velopark - Porsche GT3 Cup Challenge

Transcrição

velopark - Porsche GT3 Cup Challenge
www.porschegt3cup.com.br
V
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P
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K
Du el o s , i n c o n t á v e i s t ro c a s d e
p o s i ç ã o e n e rv o s à fl o r d a p ele
a t é a ú l t i m a v olt a!
#2 | j u n h o 2 0 1 1
e d i t o r ia l
De volta ao B ra s i l !
Dener J. Pires
Diretor da Porsche GT3
Cup Challenge Brasil
Depois de dois meses de temporada internacional, a Porsche
GT3 Cup Challenge Brasil está de volta ao Brasil. O circuito do
Velopark, no Rio Grande do Sul, marcou a estreia dos novos
Porsche 911 GT3 Cup II em pistas brasileiras. E que estreia! Três
corridas emocionantes e disputadíssimas (duas da Cup e uma
da Challenge) , com brigas por praticamente todas as colocações
da prova. Chegamos a ver lutas com grupos de seis carros, um
espetáculo que somente uma categoria equilibrada como a nossa
pode oferecer.
Essas corridas sensacionais estão sendo mostradas nesta segunda
edição de Speed Report. Tivemos uma reação muito positiva
quanto à maneira de mostrar o que rolou nas corridas da Cup e da
Challenge disputadas em Portugal e na Argentina. Mantivemos a
receita nesta edição dedicada ao Velopark, onde todas as corridas
proporcionaram fortes emoções a quem as acompanhou ao vivo ou
pela televisão. A realização das provas no Sul fez com que o número
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de pilotos participantes em 2011 já chegasse a 49 − um dos maiores
do mundo entre os campeonatos monomarca homologados pela
Porsche. Quem viu pôde comprovar: nossos grids estão no topo
em quantidade e também em qualidade.
Correr em circuitos como Estoril e Buenos Aires é sempre uma
honra. Mas nossa categoria tem raízes no Brasil e é muito bom estar
de volta. Depois do Velopark, o mais novo autódromo brasileiro,
voltaremos à nossa “casa”: o tradicional Interlagos, onde nossa
categoria começou há seis anos. Convido você a comparecer e ver
de perto todas as emoções do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil.
Enquanto esse momento não chega, desfrute as emoções da prova
do Velopark aqui na Speed Report número 2. Boa leitura!
Até a próxima!
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SPEED REPORT
b a s t ido re s
Mais de duas mil pessoas presitigiaram a corri da no Velopark
Johnny Freire, Carlinhos e o piloto
consultor Juliano Moro, de olhos
colados na cronometragem
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A paixão pelos Porsches não tem
idade para começar
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Um clima muito agradável deixa
fácil o momento de descontração do
piloto Alan
Convidados desfrutam do lounge
exclusivo da Porsche GT3 Cup
Sorriso fácil: Carlos Ambrósio fez um dos melhores tempos nos treinos livres
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SPEED REPORT
b a s t ido re s
Família Paludo reunida: Só sorrisos!
Personagem constante na etapa do
Sul, o chimarrão ou tereré esteve
presente na arquibancada e lounge
Já o piloto Gil Farah optou pelo isotônico para repor suas energias
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Edu Guedes, Gil e Tommy conversam
e desfrutam de um cafézinho no
espaço VIP
Carlos Silveira, da categoria
Challenge, reflete e discute sobre os
eventos do fim de semana
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SPEED REPORT
b a s t ido re s
Quem diria! Existem até kits e caixas para desfrutar o chá
Lentes de todos os tipos capturam
cada segundo da ação
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Sra. Vichiese atenta à corrida do
marido, o piloto Esio Vichiese
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O assessor de imprensa da categoria
parabeniza Ricardo Rosset pela
merecida vitória
Para ver mais acesse
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SPEED REPORT
d ic a s
Palavra do d i re to r
S é rg i o B e r t i “ fa z u m
b ri e f i n g ” p a ra o s
p i l o to s . . . E p a ra o s
l eitore s d e S p e e d Re p o rt
S ergio Berti
Diretor de prova da Porsche GT3 Cup, Stock Car,
FIA-WTCC e adjunto no GP Brasil de F1
Mais de 35 anos de militância com participação nas mais importantes
categorias do automobilismo nacional e internacional. Sérgio Berti
respira automobilismo desde criança. Seu começo profissional
aconteceu aos 15 anos, como “bandeirinha” (sinalizador de pista)
em Interlagos. Com base nessa experiência, Berti menciona aspectos
importantes para quem compete e interessantes para o público que
acompanha automobilismo. Vamos ao briefing!
Começo de prova
O piloto deve abaixar a tensão antes da largada. Às vezes, ele fica tão
ansioso que acaba com suas possibilidades logo na primeira curva.
Jackie Stewart (tricampeão mundial de F1) dizia que, “para chegar
em primeiro, primeiro é preciso chegar”. O piloto deve fechar as duas
primeiras voltas, que normalmente assentam posições, e aí sim começar
a disputa. Não vale a pena jogar todas as fichas na primeira curva.
Punições
Punições decorrem da necessidade de mostrar ao piloto que ele cometeu
uma falha. Se o piloto comete uma infração que resulta em benefício
para si ou prejuízo para outros, procura-se eliminar de alguma maneira
a vantagem obtida. Se o erro não tiver essas consequências, damos
apenas advertência. O ideal é ser educativo e conscientizar o piloto para
que ele não volte a errar.
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Em caso de acidente
Quando ocorre um acidente, as informações sobre a intensidade
e gravidade dos fatos são dadas pelos bandeirinhas e pela equipe
de resgate. Se a batida tiver consequências que coloquem em risco
a continuidade da prova, aciono safety car ou bandeira vermelha.
Havendo necessidade, libero o medical car. Se o médico relatar uma
situação de maior gravidade, aciono bandeira vermelha e dou início ao
procedimento de socorro.
Dito assim, parece um filme em câmera lenta. Mas muitas vezes as
decisões são tomadas em intervalos de segundos!
Bandeiras
Respeitar a sinalização é fundamental. Uma sugestão que dou a todos
os pilotos, mesmo os mais experientes, é aprimorar o conhecimento
da sinalização. Muitos desconhecem que a zona de bandeira amarela
começa a partir do posto em que ela é mostrada. Nunca antes dele,
mesmo que a bandeira já esteja no campo de visão do piloto. O mesmo
acontece em relação à bandeira verde.
Pelo código da FIA, bandeira branca significa a existência de um
carro lento à frente − pode ser veículo de serviço, ambulância ou um
competidor com problemas. Essa bandeira não proíbe ultrapassagens
nem obriga a diminuir a velocidade. Somente nos Estados Unidos (e
em algumas pistas de kart indoor no Brasil) a bandeira branca sinaliza
“última volta”.
Chegada
Todo piloto sabe que a bandeira quadriculada sinaliza o fim da corrida.
Mas o que registra o fim da prova para efeito de resultado é o sensor da
cronometragem. Muitas vezes, a bandeirada é dada em local diferente
da linha de chegada, onde é registrada a passagem dos carros. Já
houveram casos de pilotos que perderam corrida por desconhecerem
a localização exata da linha de chegada.
Para evitar essa situação, deve-se prestar atenção ao briefing. Aliás,
essa deve ser uma prioridade para saber tudo o que for possível sobre a
competição. É nos detalhes que se pode vencer uma corrida. Ou perder...
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SPEED REPORT
ação!
Largada emocionante da primeira corrida da categoria Cup
Danilo Fernandez e suas cores
sempre brasileiras
Sexta-feira de chuva marca o treino
da categoria Challenge
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Checagem de rádio – item essencial
durante uma prova
O já famoso “Mach 5” de Sylvio
Pódio da primeira prova da Cup
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SPEED REPORT
ação!
A honra de ter um Porsche GT2 RS como safet y car
Pódio surpreendente!
Cris Piquet volta à categoria e
con quista 1º lugar
Outro perso nagem famoso!
Homenagem ao Herbie feita pelo
piloto Sergio Maggi
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Tommy, da categoria Challenge,
lidando com a chuva
Na Porsche GT3 Cup uma troca de
câmbio acontece em menos de 40
minutos
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Preparativos finais e verificações com o engenheiro antes da corrida
SPEED REPORT
ação!
O chef Edu Guedes e seu belíssimo
bólido preto fosco
Às vezes dá-se um “jeitinho” para
algumas coisas inusitadas
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Precisa ter muito braço para segurar 420 cavalos nas curvas!
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Porsche GT3 Cup off-road? Rosset e Marcelo Franco vão passear sem medo
na grama do Velopark
Ricardo Rosset recebe a bandeirada
após uma belíssima disputa
Pa ra ve r mais acesse
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Como é de praxe, disputas acirradas
e diversos pilotos no mesmo segundo
SPEED REPORT
c u r i o s id a d e s
Nomes e números
No Velopark, o clima descontraído dos bastidores da categoria Challenge
chegou às telas de cronometragem. O estreante Zeca Fernandez recebeu
o apelido de “Zeca Playboy”, nome com o qual foi creditado nas telas
da cronometragem. Era apenas uma brincadeira, mas ela agradou ao
piloto a ponto de Zeca ter grafado o apelido na lateral de seu Porsche.
Flávio Rietmann, por sua vez, apareceu na cronometragem como “Flávio
Reutemann” depois de ter sido o mais rápido no primeiro treino livre
de sexta, realizado sob chuva. O nome foi uma referência ao veloz piloto
argentino Carlos Reutemann, vice-campeão de Fórmula 1 em 1981.
Cristiano Piquet, por sua vez, correu com o número 305, que é o código
de telefone de Miami (EUA), onde reside.
Telas espalhadas pelo evento divulgam a cronometragem e as divertidas
brinca deiras feitas entre os pilotos
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Melhor resultado pessoal
Carlos Ambrósio saiu do Velopark
com muito a comemorar. Mais
rápido no segundo dia de treinos no
circuito gaúcho, o piloto largou em
quarto lugar e obteve na corrida a
segunda posição, que foi seu melhor
resultado na categoria. Antes disso,
seus melhores resultados haviam
sido duas quartas colocações, uma delas obtida em Buenos Aires,
na Argentina, em maio.
Subindo no ranking
Com a vitória na segunda prova do Velopark, Ricardo Rosset, atual
campeão, ultrapassou nas estatísticas dois pilotos, Beto Posses e Totó
Porto, que têm seis conquistas cada um na categoria Cup. O ex-Fórmula
1 agora é o quinto maior vencedor do Porsche Cup. O recordista é
Constantino Júnior, que chegou a 22 triunfos com a vitória na primeira
corrida do dia no Velopark.
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SPEED REPORT
re su lt a do s
3 ª etapa - Ve l o p a rk
Prova 1 - Categoria Cup
1º 00-Constantino Jr., 28 voltas em 26:10.096
2º 1-Ricardo Rosset, a 0.625
3º 7-Clemente Lunardi, a 17.386
4º 27-Ricardo Baptista, a 18.431
5º 89-Daniel Paludo, a 37.495
6º 55-Marcel Visconde, a 41.601
7º 70-Marcelo Franco, a 46.906
8º 34-Maurizio Billi, a 47.973
9º 10-Adalberto Baptista, a 1 volta
Prova 1 - Categoria Challenge
1º 305-Cristiano Piquet, 27 voltas
em 26:12.629
2º 018-Carlos Ambrósio, a 14.962
3º 088-Eduardo Azevedo, a 20.274
4º 046-Fernando Barci, a 22.157
5º 054-Zeca Feffer, a 27.128
6º 069-Sérgio Maggi, a 28.736
7º 005-Sylvio de Barros, a 35.362
8º 033-Flávio Rietmann, a 43.665
9º 007-Tommy Soubihe, a 49.452
10º 010-Carlos Silveira, a 55.998
Prova 2 - Categoria Cup
1º 1-Ricardo Rosset, 28 voltas em 26:45.265
2º 27-Ricardo Baptista, a 7.070
3º 99-Tom Valle, a 9.035
4º 55-Marcel Visconde, a 16.440
5º 10-Adalberto Baptista, a 18.644
6º 7-Clemente Lunardi, a 18.755
7º 9-Guilherme Figueirôa, a 24.947
8º 16-Ésio Vichiese, a 26.965
9º 63-Sérgio Ribas, a 31.297
10º 99-Tom Valle, a 1 volta
11º 63-Sérgio Ribas, a 1 volta
12º 16-Ésio Vichiese, a 1 volta
13º 11-Omilton Visconde Jr., a 1 volta
14º 9-Guilherme Figueirôa, a 1 volta
15º 15-Henry Visconde, a 1 volta
16º 18-Danilo Fernandez, a 2 voltas
17º 52-Roberto Posses, a 4 voltas
11º 025-Guilherme Ribas, a 1 volta
12º 021-Armando Marracini, a 1 volta
13º 002-Vitor Scheid, a 1 volta
14º 016-Ludovico Pezzangora, a 2 voltas
15º 099-Alan Turres, a 3 voltas
16º 081-Gilberto Farah, a 12 voltas
17º 011-Johnny Freire, a 12 voltas
18º 027-Amilcar Collares, a 15 voltas
19º 004-Gui Affonso, a 27 voltas
20º 009-Edu Guedes, a 27 voltas
21º 057-Jorge Borelli, a 27 voltas
10º 11-Omilton Visconde Jr., a 35.727
11º 52-Roberto Posses, a 1 volta
12º 18-Danilo Fernandez, a 1 volta
13º 15-Henry Visconde, a 1 volta
14º 00-Constantino Júnior, a 2 voltas
15º 34-Maurizio Billi, a 2 voltas
16º 89-Daniel Paludo, a 2 voltas
17º 70-Marcelo Franco, a 28 voltas
Obs.: Resultados resumidos. Acesse versão completa no site: www.porschegt3cup.com.br
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SPEED REPORT
n ov id a d e s
Primeira vitória do Porsche híbrido
Reabastecer menos e andar mais.
Com esta receita, o Porsche 911 GT3
R Hybrid conseguiu sua primeira
vitória no Campeonato de Corridas
de Longa Distância de Nürburgring,
na Alemanha − a primeira de um
carro híbrido nessa competição.
O Porsche foi pilotado por Richard
Lietz (Áustria), Marco Holzer
(Alemanha) e Patrick Long (EUA). Todas as etapas do Campeonato de Longa
Distância de Nürburgring acontecem no traçado completo da tradicional
pista alemã - junta o atual circuito Grand Prix, com 4,5 km, e o Nordschleife,
com pouco mais de 20 km e que foi usado pela Fórmula 1 até 1976.
Vem aí duas clássicas “24 horas”
Para os fâs de provas de longa duração, um bom motivo para ficar ligado no
mês de junho. Dias 11 e 12 acontece a 24 Horas de Le Mans, disputada pela
elite do automobilismo e considerada a mais clássica e importante corrida
de longa duração. Nos dias 25 e 26 será a vez da 24 Horas de Nürburgring,
no traçado completo do circuito alemão. A prova admite praticamente
qualquer modelo GT ou Turismo, tendo grids com mais de 200 carros.
Em ambas a Porsche tem chances de vitória. Vamos torcer!
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80 anos de Porsche Design
Ferdinand Porsche já era muito respeitado quando decidiu abrir seu
escritório de projetos. No dia 25 de abril de 1931, ele fundou e registrou
a “Dr. Ing. h.c. F. Porsche Gesellschaft MIT beschränter Haftung,
Konstruktion und Beratung für Motoren und Fahrzeugbau“ * − um
nome um pouco... comprido. Dali, saíram projetos de carros de rua e
de competição, além de câmbios e motores. Nestes 80 anos, a Porsche
Design criou barcos, motocicletas,
aviões, bicicletas, entre outros.
A fábrica de carros esporte seria
fundada 17 anos depois, em 1948.
* “Doutor Engenheiro honoris
causa Ferdinand Porsche Sociedade
de Responsabilidade Limitada
Construção e Consultoria para
Montagem de Motores e Automóveis“.
Porsche Museum chega a 1 milhão de visitantes
Aberto em janeiro de 2009, o Porsche Museum, em Stuttgart, chegou à
marca de 1 milhão de visitantes. Segundo o diretor Achim Stejskal, 35%
do público é formado por convidados de fora da Alemanha. “O fascínio
pela marca é gigantesco em todo o mundo”, comenta. No último mês, o
museu recebeu as visitas de um grupo de estudandes indianos.
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SPEED REPORT
n o s t a lg ia
O rigens
O pôster promocional elaborado pela Porsche no final de 1992 celebra
o encerramento da temporada da Carrera Cup alemã daquele ano.
A imagem é emblemática e transmite tudo o que se pode ver em uma
corrida de qualquer campeonato da Porsche: muitos carros, disputas
eletrizantes e, claro, um ou outro toque entre os competidores para
“apimentar” as corridas. Em outras palavras: alta competitividade e
grandes emoções para o público.
A Carrera Cup era, até 1992, a “Cup” mais conhecida entre as
organizadas pela Porsche, com provas realizadas na Alemanha.
No ano seguinte, seria disputada a primeira temporada da Supercup,
elaborada para seguir o calendário europeu da Fórmula 1. Deu tão
certo que a competição continua até hoje, tendo realizado também
etapas na América do Norte e no Oriente Médio. O sucesso da Carrera
Cup e da Supercup foi a origem de outros Cups nacionais e continentais
− inclusive no Brasil, onde as provas do Porsche GT3 Cup Challenge
Brasil fazem a preliminar do GP de Fórmula 1 em Interlagos desde o
primeiro ano do campeonato, em 2005.
Uma olhada mais atenta ao pôster revela detalhes interessantes.
A Carrera Cup era disputada com os 911 da geração “964”, também
utilizados na temporada inaugural da Supercup em 1993. No ano
seguinte, eles dariam lugar aos “993”. Entre os pilotos mencionados,
aparecem alguns que fizeram história na Supercup, como Uwe Alzen
(campeão em 1994) e Michael Bartels, que tentou correr na F1 e ficou
mais famoso ao namorar a tenista alemã Steffi Graf − cujo irmão,
Klaus Graf, seria presença constante nos grids da Supercup na década
de 2000.
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SPEED REPORT
c ol u n a
G i ga nte p e l a
p ró p r i a na t u rez a
Luc Monteiro
Jornalista e narrador da Porsche GT3 Cup e
jornalista e GT Brasil.
Além de jornalista e narrador de corridas, muitos sabem, faço parte
de uma dupla sertaneja. Luc & Juli, eu e minha esposa, é assim que
nos anunciamos, para aproveitar os apelidos pelos quais já somos
conhecidos cá na cidade Cascavel. E a cada chamado para um
simples acústico ao estilo voz & violão na noite daqui, vemo-nos
à beira da loucura com tudo que tem de ser providenciado para
aquelas três horas de música ao vivo.
A ideia não é aproveitar o espaço para promover nosso trabalho
artístico, embora já o tenha feito. Apenas tomo um caso cotidiano
como parâmetro para ilustrar a magnitude do desafio logístico
e burocrático vencido pela organização da Porsche GT3 Cup
Challenge Brasil para para levar toda sua estrutura ao outro lado
do Atlântico, trazê-la de volta para uma segunda aparição em solo
argentino, conduzi-la de volta ao Brasil à etapa Velopark e, por fim,
de volta à São Paulo diretamente à próxima etapa em Interlagos.
A comparação é ilógica. Se vemo-nos às voltas com a carga
de três violões, dois microfones, baterias reservas e as listas
impressas com as músicas, que dizer do transporte de mais de 40
carros, centenas de jogos de pneus e toneladas de equipamento
adicional? Se apanhar dois músicos em casa antes de tocarmos dá
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tanto trabalho, como definir a providência de viagem, traslado e
acomodação a quase duas centenas de profissionais?
O desafio para ter estado em Portugal e na Argentina transcende o
que cito nestas linhas mal traçadas. O Porsche GT3 Cup Challenge
tem o privilégio único no automobilismo nacional de abrir a
temporada com corridas em três países – o terceiro, óbvio, será o
Brasil –, tudo sob um padrão de excelência que, no caso de ora, não
configura só um termo bonito para preencher portfólios. É fato
que tenho testemunhado boquiaberto há três anos.
Abrindo seu sétimo campeonato, a categoria brasileira já
protagonizou uma série de façanhas suficientes para colocá-la
em posição de destaque na história do automobilismo em vários
quesitos. Surpreende-me ainda haver margem para o evento
crescer internamente. É uma história de sucesso, agora contada
também aqui nas páginas da Speed Report (outra grande sacada!)
e que, por que não?, ainda pode virar música!
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SPEED REPORT
p a t ro c i n a do re s
USA E RECOMENDA
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ex p e d ie n t e
Ed i ç ã o
L u i z A l b ert o Pa n d i n i
Re d a ç ã o
L e t ra N ov a Comu n ic ação
P ro j e t o G r á f ic o e Ed ição d e Art e
T h o m a z P hel i pp e d e F igu ei re do
Fo t o g ra f i a
P o r s c h e P re s s, J o rg e Sá, JV P hot o Ra c i n g e J o sé L o n g hi
Col a b o ra ra m n e s t a e d ição
A n d re i S p i n a s s ei e J u l ia n a Ta s s i
J o r n a l i s t a R e s p o n s áv el
Lu i z A l b e r t o P a n d i n i - MTB 22.5 60
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SPEED REPORT
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