Edição de Julho de 2012
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Edição de Julho de 2012
www.jornaldeoleiros.com · OLEIROS Ano 3, Nº 21, Julho de 2012 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Redactor-Chefe (Europa): Tony Teixeira Jornal de Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Editorial FESTIL em Oleiros foi enorme sucesso O Jornal de Oleiros na Feira do Pinhal Paulino B. Fernandes página 2 “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques página 3 Catástrofes ocultas Dra. Alda Barata Salgueiro página 2 Pelo terceiro ano consecutivo, marcaremos presença com o nosso stand e aqui receberemos os nossos muitos Amigos, Leitores e Assinantes, momento em que sempre se reforçam os nossos laços de estima com todos. Aguardamos a Vossa visita. página 4 “GRANDE DESTAQUE” página 4 “ARCO” organiza grande Torneio de Pesca Desportiva Jornal de Oleiros foi ouvir o Presidente da “ARCO” página 4 Contributos para a história de Oleiros Isabel Jonet preside à Federação dos Bancos Alimentares da Europa. página 4 página 13 página 9 Oleiros na Conferência Mundial de Geoparques realizada no Japão LOURANTUNES, Lda Rua do Ramalhal, Bloco 1, r/c, esq Tel/Fax: 272 682 464 Telemóveis: 966 092 649 e 964 785 156 página 3 2 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO EDITORIAL Catástrofes ocultas (Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico) Alda Barata Salgueiro . Um país a ser retalhado Publicamos a nossa edição de Julho num momento crítico para o interior do País. São as ameaças de fecho de Tribunais, de Juntas de Freguesia, de outros serviços, decretadas pelo governo actual que tem actuado como os anteriores. O interior, o país real, nada diz à classe política. Avançam agrestes e separam o litoral do interior, liminarmente. Urge combater por todos os meios as decisões que vão sendo conhecidas, sem subterfúgios, clivagens políticas ou partidárias. Interessa sómente salvar o país e as populações indefesas. . O Jornal de Oleiros luta tal como o país O Jornal de Oleiros sofre como a generalidade do interior. Mas luta denodadamente para sobreviver. Reduzimos as edições em papel, mas ampliámos a afirmação e actualidade online. Contamos com um GRUPO DE AMIGOS incondicionais e, com eles, manteremos o rumo traçado. . Feira do Pinhal, momento de afirmação Saiu recentemente um artigo publicado na revista “Segurança e Defesa Nº 21”, da autoria do Eng. Hermínio Duarte Ramos, Especialista em Defesa, que me fez despertar para a urgência da Humanidade repensar o Futuro da Vida. Elucida-nos o autor que, desde o aparecimento da vida na terra, a temperatura atmosférica manteve-se quase inalterável em torno da média de 20ºC, devendose esta estabilidade à existência de água em ¾ da superfície do planeta, à presença de múltiplas espécies de seres vivos na crosta terrestre e à existência de vida nos profundos oceanos. Sabe-se que o clima planetário é afetado por múltiplos fatores cósmicos em função das interações de todo o universo natural, causando fenómenos incontroláveis no seu incessante processo evolutivo, em que os acidentes geológicos, climáticos e cósmicos, provocam a morte massiva de plantas e animais à nossa volta. Com a interactividade humana, à medida que as tecnologias acompanham a evolução dos conhecimentos científicos, temse verificado um crescente desequilíbrio da vida na terra com mudanças impercetíveis mas detetáveis em análises de vária ordem (químicas, físicas), que se observam no gradual sobreaquecimento da Terra devido: às densas nuvens de poluição que provocam o efeito de estufa, à falta de águia potável, aos constantes envenenamentos dos solos, à selvagem urbanização, em colmeias, junto às arribas marítimas, entre muitas outras. Na verdade, existem complexas redes de interação na natureza envolvendo insectos, sementes, plantas, animais e aves que são vítimas da ação humana, esquecendo-se de que a vida é constituída por cadeias de vidas que harmonizam e equilibram a Natureza conforme as suas necessidades. Com o desenvolvimento industrial e tecnológico sem regulamentação (para favorecimento dos ricos e dos poderosos), vai-se desprezando a proteção ambiental ameaçando de morte os rios, os lagos, as lezírias e os prados. Nas áreas rurais, verdejantes de sementeiras que davam pão, estão agora pejadas de biomassa para alimentar as conversões em calor e fumo as locomotivas do progresso. Diz o autor: «Assusta o crescimento dos bens da natureza pela sociedade tecnológica cega, pelos interesses económicos... assusta muito, o medonho incentivo à agricultura para produzir bio- combustíveis em terrenos tradicionalmente utilizados no cultivo de cereais e legumes, com a implementação desta estratégia energética. Em todos os continentes, será inevitável o sangren- É importante salientar a realização da FEIRA DO PINHAL, em pleno verão, que a Câmara de Oleiros teima em manter de pé, remando contra uma maré negra e assustadora de encerramentos e fechos. Lá estaremos com o nosso pavilhão onde contamos receber os Amigos. É um momento de afirmação na região, no Concelho e importa sublinhar e aplaudir quem o organiza e mantém estóicamente. É obra.■ Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected] FAÇA A SUA ASSINATURA Apoie o Seu jornal. Ficha nesta edição na pag 14 –Cabeleireiro–Manicure–Pedicure– –Depilação–Unhas de Gel– Praça da República - Oleiros www..gloss-cabeleireico.com Telefone 272 682 150 to estoiro da catástrofe oculta nas malhas sociais, quando as turbas de esfomeados saquearem os celeiros dos países tecnologicamente desenvolvidos, clamando pelo seu quinhão de vida….» É afinal neste labirinto de intervenções intensivas das sociedades tecnológicas que a deterioração das condições ambientais na Terra extingue muita das espécies de vida natural. Em todo o mundo desaparecem 27 mil espécies por ano. Prevêem o especialista que até 2050 poderá deixar de existir 25 a 35% das espécies atualmente conhecidas. Há ainda a vida oceânica que se alimenta de detritos derramados da crosta terrestre e que também não escapa à voragem destruidora do aquecimento climático. Estas estranhas formas de vida acabam por morrer por falta de oxigénio, dado que a massa de água adensada pelos depósitos materiais e resfriada pelo impedimento do infiltração solar, perde o necessário movimento vital. Uma monstruosa catástrofe oculta germina, pois, nas profundezas dos oceanos, podendo tornar-se irreversível por excessiva acumulação de lixo tóxico. De facto, a formação de uma barreira de dióxido de carbono à volta do planeta, eleva o nível de aquecimento global e poderá causar reações em cadeia irreversíveis. Embora o aquecimento global possa ser mascarado por contraditórias variações regionais e locais, devido a flutuações das correntes oceânicas, erupções vulcânicas, radiações solares e outras influências, o certo é que uma catástrofe climática pode manter-se oculta até ao dia fatídico de uma irremediável eclosão agressiva. Mas, talvez o risco mais previsível de uma catástrofe consista na ameaça da energia libertada na cisão dos átomos pesados : o urânio e o plutónio, utilizados na energia nuclear, como aconteceu em Hiroshima, em Chernobyl e recentemente na central nuclear de Fukochima, após o Tsunami no Oceano Pacífico. Também o vasto espalhamento de lixo de satélites inoperativos aumenta o perigo de uma nova poluição imponderável e, con- O Seu Jornal de Oleiros à distância de um CLIC Clic em: www.jornaldeoleiros.com Acompanhe-nos diáriamente e promova junto de Amigos Escreva-nos também para: [email protected] sequentemente, surge mais uma demoníaca previsão de uma catástrofe oculta se a humanidade não reagir atempadamente. Outra vertente do mesmo problema, surge com as tecnologias emergentes que podem ter aplicações desastrosas, bem pressentidas nos efeitos do abundante banho electromagnético que submerge o planeta. O que acontecerá após às contínuas agressões dos múltiplos canais de telecomunicações (radiodifusão, televisão, internet, telemóveis) que se propagam na atmosfera em vibrações eletromagnéticas de baixa intensidade e de alta frequência? Será que um tão denso espectro frequêncial vai afetar os genes da vida? Já se afirmam perturbações no cérebro pela continuada escuta de telemóveis encostados à cabeça. Ao fim de vários anos com o preenchimento electromagnético do espaço em que vivemos, não será de esperar o pior? Uma inversão do campo magnético terrestre vislumbra o perigo oculto fazendo deslizar as linhas de força em torno do planeta e, assim, originar perturbações naturais, como a perda de orientação dos pássaros migratórios dotados de bactérias magnetizadas, que lhes conferem caraterísticas de bússola. Nesta hipótese de catástrofe, prevêem-se distúrbios imediatos no funcionamento dos computadores e fortes alterações no percurso normal dos satélites artificiais, desnorteando a eletrónica de controlo de informação, o que poderá causar inúmeras colisões e a queda de sucata da atmosfera. Entre estas e outras várias considerações, termina o autor: «A afronta utilitária da economia suportadas pelo mau uso das descobertas científicas…. são paga a preços altos, em especial quando os grandes predadores usam os poderes instituídos para recolher alimentos sem os partilhar, recusando o ideal ético de escolher os meios adequados para atingir os fins». Em resumo: É urgente reencontrar a Ética Social para urgentemente se criar uma Ética Ecológica que ainda possa salvar o Azul do nosso Planeta. ■ 2012 JULHO Jornal de OLEIROS 3 De “Olho” na Educação Sim, Senhor Ministro! Manuela Marques O Ministério da Educação encontra-se fechado a sete chaves a preparar o documento final da Revisão da Estrutura Curricular, que entrará em vigor no próximo ano letivo. Contudo, existe já um pré-documento esclarecedor das mudanças operadas. Esse comunicado refere que após o período de consulta pública, foram, então, reunidos inúmeros contributos das escolas sobre esta matéria, dos quais se elaborará o documento final legal, no sentido de promover o sucesso escolar, evitando, sobretudo, a dispersão curricular e apostando na autonomia organizativa das escolas e, pelo andar da carruagem governativa da educação e ciência, em Portugal, vamos ter de nos habituar a usar o termo Mega agrupamento...(“Queremos agrupar escolas para que o processo educativo seja mais racional, para que haja mais contacto entre os diversos níveis de ensino, e para que tudo funcione de forma mais harmónica”, disse o governante, tendo observado que tais objetivos “não podem levar à criação de agrupamentos disfuncionais”. http://www.dn.pt) É caso para dizer, quase parafraseando certo programa, antiquíssimo da Britcom: “Sim, Sr. Ministro!”. Os entendidos nesta matéria da revisão curricular argumentam, pois, que as medidas assentam em três vetores fundamentais: o primeiro – a atualização do currículo, através da redução da dispersão curricular, acabando com as chamadas áreas curriculares não disciplinares: Estudo Acompanhado e Formação Cívica (passando a ser uma área abordada de forma transversal como matéria que a escola e os educadores devem incutir nos alunos de forma a preparar cidadãos de plena consciência, a chamada cidadania) e a Área de Projeto, que foi varrida já este ano letivo (e a meu ver, “Deo Gratias”, finalmente alguém se lembrou que estas áreas ocupavam imenso o horário dos alunos, sobrecarregando-o e sobretudo nunca deram os frutos para os quais foram criadas…). Embora estas áreas desapareçam, será criado o chamado apoio ao estudo, para o segundo ciclo, à semelhança do que já acontece com o primeiro ciclo. Ainda no seguimento deste primeiro ponto, diz-se que se pretende igualmente “Afirmar a identidade de disciplinas que se reúnem sob a designação de Expressões”(http://www.portugal. gov.pt) (Educação Musical, Educação Visual, Educação Física e Educação Visual e Tecnológica). Que me perdoem, mas lá vem novamente a questão das medidas políticas de contenção de despesa, pois implica esta atitude a redução de pessoal docente nas disciplinas indicadas, uma vez que no caso da Educação Visual e Tecnológica, esta, era ministrada por dois professores (par pedagógico), passando então a um docente, pela separação imposta entre Visual e Tecnológica. O segundo vetor refere-se à melhoria do acompanhamento dos alunos, detetando precocemente as dificuldades destes e consequentemente uma me- lhoria nos resultados avaliativos e no aproveitamento; e finalmente o terceiro vetor que pretende (tapando o sol com a peneira) um aumento decisivo da autonomia das escolas na gestão do currículo e numa maior liberdade de ofertas formativas. Como se isto da autonomia fosse algo a que as escolas, efetivamente, já não estão habituadas, ou seja, só promessas… promessas de autonomia. Parece-me pois, que estes líderes ministeriais consideram que os dirigentes das escolas não percebem patavina de gerir currículos e organização escolar e nunca lhes permitem a efetiva e concreta autonomia…E a questão da oferta formativa, não segue esta regra, já que para este ano letivo as turmas passam a ter cerca de 30 alunos (o que leva a uma diferença óbvia na qualidade do ensino) e as escolas não têm autonomia nenhuma para selecionar os cursos que podem, de acordo com a orientação vocacional dos alunos, proporcionar, especificamente os cursos profissionais do ensino secundário. Continuando com a denominada revisão do currículo, mais medidas parecem ter forte aposta e essas são sem dúvida de louvar, tais como o reforço de disciplinas nucleares e teóricas e /ou práticas como a Matemática, o Português, a História, a Geografia e as disciplinas no âmbito das ciências experimentais e consolidar bem o estudo de uma língua estrangeira, como é o caso do Inglês. Os nossos alunos precisam certamente de ter um currículo rico em conteúdos e sabedoria, porém, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, necessitam igualmente de um saber da experiência feito, de modo a desenvolverem competências importantíssimas nas diferentes áreas para as quais posteriormente poderão, vocacionalmente, dar continuidade no ensino superior. Mas todos se esquecem de como os programas destas disciplinas são velhinhos e estão desatualizados e necessitam urgentemente de nova “investidura” para que todas estas supostas novidades se adequem aos tempos que correm. E por falar em ensino superior, vem logo à conversa a questão das provas finais e dos exames nacionais. Para começar, fica bem alterar a nomenclatura: provas finais de ciclo, para o sexto e nono anos de escolaridade e exame nacional para o ensino secundário (fica sempre tão bem mudar alguma coisa, nem que seja uma insignificância!). Portanto, acabaram as famigeradas provas de aferição e chegaram as provas finais “de aflição”, porque agora é a doer… Mantêm-se os exames para o décimo primeiro e décimo segundo anos. A novidade, então, este ano é a prova final de ciclo do sexto ano e para o próximo ano 2012/2013 a prova no quarto ano de escolaridade. Sobre esta matéria há voto a favor, no sentido de que considero que a questão dos exames auxilia sempre o professor a melhorar a sua prática pedagógica no sentido de levar os alunos ao melhor apro- veitamento possível e consequentemente ao sucesso educativo, pois práticas pedagógico-didáticas ino vadoras devem desenvolver nos alunos competências e incrementar o raciocínio. Todavia, parece-me esta uma tendência em ir ao passado repescar os antigos exames da quarta classe, cujo grau de exigência e dificuldade eram ponto de honra para a obtenção de “mentes brilhantes”, o que na atualidade não me parece que dê seus frutos sumarentos! Somente porque, as crianças de outrora, não são as crianças de hoje; a sociedade e os valores de outrora não são os de agora, o que se aprende hoje nada tem a ver com o que se aprendia, embora isso não queira dizer que não tenhamos alunos de excelência, pelo contrário, é tudo aquilo que qualquer docente procura ajudar a nascer. Há que atentar com rigor neste ponto e não pensar que esta questão dos exames e provas vão libertar por aí um excesso de muito bons alunos…a questão principal é que, como não vivemos isolados, gera-se a inclinação de medir o grau de concretização das coisas e dos saberes entre os países. Digamos que muitas outras medidas poderiam ser abordadas aqui e agora, mas estas são aquelas mais prementes e que mais celeuma vão levantando. Aguardam-se as tais metas para a educação e sobretudo muitos esclarecimentos sobre a questão da escolaridade obrigatória até ao décimo segundo ano, pois parece que anda tudo à nora… ■ Oleiros na Conferência Mundial de Geoparques realizada no Japão Geopark Naturtejo com selo da UNESCO por mais 4 anos O Geopark Naturtejo, representado pelo seu coordenador científico o geólogo Carlos Neto de Carvalho, recebeu das mãos do responsável da UNESCO o diploma que revalida a sua inclusão na lista de 88 geoparques actualmente espalhados por 27 países. A entrega do diploma que certifica o Geopark Naturtejo no período 2012-2015 decorreu durante a 5ª Conferência Mundial de Geoparques realizada na cidade de Shimabara, em pleno Geoparque do Vulcão Unzen, no sul do Japão. De recordar que o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, constituído pelos municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, foi inscrito na Lista da UNESCO em 2006, pelo seu património geológico de excepcional valor, de que se destacam os Fósseis de Penha Garcia, o Monumento Natural das Portas de Ródão, a Garganta do Zêzere, o Geomonumento das Portas de Almourão, todo o vale da Fraga da Água d’Alta no Orvalho, a mina de ouro romana do Conhal do Arneiro, os meandros do Rio Zêzere ou os diversos geossítios da Serra do Moradal entre muitos outros que fazem parte do Inventário do Geopark Naturtejo. De então para cá, a Naturtejo, EIM, entidade gestora do Geopark Naturtejo em estreita coordenação com os municípios, já enfrentou dois processos de avaliação por especialistas da UNESCO e da Rede Global de Geoprques, que culminaram com a revalidação do estatuto conferido por esta or- ganização das Nações UNIDAS. Com uma organização exemplar, o estádio de Shimabara recebeu mais de 600 delegados oriundos de 31 países para discutir o tema principal “Património da Terra e Desenvolvimento Sustentável”. O Geopark Naturtejo, através do géologo Carlos Neto de Carvalho, conjuntamente com HirokoKageyama, presidente de uma associação internacional de beneficência, apresentou o projecto “Terra.Cittá” de apoio às vítimas do desastre nuclear de Fukushima ocorrido em Março do ano passado. Este projecto de cooperação internacional, que envolve o Município de Idanha-aNova e o Instituto Politécnico de Castelo Branco, irá promover a instalação de famílias de agricultores japoneses na Várzea, fomen- tando a produção e exportação de produtos que actualmente não podem ser produzidos na região de Tohoku por contaminação radioactiva dos solos. Os resultados deste projecto de solidariedade reverterão para a reabilitação das áreas destruídas e para a mitigação do sofrimento que atingiu esta região do Japão, prestando particular atenção às crianças e jovens, que já este verão participarão num campo de férias em Idanha-a-Nova. Em Portugal existem actualmente dois geoparques inscritos na Rede Global de Geoparques, desenvolvendo-se no presente a candidatura da Região Autónoma dos Açores e do Município de Macedo de Cavaleiros. O mais recente projecto de geoparque para Portugal fez-se representar no Japão pelo Presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, e pelo Deputado do Governo Adão Silva. Como resultado do trabalho realizado na V Conferência Global de Geoparques da UNESCO foi formalizada a “Declaração de Unzen” que aponta como directrizes a consulta da UNESCO aos seus Estados Membros para incrementar a cooperação entre a UNESCO e a Rede Global de Geoparques e a análise do estabelecimento já no próximo ano de um Programa ou Iniciativa UNESCO para geoparques, à semelhança do que já acontece para os Sítios Património da Humanidade e para as Reservas da Biosfera. ■ Geopark Naturtejo 4 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO FESTIL em Oleiros foi enorme sucesso A “ARCO” presidida por Ramiro Roque realizou como habitualmente em Oleiros o FESTIL. Na senda de anos anteriores, o sucesso é crescente e para continuar, afirma o Presidente Ramiro Roque em entrevista que publicamos nesta edição. A aderência foi total e empolgante e, os jovens mostram talento e coragem para actuar em público e já é evidente que o FESTIL criou raízes e leva os jovens a prepararem-se com antecedência. Foi prestada homenagem à Professora Cremilde, justa, merecida e oportuna, culminando um dia empolgante e que será recordado. PF Nota: Fotos do Amigo Alberto Ladeira da Fotodisco a quem agradecemos. Jornal de Oleiros foi ouvir o Presidente da “ARCO” Protagonista do momento em Oleiros, Ramiro Roque, recentemente reeleito Presidente da “ARCO”, tem vindo a concretizar diferentos projectos marcantes da região, razão que tornou indispensável esta entrevista que publicamos com gôsto. Jornal de Oleiros - Presidente Ramiro Roque, conhecemos o Seu empenho no Concelho e na Freguesia de Cambas e o imenso trabalho que tem desenvolvido, perguntamos o que o levou a candidatar-se a novo mandato à frente da “ARCO”? RR (Ramiro Roque) - O que me levou a candidatar-me a novo mandato da A.R.C.Oleiros, foi principalmente gostar desta associação, gostar do associativismo, e considerar que ainda não tinha acabado o trabalho ao qual me tinha proposto a mim mesmo, mas houve outros motivos de que não vou falar aqui porque foram discutidos na assembleia geral. JO - Até onde vai a ambição da “ARCO”? RR -A ambição da ARCO vai até onde for a minha. Sou uma pessoa ambiciosa cada vez quero mais de mim, tem de ser um clube com ambição até que estiver à frente desta associação. JO - Incrementou novas modalidades como a Pesca Desportiva, que mais vai acontecer nesse plano? RR - fizemos há dia o nosso convivio que foi um sucesso novamente, depois de todas as felicitações que recebemos até que eu estiver à frente desta casa será para continuar, queria aqui deixar um agradecimento ao Nuno Mateus sem ele isto nao seria possivel. JO - O FESTIL ( que tratamos nesta edição justamente em separado ) aumenta o êxito todos os anos. Quais os projectos para o próximo ano? RR - O FESTIL foi este fim de semana foi mais um sucesso que envolveu todo o concelho. Até que eu seja o presidente desta associação será para continuar. O Banco Alimentar de Lisboa angariou 688 toneladas de produtos na campanha de recolha de 26 e 27 de Maio de 2012 Na zona de actuação do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa foram angariadas 688 toneladas de produtos alimentares na última campanha de recolha. Os bens alimentares serão distribuídos localmente, já a partir da próxima semana, a 85.027 pessoas com carências alimentares compro- vadas, através de 373 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas para o efeito e supervisionadas pelo Banco. A campanha mobilizou cerca de 8.000 voluntários, que recolheram as contribuições efectuadas nos 195 supermercados onde foi organizada a recolha. ■ JO - Nos contactos que estabelecemos com a população, percebe-se que vai sendo estranho não liderar CAMBAS. Porquê, isso não está nos Seus planos? RR - Em relação a essa pergunta apenas digo sou o secretário dessa Junta de Freguesia. Farei tudo para o bem em prol dessa freguesia que é a minha e posso dizer que estamos para avançar com as obras do Centro de Dia de que sou o presidente. Em relação ao ser ou não candidato à junta o tempo o dirá e se os meus conterrâneos o quiserem. JO - Como interpreta o abandono do interior pelos diferentes governos? Concretamente, o que pensa do encerramento do Tribunal de Oleiros? RR - Em relação a isso so digo duas coisas: pelo interior ninguêm fez nada, em relação ao tribunal é mais uma machadada no pouco que já temos. Sou contra o encerramento. JO - Fala-se no incremento político em Oleiros, os Partidos estão a organizar-se, que acha que vai acontecer nas próximas eleições autárquicas? O PSD devido às políticas aplicadas vai ser penalizado? RR - Duvido muito que seja penalizado. Um partido que ganha com + de 90% dos votos acho que não correrão riscos. JO - Comente o que entender útil para a região. RR - Acho que o meu pensamento será como a maioria dos Oleirenses. Queria o melhor para meu concelho,e para toda a nossa região mas com a conjuntura actual não será tarefa fácil. Terminamos esta entrevista certos que Ramiro Roque disse mais do que o que fica expresso, mas não valia a pena insistir...voltaremos mais tarde. ■ Director Isabel Jonet preside aos bancos alimentares europeus Vai criar o Banco Alimentar grego A nomeação de Isabel Jonet para presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares é o reconhecimento do trabalho feito em Portugal, diz Manuel Norton, membro da direção do Banco Alimentar. ■ 2012 JULHO Jornal de OLEIROS 5 POTENCIALIDADES Os queijos das montanhas de Oleiros Inês Martins Engenheira Agrónoma Nenhum outro produto como o queijo, ilustra de forma tão expressiva a paisagem que esteve na sua origem. As montanhas de Portugal, com os seus pastos frescos e nutritivos, produzem queijos de cabra e de ovelha que desafiam o gosto mais requintado. Os queijos da Serra da Estrela, de Serpa ou de Azeitão, feitos à base de leite de ovelha coalhado com cardos de montanha, cremosos e fundentes, constituem uma experiência à parte, no mundo do queijo. Terrincho, Rabaçal, Évora ou Nisa, são outras tantas Denominações de Origem de queijos de leite de ovelha, já em maturação adiantada. Ligeiramente secos, para saborear com um pedaço de pão, azeitonas e umas gotas de azeite, representam uma sensa- ção sublime. Por seu lado, os queijos elaborados a partir do leite de cabra constituem pequenas jóias gastronómicas, tanto na sua forma fresca como seca. De sabor inconfundível, iniciam maravilhosamente uma refeição (por exemplo, a acompanhar saladas) ou terminam-na em grande estilo para acabar o vinho. O requeijão é outra experiência distinta e gratificante. Produzido a partir do soro de leite de ovelha, é untuoso e aveludado, suave e profundo de sabor. “Acompanhado de pão rústico e uma volta do moinho de pimenta, leva-nos aos céus”. Um prazer único a não perder. Dando um salto às ilhas, os melhores queijos açorianos, numa prática que remonta ao séc. XVI, são produzidos a partir de leite de vaca cru. O DOP São Jorge (ou “queijo da ilha”), seguramente o mais conhecido, consiste num queijo curado, de consistência firme e pasta amarela dura ou semi-dura. O seu sabor intenso e picante, que se acentua com o envelhecimento, faz destes queijos quebradiços uma ótima companhia do melhor pão. No entanto, “esta deliciosa força e persistência, faz das suas lascas um excelente condimento em saladas e tantas outras receitas, mais ou menos elaboradas”. Sintetizando e se tivermos em consideração a região Centro do país, verificamos que os contrastes paisagísticos, arquitectónicos e culturais de enorme riqueza são coadjuvados de forma sublime por uma “gastronomia de receitas magníficas e de requinte inquestionável”, sustentada por produtos regionais de grande qualidade e altamente diferenciadores, nos quais sobressaem os diferentes tipos de queijos. A título de exemplo, dentro dos Queijos do Centro de Portugal, refiram-se os qualificados com Denominação de Origem Protegida (DOP): Serra da Estrela, Rabaçal, Castelo Branco e Beira Baixa. Se tivermos em atenção apenas dois parâmetros, como o facto de os queijos serem elaborados artesanalmente a partir da mistura de leites de ovelha e cabra ou só a partir de leite de cabra em estreme; assim como a sua origem em terras de montanha do Centro de Portugal; sobressaem os queijos das montanhas de Oleiros, tais como: o Amarelo, o Picante, o Requeijão e o Travia da Beira Baixa. Estes possuem Denominação de Origem a atestar a sua autenticidade. Com tão fortes argumentos, aos quais se junta a especificida- de e a localização estratégica da região, verifica-se que as montanhas de Oleiros, para além do famoso cabrito, possuem produtos diferenciadores e de qualidade que motivam a procura por parte de quem as visita e percorre. ■ Sítio das Plantas Comercialização de Plantas, Lda. Venda ao Público e Revenda Dispomos de serviço de Restaurante e Residencial Pôr do Sol 2 com Salas para todos os tipos de eventos (incluindo casamentos e batizados) Sítio dos Poços, EN n.º 366, Azambuja, 2050 -145 Aveiras de Cima 4ELFs&AXs%MAILPLANTAS SAPOPT 6 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO O FAROL Mais do mesmo Nota: O Farol nunca segue as regras do NAO (Novo Acordo Ortográfico) António Graça Quando o nosso estimado director nos enviou um mail solicitando a entrega de material para o presente número do Jornal de Oleiros, estava, pensei eu, perante mais uma situação de rotina, em tudo idêntica a tantas outras, quantos os anteriores números do Jornal. Puro engano, agora que me sentei à secretária para começar a escrever o meu espírito ficou inquieto, magicando sobre o que iria ser o conteúdo do Farol para a presente edição. Não é que tenha falta de assuntos para falar. Infelizmente, e cada vez mais pelas piores razões, este país tem sempre assuntos para comentar. E por muito que o autor pretenda dar um carácter técnico ao artigo, o facto é que a indignação sentida pela forma como os assuntos nacionais são tratados pela classe política, acaba sempre por converter esta coluna de opinião numa barragem de criticas à situação actual. De tal forma que, corro o risco de ter de alterar o título do artigo e, em vez de “O Farol” passar a chamá-lo de “ O Muro das Lamentações”, o que, francamente, não me agrada de todo. Detive-me então sobre a escolha de um tema. A liberdade de expressão, concedida aos portugueses após o 25 de Abril, permite escrever dizendo, dentro dos limites da decência, praticamente tudo, com destaque para o dizer mal da classe politica, com particular destaque para os governantes e dos seus actos, já que, os actuais, ao contrário do que se passava com os anteriores ao 25/04, não se importam, nem têm vergonha que se diga mal deles. Se escolhermos os temas que, hoje em dia, são mais caros aos portugueses, e digo mais caros porque a factura a pagar pelos contribuintes é gigantesca. São temas que já focámos nestas linhas, mas que, pela sua importância e impacto negativo na vida dos portugueses, nunca será demais abordar. PPP (Parcerias PúblicoPrivadas) As PPP, que são um instrumento de política económica, utilizado originalmente no Reino Unido e na Austrália, consistem numa cooperação entre o governo e empresas ou consórcios privados, tendo como objectivo o desenvolvimento, execução e operação de um projecto ou serviço público, a executar pela parte privada, a qual assume parte substancial dos riscos (financeiros, técnicos e operacionais), sendo que o Estado irá pagando os custos do investimento ao longo de um determinado período de tempo, negociado em função do esforço financeiro do privado e do retor- no pretendido por este para o investimento e para os riscos por si assumidos O governo pode apoiar parcialmente o projecto subsidiando-o, nomeadamente através da concessão de cobrança de taxas de utilização, ou de garantias de rendimento anuais durante um determinado período de tempo da vida do investimento. Idealmente a taxa de rendimento anual garantida não deverá ser superior à taxa de rendimento das Obrigações do Tesouro, objectivo que os negociadores da parte pública deverão considerar como primordial. Nos últimos anos as PPP têm sido um instrumento muito utilizado em todo o mundo, como uma forma de garantir o investimento público em infraestruturas e em projectos associados a sectores estratégicos como os transportes (estradas, pontes caminhos de ferro, aeroportos, etc.), serviços públicos (abastecimento de água, tratamento de lixos, hospitais, etc.) e todo o tipo de investimentos cuja disponibilização é da responsabilidade dos estados. Sem querer entrar em pormenores técnicos demasiado elaborados, poderemos dizer que as PPP, tal como qualquer outro contrato entre partes, deverão assentar em princípios negociais equilibrados para os intervenientes. A polémica que envolve as PPP à portuguesa resulta, sobretudo, do facto de os negociadores da parte do Estado não terem acautelado minimamente os interesses públicos e, para além disso, terem beneficiado despudoradamente os interesses dos privados, nomeadamente garantindo taxas de rendimento dos investimentos que nem sequer um país rico, que não é o caso de Portugal, aceitaria e passando para o Estado todos os riscos dos projectos. Para além disso, casos houve que foram renegociados, tendo essa renegociação resultado inexplicável e inaceitavelmente num agravamento dos encargos do Estado. Assistimos agora ao espetáculo deprimente, digno de qual quer regímen nazi ou estalinista, promovido, rocambolescamente, por alguns deputados do PS da tentativa de descredibilização do Tribunal de Contas que, ao que parece, irá produzir um relatório no qual aponta severamente as irregularidades que, nesta área, foram praticadas pelo governo Sócrates. Seja como fôr temos fundamentados receios de que o trabalho da comissão parlamentar encarregada de investigar o assunto, se fique, como é hábito, pela publicação de um relatório politicamente correcto, não apontando os responsáveis pelos graves erros cometidos, pela negligência e má gestão dos dinheiros públicos e sabe-se lá que mais. Resta-nos aguardar que o Ministério Público cumpra a sua missão. Trapalhadas Nos últimos dias temos assistido a uma sequência de trapalhadas originadas, ao que parece ser público à conduta do ministro Relvas. Desde os Serviços Secretos que, pagos com o nosso dinheiro, estão ao serviço de entidades privadas, até às alegadas pressões sobre jornalistas. De toda esta “bagunça”, em qualquer país normal o cortaRelvas já teria funcionado e o ministro já era, como, provavelmente, nunca devia ter sido. Mas, no Portugal do nacionalporreirismo, não é assim. Passos Coelho não mexerá uma palha, não compreendendo que, tanto o ministro Relvas como ele próprio saem altamente fragilizados destes episódios. No desenvolvimento do caso Duarte Lima, veio a público a descoberta de uma rede que terá retirado do país cerca de mil milhões de euros. Ora se, alegadamente, Duarte Lima conseguiu retirar cinco milhões, quem retirou os restantes novecentos e noventa e cinco milhões? Seria interessante saber quem foi, até porque se diz por aí que há conhecidas figuras da política envolvidas neste negócio, e, provavelmente, muito do dinheiro que falta no BPN ■ Chanfana, prato tradicional das Beiras Dr. António Moreira A chanfana é uma das referências culinárias das Beiras, em particular da Beira Litoral. Tanto assim, que foi enquadrada no concurso para as “7 Maravilhas da Gastronomia”, em Portugal. Sem dúvida que é um dos pratos tradicionais mais famosos e, continuadamente, procurado pelos fervorosos adeptos da boa mesa e da apetecível comida, quando visitam a região da sua tipicidade. Sendo um cozinhado oriundo da Beira Litoral, tem em Miranda do Corvo um concelho onde adquire o seu máximo expoente, aliás Miranda é conhecida por ser a Capital da Chanfana, que se julga ter tido a sua criação em Semide. Segundo reza a história, ou a lenda, como se queira, a Chanfana terá surgido no Mosteiro de Semide, isto porque até meados do século XIX, os agricultores e rendeiros da região, na obrigação de pagar os respectivos foros, por residirem e terem suas terras nos coutos apensos ao Mosteiro, faziam-no entregando, no Mosteiro, galinhas, azeite, cabras, ovelhas e outros produtos, pagando mesmo com dias de trabalho, à jorna. Daí as freiras receberem suas “rendas” durante o mês de Agosto até ao dia de S. Mateus e desse pecúlio recebido, de teor alimentar, veio a acontecer a invenção da referida Chanfana. Outros, ainda, defendem a ideia que a Chanfana teve a sua origem quando ocorreram as invasões francesas e as freiras terão inventado este prato gastronómico para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região. Mas o que é a Chanfana? É um prato feito com a carne de cabra, velha de preferência, levando como condimentos e apetrechos culinários o vinho tin- to, o alho, o colorau, a pimenta, o louro e o sal. É confeccionada em caçoilas de barro (do escuro), onde é introduzido o conteúdo temperado a preceito, sendo executado em fornos de lenha. Quando servido é acompanhado com o vinho da região e a saborosa broa de milho serrana. Recordo-me das belas chanfanas comidas na aldeia de Carvalhal-Miúdo, freguesia e concelho de Góis, distrito de Coimbra, a cerca de 30 km de Miranda do Corvo, em casa dos meus avós, em dias especiais, porque não se podiam estar a matar cabras consecutivamente e porque os tempos eram difíceis, tal como agora parecem estar a ficar. A família reunia-se à volta da mesa, à hora de almoço (é a refeição adequada para este tipo de ementa), e era de comer e chorar por mais. A minha avó preparava, antecipadamente, a congeminação do pitéu e o meu avô levava as caçoilas, com a ajuda de quem estivesse presente, para o forno da Ramalhuda, local onde também tinha o curral para o seu gado. Também a broa era feita por esta ocasião, aproveitando o facto de o forno estar aceso, e, às vezes, também se elaboravam as bolas, que consistiam de broa recheada com enchidos, cebola, bacalhau ou outro condimento qualquer que na altura pudesse ser aproveitado, para esse efeito. O cozinhado da Chanfana tinha de ser desenrolado com acompanhamento assistido, para se ir regando com vinho, a fim de que não secasse. Era considerado o pormenor da cozedura efectiva, verificando-se, com regularidade, se estava bem cozida, já que sendo feita à base de carne de cabra velha, sempre seria mais rija. Carvalhal-Miúdo, hoje, não tem habitantes, só em tempo de férias retornam alguns dos que lá nasceram ou dos seus descendentes que, por vezes, também, trazem um ou mais amigos. Quando vamos até essa aldeia, passando pela Lousã, equacionamos o almoço no restaurante “O Gato” que, há muitos anos, confecciona uma Chanfana deliciosa. E para que o apetite seja aguçado, segue-se a respectiva receita, com os parâmetros da inerente confecção: - A carne de cabra velha é cortada aos bocados e colocada numa caçoila de barro, preferencialmente escuro, sendo temperada com sal, cabeças de alho inteiras, colorau, pimenta e louro, cobrindo-se, depois, com vinho tinto. Vai para o forno de lenha, previamente aquecido. Durante o período de confecção, nunca menos de 4 horas, o forno deverá estar completamente vedado. Habitualmente a Chanfana é confeccionada na véspera do seu consumo, deixando-se ficar no forno até ao momento de ser servida. Normalmente, tal acontece, com batata cozida e grelos. ■ 2012 JULHO Jornal de OLEIROS 7 CRÓNICAS DE LISBOA Tabaco, a Escravatura dum Vício Serafim Marques Economista Se fumar fosse uma necessidade básica do ser humano, como comer, beber, respirar, etc, o homem teria nascido com uma chaminé e tal não aconteceu. Assim, fumar é um hábito, não natural, adquirido e com graves malefícios no nosso corpo, afectando-nos a qualidade de vida e a longevidade. E porque o acto de fumar necessita de gestos do fumador, obviamente que afecta a execução, simultânea, de outras tarefas, por exemplo, falar, conduzir, trabalhar, etc. Estudo recente, concluiu que os trabalhadores fumadores produzem, em média, menos do que aqueles que não fumam, isto é, o tabagismo afecta, de forma directa, a produtividade, pois um fumador faz, em média, 80 minutos de pausas diárias para fumar. Assim, num dia de trabalho, um trabalhador que fume um maço de tabaco por dia faz, em média, cerca de 8 pausas de 10 minutos num dia de trabalho de oito horas, o equivalente a cerca de 16% das horas de trabalho. Se antes da actual lei, as “pau- sas” eram relevantes, agora são-no ainda mais porque os trabalhadores ausentam-se do seu próprio posto de trabalho, muitas vezes deslocando-se para a rua. É inegável que o acto de fumar, dentro do horário laboral, prejudica a produtividade dos fumadores, pelo que neste período complicado, do ponto de vista económico e social do nosso país, e que é pedido a todos os trabalhadores que produzam mais e melhor, os fumadores terão dificuldades em serem “tão bons como os melhores”, se aqueles não forem fumadores. Assim, os trabalhadores/fumadores verão a sua produtividade afectada e, por essa razão, poderão ter o seu posto de trabalho em risco, porque as leis laborais estão a “apertar a malha”. Logicamente, os trabalhadores não fumadores terão legitimidade para protestarem contra essa “regalia extra”, porque 16% na produtividade é um valor muito significativo. Assim, para alem de outros graves inconvenientes, os fumadores devem ter em conta esta dependência e evitarem que o tabaco seja o causador de caírem no desemprego ou terem dificuldades em arranjar trabalho, se o empregador se aperceber dessa sua tabaco-dependência. Uma vez iniciado o consumo de tabaco, por várias razões mas em que “o socialmente aceite” e a imitação influenciam fortemente os jovens, rapidamente este se transforma numa dependência física e psíquica, provocada pela nicotina contida na folha do tabaco, como droga psicoactiva. O consumo regular de tabaco passa a representar uma escravatura, apesar do “prazer dum cigarro” e do acto emancipador (!) e aparece relacionado com um conjunto de factores pessoais de vulnerabilidade, sendo frequentemente associado a outros comportamentos de risco para a saúde. Acresce que o tabagismo não só é um factor de risco para o próprio fumador, mas também para todos aqueles que, não sendo fumadores, (con) vivem ou trabalham habitualmente em espaços poluídos pelo fumo do tabaco. Existe hoje a evidência científica de que as pessoas expostas, de forma crónica ao fumo passivo, têm uma maior probabilidade de vir a contrair cancro do pulmão , doenças cardiovasculares (foi o meu caso pessoal), bem como diversas patologias respiratórias de natureza aguda e crónica. O número de portugueses que pretende deixar de fumar, tem vindo a aumentar e isso aconte- ce, maioritariamente, por razões económicos e também por efeito da actual lei que torna mais “trabalhoso e censurável” fumar. Contudo, este vício escravizante, torna difícil a libertação de todos aqueles que, inteligentemente e sem egoísmos, entendem que o prejuízo é, no mínimo, duplo e desejam largá-lo. Tarefa muito difícil, pois enquanto 7 em cada 10 fumadores tenta largar o vício, apenas cerca de 5% o conseguem. A diminuição do consumo e dos fumadores terá que assentar, assim, nas vertentes: i) económica, mas encarecer mais o preço dos cigarros incentiva a evasão fiscal e o contrabando; ii) psicológica, através de campanhas e aconselhamento, apesar da maioria dos fumadores conhecer os malefícios do tabaco; iii) na lei, impondo mais restrições dos locais de fumo. Se a lei em vigor foi uma “pedrada no charco”, perdão, nas “chaminés do fumo”, ela deixou ainda de fora algumas vítimas e que agora o Governo pretende incluir, nomeadamente a protecção das crianças perante o fumo dos fumadores, por exemplo, nos automóveis. Contudo, esta “agressão” pode começar ainda antes da criança ser gerada, pois a mulher fumadora tem um risco acrescido decorrente do consumo de tabaco e na sua gravidez, o consumo regular de tabaco aumenta os riscos na gestação e na criança. Porque somos um país de “puristas” e defensores da liberdade, logo algumas vozes se levantaram contra as medidas anunciadas, como sendo limitadoras da liberdade de cada um, esquecendose que “a sua liberdade termina onde começa a dos outros” e que os direitos das crianças, seus filhos ou não, precisam de leis que as defendam. Esta limitação, no que às crianças diz respeito, deveria envergonhar os fumadores da necessidade de legislação, porque o seu egoísmo não os coíbe de agredirem as crianças com o fumo do tabaco e, também pelo exemplo, contribuírem para que os seus filhos também venham a ser fumadores. Há outros males, argumentam. Sim e muitos deles também os pais não sabem ou não querem proteger os seus filhos. Cada um é livre de fumar (apesar dos custos suportados pela comunidade com as doenças provocadas por esse vício), desde que não prejudique os outros, sejam crianças ou não. ■ Muçulmanos Radicais à Conquista da Europa Salafistas pregam a sua Hegemonia António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu Muçulmanos salafistas usam uma estratégia de infiltração eficiente em diversos meios, especialmente, na arte, Internet e juventude para uma islamização sistemática na região dos “incrédulos” (“Kuffar). Com a sua guerra santa pretendem fomentar o Islão com a Sharia (direito muçulmano) na Europa, querendo que a Europa volte à idade Média. Querem, distribuir gratuitamente na Alemanha, Áustria e Suíça, alegadamente 25 milhões de livros do Corão. Esta inventiva Árabe visa radicalizar especialmente muçulmanos moderados (na Alemanha há um número superior a 4 milhões de muçulmanos) e recrutar principalmente jovens europeus desorientados. Em acções de dois fins-de-semana, em Zonas de peões da Alemanha, já distribuíram 300.000 livros. Os resultados da agressão ideológica já se fazem sentir no radicalismo de manifestações na rua. Emigram para um mundo que consideram inimigo e vêem-no como sua zona de combate. “Lutam por uma espécie de califado europeu, onde não se deve aplicar o direito ocidental mas sim o da Sharia”(in Der Spiegel n° 17/23.4.12); organizam-se em redes como a “Millatu-Ibrahim” (Comunidade de Ibrahin) na Alemanha, fundada por Mahmoud e pelo ex-rapper Cuspert; tornamse muito eficientes através da infiltração em mesquitas moderadas. Com os seus songs, Cuspert consegue atingir os sentimentos da juventude em textos como “O teu nome corre no nosso sangue” referentes a seus ídolos, entre eles, Bin Laden. Muitos vivem da ajuda assistência social do estado como refere o Jornal Stuttgarter Nachriten no caso do pregador salafista Ibrahim Abou-Nagie que receberá para ele e família entre 2.300 e 2.500 euros por mês. Ele terá sido, segundo afirmou, o iniciador da acção da distribuição dos livros do Corão. Os Salafistas usam o âmbito da liberdade europeia para missionar uma sociedade que consideram incompatível com a sua e em que a sua fronte de guerra é o mundo cristão. “A nossa arma é a Internet” afirmam salafistas que se consideram a elite da religião maometana. Na Alemanha há entre 3.000 e 5.000 salafistas, recrutados geralmente da segunda e terceira geração de emigrantes. Têm figuras ideais como o ex-pugilista Pierre Vogel e personalidades ligadas à Al-Qaida. Tal como os extremistas nazis encontramse sob observação do Estado. O Estado sente-se de mãos atadas perante adversários da sociedade ocidental, como os salafistas. Desde que saibam empacotar a sua mensagem de maneira a não apelar directamente à violência, as autoridades não podem fazer nada, embora conheçam a cena de extremistas que preparam atentados como o de Frankfurt em que dois soldados americanos foram mortos por um companheiro de Mahmoud. Der Spiegel cita Mahmoud, o qual afirma que a diferença entre os seus inimigos e e os muçulmanos crentes, é: “Eles amam a vida e nós a morte”. Os salafistas são a ponta de lança dos Wahabis da Arábia Saudita. Por toda a parte se observa o aumento da radicalização de grupos islâmicos que antes eram mais tolerantes. O povo indonésio que antes tinha uma tradição pacífica tem sido influenciado por forças muçulmanas radicais árabes. Tem-se observado, nas últimas décadas, uma radicalização da sociedade indonésia em que muçulmanos que tinham nomes hindus abdicam do seu nome de tradição hindu para assumirem nomes árabes, e aniquilam indígenas de Papua, transplantando muçulmanos para esta região, seguindo a política de colonos como faz a China no Tibet. É preocupante observar como tradições culturais de zonas geográficas amenas abdicam da sua alma afável para adquirirem a aspereza cultural nómada do deserto. Por todo o mundo muçulmano se tem observado uma contínua radicalização. A Arábia Saudita, o Irão, o Paquistão e o Afeganistão têm sido os maiores incrementadores do extremismo árabe. São tendências que a História corrige mas a custo de grande tri- buto. Segundo previsões do CBN, no ano 2030, a maioria da população de Bruxelas será muçulmana. Aber Imran, chefe do grupo “Sharia 4 Belgium” afirma: “Democracia é contrária ao Islão” e Allah é quem diz “o que é proibido e o que é permitido”. Grupos moderados muçulmanos não se levantam contra os salafistas nem contra terroristas muçulmanos porque estes se fundamentam no Corão e para os contradizerem entrariam em contradição com o Corão. Os salafistas no Egipto (“Partido da Luz”) conseguiram 30% dos votos. Todo o norte de África se encontra a caminho duma radicalização nunca vista. As diferentes civilizações ainda se encontram muito subdesenvolvidas e primitivas no que toca ao seu estádio espiritual. Só uma atitude de respeito de todo o Homem e de toda a cultura para com o Homem e para com a natureza poderão levar à paz. De momento, o extremismo ideológico político-religioso e o extremismo económico dominam os povos. ■ 8 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO Investigadoras do Instituto Superior de Psicologia Aplicada revelam dados preocupantes As investigadoras Ivone Padrão e Joana Santos Rita do ISPA, apontam 30% dos docentes com exaustão emocional. O problema é mais evidente nos professores efectivos e nos de mais idade. O estudo iniciado em 2009 e ainda decorre, teve por base uma amostra de 800 professores do 1º até ao 12º ano em todo o país e destaca ainda que os professores do ensino primário são os mais stressados e exaustos emocionalmente pois sentem falta de reconhecimento profissional, sendo o sexo feminino o mais afectado, juntando-se a estes os que ensinam alunos com necessidades educativas especiais, devido aos níveis de ansiedade, esgotamento e preocupações profissionais. O estudo revela ainda que poucos procuram ajuda profissional, refugiando-se no absentismo e na rotina para aliviar a tensão exercida. pela importância desta matéria, a ela voltaremos com ajuda de especialistas conhecedores. ■ PF sertã Escola Tecnológica e Profissional de Sertã Rumo à Irlanda No âmbito da candidatura à ação Mobilidade do Programa Sectorial LEONARDO DA VINCI, promovido pela Agência Nacional PROALV, 3 alunos do 12ºano doCurso Profissional de Técnico de Informática de Gestão acom- panhados por um Professor, têm a oportunidade de realizar o seu estágio curricular-Formação em Contexto de Trabalho na Irlanda. Já se encontram em Dublin onde permanecerão durante 2 meses. Será certamente uma experi- ência muito enriquecedora quer a nível profissional quer a nível pessoal e cultural. Tiveram o apoio daCâmara Municipal da Sertã. ■ Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 Agência de Oleiros Praça do Município, 30 Telefone 272680000 Fax 272680007 2012 JULHO Jornal de OLEIROS Prof. Doutor David Lopes homenageado na Casa da Comarca da Sertã “O Prof. Doutor David Lopes, natural do município de Sertã, foi homenageado em Lisboa, numa palestra organizada pela Casa da Comarca da Sertã (CCS) no dia 16 de Maio. Designada “Grandes Vultos da Comarca da Sertã: David Lopes, Sertaginense e Insígne Arabista, foram oradores o Prof. Doutor José Eduardo Franco e o Dr. Daniel Nunes, respectivamente Coordenador e membro do CLEPUL da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A iniciativa contou ainda com as intervenções do Presidente da Direcção da CCS, da Dra. Anabela Valente, Coordenadora do Gabinete de Estudos Olisiponenses, em representação da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e do Bispo Emérito de Benguela (Angola), D. Óscar Braga, sobrinho-neto do homenageado. David de Melo Lopes, nasceu na freguesia de Nesperal, concelho de Sertã, a 7 de Abril de 1867, e faleceu em Lisboa a 3 de Fevereiro de 1942, tendo-se distinguido como professor e arabista que em Portugal renovou a tradição destes estudos. Figura na toponímia de Lisboa, tendo sido atribuído o seu nome a uma rua na freguesia de S. João, por edital camarário de 13 de Maio de 1949. Em 1967, a propósito do 1º centenário do seu nascimento e do 25º aniversário da sua morte, a CCS promoveu uma homenagem na sua terra natal, documentada pela placa evocativa então descerrada na casa onde nasceu.” ■ Crise pode ter coisas boas... Vendas de livros aumentaram Os portugueses estão a ler mais, bastante mais Nas feiras de livro recentes, as vendas aumentaram cerca de 40%. É um dado muito positivo. ■ Restaurante Coelho da Rocha Rua Coelho da Rocha, 104, 1350 Lisboa (Campo de Ourique) Telefone 213 900 831 9 Contributos para a história de Oleiros Por carta régia de 13 de Junho de 1194, D. Sancho I, sua esposa, a rainha D. Dulce e respectivos infantes, doaram, em definitivo, a D. Afonso Pelágio, Prior dos Hospitalários, e a todos os irmãos desta Ordem, uma terra à qual deu o nome de Belueer (Belver), além de vastos domínios territoriais nas duas margens do Tejo, entre os quais se compreende Oleiros. Anos volvidos, tais territórios são integrados no Grão-Priorado da Ordem do Hospital ou dos frades malteses, com sede na vila do Crato. A 6 de Dezembro de 1232, um tal D. Mendo Gonçalves, Prior do Crato concede foral à vila oleirense. Centúrias depois, D. Manuel I renova aquele foral a 20 de Outubro de 1513, constituindo-se assim, definitivamente, como terra autónoma, acção extensível ao vizinho concelho de Álvaro, hoje área integrante do concelho de Oleiros. No ano de 1791 foi criado um corpo de Ordenanças em Oleiros, tendo sido nomeado Capitão-Mor Francisco Rebelo Albuquerque Pinto Maldonado, da mesma vila, por D. João VI, em carta patente de 31 de Maio do mesmo ano. O concelho de Oleiros pertencia à provedoria de Tomar. Após 1834, o território de Oleiros foi consideravelmente aumentado, mas não obstante o Governo extinguiu o concelho, anexando as suas freguesias a outros: as de Orvalho e Vilar Barroco ao Fundão, a de Sarnadas de S. Simão ao de Castelo Branco, a de Cambas ao de Pampilhosa, a de Isna ao de Proença-a-Nova, e todas as outras ao da Sertã. No entanto esta decisão foi anulada em 1869, estabelecendo novamente Oleiros como concelho, tal como fora nos 700 anos anteriores. Ilustres de Oleiros, entre outros: Padre António de Andrade, (1581-1634); missionário e explorador 1º europeu a chegar ao Tibete em 1624. Horácio Roque, (1944-2010); empresário, banqueiro. João Maria de Amaral Pimentel Dr. Francisco Nogueira Barata Relvas, (1908 -); benemérito Dr. Francisco Rebelo de Albuquerque, (1881-1955) autarca e filantropo. Adriano Antão Barata Salgueiro, (1814-1895) advogado e benemérito lisboeta. ■ 10 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO CERTIFICO Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas setenta e quatro setenta e cinco, do livro número trezentos e dezasseis-A, de escrituras diversas, que: MARIA DE JESUS MOREIRA, viúva, natural de Madeirã, Oleiros, residente na Rua Bartolomeu Dias, n.º 9, 1.º Dto., Damaia, Amadora, NIF 118 444 620. declarou que é dona e legítima possuidora do: prédio rústico, composto de pinhal, mato e pastagem e mata de medronhos, com a área de três vírgula quatrocentos e sessenta e oito hectares, confrontando a Norte com Helena de Jesus Lopes e Herdeiros, a Sul com Januário Simões Barata Herdeiros, a Nascente com Amélia Lima Queiróz e outros e a Poente com Estrada Nacional, sito em Vinha da Horta, freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, não descrito Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respetiva matriz predial rústica sob o artigo 1057, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 451.18, ao qual atribui o valor de quinhentos euros; MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGA: Que o referido imóvel foi por si adquirido por contrato de partilha efectuado no ano de mil novecentos e cinquenta, em data que não consegue precisar, com os herdeiros de Maria de Jesus, casada que foi com António Barata de Almeida, o qual por dificuldades registrais nunca foi reduzido a escrito (formalizado) e, como tal, nunca foi a citada aquisição registada. Que, a partir de então, possui o citado prédio, sem interrupção, desde o seu início, e, portanto, há mais de vinte anos, pagando por eles os impostos devidos, fazendo as necessárias, úteis e voluptuárias benfeitorias e arranjos sobre os mesmos, explorando o mesmo, e praticando todos estes actos, com a convicção de ser proprietária do mesmo, e comportando-se, como tal, à vista de toda a gente, sem a menor oposição de quem quer que seja, tratando-se, portanto, de uma posse pacífica, contínua, pública, de boa fé, pelo que o adquiriu por USUCAPIÃO, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, e por dificuldades registrais, documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. Lisboa e Cartório Notarial do Notário Lic. Rui Manuel Justino Januário, aos vinte e sete de Junho de dois mil e doze. A Colaboradora, no uso da respectiva delegação publicada em 30/1/2012, inscrito sob o nº. 51/7. May de Figueiredo Bordadágua Conta registada sob o nº. PA /12. CERTIFICO Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada em 21 de Dezembro de 2011 neste Cartório a folhas oitenta e três a folhas oitenta e cinco, do livro número trezentos e nove-A, de escrituras diversas, que: AMÉLIA DE JESUS BARATA DE ALMEIDA DE LIMA QUEIROZ, viúva, natural da freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, e residente na Rua Viriato, 14, 5º. Esqº. em Lisboa, NIF 103 420 827; declarou que é dona e legítima possuidora de: UM Prédio rústico, denominado e sito em Ribeiro das Penas, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de cento e quinze mil setecentos e oitenta metros quadrados, composto por pinhal, eucaliptal, mato, pastagem e mata de medronhos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1051, com o valor patrimonial de mil seiscentos e setenta e oito euros e catorze cêntimos, confrontando a norte com Jenuário Simões Barata, a sul com Viso, nascente com José Almeida Silva e herdeiros, e a Poente com Carlos Alberto Ant. e outros, ao qual atribui o valor de dois mil e quinhentos euros; DOIS Prédio rústico, denominado e sito em Lameirita, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de seis mil e cem metros quadrados, composto por pinhal, pastagem com cento e vinte oliveiras e uma cerejeira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1062, com o valor patrimonial de setenta e oito euros e vinte e cinco cêntimos, confrontando a norte com José Almeida Silva e Herdeiros, a sul com Maria Jesus Moreira, a nascente com José Almeida Silva e herdeiros e a poente com Manuel Barata Almeida e Herdeiros, ao qual atribui o valor de mil euros; TRÊS Prédio rústico, denominado e sito em Fonte, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de seis mil oitocentos e oitenta metros quadrados, composto por pinhal, pastagem, cultura com uma oliveira, três sobreiros, e duas macieiras, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1063, com o valor patrimonial de cento e seis euros e sessenta e quatro cêntimos, confrontando a norte com António Barata Almeida Herdeiros, a sul, a nascente com José Almeida Silva e herdeiros, e a poente com Estrada Nacional, ao qual atribui o valor de mil euros; QUATRO Prédio rústico, denominado e sito em Vinha Grande, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de quatro mil e oitocentos metros quadrados, composto por pinhal, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1067, com o valor patrimonial de oitenta e oito euros e quarenta e três cêntimos, confrontando a norte, a nascente e a poente com José Almeida Silva e herdeiros, e a Sul com Viso, ao qual atribui o valor de mil euros; CINCO Prédio rústico, denominado e sito em Almas, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de três mil setecentos e oitenta metros quadrados, composto por pinhal, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1074, com o valor patrimonial de sessenta e nove euros e setenta cêntimos, confrontando a norte com Norberto Pirão Martins, a sul e nascente com José Almeida Silva e herdeiros, e a poente com estrada, ao qual atribui o valor de quinhentos euros; MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGA: Que os referidos imóveis foram por si adquiridos por contrato de partilha efectuado no ano de mil novecentos e cinquenta, em data que não consegue precisar, com os herdeiros de Maria de Jesus, casada que foi com António Barata de Almeida, o qual por dificuldades registrais nunca foi reduzido a escrito (formalizado) e, como tal, nunca foi a citada aquisição registada. Que, a partir de então, possui os citados prédios, sem interrupção, desde o seu início, e, portanto, há mais de vinte anos, pagando por eles os impostos devidos, fazendo as necessárias, úteis e voluptuárias benfeitorias e arranjos sobre os mesmos, explorando os mesmos, e praticando todos estes actos, com a convicção de ser proprietária dos mesmos, e comportando-se, como tal, à vista de toda a gente, sem a menor oposição de quem quer que seja, tratando-se, portanto, de uma posse pacífica, contínua, pública, de boa fé, pelo que os adquiriu por USUCAPIÃO, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, e por dificuldades registrais, documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. Lisboa e Cartório Notarial do Notário Lic. Rui Manuel Justino Januário, aos onze de Abril de 2012. O Colaborador, no uso da respectiva delegação publicada em 27/1/2012, inscrito sob o nº. 51/5. Domingos Manuel Ramos Condeça Conta registada sob o nº. PA 2511/11. 2012 JULHO Jornal de OLEIROS 11 “Sem liberdade não há democracia, sem instrução não há liberdade” * Carlos Fernandes No inicio do século XX a República era vista como o último patamar da história, a sociedade positiva, ao mesmo tempo que as elites culturais da época viam na educação o meio de se produzirem alterações e modificações sociais a médio e longo prazo. Nesse sentido, positivistas, republicanos, socialistas ou anarquistas acreditassem na construção do Homem Novo, para atingir esses objectivos foram criados grémios, na sua larga maioria uma versão profana das lojas maçónicas, escolas de influência maçónica, anarquista, sindical ou outra. Num contexto de uma profunda confiança na ciência, acreditouse que a filosofia tinha um papel político a desempenhar, o que implicava que muito para além de ser um valor político incorporava as certezas dos processos e metodologias científicas. Toda esta paixão pelo ensino provém do facto de o republica- nismo possuir uma clara herança iluminista ao sustentar que é o Saber que permite a compreensão dos verdadeiros valores expressos na Liberdade, na Igualdade, na Fraternidade, na Tolerância. A Liberdade implica uma participação activa do cidadão na vida pública, ao ponto de que essa participação, mais que um direito individual ou egoísta, se assume como um dever perante todo o social. Só mesmo um cidadão consciente e esclarecido poderá contribuir para o sucesso da vontade geral e do bem comum, para que isso se efective a escola, a educação cívica tornou-se um instrumento vital da república, e da doutrina republicana e ao mesmo tempo um motivo de aperfeiçoamento moral por parte de cada cidadão. Ontem como hoje é pela educação que se transmitem valores e comportamentos, úteis á vida do indivíduo em sociedade. Daí também a ligação da escola ao espaço público, a existência de ritos cívicos a interacção entre a escola e a família. A educação deveria constituir um caminho directo para a libertação racional do cidadão. Note-se que os republicanos portugueses na sua essência nunca viram o cidadão como um individuo abstracto mas sim como um elemento participativo no conjunto da sociedade, que sob o ponto de vista político quer associativo cultural, e daí a maior importância de o estado ter a obrigação e o dever de preparar bons cidadãos para a vivência de uma boa e plena cidadania e acima de tudo consciente. É também nesta perspectiva da competência que a mesma se insere a importância da preparação de bons profissionais especializados, em simultâneo bons cidadãos, ao estado e á sociedade em suma á Rés Publica. Para a doutrina republicana os Direitos e a Razão assumem-se como valor inestimável, como algo Universal, impondo-se a todos os cidadãos independentemente da sua posição social ou económica no conjunto da sociedade A Republica seria o termo a evolução natural da História, distinguindo-se do Liberalismo por não se constituir sobre a doutrina dos Direitos e Liberdades individuais mas antes valorizando a comunidade, distinguindose também do Socialismo por não ter uma visão de classe, mas nem por isso deixando de se preocupar com os mais desfavorecidos, reflexo de um sentir fraterno que a caracteriza. Hoje as fragilidades da Republica, as opiniões divergentes, o alimentar de uma economia mercantilista com uma nova roupagem neoliberal, a destruição da escola pública e o empobrecimento do nosso povo, leva-nos a esquecer a razão destes verdadeiros valores que nos deveriam guiar, mais do que na procura de soluções, á pro- cura de novos caminhos. Não poderia finalizar este artigo sem lembrar, Kofi Annan. Ele destaca que somente a força, a austeridade não poderão derrotar a instabilidade social e quiçá o terrorismo. Annam acredita que as causas para tais factos encontram-se nas condições socioeconómicas injustas, na falta do acesso ao trabalho á educação á saúde, nas disputas políticas não resolvidas (a culpa é sempre do outro). Torna-se necessário acrescentar que o mundo actual , dominado pela imposição dos valores neoliberais capitalistas, cria justificáveis núcleos de resistência , nos quais , os grupos radicais , (veja-se a França com o galopar da extrema direita, a Grécia …) sempre encontrarão terreno fértil para o seu crescimento, é isto que a história esclarece, “ela a ditadura quando vem é sempre de mansinho” Bem Hajam ■ Ei-los que partem Ana Neves [email protected] Numa Primavera atípica, com dias frios e nublosos, o Domingo de Páscoa fez lembrar o poema de Teixeira de Pascoaes: “Páscoa mês de Abril, manhã primaveril”. As celebrações litúrgicas desta quadra, em Oleiros, impressionam crentes e não crentes pelo silêncio e respeito que imanam. Peregrinar pelas ruas da vila, com um sol esplendoroso e colchas coloridas ou no negrume da noite, à luz de ve- las, além de uma manifestação de fé é também um exercício de catarse e introspecção. No tradicional Sermão do Encontro, o padre José António, muito assertivo, lembrou as angústias e preocupações actuais. Em plena Praça, durante o Encontro, recuei décadas atrás, quando neste mesmo local, as mães sofriam, em sintonia com a Senhora Mãe das Dores, na preocupação pelos filhos combatentes numa guerra sem fim. Actualmente, as preocupações são diferentes. A guerra felizmente acabou mas o futuro dos jovens é incerto e há desalento e frustração. Após um grande investimento na Educação que constituiu a paixão de um primeiro-ministro e a prioridade de vários governos, eles fazem parte da geração mais bem preparada de sempre, reconhecidos em qualquer selecção de candidatos à emigração. Temos dos melhores enfermeiros, médicos, engenheiros e cientistas. São considerados os melhores no domínio das línguas mas não têm trabalho no país que é deles e que precisa da sua formação. São emigrantes diferentes dos que partiam nas décadas de cinquenta e sessenta que sem preparação ou domínio da língua, muitos deles analfabetos, levavam apenas a vontade de vencer e regressar à terra de origem. Os nossos jovens levam outra bagagem e formação, integrando-se com facilidade em qualquer comunidade, por mais exótica que seja. A maior parte não pensa voltar, querendo usufruir das oportunidades concedidas pelos países que os acolhem e que sabem aproveitar o nosso melhor investimento. Dizia de nós um general Romano: “É um povo que não se governa nem se deixa governar. Há dias, um comentador de televisão lembrava as Invasões Francesas onde os nossos milita- res, valentes e bem treinados foram comandados por generais ingleses que juntamente com os invasores, levaram a arte e as riquezas que faziam parte da nossa História e Património. Recentemente, lembro o brasileiro Scolari que veio ensinar-nos a vibrar com o nosso hino e a vestir a nossa bandeira. Depois veio a Troika que com os alemães e a Sr.ª Merkel nos impõem os sacrifícios de que todos conhecem. E entretanto, EI-LOS QUE PARTEM do país que é seu e que não sabe aproveitar o que de melhor possui – a sua juventude. ■ “Lotaria” dos penalties eliminam Portugal A Selecção Portuguesa fez mais do que se esperava, mas, na verdade até podia ter feito mais ainda. Começou frente à Alemanha onde a derrota podia ter sido evitada e acabou ontem com a Espanha onde a meio da 2ª parte era visível o nosso domínio e a intimidação da Espanha. Tardámos a substituir Hugo Almeida e depois o banco era insuficiente. O jovem Varela ainda é imaturo e, pior, Portugal com uma selecção a envelhecer, em breve será uma selecção vulgar pois a organização do futebol em Portugal que permite excesso de estrangeiros, dificulta o aparecimento de grandes jogadores nacionais. Uma palavra ainda para o árbi- tro turco que foi “preparando” o seu trabalho e amarelando toda a nossa defesa o que podia ser um problema para a hipotética final, mas que, afinal não chegou a constituir problema algum. Temos de fechar a edição antes da final que esperamos seja ganha pelo melhor nos jogos que faltam. Uma palavra especial para os grandes vencedores da selecção, PEPE, FÁBIO COENTRÃO, BRUNO ALVES e JOÃO MOUTINHO, grandes jogadores em todos os planos e uma nota de frustração para as exibições de RONALDO sempre muito irregular e ineficaz como ontem se viu.■ PF 12 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO Não Fume, Fumar mata APOIE OS BOMBEIROS DE OLEIROS Faça-se Sócio Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros Telefone 962567362 Bar Calado: [email protected] Estr. Nac. 238, Alverca, Oleiros Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial) e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Sobre Seguros, Mediação de Seguros, Lda Portela, nº 6, 6160-401 Oleiros email: [email protected] Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088 2012 JULHO Jornal de OLEIROS ETPS organiza concurso de fotografia Numa iniciativa que pretende promover dois marcos de interesse no concelho da Sertã, o Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural e a Associação de Estudantes da ETPS (Escola Tecnológica e Profissional da Sertã), promove até ao próximo dia 15 de Junho, o concurso de fotografia Sertã - “Cultura e Natureza”. Este concurso tem como objectivo primordial sensibilizar os jo- vens para a promoção da fotografia enquanto expressão artística, assim como despertar o interesse pela preservação e manutenção do património cultural e ambiental que ainda persiste no concelho da Sertã. O concurso destina – se a estudantes do ensino básico e secundário da região designada por Pinhal Interior Sul (Sertã, Oleiros, Vila de Rei e Proença a Nova). Cada participante poderá concorrer com um trabalho, tendo o mesmo que ser enviado para o correio electrónico: tarserta@ gmail.com, até ao final do dia 15 de Julho. Posteriormente, o júri composto por um elemento da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã, um elemento do Turismo da Sertã e um elemento da associação de estudantes decidirão os melhores trabalhos, que terão direito a prémios surpresa. Os vencedores serão anunciados no dia 20 de Julho. ■ Sucesso na organização da etapa de pesca desportiva em Oleiros Realizou-se no dia 9 de junho o 2º Convivio de Pesca Embarcada ao Achigã, organização da "ARCOleiros" ARCO em Àlvaro, (Oleiros). Foram capturados 93 exemplares, com o peso total de 49.246 kgs o que deu uma média de 530 gramas por exemplar. Participaram 36 barcos e a dupla vencedora foi Luis Mendes/V.Nunes com o peso de 4.122,2 Kgs, no 2º lugar ficou a dupla A.Ramos/J. Lopes com 3,209 kgs e em 3º lugar N.Melo/P.Campos 3,006 Kgs. Já fora do pódi, um, ficaram em 4º lugar E.Fouto/P.Rodrigues 2,904 kgs, e em 5º lugar J.Moio/R.Carreira 2,865 Kgs. Destaque ainda para o maior exemplar pescado por Rui Carreira con o peso de 1,243 Kgs. A prova correu muito bem com uma logística estupenda, muito apreciada pelos participantes que destacaram também a beleza da zona em que decorreu a prova. Com efeito, Álvaro é um enorme paraíso que deve ser evidenciado. Pela nossa parte, enviamos um abraço à "ARCO" e ao Nuno, um apaixonado pela modalidade que apoiamos desde a primeira hora. ■ 13 A função social do turismo em aula prática na ETPS Realizou – se no passado dia 21 de Maio, nas instalações da ETPS (Escola Tecnológica e Profissional da Sertã), a 4ª palestra inserida no 1º Ciclo de Conferências de Turismo e Ambiente, tendo como tema de fundo “ A integração social vítimas de exclusão social em dinâmicas ecoturísticas” Tratando se de uma aula em contexto prático, o orador convidado foi João Nuno Baptista, aluno do mestrado em Ecoturismo da Escola Superior Agrária de Coimbra, que se encontra a desenvolver o seu trabalho de tese, no Parque Biológico da Serra da Lousã. Tendo como base o trabalho desenvolvido no Parque Biológico da Serra da Lousã, ao longo do último ano, João Baptista começou por salientar que o turismo pode e deve ser encarado com um fenómeno de integração social, pois pode “contribuir para o desenvolvimento de uma região, quer seja em Portugal, quer seja no estrangeiro”.“Diariamente, todos nós encaramos com situações de exclusão social”, mencionou João Baptista, a uma plateia maioritariamente constituída por alunos do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural, com quem foi exemplificando algumas situações. No final, foi ainda lançado o alerta perante os alunos pela forma em que os profissionais de turismo devem actuar em diversos sentidos, com particular destaque para as actividades de animação turística. Nesta área, a segurança é extremamente exigente, pois pode estar a diferença entre uma vida, e uma pessoa se magoar gravemente. “O que hoje é um facto, de um dia para o outro se pode transformar num verdeiro pesadelo”, refere João Baptista. Os alunos tomaram assim a realidade e a importância que o turismo poderá ter um papel fundamental não só no desenvolvimento da economia, mas também na sua função de protecção do ambiente e de inclusão social, sendo de extrema importância a formação no âmbito do saber ser, saber estar, enquanto individuo na sociedade actual. ■ CASA REAL DE PORTUGAL www.casarealdeportugal.org 14 Jornal de OLEIROS 2012 JULHO O FUTURO AGORA! “Ultrapasse o presente, chegue ao sucesso e seja feliz.” Taróloga Cartomante Margarida Fernandes Contacto: 961 093 788 [email protected] Siga-me no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernandes.blogspot.pt/ Carneiro 21/3 a 20/4 Carta Dominante: A Roda da Fortuna: mudança, objectivo. Amor: Algumas ilusões poderão afectar a sua vida amorosa. Há passos que devem ser dados de forma mais lenta e sem precipitações. Mantenha uma postura mais reservada e prudente para não sair magoado. Fase de análise. Trabalho: Mudança na vida profissional. Instabilidade financeira. Saúde: Oscilações de humor e de energia. Conselho: Deverá fazer uma avaliação dos seus desejos a todos os níveis, mas com os pés bem assentes na terra. Nesta fase não deve viver de sonhos e sim de forma realista! Não sonhe alto demais, para que a queda não seja grande. Touro 21/4 a 21/5 Carta Dominante: O Diabo: ambição, desejo. Amor: Não poderá contar com compromissos amorosos, ao longo deste mês. Deve sair mais e expandir o seu círculo de amizades. Encontrará, para final de Julho, momentos muito românticos e de felicidade, mas de pouca duração. Trabalho: Poderão ocorrer novos contratos ou propostas profissionais que envolvam negociações e documentos. Fase favorável a estudos. Situação económica estável, mas não cometa excessos. Saúde: Controle o colesterol. Conselho: Saiba aproveitar a vida da melhor forma, mas sem ilusões. Gémeos 21/5 a 20/6 Carta Dominante: O Amoroso: selecção, amor. Amor: Este mês irá deparar-se com lutas internas, provocadas por situações familiares. Sentirá alguma pressão e manipulação por parte de alguém e isso fará com que se sinta limitado. Passará por instabilidade sentimental. Trabalho: Melhorias profissionais, no entanto deve manter-se empenhado nas suas funções. Verá resolvidos problemas económicos. Saúde: Situação frágil. Deve descansar mais. Conselho: Seja mais determinado quanto às suas escolhas. Arrisque e use o seu lado sensível. Pensar muito, pode complicar ainda mais as suas decisões. Este mês, o coração é dono da razão. Caranguejo 21/6 a 22/7 Carta Dominante: O Amoroso: sintonia, paixão. Amor: O mês começa negativado. Sentir-se-á divido e isso fará com que tente manipular, para tentar atingir os seus objectivos. Isso poderá afastar quem mais gosta. No final do mês haverá romance no ar. Trabalho: Fase precária, em que será surpreendido por acontecimentos que irão alterar o seu percurso profissional. Não deve fazer investimentos. Saúde: Não passe muitas horas de pé e tenha cuidados especiais com a postura que adopta. Conselho: O amor tem duas vertentes: a paixão e o desejo. Se apenas um prevalecer, pode provocar desequilíbrio. Por isso, não confunda os outros quanto às suas intenções reais. Seja sincero com os seus sentimentos e de quem o rodeia. Leão 23/7 a 22/8 Carta Dominante: O Amoroso: promessa, escolhas. Amor: Fase estagnada. Poderá surgir uma ruptura de forma inesperada. Vai manter uma posição firme e pouco flexível. No final do mês irão surgir situações que o deixarão na dúvida e, consequentemente, confuso. Trabalho: Poderá dar inicio a uma nova actividade ou carreira, em que tudo correrá de uma forma favorável e favorecida. Deve fazer uma análise aos seus gastos. Saiba racionalizar o dinheiro. Saúde: Beba mais água, Conselho: Seja mais benevolente. Ouça o que têm para lhe dizer e só depois tire as suas conclusões. Agir “a quente” poderá fazê-lo arrepender-se mais tarde. Virgem 23/8 a 22/9 Carta Dominante: O Ermita: procura, demora. Amor: Algumas discussões acesas vão deixá-lo completamente desorientado e esgotado. Deve ter especial cuidado com quem o queira prejudicar. No final do mês, o amor vai estar no ar e tudo acabará bem. A nuvem negra será eliminada por completo do sector amoroso. Trabalho: Está no caminho certo e todos os obstáculos serão contornados. O sucesso está garantido, para este nativo, em Julho. Todos os documentos devem ser bem lidos e analisados. Nada deve ser assinado sem uma avaliação rigorosa. Saúde: Controle o peso. Conselho: Dê valor a todos os momentos. Não dê ouvidos, nem se deixe influenciar pelos outros. Leve avante as suas ideias e os seus desejos. Todo o mal tem um fim. Afinal, depois da tempestade vem a bonança. Balança 23/9 a 22/10 Carta Dominante: A Morte: renascimento, renovação. Amor: Mês de análise sentimental. Verá uma situação a ser definida, no entanto com alguma inércia. Balança, vai deixar andar a sua vida ao sabor da maré, e isso poderá ser prejudicial no campo amoroso. Deve sair mais com os amigos e acredite que será nesse círculo que se vai sentir bem e recuperar energias. Trabalho: Fase protegida. Aposte numa nova actividade que poderá conjugar com a sua situação actual. A área financeira está favorável. Pode dar-se a pequenos prazeres. Saúde: Oscilações anímicas e predominantemente instáveis. Conselho: Há atitudes que devem ser radicais e este mês não será excepção. Portanto, está na hora de cortar com o que não interessa, divertir-se mais e aproveitar a vida da melhor forma. Encontre a felicidade nos pequenos detalhes da sua caminhada. Escorpião 23/10 a 21/11 Carta Dominante: A Roda da Fortuna: ciclo, destino. Amor: Mês extremamente favorecido. Este nativo andará muito romântico. A paixão vai estar no ar ao longo de todo o mês de Julho. O seu lar será o seu reino! Trabalho: Uma ruptura poderá surgir. Esteja preparado para enfrentar este período menos bom, na área laboral. Perspectiva-se pequenas entradas de dinheiro. Saúde: Deve fazer exames que há muito anda a adiar. Conselho: Não cruzes os braços. Esteja sempre preparado para os momentos menos positivos na sua vida. Não se esqueça que tudo na vida tem um propósito, um princípio e um fim. Aproveite para desenvolver novos projectos de vida. Sagitário 22/11 a 21/12 Carta Dominante: O Imperador: domínio, concretização. Amor: Este mês irá isolar-se um pouco do mundo. Sentir-se-á bem ao fazê-lo. Conseguirá resolver situações menos positivas, de forma perspicaz. Vai manter uma harmonia aparente. Trabalho: Situação estável e sólida. Organize as suas finanças, para que não permita desequilíbrios neste sector. Saúde: O cálcio deve ser reforçado. Conselho: Deve aproveitar este mês para passar mais tempo consigo próprio. Faça pequenas viagens de lazer. Há momentos que devem ser só nossos. Nesta fase deve pensar mais em si! Capricórnio 22/12 a 19/1 Carta Dominante: O Louco: ingenuidade, inconsciência. Amor: Acabe com as suas dúvidas. A sua insegurança trará mau estar na vida sentimental. Fase em que irá analisar a sua situação e, como bom Capricorniano que é, conseguirá levar as suas ideias a avante. Andará mais reservado, no ambiente familiar. Trabalho: Fase estável. Melhorias económicas fruto de muito esforço, concentração e atenção. Saúde: O sol poderá ser prejudicial para a sua saúde em geral. Previna-se! Conselho: Seja seguro de si e dê mais voz a quem o rodeia. Tome as suas atitudes de forma consciente e madura. Nada deve ser deixado para trás de forma irracional e irresponsável. Aquário 20/1 a 18/2 Carta Dominante: O Diabo: luxúria, extravagância. Amor: Passará, ao longo do mês, por algumas desilusões a nível sentimental. Andará um pouco desorientado e muitas vezes com vontade de abandonar tudo e todos de forma impensada. No final do mês, irá sentir um cansaço extremo, que o debilitará muito. Trabalho: Poderá fazer algumas viagens profissionais. Progressos e evoluções, neste sector. Financeiramente, contenha-se! Saúde: Cuidado com os dentes. Conselho: Saiba racionalizar as suas energias. Entregarse demais aos problemas e viver demasiado as emoções só o irão desgastar! Não se iluda, nem acredite em promessas. Peixes 19/2 a 20/3 Carta Dominante: A Torre: queda, imprevisibilidade. Amor: Este mês, irá querer dominar. Alguns desentendimentos surgirão e isso poderá despoletar algumas rupturas e situações muito pouco agradáveis. Julho trará grandes mudanças, neste sector. Trabalho: Poderá fechar alguns acordos e assinar contratos que deverão ser muito bem lidos. Financeiramente está estável. Saúde: Faça exames de rotina. Conselho: Para quê viver infeliz e trazer infelicidade a alguém? Lute pela sua felicidade. A vida vale a pena, quando a sabemos aproveitar com alegria e entusiasmo! 2012 JULHO Jornal de OLEIROS NOVO SECTOR DE PEQUENOS ANÚNCIOS 15 CONTACTOS ÚTEIS • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 • Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170 UTILIDADES • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 Electrodomésticos • G.N.R – 272 682 311 Farmácias Automóveis • Estreito – 272 654 265 • Farmácia Reparações várias emprego Oferta Procura Imobiliário Vende-se Cerejas do Fundão nas áreas de serviço Eurest Em 2011, forma vendidas cerca de 45 toneladas de cerejas nas áreas de serviço da Eurest A Cereja do Fundão está novamente disponível nas 23 áreas de serviço da Eurest Portugal, entre Junho a Agosto. Esta acção insere-se na política da empresa no sentido de promover os produtos nacionais de qualidade reconhecida, ajudando à sua divulgação e comercialização. A boa receptividade dos consumidores é comprovada pelos resultados da iniciativa em anos anteriores: em 2010, foram vendidas cerca de 23 toneladas de cereja nas áreas de serviço e em 2011 cerca de 45 toneladas. Nos próximos meses, e à semelhança de anos anteriores, a Eurest Portugal irá disponibilizar outras frutas da época, para além da cereja, como melão, melancia, pêssegos e nectarinas, sempre oriundas de produtores nacionais. As áreas de serviço da Eurest Portugal aderentes a esta iniciativa são as seguintes: Santarém (A1), Pombal (A1), Alcácer do Sal (A2), Grândola (A2), Aljustrel (A2), Barcelos (A3), Coronado Trofa (A3), Penafiel (A4), Vendas Novas (A6), Montemor (A6), Estremoz (A6), Montijo (A13), Salvaterra de Magos (A13), Monte Redondo (A17), Figueira da Foz (A17), Silves (A22), Olhão (A22), Vila Velha de Ródão (A23), Abrantes (A23), Castelo Branco (A23), Fundão (A23), Guarda (A23) e Viana do Castelo (A28). ■ Garagens em Condomínio de prestígio, junto ao Estádio do Dragão no Porto, alugam-se, Tf (+)41794170733 Cupão de Assinatura Loja estupenda na Figueira da Foz, junto à praia, aluga-se, Tf (+)41794170733 – Orvalho – 272 746 136 Postos de Abastecimento • Galp (Oleiros) – 272 682 832 • Galp (Ameixoeira) – 272 654 037 • Galp (Oleiros) – 272 682 274 • António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157 Infra-Estruturas • Câmara Municipal – 272 680 130 • Piscinas Municipais/ /Ginásio – 272 681 062 • Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008 /Biblioteca – 272 680 230 • Campo de Futebol – 272 681 026 q Nacional q Europa Oferecem-se • Farmácia • Casa da Cultura/ Compra-se PROFISSÕES LIBERAIS – Oleiros – 272 681 015 10,00€ 20,00€ q Apoio (valor livre) • Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890 Nome................................................................................................. Morda.................................................................................................... LEIA Localidade..................................Código Postal .......... - ..................... Contr. nº. ...................................... Telefone ................................... ASSINE Data ......./............./................... Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante................................... Quero pagar por: Numerário q Procuramos (Até 2 linhas 5 euros) Ficha técnica www.jornaldeoleiros.com Cheque q para o endereço abaixo Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643 para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643 Ass..................................................................................................... ___________________________________________________________ Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273 E DIVULGUE O JORNAL DE OLEIROS Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Redactor-Chefe (Europa): Tony Teixeira • Presidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº., 2765-543 S. Pedro do Estoril • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos*, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos da América • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya Tomaz • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] * João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros. 16 Jornal de OLEIROS Junta de Freguesia do Estreito Presentes na Feira do Pinhal 2012 JULHO
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