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José Roberto da Silva
SEMENTES DA MEMÓRIA | 5
© by José Roberto da Silva – 2007
Ficha Técnica
Revisão
Ramiro Canedo
Programação visual
Hugo Oliveira
Arte final de Capa
Rones Lima e Victor Tagore
Índice onomástico
Pesquisa: Marina Mendes
Revisão: Wellington Brandão
S586s
Silva, José Roberto da
Sementes da memória: os rebeldes de 68 / José
Roberto da Silva. – Brasília : Thesaurus, 2007.
340 p. ; il.
1. Biografia 2. Reminiscências I. Título
CDU 82-94
CDD 92
ISBN 978-85-7062-664-6
Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo
fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do Autor. THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA LTDA. SIG Quadra 8, lote 2356 – CEP 70610-480 – Brasília, DF. Fone: (61) 3344-3738 – Fax:
(0xx61) 3344-2353 End. Eletrônico: [email protected] *Página na Internet: www.thesaurus.com.br
Composto e impresso no Brasil
Printed in Brazil
6 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Epigraphes
“A memória é uma função perigosa.
Ela dá retrospectivamente um sentido ao que não tinha.
Apaga retrospectivamente a ilusão interior
aos acontecimentos, que fazia sua originalidade.
Se os acontecimentos guardassem sua forma original e enigmática,
sua forma ambígua e aterrorizante, certamente não haveria mais
história”.
Jean Baudrillard
“Cool Memories” (1991/1995)
***
“Rever velhos caminhos com os olhos de hoje é acordar momentos
semi-desfeitos, desativados. É pescar na memória pessoas e datas,
atos e fatos, embaralhados nas malhas do tempo que já não é.
E eles vem aos poucos, nas velhas roupagens, fisionomias apagadas, com os modos da época, surgindo confusos, incompletos, fora
das molduras.
A paisagem geográfica modificada contribui para a indecisão dos
acontecimentos. Ecos de diálogos tentam rearticular-se separadamente fora de um contexto mais amplo e nítido e a melhor evocação não satisfaz o desejo de recompor nas estradas os instantes
passados....”.
Monsenhor Carlos Henrique Neto
“O meu livro para os outros” (2002)
***
“Fragmentos de cada um de nós caminham por aí, talvez significantes, provavelmente inúteis, grudados em outras emoções, no
mosaico de consciências, milk-shake de memórias.
Seria Deus a soma transcendente de todas as histórias de todos os
egos, inclusive os dos pássaros?
Seria Deus a mudez absoluta de todas as pedras que a Terra cria ?
O reflexo da luz do sol nos seres vivos?
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Ou o esquecimento da noite, pairante e amnésica gaivota, sonâmbula sobre as ondas do mar, que se agitam, mesmo ocultas, quase
eternas, sem testemunhas, à revelia das estrelas?”. (V. J.)
***
“O limite. Ou o limiar?”
Flávio Maia (SP A1950 B1992)
****
“O tempo é a sucessão secundum prius et posterius. Sucessão de
momentos indivisíveis, de instantes que só existem quando passam. Que não param. Que não esperam. Que nunca existem simultaneamente. Que só existem como essa intérmina sucessão de
movimentos fugazes, velozes, curtos e subtis.
Por isso, o passado já foi tempo e não é tempo mais.
O futuro será tempo quando for a medida do
momento transeunte e não é tempo ainda.
Só existe o presente, o instante, o momento.
Momento tão veloz que, quando apreendido,
está passando,
e quando imaginado, é quimera.
Que não tem antes nem depois.
Que não tem ontem nem amanhã.
Porque de fato só existe o hoje.
O amanhã quando chega não é amanhã. E como amanhã nunca
existiu e nem existirá.
O ontem também não existe mais.
Já foi e não voltará.
Por isso, jamais se pode confiar no futuro que ainda não é, nem no
passado que já foi e jamais será recuperado”.
Monsenhor Trajano Lemos Barroco
- 16 dezembro 1958.
8 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
SUMÁRIO
Amnésia no Avião ................................................................... 15
PARTE I
A CIDADE FELIZ
A República das Águas............................................................. 21
Benedito Pedro ......................................................................... 37
Camãnibói Aí! ......................................................................... 48
Vitor Serafim............................................................................ 60
PARTE II
AS FLORES DO ROSEY
Chamada no Pátio .................................................................... 73
Cidade das Rosas .................................................................... 78
Um Dia na Vida do “Rapaizinho” ............................................ 98
Caçadores de Cabeças ........................................................... 116
PARTE III
JAC, JEC, JOC, JUC
Juventude em Marcha ............................................................ 139
Ver, Julgar e Agir ................................................................... 152
À Meia Noite, no Açougue ..................................................... 168
Como Perder a Fé .................................................................. 175
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PARTE IV
O CAPA PRETA
Dies Irae ................................................................................ 195
O Golpe ................................................................................ 206
Thievis in Crovis ................................................................... 215
Lendas Urbanas .................................................................... 236
PARTE V
NON DUCOR, TRUCO!
A Diáspora ............................................................................ 261
Olha o Bonde! ....................................................................... 266
Um Dia de “Rapaizinho” ....................................................... 287
Delegacia Brasil ..................................................................... 295
Será o Benedito? .................................................................... 310
Kaminari! .............................................................................. 314
Epílogo ................................................................................. 329
Agradecimentos .................................................................... 336
Índice onomástico ................................................................. 341
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Dedicatória
À
Poços de Caldas, Terra da Saúde e da Beleza, Cidade das Rosas, o antigo Descoberto de Nossa Senhora da
Conceição do Rio Pardo.
Aos avós José Thomás e Maria Theodora da Silva,
pelo pai Benedicto Pedro da Silva; e Leopoldino José Hilário
e Anna Maria do Amor do Divino, pela mãe Alzira Cândida
de Jesús.
Aos irmãos Maria de Lourdes e Antônio Carlos. E aos
sobrinhos Marco Antonio, Luíz Henrique, Regina, Davi,
Giovane, Carolina e Ricardo. Aos tios João, Mariana, Conceição, Ana, Chiquinha, Juca, Mário, Chico e às três Marias;
e à cunhada Rosemeire Breves da Silva e Vovó Nice.
À Maria Elisabete Ferrari Moreira, pelos meus filhos
Kena, Pedro e Yara, e seus avós Roberto José e Maria José
Ferrari Moreira; também à Márcia, Roberto e Rachel; e
Luíza e Liubitza.
À Tereza Cristina Kirschner, pela minha filha Mariana. E para Manuela e Marcelo.
Ao Kena e à Adriana Cascaes Pereira, pela neta Anita,
e a seus avós Gloven e Cleonice.
À “Vó” Jovina de Oliveira, Madrinha de Batismo e
André Mori, tio e Padrinho de Crisma. À Elza Monteiro Ferreira e Jurandir Ferreira, padrinhos de alma e rumos. A Indá
Soares Casanova, madrinha paulista, doce rebelde. A Leonardo e Rosita Nassif Mesquita, segundo lar. A Guilherme
e Mônica Cassaro. À Irmã Bina e Madre Eugênia da Santa
Casa, brancos hábitos, mãos puras. Às Irmãs Dominicanas,
especialmente Mères Dominique e Elvira. Às mães dos meus
amigos, especialmente Olga Molina, Rosinha Macedo, Cesarina Carvalho, Olga Togni e Geralda Moraes.
Aos médicos Martinho de Freitas Mourão, Rowilson
Flora, Norberto Ferreira Filho, José e Nelson Ayres de Paiva,
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Salvador Zingoni e Eduardo Cavini, amigos e protetores. Ao
Rotary Clube de Poços, sincera gratidão do seu ex-Bolsista
no Colégio Marista.
Ao Curador e Benzedor Antonio Camilo e à Mãe de
Santo Da. Lurdes; e a Sêo Geraldo da Vila Nova. Luz e
vida nas horas sombrias. Ao esportista Vitor Preto Serafim.
Aloyê!
Aos mestres Irmãos Maristas, sem exceções, especialmente Mansueto Buzzi, José Gregório (Rosa Branca), José
Paulino e o inesquecível Miguel Ascânio/Paulo Portugal
(Zatopeck).
A Luís Gonzaga Cardoso, Beatriz Monteiro, Gaspar
Eduardo de Paiva Pereira, Carlos Errico Neto, Charles Carvalho, Milton Costa, Vitor Manuel dos Santos, Décio e Gerson Alves de Moraes, Orlando Gaiga, Lázaro e Lira Alvisi,
Roberto “Lamana” Silva, Francisco Risola, Odair Camilo,
José Carlos Poly, Carlos Monteiro e José Carlos Cardillo, colegas da Imprensa.
Aos Padres Carlos Henrique Neto, Trajano Lemos
Barroco e aos Prefeitos Agostinho Loyola Junqueira e Ronaldo Junqueira.
Aos jornalistas de Sampa, amigos e protetores, Isa
Leal, Aloysio Biondi, José Magalhães Chaves, o “Maguinha”, João Yuasa, Newton Mizuho Miura, Alaor José Gomes, Reginaldo Finotti e Vicente Wisenbach. À Joyce Araújo, Oswaldo Watanabe, Cidinha e Bernard Huet, Felícia
Ogawa e Silvio Caccia-Bava, destemidos amigos.
*****
RUA DA SAUDADE
(In Memoriam)
Ao Antonio Neto Barbosa, colega, amigo e companheiro de lutas.
Ao nosso colega do Colégio Marista, esmagado pelo
palanque da Seleção Brasileira em 1958, Marcílio Malvezzi Filho.
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Ao ardoroso Darcy Campos Simões, do time “Benjamim” dos Menores do Marista, nosso james dean, baleado
no Rio em uma brincadeira transgressora.
Ao brilhante Luís Cláudio Loro, meu “èmule”, em
trágico acidente de carro, jovem e professor.
Ao homem público, radialista e amigo Eduardo Fernando Delduque de Paiva.
Ao Gustavo Coutinho de Resende, co-fundador da
UEC- União Estudantil Católica, amigo e militante da JEC.
Ao Rowilsinho Flora, irmão do Fernando Flora, vítima da violência urbana, perda inconsolável.
Ao primo Vinicius Roberti Sousa, julho de 2004, aos
21 anos de juventude. E à prima Sueli Mori, em olhos andaluzes, tão inocente de todos os nossos pecados.
Ao talentoso músico, jornalista e boêmio Kakalo Viviani, um sax ao cair da noite no Jardim da Fonte Luminosa, alvorecer de 2005.
Ao Antonio Arida, colega, amigo do peito, um passeio pela rua Assis, um rádio sintonizado na saudade.
Ao Antonio Tonico Acúrcio, no correr de 2005, colega e colaborador destas memórias, saborosas bacalhoadas,
um fado português.
Ao Marcos Eduardo Adami, querido colega do Marista, porque a vida também é um teatro grego.
Ao Ronaldo Lima, amigo e companheiro, abduzido
do planeta Poços no correr de 2006, uma cadeira vazia, um
copo de saudades no bar Senadinho.
À Elenira Preta, do PC do B, das Letras da USP, em
duelo armado contra a ditadura nas matas do Araguaia.
Ao mestre e amigo Swami Doro, Dom Heleodoro Ortiz de Zárate Jaraquemada, cósmico chileno-brasileiro. E
para Bernardita Hurtado Vicuña, idem, que ainda nos olha
com doçura e poesia, em Brasília.
A 12 de abril do corrente ano, Swami Sartie, o ariano
avassalador Abram Nelson Pencak, enfim, serenamente,
além dos limites, adentrou no limiar da cabala da luz.
Por fim, a Flávio Maia e Maria Elisabete Ferrari
Moreira. Ele, parceiro de poemas e sonhos. Ela, companheira de estradas.
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14 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
AMNÉSIA NO AVIÃO
V
arig, 1995. O matemático Lindolfo de Carvalho Dias, colecionador de relógios antigos e hectares, prendeu o cinto-de-segurança e sacou um livro misterioso da pasta de couro preta. Sua
taxa de bom humor pulou a 97,8%.
O Ministro de Ciência e Tecnologia, professor José Israel Vargas, estava acamado. Secretário-Executivo do Ministério, Professor
Lindolfo, poços-caldense de casca, clara e gema, o substituía em missão a Recife e São Luis do Maranhão, na 47.ª SBPC. Desde 94, eu
praticamente morava nos aviões da FAB. Ia na rabeira do Ministro
Vargas que percorria o Brasil de cima pra baixo em pregação cívica
para catequizar autoridades de todo timbre e dureza, até políticos, à
causa patriótica da pesquisa científica e tecnológica.
Isso durou dos tempos do Presidente Itamar, em 94, até o
final de 98 quando o Ministério quicou nas mãos do sr. Luiz C.B.
Pereira, uma fase rápida, caótica e esquizóide.
Ivancir Castro Filho, executivo da agenda, era contra-regra da ópera, melhor que o general Patton comandando coluna
de tanques Sherman. Na retaguarda, como a central da Nasa em
Houston, Oscar Klingl monitorava todos os raids, aparava todos
os raios com bom humor só possível a um menino criado no clima
cordial de Belorizonte.
Enquanto Ivancir acudia o ministro Vargas no hospital e Pedro
Borges toureava fleugmaticamente os ávidos políticos, eu acolitava
o professor Lindolfo em Recife. Inauguramos a Internet no gabinete
do inaudível Miguel Arraes. Pendurado no cachimbo, o condottieri
olhava aquela bizarria como se fosse o ET de Apipucos. Em São Luís,
idem ibidem no gabinete da Governadora Roseana Sarney, a primeira na história pátria. Enfim, esses são outros picuás de lorotas.
***
Professor Lindolfo manuseava o livro e me olhava de esgueio. E pra atiçar a brasa da curiosidade: – Nem adianta, não
vou emprestar! Eu babava de curiosidade. Irônico, exibiu de leve
o danado do livro. Era o “Um ladrão de guarda-chuvas”, do genial
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poços-caldense Jurandir Ferreira, o inventor do texto-suflair. Leve,
airado e gostoso.
Diacho! Eu era adolescente, aluno do Colégio Marista de
Poços, em uma das minhas periódicas peregrinações à casa de Elza
Monteiro Ferreira & Jurandir, junto com o Murilo Carvalho.
– O que o senhor está escrevendo?
– Ahhh! É a história de um guarda-chuva.
Olhei para o velho gato Sêo Correa, proprietário daquele casal
de adoráveis intelectuais da rua Rio de Janeiro 427.
– Um guarda-chuva? Sêo Corrêa me piscou um olho.
E ali estava o professor Lindolfo e a tal história do ladrão do
guarda-chuva. Em carne e osso, digo, em papel e letras, passados
uns 35 anos. Babei mais ainda. Pra disfarçar, enfiei a mão na bolsa
da poltrona do avião. Puxei de lá a revista de bordo dos 15 anos
da “Ícaro”/Varig.
Cabala! Abri justamente no artigo do jornalista Luís Nassif,
o nosso comuna-caçulinha do Colégio Marista, assecla da dupla
Tomás Togni Tarquínio & Antonio Neto Barbosa, o Netinho ou
Barbosinha da AP, a Ação Popular.
– Professor?! Olha só! um artigo do Nassif! Lindolfo viajava na maionese. Claro, saboreava o prato de lagostas gratinadas a
là Maria Alice Jaeger que é um texto do Jurandir. Nem me ouviu!
Santa coincidência: um instantâneo de quatro poçoscaldenses a
nove mil metros de altitude!
– ‘Xá pra lá! pensei com meus pintassilgos da cachola. O
título era chamativo: “O FMI vem aí. Viva o FMI”. – “Você já fez
uma passeata contra o FMI? Não sabe o que é bom. Era o melhor
programa estudantil do início dos anos 60. Eu tinha 10 anos, talvez um pouco menos. Como gostava de política, ia meio de mascote no meio dos secundaristas mais velhos”.
Não caí duro porque já estava fast seat belt. Eu, um dos
secundaristas velhos, não me lembrava de nada, naufragado a 40
anos de profundidade.
Deletara tudo! Amnésia!!
As tais passeatas do Nassif contra o FMI? Evidentemente,
uma “insinuante mistura de fato e lenda” no dizer do professor Antonio Cândido, outro pré-comuna da rua Rio Grande do
Norte poços-caldense, ao prefaciar a sua bela coletânea de crônicas jornalísticas “O menino do São Benedito”.
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Os “comunas” do Marista não eram os únicos jovens rebeldes e inconformados em Poços. E nem mesmo éramos comunistas.
Ao contrário.
Éramos batatas progressistas cozinhando na grande sopa católica!
***
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18 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
I
A Cidade Feliz
“Cidade Feliz” (1939)
Por Jurandir Ferreira
“Veja este vale sereno,
estas montanhas bojudas que sobem para o azul e com elas
levam nossas almas comovidas.
Veja estes campos suaves, ondulantes, fugidios,
desdobrados sobre os mansos horizontes como um largo
panejamento de veludos raros.
Veja estas árvores, estas velhas árvores sem nome
agrupadas no úmido aconchego das matas.
Veja estas árvores fidalgas que erguem sobre os parques
as folhagens ilustres
e as árvores cativas, filhas de longes terras,
que derramam sobre o exílio do asfalto
a verde inquietação de seus galhos floridos.
Veja o céu côncavo e pequenino,
alourado de sol, farto de luzes.
Veja e diga se ele não “adormece as paixões
e desperta as almas”.
Se ele não é como o céu da Touraine
pintado na frase de Balzac.
E olhe estas manhãs sem fogo e estes crepúsculos sem pranto.
Estas auroras que despontam como acesas
no último fulgor das estrelas.
Estas tardes que se desprendem no poente
como uma grande flor de luz,
sem agonias, sem convulsões, sem comburências teatrais.
SEMENTES DA MEMÓRIA | 19
E, depois, a noite que aos poucos se adensa, quase sem luto,
redoirada de estrelas, fresca e
mansa, como água praieira sob a luz dos pirilampos.
E, na Cidade Feliz, o homem, o lidador, o que fez a cidade
brotar folha por folha, como um jardim entre jardins, cerra os
olhos para o sonho.
20 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
A REPÚBLICA DAS ÁGUAS
E
ra uma vez uma cidade cujo centro não era uma praça, nem
um mercado, nem mesmo uma singela igreja. Alguns pensavam que o centro dessa cidade talvez fosse aquele enorme edifício, estronzo por fora mas acolhedor em suas enormes banheiras
repletas com esfumegantes águas sulfurosas. Outros imaginavam
que o cerne de tudo residia em um formoso hotel com varandinhas
floridas e garçons rubicundos. E havia os que apostavam que o
âmago, a corda que balança o pêndulo, certamente seria a celebração de viver no magnífico cassino com um salão de festas aberto
sob indescritíveis candelabros de cristal.
Estavam todos enganados. O centro de tudo era um jardim,
com gramados verdes, árvores nativas e outras que vieram de outros
lugares, por vontade própria é bom que se diga. E flores que moravam em canteiros bem cuidados como se fossem poemas de amor. E
pássaros compositores que moravam bem perto, em uma gigantesca
floresta que decidira florir a encosta de um velhíssimo vulcão e que ali
passavam boa parte do seu tempo voejante e cantante.
E tudo e todos orbitavam ao seu redor, como se ele, o jardim, fosse um sol verde e como se em suas árvores vivessem fadas
e jovens santas canonizadas em segredo, compartilhando receitas
de doces e leituras teológicas. E, como se dele, o jardim, emanasse
invisível espírito de saúde e de beleza. Mesmo que o ignorassem,
ele sempre estava lá, suave nos dias de brisa e protetor em noites
de frio e solidão.
A cidade se chamava Poços de Caldas. Como tudo que é
humano, também ela cresceu, em crianças sorridentes, em velhos
com saudades sobrando dentro dos bolsos. O jardim permaneceu
sempre o mesmo. Verde e intocável, com o dom do silêncio curador às barulheiras da mente. Para chegar até ele é preciso amar a
cidade, acreditar em suas histórias inofensivas, como essa de que
tratamos aqui. É preciso varar por essa floresta de egos, desejos,
desopiniões e lorotas de amor e ódio. São simples atalhos, figurantes, falsos heróis e falsos rugidos, labirintos a desvendar até a paz
serena do verde.
****
SEMENTES DA MEMÓRIA | 21
Comecemos pela cidade. Trata-se de uma formosa veneza cafécom-queijo na fronteira Minas-São Paulo, e vice-versa.
Aberta aos romeiros das águas, ela vem exercitando o espírito suíço há mais de século. Quanto mais longínquo o visitante,
melhor é recebido. O rapaizinho é educado em berço na empatia pelo outro. E eles, os estrangeiros, ainda chegam às pencas.
Vive-se de portas abertas às calçadas como convêm aos lugares
marcados sob o signo do transitório. Já os quartos são trancados
à chave - recatadas manias mineiras que só não teceram burkas
afegãs porque é terra onde impera discreto matriarcado. Tudo isso
resultou em ceticismo de opinião que é o pai da neutralidade, uma
quadriculada compreensão pelo bizarro e afetada compaixão pelos
males do corpo e da alma.
Na falta de um santo ou de uma santa milagreiros, o ganhapão navegou batizado e crismado em abençoadas águas pagãs. A
jogatina e suas primas, a fuzarca e a esbórnia, são as três musas
nativas que sempre renderam bom troco.
Mesmo com esses caldeamentos de fricções humanas, a língua dos gentios desse aquático vale restou teimosamente rústica.
Caipirìssimamente culta.
Na sua declinação de uais e nhoques, ainda oferece ao visitante um léxico contaminado por esporos de avencas e samambaias
das exuberantes matas. Somam-se fiapos de panos de estandartes
de bandeirantes e congadas, o dialeto secreto dos pintassilgos além
do dicionário das gírias inventadas nos retiros pelas vacas de leite.
Como toque final, a prosódia carinhosa e infantil que é o tempero
dos doces de leite e dos figos glaceados de Leonardo Mesquita que
trocou o remo das regatas no Rio para honrar a cidade como o seu
melhor seresteiro-doceiro.
Comiam-se maçãs, pêras e uvas nativas, o que explica ainda
hoje certa polidez do paladar.
Naqueles idos dos 60, ainda se praticavam as artes do assovio e do canivete, das flores de crepon e dos sonetos românticos
como epígrafes nos livros de receitas. E as manias da pesca e dos
piqueniques, das pipas e do pinhão cozido. Os meninos eram hábeis no estilingue, os homens na garrucha e no carteado.
Nos dias sombrios, galochas e capas de gabardine. Ao sol,
sombrinhas, discretos decotes.
22 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
****
A cidade adorava enxaguar e quarar palavras e expressões, jogo
de xadrez cardado, tramado e urdido nas ruas.
– Cê não vai descer hoje? ‘tá doente?! – Já desci e já subi!
Os verbos significam bater perna ruas afora, mania de vila
montanhosa, onde mulher que fica na janela é indigitada como pazza ou doida. As moças são famosas pelas pernas lindas, malhadas
no sobe-desce dos morros e encostas. A água sulfurosa aveluda a
pele. Casos de caspa e espinhas no rosto eram tão raros que rendiam quarentena e notícias em jornal.
Trata-se de mistura de caipirês com italianês, resultado de
longa migração, da roça e d’além-mar, paixões de velhos bandeirantes encaipirados com carcamanos. Deu em geringonça!
É o caso de thievis in crovis, expressão que nada significa
e que hoje virou nome de bar. Ou, ofensas arcaicas, como: – Ei!
sêo lesera! Ou então: – Moça entojada! Lambisgóia! ou mesmo:
– Pára com ingrisia! ainda re-usada pela Rose da Avon. Uma garota má é bisca. Se cai na má vida, é biscate ou pisso. Sujeito mal
vestido, com a barra das calças fora de ponto, é sureca. Coisa ou
sujeito sem graça, desenfeitado, é chué. Quando o sujeito se dá
muito mal, leva tinta. Se o trem é bom, é trã-chã, o fino! Ao camarada enrolado que não se decide entre o filme do Cine Vogue ou
do São Luís, a turma cobra. – Vê se não inzona! Parece que tá de
paquete!? – Larg’a mão, sô! O sujeito tá numa mamparra que só
vendo! – Aqui ó, não me chama de preguiçoso, não! Ah, qué sabê? O
tempo tá embruscando, vou morfá em casa!! – Tudo bem, cê já tava
me enchendo os picuás! hoje eu tô por conta do Abreu e na lona! Tia
Maria do Juca, irmão caçula de papai, praticou por 80 anos a velhíssima expressão – Ai ‘ome!
Quando um de nós encontrava o parceiro, lá vinha a saudação:
– Ôspra! E, em resposta, – Ôspra! Cuméquitá! Ou quando o sujeito
dizia lá uma bobagem, trucava-se: – Óh, fubá procê! ainda hoje usada
pelo escritor Antonio Luís Fontela. Para saber das novidades: – E aí?
Qual é o pó? Sem maldade, porque não se conheciam drogas, nem se
dava cacunda prá senvergonhice.
Paulo César de Paiva, o Paulinho Caneta do Marista, ex-vereador e músico, ainda hoje é capaz de ouvir à distância e responder a um “Ôspra! código que vai se dissolvendo lentamente com
SEMENTES DA MEMÓRIA | 23
a nossa geração anos 50-60. É dos raros que ainda lembram a
expressão completa do Thievis: – E aí? – Thievis in Crovis Iscarramanchão Isneiti!
Luís Nassif, quando atende a um conhecido poçoscaldense,
usa a velha saudação: – “Iaí? Firme?”. O Murilão Carvalho: – “E
aí, sô! Bão?”.
***
A vila campestre é povoada por morros fabricantes de regatos. O mais famoso, por ter resistido à mania de ruas e casas, é o
Tóróró, hoje quase invisível. Cristianizado e atacado pelo vírus da
amnésia urbana, foi-se à traição, vagarosamente como convém a
uma terra onde mulher se livrava do marido aos bocadinhos, com
pó de vidro no angú.
Próximo à porteira do Milênio, o escritor Jurandir Ferreira embarcou na canoa de Caronte rumo aos Campos Elísios. Relíquia dos
tempos da zagaia e do enxó, foi-se aos 93 anos a preço de tostão porque era alma leve. Chegava da rua, estacionava o carro na garagem,
saboreava um porto, fazia projetos.
Jurandir puxou na memória os dias juvenis, primórdios insalubres do século XX. O assunto era o Tóróró que resistiu como
pedrame que era o quanto pode ao cerco humano. Essa seria sua
antepenúltima crônica – “os caçadores”, ele e o velho amigo Virga,
o morro e suas minas d’água, a vila vista do alto e a cachorrada
e o vento e as nuvens de setembro quarando sobre a gigantesca
montanha.
A trilha que rasgou o Ytaroró ao meio foi um dos assombros
que a cidade ofertou à mamãe, criada nas mansas vargens baixas do
velho Caconde do Rio Pardo. Pela vala a céu aberto, espécie de Estrada de Damasco, transitava penosamente uma pessoa por vez. O
nome foi lapidado para Tóróró. As pedras foram arrancadas a picaretas e bombaços dignos dos narodiniks russos que estrunfaram com
o pobre Kzar Aleksander II. Zemlya i Volya!! Terra e Liberdade!! A
cicatriz foi civilizada com o apostólico nome de Rua São Paulo, o que
tem lógica. O patriarca romano também havia sido decapitado.
Os tombados granitos e os esmigalhadas gnaisses e diabásios
tiveram o duvidoso destino dos 100 mil gauleses de Vercingetorix
“civilizados” como escravos por Júlio César. Serviram para aterrar o
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grande brejo central que pré-existiu à nossa Roma aquática e inspirou
a vida, paixão e morte de muitos dos fantasmas que hoje habitam a
velha urbe. O velho Tóróró, quem diria, agora é a terra que alimenta
o tal jardim inspirado no de Versalhes. Aquele onde comia brioches
Dona Maria Antonieta, que saiu adolescente de Viena, virou rainha e
perdeu a cabeça e as jóias nos bons tempos da Revolução Francesa.
Hó tempora! Hó modess!
***
O bom em Poços é descer. Os três ribeirões descem. Todo
mundo desce pra passear no Jardim da Fonte Luminosa. Só o Getúlio Vargas subia do salão de banquete do Pálace Hotel à varanda
do aposento presidencial. Arrotava, peidava, acendia o charuto
e abanava a mão ao sêo Chico que girava a torneira que ligava
a Fonte Luminosa no meio do parque. Getúlio virou história. A
fonte ainda está lá, desafiando a gravidade e as biografias chapabranca, exatamente no centro do vale, o miolo de tudo, caroço
primordial, com um poema erótico do escritor Gaspar Eduardo de
Paiva Pereira fincado à beira dágua.
Sentados em sinuoso banco de madeira, cercados por palmeiras, paineiras e ipês atlânticos, embalados na brisa fresca da
montanha, a 1.200 m. de altitude, vamos ouvir os concertos números 1 e 2 para flauta de Mozart. Apenas 45 minutos, suficientes
para digerir a infantaria ligeira do jantar na Cantina do Araújo, a
decana da arte de bem comer e beber.
***
A vila brotou nos confins do século XVIII em um pequeno
vale, protegido por um círculo de morros coadjuvantes da Grande
Montanha. Na sua parte mais rasa existiam dois brejos, resultantes
de três afloramentos de uma água quente e sulfurosa. Ela nasce
como chuva. Tal como o deus azteca Ketzalcoatl, desce às infernais oficinas subterrâneas do senhor Vulcano a quase 3 mil metros
de fundura. Rebrota como fonte de saúde.
A sudoeste do Sul de Minas ou na ponta leste da Grande
Bacia do Paraná, esse Planalto Sul-Mineiro ou de Poços de Caldas
não fica exatamente nos contrafortes da serra da Mantiqueira, a
SEMENTES DA MEMÓRIA | 25
antiga Amantikira ou Jaguamimbaba. Tem vida própria. Os entendidos o chamam de extrusão alcalina, um vulcanismo medonho
que gastou de 60 a 80 milhões de anos até pacificar na formosura
que se pode admirar hoje.
A “cratera” tem um diâmetro de 30 a 33 kms e circunda um
fundo-de-panela que medeia 800 kms quadrados. Igual mesmo só em
mais dois ou três lugares do planeta Terra. É o caso de Pilansberg, no
Transvaal sulafricano ou Illimaussak, na incorbúvel Groenlândia, conforme Américo e Helô Caponi, editores de inédita enciclopédia digital
anti-amnésica da cidade.
É um caso a parte, pequena cidade-estado a temperatura média anual de 19 graus, caindo fácil a zero-geada sob o céu
anilado de julho. Seu inverno é movido a café com leite e queijo
cabacinha. Os antigos ainda comem canjiquinha de milho com
costelinha de porco, bucho ao molho de tomate e cheiro-verde,
feijão tropeiro e pagão, paçoquinha na farinha de milho, suã de
porco assada, polenta com frango e nhoque feito em casa, essas
caipirices italianadas.
A 13 de Maio, tomava-se quentão do Avestruz na Festa de
São Benedito. Rapazes e moças mandavam-se torpedos analógicos
na forma de trovas em cartões de visita chamados de Correio Elegante. Ainda hoje, os Congos relembram a Embaixada da Rainha
M’Gimba em cantigas de marinhagem. Os Caiapós dançam a Dança dos Tacapes, mudos, em saiotes de capim sapé, coletes de pano
revestidos com penas de galinha, caras pintadas em vermelhão hidráulico. Pulôveres e cachecóis saem das cômodas. A grama seca e
os pica-paus constroem ninhos. A geada das férias de julho cobre
os campos até que tudo esquente novamente, até que venha de
novo setembro, os bandos de andorinhas e as chuvas precedidas
por saraivadas de granizo. Raras araucárias ainda relembram os
tempos adâmicos.
Vive-se na ambivalência das fronteiras. Um congresso de cerrados e campinas jacobinas com exuberantes matas atlânticas girondinas que se porfia em guilhotinar. Somos mineiros, mas lemos os
jornais e torcemos pelos times de São Paulo e do Rio. Em Poços, o
dia de ontem vale por dois de hoje.
Há manhãs em que se acorda roça. Capricha-se nos uais.
Come-se curau e se come canjica com amendoim socado e se chupam coquinhos de macaúba e aromáticos marôlos ou araticuns.
26 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Há tardes entojadas, lentas, apropriadas para se bebericar cafezinhos aromatizados nas mesas das calçadas, pois, afinal é terra de
bom café e fazendas centenárias.
Há dias em que os nativos acordam extremunhados de progresso. Empaulistados, derrubam casarões e vilas em estilo alpino,
espantam velhos fantasmas que cochilavam tranqüilos e benfazejos entre aranhas modorrentas com suas teias em seda sulfurosa.
O desastre tem resultado em prédios gigantescos onde se guardam
carinhosamente os velhos e macróbios habitantes que teimam em
viver e que sonham na visão da verde mata da montanha seus antigos quintais fabricados com mirradas videiras e pés de pêssego e
figueiras e jaboticabeiras.
Esta é urbe pequena, pequeñíssima. Em noites de lua cheia,
uma fonte de água versalhesca ilumina o mimoso jardim parnasiano, delimitado por um pentágono formado por uma ex-biblioteca,
um ex-cassino, um hotel, um parquinho infantil e uma thermas. E
tudo isso, essa mistura de romantismo com reumatismos, gandaias
com preguiças, crianças inocentes e velhas enchineladas, fica em
uma semi-ilha, formada ao jeito de uma forquilha de estilingue pelos regatos que escorrem das montanhas.
Pratica-se um enrustido paganismo greco-romano simultaneamente a um fervor religioso inabalável. Nossa padroeira é Nossa Senhora da Saúde. Ela reside em uma bela matriz que pós-graduou-se
em Basílica. Ancorada em pedra de fina cantaria e airosa em tijolos
aparentes, é pequena e delicada catedral vazada em vitrais multicoloridos, envelhecendo lenta e discretamente na ponta da rua
Assis que é a mãe do comércio, povoada há mais de um século
com os melhores e mais atuais vícios e os mais sedutores desejos.
Uma rua que é uma praça esticada onde todos se encontram, vivos
e falecidos, fractais de memórias e carrocinhas de hot-dog.
****
Como toda cidade, Poços cultiva a mania de contar lorotas passadas. Periodicamente, surgem deliciosos livros. Colecionadores de
fotos antigas são caçados metodicamente.
É uma cidade onde o leitor sente prazer em ser turista que é
a forma de se descobrir os recantos estrangeiros que moram dentro de cada um. Ou, então, escalar quase 500 metros de alturas
SEMENTES DA MEMÓRIA | 27
por uma floresta atlântica empinada no lombo de uma montanha
cheia de macacos, quatis e antas, margeando minas dágua mineral.
É única montanha no mundo onde reside um casal de Bem-Ti-Vis
que matinalmente vai à padaria da rua Pernambuco buscar as casquinhas de pão que ficam reservadas no canto do balcão.
Corre o risco de não conseguir ir embora.
Corre o risco que correu o Teodureto Gomes, ao ver uma
formosa mulher Adélia em uma não tão formosa janela. E descobrir que ela era a Argemira, namorada casta no Largo do Machado
carioca, hoje mulher de vida fácil em Poços. Foi isso que bateu nos
ouvidos do vivaldino escritor João do Rio, notícia transfigurada
em uma de suas lorotas sobre a Cidade das Rosas.
Eram 6 da tarde. Teodureto subiu os penosos degraus da
porta, sentou-se no sofá de gorgorão de mau gosto. Olhou e lembrou-se de Argemira tão semelhante a essa Adélia. Esta era real, a
outra era memória. As duas moravam juntas. Ambas tinham pena
uma da outra. Ambas acabariam, irremediavelmente, transformadas em memórias alheias.
A moça Adélia destampou numa choradeira de fazer dó. Confessou que era mesmo a menina Argemira. Teodureto sumiu do Rio
e de sua vida. Foi-se em vilegiatura para as Oropas. Ela se casou com
o Antunes, mas não o amava. Fugiu três vezes. O corno chorava e
mandava voltar. Foi-se por derradeiro com um tocador de rabeca anônimo do theatro do Largo da Carioca que também foi contaminado
pelo verme da cornice mansa que exalava dos olhos mareados da menina Argemira. Ele já vivia tropeçando nas beiradas das esquinas. Ela
caiu na vida e acabou dando com as pacoeras em Poços.
Teodureto abraçou Adélia e sentiu o cheiro de Argemira
que era o olor do jasmim-do-cabo. Adélia beijou Teodureto e viu
dentro de si a paixão de Argemira ferver como o leite no fogão.
Teodureto propôs fazerem já, neste miraculoso revertério, o que
Argemira teria permitido mas ele não tivera coragem, lá no Rio.
Hoje, agora, com a Floresta da Santa Cruz como toalha de
fundo, no lusco-fusco das 6 e meia da tarde, o vento fresco da
montanha balançando a chita da cortina, ela recusou. Queria guardar as doces lembranças dos beijos e carícias da menina Argemira
das Laranjeiras.
– “Se eu for para você o que sou para todos – por quem hei
de esperar, em quem hei de pensar?”.
28 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
***
O tocador de rabeca se escondia na Penha. Chegou em casa
quase amanhecendo. Encontrou um otário dormindo no seu quarto e Argemira com a mala pronta. A carteira de couro de jacaré
estava em cima da penteadeira recheada de abobrinhas. Ele olhou
pra ela com a cara de sonso que o diabo empresta fiado aos cornos. – Sou puta mas não roubo! Foi ela que disse. Ele não disse
nada. Juntou suas roupas, fechou a outra mala e enfiou a carteira
no bolso. Seguiram para a Central do Brasil. No caminho pra São
Paulo ela contou que ele, o otário, batera de frente com a sorte
num lugar chamado Poços de Caldas, uma plantação de cassinos
que rendia enorme safra de otários.
Foram. No caminho, subindo a serra, a chaminé do trem da
Mogiana apitava um mantra libertador nos seus ouvidos. Ela foi
transformando-se em Adélia, aos pouquinhos, no solavanco dos
trilhos, no ritmo lento da escalada pelo gigantesco canyon que sobe
de Águas da Prata e vaza a muralha vulcânica de Poços. Quando
pisou na gare, retocou o baton, olhou serena e displicentemente
para o rabequeiro: – Adeus! Adélia, ao seu dispor!
Ela ficou nas ruas.
Ele pediu asilo no cassino “O Ponto”. Varou a noite tocando
e tocando e nunca mais amanheceu. Encantou-se no dia em que o
cassino pegou fogo.
Quando baixou o espírito-de-porco udenista no brigadeiro
Dutra, acabou-se a jogatina em Poços. O rabequeiro restou prisioneiro entre as cortinas do cassino. Não virou fantasma exibido por
ser tímido. Mas ainda hoje, em Poços, alta madrugada, ouve-se o
firifizum da rabeca agitando dolentemente as ramas das árvores do
Jardim da Fonte Luminosa. O corno manso, mansíssimo, imagina
no seu delírio de fantasma sensível ver Adélia recortada como seda
transparente no sereno que desce ondulante da montanha. Queimaram dez quilos de velas na velha igreja do Bom Jesus da Cana
Verde. Nada adiantou. Além de corno, vivia resfriado, espirrando
em lá maior.
Adélia, evidentemente, morreu com elegância. Sem chamar
a atenção, deixou-se ir na procissão de almas formadas por aquelas gripes chiques que eram importadas das Oropas. Como João
era João do Rio e não João de Poços, não ficou sabendo que Adélia
SEMENTES DA MEMÓRIA | 29
conquistou rara liberdade. Achou pacata demais a vida de defunta
Argemira e pobre na rua da Saudade. Vestiu seu mais lindo vestido
de tafetá e deslizou para o Jardim dos Macacos, longe da chata rabeca do músico corno, a azucrinar os amantes no Jardim da Fonte
Luminosa.
Há noites em que a neblina também cobre o velho Jardim
dos Macacos. Argemira ressurge. Pálida como convém às pacíficas
assombrações, debruça-se nas ramas da velha ponte de cimento
que imitam troncos dos pinheiros derrubados da antiga mata ciliar. E fica olhando ao longe, cismando sobre as águas do Rio dos
Cachorrinhos, na direção da Cascatinha. Pensa que está no cais
do porto Pharoux, lá no Rio de Janeiro, esperando o navio trazer
Teodureto de volta. Nas águas azuladas do ribeirão, o reflexo dos
lambaris, tambiús e mães-rosa é como o reflexo das fagulhas do
vapor que partiu.
Absorta, dançando solitária a Valsa do Infinito Azul, Argemira ignora os play-boys lúbricos que rondam de carro. São bêbados e falsos Teoduretos em busca de Adélias, aquelas estampadas
no papel celofane das balinhas do cine Vogue, Argemiras paquitas
que se dissolvem em safadezas no céu da boca, nos devaneios do
ar refrescante da estância sulfurosa.
***
Teodureto conformou-se com aquele romantismo tardio de
Adélia-Argemira. Estava com fome. Foi tomar o escaldado de ovo
com farinha de milho no hotel.
No dia seguinte, zanzou por todo o clássico roteiro dos turistas. Quando o sacristão Sebastião repuxou as horas no sino da
matriz, 6 horas metálicas, sentiu aquele velho comichão do Largo do Machado. Voltou lá na rua da Adélia. Levou um buquê de
rosas, porque isso combinava bem com seus olhos esverdeados e
mal dormidos. Bateu palmas mas ninguém atendeu. Passou um
passante e lhe disse:
– Moço! Não adianta bater, não! Aí não mora ninguém, há
muito e muito tempo. Morreu todo mundo na Gripe Espanhola!
***
30 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
O tal vale é o centro de três formosos valezinhos, nem 5%
da grande planície cercada pelas montanhas vulcânicas. Em outros
climas, outras eras, seria um lago bordejado por araucárias.
O primeiro é o da Vila Nova, por onde descem as águas
selvagens do ribeirão da Serra, nas bandas do velho Charque. O
segundo é o da Cascatinha, por onde escoa o longo ribeirão de
Caldas, a Velha.
O terceiro é até esquecido, por ser o vale de um regato, caçula na família das águas. Nasce entre campinas floridas no vale
do Serrote, ou de São José, ou do antigo Poção ou Chiqueirão,
descendo mimoso pelo sopé do morro de Fátima, o popular regato
do Vai-e-Volta.
Dos afluentes e minas-dágua tributárias, o Riacho dos Cachorrinhos é o mais estimado, antigo refúgio da molecada e dos
bandos caninos. As matilhas, mansas e espantáveis com cabo de
vassoura, foram proscritas pela saúde pública nos anos 50, em
cujo nome foram exterminados centenas de membros da irmandade rabuda e uivante.
Um último vale despacha pela avenida João Pinheiro afora
essas águas já civilizadas, as quais se unem ao campestre rio das
Antas, logo depois da Cachoeira da Luz ou Véu das Noivas, sendo
rebatizadas como rio Lambari.
E, águas montesas, se precipitam por imensa muralha escalavrada nas rochas da grande montanha vulcânica, convulsão
fotografada como Cascata das Antas. Em seguida, novo sobressalto, fúria colossal, canyon medonho, formam abruptamente a
Cachoeira das Andorinhas, tal sua altura e tal a neblina que suscita
o encanto desses pássaros azulados, que por misteriosa razão habitam os despenhadeiros.
Finalmente, amansadas como tordilho nos arreios, fazem o
remanso em Palmeiral, se dissolvem nas plenas águas socialistas
do Rio Pardo, afluente do Rio Grande, o antigo Jeticaí.
***
Pois a história que estou tentando lhes contar começa exatamente nessas boas e geladas alturas, resguardadas pela rotunda
muralha que resiste bravamente, com seus colibris, tucanos e rolinhas, às picaretas das empresas de mineração. Os cumes ondulados vazam nuvens.
SEMENTES DA MEMÓRIA | 31
Os morros urbanos são ninhadas da Grande Montanha. Não
é a única. São corcovas gigantescas de camelos, uma cáfila que
existia no começo do mundo, acampou nessas paragens e ficou
encantada em fila, um círculo semi-perfeito, chaminés e erodidas
crateras embicando a sudeste como cabecinha de colibri ou dinossauro.
Esse arrepiar de cerros e morros, essas mineralices vulcânicas, essas revoadas de antas e macacos bugios, essas plantações de
águas e nuvens geladas, geraram Jurandir Ferreira. Saibam todos
que é o nosso escritor-de-estimação. O vale era adolescente, os
jovens usavam chapéus de palhinha e inspirações parnasianas.
Jurandir, ao que se saiba, não tinha nenhum bicho caseiro,
além do Gato Sêo Corrêa. Adotou a Montanha por 93 anos. Era
ela a filha magnífica que teria tido, a quem se confiam os mais
íntimos suspiros do dia. À noite, com a cabeça no travesseiro de
painas, era bom, era muito bom, saber que ela estava lá, fermentando nuvens e parindo ventos.
Ele, o escritor, considerou sacrilégio inútil erguerem no seu
lombo uma sacrossanta estátua nos anos 50. Disse - com razões
não beatíficas, correndo risco de excomunhão e linchamento - que
melhor glória às divinas instâncias seria a montanha em si mesma.
Uma autêntica montanha, limpa e sem complicações humanas,
com cervos vegetarianos e hinos de passarinhos, solfejos de borboletas e esbórnias de ninfas nuas. Um canteiro próprio aos seculares
orgasmos e menopausas da Terra.
***
Montanhesa, essa cidade também pode ser cantada em ritmo de cateretê, batizada no muque e na raça.
Terra fronteiriça, padeceu do climatério histórico de ter tido
duas certidões de nascimento. Por ser bela e sabina, nasceu paulista e foi raptada pelos mineiros. Tudo por obra e culpa dos esfogueteados bandeirantes.
Era o dia 7 de setembro de 1787. O frio já começara a
amainar. Ignácio acordou cedo. O sol já estava de tocaia atrás dos
morros. Olhou a montanha - uma pequena nuvem serenava sobre
a floresta, a primeira da estação. Sentou no alpendre coberto de
sapé, o copo de latão cheio de leite fresco e quentinho trazido pelo
32 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
bugre Argimiro. Tinha faro de onça o bugre e se agarrara com São
José, pedia – “Conta de novo, a história da mula sabida adonde ele
fugiu dos soldados c’a mulher e o Menino, era carapina num era?
Devia de ter amor aos paus de lenha, amigo do mato queném eu,
conta de novo”.
Argimiro madrugava, apartava as vacas antes que elas acordassem no rumo do brejo pra lamber água quente que fazia um
neblinão danado, coisa de assombração, perigoso de atolamento,
duas vacas perdidas, uma mogiando e outra parida, tocava o sino
de bronze prá chamar os camaradas.
Sô’inácio não punha fé em reio no lombo de escravo, subiu
a serra há coisa de uns sete anos, teve mula que escoiceou e quase
aleijou o Joaquim Preto, outra despencou na pirambeira do rio,
Siá’tunica curou a perna do Sô’joaquim, era tudo bandeirante, o
chefe era ele e hái de quem espirrasse azedo, rezava o terço semana
sim semana não, repartia a comida e cada um pro seu lado, disse
– Cês me acompanha? Prometeu alforria em sete anos. Argimiro
não, que bugre some no mato, que ia ele menino mais o pai no
rastro das bandeiras, rodou o sertão, tinha ziguezague de faca e sapecado de mosquetão. Sô’inácio só pediu prá largar mão da coleira
de orelha, umas cinco ou seis bem sequinhas, que dava nojo em
Siá’tunica, assustava a criançada, coisa de guerra, mandraquice
de bugre e jogou fora alí mermo, nas águas do rio Mojy, e pensou,
toca prá frente, a serra azul lá longe, que é que haveria de ter por
lá? Podia num ter oro mas soldado não havia de ter, havia isso
sim umas pedras espantosas que achou osturdia na cascalheira da
cachoeira, Sô’inácio desceu a serra, foi no Mojy fazer registro no
cartório, não era oro mas ele era homem sabido, ele mais o filho
Juzé voltaram com papelada, Sô’inácio ria gostoso, dizia – agora,
isso aqui é da gente, o Descoberto de Nossa Senhora da Conceição
do Rio Pardo, dava milho e dava mandioca, trouxe no picuá dois
leitões e duas leitoinhas, feito Noé, o poviléu aumentava, difícil
era o pano, era o sal e era a porva, fácil era o palmito, o marôlo, as
plantas de fumo-de-rolo nasciam gordinhas, flor cor-de-rosa.
A benzedera do Mojy haverá de ter mermo razão, pensava.
Lhe disse, se acomode ali, e se deitou ele, Ignatio, no catre de
lenha em cima da palha de milho, tomou o chá, amargoso que só
vendo. Lhe disse, sonhou? Sonhei. Quê qui sonhou? Sonhei um
sonho cheio de água, na grota funda, mato brabo, água despencanSEMENTES DA MEMÓRIA | 33
do darriba em cachoeira e voava junto c’as andorinhas. E se foi, ficou cinco dias sentado na pedra da praça debaixo da peroba velha,
e as andorinhas foram chegando e chegando, e se amontoavam e
chilreavam, até que no sexto dia garraram de querer levantar vôo.
Ignatio reuniu a tropa, - toca em frente! E as andorinhas revoavam, iam e voltavam, na direção da serra azul, e gritavam no seu
ouvido, segue em frente, e a tropa seguia, os bichinhos revoando
por riba, desciam pra dormir e beber água, a tropa fazia pouso e
seguia, tudo por coisa de três semanas completas, varando por um
socavão que não tinha fim, pirambeira medonha que subia sempre,
cada vez mais frio, neblinão cerrado. Osturdia veio o gavião pinhé,
revoava bem no alto e sumia, acompanhava as andorinhas mas
não caçava, só piava agudo, fino de cortar a cabeça, até que chegaram lá nos altos, nas campinas e foram arrodeando pelo vale até
achar um rio raso que se enfiava, de novo, por um outro socavão
da montanha, e dali revirou a tropa, despediram-se das andorinhas
que seguiram pelo socavão em frente, eles no rumo de outro rio
que revinha pelo vale empinheirado, até um remanso grande, além
das capituvas e barbatimão de um pântano de água quente. Fizeram fogueira de São João e pularam por riba, três vezes, pra dar
sorte e a novena completa. Ignatio abriu um mundéu raso, bem
redondo e tirou um saquinho que trazia no pescoço e do saquinho
despejou a terra que ali guardava, vinda bem de longe, da terra dos
parentes velhos e disse, - chegamos, agora ‘stamos em casa.
Sô’inácio calçava as botas, Argimiro tava lá em cima, no
pasto velho, arreiando a carroça pra mor de cargar mandioca, viu
a passarinhada arrevoar assustada nas bandas da Cascatinha, evêm
gente foi o que pensou, e evêm muita gente, correu até sua tapera,
cargou depressinha três clavinotes, apalpou o punhal cinturado
e firme na altura das pacoeras, correu até o eito de mandioca,
Sô’quim já tava de beiço arregalado, chamou a turma que arrancava raiz na enxada, as mulheres se enfiaram no mato mais a criançada, a tropa foi despontando, a pé e de pé descalço, o alferes mais
quatro a cavalo, apeou e conversou, e foi guerra de papel, o carimbo do rey de Ouro Preto batendo no carimbo do rey de Piratininga,
ganhou quem tinha mais arma e cacete, Argimiro ficou lá em cima,
na tocaia, o alferes emboaba na mira, o moleque Firmino subiu no
pé de peroba, tascou estilingada certeira que ficou zunindo a cabeça do alferes emboada, tal de Joaquim de Freitas, Sô’inácio deu
34 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
ordem de retirada, no dia seguinte todinho carregaram as mulas,
carroças, os tarecos e os trens todos, o milho ainda tava quase no
pendão, ficou tudo, se foi, sem olhar prá trás – Deus deu, Deus
tirou! disse, e rematou, - toca em frente, gente, o mundo é grande!
E cuspiu prá trás, pedaço de praga que até hoje não foi encontrada
e benzida, o alferes amoitou na tapera-grande, comeu a mandioca
assada, comeu a porcada toda e salgou o resto pro retorno, comeu
galinha e comeu feijão, mijou no rio dos Cachorrinhos e foi cagar
no pé da bananeira. Argimiro mirou três palmos arriba da cabeça
e pregou fogo, o alferes tava arriado e caiu sentado na bosta, Argimiro se alevantou, tocou em frente, varou rumo noroeste, varou
a serra do Selado, varou a serra do Encaranga, varou a serra da
Faisqueira, sumiu nos cafundós, o alferes sumiu na própria raiva,
mandou tascar fogo em tudo, arrasa tudo, botabaxo, a calça do
uniforme lavada no rio dos Cachorrinhos e secando no alpendre
de Sô’inácio, a soldadaiada se mijando de rir, o alferes com a cabeça doendo da estilingada e o rabo ardendo de urtiga.
Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada
Do outono, quando a terra, em sêde requeimada
Bebera longamente as águas da estação,
Que, em Bandeira, buscando esmeraldas e prata
À frente dos peões filhos da rude mata
Fernão Dias Paes entrou pelo sertão.
Julho de 1818
O Capitão-General Manoel de Castro e Portugal, todo poderoso Governador da Capitania de Minas há quatro anos, apeou do
cavalo e foi tomar água na Cascatinha.
– Arre, disse, não é o Tejo mas a água é boa! A patota de
puxa-sacos bateu vivas e alvíssaras, uns 40, afora a tropa armada
e um balaio de servidores públicos. Acamparam logo adiante, na
margem esquerda do rio dos Cachorrinhos, que nesse tempo era
pagão sem nome. Ainda dava pra ver uns restos de taipa e badrame apodrecidos da grande tapera onde vivera Sô’inácio. O brejão
mal se via embrenhado na neblina da água quente, cercado de
árvores e muitos e muitos pinheiros. Sentou chão, que era frio por
demais, chamou o escrivão e ditou nobre carta de vassalo a El Rei,
SEMENTES DA MEMÓRIA | 35
Índice Onomástico
SEMENTES DA MEMÓRIA | 341
342 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
A
Abdão Maria 78
Abílio Pintor 322, 323, 332
Abram Nelson Pencak (Sartie) 13
Abreu (irmãos) 147, 336
Abreu Sodré 284
Acely Fonseca Junqueira 87
Adami 13, 74, 80, 133, 241, 249
Adelmar de Oliveira 143, 144, 161, 164, 165,
187, 255, 338
Adhemar de Barros 85, 101, 151, 226, 272,
279
Adhemar Lopes da Silva 243
Adnei Pereira de Moraes 73, 97, 102, 104,
121, 127, 153, 173, 186, 188, 261,
334, 337, 338
Adolfinho (A. A. Caldense) 67, 247
Adriana Cascaes Pereira 11
Affonso Junqueira 76
Afonso Celso de Castro 62, 73, 110
Agostinho Loyola Junqueira 12, 79, 88, 89, 90,
96, 187, 226, 250, 313
Alaor José Gomes 12, 149
Alberto Lang Filho 295
Alceu Valença 317
Alcides Cintra Bueno Filho 294
Alessandrovisk Romanoff Nicolay 247
Alexander Fleming 68
Alexandre Xandó 146
Alfredinho (A. A. Caldense) 67, 108
Alfredo Ayres 108
Alfredo Anders 76
Almir 186, 187
Aloísio Mercadante 265
Aloísio Nunes 273
Aloísio Teixeira Garcia 165
Aloysio Biondi 12, 268, 299
Alvarez Del Vayo 119
Álvaro Ely Monteiro Vilela 73
Alvino Hosken de Oliveira 87
Alzira Cândida de Jesús (Dila) 11, 42, 43, 44,
45, 46, 50, 53, 56, 57, 58, 61, 64,
67, 68, 106, 127, 128, 129, 151,
154, 156, 249, 257, 288, 313, 328,
339
Amadeu Pereira do Lago 74, 251, 252
Ana Cecília Trindade 224
Ananta Lotlikar 289
Anastassia Romanoff 247
Anderson Fonseca Fraga 66, 73, 110, 335, 338
André Mori 11, 39, 44
Ângela Castilho 50, 52
Angélica 297, 332
Ângelo Vieira Martins Neto 74
Anibale Alexandre Bussolino 83
Aníbal Togni 110
Anita Ferrari Pereira da Silva 11
Anna Maria do Amor do Divino (Sianinha) 11,
43, 46
Anne Louise 312
Antackli 112
Antoine Stauder 337
Antonio Carlos da Silva (Tozinho, Dodô) 11, 12,
13, 16, 23, 37, 38, 39, 50, 52, 61,
62, 63, 64, 65, 66, 67, 73, 74, 78,
79, 81, 82, 86, 88, 93, 95, 98, 106,
121, 122, 124, 127, 130, 139, 143,
147, 153, 168, 172, 184, 223, 224,
234, 235, 239, 246, 250, 251, 254,
255, 277, 289, 295, 300, 334, 337,
338, 339
Antonio Acúrcio 13, 73
Antonio Aggio Jr. 300
Antonio Arida 13, 73
Antonio Camilo 12, 50, 124
Antonio Cândido 16, 95, 172, 277
Antonio Carlos Andrade e Silva 295
Antonio Carlos Delias 52
Antonio Carlos Rodrigues (Ti Carlinhos) 153
Antonio de Oliveira Fabrino 91, 93, 238, 239,
240, 244
Antonio Fagundes 122
Antonio Genofre 88
Antonio José de Freitas Nogueira da Silva 74
Antonio Lafayette 121
Antonio Luís Fontela (vide Fontela)
Antonio Luiz Pinto 88
Antônio Manuel Furtado (Totonho) 143, 163
Antonio Maria 93
Antonio Monteiro 79
Antonio Neto Barbosa (vide Netinho)
Antonio Romano 74
Arapuã 241
Ari Kuflik 145, 307, 308
Arino Ferreira Pinto 87, 141, 144, 220, 234,
255
Arisá Paiva Arantes 81
Aristides Lobo 269, 270
Aristides Tomaz Ballerini 134
Arlei Benedito Macedo 73, 111, 112, 173, 174,
176, 177, 257, 310, 311, 312, 313,
320, 322, 323
Arlindo Mungioli 289, 299
Arlindo Pereira 79
Armando Vieira Viotti 63, 73
Arnaldo Curimbaba 108
Arno Priss 279
Artur de Mendonça Chaves Filho (vide Doutor)
Ary Barroso 93, 158, 235
Astolfo Delgado 134
Atilles Mamede 216
Augusto Zenun 166
Aurora Miranda 141
SEMENTES DA MEMÓRIA | 343
Avestruz 26, 252
Ayrton Gouvêa 251
Encarte fotográfico
Adelmar de Oliveira 7
Adnei Moraes 6
Afonso Celso de Castro 5, 9
Alfredo Avelino Aynes 9
Alopércio Dutra Teixeira 9
Álvaro Eli M. Vilela 9
Alzira (Dila) 1, 2
Anderson F. Fraga 9
Antonio Acurcio 9
Antonio Arida 9
Antônio Carlos da Silva 1, 2, 16
Antonio Carlos De Parolis 5
Antonio Geraldo 6
Antonio Luis Fontela 9, 16
Antonio Neto Barbosa 6, 10
Antonio Sérgio D. Teixeira 9
Ariovaldo Gonçalves 10
Arlei B. Macedo 9, 10
Armando V. Viotti 9
B
Basílio Rodrigues 81
Batista (A. A. Caldense) 247
Beatriz Monteiro 12, 258, 338
Bemaventurado Marcellin Champagnat 71,
114, 122, 129, 135
Benedito Pedro da Silva 9, 11, 37, 38, 39, 40,
41, 46, 47, 52, 55, 56, 66, 67, 68,
94, 124, 156, 163, 166, 172, 250,
309, 339
Benedito Caubi Ferreira e Silva 74, 134
Benedito Luizi 92, 142
Benedito Torresmo 94
Benjamin Lopes 88
Bernardette Xavier Gomes 93
Bernard Huet 12, 303, 323, 325
Bernardino 284
Betinho 155, 161, 295
Bispo Ranulfo Farias 183
Bittar 272
Bolacha 67, 246, 251
Borges 180
Boris Kasoy 301
Braguinha 158
Brizola 151, 168, 214, 298
Bruno Felisberti 91, 142, 249
Encarte fotográfico
Bastos 5
Beatriz Monteiro 11, 12, 13
Beatriz Pelegrinelli 7
344 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Benedictus Mário Mourão 12
Benedito Pedro 2, 4, 16
Bernard 15
Betí 7
Buda 9
C
Caballero 119
Caio Maretti 52
Camarada Stalin 106, 310
Camerino Togo Nogueira da Silva 228
Capitão Clovis 292
Capitão Conceição Costa Leite 83
Capitão Faísca 87
Capitão Francisco Cândido Miranda Filho 195,
199, 200, 221, 222, 227, 228, 231,
244
Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos
Motta 77
Cardeal Rampolla 76
Carla Montejani 91
Carlos Alberto de Oliveira (Carlão) 74
Carlos Alberto Emediato 160
Carlos Caldeira 270, 290
Carlos Eduardo Amarante 91
Carlos Errico Neto (Dr. Carlito) 12, 75, 133,
134, 142, 258
Carlos Henrique Neto (vide Padre Carlos)
Carlos Lacerda 66, 99, 142, 149, 151, 159,
211, 221, 236, 298
Carlos Monteiro 12
Carlos Roberto Arruda 171
Carlos Romano 79
Carmem Miranda 141, 216
Carminha Mascarenhas (Carmem Alegretti) 96
Carolina Moreira 11
Carvalho&Estevão 49
Casanova 267, 268
Cassinho da Rocha 337
Cássio Scatena 222, 278, 281
Catarina Meloni 294, 296
Caubí 87
Caubi Ferreira (vide Dr. Benedito Caubi)
Cecília Fisichela 81
Célia Sodré Dória (Madre Cristina) 152
Celi Campelo 308
Celina Junqueira 142
Celso Campos Petroni 160
Cesarina Carvalho 11
Cesarino Júnior 276, 282
Chacrinha 280
Charles Carvalho 12
Chavinho (vide Doutor) 107, 130, 241, 242,
243, 244, 263
Chicletes 65
Chico Belas Coxas 107
Chico Dias 276
Chico Formoso (Dr. Francisco Risola) 85
Chico Landi 109
Chico Lopes 250, 330, 338
Chico Louco 312
Chico Luna 188
Chico Tarquínio 146
China (A. A. Caldense) 67, 129, 179
Chiquinha 11, 39, 254
Chopin Tavares de Lima 294
Chorete 65, 90
Cibele Mota 174, 249
Cícero Machado de Moraes 74, 112, 113
Cidinha Huet 12, 65, 323, 325
Cláudia Madrinha 43
Cláudio Abramo 268, 269, 272
Cleonice (vovó Nice) 11
Cleveland Abreu Perrone 74
Clodô (A. A. Caldense) 65
Clodsmith Riani 222
Clovis Bojikian 293
Clóvis Ivan de Melo 74, 79, 144
Compadre Belarmino 51
Compadre João 253, 254
Conceição 11, 39, 43, 46, 120
Constante Marcassa Neto 74
Corina 59
Coronel Jarbas Passarinho 191
Costinha 59
Cristiano José Medeiros Rehder 73
Cristina Mesquita 158, 173, 174, 175, 188,
189
Cuca (A. A. Caldense) 67, 246
Encarte fotográfico
Caèzinho 5
Carlos Roberto Arruda 9
Cássio Scatena 15
Célio Amorim Jr 9
Cibele Mota 7
Cidinha Huet 15
Cirilo 10
Cristiano J. Rehder 9
Cristina Mesquita 6, 7, 8
D
Da. Mariquinhas Brochado 242
Da. Laura 56
Da. Lucy Kerr de Paiva Cortes 81
Da. Lurdes 12
Da. Maninha Carvalho Dias Ottoni 88
Dalmo Dallari 282, 315
Dárcio Camilo 81
Dárcio Paupério Sério 296, 335
Darcy Campos Simões 13, 110
Davi Breves da Silva 11
David Benedito Ottoni 88, 96
David de Paula 165
Dazinho 222
Décio Alves de Morais 12, 161
Denise Cabral 157
Dércio Chiconello 271
Didi 64, 89
Digney Diniz de Melo 80
Dinah Silveira de Queiroz 93, 94
Dino Leite Vitti 74
Dito Canarinho 66, 109, 252
Dito Maretti 52
Djalma Ayres 241
Dodô 52, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 86,
98, 106, 127, 139, 147, 168, 246,
250, 251, 289, 334
Dom Eduardo Duarte e Silva 76
Dom Geraldo de Proença Sigaud 151, 155, 158
Dom Helder Câmara 88, 146
Dom Inácio João Dal Monte (frei) 89, 129
Domitila de Castro Canto e Mello (Marquesa de
Santos) 276
Dom Jaime de Barros Câmara 97, 151, 207,
212
Dom Joaquim Arcoverde Albuquerque 76
Dom Paulo Evaristo Arns 293
Dom Rodolfo Penna 77
Dom Silvério Pimenta 76
Dona Codó 176, 177
Dona Deolídia Cantelmo 242
Dona Eloá 148
Dona Geny do Prado Brandão 87
Dona Henriqueta 53
Donaldo de Siqueira Trezza 74, 109
Dona Leonor de Paiva 113
Dona Lígia Ferreira 65, 255
Dona Lígia Vivas Albanezzi 81
Dona Lourdes 201, 224
Dona Lurdes Toríbio 310
Dona Mariazinha 48, 49, 53, 61, 73, 80, 82,
124, 274
Dona Nair 55, 57
Dona Nini Mourão Davis 78, 89, 130, 145,
Dona Orminda Matta Machado 176
Dona Rosinha Macedo 257
Dona Rosita Mesquita 158
Dr. Álvaro Vilela 249
Dr. Antonio Napole 81
Dr. Arthur de Mendonça Chaves 51, 243, 261,
263
Dr. Artur de Mendonça Chaves Filho 107, 130,
241, 242, 243, 244, 263, 338
Dr. Artur Pontes da Fonseca 88
Dr. Benedito Caubi Ferreira e Silva 47, 74, 134
Dr. Benedictus Mário Mourão 163, 166
Dr. Carlos Errico Neto 133, 142
Dr. Clodoveu Davis 78
SEMENTES DA MEMÓRIA | 345
Dr. Cornélio Tavares Hovelacque 48
Dr. David Benedito Ottoni 88
Dr. Edgar Godói da Matta Machado 159
Dr. Edmundo Cardillo 79, 87, 221
Dr. Eduardo Adami 133
Dr Fabrino (vide Antonio de Oliveira Fabrino)
Dr. Francisco Risola 85
Dr. Geraldo de Carvalho 168, 169
Dr. Geraldo Freire 142
Dr. Geraldo Tasso 211, 238
Dr. João Arantes 146
Dr. José Ayres de Paiva 79, 113, 124, 130,
139, 145, 168, 250
Dr. José Bueno Vilela 96, 248
Dr. José Maria de Mendonça Chaves 52, 130,
159, 338
Dr. José Rubens de Paiva 87, 88
Dr. José Vargas de Sousa 96, 145, 230, 231
Dr. Julinho Mesquita 266, 267
Dr. Martinho de Freitas Mourão 11, 67, 96
Dr. Mello Cançado 159
Dr. Miguel Ahouagi 159
Dr. Moacir de Carvalho Dias (Xixo) 88, 90, 91,
109, 142
Dr. Orozimbo Corrêa Neto 241
Dr. Pedro Junqueira 141, 195
Dr. Pedro Sanches de Lemos 79, 109
Dr. Resk Frayha 142
Dr. Rogério Burnier 143
Dr. Rowilson Flora 11, 88, 91
Dr. Saul do Prado Brandão 80, 87
Dr. Sebastião Navarro Vieira 146, 233
Dr. Sebastião Pinheiro Chagas 81, 87, 90, 133
Encarte fotográfico
Da. Lília 14
Da. Maria Figueiredo 11
Dalmo Dallari 15
Darcy Campos Simões 5
Don Duane Williams 8
Douglas Andreani 5, 9
Dr. Adnei Pereira de Moraes 16
Dr. Gaspar Eduardo de Paiva Pereira 13
Dr. José Ayres de Paiva 4, 14
Dr. José Maria de Mendonça Chaves 8
Dr. José Vargas de Souza 12
Dr. Luiz Henrique da Silva Virga 14
Dr. Moacir de Carvalho Dias 14
Dr. Norberto Ferreira 4
Dr. Osvaldo Watanabe 15
Dr. Rowilson Flora 4
E
Edgar Alan Poe 316
Edmundo Mourão Genofre 84
346 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Eduardo Adami 80, 133
Eduardo Brito 339
Eduardo Cavini 12, 80
Eduardo Fernando Delduque de Paiva 13, 74
Eduardo Pereira (Eduardo livreiro) 53, 220,
338
Egisto Trombetti 83
Eidemar Massote 157, 159
Eleni Alves Pereira 161, 163, 179
Elenira Preta 13
Elisiário Junqueira 241
Elis Ramos 143, 164, 165, 261, 264
Elpídio Danza 87, 91
Elvira (Madre) 11
Elvira Chagas 145
Elza Monteiro Ferreira 11, 16, 47, 79, 89, 93,
94, 121, 219, 262
Emile Rideau 169
Emilinha Borba 85
Engenheiro Shermann 233
Eremita Pafnúncio de Alexandria 177
Ermínio Bertozzi 79
Erwin Rosenthal 293
Esaú Benedetti 134
Eta Maretti 52
Ethel Manucci 87
Euclides Paiva Mendes 163
Eurípedes (A. A. Caldense) 97
Eurípedes Carlos de Abreu Neto (Buda) 98,
106, 110
Euzino Trindade 223, 224
Evaristo 43
Encarte fotográfico
Eduardo Pelegrinelli 6
Elis Ramos 7, 8
Elza 11
Elza Monteiro Ferreira 11
Eurípedes C. Abreu Neto 9
Evâneo Caixeta 9
F
F. Acquarone 56
Fabiano Lozano 104
Faustino Parolis 88
Feféu Molina 99
Felícia Ogawa 12, 323
Felix Antonio de Campos Luz 153, 185
Fernando Ruivo 285
Fernando Antonio Mourão Flora 13, 63, 74,
147, 274
Fernando Massote 148
Fernando Perrone 294
Filhinha 50, 51
Flávio Lima e Silva 64, 66
Flávio Lopes Werneck 161
Flávio Maia 8, 13, 259, 322, 329, 333, 339
Flavio Tavares 294
Florival Manhães Barreto 74
Fontela 9, 16, 23, 73, 87, 93, 96, 99, 100,
101, 103, 104, 105, 107, 111, 112,
131, 132, 146, 149, 150, 158, 174,
175, 176, 177, 186, 221, 262, 263,
334, 335, 337, 338
Francisco Cândido de Miranda Filho (vide
Capitão)
Francisco de Assis 224
Francisco de Paiva Cortes 75
Francisco Julião 151
Francisco Mário Uchida Filho 74
Francisco Miranda Rodrigues 145
Francisco Risola 12, 85
Frederico Pardini 91
Frederico Pereira Laya 130
Frei Beto 177
Frei Boaventura 101
Frei Dom Inácio João Dal Monte 89, 129
Frei Fernando 177
Frei Ives 177
Frei Josaphat 151
Frei Marcelo 177
Frei Paulo Tellegan 161
Frei Tito 177, 264
Frère Lourdes 260
Frère Theodore Durant 124
Fubá (A. A. Caldense) 64, 67, 89
Fulgêncio Bautista Y Zaldívia 85
Encarte fotográfico
Fábio Bressane 10
Felix Antonio C. Luz 6
Félix Campos Luz 10
Fernando 6, 8
Flávio Maia 15
Fonseca 13
Francha 7
G
Gadinho (A. A. Caldense) 67, 247
Gaiola 63
Gama e Silva 274
Garcia Lorca 174
Gaspar Eduardo de Paiva Pereira 12, 25, 258
General Canrobert Pereira da Costa 191
General Castelo Branco 159, 226, 229, 249,
266, 269, 313
General Dutra 130, 238
General Guedes 222
General João Baptista Figueiredo 191
General Kruel 222
General Olímpio Mourão Filho 213, 214, 226,
236
Generoso Grutila 271, 272, 306
Gentilini (João Augusto) 263, 264, 307, 334,
335
Genú (vide José Genoíno)
Geralda Moraes 11
Geraldo de Carvalho 168, 169
Geraldo Freire 142, 160
Geraldo Mendes da Silva (Gerinho) 144, 145,
161, 164, 165, 201, 211, 216, 338
Gerson Alves de Moraes (Esquerdinha) 12, 161
Gerusa 185
Getúlio Vargas 25, 104, 134, 146, 155, 270,
274
Gilda de Abreu 150
Giovane Silva Virga 11
Gloven Pereira 11
Goffredo da Silva Teles Junior 282
Gregório Bezerra 151
Guaracy Andrade 251
Guido 169
Guilherme Cassaro 11, 41
Guilherme Figueiredo 133
Guilherme Loyolla Dore 122
Gurgel Valente 262
Gurney do Carmo 145
Gustavo Antonio Coutinho de Resende 13, 74,
124, 129, 143, 153, 157, 173, 261
Encarte fotográfico
Gabor 10
Geraldo Gerinho Mendes da Silva 16
Gustavo Coutinho de Resende 10
H
Hanneman 310
Haroldo Afonso Junqueira 87
Haroldo de Campos 261
Haroldo Genofre Junqueira 74
Harris (vide William)
Helena Kuflik 307
Helenira Preta 315
Heleodoro Ortiz de Zárate Jaraquemada 13
Helinho Jacaré 85
Hélio Carneiro 74
Hélio Furtado do Amaral 142
Hélio Garcia 166
Hélio Silva 219
Heloísa Nazaré de Paiva Araújo (vide Nazaré)
Henrique Alvisi 92
Herbert de Souza (vide Betinho)
Hercília 336
Hermano Neto 124, 127
Higino Dias 91
Honestino Guimarães 294, 305, 307
Hugo do Lago 127, 128, 250, 251
Hugo Pontes 261, 337
SEMENTES DA MEMÓRIA | 347
Hugo Zotti 145
I
Imperador Otávio 131
Indá Soares Casanova 11, 262, 266, 267, 268,
273, 291
Irineu Grilo 85
Irmã Benedita do Asilo 179
Irmã Bina 11, 67, 68
Irmã Celina 249
Irmão Afonso Estevão 77
Irmão Aloysio 77
Irmão Aluízio Goeep 114
Irmão Alvaro Rinaldi 121
Irmão Basílio 77
Irmão Constantino 100, 101, 110
Irmão Gonçalves Xavier 78
Irmão Gregório 122
Irmão Ildefonso Pio 76
Irmão Jaime Damião 110, 113, 122
Irmão João Alexandre 77
Irmão José Bento Lavit (“Bahiano”) 78, 111,
313
Irmão José Gabriel 78, 115, 141
Irmão José Gregório (vide Irmão “Rosa
Branca”)
Irmão José Paulino 99, 102, 103, 104
Irmão Júlio Andrônico 77
Irmão Lino Teódulo 189, 190, 233, 256, 257
Irmão Louis Barberet 115, 234
Irmão Mansueto Buzzi 12, 105, 118, 126, 130,
133, 141, 142, 144, 146
Irmão Marcos Andrade 76
Irmão Miguel Ascânio (vide também “Zatopeck”) 79, 101, 110, 125, 139, 140,
142
Irmão Nemésio Calixto 110, 114, 115
Irmão Osmundo Ribeiro 103
Irmão Rinaldi 121
Irmão Roque Maria 140
Irmão Rosa Branca 12, 78, 103, 126, 134, 142
Irmão Rubens Modesto 79, 113
Irmão Vitrício 100, 101, 149
Irmão Zé Paulino 102
Irmã Irma Passoni 322
Irmã Rafaela Bimbi 143
Isadora Duncan 42
Isa Leal 12, 268
Issa Sarraf 87, 100, 236
Itamara Ricci 91
Itamar Brandão Burinatto 165
Ivancir Castro Filho 15
Ivani Monteiro Lessa 163
Ives 177
348 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Encarte fotográfico
Irmão Mansueto Buzzi 3
irmãs Menezes 13
J
J. Castilho 51
J. Cesáreo (vide Moleque César)
Jaçanã Musa dos Santos 48, 80, 197, 203,
216, 220, 221, 237
Jacob Gorender 219, 294
Jacques Maritain 179
Jacu 140, 141
Jaime Kuflik 220
Jaime Sullivan 153, 178
Jair de Oliveira 91
Jair Izzo 134
Jairo Mota 132
Jango 150, 151, 158, 159, 163, 171, 222,
232, 235, 241, 242, 246, 250, 267,
297, 298
Jânio da Silva Quadros 148, 149, 171, 232,
241, 250
Jean Baptiste Champagnat 135
Jean Baudrillard 7
Jeremias Amaral 87, 115, 234
Jipe 309, 310
JK 82, 96, 142, 144, 145, 150, 223, 250, 258,
310, 316, 336
João Alberto Naldoni 165
João Amaral Filho 74, 106, 130
João Augusto Gentilini 263, 264, 307, 334,
335
João Batista Lima 76
João Batista Giordano 159
João Batista Nunes Souza 134
João Carlos Figueroa 294
João de Abreu 65
João do Rio 28, 29
João Gomes Junior 104
João Leonardo (ALN) 277, 288
João Luís Azevedo 74, 146
João Marcos Flaquer 278
João Mohana 143
João Monteiro 147
João Negrin 119
João Paulo de Assis Moura 160
João Quartin de Morais 304
João Torres 134
João XXIII 150, 151, 155, 158, 162
João Yuasa 12
Joaquim Bernardes 88
Joaquim Pereira 88, 110
Joelmir Betting 272
Joffre José Ferreira Santos 74
Joffre Rafael dos Santos 87
Johnny Harris 113, 115
Jorge Buarque Lyra 179
Jorge Michel 265
Jorge Pio da Silva Dias 88
Jorge Retti 309, 336
José Álvaro Moisés 160, 315
José Asdrúbal do Amaral 106, 130, 142, 144,
145, 156, 261, 338
José Augusto Marques 295
José Carlos Trindade 224
Jose Carlos Bichara 295
José Carlos Cavini 145, 163, 164, 165
José Carlos da Matta Machado 176, 301
José Carlos de Paiva Cardillo 12, 191, 243, 244
José Carlos Dias Araújo 91
José Carlos Poly 12
José Corigliano 73
José de Lima 153
José Dirceu de Oliveira 264, 282, 283, 285,
286, 288, 294, 295, 301, 302, 303,
335
José dos Santos Neto 82
José Edwaldo Alexandre 79
José Eugênio Miglioranzi 73
José Genoíno 304, 305, 310, 335
José Geraldo Parreiras 90
José Haroldo Santos Silva 145, 147
José Ibrahim 284
José Israel Vargas 15
José Kuflik 220
José Latrônica 79
José Luiz do Amaral 221
José Magalhães Chaves 12
José Maria de Mendonça Chaves 52, 130, 159,
338
José Maurício Santana 79
José Maximianinho 39
José Neto 81
José Paschoal Rossetti 74, 79, 104, 144, 146
José Paulino 12, 78, 99, 102, 103, 104
José Remígio Prezia 87
José Roberto Gouveia 262
José Roberto Maluf 303, 304, 305
José Roberto Nassar 288
José Strona 123
José Tomás da Silva 11, 39
José Vargas de Sousa 96, 145, 230, 231, 254
Jovina de Oliveira 11
Joyce Araújo 12, 327, 335
Juca 11, 23, 40, 291
Juemil Lorenzotti 81
Júlio Bonazzi 79
Julius Frank da Bucha 282
Jurandir Ferreira 11, 16, 19, 24, 32, 80, 83,
89, 95, 141, 338
Jurandir Sebastião 145
Jurandyr Juca Chaves 291
Encarte fotográfico
J. Cesáreo 13
Jaçanã Musa dos Santos 13
Jair Generoso 9
Jairo Mota 13
João Amaral Filho 10
João Augusto Gentilini 6
Joaquim Soares 9
José Antonio Corigliano 9
José Asdrúbal do Amaral 12
José Carlos Pereira 9
José Eugênio Miglioranzi 5, 9, 10
José M. Braga 9
José Magalhães 15
Joyce Araújo 15
JRS 1, 2, 9 5, 6, 7, 8, 10, 12, 15, 16
Jurandir 11, 12, 14
K
Kajani 203, 221
Kakalo Viviani 13, 169
Kalili Narciso 322
Kena Ferrari Moreira da Silva 11, 37, 56, 339
Kleber Geissler Hovelacque 48, 57, 73
Klinger Marques 217
Encarte fotográfico
Kena 15, 16
L
Labareda 87
Laércio (A. A. Caldense) 67
Laerte Fernandes 268
Lamana (A. A. Caldense) 12, 66
Lana (vide Mariana Roberti)
Lázaro Lólo Alvisi 12, 67
Lázaro Walter Sene 79
Leonardo Mesquita 11, 22, 158, 263, 264, 335
Leonel Franca 179
Leopoldino José Hilário 11, 43
Leopoldo Genofre 84
Léozinho 264
Lev Bronstein 298
Ligia Moreira Bastos 90
Linda Batista 85
Lindolfo de Carvalho Dias 15, 16
Lindolfo Lino Belico 62, 80
Lineu Belico dos Reis 62, 74
Lino Cavini 87
Lira Alvisi 12, 67
Liubitza 11
Loló 50
Lori (A. A. Caldense) 67
Lorival Passos 153
Louise Grant 81
Lourdes Trindade 164, 165, 223, 224, 338
SEMENTES DA MEMÓRIA | 349
Lourenço Ferreira Neto 65, 74, 81, 129, 143,
152, 153, 155, 156, 179, 255, 261,
336, 337, 338
Lourenço Marques de Oliveira 81
Lucas Neto 185
Lúcia Leão 323, 335
Luciano Micheletto 127
Luciene Morais 87
Lucy Kerr de Paiva Côrtes 142
Luís Artur Toríbio 310, 323, 324, 330, 335,
337
Luis Carlos Tanaka 336
Luis Carlos Trindade 164, 224
Luís Cláudio Loro 13, 73
Luís Fernando Mercadante 130
Luís Gonzaga Cardoso 12, 163, 186, 233, 234,
254, 255, 305
Luís Henrique da Silva Virga 11, 37, 306, 337
Luís Lucas 149
Luís Nassif 16, 24, 74, 87, 100, 130, 158,
161, 171, 172, 236, 264, 287, 339
Luíza 11
Luiz Alfredo 247
Luiz Antonio Ballerini 234
Luiz C.B. Pereira 15
Luiz Cassiano da Silva 75, 76
Luiz Cunha 294
Luiz Duarte 88
Luiz Gonzaga D’Avila 294
Luizi 92, 142
Lunde Teixeira 80
Lurdinha (professora Maria de Lourdes da Silva)
11, 12, 49, 52, 80, 82, 85, 86, 125,
130, 169, 236, 247, 258, 306, 311,
314, 315, 334, 338, 339
Lyria Dias 165
Encarte fotográfico
Laércio Corsini 9
Leonardo Mesquita 6
Lílian Alvisi 14
Lindolfo Lino Belico 2
Lourenço Ferreira Neto 10
Luis G. Cardoso 14
Luís Nassif 6
Luiz Carlos Alexandre 9
Luiz Cláudio Loro 9
Lurdinha 3
M
Madame Tamara 247
Madre Cristina 152, 274, 284, 295, 305
Madre Eugênia 11
Madrinha Maria 11, 39, 43, 51, 60
Maffei 279, 280, 281, 317
Magnólia Araújo (Mag) 222, 323, 325
350 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Magalhães Pinto 151, 159, 165, 195, 222,
226, 227, 228, 229, 230, 251
Magda Zanoni 264
Magdo Soares 110
Magri 284
Mainaka 271
Maísa Colhado 91
Major João Procópio Filho 83
Major Nilton José Facion 251
Manabu Mabe 323
Maneco Pereira 220, 221, 242, 243
Mané da Pinta (A. A. Caldense) 67, 247
Manoel Francisco Zacarias de Castro e Portugal
35, 36
Manuel Pereira 53
Manuela Kirschner Amaral 11
Manuel Gomes 294
Mara Calábria 91, 187
Marcelo Kirschner Amaral 11, 90, 177
Marcelo Pereira da Silva 90
Márcia Ferrari Moreira 11
Marcílio Malvezzi Filho 12, 74, 97
Márcio Caetano 90
Márcio de Almeida Abreu 74
Márcio Marcassa 74
Marco Antonio Breves da Silva 11
Marco Antonio Fraga Sousa 37, 67, 73, 235
Marco Antonio Vitti 73
Marco Aurélio Veloso 143
Marcos Eduardo Adami 13, 74, 133
Marcos Villela 216
Maria Alice Jaeger 16, 298
Maria Amélia 223, 224
Maria Beatriz Xavier 157
Maria Camilo da Silva 87
Maria Cláudia Pinheiro Chagas 249, 337
Maria Cristina Gentile 91
Maria das Graças Amaral 87
Maria de Lourdes da Silva (vide Lurdinha)
Maria de Lourdes Freitas Nogueira da Silva
(vide Dona Mariazinha)
Maria do Carmo 53
Maria Elisabete Ferrari Moreira 11, 13, 44, 47,
259, 320, 322, 323, 325
Maria José de Sousa (vide Tita) 144, 339
Maria José Ferrari Moreira 11, 321
Maria Lúcia Aversa 91
Maria Luiza Junqueira de Barros Cobra 93
Mariana Roberti (Tia Lana) 11, 43, 46
Maria Ovídia Paixão 76
Maria Paula 85
Maria Rita Kehl 295
Maria Sebastiana 43
Maria Tereza Lara Campos 292, 293
Maria Theodora da Silva 11, 39, 40, 43
Mariana Kirschner da Silva 11, 37, 339
Mariinha Preta 42
Marilda dos Santos 79
Marilena Said 145
Marinho (A. A. Caldense) 67
Mário Roberti 11
Mário da Silva Brito 261
Mário Leônidas Casanova 267, 268
Mário Martins 298
Mário Mourão 78, 163
Mário Paiva Neto 133
Mário Schemberg 287
Mário Xandó de Paiva 88
Marisa Carvalho 91
Maristela Said 145
Marlene de Carvalho 249
Marlene Araújo 157, 187
Marquesa de Santos 269, 276
Martins (A. A. Caldense) 247
Maura Ribeiro 161
Maurício Arida 74
Maurício Coutinho 145
Maurício Santana 79
Maurício Theófilo Ottoni 89
Maurílio 62
Mauro Fernal 87
Mauro Fernal Filho 74
Maysa Figueira Monjardim Matarazzo 93
Mazzola (A. A. Caldense) 67, 247
Mére Dominique 11, 129, 153, 170, 178
Mére Natividade 178
Mestre Bimba 277
Mestre Pastinha 277
Michel Quoist 154
Miguel (A. A. Caldense) 246
Miguel Angel Astúrias 290, 291
Miguel Arraes 15
Miguel Ascânio 12, 78, 79, 110, 125, 139, 140
Miguel Urbano Rodrigues 266, 268
Miltinho Trezza 262, 277
Milton Costa 12, 270, 332
Miranda Jordão 288, 299
Mishio Kushi 337
Miúra (vide Newton Mizuho) 323
Moacir de Oliveira (Môa) 326
Moleque César 88, 92, 93, 94, 95, 109, 215
Molina 11, 74, 81, 99, 146, 149, 187, 254,
264, 334, 339
Molipo 265, 288
Mônica Cassaro 11, 262
Moniz Aragão 293
Mons. Faria de Castro 81
Monsenhor Carlos Henrique Neto (vide Padre
Carlos)
Monsenhor Geraldo Magela do Amaral Teixeira
78, 81, 88, 121, 176
Monsenhor Trajano Lemos Barroco 8, 78, 82,
89, 90, 96, 121, 144, 145, 146, 158,
164, 182, 183, 193, 215, 223, 224,
230, 241, 242, 244, 255, 258, 333,
334, 338
Monsieur Felix 257
Monsieur Singer 42
Murilo Antônio de Carvalho 16, 24, 65, 74,
121, 122, 128, 147, 153, 157, 160,
174, 185, 249, 253, 255, 261, 272,
277, 278, 280, 281, 288, 289, 291,
294, 297, 303, 313, 314, 318, 335,
337
Myron Clark 76
Myro Tarciso de Oliveira 164
Encarte fotográfico
Madre Tibúrcia 4
Magnólia Mag Araújo 15
Manuel F. Costa 9
Marcílio Volpin 13
Marco Antonio Fraga 5, 9
Marco Antonio Fraga de Souza 9
Marco Antonio Magalhães 5, 9
Marco Antonio Vieira 10
Marcos Túlio Nastrini 5, 9
Maria Beatriz Xavier 7
Maria Cristina Mesquita 6
Maria de Lourdes 1, 2, 3, 16
Maria de Lourdes Freitas Nogueira da Silva 3
Maria Elisabete 15
Maria José de Sousa 13
Maria Mesquita 7
Mariana 2, 16
Maria Teresa Gentilini 7
Marie-France 6
Marilda Carneiro Nogueira da Silva 7
Marisa Mangueira 7
Maurílio Silvério 9
Miguel Ascânio 12
Milton Costa 13
Milton Moreira 9
Milton Passos 8
Moema 7
Moleque César 13
Monsenhor Trajano Lemos Barroco 13, 14
Murilo Carvalho 6, 7, 16
N
Nacif Naclé 142
Nádia Laniado 289, 312
Nair (professora) 55, 57, 61
Nair Bernardes 87
Nair Kobaiashi 310, 323, 324, 325
Nara 290, 291
Nastrini 140
Nathanael de Moura Giraldi (Natã) 265, 277,
279, 280, 282, 287, 288, 289, 291,
305, 306, 317, 318, 329, 337
SEMENTES DA MEMÓRIA | 351
Nathaniel Hawthorne 316
Nazaré 118, 274, 275, 291, 299, 307, 308,
309, 313, 314
Neco (A. A. Caldense) 67
Nei Gonçalves Dias 74
Nelson Ayres de Paiva 11, 221
Nelson Fernandes Filho 74, 146, 163, 169,
175, 197, 329, 339
Nena 85
Netinho (Antônio Neto Barbosa, Barbosinha da
AP) 12, 16, 63, 74, 127, 142, 147,
171, 185, 186, 187, 189, 190, 219,
220, 233, 256, 261, 264, 279, 294,
321, 335
Newton Cardoso 165
Newton Delgado 149
Newton Mizuho Miura 12, 325
Newton Morais 106, 265
Ney Eloy 79
Nhonhô Barão 84
Nice Breves 11
Nicola Romano 52, 79, 147
Nilda 220, 338
Nobre 78, 125, 270
Nonato (A. A. Caldense) 67
Norberto Ferreira 11, 49
Encarte fotográfico
Nathanael de Moura Giraldi 16
Neto Barbosa 6, 10
Nilda 16
O
Octávio Frias de Oliveira 187, 268, 270
Odair Camilo 12, 76
Odon Pereira 301
Olga Molina 11
Olga Monteiro 79
Olga Togni 11
Oliveiros S. Ferreira 297, 298
Onig Chanakariam Sanakhan 149
Orlando Gaiga 12, 67, 169
Orlando Vítor 87
Orozimbo (A. A. Caldense) 65, 185, 281
Oscar Cruz 52
Oscar Klingl 15
Oscar Nassif 173, 256
Oscar Sandry 83
Oscarzinho Mesquita 158, 188, 335
Oswaldo Correa 94
Oswaldo Watanabe 12, 327
Otânis Gonzales 74, 98, 262
Owen Mussolini 74
Encarte fotográfico
Oswaldo Kaize Jr 15
352 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Oswaldo Stanziola 5, 9
Otânis Gonzales 9
P
Padre Artenio de Davi 188
Padre Calazans 151
Padre Carlos Henrique Neto (Monsenhor) 7, 12,
79, 80, 89, 112, 121, 141, 143, 145,
156, 175, 181, 182, 183, 188
Padre Jaime Sulivann 178
Padre Julio Serafim Muraro 293
Padre Lage 151
Padre Maia 170
Padre Trajano Lemos Barroco (vide Monsenhor)
Paim Belico 62
Paiva Cortes 75, 76, 81
Palmírio D’Andrea Tupy 79
Paulinho Caneta (Paulo César de Paiva) 23,
100, 110, 113, 140, 147, 234, 252,
263, 337
Paulinho Macaco 67
Paulinho Vannuchi 295
Paulo Caruso 289
Paulo Celso Sampaio 165
Paulo César de Paiva (vide Paulinho Caneta)
Paulo de Tarso 158
Paulo Mangueira 74
Paulo Nader 221, 222
Paulo Norberto 76
Paulo Nunes 269, 299, 300, 301
Paulo Paixão 101
Paulo Penido 211, 214
Paulo Portugal (vide Irmão Miguel Ascânio)
Paulo Rubens Fonseca 293
Paulo Sérgio Souza Costa 131
Paulo Vanzolini 282
Paulo Xandó de Paiva 241
Paul Singer 314
Pedro Ferrari Moreira da Silva 11, 339
Pedro Américo Maia 169
Pedro Bloch 174
Pedro Borges 15
Pedro de Castro Neto 74
Pedro dos Santos 222
Pedro Junqueira 141, 195
Pedro Linguanotto 79, 144
Pedro Muller 91
Pedro Pesenti 88
Pedro Santos 90
Pedro Severino Neto 79, 88
Pelé 89, 242
Pepeu do Bortolan 183, 184
Percival Maricato 294
Peter Ellena 299, 300
Petrônio Vivas 241
Pierre Van Der Meer Walcheren 179
Pimenta Neves 270
Pio XI 153
Pio XII 120, 144, 151, 158, 255, 258
Plínio Salgado 119, 145, 146
Pompeu 268
Ponce 220, 246
Prefeito Agostinho Loyola Junqueira 79, 89,
90, 187, 226, 250, 313
Prestes 269, 270
Primo Carbonari 90
Primo Oscar 39
Pudim 303, 304
Pulguinha 63
Encarte fotográfico
Padre Carlos Henrique Neto 11
Padre Trajano Lemos Barroco 13, 14
Paulo César de Paiva 4
Paulo Egydio Martins 8
Paulo Sérgio Necchi 9
Pedro Ferrari 16
Plínio Arantes 9
Q
Quincy Jones 291
R
Rachel Ferrari Moreira 11, 339
Rafael de Falco Neto 295
Rafael Sarti 257
Raimundo Bosco Câmara 74, 153, 157, 161,
163, 339
Raimundo Renó 147
Ramiro Canedo 6, 52, 265, 338
Raphael Molina 74
Raul Schwinden 294
Regina Breves da Silva 11, 37
Reginaldo Alvisi 165
Reginaldo Finotti 12
Regina Luz 75, 337
Regina Paiva Araújo 275
Reinaldo Amarante 82, 90
Reinaldo de Oliveira 134
Renzo Marzola 79
Ricardo Moreira 11
Rioco Kaiano 304, 315
Rita Pavone 147
Robert Aldrich 86
Roberto “Lamana” Silva 12, 66
Roberto Campos 181, 1825, 183, 223, 245
Roberto José Moreira 11
Roberto Muller 301
Roberto Negrão de Lima 278, 282, 287, 297,
298
Roberto Tereziano 74, 338
Roberto Thomas Arruda 74, 153, 261
Romano Antonio 79
Romeu Ferreira 96
Romeu Policelli 147
Rommel 84
Rômulo Cardillo 79
Rômulo Cheacchio 74
Ronaldo Bastos 88
Ronaldo Junqueira 12, 83
Ronaldo Lima 13, 143, 187, 234
Roque Spencer Maciel de Barros 294
Rosa Beatriz 52
Rosa Branca 12, 103, 105, 106, 107, 132,
134, 142, 161, 173
Rosa Maria de Nassif Mesquita 150, 153, 157,
158, 161, 163, 172, 173, 174, 186,
263, 264, 335, 338
Rosana Paolillo 291, 312, 313, 332
Rose (da Avon) 23
Roseana Sarney 15
Rose Marie Muraro 154
Rosemeire Breves da Silva 11
Rosinha Macedo 11
Rosita Nassif Mesquita 11
Rossini 153
Rovilson Molina 11, 74, 81, 99, 146, 149, 187,
254, 264, 334, 339
Rowilsinho Flora 13
Rowilson Flora 11, 88, 91
Rubens Puxa-Saco 271
Rui Goethe Falcão 270, 277, 288
Encarte fotográfico
Raimundo Bosco Câmara 6
Roberto Antakli 9
Ronaldo Lima 7
Rosa Mesquita 7
Rovilson Molina 8
Rowilson 4, 5
Rui Delgado Jr 9
S
Sabará 62
Saleba 177, 301, 337
Salomão 55, 123, 178, 200
Salvador Dali 65
Salvador Zingoni 12
Sam Peckinpah 311
Sanclies Palmero 79
Sandra Cavalcanti 151
Sandrinha Sarti 335
San Thiago Dantas 146, 154
Santusa Pereira 91
Sargento Hélio (Tenente) 252, 256
Saulo Neto Barbosa 127
Saulo Matta Machado 175, 176, 177, 187,
263, 301, 337, 338
SEMENTES DA MEMÓRIA | 353
Sebastião Almeida 96
Sebastião Cheberle 110
Sebastião Navarro Vieira 146, 163, 166, 223
Sebastião Pinheiro Chagas 81, 87, 90, 133
Sebastião Sacristão 197
Sebastião Tomás de Oliveira 87
Sebastião Trindade 197, 211, 224, 338
Sêo Agenor 253
Sêo Carvalho 49, 52, 86, 87
Sêo Chico Elefante 282
Sêo Chico Vermelhão 98
Sêo Geraldo da Vila Nova 12
Sêo Horácio 211, 214
Sérgio Lazzarini 273
Sérgio Lira Alvisi 67
Sérgio Manucci 74, 88, 106, 107, 121, 127,
153, 173, 188, 261, 334, 339
Sérgio Roberto Bordignon 251
Sérgio Sebastião Lopes 161
Sgreccia 122
Shermann 233, 234
Sidnei Basile 262, 301
Silvia Regina Ribeiro 91
Silvio Caccia-Bava 12, 325
Simão Kirchner 271, 272
Sinval Bambirra 222, 226
Sônia Junqueira 79
Soninha 87
Spaguetti 269
Stalin 106, 164, 220, 241, 246, 310
Sueli Mori 13
Susana Saruê 337
Swami Doro 13
Swami Sartie 13
Swedenborg 316
Encarte fotográfico
Saulo Saleba Matta Machado 16
Sebastião 13, 14
Sebastião Trindade 14
Serginho do bar Maracanã da Silva Lemos 9
T
Tadeu (do Onze ou Tadeu Bahiano) 277, 278,
281, 282, 283, 289, 297
Takagima 216
Tatoo 322, 323
Tavares de Miranda 269
Teilhard de Chardin 179
Tenente Hélio 252, 256
Teresinha Coutinho 80
Teresinha Mesquita 334
Teresinha Teixeira 174
Tereza Cristina Kirschner 11, 339
Thermas Antonio Carlos 82, 98
Thomas Merton 179
354 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA
Tia Angelina 83
Tia Chiquinha do Santo Antonio de Caldas 254
Tião Louco 110
Tiãozinho Caboverde 185, 281
Ti Carlinhos 153, 170
Tio André 39, 44, 249, 295
Tio Anibale 84
Tio Egisto 84
Tita 144, 145, 163, 164, 165, 166, 167, 194,
263, 339
Titica 63
Tito 177, 241, 264
Tomasi de Lampedusa 84
Tomás Togni Tarquínio 16, 65, 66, 74, 107,
111, 112, 131, 132, 146, 171, 180,
189, 233, 258, 264, 285, 291, 305,
313, 321, 337, 339
Tonico Acúrcio 13, 91
Toninho Loureiro 146
Toninho Tarzã 85
Torrieri Guimarães 270
Toshio 294
Totonho Furtado 143, 145, 157, 161, 164,
165, 166, 186, 263
Tozzi 286
Travassos 265
Trezza 74, 109, 262
Trindade 164, 165, 197, 201, 211, 216, 220,
223, 224, 225, 234, 245, 338
Trovão 271
Turiba (vide Luís Artur) 324, 330, 335
Tutú Quadros 149
Encarte fotográfico
Tânia 15
Táta 1
Tenente Jorge José dos Santos 3
Tita 13
Tomás Togni Tarquínio 10, 16
Tozinho 1
U
Ubaldino 270
Ubirajara 62
Ulisses Escobar 166, 271
Encarte fotográfico
Ubirajara Pereira 5, 9
V
Valdir Togni 74
Valter Chuquinha 62
Vanda Galisi 87
Vander 67
Vânia 220, 338
Vanor Manucci 88
Varuna Viotti 63
Vera Lucia Adami 249
Vera Moretti 78
Vicente Celestino 150
Vicente de Paulo 76, 127, 128, 247
Vicente Lopes Buono 80
Vicente Wisenbach 12, 289
Victor Augusto Cardillo 47, 74, 221, 243, 244
Victor Guimarães Correa 339
Victor Togni 79
Vidal Ramos 147
Vinicius Roberti Sousa 13
Vinícius Vivas 81, 92
Virgínia do JB (Virgô) 308
Virginia Clemm 316
Virgínia Lane 85
Vitor Guimarães Correa 74, 174, 202
Vitoriano Loichate 52, 63, 64, 74
Vitor Manuel dos Santos 12
Vitor Serafim 9, 12, 60, 63, 65
Vivaldo Ricci 233
Vladimir Palmeira 294
Vó Jovina 50, 51, 53, 60, 68, 86, 124, 157
Vô Possidônio 275, 299, 307, 308
Vylmar Pizzo 91
Encarte fotográfico
Valter N. Vasconcelos 9
Vera Regina 1, 2
Vitor Guimarães Corrêa 9
Vitor Guimarães Correia 7
Vitoriano Loichate 5, 9
Encarte fotográfico
Xixo (Dr. Moacir de Carvalho Dias) 14
Y
Yara Ferrari Moreira da Silva (Yayá) 11, 37,
98, 339
Yayá Abreu 65
Ylair de Freitas 337
Encarte fotográfico
Yara 16
Z
Zatopeck 12, 101, 105, 107, 110, 111, 112,
119, 125, 126, 127, 128, 132, 140,
141, 142, 145, 151, 152, 155, 156,
157, 158, 161, 257, 263
Zé Bento 111
Zé Biri 273
Zé Bonitinho (Abreu Sodré) 284
Zé Celso Martinez Correa 322
Zé de Almeida 249, 250
Zé Dirceu (vide José Dirceu)
Zé Rosa 87
Zezão Boca 85
Zoião (vide Tadeu Bahiano)
Encarte fotográfico
Zé Roberto 2
W
Wagner Durante 94, 254
Walter Alcântara Machado 74
Walter Pereira de Araújo 74, 107, 131
Walter Pó 93
Wanderley Elias Colhado 74
Weber Americano 165, 166, 186, 187
Westin 243
William Moffit Harris 113, 114, 115
William Macedo (Saps) 174
Wilson Frade 95
Wolgran Junqueira Ferreira 142
Wolney de Sousa 80
Encarte fotográfico
Wanderley Barbosa 10
Weber Americano 8
X
Xavier 78, 91, 93, 157
Xixo (Dr. Moacir de Carvalho Dias) 88, 90, 91,
109, 142
SEMENTES DA MEMÓRIA | 355