faculdades integradas ipiranga curso de licenciatura plena em

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faculdades integradas ipiranga curso de licenciatura plena em
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS
A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL
BELÉM
2013
THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS
A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como
requisito
avaliativo
da
disciplina
Seminários Avançados, Orientado pelo professor
Marcelo Augusto Vilaça de Lima.
BELÉM
2013
THAMYRES MONTEIRO DOS ANJOS
A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR: NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Avaliado por:
_______________________________
Marcelo Augusto Vilaça de Lima
Nota:__________________________
Data:__________________________
BELÉM
2013
À minha mãe Janaína Monteiro, por ajudar-me a
ser quem eu sou, pelo seu incentivo nos estudos,
apesar das dificuldades.
À minha avó Maria José, por acreditar na minha
capacidade e me apoiar sempre.
À minha filha Maria Eduarda, que mesmo com
minha ausência em alguns momentos, me deu
forças com um simples abraço apertado e um
lindo sorriso.
Thamyres Monteiro
AGRADECIMENTOS
À Deus em primeiro lugar, por um sonho realizado.
À minha mãe Janaína Monteiro pelo apoio que me deu em todas as horas, que segurou
minha mão todas as vezes que pensei em desistir, mostrando-me que sou capaz.
À minha filha Maria Eduarda que chegou no comecinho do curso, se hoje estou onde estou
é simplesmente por ela que foi uma das maiores forças que tive pra continuar, posso dizer
que sou completa por ter perto de mim uma mãe, uma avó maravilhosas, que apesar das
dificuldades sempre me mostraram como vencer na vida com um belo sorriso no rosto, e a
minha filha que apesar de pequena me ensina muito.
À minha família que mesmo distante sempre me apoiou, e incentivou.
Ao orientador Marcelo Vilaça, no qual contribuiu de maneira significativa no desenvolver do
trabalho, tendo uma enorme paciência comigo.
É pensando criticamente na prática de hoje ou
de ontem que se pode melhorar a próxima
prática.
Paulo Freire
RESUMO
Objetivou-se nesta pesquisa investigar quais os desafios que o pedagogo enfrenta na
Educação Infantil e quais a práticas utilizadas para desenvolver a Inclusão, na sala de aula
em uma escolar particular no Município de Belém, no decorrer do estágio na sala de aula de
uma turma do jardim II. Utilizou-se como proposta metodológica uma pesquisa bibliográfica
com base nos autores Vygotsky (1998), Souza (2006), Taylor (1992), Rosita (1998), Rosana
Vidal (2009), Freire (1996), Silva (2005), Mazzotta (1996) Libaneo (2005) Contente (2011).
Verificou-se que a partir das falas dos autores estes reconhecem a necessidade de se
discutir o tema Inclusão, pois contribui de forma significativa para o crescimento informativo
da sociedade em relação ao processo de Inclusão. Sabe-se que as exigências a instituição
em relação a preparação do docente torna-se freqüente, para garantir que saibam a maneira
correta de tratar o aluno incluso. Conclui-se que para a instituição incluir de forma eficaz
necessita oferecer aos docentes uma formação continuada através de palestras, livros para
que assim possam compreender mais como lidar com aluno deficiente para que não venha
a ocorrer exclusão.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Prática Pedagógica. Educação Infantil
ABSTRACT
The objective of this research was to investigate which practices the teacher uses in
Childhood Education to develop Inclusion in the classroom in a private school in the
Belém city, during the experience in the classroom of a class II kindergarten. Was
used as a methodological propose a literature search based on authors Vygotsky
(1998), Souza (2006), Taylor (1992), Rosita (1998), Rosana Vidal (2009), Freire
(1996), Silva (2005), Mazzotta (1996) Libaneo (2005) Content (2011). It was found
that from the statements of these authors recognize the need to discuss about the
topic Inclusion, it contributes significantly to the growth of the information society in
relation to the process of inclusion. It is known that the requirements in relation to the
institution's teacher preparation becomes frequent, to guarantee that they know the
correct way to treat the student included. We conclude that the institution include
effectively needs to provide continuous training to teachers through lectures, books
so they can understand more how to deal with disabled student to not occur
exclusion.
.
Keywords: Inclusion. Teaching Practice. Childhood Education
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
2 OBJETIVOS........................................................................................................................13
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................13
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS............................................................................................13
3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA....................................................................................14
4 RELATORIO DESCRITIVO.................................................................................................17
4.1 A PRÁTICA DO DOCENTE E O PROCESSO DE INCLUSÃO........................................17
4.2 OS DESAFIOS DO EDUCADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO................................19
4.3 PESPECTIVA ATUAL NO PROCESSO DE INCLUSÃO.................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................23
RECOMENDAÇÕES OU SUGESTÕES................................................................................25
REFERÊNCIAS......................................................................................................................26
10
1 INTRODUÇÃO
É de plena importância observar que a Inclusão Social, tem suas diversidades e
conquistas para pessoas com necessidades especiais, entretanto, não são todas as
Instituições que oferecem um ensino de qualidade aos mesmos. A escola é um local que
visa priorizar o desenvolvimento humano, nos aspectos cognitivos, profissionais e
intelectuais a partir da educação infantil que é o primeiro contato com a escola, apesar da
escola não ser “reconhecida” como um espaço de mudança que todos gostariam de ter.
Tendo como ponto de partida o Centro Nipônico Adventista, vem contribuindo para que a
inclusão ocorra da melhor maneira possível, desse modo começa a incluir no ensino regular
crianças a partir dos 4 anos de idade no jardim II na educação infantil, para que essas
crianças possam se sentir mais acolhidas e adaptadas nas demais séries.
Segundo os autores Susan e William Stainback (1999, p.65), “o desenvolvimento de
amizades requer oportunidades contínuas de interação social entre os alunos com e sem
deficiências”. Essa interação é de estrema importância para o desenvolvimento do aluno
especial, pois, através desta, ele começa a ter uma melhor desenvoltura em todos os
sentidos que permite que não se sintam, em nenhuma hipótese, excluídos da sociedade, o
que é significativo para eles.
A educação dessas pessoas é adjetivada como especial, pois se destina ao modo de
tratamento especial tal como contidos nos textos da Lei 4024/61 e da 5692/71, hoje
substituídos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96).
Na atual LDBEN, é constatada uma sensível evolução, embora o alunato continue sendo
dito como “clientela” e a educação especial esteja conceituada como modalidade de
educação escolar oferecida a pessoas com necessidades especiais.
Muitas vezes o aluno encontra professores inexperientes, sem a menor estrutura,
aventureiros que não sabem enfrentar as dificuldades, e que desconhecem que atitude
tomar com o aluno especial, é um cidadão com todos os direitos, ou seja, que devem ter
acesso a todos os recursos provenientes para um ensino destinado a essas pessoas.
A inclusão não acontece como num passe de mágica, da noite pro dia, para acontecer
deve existir uma união de um grupo de pessoas com essa finalidade. São pesquisas,
normas, estudos para chegar a um resultado que leve esse deficiente a uma integração
perfeita na escola e conseqüentemente à sociedade e, principalmente à sua própria família,
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tirando até o choque de “culpa” por não saber como lidar com o filho que tem algum tipo d e
necessidade.
Mostrar a essa pessoa que ele é capaz é um dos princípios que irá interagir no âmbito
pessoal e formar a plena capacidade de ser um cidadão que possa absorver os sinais
usados na escola e adquirir todo conteúdo usado pelo professor. Isso não é só uma vitória
da equipe envolvida, mas também, uma vitória individual desse aluno.
Para ser um bom profissional na Educação Infantil, precisa-se de muito estudo e
experiência vivenciada no dia-a-dia, requer atenção, carinho, cuidado, estar disposto a
ajudar a criança, apoiar se a mesma vier a precisar, pois tendem a necessitar muito pois a
uma nova fase, para ser professor tem que gostar do que se faz, para não prejudicar na
formação da criança e sim somente proporcionar ajuda através de seus conhecimentos.
No final da década de 1970, vários alunos com deficiência começaram a ser
integrados em classes regulares. Até mesmo alunos com deficiências importantes, que não
haviam sido atendidos no passado, começaram a receber serviços educacionais nas
escolas regulares. Integração escolar é um movimento que visa acabar com a segregação,
favorecendo assim, as interações sociais de estudantes deficientes com estudantes
normais. O processo de integração sofreu uma verdadeira evolução nas últimas décadas.
Na década de 1980, o movimento de Inclusão de pessoas deficientes se intensifica,
uma vez que a classe regular fica reconhecida como o melhor ambiente pedagógico para o
aluno portador de necessidades especiais se desenvolverem. Portanto a educação especial
adquirirá uma nova significação, passando a ser uma modalidade de ensino destinada não
apenas aos deficientes, mas uma educação especializada no aluno e dedicada à pesquisa e
ao desenvolvimento de novas maneiras de ensinar, adequadas à variedade dos aprendizes,
proporcionando uma educação para todos.
O direito a uma boa educação e aprendizagem aplica-se tanto a pessoas com
deficiência e aos superdotados, que como quaisquer pessoas devem ser respeitadas seus
direitos de vida e à dignidade, a liberdade, a convivência familiar e comunitária, a igualdade
de oportunidades em saúde, educação, trabalho e a participação social.
Acredita-se que a função social da escola, tem muitas coisas pra acontecer, um
exemplo é oferecer a todos, sem exceção a oportunidade de acesso a educação para:
Rosita( 1998), a educação especial tem sido considerada, como educação de pessoas com
deficiência,seja ela mental, auditiva, visual, motora, física, múltipla ou decorrente de
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distúrbios invasivos do desenvolvimento, além das pessoas superdotadas que também tem
integrado o alunato de educação especial.
13
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

Investigar quais os desafios, que o Pedagogo enfrenta na Educação Infantil, e quais as
práticas utilizadas para desenvolver a inclusão.
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Observar a prática docente e o processo de inclusão

Averiguar os desafios do educador no processo de inclusão

Procurar as perpectivas atuais no processo de inclusão.
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3 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
O Centro Nipônico Adventista (CNA) trabalha na modalidade educação infantil,
ensino fundamental I e ensino fundamental II. Essa instituição faz parte da rede de ensino
particular do grupo Adventista, localizada no Município de Belém, onde atua a 33 anos na
educação.
A metodologia de ensino e aprendizagem da Educação Adventista se pauta pela
concepção filosófica Jesus Mestre por excelência e pelo objetivo a que se propõe, conforme
o pensamento hebraico-oriental que coloca Jesus acima de tudo, não descarta assim seus
valores.
Isso não significa que o educador vai ter um modelo de ensino, pois cada um possui
habilidades próprias e para cada realidade educacional existem várias práticas, costumes e
idéias produzidos socialmente. Como afirma Durkheim (1978: 39), ”não há povo em que não
exista certo número de idéias, sentidos e praticas que a educação deve inculcar a todas as
crianças indistintamente, seja qual for a categoria social a que pertençam”.
Assim toda a prática pedagógica deve estar amparada por princípios que norteiam,
para que o educador possa ter a possibilidade de transmitir em todas as situações do
cotidiano, no entanto
à uma base metodológica comum que sustenta e promove a
unicidade e identidade da instituição educacional.
Integração fé e ensino; Estimulo ao espírito de investigação, reflexão e criatividade;
Conhecimento da realidade e do educando como ponto de partida; Relação teoria-prática;
Interação afetiva; Ensino de valores; Respeito a unicidade do educando; Espírito
cooperativo; Interdisciplinaridade ; Preparo pra servir, esses princípios metodológicos
servem como base comum pras práticas curriculares nas unidades escolares adventista. É
baseado os ensinamentos da rede escolar adventista.
O CNA faz algumas exigências, como o plano diário de aula, que o mesmo é o plano
de aula, do professor onde é entregue a coordenadora dos professores da instituição, para
assim facilitar no desenvolvimento do trabalho do mesmo dentro da sala de aula, tendo
desse modo um aprendizado significativo do conteúdo nas variadas áreas do conhecimento
por parte do educando.
Segundo Knight (2001), toda experiência educacional é repleta de valores. A
axiologia deve permear o currículo escolar e influenciar um viver coerente com os princípios
básicos da ética cristã e da valorização do educando como individuo e como membro de
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uma comunidade, com responsabilidades e direitos em relação ao meio ambiente, à vida e à
família.
A instituição busca se vincular com a família de cada aluno, no seguimento de
atividades a ser realizada como reuniões, encontros, conhecimento da legislação onde
garante o direito da educação da criança, na participação dos eventos como: a realização de
projetos, dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, jogos, semana da oração entre
outros, assim ajuda a criança a ir construindo novos vínculos e se adaptando as mais
variadas circunstancias.
Com o contado da família com a escola facilita a compreensão do professor, no
aspecto de saber como é a criança em casa o que ela realiza, do que ela gosta de fazer, de
comer, de brincar, seus gostas e gestos assim possibilita um desenvolvimento físico,
intelectual, motor, na construção da capacidade afetiva junto à criança, onde ajuda no
decorrer dessa nova etapa de conhecimento de mundo onde permitirá novas descobertas a
criança.
Em relação ao espaço da escola, a mesma é dividida assim: uma biblioteca, uma
cozinha, uma lanchonete, uma quadra, uma sala dos professores, uma capela, quatro
banheiros femininos e masculinos, dez salas de aula onde atendem alunos do jardim II ao
nono ano, secretaria, uma sala para: diretora, tesoureira, coordenadora disciplinar,
orientadora educacional, gerente de TI, coordenadora de professores. Trabalham na
instituição duas professoras na educação infantil, dez professores no ensino fundamental I,
e doze professores no ensino fundamental II, um capelão, a instituição também tem seis
monitores, cinco pessoas que trabalham na limpeza, duas secretarias, uma auxiliar de
cobrança, uma bibliotecária, e uma auxiliar de bibliotecária, dois menores aprendizes, três
estagiárias. Sendo assim pode-se caracterizar o CNA como uma instituição de médio porte
onde proporciona ensinamentos a 662 alunos.
No CNA, procura os mais variados meios possíveis atender, todas as necessidades
e proporcionar assim um ensino igualitário a todos os alunos matriculados, sem fazer
distinção de cor, religião e crianças com necessidades especiais. Onde no mesmo estudam
todos esses tipos de pessoas, e são tratadas da mesma forma, um caso são os alunos de
necessidades especiais que muitas vezes são rejeitados por outras instituições, no CNA são
tratados como alunos “normais” participam das mesmas atividades estuda nas salas sem
que haja separação, interagem com um todo.
Porém o mesmo deixa a desejar um pouco na estrutura, por mais que faça a inclusão
dos alunos no ensino regula, sem que haja preconceito com os mesmos, no caso do
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cadeirante a instituição não possui nenhuma rampa, quando o mesmo tem que ir pra capela
ele é carregado por dois monitores, o mesmo caso não tem nenhum banheiro adaptado para
o mesmo, ocorrendo a mesma situação o monitor que o leva.
Com relação ao aluno com outras necessidades especiais, o mesmo tem
acompanhamento
do
professor,
e
da
equipe
técnica,
mas
não
tem
nenhum
acompanhamento psicológico, e de fonoaudióloga, para melhorar a dicção, e sua
coordenação motora.
Segundo Vandercook, Fleetham, Sinclair e Tetlie (1988), as salas de aula onde as
crianças são integradas, enriquecem por terem oportunidades de aprender umas com as
outras, desenvolvem-se para cuidar umas das outras e conquistam atitudes, habilidades e
valores necessários, para a comunidade apoiar a inclusão.
As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, sem fazer distinçoes das suas
condições físicas, culturais, sociais entre outras. Este conceito deve incluir crianças com
deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de
populações imigradas ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e
crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais.
O espaço escolar, onde as limitações são únicas e ímpares, toda a infra-estrutura
deve ser adaptada ao coletivo, como por exemplo, rampa de acesso para cadeirantes,
material em Braille para deficientes visuais, Libras para deficientes auditivos, entre outros.
O ambiente deve ser acolhedor e com total respeito ao indivíduo, sempre respeitando um ou
outro e também reconhecendo os valores de cada pessoa e o que tem de melhor para fazer
e transmitir. Formar um aluno dentro da escola é justamente destacar suas diferenças e não
padronizá-lo, é ensiná-los o máximo que possam aproveitar. Entretanto, percebe-se que o
êxito do processo de aprendizagem e de inclusão depende da formação continuada do
professor, dos grupos de estudos com os profissionais especializados, possibilitando uma
ação prática, da reflexão e do constante redimensionamento do fazer pedagógico.
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4 RELÁTORIO DESCRITIVO
O presente trabalho trata de um relatório de estagio tem como função relatar, alguns
pontos notados na sala de aula, de uma turma da educação infantil que possui aluno
deficiente inserido na turma regular, e analisar os métodos que a professora usa para inserilo com o restante dos alunos, para que o mesmo não se sinta excluído.
Pode-se considerar que a inclusão de alunos deficientes seja efetuado a partir da
educação infantil, essa integração será satisfatória para o desenvolvimento do aluno, no
sentido a propiciar sua interação com os demais na aprendizagem.
4.1 A PRÁTICA DOCENTE E O PROCESSO DE INCLUSÃO
Segundo Souza, (2006) a prática pedagógica é conformada pelas interações de seus
diferentes sujeitos, com objetivo de construir conhecimentos ou trabalho dos conteúdos
pedagógicos, o estágio possibilita a oportunidade de conhecimento do trabalho pedagógico
dos docentes em ação, e também de exercer a sua própria prática diante do mesmo.
No entanto a escola é uma instituição social que se apresenta de uma forma como
responsável pela educação de maneira sistemática para criança, possibilitando experiências
no cotidiano, construindo conceitos, refletindo garantindo assim informações necessárias na
luta de seus direitos. Ao cuidar da criança, preservando e atendendo as suas necessidades
infantis, com atitudes e procedimentos adequados e fundamentados nas diferentes faixas
etárias.
O professor tem que montar seu plano de aula, onde no mesmo especifica o que vai
ser trabalhado durante a semana, o conteúdo, a metodologia, o recurso a ser usado, para
que saiba o que vai fazer com seu aluno especial, que acompanhamento ele vai ter, para
que o mesmo não fique deslocado na turma sem fazer nada só brincando, assim ocorre a
interação não só do professor com ele mais sim sua interação com o restante da turma.
É isso que acontece na turma de jardim II no turno da manhã no CNA tem um aluno
especial, ele faz tudo o que os ditos alunos “normais” fazem, a professora monta seu plano
de aula voltado para todos, pois todos têm a capacidade de assimilar o conteúdo, apesar do
mesmo não ter uma boa coordenação motora ele entende e compreende os assuntos, e
responde de maneira correta o que é lhe perguntado, é difícil mantê-lo concentrado, mas
aos poucos isso esta acontecendo.
O mesmo participa de todas as atividades, brincadeiras, jogos, educação física,
capela, senta e faz a oração antes do lanche, lavar as mãos para lanchar, escova o dente
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vai brincar na hora do recreio no pátio com o restante dos alunos da turma e do colégio, seu
temperamento é agressivo e carinhoso, tem horas que se ele se sente ameaçado bate,
quando ele gosta vive fazendo carinho, dando abraço e beijos.
A professora utiliza vários métodos para que a criança tenha um bom aprendizado,
costuma variar para que a aula não se torne assim cansativa, desse modo prende a atenção
do aluno que fica entusiasmado em aprender para fazer igual, suas aulas vão desde
meditação, oração, uso do livro didático, atividades com o alfabeto móvel que permite a
criança a formar palavras que já são conhecidas por ela pelo alfabeto, e o uso de massa de
modelar que intensifica a coordenação motora da criança, e é muito importante para seu
desenvolvimento.
Muitos professores têm a percepção que brincar de roda, rasgar papel pra fazer uma
piscina e brincar de massa é apenas um passa tempo com as crianças, mas estão
equivocados, pois o cantado disso com a criança oportuniza muitos conhecimento e é uma
forma que podem aprender de uma forma descontraída, mas não bem assim a educação
infantil não é apenas um deposito de crianças onde os pais deixam pra irem trabalhar, ao
trabalhar com crianças tem que se permitir brincar, valorizar e sonhar, para que assim não
desvalorize seu momento de criança.
Segundo Cunha (1988), o lúdico faz com que a criança se sinta motivada, estimula a
inteligência e permite a sua imaginação e desenvolve a sua criatividade, procura meios para
conseguir que toda a criança socialize e participe das brincadeiras, proporciona elementos
que favorecem a criatividade das crianças, como o faz de conta, quando a criança utiliza um
brinquedo e faz o uso com outra situação.
De acordo com Vygotsky (1991) é no brinquedo que a criança aprende a agir numa
esfera cognitiva. Segundo o autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que
nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela
capacidade de subordinação às regras.
Percebe-se também que ao se trabalhar o ensino de artes na educação infantil,
proporciona a criança o encontro com seu sonho, sua forma de brincar com objetos e cores,
o modo formar os desenhos, assim busca a procurar o significado para entender o ambiente
que esta sendo inserida.
Segundo Piaget o ensino deveria ser baseado em proposição de problema que
levassem o aluno desde da educação infantil a “aprender a aprender”, pois ele acredita que
as crianças não aprendem a pensar, as crianças pensam. Quando pensam (...)
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desenvolvem mecanismos mais avançados de pensamento. E, no entanto, o que realmente
importante para a criança é construir sempre seu próprio material (PIAGET, 1979, p. 79),
sendo assim, as experiências devem sempre ser feitas pelo aluno.
A inclusão, portanto, oportuniza ao indivíduo a possibilidade de participar
efetivamente da sociedade e valoriza as diferenças, a complexidade, de modo que percebe
a diversidade como uma maneira de reverter às situações de exclusão, estas são sinônimas
das desigualdades sociais, uma vez que se um indivíduo qualquer é privado do usufruto de
seus direitos sociais, não está de fato participando desta sociedade, ficando à margem dela.
Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social,
onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de
aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a ser
alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade.
Desse modo a formação continuada, não pode ser somente de breves cursos
realizados para atualização e capacitação do educador, mas também, composta e
complementada por reuniões de estudos na escola, analisando a realidade vivida por aquele
grupo de alunos, suas necessidades e suas potencialidades. Desta forma, a escola e a sala
de aula devem ser um espaço inclusivo, acolhedor, um ambiente estimulante que sempre
reforçará os pontos fortes do indivíduo, reconhecendo suas dificuldades e adaptando-se as
peculiaridades do alunado.
O CNA oferece essa formação continuada, com palestras dos mais diversificados
assuntos, de como tratar outros, que postura do educador tem que ter em determinadas
situaçoes, para que todos o educadores possam saber como lidar em cada situação, a
instituição oferece o Plantão Pedagogico que é paras os pais irem tirar suas duvidas e saber
de como é o desenvolvimento do seu filho na sala de aula, e reuniões com todos os
professores e a coordenadora dos professores uma vez por semana, para que juntos
possam reslover da melhor maneira o desenvolvimento da instituição.
4.2 OS DESAFIOS DO EDUCADOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO
Segundo Taylor (1992) ao incluir alunos com deficiência no ensino regular é
importante eleva a consciência de cada aspecto inter-relacionado da escola como uma
comunidade: seus limites, os benefícios a seus membros, seus relacionamentos internos,
seus relacionamentos com o ambiente externo e sua historia.
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Desse modo, para o educador se adequar ao uma turma inclusiva deve ter uma
formação continuada, deve participar de cursos, palestras, programas aonde vai se
aperfeiçoar com as mais variadas situações do dia-a-dia, sendo assim de extrema
importância que o professor trate todas as crianças iguais, não só relacionada a meninos e
meninas, mas também não criticando a religião, etnias e as possíveis crianças que possam
ter algum tipo de necessidade especial.
A educação continua a passar por
vários tipos de mudanças e inovações, se
tornando assim um processo continuo de inovação e formação pedagógica, que tem por
finalidade promover um conhecimento abrangente conforme o nível de aprendizagem de
casa crianças, sem deixar de lado os alunos especiais, onde os mesmos custam a absorver
determinadas situações.
Para Rosita Carvalho (1998, p.158) “a idéia de integração (econômica, política ou
social e sob esta função, a educacional), pressupõe a reciprocidade”. Portanto incluir não é
simplesmente conviver com as diferenças, mas entender que se trata de algo complexo, que
precisa de uma ação particular, individual.
O desafio da inclusão no ensino regular tem acontecido progressivamente, devido
tantas modificações no sistema educacional, a popularização do ensino e as ações
democráticas que estabelecem uma escola para todos. Durante muito tempo a escola
também praticou atos de segregação, isolando alunos de acordo com critérios estabelecidos
pela mesma, ainda que algumas vezes não fosse sua intenção.
A inclusão aplica-se não somente aos alunos com deficiência ou sob risco, mas sim
a todos os alunos, pois as questões desafiadoras enfrentadas pelos alunos e pelos
educadores nas escolas de hoje não permite que ninguém se isole e se concentre em uma
única necessidade ou em uma grupo alvo de alunos. Nas escolas que há inclusão têm que
apoiar todos os alunos, os professores, os pais, o pessoal de apoio, os administradores,
para que os mesmo saibam como lidar.
Segundo Rosana Vidal (2009) a construção de uma escola inclusiva é um desafio,
pois requer quebra de paradigmas, enfrentamento do desconhecido, aceitação do não saber
e efetivar, na prática, os princípios que fundamentam uma escola inclusiva.
O profissional hoje tem que ser multifuncional, competente, arrojado, competitivo,
entre outros atributos que façam com que seja visto como diferente, Assim, a sociedade na
qual vivemos, tem por diretriz a superação e o homem tem, a todo o momento, que
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apresentar-se perfeitamente capaz de superar todos os obstáculos durante sua trajetória de
vida, seja ela no âmbito particular ou no profissional.
Segundo Freire (1996), É de inclusão que se vive á vida. Desse modo os homens
aprendem, em comunhão. O homem se define pela capacidade e qualidade das trocas e
estabelece isso, não seria diferente com os portadores de necessidades especiais, mas não
podemos esquecer que é preciso conhecer a verdadeira dificuldade enfrentada não só pelos
professores que recebem esses alunos, mas a todos os funcionários da instituição, e quais
as alternativas geradas por eles para adquirir a metodologia e a aprendizagem necessária
para desenvolver seu alunado.
A proposta de uma educação inclusiva apresenta as mais divercificadas evoluções
nos últimos vinte anos, que reflexo das discussões da sociedade internacional que tem
como meta maior à humanização da sociedade, tornando-a mais igualitária e menos
preconceituosa, buscando uma Escola para Todos, com um ensino que supra as
necessidades de todos os alunos. .
Silva (2005), também coloca que: “O ser em formação só se torna sujeito no
momento em que a sua intencionalidade é explicada no ato de aprender e em que é capaz
de intervir no seu processo de aprendizagem e de formação para o favorecer e para o
reorientar”.
Para que toda as barreiras sejam bem sucedidas, a coordenadora dos professoras,
estimula as professores a se ierarem do assunto sobre inclusão, pois na instituição tem
vários alunos especiais, procurando saber o que está acontecendo em sala, se a professora
está tendo dificuldades com o mesmo, com está a relação com a turma e o restante dos
alunos, para que tragam assim bons resulatdos.
4.3 PESPECTIVA ATUAIS NO PROCESSO DE INCLUSÃO
A inclusão da “Educação Especial” na política educacional Brasileira ocorreu no final
dos anos cinqüenta e início da década de sessenta no século XX.
Na defesa da cidadania e do direito da educação das pessoas com deficiência é uma
atitude muito recente em nossa sociedade. Que se manifesta através de medidas isoladas,
ou de alguns grupos ou indivíduos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos das
pessoas com deficiências, podem ser identificados como elementos integrantes de políticas
sociais a partir de meados deste século.
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De acordo com Mazzotta( 1996), A Educação Especial inserida no processo de
inclusão se caracteriza como modalidade de ensino que apresenta um conjunto de recursos
e serviços educacionais especiais organizados para dar apoio, suplementar e, em alguns
casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal
dos estudantes
que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da
maioria das crianças e jovens.
A inclusão tem como objetivo demonstrar uma evolução da cultura que visa defender
que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma espécie de
deficiência.
Em 20 de dezembro de 1996, é sancionada a atual LDB (Lei 9394/96), baseada no
princípio no princípio do direito universal à educação para todos. A LDB de 1996 trouxe
diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil
(creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica.
O artigo 58 da LDB relata. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta
Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educando de necessidades especiais (Brasil 1996).
Depende das condições econômicas, sociais, culturais e educacionais para que a
função da Educação Especial de ampliação para as oportunidades educacionais para assim
às pessoas com necessidades especiais poderá ser a mais significativa.
Segundo Vygotsky (1998), é fundamental que todo o individuo se insira no meio
cultural, para que ocorram assim as mudanças no seu desenvolvimento, é desta forma que
pode se observar a interação da criança com o meio ambiente. Um processo que se realiza
mediante as novas vivências, experimento e situações de aprendizagem, forma laço afetivos
que proporciona para a criança uma etapa de crescimento que expande seu universo sócio
cultural.
A Educação Adventista procura contribuir para que o professor possa estar em
permanente desenvolvimento, em todos os aspectos, e o seu caráter possa ser moldado
conforme o modelo do Filho de Deus, pois só assim a educação alcançará seus objetivos. E
assim é estimulando a todos de como devemos tratar nosso próximo.
Pois quando se trata de educação, é um continuo aprendizado, que vai se renovar
com o passar do tempo, para que possa assim se adaptar com as constantes mudanças
ocorridas no meio social que vivemos.
23
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao se referir no processo de Inclusão, percebe-se a necessidade de formação dos
professores, pois na sociedade atual, ele se torna uma espécie de mediador nas
informações que ajuda na formação do respeito e cidadania com os demais.
Para que o professor possa se sentir apto a incluir um aluno um aluno especial, não
é como uma receita pronta que tem uma medida certa, é com a convivência dia após dia
dessa forma passa a descobrir como lidar e cuidar desse alunos especiais.
A interação e sintonia do professor e aluno, família e professor é de grande
contribuição para que os métodos usados em sala de aula tenham êxito para a absorção
dos assuntos abordados seja compreendida pelo aluno incluso, busca assim atribuir algum
tipo de característica ao aluno, desse modo a educação inclusiva deve ter como ponto de
partida o cotidiano, o coletivo, tendo como principio a identidade para construir a pessoa
humana em todos seus aspectos sendo ele afetivo moral e intelectual.
Desse modo são vários estudos focados para a Inclusão, para que os professores
saibam a melhor maneira de se posicionar para que possa incluir de maneira correta esse
aluno, assim o professor se torna o principal protagonista das práticas usadas, que direciona
seu trabalho para que assim possibilite ajudar na formação desses indivíduos, concentra
ações que faça aprenderem o mesmo que os demais alunos, com a mesma dimensão nas
informações e trabalhos realizados.
As dificuldades existem desse modo torna-se necessário que o professor estabeleça
um contato com os pais para que possa realizar de maneira mais eficaz o trabalho a ser
desenvolvido, para a melhor compreensão do aluno.
Ao tratar de Inclusão, o professor tem que compreender o momento educacional de
cada aluno, para que não se precipite e o mesmo não venha a compreender de maneira
eficaz, o assunto que esta sendo abordado, e não fique para trás em comparação ao
restante da turma.
Ao finalizar esse estágio observou-se a importância da inclusão escolar na educação
infantil, no contexto da formação da socialização escolar com o meio social, percebeu que
os professores têm como objetivo trabalhar as perspectivas do desempenho cognitivo da
criança inclusa, através das atividades desenvolvidas no decorrer do ano letivo.
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É de plena importância conviver com as mais variadas inclusões sociais, seja ela na
escola, no local de trabalho e até mesmo nos lugares frequentados, deve-se destacar que
não é todo o lugar que está preparado para receber pessoas com algum tipo de
especialidade.
Conclui-se que os métodos utilizados em sala de aula aprofundam os conhecimentos
de ensino-aprendizagem que compartilha a integração dos alunos inclusos com os demais
alunos, com o desenvolvimento de atividades diferenciadas aprofunda os conhecimentos
adquiridos.
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RECOMENDAÇÕES OU SUGESTÕES
Sugere-se que a instituição passe a ter uma equipe Técnica Multidisciplinar, para que
assim possa abranger todas as necessidades de um aluno com deficiência, para que os
mesmo tenham êxito em suas atividades.
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REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1996.
SILVA, Karla Fernanda Wunder. Tessituras entre a Escola Regular e a Educação Especial.
2002. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Rio Grande do Sul, 2005.
STAINBACK Susan e William Inclusão, um guia para educadores, 1999, p.65
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e políticas
públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
CARVALHO R. E. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 1998.
SOUZA, João Francisco de. Prática pedagógica e formação de professores. Recife:
Bagaço, 2006.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998
FERREIRA, Maria Elisa Capitulo;GUIMARÃES, Marly. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro
2003.
PIAGET, J.
A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e
sonho, imagem e
representação. 3ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo; Martins Fontes, 1991.

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