outubro com as 7,2 mil de setembro, e recuo de 20% ante as 9,9 mil unidades fabricadas em outubro de 2013. O resultado do acumulado de 2014, com 72,4 mil unidades, ficou 15,6% abaixo das 85,7 mil unidades de 2013. Nas exportações, o acumulado está 9,5% abaixo, quando se defrontam as 11,9 mil máquinas deste ano com as 13,1 mil do ano passado. As 1,3 mil unidades que deixaram o País em outubro de 2014 significam declínio de 4,6% contra setembro com 1,4 mil unidades e queda de 20,5% com relação a outubro de 2013 com 1,7 mil. 12 CAPA OUTUBRO DE 2014 / EDIÇÃO 97 , INFORMAÇÕES UNIFICADAS 2TXHPXGDSDUDDVHPSUHVDVTXHWHUmRGHUHSDVVDU WRGDVDVLQIRUPDo}HVGLJLWDOL]DGDVDRVyUJmRV SDUWLFLSDQWHVGRSURMHWR Por: Karin Fuchs rojeto do governo federal para unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados, o eSocial abrange inicialmente (ainda sem data definida) as empresas que faturam a partir de R$ 3,6 milhões e se estenderá a todas as demais, incluindo pessoas físicas, para empregados domésticos. O eSocial possibilitará o atendimento a diversos órgãos do governo com uma única fonte de informações para que sejam cumpridas as diversas obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, viabilizando a padronização e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do projeto: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência, Ministério do Trabalho e Emprego e a Secretaria da Receita Federal do Brasil. Também participa do projeto o Ministério do Planejamento, assessorando os demais entes na equalização dos diversos interesses de cada órgão e gerenciando a condução do projeto, por meio de sua Oficina de Projetos. “O eSocial é uma nova era no relacionamento entre empresas, seus empregados e o governo. É um canal digital de comunicação para que sejam informados todos os eventos trabalhistas e previdenciários”, define Wilson Gimenez Jr., vice-presidente Administrativo do Sescon-SP, FOTOS: DIVULGAÇÃO P Wilson Gimenez Jr., vice-presidente Administrativo do Sescon-SP sindicato que representa as empresas contábeis. Pelo projeto, tudo o que é feito hoje em papel será pelo meio digital. Como exemplo, as entregas do SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) para a Caixa Econômica Federal; o RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) à Previdência e o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) ao Ministério de Trabalho. Todas as obrigações acessórias entregues de maneira isolada para cada ente envolvido serão aglutinadas pelo eSocial. MUDANÇA NAS EMPRESAS De acordo com Wilson Gimenez Jr., será necessária uma mudança, até cultural, dos procedimentos e governanças nas empresas. “Geralmente, o departamento pessoal de um pequeno empreendimento é feito por uma empresa contábil terceirizada. Com o eSocial não será mais possível deixar tudo nas mãos do contador, que continuará fazendo esse trabalho, mas muitas informações deverão ser transmitidas meio que em tempo real para que não se perca o prazo das obrigatoriedades previsto na legislação”, explica. Como exemplo, ele cita a admissão de funcionários. “Ninguém pode começar a trabalhar sem já estar registrado. E isso não foi o eSocial que mudou, mas sim está na legislação trabalhista, na CLT. Porém, é comum a empresa receber carteiras dos funcionários para registro depois que eles estão trabalhando, o que não será mais possível”, alerta. Em suma, o executivo diz que as empresas, de maneira geral, terão que profissionalizar o seu departamento pessoal. “Alguém dentro dela terá de fazer a interface com a empresa de contabilidade, para que ela transmita em tempo hábil as informações necessárias, sejam admissões, afastamentos, licenças, entre outras obrigatoriedades. A empresa de contabilidade, sem a participação de seu cliente, não conseguirá cumprir os prazos, sobretudo a pequena empresa e a sua organização contábil terão que conversar bastante, criar processos para que a coisa aconteça”. PARA OS FUNCIONÁRIOS Wilson Gimenez Jr. avalia que o eSocial preserva melhor os direitos dos empregados, melhora a qualidade das informações. “O funcionário ficará mais seguro de que a empresa está cumprindo com as suas obrigações. O eSocial é um verdadeiro big brother trabalhista e o governo está de olho nas informações que as empresas estão transmitindo, monitorando por meio do Ministério do Trabalho, Caixa Econômica Federal e Receita Federal. Quando elas fecham as suas folhas de pagamentos é como se estivessem assinando uma confissão de dívida, meio que em tempo real”, sintetiza. PARA AS EMPRESAS Em um primeiro momento, inevitavelmente haverá um custo não apenas financeiro para as empresas se adaptarem, como também com recursos humanos. “Será necessário uma pessoa capacitada para fazer a interface com a empresa contábil. Será preciso investir em treinamento e estabelecer processos entre as partes (empresa e contabilidade), atuação de cada uma e prazos”, esclarece. Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP 14 Ceyla C. Machado Gobbi, gestora de RH da Motocap “Mas também é verdade que à medida que o eSocial for consolidando, muito das várias obrigações que a empresa está sujeita hoje deixará de existir, como o RAIS, SEFIP e Caged. O eSocial terá mecanismos que inibem o erro, muitas reclamações trabalhistas são frutos de erros involuntários, e isso trará também para a empresa certa segurança jurídica”, avalia o executivo. Segundo ele, trata-se de um avanço, alinhado à inovação tecnológica, ao combate à sonegação. “É a fiscalização (eletrônica) sem a necessidade do fiscal ir à empresa. É uma troca de papéis que já existe há algum tempo, como foi com a Nota Fiscal Eletrônica, SPED Fiscal, SPED Contábil e, agora, o eSocial, que é o subprojeto do SPED, Sistema Público de Escrituração Digital”, diz. PRAZO Ainda não existe uma data pré-definida para que o eSocial entre em vigor, mas a previsão é que ele comece com as empresas que faturam mais de R$ 3,6 milhões por ano e que seja feito em duas etapas: a fase de preparação, com um prazo de seis meses após a saída do layout definitivo para que as empresas de software elaborem todo o seu trabalho e as empresas, de modo geral, verifiquem quais processos precisarão implementar para cumprir a obrigação. Passado esse prazo, são mais seis meses para o ambiente de teste e, posteriormente, começa a vigorar. Palestra no Sincopeças-SP sobre eSocial NOVEMBRO DE/2014 / EDIÇÃO NOVEMBRO DE 2014 EDIÇÃO 98 98 CAPA Em defesa às pequenas empresas, o executivo do Sescon-SP, informa que a entidade junto à Fenacon (federação que representa as empresas contábeis) está pleiteando por mais prazo para que elas possam se preparar. “Já conseguimos avanços nesse sentido e esperamos que o governo se sensibilize e até aumente o limite de R$ 3,6 milhões. Para que, na fase inicial, entrem as grandes empresas que já têm seus departamentos de recursos humanos, estão totalmente profissionalizadas nesse quesito, depois entrem as médias e posteriormente as pequenas”, defende. “Lembrando que nós representamos as empresas de contabilidade que fazem a folha do departamento pessoal das micro e pequenas empresas, que respondem por 60% dos postos de trabalho do Brasil, sendo mais de 90% das empresas constituídas, não somos contra o eSocial, ao contrário, apoiamos desde que as micro e pequenas tenham um tratamento diferenciado, conforme determina a própria Constituição Federal”, conclui o executivo. O QUE DIZEM AS ENTIDADES Contadora e assessora do Sincopeças-RS, Daisy Machado, afirma que o eSocial vem regularizar procedimentos no âmbito de relacionamento de pessoal, alterando a cultura de empregadores e empregados, ponto principal atingido pelo SPED. “Por ser tão abrangente, incluindo todas as relações de trabalho, algumas empresas/ pessoas não estão preparadas, não têm certificação digital ou não têm pessoal interno para responder em tempo hábil a demanda de informação, que em alguns casos é imediata”, ressalva. Para se adequarem, cita ela, as empresas terão de atualizar o cadastro dos funcionários, exigência que seja mais completo que atualmente, vinculando com a CEF (CNIS); descrever a relação de tarefas em cada função; observar se os exames periódicos estão em dia ou se estão sendo feitos (PCMSO); adequar a informação de faltas não justificadas; adequar a informação de advertência e suspensão. “Estes são os principais, mas há outros que dependem da organização de cada empresa”, diz. Daisy Machado avalia que em longo prazo o eSocial trará vantagens para ambas as partes, empregador e empregado. “Não somente no ramo de autopeças, mas em todos, por ser abrangente e detalhista”, analisa. Para Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, toda relação da empresa e do cidadão com o Estado está sendo digitalizada e inserida em processos e procedimentos eletrônicos, o que facilitará a vida das pessoas e das empresas. O lado negativo, diz o executivo, é o controle total do Estado. “Pensando até de forma filosófica, eu vejo a imagem do Grande Irmão, o Estado controlando a ação de todos os cidadãos na memorável obra de George Orwell, o livro 1984, ou na obra de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, onde o Estado também tinha total controle sobre os João Pelegrini, proprietário do Grupo Pelegrini cidadãos. Obras de ficção que se tornaram realidade”, cita. Para ele, a expectativa é que haja redução de impostos. “Esses novos processos inibirão ou levarão quase a zero a sonegação. Espera-se com isso o barateamento da apuração dos impostos das empresas e dos cidadãos, e que a sociedade se organize para diminuir os impostos, que têm apuração complexa e questionável, sendo muito altos para quem paga”, prevê. No varejo, de La Tôrre, diz que haverá um melhor equilíbrio do jogo. “Há lojas que pagam todos os seus impostos e as que procuram desviar e pagar o mínimo possível, o que cria uma concorrência desleal. Com o aprofundamento das ferramentas que tendem a acabar com a sonegação, não que a loja se tornará mais competitiva, mas terá uma concorrência mais justa”, avalia. Em relação aos custos para implementação do eSocial, ele diz que “existe uma fase de adequação que é realmente difícil e complicada, até porque os impostos no Brasil e os seus controles e processos de apuração são muito complexos. Passada essa fase de adaptação, tudo tende a se acalmar. É só lembrarmos da implementação do SPED Fiscal, da Nota Fiscal Eletrônica, procedimentos que tiveram a sua fase inicial mais conturbada”, conclui. AOS OLHOS DAS AUTOPEÇAS Na sequência, profissionais e empresários que atuam no varejo de autopeças fazem um balanço dos pontos positivos e negativos do eSocial. Começando com os benefícios, Ceyla C. Machado Gobbi, gestora de RH da Motocap, diz que o principal ganho é com a simplificação de processos. “Melhoria no cumprimento da legislação em vigor; redução de custos operacionais para cumprimento das obrigações acessórias; revisão dos processos internos; adequação de um plano de ação com a definição de prazos e responsáveis pelas informações, em conformidade com a legislação do eSocial, são outros benefícios que as empresas terão. Inclusive, os empregados também se beneficiarão, já que o histórico trabalhista ficará ligado ao CPF”, pontua. Proprietário da Autopeças Gian, Marcelo Gian Antonio, analisa que o eSocial pode ser entendido como um 16 Moisés Sirvente, diretor Executivo da Jocar registro eletrônico dos eventos da vida dos trabalhadores. “Simplificando o acesso do Estado às informações que lhe são de interesse e competência acerca da vida dos empregados e empregadores. As empresas que aderirem antecipadamente ao sistema terão um diferencial competitivo em relação à concorrência, pois demonstrarão maior transparência e confiabilidade ante seus consumidores, parceiros, clientes, fornecedores, instituições financeiras e governo”. João Pelegrini, proprietário do grupo Pelegrini, que inclui a Casa do Chevrolet e a Casa de Transmissão, sintetiza que “o eSocial tem como objetivo melhorar a burocracia na rotina da entrega de todas as declarações, resumos para recolhimento de tributos oriundos da relação trabalhista e previdenciária”. Já o empresário Carlos Gomes, da Carbwel, resume que “o benefício será para o funcionário, que terá as informações mais rápidas, mais seguras. Quando ele for se aposentar, requerer um seguro-desemprego ou se tiver um acidente o eSocial lhe trará mais segurança”. Opinião que é compartilhada por Moisés Sirvente, diretor Executivo da Jocar, “penso que o principal benefício será com relação ao trabalhador, que terá seu histórico trabalhista diretamente ligado ao seu CPF, agilizando as informações junto à Previdência Social e FGTS, por exemplo”. CONTRATEMPOS Para Pelegrini, será necessário investir muito na área de informática e capacitar os colaboradores para uma série de exigências. “A infinidade de dúvidas pode inviabilizar esta nova exigência g ggovernamental, trazendo muitos transtornos Em palestra a profissionais do setor, Wilson prende a atenção da plateia NOVEMBRO DE/ 2014 / EDIÇÃO 98 NOVEMBRO DE 2014 EDIÇÃO 98 CAPA e prejuízos para as nossas empresas. Caso ocorra alguma falha na informação, trava-se todo o processo, ou seja, mais entraves e marginalização do empregador”, afirma. Impactos que também são avaliados por Sirvente. “Sem dúvida, haverá um impacto nas empresas nesta implantação. Processos deverão ser revistos e investimentos com ferramentas de TI serão necessários. Consequentemente, resultará em aumento de custo para as empresas”, prevê. Na avaliação de Ceyla Gobbi, “tudo que é novo assusta e nos obriga a sair da zona de conforto. Nossa primeira reação é condenar, antes de executar. Já participei de um curso organizado pelo nosso contador para apresentar o projeto, vimos o quanto de trabalho teremos pela frente. Podemos substituir pontos negativos por pontos desafiadores, e esses serão muitos, como a conscientização dos empresários em relação às mudanças, a adaptação do sistema e a mudança de cultura e processos”, exemplifica. Segundo ela, “muito mais que cumprir o prazo do primeiro envio de informações, será alimentar as informações de movimentações diárias, em especial nos setores de RH e Departamento Pessoal que, segundo pesquisa, sofrerão maior impacto”, informa. Gian destaca que para as empresas se adaptarem, elas terão: “custos iniciais para adaptação com a contratação de profissionais de TI, treinamento pessoal e, em alguns casos, com a compra de material, onerando o orçamento das pequenas e médias empresas que representam 95% do setor produtivo brasileiro”, pontua, acrescentando que outro ponto negativo é a maior exposição e rapidez das fiscalizações. O QUE MUDA No grupo Motocap, que tem a sua contabilidade terceirizada, Ceyla Gobbi explica que já são cumpridas algumas rotinas de prazos pré-estabelecidos e que com o eSocial será preciso afinar ainda mais para atenderem todas as exigências do projeto. “Até porque as penalidades serão aplicadas, se não houver comunicação no prazo adequado de um evento relacionado ao trabalhador ou à empresa. Sem dúvida, será uma mudança de cultura interna quanto à organização e execução de tarefas”, avalia. Marcelo Gian prevê que o eSocial impactará bastante o dia a dia das empresas. “Com alterações na área fiscal, procedimentos administrativos e judiciais, abrangendo, de alguma forma, todos os setores de atuação das organizações”. Cenário similar na Jocar: “teremos que mudar alguns processos na gestão do RH e atualizar ou mudar nosso software que cuida disso”, revela Sirvente. Já Pelegrini defende que é preciso mais tempo e disponibilidade das informações para o entendimento do empresariado. “Estamos falando de mudança de cultura para novas regras, o que demanda tempo. Caso contrário, poderemos cair em um caos e retrocedermos. Os técnicos que estão implementando o eSocial têm de ir às ruas Marcelo Gian Antonio, da Autopeças Gian para entender a realidade sofrida das empresas para sobreviverem e não criarem mais impostos atrelados a uma ferramenta que só eles entendem”. COMPETITIVIDADE Carlos Gomes, diz que o eSocial será importante para as empresas “e para endireitar muitas delas (pagamento de impostos)”, bem como para evitar erros nas questões trabalhistas e problemas com horas extras. “O funcionário terá que cumprir corretamente os seus horários. Muita gente não sabe, por exemplo, que é preciso fazer uma hora de almoço. Hoje, no nosso setor, o pessoal faz meia hora e quer voltar ao trabalho, isso não pode. Tem que cumprir o horário correto, 48 horas semanais, e o eSocial vai regularizar situações como essas”, prevê. Na visão de Ceyla Gobbi, espera-se que o eSocial faça com que as empresas fiquem mais niveladas. “Cumprimos o nosso papel como responsáveis por um mercado justo. Há muitas denúncias de empresas que se firmam no mercado burlando algumas leis e isso acaba por incidir em desigualdades dentro um mesmo segmento. O eSocial proporcionará maior organização e segurança para a empresa, gerando transparência e confiabilidade na relação com os empregados e com o governo”, afirma. João Pelegrini não vislumbra o eSocial como um fator de melhor competitividade. “Não o vejo como diferencial competitivo, pois irão participar, como sempre, as empresas que pagam impostos e os que não vão aderir continuarão à margem do mercado dificultando ainda mais a sobrevida das empresas honestas deste País”, analisa. Sirvente complementa, dizendo que “não haverá mudanças significativas nesta área, pois já existe uma fiscalização atuante e os riscos da empresa não cumprir com suas obrigações já existem independentemente do eSocial”. Ao contrário, Marcelo Gian crê que melhorará a competitividade. “Exatamente porque a maior exposição e rapidez nas fiscalizações obrigará as empresas a cumprirem e pagar 100% das exigências trabalhistas. Consequentemente, tendo que igualar os preços de mercado”, finaliza. 18 ENTREVISTA NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Grupo Schaeffler apresenta Ruville 'HRULJHPDOHPmQRYDPDUFDDJUHJDDLQGDPDLV TXDOLGDGHDRSRUWIyOLRGHSURGXWRVGDPXOWLQDFLRQDO Por: Silvio Rocha ubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo - América do Sul, nessa entrevista exclusiva ao jornal Balcão Automotivo, fala entre outros diversos assuntos sobre a ampliação do portfólio de produtos do Grupo com a chegada da marca Ruville ao mercado brasileiro. R FOTOS: DIVULGAÇÃO Jornal Balcão Automotivo - Fale sobre a participação nacional e internacional do Grupo. Rubens Campos - No Brasil desde 1958, a Schaeffler desenvolve desde produtos para o setor automotivo, como soluções para motores, transmissão e chassi, até componentes para a indústria pesada, agrícola, ferroviária, de produtos de consumo e para o segmento aeroespacial. Com sede na Alemanha, a empresa tem cerca de 80 mil colaboradores e um faturamento que atingiu mais de 11,2 bilhões de euros em 2013.A Schaeffler está presente em Rubens Campos, vice-presidente Sênior Aftermarket Automotivo mais de 170 localidades no mundo todo, sendo uma das líderes mundiais em componentes automotivos, industriais e aeroespaciais. JBA - Sobre a nova marca Ruville, conte sobre os motivos que fizeram a empresa trabalhar com esta marca. RC - A Ruville foi fundada em 1922 na Alemanha e tornouse a primeira fornecedora de produtos de reposição para veículos automotores no mercado alemão. Ou seja, possui uma tradição de qualidade. Ademais, outros fatores influenciam: é uma marca reconhecida, que está presente em mais de 100 países e ainda assim, por meio da regionalização, oferece proximidade aos mercados. programa chamado “One Sales”, que a integrava as outras marcas do grupo – INA, FAG e Luk, e chegou a vez do Brasil. JBA - Quais são os objetivos e expectativas do Grupo com a chegada desta nova marca no mercado? RC - A marca Ruville chega ao País com a finalidade de complementar o portfólio da Schaeffler e o objetivo de contribuir para que nossa linha de produtos e serviços fique ainda mais completa. Os produtos da Ruville já fazem sucesso no mercado sul-americano, onde são comercializados por nós desde 2007. JBA - Descreva quais são seus itens e soluções que chegam para complementar o portfólio do Grupo. RC - O portfólio da Ruville é bastante extenso e atende a mais de 90% dos veículos de origens asiática e europeia (principalmente na linha leve, picapes e vans), com relação a motor, chassi e sistema de direção. No portfólio constam cerca de 25 mil componentes e, além disso, a marca oferece soluções de reparo, com kits de ferramentas para aplicação das peças, de maneira a disponibilizar suporte para a instalação correta, o que resulta em melhor desempenho dos produtos. JBA - Fale sobre os pontos fortes desta marca, em termos de qualidade e diferenciais sobre a concorrência. RC - A Ruville é uma marca premium, com qualidade OE – original de fábrica. O que a diferencia dos demais concorrentes é a contínua expansão de portfólio, os 25 mil artigos e o desenvolvimento de produto. A preocupação constante com qualidade também deve ser salientada. Em fevereiro deste ano foi inaugurado um novo centro de Treinamento Técnico na matriz da Ruville, em Hamburgo, para facilitar ainda mais o desenvolvimento de novos produtos e a transferência de conhecimento aos colaboradores e aplicadores. JBA - Esta nova marca já integra a Schaeffler Alemanha. Fale sobre a fase de estudos e testes nos laboratórios da empresa até sua chegada e comercialização no Brasil. RC - A Ruville possui laboratórios próprios e cooperação das autoridades técnicas alemãs de inspeção, como TÜV e Germanisch Lloyd, além da Universidade Técnica de Aachen. Como empresa, pertencente à Schaeffler desde 2001. A Ruville elaborou um planejamento de lançamentos da marca no mundo, dentro de um JBA - Quais são as expectativas para o fechamento do ano e qual o planejamento da empresa para 2015? RC - A Schaeffler, como companhia global, está sempre investindo em tecnologia para manter produtos inovadores da mais alta qualidade em seu portfólio. Para o próximo ano, esperamos continuar promovendo treinamentos técnicos e incrementando nossa linha de produtos para atender às expectativas de nossos clientes. GRUPO SCHAEFFLER: LINHAS DE PRODUTOS A LuK foi fundada em 1965 na Alemanha e iniciou a produção no Brasil dez anos depois, em Sorocaba-SP. Hoje, é o centro mundial do desenvolvimento de embreagens para veículos comerciais. Prova disso é que um em cada quatro veículos usa a embreagem com essa marca. Em permanente inovação, a LuK fornece produtos para as principais montadoras do Brasil, além disso, exporta para a Europa, Estados Unidos, América Latina, África e Índia. Alguns produtos e aplicações: Sistemas de embreagem, Sistemas de transmissão, Volantes bimassa, Componentes para CVT, Conversor de torque, Automação de transmissões. A INA foi fundada em 1946 e o início das atividades no Brasil ocorreu em 1958, quando ainda era chamada de Rolamentos Schaeffler do Brasil. Hoje, possui um dos mais modernos complexos industriais do Brasil nesse segmento. Sua linha de produtos é bastante diversificada e atende os mercados automotivo e industrial, além de exportar para o mundo todo. Alguns produtos e aplicações: Rolamentos Rolos e Planos, Guias Lineares, Componentes de Motor, Produtos de precisão, Aplicações em Motores, Aplicações em Transmissões. Fundada em 1883, a marca FAG se integrou à Schaeffler em 2002, participando ativamente de todas as divisões da empresa-aeroespacial, automotiva e industrial. Junto à gama de produtos da INA, a FAG possui um dos portfólios de produtos mais completos da indústria de rolamentos, atendendo a praticamente todas as aplicações em máquinas operatrizes, transmissão de potência e tecnologia ferroviária, indústria pesada e bens de consumo. Alguns produtos e aplicações: Rolamentos para aplicações industrial e automotiva, Rolamentos de alta precisão: Aeroespacial, Máquinas Operatrizes e Indústria Têxtil. NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 FEIRA FOTOS: DIVULGAÇÃO 20 O que vem por aí 6DOmRGH6mR3DXORDSUHVHQWD QRYLGDGHVQDFLRQDLV LQWHUQDFLRQDLVPRGHORVFRQFHLWRV HPRVWUDRVFDPLQKRVGRIXWXURGD LQG~VWULDDXWRPRWLYD Por: Edison Ragassi ntre 30/10 e 09/11, São Paulo recebeu a 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel. Organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a mostra contou com 500 veículos e 150 lançamentos. Participaram mais de 41 marcas, 84 expositores de 11 países. Incentivados pelo Inovar-Auto, os fabricantes nacionais investem em tecnologia e os importadores preparam-se para iniciar a produção nacional. É o caso da Audi que quer crescer e vender 15 mil unidades no ano que vem. A fabricante alemã, que integra o grupo VW, confirmou que em novembro de 2015 inicia a produção em São José dos Pinhais (PR) do A3 Sedan, equipado com motor 1.4L Turbo/Flex de injeção direta. A Hyundai comemora 300 mil unidades do HB20 E vendidas, desde o lançamento em 2012. A Fiat em festa, pois durante 13 anos está na liderança das vendas nacionais. E a GM anunciou investimentos de R$ 6,5 bilhões até 2018. A Volkswagen confirmou que produzirá o sedã Jetta, em São Bernardo do Campo (SP). A Nissan reforçou que acredita no mercado nacional, eles inauguraram uma fábrica e um estúdio de design no Rio de Janeiro, e mostraram o March Rio 2016 edition e o crossover Kicks Concept, desenvolvidos com o envolvimento local. Outra fabricante de origem japonesa, a Mitsubishi, anunciou a fabricação nacional do Lancer, eles pretendem produzir 85% dos veículos vendidos pela marca em Catalão (GO). A busca constante de soluções que não agridem o meio ambiente levou a Peugeot a desenvolver no Brasil uma tinta à base de terra. A Renault projeta modelos em São Paulo, entre eles, a picape Duster Oroch e a Toyota amplia negócios exportando o Etios para Uruguai e Paraguai. A Mercedes-Benz mostrou o GLA, novo SUV da marca, que será produzido em Iracemápolis (SP). Outro utilitário esportivo que está próximo de ser comercializado e produzido no País é o Jeep Renegade da Chrysler. Já entre os importadores, a discussão ficou por conta da política para a entrada de veículos híbridos e elétricos. Estes modelos comercializados nos países desenvolvidos têm incentivos fiscais, o que não acontece por aqui e faz com que um veículo elétrico, por mais simples que seja, custe em torno de R$ 200 mil. Audi A3 híbrido com motor elétrico e-tron Chrysler Jeep Renegade, SUV compacto que será fabricado no Recife Land Rover Lexus Discovery Sport, modelo que será produzido em Nova mini-SUV NX 200t Itatiaia (RJ) Lifan Mini utilitário esportivo X50 Mercedes-Benz O GLA 45 AMG 4MATIC, a versão esportiva do GLA, o SUV da nova geração de veículos da marca Mitsubishi Concept GC PHEV Jac O T5, primeiro modelo da fabricante chinesa com câmbio automático Citroën DS 6, o primeiro SUV da marca DS Peugeot Utilitário esportivo Peugeot 2008, que será lançado no Brasil em 2015 22 FEIRA GM Nova S10 de luxo e Corvette Stingray NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Honda Relançamento mundial do esportivo NSX e HR-V Ford Mustang 2015 será comercializado no ano que vem nas versões V8 fastback e conversível Kia Minivan Carnival e o SUV médio Sorento, ambos em sua terceira geração Chery Tiggo de 5ª geração e o Celer, fabricado em Jacareí (SP) Fiat Versão elétrica do 500 e conceito FCC4 Subaru Nova geração dos sedans esportivos WRX e WRX STI Porsche Série especial 918 Spyder, com dois motores elétricos, serão produzidas 918 unidades, para Brasil virão três Renault Picape Duster Oroch, desenvolvida em São Paulo Volvo Conceito Drive Me, o carro que dirige sozinho. A Volvo pretende iniciar os testes do modelo em 2017 Nissan March Rio 2016 edition e crossover Kicks Concept Toyota Protótipos FT-1 e FV2 Volkswagen Cross up!, Novo Fox Pepper, Novo SpaceFox, Novo Space Cross e Amarok Dark Label, modelos que serão comercializados no Brasil 24 DE BALCÃO PARA BALCÃO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Inteligência Emocional: É possível aprender e desenvolver (VSHFLDOLVWDHPFRDFKLQJH31/3URJUDPDomR1HXUR /LQJXtVWLFD0DUFHOR&DUGRVRH[SOLFDRDVVXQWRTXH SRGHDWpDFDEDUDWUDSDOKDQGRRGHVHPSHQKRSHVVRDOH SURILVVLRQDOGRLQGLYtGXR Por: Bruna Camolesi s treinamentos estão ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo. Esse tipo de trabalho tem sido de fundamental importância para ajudar os profissionais a se desenvolverem emocionalmente e, com isso, aumentando o rendimento e eficiência. Inteligência Emocional é a capacidade de expressar e de avaliar as emoções. Dessa forma, conseguimos compreender e ser compreendidos com maior facilidade, além de crescer emocionalmente. Também podemos dizer que é a habilidade de filtrar as emoções – tanto as próprias como as dos outros – direcionando-as para o lado positivo. Mas é preciso ser racional e usar essas habilidades emocionais de maneira consciente, de forma a não manipular as pessoas ao redor. O especialista em coaching e PNL (Programação Neuro Linguística), Marcelo Cardoso, descreve brevemente o poder das emoções, além de explicar sobre esse assunto, que por ser pouco tratado abertamente, pode acabar atrapalhando o desempenho pessoal e profissional do indivíduo. “A emoção tem a capacidade de influenciar os raciocínios. Saber agir emocionalmente bem e com inteligência traz um diferencial na vida pessoal e profissional. As pessoas que possuem equilíbrio são capazes FOTOS: DIVULGAÇÃO O Marcelo Cardoso, o especialista em coaching e PNL de tomar decisões assertivas, trabalham em prol dos objetivos de todos e produzem resultados ganhando assim destaque nas organizações”, diz. Perguntado sobre como as emoções podem atrapalhar no ambiente profissional, ele conta que prazos curtos, exigência na qualidade do serviço e a concorrência tornam o local de trabalho um pouco pesado. Além disso, as emoções pessoais de cada um e dos outros também interferem. “Sabendo gerenciar estas emoções é possível ter sucesso com todos os outros problemas do dia a dia. Quem lida bem com as emoções gera alternativas que sempre são positivas”, afirma. O ser humano é movido pela emoção. Muitas vezes tomamos atitudes e decisões com base nas emoções. Mesmo no ambiente corporativo, deixá-las de lado é um tanto difícil. “As pessoas costumam dizer que não misturam o lado pessoal com o trabalho, mas como não fazer isso se você é um só? Tanto o ambiente familiar quanto o trabalho podem influenciar um ao outro, positiva ou negativamente”, complementa Marcelo. Saber o que é a inteligência emocional e os fatores que a influenciam é fundamental, mas como desenvolver essa parte, que de fato é o que vai fazer a diferença na vida da pessoa? Marcelo fala que “para desenvolver a inteligência emocional é preciso se autoconhecer, pois não é possível gerenciar as situações se você não conhece o que o desestabiliza. Perceba as situações no seu cotidiano que elevam o seu estresse e procure alternativas para elas. O autoconhecimento é um trabalho de muita atenção, mas se praticá-lo com frequência, logo se tornará um hábito”. Dentro disso, podemos usar o autoconhecimento para resolver problemas, optando pela melhor alternativa ou até mesmo, criando-a. Como o especialista diz: “é importante saber que para qualquer situação temos escolhas e somos responsáveis pelas decisões”. Busque a saída que trará menor impacto para você. No trabalho, administrar as emoções é importante para qualquer cargo ou posição. Alguns empresários já perceberam esta importância e o aumento de rendimento que uma pessoa bem equilibrada emocionalmente proporciona ao ambiente empresarial. Para melhorar este cenário, as empresas buscam profissionais qualificados para aplicar coaching, equilibrando o emocional e alinhando as pessoas com o objetivo da empresa. “Pessoas que são emocionalmente adaptadas, que sabem conciliar seus sentimentos com a realidade e conseguem ler as emoções das outras, se destacam em qualquer aspecto da vida, seja o da intimidade das relações afetivas ou o da interpretação das regras não escritas que governam o sucesso nas organizações”, afirma Daniel Goleman, referência no assunto e autor do livro Inteligência Emocional, cita Marcelo. As perguntas a seguir podem ajudar a fazer uma simples e rápida avaliação da inteligência emocional: Você é do tipo de pessoa que ao fazer novos amigos já demonstra um interesse imediato sobre a vida deles? Você não se importa de deixar de fazer algo para si para ajudar quem precisa? Você é do tipo que quando se sente triste, sabe exatamente o que lhe casou a tristeza? INTELIGÊNCIA EMOCIONAL A teoria da Inteligência Emocional, que foi desenvolvida academicamente pelos psicólogos americanos, John Mayer e Peter Salovey, estuda a habilidade das pessoas de perceberem estados internos, motivações e comportamentos de si mesmas e dos outros e, assim, agir da melhor maneira, de acordo com as percepções. 26 DISTRIBUIDOR NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Pellegrino: 73 anos de história 'LVWULEXLGRUDGHVWDFDLQLFLDWLYDV LQYHVWLPHQWRVHIRUWHDWXDomRQRPHUFDGR Por: Silvio Rocha o mercado desde 1º de outubro de 1941, a Pellegrino se tornou uma das maiores distribuidoras de autopeças do Brasil, tendo como missão comercializar e distribuir produtos para aplicação em veículos automotores, com atendimento e serviços de qualidade. De acordo com o diretor da empresa, Antonio Carlos de Paula, a visão da Pellegrino é conquistar a liderança no setor automotivo, ser destaque em vendas e se tornar referência em serviços, atendimento e resultados. N FOTOS: DIVULGAÇÃO UM POUCO DE HISTÓRIA Sua história começou em um pequeno armazém na Rua Visconde do Rio Branco em São Paulo, quando Dante Pellegrino, um viajante comercial com grande espírito empreendedor, abriu sua importadora de autopeças. Sempre priorizando a busca por inovações, foi uma das primeiras distribuidoras a abrir uma filial em outro Estado da Federação (Goiânia em 1965), se tornando a primeira empresa multinacional quando em 1972 vendeu parte das ações para a Dana Corporation. Aquisições também foram fatores para alavancagem do crescimento, como a compra da Distribuidora WIB, em 1984, visando expansão na região Sul. Utiliza-se de metodologia de Planejamento Estratégico, aplicando programas de qualidade em atendimento e foco na satisfação dos clientes desde 1993. Sobre os valores e políticas da empresa, o diretor procura sempre orientar os colaboradores no sentido de práticas éticas e comerciais, nos quesitos: qualidade, ética, parceria, resultados, inovação, reconhecimento, cidadania, comunicação e equipe. Antonio Carlos de Paula, diretor da Pellegrino Primeira filial aberta pela Pellegrino em 1965 DESTAQUE NO SETOR Com o foco de atuação no mercado automotivo, linhas leve e pesada, a distribuidora atende os segmentos de diesel, câmbio e diferencial, suspensão, freios e motor. “Estes setores são sempre destacados pelos clientes como sendo um ponto forte de nosso portfólio de produtos”. Além disto, a empresa atua em nichos como o mercado de peças para motocicletas e acessórios. “Estamos sempre atentos a oportunidades que possam agregar valor ao negócio e elevar o volume de transações com os clientes”, emenda. Reconhecida também por sua qualidade e excelência, já recebeu diversas premiações, entre elas: Prêmio Governador do Estado em Excelência de Gestão concedido pelo PPQG (Premio Paulista de Qualidade de Gestão); finalista do Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ); 10 vezes consecutivas entre as 150 Melhores Empresas para se Trabalhar da Você S/A Exame; Platinum Award Winner em Environmental Health and Safety Award e Gold Leve em Enviromental Compliance Audit recebido do acionista Affinia. “Entre outros prêmios recebidos de nossos fornecedores, clientes e comunidades. A história da Pellegrino foi escrita sob a ótica de atender o melhor possível os clientes”, conta. PROJETOS E INVESTIMENTOS Os projetos de crescimento da Pellegrino levam em conta expansão territorial através de abertura de novas unidades, aumento do portfólio de produtos, entrada em novos segmentos ou nichos de mercado, segmentação das vendas por tipos de clientes, incorporação de novas técnicas de gestão de relacionamento com clientes, entre outros. Sobre educação e sustentabilidade, Antonio Carlos informa as iniciativas nestas áreas. “Os colaboradores da Pellegrino recebem subsídios escolares para cursos superiores de até 80% do valor. Incentivamos nossos colaboradores a participarem de ações sociais junto às comunidades vizinhas onde temos unidades”. Já para os clientes, ele conta que é mantido um programa de treinamento focado nos mecânicos chamado PPTA, desde 1997. “Este programa conta com apoio de nossos fornecedores e procura levar treinamento técnico a regiões onde existe maior carência de informações. Também apoiamos as iniciativas da Ação Comunitária do Brasil”, completa. REVISTA PELLEGRINO Com o objetivo de sempre atender às necessidades do mercado e estar atenta às tendências do setor, a Pellegrino também conta com uma revista, publicação esta que completa 21 anos e é distribuída gratuitamente, tendo como função oferecer aos clientes conhecimento e informação. A publicação aborda assuntos atuais voltados à gestão dos negócios, que atendem às necessidades de informação dos comerciantes do setor. Procura-se compartilhar com os varejistas as técnicas de gestão que são aplicadas na empresa. “É a publicação mais longeva do segmento e bastante elogiada pelos leitores. Sempre está à procura de inovações e tendências do comércio que possam ser estimuladas aos leitores” ressalta o diretor. Curso de transmissão realizado em Patos de Minas, em julho de 2014 28 DISTRIBUIDOR TÉRIA DE CAPA O MELHOR PARA O MERCADO Para manter seus clientes sempre informados, a distribuidora disponibiliza em seu portal (www.pellegrino.com.br), materiais com informações sobre manutenção, aplicação de produtos, dicas técnicas, etc., tudo isto feito em parceria com seus Capa da edição 131 da fornecedores. “É um canal Revista Pellegrino de comunicação barato e de fácil acesso que sem dúvida contribui para o crescimento profissional dos clientes”, destaca. Já sobre capacitação técnica, para manter seus clientes atualizados e incentivar a profissionalização do mercado, a Pellegrino criou em 1997 o PPTA - Programa Pellegrino de Tecnologia Automotiva, que consiste na realização, por todo o Brasil, de treinamentos e cursos a varejistas e aplicadores, levando conhecimentos técnicos quanto aos produtos que comercializam e conhecimentos relacionados à gestão de seus negócios. Além disso, também realiza diversas palestras regionais em parceria com seus fornecedores em todas as regiões do País. PLANEJAMENTOS E EXPECTATIVAS Com um plano de trabalho que consiste de uma variedade enorme de ações, aponta seus destaques no setor, como a Equipe de Vendas e a valorização do Representante Comercial, “figura que dizem estar com os dias contados, mas que para nós é o grande pilar de nosso processo de relacionamento com os clientes”, complementa. “Nosso pessoal entende claramente a língua do mercado. Sabe que não vendemos simplesmente produtos. Juntamente com o produto também vai um atendimento de excelência. Isto é o que faz a diferença. E os clientes NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 reconhecem isto”, afirma Antonio Carlos. Sobre o fechamento do ano, o diretor ressalta os eventos que ocorreram durante 2014, que foram as razões para o ambiente de negócio ficar abaixo das expectativas. “Mas isto já é passado e ainda esperamos encerrar o ano dentro das metas estabelecidas. O negócio de distribuição é de continuidade. Sempre estaremos apresentando novidades e novas ações aos clientes. Certamente iremos continuar a crescer dentro do planejado”, finaliza. PELLEGRINO PELO BRASIL Atualmente são 21 unidades de negócios estrategicamente localizadas nos principais polos comerciais do Brasil. Este mês a empresa está iniciando a 22ª operação em Porto Velho, que visa fortalecer ainda mais a presença na região Norte. PPQG e Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão Região Norte: Araguaína (TO) e Belém (PA) Região Nordeste: Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA) Região Centro-Oeste: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) Região Sul: Blumenau (SC), Curitiba (PR), Londrina (PR) e Porto Alegre (RS) Região Sudeste: Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Marília (SP), Rio de Janeiro (RJ), Santo André (SP), São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP) e Uberlândia (MG) 30 COMPARATIVO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 9:H)RUGODQoDUDPXSHQRYR.DFDUURVGHHQWUDGDHTXLSDGRVFRPSURSXOVRUHVPHQRUHVH PDLVSRWHQWHVTXHRVFRQYHQFLRQDLVDPERVVmRPRGHORVJOREDLV FOTOS: ESTÚDIO PRÁNA Os compactos 3 cilindros Por: Edison Ragassi m fevereiro deste ano a VW lançou o compacto up!, o carro comercializado na Europa desde 2011 passou por modificações para atender as necessidades do consumidor brasileiro. Em relação ao irmão do velho mundo, a carroceria foi redesenhada, transporta cinco pessoas e o porta-malas cresceu. E Suspensão traseira Tanto up! quanto o novo Ka utilizam na traseira sistema de suspensão com eixo rígido, o Ford é do tipo Twist Beam O segmento de compactos é importante para os negócios das fabricantes de veículos, isso faz com que elas invistam nestes modelos. Assim, a Ford também lançou seu compacto totalmente renovado. Em setembro começaram as vendas do Novo Ka, mas diferentemente da VW que usou como base um projeto europeu, a empresa do oval azul desenvolveu o carro em seu centro de design de Camaçari (BA). No up! o design utiliza linhas quadradas, não há grade frontal, a ventilação para o motor é feita por entradas colocadas no para-choque. Ele mede 3.605 mm de comprimento, 1.910 mm de largura e 1.500 mm de altura. A distância entre os eixos é de 2.421 mm e o porta-malas tem capacidade de 285 litros, seu peso total é de 910 kg. Enquanto que no Novo Ka o visual da frente tem uma grande grade central na cor preta, outra inferior na mesma cor do veículo e conjunto ótico embutido nos para-lamas. Ele tem 3.886 mm de comprimento, largura de 1.911 mm, altura de 1.525 mm e distância entre os eixos de 2.491 mm. Com tampa de dobradiças pantográficas, a capacidade volumétrica do porta-malas é de 257 litros e o peso total é de 1007 kg. O compacto VW é oferecido com o motor EA211 1.0L de 3 cilindros Total Flex, o qual estreou no Fox Bluemotion em julho do ano passado. Ele não tem tanquinho de partida a freio. Fabricado em São Carlos (SP), utiliza 12 válvulas e comando variável na admissão e escape. Entrega potência máxima de 75 cv (G)/ 82 cv (E) a 6.250 rpm. O torque máximo é de 9,7 kgfm (G)/ 10,4 kgfm (E) a 3.000 rpm, com correia sincronizadora, o tipo de óleo recomendado é sintético (5W40). A transmissão é a MQ200, manual de cinco marchas, acionadas por cabos. Para o Novo Ka, a Ford preparou o propulsor flex sem tanquinho de partida a frio, construído com bloco de ferro e cabeçote de alumínio 1.0L TiVCT de três cilindros, 12 válvulas e comando variável na admissão e escape. Ele entrega potência de 85cv (E)/ 80cv (G) a 6.500 rpm e torque de 10,7 kgfm (E)/10,2 kgfm (G) a 4.500 rpm. Entre as novidades, a correia sincronizadora banhada em óleo, uma patente da Ford, segundo a qual reúne o silêncio da correia e a durabilidade da corrente. Usa óleo lubrificante do tipo sintético (5W20). Completa o trem de força o câmbio manual de cinco marchas. Ambos utilizam suspensão dianteira independente tipo Espaço Interno No compacto VW a distância entre os eixos é de 2.421 mm, enquanto que o entre-eixos do Ford é 2.491 mm, isso proporciona mais espaço para os ocupantes do banco traseiro no Ka 32 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 COMPARATIVO Amortecedor e freio Motor Filtro de Oléo As fabricantes utilizam elemento filtrante de óleo do tipo convencional em seus motores de 3 cilindros. A especificação do óleo exige atenção, 5W40 no up! e 5W20 para o Ka up! e Ka utilizam amortecedores hidráulicos, porém, ao substituir as peças do carro da Ford, o preço é cobrado com e sem barra estabilizadora, já os freios são convencionais McPherson e eixo rígido na traseira, porém, no carro da Ford é do tipo Twist Beam. Desde a versão de entrada o up! é equipado com: limpador, lavador e desembaçador traseiro, banco do motorista com regulagem de altura, espelho no para-sol do passageiro, cintos traseiros laterais retráteis, fechadura elétrica para abertura da tampa do porta-malas. O miolo da chave gira em falso em caso de tentativa de arrombamento. São 6 opções com carroceria quatro portas, o take up! custa R$ 28.900, ao acrescentar direção elétrica, ar-condicionado e rodas de aço 14” o custo é de R$ 34.010. O move up! sai por R$ 33.014 e R$ 37.224 com ar-condicionado e assistência de direção elétrica. Na opção high up! que tem preço sugerido de R$ 36.790 a direção elétrica é de série, com ar-condicionado vai a R$ 39.690. E as opções black up!, red up! e white up! são completas e custam R$ 41.430. O novo Ka tem como opção de entrada a versão SE, ela é equipada com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, som MyConnection Gen.3 (rádio AM/FM, USB, Bluetooth) e MyFord Dock, limpador e desembaçador traseiro e abertura elétrica do porta-malas, custa R$ 35.390. O SE Plus tem a mais, vidros elétricos traseiros e sistema de conectividade SYNC, seu preço é de R$ 37.390. A opção topo de linha é a SEL, vem ainda com o controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de liga leve de 15 polegadas e pneus 195/55 R15, faróis de neblina, computador de bordo, alarme volumétrico, ajuste de altura do banco do motorista, grade dianteira com aplique cromado e lanternas traseiras escurecidas ao custo de R$ 39.990. Ainda, a central multimídia SYNC traz sistema de atendimento de emergência. Quando o veículo sofre um acidente que aciona o air bag ou corta a injeção de combustível, tendo um celular pareado, ele faz a ligação para o SAMU. Com os ocupantes desacordados, ele envia a localização da antena Filtro de combustível do GPS para que o socorro aconteça. A expectativa das duas fabricantes é grande com estes produtos. O up! tem versões de carroceria 2 portas, inclusive com câmbio automatizado a partir de R$ 26.900. E a Ford, além do propulsor 1.0L, tem opção de motor 1.5L e carroceria sedã, com custo inicial de R$ 40.390 para o hatch e R$ 37.890 sedã. Custos de peças e serviços Novo Ka 1.0 SEL VW up! Amortecedor dianteiro: Amortecedores traseiros: Discos de freios dianteiros: Jogo de pastilhas dianteiras: Lonas de freios traseiras: Óleo/ litro: Filtro de óleo: Filtro de ar: Filtro de combustível: Vela: Acima o filtro do up! e abaixo o do Novo Ka, ambos são convencionais, porém o acesso é mais fácil no modelo da VW O 3 cilindros da VW é montado em bloco de alumínio, já o 3 cilindros da Ford usa bloco de ferro, ambos possuem sistema duplo de refrigeração com duas válvulas termostáticas *Peças R$ 437,00 - cada R$ 335,00 - cada R$ 409,77- cada R$ 466,30 R$ 299,58 R$ 43,14 R$ 39,29 R$ 22,66 R$ 19,66 R$ 30,90 - cada *Serviços R$ 378,00 R$ 306,00 R$ 144,00 R$ 144,00 R$ 216,00 R$108,00 R$54,00 R$ 36,00 R$ 198,00 R$ 72,00 Colaboraram: Volkswagen do Brasil, Ford Motor Company, Concessionária VW Caraiga – Morumbi – e Concessionária Ford Navesa- Giovanni GronchiGronchi *Peças *Serviços Amortecedor dianteiro: R$ 189,60 - com barra estabilizadora Amortecedor dianteiro: R$ 178,50 - sem barra estabilizadora R$ 261,00 Amortecedor traseiro: R$ 164,30 - com barra estabilizadora Amortecedor traseiro: R$ 144,30 - sem barra estalilizadora R$ 261,00 Disco de freio dianteiro: R$ 131,60 - roda de aço Disco de freio dianteiro: R$ 52,70 - cada (roda de liga leve) R$ 52,20 Jogo de pastilhas dianteiras: R$ 200,00 R$ 78,30 Lonas traseiras: R$ 194,00 R$ 417,60 Óleo (5W20)/ litro: R$ 40,54 R$ 78,30 Filtro de óleo: R$ 22,43 R$ 78,30 Filtro de ar: R$ 62,20 R$ 78,30 Filtro de combustível: R$ 38,57 R$ 78,30 Filtro anti-pólen: R$ 35,00 R$ 78,30 Velas: R$ 17,30 - cada R$ 104,40 34 SINDICATO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Sincopeças-SP em Ação &RPpUFLRGHDXWRSHoDVID]YDOHUVXD UHSUHVHQWDWLYLGDGHQDFLRQDO Três importantes compromissos para ampliar a representatividade nacional do comércio varejista de autopeças ocuparam a agenda do Sincopeças-SP. O primeiro deles foi a reunião da Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos, na sede da Confederação Nacional do Comércio - CNC, em Brasília. Foi nosso terceiro encontro e fizemos um apanhado sobre a Inspeção Veicular, portarias e decretos. A Câmara entendeu que é uma bandeira do Sincopeças e vai encampar essa luta com o peso político da CNC. Ainda na Câmara tratamos do sistema tributário MVA do setor de autopeças nos Estados e a diferença para com as concessionárias, e o próximo passo será aguardar o resultado da pesquisa de método, que nós, em São Paulo, encomendamos junto à Fundação Getúlio Vargas. Apesar dessas providências, ressaltamos que por princípio somos contrários ao regime de substituição tributária porque entendemos que o regime justo é o sistema de débito e crédito do ICMS, ou seja, ao adquirir uma mercadoria você se credita e, ao vendê-la, paga o tributo devido. Abordamos também a Lei de Defesa do Consumidor e alertamos os demais Estados sobre a possibilidade de enfrentarem ações da Polícia Civil, como vem ocorrendo em São Paulo. E também falamos da Lei do Desmanche, argumentando que a Lei paulista poderia ser incorporada pelos demais Estados, na parte que estrutura a operação dos desmanches, para que sejam legalizados e não se limitem apenas à rastreabilidade das peças. O segundo compromisso, ainda em Brasília, foi a finalização do estatuto do Sincopeças Brasil. Todos os Sincopeças do País estiveram representados. E, como entidade nacional, discutimos a possibilidade de ingressar com ação de “descumprimento de preceito fundamental” para questionar na Justiça porque empresas ligadas ao comércio não podem questionar impostos cuja origem estaria na indústria, tais como Pis e Cofins, já que somos segmento cujo imposto é monofásico, ou mesmo questionar a inclusão do frete na base de cálculo do ICMS. Enfim, essa ação poderia abrir precedente para esses questionamentos. O terceiro compromisso foi no Rio de Janeiro, no INMETRO, onde nos reunimos com a intenção de reivindicar a prorrogação de 24 meses para os produtos da Portaria 301. Eles entenderam e se solidarizam como nosso posicionamento. Vale ressaltar que esse encontro foi importante porque existem forças contrárias à prorrogação e que também estão marcando posição. Informamos ao INMETRO que, por sermos entidade de representação nacional, pleiteamos assento permanente na condução das novas portarias que tratam da certificação de autopeças. Nossa representatividade se fez valer e a reivindicação foi acolhida. Agora, toda vez que se discutir portarias de autopeças no INMETRO, o Sincopeças Brasil será convidado como representante legal dos interesses do comércio. )DOHFRPR3UHVLGHQWH O empresário varejista tem linha direta com a Presidência do Sincopeças-SP, no Portal da Autopeça. A íntegra das notícias e legislações citadas abaixo pode ser encontrada em www.portaldaautopeca.com.br Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP FOTOS: DIVULGAÇÃO Por: Redação $SUHQGL]DJHPVHUiÀVFDOL]DGD HOHWURQLFDPHQWHQDVHPSUHVDV O Secretário de Inspeção do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida, divulgou Instrução Normativa nº 113, de 30 de outubro de 2014, que dispõe sobre a fiscalização eletrônica da aprendizagem. A medida tem por objetivo ampliar a abrangência da fiscalização da aprendizagem, pois, segundo a CLT, art. 329, os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular, nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, número de aprendizes equivalentes a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. Sendo assim, para dar cumprimento ao que manda a Lei, poderá ser adotada a fiscalização por meio eletrônico. Peculiaridades da INO 113/14: t/BöTDBMJ[BÎÍPFMFUSÙOJDBBTFNQSFTBTTFSÍPOPUJöDBEBTWJBQPTUBMQBSBBQSFTFOUBSEPDVNFOUPT em meio eletrônico que serão confrontados com dados dos sistemas oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego, visando a efetiva contratação dos aprendizes; t"TFNQSFTBTTVKFJUBTËDPOUSBUBÎÍPEFBQSFOEJ[FTEFWFSÍPBQSFTFOUBSFNNFJPFMFUSÙOJDPWJB e-mail, os seguintes documentos; a) imagem da ficha, folha do livro ou tela do sistema eletrônico de registro de empregados comprovando o registro do aprendiz; b) imagem do contrato de aprendizagem firmado entre empresa e o aprendiz, com a anuência/interveniência da entidade formadora; imagem da declaração de matrícula do aprendiz no curso de aprendizagem emitida pela entidade formadora; c) imagem da declaração de matrícula do aprendiz no curso de aprendizagem emitida pela entidade formadora; d) comprovante em meio digital de entrega do CAGED referente à contratação dos aprendizes; e, outros referentes à ação fiscal, solicitados pelo Auditor Fiscal do Trabalho notificante. Para ver a íntegra da lei, acesse: www.portaldaautopeca.com.br (http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4738) &RPRGHYHVHUDLQIRUPDomRGRVSUHoRV" O Procon-SP e a Fecomercio-SP elaboraram cartilha com todas as explicações sobre a oferta e as formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor, normatizadas pela Lei Federal 10.962, de 11 de outubro de 2004, que complementa o Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90). O objetivo dessa legislação é garantir aos consumidores a correção, clareza, exatidão e visibilidade das informações prestadas. Para conhecer a cartilha sobre Afixação de Preços e Fiscalização acesse www.portaldaautopeca.com.br (http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4730) 6XEVWLWXLomRWULEXWiULDQDVRSHUDo}HVFRPDXWRSHoDV O secretário executivo do Confaz - Conselho Nacional de Política Fazendária, Manuel dos Anjos Marques Teixeira, publicou despacho sobre a aplicação, nos estados de Pernambuco e São Paulo, do Protocolo ICMS 60, de 2014, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com autopeças. Segundo o despacho, em atendimento à solicitação das Secretarias da Fazenda dos respectivos estados, as disposições contidas no protocolo somente se aplicarão em Pernambuco e São Paulo, a partir de 1º de dezembro de 2014. Para o exame completo da informação, acesse: www.portaldaautopeca.com.br (http://www.portaldaautopeca.com.br/noticias/ver.php?mod=1&id=4723) 6LQFRSHoDVQD5HGH O Sincopeças-SP está na rede mundial. Acesse: facebook.com/sincopecas twitter.com/sincopecas youtube.com/portaldaautopeca.com.br BALCÃO AUTOMOTIVO / NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Autopeças: exportações recuam 17,3% As exportações brasileiras de autopeças recuaram 17,3% no acumulado de janeiro a setembro, para US$ 6,26 bilhões, destinadas a 189 países. As importações também sofreram retração, de 8,9%, chegando a US$ 13,67 bilhões. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O déficit no acumulado do ano atinge US$ 7,41 bilhões, com queda de 0,3%. DryWash investe R$ 2 milhões para tornar a lavagem a seco mais acessível Com a grave crise no abastecimento de água, que atingiu as principais cidades brasileiras em 2014, a DryWash decidiu reforçar sua estratégia de distribuição multicanal, por meio do aumento da oferta de produtos e serviços para o mercado. A atual conjuntura fez com que a empresa intensificasse seus investimentos e antecipasse projetos que visam tornar a lavagem a seco mais um hábito na vida dos brasileiros. Dayco lança itens para o motor Sigma na reposição A Dayco lança para a reposição separadamente a correia, o tensionador e as duas peças juntas, compondo o Kit de Distribuição. Produzidos desde 2009, na cidade de Taubaté (SP), os motores Sigma 1.6 TiCVT utilizam a correia dentada, o tensionador de distribuição e o damper (também conhecido como polia do virabrequim), que equipam os veículos New Fiesta 1.5 e 1.6, Focus 1.6 e New EcoSport 1.6, todos flex, também exportados para a Ford no México e Europa, onde são montados os modelos New Fiesta e EcoSport. Os lançamentos podem ser aplicados em veículos fabricados a partir de 2009 e possuem os códigos: Correia: 117SP220HT; Tensionador: ATB1017 e Kit de Distribuição: KTB764. Para mais informações, basta entrar em contato com o SAT através do 0800 772 0033 ou consultar os catálogos no www.dayco.com.br TECFIL ELEITA UMA DAS 150 MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR Em evento no Auditório do Ibirapuera, no dia 08 de outubro, concorrendo com mais 348 empresas, a Tecfil consagra-se mais uma vez como uma das “Melhores Empresas para Você Trabalhar”, através da pesquisa elaborada pela Revista Você S/A, da Editora Abril. A premiação é dividida em 19 categorias diferentes e entre as seis escolhidas no segmento de Indústria Automotiva, a Tecfil figura como a terceira melhor nota (83,2). “Estar no Guia das Melhores Empresas para Você Trabalhar é fazer parte de um seleto grupo de organizações que já se conscientizou que um ambiente que proporciona felicidade no trabalho faz com que todos ganhem: a empresa melhorando seu desempenho e os colaboradores melhorando sua qualidade de vida”, declara Ricardo Brandão, diretor de Administração e Suprimentos. BOSCH ATINGE A MARCA DE 100 MILHÕES DE INJETORES PRODUZIDOS NO BRASIL FOTOS: DIVULGAÇÃO CURTAS 38 APEX DO BRASIL PARTICIPA DA SEMANA DE TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE A Apex do Brasil participou da Semana de Tecnologia e Meio Ambiente realizada em outubro na Escola Senai “Mariano Ferraz”, com um estande divulgando a sua marca e seus produtos, e também ministrou algumas palestras técnicas. Este evento propiciou o estreitamento da parceria Apex/ Senai, a disseminação das experiências, o desenvolvimento e informações de produtos e do segmento, além do contato com os participantes. MICRONAIR LANÇA CATÁLOGO DE FILTROS DE CABINE 2015 COM NOVIDADES PARA VEÍCULOS LEVES, PESADOS E AGRÍCOLAS A Bosch alcançou a marca de 100 milhões de válvulas injetoras produzidas em sua fábrica localizada em Campinas (SP). A primeira linha de produção teve início em 1997 para atender a uma única fabricante e, hoje, a Bosch fornece o produto para as principais montadoras instaladas no Brasil. A empresa praticamente duplicou sua participação no mercado brasileiro nos últimos 4 anos e atualmente detém 54% de market share do produto na América Latina, fornecendo injetores tanto para as montadoras, quanto para o mercado de reposição. Além de atenderem à demanda do mercado brasileiro, as válvulas produzidas em Campinas também são exportadas, principalmente para a Europa. Seguindo a tendência global de downsizing, na qual as montadoras estão buscando desenvolver motores menores e mais potentes, apresenta o novo injetor EV6-P2, menor e com maior conteúdo local de componentes. Sistema tributário preocupa setor de autopeças Alunos da UFMG vencem concurso internacional da Valeo na França O sistema tributário brasileiro foi um dos principais temas debatidos na reunião da Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos em Brasília. O coordenador do órgão consultivo da Presidência da CNC, Darci Piana, afirmou que o setor tem enfrentado dificuldades por conta da desarmonia da legislação tributária, já que os Estados têm autonomia sobre o tema. Outro tema debatido foi a questão da segurança dos veículos em circulação. Projeto desenvolvido por dois alunos de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi premiado em primeiro lugar em concurso internacional da Valeo. Os vencedores do Innovation Challenge Valeo foram revelados na França e a dupla brasileira superou competidores de países como Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Índia. O prêmio de € 100 mil foi entregue aos estudantes Alexandre Marques Bemquerer e Ana Carla Campos. O desafio do concurso era apresentar um projeto inovador. O time chamado Sadec da UFMG propôs uma reinvenção no sistema de transmissão mecânica por acoplamento da bomba e motor hidráulico. Desta forma, a transmissão seria teoricamente capaz de se adaptar melhor às necessidades do motorista, além de reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2. A micronAir acaba de lançar o Catálogo de Filtros de Cabine 2015. A publicação já está disponível nos revendedores da marca Freudenberg Filtration Technologies e traz todo o portfólio de filtros originais das linhas para veículos leves, pesados e agrícolas. Entre as novidades: publicação de fotos e medidas de todos os filtros originais, informações adicionais sobre os benefícios dos filtros flexíveis e de carvão ativado, e dicas sobre aplicação correta. 40 BALCÃO AUTOMOTIVO / NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Mann+Hummel completa 60 anos no Brasil Em 2014, a Mann+Hummel, uma das maiores fabricantes de filtros no mundo, completa 60 anos da chegada ao Brasil. E neste período a empresa se consolidou no mercado nacional pela qualidade e tecnologia de seus produtos. “Temos o compromisso com o desenvolvimento e com a satisfação dos nossos clientes”, afirma Pedro Ortolan, diretor de Vendas, Negócios e Marketing da MANN+HUMMEL no Brasil. Fundada na Alemanha em 1941, por Adolf Mann e pelo Dr. Erich Hummel, a companhia chegou ao Brasil no ano de 1954, quando concedeu uma licença para fabricação de filtros para a Naumann Gepp, que ficava no bairro de Santo Amaro, em São Paulo (SP). Quase 10 anos depois, a MANN+HUMMEL comprou a empresa brasileira, dando início a Filtros MANN e, em 20 anos, a empresa iniciava a construção da fábrica que hoje é a sede da empresa, em Indaiatuba (SP). Villafranca lança catálogo virtual PELLEGRINO ANUNCIA MUDANÇAS NAS DIRETORIAS DE SUPPLY CHAIN E VENDAS E MARKETING Formado em Administração de Empresas e atuando no aftermarket desde 1978, com experiência em todas as áreas de uma empresa de distribuição e varejo de autopeças, Nilton Rocha de Oliveira está na Pellegrino desde 1996, quando iniciou como gerente da filial de Porto Alegre e a partir de 1999 passou a exercer o cargo de diretor Comercial. A partir de agora assume a diretoria de Supply Chain (Produtos e Suprimentos), que abrange todas as etapas de abastecimento e Logísitca. Nilton diz que, “é com muita satisfação e alegria que inicio essa nova fase desafiadora, incorporando toda a área de Logística da Pellegrino. É uma área que merece muito trabalho e dedicação, pois os resultados têm relação direta na qualidade de nossos serviços e também em nossos resultados econômicos e financeiros”. Dentre as metas, o diretor aponta a revisão de todos os processos de produtos, portfólio e abastecimentos. Além disso, prever os itens que podem ficar parados e estar atentos às variações de demanda são ações indispensáveis.“Estamos em um momento muito especial porque muitos avanços ocorreram, outros estão para ser implementados, e pelo trabalho de consultoria que estamos iniciando irá impactar em toda cadeia”, completa. Também formado em Administração de Empresas com MBA em Marketing Executivo, Marco Augusto Avelino atua no mercado de reposição desde 1991 e traz no currículo experiência em fortes empresas do setor. Avelino faz parte da Pellegrino desde 2009, até então exercia o cargo de gerente nacional de Vendas. Hoje vai dirigir o departamento de Vendas e Marketing, área que abrange as atividades relacionadas aos resultados das filiais, além do Marketing. Marco cita dois objetivos da empresa, que são: ampliar o foco na venda e no resultado, sempre pensando no cliente e na motivação da equipe, bem como explorar as oportunidades, por regiões, cidades e clientes. “Nesta fase, o departamento de Marketing se integrando à área de Vendas, certamente trará um maior dinamismo às ações com o mercado, além de garantir o compromisso com o resultado junto aos nossos fornecedores e clientes”, diz. O desafio é grande, “mas, como o time Pellegrino alinhado e motivado, buscaremos os resultados esperados pelo nosso acionista, entregando sempre o melhor serviço ao mercado”, finaliza. Nytron lança novo site A Villafranca já está disponibilizando o seu catálogo virtual de aplicações. O catálogo contém todos os dados sobre seus produtos e serviços. Para acessar, basta entrar no site (www.villafrancanet.com.br) e clicar na opção de baixar o catálogo. E depois de feito o cadastro, o consumidor terá à sua disposição todas as informações sobre a peça que procura. Acompanhando as inovações do mercado, a Nytron, empresa fabricante de tensionadores e polias, tradicional e atuante no mercado de reposição, relança o seu site (www.nytron.com.br), totalmente reformulado e atualizado. Mais dinâmico e muito mais informativo, o novo site oferece dicas técnicas, lançamentos com aplicação recomendada, procedimentos de garantia, lista de representantes, palestras e ainda um link de imprensa com todas as novidades da empresa. Para facilitar e agilizar o dia a dia na oficina e na loja na procura por peças, possui também disponível o catálogo online atualizado, onde o aplicador ou o lojista pode fazer consultas através do tipo do veículo, montadora, produto, busca geral ou ainda, pelos códigos originais e Nytron ou também fazer o download completo em PDF. MONROE OFERECE ATENDIMENTO VIA CHAT A MOTORISTAS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMOTIVO Atenta às necessidades e mudanças de comportamento dos profissionais de reparação e dos proprietários de veículos, cada vez mais inseridos no mundo virtual e em busca de respostas rápidas, a Monroe inova a comunicação no setor de autopeças: o atendimento via chat. Motoristas, mecânicos e varejistas podem obter informações e tirar dúvidas em tempo real, acessando o Atendimento Online pelo www.monroe.com.br. Para mais informações sobre produtos, aplicações, garantias e montagem dos componentes da Monroe e Monroe Axios em tempo real, o usuário deve acessar o Atendimento Online, do lado superior direito da home page, e preencher um breve cadastro. Usuários do Monroe Club – www.monroeclub.com.br – também poderão usufruir do atendimento via chat, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. CURTAS Vendas de automóveis e comerciais leves crescem 3,15% em outubro De acordo com levantamento realizado pela Fenabrave com base nos emplacamentos de veículos de outubro, foram realizadas vendas de 442.216 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, como carretinhas para transporte. Este valor representa alta de 2,70% no comparativo com o mês de setembro, quando foram registradas vendas de 430.608 unidades. Fundação Toyota do Brasil promove concurso e leva visitantes do Salão do Automóvel para o Pantanal Entre carros, alta tecnologia e test-drives, os visitantes do estande da Toyota do Brasil contaram com mais uma atração no 28º Salão Internacional do Automóvel: participar de um concurso, que sorteou quatro viagens ao Pantanal para conhecer de perto o Projeto Arara Azul, apoiado pela montadora há 25 anos e, mais recentemente, pela Fundação Toyota do Brasil. Magneti Marelli ultrapassa a marca de 1.000 códigos de amortecedores Cofap para o mercado de reposição Com os lançamentos realizados no mês de outubro, além de chegar a 100 novos códigos lançados em 2014, a divisão de aftermarket da Magneti Marelli ultrapassou o marco histórico de 1.000 códigos de amortecedores Cofap para suspensão automotiva ativos em catálogo. Esta marca ajuda a manter a ampla cobertura de frota dos amortecedores Cofap, que chega a 98% da frota circulante no mercado nacional. 42 BALCÃO ACESSÓRIOS NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Linha PRO-SERIES veio para o Salão do Automóvel de SP A Pioneer do Brasil expôs no Salão do Automóvel os principais modelos de alto-falantes da marca e três produzidos no Brasil. Os modelos importados da Linha PRO-SERIES TS-B350PRO, TS-B400PRO, TS-W1200PRO, TS-W1500PRO (profissionais, utilizados em competições) e os Subwoofers TS-W304R, TS-W260S4 e TS-W310S4. Os modelos TS1330BR e TS-1730BR, e o alto-falante TS-6940BR foram desenvolvidos especialmente para o mercado brasileiro. O último destaca-se pela potência de 100W RMS e borda de espuma que garante graves precisos. FOTOS: DIVULGAÇÃO Tecnologia Omnilink da Zatix impede roubo de carga em Minas Gerais Presidente executivo da Keko é homenageado com o Mérito Gigia Bandera 2014 O presidente executivo da Keko Acessórios, Leandro Scheer Mantovani, é um dos empresários homenageados com o Mérito Metalúrgico Gigia Bandera 2014. Os nomes foram divulgados pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul (Simecs), Getulio Fonseca. Além de Mantovani, os empresários Amerigo Manzato, diretor da Dynamics do Brasil, e Rogério Luis De Antoni, diretor-presidente da Hyva do Brasil, também estão na lista. Na 22ª edição, o Mérito Gigia Bandera homenageia empresários de destaque nas atividades desenvolvidas em seus segmentos. No dia 1º de outubro, a Servis recebeu um alerta de abertura de baú emitido pelo Sistema Omnilink, uma poderosa ferramenta para monitoramento de veículos e gestão de risco. A solução da Zatix proporciona segurança, controle e automação, especialmente para cargas de alto valor e cargas perigosas. O diferencial do Sistema é a capacidade de configuração e personalização, de acordo com as características da operação e necessidades do cliente. O sistema oferece monitoramento com posição avulsa e automática, botão de pânico e bloqueio do veículo, etc. TomTom GO auxilia motoristas a evitar congestionamentos e chegar mais rápido ao destino A TomTom anuncia o lançamento do dispositivo TomTom GO para os motoristas do Brasil, com serviço TomTom Traffic de trânsito em tempo real para ajudar os motoristas a chegarem mais rápido ao destino. Especialistas calculam que os custos causados pelos congestionamentos chegam a R$ 170 bilhões por ano no País. Os novos dispositivos vêm com atualização de mapas vitalícia e gratuita, e tecnologia de roteamento inteligente. A tela interativa permite aos condutores navegar por mapas 3D. Os valores variam entre R$ 899,00 e R$ 1.499,00. Novo site da Pósitron integra empresa ao ambiente online O novo portal da Pósitron, marca da PST Electronics, está no ar. O site agrupa em um único ambiente o conteúdo de todas as áreas de negócios e portfólio completo da companhia, que podem ser acessados por meio dos menus. A página oferece mais interatividade com o usuário, pois muitos processos podem ser 100% feitos pela internet. É possível comparar os modelos de produtos e buscar lojas revendedoras, além de assistir vídeos com dicas, novidades, lançamentos e o passo a passo para a instalação dos equipamentos da marca. Confira www.positron.com.br 44 BALCÃO DUAS RODAS ABRACICLO comemora linha de crédito anunciada para motocicletas novas FOTOS: DIVULGAÇÃO Pastilhas Fras-le para motos ganham nova embalagem As pastilhas para freio da marca Fras-le, utilizadas por grande parte da frota de motocicletas na Argentina e também no Brasil, acabam de ganhar uma moderna e prática embalagem, totalmente alinhada ao que o mercado atual exige. Reciclável e com layout atualizado, a nova apresentação permite melhor identificação e armazenamento do produto. O ganho ambiental se deve à utilização de garrafas pet recicladas na produção da nova embalagem. A mudança foi desenvolvida para atender a demanda dos distribuidores no Brasil e no exterior. A ABRACICLO considera muito positivo o acordo entre a Caixa Econômica Federal, o Banco Pan e a Fenabrave, que visa ampliar as operações de financiamento para o segmento de autos e motos. Segundo Fabio Lenza, vice-presidente da Caixa, o banco vai operar até dezembro com taxas especiais para os financiamentos para pessoa física. Clientes Caixa têm taxas a partir de 0,93% ao mês. O Banco Pan vai ampliar o número de operadores no território nacional. As medidas visam fortalecer o segmento nos últimos meses do ano. Freedom Riders traz para Curitiba encontro inédito de customizadores de todo o País Em novembro, acontece o primeiro encontro dedicado exclusivamente à customização de motocicletas, o “Freedom Riders”. Inspirado na cultura mundial, o projeto é um resgate do estilo onde apaixonados por duas rodas se reúnem para apreciar essa forma de expressão artística representada em máquinas exclusivas. A cultura, que passa de geração para geração, caracteriza-se pelas viagens sem destino, paixão pela estrada e belas paisagens. O evento recebe os customizadores, Apocalypse Cycles Choppers Brazil, entre outros nomes importantes. NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Cometa Motocenter de Mato Grosso do Sul realiza ação social em inauguração O Grupo Cometa mudou o endereço da Cometa Motocenter de Campo Grande (MS). A nova localização na av. Mascarenhas de Moraes, bairro Coronel Antonino, próximo ao terminal General Osório, faz parte da estratégia de negócios da rede, que visa facilitar o acesso e oferecer comodidade aos clientes da região. O evento de reinauguração contou com ação beneficente e show de dupla sertaneja. Os participantes que contribuíram com alimentos não perecíveis concorreram a uma moto CG 125 Fan KS. Os alimentos arrecadados foram encaminhados às instituições de caridade da região. Harley-Davidson vai plantar 50 milhões de árvores em todo o mundo até 2025 A Harley-Davidson, em parceria com a The Nature Conservancy, está mobilizando sua comunidade global de motociclistas para levantar fundos com o intuito de plantar 50 milhões de árvores em todo o mundo até 2025 como parte da chamada Renew the Ride™. A empresa encoraja seus clientes e concessionárias a dedicar tempo e realizar doações em prol da The Nature Conservancy. Em outubro deste ano, a Harley-Davidson e a The Nature Conservancy plantaram 1.000 pinheiros em South Quay, Virginia, EUA. O programa de plantar um bilhão de árvores é uma iniciativa que já reflorestou mais de 57 km2 de área e plantou e restaurou mais de 14 milhões de árvores na Mata Atlântica desde 2008. 46 LANÇAMENTO Para os grandes centros FOTOS: DIVULGAÇÃO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 /LIDQFRPHUFLDOL]DYHtFXORSDUDWUDQVSRUWHGHSHTXHQDV FDUJDVHOHXWLOL]DPRWRUDJDVROLQDWHPRSLVR HPERUUDFKDGRHDVVHQWRVFRPIRUUDomRLPSHUPHiYHO Texto: Edison Ragassi m junho deste ano, a Lifan Motors iniciou as vendas do Foison, um mini truck (mini caminhão). Ele é importado do Uruguai, onde a fabricante chinesa tem unidade produtiva. O Foison é equipado com motor 1.3 litro movido a gasolina e injeção eletrônica de combustível, o qual entrega 85 cv de potência e 11,3 kgfm de torque, o câmbio é manual de cinco marchas. A suspensão dianteira é independente do tipo McPherson, na traseira usa amortecedores com molas de chapas de aço. Os freios são a disco na dianteira e tambor na traseira. As rodas são de aço 14 polegadas e pneus 175/70 R14. A versão de entrada tem preço sugerido de R$ 34.990, traz de série equipamentos como o rádio AM/FM digital com entrada auxiliar, tomada 12V auxiliar, ar quente e luz de leitura. Com ar-condicionado e direção de assistência elétrica vai a R$ 37.990, atende as normas de segurança brasileira, o air bag é duplo e os freios têm assistência do ABS, e também luz auxiliar de neblina traseira, brake light e cinto de segurança de três pontos. E A versão com caçamba de aço mede 2.800 mm de comprimento, 1.520 mm de largura e 335 mm de altura e a capacidade de carga é de até 800 kg. No interior, o piso tem forração de borracha e os bancos usam tecido impermeável. A cabine é alta, portas amplas, para-choque dianteiro e maçanetas na cor do veículo e os espelhos retrovisores são pretos, assim como a antena do rádio, colocada no centro do teto da cabine. IMPRESSÕES A versão avaliada pela equipe do Caderno Balcão dos Pesados & Comerciais foi a com carroceria do tipo baú. A primeira impressão ao entrar na cabine é de que ela é pequena. Isso porque o encosto do banco não é móvel, é possível regular o assento, para frente e para trás. Mas essa impressão desaparece ao encontrar o posicionamento correto do assento. A disposição do volante faz com que o corpo acomode-se como se estivesse em uma cadeira. O painel de instrumentos é de boa visualização e simples de entender. O sincronismo do câmbio é adequado, as trocas de marchas são precisas, não há trancos e nem arranha. E o motor desempenha bem, o arranque é lento, desenvolve a velocidade de maneira gradativa. O acerto de suspensão é bom, enfrenta bem as valetas e lombadas espalhadas pelas ruas da cidade. A Lifan oferece garantia de dois anos ou 40.000 quilômetros para o Foison. 48 48 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 FIQUE DE OLHO FOTOS: DIVULGAÇÃO Nakata lança amortecedores para ônibus Mercedes-Benz A Nakata está ampliando o número de itens em seu portfólio para veículos pesados, com os amortecedores convencionais destinados à série de chassi para ônibus O-500 da Mercedes-Benz, atendendo a várias versões fabricadas. São produtos para 32 aplicações de veículos fabricados entre 2001 e 2014. Os produtos têm a certificação do Inmetro. Os amortecedores, para caminhões e ônibus, têm garantia de seis meses ou 50 mil km. É importante guardar o certificado de garantia que vem na embalagem do produto e o reparador deve entregá-lo ao dono do veículo. MWM INTERNATIONAL cresce 173% na exportação de motores para o Egito neste ano A empresa celebra o marco de 13.500 propulsores fornecidos à empresa Egypt Power, uma das maiores e mais importantes empresas que prestam serviços de repotenciamento para as frotas do governo egípcio e região. As empresas são parceiras há 16 anos e estão em franco crescimento. De 2013 para 2014 houve a evolução de 173% no volume de propulsores fornecidos, totalizando 3.411 motores e também para geradores de energia. Recentemente, um novo acordo fechado prevê o fornecimento adicional de 800 motores pelos próximos 3 anos. Meritor anuncia soluções para veículos pesados com tração 6x4 Trata-se do eixo traçado tandem, com capacidade de carga de 57 a 100 toneladas, que permite ao condutor controlar a distribuição da tração entre o eixo anterior e posterior dependendo da condição de operação do veículo. Essa inovação possibilita significativa economia de combustível, pneus, freios, além contribuir para o aumento de durabilidade dos componentes internos do diferencial, como pinhão, coroa, rolamentos e até óleo lubrificante, reduzindo os custos de manutenção e nível de emissões ao meio ambiente. O produto ainda está em fase de desenvolvimento. Delphi promove convenção Diesel voltada para o mercado de reposição e reúne principais clientes da América do Sul O encontro aconteceu em 22 e 23 de outubro, e contou com a presença de 18 distribuidores Diesel – principais clientes da Delphi na América do Sul para o mercado de reposição – e teve como objetivo principal anunciar lançamentos e novidades no portfólio de produtos da companhia e também apresentar as estratégias e objetivos da empresa para o próximo ano. Entre novidades e lançamentos previstos, estão: Bicos Injetores; Injetores EUI, Smart & EUP; Equipamentos Hartridge e Filtros. Transmissão Eaton equipa os modelos da nova Ford Série-F Os novos caminhões da Série-F (F-350, F-4000 e F-4000 4x4), relançados pela Ford para atender à demanda por transporte de cargas urbano e rural, contam com a alta durabilidade e baixo custo operacional da transmissão Eaton FSO 4505. Fabricada em alumínio, proporciona melhor eficiência no consumo de combustível e aumento da capacidade útil de carga do veículo. A transmissão possui conjuntos sincronizadores de alta durabilidade e fácil manutenção, que permitem engates mais precisos e suaves e maior conforto ao usuário. Voith Turbo participa da FetransRio 2014 Por meio da divisão Voith Turbo, esteve presente à 10ª edição da FetransRio, feira bienal de ônibus, que aconteceu no Centro de Convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, 5 e 7 de novembro. Durante o evento, a empresa apresentou sua transmissão automática DIWA 5, o Retarder 123 e o 115HV, e os compressores de ar. A Voith já forneceu 60 transmissões automáticas DIWA 5 para ônibus articulados em circulação no BRT Transcarioca, que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Rio, e foi inaugurado em junho deste ano. TÉRIA DE CAPA ANIVERSÁRIO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 FOTOS: DIVULGAÇÃO 50 Parabéns, Carbwel! $XWRSHoDFRPSOHWDDQRVGHIXQGDomR Por: Redação undada em outubro de 1990 por Calos Gomes de Moraes, conhecido como Carlinhos, a Carbwel Auto Peças nasceu em um salão com aproximadamente 50 m2. “No começo não foi fácil, pois já havia grandes concorrentes consagrados no mercado”, conta Carlinhos, que com espírito empreendedor traçou seu caminho e conseguiu ganhar espaço no setor. Desta maneira, no dia 24 de janeiro de 2000, a Carbwel abriu suas portas com uma nova cara e em um novo local, pronta para concorrer com os maiores lojistas do ramo. A nova sede contava com 400 m2, 13 colaboradores diretos e 7 motoboys terceirizados. Hoje a autopeça está localizada no bairro do Limão, em São Paulo (SP), tem sua estrutura em um prédio com uma área aproximada de 1200 m2, estoque de quase 30.000 itens, 26 funcionários diretos e mais 14 motoboys. “A Carbwel é respeitada por grandes nomes do mercado automotivo, englobando toda a cadeia de distribuição e, principalmente, seus clientes”, ressalta o proprietário da loja. F Fachada da loja atualmente INVESTIMENTOS Atenta ao mercado e sempre em busca de novidades que possam auxiliar no processo de venda e entrega dos produtos comercializados, a autopeça oferece cursos e palestras para aperfeiçoamento e descoberta de novas técnicas para sua equipe, tendo como foco seu principal produto, que é a venda. “Com isso, estamos sempre aumentando a qualidade Antiga fachada da loja de nossa equipe, oferecendo um melhor serviço, além de estar aperfeiçoando o layout da loja e disposição das mercadorias para um melhor tráfego, agilizando o serviço”, destaca. ATUAÇÃO Com um atendimento a um público diversificado, o proprietário informa que a loja é visitada por consumidores finais, oficinas mecânicas, centros automotivos e empresas. “O que a maioria tem em comum é a classe de veículos, que são os ‘populares’, com base nisto, procuramos administrar nosso estoque para este público e manter um bom atendimento, que sempre foi o nosso diferencial”, completa. Para a autopeça, a venda online é uma tendência no mercado que é preciso acompanhar, por isso a loja também atua nesta área. “Mesmo tendo um percentual pequeno no nosso faturamento, este segmento é muito promissor e terá uma parcela significativa a média prazo”. Sobre o ano de 2014, Carlinhos comenta que ele não foi muito bom para a economia no geral e o setor foi muito penalizado pelos acontecimentos: Copa do Mundo e Eleições. “Em meio a tudo que aconteceu, acreditamos que teremos um fechamento bom diante deste cenário. Para 2015, estamos com um planejamento mais conservador devido à insegurança financeira que poderemos enfrentar”, conclui. FABRICANTE NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 FOTOS: DIVULGAÇÃO 52 Affinia celebra 10 anos de história &RPRLQWXLWRGHHVWDUPDLVSUy[LPD GRFRQVXPLGRUHPSUHVDIDODVREUHVHXV LQYHVWLPHQWRVHDo}HVQRPHUFDGR Por: Silvio Rocha ompletando uma década, a Affinia Automotiva soma hoje 115 milhões de peças comercializadas no mercado de reposição brasileiro, com suas marcas presentes no mais amplo espectro de distribuidores e autopeças de Norte ao Sul do Brasil. A empresa, braço importante da multinacional Affinia Group Inc., especializada na fabricação de autopeças para o mercado de reposição e presente em mais de 70 países, iniciou as suas atividades no Brasil em dezembro de 2004, quando assumiu as operações para o mercado de reposição das marcas Nakata, Wix e Spicer. C PRINCÍPIOS DE GESTÃO Segundo o diretor de Vendas e Marketing, Sérgio Montagnoli, a Affinia tem 100% de dedicação para este segmento e entende a dinâmica do mercado de reposição brasileiro e suas necessidades, por isso, fez de sua missão: prover soluções de reparação da melhor forma possível para que fossem reconhecidas por este mercado. “A empresa sabe da importância de ‘ter a peça certa, na hora certa e instalada corretamente’ e trabalha nessa direção”. Para tanto, concentra seus esforços no contínuo desenvolvimento de um portfólio de produtos completo para todas as linhas em que atua, na valorização da equipe de colaboradores e formadores de opinião, em criar condições para promover conhecimento técnico a oficinas e varejos, facilitando a solução e a identificação das peças de reposição, política comercial que garanta o produto a um preço competitivo, por meio de uma logística e distribuição eficaz para que estas peças estejam disponíveis e ao alcance de um maior número de reparadores no momento certo. “Desta forma, acreditamos contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do setor de reposição automotiva no Brasil, criando um ciclo virtuoso”, completa Montagnoli. SUAS MARCAS Com as marcas Nakata, Wix e Spicer, Montagnoli destaca as linhas de produtos. Sobre a Nakata, conta que a empresa investiu em seu portfólio e na ampliação de linhas, fortalecendo ainda mais a marca, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado. “Além de ampliar a linha de amortecedores, juntas homocinéticas, caixa de direção, componentes de suspensão e direção, produzimos novos produtos, como pastilhas de freios em nossa fábrica do Uruguai, e lançamos ao longo deste ano novos produtos, tais como: cubos de rodas, sapatas de freio, amortecedores para motocicletas e kit de amortecedores”. Já marca Spicer é líder mundial na fabricação de sistemas de transmissão e a marca Wix, que a empresa trouxe para o Brasil, é também líder em seu segmento de filtros automotivos nos Estados Unidos. Sérgio Montagnoli, diretor de Vendas e Marketing da Affinia POLÍTICAS E RESPONSABILIDADES Comprometida com a preservação ambiental e melhoria contínua em seus processos de produção, a Affinia tem trabalhado na redução de resíduos e conservação dos recursos naturais. Como exemplo, adotou práticas para redução do volume de efluente gerado no processo galvânico de haste de amortecedores, na fábrica da Nakata. O resíduo passa por tratamento antes de ser descartado para não causar impacto ao meio ambiente. De 2012 até setembro de 2014, a quantidade do material gerado na fabricação caiu de 20 m³/anual para 10 m³/anual. A fabricante também apresentou diminuição de 18% no consumo de água e de 7,5% na utilização de energia no período de 2012 até setembro de 2014. Os resultados alcançados foram possíveis devido à EHS (Environmental, Health e Safety), política de compromisso com o meio ambiente, saúde e segurança, implantada globalmente na Affinia. Sobre responsabilidade social, a empresa promove várias ações, envolvendo os funcionários, como a contribuição à instituição Amamos, localizada em Osasco, que oferece amparo a 60 crianças em situação de risco, vítimas de maus tratos ou provenientes de famílias desestruturadas. “São realizadas várias campanhas ao longo do ano, doação de sangue, doação de mantimentos e roupas”, ressalta o diretor. QUALIDADE COMPROVADA A prática da Política EHS, em conjunto com as certificações da ISO14001 (Meio Ambiente) e OHSAS18001 (Saúde e Segurança), é um fator significativo na busca da melhoria contínua dos processos de produção, garantindo agilidade e levando em conta as questões ambientais, de saúde e segurança. Também possui certificação da qualidade ISO9001, sendo que esta e as certificações ISO14001/OHSAS18001 são válidas por três anos, com manutenções anuais. A empresa busca investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para atender a demanda do mercado de reposição. As novas tecnologias exigem um trabalho de pesquisa para desenvolvimento de novos produtos. Tem certificação do IQA. A unidade responsável pela fabricação dos produtos Nakata também possui a certificação do IRAM-AITA (Instituto Argentino de Normalização e Certificação), importante pois permite a exportação de amortecedores para o mercado argentino. A certificação é renovada a cada seis meses e foi concedida à Nakata em outubro de 2008. PREMIAÇÕES NO SETOR Reconhecida no mercado, Montagnoli destaca que por cinco anos consecutivos a Affinia foi eleita uma das melhores empresas para se trabalhar, avaliação da revista Você S/A - Exame. A marca Nakata também tem se destacado em várias premiações e pesquisas realizadas junto aos reparadores, varejistas e frotistas. Na última edição do Prêmio Mérito Reconhecido, realizado pela Revista Jornauto junto a frotistas e distribuidores da linha pesada, a Nakata foi premiada na categoria – Maior Fornecedor de Componentes de Suspensão. Em 2014, figuramos nas pesquisas Marcas Preferidas da CINAU e no Prêmio Sindirepa-SP, estando entre as três marcas de amortecedores mais preferidas pelos mecânicos. Na pesquisa Inova, que mede a preferência de marcas do varejo, a Nakata ocupou lugar no pódio para amortecedores e componentes de suspensão, ficando entre as três primeiras colocadas. “Esses resultados comprovam a qualidade do produto e a satisfação de quem aplica a peça, o que é muito importante para nós”, afirma. 54 FABRICANTE TÉRIA DE CAPA AÇÕES E PROGRAMAS A Affinia participa do Programa Empresa Amiga da Oficina, ação do Sindirepa-SP que realiza várias iniciativas junto aos reparadores. Também é uma das empresas patrocinadoras da 2ª edição do Clube Reparador, também do Sindirepa-SP, que visa a elaboração de uma ampla pesquisa em oficinas para identificar as necessidades dos reparadores. Possui programa e atendimento diferenciado a frotistas, com equipe que faz assistência em campo. Entre outras ações voltadas ao setor, criou o Programa para Auto Centers Nakata (PAC), que tem como objetivo aprimorar o atendimento técnico ao reparador e do reparador para seus clientes. O programa viabiliza o acesso às informações técnicas e orientações sobre produtos e aplicações, principalmente por conta de novos veículos e tecnologia que chegam todos os dias ao dia a dia do reparador Também possui as unidades móveis de shock tester, equipamento que avalia a eficiência dos amortecedores e da suspensão, disponibilizado pela Nakata, que viaja pelo País para fazer teste gratuito em conjunto com seus parceiros locais. Denominado Pit Stop Nakata, trata-se de um projeto fundamental para levar não só informação ao consumidor, mas também mostrar como é importante realizar a manutenção preventiva para garantir a segurança dos ocupantes do veículo. Além disto, também patrocina o Programa Carro 100%/Caminhão100%/Moto100% /, projeto criado pelo GMA, que tem como objetivo conscientizar o motorista sobre a importância da manutenção preventiva do veículo, incluindo as avaliações gratuitas que acontecem nas rodovias, permitindo que técnicos da Nakata façam a verificação das condições da barra de direção dos caminhões. MAIS PRÓXIMA DO CONSUMIDOR O diretor revela que o grupo investiu o montante de R$ 40 milhões no Brasil, garantindo desenvolvimento de novos produtos e tecnologias na fábrica de Diadema (SP) e construção de centro de distribuição em Extrema (MG) com mais de 9.000 m². NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Focada no mercado de reposição, a empresa também desenvolve várias ações para o trade, levando informação e suporte técnico por meio de catálogos eletrônicos e impressos com dados sobre produtos e aplicações, além da central de atendimento via 0800.707.8022 e site que contém a linha de produtos e aplicações: www.affinia1.com.br Presente também nas redes sociais, Facebook (www.facebook.com/componentesnakata) e Youtube (www.youtube.com/componentesnakata), divulga conteúdos de interesse do público em geral para estreitar relacionamento e manter canal de comunicação com o varejo, reparador e consumidor final, e oferece uma série de vídeos com dicas de aplicação, manutenção e gestão. Além disto, também possui consultoria com visita de técnicos às lojas e promove palestras gratuitas em parceria com distribuidores e varejo. Com estas ações e seus programas para o consumidor, Montagnoli destaca o objetivo da Affinia em estabelecer e reforçar o relacionamento da marca com o cliente, através de orientações sobre a importância de cuidar de forma preventiva do veículo. A AFFINIA NO MERCADO A Affinia Automotiva, pertence à Affinia Group, multinacional norte-americana líder mundial em fabricação e distribuição de componentes automotivos para o mercado de reposição. No mundo, conta com 11 mil colaboradores, tem plantas em 11 países e comercializa produtos para mais de 70 países das Américas do Norte e Sul, Europa e Ásia. No Brasil, iniciou as operações há 10 anos e hoje conta com 590 colaboradores, incluindo parte administrativa, fábricas e o centro de distribuição em Extrema (MG). Muitos colaboradores estão desde o início e vêm acompanhando toda a evolução, outros vieram depois para somar e ajudar a empresa crescer. Segundo balanço da multinacional, as operações da Affinia na América do Sul, que inclui Brasil, Argentina e Uruguai, cresceram, em média, 8% ao ano. Tendo em vista somente os produtos sob a marca Nakata, as vendas cresceram em média 10% ao ano. Resultado este que é muito positivo, principalmente considerando o ambiente desafiador de negócios no mercado de reposição neste período. NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 55 MATÉRIA DE CAPA ARTIGO NÃO É PARA ESQUECER Por: Fernando Calmon* *Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. [email protected] e www.twitter.com/fernandocalmon Salão do Automóvel de São Paulo, que terminou no dia 9 deste mês, surpreende pelo conjunto da obra. São vários lançamentos, nacionais e importados, mas com diferentes graus de importância que, somados, tornam essa edição uma das melhores da história. A rigor, um modelo se destacou por significar a reestreia de uma marca tradicional, que já produziu no Nordeste brasileiro há mais de cinco décadas, e volta para a mesma região com fábrica muito maior. O Jeep Renegade é nova referência entre os utilitários esporte compactos pela ampla gama prometida que inclui câmbio automático de nove marchas, motor diesel, assistente de estacionamento e teto solar removível. Esse segmento, no entanto, teve muitas outras novidades. Honda HR-V e Peugeot 2008, embora sem aptidões fora-de-estrada como o produto da Fiat Chrysler, estão prontos para a produção, os três ao longo de 2015. A Nissan avançou com seu SUV também para o mesmo público, o Kicks (nome provisório), que surgiu no Anhembi com estilo arrojado e bem próximo ao definitivo, provavelmente para o final de 2015. Chamou tanta atenção que o sedã Versa, levemente reestilizado e agora já na linha de montagem, ficou em plano secundário. Até as marcas chinesas Chery e JAC não deixaram passar a oportunidade com o Tiggo 5 e o T5, respectivamente. A Suzuki surpreendeu graças ao novo S.Cross. A confirmação da fabricação aqui do SUV médio-compacto Land Rover Discovery, como primeiro produto da marca inglesa, já era esperada. Ao seu lado no mesmo estande, o elegante sedã médio-grande Jaguar XE, ainda com volante no lado direito, é um bom indicativo de que também está nos planos das instalações de Itatiaia (RJ) em 2016. Interessante as diferentes estratégias da Renault e da Fiat em relação às suas novas picapes. Enquanto a Duster Oroch aparecia em lugar de destaque, com estilo e nome definido, como a primeira compacta de cabine dupla e quatro portas no mercado, a Fiat decidiu disfarçar bastante sua inédita picape média. Na realidade, ambas ainda não disputam essa categoria e, portanto, poderiam se exibir de forma mais aberta. Entretanto a marca italiana exagerou no disfarce e no conflito de proporções, apesar de rumores apontarem para sua estreia no segundo semestre do próximo ano antes mesmo da Oroch. Pseudoaventureiros continuam a surgir, a exemplo do cross up!, Spin Activ, Sandero Stepway e Saveiro Cross cabine-dupla. Já a Hyundai deu boas indicações de como evoluirá o estilo do HB20 por meio do conceitual R-Spec (SUV compacto, aliás, também nos planos para 2016) e reintroduzirá o Veloster agora com motor adequado, 1,6 L turbo/204 cv. Discretamente, a Citroën exibiu no C4 Lounge o primeiro turbo flex (173 cv/etanol) de uma marca de alta produção, antes disponível apenas no BMW Série 3. Entre importados, vários lançamentos do recente Salão de Paris já valem a visita ao de São Paulo: Mercedes-AMG GT, BMW i8, Porsche 918 O Spyder, Audi Off Road Concept, Lexus NX, Honda NSX, Nissan GT-R e Toyota FCV (primeiro elétrico de série a usar pilha a hidrogênio), além de carros bonitos embora de venda limitada como as peruas Classe C e Golf. As duas americanas têm o Ford Mustang (importação é certa) e o Corvette Stingray (ainda em avaliação). 56 TÉRIA DE CAPA NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 57 MATÉRIA DE CAPA 58 NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 DISTRIBUIDOR FOTOS: DIVULGAÇÃO Grupo CAR comemora 10 anos de Roles e RPR no Nordeste (PRXWXEURGHSDUDGDULQtFLRjDWXDomRQRPHUFDGR SHUQDPEXFDQRRJUXSRDEULXDXQLGDGHGD5ROHVHQRPrV VHJXLQWHLQDXJXURXD535 Por: Bruna Camolesi N CATÁLOGO ELETRÔNICO Em relação aos produtos, o portfólio segue os padrões nacionais da empresa. Mas em algumas regiões específicas, um ou outro tipo de produto que se destaca merece certa atenção, como é o caso da frota de Toyota e D-20, que no sertão é maior. “Marcas de renome e tradição compõem o mix de produtos, que conta ainda com a marca própria, Autho Mix, que tem sido reconhecida de forma bastante positiva pelo mercado”, complementa Reginaldo. Recentemente, foi disponibilizado no site da Roles e RPR o catálogo eletrônico. À medida que novos itens são lançados pelos fabricantes, a empresa é comunicada e a atualização do catálogo é feita imediatamente. Em relação à entrega dos produtos, a Roles e RPR apostam na parceria com transportadoras. “O investimento neste setor é muito importante e deixa claro que nos importamos com o cliente em todos os momentos, não somente na hora da compra”, comenta o gerente. BALANÇO E PERSPECTIVAS Para finalizar, Reginaldo conta como foi e ainda está sendo o ano de 2014 para a empresa e as perspectivas para o ano que vem.“Passamos por mudanças internas, por reestruturações administrativas e já estamos vendo os bons resultados. Fecharemos muito melhor que 2013, no entanto, 2012 foi o ano de maior crescimento percentual até o presente momento em nossa unidade”. “Acreditamos sempre em um ano melhor e 2015 será muito melhor que este ano. Em 2014 tivemos em nossa região um primeiro semestre truncado, além, é claro, da Copa do Mundo, que desacelerou o mercado como um todo, apesar de nossa unidade ter atingido os objetivos traçados para o período”, conclui o gerente. FOTOS: DIVULGAÇÃO o mês de outubro, o grupo CAR – Central de Autopeças e Rolamentos Ltda. – comemorou 10 anos da inauguração da primeira unidade no Nordeste do País, mais precisamente em Recife (PE). A CAR Central é a ‘empresa-mãe’ das empresas Roles e RPR, já conhecidas no mercado nacional. Ao todo, são 32 unidades espalhadas pelo território brasileiro, sendo 16 da Roles e 16 RPR. Cada uma atendendo seu público: autopeças e motopeças, respectivamente. Diante desse cenário, Reginaldo Ferreira, gerente da unidade da CAR Central Recife (PE), diz que “ao longo destes 10 anos de trabalho, a ausência de uma política nacional de tributação é um dos principais fatores que dificulta nossa atuação na região. Além disso, a formação de equipe para trabalhar foi e ainda é um problema aqui no Nordeste, pois apesar do aumento de vagas, não há investimento por parte do nosso segmento na capacitação de mão de obra, isto gera dificuldades para montar um time interno e externo, que são os representantes de vendas”. O mercado de autopeças da região é muito competitivo devido à quantidade de varejos existentes, “não há mais a forma tradicional do comércio, que na nossa cadeia é: fábrica-distribuidor-varejoaplicador-consumidor final. O que determina quem irá fornecer o produto é o cliente”, explica o gerente. ACESSÓRIOS Mopar completa um ano no Brasil 7UDGLFLRQDOPDUFDGHSHoDVVHUYLoRVHDFHVVyULRVHVWiSUHVHQWH HPWRGDOLQKD)LDW Por: Redação presentada ao público em setembro do ano passado, a Mopar chegou ao Brasil trazendo para o mercado nacional a tradição de mais de 70 anos desenvolvendo acessórios para a Chrysler em nível mundial. Durante este primeiro ano, a empresa colocou mais tecnologia, personalização e exclusividade nos veículos da Fiat. O Novo Uno 2015, por exemplo, traz muita inovação. Além disso, o consumidor pode complementá-lo. Mais de 100 itens opcionais estão disponíveis para incrementar o Novo Uno, A Rádio Easy 4 U com interatividade com smartphones Câmera de Ré entre eles, uma central multimídia, uma câmera de ré com imagem em tela de LCD 3,2” acoplada ao retrovisor interno e o rádio Easy 4 U com interatividade com smartphones. O conceito do rádio Easy 4 U traz suporte ajustável para diversos tipos de celulares, permite a integração com vários smartphones, inclusive com Iphone. O Easy 4 U, exclusivo acessório Mopar, faz conexão via Bluetooth e permite reproduzir no carro diversos conteúdos do celular através de um APP (desenvolvido exclusivamente para o sistema) como arquivos de áudio, realização de chamadas telefônicas através do sistema de áudio do carro, memória de rádios, acesso a internet rádio, entre outros. Tem entrada USB que funciona também como carregador de bateria para o celular. Na tela HD touchscreen de 6.2 polegadas e resolução de 800x480 pixels, o motorista pode operar as diferentes funções presentes no acessório, como sistema GPS com mapa de navegação; DVD Player compatível com DVD, DVD-R/RW, DVD+R/RW, VCD, CD, CD-R/RW, MP3; TV Digital integrada; Câmera de Ré; Rádio AM/FM com 32 estações FM e 8 AM; Bluetooth (Viva Voz); Calendário, Relógio e Controle Remoto. Hoje, os consumidores já podem encontrar nas concessionárias Fiat vários equipamentos para seus veículos, como uma completa gama de rádios, extensor de caçamba para a picape Strada, centrais Multimídia, Kit Sensor de estacionamento integrado ao display do rádio, além de uma infinidade de acessórios dos mais variados tipos que visam conforto, segurança e esportividade. A marca também comercializa no Brasil, dentro da lista de acessórios, peças e serviços do Grupo Chrysler. 59 MATÉRIA DE CAPA MONTADORA FOTO: DIVULGAÇÃO NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 Volkswagen revela vencedores de concurso social $omRUHDOL]DGDSHOD)XQGDomRGDHPSUHVDHQWUHJD SUrPLRHPGLQKHLURSDUDSURMHWRVVRFLDLVHVFROKLGRV SHORVFRODERUDGRUHV Por: Edison Ragassi m 17 de outubro, no Centro de Treinamento, em São Paulo, a Fundação Volkswagen revelou os vencedores do 7° concurso “Volkswagen na Comunidade”. Neste ano, o concurso teve recorde de inscrições, no total foram 569 projetos indicados por 139 colaboradores da empresa que atuam voluntariamente nessas organizações. Os projetos inscritos são realizados por 372 organizações sociais, localizadas em 23 estados brasileiros. Para concorrerem, os projetos devem ser inscritos por colaboradores da Volkswagen do Brasil, estagiários e prestadores de serviços das quatro fábricas da empresa no País, da unidade do Jabaquara, também do Centro de Peças e Acessórios de Vinhedo (SP) ou dos escritórios regionais de vendas e serviços financeiros. Foram 10 prêmios para as instituições sociais vencedoras, dos quais 9 foram contemplados pela primeira vez. O 10º vencedor leva uma nomeação especial, o “Prêmio de Sustentabilidade”, que é oferecido à instituição que já foi contemplada na edição anterior do concurso e que melhor geriu durante o ano os recursos recebidos na ocasião. Neste ano, o vencedor foi a Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, de Natal (RN), com seu projeto Viva a Cultura. Por meio de seus projetos educacionais, a Fundação Volkswagen já beneficiou na última década, E até o fechamento de 2013, 1.325.224 alunos em todo Brasil e ofereceu formação continuada a 15.993 educadores da rede pública de ensino de 386 cidades. No período, 1.976 escolas e instituições foram beneficiadas. Conheça os vencedores e projetos: Casa Crescer e Brilhar, São Vicente (SP)- Projeto Bem me quer/ Núcleo de Apoio ao Pequeno Cidadão, de São Bernardo do Campo (SP)/ Projeto Rádio Cidadão – comunidade em ação/ Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, de Ibaté (SP)/ Projeto Pedia Suit- uma nova abordagem da estimulação sensorial/ Associação Sagrada Família de Nazaré, de Curitiba (PR)/ Projeto Juventude- um sinal de esperança/ IA3 – Instituto de Acolhimento e Apoio ao Adolescente, de Pindamonhangaba (SP)/ Projeto Vem ser/ Lar Carlos Augusto Braga, de Vinhedo (SP)- Projeto Valorizando potenciais/ Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, de São Paulo- Projeto Brinquedoteca da Apae de São Paulo/ Associação Sociocultural Bataka, de Belo Horizonte (MG)- Projeto Em busca da autoestima através da dança/ Associação Paranaense de Reabilitação | Escola de Educação Especial Nabil Tacla, de Curitiba (PR)- Projeto o uso da informática e da tecnologia assistiva no processo de ensino, aprendizagem do aluno com deficiência física neuromotora. NOVEMBRO DE 2014 / EDIÇÃO 98 LANÇAMENTO Motor com injeção ç direta 7UDLOEOD]HUUHFHEHQRYRDFDEDPHQWRLQWHUQRHLQMHomRGLUHWDGH FRPEXVWtYHOQRPRWRUFkPELRHVXVSHQV}HVIRUDPUHFDOLEUDGRV FOTOS: DIVULGAÇÃO 60 Por: Edison Ragassi Chevrolet iniciou as vendas do utilitário esportivo Trailblazer linha 2015. O modelo fabricado em São José dos Campos (SP) teve o acabamento interno modificado, a forração é de couro bicolor para os bancos e painel com detalhes em preto brilhante, também recebeu um novo sistema de isolamento acústico. Entre os itens de segurança, o SUV é equipado com air bags laterais e de cortina, controles eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ESP) e controle de balanço de reboque (TSC), ele aciona automaticamente os freios e reduz o torque do motor, caso seja detectada alteração da trajetória do trailer, por exemplo. Inclui ainda o assistente de partida em rampas (Hill Start Assist), que não permite que o veículo recue em saídas íngremes, e o assistente de descida (Hill Descend Control), que controla a A velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do motorista. Banco do motorista com regulagens elétricas e sistema multimídia Chevrolet MyLink com GPS e câmera de ré completam a relação. Em dimensões, o Trailblazer tem comprimento de 4.878 mm, distância entre os eixos de 2.845 mm e a largura total é de 2.132 mm, transporta até 7 ocupantes. O ângulo de ataque é 32º e o de saída: 19,4º. O motor 3.6L HFV6 agora tem injeção direta de combustível (SIDI- Spark Ignition Direct Injection), assim, ganhou potência e ficou mais econômico. Ele entrega 277 cv a 6.400 rpm e 35,7 kgfm a 3.700 rpm de torque. O motor anterior oferecia 33,5 kgfm de torque e 239 cv de potência. Utiliza quatro comandos de válvulas continuamente variáveis, bloco em alumínio com ferro fundido nodular, pistões em alumínio com pino flutuante e resfriamento por jatos de óleo, além de coletor de admissão em plástico e coletor de escapamento integrado ao cabeçote. A outra opção de motorização é 2.8L turbodiesel com 200 cavalos de potência e 51 kgfm de torque, ambos têm a tração 4X4. Comercializado só com transmissão automática de 6 velocidades, ela recebeu nova calibração, assim como o sistema de suspensão. O preço sugerido para venda do Chevrolet Trailblazer movido a gasolina é de R$ 144.650. A opção diesel custa R$ 171.650. CADERNO ESPECIAL DE AUTOPEÇAS 26 | NOVEMBRO | 2014 REALIZAÇÃO Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS NOVEMBRO | 2014 Fotos: Divulgação 62 POR TRÁS DO BALCÃO Por: Karin Fuchs C om o objetivo de mostrar a realidade dos profissionais que atuam na linha de frente das autopeças, em parceria com o Sincopeças-SP, a Prána E&M promoveu no dia 4 de novembro, o 1º Fórum de Balconistas de Autopeças, na sede do sindicato. No evento foram abordados temas como o mercado de trabalho, acesso às informações e perfil de atendimento. Na abertura do encontro cada um fez a sua apresentação e, em comum, quase todos têm mais de 20 anos de experiência em autopeças. Com formação mecânica, Carlos Roberto Pereira, hoje no telemarketing da Carbwel, conta que começou a sua carreira em uma agência de veículos que também tinha uma oficina. “Eu comprava peças e o dono de uma loja, vendo o meu esforço, convidou-me para trabalhar com ele como motorista”, recorda-se. Posteriormente novas propostas vieram e, antes de chegar à Carbwel, Pereira trabalhou em outras lojas de autopeças, tendo sido gerente em uma delas. Sobre o futuro, diz ele, “penso em outros projetos, mas gosto da profissão. Estou há 30 anos nesta área, sendo 19 anos no telemarketing da Carbwel”, sintetiza. Também com formação mecânica, Luis Carlos Cestari, balconista na PRK Auto Peças, já chegou a mudar de área, mas a paixão pela profissão é eminente. “Estou há 33 anos neste ramo e até tentei mudar de profissão. Por um tempo fui carreteiro e comprei três kombis para trabalhar com lotação. Mas desisti e voltei para autopeças”, informa. Assim como Rodrigues, ele também não pensa em seguir um novo caminho. “Gosto do meu trabalho, somente o que me desagrada é trabalhar aos sábados”, acrescenta. No balcão da Carbwel, Djalma Santos Nunes, como Pereira, começou em autopeças como motorista e já soma 21 anos na profissão. “Por pouco tempo fiquei como motorista na primeira loja que trabalhei e oito meses depois me colocaram no telemarketing. Para eu aprender sobre autopeças, após o expediente eu ficava conferindo e guardando as peças”, lembra-se, complementando que não pretende mudar de profissão. E foi com uma brincadeira de criança que Cícero de Assis Silva de Souza, também balconista na Carbwel, entrou no ramo. “A minha mãe trabalhava em uma distribuidora e, quando eu ia com ela, eu ficava brincando com as peças. Um vendedor acabou me indicando para trabalhar em uma loja, onde comecei no estoque. E como eu sempre fui muito curioso, eu ficava olhando os catálogos, as fotos, aprendendo e ajudando os balconistas. Isso contribuiu para me destacar e um ano depois eu já estava no televendas e depois no balcão”, conta. Ao longo de sua carreira, que começou em 2002, Souza chegou a mudar de área. “Fui trabalhar em uma loja de materiais de construção, mas voltei para autopeças. Antes, o meu sonho era ter uma loja, mas hoje não é mais, pois vejo o quanto é difícil administrar uma”, diz, referindo-se à questão de inadimplência. “Hoje, o meu objetivo é estar mais próximo ao Carlos (Gomes, proprietário da Carbwel) para trazer mais clientes, seja com projetos para a internet, anúncios, entre outros”, diz. Enfático, Wilson Juliani Coutinho, afirma: “sou um vendedor de peças e não tem como eu sair desta área para fazer outra coisa”. Há 22 anos ele atua no setor e hoje está no balcão da Castro Auto Peças, mas já faz planos para o futuro. “Quero morar no interior, em Bragança Paulista (SP), ter o Roberto Pereira, da Carbwel 64 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS meu trabalho e com os meus contatos continuar atuando com autopeças, como fornecedor”, vislumbra. Na sequência, os participantes dessa matéria não estiveram no Fórum, mas com os seus depoimentos repercutem os temas que foram abordados. Começando por Sergio Fernandes Silvestre da Silva, atualmente no balcão da Mello Auto Peças e há praticamente 40 anos na profissão. Ele conta que, literalmente, começou de baixo. “Comecei em uma loja pequena de autopeças como faxineiro até chegar ao balcão. Por um período de seis anos trabalhei em banco e depois voltei para autopeças, pois é o melhor que sei fazer, e pretendo continuar como balconista”, afirma. Mesmo posicionamento tem Marcos Ferreira Alves, que está há dez anos no setor e sempre na mesma loja, a Teixeira Luis Carlos Cestari, da PRK Auto Peças Djalma Santos Nunes, da Carbwel Auto Peças. “Iniciei na profissão como estoquista, fui me aperfeiçoando, até chegar ao balcão onde aprendi e aprendo muito”. E com essa vivência, ele dá o seu recado para quem está começando. “O estoque é uma escola, é o caminho para aprender sobre autopeças. Hoje estou realizado e não tenho planos de mudar de profissão”, enfatiza. Para José Matos do Prado, que hoje está na Auto Peças Sul, o ingresso na área veio como uma oportunidade. “Em 1994, um primo me indicou para trabalhar em uma autopeças como motoboy e aos sábados, de graça, eu ficava na loja, pois queria aprender. Surgiu a primeira oportunidade como ajudante no balcão, até que o dono da loja, percebendo o meu esforço, me deu a oportunidade para ser balconista. Assim, de motoboy passei a balconista, cada vez fui aprendendo mais e mudar de área não faz parte dos meus planos”, revela. Já Cristiano do Amaral Fonseca está na Josecar, desde 2003, na unidade de Jundiaí (SP). “Mas antes disso, eu trabalhava no estoque de uma autopeças em São Paulo e tive a oportunidade na área de vendas na Josecar. Aceitei o convite, adoro o que faço e quero trabalhar nessa área para sempre”, enfatiza. ONTEM E HOJE Questionados sobre o que mudou na profissão de balconista, os participantes dizem que antigamente havia aquela vontade de aprender e crescer profissionalmente, sempre almejando um cargo melhor. Hoje, a história é outra. “Não vejo mais os jovens com esse interesse. Eles querem tudo mastigado, o que facilitou muito com a internet. Porém, para formar um vendedor está muito difícil”, comenta Carlos Pereira. Mesmo sentimento tem Cristiano Fonseca e José do Prado. “Até pelo fato de os jovens não conhecerem a fundo sobre autopeças, percebo que eles têm pouco interesse na profissão. Se eles soubessem o quanto ela é boa e pode agregar para eles, pensariam diferente”, diz Cristiano. “Hoje com a internet eles buscam por profissões, digamos assim, mais leves. Há muitas facilidades para outros tipos de serviços, porém os jovens não sabem o quanto poderiam crescer na nossa área e serem bem-sucedidos”, acrescenta José. Para Sergio da Silva, o cenário não é diferente. “Hoje, os jovens se preocupam mais com os salários, em trabalhar com o que paga mais. Não é fácil encontrar os que têm interesse pela profissão na nossa área, em que é preciso gostar de carros, gostar de peças”, avalia. “E os que entram no mercado muitas vezes não conhecem os componentes, as peças, e fica mais complicado ainda no telemarketing”, diz Marcos Alves. Em especial no televendas, ilustra Djalma Nunes, “todas NOVEMBRO | 2014 as informações estão na tela do computador e muitas vezes o vendedor nem conhece a peça. Também há uma carência de treinamentos, tanto que neste ano não teve nenhum”, revela. Sobre o uso de ferramentas online para dispor de informações técnicas, ele defende que “um treinamento desta forma seria muito complicado, pois como iríamos saber se ele está sendo ministrado por um técnico, por um profissional que realmente conhece o assunto?” questiona. Cícero de Souza sugere que, para facilitar, as fábricas poderiam disponibilizar vídeos dos seus lançamentos pela internet ou pelas redes sociais. “A velocidade com que estamos nos atualizando é muito rápida. Quando eu tenho alguma dúvida recorro ao telemarketing e quando chega uma nova peça ao mercado, muitas vezes compramos uma unidade para nos familiarizarmos. Se as fábricas disponibilizassem vídeos sobre os seus lançamentos, isso facilitaria muito”, diz, acrescentando que atualmente, os próprios clientes já estão utilizando aplicativos para compra de peças.“Alguns nos enviam fotos das peças via WhatsApp”, exemplifica Souza. Em nome da Isapa, uma das patrocinadoras do Fórum, Vinicius Fernando Cazarim, pontua algumas das ações que são realizadas em prol dos balconistas. “Já temos vídeos de alguns itens (especificações) e disponibilizamos e-mail como canal de comunicação para orientar e transmitir Cícero de Assis Silva de Souza, da Carbwel informações aos balconistas. Estamos trabalhando constantemente para atualizá-los, para que eles tenham o máximo de informações para venderem peças com certeza e argumentação”, diz. Ele antecipa que na Isapa, pelo 0800, um profissional capacitado estará apto a esclarecer as dúvidas técnicas dos profissionais do setor. “Já estamos trabalhando neste projeto que deverá estar disponibilizado em um prazo de uns seis meses”, informa. Já na Granero, Ronald Razori, do Marketing, conta que por fabricarem limpadores de para-brisa é mais fácil não haver erros. “Até porque na própria embalagem já estão especificadas as aplicações por marcas e modelos dos veículos. Por outro lado, não diretamente pelo varejo, mas o telemarketing do distribuidor entra em contato conosco para pedir indicações das peças”, comenta. 66 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS NOVEMBRO TREINAMENTO Para Luis Cestari, falta treinamento e também vontade de aprender. “Hoje não há mais nada de treinamento e os mais jovens não querem saber de palestras. Querem estar no telemarketing, fazendo vendas pelo computador, sem nunca terem olhado para a peça”, diz. Segundo ele, há praticamente três anos ele não participa de nenhum treinamento. “Antes havia muitos no mercado, agora está escasso. Às vezes falta informação para o pessoal do telemarketing fazer uma venda certa e no balcão muitas vezes abro o capô do carro do cliente para saber qual é a peça que ele precisa”, afirma. Mesmo cenário mostra Carlos Pereira. “São muitos itens novos, muitas consultas nós fazemos pela internet, pois quando as informações chegam para nós, elas já estão defasadas”, explica, acrescentando que a precariedade dos treinamentos chega a tal ponto que ele já participou de um que deixou muito a desejar.“Para se ter uma ideia, os técnicos que a apresentaram sabiam menos do que a gente”, lamenta. “Quando começamos nessa profissão, a vontade de Wilson Juliani Coutinho, da Castro Auto Peças aprender era tanta que nos virávamos e buscávamos informações com os mais experientes. Hoje isso não acontece com os mais jovens que estão começando. Fora isso, ninguém nos avisa quais peças mudaram em novos modelos de veículos e, da mesma forma que antes, temos que correr atrás das informações”, explica Cícero de Souza. Na Josecar, além dos treinamentos realizados pela própria loja, Cristiano Fonseca conta com outros meios para se atualizar. “Busco sempre informações pela internet e o próprio mecânico nos ajuda nesse sentido. Há uma carência de treinamentos no setor e ainda bem que a empresa os proporciona para todos nós”, diz. Carência que tanto Sergio Silva como Marcos Alves também sentem falta. “Dificilmente temos palestras de fabricantes como havia no passado, seja para veículos nacionais ou importados, sendo que para os importados ter acesso às informações é mais difícil, elas são mais vagas. Para me atualizar recorro aos catálogos”, diz Sergio. “Busco me atualizar pela internet e junto aos mecânicos quando novos veículos chegam às oficinas e eles nos pedem peças. | 2014 Precavido em relação às peças de qualidade ou origem duvidosa, Carlos Gomes, proprietário da Carbwel, comenta: “se o produto chegar à loja em uma caixa branca, pode desconfiar que tem algo errado. É preciso tomar cuidado de quem se compra, pois se entrar na loja a responsabilidade é sua”, alerta, complementando que toda a mercadoria que entre na Carbwel é conferida e verificada se é proveniente de uma empresa conhecida. “Se não for, devolvemos e informamos o fabricante”, pontua. RELACIONAMENTO E FIDELIZAÇÃO Marcos Ferreira Alves, da Teixeira Auto Peças Também faz tempo que não participo de palestras, o nosso mercado está muito carente nesse sentido”, comenta Marcos. Para José do Prado, o que salva é a curiosidade. “Desde que comecei na área, sempre observei o que o cliente pede no balcão, buscando aprender com quem sabia mais do que eu. Sempre prestei atenção e fui aprendendo. Eu era até uma pessoa chata. Mas precisa ser para conquistar o seu espaço, tem que aprender, ter interesse e ser dedicado para ser reconhecido”, ensina. Já Wilson Coutinho destaca a falta de informação em relação a novos componentes. “As montadoras mudam as peças nos veículos novos e nós não somos informados. Isso é um problema que vem da indústria. Fora isso, entre 70% e 80% das peças que estão no mercado são chinesas”, resume. O que, segundo Luis Cestari, tende a melhorar com a certificação de autopeças pelo Inmetro. “Isso fará com que melhore a qualidade das peças”, prevê, defendendo que é a favor do prazo, de cerca de dois anos do lançamento do veículo, para que as informações em relação às novas peças cheguem ao mercado. “Hoje, uma autorizada sobrevive também com a venda de peças, pela garantia de dois anos do automóvel. Se fossem os sistemistas oferecendo as peças com a mesma qualidade para a montadora, as informações deveriam ser liberadas mais rapidamente, mas não é o que acontece”, afirma. Cristiano do Amaral Fonseca, da Josecar No relacionamento com o cliente, seja o mecânico ou o consumidor final, notavelmente nas autopeças aumentou a participação do público feminino. “Grande parte dos meus clientes é mulher e mais de 50% dos meus fieis são japoneses, inclusive, já aprendi um pouco a língua para atendê-los melhor”, comenta, acrescentando que na demanda no balcão, o peso maior é o atendimento e em segundo lugar está o preço. “Já o telemarketing é o serviço mais difícil que tem hoje nesse sentido”, compara Luis Cestari. Para Djalma Nunes, que está no telemarketing, “muitas vezes o vendedor de autopeças sabe mais sobre peças Ronald Razori, da Granero do que os mecânicos. Eles querem ganhar e só ganhar, inclusive na venda de peças para os clientes. Além disso em nosso mercado, o próprio distribuidor está queimando as autopeças vendendo direto para as oficinas”, afirma. Uma informação que Carlos Pereira concorda. “O que está acabando com os vendedores de autopeças são os mecânicos comprando direto dos distribuidores. Fora isso, eles deixaram de fazer as fichas dos veículos nas oficinas e muitos pedidos chegam errados para nós”. Cícero de Souza acrescenta: “os mecânicos não sabem o ano e modelo de carro, e esperam que nós os orientemos qual é a peça que precisam. Acho que o ideal seria o próprio cliente comprá-la e levá-la na oficina”, sugere. E vai além. “Creio que uma tendência seja as oficinas e centros automotivos darem lugar às grandes redes, como a AutoZone, a exemplo do que já aconteceu com as lojas de materiais de construção, em que hoje a predominância é de 68 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS Vinicius Fernando Cazarim, da Isapa grandes redes”. Acrescentando, diz Carlos Rodrigues: “há muitos mecânicos quem nem sabem qual é o carro que está em suas oficinas. São muitas marcas e modelos de veículos, e para as autopeças uma tendência é ser especialista”, prevê. Na visão de Wilson Coutinho, é preciso preparar melhor os mecânicos. “Os balconistas estão aptos a venderem as peças, mas nem sempre os mecânicos sabem como consertar os carros. O resultado é que recebemos muitos pedidos errados”, sintetiza. E no dia a dia de Sergio da Silva, a realidade é a mesma. “Também sinto esta dificuldade no balcão. Oriento o mecânico a me passar o máximo de informação, como ano do veículo e motorização. Por ser mais leigo, é mais fácil lidar com o cliente final do que com o reparador que acha que conhece tudo de peça”, diz. Por isso, diz Luis Cestari, é preciso muito jogo de cintura. “Em todos os sentidos e para atender todos os públicos, mecânicos, idosos, mulheres... É preciso entender o que o cliente está querendo, deixá-lo falar e passar o máximo de informação. Só assim, muitas vezes, saberemos de fato qual peça ele precisa”, defende. Um mecanismo que Marcos Alves aplica na prática. “Para fidelizar o cliente, o diferencial está, principalmente, no atendimento e na atenção que é dada a ele, além de ter um preço bom. Eu atendo mais o cliente final, o que é mais fácil, pois o mecânico, por achar que sabe tudo, acaba fazendo pedidos errados”, compara. E para não haver erros de pedidos, Cristiano Fonseca diz que a melhor forma é pedir o máximo de informação. “Atendo mais os mecânicos e algumas vezes eles não se atentam que o mesmo carro (nome) tem motores e modelos diferentes. Para não ter erro de entrega, tento tirar o máximo de informações que eles possam passar, pois quem mais pode nos ajudar nessa situação são eles mesmos. Porém, mesmo assim, acontecem muitos erros de pedidos de peças”, revela. Também tendo como principal cliente os mecânicos, José Prado conta que a maior parte do seu atendimento se dá por telefone e, por esse meio, toda informação possível se faz necessária para a garantia da entrega da peça certa. “O que mais acontece é termos que decifrar a peça que o mecânico quer. Peço o máximo de informações possível, como o ano, motor e combustível do veículo, se a peça tem alguma numeração, por exemplo, e do meu lado, procuro passar todas as descrições dela. Se as informações que ele nos passa são corretas, é 100% de certeza que a peça certa NOVEMBRO | 2014 J.C. Corrado, da Granero será entregue”, conclui. PAIXÃO E RECONHECIMENTO Para J.C. Corrado, gerente Nacional de Vendas da Granero, independentemente da escolha pela profissão e os percalços que existem por trás dela, o importante é ser um profissional de valor. “Estou há 45 anos no mercado de autopeças e aprendi que o profissional de valor, consequentemente, é um profissional de sucesso. Sempre o mercado estará precisando de profissionais de valor, por isso, é preciso fazer o que gosta. Além disso, todo fabricante depende do balconista e do mecânico também. Felizes são as fábricas que estão preocupadas com quem vende seus produtos”, expôs. A Granero também foi uma das patrocinadoras do Fórum, junto à Isapa e à Affinia, com a marca Nakata, que 70 Caderno Especial - DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS presenteou os participantes com brindes no dia do Fórum. “Para a Affinia Automotiva, é muito importante participar de iniciativas como esta, que visam levar conhecimento aos varejistas, pois é possível identificar as necessidades dos lojistas e poder oferecer prestação de serviço que possa atendê-los da melhor forma possível. Sabemos o quanto é fundamental para o setor de reposição estabelecer um canal de comunicação com o varejo. Por isso, a Affinia investe em programas de relacionamento para os lojistas, promoção de vendas, treinamento, distribuição de material técnico, atendimento pessoal feito pela equipe de técnicos e consultoria de mix de produtos”, cita. Ela destaca também, em nome da Affinia, que o Dia do Balconista mostra a relevância do profissional que trabalha no balcão da loja. “É ele quem escolhe a peça que será aplicada pelo reparador. Por isso, precisa estar bem informado sobre os produtos, lançamentos e aplicações. Ele atua como um consultor e é determinante na escolha da marca da peça. A Affinia aproveita para homenageá-los e reforçar que desenvolve ações que permitem dar suporte aos balconistas, buscando oferecer consultoria e atendimento cada vez mais técnico devido à complexidade e variedade dos produtos”, informa. Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, também destaca a importância do balconista para o setor. “Ele é o principal colaborador do negócio e tem uma posição estratégica nas empresas. Para o consumidor final e o mecânico, o balconista é a cara e o jeitão da própria autopeças. O empresário tem que, ao tempo todo, investir e treinar esse profissional”, conclui. NOVEMBRO | 2014 A condução do Fórum ficou a cargo dos jornalistas Karin Fuchs, Silvio Rocha e Bruna Camolesi, e a presença de Édio F. Nelson (em pé), diretor da Prána E&M
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