22 de Março.pmd - Diocese de Beja

Transcrição

22 de Março.pmd - Diocese de Beja
22 de Março de 2012
22
Março
2012
SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
Diretor: ALBERTO GERALDES BATISTA
Ano LXXXIV – N.º 4148
Autorizado pelos C.T.T.
a circular em invólucro
de plástico fechado.
Autorização
N.º D.E.
DE00192009SNC/GSCCS
Nota Semanal
O silêncio na comunicação
PUBLICAÇÕES
PERIÓDICAS
2350-999 TORRES NOVAS
TAXA PAGA
Preço 0,50 € c/ IVA
D. Manuel
Franco Falcão
Missa do 30.º dia
António Vitalino, Bispo de Beja
Na Quaresma o Papa com os seus
colaboradores na Cúria romana, os
bispos, o clero, os movimentos e
serviços da Igreja costumam fazer
uns dias de retiro, de reflexão e
oração em silêncio, em lugares
recolhidos. Vivemos num mundo
de grande ruído, palavreado, conversas fiadas, entretenimentos para
passar o tempo, discussões em
família, na rua, no trabalho, nos
areópagos da politica, nos mercados financeiros e económicos,
nos meios de comunicação, etc, etc.
Precisamos todos de silêncio, para
mantermos a saúde física, mental e
espiritual. Muitos esquecem-se de
que a comunicação começa pela
escuta, pela atenção, pela admiração, pela contemplação. Até
mesmo a oração é, em primeiro
lugar, escuta em silêncio. Por isso
vou tentar nesta breve nota realçar
o valor desta faceta na comunicação na relação dos homens
entre si e com Deus, no caso dos
que teem fé.
1. Aprendizes da escuta
Ninguém nasce ensinado. Todos
precisamos de aprender. Mas parece que alguns sabem tudo ou
presumem saber. Por isso muitas
vezes se enganam. A atenção, o
estudo, a humildade são fundamentais para a comunicação e para
a aprendizagem da vida e de qualquer profissão. Mesmo os políticos,
pessoas adultas, poderiam exercitar
mais estas virtudes. No confronto
com a complexidade dos problemas
ficar-lhes-ia bem reconhecer que se
enganaram quando na propaganda
eleitoral criticaram os outros e
prometeram mundos e fundos. O
povo perdeu a confiança nos líderes políticos, porque muitas
vezes se contradizem e nunca o
querem admitir. A pedagogia do
filósofo Sócrates continua a ser
uma grande escola. A maiêutica ou
arte de ajudar a nascer a verdade
nos discípulos, envolvendo-os na
busca, com perguntas de parte a
parte, silêncios de escuta também,
é um método de grande importância
para a comunicação e para o
entendimento entre as pessoas.
Esta atitude é também recomendada
em momentos importantes da revelação bíblica, quando os patriarcas
e os profetas dizem ao povo para
escutar o que Deus lhes quer dizer,
também relembrando toda a sua
história. Aplicável também na
missão da Igreja, como podemos
constatar pelas narrativas evangélicas. Jesus respondia muitas
vezes aos seus interlocutores com
uma nova pergunta e, caso a resposta fosse sincera, rematava que
responderam bem e não estavam
longe do seu reino (cf Mc 12, 34).
Quando as perguntas eram apenas
ciladas e não desejo de saber a
verdade, Jesus, muitas vezes,
respondia com o silêncio ou então
com um dilema, para fazer pensar.
2. A oração no silêncio
Como referi na última nota, em
momentos importantes e decisivos
da sua vida Jesus recolhia-se e
rezava, para que conhecesse a
vontade do Pai, se conformasse
com ela e a pusesse em prática.
Além da oração no jardim das
oliveiras, antes de ser preso, muitas
vezes Jesus retira-se para um lugar
ermo ou para um monte alto, onde
permanece em oração durante a
noite. A oração antes da escolha dos
discípulos, a oração sacerdotal, a
transfiguração, o elevar dos olhos
ao céu ou a invocação do Pai antes
dos milagres são disso testemunho.
E quando a pedido dos discípulos
lhes ensina o Pai Nosso, ele recomenda para não usarem muitas
palavras como os pagãos, mas para
se retirarem no silêncio do seu
quarto, a sós e aí invocarem a Deus,
sem repetições de palavras (cf Mt
6, 5 ss). O cobrador de impostos
que, ao fundo do templo, apenas
dizia: ó Deus, tem piedade de mim
que sou pecador (Lc 18, 13), e por
isso voltou justificado para sua
casa, ao contrario do fariseu que,
altivo, apenas se auto elogiava,
julgando-se melhor que os outros
e saiu do templo mais pecador
ainda.
A mensagem de Bento XVI para o
dia mundial das comunicações
deste ano, que ocorre sempre na
festa da Ascensão, tem precisamente por tema a palavra e o
silêncio, afirmando que a verdadeira comunicação precisa do
silêncio, da escuta, da contemplação. Este mesmo tema desenvolveu
na audiência semanal das quartas
feiras, no dia 7 de Março. Vale a
pena ler estes dois textos e perguntar-nos como é a nossa comunicação uns com os outros e, na
oração, com Deus. A verdade e o
amor não precisam de muitas palavras, mas de simplicidade, transparência e coerência. Se isto se
aplicasse nas relações entre os
homens e nos tribunais, depressa
a verdade viria ao de cima, a justiça
seria mais célere e dispensar-se-ia
a multidão de testemunhas, de
palavreado e de papeis. Mas andamos longe das recomendações
evangélicas e do Reino de Jesus
Cristo.
Na Quaresma temos oportunidade
de renascer, de nos convertermos
à autenticidade e simplicidade, num
frente a frente com a verdade do
nosso ser.
O Bispo e a Diocese de
Beja convocam todos os
cristãos, amigos e admiradores do Senhor D. Manuel Franco Falcão para
uma Missa de sufrágio e
acção de graças, hoje, 22
de Março, às 19h15, na Sé
de Beja, no 30.º dia do seu
falecimento.
† António Vitalino, Bispo de Beja
Nova
linguagem,
nova maneira
de comunicar
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Carta-aberta a
quem se
afastou da
Igreja...
católica
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Quaresma:
viver de outro modo
“O itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar
o Mistério da Cruz, é “fazer-se conformes com a morte de Cristo”
(Fl 3,10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida:
deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São
Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa
existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso
egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo.
O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a
nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a
Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com
decisão para Cristo.”
Papa Bento XVI
De 23 a 26 de Março
Papa Bento
XVI visita o
México e Cuba
Página 4
Dia 25 de Março
Procissão dos
Passos, em
Beja
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RELIGIÃO
2 – Notícias de Beja
22 de Março de 2012
À laia de testamento espiritual (9)
V Domingo da
Quaresma
A Igreja e a sua missão
doxos e dos Protestantes.
Da Igreja fazem parte: de facto, os
baptizados que se mantêm fiéis às
verdades e às práticas por ela
ensinadas; e de direito, os que
desconhecem a revelação de Jesus
Cristo ou a não aceitam integralmente. Por isso ela se empenha na
formação cristã dos baptizados e
na evangelização dos que não
tiveram a dita de conhecer revelação cristã ou andam afastados dela.
Para muitos, a Igreja reduz-se a
uma organização humana destinada a difundir o ideal cristão.
Para nós cristãos, é muito mais que
isso, é mais um mistério, cujo
significado importa ter sempre
presente.
O mistério da Igreja
A Igreja é a comunidade dos fiéis
cristãos fundada por Jesus Cristo,
cuja unidade e missão confiou aos
Apóstolos com S. Pedro à frente, e
hoje aos seus sucessores, os
Bispos com o Papa (a Hierarquia).
Além desta dimensão visível, Jesus
Cristo assegurou-lhe a sua presença mística e com o Pai sobre ela
infundiu o Espírito Santo. Tudo em
ordem à salvação e santificação da
humanidade.
Dizemos, assim que a Igreja é:
“Povo de Deus”, “Corpo Místico
de Cristo”, “Templo do Espírito
Santo”. O Credo acrescenta-se que
ela é “una”, “santa”, “católica” e
“apostólica”. Desta forma, ela é um
mistério (ou como também se diz, é
“sacramento” ou sinal eficaz e
sobrenatural) da sua presença, da
sua missão e também da sua unidade, infelizmente quebrada ao
longo dos séculos pelas heresias
e pelos cismas, e hoje nomeadamente pela separação dos Orto-
Missão da Igreja
É missão da Igreja: levar, com a
garantia do seu Magistério, as
verdades reveladas a todos os
homens, pela evangelização, missionação e catequese; santificá-los
pelo cumprimento dos mandamentos da Lei de Deus, pelo
exercício das virtudes cristãs e
pelos sacramentos; levá-los a
prestar o culto devido a Deus pela
participação na liturgia e pelas
várias formas de oração.
No exercício da missão da Igreja,
além dos membros da Hierarquia,
são chamados os leigos, consagrados ou não, cada um à sua
maneira e conforme os dons ou
carismas do Espírito Santo. Aos
leigos a viver no mundo, está
particularmente confiada a promoção da justiça, da fraternidade e da
paz entre os homens, os povos e
no seio das famílias.
Celebração do mistério cristão
É sobretudo na liturgia que a Igreja
celebra os mistérios em que acreditamos como fiéis cristãos. Para além do
que nos é dado ver, na liturgia actuam
misteriosamente Nosso Senhor Jesus
Cristo e o Espírito Santo.
São principais práticas litúrgicas,
a Missa, os Sacramentos e o Ofício
Divino, bem como os sacramentais
(as exéquias, as bênçãos de pessoa
e objectos, e ainda os exorcismos).
A Missa dos domingos e de certas
festas mais solenes é de obrigação
para os fiéis, destinando-se a
celebrar os mistérios da fé cristã,
ouvindo a palavra de Deus e aprofundando a sua mútua fraternidade.
Os sacramentos, instituídos por
Jesus Cristo, são “sinais” eficazes
da graça de Deus. Jesus optou por
sinais bastantes comuns para
significarem as graças que conferem. São sete:
Sacramentos da iniciação cristã:
1) Baptismo (a água evoca a morte,
a purificação e a vida); 2) Confirmação ou Crisma (a unção evoca a
penetração do Espírito Santo com
a sua força); 3) Eucaristia (pão e
vinho transformado no Copo e
Sangue de Cristo, tornados presentes como memorial do Sacrifício
da Cruz, sinal de unidade e presença
amiga).
Sacramentos de cura: 4) Penitência
ou Reconciliação (com a confissão
e absolvição dos pecados); 5
Unção dos Doentes (a unção como
tratamento e fortalecimento).
Sacramentos ao serviço da comunhão: 6) Ordem, nos três graus:
episcopal, sacerdotal e diaconal (a
imposição das mãos evoca a penetração do Espírito Divino); 7)
Matrimónio (o Sim da entrega mútua
evoca a união entre Cristo e a sua
Igreja).
O Ofício divino destina-se a
santificar as horas do dia (que à
maneira antiga eram sete). É uma
oração baseada sobretudo nos
Salmos e em leituras da Sagrada
Escritura e dos Santos. Celebramno os sacerdotes e religiosos, em
nome de toda a Igreja. Os restantes
fiéis são convidados a celebrar pelo
menos as “horas” de Laudes e
Vésperas.
+ Manuel Franco Falcão,
Texto escrito em Dezembro de 2011
Textos pastorais de D. Manuel Falcão
em nome de Jesus. Sabemos, no
entanto, que os Apóstolos, quanto
a este ponto, consideram justo
obedecerem antes a Deus do que
aos homens” (cf. Cat. Trad., 10).
Este dinamismo pastoral deve ter
em conta praticamente tanto a
animação das comunidades praticantes como a evangelização das
massas afastadas da Igreja.
Animação das
comunidades praticantes
É urgente que o grupo dos praticantes, chamado a ser fermento que
levede a massa, “persevere no
ensino dos Apóstolos, na união
fraterna, na fracção do pão e nas
orações” (Act 2,42), a fim de
crescer na fé e de ser um sinal de
salvação perceptível pelas populações não praticantes. Este objectivo exige:
- O estudo e aprofundamento da
fé, através das várias formas de
25 de Março de 2012
I Leitura
catequese, sem esquecer que,
mesmo para os fiéis iniciados, há
sempre lugar para a evangelização;
- O confronto da vida pessoal com
os critérios da fé e as exigências da
moral evangélica;
- A iniciação na oração, tanto
pessoal como Litúrgica, tendo
como modelo as orações da Bíblia,
e em especial as de Cristo;
- A redescoberta da pertença à
Igreja, com o consequente compromisso de testemunho, serviço
e apostolado;
- A animação exemplar das celebrações litúrgicas, especialmente da
liturgia dominical e sacramental,
bem como a das formas populares
de exprimir a fé e vida cristã;
- A promoção do compromisso temporal dos leigos, através dos quais
se asseguram a iluminação e influência evangélicas sobre os problemas
dos homens e da sociedade.
(Do Plano de Ação Pastoral
para 1981-86)
Jer 31, 3-34
A primeira leitura dos domingos da Quaresma continua a pôr diante de
nós alguns passos significativos da história da Aliança que Deus fez com
o seu povo, e à qual Ele sempre Se mantém fiel, embora o povo o não seja.
Hoje, o Domingo dos Profetas, esta Aliança é apresentada como alguma
coisa para além de todos os sinais exteriores. É uma Aliança gravada no
coração do homem, a quem Deus perdoa e chama à comunhão de vida
consigo próprio. Esta Aliança encontrará o seu momento culminante em
Jesus Cristo e na sua Páscoa, para a qual nos encaminhamos.
Leitura do Livro de Jeremias
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e
com a casa de Judá uma aliança nova. Não será como a aliança que
firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da
terra do Egipto, aliança que eles violaram, embora Eu tivesse domínio
sobre eles, diz o Senhor. Esta é a aliança que estabelecerei com a casa
de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei-de imprimir a minha lei no
íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e
eles serão o meu povo. Já não terão de se instruir uns aos outros, nem
de dizer cada um a seu irmão: «Aprendei a conhecer o Senhor». Todos
eles Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, diz o Senhor.
Porque vou perdoar os seus pecados e não mais recordarei as suas
faltas.
Salmo Responsarial
Salmo 50 (51)
Refrão: Dai-me, Senhor, um coração puro.
II Leitura
Hebr 5, 7-9
O preço da Nova Aliança foi o sangue derramado por Cristo na Cruz.
Para que os homens pudessem alcançar e conservar a vida eterna,
Cristo aceitou perder a vida corporal, que, à nossa semelhança, quis
viver na terra. Foi assim que Ele entrou na sua glória. Esta passagem
do Evangelho é excepcionalmente rica, e abre à compreensão de
todo o mistério da Paixão.
Leitura da Epístola aos Hebreus
Nos dias da sua vida mortal, Cristo dirigiu preces e súplicas, com
grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi
atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a
obediência no sofrimento e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se
para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
Palavra do Senhor.
Evangelho
Igreja Mãe e Modelo (3)
A desejada acção pastoral “repercutir-se-á nas comunidades paroquiais e outras, para a quais a
Igreja primitiva, descrita nos Actos
dos Apóstolos, brilhará como
irreversível modelo a imitar” (C. P.,
p.6) “Os da primitiva comunidade
cristã aparecem aí “perseverantes
no ensino dsos Apóstolos, na
união, na fracção do pão e nas
orações (Act 2,42). Encontra-se
aqui, sem dúvida alguma, a imagem
permanente duma Igreja que,
graças ao ensino dos Apóstolos,
nasce e se alimenta continuamente
da Palavra do Senhor, a celebra no
sacrifício Eucar´stico e dela dá
testemunho ao mundo sob signo
da caridade. Quando os adversários começaram a ter como
suspeita a actividade dos Apóstolos, foi precisamente porque
estavam “indignados por eles
estarem a ensinar o povo”. E a
ordem que então Jesus lhes dera
foi de não continuarem a ensinar
Ano B
Jo 12, 20-33
O preço da Nova Aliança foi o sangue derramado por Cristo na Cruz. Para
que os homens pudessem alcançar e conservar a vida eterna, Cristo aceitou
perder a vida corporal, que à nosa semelhança, quis viver viver na terra. Foi
assim que Ele entrou na sua glória. Esta passagem do Evangelho é
excepcionalmente rica, e abre à compreensão de todo o mistério da Paixão.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém para
adorar nos dias da festa, foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia,
e fizeram-lhe este pedido: «Senhor, nós queríamos ver Jesus». Filipe
foi dizê-lo a André; e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus
respondeu-lhes: «Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser
glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo,
lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste
mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir,
que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se
alguém Me servir, meu Pai o honrará. Agora a minha alma está
perturbada. E que hei-de dizer? Pai, salva-Me desta hora? Mas por
causa disto é que Eu cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome».
Veio então do Céu uma voz que dizia: «Já O glorifiquei e tornarei a
glorificá-l’O». A multidão que estava presente e ouvira dizia ter sido
um trovão. Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou». Disse
Jesus: «Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir; foi por
vossa causa. Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado. Chegou
a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo. E quando Eu for
elevado da terra, atrairei todos a Mim». Falava deste modo, para indicar
de que morte ia morrer.
OPINIÃO
22 de Março de 2012
Notícias de Beja – 3
Nova linguagem, nova maneira de comunicar
O primeiro decreto conciliar a ser
promulgado, juntamente com a
Constituição da Liturgia, foi sobre
os meios de comunicação social,
conhecido por “Inter mirifica”,
dadas as palavras de abertura, que
colocam a comunicação social
“Entre os maravilhosas invenções
da técnica…”
Muitos dos padres conciliares não
estavam preparados para discutir
este tema, ainda bastante alheio ao
seu dia a dia. O debate, feito antes
da Constituição sobre a Igreja,
tinha de ser pobre de horizontes.
Demorou apenas quatro dias, e a
votação final foi muito variada:
apenas 2131 votantes: 1960 que
aprovaram, 164 a quem não agradava, e 7 votos nulos. A votação
foi considerada precipitada e o
tema pouco amadurecido. O decreto, porém, deu ocasião a desenvolvimentos posteriores de muito
valor. Pouco depois foi enriquecido
pela Instrução Pastoral “Comunhão
e Progresso”, publicada em maio de
1971, a mandato do Concílio e com
a aprovação de Paulo VI. Até hoje,
outros documentos se publicaram
sobre as novas tecnologias e suas
possibilidades
pastorais.
Nos serviços centrais da Igreja não
se partia do zero. A Rádio Vaticana,
criada por Pio XI em 1931, emite hoje
em 45 idiomas. O “Osservatore
Romano” vem de 1861. Hoje publica-se em muitas línguas e também em português numa edição
semanal. Roma e os seus serviços
sabiam da importância dos meios
de comunicação social. Noutros
países a Igreja tinha já rádios e
jornais, sobretudo a nível diocesano e nacional. João XXIII
conhecia o valor destes meios para
a evangelização dos povos e para
levar o pensamento cristão, sobre
os problemas sociais, até onde
fosse possível. A sua insistência
para que este tema fosse refletido
no Concílio, parecendo fora do
contexto habitual dos concílios
ecuménicos, teve, pois, muito
sentido. O que então parecia uma
aventura, hoje é um novo mundo,
no qual abundam mais os meios
disponíveis do que a capacidade
de os rentabilizar pastoralmente.
No campo cinematográfico, já antes
do Concílio havia experiências
curiosas, relacionadas com as salas
paroquiais. Muitas centenas na
Itália já na década de 50. Constituíam um estímulo à produção de
bons filmes, pois, de outro modo,
não passariam nas salas das paróquias, o que significava um forte
prejuízo para as empresas produtoras. Recordemos que um homem da Igreja, hoje beatificado, o
Padre Alberione, fundou uma congregação, os Paulistas, assim se
chamavam, toda dedicada à comunicação social. Em Portugal houve
tentativas de cinemas paroquiais,
não para influenciar a produção,
como é lógico, mas, principalmente,
para proporcionar um ambiente de
visionamento sadio às famílias.
O decreto conciliar, depois de uma
introdução motivadora, realça a
importância dos meios de comunicação social, para logo a seguir,
em dois capítulos longos, numa
linguagem ainda mais romana que
conciliar, apresentar normas para o
seu uso. De realçar a importância
da opinião pública, a correta informação dos fiéis em ordem a um uso
enriquecedor e a formação dos
agentes para que o que fazem
respeite as pessoas e seja um
contributo válido para o bem
comum. O segundo capítulo orienta
no sentido do contributo destes
meios no campo pastoral e apostólico, na necessidade de produções tecnicamente bem feitas e
válidas para o efeito pretendido. A
Instrução Pastoral “Comunhão e
Progresso” alarga os horizontes e
é um documento que ainda hoje se
lê com proveito.
O facto de o Concílio se ter debruçado sobre este tema, ainda que
com limitações explicáveis, dá
ensejo a sublinhar não apenas a
importância destes meios, agora
mais evidente, mas também o valor
da linguagem na missão da Igreja,
entendida no sentido mais amplo
do termo. Insiste-se hoje, num
mundo em que as novas gerações,
e não só, dão maior apreço à
imagem apresentada do que à
palavra proferida, na necessidade
de encontrar formas de comunicação, que o sejam de facto. A
palavra e a escrita nunca perdem o
seu valor, mas é às pessoas que tem
de se atender. Toda a comunicação
que perde do seu horizonte os
recetores e a cultura emergente
arrisca-se a ser trabalho em vão.
Será bom que os jornais de entidades ligadas à Igreja, não excluindo as pequenas folhas que por
aí se distribuem aos domingos,
vejam se são veículos de comunicação ou maneira de desfear o
rosto da Igreja, pelo dizem e pelo
modo como o dizem. Não obstante
o muito que de bom se faz, há
sempre campo para rever e
melhorar.
António Marcelino
Bispo emérito de Aveiro
Pouco trigo e muito
joio no campo de
todos nós
Hoje, de tudo se faz notícia. Factos
reais leem-se com olhos vesgos.
Orquestra-se um bombardeamento
contra pessoas que cometem erros
comuns a todos nós. A rua enchese com protestos telecomandados,
onde sobressai o farisaísmo de
quem comanda, mas recolhe a mão
e esconde o rosto. Há meios de
comunicação social que obedecem
a interesses de lóbis, e estão
pejados de gente superficial e
incompetente, a quem é mais fácil
dobrar a cerviz do que cultivar-se,
pensar, avaliar e comunicar.
O paradigma nacional é o futebol,
onde, cada vez mais, vale tudo, no
campo, nos estúdios e nas redações.
Os políticos são o bombo da festa.
Parece que ser político é crime julgado na praça pública, pelo que se
faz e não se faz, pelo que se diz e não
se diz. Alguns, é verdade, são gente
ambiciosa e de memória curta. Estão
na política como gaiatos ambiciosos
e quezilentos. Mas há gente muito
séria, competente e indispensável.
Não falta, porém, neste país, quem
se arvore em juiz sem apelo, olhando
apenas na direção dos outros e
assestando sobre eles o ponto mira
das suas armas: o microfone, a caneta
e a língua viperina. Só eles e os seus
são sempre os mais honestos e
válidos.
Portugal está pobre, sobretudo por
uma crise de pessoas. Assim, é
inevitável o jogo sujo que permite
semear joio e nada, neste campo de
todos nós.
A. M.
Carta-aberta a quem se afastou da Igreja... católica
A estes gostaríamos de desafiar a
saírem dos seus preconceitos –
mais ou menos fundados ou (in)conscientes – para fazerem parte do
caminho de fé com os outros... que
hão-de descobrir como irmãos/
irmãs em Cristo.
A quem quer tu que sejas, aceita
que, nesta proximidade à celebração
anual da Páscoa, te possa apresentar algumas das razões para que
possas voltar ao seio da Igreja tua
Mãe (e não mera madrasta), sem
lições nem reprimendas... mas com
esperança e espírito de caridade.
- Cristo sim, Igreja não!
Muitas vezes e de variadas formas
escutamos esta frase: nalguns
casos de formas clara, noutros de
modo implícito... por muitas pessoas que, não tendo prática religiosa habitual – serão talvez
‘católicos intermitentes’ – terão, no
entanto, algum conhecimento e/ou
vivência mais ou menos cristã... de
circunstância.
- Não me interessa misturar-me
com essa gente!
Numa espécie de desdém há quem
considere, por vezes, que os que
andam pela igreja não são melhores
do que os nem lá vão. Para isso
apontam certos defeitos – nalguns
casos com razão, noutras situações
como desculpa – aos (ditos) praticantes, numa espécie cruzada de
exigência de (quase) santidade.
Por muitas e sinceras razões que
possais ter, talvez vos seja melhor
sair desse conforto crítico e misturar-vos com os demais, apreciando também as qualidades, os
dons e os carismas... deles e delas,
pois ninguém tem tanto de bom que
não possa aprender nada nem terá
tanto de mau que não possa partilhar alguma coisa. Afinal, somos
uma santa Igreja de pecadores!
- Eu cá tenho a minha fé!
Outra frase bastante habitual é esta
que reduz a fé a uma expressão
individual, talvez egoísta e, por
vezes, meramente intimista. Numa
tentativa de compreendermos
quem assim se exprime, parece-nos
que lhe faltará um mínimo de dimensão comunitária e/ou social...
Ora, se tivermos em conta, que o
ser cristão tem por essência a
vivência comunitária da fé em
Jesus Cristo, assumida de forma
pessoal e com implicações com os
outros membros da Igreja, seja qual
o âmbito da sua expressão: de
grupo, em paróquia, como diocese
e em dimensão universal (católica),
diremos que uma tal fé individual
está condenada ao fracasso.
A quem possa viver como se a sua
fé fosse individual deixamos um
pequeno exemplo: que diríamos de
alguém, que diz gostar, por exemplo, de futebol, mas só vai ver o
jogo – se ele pudesse existir! –
sózinho, sem ninguém no estádio...
e, assim, alimentaria a sua mística e
do seu clube! Talvez se possa
considerar um tanto ridículo um
comportamento deste jeito. E na fé
não será idêntica a classificação?
Por isso, se tens a tua fé não a
podes viver nem alimentar sozinho
e, muito menos, sem os outros ou à
sua rebelia! Tenta ultrapassar as
feridas que te fizeram e vem ajudar
a construir a Igreja... sinceramente!
- São todos iguais, andam todos ao
mesmo!
Numa avaliação (ou talvez seja
juízo!) dos outros há quem considere que, os que andam na e pela
igreja, querem é protagonismo e
isso será como que uma forma de
aparecer e de achar-se importante...
sobretudo na terras mais pequenas,
seja em dimensão física e de território, seja até na mentalidade.
É possível – muito mais do que seria
desejável – que se possam verificar
tais pretensões, entre os participantes nas coisas da Igreja. Isso
pode ser resultado da falta de um
processo evangelizador coerente e
consequente, mas, se tal existir,
todos se sentirão irmãos e, por isso,
servidores dos outros e não em
busca dos seus interesses.
A ti, que sentes tais melindres e
tens uma leitura exigente para com
os outros, deixo-te um convite: vem
participar com os teus dons e
qualidades, ajudando a purificar as
intenções dos outros e também as
tuas pelo compromisso com a
Verdade. Tenta colocar o dom da
exigência ao serviço da caridade e
todos poderemos viver mais em
conformidade com o Evangelho de
Jesus, que espero que conheças,
leias e medites... neste caminho para
a Páscoa... cristã e não meramente
sociológica.
Sem lições quisemos deixar breves
sugestões para quantos/as que
possam ter deixado – por estas ou
outras ‘razões’ – de participar na
Igreja – comunidade e templo – na
expetativa de que, nesta Páscoa,
possamos celebrar Jesus Ressuscitado em maior comunhão e paz.
Notas
- Neste texto referimos situações
reais com pessoas fitícias e pessoas
reais em casos fitícios;
- Na proximidade à celebração da
Páscoa voltaremos a abordar outras
perspetivas – acusatórias e não só!
– de quem se possa ter afastado da
Igreja...
António Sílvio Couto
ATUALIDADE
4 – Notícias de Beja
22 de Março de 2012
De 23 a 29 de Março
Papa Bento XVI no México e em Cuba
Bento XVI vai percorrer o equivalente a meia volta ao mundo e
proferir 10 intervenções na visita
ao México e Cuba que decorre de
23 a 29 de março, segundo os
últimos dados divulgados pela
Santa Sé, existem no México mais
de 99 milhões de católicos (91,89
por cento da população), cerca de
8,2, por cento do total de batizados
em todo o mundo (1196). Em Cuba,
os católicos são 6,7 milhões, 60,19
por cento da população da ilha.
A “visita de cortesia” ao presidente
de Cuba, Raul Castro, e a missa na
Praça da Revolução, em Havana,
capital do país, constituem alguns
dos pontos da agenda do Papa,
que parte de Roma às 09h30 do dia
23, sexta-feira, para uma viagem de
10 mil km em direção ao México.
A cerimónia de boas-vindas, prevista para as 16h30 no aeroporto
de Guanajuato, capital do estado
com o mesmo nome, vai ser marcada
pela primeira das dez intervenções
papais, entre discursos, homilias e
saudações.
A terceira viagem de Bento XVI ao
continente americano, depois do
Brasil (2007) e Estados Unidos da
América (2008), continua no sábado
com a celebração da missa, em
privado, na capela do Colégio
Miraflores.
A estadia em Guanajuato, 350 km a
noroeste da Cidade do México,
prossegue às 18h00 com a visita ao
presidente mexicano, Felipe Calderón, e pelas 18h45 o Papa dirige
uma saudação as crianças reunidas
na Praça da Paz.
A agenda de domingo começa às
10h00 com a missa no Parque do
Bicentenário, em Léon, 60 km a leste
de Guanajuato, seguindo-se a
oração do Angelus, celebrações em
XVI, que às 10h30 parte do aeroporto local rumo a Havana, num
voo de 750 km.
A aterragem na capital está prevista
para as 12h00 e quando forem 17h30
o Papa visita Raul Castro no Palácio
da Revolução, antes de jantar com
os bispos de Cuba na Nunciatura
Apostólica (embaixada da Santa Sé),
pelas 19h15.
A Praça da Revolução, em Havana,
recebe às 09h00 de quarta-feira a
última missa e homilia do Papa, que
às 16h30 se despede de Cuba com
um discurso no aeroporto de
Havana, meia hora antes de partir
para Roma, onde deve chegar às
10h15 de quinta-feira, 29 de março,
22 mil km após o início da viagem.
que Bento XVI intervirá com uma
homilia e uma breve palavra.
O Papa encontra-se às 18h00 com
os bispos do México e da América
Latina na Catedral da Mãe Santíssima da Luz, também em León,
onde profere um discurso e recita
as Vésperas, oração litúrgica do
final da tarde, terminando desta
forma o quinto domingo da Quaresma, duas semanas antes da Páscoa.
O último discurso de Bento XVI em
solo mexicano está planeado para
a cerimónia de despedida, às 09h00
de segunda-feira, dia 26, no aeroporto de Guanajuato, e meia hora
depois o Papa inicia o trajeto para
Santiago de Cuba, 2600 km para
leste.
A cerimónia de boas-vindas no
aeroporto local, onde o Papa vai
discursar perante o presidente Raul
Castro e a Conferência Episcopal
Cubana, está programada para as
14h00.
O primeiro dia em Cuba encerra com
a missa, e respetiva homilia, na
Praça Antonio Maceo, por ocasião
dos 400 anos da descoberta da
imagem da Virgem da Caridade,
padroeira de Cuba.
A visita ao Santuário da Nossa
Senhora da Caridade, em Santiago
de Cuba, pelas 09h30, marca o início
de terça-feira, dia em que não se
preveem intervenções de Bento
México
O porta-voz do Vaticano, padre
Frederico Lombardi, explicou aos
jornalistas que o Papa não irá
deslocar-se à Cidade do México (e
o Santuário de Guadalupe), capital
do país, por causa da “altitude”
(cerca de 2400 metros), optando
pelo Estado de Guanajuato, na
região central.
É nesta localidade que se situa a
Diocese de León, que será a casa
de Bento XVI em solo mexicano,
fundada pelo Papa Pio IX em Janeiro
de 1863.
20 mil jovens voluntários vão
acompanhar os peregrinos que
queiram ver o Papa na Praça da Paz,
no centro de Guanajuato, onde
Bento XVI vai visitar a Casa del
Conde Rul (século XVIII) por
ocasião do encontro com o presidente da República Mexicana.
A celebração central vai decorrer no
Parque Guanajjuato Bicentenário,
espaço comemorativo dos 200 anos
da independência do México que se
Nesta Quaresma, Senhor!
“Se a vossa justiça não superar a
dos doutores da Lei, e dos fariseus,
não entrareis no Reino dos Céus”.
No contexto social em que vivemos
podemos interpretar assim esta
perícopa do Evangelho: Se a vossa
justiça não superar a dos hipócritas
e dos corruptos, não entrareis...
Devo incluir-me no grupo dos
“injustos do Reino” sempre que
prefira o silêncio, à denúncia.
- Como me julgarás, Senhor, sempre
que, sabendo que há idosos excluídos da sociedade, rotulados de
senis (ou portadores de Alzeihmer,
para que, falando verdade, ninguém
os acredite), sem possibilidade de
esperança, de serem ouvidos num
pedido de ajuda, maltratados por
funcionários pagos pelos nossos
impostos, que para não perderem
empregos, cumprem ordens desu-
manas, emanadas por pessoas
doentes, que abusam dum poder
que usurparam.... como me julgarás,
se eu, sabendo-o o não denunciar?!
- Como me julgarás, Senhor, se eu,
que procuro a Verdade, não assumir
que fui cúmplice de erros, sempre
que, com receio de mais represálias,
sofrimento causado por mentiras
que já espalharam contra mim, como
quando me acusaram de atos que
não pratiquei, palavras que não
proferi, pensamentos que nunca
formulei, me remeti ao silêncio?
Como me julgarás pelas minhas
cobardes defesas?
- Como me julgarás, Senhor, por eu,
a quem Tu deste a capacidade de
pensar, não ter, em devido tempo,
usado da coragem de dizer bem
alto, que devemos desconfiar dos
vaidosos, daqueles que se sentem
frustrados, se damos atenção aos
que precisam dum olhar de ternura,
dum gesto de afeto, da compreensão profunda que nos dá um
olhar na sua direção?
- Como me julgarás, Senhor, por eu,
não ter, em defesa dos oprimidos,
sugerido atempadamente que
fossem colocadas câmaras de
video-vigilância, captando voz e
imagem, em instituições hipocritamente apresentadas como locais
onde se exerce a caridade?
- Como me julgarás, Senhor, por eu,
por um tempo ter admitido que
evitaria vinganças e represálias aos
indefesos, se os não fosse visitar?
Porque não evitei represálias que
se sucedem e repetem, aceitando a
dor que senti quando “regressei”!
Aceita a minha incapacidade de
encontrar palavras que fizessem
renascer a esperança, acendessem
a luz que falta no fim do túnel.
Aceita a sinceridade com que me
sinto e afirmo “servo inútil”, sempre
que não sou capaz de denunciar que,
como no tempo de Jesus há “sepulcros branqueados” que a nossa
cobardia continua a caiar com a
adulação, alimentando egos a empoleirados no trono do poder, oprimindo os pobres para justificar uma
coordenação de trabalho que só
desorienta e desordena.
Nesta Quaresma, Senhor, abre os
nossos olhos cegos, ilumina-nos
com a Tua Luz, orienta-nos no
caminho que nos conduz à liberdade.
M. Leonor Coelho
localize entre as cidades de Guanajuato, Silao e León, com 14 mil
metros quadrados.
O Papa vai ficar no Colégio Miraflores, pertença da congregação
das Escravas da Santíssima Eucaristia e da Mãe de Deus.
A Catedral de León, consagra em
março de 1866 e remodelada em
1902, vai acolher o encontro com
os bispos do México e da América
Latina. É uma basílica dedicada à
Mãe Santíssima da Luz.
Cuba
Bento XVI vai começar a visita a
Cuba pela cidade de Santiago,
onde se encontra o Santuário da
Virgem da Caridade do Cobre,
padroeira da ilha, cuja imagem foi
descoberta há 400 anos. A celebração comemorativa vai decorrer
na Praça António Maceo, general
cubano e líder independentista
(1845-1896).
Bento XVI vai entregar à Virgem da
Caridade a Rosa de Ouro e passará
a noite numa residência, junto ao
santuário, que vai visitar em
privado.
Na capital, Havana, o Papa fica
hospedado na Nunciatura Apostólica, onde vai receber os bispos.
A missa final vai decorrer na atual
Praça da Revolução, antiga Praça
José Martí (1853-1895), onde João
Paulo II também celebrou 1998.
Na ocasião, o Papa polaco recordou
o político, poeta e herói nacional
de Cuba, afirmando que “a doutrina
de José Martí sobre o amor entre
todos os homens tem raízes profundamente evangélicas, superando assim o falso conflito entre a
fé em Deus e o amor à Pátria”.
Papa encoraja
bispos americanos
a defender casamento
tradicional
Bento XVI encorajou, no passado
dia 9 de Março, os bispos americanos a prosseguirem a sua defesa
do casamento tradicional, entendido como sendo entre um homem e
uma mulher e orientado para a
procriação. O Papa falava com um
grupo de bispos das dioceses do
ocidente do país que se encontram
em Roma para a sua visita ad
limina, que se realiza de cinco em
cinco anos. Bento XVI agradeceu
aos bispos os esforços que têm
feito para contrariar “correntes
culturais e políticas poderosas”
que procuram legalizar o chamado
casamento homossexual.
Neste momento há oito estados na
América que reconhecem o “casamento” entre pessoas do mesmo
sexo, com outros dois em vias de o
fazer. Curiosamente, em todos os
estados em que a proposta foi
colocada em referendo o eleitorado
votou contra, incluindo na Califórnia, um caso que está agora nos
tribunais.
DIOCESE
22 de Março de 2012
In memoriam
Maria José Aparício,
um grande testemunho de vida
Quando cheguei a Beja, uma das
primeiras pessoas a ser-me apresentada pelo Cónego Aparício foi a
sua irmã Maria José. Uma pessoa
distinta que logo se prontificou a ir
comigo percorrer as ruas da nossa
cidade contando a sua história,
cultura e tradições.
Aos poucos, fomos estreitando
laços de amizade e de interajuda
pessoal e comunitária na Paróquia
de S. João Baptista. Ao longo destes
quatro anos que contactei com ela
muitos adjectivos haveria para a
caracterizar: mulher de fé, de sacrário,
de oração, uma pessoa humilde,
simples, amiga, sempre atenta,
próxima, não guardava mágoas,
perspicaz... uma mãe espiritual.
Os últimos dois anos de vida foram
muito atribulados devido à doença.
A Maria José entregou-se completamente nas mãos de Deus confiandoLhe a sua vida pois Ele era o Senhor
da vida, dizendo que se fizesse a Sua
vontade. Em momentos mais críticos
chegava mesmo a pedir nas suas
orações que queria ir para Céu, pois
lá estaria melhor. Humanamente
custava ouvir tal pedido. Nesta
última estação da sua via-sacra disse
o mesmo e eu repeli para que não
dissesse asneiras e ela logo me
questionou se era asneira querer ir
para junto de Deus. Em todas as
vezes que ia parar ao hospital
conseguia ver a missão/mensagem
que Deus tinha para ela naquele
momento. Sempre que ia ao seu
encontro a encontrava a rezar o
terço, a liturgia das horas, ou a
preparar a liturgia do domingo
seguinte. Na altura em que ainda
fazia catequese, a Maria José, mesmo
com quase cinquenta anos de catequista, era muito rigorosa na sua preparação. Fazia tudo como os mestres
ensinam, desde o começar logo no
início da semana a se preparar como
também no dia antes à noite se privava de ver televisão para melhor se
concentrar para o dia da catequese.
A Maria José não era de pieguices,
no entanto, tinha sempre um gesto
amigo, um conselho, um ensinamento e principalmente tinha o dom
de saber escutar e de nunca julgar.
Tudo guardava no seu coração.
Nada lhe ficava por dizer, mas quando
se aborrecia e algo a magoava ia até
ao sacrário e logo ficava bem. Ouvia dizer muitas vezes: “Não existem
inimigos a derrotar, mas apenas
irmãos para amar e ajudar a que se
afastem do pecado, para que possam
ser felizes”. Era uma mulher lutadora,
com uma força incrível que sabia
quem a fazia mover. Coração nobre,
sensível, que amava desinteressadamente, sempre pronta a ajudar
no silêncio e na hora certa!
Momentos de muito sofrimento se
abateram neste último mês e principalmente na última semana da sua
vida. Parece que pressentia tudo o
que se foi desenrolando. Despediuse de tudo e, sem me aperceber, deu
um lindo sorriso e um adeus, como
que a dizer-me “até sempre!” e que
estava feliz… Ao adormecer eternamente, as suas feições eram de
paz! A celebração eucarística de
corpo presente na igreja do Carmo,
no dia 14 de Março, presidida pelo
nosso bispo D. António Vitalino e
mais doze concelebrantes, apesar da
dor sentida, foi com simplicidade e
dignidade. No fim, algumas pessoas
acompanharam-na até Alvoco da
Serra, sua terra natal que tanto
amava, onde no dia seguinte, depois
da Missa presidida pelo Vigário Geral
da Diocese de Beja em nome do Sr.
Bispo e com a presença de vários
sacerdotes e muito povo de perto e
de longe, se realizou o funeral.
Um anjinho chegou ao céu, disso não
tenho dúvida! Coração apertado,
mas com a certeza que a nossa
amizade será eterna! Estou-lhe grata
por tudo o que me concedeu viver
ao seu lado, pelo seu testemunho de
fé. Nunca a esquecerei...está gravada no meu coração. O meu obrígado ao Cónego Aparicio por me
apresentar a Maria José e também à
minha Congregação pela liberdade
desta missão que me enriqueceu
como pessoa.
Irmã Cátia Aguiar, dpsf
Notícias de Beja – 5
Procissão dos Passos, em Beja
Realiza-se no próximo domingo, dia
25 de Março, a tradicional Procissão do Senhor dos Passos, organizada pela Paróquia de Santiago
Maior - Igreja da Sé.
O cortejo sai às 17 horas, percorrendo o seguinte itinerário: Largo
do Lidador (Sé), Largo Dr. Lima
Faleiro, Rua D. Manuel I, Largo dos
Prazeres; Rua Abel Viana, Praça da
República, Rua Afonso Costa (dos
Mercadores), Rua do Touro, Largo
da Conceição, Largo dos Duques
de Beja, Largo de Santa Maria
(paragem para o Sermão do Encontro), Rua Dr. Aresta Branco e
Largo do Lidador (Sé).
No Largo de Santa Maria far-se-á o
“Encontro” da Senhora das Dores
com o seu Filho onde será proferido o sermão de circunstância pelo
Rev. Padre Pedro Bravo O. Carm.
No fim da Procissão, haverá uma
missa dominical na Igreja da Sé.
Entretanto, na sexta-feira, dia 23 de
Março, pelas 18 horas inicia-se o
septenário de Nossa Senhora das
Dores. No Sábado, dia 24, após a
Missa das 18h30, efectua-se a
Procissão com a imagem de Nossa
Senhora das Dores para a igreja de
Santa Maraia, saindo, no domingo,
para o “Encontro” com seu Filho a
caminho do Calvário.
A experiência pascal de Marcos
Encontro de Formação
no Arciprestado de Moura
No passado sábado 17 de Março,
no Centro Paroquial de Moura,
reuniram-se cerca de 60 pessoas,
das paróquias confiadas aos Padres Egídio e Francisco, para um
momento de formação/reflexão
quaresmal com vista a um melhor
vivência deste tempo litúrgico forte
e para preparar a grande Festa da
Páscoa. O encontro foi orientado
pelo diácono Paulo Godinho, com
a preciosa ajuda do jovem Francisco Molho na animação musical.
O contacto com os textos bíblicos,
feitos oração pessoal e comunitária, gerou um ambiente de comunhão, complementado pelo Magistério do Papa Bento XVI. No final,
o arcipreste Padre Francisco Encarnação dirigiu palavras de alento
a todos os presentes, formulando
votos de que se repitam iniciativas
semelhantes, num espírito de partilha e comunhão entre as várias
paróquias do arciprestado de
Moura.
Esta iniciativa, bem como a que se
realizou em Novembro em Vila
Verde de Ficalho, orientado pelo
Padre João Paulo Quelhas, Reitor
do nosso Seminário, brotou da
planificação conjunta do presbitério deste arciprestado para o
corrente ano pastoral.
Pe. Francisco Encarnação
Festa de Nossa Senhora das Dores em Aljustrel
A Festa em Honra de Nossa Senhora
das Dores, aconteceu mais um ano
em Aljustrel, de 14 a 18 de março de
2012. O Tríduo Preparatório teve
início no dia 14 de Março, à noite,
com a pregação do tema “Maria,
Mulher da Palavra” a cargo do
Pároco, Pe Paulo do Carmo, que
presidiu também à Eucaristia, concelebrada pelo Pe Manuel Alves, que
tinha sob a sua responsabilidade o
canto. Quinta-feira, coube ao anterior Pároco de Aljustrel, Pe Abílio
Raposo pregar o tema, “Maria, Mãe
do Santíssimo Sacramento”. Para
encerrar o Tríduo, o Padre Manuel
Alves, pregou sobre as “Sete Dores
de Nossa Senhora”.
No sábado, à noite, a igreja Matriz,
encheu-se de Aljustrelenses e forasteiros, para assistir ao Concerto de
Apresentação do CD “Ave Mundi
Gloria” do Coro do Carmo de Beja,
com a participação do Grupo de
Metais da S.M.I.R.A. Foi um momento, muito belo e solene.
Domingo, recitou-se o Terço das
Dores de Nossa Senhora, e imediatamente a seguir foi celebrada a
Eucaristia do IV Domingo do Tempo
da Quaresma, presidida pelo Pároco.
O Coro Paroquial e as crianças da
catequese animaram os cânticos. As
leituras e o Ofertório solene, estiveram também sob a responsabilidade das crianças da catequese.
À noite, teve lugar aquele que foi
também um dos momentos altos da
Festa, a Procissão de Velas em Honra
de Nossa Senhora das Dores e do
Senhor dos Passos. Antes do início
da Procissão, o Pároco, lançou o
convite para se fazer um minuto de
silêncio pelas vítimas do acidente da
Suíça, que vitimou tantas crianças, a
maioria a estudar num colégio
católico. O sino tocou três vezes, e
as crianças da catequese, vestiramse com camisolas brancas, em
homenagem as crianças que perderam a vida. O encontro da Mãe
Dolorosa, com o seu amado Filho,
deu-se no Largo 9 de Abril, onde se
fez ouvir o belo canto da Verónica, e
pregação sermão do Encontro, pelo
Padre Carmelita, Frei Pedro Bravo,
de Beja. A procissão continuou pelas
ruas da vila que se engalanaram para
a passagem das venerandas imagens,
ao som dos instrumentos da Banda
Filarmónica de Aljustrel e das vozes
dos aljustrelenses, terminando na
igreja da Misericórdia, com uma linda
consagração a Nossa Senhora das
Dores, feita também pelo Frei Pedro
Bravo. Para encerrar as celebrações,
o Pároco agradeceu a colaboração
de um bom grupo de boas vontades,
entre estas algumas instituições,
para que fosse possível a realização
destas festividades. Um louvor
também muito especial e cheio de
amizade, para o Sr. Pe Manuel Alves,
que em 1998, criou esta Festa em
Honra de Nossa Senhora das Dores,
altura em que se encontrava a
trabalhar na Paróquia de Aljustrel. O
pároco deu ainda a boa nova do
recomeço da Procissão do Enterro
do Senhor, a realizar na Sexta-feira
da Paixão, notícia muito bem acolhida
por todos, pois há mais de meio
século que essa tradição, tão antiga,
não se cumpre na vila.
Tiago Pereira
Realizou-se no domingo, 18 de
Março, a acies da Legião de
Maria, na igreja de Nossa
senhora do Carmo no pólo 2 do
Centro Social do Salvador, com
membros dos praesidia vindos de
Serpa, Ficalho e Beja.
PATRIMÓNIO
6 – Notícias de Beja
PEDRA ANGULAR
22 de Março de 2012
PÁGINA DO DEPARTAMENTO
DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E
ARTÍSTICO DA DIOCESE DE BEJA
Concerto de Abertura do Festival Terras sem Sombra
Petite Messe Solennelle de Rossini traz primeiras figuras da
música internacional a Sines
A igreja matriz de Sines recebe, a
24 de Março, pelas 21h30, o concerto de abertura do Festival Terras
sem Sombra de Música Sacra 2012,
com uma obra-prima de Gioachino
Rossini, a Petite Messe Solennelle
para solistas, dois pianos, harmónio e coro. Esta peça constitui
um princípio bem à altura das
expectativas do programa delineado para esta edição do festival
pelo seu director artístico, Paolo
Pinamonti: mostrar o papel do
canto no universo da música
religiosa, desde a polifonia do
Renascimento até à vanguarda
actual. Resgatadas pelo Departamento do Património Histórico e
Artístico da Diocese de Beja do
silêncio, as velhas igrejas alentejanas são, pelo seu “espírito de
lugar”, pelos seus valores arquitectónicos e artísticos e pelas suas
condições acústicas, espaços
privilegiados para uma iniciativa
com este perfil, que une o passado
e o presente.
Sob a direcção de Giovanni Andreoli, um dos mais destacados
maestros europeus da actualidade,
bem conhecido pela actuação à
frente do Coro da Arena de Verona,
vão cantar em Sines algumas das
mais belas vozes da ópera internacional: a soprano María Bayo, a
mezzosoprano María José Montiel,
o tenor Alexandre Guerrero e o
barítono Damián del Castillo. A
este elenco superlativo associamse os pianistas Marta Zabaleta e
Miguel Borges Coelho, com uma
carreira culminante em França,
enquanto Kodo Yamagishi, assumirá a interpretação ao harmónio.
Como poderosa moldura vocal, o
Coro do Teatro Nacional de São
Carlos, que conhece actualmente
uma das mais fecundas etapas da
sua longa história. Ingredientes
que fazem deste concerto um
momento particularmente significativo da temporada musical
portuguesa.
Situada no coração do centro
histórico de Sines, mas dominando
a baía, a igreja matriz é a continuadora da sumptuosa basílica
visigótica que aqui foi erguida no
século V, sob a invocação de São
Torpes. Na Idade Média tornou-se
a sede não só da paróquia de São
Salvador, mas também de uma
importante colegiada da Ordem de
Santiago. Em pleno século XVI foi
alvo de profunda remodelação. O
actual edifício, porém, é fruto de
uma nova campanha de obras, já
na primeira metade do século XVIII,
Miguel Borges Coelho
Alexandre Guerrero
sob a orientação de João Antunes,
arquitecto régio, que trabalhou
assiduamente para as ordens
militares.
nacional em Itália e numa celebridade em toda a Europa. A maioria
das suas obras teve um sucesso
enorme e as árias favoritas do
público eram entoadas pelas ruas.
Porém, depois de ter atingido o
cume da fama, com a estreia de
Guilherme Tell, em 1829, abandonou a ópera, mas não deixou de
compor, escrevendo obras religiosas como o Stabat Mater. Durante as últimas quatro décadas de
vida, Rossini parece ter-se dedicado a fazer o que lhe apetecia sem
os constrangimentos da profissão.
Devemos entender neste contexto
também o seu comentário sobre a
Petite Messe, designando-a como
“o último pecado mortal da minha
velhice”.
O manuscrito da obra contém
anotações muito interessantes,
que revelam a natureza espirituosa
e perspicaz do compositor, ao
dirigir-se directamente a Deus:
“Bom Deus. Está concluída esta
pobre pequena missa. Será que é
mesmo música sacra que eu acabo
de fazer ou uma música maldita?
Eu nasci para a Opera buffa, Tu
bem o sabes! Um pouco de conhecimento, um pouco de coração,
tudo está lá. Seja abençoado e
concede-me o Paraíso.” Fazendo
alusão ao número de cantores que
deveriam executar a missa, escreve
ainda: “Bom Deus, perdoa-me pela
seguinte comparação: doze são os
apóstolos no célebre fresco pintado por Leonardo e conhecido
como a última Ceia, quem diria?
Entre os Teus discípulos, alguns
desafinam. Senhor, esteja certo, eu
declaro que na minha refeição não
haverá nenhum Judas e que os
meus cantarão com exactidão e
‘con amore’ os Teus Louvores e
esta pequena composição que é,
Rossini, uma referência na
história da música religiosa
“Será música sacra a que acabo de
fazer ou sagrada música?” Como
explicou Cristina Fernandes no
comentário a esta obra no catálogo
do Festival, a questão foi colocada
por Rossini no manuscrito da
Petite Messe Solennelle, composta
em 1863, mais de 30 anos depois
de ter posto um ponto final à sua
carreira operática. Não se trata
apenas de mais uma das ironias
caras a este mestre incontestável
da ópera buffa, conhecido pela
jovial verve humorística. Nela está
implícita uma realidade da vida
musical dos inícios de Oitocentos
– a secularização da sociedade deu
progressivamente lugar à secularização da música, ou seja, a arte
que antes servia a glória de Deus
passou a ser ela própria objecto de
veneração, enquanto realidade
autónoma, nas salas de concerto
do século XIX.
Tal como Mozart, Rossini usou um
estilo musical bastante semelhante
na ópera e na música sacra. A sua
atitude para com a criação musical
foi a de um compositor perfeitamente inserido na sociedade e
solidário com o público. Na Petite
Messe Solennelle são evidentes os
sinais desta nova era, pois não foi
composta para uma cerimónia
litúrgica (embora o compositor
tivesse também em mente essa
função), mas para a sala de concertos. Escrita quando contava 71
anos, pode dizer-se que constituiu
o seu testamento musical.
Criador de quase 40 óperas, Rossini convertera-se num herói
pobre de mim, o último pecado
mortal da minha velhice.”
Dedicada à Condessa Louise PilletWill e interpretada na sua residência parisiense, em 1864, tornouse um sucesso, aguardado com
expectativa. A recepção na imprensa foi altamente elogiosa,
gerando comentários como “pequena missa, obra imensa”, a
“manifestação suprema do génio
de Rossini”, “uma data na história
da música religiosa”. Segundo
escreveu um dos críticos, “não se
falava de outra coisa no meio
musical para além da Missa de
Rossini”. Na estreia estavam presentes ministros, embaixadores, o
núncio apostólico, membros da
Academia, directores de teatro e
compositores. A Petite Messe foi
escutada com grande entusiasmo
e no intervalo, a seguir ao Gloria,
foi servido um buffet “digno de
Rossini”, cuja celebridade se
estendia também aos dotes
culinários.
Músicos, espectadores e
voluntários unem-se para
preservar o litoral
O programa pensado por Paolo
Pinamonti revela alguns dos seus
aspectos mais intensos e mais
sugestivos. “Estabelecer pontes
entre as grandes páginas da música
do passado e a criação contemporânea é uma prioridade”, refere
o programador italiano. Até Junho,
são seis os concertos que o compõem, num roteiro que passará
pelas mais importantes igrejas da
Diocese de Beja. “É um festival de
carácter itinerante, que pretende
dar vida aos monumentos estudados e restaurados”, explica José
António Falcão, responsável pelo
Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de
Beja.
Para além da programação musical,
o festival desenvolve diversas
actividades de sensibilização
ambiental, em prol da biodiversidade local, tornando o Terras Sem
Sombra um conceito único a nível
internacional, aliando a música, o
património e a biodiversidade.
No dia 25, pelas 10h30, o Festival
Terras sem Sombra une esforços
com o Instituto de Conservação da
Natureza e da Biodiversidade
(Departamento de Gestão de Zonas Húmidas, Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina), o Laboratório de Ciências
do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Sines para uma acção
intitulada “Um Litoral para Todos”.
Esta iniciativa incide na diversidade
de organismos e habitats do litoral
português, abrangendo também a
componente geológica.
Uma das mensagens que lhe estão
associadas prende-se com a necessidade de acautelar a gestão sustentável dos recursos marinhos,
enquanto garante não só da sua
conservação, mas também da sua
rentabilidade económica. Desenvolvem-se igualmente actividades
de arranque de acácias e chorão,
fundamentais para a protecção das
espécies da flora da faixa costeira
alentejana – um “ponto quente” da
diversidade biológica na Europa
ocidental. Trata-se de uma acção
aberta aos voluntários que queiram
dar-lhe o seu contributo. Estará
presente o “Pai dos Estudos
Ocenográficos” em Portugal, Prof.
Mário Ruivo.
Igreja Matriz de Sines
DIOCESE
22 de Março de 2012
Notícias de Beja – 7
51.º Curso de Cristandade da Diocese de Beja
De 15 a 18 de corrente mês de
Março celebrou-se no Seminário o
51º Curso de Cristandade de Beja,
tendo como reitor o Engº José
Grosso acompanhado de uma
equipa leiga de grande qualidade.
Os padres Aparício, Domingos
Pereira e João Paulo foram a equipa
espiritual. Os 7 novos participantes vieram de Grândola, Porto
Covo, Canal Caveira, Minas do
Lousal e Beja. A caminhada e
experiência comunitária de apenas
três dias, sobre o fundamental
cristão e a vida em graça, equivale
a muitos meses de esforçado
trabalho na descoberta do essencial da vida cristã. Alguns já tinham
a noção de Cristo na sua cabeça. O
Curso ajuda a ter Jesus no coração
e na vida.
O encerramento foi festa, teste
munho, partilha, comunhão. Festa
porque o pródigo voltou à casa do
Pai, porque a Igreja continua a fazer
renascer os que tinham adormecida
a sua fé baptismal. Testemunho dos
novos e dos mais antigos, presenças e mensagens de todo o
mundo, da Diocese, dos Secretariados de Portugal, de Espanha,
Itália, Estados Unidos da América,
Canadá, México, Brasil, Panamá,
Argentina, Peru, Paraguai, Uruguai… Todo o mundo ali presente
a dizer a todos que somos muitos e
que muitos esperam o nosso
testemunho para se encontrarem
consigo mesmos, com Cristo, companheiro de viagem e com a Igreja
que acolhe e nos envia em missão.
Ao encerramento presidiu o Bispo
Diocesano, ladeado pelo reitor do
curso, pela presidente do Secretariado, Maria Adélia Ferreira e pelos
Padres Domingos e Aparício.
O Curso de senhoras está marcado
para 26 a 29 do próximo mês de
Abril.
Aos nossos assinantes
Pedimos aos prezados assinantes do “Notícias de Beja” que
ponham as suas contas em dia. Na etiqueta com o nome de
cada um, ao cimo da primeira página, poderão verificar a situação
atual. A partir do próximo mês de Abril, começaremos a fazer a
cobrança pelos correios, o que acarreta despesas acrescidas e
incómodo para todos.
Dr. Rui Miguel Conduto
CARDIOLOGISTA
CONSULTAS:
Sábados
Rua Heróis Dadra, 5 - Beja – Telef. 284 327 175
Marcações das 17 às 19.30 h., pelo Telef. 284 322 973/914 874 486
Quartas-Feiras
Cardio Luxor
Avenida da República, 101, 2.º A-C-D Lisboa - Tel.: 217 993 338
António Aparício
Retiro do Movimento da Mensagem de Fátima
Realizou-se no passado sábado, dia 17, no Centro
Pastoral Diocesano , o tradicional retiro quaresmal do
Movimento da Mensagem de Fátima da Diocese de
Beja, com a participação de cerca de 120 mensageiros
vindos dos diversos Secretariados Paroquiais.
Iniciado com a oração de Laudes, o programa
contemplou duas conferências proferidas pelo Sr. Padre
Francisco Pereira, capelão do Santuário de Fátima e
ligado ao Secretariado Nacional do Movimento onde
desenvolve muitas acções. A personalidade e a
espiritualidade dos beatos Francisco e Jacinta foi a
temática das conferências onde o pregador teve
ocasião de se debruçar sobre a figura dos pastorinhos
, a sua vida e o seu caminho de santidade.
A reza do Rosário com a meditação de um dos mistérios
dolorosos ocupou a outra parte do dia que terminou
com a celebração da Eucaristia celebrada pelo pregador
e pelo assistente diocesano, Padre Mário Capa.
O Secretariado Diocesano
SERAFIM DA SILVA JERÓNIMO
& FILHOS, LDA
Publ.
Cartório Privado de Odemira
Notária: Ana Paula Lopes António Vasques
Certificado
CERTIFICO, para fins de publicação que foi
lavrada neste Cartório Notarial, no dia de
hoje, de folhas trinta a folhas trinta e duas do
Livro de Notas para Escrituras Diversas
número “Cento e Setenta - E”, escritura de
Justificação, na qual:
Carlos Maria Mansos e mulher Maria
José Costa Gamito Mansos, casados
sob o regime de comunhão geral de bens,
residentes na Rua Manuel Joaquim Ramos,
número 5, contribuintes fiscais números 139
408 550 e 112,
Declaram que são donos e legítimos
possuidores com exclusão de outrém, do
seguinte imóvel:
Prédio Misto, denominado “Corte Pinheiro”,
situado na freguesia de São Luís, concelho
de Odemira,
com a área de dezasseis
mil cento e sessenta metros quadrados,
composto de mato, pinheiros, sobreiros e
casa de rés-do-chão, para habitação, com a
área coberta de setenta e sete virgula noventa
metros quadrados, inscrito na respectiva
matriz rústica sob parte do artigo 310 da
Secção L e na matriz urbana sob o artigo
270,
a confrontar do Norte com António
Manuel Evaristo; Sul e Poente com “Corte
Pinheiro” de Jorge Manuel Rodrigues Vaz
Moreno e a Nascente com caminho publico,
Que este imóvel é a desanexar do descrito
na Conservatória do Registo Predial de
Odemira sob o número oitocentos e vinte e
seis da dita freguesia, onde se encontra
registada a aquisição a favor de Jorge Manuel
Rodrigues Vaz Moreno e mulher Dulce Nunes
Pedro Teixeira Vaz Moreno, conforme
inscrição Ap. quatro mil quinhentos e quarenta
e um de catorze de Janeiro de dois mil e
nove;
Que em dia e mês que não podem precisar
do ano de mil novecentos e trinta e sete, os
então titulares deste prédio actualmente
descrito sob o número oitocentos e vinte e
seis, Antero de Quental Celorico Drago e
mulher Joaquina da Silva Graça Celorico
Drago, ajustaram com José Mansos, pai e
sogro dos ora justificantes, a constituição da
enfiteuse sobre uma parcela de terreno com
dezasseis mil cento e sessenta metros
quadrados, na qual já se encontrava
implantado o artigo 270, não tendo, porém,
por motivos que os outorgantes desconhecem, sido celebrada a respectiva
escritura.
Todavia, apesar deste facto, o certo é que,
seu pai e sogro, José Mansos entrou, desde
logo, como enfiteuta na posse daquela parcela
de terreno, com a construção existente, posse
essa que sempre exerceu, em nome próprio,
de boa fé, na convicção de ser o único dono
e plenamente convencido de que não lesava
quaisquer direitos de outrém, á vista de toda
a gente e sem a menor oposição de quem
quer que fosse desde o inicio dessa posse, a
qual sempre exerceu sem interrupção,
pagando o respectivo foro anual, habitando
no edifício existente.
Que em dia e mês que não podem precisar
do ano de mil novecentos e cinquenta e sete,
seu pai e sogro, doou-lhes verbalmente,
aquele prédio misto, que desde logo entraram
na posse e fruição do mesmo, posse esta
que sempre foi exercida nas condições do
seu antecessor, até Abril de mil novecentos
e setenta e seis, data da extinção da figura
jurídica da enfiteuse e, em nome próprio, a
partir desta data e até hoje, detendo assim
essa posse, nos mesmos termos, há cerca
de cinquenta e cinco anos, primeiro como
enfiteutas e, depois da extinção desta figura
jurídica, como proprietários plenos.
Trata-se, por conseguinte, de uma posse
exercida em nome próprio, de uma forma
pública, contínua e pacifica.
Que, dado o modo de aquisição invocado se
encontram impossibilitados de comprovar o
seu direito de propriedade plena pelos meios
extrajudiciais normais.
Está conforme, nada havendo na parte omitida
além ou em contrário do que se certifica.
Odemira, 13 de Março de 2012.
A Notária
Ana Paula LopesAntónio Vasques
Sinos
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22
Março
P r o p r i e dade da D i o c e s e d e B e j a
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ÚLTIMA PÁGINA
22 de Março de 2012
Ditos e Feitos
Registado
Deste
Mundo
e do
Outro
Só 24 de Dezembro terá tolerância
de ponto este ano
A única tolerância de ponto deste ano será o dia 24 de Dezembro,
véspera de Natal. O Governo decidiu e anunciou a decisão no dia 15,
no final do Conselho de Ministros.
“O dia é uma segunda-feira - o Natal é numa terça-feira - e a tolerância
de ponto será em todo o dia 24, porque parece ao Governo que não
faria muito sentido que no fim-de-semana parte das famílias pudessem
reunir-se, aqueles que trabalham para o Estado na segunda-feira
tivessem que vir trabalhar e só na segunda-feira à hora de almoço
pudessem reunir-se às suas famílias”, explicou Luís Marques Guedes,
secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Habitualmente o Governo concedia tolerância de ponto à administração pública na “quinta-feira-santa”, véspera de Natal e véspera de
Ano Novo, além do dia de Carnaval.
Segundo dados do Vaticano:
os católicos a crescer
Dados do Vaticano são do final de 2010 e mostram um crescimento de
15 milhões. O número de católicos cresceu em 2010. Segundo o anuário
pontifício apresentado, no passado dia 10 de Março, no Vaticano, há
mais 15 milhões. Em 2010, o número de católicos era de 1200 milhões
em todo o mundo. O número de católicos diminuiu na América Latina
e na Europa, mas aumentou em África e no sudeste asiático.
Crianças viram mais de três horas
de TV por dia em 2011
Três horas, três minutos e trinta segundos. Este é o tempo que,
segundo a empresa de medição de audiências Marktest, cada criança
portuguesa, entre os quatro e 14 anos, despendeu por dia a ver
televisão em 2011. Se há dois anos esse volume diário de exposição
dos miúdos ao pequeno ecrã não atingia a barreira das três horas,
agora supera-as, colocando Portugal entre os países europeus cujas
crianças mais veem TV.
De acordo com os resultados anunciados no âmbito do estudo Kids
TV Report, da Eurodata TV Worldwide, Portugal está na posição
dianteira do consumo entre os mais pequenos, com mais 25 minutos
do que o país vizinho e mais 21 do que Itália, que estão entre os
maiores consumidores.
Meu irmão, o Papa
Da autoria do irmão de Bento XVI, Georg Ratzinger, e com a chancela
da “Dom Quixote”, a obra “Meu Irmão, o Papa” que agora chega a
Portugal é o resultado de uma longa conversa realizada durante a
primavera de 2011 com o irmão mais velho do Papa alemão, nascido
em 1924.
Ao longo das horas falou-se a infância de ambos na Baviera, nas
relações familiares e na vida quotidiana. “Mostra-nos o quadro de
uma família que se tomou, pela sua fé profunda e vivida, tão forte que
conseguiu resistir a todas as tempestades da vida, mesmo às do ímpio
regime nazi”, refere a editora, sobre o livro.
O irmão reconhece que Joseph “nunca aspirou ao papado, o cargo
maior caiu-lhe literalmente do céu” e conta como ficou “bastante
deprimido” no dia em que Bento XVI foi aclamado Papa.
Alberto Batista
Mudança de hora de Inverno
para a hora de Verão
Na madrugada do dia 25 de Março de 2012 (domingo), a hora legal
muda do regime de inverno para o regime de verão. Em Portugal
Continental e na Região Autónoma da Madeira, à 1 hora da
madrugada adianta-se o relógio em 60 minutos, passando para as
2 horas. Na Região Autónoma dos Açores a mudança será feita às
zero horas (meia-noite) de domingo, dia 25 de Março, adiantando
o relógio em 60 minutos passando para a 1 hora da manhã.
O ministro aprendeu a
poupar com a avó
A viagem do ministro das Finanças
à terra natal, Manteigas, na semana
passada, levou a que um tio de
Vítor Gaspar, de seu nome José
Rabaça Gaspar, enviasse ao Correio
Indiscreto uma carta em que desvenda mais alguns segredos da
família comum. A avó Maria dos
Prazeres Paiva Rabaça e o avô
Elísio Rabaça Gaspar são os protagonistas principais deste verdadeiro regresso a meados do século
passado.
Escreve José Rabaça Gaspar que o
seu irmão e pai do ministro, “Vítor
Manuel Rabaça Gaspar”, que
também se licenciou em Economia,
“além do que aprendeu na universidade é capaz de ter aprendido
alguma coisa com a mãe dele e
minha”. Isto porque, acrescenta, a
avó Maria dos Prazeres, apenas
“com a 3ª classe, soube governar
uma família, de oito filhos, onde
éramos, quase sempre mais de 12 à
mesa, mesmo nos tempos da II
Guerra em que nos revezávamos
para ir para a fila com as senhas
para comprar pão e os outros bens
essenciais!!!”
No email que nos foi enviado, o tio
do ministro mais poderoso de
Portugal, defende que Vítor Gaspar
talvez “não tenha aprendido só com
a avó , mas também com o avô
Elísio”.
A história da família merece ser
contada e lida nas palavras do
próprio José Rabaça Gaspar: “Com
um curso comercial, dos anos 30”,
o avô do ministro das Finanças “era
o guarda-livros e contabilista da
fábrica Mattos Cunha, em Manteigas, uma fábrica de lanifícios das
mais importantes no país, na primeira metade do século XX, por
exemplo com um lavadouro e tratamento de lã inovador e único só
comparável aos melhores de Inglaterra, apesar de ser no interior
perdido do meio d a Serra da
Estrela.”
A lenda do ministro que aprendeu
a poupar com a avó, acabou de
nascer.
Bispos apelam
à dádiva de sangue
O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
(CEP) apelou, há dias, em comunicado à dádiva de sangue, após
os alertas deixados neste sentido
pelos responsáveis nacionais.
“Tendo em conta a falta de sangue
que se tem verificado nos hospitais,
os bispos de Portugal exortam a
que os potenciais doadores exercitem este grande ato de generosidade, recorrendo a um centro de
sangue do hospital da sua zona”,
refere um comunicado da CEP
enviado à Agência Ecclesia.
O documento assinala que, “de
algum modo, dar sangue é oferecer
a própria vida, um magnífico gesto
de altruísmo e fraternidade
solidária”.
A Assembleia Plenária, órgão
máximo do episcopado, vai reunirse entre 16 e 19 de abril para quatro
dias de trabalhos inaugurados,
pelas 16h00, com o discurso do
presidente da CEP, D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa.
A crise já chegou à Suiça
Até há pouco tempo a Suiça era um
país privilegiado para os imigrantes.
Hoje já não é assim. Com a abertura
das fronteiras aos países da Comunidade Europeia chegam milhares
de pessoas dos países de Leste. Em
consequência o mercado saturou e
os salários baixaram.
A comunidade portuguesa ronda
os 220 mil. Só em 2011 entraram em
território suiço 11 mil portugueses,
muitos deles ainda não registados
que não encontram trabalho ou
apenas o encontram precário.
Por isso alguns têm batido à porta
das missões portuguesas pedindo
alimentação e dormida.
A Igreja de Taiwan
Taiwan é um arquipélago situado
na Ásia, frente à China, com 25
milhões de habitantes. Em 1600 os
portugueses chamaram-lhe “Ilha
Formosa” e fundaram lá um entreposto comercial. Foi depois
dominado pelos Espanhóis, Holandeses e Chineses.
Em 1895 os japoneses dominaram a
ilha até que Chiang Kaichek nela
se refugiou com o resto do seu
governo.
Nos anos 50, os Estados Unidos
apoiavam financeiramente Taiwan
que conhece um extraordinário
desenvolvimento industrial.
Do ponto de vista religioso tem sete
dioceses muito activas, com duas
universidades, dez escolas técnicas, 19 colégios, uma rádio, quatro
hospitais, etc. É um maravilhoso
exemplo da atividade da Igreja.
Onde ela chega e a deixam atuar
livremente, além de promover a Fé
que constitui a sua função específica, desenvolve também a cultura
e o progresso social.
Talvez
- os que te fazem sofrer, talvez não
sejam maus;
- os que não fazem as coisas como
tu, talvez não sejam incompetentes;
- os que não partilham as tuas
ideias politicas, talvez não estejam
errados;
- os que não pensam como tu, talvez
não sejam ignorantes;
- os que te parecem antipáticos,
talvez sejam boas pessoas;
- os que têm mais êxito do que tu,
talvez o tenham merecido;
- os que te contradizem, talvez
tenham razão;
- os que são mais velhos do que tu,
talvez não estejam ultrapassados;
- Os que são mais novos do que tu,
talvez não sejam enexperientes;
- os que têm mais dinheiro do que
tu, talvez não sejam corruptos;
- os que fazem um favor, talvez não
sejam interesseiros;
- os que te criticam, talvez não
sejam invejosos.
Bom humor
Oração do ladrão:
- Meu Deus, não quero que me dês
riquezas. Dizei-me só onde elas
estão, que eu as irei buscar.
*
- É a última vez que lhe digo para
me pagar o que me deve.
- Ainda bem. Estava a tornar-se
aborrecido com tanta insistência.
*
Diz o cego para o paralítico:
- Então como tens andado?
- Olha, como tens visto?
*
Altruísmo
Uma menina já um tanto amadurecida todos os dias rezava a
mesma oração.
- Por favor, meu Deus, não to peço
para mim, mas sim para minha mãe!
Por favor arranje-lhe um genro.
*
Uso das palavras
Na escola a professora diz ao
Joãozinho:
Não chores, porque os meninos
que choram ficam feios!
Ao que o Joãozinho respondeu:
- Então a senhora chorou muito
quando era criança!
A.B.

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