Celebrando a Vida - Igreja Batista Monte Sinai

Transcrição

Celebrando a Vida - Igreja Batista Monte Sinai
Celebrando a Vida
foto: Arquivo William Douglas
Boa Vista | Ano I | Edição II | abril-agosto de 2014
WILLIAM DOUGLAS:
O JUIZ
BRASILEIRO QUE
NÃO DESISTE
NUNCA
CONCURSOS -
CAPA
Conheça a história de vida de William Douglas, um
juiz brasileiro que não desiste nunca, escritor do
best –seller “Como Passar em Provas e Concursos”
e “As 25 Leis Bíblicas do Sucesso”.
PÁG 18
FAMÍLIA
Casamento, um grande
caminhão de mudanças!
PÁG 8
ARTES MARCIAIS
O sensei Paulo Afonso, ex técnico do
lutador de UFC Lyoto Machida, triunfou
mais uma vez no tatame durante Encontro
de Artes Marciais em Boa Vista.
PÁG 14
Celebrando a Vida − 2
Celebrando a Vida − 3
Quase feliz?
Você já passou por alguma situação em que tenha pensado em
desistir? Ou diante de um novo desafio sentiu medo e pensou
não ter capacidade para enfrentá-lo e resolvê-lo? Acredito que
cada um de nós em algum momento de nossas vidas já tenha
passado por isso.
Às vezes pensamos em desistir das pessoas, de um amigo que
nos feriu, do nosso trabalho, dos estudos, do casamento e até dos
dilemas que envolvem a nossa família.
Karla Pinheiro
Editora
Ao editar a revista, me veio à memória um texto que li no Presente
Diário, há alguns meses, falando justamente da nossa incapacidade
em perseverar. Quase passamos no vestibular, quase deu certo o
casamento, quase fomos bem sucedidos ou quase terminei a pósgraduação.
O que quero dizer com tudo isso? Que você não pode desistir de
seus sonhos, de sua família, de seu casamento, para não acabar
se tornando uma pessoa “quase feliz”. A família está no centro da
vontade de Deus e é um dos maiores bens da humanidade.
Na segunda edição da revista Celebrando a Vida, você vai conhecer
histórias de homens e mulheres que passaram por tempestades,
momentos de incertezas e frustrações, mas, ainda assim, não
desistiram de suas famílias e de seus projetos e tiveram suas vidas
transformadas.
Quero, então, convidar você a mergulhar nesse universo, conhecer
histórias incríveis, renovar as suas esperanças e acreditar no
impossível, uma das especialidades de Deus para a sua vida!
Boa leitura!
Expediente
Quem Somos
Uma revista trimestral da Igreja Batista
Monte Sinai que tem a finalidade de
levar aos leitores notícias de qualidade,
atuais e relevantes, que possam ajudálos a ter amizade com Jesus e o próximo,
através de testemunhos, matérias sobre
comportamento, arte, atualidades e artigos.
Para anunciar ligue: 95 3623.6211 (horário comercial).
Idealizador
Pastor Márcio Lugão
Ministério de Comunicação
Jamile Carvalho
Coordenação Editorial
Karla Pinheiro
Jornalistas
Luciene Sampaio
Jamile Carvalho
Revisão
Michelli Carvalho
Arnóbio Bessa
Jéssica Miranda
João Silva
Mary Bessa
Vanessa Caldas
Jornalista
Responsável
Jamile Carvalho
Fotografia
Jackson Sousa
Tiago Orihuela
Karla Pinheiro
Jéssica Ferri
MTB 154-RR
Colaboração
Angela Nunes
Projeto Gráfico e
diagramação
Marcos Borges
Impressão
gráfica ióris
Tiragem
2000 exemplares
Celebrando a Vida − 4
Nesta edição
5 | Pastoral: Família, eu jogo nesse time!
6 | Casamento, um grande caminhão de mudança
8 | Celebrando a Vida - Feedback
10 | Quando a dor restaura uma família!
13 | Universo da Moda: Usando a
maquiagem a seu favor
14 | Encontro reúne atletas de artes marciais
em Boa Vista
16 | Celebrando novas oportunidades de
negócios
18 | Capa: Entrevista exclusiva com William
Douglas, escritor do best-seller “Como
Passar em Provas e Concursos e “As 25
Leis Bíblicas do Sucesso”
23 | Na cabeceira / Assista
24 | Entre a vida real e virtual
27 | Lembranças amargas de uma vida
interrompida
29 | Na panela: Bolo de Carimã da
Gerusinha
30 | Monte Roraima – Uma viagem ao topo
do mundo
31 | Exercício físico para envelhecer com
saúde
32 | Os freios da violência
34 | Ponto de partida
Insight
“Andar pela fé é lutar contra a gravidade
que nos empurra para baixo”.
JB Carvalho
“Deus possui muitos meios de se comunicar
conosco, eu sempre soube”.
Jéssica Ferri
“Concurso não se faz para passar,
mas até passar”.
Dr. William Douglas
“A igreja deve amar as pessoas que não são
amadas”.
Troy Gramling
“Julgar é o mesmo que puxar o gatilho e depois
fazer perguntas”.
Carlito Paes
“Todos grandes avanços da ciência
nasceram de uma nova audácia da imaginação”.
John Dewey
ARTIGO
Celebrando a Vida − 5
Família, eu jogo
nesse time!
A família talvez seja o primeiro time
pelo qual jogamos na vida! Todos juntos
em campo driblando as adversidades e
protegendo uns aos outros pela conquista de
um mesmo troféu.
Dentro da família temos papéis diferentes a
cumprir. Uma mesma pessoa pode ser, por
exemplo, pai e esposo, mãe e esposa, filho e
irmão. Desta forma, temos que aprender a
viver bem entrosados, como um bom time de
futebol.
Os jogadores, em alguns momentos,
trabalham para a realização do gol e, em
outros, para impedir que o adversário
marque o dele. No lar, há a mesma dinâmica.
São pessoas diferentes vivendo sob um
mesmo teto, em busca de unidade, segurança
e aceitação. Assim como no futebol,
precisamos manter o foco e lutar com
entusiasmo por nossa família.
Precisamos estar bem entrosados para que
possamos alcançar o objetivo maior: ser uma
família feliz, dentro dos padrões de Deus
estabelecidos na Bíblia.
Devemos investir mais tempo de qualidade
na relação pai e filhos, marido e esposa,
encurtar a distância, aumentar o diálogo e
melhorar nosso exemplo de vida. Jesus deve
ser o centro de nossos relacionamentos.
Somos limitados e incapazes sem Cristo! Não
podemos vacilar em cumprir a vontade do
Pai para nossa família.
Temos visto muitos lares desestruturados
e isso tem gerado sequelas enormes para a
sociedade, como a violência, o descaso, a
Márcio Lugão
falta de respeito, a falta de integridade, entre
outros males sociais que têm aumentado em
grande escala.
Basta ligarmos a televisão para assistir a um
telejornal ou ler um exemplar de um jornal
da cidade, para ver que a maioria das notícias
se refere à violência, corrupção, desrespeito
e outras atitudes que trazem tristeza,
insegurança e indignação às pessoas.
Como, então, resolver esses problemas
sociais? Responder a essa pergunta parece
ser uma missão complexa. Todavia, percebo
que ao cuidar da minha família grande
contribuição dou para que as dificuldades
que a sociedade enfrenta sejam amenizadas.
Mudando uma família de cada vez,
poderemos celebrar a vida em nossa cidade.
Minha casa deve ser o ponto de partida para
a transformação!
Podemos criar nossos filhos ensinando
valores de Deus para eles. Podemos dar o
exemplo de uma vida íntegra, por meio de
atos de honestidade, fidelidade, respeito e
amor. Podemos fazer muita coisa pela nossa
sociedade se jogarmos juntos sob a direção
do nosso grande técnico Jesus Cristo!
Celebrando
Celebrando
a Vida
a Vida
−6 −6
Feedback
A primeira edição da Revista Celebrando a Vida chegou fazendo a diferença e impactando a vida de muitas
pessoas, contribuindo inclusive para a geração de renda de algumas pessoas, por meio da editoria de
Gastronomia. Por isso, resolvemos inserir nesse espaço, alguns depoimentos que nos motivam a continuar
expandindo cada vez mais a nossa missão de “Ser e fazer amigos de Jesus”. Confira.
“Eu e minha filha estávamos pensando como aumentar a renda da
família. Quando provei o bolo de macaxeira da vovó Duquinha, no dia
do coquetel de lançamento da revista, li a receita e decidi que começaria
a fazer e vender o bolo para os amigos. A receita é prática e saborosa e
não deu outra: estamos fazendo o maior sucesso com a venda dos bolos e
ganhando a nossa renda extra. Foi de Deus! A revista veio em boa hora”.
Avany Oliveira (aposentada) e Arlene Moura (agente de vendas)
“Deus possui muitos meios de se comunicar conosco, eu sempre soube.
Quando eu menos esperava e mais precisava, a revista Celebrando a Vida
trouxe a palavra que faltava ao meu coração. Eu não tive dúvidas de que
a publicação com todos aqueles testemunhos de fé e transformação, era
um recado de Deus para mim, dizendo que Ele conhece a minha alma,
os anseios e cada angústia do meu ser, e que, acima de tudo, Ele está
cuidando de mim”
Jéssica Ferri – Jornalista
“Hoje, como todos os dias acordei as 4h30 e me peguei a pensar durante
todo trajeto para o trabalho que, por ser dia do trabalhador, feriado para
a maioria das pessoas, eu queria ficar sem ter que lavar, passar, cozinhar,
entre tantos outros afazeres diários. Chego ao trabalho e logo dou de cara
com a revista Celebrando a Vida. Ao abri-la, a primeira matéria que leio
é a história da amiga Karla Pinheiro. Apesar de conhecer sua história
de vida com seu filho, Vitto, cada palavra descrita sobre o que viveu do
nascimento do seu terceiro filho, o descobrimento do autismo e toda sua
luta me fizeram pensar mais uma vez: “Obrigada, Deus, por ter o que
lavar, passar, cozinhar e até reclamar”. O milagre da vida se faz todo dia,
o sobrenatural existe, só precisamos mudar o modo de ver as coisas”.
Marcia Fernanda – Jornalista
Celebrando a Vida − 7
“Em função da revista Celebrando a Vida resolvi visitar à Igreja Batista
Monte Sinai. Agradeço o convite e quero dizer também que gostei
muito do ambiente, da receptividade, do culto e das pessoas. Obrigado e
prometo voltar mais vezes.”
Edilson Rodrigues – Jornalista
“Foi uma surpresa maravilhosa! Como jornalista, é sempre com muito
entusiasmo que abro qualquer publicação. E Celebrando a Vida veio com
um quê a mais. E como comentei com algumas pessoas, espero que outras
igrejas tenham a revista Celebrando como um ótimo exemplo, porque
ela veio com temas interessantes, leves e dando o seu recado de forma
inteligente sobre o amor e o milagre de Deus na vida de quem decide
segui-lo. Parabéns a todos pela iniciativa!”
Alexsandra Sampaio – Jornalista.
Celebrando a Vida − 8
ARTIGO
TEXTO | Luciene Sampaio
Casamento, um grande
caminhão de mudança.
“E viveram felizes para sempre!”. Essa frase
tão linda e repetida no final de grande parte
dos contos de fada, muitas vezes não é
experimentada na vida real dos casais. No
Brasil, a taxa geral de divórcios cresceu 45,06%,
chegando ser a maior da história. A maioria dos
casais está se divorciando antes de completar 15
anos de casados, segundo mostram as últimas
estatísticas do Registro Civil levantadas pelo
IBGE e divulgadas no final de 2012.
Para evitar transtornos para quem deseja
desfazer uma união, o governo federal facilitou
todo o processo de divórcio. Há sete anos uma
lei permite que, em alguns casos, o divórcio
seja feito em cartórios, sem precisar recorrer à
justiça, desde que não haja menores de idade
envolvidos.
Mas, facilitar os trâmites do divórcio para
garantir uma separação rápida, sem estresse ou
brigas, não significa solução dos problemas. A
convivência a dois gera conflitos, discussões e
crises, afinal são duas pessoas distintas que se
unem sob o mesmo teto para viver experiências
em comum ou nem tanto.
Segundo o pastor Márcio Lugão, casado
há 16 anos com Evandra Martins, as crises
matrimoniais existem porque somos
diferentes. Uma das principais causas da
ruína no casamento é o que chamam de
incompatibilidade de gênero, mas que na
verdade é a falta de compreensão das diferenças
naturais entre um homem e uma mulher.
“Não existe um casal onde as duas partes
sejam iguais. O fato de ser um homem e
uma mulher já é suficiente para que ocorram
divergências, pois, além de aspectos fisiológicos
diferentes, cada um tem um histórico de vida
singular, como cultura e valores familiares, por
exemplo. Coisas simples do dia a dia podem
causar pequenas desavenças que, se não
forem tratadas, se acumulam até que um dia
explodem como uma bomba”, comentou.
O pastor enfatiza ainda que a raiz desse
problema está fincada no relacionamento
egoísta. “As pessoas lutam para atender
seus próprios interesses. Num somatório,
percebemos que cada um defende seu lado
e ninguém quer pagar o preço e dividir a
responsabilidade. Um dos lados terá sempre
que ceder”.
Para exemplificar de forma simples o que
acontece numa relação a dois, Lugão faz uma
comparação intrigante, mas com uma lógica
verdadeira. Ele diz que o casamento é um
caminhão de mudança. Mudamos de solteiro
para casado. Se o baú do caminhão estiver com
as portas abertas, os móveis vão cair ao longo
do caminho. Ao chegar em casa, o proprietário
perceberá a falta de vários objetos. No caso
do relacionamento, é o respeito que ficou para
trás, é uma flor que não foi entregue no dia dos
namorados, é um aniversário não lembrado, é
deixar de dizer “eu te amo”. Portanto, não houve
cuidado com a segurança da bagagem. Tudo foi
ficando pelo caminho.
No entanto, o pastor afirma ainda que apesar de
sermos diferentes, temos um objetivo comum
que é gerar paz na família. O casal que pretende
Celebrando a Vida − 9
superar com equilíbrio a crise conjugal, deve,
antes de tudo, entender que o relacionamento
marido-mulher só se torna completo quando
baseado no amor de Deus e em decisões de
acordo com Sua vontade.
Alguém com quem conversar - Em muitos
casos, o divórcio poderia ter sido evitado.
Muitas famílias não seriam desfeitas e muitos
filhos não sentiriam a dor de ver seus pais
vivendo separados, se o casal tivesse procurado
ajuda preventiva, antes de vivenciar uma crise
conjugal.
Para o pastor Lugão, o casal não deve ter medo
de buscar o auxílio de casais mais maduros. O
ideal é que possa ter um casal mais experiente
como conselheiro para ajudar no trabalho
preventivo. “É importante ouvir casais com
uma vida cristã e conjugal saudável. Procurar
pessoas bem sucedidas em seu casamento,
pastores e psicólogos”, esclareceu.
Porém, o mais importante diante de uma crise é
confiar que Deus tem poder para sanar todos os
problemas e pode realizar milagres na vida de
qualquer família.
Em muitas comunidades cristãs existem
ministérios de famílias que promovem
encontros, palestras e aconselhamentos para
ajudar casais a evitar e superar suas crises e
assim não recorrer ao divórcio. Acima de tudo,
deve-se buscar a solução para os problemas
no lar, entendendo que a família deve refletir
a glória de Deus e demonstrando amor ao
cônjuge, pois, geralmente, quanto mais amor
sincero é doado, mais amor é recebido.
Ao adotar o padrão de Deus para a família – e a
Bíblia apresenta esse modelo, bastando apenas
obedecê-lo – existirão menos cacos familiares a
serem recolhidos.
O casal que permanece junto e firmado no
Senhor, superando as crises que surgem,
provavelmente terá o privilégio de ver
seus filhos casados, vivendo suas próprias
experiências conjugais. E os pais poderão voltar
ao início, onde tudo começou, e pronunciar a
frase: Enfim, novamente sós... e felizes.
Celebrando a Vida − 10
Celebrando a Vida − 10
TEXTO | Por Mary e Arnóbio Bessa
Quando
a dor
restaura
uma
família!
Quando resolvemos ter nosso terceiro filho, não
imaginávamos o que Deus estava reservando para
nós. Do nascimento aos dois anos de idade, Caio
não apresentou nenhuma alteração em sua saúde.
Porém, foi a partir desse período que iniciamos a
maior luta de nossas vidas, até hoje. Nosso caçula
começou a dar sinais de que algum problema
comprometia seu bem estar; ele estava cada vez
mais debilitado. Além disso, eu e meu marido
estávamos à beira do divórcio.
Não conseguíamos descobrir o que estava
acontecendo com Caio. Com esse pacote de
problemas e dispostos a nos separar, fomos
convidados em agosto de 2004 a visitar a Igreja
Batista Monte Sinai. Resisti ao convite a princípio,
mas logo depois decidi ir com a família a uma
das celebrações. Alguns domingos depois nos
reconciliamos com Deus e iniciamos o processo de
restauração do nosso casamento. No final daquele
ano, foram batizados Arnóbio, Caio, Jemima e eu.
Deus estava nos preparando!
O Caio continuava doente e cada dia que passava ele
ficava pior. O tratamento não surtia efeito, pois os
médicos achavam que se tratava apenas de uma prisão
de ventre. Meu filho começou a definhar, sentia muitas
dores no abdômen, tinha febre, não comia direito,
estava perdendo peso e sua barriga só crescendo. Um
sinal de que seu intestino estava parando.
Ao chegarmos em casa, após o culto de domingo,
ele disse: pai, me ajuda que eu estou muito doente.
Essas palavras partiram nosso coração! Uma
sensação de impotência tomou conta da minha
família. No outro dia procuramos o Dr. Altamir
Lago, um anjo que Deus colocou no caminho do
nosso filho.
Caio estava com fecaloma e o diagnóstico era
megacólon congênito. O exame confirmou a
existência de três fecalomas (fezes empedradas)
que tinham que ser retirados imediatamente. No
dia seguinte levamos o Caio para o mesmo médico,
Dr. Altamir Lago, que faria o procedimento, só
que não tínhamos como pagar. Pela urgência
do procedimento, o médico que nos atendeu se
responsabilizou pelo pagamento, pois a esta altura
Caio já corria risco de morte.
Deus nos surpreendeu e foi tão misericordioso que
no dia da cirurgia nossos familiares se uniram e
pagaram o hospital. O médico só conseguiu retirar
dois fecalomas, porque o último estava distante e
poderia perfurar o tubo digestivo.
Após o procedimento, Caio começou a ter febre e
vomitar muito. Foi quando minha irmã, que mora
Celebrando a Vida − 11
em Manaus, mandou as passagens aéreas para que
naquela mesma noite nós viajássemos para lá. Mais
uma vez Deus entrou com sua providência, pois,
nós não tínhamos como custear a viagem.
Depois de batermos na porta de muitos hospitais,
finalmente encontramos um disposto a fazer o
procedimento para retirada do último fecaloma.
Caio ficou internado nos braços do pai por sete dias,
pois naquele hospital não havia leitos e nem sequer
uma maca disponíveis. Todos estavam ocupados por
outros pacientes.
Nesse período, ele era submetido a lavagens de
meia em meia hora, até que os médicos viram que
o caso era cirúrgico. Perdeu 10kg. Era difícil olhar
para nosso filho, tão pequeno, passando por tanto
sofrimento e constrangimento. No auge do desespero,
autorizamos, inclusive, lavagem com Coca-Cola.
bolo fecal, fazendo com que o bolo retornasse
e provocasse o rompimento do tubo digestivo
no local da sutura da decolostomia, tendo como
resultado o rompimento do tubo digestivo e
consequentemente o derrame das fezes dentro da
cavidade abdominal, fato este que provocou uma
septicemia (infecção generalizada).
O Caio piorava consideravelmente, chegando
a vomitar fezes e pus. Foi quando tomei a
decisão – que talvez tenha salvado a vida do meu
filho – de não mais revezar com o pai, ficando
permanentemente no hospital, vinte e quatro horas
em pé ao lado da cama dele, atenta sempre que ele
vomitava, higienizando sua boca, seu corpo, sua
cama, trocando lençóis e fronhas, ou seja, tentando
impedir que um possível sufocamento viesse a
matá-lo, além de ter a possibilidade de acionar as
enfermeiras quando fosse necessário.
Caio foi internado mais uma vez para retirada
de fecaloma e para fazer outros exames, através
dos quais foi constatada má formação do
intestino. Outro agravante é que ele já recebia,
na época, três lavagens por dia e isso o deixava
extremamente deprimido; não brincava, passava
o dia deitado e triste.
Caio seguia piorando cada dia mais e mais ao
ponto de não se comunicar com ninguém, nem
com seu pai nem comigo, adotando a postura do
carneirinho no momento do abate.
A partir da constatação do problema, ele foi
submetido a uma série de cirurgias, sendo a
primeira a de evisceração do tubo digestivo ou
colostomia e, simultaneamente, uma biopsia em
escala do tubo digestivo para verificar a extensão
do problema da má formação intestinal. Durante
a convalescência desta primeira cirurgia, o Caio
sofreu a primeira infecção hospitalar.
Veio então o domingo e mais um dia de angústia,
desespero, dor e muita intercessão. O médico que
chefiava a equipe da clínica, ao verificar os exames
do Caio, correu até o estacionamento do hospital
e pegou o primeiro cirurgião que apareceu e disse:
doutor, se não abrirem o Caio Bessa hoje, ele
morre. Esse foi outro anjo do Senhor a proteger e
velar pela vida do nosso pequeno filho.
Entretanto, o pior nos esperava na segunda
cirurgia. Os médicos precisavam retirar uma parte
do tubo digestivo que estava em má formação e, tal
procedimento necessitava de um grampo grande
para suturar o cólon com o reto e o hospital não
tinha esse instrumento. Diante dessa situação, os
médicos decidiram utilizar um grampo menor que
mais tarde acarretaria gravíssimas consequências.
Quando o estávamos preparando para a
cirurgia, ele, que já não falava há vários dias,
olhou para mim e disse: Adeus, minha mãe! E
eu, contendo as lágrimas e a dor que assolava
meu peito, disse: adeus não, meu filho, até
breve! Você vai voltar!
Veio então a terceira cirurgia, desta vez para
reversão da colostomia, e foi nesse momento que
as coisas se complicaram de vez.
Na prática, o grampo menor, mal utilizado,
se revelou insuficiente para dar passagem ao
A essa altura meu marido começou um processo de
mobilização de oração e muitas igrejas levantaram
um clamor a Deus pela vida do nosso menino.
Durante a cirurgia, retiraram todas as suas vísceras,
cortaram a parte do tubo digestivo necrosado,
fizeram outra colostomia e nesse procedimento
meu filho teve parada cardiorrespiratória. Do centro
cirúrgico foi direto para UTI. Uma vez mais o anjo
do Senhor acampou ao redor dele e o protegeu.
Celebrando a Vida − 12
Caio continuou sua batalha pela vida na UTI. O
médico que realizou esta cirurgia de emergência,
ao ser procurado por meu marido, o informou de
que a cirurgia de decolostomia tinha se rompido,
inundando de fezes todo o aparelho digestivo,
provocando, assim, a infecção generalizada; e
disse ainda que nunca vira alguém sair com vida
daquele quadro gravíssimo. Recomendou que
providenciássemos o translado do corpo do nosso
filho e o sepultamento, pois só Deus mudaria
aquela situação. Meu marido, com o coração
sangrando, falou: Se o senhor está dizendo que só
Deus salva o meu filho, então ele está salvo.
Ao encontrar meu marido, choramos
compulsivamente, mas nos recompusemos e fomos
orar na casa de um irmão. Naquela residência, o
Espirito Santo se revelou a nós dizendo que Deus
não tinha trazido o Caio para uma missão de
cinco anos de vida. “Deus trouxe o Caio para uma
grande missão. O Caio é muito forte, ele vai sair
desta, ele vai surpreender vocês, tenham fé”.
A partir daí, meu marido recobrou a serenidade e
orou: “Senhor, o homem já disse que não pode fazer
mais nada, então esta é a tua hora, é tua vez. Venha e
faça o teu milagre e desde já eu quero te dizer que eu
tomo posse da benção tal como fez teu servo Calebe,
que aos oitenta anos tomou posse de sua herança.
Envia teus anjos até aquele hospital, toca naquele
corpo que Tu fizeste e restaura cada célula, cada
órgão, cada parte, em nome de Jesus, amém”.
A essa altura, meu filho já estava todo inchado, da
cabeça aos pés, parecendo um boneco inflável. Na UTI,
meu marido todos os dias lia os salmos pré-selecionados
e após a leitura colocava a mão sobre ele e orava.
O corpo do meu filho já estava tão inchado que
a impressão que tínhamos era de que estava tudo
emendado, sem definição.
No terceiro dia de UTI, Deus se revelou de forma
tremenda!! Meu filho foi desentubado, passando
a respirar sem a necessidade de aparelhos. Deus
demonstrava sua fidelidade e continuava sua obra
magistral na vida do Caio!!
No quarto dia, começou a se alimentar e no
quinto, para honra e glória Daquele que jamais nos
desampara, saiu da UTI. Igrejas de diversos lugares
do país continuavam a interceder por nosso filho.
Voltamos para Boa Vista, mas a luta ainda
não tinha terminado, pois o Caio continuava
colostomizado e necessitava de mais duas
intervenções cirúrgicas: a primeira, para reparar o
terrível erro médico do grampo errado colocado
na sutura do cólon com o reto; e a segunda, para
reversão da colostomia.
Enquanto a família se preparava para mais esse
esforço financeiro, surgiu, ao lado da colostomia
(por onde saiam os excrementos), um orifício da
espessura de um dedo indicador, o que causou outra
vez um grande temor, pois havia o risco real de
uma nova infecção em um corpo já enfraquecido.
Como não havia mais dinheiro, já que os recursos
financeiros da família estavam minguados, o único
jeito foi levá-lo ao Hospital da Criança.
Em Boa Vista, nosso Deus preparou um médico
que tinha vindo à Roraima exatamente para
ministrar um treinamento sobre cirurgia
pediátrica para os profissionais dessa área.
Deus é tremendo! Providenciou o salvamento
do Caio na UTI e agora o complemento do
tratamento, em nossa própria cidade, confirmando
o que diz em sua Palavra: “Aquele que em ti
começou a boa obra, há de completá-la [...]”.
Sendo assim, Caio passou por novo procedimento
cirúrgico para corrigir o erro causado pelo grampo
e para fechar a abertura próxima da colostomia de
emergência, feita em Manaus.
Mais uma vez, o Médico dos médicos agiu naquela
enfermidade, livrando nosso filho da sepultura.
Ao invés de morte, deu-lhe vida nova, trazendo
de volta o nosso pequeno Caio que, hoje aos 12
anos, como qualquer outra criança, desfruta das
brincadeiras de sua idade, estuda, adora nadar em
piscinas, igarapés e rios, dentre outras atividades.
E o que aprendemos com tudo isso e com todo
esse drama? Que existe um Deus que nos ama
incondicionalmente, que fez os céus e a terra e
que pode dar vida nova a quem o busca.
Celebrando a Vida − 13
VANESSA CALDAS
em que a base não foi suficiente, como espinhas e
até mesmo olheiras. É importante observar a cor ao
utilizar na área dos olhos, pois não deve ser clara
demais, do contrário, resultará em um efeito inverso,
visto que esta região ficará mais destacada que o
restante do rosto. Ao utilizar em espinhas e manchas,
aplicar com leves batidas, pois desta forma o produto
fica mais concentrado na área em questão.
usando a MaQuiageM
a seu Favor
A maquiagem disfarça imperfeições, abre o olhar,
aumenta os lábios, entre outros benefícios. Por outro
lado, se utilizada de forma incorreta, pode destacar
pequenos detalhes que gostaríamos de camuflar.
Aqui vão algumas dicas para utilizar essa poderosa
ferramenta ao seu favor!
Base: ótima aliada para disfarçar pequenas manchas
da pele! Ao comprar, sempre experimente a cor no
próprio rosto. Não se deve utilizar exageradamente
este produto, pois a base em conjunto com o pó são
os produtos que mais deixam a pele com aspecto
“carregado”. Para disfarçar manchas mais fortes,
deve-se utilizar o corretivo. No mercado existem
bases para todo tipo de pele: secas, oleosas e mistas.
Procure uma que se adeque a você e que não deixe
a impressão de uma pele pesada. É bom investir
em boas marcas e em produtos que contenham
filtro solar, pois o sol é um grande vilão no
envelhecimento facial.
Corretivo: O corretivo é outra ótima ferramenta para
camuflar imperfeições. Atua cobrindo as manchas
Blush: Usado para adicionar cor à pele, é importante
para dar um ar saudável e jovial, não devendo ser
usado em excesso.
Sombras: Com acabamentos foscos e brilhantes,
cores chamativas e neutras, devem ser usadas de
acordo com a ocasião. Cores neutras são boas em
ocasiões mais formais ou no ambiente de trabalho.
Sombras coloridas, bastante usadas no verão e
primavera, devem ser cuidadosamente combinadas
com a vestimenta. Um cuidado especial deve ser
tomado ao aplicar sombras brilhantes e peroladas
em pálpebras com rugas. Sombras com essas
características fazem com que as linhas de expressão
fiquem mais evidentes. Nesse caso, as opacas são
mais recomendadas.
Batons: Os batons são peças-chave na maquiagem,
pois podem transformar um look por si só. Deve-se
ter bastante atenção na aplicação de batons fortes ou
escuros, como o vermelho e o vinho, pois qualquer
descuido no traço pode ser facilmente percebido.
Outro cuidado importante é na combinação com as
sombras, lembrando que se os olhos estão chamativos,
deve-se optar por um batom mais neutro.
E lembre-se sempre de retirar a maquiagem,
lavar e hidratar o rosto ao final do dia, pois
dormir sem cumprir estes passos contribui para o
envelhecimento da pele, trazendo espinhas e até
mesmo rugas prematuras.
RUA JOSÉ RIBEIRO DA SILVA, 41 - CENTRO
BOA VISTA / RR
FONE: 3224-5123
Celebrando a Vida − 14
O sensei Paulo Afonso, ex técnico do lutador de UFC Lyoto Machida, esteve em Boa Vista participando de uma série de eventos em
homenagem ao mês da família, dentre eles um encontro de academias com jovens lutadores de artes marciais.
TEXTO | Jamile Carvalho
Encontro reúne atletas e apreciadores
das artes marciais em Boa Vista
A sociedade vive uma autêntica crise de valores
morais e sociais em função de diversos fatores, como:
falta de limites, indisciplina, sede pelo poder e,
sobretudo, pelo distanciamento de Deus. Você deve
está se perguntando, mas o que isso tem a ver com o
encontro de artes marciais? Tem tudo a ver. O karatê,
como outras artes marciais, ensina que o lutador
antes de vencer o seu adversário tem que superar a si
mesmo por meio de valores e atitudes corretas.
um bom caráter e ser alguém na sociedade que possa
fazer diferença para o bem”, destacou o treinador.
Foram justamente esses princípios que o sensei Paulo
Afonso abordou durante sua conversa com dezenas
de jovens lutadores que lotaram a quadra da Igreja
Batista Monte Sinai.
Mas o campeão deu a volta por cima e conseguiu
superar tudo com a ajuda de Cristo e de sua
esposa Izabel. Segundo ele, apesar de Izabel ser
faixa marrom no karatê, na luta pela família, ela
se transformou faixa preta. “Depois do meu Deus,
ela é meu tudo, meu universo, é o alicerce do meu
ministério hoje, pois foi graças a sua dedicação e
apoio que hoje eu estou aqui”, disse emocionado.
“Reunimos atletas de várias modalidades das artes,
situação que há tempos atrás não era possível. Todos
interagiram e participaram, conversando tanto
sobre lutas quanto suas histórias de vida. Isso é o
importante. A arte marcial é vida, não só medalhas;
é você trabalhar e desenvolver, por meio do esporte,
Tudo aconteceu de forma leve e descontraída e,
mesmo assim, Paulo Afonso se emocionou ao falar
de sua maior luta, que não foi no tatame, mas sim
na vida pessoal, quando quase perdeu sua família e
dignidade como consequências de uma vida longe
dos princípios de Deus.
Além de repassar dicas sobre MMA e Karatê e falar
de sua experiência de vida com o seu mestre Jesus,
Celebrando a Vida − 15
Paulo Afonso convidou ao tatame alguns atletas
para fazerem demonstrações de movimentos de
algumas lutas. Um deles foi o kata, luta imaginária
com técnicas de ataque e defesa. Paulo explicou que
esse é um movimento muito rápido, que passou mais
de 15 anos treinando. “Precisamos ser rápidos o
suficiente para que o adversário não tenha tempo de
se defender”, explicou.
O sensei falou sobre o futuro do MMA. Segundo
Paulo, essa é uma modalidade que hoje cresce muito
no Brasil e em todo o mundo, é seguro e profissional,
deixando uma dica preciosa para os atletas: “Não
perca o foco, trabalhe e treine com profissionalismo,
não só o físico, mas principalmente o espiritual. O
sucesso é enganoso, sempre queremos mais e mais”.
O evento contou com algumas personalidades das
artes marciais do estado, um deles, recentemente
homenageado pelo Tour da Taça da Copa do
Mundo, Ronaldo Silva, da Academia Champion e
coordenador do Projeto Atleta Olímpico de Boxe,
que ficou feliz em reencontrar, após 10 anos, o amigo
de início de carreira.
“Palestra e demonstrações são muito bem vindas
para os profissionais de Roraima e repassadas por
um campeão e amigo de muitos anos, é melhor
ainda. Paulo é meu irmão mais velho, me treinou,
é um parceirão de boxe, mesmo mais experiente
e campeão de karatê, ele era humilde pra receber
minhas orientações também no boxe, fiquei muito
feliz de reencontrá-lo hoje aqui”, frisou.
Mônica Lopes foi uma das mulheres que subiu ao
tatame com Paulo Afonso para uma demonstração.
Ela pratica o muay thai há sete anos e é apaixonada
pela modalidade. “Experiência maravilhosa com
o sensei no tatame. Há muito tempo eu não vejo
um evento como esse dentro da igreja. Eu sou
fruto de projeto de artes marciais dentro de uma
igreja, no Estado de São Paulo, e hoje pela primeira
vez vejo aqui várias modalidades, em um evento
grandioso, com um renomado mestre de karatê nos
presenteando com essas palestras e conhecendo sua
experiência de vida”.
O pastor Márcio Lugão confirmou o sucesso do
evento e disse que a mensagem foi plantada nos
corações dos atletas. “Foi um sucesso, nunca vi tantas
modalidades juntas antes, líderes, professores e
alunos apaixonados pelas artes marciais. Eu creio que
o amor de Deus foi semeado nos corações dessas
pessoas por meio das experiências de vida do Paulo
Afonso”, afirmou.
Em sua estadia em Boa Vista, o sensei também
falou dos valores do esporte e de sua experiência
com Jesus para cerca de 300 crianças, no Instituto
Batista de Roraima e na Escola Estadual Lobo
D´Almada, e ainda visitou duas academias.
Paulo Afonso- Foi capa da primeira edição da
revista Celebrando a Vida. Ele tem 45 anos, destes,
27 dedicados ao karatê, judô, jiu-jitsu, boxe, entre
outras modalidades. É mentor da região norte da
Coalizão Brasileira de Esportes (CBE). A tradição
no esporte já alcançou seu filho mais novo, Igor,
bicampeão brasileiro e campeão sul-americano de
karatê, que vai disputar o mundial no Japão, ainda
este ano.
Sua relação com Lyoto Machida é mais que um
relacionamento entre treinador e profissional.
Desde os 14 anos, Paulo Afonso treina com o pai
do lutador, Yoshizo Machida, seu mestre. No UFC,
foram duas oportunidades em que Afonso treinou
Lyoto: UFC 129 e 140.
Celebrando a Vida − 16
TEXTO | Jamile Carvalho
Celebrando novas
oportunidades de
negócios
Uma receita simples e econômica que garante
uma renda extra após a aposentadoria. A
oportunidade foi proporcionada pela primeira
edição da revista Celebrando a Vida
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
do IBGE (Pnad), com dados de 2012, mostra
que os brasileiros se aposentam cedo, com 53
anos de idade, em média. O estudo aponta que
a aposentadoria precoce resulta em um total
de 5 milhões de aposentados que continuam
trabalhando. Segundo o IBGE, 35,5% dos
aposentados voltaram a trabalhar por conta
própria. Esse foi o caso de Avany Oliveira.
Ela sabia que ao se aposentar, o salário reduziria,
comprometendo, assim, as despesas da casa.
Dessa forma, junto com sua filha, Arlene,
pensava, em como aumentar a renda. “Queríamos
fazer algo, já estávamos orando e pensando no
que seria. Foi quando a solução chegou às nossas
mãos”, explicou Arlene.
Após conhecer a receita do bolo de macaxeira
da vovó Duquinha, publicada na primeira
edição da revista Celebrando a Vida, decidiram
que produziriam e venderiam bolos por conta
própria. Assim que fizeram os testes iniciais e
experimentaram o produto, Deus confirmou
em seus corações a possibilidade de fabricar e
comercializar em sua própria casa.
No dia seguinte, foram comprar as fôrmas e, com
a receita em mãos, fizeram ainda bolos de milho
e carimã, iguarias típicas do nosso estado. Mas, o
carro-chefe é mesmo o de macaxeira. “A maioria
das pessoas que compram com a gente elogiam
muito. Elas dizem que nunca comeram um bolo
tão gostoso assim”, comemoram.
O amazonense Evandro Vallen, que é agente de
viagens, sempre gostou muito de bolos e disse
que a receita é deliciosa. “Minha mãe, que mora
em Manaus, é especialista em bolos. Eu ainda
não tinha experimentado aqui em Boa Vista
um bolo de macaxeira tão gostoso quanto esse.
É mais molhadinho, macio, muito gostoso. Eu
Celebrando a Vida − 17
sempre compro o bolo que elas fazem, até já
perguntei o segredo, mas elas não revelam”,
disse Evandro, satisfeito.
Avany diz que já sabia fazer esse tipo de bolo,
mas a nova receita é diferente e inovadora. A
diferença é que ela sempre colocava canela
e cravinho, mas agora, quando compara as
duas formas de fazer, acha que sua massa era
mais áspera. “Fazia sem medidas, hoje meço
tudo, não perco ingredientes e nem deixo mais
pedaços de macaxeira como antes”.
Hoje, a produção da família é de mais de 170
bolos por mês. A meta atual, segundo as novas
empreendedoras, é expandir a produção, com
bolos de leite, de trigo com goiabada e outros.
Como os bolos são feitos por encomenda, o
objetivo é que assim que aumentar a renda elas
comecem a vender também nas repartições.
Atualmente são mais de 30 clientes que compram
semanalmente. Os bolos chegam também em
lojas, igrejas e agências de viagens.
Desde que começaram a atividade, estão
festejando o sucesso do negócio. “Aceitamos
encomenda também para eventos, como café da
manhã. O bom é que nós fazemos nosso horário.
Os amigos ajudam bastante recomendando a
outros amigos. Essa é a melhor propaganda, a de
boca a boca. Utilizamos ainda as redes sociais
para a divulgação e muitas pessoas, que nem
conhecemos, nos procuram para comprar bolos.
Deus, através da revista, nos abriu uma nova
porta de negócio”, declarou Arlene.
O investimento está progredindo e mãe e filha
comemoram os três meses de trabalho intenso.
Para muitos autônomos, manter o próprio
empreendimento é um desafio. Com elas não é
diferente, uma vez que as lutas surgem a cada
dia que se inicia. Mas a dupla não desanima.
A atividade está só começando, mas já rende
ganhos extras e a família celebra a oportunidade.
Hoje, a produção
da família é de
mais de 170 bolos
por mês.
Celebrando
Celebrando
a Vida
a Vida
− 18
− 18
CAPA
TEXTO | KARLA PiNHEiRO
Conversa FranCa CoM
WilliaM douglas
“Na adolescência comecei a procurar provas se Deus
realmente existia e posso dizer que, não do jeito
que eu gostaria nem no tempo que eu queria, mas
de forma efetiva e tremenda, Deus me mostrou que
não apenas existe e está vivo, mas que também se
importa comigo”.
Nesta edição, você vai conhecer um pouco da
história de um brasileiro que, literalmente, não
desiste nunca. Essa foi a única frase que encontrei
para definir William Douglas Resinente dos
Santos, um homem inspirado por Deus que tem
a capacidade de nos inspirar em cada palavra
e atitude tomada durante a vida. Sua força e
perseverança diante das adversidades é uma
grande lição para todos nós.
Apesar de hoje ser considerado um profissional
bem sucedido, durante anos amargou diversas
reprovações em concursos públicos e após um
período de muita pressão, frustração, trabalho
e persistência, deslanchou profissionalmente,
sendo aprovado em vários concursos públicos,
sucessivamente.
1. Fale um pouco da sua história de vida e da
sua paixão pelos estudos.
Sou filho de uma família humilde. Eu fui
praticamente “treinado” pelos meus pais
para prestar concursos. Eles eram servidores
públicos e queriam que eu buscasse a
estabilidade e a segurança que os cargos
públicos oferecem. Após cumprir a “missão”
dada por eles e passar nos concursos, acabou
aparecendo meu lado empreendedor, como
editor, escritor e palestrante.
2. O senhor é recordista de aprovação em
concursos públicos para os mais altos cargos
jurídicos. Qual a fórmula desse fenômeno?
Ele é juiz federal, professor, escritor do best-seller
“Como Passar em Provas e Concursos” e “As 25
Leis Bíblicas do Sucesso”, palestrante, marido de
Nayara Pontes Pimentel e pai de três filhos. Nunca
abandonou a atividade como juiz federal, onde foi
premiado por produtividade.
Na verdade, existem pessoas com mais
aprovações do que eu. O que fez surgir minha
fama é porque eu fui a primeira pessoa que
resolveu ensinar a quem vinha atrás a passar
nas provas e concursos. Para isso, sistematizei
tudo o que eu tinha aprendido para conseguir
passar. E fazer esse “serviço” para os outros
foi algo que se originou do fato de eu ter
sido educado com valores bíblicos: ajudar o
próximo, fazer o bem etc.
Primeiro lugar na lista de livros mais vendidos da
Revista Veja, Folha de São Paulo, Valor Econômico,
Você S.A e Publishnews, já vendeu mais de 800 mil
livros e conversou com exclusividade com a revista
Celebrando a Vida sobre sua paixão pelos estudos,
carreira, relação com Deus e família.
A fórmula? Um conjunto de atitudes e
comportamentos, assim como de técnicas
para aumentar a produtividade. É preciso uma
mistura de persistência, dedicação e de saber
abrir mão de muitas coisas. Não existe fórmula
mágica ou receita de bolo, mas existem técnicas
CAPA
que, quando aplicadas ao estudo
dedicado e comprometido, podem
fazer grande diferença. Falo mais
sobre isso em meu livro Como
Passar em Provas e Concursos
e também no meu site, www.
williamdouglas.com.br.
3. As editoras não aceitaram
publicar o seu livro “Como
Passar em Provas e Concursos”
e o senhor abriu sua própria
editora para publicar o livro,
que se tornou um best seller.
De onde vem tanta inspiração,
perseverança e motivação?
Uma das fontes é Deus, outra, a
necessidade de achar meu espaço,
meu “lugar ao sol”. Costumo citar
um pensamento que ouvi: “Você
tem que jogar com as cartas que
vieram para sua mão”. Nós não
temos um outro “eu” para ir viver
a vida... então, temos que trabalhar
e investir naquilo que somos
para podermos nos transformar
naquilo que podemos ser. Ficar
se lamentando, vitimizando ou
chorando pelo que não temos
ou não teremos não é eficaz, não
muda nada. Então, eu sempre
vou fazer meu melhor, se não
conseguir, tentarei melhorar para
a próxima e, sempre, sempre e
sempre, peço e conto com a ajuda
de Deus nos meus projetos.
4. O senhor, no começo da
carreira, não passava em
nenhum concurso. Apesar disso,
continuava tentando e hoje é um
fenômeno brasileiro. Em algum
momento desistiu? O que o
trouxe de volta?
Costumo contar em minhas
palestras que certo dia, após
diversas reprovações e muito
cansaço, eu desisti. Rasguei as
apostilas e disse: “eu não preciso
disso! Vou cuidar da fazenda da
Celebrando a Vida − 19
minha mãe, da siderúrgica de meu
pai. Vou viver a vida.” E naquele
dia eu desliguei de tudo. Acontece
que nem meu pai tinha uma
siderúrgica, nem minha mãe uma
fazenda! (risos). No dia seguinte,
acordei cedo, peguei as apostilas,
colei as partes rasgadas, sentei e
voltei a estudar. Desistir é normal,
mas você tem de ter muito claros
seus objetivos e motivações para
retornar. Eu queria mudar de vida,
garantir um futuro melhor para
minha família, queria viajar e tudo
isso o concurso me garantiria.
5. Como foi lidar com o fracasso
de tantos concursos reprovados?
Quando percebi que sucesso
e fracasso não eram pessoas,
mas situações, ficou bem mais
simples lidar com eles. Quando
pensamos no fracasso como
pessoa, ele nos coloca para baixo,
nos faz acreditar que não somos
Celebrando a Vida − 20
capazes. Quando o vemos como
situação, basta um passo, uma
iniciativa, garra para superá-la.
Costumo ensinar às pessoas que
uma reprovação pode ser muito
útil para alguém ser aprovado
no futuro. Para isso, basta que
a pessoa procure aprender com
seus erros, corrigindo-os, ou
seja, que utilize os reveses como
professores, não como opressores.
CAPA
um espaço de convivência social
apesar das diferenças, por mais
agudas que elas possam ser. Creio
que a discussão sobre estes temas
atualmente está permeada por
muita inabilidade de parte a parte,
por muita incapacidade de sentar e
criar um caminho que respeite as
formas diferentes de ver o assunto
e que enfrente os problemas e a
realidade social do país.
mente as pessoas que irá ajudar, a
mudança que promoverá em sua
vida e nas daqueles que o cercam.
Tudo isso é motivação. Provar que
você é capaz, superar limitações
auto impostas ou dificuldades
reais são outros fatores que podem
motivar a pessoa. Os anos de
estudo, quando aliados a emendas
e otimização, são indicadores do
conhecimento acumulado. Se isso
8. O senhor disse que a diferença
entre o sonho e a realidade é a
quantidade certa de tempo e
trabalho, e que concurso não se
faz pra passar, mas até passar.
Como manter o foco, mesmo
depois de tantos anos de estudo?
não está acontecendo, é necessário
saber o que pode ser modificado.
6. O senhor publicou o livro
“Ajude o seu filho a ser um
Vencedor”. Como o senhor tem
feito isso, já que tem filhos?
Eu tenho três filhos, uma menina
e dois meninos. Procuro dar
oportunidades,
condições
e
transmitir um pouco do meu
conhecimento para eles. gosto de
ter tempo para jogar, montar Lego,
ler para eles e ouvir suas histórias.
Acredito que ser presente, ser um
exemplo e transmitir valores é o
que torna seu filho um vencedor.
Nem sempre consigo fazer tudo
da forma como gostaria, mas me
esforço. E ter minha esposa ajuda
muito... ela é, na minha família,
parte essencial do “time”. Também
os crio dentro do Evangelho, como
fui criado e sou grato por isso.
7. Estamos no mês da família
e sabemos que a família é um
projeto de Deus para a sociedade.
Estão discutindo no congresso
um projeto que altera o padrão
de família da forma como Deus
criou. O que o senhor pensa a
respeito disso?
Sou cristão e acredito na família nos
moldes criados por Deus. Por outro
lado, não devemos impor nossas
crenças à força. Daí é preciso criar
A chave para foco, organização,
disposição e tudo o mais que
envolve um estudo de qualidade
é a motivação. Saber para que
servirá aquele esforço. Ter em
9. Se pudesse resumir “As 25
Leis Bíblicas do Sucesso” em
um parágrafo, o que o senhor
diria aos milhares de jovens que
neste momento estão buscando
o sucesso?
A Bíblia é recheada de
ensinamentos que podem ser
aplicados na carreira profissional e
CAPA
no mundo dos negócios. Este não
é o assunto mais importante da
Bíblia, mas a sabedoria para estas
coisas também está lá. No mundo
dos negócios e dos concursos, tal
como nas igrejas, certamente é
necessário investimento, muito
trabalho e dedicação, mas as
oportunidades surgem para as
pessoas que estão atentas a elas.
A Bíblia fala ainda para tratar o
próximo como gostaríamos de ser
tratados. imagine uma empresa
cujos produtos e serviços sigam
este princípio? imagine um
patrão, gerente ou subordinado
que faça isso? Certamente seriam
empresas, serviços e pessoas bem
acima da média, que honrariam a
Palavra e ainda seriam admirados
e premiados no plano secular, pelo
mercado. Eu, se tiver que resumir
tudo, resumiria nesta lição de
Jesus Cristo, conhecida como “A
regra de Ouro”.
10. O senhor, além de juiz federal
é escritor, palestrante e dono
de uma editora. Com tantas
atribuições, como sobra tempo
de qualidade para família?
Não “sobra”. Se for para sobrar...
não vai sobrar, mas faltar! A
Família não pode ficar com o resto
ou com as sobras. O que temos
que fazer é aprender a administrar
e dividir o tempo.
Claro que não é nada fácil, sem
dúvida que não é. Costumo falar
isso em meus vídeos e palestras.
Reúno as atribuições de juiz,
professor, escritor, conselheiro
na editora impetus, pai e marido
e, às vezes, parece que não há
tempo para nada. Meu pai, em sua
sabedoria, sempre me falou que
“tempo não se tem, tempo se faz”
e aprendi isso ao longo da minha
preparação para os concursos,
com a montagem do quadro de
horários, que é o que me ajuda, até
hoje, a administrar as inúmeras
atribuições. E, mais ainda do que
isso: ter equipes competentes,
motivadas e treinadas.
Acho que o mais importante
é dedicar-se a atividade que
está realizando sem pensar no
que deveria estar fazendo ou
no que poderia estar fazendo.
Quando estou na justiça federal,
meu foco está lá, quando com a
família, minha atenção é voltada
a eles e assim por diante. Outro
ponto muito relevante para se
Celebrando a Vida − 21
tornar possível fazer muitas
coisas com razoável grau de
sucesso, é o seguinte: delegação.
Criar e manter líderes e equipes
competentes e motivadas é uma
das fórmulas para multiplicar o
tempo e os resultados, e eu invisto
muito nisso.
11. Fale um pouco de sua decisão
por Jesus, o que o fez se decidir
por ele e em quais circunstâncias
isso aconteceu?
Fui criado em um lar evangélico e
nada mais natural do que começar
seguindo a religião de meus pais.
Como todo jovem, no entanto, tive
minhas dúvidas quanta à minha
fé. Um dia, tive a comprovação
Celebrando a Vida − 22
CAPA
que precisava. Estava prestes a
cair de um muro alto. Não sei ao
certo o que iria acontecer se eu
caísse, mas sem dúvida iria me
machucar. Foi quando senti uma
mão me pegando e me colocando
novamente em cima do muro. É
isso mesmo que você leu: uma
grande mão que me amparou na
queda e me colocou novamente
sobre o muro, em segurança. Foi
uma experiência única e, depois
dela, não duvidei mais e nunca
mais deixei de sentir a presença
e influência de Deus em minha
vida. O que estou narrando é
tão inusitado que seria mais
conveniente que eu mantivesse
segredo
dessa
experiência.
Porém, prefiro correr o risco
de alguém achar que eu sou
louco do que correr o risco de
não contar um acontecimento
tão relevante. Mas, não é uma
história isolada: tenho mais de
uma dúzia de ocasiões onde
Deus interferiu de forma clara
e contundente na minha vida.
Por isso, digo que não conto
essas experiências na qualidade
de “juiz”, mas de testemunha. E
a prova testemunhal é válida em
juízos e tribunais.
12.
Boa Vista, capital de
Roraima, é considerada uma
cidade universitária. Temos
muitas universidades e um
número relativamente pequeno
de habitantes. O que o senhor
diria para esses jovens que estão
nesse momento estudando para
passar em um concurso?
Não creio que o número
pequeno ou alto de estudantes
ou de habitantes seja o fator mais
relevante. O que realmente fará
diferença é o elemento individual,
ou seja, se a pessoa irá fazer a sua
parte para melhorar de vida. Se
ela fizer, terá sucesso qualquer
que seja o número de pessoas
que a comunidade onde estiver
inserida possuir.
Falando sobre concursos, quero
começar me dirigindo àqueles
que estão pensando em desistir.
Se você não desistir, já estará na
frente de todas as pessoas que
desistiram e daquelas que sequer
tentaram. A caminhada rumo ao
cargo é demorada e dá trabalho –
não se pode dizer o contrário disso
– mas o resultado, o fim, o objetivo
é totalmente recompensador.
Você ter condição de mudar a
sua vida, de ajudar sua família, de
garantir um futuro melhor para
as pessoas que você ama é uma
recompensa muito grande para o
esforço e o “sacrifício” que é feito
ao longo do processo e isso, por si
só, deve ser uma motivação e uma
injeção de ânimo para que você
não desista da caminhada. Para
esses, só mais uma reflexão: “O
sucesso dói e dá trabalho, mas dói
menos e demora menos do que
não ter sucesso ou do que desistir
ou do que não ter sonhos nem
planos e ficar à margem da vida.”
(como digo no livro já citado, As
25 Leis Bíblicas do Sucesso).
Para os que estão começando:
SEJAM BEM-ViNDOS! A estrada
é longa, pode ter obstáculos,
mas o prêmio é bom. inicie sua
preparação traçando seu objetivo,
descubra sua motivação, assimile
técnicas de estudo e se cerque de
bons conselheiros (professores,
concurseiros mais experientes,
escolha bem seus “gurus” – risos
– e vá buscar seu sonho).
Existe uma quantidade enorme
de vagas a serem preenchidas no
serviço público e todos os anos
novas vagas surgem por conta
de aposentadorias, falecimentos,
servidores públicos que fazem
novos concursos e “liberam” a
vaga antes ocupada e pela criação
de novos cargos mediante lei.
Então, quem entrar nessa “fila”
ou quem já está nela, e fizer o
que precisa ser feito durante o
prazo necessário para colher os
resultados, encontrará seu espaço,
seu lugar no serviço público.
Terá também todas as vantagens
e prerrogativas devidas, que são
muitas, e a oportunidade de
servir à comunidade e ser útil
ao país e a Deus. Quem passar,
recomendo que veja meu site
www.revolucao.info.
13. De que forma podemos
trabalhar em harmonia o
sucesso profissional e o nosso
ministério?
Aplicando as 25 leis bíblicas do
sucesso tanto em um quanto
em outro.
14. Se o senhor pudesse definir
em uma frase o que foi realmente
relevante para a guinada
profissional, o que diria?
Seguir as orientações da Bíblia
foi determinante para minha
vida profissional. Foi por sua
orientação que lancei o livro
“Como Passar em Provas e
Concursos” e, depois, o livro
“As 25 Leis Bíblicas do Sucesso”,
dentre outros. Porém, mais do
que nos livros, a influência da
Bíblia está em cada projeto que
realizei.
AgENDA CULTURAL
Celebrando a Vida − 23
Na Cabeceira
As 25 Leis Bíblicas do Sucesso
William Douglas & Rubens Teixeira
Publicado pela Editora Sextante em 2012, o livro está entre os mais vendidos do
Brasil. De uma forma inspiradora, As 25 Leis Bíblicas do Sucesso ensina como usar
a Palavra de Deus para transformar sua carreira profissional e obter sucesso em
seus negócios. Os autores listam diversos valores, fundamentados biblicamente, que
são essenciais para quem deseja vencer na vida.
William Douglas e Rubens Teixeira fazem um apanhado com depoimentos de homens
e mulheres de sucesso, que, de forma direta ou indireta, utilizam os ensinamentos
bíblicos para direcionar suas vidas no dia a dia do mundo dos negócios.
O livro é sem dúvida, uma fonte de inspiração e mais uma prova das promessas e
preciosidades que as Escrituras reservam, e que se transformam dia após dia.
Família Para Sempre - Carlito Paes
O livro reafirma o plano de Deus para as famílias e, de forma autêntica, apresenta
ensinamentos especiais para ajudar pais, mães e filhos a encararem com leveza os
desafios diante da realidade do mundo atual, preservando a união e o amor.
Uma leitura edificante para tempos em que a família sofre, em que lares são desfeitos
e os laços entre familiares são rompidos por causa do orgulho e da falta de amor.
O pastor Carlito Paes escreve neste livro sobre atitudes importantes para a restauração
da família e para o resgate dos laços de amor. É um manual que ensina, de maneira
divertida e leve, como investir na saúde e edificação da família para que seja eterna.
ASSISTA
O Amor vem Devagar
(Love Comes Softly – 2003)
Desafiando Gigantes
(Facing the giants – 2006)
Não é um filme novo,
mas histórias de amor são
atemporais. O Amor Vem
Devagar, é uma adaptação de
um best-seller americano da
escritora Janette Oke, e conta
a história da jovem Marty
(Katherine Heigl), que vê sua
vida desabar ao ficar viúva.
Uma história tradicional de
perseverança e fé no próximo.
Desafiando gigantes é dirigido
por Alex Kendrick, que também
protagoniza a história. O drama
conta a história de um treinador
de futebol americano que após
uma temporada de derrotas, corre
o risco de perder o emprego.
Celebrando a Vida − 24
TEXTO | JÉSSiCA MiRANDA
Entre a vida real e virtual
Não é nenhuma novidade falar que as redes sociais
têm formado verdadeiros dependentes hoje em dia.
Esquecer o celular em casa é quase o fim do mundo,
descarregar a bateria do iPhone enquanto se está na
rua, vira uma tragédia hollywodiana.
Quem nunca se irritou ao ver que o outro visualizou
a mensagem no whatsapp e não respondeu que atire
a primeira pedra. Tornamo-nos seres imediatistas.
Não importa se o outro está trabalhando, estudando
ou ocupado com outra coisa, ele viu, ele tem que
responder. A pressa afetou a escrita de outros tantos,
abreviar as palavras é necessário.
É quase impossível conhecer alguém em nosso círculo
de amizades que não tenha, pelo menos, uma dentre
estas redes sociais: Whatsapp, Facebook, instagran,
Twitter ou Skype. Depois que elas surgiram, cartas,
ligações, visitas, entre outros, foram quase que
extintos.
Praticamente tudo pode ser resolvido no universo
virtual: reuniões, declarações de amor, discussões e
assim por diante.
Antes, o uso da internet ficava restrito ao público
jovem, agora não há mais restrições, todos estão
conectados: adultos, jovens, adolescentes, o vovô e
a vovó, e, o mais preocupante, as crianças. imagino
a dificuldade de um professor em sala de aula que
precisa disputar a atenção de seus alunos, munido de
um pincel de quadro branco, enquanto os pequenos
têm ao alcance de suas mãos um aparelho que lhes
conecta ao mundo. É mesmo uma disputa desigual.
Os jovens não ficam atrás quando o assunto é estudo.
Não é nada fácil se concentrar na leitura de um livro
Celebrando a Vida − 25
quando seu celular insiste em apitar ou acender aquela
luzinha instigante, que insiste em anunciar uma nova
mensagem.
Há uma busca desenfreada por ser aceito e conhecido
nas redes sociais. Comentários como “me segue que te
sigo de volta”, “troco likes (curtidas)”, estão em várias
postagens no instagram, inclusive entre pessoas que
nem se conhecem. Outros utilizam as redes sociais
como diários virtuais e derramam ali todas as suas
lamúrias de detalhes do dia-a-dia, revelando sua
carência e necessidade de atenção.
Não dá pra negar, no entanto, que as redes sociais
trouxeram inúmeras vantagens. Nunca foi tão fácil se
comunicar, deixar recados, divulgar eventos, vender
produtos e serviços. É por lá que muitas vezes ficamos
sabendo que nosso amigo casou, a amiga está grávida,
tem um restaurante novo na cidade, etc. Mas como
qualquer coisa na vida, as redes sociais também
possuem um lado não tão bom assim. Sair com os
amigos até que é uma tarefa fácil, mas, obter a atenção
de todos enquanto estão juntos, é uma missão quase
impossível. Por algumas vezes, eu e meus amigos já
tivemos que utilizar a seguinte tática: recolher todos
os aparelhos celulares e deixar em cima da mesa; o
primeiro que pegasse, pagava a conta de todos. Claro
que isso funcionou pouquíssimas vezes, será por quê?
Fica claro, então, que o que transforma a rede social
em vantagem ou desvantagem, é quem está do outro
lado utilizando-se dela. Ela por si só não tem poder
algum. Tem muita gente usando a internet e seus
artifícios para coisa boa e do bem, enquanto tem gente
que cada vez mais se distancia dos seus para viver uma
vida impalpável, esquecendo que ela uma hora acaba.
Enquanto uns desfrutam e vivem com intensidade
tudo que Deus nos proporciona, outros, simplesmente,
ficam off-line.
Celebrando a Vida − 27
Celebrando a Vida − 27
COMPORTAMENTO
TEXTO | Ângela Nunes - Psicóloga
Lembranças
amargas de uma
vida interrompida
Independente da idade, todo ser humano no decorrer
da vida passa por transformações de diversas
naturezas. Em especial na adolescência, quando
se inicia as transformações mais arrebatadoras de
nossas vidas, onde deixamos de ser criança para nos
tornarmos adultos. É uma linha tênue, já que não são
totalmente imaturos nem completamente maduros.
É quando poderão ocorrer mudanças repentinas, que
podem alterar toda uma rotina pré-estabelecida pela
família, pela escola e até mesmo pela sociedade. Entre
estas, certamente, podemos mencionar a gravidez na
adolescência. De modo profundo e completo, essa
experiência afeta a vida das jovens que a vivenciam,
modificando-a definitivamente. Há um adágio popular
que diz: “A primeira vez a gente nunca esquece”.
Essa lembrança para muitas adolescentes pode
não estar associada a uma saudável nostalgia, pois
as causas que a motivaram, muitas vezes, deixam
lembranças amargas de um ato precipitado.
A gravidez precoce pode vir a interromper as
descobertas do mundo na adolescência, e ainda o
processo de desenvolvimento característico da idade,
ao assumir responsabilidades e papéis antecipados.
Tal fato vem consolidar de forma radical a inserção
da adolescente no mundo adulto. A vida de faz-deconta deixa, literalmente, de existir, dando lugar a
uma dura realidade de abnegações em favor do ser
que foi gerado. Tudo isso nos leva a pensar no dano
acrescido a esta vida: nem adolescente plena, nem
adulta inteiramente capaz.
Assim, como conviver com tal realidade, sem deixar
de ser adolescente, e, simultaneamente, aceitar
sua nova condição de mãe? Surgem incertezas,
questionamentos, anseios, sentimentos repletos de
culpa, alternados com sentimentos de novidade
em relação a esta nova condição. Hoje, com a
contemporaneidade, esta temática vem sendo
debatida nos mais diversos meios de comunicação,
entre eles: telejornais, revistas, jornais impressos,
internet, entre outros.
Os dados são assustadores! A cada ano que passa
há um elevado índice de mães precoces. Cada vez
mais esta cena se repete – uma criança “cuidando”
de outra, seja na televisão, nas praças, nos lares,
independentemente de classe social.
“Estas cenas deixaram de ser algo extraordinário e
entraram na rotina de nosso país, sendo vistas não
mais como algo fora do comum, mas sim como o que
pode acontecer em qualquer família.”
Ao vermos uma adolescente gerando filhos nas
condições anteriormente mencionadas, já podemos
caracterizar tal situação como contrária à vontade
de Deus. Em Provérbios 22.6 diz: Ensina a criança
no caminho em que deve andar, e ainda quando
for velho, não se desviará dele. Isso deixa clara a
responsabilidade que a família tem na educação de
seus filhos com base nos princípios cristãos.
Por outro lado, também, cabe à Igreja desempenhar o
seu papel de disseminar com mais ênfase os preceitos
bíblicos de família, promovendo aos pais e aos filhos
esse suporte.
O amor e o ensino dispensados aos nossos
filhos serão de grande valia nessa fase da vida,
principalmente se os fundamentarmos à luz das
Escrituras.
7
.com
PORTAL CRISTÃO DE NOTÍCIA
Celebrando a Vida − 28
Celebrando a Vida − 29
NA PANELA
Bolo de Carimã da Gerusinha
A região norte é rica em alimentos nutritivos,
extraídos da própria natureza. É comum encontrar
em algumas casas pratos saborosos e preparados
com os produtos de origem indígena, de fácil
acesso na região. A farinha de carimã, também
conhecida como puba, é um desses exemplos.
Excelente substituta da farinha de trigo e bastante
digestiva, a farinha de carimã é obtida a partir
da fermentação da raiz da mandioca. É fonte
de carboidratos e uma excelente iguaria para
produção de bolos e mingaus, tendo em sua
composição 80% de amido, além de ferro e fibras.
Conversamos com gerusa Pereira e ela preparou
uma receita saborosa e muito comum na nossa
região, o Bolo de Carimã. Então, bom apetite!
Ingredientes:
1 pacote de carimã
2 xícaras de açúcar
3 ovos
250 gramas de manteiga ou
margarina gelada
1 vidro pequeno de leite de coco
1colher de sopa de fermento
Modo de preparo
Coloque a massa de carimã em uma vasilha e
exponha ao sol por cerca de uma hora, depois
peneire e reserve.
Na batedeira coloque o açúcar, a manteiga e os ovos.
Bata bem até ficar um creme bem fofo.
Acrescente o leite de coco e a massa.
Bata mais um pouco.
Desligue a batedeira, acrescente o fermento e
mexa com uma colher, só para misturar.
Coloque em uma forma untada e polvilhada
com trigo.
Leve ao forno para assar por 40 minutos.
Rende 15 porções.
Você escolhe os ingredientes e
nós montamos o cachorro quente
do seu jeito!
Rua Ajuricaba, 1334 – Centro Fone: 9132-7307
Celebrando a Vida − 30
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PARtIU
TEXTO | JÉSSiCA FERRi
Monte Roraima
Uma aventura extraordinária ao topo do mundo
O Monte Roraima, também conhecido como “O
Monte Testemunho”, está cravado no extremo
norte do Brasil, dividindo-se entre as fronteiras da
Venezuela e guiana. Considerado um dos lugares
mais primitivos da face da Terra, o Monte possui
formações rochosas com mais de um bilhão de anos.
Um mundo fabuloso que parece inatingível pela sua
grandeza, mas que está de portas abertas para revelar
suas singularidades a quem quiser contemplar.
O nome, que também batiza o estado de Roraima,
deriva da junção das palavras roro, rora e ímã, que
na língua indígena ianomâmi, significa verde e serra,
respectivamente. O gigante, com mais de 2.800
metros de altitude, atrai aventureiros de todas as
partes do mundo.
O topo do Monte Roraima reserva em sua planície
lugares deslumbrantes como o Vale dos Cristais, poços
naturais de águas límpidas, o Paraíso das Cachoeiras, e
formações rochosas que sugerem histórias de tempos
remotos. Visões e experiências intensificadas pela
atmosfera de um lugar envolto de nuvens e rajadas de
ventos que parecem ecoar a voz de Deus.
Uma expedição ao Monte Roraima é especial não
apenas pelas riquezas naturais que o lugar possui, mas
também pelas experiências acrescentadas às vidas de
quem se aventura. A relações públicas, inaiara Sá,
resolveu vivenciar esse momento junto com um grupo
de amigos, em abril deste ano. “O Monte Roraima
é especial pela forma como a natureza se apresenta,
mas também, pela maneira como chegamos até ele. A
caminhada é exaustiva e ao mesmo tempo gratificante.
Ao vencer cada passo não só vemos, mas vivemos o
Roraima”, destaca inaiara.
A jovem aventureira relembra os pequenos encantos
da caminhada até o topo do Monte e faz questão
de aplaudir o lado brasileiro do Monte. “Roraima
tem locais paradisíacos que atraem turistas do
mundo inteiro. Parece improvável, mas a trilha
estava congestionada de tanta gente. Várias línguas
e nacionalidades se comunicando com olhos
emocionados, suspiros e sorrisos largos”, conta.
A EXPEDiÇãO
Por ano, o Monte Roraima recebe cerca de 3.500
visitantes em expedições. De acordo com Magno
de Souza, da Agência Roraima Adventure Turismo,
todos os caminhos que levam ao topo da montanha
são relativamente seguros e acessíveis a todos. “Há
várias alternativas de viagem ao Monte Roraima,
desde caminhadas até a possibilidade de ir de
helicóptero”, destaca.
Segundo Magno, existem pacotes específicos para
cada perfil de viajante. Os aventureiros podem
escolher os roteiros de acordo com a quantidade
de dias que deseja ficar no topo. “Primeiro, é
importante que a pessoa goste de atividades
na natureza. Depois, que ela tenha consciência
que montanhismo é diferente de uma simples
caminhada. Considerando que ela goste desse tipo
de aventura e esteja disposta às características da
viagem, passamos para a apresentação do Monte
Roraima como uma aventura singular”, completa.
Celebrando a Vida − 31
JOãO SiLVA | PROFiSSiONAL DE EDUCAÇãO FÍSiCA
Exercícios físicos para
envelhecer com saúde
O processo de envelhecimento humano provoca
diversas alterações e desgastes em nosso organismo
e ocorrem de modo progressivo e irreversível,
processo esse que se diferencia de um indivíduo
para o outro, cada indivíduo envelhece de
forma diferente. O resultado desse processo é a
diminuição da capacidade funcional, tendo como
consequência uma dependência em realizar as
atividades do dia a dia, atividades estas que vão
sendo comprometidas com o passar dos anos e
provocando limitações funcionais, como cognição,
equilíbrio, perda de força e massa muscular,
depressão, bem como surgimento de doenças
crônico-degenerativas. O envelhecimento não é
só cronológico, é também biológico, funcional,
psicológico e social.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde),
uma população é considerada envelhecida quando
a proporção de individuos com 60 anos ou mais
atinge 7% com tendência a crescer.
O envelhecimento da população brasileira é uma
realidade, segundo iBgE (instituto Brasileiro de
geografia e Estatística), em 1960, 3,3 milhões de
brasileiros tinham 60 anos ou mais e representavam
4,7% da população, em 2000 14,5 milhões, ou 8,5%
dos brasileiros estavam nessa faixa etária, em 2010
eram 20,5 milhões a representação passou para
10,8% da população e em 2012, a expectativa de
vida ao nascer no Brasil passou para 74,6 anos. A
previsão é que, em 2020, 1 em cada 13 brasileiros
terá mais de 60 anos. Estas estatísticas apontam
que no ano de 2025 o Brasil será o 6º país no
mundo com maior população idosa.
A prática regular de exercícios físicos feito com
acompanhamento profissional especializado
e aliados a uma dieta e nutrição adequada e
especifica, proporciona melhorias significativas
na qualidade de vida do idoso, podemos citar o
aumento e o fortalecimento da massa muscular,
resistência, equilíbrio e flexibilidade, diminuição
de quedas, proporciona melhor mobilidade,
torna mais fácil subir escadas e carregar objetos,
melhora do controle postural, psicossociais,
cognição, entre outros durante o processo de
envelhecimento do indivíduo.
Mantenha-se ativo fisicamente e mentalmente e
lembre-se, antes de praticar qualquer exercício
consulte seu médico, procure um nutricionista e
um profissional de Educação Física e envelheça
com saúde.
Celebrando a Vida − 32
TEXTO | ARNóBiO VENÍCiO LiMA BESSA - MiLiTAR DA RESERVA
os Freios
da violÊnCia
O Brasil registra uma triste estatística que mostra
que 50 mil pessoas são vítimas de homicídio
anualmente. A situação se torna mais preocupante
porque o país possui a terceira maior população
carcerária do planeta. Esse quadro é o resultado de
um sistema policial dividido entre civil (judiciária
repressiva) e militar (administrativa preventiva),
um sistema judiciário criticado por sua lentidão e,
finalmente, um sistema de leis considerado brando
demais, somado a um sistema prisional falido.
Caso houvesse um sistema policial melhor, um
judicial mais ágil e um sistema de leis mais duro,
o Brasil passaria a ocupar a segunda posição
planetária em população carcerária. Porém, isso
não resolveria o problema da violência no país,
pois a polícia, a justiça, o sistema de leis e o sistema
carcerário atuam sobre os efeitos e não sobre as
causas da violência.
Por conta dessa situação, a humanidade criou três
freios para a violência: a família, a escola e a igreja.
Na família de hoje, as mulheres além de
trabalhar fora para ajudar no orçamento; em
casa, organizam o lar, cuidam dos filhos, desde
os deveres escolares, passando pelos domésticos,
participam de reuniões escolares, dão aulas para
os filhos, participam da liderança nas igrejas,
entre outras atividades. Os homens precisam ter
mais atitude e contribuir com suas esposas nesse
árduo trabalho de coeducar os filhos.
A escola, como sistema de ensino, também tem
falhado, pois sua intervenção tem se pautado na
ministração das ciências básicas, mas a educação
forma a ação. A escola hoje não dá sua parcela de
contribuição e não tem apoio da sociedade. O papel
da instituição escolar é tão importante que Confúcio
afirmou em um dos seus textos: “Educai a criança de
hoje e não precisarás punir o homem de amanhã”.
Por fim, a igreja, também tem falhado. As igrejas
precisam entender que são organismos vivos,
ministérios e não monastérios e, sobretudo, se
adequar às mudanças sem ferir a Palavra de
Deus. Precisamos estar onde os nossos jovens
estão e conquistá-los. Falar do amor de Jesus sem
religiosidade e ritos, apresentar um Cristo que
quer se relacionar conosco, ser nosso amigo e
companheiro de todas as horas.
A Bíblia apresenta Jesus de várias maneiras e uma
delas me veio à mente ao escrever este artigo. Ele é o
Príncipe da Paz e tudo o que a sociedade precisa é de
paz; da paz que excede todo o entendimento!
Para finalizar, digo que podemos fazer a diferença
onde estamos, seja como escola, família, igreja ou
Estado. Esta é nossa parcela de responsabilidade
no que intuiu o legislador brasileiro: “...direito e
responsabilidade de todos”.
Quanto ao dever do Estado, este é responsável,
sobretudo, pela reestruturação dos sistemas
policial, judicial, carcerário e legal e de promover
políticas públicas indutoras dos freios criados pela
humanidade.
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Celebrando a Vida − 34
Jarbas Bohn | Professor de Direito Constitucional
Ponto
de partida
Diversos estudiosos explicam a dignidade
humana como fundamentada na Bíblia Sagrada,
demonstrando um valor interligado ao homem,
onde seu potencial está no caráter, imagem e
semelhança de Deus.
que existe um plano global de individualização
e encarceramento de pessoas em seus próprios
mundos, focadas especificamente em seus
interesses. Um mundo esfacelado pelos interesses
individuais e não coletivos.
A dignidade da pessoa humana é, sobretudo, um
valor supremo, absoluto e construído ao longo da
história para garantir aos seres humanos direitos
fundamentais que muitas vezes são negligenciados
pela sociedade ou pelo Estado.
Nos dias atuais, os valores da existência humana
são devastados, pondo em perigo toda a
sociedade. Precisamos restaurar a expectativa
de um plano de apoio para todos. Dessa forma,
é apresentado o pensamento sobre o mundo e
sobre a humanidade a partir da oportunidade de
assumir o outro.
E o que isso significa na prática? Que todos os
homens são livres e iguais em dignidade e direitos.
A constituição brasileira estabelece que temos
direito: a educação, saúde, trabalho, moradia,
lazer, segurança, previdência social, proteção à
maternidade, proteção à infância e terceira idade, e
assistência aos desamparados.
No entanto, a sociedade registra a desigualdade
imposta pelo capitalismo e outras ideologias que
favorecem o individualismo. Tenho a impressão de
O respeito à dignidade de cada ser humano pode
ser a primeira ação realizada para obtermos
uma sociedade justa e solidária. Nada tem mais
repercussão positiva que ações positivas, ou seja,
ações que buscam o bem comum. Deste modo, a
dignidade da pessoa humana é o ponto de partida
para a realização da coesão social.
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