Página 8 - Jornal A Razão
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pÆg-8.qxd 1/3/2006 12:44 Page 1 8 A RAZÃO MARÇO/2006 ELEIÇÃO DOUTRINAÇÃO Relevantes aspectos da encarnação e reencarnação - 2 As lições de vida representam um constante aprendizado omo sabemos, todos os seres que habitam o planeta Terra têm um período relativamente curto para desenvolver atividades evolutivas e dar continuidade a outros períodos de existência vividos neste cadinho depurador de espíritos, conseguindo progressos ou, de conformidade com o modus vivendi que adotar, deixar de progredir, voltando, mais cedo ou mais tarde, ao seu mundo de origem (mundo de estágio) com o mesmo grau evolutivo que possuía quando veio encarnar, grau este que integra a uma das 17 classes de viventes que aqui aportam. Se pararmos um pouco para analisar, verificaremos que existe uma heterogeneidade patente entre os habitantes da Terra, na formação dos povos, e que no decorrer da vida dos seres, forçosamente, existem constantes relacionamentos deles, nos quais se aprende, se ensina e até se deturpam aprendizados conquistados, já que integra o viver do habitante da Terra o livre arbítrio, que influi, sobremaneira, na sua evolução, haja vista que até as estruturas familiares, planejadas nos mundos de estágio antes de uma encarnação, são, via de regra, heterogêneas. Nelas, pa- C rentes em uma encarnação podem, em encarnação futura, ter seus graus de parentesco completamente diversos e, assim, um pai ou uma mãe, um avô ou uma avó poderá, numa nova encarnação, ser filho, neto, irmão, primo ou ter outro grau de parentesco na mesma família. Nessas circunstâncias, justifica-se dizer que as lições da vida representam um constante aprendizado e uma evolução perene, existindo uma troca de conhecimentos mútuos entre os povos e familiares, e o que é mais importante: sempre acompanhados de momentos felizes, venturosos e de conquista do sucesso, mas que, por vezes, são caldeados por momentos de tristezas, desafetos e às vezes de insucessos, já que não existe a perfeição num mundo escola, como é a Terra. Para bem elucidarmos os momentos de uma encarnação, é sempre oportuno que transcrevamos opiniões sensatas, extraídas das vivências terrenas, como as do insigne, notável e célebre Mestre Antonio Cottas: "Existem criaturas boas e más compondo o cenário do mundo, porque o planeta Terra é uma escola onde aquele que hoje é bom, que se julga sem defeitos – o que é um erro –, precisa entender que já foi mau, que agiu erradamente em outras encarnações. Porém, o sofrimento, as lutas que enfrentou é que foram modificando a sua maneira de ser, e agora, com o passar do tempo, é um ser evoluído, que pouco a pouco chegará à verdade e caminhará para o progresso eterno. Por isso, errar é humano, porém errar o menos possível é o dever do espírito". Portanto, busquemos sempre em nosso semelhante conhecimentos autênticos e de bom senso de lições de vida que ainda não possuímos. Libertemos os sentimentos inferiores arraigados que porventura jazem em nossa mente, desde encarnações passadas. Eivados de erros, de má-fé e de vícios, de vez que um aprendiz dos conceitos filosóficos do Racionalismo Cristão reúne condições de dominar todos os sentimentos inferiores "arquivados" nos porões de nosso subconsciente, já que tudo depende de nossa vontade e ou de nosso livre arbítrio, tão-somente, para processarmos as mudanças que se fazem necessárias. VANTUIL FAZOLO Advogado, militante da Casa Chefe COMENTÁRIO INTERNACIONAL Os direitos de cada um Oriente Médio, mina de ouro do mercado de armamentos Nações Unidas, novembro de 1947. A decisão pela Partilha – o estabelecimento de dois Estados na Palestina, um judeu e outro árabe-palestino – garantia a ambos os povos o direito de existir. Sem definir fronteiras. Um passo avante na Declaração de Balfour, de 2 de novembro de 1917, pela qual o Governo britânico mostrava-se favorável à criação, na Palestina, de um lar nacional para o povo judeu. O começo do que o jornalista e autor suíço Jon Kimche chamou de "o maior impasse político de nosso tempo". (Palestine or Israel, Secker & Warburg, Londres, 1973). Então, 90% da população da Palestina constituíam-se de povos de fala árabe. Para os judeus, Israel representa o ideal consumado de retorno, alimentado desde o ano 70 da era cristã, quando expulsos da Judéia. Daí a luta pelo reconhecimento oficial, desde fins do século XIX. Para os árabespalestinos, o surgimento do islamismo, do profeta Maomé, seria o fator de união a partir dos anos 600. Antes mesmo do fim do Império Otomano na Palestina, em 1916, o sentimento nacionalista árabe em efervescência exigia autonomia e descentralização. Um governo democrata com Constituição própria. Decididamente, também lhes desagradava o mandato britânico (julho de 1920), bem como as cláusulas da Liga das Nações e as promessas dos aliados. Soluções que jamais foram soluções, diz Kimche em seu livro. Em essência, os principais protagonistas na realidade sempre desempenharam papéis marginais. Vigora o direito de outros. Primeiro, as superpotências da Guerra Fria, União Soviética e Estados Unidos, com suas esferas de influência. Mas o choque do petróleo do inverno de 1972-1973 assustou Washington. Já nos anos 1940 sua política vinha mudando. E, no rastro da recolonização do Oriente Médio, o direito ao armamentismo, invocando-se a defesa. Assim, a indústria armamentista abençoa a dependência de Israel aos Estados Unidos. O Oriente Médio tornou-se uma mina de ouro, o maior mercado do mundo. São extremamente influentes os grupos de pressão junto aos governos árabes. Jogam com o espectro do desemprego para obter mais vendas, maiores subsídios e mais apoio às exportações. O fundamentalismo popular passou a alimentar-se "dessa monstruosa aliança entre o fanatismo e as políticas de petróleo e segurança das democracias liberais", atesta a socióloga e autora islâmica Fatema Merniss em "The New Crusades" (Columbia University Press, 2003, editores Emran Qureshi e Michael A. Sells). Em meio a tantos inimigos, por "direito de defesa", Israel, que se recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação, detém um arsenal nuclear não declarado e livre de inspeções. Rival maior na região, o Irã (signatário do TNP) arroga-se o direito à pesquisa nuclear. E a corrida vai ganhando adeptos. Recursos naturais geram poder e riqueza. Sem petróleo e sem água, Israel, desde sua criação, transformou o controle do Rio Jordão – única fonte significativa de água na região – num contencioso explosivo. Projetos independentes para carrear (Israel com o Carreteiro Nacional de Água, considerado roubo das águas partilhadas, e a Jordânia com o Canal de Ghor Leste, considerado um desvio das nascentes) constituíram o pivô, de fato, da Guerra dos Seis Dias, em 1967. O mesmo pivô de crise maior, nos anos 80, que se agravou quando Israel – exercendo seu direito de potência de ocupação – privou os árabes da margem ocidental do Jordão de usar os abundantes aqüíferos. Um passo até a primeira Intifada, em 1987 – o levante popular palestino que atraiu câmeras de televisão do mundo inteiro, Davi X Golias. O direito de resistir à ocupação opressiva, de exploração, de um país que já então revertia os níveis de pobreza e se tornara o quarto exportador mundial de armas, com plena participação no comércio mundial de pedras preciosas, nos mercados financeiros e na mídia. No início dos anos 50, a renomada autora Hannah Arendt advertia para as conseqüências da identificação única de Israel com o Ocidente: "Os judeus conhecedores de sua própria história devem estar cônscios de que tal situação causará, inevitavelmente, uma nova onda de ódio; o anti-semitismo de amanhã vindicará que os judeus não só lucraram com a presença das grandes potências estrangeiras na região, mas efetivamente tramaram isso e, portanto, são culpados das conseqüências". (The Jew as Pariah, ed. Ron H. Feldman). O direito à resistência passa à esfera política. Perfila-se um governo palestino de tecnocratas, emergente da vitória do Hamas nas eleições de janeiro. Uma tentativa de adaptar-se a uma situação nova, de diálogo com o ‘Quarteto’ (Estados Unidos, União Européia, Nações Unidas e Rússia). E para enfrentar a filosofia de ação unilateral de Israel, uma postura, ou tendência, legada por Ariel Sharon e considerada quase impossível de reverter pelo primeiro-ministro sucessor. Em xeque, direitos de lado a lado: à segurança (Israel); ao fim da ocupação e à construção de um futuro melhor com seu próprio Estado (os árabes-palestinos). Em xeque está de fato, agora, o fortalecimento da Autoridade Palestina, moribunda pelo ‘politicídio’ perpetrado por Sharon, no dizer do sociólogo Baruch Kimmerling, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Um processo militar, político, diplomático e psicológico que congela as negociações e mina o povo palestino como entidade política. O Estado é quase inviável, cortado em quatro enclaves pelo Muro. Reza o ditado que a Justiça é cega. Bem, assim não vê os direitos de cada um. Acabará por dar a César o que é de César. Sem petróleo e sem água, Israel transformou o controle do Rio Jordão num contencioso explosivo. CLECY RIBEIRO Jornalista Leia e assine A Razão Peça pelo telefone (21) 2569-0390 ou pelo e-mail [email protected] Lula x Serra Que as pré-candidaturas à Presidência da República já estão nas ruas é fato, e independentemente da indicação ou aprovação dos caciques. Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, Anthony Garotinho (PMDB), governador de fato do Rio de Janeiro, senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), Germano Rigotto (PMDB), governador do Rio Grande do Sul, respeitável elenco de assumidos aspirantes, costuram entendimentos viabilizando os projetos. Apenas os dois mais importantes personagens ainda ocultam as pretensões, aguardando definições que só se concretizarão nos prazos fatais previstos pela legislação eleitoral. Os dois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), têm justificados motivos para as negativas aos pedidos de posicionamento por parte da imprensa, dos partidos e até do eleitorado. Por que negam o óbvio? Para Lula, que começa a ver coroados de sucesso os trabalhos desenvolvidos ao longo de três anos, após um massacre na mídia, que esfacelou o partido majoritário e desacreditou qualquer pretensão petista de continuar no poder após meses de CPIs (Bingos, Mensalão, Correios), o momento ainda não é o exato para vôos mais amplos. A sujeira que rondou os gabinetes palacianos e derrubou vários cardeais do partido deixou marcas indeléveis. Que serão reavivadas, agora, pela oposição, com muito barulho e poucas provas, suavizadas que foram pelo espírito corporativo dos parlamentares. Lula não é um estadista ou tampouco um estrategista político de alto nível. Faltam-lhe a vivência e a cultura em ambos os casos. Mas nos três anos em que exerceu a chefia aprendeu a respeitar os adversários e a deixar a poeira assentar antes das jogadas importantes. E, sobretudo, conhece o peso e o valor das alianças partidárias no processo eleitoral. Neste momento ninguém, de um lado ou de outro, sabe quem será aliado ou adversário em outubro próximo. Os interesses são vários, conflitantes, carreiras e projetos estão em jogo, e na política, como em nenhuma outra atividade, a pressa é inimiga da perfeição. O presidente simplesmente espera, ainda que instado a todo momento a uma posição definida e, enquanto isso, faz de cada viagem um tour político e de cada inauguração um palanque. O prefeito José Serra (PSDB) tem dois vetores a considerar. Seu correligionário Alckmin está na contenda, não aceita o Senado como opção de candidatura e se torna um obstáculo que poderá cindir a agremiação, beneficiando os governistas. Exceto se, como já foi aventado, sua pretensão não passar de uma armação política para aplainar a saída de Serra da Prefeitura de São Paulo e facilitar sua ida para a Câmara Alta. É preciso examinar todas as possibilidades. Os dois ícones das urnas de 2006 serão Lula e Serra, que as prematuras pesquisas indicam, e os outros listados serão menos figurantes. O presidetne simplesmenrte espera, e enquanto isto faz de cada viagem um tour político e de cada inauguração um palanque. REIS DE SOUZA Cons Excepcionalmente não é publicado nesta edição artigo do sr. Antonio Cristovam Monteiro Colorfios Aviamentos – Confecções em Geral Cama – Mesa – Banho Rua Gabriel Covelli, 51 Casa Verde – S. Paulo Fone – (11) 3966-9411 – (11) 3966-2145 ESCRITÓRIO INDIVIDUAL Lília Rodrigues da Silva Paiva CRCMG 30.549 Nosso escritório está localizado em área central de Belo Horizonte, exatamente na Avenida Barbacena, 427-A, Barro Preto – CEP 30.190-130. 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