TIRTEU (Tyrtaeus)

Transcrição

TIRTEU (Tyrtaeus)
TIRTEU (Tyrtaeus)
Poeta lírico grego
Nascido na Ática, em meados do século VII antes da Era Cristã, Tirteu tem sido identificado como
um dos poetas líricos elegíacos iâmbicos mais expressivos da Grécia Antiga. Trabalhou durante
muitos anos de sua vida como professor de uma escola ateniense, embora essa atividade tivesse
características que a tornavam problemática, devido a suas limitações físicas em suas pernas,
que o forçavam a claudicar.
No entanto, poeta que era, Tirteu viveu numa época em
que a poesia era muito valorizada em Atenas, em Esparta e
na maioria das cidades importantes da Grécia, o que o
tornou muito aceito nos meios atenienses mais cultos.
Conta-nos sua quase lendária história que, durante a
Segunda
Guerra
Messênica,
os
espartanos
foram
obrigados a fazer aos atenienses – seus eternos rivais –
um pedido incomum: precisavam de um comandante para liderar suas forças, não porque não
existissem generais capazes na cidade de Esparta, mas devido à necessidade de cumprir uma
determinação incisiva do sagrado oráculo de Delfos.
Os atenienses, com bastante ironia e mordaz revanche, devolveram aos espartanos o poeta
Tirteu, que na verdade era cidadão espartano, com sua deficiência física nas pernas e sem
nenhum conhecimento da vida militar. Os espartanos, apesar de terem percebido a intenção de
Atenas de que Esparta perdesse a guerra, respeitaram a indicação, pois viram naquele homem
um verdadeiro sinal de Apolo, o deus dos oráculos e também dos cantos.
Na prática de sua nova missão, Tirteu provou ser muito competente. Explorou a indicação
ateniense e diversas das conotações da mesma. Adotou uma linha de valorização da coragem
dos soldados espartanos em todos os seus cantos e poesias de guerra, conduzindo-os à vitória
final contra seus inimigos.
Eis um trecho dos seus cantos que chegaram até nós: “Que honra para um jovem valente ser
morto pelo seu país com a espada em sua destra”.
Comentam alguns autores que, em termos de poesia, Tirteu criou a poesia iâmbica, pela qual é
muito lembrado, devido à sua deficiência nas pernas.

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