Hipersensibilidade Dentinária - CRO

Transcrição

Hipersensibilidade Dentinária - CRO
23/6/2009
Área de Dentística e Materiais Odontológicos
Hipersensibilidade
Dentinária
-Etiologia
Eti l i e T
Tratamentot
t
Prof. Dr. Paulo Vinícius Soares
Sensibilidade Dental
Sensibilidade pós-operatória
* Relacionada diretamente ao procedimento restaurador
* Seleção do tipo de Sistema Adesivo
* Domínio da técnica restauradora adesiva
* Profundidade do preparo cavitário
Sensibilidade pós-clareamento dental
* Associada ao tipo de material clareador
* Varia de acordo com:
- concentração do agente clareador
- tipo de fonte ativadora
Hipersensibilidade dentinária
* Associada à exposição de túbulos dentinários
Fatores Etiológicos
Mecanismos da sensibilidade
dentinária
Tipos de agentes
dessensibilizantes
Diferentes formas de tratamento
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Dentinogênese
ARANA-CHAVES et al., 2004.
ESMALTE
Composição da dentina
-proteção
DENTINA
Matéria Inorgânica
68 %
-Hidroxiapatita
22 %
Matéria Orgânica
-Fibras colágenas
Água
GIANINNI, SOARES & CARVALHO, 2004
10%
TEN CATE, A.R.; 2001 .
Estrutura da dentina
Túbulos
Tecido
Pulpar
Limite
Amelodentinário
Dentinários
Prolongamentos
Odontoblásticos
Fluidos Terminações
Nervosas
• Túbulos e microtúbulos
• Fibras colágenas
• Prolongamentos Odontoblásticos
• Fluido intersticial
TEN CATE, A.R.; 2001 .
• Terminações nervosas (fibras A-delta)
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Hipersensibilidade Dentinária
•Sintomatologia:
Dor
aguda,
passageira, de caráter multifatorial;
•Provocada por
dentinários;;
exposição
de
curta,
Exposição dos túbulos dentinários
• Lesões de Abfração
túbulos
•Estímulos mecânicos, químicos, térmicos
ou osmóticos.
COLLAERT & FISCHER, 1991
JAD – 3.000x
Tensões x desunião/fratura dos prismas
* 7 em cada 10 pacientes apresentam desconforto
causado por sensibilidade dentinária.
GILLAM et al., 1995
GIANNINNI, SOARES, CARVALHO, 2004
Lesão de Abfração
Concentração de
Tensões
Hígido
Soares, CJ
Oliveira et al., 2003
Lesão de Abfração
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Estrutura do esmalte e sua relação com lesões de abfração
Restauração
em resina
composta
Oliveira et al., 2003
Estrutura do esmalte e sua relação com lesões de abfração
Estrutura do esmalte e sua relação com lesões de abfração
Soares, CJ
Atrição
Erosão
Doença Periodontal
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X
Dentina sensível
Teorias do Mecanismo da Dor
•Quantidade de túbulos - 8x maior;
•Diâmetro dos túbulos – 2x maior;
•Tipo de Dentina – menos mineralizada.
YOSHIYAMA, 1996
Teoria da transdução
x
Teoria da modulação
Gate control ou Teoria da Vibração
Teoria HIDRODINÂMICA (Brannstrom, 1964)
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Teoria HIDRODINÂMICA
(Brannstrom, 1964)
Ação capilar
Movimentação do fluido
(Espaço periodontoblástico)
Deformação do odontoblasto
Ampliação canais iônicos – fibras nervosas adjacentes
Maior entrada de íons Na+
(Bomba Na+ - K +)
Despolarização das
fibras nervosas A
Sensação de DOR
Movimentação do fluido intersticial
Tipos de Estímulos
Desidratante – evaporação do líquido.
Jato de ar
Térmico
– coeficiente de expansão térmica
diferentes – (parede túbulo = 10x fluido – maior
contração-expansão)
Osmótico – desequilíbrio osmótico – movimentação
DOCE - hipertônico
de solvente (saturação do meio).
Vibração – contato com instrumentos – atrito –
Sonda exploradora
vibração do fluido.
Diagnóstico Diferencial
Dor de origem PULPAR
(Sintomatologia)
Cuidados com o diagnóstico diferencial:
•longa duração
•persiste após remoção do estímulo
•difícil localização
•pode ser exarcebada por meio de percussão
Dor de origem DENTINÁRIA
•curta duração
•desaparece após remoção do estímulo
•localizada
•aguda
•DOR PROVOCADA
Tipos de Tratamento
1. Obliteração parcial dos túbulos
dentinários
2. Obliteração total dos túbulos
dentinários
3. Alteração da atividade sensorial
pulpar
4. Técnicas invasivas
CABDH-2003
ONG, 1986; GILLAM, 1996; TELLES, 2000; ARANHA, 2004
Pashley et al., 1988
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Tratamento
Agente Dessensibilizante Ideal
Classificação dos Agentes Dessensibilizantes
(GROSSMAN, 1935)
De acordo com mecanismo de ação
1. Drogas Antiinflamatórias
•Biocompatível
2. Precipitantes de proteínas
•Facilidade de aplicação
p
ç
3. Agentes
A
d
de oclusão
l ã tubular
b l
•Efeito permanente
4. Selantes de túbulos dentinários
•Ação rápida
5. Alteração da atividade sensorial-pulpar
•Não alterar estética da estrutura dental
ARANHA & MARCHI, 2004
Tratamento
Tratamento
Tipos de agentes dessensibilizantes
Tipos de agentes dessensibilizantes
1. Drogas Antiinflamatórias
Ação: Oclusiva
Ação: Desconhecida
Exemplos: Corticosteróides
Prednisoline 1%
Tratamento
Mecanismo: precipitação de substâncias
orgânicas e desnaturação de odontobalstos.
Exemplos: Nitrato de Prata
Formaldeído
Cloreto de Zinco
Cloreto de Estrôncio
Tratamento
Tipos de agentes dessensibilizantes
Tipos de agentes dessensibilizantes
3. Agentes de oclusão tubular
4. Selantes de túbulos dentinários
Ação: Oclusiva
ç
de camada
Mecanismo: formação
impedindo a movimentação do fluido.
2. Precipitantes de Proteínas
Ação: Oclusiva
impermeável,
p
,
Exemplos: Hidróxido de Cálcio
Oxalato de Ferro/Alumínio
Cloreto de Estrôncio
Oxalato de Potássio
Fluoretos/Iontoforese
Vernizes fluoretados
Laser de alta intensidade (Nd:YAG e CO2)
Mecanismo: bloqueio
estímulos sensoriais,
superfície dentinária.
na transmissão
pelo selamento
de
da
Exemplos: Sistemas Adesivos
Selantes
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Tratamento
Tratamento
Técnicas Invasivas
Tipos de agentes dessensibilizantes
5. Alteração da atividade sensorial-pulpar
• Cirurgia Periodontal Mucogengival
• Técnicas Restauradoras
Ação: Neural
Mecanismo: bloqueio
estímulos sensoriais.
na
transmissão
de
Exemplos: Laser de baixa intensidade
Hidróxido de Cálcio
Nitrato de Potássio
Oxalato de Potássio
•Resina Composta
•Ionômero de Vidro
• Tratamento Endodôntico
CABDH-2003
Protocolos de Tratamento
1º - Adequação Meio Oral
Ex. Raspagem periodontal;
Protocolo de Tratamento
I) Glutaraldeído
Gluma Desensitizer – Hereaus/Kulzer
•Glutaraldeído 5%
Profilaxia com pedra pomes antes da aplicação de
qualquer agente – remoção da smear layer.
•HEMA 35%
•água
g
destilada
Isolamento relativo + fio retrator
Uso de microbrush
Leve fricção sobre dentina exposta
Deixa secar por 30 segundos
C.C. Prof. Priscilla B. Ferreira
Lavar com água durante 30 segundos
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Glutaraldeído x Dentina
MEV – 3000x
Reação
orgânica
Aldeído
Glutaraldeído
Amino
colágeno
Aldeído
Amino
Fixação das proteínas
MEV – 1000x
Reação
orgânica
colágeno
Dentina
Preciptação de proteínas
Obliteração parcial dos túbulos
Após aplicação do Gluma
Antes
Formação camada não impermeável
Efeito imediato após a aplicação.
ARANHA, 2004
Protocolo de Tratamento
II) Selantes Adesivos
Seal & Protect – Dentisply
MEV –
2000x
•Metacrilatos – nanopartículas 7nm;
•Triclosan – antimicrobiando
•Monômeros ácidos - autocondicionantes
Isolamento relativo + fio retrator
Aplicação com microbrush
Aguardar 20 segundos
Remoção dos excessos
Fotoativação por 10 segundos
Dentina impregnada por Seal & Protect
Repete o processo
Protocolo de Tratamento
III) Oxalato de Potássio
ARANHA, 2004
Oxalato x Dessensibilização
Oxalato
Interação
TÚBULO
Cálcio
Oxa-gel, Art Dent
•3% de oxalato de potássio monohidratado
•pH 4
Processo de
cristalização
Oxalato de Cálcio
Isolamento relativo + fio retrator
Gel aplicado com microbrush
Aguarda-se 2 minutos
Remoção do excesso
MEV- 1000x
Cristais Insolúveis
Promovem obliteração total dos
túbulos
Evita movimentação do fluido
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Potássio x Dessensibilização
K+
K+
K+
K+
Túbulo dentinário
K+
Protocolo de Tratamento
IV) Fluoretos
Flúor Fosfato Acidulado
Fibra nervosa – “Bomba Na+/K+”
K+
•NaF – 2,59%
•Ácido Fosfórico – 1,16%
•Ácido hidrofluorídrico – 0,13%
K+
Despolarização das fibras nervosas
Isolamento relativo + fio retrator
Gel aplicado com microbrush
Terminações nervosas intratubulares menos
excitáveis frente ao estímulo
Aguarda-se 4 minutos
Remoção do excesso
Recomendações não ingestão de
líquidos e alimentos.
Fluoretos x Dessensibilização
TÚBULO
Interação
Flúor
Cálcio
Processo de
cristalização
Fluoreto de Cálcio +
Fluorapatita
Instável
Estável
Mais Solúvel
Menos Solúvel
Formada em baixa quantidade
Obliteração
temporária dos
túbulos
MEV- 1000x
Fluoreto de Potássio – 2% x 0,2%
Gel – 1 aplicação/fricção – 10 min
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Protocolo de Tratamento
V) Compostos Variados
Sensi Kill - FGM
•Solução 1 – Dipotássio Fosfato + Fluoreto de Sódio
•Solução 2 – Cloreto de Cálcio + Benzoato de Cálcio
Isolamento relativo + fio retrator
Solução 1 friccionada com microbrush – 5 seg.
Aguarda-se 30 segundos
Remoção do excesso
Solução 2 friccionada com microbrush – 2 seg.
Aguarda-se 10 segundos
Recomendações não ingestão de líquidos e
alimentos.
Solução 1
Solução 1
+
Solução 2
Precipitação de
Fosfato de Cálcio
Solução 2
CLORETO DE ESTRÔNCIO
Túbulos
Estrôncio
Reage
Íon Fosfato
Estroncioapatita
Insoluvel
Cristais
Obliteração
temporária dos
túbulos
*Abrasivos: carbonato de Cálcio, sílica, alumina
-Obliteração de túbulos – formação de smear layer
*Sensodyne: cloreto de Estrôncio
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Protocolo de Tratamento
VI) Laser de baixa intensidade (LLLT)
Twin Laser – MM Optics
Brightness – Condor Tech
Compact laser – J. Morita
Meio
ativo
Diodo semiocondutor – GaAlAs ou He-Ne
Comp. Onda = 550 a 830 nm
Espectro luz
l = vermelho
lh
Isolamento relativo
Forma de aplicação:
4 pontos : cervical, mesial e distal do dente +
Citrato de Potássio
fundo de sulco
10 segundos cada aplicação
3 sessões com intervalo de 72h.
Laser de Baixa Intensidade
Potencial
Elétrico Médio
Desmielinizadas
Fibra C
*2/3 fibras nervosas - polpa
60-80mV
Impulso doloroso lento
* fibras nervosas - dentina
Mielinizadas
Fibra A-delta
Impulso doloroso rápido
Laser LLLT
HIPERPOLARIZAÇÃO
Ã
Estimula fibras C
BOMBA Na-K
Estimula fibras A-delta
Aumento do
limiar de dor
Lizarelli et al., 2001
Laser de Baixa Intensidade
Intensidade LLLT: 1 – 30mW
DENSIDADE DE ENERGIA
D =P xt / A
J/cm2
12 J/cm2
Exemplo: P = 15mW
t = 10 s
A = 3,6 cm2
D = 3,8 J/cm2
Villa et al., 2001
Aplicação com densidade acima de
24 J/cm2 – aquecimento pulpar e
aumento do sensação dolorosa.
ARANHA, 2004
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23/6/2009
Obrigado!
[email protected]
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