Labirinto brasileiro

Transcrição

Labirinto brasileiro
revista
Ano 4 nº 15 maio a julho de 2015
Labirinto
brasileiro
Para vencer o nó logístico do Brasil,
Raízen investe em infraestrutura e
abastece o país
Índice
4
Giro Rápido
Conquista em dose dupla
Celebração da segurança
Capa
Foco em
infraestrutura
10
6
16
Páginas Roxas
Linha mestra
8
Mercado
Fiel da balança
14
22
Marketing
Vá até o fim
Raízes do Brasil
Desenvolvimento local
Responsabilidade Social
Quem quer ser um voluntário?
25
26
30
31
Comercial
Alta octanagem
Cultura
Sob a luz dos holofotes
Opinião
Praticando um consumo
consciente
Indicadores
Mais litros por mais letras
Sustentabilidade
Vanguarda sustentável
Revista Raízen
12
Editorial
3
Desafio:
infraestrutura
Como crescer e avançar em um país que carece de infraestrutura?
Esta é uma das principais perguntas que as empresas que atuam
no Brasil fazem nos dias de hoje. Com estradas em condições
precárias e modais subdesenvolvidos, o país vive uma paradoxal
situação: por um lado, grandes oportunidades de crescimento.
Por outro, um déficit logístico que impacta os players do mercado.
Esse é o tema da matéria de capa desta edição da Revista Raízen.
Primeira de uma série de reportagens sobre os desafios logísticos
do Brasil, ela apresenta o cenário nacional e como a empresa
trabalha para superá-los: com investimentos em regiões que têm
alto potencial de crescimento e pouca infraestrutura, novos terminais
de distribuição e esforços para diversificar os modais utilizados.
Ciente da importância da marca Shell no Brasil, a Raízen
desenvolveu uma nova campanha para reposicionála. Com forte veia motivacional e o mote “Vá até o fim”, o
reposicionamento reforça a parceria entre a marca e seus
clientes por meio de um comercial produzido pela agência de
publicidade J. Walter Thompson.
Em paralelo, sempre disposta a levar o que há de melhor e mais
moderno aos postos, a empresa trouxe de volta o combustível
Shell V-Power Racing, gasolina de alta octanagem desenvolvida
para os clientes mais exigentes. Com nova fórmula, o produto
oferece alta qualidade e tecnologia de ponta para os veículos.
Esta edição também traz matérias especiais dedicadas aos
esforços da Raízen para se aproximar da sociedade e das
comunidades onde está inserida por meio do patrocínio teatral
e do voluntariado. Com forte presença no cenário de musicais
nacionais, a empresa patrocinou grandes espetáculos – como
“Elis: a musical”, “Cazuza: pro dia nascer feliz” e “Chacrinha: o
musical” – e ajudou a fomentar este gênero cuja ascensão está
impulsionando o teatro nacional. Em fase piloto, o Programa
de Voluntariado da Raízen aproxima a empresa da sociedade
por outro viés: a ajuda ao próximo. Além de detalhar como
funciona a iniciativa, a reportagem também apresenta alguns
dos benefícios do trabalho voluntário.
Boa leitura!
Expediente
O Editor
Gerência de Comunicação Corporativa:
Regina Maia
Fotografia: Arquivo Raízen/Gustavo Morita/Lila Batista/Marcos
Issa/Túlio Vidal/Paulo Altafin
Jornalista Responsável:
Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)
Impressão: Edigráfica
Coordenação:
Lorine de Freitas
Produção Editorial:
Cajá Comunicação
Redação: Jorge Lourenço e Gabriela Vasconcellos
Design Gráfico: Felipe Nogueira
E-mail de contato:
[email protected]
Tiragem: 5.500 exemplares
As declarações expressas neste documento são
efetuadas pela Raízen na qualidade de licenciada da
marca Shell e não refletem necessariamente a opinião
da Shell Brands International.
Revista Raízen
4
Giro Rápido
Novos
caminhos
Em junho, a Raízen fez a primeira operação
de transporte de biodiesel de Rondonópolis
(MT ) para Paulínia (SP) por meio de
ferrovia. Com o novo modal, cerca de 50
milhões de litros de combustível serão
anualmente transferidos das rodovias para
a nova modalidade e, por consequência, 50
caminhões deixarão as estradas.
Com a nova operação, a expectativa da
empresa é proporcionar redução de custos na
cadeia logística e fomentar a competividade
dos produtores de biodiesel no Centro-Oeste.
Além disso, na logística inversa, a companhia
poderá levar outros derivados de petróleo para
o Centro-Oeste.
Pioneira no Brasil, a operação via modal
ferroviário faz parte das atividades da Raízen
desde 2011, com transporte entre os terminais
de Esteio (RS) e Araucária (PR). Além da redução
na circulação de caminhões, a modalidade
proporciona maior eficiência no transporte.
Conquista em
dose dupla
Santa Cruz do Sul (RS) foi palco de duas vitórias da Shell Racing
no dia 28 de junho. Na Stock Car, o piloto Valdeno Brito venceu
uma das provas da rodada dupla – etapa especial em que duas
corridas da categoria são realizadas no mesmo final de semana.
O piloto, que venceu uma corrida em Santa Cruz do Sul em 2014,
conta que esta prova foi especial.
“Foi a corrida mais difícil e prazerosa da minha carreira. Meu
extrator caiu na primeira corrida e perdi todo o downforce
na parte traseira do carro. Passei a virar quase um segundo
mais lento e, como não podia mexer entre um grid e outro,
Revista Raízen
apostei tudo na segunda largada e fui feliz em assumir a
primeira posição e liderar até o final”, ressaltou Valdeno,
que largou na pole position na corrida 1 e concluiu a prova
em oitavo lugar.
Realizado no mesmo dia, o Brasileiro de Turismo teve outro piloto
da Shell Racing no lugar mais alto do pódio. Além de vitória,
Dennis Dirani conquistou o “grande chelem” (pole, volta mais
rápida e vitória de ponta a ponta). Com o resultado, o integrante
da Academia de Pilotos Shell Racing se tornou o novo vice-líder
do campeonato, com 80 pontos.
Celebração
da segurança
Com o objetivo de reforçar a importância
da segurança no transporte rodoviário
em suas operações, a Raízen realizou
em Fortaleza (CE) a final do 4º Rodeio
de Caminhões. O evento, que aconteceu
nos dias 23 e 24 de maio, testou as
habilidades de dez melhores motoristas
de caminhão de empresas contratadas
pela companhia, classificados ao longo
de cinco etapas regionais. O campeão
foi Alexandre da Costa, motorista da
Transportadora Lima, que ganhou um
carro zero quilômetro.
Como parte do evento, no sábado
anterior às provas, um jantar reuniu
representantes da Raízen e donos
das transportadoras, premiados por
destaques ao longo do ano. O Rodeio de
Caminhões integra uma série de iniciativas
voltadas à excelência operacional da
Raízen, como treinamentos nas filiais
das transpor tadoras, campanhas
motivacionais e workshops.
Mais recursos
A Raízen finalizou em junho sua segunda emissão dos
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), na qual
captou R$ 675 milhões por um prazo de 6 anos. Com foco na
obtenção de recursos de pessoas físicas, a emissão de CRA
atraiu mais de 3 mil investidores, um aumento de mais de 50%
comparado à emissão anterior, realizada em outubro de 2014.
O sucesso de mais essa captação demonstra a confiança do
mercado na Raízen, reflexo do esforço contínuo de todos os
funcionários da empresa no alcance de resultados sustentáveis.
A oferta foi classificada com rating local Aaa pela Moody´s da
América Latina. O Bradesco BBI foi o coordenador líder da
oferta, junto com BB Investimentos, Citibank e Itaú BBA. A
securitizadora Gaia Agro foi a emissora da oferta.
Revista Raízen
6
Páginas Roxas
Linha
mestra
Agir sempre de acordo com a lei, relacionar-se de forma ética com todos os stakeholders e garantir as melhores práticas
no ambiente de trabalho. O Código de Conduta da Raízen é a ferramenta que centraliza todas as diretrizes corporativas e
comportamentos que devem ser vivenciados pelos funcionários e contratados. Nesta edição da Revista Raízen, o vice-presidente
Jurídico, Antônio Martins, explica a importância deste documento para a condução das atividades da companhia.
Qual é a importância de um código de conduta para
uma grande empresa? É fundamental esclarecer para os
funcionários as atitudes que eles devem ou não tomar em
situações específicas?
Em um ambiente de negócios altamente competitivo, como o
que enfrentamos, a exigência por padrões de desempenho e
comportamento pessoal e empresarial irretocáveis é fundamental
na busca do sucesso em longo prazo. O Código de Conduta
Raízen é a ferramenta chave, que reúne regras básicas, normas
e comportamentos necessários para a sustentabilidade dos
negócios. Ele orienta funcionários e contratados de toda a
organização na direção esperada.
Hoje, o Brasil vive um momento em que a sociedade
pede maior transparência do governo e de grandes
empresas. Em seu Código de Conduta, a Raízen toca
pontos relevantes, como a intolerância a qualquer
tipo de suborno ou corrupção. Ao seu ver, isso
ajuda a fomentar um ambiente de negócios mais
competitivo e transparente?
Sem dúvida. A reputação de honestidade e integridade da Raízen
na condução de seus negócios é um ativo do qual não se abre
mão. É um grande diferenciador e nos coloca em um patamar
competitivo mais elevado. Nossos valores e responsabilidades
com os acionistas, clientes, funcionários, fornecedores e a própria
sociedade nos tornam reconhecidamente uma companhia ética
que ajuda no desenvolvimento do país.
Revista Raízen
O Código de Conduta é um elemento diretamente ligado ao
compliance, um conceito que ainda carece de atenção no
Brasil. O que falta para o país avançar neste sentido? Na
sua opinião, a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/13) tem feito
as empresas darem maior atenção a este tema?
Como sociedade, temos avançado na criação de instrumentos de
controle e aprimoramento no combate não só à corrupção, como
também à lavagem de dinheiro, aos crimes fiscais e aos delitos
financeiros. Há lei para o combate à concorrência desleal e à
sonegação de impostos. Por outro lado, existem inúmeros outros
dispositivos legais e regulamentos sobre organização do trabalho,
da produção de proteção à saúde, meio ambiente e segurança e
das relações de consumo. A complexidade para operar é cada
vez maior. E é nesse ambiente que os valores fundamentais da
Raízen, os quais permeiam todos os níveis e todas as nossas
atividades e comportamentos, fazem a grande diferença e nos
permitem avançar.
Um dos principais pontos do Código de Conduta diz respeito
à gestão de informação. De que forma a Raízen lida com a
questão da informação privilegiada?
A responsabilidade de todos nós nesse aspecto é enorme. Não só
com a Raízen diretamente, mas também em relação aos nossos
acionistas, como empresas publicamente listadas no mercado.
Todos os funcionários devem cumprir as leis e regulamentos
aplicáveis à negociação de quaisquer títulos, da Raízen, da Cosan ou
da Shell, abster-se de negociá-los em períodos restritos ou utilizar-
“A reputação de honestidade
e integridade da Raízen na condução
de seus negócios é um ativo do
qual não se abre mão. É um grande
diferenciador e nos coloca em
um patamar competitivo
mais elevado”.
Antônio Martins
Vice-presidente Jurídico da Raízen
se de informação privilegiada para tanto. Existem sanções para
o descumprimento dessas diretrizes que atingem a companhia e
os indivíduos diretamente envolvidos com essas práticas.
entre os princípios de negócios da Raízen. Além de estar
presente no Código de Conduta, quais são os desafios de
manter esse compromisso no nível operacional?
Além desse aspecto, temos regras claras e aplicáveis à proteção
da propriedade intelectual, proteção de dados e registros,
e-mails e todas as demais informações e dados comerciais
da companhia. Temos ainda regras muito rigorosas sobre o
tratamento que todos os funcionários e administradores da
Raízen devem dar às informações concorrencialmente sensíveis,
de forma a observar a legislação concorrencial vigente.
O maior desafio é conciliar os interesses de curto e longo prazos,
notadamente envolvendo diversas variáveis econômicas e
sociais, permeadas pelas questões ambientais muito presentes
atualmente. A recente crise hídrica, por exemplo, traz para
uma discussão ampla com toda a sociedade a questão da
utilização de recursos naturais e de como aliar desenvolvimento
à sustentabilidade. Em relação aos produtores de cana que nos
fornecem matéria-prima, desenvolvemos o Programa Cultivar,
por exemplo. Trata-se de uma ação que fortalece boas práticas
agrícolas e otimiza a produtividade e a qualidade da lavoura.
Além de seus próprios funcionários, a Raízen trabalha
com parceiros externos – como produtores de cana-deaçúcar, transportadoras de combustíveis e revendedores
de postos de serviços. Eles também seguem o Código
de Conduta da empresa?
Temos um relacionamento respeitoso e de confiança com
nossos parceiros comerciais e fornecedores e é nosso papel
institucional promover a aplicação dos nossos princípios
de negócios em tais relacionamentos. A capacidade de
engajá-los para que atuem em linha com nossos valores é
fator importante na manutenção dessas parcerias. Assim,
em todo e qualquer contrato ou iniciativa comercial, nosso
dever é fazer constar a aplicação dessas diretrizes como
base do relacionamento.
O compromisso com o desenvolvimento sustentável e
o cumprimento da legislação ambiental brasileira está
O Código de Conduta da Raízen abrange uma série de
questões, mas ainda é possível que os funcionários se
deparem com situações delicadas que demandam atenção
especial. De que forma a empresa presta esse suporte?
O Código de Conduta da Raízen orienta nosso cotidiano e é
parte do nosso DNA. Para a Raízen, não há opção a não ser
adotar este caminho em todos os negócios e iniciativas. Em
caso de dúvida, os funcionários devem sempre levar o assunto
para seu superior, gerente, representante de RH ou integrante
do time jurídico para não deixar a situação sem direcionamento.
Além disso, reforço a importância da utilização do Canal de Ética
da companhia, que recebe – de forma totalmente confidencial –
qualquer caso que necessite de apuração.
Revista Raízen
8Mercado
Fiel da
balança
Desvalorização do
Real impulsiona
exportação de
açúcar e pode fazer
o Brasil retomar
o posto de maior
exportador de
etanol do mundo
Desde o ano passado, a indústria brasileira
se vê diante de uma nova realidade. Após
mais de uma década com o Dólar na casa
dos R$ 2, a moeda americana extrapolou
a casa dos R$ 3 e chegou a valer R$
3,28 – maior valor desde 2002. Se, por
um lado, a mudança impacta o poder de
consumo dos brasileiros e eleva o preço de
produtos importados, por outro a indústria
é beneficiada pelo salto de competitividade.
A valorização do Dólar impactou vários países
produtores de açúcar e etanol, mas nenhum
deles de forma tão acentuada quanto o Brasil.
De acordo com o diretor de Trading Açúcar
da Raízen, Ivan Melo, a nova condição
beneficiou a indústria açucareira nacional.
“A Tailândia e a Austrália, por exemplo,
são grandes produtores de açúcar cujas
moedas não desvalorizaram neste período.
Como isso ocorreu com maior força no
Brasil, a indústria nacional foi beneficiada”,
pontua Ivan. “Isso possibilitou à Raízen
oportunidades de precificação”.
No mercado de etanol, o Brasil pode voltar
a ser o maior exportador do mundo. Desde
2010, este posto é ocupado ora pelo Brasil,
ora pelos Estados Unidos. Em 2014, a seca
que afetou as plantações brasileiras ajudou
os americanos a voltarem a ser os maiores
exportadores da commodity. Desta vez, a
valorização do Dólar no mundo todo deve
prejudicar a competitividade do etanol
norte-americano.
R$ 2,22
Jul/14
R$ 2,26
Ago/14
R$ 2,33
Set/14
R$ 2,44
Out/14
Vantagem para a indústria
A desvalorização diante do Dólar é um diferencial competitivo
que, independentemente do país onde ocorre, favorece a
indústria local. A China, por exemplo, impulsionou sua
produção ao manter o Yuan artificialmente desvalorizado ao
longo de vários anos. No Brasil, um dos principais momentos
de crescimento da indústria nacional foi justamente quando o
Real atingiu seu menor valor, em 2002.
De acordo com o economista do IBMEC-RJ Mauro Rochlin,
o novo patamar do Dólar em relação ao Real vai além das
exportações. Ele também favorece a competitividade dos
produtos nacionais no mercado brasileiro, já que os importados
passam a ter um preço mais elevado.
“Basicamente, quando o Dólar sobe, temos o aumento da
exportação e maior aquecimento da indústria doméstica. Para
o mercado nacional, o impacto negativo recai sobre produtos
nacionais que dependam de insumos importados”, explica Rochlin.
“Outro aspecto positivo é que a valorização do Dólar é a geração
de emprego nos segmentos beneficiados”.
No momento, ainda há incerteza quanto à duração desta
tendência. Em junho, a moeda americana fechou o mês valendo
R$ 3,08. De acordo com o Relatório de Mercado Focus,
divulgado pelo Banco Central, a expectativa é de que o Dólar
termine 2015 valendo R$ 3,20. Alguns economistas já apontaram
que o valor pode chegar a R$ 4, mas não há consenso sobre o
ritmo que o câmbio tomará nos próximos meses.
“A expectativa é de que haja alguma alta do Dólar por conta de
fatores externos. A alta taxa de juros americana favorece esta
percepção. Quando os juros sobem nos Estados Unidos, cresce
o interesse em investir em títulos americanos e a tendência é
de que saia Dólar daqui, valorizando a moeda”, avalia Rochlin.
Na visão de Ivan Melo, caso isto se confirme, a tendência
é muito positiva para o mercado sucroenergético. Apesar de
aumentar o custo de aquisição de equipamentos e fertilizantes, a
desvalorização do Real perante o Dólar dá maior competitividade
ao açúcar brasileiro.
“Do ponto de vista do exportador, a flexibilidade do câmbio é
sempre muito positiva. No princípio, estas mudanças cambiais
prejudicaram um pouco o preço do açúcar na Bolsa de Nova
York. Mas esta alteração está mais ligada ao superávit da
commodity. Se esta tendência de alta se mantiver, o mercado
sucroenergético brasileiro tem muito a ganhar”, afirma o diretor
de Trading Açúcar da Raízen.
O Dólar
em um ano*
R$ 2,54
Nov/14
R$ 2,63
Dez/14
R$ 2,63
Jan/15
R$ 2,81
Fev/15
R$ 3,13
Mar/15
R$ 3,04
Abr/15
R$ 3,06
Mai/15
R$ 3,11
Jun/15
*Fonte: Banco Central do Brasil
10Sustentabilidade
Unidade de etanol
de segunda geração
da Raízen torna-se
a primeira do tipo no
mundo a receber a
certificação Bonsucro
Vanguarda
sustentável
Desde a sua criação, em 2011, a Raízen coleciona conquistas
em sustentabilidade. Há quatro anos, foi a primeira empresa a
receber o certificado Bonsucro, certificação global que atesta
o uso de boas práticas ambientais, sociais e econômicas no
cultivo e processo de cana-de-açúcar. Em 2014, começou a
produzir sua primeira planta de etanol de segunda geração de
cana-de-açúcar em escala material, em Piracicaba (SP). E, em
junho de 2015, tornou-se a primeira companhia no mundo a
obter o certificado de sustentabilidade deste produto.
O avanço representa um marco em termos de sustentabilidade:
o selo mais respeitado do mercado sucroenergético somado
à tecnologia de ponta do etanol desenvolvido a partir dos
coprodutos de cana-de-açúcar, como palha e bagaço (saiba
mais sobre o processo de produção no box).
Revista Raízen
Além de reforçar o compromisso da Raízen com a sustentabilidade
dos seus processos, a certificação Bonsucro é exigida em países
da União Europeia para exportadores de etanol.
“A Raízen tem como objetivo ser referência em tecnologia
e sustentabilidade no mercado sucroenergético”, aponta a
gerente de Sustentabilidade da Raízen, Marina Carlini.
De acordo com o gerente de Vendas Etanol da Raízen, Paulo
Neves, o impacto da exigência de certificação do etanol
celulósico na União Europeia não se restringe apenas à venda
direta do produto para o continente. Ela também influencia
clientes nacionais da empresa.
“Organizações que exportam outros tipos de produtos para
a Europa precisam garantir que a matéria-prima utilizada
“A Raízen tem como objetivo
ser referência em tecnologia
e sustentabilidade no
mercado sucroenergético.”
Marina Carlini
Gerente de Sustentabilidade da Raízen
também atenda a estas exigências. Fabricantes de
bioplástico, por exemplo, devem assegurar que o
etanol utilizado seja certificado”, explica o gerente de
Vendas Etanol. “Ou seja, além de a Europa tornarse um grande alvo para a nossa produção de etanol
de segunda geração, empresas que vendem para o
mercado europeu também são clientes potenciais”.
Diferencial no mercado
O avanço não está restrito aos benefícios ao meio
ambiente, funcionários e às comunidades onde a Raízen
está inserida. De acordo com a gerente de Sustentabilidade
da empresa, a certificação do etanol de segunda geração
também abre portas para mercados que exigem um nível
de sustentabilidade ainda maior.
“Recebemos sinalização de alguns clientes com
interesse em adquirir apenas produtos certificados,
em especial o de etanol de segunda geração. Isto
mostra que, diante do compromisso global com o
desenvolvimento sustentável, tais práticas também
estão se tornando um diferencial competitivo para entrar
em alguns mercados”, ressalta Carlini.
O etanol de
segunda geração
O etanol convencional é produzido a partir da
moagem e fermentação da cana-de-açúcar.
Já o etanol de segunda geração é gerado a
partir dos coprodutos da matéria-prima, a
palha e o bagaço. Geralmente utilizados para
gerar energia elétrica, eles são reaproveitados
para aumentar a produção sem ampliar a área
de cultivo ou expandir o uso de insumos. Para
a Raízen, isto representa até 50% a mais da
produção atual de etanol.
A produção de etanol de segunda geração
também permite à empresa continuar
produzindo o biocombustível, mesmo durante a
entressafra da cana, e reduz as suas emissões
de carbono. Para construir a primeira unidade
produtora capaz de utilizar esta tecnologia, a
Raízen investiu R$ 237 milhões.
Revista Raízen
12Marketing
Nova campanha da marca Shell no
varejo de combustíveis brasileiro
convida consumidor a ir além
Um posto de serviços é mais do que apenas fonte de
combustível; é um porto seguro na correria cotidiana,
um ponto de referência para os motoristas. Seja na hora
de dirigir até a escola para buscar os filhos, embarcar
em uma aventura na estrada ou ir para a entrevista do
emprego tão desejado, a marca Shell sempre esteve
presente em todos os caminhos. E pronta para abastecer
os sonhos dos seus clientes.
Com o mote “Vá até o fim”, a Raízen iniciou no final de
junho a nova campanha dos postos Shell no Brasil. O
objetivo é aproximar ainda mais a marca dos clientes,
mostrando como ela está sempre presente em suas lutas
e conquistas. Para isso, o posto é representado como um
parceiro nas jornadas dos consumidores, que os ajuda
a ir até o fim. O “fim” em questão é a busca de sonhos,
superações e conquistas dos clientes, humanizando a
marca em um tom aspiracional, um verdadeiro manifesto
aos Não Acomodados. A ação ousa na comunicação ao
não citar nenhum produto ou serviço do portfólio, tratando
do posto Shell sem mencioná-lo diretamente.
“A campanha busca ressaltar os valores essenciais na vida
de cada um, ao mostrar a marca como impulsionadora na
jornada das pessoas. Para alcançar este objetivo, fizemos
dos clientes os cocriadores deste trabalho. Todas as
sugestões de roteiros e filmes foram mostradas, revisadas
e aprovadas por um grupo de consumidores”, afirma a
diretora executiva de Marketing da Raízen, Luciane Matiello.
“A Shell é uma das marcas mais famosas do mundo, forte
o suficiente para ser reconhecida apenas por sua concha.
Fizemos um profundo trabalho para entender os valores
do consumidor e desenvolver um comercial que rompe
os formatos do segmento: no lugar de mostrar produtos e
serviços, contamos com gente de verdade. Não são atores,
elas representam a si mesmas, com histórias fortes e que
se identificam com o jeito Shell: sempre em movimento
e progresso”, ressalta o diretor de Criação da J. Walter
Thompson, Gustavo Soares.
O produto final desta iniciativa foi apresentado em um
comercial produzido pela agência J. Walter Thompson, que
começou a ser exibido em horário nobre no final de junho.
Posicionamento da marca
Os trabalhos para a evolução do posicionamento da marca
começaram em janeiro, com workshops em formato de
laboratórios criativos. O objetivo era identificar os valores
mais importantes, assim como os desafios da vida moderna,
e relacionar essas descobertas aos atributos da marca Shell
– como excelência, pioneirismo e tecnologia de ponta.
O trabalho coletivo de criação possibilitou outros insights
sobre o papel do automóvel e do posto na vida dos
consumidores, o que ajudou no desenvolvimento do
conceito da campanha.
Revista Raízen
Acesse e conheça
a nova campanha
dos postos Shell.
Ela ficará no ar
até setembro.
http://www.shell.com.br/
motoristas/promocoes-ecampanhas/va-ate-o-fim.html
Vá até
Vá até o fim!
o fim
Imagens: frames da peça publicitária “Vá até o fim!”
Se você for tentar, vá até o fim. Se não, nem comece.
Vá. Até. O fim. Isso pode significar perder amores,
parentes, empregos... e talvez até a cabeça. Vá até o
fim. Isso pode significar três ou quatro dias sem comer.
Isso pode significar congelar no banco de um parque.
Isso pode significar deboche, rejeição. Solidão.
Solidão? Pense nela como um presente. E em
todo o resto como um teste à sua persistência. O
tamanho da sua vontade de chegar lá. Você vai
chegar. E vai ser melhor do que qualquer coisa que
você possa imaginar.
Vá. Por todos os caminhos. Até o fim. Você nunca vai
estar sozinho.
Shell. Com você em todos os caminhos.
Revista Raízen
Raízes do Brasil
Desenvolvimento local
14
Revista Raízen
Em Jataí, Fundação
Raízen contribui para
melhorar a qualidade de
vida de jovens e adultos
Há três anos, Jataí (GO) abriga uma das unidades
da Fundação Raízen, que contribui para a formação
socioeducativa de jovens e adultos da cidade de 94
mil habitantes. Instalada no bairro Colmeia Park, a
instituição oferece cursos matutinos e vespertinos
para cerca de 100 jovens de 12 a 16 anos, abordando
temas como informática, reforço escolar, noções
empresariais e economia financeira.
Segundo a coordenadora de Projetos Sociais da
Fundação Raízen, Ana Carla Lopes, a escolha do
local foi estratégica, já que o bairro tem problemas
econômicos e vulnerabilidade social. A evolução dos
alunos, resultado da ação, também é percebida no
desempenho escolar, que melhora com as aulas
oferecidas na Fundação.
“A ideia é que eles fiquem conosco por pelo menos
um ano, e, ao final do curso, sejam encaminhados
a processos seletivos para trabalhar como jovens
aprendizes em empresas da cidade. Hoje, somente
na Raízen, 29 ex-alunos da Fundação estão nessas
vagas e cinco são funcionários”, explica Ana Carla.
À noite, adultos entre 18 e 30 anos aprendem
novas profissões em cursos profissionalizantes com
duração média de três meses, e, ao final de cada
ano-safra, cerca de 200 alunos se formam. Áreas na
Raízen como administração, logística, almoxarifado
e recursos humanos estão entre as opções para os
recém-formados. A definição da programação dos
cursos leva em consideração outras necessidades
locais: “Jataí tem lençóis de águas termais e por isso
80%
dos alunos
Em 2014,
conseguiram trabalho
100
Jovens atendidos pela Fundação Raízen
participam de projeto ambiental
adolescentes
Atualmente,
são atendidos em Jataí
42 ex-alunos
da Fundação já trabalharam
como jovens aprendizes na Raízen
também há espaço para o turismo. Para atender a um pedido
da prefeitura, já realizamos um curso na área de hotelaria”,
observa a coordenadora.
Na Raízen de Jataí, o trabalho dos alunos é reconhecido pelos
colegas. O gerente Agroindustrial da Unidade, Walter Ferreira,
vê no aprendizado dos estudantes mais que uma carreira a ser
seguida, na Raízen ou em outras empresas: “São formados não
somente profissionais, mas cidadãos. E todos que estão lá são
muito gratos e satisfeitos por estarem conosco”, ressalta.
Pensamento coletivo
Além dos cursos, a Fundação Raízen contribui para o
desenvolvimento da cidade por meio de campanhas e projetos
educacionais, como a Campanha do Agasalho. Realizada em
escolas particulares de Jataí, os alunos da entidade fazem
apresentações teatrais em troca da doação das peças.
Destaque também para o Educar na Praça, que leva temas
como cidadania, educação e cultura à população em praças do
município. Além dessas ações, a Raízen mantém parcerias com
empresas e órgãos públicos para, de acordo com as demandas
locais, realizar iniciativas específicas. Em junho, por exemplo, à
pedido de uma escola, a Fundação desenvolveu um projeto sobre
reaproveitamento do lixo descartável.
Ana Carla ressalta o retorno positivo da comunidade em
relação à Fundação e às mudanças proporcionadas na vida
dos alunos: “Hoje, tenho alunos que, ao serem contratados
como jovens aprendizes, se tornam a maior renda da casa e
têm acesso ao ensino superior, o que contribui para melhorar
a qualidade de vida deles e de suas famílias”.
Revista Raízen
16Capa
Foco em
infraestrutura
Revista Raízen
Estradas em más condições somadas a um déficit de motoristas
qualificados. Estruturas antigas e projetos inacabados de ferrovias que
jamais saíram do papel. Portos que precisam de mais investimentos
em competitividade. O Brasil é um verdadeiro labirinto logístico
para as empresas que atuam no país e, com o intuito de contornar
esta situação, a Raízen encontrou a seguinte solução: investir em
infraestrutura e produtividade visando a fomentar o crescimento em
médio e longo prazos do país.
Revista Raízen
18Capa
Integrada e presente em diferentes segmentos, a Raízen
encara o desafio da falta de infraestrutura do Brasil das
mais diferentes formas: no transporte de etanol de suas 24
unidades produtoras para 63 terminais espalhados em todo
o país, na distribuição de combustíveis da marca Shell, na
exportação de açúcar e até nos aeroportos que abastece.
O grande desafio neste cenário é otimizar os recursos disponíveis
diante da realidade brasileira e investir onde há espaço para a
iniciativa privada, diz o gerente de Logística da Raízen, Fábio
Henkes. “A Raízen, assim como outras empresas, sofre com
os problemas de infraestrutura do Brasil. Por isso, precisamos
usar nossos ativos disponíveis ao máximo. É como em uma
companhia aérea: a empresa precisa se organizar para que o
avião sempre viaje com a lotação máxima e faça o maior número
de voos possível”, explica Henkes. “Quando não há infraestrutura
suficiente para isso, você gera custos adicionais, afeta toda a
cadeia de suprimentos e perde competitividade”.
Eficiência logística: Brasil x EUA
A diferença entre os cenários de infraestrutura norte-americano e
brasileiro mostram que o Brasil ainda tem um longo percurso pela
frente. Hoje, o país depende excessivamente do modal rodoviário,
justamente o mais caro e menos eficiente. Nos próximos cinco
anos, o objetivo da Raízen é diversificar seus modais e apostar no
transporte ferroviário.
Cenário da Raízen em cinco anos
Rodoviário - 50%
Ferroviário - 38%
Dutoviário - 7%
Aquaviário - 5%
Para o diretor de Logística da Raízen, Antonio Simões, a saída
para as grandes empresas é uma via de mão única em
bons projetos: investir. Além da indústria sucroenergética,
todo o setor produtivo brasileiro é impactado diretamente
pela questão logística. A reação da iniciativa privada tem
sido investir em infraestrutura, sendo protagonista destas
questões no cenário nacional.
“Há pontos em que precisamos do governo, como no
que tange a avançar com as concessões de rodovias e
ferrovias. Mas a solução é investir nas demais alternativas
e fazer o dever de casa. A conta logística de qualquer
organização é muito relevante. Quando falamos em investir
para reduzi-las, não estamos falando em tarifas menores.
Estamos falando em produtividade, em fazer mais com menos”,
reforça o diretor.
Desafio de longa data
O problema de infraestrutura no país não é novo para as
empresas. Na verdade, é um desafio que se arrasta há décadas.
Diferentemente de nações com alta eficiência logística, o Brasil
depende de maneira excessiva do modal rodoviário, responsável
por 62,7% de todo o transporte de cargas, segundo dados
do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos Estados Unidos, por
exemplo, esse percentual cai para 27,7%.
Além de concentrar boa parte da demanda em um único modal,
as rodovias são uma das modalidades mais caras de transporte.
Elas também são mais poluentes do que as alternativas e
apresentam maiores riscos à segurança das pessoas e dos ativos.
Nos próximos anos, a tendência é que as ferrovias ganhem mais
força por conta da alta produtividade, segurança e menores
emissões de carbono (confira a comparação acima).
Nos Estados Unidos, que possui dimensões continentais, tal qual
o Brasil, o principal modal é o ferroviário. Lá, ele representa 41,5%
Revista Raízen
das cargas. Aqui, a modalidade
é responsável por apenas 21,7%.
É nesse ponto que um dos
principais problemas do país pode
fazer parte da solução.
Hoje, as regiões com maior
potencial econômico de
crescimento são o Centro-Oeste, o
Norte e o Nordeste. Historicamente
abandonadas pelas políticas públicas,
estas áreas precisam agora desenvolver
sua infraestrutura para suportar o avanço
econômico e atender à demanda local.
Este déficit é uma oportunidade de fazer
diferente e investir em modais mais produtivos
e instalações com tecnologia de ponta. E é
justamente o que a Raízen vem fazendo.
io:
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2
R$
59
Brasil
Outros - 1%
Dutoviário - 3%
Aquaviário - 11%
Ferroviário - 18%
Rodoviário - 67%
Estados Unidos
*Fonte: Instituto Ilos
Ferroviário - 37%
Rodoviário - 31%
Dutoviário - 21%
Aquaviário - 10%
Outros - 1%
Custo dos principais
modais no Brasil *
(a cada mil toneladas por
quilômetro útil)
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5
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Revista Raízen
20Capa
Abastecendo
o crescimento
Desde quando foi formada, a Raízen tem investido para
levar o que há de melhor para as regiões que apresentam
maior potencial de crescimento. Combinados, os terminais
de Rondonópolis (MT), Porto Nacional (TO) e Campo Grande
(MS) concentram investimentos de cerca de R$ 120 milhões.
Integrados a diferentes modais e a algumas das principais
ferrovias do país, como a Ferronorte, que liga Paulínia (SP)
ao Alto Taquari (MT), e a Ferrovia Norte-Sul, que facilita o
transporte entre Porto Nacional e o Porto de Itaqui (MA), eles
usam equipamentos de última geração para minimizar custos
e aumentar a competitividade dos produtos.
“A Raízen é a empresa de combustíveis e energia que
mais investe em distribuição, especialmente no CentroOeste, onde até o momento já foram investidos mais de
R$ 120 milhões com novos terminais e a ampliação de
existentes. São regiões onde o Brasil cresce muito e que
são impulsionadas especialmente pelo setor agrícola”, conta
o gerente de Logística da Raízen. “Mas elas precisam de
maior infraestrutura para receber e distribuir produtos. Daí a
importância destes investimentos”.
Os principais investimentos da
Raízen no Centro-Oeste e Norte*
E a tendência é de que, nos próximos anos, investimentos
como os da Raízen e concessões do governo federal reduzam
o déficit de infraestrutura nestas regiões, desenvolvendo alto
padrão de produtividade. De acordo com o sócio-executivo
do Ilos, Marcus D’Elia, a competitividade da indústria local
deve desenvolver-se com modais mais competitivos.
Terminal de Rondonópolis (MT)
“No Centro-Oeste, o déficit de infraestrutura era tão
grande que obrigava os vendedores de grãos a adotar
transporte rodoviário, o que é um absurdo para este
segmento, por exemplo. Agora existe a oportunidade de
investir em modais de alto volume, como as ferrovias,
saindo das estradas. Todo o planejamento indica ser esse
o caminho, o que deixa o mercado com uma expectativa
muito positiva. Resta esperar que estes planos do governo
saiam do papel”, analisa Marcus D’Elia.
Em última instância, além de aumentar a competitividade
da Raízen nestas regiões, o forte investimento em
infraestrutura também impulsiona o desenvolvimento do
Brasil ao gerar emprego e renda.
“Fala-se muito na necessidade de o governo chegar em
algumas áreas, mas é importante lembrar que algumas
cidades precisam da presença de grandes empresas.
Elas são muito importantes para a sociedade, pois geram
emprego e renda, além de ajudarem no desenvolvimento
local”, explica Henkes. “E isso gera ainda maior demanda, o
que traz novas oportunidades. É um ciclo virtuoso em que,
quanto mais se investe, mais oportunidade você gera para
as pessoas e para a própria empresa”.
Revista Raízen
Expansão do terminal de
Porto Nacional (TO)
Terminal de Campo Grande (MS)
De olhos bem abertos
Obras de infraestrutura de grande porte são
investimentos de médio e longo prazos. Por conta
disso, antes de fazer qualquer investimento logístico,
a Raízen avalia as perspectivas da região, assim
como as condições de mercado. Muitas obras
levam em consideração as possíveis condições de
mercado após um período de dez anos ou mais.
*Fonte: Área de LD&T da Raízen
Além do potencial econômico de determinada
cidade ou região, a empresa também analisa
ações de infraestrutura do governo e trabalha
para antecipá-las para programar-se.
“Para gerenciar nossos investimentos, avaliamos
a aderência estratégica de cada projeto e
seu retorno para a companhia. Sempre que
identificamos uma nova oportunidade, ela é
mapeada, detalhada e priorizada de acordo
com sua viabilidade”, explica o gerente de Novos
Negócios e Infraestrutura da área de Logística,
Distribuição & Trading (LD&T) da Raízen, Luiz Filipe
Saraiva. “Nessa linha de investimento, temos entre
30 e 40 projetos novos e cerca de 300 iniciativas
para atualizar e adaptar projetos existentes. E ela
é atualizada constantemente, de acordo com as
situações do mercado, atividades do governo
e alinhamento com o negócio. Desta maneira,
temos uma reação rápida e bem estruturada e
garantimos a priorização dos projetos com alto
impacto para o negócio.”
Todas estas ações levam em conta iniciativas
do próprio governo, como concessões de
novas ferrovias e desenvolvimento de portos.
Para o especialista Marcus D’Elia, as empresas
privadas teriam ainda mais incentivo para
investir em infraestrutura se o governo tivesse
políticas mais claras de longo prazo – como, por
exemplo, a participação dos biocombustíveis na
matriz energética brasileira.
“Falta uma política energética mais definida
no Brasil. Quando o governo não faz uma
escolha clara sobre a participação do etanol,
gera-se uma incerteza no setor em relação
a investimentos de longo prazo. O etanol é
um produto nacional e mais sustentável que
precisa de um posicionamento mais concreto
do governo, o que permitiria às empresas
viabilizar mais esforços”, diz o sócio-executivo
do Instituto de Logística. “O mesmo se aplica
às concessões ferroviárias e portuárias. Sem
celeridade e regras mais claras, o setor privado
não investe tanto o quanto poderia”.
Revista Raízen
22
Responsabilidade Social
Quem quer ser
um voluntário?
Em fase-piloto, Programa de Voluntariado da Raízen aproxima funcionários
das comunidades e ajuda instituições beneficentes
Funcionários alocados longe de suas cidades de origem e que
querem, de alguma maneira, contribuir com a comunidade local.
Pessoas que sempre desejaram ajudar o próximo, mas nunca
souberam muito bem por onde começar. Gente que quer dar
novo significado à própria vida. Os perfis variam, mas todos os
participantes do Programa de Voluntariado da Raízen têm algo
em comum: a vontade de fazer algo por quem precisa.
Ainda em fase-piloto, o projeto nasceu a partir da demanda dos
próprios funcionários da empresa. Em momentos pontuais, a
Raízen incentivou o trabalho voluntário em eventos como a Festa
das Nações, em Piracicaba. Em 2013 e 2014, os funcionários
ajudaram na preparação e venda de alimentos em barracas do
evento, cuja renda é revertida para entidades assistenciais. E foi
daí que surgiu a pergunta: por que não fazer disso um hábito?
De acordo com a gerente de Responsabilidade Social da
Raízen, Lúcia Teles, o passo seguinte foi estruturar o programa
e alinhá-lo com as diferentes áreas da empresa. Com 30 mil
funcionários, atividades em diversos estados e diferentes áreas
de atuação, o desafio é desenvolver um programa capaz de
atender a estas realidades.
“Pelo tamanho que a Raízen tem, entendemos que a organização
e a descentralização são essenciais. Nossa ideia é treinar
multiplicadores em diferentes cidades e usá-los como pontos
focais do projeto”, explica Lúcia. “Isto nos ajudaria a entender
as necessidades de cada área: tanto dos funcionários quanto
das entidades beneficentes”.
Hoje, o piloto do Programa de Voluntariado acontece no Centro de
Serviços Compartilhados, em Piracicaba. Lá, a empresa mapeou
cinco instituições, divulgou a oportunidade por e-mail e funcionários
se voluntariaram tanto para ações pontuais, como pintura e ajuda
em reformas, quanto para contínuas, como aulas de informática.
Funcionários da Raízen participam do Programa
de Voluntariado em Piracicaba
Revista Raízen
Internamente, os funcionários também realizam a digitação da Nota
Fiscal Paulista, iniciativa que permite às entidades receber até 30%
do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
registrado no documento fiscal. Até o fim de junho, foram digitadas
cerca de 25 mil notas para instituições como a Avistar, que atende
a pessoas com deficiência visual, e o Espaço Pipa, que auxilia
pessoas com Síndrome de Down.
Ser voluntário faz bem
Não são só as entidades que ganham com os voluntários.
Pesquisas apontam que há uma série de benefícios para
as pessoas que fazem este tipo de trabalho.
Melhora seu relacionamento
com o tempo
Desenvolve suas
habilidades profissionais
De acordo com estudos
conduzidos pela revista Harvard
Business Review, dedicar tempo
a atividades voluntárias faz com
que as pessoas sintam que
têm mais tempo livre. A mesma
lógica funciona para doações
financeiras: pessoas que doam
dinheiro sentem-se mais ricas
por poderem investir naquilo em
que acreditam.
Pessoas que exercem trabalhos
voluntários no mesmo campo
em que atuam profissionalmente,
como contadores que prestam
assistência contábil, aprimoram
suas habilidades. Colocados
diante de novos desafios e
agindo sob um ponto de vista
diferente do habitual, eles
adquirem novos conhecimentos
e avançam em suas áreas.
Deixa você mais saudável
Uma pesquisa do governo
americano apontou que
voluntários têm menores
chances de sofrer de
d o e n ç a s c a rd í ac a s e
d e p r e s s ã o, a l é m d e
reduzir as chances de
mor talidade. Doenças
relacionadas ao estresse
também são menos
f re q u e nte s e m q u e m
está engajado neste tipo
de atividade.
Prática importada
O fortalecimento da cultura de voluntariado na Raízen vai ao
encontro de uma tendência que começa a crescer no Brasil e no
mundo todo. Muito popular nos Estados Unidos, onde pesquisas
estimam que um quarto da população participa ou já participou
de iniciativas deste tipo, elas também integram o cotidiano de
grandes empresas.
A Fortune 500, publicação da revista Fortune que reúne as 500
melhores empresas americanas de cada ano, registra que 65%
destas companhias fazem algum tipo de trabalho voluntariado e
beneficente. E 40% permitem que seus funcionários colaborem
com instituições de caridade no horário de trabalho.
“O voluntariado corporativo, em especial, foi impulsionado na
última década, com a emergência da responsabilidade social do
setor privado e a consolidação de organizações da sociedade
civil como forma de mobilização social. Todo esse cenário
contribuiu para que a prática do trabalho voluntário passasse a
ter um viés mais profissional do que apenas um viés tradicional
de caridade”, pontua a coordenadora do Conselho Brasileiro de
Voluntariado Empresarial (CBVE), Luciana Muniz: “Trata-se de
uma prática de fundamental importância, pois contribui para o
enfrentamento das questões sociais e ambientais, e proporciona
oportunidades de aproximação entre os funcionários de uma
empresa com os beneficiários dos projetos”.
Revista Raízen
24
Responsabilidade Social
Para Lúcia Teles, além de aproximar a empresa das comunidades
em que está inserida, ponto central das ações de sustentabilidade
da Raízen, o Programa de Voluntariado também tem o potencial
de desenvolver o próprio funcionário. Ao colocá-lo em contato
direto com questões sociais relevantes, o trabalho voluntário
aprimora o seu senso crítico e sua visão do mundo, assim como
fortalece o espírito de equipe necessário para algumas ações.
“Participar de trabalhos voluntários desperta algo diferente nos
participantes e mostra como eles podem fazer a diferença para
outras pessoas. E muitas vezes nós não sabemos como atividades
que fazemos no nosso próprio trabalho podem ser de grande
serventia para estas entidades. Elas carecem de auxílio jurídico
e contábil, por exemplo”, explica a gerente de Responsabilidade
Social da Raízen. “Quando abrirmos o Programa de Voluntariado
para o restante da empresa, a ideia é ter um site que cruze
as habilidades dos funcionários com as necessidades das
instituições, o que vai nos permitir indicar as melhores opções
àqueles que desejarem fazer parte do projeto”.
"Participar de trabalhos
voluntários desperta algo
diferente nos participantes
e mostra como eles podem
fazer a diferença para
outras pessoas."
Lúcia Teles
Gerente de Responsabilidade Social da Raízen
Com a palavra, os voluntários
Sempre tive vontade de ajudar o próximo e participava de
campanhas de Páscoa, Dia das Crianças e Natal. Em fevereiro,
me inscrevi no Doutores da Alegria. Quando recebi o e-mail da
área de Responsabilidade Social da Raízen sobre o Programa de
Voluntariado, respondi imediatamente. O primeiro trabalho foi a
digitação de notas que venho auxiliando todo mês e o outro foi
participar da pintura da sala de informática de uma entidade que
atende a menores infratores e suas famílias. Atuar como voluntária
é uma excelente experiência, que nos enche de energia positiva por
fazer algo a mais pelo próximo.
Mara Rúbia Dal Sasso Veronez
Coordenadora de Sistemas/TI
Eu me envolvo com programas de voluntariado há 10 anos; é
algo de que gosto muito. Na Raízen, busco participar de ações
como campanha do agasalho e outros projetos que levamos
adiante nos encontros de liderança. Nos que participei, pintei
uma sala e fiz jardinagem em instituições. Para mim é muito
interessante, pois contribui para o meu crescimento pessoal.
Saio exausta de tanto trabalho, mas renovada emocionalmente.
Isso é o que importa! Aprendemos a dar outro valor à vida. É um
trabalho de formiguinha que faz diferença.
Izabela Soares
Gerente de Operações Estruturadas e Seguros
Descobri o Programa de Voluntariado da Raízen pelos e-mails
da área de Recursos Humanos e cartazes de divulgação
fixados no mural da unidade em Piracicaba. Participei duas
vezes da Festa das Nações, o maior evento de solidariedade
promovido no município, atuando como garçom e atendente
nos estandes de alimentação. Doar um pouco do seu
tempo para ajudar pessoas que não tiveram as mesmas
oportunidades de estudo ou emprego que você traz um
ganho pessoal muito grande. Estes trabalhos de voluntariado
já demonstram a vontade da Raízen de contribuir para a
comunidade em torno dela.
Jurandir Júnior
Coordenador de Melhorias de Processos e Sistemas
Voluntários participaram da Festa das Nações
Revista Raízen
Comercial
Alta
25
Destinado a veículos de
ponta e aos consumidores
mais exigentes, Shell
V-Power Racing volta aos
postos da rede Shell
octanagem
A família Shell V-Power está completa novamente. Em junho,
a Raízen levou de volta aos postos da rede Shell a gasolina
de alta octanagem Shell V-Power Racing. Com nova fórmula
e desenvolvido para ajudar os melhores motores a entregar o
máximo desempenho, o combustível de alta octanagem é
direcionado aos consumidores mais exigentes – que querem
utilizar o que há de melhor em seu veículo. O produto foi relançado
em junho no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. A
distribuição nos outros estados está em estudo, e será feita de
acordo com a demanda de cada região.
Com nova fórmula e um pacote de aditivos exclusivo, Shell V-Power
Racing é menos poluente – com redução de enxofre para 50 ppm
(partes por milhão) e 70% mais FMT, substância que reduz a fricção
e tem ação ainda mais instantânea no motor. O produto atende às
altas demandas de limpeza interna e lubricidade requerida pelos
novos sistemas de injeção eletrônica direta de combustível dos
veículos mais modernos que chegam ao mercado brasileiro.
Além de atender a uma demanda dos consumidores finais, o retorno
do combustível ao catálogo dos postos também foi baseado em
pesquisas que constataram seu potencial de vendas. Elas indicaram
o aumento do poder aquisitivo médio do brasileiro nos últimos oito
anos e o crescimento nas vendas de veículos premium (saiba mais
no box), cujas necessidades Shell V-Power Racing atende.
“Os veículos mais modernos estão cada vez mais presentes no
mercado brasileiro. E o cliente que compra estes carros, em
geral, é mais exigente com a gasolina que consome. A Shell é
uma marca muito associada à vanguarda e à alta tecnologia dos
seus combustíveis, desenvolvidos em parceria com a Ferrari. A
partir disso, percebemos que havia um espaço natural para o
produto em nosso catálogo”, aponta o coordenador técnico de
Combustíveis da Raízen, Gilberto Pose.
Para divulgar a novidade, a ênfase será em mídia segmentada
com foco digital e revistas especializadas, além de ativações
em locais premium, material de ponto de venda exclusivo e
lançamento com cobertura de imprensa especializada. De
acordo com o gerente de Marketing de Combustíveis da Raízen,
Felipe Brandão, a ideia é focar a comunicação de Shell V-Power
Racing a um público diferenciado e a formadores de opinião.
“Nossa estratégia de divulgação é voltada às mídias que este público
consome e aos locais que ele frequenta”, explica Brandão. “Além
de atender a uma demanda destes consumidores, os pedidos
dos revendedores, também foram levados em conta. Eles sempre
quiseram que Shell V-Power Racing voltasse à nossa oferta”.
Tecnologia de ponta
Desenvolvida a partir da parceria técnica com a Ferrari, que
já dura mais de 60 anos, Shell V-Power Racing oferece ao
consumidor a opção ideal para motores que requerem gasolina
de alta octanagem. Desenvolvida para melhorar o desempenho
desde o primeiro consumo, ela aprimora a resposta do motor
veículo a cada abastecimento.
Segmento premium
avança no Brasil
A desaceleração da economia brasileira impactou a indústria
automobilística, reduzindo as vendas de carros novos em
todo o país. Os veículos premium, no entanto, seguem
na contramão desta realidade. As montadoras líderes
deste mercado no Brasil registraram crescimento superior
a 9% em 2014, um resultado expressivo – sobretudo se
comparado ao segmento convencional, que apresentou
retração de 7,15% no mesmo ano.
E tudo indica que essa tendência deve manter-se forte. As
três montadoras líderes em vendas de veículos premium já
estão construindo suas primeiras fábricas no Brasil, o que
deve ajudar a disponibilizar estes carros – que requerem
combustíveis de última geração – a preços mais acessíveis.
Revista Raízen
26Cultura
Sob a
luz dos
holofotes
Com o auxílio de
empresas como a
Raízen, teatro brasileiro
comemora boa fase e
firma-se como um dos
maiores produtores de
musicais do mundo
Revista Raízen
Três sinais sonoros anunciam: o espetáculo vai começar.
As luzes ficam mais fracas até se apagarem e a cortina
se abre em movimentos lentos, quase misteriosos. Os
atores ocupam o palco e, rapidamente, os espectadores
são transportados para dentro da história. Isso é teatro.
Uma expressão cultural tão antiga a ponto de não se
saber ao certo sua data de origem e que, até hoje,
encanta os mais diversos públicos.
No Brasil, entretanto, o teatro nem sempre viveu
momentos de glória. Durante as décadas de 1980 e
1990, a escassez de verbas, a carência de casas de
espetáculos e a falta de experiência na montagem
de grandes espetáculos fizeram o setor enfrentar um
longo período de crise. Superados estes dias difíceis, a
atividade comemora seu lugar ao sol, impulsionada por
incentivos fiscais como a Lei Rouanet, que estimula o
patrocínio de grandes empresas – como a Raízen –,
as quais destinam parte do Imposto de Renda para
ações culturais. Deste modo, fica mais fácil oferecer
produções de qualidade e padrão internacionais.
Apenas em 2014, mais de três mil projetos culturais
captaram recursos por meio do Programa Nacional de
Apoio à Cultura (Pronac) e obtiveram R$ 1,3 bilhão em
doações e patrocínios.
A Raízen incentiva a produção cultural há aproximadamente
três anos. Segundo o gerente de Patrocínios, Vicente
Sfeir, a empresa encontrou na cultura, especialmente
no patrocínio de grandes espetáculos, uma excelente
plataforma de relacionamento. Por isso, o investimento no
setor aumenta a cada ano. Em 2014, 20 iniciativas culturais
foram patrocinadas, levando arte e a marca Raízen a mais
de 1 milhão de espectadores em 51 cidades.
Patrocínio é coisa séria
Para uma empresa com o porte da Raízen, patrocínio
é coisa séria. Isso porque, além do investimento
financeiro, a prática atrela o nome da empresa ao de
um produto cultural. Por isso, cada proposta precisa ser
minuciosamente analisada. Nesse sentido, diversos filtros
são estabelecidos para a seleção dos projetos quando a
empresa é abordada por produtores.
Em seguida, as propostas passam por avaliação estratégica
feita por uma área especialista, composta por pessoas com
conhecimento do mercado cultural, para que a empresa se
envolva apenas com conteúdos que fazem sentido para sua
estratégia. “Nosso caso, a finalidade com patrocínios culturais
é a área de relacionamento. Por isso, buscamos temas que
chamam a atenção e despertam o desejo nas pessoas de
assistirem o espetáculo”, explica Sfeir.
A área, então, recomenda os projetos selecionados a um
comitê formado pelos vice-presidentes da Raízen. “Existe todo
um engajamento da diretoria e da vice-presidência para a
votação desses projetos. Nós levamos a área de patrocínio
cultural muito a sério”, afirma o gerente de Patrocínios.
O objetivo é ter o melhor aproveitamento possível desses
recursos, de modo a transformá-los em investimentos.
Revista Raízen
28Cultura
O caminho para o sucesso já era indicado
por Carmen Miranda em 1939, na comédia
“Banana da Terra”: valorizar a cultura
nacional. Esta também é uma estratégia
da Raízen. “O incentivo à nossa cultura é
importante para manutenção e valorização
do setor, além de percebermos grande
reconhecimento por parte dos clientes,
funcionários e parceiros. Os conteúdos
brasileiros são mais próximos do público”,
destaca o gerente de Patrocínios.
Ciclo de
investimentos
Investimento gera investimento. Uma vez
que grandes empresas tenham interesse
em patrocinar bons espetáculos, as
produtoras tendem a aplicar mais
recursos para alcançar novos patamares
de excelência e atrair novos investidores.
Assim, cria-se um ciclo de investimentos
cujo resultado é uma produção cultural
cada vez melhor para o país.
Para Sfeir, as produtoras identificam um
aumento de concorrência e, com isso,
procuram entregar produtos inovadores,
que são interessantes para o patrocinador.
O sócio-diretor da produtora Aventura
Entretenimento, Fernando Campos,
concorda: “Quando investimos em
superproduções, nosso concorrente busca
fazer o mesmo. E esse movimento agrega
qualidade e atrai novos olhares”.
Meu Brasil brasileiro
Se durante décadas o teatro musical
no Brasil era sinônimo de montagens
e traduções de sucessos trazidos da
Broadway, hoje o cenário está bem
diferente: o país ocupa o terceiro lugar em
produção desse segmento – atrás apenas
dos Estados Unidos e da Inglaterra – e,
mais do que isso, os espetáculos começam
a extrapolar nossas fronteiras.
Revista Raízen
Essa visão impulsionou a parceria com
a Aventura Entretenimento, produtora
especializada em musicais nacionais.
A Raízen patrocinou espetáculos que
contam a história de ícones que exalam
brasilidade, como “Elis, A musical” e
“Chacrinha, O musical”, além de “Rock
in Rio: o musical”, primeiro espetáculo da
produtora patrocinado pela Raízen.
Um espetáculo
por trás do
espetáculo
Quem assiste à magia no palco
não imagina o que se passa nos
bastidores. Além dos atores e do
diretor, muitos outros profissionais
estão envolvidos na cenografia,
iluminação, sonoplastia, figurino
e maquiagem. Nos espetáculos
da Aventura, são aproximadamente 150 profissionais envolvidos, fora os fornecedores. Apenas no palco, cerca de 50 pessoas, entre atores e músicos,
estão presentes.
Para falar em valores, Fernando
exemplifica com o musical
Chacrinha. Foram gastos, em
média, R$10 milhões para
temporadas de quatro meses
no Rio de Janeiro e em São
Paulo. Ou seja, o investimento
é alto. Por isso é tão difícil
fa zer uma superprodução
sem patrocinadores.
A aventura de
fazer musicais
no Brasil
Parceira da Raízen, a produtora
Aventura Entretenimento foi criada
há sete anos com o objetivo
de aprimorar a qualidade dos
musicais nacionais. Mas, antes de
atingir o patamar atual, percorreu
um longo caminho. O primeiro
passo foi comprar direitos de
musicais estrangeiros de grande
sucesso, com a intenção de
produzir todas as etapas do
espetáculo no Brasil. “Com isso,
importamos o conhecimento,
a técnica, e desenvolvemos
um jeito próprio de fazer
espetáculos com qualidade”,
explica o sócio-diretor da
Aventura, Fernando Campos.
Com a primeira etapa concluída,
a produtora colocou em prática o
segundo passo: redirecionou os
olhares para as raízes brasileiras
e apostou em produções sobre
ídolos da música nacional,
adaptações de grandes sucessos
do cinema brasileiro, entre
outros. Para Fernando, além da
necessidade de valorizar o Brasil,
o público se identifica mais com
linguagens e temas conhecidos.
Como consequência, a Aventura
observou um fenômeno que
contagiou toda a indústria e criou
um novo público consumidor
de musicais. “Quem ia assistir
ao Fantasma da Ópera já
gostava desse segmento. Mas,
quando montamos Elis, muitos
dos espectadores foram por
admirarem a obra da cantora.
Assim, começamos a formar
novas plateias e atrair novos
consumidores”, conta Campos.
Exemplos de sucesso
Cazuza, Pro Dia
Nascer Feliz:
O Musical
Elis, A musical
Sucesso de público no Rio e
em São Paulo, com mais de 80
mil espectadores, o espetáculo
é estrelado por Laila Garin,
vencedora do Prêmio Shell
de Teatro 2014 na categoria
de Melhor Atriz por interpretar
a c a nto r a . O e s p et á c u l o
acompanha os quase 37 anos
de vida de Elis Regina, tem
direção de Dennis Carvalho
e roteiro de Nelson Motta e
Patrícia Andrade.
Chacrinha,
O Musical
O musical inspirado no astro
Cazuza é baseado no livro “Só
as mães são felizes”, de Lucinha
Araújo, e narra a vida do cantor
desde o início de sua carreira,
até sua morte prematura, em
1990, aos 32 anos. O texto é de
Aloisio de Abreu, e quem assina
a direção é João Fonseca. A
direção musical é de Daniel
Rocha e o elenco de 18 atores
tem como protagonista o músico
e ator Emílio Dantas.
O espetáculo acompanha a
trajetória do apresentador, da
infância ao auge da carreira,
com o programa “Cassino do
Chacrinha”. Estrelado por Stepan
Nercessian e Leo Bahia, que
vivem o apresentador em fases
distintas, o espetáculo tem texto
de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira
e direção musical de Delia Fisher.
A trilha sonora reúne mais de 60
sucessos da música nacional, e
a marcante cenografia é assinada
por Gringo Cardia.
Rock in Rio:
O Musical
Inspirado no maior festival de
música do mundo, é ambientado
às vésperas do histórico evento
de 1985. Estrelada por Hugo
Bonemer, Yasmin Gomlevsky e
Lucinha Lins, a peça é embalada
por 50 sucessos que marcaram
diferentes edições do Rock in Rio.
A direção é de João Fonseca, com
direção musical de Délia Fischer,
figurino de Thanara Schonardie e
coreografia de Alex Noral.
Revista Raízen
30Opinião
Praticando um
consumo consciente
Nos dias de hoje, em que o bicho está pegando, andamos de
cinto apertado, correndo na frente como nunca para controlar
as despesas e evitar de todo jeito gastar mais do que se ganha.
Como o país “se virou” para prover água e energia elétrica a
todos, numa situação extrema, sem ter coragem de apelar para
o racionamento, nós agora estamos literalmente pagando muito
caro por isso.
E bota caro nisso! E haja inflação! Agora temos que arranjar uma
maneira de conviver com as ameaças diárias de ataques ao
membro mais sensível do nosso corpo: o bolso.
Então, o controle rígido desses dois insumos, básicos para nossa
sobrevivência, passou a ser indispensável, pois seus preços
tornaram-se proibitivos e insustentáveis. E só restou, para quem
tem um comportamento responsável, agir defensivamente, isto
é, tratar de economizar reduzindo o consumo e cuidando da
saúde do bolso.
Água e energia elétrica são insumos chamados de inelásticos.
(Esse é um economês!)
para levar uma quentinha! Ora, se os garçons americanos se
antecipam e perguntam for the dogs (para os cães)?, por que
nós, pobres e autossuficientes, vamos ficar com vergonha? E
sabemos que não é necessariamente para os cachorros, mas
primeiro para um jantar nosso...
Estima-se que o alimento desperdiçado no mundo, considerando
as diversas fases como plantio, colheita, estocagem, transporte,
distribuição, venda, compra, preparo e consumo, mais o descarte
das unidades não vendidas, se fosse aproveitado (ou se fosse
possível aproveitá-lo), acabaria com a fome de todo o planeta.
Ninguém passaria fome no mundo todo!
Ora, vamos deixar de preguiça e fazer a nossa parte. Vamos
economizar insumos.
O consumidor é o rei e a ele cabe decidir o que comprar e o que
rejeitar, acabando com a especulação e o desperdício: é o cotidiano
com um consumo consciente!
É matar vários coelhos com uma só cajadada!
Não custa lembrar conceitos clássicos da Economia: inelástico é
todo o produto cujo consumo é essencial a qualquer preço; daí,
mesmo que o preço suba indefinidamente e a venda possa cair
um pouco por conta da racionalidade no seu uso, não deixará
de ser consumido porque será sempre necessário. Exemplos
comuns são os combustíveis, o sal, o açúcar, a luz e a água ... E
os preços desses subiram uma barbaridade! Para não esquecer,
lembro sempre do que acontece quando se estica um chicle de
bola: vai esticando muito, até não mais poder...
Ao contrário, um produto como a cenoura (ou a abóbora) é um
produto elástico: quando o seu preço vai subindo, chega a um
ponto em que o consumidor deixa de comprá-lo e o substitui por
outro, tipo pepino (ou abobrinha). Seria o caso de ilustrá-lo como
um elástico – esse de costura, usado para segurar uma peça de
roupa na cintura – que, ao esticar muito, se rompe, quando é
preciso arranjar outro.
Enfim, tudo acaba num cuidado especial que o consumidor deve
ter para não perder o acesso aos produtos de que necessite e/ou
lhe dão um prazer insaciável no decorrer de sua vida.
Assim sendo, gosto de insistir que não ligo a mínima quando
me chamam de “economista-mão-de-vaca”, pois não se trata
de ser mesquinho, mas sim de não desperdiçar nada, o tempo
todo! Não há hipótese de ir a um restaurante a la carte – não
vale comida a quilo ou rodízio, claro – e deixar o que não foi
servido restando nas travessas: na maior cara-de-pau peço
Revista Raízen
Luis Carlos Ewald,
o Senhor Dinheiro do Fantástico, é engenheiro
e economista pós-graduado em Mercado de
Capitais. Professor da Fundação Getúlio Vargas, ele
também é autor do livro “Sobrou dinheiro – Como
administrar as contas da casa”
Indicadores
Mais
litros por
mais
letras
Durante o mês de maio, parte
do valor de cada abastecimento
com o combustível Shell V-Power,
troca de lubrificante ou compra
do combo hot dog nas lojas Shell
Select foi repassado ao Instituto
Ayrton Senna e revertido para
a educação pública de crianças
e adolescentes no Brasil. A
campanha, que já é um sucesso
pelo terceiro ano consecutivo,
ganhou nome próprio em 2015:
Litros por Letras.
O Instituto Ayrton Senna está
presente em mais de
1,3 mil
municípios e seus programas
beneficiam diretamente
2
31
milhões
de alunos
185 mil
Mais de
crianças e adolescentes foram
beneficiados durante a campanha
Esta é a 3ª vez que acontece a
parceria. Desde 2013, mais de
585
mil
jovens já foram beneficiados
A campanha de 2015 também incluiu
a criação do livro “Seu Arlindo está
dormindo”. Ele foi feito a partir de
10 mil
contribuições
de internautas
O livro terá
10 mil
cópias impressas para as escolas e será
disponibilizado de graça na Internet
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