Codeplace ajuda os melhores a melhorar

Transcrição

Codeplace ajuda os melhores a melhorar
26 SEXTA-FEIRA 3 JUN 2016
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TECNOLOGIA
Codeplace ajuda os
melhores a melhorar
Paulo Duarte
A Codeplace é uma
start-up portuguesa
que tem como
missão ajudar os
programadores a
aprofundarem as
suas competências.
Para isso, usam
“posts” escritos por
especialistas.
ANA LARANJEIRO
[email protected]
Tiago Martins fundou, no final de 2014, a Codeplace, com Henrique Caetano, Pedro Silva e Joaquim Valente.
J
á tiveram vários
nomes e já quiseram fazer várias
coisas. Desde a
música à programação. E foi nesta
última área que ficaram. A Codeplace é uma start-up que nasceu
emNovembrode2014equeantes
de ter este nome era a Stuk.io. É
umaplataformaqueestáfocadana
aprendizagem dos programado-
A Codeplace nasceu
em Novembro de
2014, no Porto.
Tem quatro
fundadores e conta
actualmente com
um total de nove
elementos.
res,nãoatravésdevídeosmascom
recurso a conteúdos escritos por
profissionais especializados.
“No início éramos algo completamente diferente. O nosso
foco era construir a maior plataforma de educação de programadores de sempre. Começámos
muito bem e escalámos muito rápido”, conta ao Negócios Tiago
Martins, co-fundador e CEO da
Codeplace. “Mas nos últimos três
mesestemostidouminteressegigante de empresas cujo cliente
alvosão‘developers’”,ousejaprogramadores, acrescenta. Estes
profissionaissãoconsideradosum
público-alvodifícildeatingirdevido aos seus conhecimentos técnicos,confiando,emgeral,apenasno
queédesenvolvidoporoutrosprogramadores. “E é aqui que podemos ajudar. Temos uma rede de
autores que escrevem ‘blog posts’
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Mario Anzuoni/Reuters
Não há [mais]
nenhuma plataforma
de educação
completamente
focada na
aprendizagem
de “developers”.
TIAGO MARTINS
Co-fundador e CEO da Codeplace
de qual a mais indicada. “Somos
‘technical content as a service’
[serviço de conteúdo técnico]”.
MasoquedistingueaCodeplace? “Não há[mais] nenhumaplataforma de educação completamentefocadanaaprendizagemde
‘developers’”,respondeoCEO.“O
nossointeresse,emtermoseducacionais, é fazerdo ‘developer’ melhor. Qualificá-lo ainda mais”.
Comestemétodo,queusa“posts”
de autores reconhecidos, umprogramador pode dotar-se de mais
especialidadessemterdeteraformação de base de programação.
INOVAÇÃO
Uma
realidade
virtual
diferente
Reinvenção constante
todas as semanas. São [pessoas
que]primeirosãoprogramadores
e depois autores”.
E como funciona? Uma empresacontactaastart-upportuense e indica-lhes que público-alvo
têm,acompanhiaportuguesaprocura junto dos seus autores quais
podem desenvolver a melhor estratégia de marketing. E as ideias
oriundas da rede de autores são
apresentadasàempresa,quedeci-
No início, a Codeplace tinha
como alvo pessoas que queriam
aprenderaprogramar,“masvimos
rapidamente que o mercado estavamuitopreenchido”,porisso,reformularamparaprogramadores.
Apesar do modelo de negócio ter
começado por ser B2C (para consumidores), com os estudantes a
pagarem uma subscrição mensal,
astart-up–impulsionadapelointeresse recente de outras empresas–estáatrabalharnosentidode
tentarmudaro seumodelo de negócio, passando para B2B (para
empresas ou profissionais). “O
nosso objectivo com isto é tornar
aCodeplacedegraçaparaosestudantes”,istoporqueacreditamque
ainformação deve sergratuita.
ACodeplace esteve em Viena,
para participar no Festival Pioneers, dedicado a start-ups. Durante o evento, Tiago Martins explicou que a deslocação deveu-se
ao desejo de entrar em contacto
com empresas que têm como
cliente alvo os “developers”. E o
balanço foi positivo. I
Na imagem, o produtor e rapper norte-americano Timbaland
testa um dispositivo da Oculus VR ligado à The Subpac M2,
que lhe dá uma experiência auditiva diferente, segundo avança a Reuters. A Oculus VR é uma empresa tecnológica norteamericana que opera no segmento da realidade virtual e que
desenvolveu os Oculus Rift. Este equipamento é vocacionado para os vídeo jogos. Em 2015, esta empresa firmou uma
parceria com a Samsung para criarem os Gear VR.
Fotografia REUTERS/Mario Anzuoni
BREVES
START-UPS
ECONOMIA DA PARTILHA
INOVAÇÃO
XIAOMI COMPRA
MAIS DE MIL PATENTES
À MICROSOFT
BRUXELAS ACONSELHA:
BANIR UBER SÓ EM
ÚLTIMO RECURSO
START-UP DO PORTO
CRIA TECNOLOGIA DE
DADOS SEM INTERNET
A start-up chinesa Xiaomi, que
produz smartphones, deu mais
um passo no sentido de atravessar as fronteiras asiáticas. A
companhia chegou a acordo
para comprar cerca de 1.500
patentes à Microsoft. Um porta-voz da chinesa disse à TechCrunch que “a Microsoft vendeu à Xiaomi quase 1.500 patentes” relacionadas com “várias tecnologias, incluindo comunicações ‘wireless’, vídeo,
‘cloud’ e multimédia”. O acordo prevê que os dispositivos da
chinesa passem a contar com o
o Office e com Skype. I
A Comissão Europeia apresentou as linhas condutoras para a
“sharing economy”, ou economia da partilha, que os estados-membros podem seguir.
No documento divulgado esta
semana pode ler-se que as
“proibições absolutas e restrições quantitativas de uma actividade normalmente constituem-se como uma medida de
último recurso”. Bruxelas considera assim que plataformas
como a Uber e a Airbnb não
deve ser alvo de proibições, havendo outras formas de tratar
o tema. I
A Hype Labs, uma start-up sediada na cidade do Porto, está
a criar ferramentas para permitir a qualquer dispositivo o envio e a recepção de dados sem
acesso à Internet. Carlos Lei,
um dos fundadores, disse à
Lusa que apesar de “toda a
gente ter um dispositivo inteligente, continua a ser difícil para
as empresas e para os programadores desenvolver soluções
que façam uso das redes de
proximidade e que funcionem
mesmo quando o utilizador
não está ligado a uma rede externa”. I