portfólio . instalações selecionadas [1997-2009]
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portfólio . instalações selecionadas [1997-2009]
lucas bambozzi portfólio . instalações selecionadas [1997-2009] i lucas bambozzi • título: Subterrâneos (Hades) • data: 1997 • dimensões (altura, largura e profundidade): 10 x 15cm • Multi-channel videoinstalação multicanal com 6 projeções de video e 3 TVs descrição: Instalação site-specific criada para o projeto Arte/Cidade III, A Cidade e suas Histórias, ocupando o prédio que abrigou as fábricas Matarazzo, na ocasião abandonado. As Imagens foram criadas em um processo semi-documental, que levou em consideração o contexto social da região e as características espaciais do local, sempre gravadas de cima pra baixo, de forma a sugerir um ambiente desconhecido no andar de baixo. Além das projeções de vídeo de maior escala que foram captadas ao longo de meses na região central da cidade, pequenas telas de TV encrustradas nos buracos do piso convidavam o público a conhecer pequenas ações cotidianas de seus habitantes. ii canal #3 subterraneos ARTE/CIDADE 32 cm lucas bambozzi TV - tela 21í projeto de instalação de lucas bambozzi 70 cm relevo da superfÌcie de concreto s o b r e o e s p a Áo / a m b i e n t e : canal #4 2 projetores (#2 e #3) 2 telas de aprox. 100í (cada) profundidade: 260 ~ 338 cm canal #8 projetor #6 - tela 40í profundidade: 250 ~ 360 cm e s p a Áo d e c i r c u l a Á„ o 153 cm 111 cm canal #7 projetor #5 - tela 40í profundidade: 250 ~ 360 cm guarda-corpo espaÁo de circulaÁ„ o 41 cm o t e t o s o b r e a s u p e r f Ì c i e d a i n s t a l a Á„ o d e v e r · s e r t o t a l m e n t e c o b e r t o a piso inferior dever· ser fechado de forma a impedir a entrada de luz dever„ o ser construÌdas estruturas e caixas para o acondicionamento dos equipamentos 54 canal #5 projetor #4 - tela de 100í ~150í profundidade: 258 ~ 338 cm cm 23cm canal #1 canal #6 TV embutida - tela 10í prof.: 116 332 cm obs.: - as medidas das telas referem-se ‡ s diagonais da tela projetada - n„ o pode haver incidÍ ncia direta de luz sobre a superfÌcie de projeÁ„ o - os projetores poder„ o variar de marca, modelo, potÍ ncia e especificaÁı es tÈ cnicas - a profundidade revela a dist‚ ncia entre a superfÌcie de projeÁ„ o e o piso inferior (a dist‚ ncia necess· ria ‡ projeÁ„ o depende do modelo de cada projetor utilizado) 41 cm relevo da superfÌcie de concreto guarda-corpo 24cm canal #2 projetor #1 - 1 tubo tela 60í profundidade: ~ 345 cm TV - tela 5~10í entrada da instalaÁ„ o guarda-corpo iii lucas bambozzi iv lucas bambozzi • título: Postcards • data: 2000-2007 • dimensões (altura, largura e profundidade): 10 x 15cm • técnica e materiais utilizados: videoprojeção sobre cartões-postais. descrição: Uma coleção de lugares, situações e pequenas memórias. Trata-se de um projeto em constante execução: visitar lugares e buscar a síntese dessa experência, por mais fugaz que seja, numa imagem. São situações tipicamente retratadas em cartões postais, situadas entre a obviedade e a particularidade. O projeto existe em formatos de videoinstalação, web e single-channel video. No formato instalação uma projeção de pequemas dimensões acontece nos próprios cartões - presos individualmente entre duas placas de vidro e suspensos no espaço expositivo. Os cartões são os mesmos utilizados na gravação ‘in-loco’ das cenas – que coincidem com os lugares onde os próprios cartões foram fotografados. No verso de cada cartão são projetadas as imagens em vídeo, que mostram tanto o cartão como a realidade atualizada da paisagem que ele retrata – confrontando o aspecto realista da imagem em vídeo com a estética “glamourizada” da maioria dos cartões postais. trabalho apresentado nas exposições: 2001 . Carlton Arts (trabalho premiado). São Paulo 2002 . Plymouth Arts Centre, Plymouth, Inglaterra 2006 . Arco Madrid, Espanha 2007 . Balmoral Kunstlerhaus . Bad Ems, Alemanha v lucas bambozzi montagem do projeto Postcards em uma tela envolvendo 13 vídeos (Galeria Brito Cimino, 2007) vi lucas bambozzi • título: 4walls • data: 2003-2005 • dimensões (altura, largura e profundidade): 4 x 2 x 10 metros • técnica e materiais utilizados: videoprojeção, sensores de proximidade, interface analógico-digital, computador • software utilizado: Max/Msp e Simple Nato descrição: O projeto 4 PAREDES leva adiante experiências anteriores onde o artista realiza video-projeções sobre objetos semitranslúcidos, sugerindo pequenas histórias e fazendo reverberar conceitos sobre o uso público e privado de determinados objetos urbanos. Em 4 PAREDES, ações no espaço físico da instalação podem causar mudanças nas imagens em movimento projetadas nos objetos. Nesta versão do projeto, o objeto escolhido é uma grande janela, resgatada de demolições, que deve carregar vestígios da parede a que pertenceu. Em sua superfície são projetadas imagens relacionadas a situações íntimas e privadas - que acontecem geralmente entre 4 paredes normalmente na ausência de uma audiência inibidora. vii lucas bambozzi versão de 4walls apresentada na exposição Videoformes . Clermont-Ferrand, França, 2005 - o trabalho foi adaptado à lingua e arquétipos culturais típicos dos países em que foi exibido - viii lucas bambozzi a instalação interativa 4walls em versão apresentada na exposição Intimidade . Paço das Artes, 2003 ix lucas bambozzi • título: 1+1 [taxidermia e outdoor] • data: 2001 • dimensões (altura, largura e profundidade): 7 x 30 x 20 metros • técnica e materiais utilizados: tela de 4x3m em formato sanfonado, taxi Santana, 3 projetores, 3 DVD players descrição: A instalação se apropria de dois veículos da cidade: o taxi e o anúncio (no caso, um outdoor eletro-mecânico). Envolvendo experiências com video-projeções sobre objetos urbanos, os dois objetos ou “veículos” da instalação 1 + 1 relacionam situações aparentemente desencontradas da cidade e expõem acontecimentos urbanos bastante extremos. As atrações e os conflitos entre os indivíduos na cidade são refletidos na obra de forma explícita e direta. O trabalho se situa entre os espaços que esses “veículos” ocupam na cidade. O desenho de nossas metrópoles valoriza o automóvel, um veículo que permite ver apenas aquilo se mostra como excesso. O Taxi: uma mistura de veículo público e privado, é uma espécie de memória viva das situações cotidianas. Se formassem um grupo coeso (como em algumas cidades do mundo), eles seriam um termômetro eficiente do grau de ebulição da cidade. Em São Paulo, apesar de conduzirem menos de 5% da população, eles têm voz ativa, influem na política da capital e são uma presença marcante na paisagem da cidade, apesar dos carros brancos, discretos e relativamente novos. Arriscando um arquétipo, o motorista de taxi paulista é um habitante típico: a maioria tem origem nordestina e o carro parece ser seu bem mais importante. Neste trabalho, com acento intencionalmente documental, eles relatam os excessos e as loucuras dos passageiros delineando um retrato de sí mesmos. trabalho apresentado na Bienal 50 Anos (exposição comemorativa de 50 anos da Bienal de São Paulo) x lucas bambozzi colagem realizada a partir de diferentes pontos de vista da instalação 1+1 [taxidermia e outdoor] xi lucas bambozzi • título: 1 de maio [logo x nologo] • data: 2002-2003 • técnica e materiais utilizados: video e interferencias em tempo real [live-images] sinopse/descrição: A documentação do dia 1 de maio adquire novas configurações na medida em que se relaciona com outras imagens, a partir de procedimentos de apagamento e suobreposições (scratches) em sessões de live-image. Se a logo/marca é a imagem mais fiel do produto, nessa nova situação, ele se torna ruído e nada mais resta. o formato performance foi criado para a exposição Imagem Não Imagem . Galeria Vermelho . São Paulo, 2003 xii lucas bambozzi xiii lucas bambozzi • título: Spio • data: 2004-2008 • dimensões (altura, largura e profundidade): espaço com 5 x 5 x 10 metros • técnica e materiais utilizados: cameras de vigilância, 2 projetores de vídeo, 2 computadores, webcam, tracking positioning system • softwares utilizados: versão 1.0: Mac OSX, Director e TTC Track Them Colors | versão 2.0: Ubuntu, Pure Data descrição: Spio foi criado como um sistema autônomo de captação, processamento e transmissão de imagens geradas por câmeras de vigilância, montado sobre um aspirador de pó ‘inteligente’. Na primeira versão do projeto, o eletrodoméstico ‘robotizado’ percorre o espaço da instalação em movimentos pré-definidos, disparando eventos sonoros e visuais. O sistema se retro-alimenta através da interferência de luzes e sons, e a partir da interação com os visitantes, os movimentos do ‘robô’ se tornam caóticos e as imagens sofrem interferências. Na segunda versão o sistema foi aprimorado e os conceito se expandiram. Um sistema de tracking tenta “aprisionar” o robô em uma rotina de movimentos limitados, em um espaço restrito. Spio por sua vez busca mudar essa rotina de funcionamento e eventualmente escapa do espaço controlado pelo sistema de tracking. trabalho apresentado nas exposições 2004 . Emoção Art.Ficial 2.0 Itaú Cultural, (versão 1.0) 2005 . Exposição individual na galeria Http (House of Technologically Termed Praxis . www.http.uk.net) Londres (versão 1.0) 2007 . Emergentes, Laboral Centro de Arte y Producción Industrial, Gijón, Spain (versão 2.0) 2008 . Emergentes, Fundación Telefonica, Buenos Aires, Argentina (versão 2.0) xiv lucas bambozzi • título: O Tempo Não Recuperado • data: 2004-2005 • dimensões da instalação (min.): 5 x 12 x 10 metros • técnica e materiais utilizados: instalação: 5 projetores de vídeo, 5 DVD players • DVD-ROM: computador, tela de LCD ou projetor de vídeo • duração linear aproximada: 70 minutos descrição: O Tempo Não Recuperado é o resultado de uma busca de imagens em um arquivo pessoal transpostas para formatos de narrativa não-linear e interativa. Na forma de videoinstalação e em formato DVD, o trabalho reprocessa vestígios dos propósitos que motivaram a captação dessas imagens de modo a permitir novos sentidos e reconfigurações atualizadas às imagens encontradas. Trabalho realizado através da Bolsa Estímulo do 4º Prêmio Sergio Motta, 2003 trabalho apresentado nas exposições: 2004 . Hiper . Santander Cultural . Porto Alegre 2004 . Premiados Prêmio Sergio Motta . Paço das Artes 2005 . Exposição Corpos Virtuais . Centro Cultural Telemar . Rio de Janeiro 2005 . Bel Horizon . Annecy (Bienal da Imagem e Movimento de Genebra e Bienal de Lyon) . França 2006 . Interconnect . ZKM Center for Art and Media, Karlsruhe, Alemanha 2009 . Arte Hoje - Galeria Nello Nuno, Ouro Preto xv lucas bambozzi QuickTime™ and a Photo - JPEG decompressor are needed to see this picture. versão interativa em DVD-ROM do trabalho O Tempo Não Recuperado xvi lucas bambozzi montagem da instalação O Tempo Não Recuperado em Annecy, França (2005) xvii lucas bambozzi a instalação O Tempo Não Recuperado na exposição Corpos Virtuais (Rio de Janeiro, 2005) xviii lucas bambozzi • título: Pêndulo • data: 2005 • dimensões (altura, largura e profundidade): 21 x 20 x 30 metros • técnica e materiais utilizados: projetor de vídeo, computador, microfone, transmissor/receptor wireless, webcam, tracking positioning system • softwares utilizados: Macromedia Director e TTC Track Them Colors descrição: A instalação Pêndulo remete ao imaginário suscitado pela experiência realizada por Léon Foucault em 1851 em Paris, em suas tentativas de evidenciar a rotação da terra. O projeto realizado especificamente para o átrio do CCBB-SP consiste na instalação de um pêndulo suspenso a 23 metros de altura, atravessando todos os andares do prédio. Da extremidade inferior do mecanismo, instalado dentro do objeto pendular, encontra-se um projetor de vídeo cujas imagens são emitidas em direção ao piso do átrio. A oscilação é simbolica, uma vez que as imagens é que oscilam, em função do ruído ambiente do saguão de entrada do prédio, bem como a partir da proximidade das pessoas com relação ao pêndulo, ficando mais “nervosas” e caóticas quanto mais ruidoso estiver o ambiente. As imagens, produzidas especificamente para o projeto, evidenciam aspectos subjetivos e sociais ligados à atual ocupação das ruas do centro de São Paulo. trabalho ‘site-specific’, criado para a exposição Arte Eletrônica, no CCBB-SP, em 2005 xix lucas bambozzi a instalação Pêndulo, vista do Segundo andar do CCBB-SP xx lucas bambozzi • título: Mantenha a porta fechada [Keep the door shut] • data: 2006 • instalação ‘context-specific’ com 3 componentes. dimensões variáveis. • técnica e materiais: 1) Circuito de transmissão de video ao vivo, câmera CCTV, DVD, projeção em vídeo e portas [Live video transmission, CCTV camera, DVD, video projection and doors]; 2) Depoimento em vídeo DVD [Statement on DVD video]; 3) Porta, câmera CCTV e transmissor de video sem fio [door, CCTV camera and wireless video transmitter] descrição As imagens ao vivo são enviadas do subsolo, onde há uma porta fechada e outros elementos que compõem o trabalho. a imagem do subsolo é projetada ao lado de uma porta real, que durante a exposição permanenceu vigiada separando os espaços e sugerindo dois contextos distintos, com rigoroso esquema de vigilância. [live images are sent from the basement where a shut door and other elements take part in the work. the basement image is projected beside an actual shut door, which was kept under rigorous control and was surveilled along the whole exhibition period]. xxi lucas bambozzi A instalação se constitui como um trabalho do tipo context-specific: que dialoga com o histórico e o contexto ligado a exposição ‘Paralela’ que remete a procedimentos típicos de feiras do mercado da arte. O trabalho explicitou a substituição das atividades anteriores ao estabelecimento da exposição, explicitando a substituição de uma indústria [Prodam, que processa dados e multas no estado de SP] por uma indústria ligada às feiras de arte [entretenimento artístico de feições mercadológicas, de implementacao de paredes brancas e estruturas modulares, que valoriza os processos de comodificação da obra]. Ao criar um sistema de transmissão de imagens em tempo real, conectando distintos espaços do pavilhão da exposição, o trabalho se deslocou da lógica operante, negando o processo de objetificação geralmente operado pela maioria das galerias. Apontou ainda para novas ascepções do trabalho pós-fordista, algo em comum entre as duas formas de organização que dividiram o espaço. trabalho criado especificamente para a exposição Paralela, no Parque do Ibirapuera, SP em 2006 funcionário da empresa que ocupava o espaço cedido à Paralela mostra detalhes anteriormente existentes no prédio cena de ambiente de telemarketing projetado na parede que separa a Prodam do espaço expositivo da Paralela. porta encontrada no subsolo cuja imagem inerte era transmitida para o segundo piso. xxii lucas bambozzi • título: Multidão • técnica: videoinstalação - projeção panorâmica com 3 canais de vídeo sincronizados • duração: cerca de 5 minutos (loop) descrição: Multidão é uma instalação do tipo ‘site-specific’ para a exposição Luz da Luz (curadoria de Ana Barros). Trata-se de uma projeção feita sob medida para a fachada do Sesc Pinheiros [uma parede de vidro de cerca de 18 metros de extensão e 3 metros de altura, devidamente preparada para receber uma projeção panorâmica formada por 3 fontes de vídeo contíguas] que leva em conta uma possível representação em escala de verossimilhança, como se a multidão pudesse estar presente no espaço da projeção. As imagens consistem na gravação de uma situação que se passa no espaço público adjacente ao Sesc, e que se constitui em uma seqüênciasíntese que permite leituras múltiplas: o fluxo de trabalhadores na região, o perfil improvável de uma multidão, o embate entre o popular e o erudito, o individual e o coletivo, a condição do sujeito como interator no campo da arte e tecnologia. trabalho criado especificamente para a exposição Luz da Luz, no Sesc Pinheiros, SP em 2006 estudo para composição das gravações de Multidão xxiii lucas bambozzi a instalação Multidão, vista da rua Paes Leme. xxiv lucas bambozzi a instalação Multidão vista do saguão do Sesc, um espaço com grade circulação de pessoas. a instalação Multidão vista do saguão do Sesc, um espaço com grade circulação de pessoas. xxv lucas bambozzi • • • • título: Run: routine (2007-2008) técnica: projeção em vídeo, rotina de execução computadorizada dimensões: sala: 5m x 5.5m projeção # 1: 1.68m (Largura) x 3m (Altura) projeção # 2: 3.7m x 5m descrição: Run, na linguagem computacional, é uma espécie de cacoete associado à execução de comandos, scripts, programas ou rotinas de programação: um comando, que dispara eventos. A palavra rotina afirma o caráter irônico do projeto, pois sugere menos um hábito e mais uma repetição de pequenos acidentes, cotidianos. O trabalho associa as rotinas de código às rotinas domésticas. Se as primeiras são programáveis, supostamente infalíveis, as segundas são quase sempre carregadas de imprevistos, quase sempre conturbadas. QuickTime™ and a Photo - JPEG decompressor are needed to see this picture. Trata-se de um sistema sincronizado, com duas telas, uma rodando um script de programação que dispara os vídeos de forma aleatória, e outra com os pequenos clips que são os acidentes, geralmente coisas caindo, produzindo uma repetição de pequenas seqüências caóticas, ruidosas. Trabalho criado originalmente para a exposição Ctrl C e Ctrl V (Sesc Pompéia), onde previa-se a criação de trabalhos baseados em operações associadas ao computador. A convite de Claudia Gianetti foi desenvolvida uma nova versão para o Expanded Box, durante a Arco Madrid 2008. xxvi lucas bambozzi xxvii lucas bambozzi xxviii lucas bambozzi • • • • título: Time Shift (2007) técnica: videoinstalação – objeto em madeira com retroprojeção de vídeo duração: cerca de 5 minutos (loop) dimensões: 32 x 32 x 50 cm descrição: Projeto criado para projeção de vídeo realizado a partir de inúmeros relógios gravados restaurantes e padarias em momentos subseqüentes. As imagens dos relógios mostram, além das horas que se aceleram em ritmo crescente e vertiginoso, marcas de companhias e empresas de vários lugares do mundo em seus mostradores. trabalho apresentado em 2007 durante a Arco Feria Madrid mas ainda não exibido em exposições de arte xxix lucas bambozzi • • • • • título: traquitanas 1 e traquitanas 2 data: 2007 duração – loops de diversas durações técnica: transmissão direta de vídeo via camera sem fio. dimensões: variáveis descrição: Projetos experimentais envolvendo transmissão de vídeo wireless sujeitos a interferências por parte do público. Os objetos apresentados foram 1 liquidificador modificado e uma esteira longitudinal fabricada com pedaços de bicicletas e motores velhos. As traquitanas foram equipadas com câmeras sem fio, cujas imagens eram transmitidas para um conjunto de projetores formando um sistema de visualização panorâmica em transmissão simultânea ou através de sessões performáticas de manipulação de imagens. Os trabalhos foram realizados a partir do convívio e trocas com Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, Vera Sala e o grupos O Grivo e Cena 11 (Tiago Romagnani e Alejandro Ahmed) onde as eper trabalho apresentado em 2007 como parte da exposição 14x32 no 3 º criada coletivamente para os espaços do Sesc Paulista xxx lucas bambozzi esteira longitudinal de condução de câmera CCTV com transmissão de imagem para tela panorâmica formada por 3 projetores xxxi lucas bambozzi • • • • título: Panorâmicas Contidas .1 data: 2006-2007 técnica: fotografia panorâmica com celular dimensões médias: versão impressa: aprox. 4 x 30cm - versão tela: 200/500 x 2800/7000 pixels [dimensões variáveis] sinopse/descrição: Série de fotos panorâmicas de ambientes privados, obtidas com celular através de software básico para imagens panorâmicas. Ao contrário do que normalmente se associa a fotos desse tipo, geralmente utilizadas para registrar paisagens e ambientes amplos, em Panorâmicas Contidas as imagens se mostram como um estreitamento do olhar, de forma a limitar a percepção do espaço registrado. Ao invés de alargar o campo de visão, se afirmam como frestas, possíveis aberturas para ambientes privados. montagens possíveis do trabalho: espaço físico _aberturas (cortes) horizontais ao longo de um painel ou parede em MDF de cerca de 4 metros. Trata-se de uma grande caixa de luz onde cerca de 20 fotos, impressas em acetato translúcido, se evidenciam a partir de luzes fluorescentes. As frestas possuem dimensões que variam entre 2 e 5 cm de altura por 20 a 60 cm de largura. As fotos são vistas como frestas que deixam ver os espaços retratados, para alem do painel. web _imagens são inseridas como banners em páginas web ou como billboards/outdoors virtuais em ambientes de síntese (Second Life). vídeo _as fotos são transformadas em vídeos e apresentados em telas de pequenas dimensões, acrescentando movimento e narrativas sonoras às situações retratadas. xxxii lucas bambozzi • • • • • • título: Presenças Insustentáveis data: 2007 duração – 10’ cada face de parede técnica: projeção em video, envolvendo sensores (versão em andamento) dimensão das projeções: aprox. 4m x 3m dimensão da instalação: aprox. 50m2 descrição: Imagens de casas e apartamentos vazios são projetadas em paredes de um espaço constuído, representando apartamentos e presenças imaginárias, numa relação/escala entre o verossimilhante e o improvável. Trata-se de um projeto em execução que deve envolver formas participativas (através de sensores) de se relacionar com o ambiente. apresentado como protótipo pela primeira vez na exposição 14x32 no 3º, no Sesc Paulista. xxxiii lucas bambozzi documentação em vídeo do percurso da instalação Presenças Insustentáveis xxxiv lucas bambozzi • título: O Dia Em Que São Paulo Parou • ano de produção: 2009 • instalação multicanal composta por: série de 5 vídeos single channel, projeto de videomapping e estratégias de inserção anônima em canais online • dimensões: variáveis • duração: vídeos entre 30” e 10’ trabalho apresentado nas exposições: 2009 . RE:AKT! 3, reconstruction, re-enactment, re-reporting . ŠKUC gallery, Ljubljana, Slovenia 2009 . RE:AKT! 2 . Museum of Modern and Contemporary Art, Rijeka, Croatia Vivemos numa sociedade cínica, Claudio Lembo descrição 2009 . RE:AKT!, National Museum of Contemporary Art, Bucharest, Romenia O espetáculo midiático desfilado pelo PCC que culminou nas ações que praticamente paralisaram São Paulo no dia 15 de maio de 2006 assombrou todo e qualquer artista, mídia-ativista ou net-artista. A perspicácia do uso das tecnologias móveis reverbera agora não mais como discurso, mas como ativismo extremo. A estratégia do bloqueio aos transportes de massa foi de um impacto jamais visto. O poder de swarm (efeito enxame) ridicularizou ainda mais os modelos de flash-mobs que por aqui se ensaiaram. A sociedade percebeu que mal se organiza em rede de forma compartilhada. exposições: curadores: Janez Janša e Domenico Quaranta assistência: Paloma Oliveira performers: Daniel Seda, Graffis, Rogerio Borovik http://www.vimeo.com/3004652 O projeto ‘O dia em que São Paulo parou’ procura recriar, em diversos ângulos de abordagem, incidentes relacionadas a esse contexto. Fazem parte do trabalho uma série de vídeos que registram supostas ações ou desdobramentos conectados aos ataques do PCC. Os vídeos foram gravados como se fossem registros autênticos e espontâneos de situações particulares, registros ao acaso em aparelhos celulares ou cameras digitais de pequeno porte, encontrados eventualmente em pontos onde houveram tais incidentes. Os trabalhos focalizam um lado B das ações espetacularizadas pelas mídias, ou chamam a atenção para aspectos ligados ao uso estratégico da rede tecnológica apropriada pelas facções supostamente ligadas ao PCC. xxxv lucas bambozzi RE:akt! #10 Lucas Bambozzi ~ The Day Sao Paulo Stopped In 1993, some inmates of Taubaté prison (the maximum security jail of the state of São Paulo, 130 km from São Paulo city) founded an organization called Primeiro Comando da Capital, or PCC (First Command of the Capital). The PCC was supposedly an organization created to defend the rights of prisoners in the country, but it was actually something more than that. Wikipedia describes it as “an antiestablishment Brazilian prison gang and criminal organization” which, “since its inception, has been responsible for several criminal activities such as prison breaks, prison riots, drug trafficking, highway robbery and other supposed ‘terrorist’ activities.” [1] The most impressive, among these criminal activities, were the attacks coordinated by the PCC in May 2006, held to be the largest wave of violence of its kind against security forces and civilian targets that ever happened in the history of Brazil. Everything appears to start on 11 May, when a total of 765 members of the PCC were put into isolation in the Presidente Venceslau maximum security prison, in the attempt to cut their links with fellow gang members outside prison. Among these detainees was one of the leaders of the PCC – Marcos Williams Herbas Camacho, known as Marcola – who managed to avoid being interrogated, and using his mobile phone, succeeded in ordering the start of a rebellion which was intended to spread to the entire state of São Paulo. According to Wikipedia, on 12 May 2006, at 8 in the evening, “several attacks against police officers started, the 55th Police department was attacked by 15 cars and a police officer was killed near his house, in the eastern part of São Paulo. Four civil police officers, a prison guard, four civil guard members and a military were killed and other nine people were injured in 19 actions before midnight.” [2] The next day the disorder spread to several prisons and the entire metropolitan area of São Paulo, but the police crack-down only came on 14 May. On the same day, the number of rebel prisons rose to 71, while in the city numerous buses were set on fire, buses representing a vital means of transport for the population of São Paulo. The consequences of these attacks made their presence felt on Monday 15, the first working day following the start of the uprising. Local people, terrified by the media reports (which possibly exaggerated the situation) and by what they saw on the streets, where possible avoided leaving their homes, buses did not circulate [3], and those who went to work by car tried to get 137 ensaio crítico de Domenico Quaranta, publicado no livro Re:akt! reconstruction, re-enactment, re-reporting, org. Aksioma / Revolver, Berlim xxxvi lucas bambozzi documentação de O Dia Que São Paulo Parou, na exposição Re:akt! reconstruction, re-enactment, re-reporting, em Bucarete, Romênia, xxxvii lucas bambozzi • título: Mobile Crash • projeto em dois formatos: performance ao vivo na forma de duela entre duas telas instalação imersiva com 4 canais de projeção de vídeo _4 celulares com vídeo out _4 sistemas de áudio estereo com 4 pares de caixa de som xxxviii lucas bambozzi descrição: Mobile Crash é uma instalação composta por 4 projeções que ocupam a paredes de uma sala, que resultam num ambiente sonoro e visualmente imersivo formado pela sucessão de pequenos loops audiovisuais. As sequências de loops podem ser modificadas pelo público, através das teclas numéricas de 4 aparelhos celulares disponibilizados ao público no espaço da instalação. A alternância entre os loops armazenados nos aparelhos pode produzir diálogos e encadeamentos visuais distintos, bem como pode oferecer a possibilidade de criações rítmicas praticamente infinitas que podem ser ‘tocadas’ por parte de um ou mais visitantes ao mesmo tempo. As imagens consistem em seqüências que registram a destruição sistemática (através de um martelo) de uma série de produtos tecnológicos, a maioria deles obsoletos ou beirando a obsolescência -- mídias como floppy disks, fitas VHS, cartuchos de impressora, celulares usados, teclados de computador, impressoras, lâmpadas e outros. São cerca de 60 sequëncias de vídeo com duração entre 2 e 6 segundos, que se repetem de forma automatizada ou a partir da interação física do público. projeto a ser apresentado no projeto On-OFF do Itaú Cultural, no Espacio Telefonica, em Buenos Aires e na Galeria Luciana Brito, ao longo de 2009 xxxix lucas bambozzi net.art xl lucas bambozzi • título: meta4walls • url’s http://www.comum.com/diphusa/meta http://rhizome.org/artbase/2857/meta/index.html • browsers: Internet Explorer 5 em Mac ou PC . plug-ins: Flash5 • projeto ‘context-specific’: não comporta mais atualizações e não foi otimizado para browsers recentes] xli lucas bambozzi descrição: meta4walls é a simulação de um portal de serviços escusos e duvidosos. Enquanto navega por esses dominios, o sistema coleta dados do usuário e os devolve, contrangendo o público de uma certa forma [ao mesmo tempo em que torna transparente alguns mecanismos intrusivos largamente utilizados na internet]. Foi criado essencialmente a partir de e-mails considerados ‘spams’, que passaram a se tornar algo mundialmente relevante a partir de 2000, quando o trabalho foi desenvolvido [o trabalho resultou de uma certa coleção que passei a fazer desse tipo de unsolicited email]. Dessa forma fazia parte da intenção original promover uma forma de devolução para o domínio público de um lixo despejado sobre um espaço privado. Para isso utiliza uma linguagem ambígua e talvez ‘capciosa’. O funcionamento do portal prevê que o usuário navegue por sites que funcionam como atratores (pela ofrta de serviços ilícitos ou estranhos). Após um tempo, ele/ela recebe um relatório na tela que devolve informações sobre o computador utilizado (através de cookies) como o sistema operacional, a resolução do monitor, os plugins e browsers instalados. … O trabalho se tornou para alguns uma obra-referência, que se relaciona com um contexto temporal e social específico. xlii lucas bambozzi Viravolta entre quatro paredes texto de Suely Rolnik sobre do trabalho meta4walls, uma das versões para web derivadas do Projeto 4WALLS. Em 4 Paredes Lucas Bambozzi trabalha com a matéria viva da relação entre receptor e imagem. Nada a ver com mais uma oferta de interatividade onde o receptor é incluído num jogo de cartas marcadas e, com isso, excluído do poder de criação. Aqui, ao contrário, o alvo é exatamente esse jogo perverso de inclusão/exclusão. Não é qualquer imagem que Lucas privilegia como suporte de sua obra. Trata-se do vasto universo doe emails publicitários, especialmente os que oferecem deleite sexual, que invadem compulsivamente as telas dos computadores num verdadeiro assédio da alma. No lugar do gesto automático de destinar ao lixo esse lixo que o mercado despeja sobre nós, o artista o acumula e o reenvia, não sem antes produzir interrupções no fluxo de oferta e consumo com comentários desabonadores sobre a privacidade do receptor. Nessas inesperadas inserções o receptor é pego em flagrante, não só em sua miséria sexual e sua transação onanística com as imagens, o mais óbvio; mas também e mais assustador, em sua submissão passiva ao assédio das imagens: ele se descobre controlado inclusive naquilo que lhe parecia sua mais íntima privacidade, seus mais recônditos sonhos eróticos, as mais ínfimas nervuras de seu inconsciente. É o próprio lixo do mercado virtual utilizado como arma contra sua imposição tirânica na subjetividade do receptor. O feitiço contra o feiticeiro. Quatro paredes é uma confluência e um desdobramento do melhor na arte brasileira. Entre outros, um Cildo Meireles e uma Lygia Clark dos anos 1970 agora cibernéticos, misturam-se na genealogia dessa obra. As Inserções no Circuito Ideológico de Cildo realizadas através de objetos de natureza “física” como garrafas de Coca Cola ou cédulas de dinheiro expandem-se pelo cyberespaço e passam a incluir o circuito de objetos virtuais. A Estruturação do Self de Lygia que através de uma relação de natureza física entre artista e receptor intermediada pelos igualmente físicos Objetos Relacionais, mobilizava no receptor a potência de ser afetado pelo mundo e de participar de sua criação, expande-se pelo cyberespaço e passa a incluir a relação virtual entre artista e receptor, intermediada por objetos igualmente virtuais. A obra é esse acontecimento na relação do receptor com a imagem, com a mercadoria, com a mídia eletrônica, com o sexo, com a arte. Ela se fará ou não, impossível prever. Uma coisa é certa: quando a obra acontece uma pequena mas poderosa viravolta invisível terá ocorrido entre quatro paredes. Suely Rolnik, 18/09/01 xliii review de meta4walls publicado no Neural <www.neural.it> lucas bambozzi o trabalho utiliza material do tipo junk mail e sua interface aponta links para um tipo de spam que se iniciou por volta de 2000, ano de sua criação xliv lucas bambozzi apresentado nas exposições: 2001 - Videobrasil International Electronic Art Festival . São Paulo, Brazil 2002 . 25th São Paulo International Biennial . Net.art . São Paulo, Brazil 2002 . Intimate Technologies/Dangerous Zones – New Media Institute, Banff, Canada (presented as a case study) 2004 . Videoformes . XIX Manifestation Internationale d’art vidéo et noveaux médias - Clermont Ferrand, France 2004 . VAE8 – Video/Arte Electrónico – Realidad Visual – Galeria CCPUCP – Peru, Lima 2005 . New Langton Arts, Cyphorg Citizens and Unwitting Avatars, Net Art Exhibition with Lucas Bambozzi, Radical Software Group and Brooke Singer, curated by Rick Rinehart, Berkeley, USA xlv lucas bambozzi • • • • título: youtag . sistema gerador e de-indexador de vídeos online urls: www.youtag.org e www.youtag.org/teste/projecao.php palavras-chave: database movies . banco de dados . rede . indexadores . tags . metatag . vídeo online . interatividade ano de produção: 2007 descrição e conceituação Inspirado no conceito de ‘database movies’ o projeto youTag: gerador e de-indexador de vídeos online é um dispositivo de busca de tags e palavras-chave na Internet, associados a vídeos e fotos, como forma de criação de peças audiovisuais remixadas, re-significadas e ‘desautorizadas’ (de autoria muitas vezes bastarda) a partir de material previamente existente e disponível na rede. O que está publicado geralmente está aceito, ‘normatizado’ e indexado. O projeto youTag: de-indexador de vídeos online propõe um deslocamento do estatuto de estabilidade associado aos tags e sistemas indexadores. youTAG é um projeto desenvolvido a partir do grupo Interfaces Críticas que envolve além do autor os pesquisadores Lucio Agra, Christine Mello, Priscila Arantes, Nancy Betts e Cláudio Bueno. projeto contemplado pelo Rumos Itaú Cultural Arte Cibernética 2006/2007 e foi apresentado pela primeira vez na exposição Emoção Art.Ficial 4.0, no Itaú Cultural em 2008 xlvi lucas bambozzi projetos coletivos xlvii lucas bambozzi • título: Cubo • projeto coletivo envolvendo os grupos: A Revolução não será televisonada, Bijari, Cia Cachorra, Cobaia e Contra-Filé • ano de realização: 2005 O Cubo foi planejado como um dispositivo contrário à idéia de espetáculo, que buscava a interação com um tipo específico de público e platéia: o centro da cidade e seus habitantes, aqueles que efetivamente circulam ali e fazem daquele ambiente sua vida. Queríamos fazer um tipo de trabalho em que houvesse um diálogo mais estreito com esse público que se vê inserido hoje em um discurso de revitalização do centro, na iminência de ser expulso dali por conta de um processo eminente de gentrificação. O desenvolvimento do trabalho foi intenso e cuidadoso, com gravações e planejamentos ao longo de meses. As apresentações ocorreram durante 3 finais de semanas sucessivos, na Praça do Patriarca, Vale do Anhangabaú e Praça da Sé. Há um consenso de que apenas nas últimas apresentações o projeto funcionou em sua plenitude. Ou seja, nas primeiras apresentação havia uma opacidade entre os espaços internos e externos do Cubo: não havia diálogo direto entre o que acontecia fora e que acontecia dentro. No final as mediações foram se tornando mais transparentes, e estabeleceu-se um diálogo efetivo, potencializado por câmeras, microfones e uma cumplicidade entre a equipe e os transeuntes. Essa relação aconteceu de forma a construir um espaço comum, uma forma de compartilhamento de experiências. Falar de sinestesia pode ser um discurso meio vazio, mas isso aconteceu, tangenciando ideais que muitos almejam nessa relação entre mídias. xlviii lucas bambozzi xlix lucas bambozzi documentação de uma das ações do Cubo, no Vale do Anhangabaú l lucas bambozzi • • • • título: FAQ/feitoamãos projeto coletivo de performances, narrativas improvisadas e live-images período de atividade [FAQ]: 2002 a 2005 integrantes: André Amparo, André Melo, Chico de Paula, Cláudio Santos, Lucas Bambozzi, Marcelo Braga, Rodrigo Minelli, Ronaldo Gino li lucas bambozzi O feitoamãos/FAQ se notabilizou em propostas de performances do tipo live-images com ênfase na narrativa e conteúdo político. As apresentações do gupo no Itaú Cultural (Monstruário Eletrônico, 2003), no XX VIDEOFORMES em Clermont-Ferrand/França (Trânsito, 2005) ou no XV VIDEOBRASIL (Carro Bomba, 2005) são consideradas por muitos como marcos importantes na ruptura da lógica do espetáculo audiovisual comumente associada à cultura dos DJ’s e VJ’s. (...) As apresentações realizadas pelo *//FAQ transitam pelo universo da música pop alternativa. A mescla de guitarras com elementos eletrônicos e toques sutis de percussão fricciona novo e velho. Aliás, essa dualidade — mais uma vez o barroco — aparece no próprio nome do grupo, mistura de atividades artesanais (feitoamãos) e práticas da cultura digital (FAQ é a forma abreviada de Frequently Asked Questions, página de dúvida comum em sites de internet de maior porte) . (...) O circuito por onde o *//FAQ transita aglutina formas de expressão diversas — e nem sempre evidentes, como é o caso da performance e da instalação interativa. Trabalhos na linha de É (in)possível estar em 2 lugares ao mesmo tempo são os que melhor articulam as diversas possibilidades que as experiências recentes de manipulação e execução de imagem e vídeo em tempo real sugerem, na medida em que lidam com a articulação de todos esses domínios. Isso é raro. Boa parte dos trabalhos de imagem e som ao vivo restringem-se ao formato do espetáculo contemplativo, seja no improviso dos VJs em casas noturnas, seja nas apresentações mais elaboradas em museus e galerias. Marcus Bastos, ensaio para o o programa Dossier FF publicado pelo Videobrasil apresentações do FAQ, sempre envolvendo múltiplas telas e ambientes imersivos lii lucas bambozzi performance Carro Bomba, comissionada pelo Videobrasil em 2005 liii lucas bambozzi • • • • título: Outros Silverinos Remix performance audiovisual ano de realização: 2009 convidados: DJ Dolores, Livio Tragtenberg, Lenora de Barros, Toca Ogan e Dengue (Nação Zumbi) • realização: CCBB-SP e Fundarpe/Nascedouro (Recife) Outros Silverinos Remix é uma apresentação em múltiplas linguagens que engrossa o caldo dos Severinos contemporâneos, não apenas os nordestinos mas os anônimos Silvas, Silveiras, Oliveiras e tantos Joãos, Josés e Marias que vivem à margem tanto dos centros quanto das periferias de nosso país. Livremente inspirado em Morte de Vida Severina do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), o projeto decifra em imagens e sons o poema dramático que relata a trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida melhor. A busca por caminhos para o reconhecimento de novas identidades “silverinas”, os fluxos migratórios correntes no Brasil e no mundo, o ir-e-vir em tempos de mobilidade e deslocamento, e a diversidade de referências que moldam a cultura audiovisual num eixo imaginário entre Pernambuco e São Paulo formam o ‘assunto’ de Outros Silverinos Remix. Re-apropriados para o contexto da cultura digital do remix e do sampling, os temas são abordados em operações ao vivo de áudio e vídeo, em uma série de 3 apresentações únicas, com novos convidados a cada dia de apresentação. Além dos convidados especiais, o projeto tem as bases musicais preparadas por Pedro Angeli e Erico Theobaldo e a participação do MC Gaspar (do grupo Záfrica Brasil), na criação de rimas a partir das releituras audiovisuais. direção geral: Lucas Bambozzi e Fernão Ciampa. Outros Silverinos Remix foi apresentado semanalmente no CCBB-SP ficando em cartaz pelo período de um mês. Uma série de apresentações está planejada para recife em 2009. liv lucas bambozzi ensaio de Outros Silverinos Remix no CCBB lv