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José Roberto da Silva SEMENTES DA MEMÓRIA | 5 © by José Roberto da Silva – 2007 Ficha Técnica Revisão Ramiro Canedo Programação visual Hugo Oliveira Arte final de Capa Rones Lima e Victor Tagore Índice onomástico Pesquisa: Marina Mendes Revisão: Wellington Brandão S586s Silva, José Roberto da Sementes da memória: os rebeldes de 68 / José Roberto da Silva. – Brasília : Thesaurus, 2007. 340 p. ; il. 1. Biografia 2. Reminiscências I. Título CDU 82-94 CDD 92 ISBN 978-85-7062-664-6 Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do Autor. THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA LTDA. SIG Quadra 8, lote 2356 – CEP 70610-480 – Brasília, DF. Fone: (61) 3344-3738 – Fax: (0xx61) 3344-2353 End. Eletrônico: [email protected] *Página na Internet: www.thesaurus.com.br Composto e impresso no Brasil Printed in Brazil 6 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Epigraphes “A memória é uma função perigosa. Ela dá retrospectivamente um sentido ao que não tinha. Apaga retrospectivamente a ilusão interior aos acontecimentos, que fazia sua originalidade. Se os acontecimentos guardassem sua forma original e enigmática, sua forma ambígua e aterrorizante, certamente não haveria mais história”. Jean Baudrillard “Cool Memories” (1991/1995) *** “Rever velhos caminhos com os olhos de hoje é acordar momentos semi-desfeitos, desativados. É pescar na memória pessoas e datas, atos e fatos, embaralhados nas malhas do tempo que já não é. E eles vem aos poucos, nas velhas roupagens, fisionomias apagadas, com os modos da época, surgindo confusos, incompletos, fora das molduras. A paisagem geográfica modificada contribui para a indecisão dos acontecimentos. Ecos de diálogos tentam rearticular-se separadamente fora de um contexto mais amplo e nítido e a melhor evocação não satisfaz o desejo de recompor nas estradas os instantes passados....”. Monsenhor Carlos Henrique Neto “O meu livro para os outros” (2002) *** “Fragmentos de cada um de nós caminham por aí, talvez significantes, provavelmente inúteis, grudados em outras emoções, no mosaico de consciências, milk-shake de memórias. Seria Deus a soma transcendente de todas as histórias de todos os egos, inclusive os dos pássaros? Seria Deus a mudez absoluta de todas as pedras que a Terra cria ? O reflexo da luz do sol nos seres vivos? SEMENTES DA MEMÓRIA | 7 Ou o esquecimento da noite, pairante e amnésica gaivota, sonâmbula sobre as ondas do mar, que se agitam, mesmo ocultas, quase eternas, sem testemunhas, à revelia das estrelas?”. (V. J.) *** “O limite. Ou o limiar?” Flávio Maia (SP A1950 B1992) **** “O tempo é a sucessão secundum prius et posterius. Sucessão de momentos indivisíveis, de instantes que só existem quando passam. Que não param. Que não esperam. Que nunca existem simultaneamente. Que só existem como essa intérmina sucessão de movimentos fugazes, velozes, curtos e subtis. Por isso, o passado já foi tempo e não é tempo mais. O futuro será tempo quando for a medida do momento transeunte e não é tempo ainda. Só existe o presente, o instante, o momento. Momento tão veloz que, quando apreendido, está passando, e quando imaginado, é quimera. Que não tem antes nem depois. Que não tem ontem nem amanhã. Porque de fato só existe o hoje. O amanhã quando chega não é amanhã. E como amanhã nunca existiu e nem existirá. O ontem também não existe mais. Já foi e não voltará. Por isso, jamais se pode confiar no futuro que ainda não é, nem no passado que já foi e jamais será recuperado”. Monsenhor Trajano Lemos Barroco - 16 dezembro 1958. 8 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA SUMÁRIO Amnésia no Avião ................................................................... 15 PARTE I A CIDADE FELIZ A República das Águas............................................................. 21 Benedito Pedro ......................................................................... 37 Camãnibói Aí! ......................................................................... 48 Vitor Serafim............................................................................ 60 PARTE II AS FLORES DO ROSEY Chamada no Pátio .................................................................... 73 Cidade das Rosas .................................................................... 78 Um Dia na Vida do “Rapaizinho” ............................................ 98 Caçadores de Cabeças ........................................................... 116 PARTE III JAC, JEC, JOC, JUC Juventude em Marcha ............................................................ 139 Ver, Julgar e Agir ................................................................... 152 À Meia Noite, no Açougue ..................................................... 168 Como Perder a Fé .................................................................. 175 SEMENTES DA MEMÓRIA | 9 PARTE IV O CAPA PRETA Dies Irae ................................................................................ 195 O Golpe ................................................................................ 206 Thievis in Crovis ................................................................... 215 Lendas Urbanas .................................................................... 236 PARTE V NON DUCOR, TRUCO! A Diáspora ............................................................................ 261 Olha o Bonde! ....................................................................... 266 Um Dia de “Rapaizinho” ....................................................... 287 Delegacia Brasil ..................................................................... 295 Será o Benedito? .................................................................... 310 Kaminari! .............................................................................. 314 Epílogo ................................................................................. 329 Agradecimentos .................................................................... 336 Índice onomástico ................................................................. 341 10 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Dedicatória À Poços de Caldas, Terra da Saúde e da Beleza, Cidade das Rosas, o antigo Descoberto de Nossa Senhora da Conceição do Rio Pardo. Aos avós José Thomás e Maria Theodora da Silva, pelo pai Benedicto Pedro da Silva; e Leopoldino José Hilário e Anna Maria do Amor do Divino, pela mãe Alzira Cândida de Jesús. Aos irmãos Maria de Lourdes e Antônio Carlos. E aos sobrinhos Marco Antonio, Luíz Henrique, Regina, Davi, Giovane, Carolina e Ricardo. Aos tios João, Mariana, Conceição, Ana, Chiquinha, Juca, Mário, Chico e às três Marias; e à cunhada Rosemeire Breves da Silva e Vovó Nice. À Maria Elisabete Ferrari Moreira, pelos meus filhos Kena, Pedro e Yara, e seus avós Roberto José e Maria José Ferrari Moreira; também à Márcia, Roberto e Rachel; e Luíza e Liubitza. À Tereza Cristina Kirschner, pela minha filha Mariana. E para Manuela e Marcelo. Ao Kena e à Adriana Cascaes Pereira, pela neta Anita, e a seus avós Gloven e Cleonice. À “Vó” Jovina de Oliveira, Madrinha de Batismo e André Mori, tio e Padrinho de Crisma. À Elza Monteiro Ferreira e Jurandir Ferreira, padrinhos de alma e rumos. A Indá Soares Casanova, madrinha paulista, doce rebelde. A Leonardo e Rosita Nassif Mesquita, segundo lar. A Guilherme e Mônica Cassaro. À Irmã Bina e Madre Eugênia da Santa Casa, brancos hábitos, mãos puras. Às Irmãs Dominicanas, especialmente Mères Dominique e Elvira. Às mães dos meus amigos, especialmente Olga Molina, Rosinha Macedo, Cesarina Carvalho, Olga Togni e Geralda Moraes. Aos médicos Martinho de Freitas Mourão, Rowilson Flora, Norberto Ferreira Filho, José e Nelson Ayres de Paiva, SEMENTES DA MEMÓRIA | 11 Salvador Zingoni e Eduardo Cavini, amigos e protetores. Ao Rotary Clube de Poços, sincera gratidão do seu ex-Bolsista no Colégio Marista. Ao Curador e Benzedor Antonio Camilo e à Mãe de Santo Da. Lurdes; e a Sêo Geraldo da Vila Nova. Luz e vida nas horas sombrias. Ao esportista Vitor Preto Serafim. Aloyê! Aos mestres Irmãos Maristas, sem exceções, especialmente Mansueto Buzzi, José Gregório (Rosa Branca), José Paulino e o inesquecível Miguel Ascânio/Paulo Portugal (Zatopeck). A Luís Gonzaga Cardoso, Beatriz Monteiro, Gaspar Eduardo de Paiva Pereira, Carlos Errico Neto, Charles Carvalho, Milton Costa, Vitor Manuel dos Santos, Décio e Gerson Alves de Moraes, Orlando Gaiga, Lázaro e Lira Alvisi, Roberto “Lamana” Silva, Francisco Risola, Odair Camilo, José Carlos Poly, Carlos Monteiro e José Carlos Cardillo, colegas da Imprensa. Aos Padres Carlos Henrique Neto, Trajano Lemos Barroco e aos Prefeitos Agostinho Loyola Junqueira e Ronaldo Junqueira. Aos jornalistas de Sampa, amigos e protetores, Isa Leal, Aloysio Biondi, José Magalhães Chaves, o “Maguinha”, João Yuasa, Newton Mizuho Miura, Alaor José Gomes, Reginaldo Finotti e Vicente Wisenbach. À Joyce Araújo, Oswaldo Watanabe, Cidinha e Bernard Huet, Felícia Ogawa e Silvio Caccia-Bava, destemidos amigos. ***** RUA DA SAUDADE (In Memoriam) Ao Antonio Neto Barbosa, colega, amigo e companheiro de lutas. Ao nosso colega do Colégio Marista, esmagado pelo palanque da Seleção Brasileira em 1958, Marcílio Malvezzi Filho. 12 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Ao ardoroso Darcy Campos Simões, do time “Benjamim” dos Menores do Marista, nosso james dean, baleado no Rio em uma brincadeira transgressora. Ao brilhante Luís Cláudio Loro, meu “èmule”, em trágico acidente de carro, jovem e professor. Ao homem público, radialista e amigo Eduardo Fernando Delduque de Paiva. Ao Gustavo Coutinho de Resende, co-fundador da UEC- União Estudantil Católica, amigo e militante da JEC. Ao Rowilsinho Flora, irmão do Fernando Flora, vítima da violência urbana, perda inconsolável. Ao primo Vinicius Roberti Sousa, julho de 2004, aos 21 anos de juventude. E à prima Sueli Mori, em olhos andaluzes, tão inocente de todos os nossos pecados. Ao talentoso músico, jornalista e boêmio Kakalo Viviani, um sax ao cair da noite no Jardim da Fonte Luminosa, alvorecer de 2005. Ao Antonio Arida, colega, amigo do peito, um passeio pela rua Assis, um rádio sintonizado na saudade. Ao Antonio Tonico Acúrcio, no correr de 2005, colega e colaborador destas memórias, saborosas bacalhoadas, um fado português. Ao Marcos Eduardo Adami, querido colega do Marista, porque a vida também é um teatro grego. Ao Ronaldo Lima, amigo e companheiro, abduzido do planeta Poços no correr de 2006, uma cadeira vazia, um copo de saudades no bar Senadinho. À Elenira Preta, do PC do B, das Letras da USP, em duelo armado contra a ditadura nas matas do Araguaia. Ao mestre e amigo Swami Doro, Dom Heleodoro Ortiz de Zárate Jaraquemada, cósmico chileno-brasileiro. E para Bernardita Hurtado Vicuña, idem, que ainda nos olha com doçura e poesia, em Brasília. A 12 de abril do corrente ano, Swami Sartie, o ariano avassalador Abram Nelson Pencak, enfim, serenamente, além dos limites, adentrou no limiar da cabala da luz. Por fim, a Flávio Maia e Maria Elisabete Ferrari Moreira. Ele, parceiro de poemas e sonhos. Ela, companheira de estradas. SEMENTES DA MEMÓRIA | 13 14 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA AMNÉSIA NO AVIÃO V arig, 1995. O matemático Lindolfo de Carvalho Dias, colecionador de relógios antigos e hectares, prendeu o cinto-de-segurança e sacou um livro misterioso da pasta de couro preta. Sua taxa de bom humor pulou a 97,8%. O Ministro de Ciência e Tecnologia, professor José Israel Vargas, estava acamado. Secretário-Executivo do Ministério, Professor Lindolfo, poços-caldense de casca, clara e gema, o substituía em missão a Recife e São Luis do Maranhão, na 47.ª SBPC. Desde 94, eu praticamente morava nos aviões da FAB. Ia na rabeira do Ministro Vargas que percorria o Brasil de cima pra baixo em pregação cívica para catequizar autoridades de todo timbre e dureza, até políticos, à causa patriótica da pesquisa científica e tecnológica. Isso durou dos tempos do Presidente Itamar, em 94, até o final de 98 quando o Ministério quicou nas mãos do sr. Luiz C.B. Pereira, uma fase rápida, caótica e esquizóide. Ivancir Castro Filho, executivo da agenda, era contra-regra da ópera, melhor que o general Patton comandando coluna de tanques Sherman. Na retaguarda, como a central da Nasa em Houston, Oscar Klingl monitorava todos os raids, aparava todos os raios com bom humor só possível a um menino criado no clima cordial de Belorizonte. Enquanto Ivancir acudia o ministro Vargas no hospital e Pedro Borges toureava fleugmaticamente os ávidos políticos, eu acolitava o professor Lindolfo em Recife. Inauguramos a Internet no gabinete do inaudível Miguel Arraes. Pendurado no cachimbo, o condottieri olhava aquela bizarria como se fosse o ET de Apipucos. Em São Luís, idem ibidem no gabinete da Governadora Roseana Sarney, a primeira na história pátria. Enfim, esses são outros picuás de lorotas. *** Professor Lindolfo manuseava o livro e me olhava de esgueio. E pra atiçar a brasa da curiosidade: – Nem adianta, não vou emprestar! Eu babava de curiosidade. Irônico, exibiu de leve o danado do livro. Era o “Um ladrão de guarda-chuvas”, do genial SEMENTES DA MEMÓRIA | 15 poços-caldense Jurandir Ferreira, o inventor do texto-suflair. Leve, airado e gostoso. Diacho! Eu era adolescente, aluno do Colégio Marista de Poços, em uma das minhas periódicas peregrinações à casa de Elza Monteiro Ferreira & Jurandir, junto com o Murilo Carvalho. – O que o senhor está escrevendo? – Ahhh! É a história de um guarda-chuva. Olhei para o velho gato Sêo Correa, proprietário daquele casal de adoráveis intelectuais da rua Rio de Janeiro 427. – Um guarda-chuva? Sêo Corrêa me piscou um olho. E ali estava o professor Lindolfo e a tal história do ladrão do guarda-chuva. Em carne e osso, digo, em papel e letras, passados uns 35 anos. Babei mais ainda. Pra disfarçar, enfiei a mão na bolsa da poltrona do avião. Puxei de lá a revista de bordo dos 15 anos da “Ícaro”/Varig. Cabala! Abri justamente no artigo do jornalista Luís Nassif, o nosso comuna-caçulinha do Colégio Marista, assecla da dupla Tomás Togni Tarquínio & Antonio Neto Barbosa, o Netinho ou Barbosinha da AP, a Ação Popular. – Professor?! Olha só! um artigo do Nassif! Lindolfo viajava na maionese. Claro, saboreava o prato de lagostas gratinadas a là Maria Alice Jaeger que é um texto do Jurandir. Nem me ouviu! Santa coincidência: um instantâneo de quatro poçoscaldenses a nove mil metros de altitude! – ‘Xá pra lá! pensei com meus pintassilgos da cachola. O título era chamativo: “O FMI vem aí. Viva o FMI”. – “Você já fez uma passeata contra o FMI? Não sabe o que é bom. Era o melhor programa estudantil do início dos anos 60. Eu tinha 10 anos, talvez um pouco menos. Como gostava de política, ia meio de mascote no meio dos secundaristas mais velhos”. Não caí duro porque já estava fast seat belt. Eu, um dos secundaristas velhos, não me lembrava de nada, naufragado a 40 anos de profundidade. Deletara tudo! Amnésia!! As tais passeatas do Nassif contra o FMI? Evidentemente, uma “insinuante mistura de fato e lenda” no dizer do professor Antonio Cândido, outro pré-comuna da rua Rio Grande do Norte poços-caldense, ao prefaciar a sua bela coletânea de crônicas jornalísticas “O menino do São Benedito”. 16 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Os “comunas” do Marista não eram os únicos jovens rebeldes e inconformados em Poços. E nem mesmo éramos comunistas. Ao contrário. Éramos batatas progressistas cozinhando na grande sopa católica! *** SEMENTES DA MEMÓRIA | 17 18 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA I A Cidade Feliz “Cidade Feliz” (1939) Por Jurandir Ferreira “Veja este vale sereno, estas montanhas bojudas que sobem para o azul e com elas levam nossas almas comovidas. Veja estes campos suaves, ondulantes, fugidios, desdobrados sobre os mansos horizontes como um largo panejamento de veludos raros. Veja estas árvores, estas velhas árvores sem nome agrupadas no úmido aconchego das matas. Veja estas árvores fidalgas que erguem sobre os parques as folhagens ilustres e as árvores cativas, filhas de longes terras, que derramam sobre o exílio do asfalto a verde inquietação de seus galhos floridos. Veja o céu côncavo e pequenino, alourado de sol, farto de luzes. Veja e diga se ele não “adormece as paixões e desperta as almas”. Se ele não é como o céu da Touraine pintado na frase de Balzac. E olhe estas manhãs sem fogo e estes crepúsculos sem pranto. Estas auroras que despontam como acesas no último fulgor das estrelas. Estas tardes que se desprendem no poente como uma grande flor de luz, sem agonias, sem convulsões, sem comburências teatrais. SEMENTES DA MEMÓRIA | 19 E, depois, a noite que aos poucos se adensa, quase sem luto, redoirada de estrelas, fresca e mansa, como água praieira sob a luz dos pirilampos. E, na Cidade Feliz, o homem, o lidador, o que fez a cidade brotar folha por folha, como um jardim entre jardins, cerra os olhos para o sonho. 20 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA A REPÚBLICA DAS ÁGUAS E ra uma vez uma cidade cujo centro não era uma praça, nem um mercado, nem mesmo uma singela igreja. Alguns pensavam que o centro dessa cidade talvez fosse aquele enorme edifício, estronzo por fora mas acolhedor em suas enormes banheiras repletas com esfumegantes águas sulfurosas. Outros imaginavam que o cerne de tudo residia em um formoso hotel com varandinhas floridas e garçons rubicundos. E havia os que apostavam que o âmago, a corda que balança o pêndulo, certamente seria a celebração de viver no magnífico cassino com um salão de festas aberto sob indescritíveis candelabros de cristal. Estavam todos enganados. O centro de tudo era um jardim, com gramados verdes, árvores nativas e outras que vieram de outros lugares, por vontade própria é bom que se diga. E flores que moravam em canteiros bem cuidados como se fossem poemas de amor. E pássaros compositores que moravam bem perto, em uma gigantesca floresta que decidira florir a encosta de um velhíssimo vulcão e que ali passavam boa parte do seu tempo voejante e cantante. E tudo e todos orbitavam ao seu redor, como se ele, o jardim, fosse um sol verde e como se em suas árvores vivessem fadas e jovens santas canonizadas em segredo, compartilhando receitas de doces e leituras teológicas. E, como se dele, o jardim, emanasse invisível espírito de saúde e de beleza. Mesmo que o ignorassem, ele sempre estava lá, suave nos dias de brisa e protetor em noites de frio e solidão. A cidade se chamava Poços de Caldas. Como tudo que é humano, também ela cresceu, em crianças sorridentes, em velhos com saudades sobrando dentro dos bolsos. O jardim permaneceu sempre o mesmo. Verde e intocável, com o dom do silêncio curador às barulheiras da mente. Para chegar até ele é preciso amar a cidade, acreditar em suas histórias inofensivas, como essa de que tratamos aqui. É preciso varar por essa floresta de egos, desejos, desopiniões e lorotas de amor e ódio. São simples atalhos, figurantes, falsos heróis e falsos rugidos, labirintos a desvendar até a paz serena do verde. **** SEMENTES DA MEMÓRIA | 21 Comecemos pela cidade. Trata-se de uma formosa veneza cafécom-queijo na fronteira Minas-São Paulo, e vice-versa. Aberta aos romeiros das águas, ela vem exercitando o espírito suíço há mais de século. Quanto mais longínquo o visitante, melhor é recebido. O rapaizinho é educado em berço na empatia pelo outro. E eles, os estrangeiros, ainda chegam às pencas. Vive-se de portas abertas às calçadas como convêm aos lugares marcados sob o signo do transitório. Já os quartos são trancados à chave - recatadas manias mineiras que só não teceram burkas afegãs porque é terra onde impera discreto matriarcado. Tudo isso resultou em ceticismo de opinião que é o pai da neutralidade, uma quadriculada compreensão pelo bizarro e afetada compaixão pelos males do corpo e da alma. Na falta de um santo ou de uma santa milagreiros, o ganhapão navegou batizado e crismado em abençoadas águas pagãs. A jogatina e suas primas, a fuzarca e a esbórnia, são as três musas nativas que sempre renderam bom troco. Mesmo com esses caldeamentos de fricções humanas, a língua dos gentios desse aquático vale restou teimosamente rústica. Caipirìssimamente culta. Na sua declinação de uais e nhoques, ainda oferece ao visitante um léxico contaminado por esporos de avencas e samambaias das exuberantes matas. Somam-se fiapos de panos de estandartes de bandeirantes e congadas, o dialeto secreto dos pintassilgos além do dicionário das gírias inventadas nos retiros pelas vacas de leite. Como toque final, a prosódia carinhosa e infantil que é o tempero dos doces de leite e dos figos glaceados de Leonardo Mesquita que trocou o remo das regatas no Rio para honrar a cidade como o seu melhor seresteiro-doceiro. Comiam-se maçãs, pêras e uvas nativas, o que explica ainda hoje certa polidez do paladar. Naqueles idos dos 60, ainda se praticavam as artes do assovio e do canivete, das flores de crepon e dos sonetos românticos como epígrafes nos livros de receitas. E as manias da pesca e dos piqueniques, das pipas e do pinhão cozido. Os meninos eram hábeis no estilingue, os homens na garrucha e no carteado. Nos dias sombrios, galochas e capas de gabardine. Ao sol, sombrinhas, discretos decotes. 22 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA **** A cidade adorava enxaguar e quarar palavras e expressões, jogo de xadrez cardado, tramado e urdido nas ruas. – Cê não vai descer hoje? ‘tá doente?! – Já desci e já subi! Os verbos significam bater perna ruas afora, mania de vila montanhosa, onde mulher que fica na janela é indigitada como pazza ou doida. As moças são famosas pelas pernas lindas, malhadas no sobe-desce dos morros e encostas. A água sulfurosa aveluda a pele. Casos de caspa e espinhas no rosto eram tão raros que rendiam quarentena e notícias em jornal. Trata-se de mistura de caipirês com italianês, resultado de longa migração, da roça e d’além-mar, paixões de velhos bandeirantes encaipirados com carcamanos. Deu em geringonça! É o caso de thievis in crovis, expressão que nada significa e que hoje virou nome de bar. Ou, ofensas arcaicas, como: – Ei! sêo lesera! Ou então: – Moça entojada! Lambisgóia! ou mesmo: – Pára com ingrisia! ainda re-usada pela Rose da Avon. Uma garota má é bisca. Se cai na má vida, é biscate ou pisso. Sujeito mal vestido, com a barra das calças fora de ponto, é sureca. Coisa ou sujeito sem graça, desenfeitado, é chué. Quando o sujeito se dá muito mal, leva tinta. Se o trem é bom, é trã-chã, o fino! Ao camarada enrolado que não se decide entre o filme do Cine Vogue ou do São Luís, a turma cobra. – Vê se não inzona! Parece que tá de paquete!? – Larg’a mão, sô! O sujeito tá numa mamparra que só vendo! – Aqui ó, não me chama de preguiçoso, não! Ah, qué sabê? O tempo tá embruscando, vou morfá em casa!! – Tudo bem, cê já tava me enchendo os picuás! hoje eu tô por conta do Abreu e na lona! Tia Maria do Juca, irmão caçula de papai, praticou por 80 anos a velhíssima expressão – Ai ‘ome! Quando um de nós encontrava o parceiro, lá vinha a saudação: – Ôspra! E, em resposta, – Ôspra! Cuméquitá! Ou quando o sujeito dizia lá uma bobagem, trucava-se: – Óh, fubá procê! ainda hoje usada pelo escritor Antonio Luís Fontela. Para saber das novidades: – E aí? Qual é o pó? Sem maldade, porque não se conheciam drogas, nem se dava cacunda prá senvergonhice. Paulo César de Paiva, o Paulinho Caneta do Marista, ex-vereador e músico, ainda hoje é capaz de ouvir à distância e responder a um “Ôspra! código que vai se dissolvendo lentamente com SEMENTES DA MEMÓRIA | 23 a nossa geração anos 50-60. É dos raros que ainda lembram a expressão completa do Thievis: – E aí? – Thievis in Crovis Iscarramanchão Isneiti! Luís Nassif, quando atende a um conhecido poçoscaldense, usa a velha saudação: – “Iaí? Firme?”. O Murilão Carvalho: – “E aí, sô! Bão?”. *** A vila campestre é povoada por morros fabricantes de regatos. O mais famoso, por ter resistido à mania de ruas e casas, é o Tóróró, hoje quase invisível. Cristianizado e atacado pelo vírus da amnésia urbana, foi-se à traição, vagarosamente como convém a uma terra onde mulher se livrava do marido aos bocadinhos, com pó de vidro no angú. Próximo à porteira do Milênio, o escritor Jurandir Ferreira embarcou na canoa de Caronte rumo aos Campos Elísios. Relíquia dos tempos da zagaia e do enxó, foi-se aos 93 anos a preço de tostão porque era alma leve. Chegava da rua, estacionava o carro na garagem, saboreava um porto, fazia projetos. Jurandir puxou na memória os dias juvenis, primórdios insalubres do século XX. O assunto era o Tóróró que resistiu como pedrame que era o quanto pode ao cerco humano. Essa seria sua antepenúltima crônica – “os caçadores”, ele e o velho amigo Virga, o morro e suas minas d’água, a vila vista do alto e a cachorrada e o vento e as nuvens de setembro quarando sobre a gigantesca montanha. A trilha que rasgou o Ytaroró ao meio foi um dos assombros que a cidade ofertou à mamãe, criada nas mansas vargens baixas do velho Caconde do Rio Pardo. Pela vala a céu aberto, espécie de Estrada de Damasco, transitava penosamente uma pessoa por vez. O nome foi lapidado para Tóróró. As pedras foram arrancadas a picaretas e bombaços dignos dos narodiniks russos que estrunfaram com o pobre Kzar Aleksander II. Zemlya i Volya!! Terra e Liberdade!! A cicatriz foi civilizada com o apostólico nome de Rua São Paulo, o que tem lógica. O patriarca romano também havia sido decapitado. Os tombados granitos e os esmigalhadas gnaisses e diabásios tiveram o duvidoso destino dos 100 mil gauleses de Vercingetorix “civilizados” como escravos por Júlio César. Serviram para aterrar o 24 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA grande brejo central que pré-existiu à nossa Roma aquática e inspirou a vida, paixão e morte de muitos dos fantasmas que hoje habitam a velha urbe. O velho Tóróró, quem diria, agora é a terra que alimenta o tal jardim inspirado no de Versalhes. Aquele onde comia brioches Dona Maria Antonieta, que saiu adolescente de Viena, virou rainha e perdeu a cabeça e as jóias nos bons tempos da Revolução Francesa. Hó tempora! Hó modess! *** O bom em Poços é descer. Os três ribeirões descem. Todo mundo desce pra passear no Jardim da Fonte Luminosa. Só o Getúlio Vargas subia do salão de banquete do Pálace Hotel à varanda do aposento presidencial. Arrotava, peidava, acendia o charuto e abanava a mão ao sêo Chico que girava a torneira que ligava a Fonte Luminosa no meio do parque. Getúlio virou história. A fonte ainda está lá, desafiando a gravidade e as biografias chapabranca, exatamente no centro do vale, o miolo de tudo, caroço primordial, com um poema erótico do escritor Gaspar Eduardo de Paiva Pereira fincado à beira dágua. Sentados em sinuoso banco de madeira, cercados por palmeiras, paineiras e ipês atlânticos, embalados na brisa fresca da montanha, a 1.200 m. de altitude, vamos ouvir os concertos números 1 e 2 para flauta de Mozart. Apenas 45 minutos, suficientes para digerir a infantaria ligeira do jantar na Cantina do Araújo, a decana da arte de bem comer e beber. *** A vila brotou nos confins do século XVIII em um pequeno vale, protegido por um círculo de morros coadjuvantes da Grande Montanha. Na sua parte mais rasa existiam dois brejos, resultantes de três afloramentos de uma água quente e sulfurosa. Ela nasce como chuva. Tal como o deus azteca Ketzalcoatl, desce às infernais oficinas subterrâneas do senhor Vulcano a quase 3 mil metros de fundura. Rebrota como fonte de saúde. A sudoeste do Sul de Minas ou na ponta leste da Grande Bacia do Paraná, esse Planalto Sul-Mineiro ou de Poços de Caldas não fica exatamente nos contrafortes da serra da Mantiqueira, a SEMENTES DA MEMÓRIA | 25 antiga Amantikira ou Jaguamimbaba. Tem vida própria. Os entendidos o chamam de extrusão alcalina, um vulcanismo medonho que gastou de 60 a 80 milhões de anos até pacificar na formosura que se pode admirar hoje. A “cratera” tem um diâmetro de 30 a 33 kms e circunda um fundo-de-panela que medeia 800 kms quadrados. Igual mesmo só em mais dois ou três lugares do planeta Terra. É o caso de Pilansberg, no Transvaal sulafricano ou Illimaussak, na incorbúvel Groenlândia, conforme Américo e Helô Caponi, editores de inédita enciclopédia digital anti-amnésica da cidade. É um caso a parte, pequena cidade-estado a temperatura média anual de 19 graus, caindo fácil a zero-geada sob o céu anilado de julho. Seu inverno é movido a café com leite e queijo cabacinha. Os antigos ainda comem canjiquinha de milho com costelinha de porco, bucho ao molho de tomate e cheiro-verde, feijão tropeiro e pagão, paçoquinha na farinha de milho, suã de porco assada, polenta com frango e nhoque feito em casa, essas caipirices italianadas. A 13 de Maio, tomava-se quentão do Avestruz na Festa de São Benedito. Rapazes e moças mandavam-se torpedos analógicos na forma de trovas em cartões de visita chamados de Correio Elegante. Ainda hoje, os Congos relembram a Embaixada da Rainha M’Gimba em cantigas de marinhagem. Os Caiapós dançam a Dança dos Tacapes, mudos, em saiotes de capim sapé, coletes de pano revestidos com penas de galinha, caras pintadas em vermelhão hidráulico. Pulôveres e cachecóis saem das cômodas. A grama seca e os pica-paus constroem ninhos. A geada das férias de julho cobre os campos até que tudo esquente novamente, até que venha de novo setembro, os bandos de andorinhas e as chuvas precedidas por saraivadas de granizo. Raras araucárias ainda relembram os tempos adâmicos. Vive-se na ambivalência das fronteiras. Um congresso de cerrados e campinas jacobinas com exuberantes matas atlânticas girondinas que se porfia em guilhotinar. Somos mineiros, mas lemos os jornais e torcemos pelos times de São Paulo e do Rio. Em Poços, o dia de ontem vale por dois de hoje. Há manhãs em que se acorda roça. Capricha-se nos uais. Come-se curau e se come canjica com amendoim socado e se chupam coquinhos de macaúba e aromáticos marôlos ou araticuns. 26 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Há tardes entojadas, lentas, apropriadas para se bebericar cafezinhos aromatizados nas mesas das calçadas, pois, afinal é terra de bom café e fazendas centenárias. Há dias em que os nativos acordam extremunhados de progresso. Empaulistados, derrubam casarões e vilas em estilo alpino, espantam velhos fantasmas que cochilavam tranqüilos e benfazejos entre aranhas modorrentas com suas teias em seda sulfurosa. O desastre tem resultado em prédios gigantescos onde se guardam carinhosamente os velhos e macróbios habitantes que teimam em viver e que sonham na visão da verde mata da montanha seus antigos quintais fabricados com mirradas videiras e pés de pêssego e figueiras e jaboticabeiras. Esta é urbe pequena, pequeñíssima. Em noites de lua cheia, uma fonte de água versalhesca ilumina o mimoso jardim parnasiano, delimitado por um pentágono formado por uma ex-biblioteca, um ex-cassino, um hotel, um parquinho infantil e uma thermas. E tudo isso, essa mistura de romantismo com reumatismos, gandaias com preguiças, crianças inocentes e velhas enchineladas, fica em uma semi-ilha, formada ao jeito de uma forquilha de estilingue pelos regatos que escorrem das montanhas. Pratica-se um enrustido paganismo greco-romano simultaneamente a um fervor religioso inabalável. Nossa padroeira é Nossa Senhora da Saúde. Ela reside em uma bela matriz que pós-graduou-se em Basílica. Ancorada em pedra de fina cantaria e airosa em tijolos aparentes, é pequena e delicada catedral vazada em vitrais multicoloridos, envelhecendo lenta e discretamente na ponta da rua Assis que é a mãe do comércio, povoada há mais de um século com os melhores e mais atuais vícios e os mais sedutores desejos. Uma rua que é uma praça esticada onde todos se encontram, vivos e falecidos, fractais de memórias e carrocinhas de hot-dog. **** Como toda cidade, Poços cultiva a mania de contar lorotas passadas. Periodicamente, surgem deliciosos livros. Colecionadores de fotos antigas são caçados metodicamente. É uma cidade onde o leitor sente prazer em ser turista que é a forma de se descobrir os recantos estrangeiros que moram dentro de cada um. Ou, então, escalar quase 500 metros de alturas SEMENTES DA MEMÓRIA | 27 por uma floresta atlântica empinada no lombo de uma montanha cheia de macacos, quatis e antas, margeando minas dágua mineral. É única montanha no mundo onde reside um casal de Bem-Ti-Vis que matinalmente vai à padaria da rua Pernambuco buscar as casquinhas de pão que ficam reservadas no canto do balcão. Corre o risco de não conseguir ir embora. Corre o risco que correu o Teodureto Gomes, ao ver uma formosa mulher Adélia em uma não tão formosa janela. E descobrir que ela era a Argemira, namorada casta no Largo do Machado carioca, hoje mulher de vida fácil em Poços. Foi isso que bateu nos ouvidos do vivaldino escritor João do Rio, notícia transfigurada em uma de suas lorotas sobre a Cidade das Rosas. Eram 6 da tarde. Teodureto subiu os penosos degraus da porta, sentou-se no sofá de gorgorão de mau gosto. Olhou e lembrou-se de Argemira tão semelhante a essa Adélia. Esta era real, a outra era memória. As duas moravam juntas. Ambas tinham pena uma da outra. Ambas acabariam, irremediavelmente, transformadas em memórias alheias. A moça Adélia destampou numa choradeira de fazer dó. Confessou que era mesmo a menina Argemira. Teodureto sumiu do Rio e de sua vida. Foi-se em vilegiatura para as Oropas. Ela se casou com o Antunes, mas não o amava. Fugiu três vezes. O corno chorava e mandava voltar. Foi-se por derradeiro com um tocador de rabeca anônimo do theatro do Largo da Carioca que também foi contaminado pelo verme da cornice mansa que exalava dos olhos mareados da menina Argemira. Ele já vivia tropeçando nas beiradas das esquinas. Ela caiu na vida e acabou dando com as pacoeras em Poços. Teodureto abraçou Adélia e sentiu o cheiro de Argemira que era o olor do jasmim-do-cabo. Adélia beijou Teodureto e viu dentro de si a paixão de Argemira ferver como o leite no fogão. Teodureto propôs fazerem já, neste miraculoso revertério, o que Argemira teria permitido mas ele não tivera coragem, lá no Rio. Hoje, agora, com a Floresta da Santa Cruz como toalha de fundo, no lusco-fusco das 6 e meia da tarde, o vento fresco da montanha balançando a chita da cortina, ela recusou. Queria guardar as doces lembranças dos beijos e carícias da menina Argemira das Laranjeiras. – “Se eu for para você o que sou para todos – por quem hei de esperar, em quem hei de pensar?”. 28 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA *** O tocador de rabeca se escondia na Penha. Chegou em casa quase amanhecendo. Encontrou um otário dormindo no seu quarto e Argemira com a mala pronta. A carteira de couro de jacaré estava em cima da penteadeira recheada de abobrinhas. Ele olhou pra ela com a cara de sonso que o diabo empresta fiado aos cornos. – Sou puta mas não roubo! Foi ela que disse. Ele não disse nada. Juntou suas roupas, fechou a outra mala e enfiou a carteira no bolso. Seguiram para a Central do Brasil. No caminho pra São Paulo ela contou que ele, o otário, batera de frente com a sorte num lugar chamado Poços de Caldas, uma plantação de cassinos que rendia enorme safra de otários. Foram. No caminho, subindo a serra, a chaminé do trem da Mogiana apitava um mantra libertador nos seus ouvidos. Ela foi transformando-se em Adélia, aos pouquinhos, no solavanco dos trilhos, no ritmo lento da escalada pelo gigantesco canyon que sobe de Águas da Prata e vaza a muralha vulcânica de Poços. Quando pisou na gare, retocou o baton, olhou serena e displicentemente para o rabequeiro: – Adeus! Adélia, ao seu dispor! Ela ficou nas ruas. Ele pediu asilo no cassino “O Ponto”. Varou a noite tocando e tocando e nunca mais amanheceu. Encantou-se no dia em que o cassino pegou fogo. Quando baixou o espírito-de-porco udenista no brigadeiro Dutra, acabou-se a jogatina em Poços. O rabequeiro restou prisioneiro entre as cortinas do cassino. Não virou fantasma exibido por ser tímido. Mas ainda hoje, em Poços, alta madrugada, ouve-se o firifizum da rabeca agitando dolentemente as ramas das árvores do Jardim da Fonte Luminosa. O corno manso, mansíssimo, imagina no seu delírio de fantasma sensível ver Adélia recortada como seda transparente no sereno que desce ondulante da montanha. Queimaram dez quilos de velas na velha igreja do Bom Jesus da Cana Verde. Nada adiantou. Além de corno, vivia resfriado, espirrando em lá maior. Adélia, evidentemente, morreu com elegância. Sem chamar a atenção, deixou-se ir na procissão de almas formadas por aquelas gripes chiques que eram importadas das Oropas. Como João era João do Rio e não João de Poços, não ficou sabendo que Adélia SEMENTES DA MEMÓRIA | 29 conquistou rara liberdade. Achou pacata demais a vida de defunta Argemira e pobre na rua da Saudade. Vestiu seu mais lindo vestido de tafetá e deslizou para o Jardim dos Macacos, longe da chata rabeca do músico corno, a azucrinar os amantes no Jardim da Fonte Luminosa. Há noites em que a neblina também cobre o velho Jardim dos Macacos. Argemira ressurge. Pálida como convém às pacíficas assombrações, debruça-se nas ramas da velha ponte de cimento que imitam troncos dos pinheiros derrubados da antiga mata ciliar. E fica olhando ao longe, cismando sobre as águas do Rio dos Cachorrinhos, na direção da Cascatinha. Pensa que está no cais do porto Pharoux, lá no Rio de Janeiro, esperando o navio trazer Teodureto de volta. Nas águas azuladas do ribeirão, o reflexo dos lambaris, tambiús e mães-rosa é como o reflexo das fagulhas do vapor que partiu. Absorta, dançando solitária a Valsa do Infinito Azul, Argemira ignora os play-boys lúbricos que rondam de carro. São bêbados e falsos Teoduretos em busca de Adélias, aquelas estampadas no papel celofane das balinhas do cine Vogue, Argemiras paquitas que se dissolvem em safadezas no céu da boca, nos devaneios do ar refrescante da estância sulfurosa. *** Teodureto conformou-se com aquele romantismo tardio de Adélia-Argemira. Estava com fome. Foi tomar o escaldado de ovo com farinha de milho no hotel. No dia seguinte, zanzou por todo o clássico roteiro dos turistas. Quando o sacristão Sebastião repuxou as horas no sino da matriz, 6 horas metálicas, sentiu aquele velho comichão do Largo do Machado. Voltou lá na rua da Adélia. Levou um buquê de rosas, porque isso combinava bem com seus olhos esverdeados e mal dormidos. Bateu palmas mas ninguém atendeu. Passou um passante e lhe disse: – Moço! Não adianta bater, não! Aí não mora ninguém, há muito e muito tempo. Morreu todo mundo na Gripe Espanhola! *** 30 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA O tal vale é o centro de três formosos valezinhos, nem 5% da grande planície cercada pelas montanhas vulcânicas. Em outros climas, outras eras, seria um lago bordejado por araucárias. O primeiro é o da Vila Nova, por onde descem as águas selvagens do ribeirão da Serra, nas bandas do velho Charque. O segundo é o da Cascatinha, por onde escoa o longo ribeirão de Caldas, a Velha. O terceiro é até esquecido, por ser o vale de um regato, caçula na família das águas. Nasce entre campinas floridas no vale do Serrote, ou de São José, ou do antigo Poção ou Chiqueirão, descendo mimoso pelo sopé do morro de Fátima, o popular regato do Vai-e-Volta. Dos afluentes e minas-dágua tributárias, o Riacho dos Cachorrinhos é o mais estimado, antigo refúgio da molecada e dos bandos caninos. As matilhas, mansas e espantáveis com cabo de vassoura, foram proscritas pela saúde pública nos anos 50, em cujo nome foram exterminados centenas de membros da irmandade rabuda e uivante. Um último vale despacha pela avenida João Pinheiro afora essas águas já civilizadas, as quais se unem ao campestre rio das Antas, logo depois da Cachoeira da Luz ou Véu das Noivas, sendo rebatizadas como rio Lambari. E, águas montesas, se precipitam por imensa muralha escalavrada nas rochas da grande montanha vulcânica, convulsão fotografada como Cascata das Antas. Em seguida, novo sobressalto, fúria colossal, canyon medonho, formam abruptamente a Cachoeira das Andorinhas, tal sua altura e tal a neblina que suscita o encanto desses pássaros azulados, que por misteriosa razão habitam os despenhadeiros. Finalmente, amansadas como tordilho nos arreios, fazem o remanso em Palmeiral, se dissolvem nas plenas águas socialistas do Rio Pardo, afluente do Rio Grande, o antigo Jeticaí. *** Pois a história que estou tentando lhes contar começa exatamente nessas boas e geladas alturas, resguardadas pela rotunda muralha que resiste bravamente, com seus colibris, tucanos e rolinhas, às picaretas das empresas de mineração. Os cumes ondulados vazam nuvens. SEMENTES DA MEMÓRIA | 31 Os morros urbanos são ninhadas da Grande Montanha. Não é a única. São corcovas gigantescas de camelos, uma cáfila que existia no começo do mundo, acampou nessas paragens e ficou encantada em fila, um círculo semi-perfeito, chaminés e erodidas crateras embicando a sudeste como cabecinha de colibri ou dinossauro. Esse arrepiar de cerros e morros, essas mineralices vulcânicas, essas revoadas de antas e macacos bugios, essas plantações de águas e nuvens geladas, geraram Jurandir Ferreira. Saibam todos que é o nosso escritor-de-estimação. O vale era adolescente, os jovens usavam chapéus de palhinha e inspirações parnasianas. Jurandir, ao que se saiba, não tinha nenhum bicho caseiro, além do Gato Sêo Corrêa. Adotou a Montanha por 93 anos. Era ela a filha magnífica que teria tido, a quem se confiam os mais íntimos suspiros do dia. À noite, com a cabeça no travesseiro de painas, era bom, era muito bom, saber que ela estava lá, fermentando nuvens e parindo ventos. Ele, o escritor, considerou sacrilégio inútil erguerem no seu lombo uma sacrossanta estátua nos anos 50. Disse - com razões não beatíficas, correndo risco de excomunhão e linchamento - que melhor glória às divinas instâncias seria a montanha em si mesma. Uma autêntica montanha, limpa e sem complicações humanas, com cervos vegetarianos e hinos de passarinhos, solfejos de borboletas e esbórnias de ninfas nuas. Um canteiro próprio aos seculares orgasmos e menopausas da Terra. *** Montanhesa, essa cidade também pode ser cantada em ritmo de cateretê, batizada no muque e na raça. Terra fronteiriça, padeceu do climatério histórico de ter tido duas certidões de nascimento. Por ser bela e sabina, nasceu paulista e foi raptada pelos mineiros. Tudo por obra e culpa dos esfogueteados bandeirantes. Era o dia 7 de setembro de 1787. O frio já começara a amainar. Ignácio acordou cedo. O sol já estava de tocaia atrás dos morros. Olhou a montanha - uma pequena nuvem serenava sobre a floresta, a primeira da estação. Sentou no alpendre coberto de sapé, o copo de latão cheio de leite fresco e quentinho trazido pelo 32 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA bugre Argimiro. Tinha faro de onça o bugre e se agarrara com São José, pedia – “Conta de novo, a história da mula sabida adonde ele fugiu dos soldados c’a mulher e o Menino, era carapina num era? Devia de ter amor aos paus de lenha, amigo do mato queném eu, conta de novo”. Argimiro madrugava, apartava as vacas antes que elas acordassem no rumo do brejo pra lamber água quente que fazia um neblinão danado, coisa de assombração, perigoso de atolamento, duas vacas perdidas, uma mogiando e outra parida, tocava o sino de bronze prá chamar os camaradas. Sô’inácio não punha fé em reio no lombo de escravo, subiu a serra há coisa de uns sete anos, teve mula que escoiceou e quase aleijou o Joaquim Preto, outra despencou na pirambeira do rio, Siá’tunica curou a perna do Sô’joaquim, era tudo bandeirante, o chefe era ele e hái de quem espirrasse azedo, rezava o terço semana sim semana não, repartia a comida e cada um pro seu lado, disse – Cês me acompanha? Prometeu alforria em sete anos. Argimiro não, que bugre some no mato, que ia ele menino mais o pai no rastro das bandeiras, rodou o sertão, tinha ziguezague de faca e sapecado de mosquetão. Sô’inácio só pediu prá largar mão da coleira de orelha, umas cinco ou seis bem sequinhas, que dava nojo em Siá’tunica, assustava a criançada, coisa de guerra, mandraquice de bugre e jogou fora alí mermo, nas águas do rio Mojy, e pensou, toca prá frente, a serra azul lá longe, que é que haveria de ter por lá? Podia num ter oro mas soldado não havia de ter, havia isso sim umas pedras espantosas que achou osturdia na cascalheira da cachoeira, Sô’inácio desceu a serra, foi no Mojy fazer registro no cartório, não era oro mas ele era homem sabido, ele mais o filho Juzé voltaram com papelada, Sô’inácio ria gostoso, dizia – agora, isso aqui é da gente, o Descoberto de Nossa Senhora da Conceição do Rio Pardo, dava milho e dava mandioca, trouxe no picuá dois leitões e duas leitoinhas, feito Noé, o poviléu aumentava, difícil era o pano, era o sal e era a porva, fácil era o palmito, o marôlo, as plantas de fumo-de-rolo nasciam gordinhas, flor cor-de-rosa. A benzedera do Mojy haverá de ter mermo razão, pensava. Lhe disse, se acomode ali, e se deitou ele, Ignatio, no catre de lenha em cima da palha de milho, tomou o chá, amargoso que só vendo. Lhe disse, sonhou? Sonhei. Quê qui sonhou? Sonhei um sonho cheio de água, na grota funda, mato brabo, água despencanSEMENTES DA MEMÓRIA | 33 do darriba em cachoeira e voava junto c’as andorinhas. E se foi, ficou cinco dias sentado na pedra da praça debaixo da peroba velha, e as andorinhas foram chegando e chegando, e se amontoavam e chilreavam, até que no sexto dia garraram de querer levantar vôo. Ignatio reuniu a tropa, - toca em frente! E as andorinhas revoavam, iam e voltavam, na direção da serra azul, e gritavam no seu ouvido, segue em frente, e a tropa seguia, os bichinhos revoando por riba, desciam pra dormir e beber água, a tropa fazia pouso e seguia, tudo por coisa de três semanas completas, varando por um socavão que não tinha fim, pirambeira medonha que subia sempre, cada vez mais frio, neblinão cerrado. Osturdia veio o gavião pinhé, revoava bem no alto e sumia, acompanhava as andorinhas mas não caçava, só piava agudo, fino de cortar a cabeça, até que chegaram lá nos altos, nas campinas e foram arrodeando pelo vale até achar um rio raso que se enfiava, de novo, por um outro socavão da montanha, e dali revirou a tropa, despediram-se das andorinhas que seguiram pelo socavão em frente, eles no rumo de outro rio que revinha pelo vale empinheirado, até um remanso grande, além das capituvas e barbatimão de um pântano de água quente. Fizeram fogueira de São João e pularam por riba, três vezes, pra dar sorte e a novena completa. Ignatio abriu um mundéu raso, bem redondo e tirou um saquinho que trazia no pescoço e do saquinho despejou a terra que ali guardava, vinda bem de longe, da terra dos parentes velhos e disse, - chegamos, agora ‘stamos em casa. Sô’inácio calçava as botas, Argimiro tava lá em cima, no pasto velho, arreiando a carroça pra mor de cargar mandioca, viu a passarinhada arrevoar assustada nas bandas da Cascatinha, evêm gente foi o que pensou, e evêm muita gente, correu até sua tapera, cargou depressinha três clavinotes, apalpou o punhal cinturado e firme na altura das pacoeras, correu até o eito de mandioca, Sô’quim já tava de beiço arregalado, chamou a turma que arrancava raiz na enxada, as mulheres se enfiaram no mato mais a criançada, a tropa foi despontando, a pé e de pé descalço, o alferes mais quatro a cavalo, apeou e conversou, e foi guerra de papel, o carimbo do rey de Ouro Preto batendo no carimbo do rey de Piratininga, ganhou quem tinha mais arma e cacete, Argimiro ficou lá em cima, na tocaia, o alferes emboaba na mira, o moleque Firmino subiu no pé de peroba, tascou estilingada certeira que ficou zunindo a cabeça do alferes emboada, tal de Joaquim de Freitas, Sô’inácio deu 34 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA ordem de retirada, no dia seguinte todinho carregaram as mulas, carroças, os tarecos e os trens todos, o milho ainda tava quase no pendão, ficou tudo, se foi, sem olhar prá trás – Deus deu, Deus tirou! disse, e rematou, - toca em frente, gente, o mundo é grande! E cuspiu prá trás, pedaço de praga que até hoje não foi encontrada e benzida, o alferes amoitou na tapera-grande, comeu a mandioca assada, comeu a porcada toda e salgou o resto pro retorno, comeu galinha e comeu feijão, mijou no rio dos Cachorrinhos e foi cagar no pé da bananeira. Argimiro mirou três palmos arriba da cabeça e pregou fogo, o alferes tava arriado e caiu sentado na bosta, Argimiro se alevantou, tocou em frente, varou rumo noroeste, varou a serra do Selado, varou a serra do Encaranga, varou a serra da Faisqueira, sumiu nos cafundós, o alferes sumiu na própria raiva, mandou tascar fogo em tudo, arrasa tudo, botabaxo, a calça do uniforme lavada no rio dos Cachorrinhos e secando no alpendre de Sô’inácio, a soldadaiada se mijando de rir, o alferes com a cabeça doendo da estilingada e o rabo ardendo de urtiga. Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada Do outono, quando a terra, em sêde requeimada Bebera longamente as águas da estação, Que, em Bandeira, buscando esmeraldas e prata À frente dos peões filhos da rude mata Fernão Dias Paes entrou pelo sertão. Julho de 1818 O Capitão-General Manoel de Castro e Portugal, todo poderoso Governador da Capitania de Minas há quatro anos, apeou do cavalo e foi tomar água na Cascatinha. – Arre, disse, não é o Tejo mas a água é boa! A patota de puxa-sacos bateu vivas e alvíssaras, uns 40, afora a tropa armada e um balaio de servidores públicos. Acamparam logo adiante, na margem esquerda do rio dos Cachorrinhos, que nesse tempo era pagão sem nome. Ainda dava pra ver uns restos de taipa e badrame apodrecidos da grande tapera onde vivera Sô’inácio. O brejão mal se via embrenhado na neblina da água quente, cercado de árvores e muitos e muitos pinheiros. Sentou chão, que era frio por demais, chamou o escrivão e ditou nobre carta de vassalo a El Rei, SEMENTES DA MEMÓRIA | 35 Índice Onomástico SEMENTES DA MEMÓRIA | 341 342 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA A Abdão Maria 78 Abílio Pintor 322, 323, 332 Abram Nelson Pencak (Sartie) 13 Abreu (irmãos) 147, 336 Abreu Sodré 284 Acely Fonseca Junqueira 87 Adami 13, 74, 80, 133, 241, 249 Adelmar de Oliveira 143, 144, 161, 164, 165, 187, 255, 338 Adhemar de Barros 85, 101, 151, 226, 272, 279 Adhemar Lopes da Silva 243 Adnei Pereira de Moraes 73, 97, 102, 104, 121, 127, 153, 173, 186, 188, 261, 334, 337, 338 Adolfinho (A. A. Caldense) 67, 247 Adriana Cascaes Pereira 11 Affonso Junqueira 76 Afonso Celso de Castro 62, 73, 110 Agostinho Loyola Junqueira 12, 79, 88, 89, 90, 96, 187, 226, 250, 313 Alaor José Gomes 12, 149 Alberto Lang Filho 295 Alceu Valença 317 Alcides Cintra Bueno Filho 294 Alessandrovisk Romanoff Nicolay 247 Alexander Fleming 68 Alexandre Xandó 146 Alfredinho (A. A. Caldense) 67, 108 Alfredo Ayres 108 Alfredo Anders 76 Almir 186, 187 Aloísio Mercadante 265 Aloísio Nunes 273 Aloísio Teixeira Garcia 165 Aloysio Biondi 12, 268, 299 Alvarez Del Vayo 119 Álvaro Ely Monteiro Vilela 73 Alvino Hosken de Oliveira 87 Alzira Cândida de Jesús (Dila) 11, 42, 43, 44, 45, 46, 50, 53, 56, 57, 58, 61, 64, 67, 68, 106, 127, 128, 129, 151, 154, 156, 249, 257, 288, 313, 328, 339 Amadeu Pereira do Lago 74, 251, 252 Ana Cecília Trindade 224 Ananta Lotlikar 289 Anastassia Romanoff 247 Anderson Fonseca Fraga 66, 73, 110, 335, 338 André Mori 11, 39, 44 Ângela Castilho 50, 52 Angélica 297, 332 Ângelo Vieira Martins Neto 74 Anibale Alexandre Bussolino 83 Aníbal Togni 110 Anita Ferrari Pereira da Silva 11 Anna Maria do Amor do Divino (Sianinha) 11, 43, 46 Anne Louise 312 Antackli 112 Antoine Stauder 337 Antonio Carlos da Silva (Tozinho, Dodô) 11, 12, 13, 16, 23, 37, 38, 39, 50, 52, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 73, 74, 78, 79, 81, 82, 86, 88, 93, 95, 98, 106, 121, 122, 124, 127, 130, 139, 143, 147, 153, 168, 172, 184, 223, 224, 234, 235, 239, 246, 250, 251, 254, 255, 277, 289, 295, 300, 334, 337, 338, 339 Antonio Acúrcio 13, 73 Antonio Aggio Jr. 300 Antonio Arida 13, 73 Antonio Camilo 12, 50, 124 Antonio Cândido 16, 95, 172, 277 Antonio Carlos Andrade e Silva 295 Antonio Carlos Delias 52 Antonio Carlos Rodrigues (Ti Carlinhos) 153 Antonio de Oliveira Fabrino 91, 93, 238, 239, 240, 244 Antonio Fagundes 122 Antonio Genofre 88 Antonio José de Freitas Nogueira da Silva 74 Antonio Lafayette 121 Antonio Luís Fontela (vide Fontela) Antonio Luiz Pinto 88 Antônio Manuel Furtado (Totonho) 143, 163 Antonio Maria 93 Antonio Monteiro 79 Antonio Neto Barbosa (vide Netinho) Antonio Romano 74 Arapuã 241 Ari Kuflik 145, 307, 308 Arino Ferreira Pinto 87, 141, 144, 220, 234, 255 Arisá Paiva Arantes 81 Aristides Lobo 269, 270 Aristides Tomaz Ballerini 134 Arlei Benedito Macedo 73, 111, 112, 173, 174, 176, 177, 257, 310, 311, 312, 313, 320, 322, 323 Arlindo Mungioli 289, 299 Arlindo Pereira 79 Armando Vieira Viotti 63, 73 Arnaldo Curimbaba 108 Arno Priss 279 Artur de Mendonça Chaves Filho (vide Doutor) Ary Barroso 93, 158, 235 Astolfo Delgado 134 Atilles Mamede 216 Augusto Zenun 166 Aurora Miranda 141 SEMENTES DA MEMÓRIA | 343 Avestruz 26, 252 Ayrton Gouvêa 251 Encarte fotográfico Adelmar de Oliveira 7 Adnei Moraes 6 Afonso Celso de Castro 5, 9 Alfredo Avelino Aynes 9 Alopércio Dutra Teixeira 9 Álvaro Eli M. Vilela 9 Alzira (Dila) 1, 2 Anderson F. Fraga 9 Antonio Acurcio 9 Antonio Arida 9 Antônio Carlos da Silva 1, 2, 16 Antonio Carlos De Parolis 5 Antonio Geraldo 6 Antonio Luis Fontela 9, 16 Antonio Neto Barbosa 6, 10 Antonio Sérgio D. Teixeira 9 Ariovaldo Gonçalves 10 Arlei B. Macedo 9, 10 Armando V. Viotti 9 B Basílio Rodrigues 81 Batista (A. A. Caldense) 247 Beatriz Monteiro 12, 258, 338 Bemaventurado Marcellin Champagnat 71, 114, 122, 129, 135 Benedito Pedro da Silva 9, 11, 37, 38, 39, 40, 41, 46, 47, 52, 55, 56, 66, 67, 68, 94, 124, 156, 163, 166, 172, 250, 309, 339 Benedito Caubi Ferreira e Silva 74, 134 Benedito Luizi 92, 142 Benedito Torresmo 94 Benjamin Lopes 88 Bernardette Xavier Gomes 93 Bernard Huet 12, 303, 323, 325 Bernardino 284 Betinho 155, 161, 295 Bispo Ranulfo Farias 183 Bittar 272 Bolacha 67, 246, 251 Borges 180 Boris Kasoy 301 Braguinha 158 Brizola 151, 168, 214, 298 Bruno Felisberti 91, 142, 249 Encarte fotográfico Bastos 5 Beatriz Monteiro 11, 12, 13 Beatriz Pelegrinelli 7 344 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Benedictus Mário Mourão 12 Benedito Pedro 2, 4, 16 Bernard 15 Betí 7 Buda 9 C Caballero 119 Caio Maretti 52 Camarada Stalin 106, 310 Camerino Togo Nogueira da Silva 228 Capitão Clovis 292 Capitão Conceição Costa Leite 83 Capitão Faísca 87 Capitão Francisco Cândido Miranda Filho 195, 199, 200, 221, 222, 227, 228, 231, 244 Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta 77 Cardeal Rampolla 76 Carla Montejani 91 Carlos Alberto de Oliveira (Carlão) 74 Carlos Alberto Emediato 160 Carlos Caldeira 270, 290 Carlos Eduardo Amarante 91 Carlos Errico Neto (Dr. Carlito) 12, 75, 133, 134, 142, 258 Carlos Henrique Neto (vide Padre Carlos) Carlos Lacerda 66, 99, 142, 149, 151, 159, 211, 221, 236, 298 Carlos Monteiro 12 Carlos Roberto Arruda 171 Carlos Romano 79 Carmem Miranda 141, 216 Carminha Mascarenhas (Carmem Alegretti) 96 Carolina Moreira 11 Carvalho&Estevão 49 Casanova 267, 268 Cassinho da Rocha 337 Cássio Scatena 222, 278, 281 Catarina Meloni 294, 296 Caubí 87 Caubi Ferreira (vide Dr. Benedito Caubi) Cecília Fisichela 81 Célia Sodré Dória (Madre Cristina) 152 Celi Campelo 308 Celina Junqueira 142 Celso Campos Petroni 160 Cesarina Carvalho 11 Cesarino Júnior 276, 282 Chacrinha 280 Charles Carvalho 12 Chavinho (vide Doutor) 107, 130, 241, 242, 243, 244, 263 Chicletes 65 Chico Belas Coxas 107 Chico Dias 276 Chico Formoso (Dr. Francisco Risola) 85 Chico Landi 109 Chico Lopes 250, 330, 338 Chico Louco 312 Chico Luna 188 Chico Tarquínio 146 China (A. A. Caldense) 67, 129, 179 Chiquinha 11, 39, 254 Chopin Tavares de Lima 294 Chorete 65, 90 Cibele Mota 174, 249 Cícero Machado de Moraes 74, 112, 113 Cidinha Huet 12, 65, 323, 325 Cláudia Madrinha 43 Cláudio Abramo 268, 269, 272 Cleonice (vovó Nice) 11 Cleveland Abreu Perrone 74 Clodô (A. A. Caldense) 65 Clodsmith Riani 222 Clovis Bojikian 293 Clóvis Ivan de Melo 74, 79, 144 Compadre Belarmino 51 Compadre João 253, 254 Conceição 11, 39, 43, 46, 120 Constante Marcassa Neto 74 Corina 59 Coronel Jarbas Passarinho 191 Costinha 59 Cristiano José Medeiros Rehder 73 Cristina Mesquita 158, 173, 174, 175, 188, 189 Cuca (A. A. Caldense) 67, 246 Encarte fotográfico Caèzinho 5 Carlos Roberto Arruda 9 Cássio Scatena 15 Célio Amorim Jr 9 Cibele Mota 7 Cidinha Huet 15 Cirilo 10 Cristiano J. Rehder 9 Cristina Mesquita 6, 7, 8 D Da. Mariquinhas Brochado 242 Da. Laura 56 Da. Lucy Kerr de Paiva Cortes 81 Da. Lurdes 12 Da. Maninha Carvalho Dias Ottoni 88 Dalmo Dallari 282, 315 Dárcio Camilo 81 Dárcio Paupério Sério 296, 335 Darcy Campos Simões 13, 110 Davi Breves da Silva 11 David Benedito Ottoni 88, 96 David de Paula 165 Dazinho 222 Décio Alves de Morais 12, 161 Denise Cabral 157 Dércio Chiconello 271 Didi 64, 89 Digney Diniz de Melo 80 Dinah Silveira de Queiroz 93, 94 Dino Leite Vitti 74 Dito Canarinho 66, 109, 252 Dito Maretti 52 Djalma Ayres 241 Dodô 52, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 86, 98, 106, 127, 139, 147, 168, 246, 250, 251, 289, 334 Dom Eduardo Duarte e Silva 76 Dom Geraldo de Proença Sigaud 151, 155, 158 Dom Helder Câmara 88, 146 Dom Inácio João Dal Monte (frei) 89, 129 Domitila de Castro Canto e Mello (Marquesa de Santos) 276 Dom Jaime de Barros Câmara 97, 151, 207, 212 Dom Joaquim Arcoverde Albuquerque 76 Dom Paulo Evaristo Arns 293 Dom Rodolfo Penna 77 Dom Silvério Pimenta 76 Dona Codó 176, 177 Dona Deolídia Cantelmo 242 Dona Eloá 148 Dona Geny do Prado Brandão 87 Dona Henriqueta 53 Donaldo de Siqueira Trezza 74, 109 Dona Leonor de Paiva 113 Dona Lígia Ferreira 65, 255 Dona Lígia Vivas Albanezzi 81 Dona Lourdes 201, 224 Dona Lurdes Toríbio 310 Dona Mariazinha 48, 49, 53, 61, 73, 80, 82, 124, 274 Dona Nair 55, 57 Dona Nini Mourão Davis 78, 89, 130, 145, Dona Orminda Matta Machado 176 Dona Rosinha Macedo 257 Dona Rosita Mesquita 158 Dr. Álvaro Vilela 249 Dr. Antonio Napole 81 Dr. Arthur de Mendonça Chaves 51, 243, 261, 263 Dr. Artur de Mendonça Chaves Filho 107, 130, 241, 242, 243, 244, 263, 338 Dr. Artur Pontes da Fonseca 88 Dr. Benedito Caubi Ferreira e Silva 47, 74, 134 Dr. Benedictus Mário Mourão 163, 166 Dr. Carlos Errico Neto 133, 142 Dr. Clodoveu Davis 78 SEMENTES DA MEMÓRIA | 345 Dr. Cornélio Tavares Hovelacque 48 Dr. David Benedito Ottoni 88 Dr. Edgar Godói da Matta Machado 159 Dr. Edmundo Cardillo 79, 87, 221 Dr. Eduardo Adami 133 Dr Fabrino (vide Antonio de Oliveira Fabrino) Dr. Francisco Risola 85 Dr. Geraldo de Carvalho 168, 169 Dr. Geraldo Freire 142 Dr. Geraldo Tasso 211, 238 Dr. João Arantes 146 Dr. José Ayres de Paiva 79, 113, 124, 130, 139, 145, 168, 250 Dr. José Bueno Vilela 96, 248 Dr. José Maria de Mendonça Chaves 52, 130, 159, 338 Dr. José Rubens de Paiva 87, 88 Dr. José Vargas de Sousa 96, 145, 230, 231 Dr. Julinho Mesquita 266, 267 Dr. Martinho de Freitas Mourão 11, 67, 96 Dr. Mello Cançado 159 Dr. Miguel Ahouagi 159 Dr. Moacir de Carvalho Dias (Xixo) 88, 90, 91, 109, 142 Dr. Orozimbo Corrêa Neto 241 Dr. Pedro Junqueira 141, 195 Dr. Pedro Sanches de Lemos 79, 109 Dr. Resk Frayha 142 Dr. Rogério Burnier 143 Dr. Rowilson Flora 11, 88, 91 Dr. Saul do Prado Brandão 80, 87 Dr. Sebastião Navarro Vieira 146, 233 Dr. Sebastião Pinheiro Chagas 81, 87, 90, 133 Encarte fotográfico Da. Lília 14 Da. Maria Figueiredo 11 Dalmo Dallari 15 Darcy Campos Simões 5 Don Duane Williams 8 Douglas Andreani 5, 9 Dr. Adnei Pereira de Moraes 16 Dr. Gaspar Eduardo de Paiva Pereira 13 Dr. José Ayres de Paiva 4, 14 Dr. José Maria de Mendonça Chaves 8 Dr. José Vargas de Souza 12 Dr. Luiz Henrique da Silva Virga 14 Dr. Moacir de Carvalho Dias 14 Dr. Norberto Ferreira 4 Dr. Osvaldo Watanabe 15 Dr. Rowilson Flora 4 E Edgar Alan Poe 316 Edmundo Mourão Genofre 84 346 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Eduardo Adami 80, 133 Eduardo Brito 339 Eduardo Cavini 12, 80 Eduardo Fernando Delduque de Paiva 13, 74 Eduardo Pereira (Eduardo livreiro) 53, 220, 338 Egisto Trombetti 83 Eidemar Massote 157, 159 Eleni Alves Pereira 161, 163, 179 Elenira Preta 13 Elisiário Junqueira 241 Elis Ramos 143, 164, 165, 261, 264 Elpídio Danza 87, 91 Elvira (Madre) 11 Elvira Chagas 145 Elza Monteiro Ferreira 11, 16, 47, 79, 89, 93, 94, 121, 219, 262 Emile Rideau 169 Emilinha Borba 85 Engenheiro Shermann 233 Eremita Pafnúncio de Alexandria 177 Ermínio Bertozzi 79 Erwin Rosenthal 293 Esaú Benedetti 134 Eta Maretti 52 Ethel Manucci 87 Euclides Paiva Mendes 163 Eurípedes (A. A. Caldense) 97 Eurípedes Carlos de Abreu Neto (Buda) 98, 106, 110 Euzino Trindade 223, 224 Evaristo 43 Encarte fotográfico Eduardo Pelegrinelli 6 Elis Ramos 7, 8 Elza 11 Elza Monteiro Ferreira 11 Eurípedes C. Abreu Neto 9 Evâneo Caixeta 9 F F. Acquarone 56 Fabiano Lozano 104 Faustino Parolis 88 Feféu Molina 99 Felícia Ogawa 12, 323 Felix Antonio de Campos Luz 153, 185 Fernando Ruivo 285 Fernando Antonio Mourão Flora 13, 63, 74, 147, 274 Fernando Massote 148 Fernando Perrone 294 Filhinha 50, 51 Flávio Lima e Silva 64, 66 Flávio Lopes Werneck 161 Flávio Maia 8, 13, 259, 322, 329, 333, 339 Flavio Tavares 294 Florival Manhães Barreto 74 Fontela 9, 16, 23, 73, 87, 93, 96, 99, 100, 101, 103, 104, 105, 107, 111, 112, 131, 132, 146, 149, 150, 158, 174, 175, 176, 177, 186, 221, 262, 263, 334, 335, 337, 338 Francisco Cândido de Miranda Filho (vide Capitão) Francisco de Assis 224 Francisco de Paiva Cortes 75 Francisco Julião 151 Francisco Mário Uchida Filho 74 Francisco Miranda Rodrigues 145 Francisco Risola 12, 85 Frederico Pardini 91 Frederico Pereira Laya 130 Frei Beto 177 Frei Boaventura 101 Frei Dom Inácio João Dal Monte 89, 129 Frei Fernando 177 Frei Ives 177 Frei Josaphat 151 Frei Marcelo 177 Frei Paulo Tellegan 161 Frei Tito 177, 264 Frère Lourdes 260 Frère Theodore Durant 124 Fubá (A. A. Caldense) 64, 67, 89 Fulgêncio Bautista Y Zaldívia 85 Encarte fotográfico Fábio Bressane 10 Felix Antonio C. Luz 6 Félix Campos Luz 10 Fernando 6, 8 Flávio Maia 15 Fonseca 13 Francha 7 G Gadinho (A. A. Caldense) 67, 247 Gaiola 63 Gama e Silva 274 Garcia Lorca 174 Gaspar Eduardo de Paiva Pereira 12, 25, 258 General Canrobert Pereira da Costa 191 General Castelo Branco 159, 226, 229, 249, 266, 269, 313 General Dutra 130, 238 General Guedes 222 General João Baptista Figueiredo 191 General Kruel 222 General Olímpio Mourão Filho 213, 214, 226, 236 Generoso Grutila 271, 272, 306 Gentilini (João Augusto) 263, 264, 307, 334, 335 Genú (vide José Genoíno) Geralda Moraes 11 Geraldo de Carvalho 168, 169 Geraldo Freire 142, 160 Geraldo Mendes da Silva (Gerinho) 144, 145, 161, 164, 165, 201, 211, 216, 338 Gerson Alves de Moraes (Esquerdinha) 12, 161 Gerusa 185 Getúlio Vargas 25, 104, 134, 146, 155, 270, 274 Gilda de Abreu 150 Giovane Silva Virga 11 Gloven Pereira 11 Goffredo da Silva Teles Junior 282 Gregório Bezerra 151 Guaracy Andrade 251 Guido 169 Guilherme Cassaro 11, 41 Guilherme Figueiredo 133 Guilherme Loyolla Dore 122 Gurgel Valente 262 Gurney do Carmo 145 Gustavo Antonio Coutinho de Resende 13, 74, 124, 129, 143, 153, 157, 173, 261 Encarte fotográfico Gabor 10 Geraldo Gerinho Mendes da Silva 16 Gustavo Coutinho de Resende 10 H Hanneman 310 Haroldo Afonso Junqueira 87 Haroldo de Campos 261 Haroldo Genofre Junqueira 74 Harris (vide William) Helena Kuflik 307 Helenira Preta 315 Heleodoro Ortiz de Zárate Jaraquemada 13 Helinho Jacaré 85 Hélio Carneiro 74 Hélio Furtado do Amaral 142 Hélio Garcia 166 Hélio Silva 219 Heloísa Nazaré de Paiva Araújo (vide Nazaré) Henrique Alvisi 92 Herbert de Souza (vide Betinho) Hercília 336 Hermano Neto 124, 127 Higino Dias 91 Honestino Guimarães 294, 305, 307 Hugo do Lago 127, 128, 250, 251 Hugo Pontes 261, 337 SEMENTES DA MEMÓRIA | 347 Hugo Zotti 145 I Imperador Otávio 131 Indá Soares Casanova 11, 262, 266, 267, 268, 273, 291 Irineu Grilo 85 Irmã Benedita do Asilo 179 Irmã Bina 11, 67, 68 Irmã Celina 249 Irmão Afonso Estevão 77 Irmão Aloysio 77 Irmão Aluízio Goeep 114 Irmão Alvaro Rinaldi 121 Irmão Basílio 77 Irmão Constantino 100, 101, 110 Irmão Gonçalves Xavier 78 Irmão Gregório 122 Irmão Ildefonso Pio 76 Irmão Jaime Damião 110, 113, 122 Irmão João Alexandre 77 Irmão José Bento Lavit (“Bahiano”) 78, 111, 313 Irmão José Gabriel 78, 115, 141 Irmão José Gregório (vide Irmão “Rosa Branca”) Irmão José Paulino 99, 102, 103, 104 Irmão Júlio Andrônico 77 Irmão Lino Teódulo 189, 190, 233, 256, 257 Irmão Louis Barberet 115, 234 Irmão Mansueto Buzzi 12, 105, 118, 126, 130, 133, 141, 142, 144, 146 Irmão Marcos Andrade 76 Irmão Miguel Ascânio (vide também “Zatopeck”) 79, 101, 110, 125, 139, 140, 142 Irmão Nemésio Calixto 110, 114, 115 Irmão Osmundo Ribeiro 103 Irmão Rinaldi 121 Irmão Roque Maria 140 Irmão Rosa Branca 12, 78, 103, 126, 134, 142 Irmão Rubens Modesto 79, 113 Irmão Vitrício 100, 101, 149 Irmão Zé Paulino 102 Irmã Irma Passoni 322 Irmã Rafaela Bimbi 143 Isadora Duncan 42 Isa Leal 12, 268 Issa Sarraf 87, 100, 236 Itamara Ricci 91 Itamar Brandão Burinatto 165 Ivancir Castro Filho 15 Ivani Monteiro Lessa 163 Ives 177 348 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Encarte fotográfico Irmão Mansueto Buzzi 3 irmãs Menezes 13 J J. Castilho 51 J. Cesáreo (vide Moleque César) Jaçanã Musa dos Santos 48, 80, 197, 203, 216, 220, 221, 237 Jacob Gorender 219, 294 Jacques Maritain 179 Jacu 140, 141 Jaime Kuflik 220 Jaime Sullivan 153, 178 Jair de Oliveira 91 Jair Izzo 134 Jairo Mota 132 Jango 150, 151, 158, 159, 163, 171, 222, 232, 235, 241, 242, 246, 250, 267, 297, 298 Jânio da Silva Quadros 148, 149, 171, 232, 241, 250 Jean Baptiste Champagnat 135 Jean Baudrillard 7 Jeremias Amaral 87, 115, 234 Jipe 309, 310 JK 82, 96, 142, 144, 145, 150, 223, 250, 258, 310, 316, 336 João Alberto Naldoni 165 João Amaral Filho 74, 106, 130 João Augusto Gentilini 263, 264, 307, 334, 335 João Batista Lima 76 João Batista Giordano 159 João Batista Nunes Souza 134 João Carlos Figueroa 294 João de Abreu 65 João do Rio 28, 29 João Gomes Junior 104 João Leonardo (ALN) 277, 288 João Luís Azevedo 74, 146 João Marcos Flaquer 278 João Mohana 143 João Monteiro 147 João Negrin 119 João Paulo de Assis Moura 160 João Quartin de Morais 304 João Torres 134 João XXIII 150, 151, 155, 158, 162 João Yuasa 12 Joaquim Bernardes 88 Joaquim Pereira 88, 110 Joelmir Betting 272 Joffre José Ferreira Santos 74 Joffre Rafael dos Santos 87 Johnny Harris 113, 115 Jorge Buarque Lyra 179 Jorge Michel 265 Jorge Pio da Silva Dias 88 Jorge Retti 309, 336 José Álvaro Moisés 160, 315 José Asdrúbal do Amaral 106, 130, 142, 144, 145, 156, 261, 338 José Augusto Marques 295 José Carlos Trindade 224 Jose Carlos Bichara 295 José Carlos Cavini 145, 163, 164, 165 José Carlos da Matta Machado 176, 301 José Carlos de Paiva Cardillo 12, 191, 243, 244 José Carlos Dias Araújo 91 José Carlos Poly 12 José Corigliano 73 José de Lima 153 José Dirceu de Oliveira 264, 282, 283, 285, 286, 288, 294, 295, 301, 302, 303, 335 José dos Santos Neto 82 José Edwaldo Alexandre 79 José Eugênio Miglioranzi 73 José Genoíno 304, 305, 310, 335 José Geraldo Parreiras 90 José Haroldo Santos Silva 145, 147 José Ibrahim 284 José Israel Vargas 15 José Kuflik 220 José Latrônica 79 José Luiz do Amaral 221 José Magalhães Chaves 12 José Maria de Mendonça Chaves 52, 130, 159, 338 José Maurício Santana 79 José Maximianinho 39 José Neto 81 José Paschoal Rossetti 74, 79, 104, 144, 146 José Paulino 12, 78, 99, 102, 103, 104 José Remígio Prezia 87 José Roberto Gouveia 262 José Roberto Maluf 303, 304, 305 José Roberto Nassar 288 José Strona 123 José Tomás da Silva 11, 39 José Vargas de Sousa 96, 145, 230, 231, 254 Jovina de Oliveira 11 Joyce Araújo 12, 327, 335 Juca 11, 23, 40, 291 Juemil Lorenzotti 81 Júlio Bonazzi 79 Julius Frank da Bucha 282 Jurandir Ferreira 11, 16, 19, 24, 32, 80, 83, 89, 95, 141, 338 Jurandir Sebastião 145 Jurandyr Juca Chaves 291 Encarte fotográfico J. Cesáreo 13 Jaçanã Musa dos Santos 13 Jair Generoso 9 Jairo Mota 13 João Amaral Filho 10 João Augusto Gentilini 6 Joaquim Soares 9 José Antonio Corigliano 9 José Asdrúbal do Amaral 12 José Carlos Pereira 9 José Eugênio Miglioranzi 5, 9, 10 José M. Braga 9 José Magalhães 15 Joyce Araújo 15 JRS 1, 2, 9 5, 6, 7, 8, 10, 12, 15, 16 Jurandir 11, 12, 14 K Kajani 203, 221 Kakalo Viviani 13, 169 Kalili Narciso 322 Kena Ferrari Moreira da Silva 11, 37, 56, 339 Kleber Geissler Hovelacque 48, 57, 73 Klinger Marques 217 Encarte fotográfico Kena 15, 16 L Labareda 87 Laércio (A. A. Caldense) 67 Laerte Fernandes 268 Lamana (A. A. Caldense) 12, 66 Lana (vide Mariana Roberti) Lázaro Lólo Alvisi 12, 67 Lázaro Walter Sene 79 Leonardo Mesquita 11, 22, 158, 263, 264, 335 Leonel Franca 179 Leopoldino José Hilário 11, 43 Leopoldo Genofre 84 Léozinho 264 Lev Bronstein 298 Ligia Moreira Bastos 90 Linda Batista 85 Lindolfo de Carvalho Dias 15, 16 Lindolfo Lino Belico 62, 80 Lineu Belico dos Reis 62, 74 Lino Cavini 87 Lira Alvisi 12, 67 Liubitza 11 Loló 50 Lori (A. A. Caldense) 67 Lorival Passos 153 Louise Grant 81 Lourdes Trindade 164, 165, 223, 224, 338 SEMENTES DA MEMÓRIA | 349 Lourenço Ferreira Neto 65, 74, 81, 129, 143, 152, 153, 155, 156, 179, 255, 261, 336, 337, 338 Lourenço Marques de Oliveira 81 Lucas Neto 185 Lúcia Leão 323, 335 Luciano Micheletto 127 Luciene Morais 87 Lucy Kerr de Paiva Côrtes 142 Luís Artur Toríbio 310, 323, 324, 330, 335, 337 Luis Carlos Tanaka 336 Luis Carlos Trindade 164, 224 Luís Cláudio Loro 13, 73 Luís Fernando Mercadante 130 Luís Gonzaga Cardoso 12, 163, 186, 233, 234, 254, 255, 305 Luís Henrique da Silva Virga 11, 37, 306, 337 Luís Lucas 149 Luís Nassif 16, 24, 74, 87, 100, 130, 158, 161, 171, 172, 236, 264, 287, 339 Luíza 11 Luiz Alfredo 247 Luiz Antonio Ballerini 234 Luiz C.B. Pereira 15 Luiz Cassiano da Silva 75, 76 Luiz Cunha 294 Luiz Duarte 88 Luiz Gonzaga D’Avila 294 Luizi 92, 142 Lunde Teixeira 80 Lurdinha (professora Maria de Lourdes da Silva) 11, 12, 49, 52, 80, 82, 85, 86, 125, 130, 169, 236, 247, 258, 306, 311, 314, 315, 334, 338, 339 Lyria Dias 165 Encarte fotográfico Laércio Corsini 9 Leonardo Mesquita 6 Lílian Alvisi 14 Lindolfo Lino Belico 2 Lourenço Ferreira Neto 10 Luis G. Cardoso 14 Luís Nassif 6 Luiz Carlos Alexandre 9 Luiz Cláudio Loro 9 Lurdinha 3 M Madame Tamara 247 Madre Cristina 152, 274, 284, 295, 305 Madre Eugênia 11 Madrinha Maria 11, 39, 43, 51, 60 Maffei 279, 280, 281, 317 Magnólia Araújo (Mag) 222, 323, 325 350 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Magalhães Pinto 151, 159, 165, 195, 222, 226, 227, 228, 229, 230, 251 Magda Zanoni 264 Magdo Soares 110 Magri 284 Mainaka 271 Maísa Colhado 91 Major João Procópio Filho 83 Major Nilton José Facion 251 Manabu Mabe 323 Maneco Pereira 220, 221, 242, 243 Mané da Pinta (A. A. Caldense) 67, 247 Manoel Francisco Zacarias de Castro e Portugal 35, 36 Manuel Pereira 53 Manuela Kirschner Amaral 11 Manuel Gomes 294 Mara Calábria 91, 187 Marcelo Kirschner Amaral 11, 90, 177 Marcelo Pereira da Silva 90 Márcia Ferrari Moreira 11 Marcílio Malvezzi Filho 12, 74, 97 Márcio Caetano 90 Márcio de Almeida Abreu 74 Márcio Marcassa 74 Marco Antonio Breves da Silva 11 Marco Antonio Fraga Sousa 37, 67, 73, 235 Marco Antonio Vitti 73 Marco Aurélio Veloso 143 Marcos Eduardo Adami 13, 74, 133 Marcos Villela 216 Maria Alice Jaeger 16, 298 Maria Amélia 223, 224 Maria Beatriz Xavier 157 Maria Camilo da Silva 87 Maria Cláudia Pinheiro Chagas 249, 337 Maria Cristina Gentile 91 Maria das Graças Amaral 87 Maria de Lourdes da Silva (vide Lurdinha) Maria de Lourdes Freitas Nogueira da Silva (vide Dona Mariazinha) Maria do Carmo 53 Maria Elisabete Ferrari Moreira 11, 13, 44, 47, 259, 320, 322, 323, 325 Maria José de Sousa (vide Tita) 144, 339 Maria José Ferrari Moreira 11, 321 Maria Lúcia Aversa 91 Maria Luiza Junqueira de Barros Cobra 93 Mariana Roberti (Tia Lana) 11, 43, 46 Maria Ovídia Paixão 76 Maria Paula 85 Maria Rita Kehl 295 Maria Sebastiana 43 Maria Tereza Lara Campos 292, 293 Maria Theodora da Silva 11, 39, 40, 43 Mariana Kirschner da Silva 11, 37, 339 Mariinha Preta 42 Marilda dos Santos 79 Marilena Said 145 Marinho (A. A. Caldense) 67 Mário Roberti 11 Mário da Silva Brito 261 Mário Leônidas Casanova 267, 268 Mário Martins 298 Mário Mourão 78, 163 Mário Paiva Neto 133 Mário Schemberg 287 Mário Xandó de Paiva 88 Marisa Carvalho 91 Maristela Said 145 Marlene de Carvalho 249 Marlene Araújo 157, 187 Marquesa de Santos 269, 276 Martins (A. A. Caldense) 247 Maura Ribeiro 161 Maurício Arida 74 Maurício Coutinho 145 Maurício Santana 79 Maurício Theófilo Ottoni 89 Maurílio 62 Mauro Fernal 87 Mauro Fernal Filho 74 Maysa Figueira Monjardim Matarazzo 93 Mazzola (A. A. Caldense) 67, 247 Mére Dominique 11, 129, 153, 170, 178 Mére Natividade 178 Mestre Bimba 277 Mestre Pastinha 277 Michel Quoist 154 Miguel (A. A. Caldense) 246 Miguel Angel Astúrias 290, 291 Miguel Arraes 15 Miguel Ascânio 12, 78, 79, 110, 125, 139, 140 Miguel Urbano Rodrigues 266, 268 Miltinho Trezza 262, 277 Milton Costa 12, 270, 332 Miranda Jordão 288, 299 Mishio Kushi 337 Miúra (vide Newton Mizuho) 323 Moacir de Oliveira (Môa) 326 Moleque César 88, 92, 93, 94, 95, 109, 215 Molina 11, 74, 81, 99, 146, 149, 187, 254, 264, 334, 339 Molipo 265, 288 Mônica Cassaro 11, 262 Moniz Aragão 293 Mons. Faria de Castro 81 Monsenhor Carlos Henrique Neto (vide Padre Carlos) Monsenhor Geraldo Magela do Amaral Teixeira 78, 81, 88, 121, 176 Monsenhor Trajano Lemos Barroco 8, 78, 82, 89, 90, 96, 121, 144, 145, 146, 158, 164, 182, 183, 193, 215, 223, 224, 230, 241, 242, 244, 255, 258, 333, 334, 338 Monsieur Felix 257 Monsieur Singer 42 Murilo Antônio de Carvalho 16, 24, 65, 74, 121, 122, 128, 147, 153, 157, 160, 174, 185, 249, 253, 255, 261, 272, 277, 278, 280, 281, 288, 289, 291, 294, 297, 303, 313, 314, 318, 335, 337 Myron Clark 76 Myro Tarciso de Oliveira 164 Encarte fotográfico Madre Tibúrcia 4 Magnólia Mag Araújo 15 Manuel F. Costa 9 Marcílio Volpin 13 Marco Antonio Fraga 5, 9 Marco Antonio Fraga de Souza 9 Marco Antonio Magalhães 5, 9 Marco Antonio Vieira 10 Marcos Túlio Nastrini 5, 9 Maria Beatriz Xavier 7 Maria Cristina Mesquita 6 Maria de Lourdes 1, 2, 3, 16 Maria de Lourdes Freitas Nogueira da Silva 3 Maria Elisabete 15 Maria José de Sousa 13 Maria Mesquita 7 Mariana 2, 16 Maria Teresa Gentilini 7 Marie-France 6 Marilda Carneiro Nogueira da Silva 7 Marisa Mangueira 7 Maurílio Silvério 9 Miguel Ascânio 12 Milton Costa 13 Milton Moreira 9 Milton Passos 8 Moema 7 Moleque César 13 Monsenhor Trajano Lemos Barroco 13, 14 Murilo Carvalho 6, 7, 16 N Nacif Naclé 142 Nádia Laniado 289, 312 Nair (professora) 55, 57, 61 Nair Bernardes 87 Nair Kobaiashi 310, 323, 324, 325 Nara 290, 291 Nastrini 140 Nathanael de Moura Giraldi (Natã) 265, 277, 279, 280, 282, 287, 288, 289, 291, 305, 306, 317, 318, 329, 337 SEMENTES DA MEMÓRIA | 351 Nathaniel Hawthorne 316 Nazaré 118, 274, 275, 291, 299, 307, 308, 309, 313, 314 Neco (A. A. Caldense) 67 Nei Gonçalves Dias 74 Nelson Ayres de Paiva 11, 221 Nelson Fernandes Filho 74, 146, 163, 169, 175, 197, 329, 339 Nena 85 Netinho (Antônio Neto Barbosa, Barbosinha da AP) 12, 16, 63, 74, 127, 142, 147, 171, 185, 186, 187, 189, 190, 219, 220, 233, 256, 261, 264, 279, 294, 321, 335 Newton Cardoso 165 Newton Delgado 149 Newton Mizuho Miura 12, 325 Newton Morais 106, 265 Ney Eloy 79 Nhonhô Barão 84 Nice Breves 11 Nicola Romano 52, 79, 147 Nilda 220, 338 Nobre 78, 125, 270 Nonato (A. A. Caldense) 67 Norberto Ferreira 11, 49 Encarte fotográfico Nathanael de Moura Giraldi 16 Neto Barbosa 6, 10 Nilda 16 O Octávio Frias de Oliveira 187, 268, 270 Odair Camilo 12, 76 Odon Pereira 301 Olga Molina 11 Olga Monteiro 79 Olga Togni 11 Oliveiros S. Ferreira 297, 298 Onig Chanakariam Sanakhan 149 Orlando Gaiga 12, 67, 169 Orlando Vítor 87 Orozimbo (A. A. Caldense) 65, 185, 281 Oscar Cruz 52 Oscar Klingl 15 Oscar Nassif 173, 256 Oscar Sandry 83 Oscarzinho Mesquita 158, 188, 335 Oswaldo Correa 94 Oswaldo Watanabe 12, 327 Otânis Gonzales 74, 98, 262 Owen Mussolini 74 Encarte fotográfico Oswaldo Kaize Jr 15 352 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Oswaldo Stanziola 5, 9 Otânis Gonzales 9 P Padre Artenio de Davi 188 Padre Calazans 151 Padre Carlos Henrique Neto (Monsenhor) 7, 12, 79, 80, 89, 112, 121, 141, 143, 145, 156, 175, 181, 182, 183, 188 Padre Jaime Sulivann 178 Padre Julio Serafim Muraro 293 Padre Lage 151 Padre Maia 170 Padre Trajano Lemos Barroco (vide Monsenhor) Paim Belico 62 Paiva Cortes 75, 76, 81 Palmírio D’Andrea Tupy 79 Paulinho Caneta (Paulo César de Paiva) 23, 100, 110, 113, 140, 147, 234, 252, 263, 337 Paulinho Macaco 67 Paulinho Vannuchi 295 Paulo Caruso 289 Paulo Celso Sampaio 165 Paulo César de Paiva (vide Paulinho Caneta) Paulo de Tarso 158 Paulo Mangueira 74 Paulo Nader 221, 222 Paulo Norberto 76 Paulo Nunes 269, 299, 300, 301 Paulo Paixão 101 Paulo Penido 211, 214 Paulo Portugal (vide Irmão Miguel Ascânio) Paulo Rubens Fonseca 293 Paulo Sérgio Souza Costa 131 Paulo Vanzolini 282 Paulo Xandó de Paiva 241 Paul Singer 314 Pedro Ferrari Moreira da Silva 11, 339 Pedro Américo Maia 169 Pedro Bloch 174 Pedro Borges 15 Pedro de Castro Neto 74 Pedro dos Santos 222 Pedro Junqueira 141, 195 Pedro Linguanotto 79, 144 Pedro Muller 91 Pedro Pesenti 88 Pedro Santos 90 Pedro Severino Neto 79, 88 Pelé 89, 242 Pepeu do Bortolan 183, 184 Percival Maricato 294 Peter Ellena 299, 300 Petrônio Vivas 241 Pierre Van Der Meer Walcheren 179 Pimenta Neves 270 Pio XI 153 Pio XII 120, 144, 151, 158, 255, 258 Plínio Salgado 119, 145, 146 Pompeu 268 Ponce 220, 246 Prefeito Agostinho Loyola Junqueira 79, 89, 90, 187, 226, 250, 313 Prestes 269, 270 Primo Carbonari 90 Primo Oscar 39 Pudim 303, 304 Pulguinha 63 Encarte fotográfico Padre Carlos Henrique Neto 11 Padre Trajano Lemos Barroco 13, 14 Paulo César de Paiva 4 Paulo Egydio Martins 8 Paulo Sérgio Necchi 9 Pedro Ferrari 16 Plínio Arantes 9 Q Quincy Jones 291 R Rachel Ferrari Moreira 11, 339 Rafael de Falco Neto 295 Rafael Sarti 257 Raimundo Bosco Câmara 74, 153, 157, 161, 163, 339 Raimundo Renó 147 Ramiro Canedo 6, 52, 265, 338 Raphael Molina 74 Raul Schwinden 294 Regina Breves da Silva 11, 37 Reginaldo Alvisi 165 Reginaldo Finotti 12 Regina Luz 75, 337 Regina Paiva Araújo 275 Reinaldo Amarante 82, 90 Reinaldo de Oliveira 134 Renzo Marzola 79 Ricardo Moreira 11 Rioco Kaiano 304, 315 Rita Pavone 147 Robert Aldrich 86 Roberto “Lamana” Silva 12, 66 Roberto Campos 181, 1825, 183, 223, 245 Roberto José Moreira 11 Roberto Muller 301 Roberto Negrão de Lima 278, 282, 287, 297, 298 Roberto Tereziano 74, 338 Roberto Thomas Arruda 74, 153, 261 Romano Antonio 79 Romeu Ferreira 96 Romeu Policelli 147 Rommel 84 Rômulo Cardillo 79 Rômulo Cheacchio 74 Ronaldo Bastos 88 Ronaldo Junqueira 12, 83 Ronaldo Lima 13, 143, 187, 234 Roque Spencer Maciel de Barros 294 Rosa Beatriz 52 Rosa Branca 12, 103, 105, 106, 107, 132, 134, 142, 161, 173 Rosa Maria de Nassif Mesquita 150, 153, 157, 158, 161, 163, 172, 173, 174, 186, 263, 264, 335, 338 Rosana Paolillo 291, 312, 313, 332 Rose (da Avon) 23 Roseana Sarney 15 Rose Marie Muraro 154 Rosemeire Breves da Silva 11 Rosinha Macedo 11 Rosita Nassif Mesquita 11 Rossini 153 Rovilson Molina 11, 74, 81, 99, 146, 149, 187, 254, 264, 334, 339 Rowilsinho Flora 13 Rowilson Flora 11, 88, 91 Rubens Puxa-Saco 271 Rui Goethe Falcão 270, 277, 288 Encarte fotográfico Raimundo Bosco Câmara 6 Roberto Antakli 9 Ronaldo Lima 7 Rosa Mesquita 7 Rovilson Molina 8 Rowilson 4, 5 Rui Delgado Jr 9 S Sabará 62 Saleba 177, 301, 337 Salomão 55, 123, 178, 200 Salvador Dali 65 Salvador Zingoni 12 Sam Peckinpah 311 Sanclies Palmero 79 Sandra Cavalcanti 151 Sandrinha Sarti 335 San Thiago Dantas 146, 154 Santusa Pereira 91 Sargento Hélio (Tenente) 252, 256 Saulo Neto Barbosa 127 Saulo Matta Machado 175, 176, 177, 187, 263, 301, 337, 338 SEMENTES DA MEMÓRIA | 353 Sebastião Almeida 96 Sebastião Cheberle 110 Sebastião Navarro Vieira 146, 163, 166, 223 Sebastião Pinheiro Chagas 81, 87, 90, 133 Sebastião Sacristão 197 Sebastião Tomás de Oliveira 87 Sebastião Trindade 197, 211, 224, 338 Sêo Agenor 253 Sêo Carvalho 49, 52, 86, 87 Sêo Chico Elefante 282 Sêo Chico Vermelhão 98 Sêo Geraldo da Vila Nova 12 Sêo Horácio 211, 214 Sérgio Lazzarini 273 Sérgio Lira Alvisi 67 Sérgio Manucci 74, 88, 106, 107, 121, 127, 153, 173, 188, 261, 334, 339 Sérgio Roberto Bordignon 251 Sérgio Sebastião Lopes 161 Sgreccia 122 Shermann 233, 234 Sidnei Basile 262, 301 Silvia Regina Ribeiro 91 Silvio Caccia-Bava 12, 325 Simão Kirchner 271, 272 Sinval Bambirra 222, 226 Sônia Junqueira 79 Soninha 87 Spaguetti 269 Stalin 106, 164, 220, 241, 246, 310 Sueli Mori 13 Susana Saruê 337 Swami Doro 13 Swami Sartie 13 Swedenborg 316 Encarte fotográfico Saulo Saleba Matta Machado 16 Sebastião 13, 14 Sebastião Trindade 14 Serginho do bar Maracanã da Silva Lemos 9 T Tadeu (do Onze ou Tadeu Bahiano) 277, 278, 281, 282, 283, 289, 297 Takagima 216 Tatoo 322, 323 Tavares de Miranda 269 Teilhard de Chardin 179 Tenente Hélio 252, 256 Teresinha Coutinho 80 Teresinha Mesquita 334 Teresinha Teixeira 174 Tereza Cristina Kirschner 11, 339 Thermas Antonio Carlos 82, 98 Thomas Merton 179 354 | JOSÉ ROBERTO DA SILVA Tia Angelina 83 Tia Chiquinha do Santo Antonio de Caldas 254 Tião Louco 110 Tiãozinho Caboverde 185, 281 Ti Carlinhos 153, 170 Tio André 39, 44, 249, 295 Tio Anibale 84 Tio Egisto 84 Tita 144, 145, 163, 164, 165, 166, 167, 194, 263, 339 Titica 63 Tito 177, 241, 264 Tomasi de Lampedusa 84 Tomás Togni Tarquínio 16, 65, 66, 74, 107, 111, 112, 131, 132, 146, 171, 180, 189, 233, 258, 264, 285, 291, 305, 313, 321, 337, 339 Tonico Acúrcio 13, 91 Toninho Loureiro 146 Toninho Tarzã 85 Torrieri Guimarães 270 Toshio 294 Totonho Furtado 143, 145, 157, 161, 164, 165, 166, 186, 263 Tozzi 286 Travassos 265 Trezza 74, 109, 262 Trindade 164, 165, 197, 201, 211, 216, 220, 223, 224, 225, 234, 245, 338 Trovão 271 Turiba (vide Luís Artur) 324, 330, 335 Tutú Quadros 149 Encarte fotográfico Tânia 15 Táta 1 Tenente Jorge José dos Santos 3 Tita 13 Tomás Togni Tarquínio 10, 16 Tozinho 1 U Ubaldino 270 Ubirajara 62 Ulisses Escobar 166, 271 Encarte fotográfico Ubirajara Pereira 5, 9 V Valdir Togni 74 Valter Chuquinha 62 Vanda Galisi 87 Vander 67 Vânia 220, 338 Vanor Manucci 88 Varuna Viotti 63 Vera Lucia Adami 249 Vera Moretti 78 Vicente Celestino 150 Vicente de Paulo 76, 127, 128, 247 Vicente Lopes Buono 80 Vicente Wisenbach 12, 289 Victor Augusto Cardillo 47, 74, 221, 243, 244 Victor Guimarães Correa 339 Victor Togni 79 Vidal Ramos 147 Vinicius Roberti Sousa 13 Vinícius Vivas 81, 92 Virgínia do JB (Virgô) 308 Virginia Clemm 316 Virgínia Lane 85 Vitor Guimarães Correa 74, 174, 202 Vitoriano Loichate 52, 63, 64, 74 Vitor Manuel dos Santos 12 Vitor Serafim 9, 12, 60, 63, 65 Vivaldo Ricci 233 Vladimir Palmeira 294 Vó Jovina 50, 51, 53, 60, 68, 86, 124, 157 Vô Possidônio 275, 299, 307, 308 Vylmar Pizzo 91 Encarte fotográfico Valter N. Vasconcelos 9 Vera Regina 1, 2 Vitor Guimarães Corrêa 9 Vitor Guimarães Correia 7 Vitoriano Loichate 5, 9 Encarte fotográfico Xixo (Dr. Moacir de Carvalho Dias) 14 Y Yara Ferrari Moreira da Silva (Yayá) 11, 37, 98, 339 Yayá Abreu 65 Ylair de Freitas 337 Encarte fotográfico Yara 16 Z Zatopeck 12, 101, 105, 107, 110, 111, 112, 119, 125, 126, 127, 128, 132, 140, 141, 142, 145, 151, 152, 155, 156, 157, 158, 161, 257, 263 Zé Bento 111 Zé Biri 273 Zé Bonitinho (Abreu Sodré) 284 Zé Celso Martinez Correa 322 Zé de Almeida 249, 250 Zé Dirceu (vide José Dirceu) Zé Rosa 87 Zezão Boca 85 Zoião (vide Tadeu Bahiano) Encarte fotográfico Zé Roberto 2 W Wagner Durante 94, 254 Walter Alcântara Machado 74 Walter Pereira de Araújo 74, 107, 131 Walter Pó 93 Wanderley Elias Colhado 74 Weber Americano 165, 166, 186, 187 Westin 243 William Moffit Harris 113, 114, 115 William Macedo (Saps) 174 Wilson Frade 95 Wolgran Junqueira Ferreira 142 Wolney de Sousa 80 Encarte fotográfico Wanderley Barbosa 10 Weber Americano 8 X Xavier 78, 91, 93, 157 Xixo (Dr. Moacir de Carvalho Dias) 88, 90, 91, 109, 142 SEMENTES DA MEMÓRIA | 355