0 `db~iirrava~id`r

Transcrição

0 `db~iirrava~id`r
0 'DB~IIRRAVA~ID'R
~ R G A ODO
G R ~ M I OCULTURAL "SANTA MARIAF
"QUEM AMA DETESTA E QUEM
DETESTA COMBATE"
I
t
'
1)cvcrnos aelar u Deus c o ~ ntodo o nosso cor;lqfio, cull1 tocltis ys nossas f a r ~ a s ,
corn todo o nosso cntcnndinlesti e deven~ostsnlbPm nmnr o nosso priiximo
conlo Q 116swncsrnos por- i~rrrorcfe Dells. Dcvcntos rlarerer qtre Pcus seja
tlonradu, scrvido, glorificaclo. Devemos t;on1l16rncfcsc.jar para o nosso
pr6xima a suit ctcrrla solvac;llo. Por outro 1;tdo vivenlos ern urn mundo em
q ~ i Deus
e
cstri sendo ofenrlido dc niuneilp brt~iiil:abortos, Clcpravnqdcs, lare8
dcsfcitos, clrogas, eriqcs monstruusos, pornografias sam cantn, ctc.. De
o r ~ t r olorclo Luclars essirq barbt~ricladcsIcvitit~us hanlens u Ilrrta vicln pa@ qrae ..
lcva a sup cundcna~8octerea. Se aslmarllos a Dc~usc ao nosso prbxirno
dcvemos detests~rtudo i, q1rc vai coritra isso c t i ~ n ~ b idevcmos
~n)
iutar contra
essa situnqiio. Sc sHo tcrrivcis os diit~em que vivcrnos silo tambdrn, pnra
nquelcs que combntem o born combrttc, clias glorio5;os. Hi mil maneiras de
'
letar, eritte nessn l ~ r t ~scja
t , pelt1 o~mqiio,pelo c?remy)Io,pclas pnlnvras, pela
atnaqHo. Mas nHo cfcixc tic latiti*.
Nossn Scnhorn o njarli~rrien1 430 bc1a pulejit.
receho vo.s.str corresponclG~rcirriL*. por isso. rrsc.rcrlsn-r*o.s
jlrr c.clt.tc,-ct </"*
qrre nril~lr~~.s
prcpcc.r.51rrrrtt tr/(rtt(lirlrrs.11 nrrrl~:r*i(~
C ~ ~. ~I ~CZ P ~ L I.sohr~s
III
(I
DIRETOR
hll3SIAS I)li MAITOS
itEl>.%cna
*
>
.
.4gr.lll!~~,~)
11 con.sttrrr/c ~-~~nrc.v.srr
ck~c1sen!l)l<rr~~.,
{kc "0 /.)c.shr~~nen!c,~".
~:i;t-io-f/~e.s
con; csln lrlrr clrcrllie i;o \.oIor~c k ~ ..., corlro i.'ollll.ihf~j('iio
12s
j ~ ~ w ~ ~ ~ o n t i t ~LIL'SS(I
~ r i ~t lr ~i ~i l i~. sl .el ' i t ~ ~ ~ i ~ ) i ~ h l i ~ ~ z ~ ( ; i o .
1-rr~rrcnlorrtjo p c ~ f ~clrv/(rcr,.
r.
qr/rlrrrirr ~nfrior:rllicjv, nrttifn c~,yrrr~/t~c~c~t.t'i
%
1'1: SAVIO I'EKNANDES l3U.EKKA
&IIINAI.IX) KOI?RIGUFS 1X)S ShWOS
KONILSON VEK~SSIMO
NII:I ON RODRIGUD IX)S SAN r i x
1.111% III~NItI~)[JI:l>EOLIVI:IRA
I'l<ANCISCODl! ASSIS SII.VJ\
'
Na prcscrite ediqiio, apresentarnos nlgvans
tjtos da vidz! dc S5u Bcrnardino de Sicna. Urn
santo csplcndorosa. ,
Izlc Soi natural da pequena c cncantmdora
cidndc dc Siena, na 1tBlia.J rncsrna terra dc
Silnta Catxinil dc Siena, * ouira est~eBa dc
primcira gl-andcm na Igrcja Cat6lica.
E aqui gostariarnos dc rcflctir usam poaaco
sobrc o scguintc: :dc uma lninriscula cidadc,
Sicna. surgiram dois santos que foram
in~portailtissimosin9 I-iistdria da Santa Pgeqjra;
Sim. dc urn pcqi~cno lugar, puderam surgir
dois lun~inarcs,1': ncssc diapasHo pcrgtnnatraenos:
por quc dc scu br~irro. caro leitor, dc seain
pcqucna cidadc, cstiillada Icitora, na3o podc
sul-iir unn grandc santo?
'
Sim, sornos chnmndos por DCIPSa S C ~
santos. VocC 6 chainado a scr sasmto. Mas, dir6
voce, quc dc scu bairro, dc sua cidadc, dc saaa
roqa, 1150podc surgir urlr santo.
Sc cia pcquena Sicna surgiranm dois
grandcs s;intos. dc scu bnirro. ctc stna ciclladc, dc
sua roqa. podoin sdrgir n3o um, mas ~nn°anncros
sillltos.
Griqas nr?o Ctlltam para isso. Basta laavcr
corrcspondCncia. Basta hwcr om~20,basta a
ti.cqi.iencia nos Sacrancntos. Basta Baatar, fuangir
tlo pcc;~tloc jxiiticitr a virtirde. Basta, cnfim,
buscar o'ausilio c praic~Hodc Nossa Scnhoren,
a I<oinhn dos Santos.
I'or outro lado, ha tanto a fazes. Diante dc
u t i ~ mundo dominndo pulo pecado, perawtc
un~a crisc SCIII iguat 110s mcios catblicos,
csistcm mil possibilidades de Buts, mil
, ocasifics dc prriticar o bcm e combatccr o .ma%.
Dcus nos cha*na B Santidade, Ouqamos
sua voz. Itczcmos a Nossa Scnhom e vamos &
luta.
'*TODAA SANTIDADE TODA A PERFEBCAODE NOSSA ALMA CONSISTE EM AMAR A JESUS @WU$TO
NOSSO DEUS, NOSSO SUMO BEM 13 S A I , ~ A Q O R '(Snnlo A/onro M clt? LigQio)
03
Voce ai! Voci. quc acnba dc rcccbcr "0
Desbravador" talvez vri gostar muitu destc:
exemplar recebido. Talvez 1.6 dar urna
olliadeln w l e e deisBlo no c.s(ltrccimcnto. E
possivel que o ache intercssnnte e nnda ~nnis,
mas, indcpcndcntc dc sua t
o 11i)s
gostariamos qilu reflutissc sobrc algt1111as
coisas: cnqunnto vocit cst6 ai scntado,
milhares de pssoas estdo ~norrendoc irltlo
para o inferno; centenas LIc doc!ltes padeccni
de enferinidades ~nartaise nr70 hri qucnl Iltcs\
dC assistencia religiosa 11a illtinla liora:
milhares de pessoas dcixilm it Santa Igrqia
Catblica e se filiam a seilas orienlais ou
protestantcs. Podcrinmos enull~erdrllma outra
sdric de coisas quc yanteccm c afi~st:u~l
os
l~oniensde Deus.
..
Diante disso qua1 vai scr rt suii rt;lqho6?
Dirfi que nil0 ten1 nada co~n,isso'? Dini quc
ainda C muito fi-aco para pensar nos outros'?
Caro leitor, cstinrada Icitora. aind;~quu
voct sejri fmco, aillda quc vooC niio tcnl~i~
cnpacidade, hl,nlgo quc bocfi poilc fitzcr: voci.
podc rcmr, pclos outros, pod^ d;ir o boln
cxemplo ,de uma vida . catblica ini11ec6vtll.
podc aconselhar aquela sua colcga ,dc classe a
n5o tiuer urn ato .ruim, pclc cnfirn. firzer
tantas coisas que por pccluenas qrlc parcc;ilm,
scrfio grindcs ilos olhos clc I>eus, quiindo
kitas corn n intenqilo dt. agrad6-10.
Vamos en) frente! Ilaiqan~os:dgo por
Deus, lhqamos sen1 nlctlir csl'orqos o t ~
trabalhos. A medidti de anwr u Dcus consiste
em amh-10 sen1 medidus disse Siio 1;rancisco
dc Salles. Ainda q i ~ :pafit fi\zcr."algo, eu
sacrifique meus gostos pcssoais, tiiitlllas
amizades, tninlui cnrrcirr~otl ~ ~ ~ i n fortunri.
lin
Aindn at6 quando rios ollios clos homens cu
prtrccessc ridiculo.
Nnda C ridiculo quanclo sc cstli lir/.enda
algo na linha da virhrdc c do bom.
Corr~gem, pois! Ccmleccmos a Ihzer
nlko jfi nn horn cnl qtte nos Icvantiirtnos tic
ondc- csthm& scntados. Colucccn~os pclo
mcnos rezando i ~ m a Avc Miiriil pirrii (111c
Nossa Scnhora nos inspire c dign o qtlc rlucr
que fa~amospor Eln e 110's tli forqns para
fize-lo.
'
r
.
portanto cinco anos depois da cxdlac;3o 30s
altares do grandc friulciscano.
I ~ ~ < ~ M E I RANOS
OS
-
ccl.;~,,~lo(lclnda
sobrc o rosto t l o gr;111cIc II.:IIIC~SC;IIIO,
INN ocnsiiiu dc s u n l ~ l o r l l ~
0c01.1.id;l
.
CIII I . 1 ~ L ~ i .
SHo Viccnte Fcrrrr, "o Anjo do
Julgmncnto", corno a si prbprio sc
intituiava, prcgava aos llabitantcs dc
Alexandria,
no
l'icinontc
(Itilia).
Incspcrildamcntc intcrrompcu sell scnnfio,
rccolhcu-se, oihou para o cdu c. conl ilnl
rosto inflamado, csclanlou: "Mcus filllos:
saibam quc hb cntrc v6s urn rcligioso da
Osdem dos Fradcs Md~~ores,
clue dcntro
cnl pouco scrh um hornc~nccilcbrc cin toda
:I ILrilia, c de cuja doutrina c cxcinplo virh
graidc fruto para o povo. I i , crnbora scja
clc iiinda jovcm c cu abatido pcla vclhicc,
tcinpo virh cm quc clc rnc scrri prcf'crido
CIII honrn pela Igrcjn Romann. Como isto
ncontcccrii, rctiro-lnc para prcgar nas
Gi~liasc Espanhas; quanto zlos povos dn
Itirlia onde sindil niio preguci, cabcrli a clc
instruir".
Essa profccia u Silo Bcrnardino dc
Sicnil rcalizou-sc ponto por ponto. Estc
santo foi, corn cfcito, canonizildo apcnns
scis anos ap6s sua 1r1or-tc, ocorridii cril
1444. cnquanto Siio Viccritc 1:crrcr.
f:dlccido em 1419, sb o Soi cn, 1455.
13crni1rdi110r~usccuc111 Mpssa-Carrurn,
na- cntzo I<epiJhlica dc Siena, lthlia, n 8 dc
sctcinbro dc 1380, diil da Natividadc cic
Nossa Scnhora. Por dcvoqc'io a Virgem,
cscolhcrii cle mnis iardc cssa mesrnil fcsta
tnrilo para scu irrgrcsso nci Ordcln dos
1:radcs Mcnorcs, qunnto sun profissilo
~.cligiosa, co~iiot:imbkm quondo cclcbrou
s ~ : tpritncirri Missa.
Scus pais, quc pcrtenciani ii ~labl-cza
da regizo. t'mleccrrtm sen1 tcr Bcrnrrrdino
;tindri ntingido os scis anus dc idadc.
Adotado succssi\~nmcntcpor ties ii~atenlos?~
patcn~os, o rncnitio rccebcu a tnais
cslricrclda cducaqiio rcligiosa c cicntifica,
scndo, ncstc scntido muilo auxiliado por
brilliante 'ililclig6ncio e rnein6ria.
"QUI2M AMA, DETESTA; QUEM
lIlZ'~ESTA,I.,UTA"
Essn rnitxi~nncspa~~holn
f'oj scgulida ri
risc:i pclo ,s;into. A~nnndospaixonndamcntc
o bcin, n virtudc, ern sumo, n Dcus,
dctcstrrva dc todo o cosn~fioo mal. E essa
dctcsta@o, cssc horror a toda forrna dc mal,
tornou-o urn vcrdndeiro nlcmbro da Igrcja
militante. uni auttntico combatcntc.
Aprcscnt:~rc~~los
a scguir urn cxcmplo
adlnirrivc.1 dcssa posiqfio assumida pclo
srinto.
Coi-riprecndcndo Bcrnurdino quc a
puircza 6 urn tcsouro prccioso quc se gunrda
cm fiiigil cristul, arrnou-se dc uma
vigilijncia plignaz contril tudo quc pudcsse
olknde-la. S6 sc cercava de companheiros
castos, nso permitindo cm sua prescnqa
quulqucr palavra ~nnislivru.
Sua purcza era F~IIIOS;~.
Quanclo os
maus cstilvam a tur cOnVCrSilS itnorr'lis C'
elc surgiu, ao v2-lo afirrnavirm: "silSilcio.
15 vcrn Bcrnardino".
Estarldo usn dia corn scus amigos nr~
pruva dc Sicna, urn dos principais
habita~ltcs~da
cidade, parit provocii-lo, i'czIhc uma proposta desoncsta. Bcstlarditlo,
conlo rcsposta, vibrou-ltlc urn rmiirro tilo
violento no queixo, quc o ruicfo do golpc
foi ouvido ern toda a pr;iq;i.
Sc gmndc cra a purc~it dc
Ucrnardino, nZo rncnor cra sun caridrldc
para con1 os cnl'crrnos. Aos dc;.cssctc
nos. itlgrcssou t~unlr~
Confrurin dc Nossir
Scnhora cstabclccida junto :to hospital "Ida
Scilia", cm Sicna, para scrvir con^ spas
jrrdprirts rndos as doentcs.
No ano de 1400, n pcstc rluc
dcsolava a Itiilia atingiu Sicna. ti~zci~do
ini~mcrasvititnas, cntrc as quais l~ii~itos
clos filncionkios do Ilospital. Ao touiar
cot~hccitnento disso, Bcmardino rciirliii
doze jovens da nobrcm dn cidadc c,
dcpois dc tcrcm co~xiingado c sc
prcparado pwa o rnartirio da caridndc,
ofcrcccram-sc ao disctor do hospital,
cuidat~do durante toda a cpidc~r~ia
dos
docntcs mais nccessitados.
Dcsejando lcvar unla vida mais
pcrf'eita, longc do bulicio tlo rnurlclo. o
sat~torctirou-sc para umr~ cf15cap.a nor;
'arrcdorcs dc Sictiil, para ai vivcr nil
solid50 e na contcmplr1c;5o das coisas
divinus. Convc~icctldo-sc. porcini, (la
vantagcm do cstado rcIigioso, cni- clue
esistc a cxcclGncia dos votos c da ftcgra?
13crnarditlo pcdiu o ingrcsso na Ordcrn
dos Frades Menorcs. Ndla fbi rcccbido
pclo bem-avcnturado Joiio Ncstor, oriundo
tanlbein du rlobrczn drr cidiidc. c quc
consngrara sua vidn j a comllatcr os
maniqucus da 136snia.
N:I Ordein Scrilka, Sernardino
tornar-sc-ia urn dos inaiorcs pregadorcs
popularcs' du todos os tctnpos, como
prcdisscra Slio Viccntc Fcrrcr.
Antes dc dcCfic;1s-sc: ii prcgaqilo das
virtudcs cristils, quis o s;lnto ntingir o
1n5ximo dc pcrl'ci~iion quc era chamado,
pclr:t qitc suas palavsas brotasscm da
b 1 1 1 c i do coraqiio. E foi tla
cot~tcrnpluc;riodo Divirlo Cnici lcado cluo
csicontrou clc os tcsouros dc virtudc c dc
ciE11cia quc dcpois :I 1161ia intcit-a absorvcrin
clc scus Iiibios.
A isto o aninlava o pr6prio Salvador.
ccrto dia, CIII quc Bcru;trdino cstilva
prostrado aas pcs do Crucifixo, oitviu Nosso
Sathor dizer-lhc: "Mcu filho, uqui mc
tct~clcs'prcgado ri Cruz; sc tu ~ n ciunas c
clucrcs irnitar-me, crircifica-tc tarnbdrn c Mc
scguc, Assit11 t c 1 - i ~ scguranqa dc Mc
ci~co~itrilr".
Scus supcriorcs, vcndo-o t9o adituitado
112 virti~dcc 'na ciencio o destinartim pill3
pregar C n i Milfio. 0 Csito du miss20 levou o
santo u co~nprccndcrquc Nosso Scnhor o
clcstinava ;lo tnirlistkrio da palavra, para o
clual tinlta dois obstliculos quasc
intrunsponivcis: voz .fracu, c urn ccrio
cn~baravonn lingua, quc o isnpcdia dc sc
ysprirrlir corn it clarcza noccssiirin. Rccorreu
cnt5o Dcnlartlitlino ~ ~ u c quc
l n crd o seu
aiisiiio constantc, obtcndo da Virgcin Fiol
iil~lavoz potcntc c crist*
d 1'~ n a .
k
I>ura~~tc
vririos anos Silo Bcrnardino
pcrcorrcu loda a Itriliu obtcndo convcrsiics
cstrondosns,
rununcias
cspetaculrtrcs,
cotlscguit~do i~lcstno o ccssar clns
"Cl~ciosdo dcsojo dc nos entregani~os
hostilidades entre os guelt'os - partidSrios
ri contcrnpliic;fio da nita santidade dn
do papa na It6lia - c os gibclinos -,.
ItcligiZo Cat6lica. s6 cla pura e sem
partidhrios do Impcrador aIern50 naquclc
manchn, c-pcnctrado tari~bkrndc compnixiio
pais - que mantinham em constantc
pclrt ruinu dc tantas almas quc: cstiio
sobrcssalto a peninsula it il'I'ICa.
cspostcls rt pcrcccr nesse profi~ndo e
. 8 sclnto foi cognoxninado na epoca
turnultuos" mar dos vicios do mundo c quc
dc "carviio ardentc", dc tal lllancira
podcm aitldn scr rcct~cutl~it~l~adas
h scnda da
itlflntnavarn suns pnlnvras todos quc 11s
vcrdadcirtl virtudc - n6s nos proponros, sob
ouvian~. Aplicava-se o santo, sobrctudo
a dircc;Ho dc Nosso Scnhor Jesus Cristo, 'ifc
em rcavivar nas almas o amor n Jesus .
sun dulcissii~ra Mrie c dc nosso Santo Vni
Cristo e o desprezo pclo nund do.
Francisco, tratar da vcrdadc c da divi~ldadc
da
Rcligiilo Catblica. Cotn ef'eito, seu
Para esse efeito, gcralmcntc no 17111
conhccimcnto C de t8o grnndc ncccssidadc c
dos scus serm8cs, lnostrava aos ouvintes,
importincia. quc niio 115 nada dc quc SL'
gravado a our0 en1 urn pcqucno quadro, o
possa
mais cnvcrgonhar scrido o Fito dc nilo
noxnc do Salvador, convidando os
i conhcccr... fi para scrrnos pcrfeitos qtic
prcscntcs a se ajoclharcm c a
nasccmos. k A perfci@o quc dcvctl~os
acompat~haremna adoraqao dcssa balditu
tclidcr cctn ccssar. E 6, finalmcntc, na glbria
dcnomina(;iio.
cclestc qrlc C S S ~pcrf'ei~80dcve consumnrCcrto dia, UIII confradc do snnto
sc. (...), Ora, a utilidade das utitidadcs, o
pcrguntou-lhe: "Como vossas prcgai;fies,
ii-uto dos fnltos, o objcto e o fim de todos os
Frei Bcmardino, sfio t2o estimadas pelo
dcscjos. d a fclicidadc futura, para a qua1
povo c prodwem tanto fruto. qucrcis
todas us criaturas nobrcs e intcligcntcs
cnsinar-me as regras particulares tic quc
f'orain criadas".
vos servistes quando comc~nstcs n
prcgar?" ' 5 6 una", rcspondcu-ll:c o
VIGARIO GERAL DA ORDEM
admirbvcl . fmnciscnno. "Desdc quc
comecei a pregar, jmais pronuncici unxl
S5o 13ernardino recusou quutro vexes o
s6 p a l a m que niio fossc para a honra c
cpiscopodo. biziu jocosa~ncntcquc prckrin
gl6riu de Dcus. Essa rcgra, quc semprc
scr bispo de toda a Itilia quc dc ulna s6
live o cuidado dc observar, 6 a tinica quc
Dioccsc. Elcito Vigitrio Gcral de sua Ordem
me tern valido para a aquisiq3o de ciencia,
c~nprccndcu ulna rcfonna rigorosa cios
de eloqUCncia, de prontidiIo no fular c dc
fradcs da cstrita obscrv8ncia. Enviou
autoridade no quc digo. E (S a linica quc
~nissionririos.zclosos ao Oriente, ao Egito, h
me tern obtido a convcrsiio dc todas as
Eti6pia. B Assiria c ii india. I? a elc que se
almas que eu possa tcr ctlcitlnitillado a
dcvcm as vririas ombaixadas de paiscs do
Deus".
Oricntc e da Akica, como a da Etibpia, no
Concilio Ecu~llCnicodc Florenqa.
0 glorioso hcrcii de Jesus Cristo
"NASCEMOS P A M A
falcccu na vCspera da Ascensiio em 1444,
PEMEICAO"
aos 64 itnos dc idade, scrldo cnnonizado
apenns seis anos dcpois, pois era difundidu
A titulo de exemplo, citaremos'breuc
a fama dc sua santidadc.
trccho de urn sermiio do santo:
1
'
"SE OS CONDENAUOS GOZASSEM [)A VISAO 13E DIIUS, NAO SI3N'TIRIAM OS TORMENI'OS, ANTES
0 INFERNO S E LllES TRANSI'OIIMAKIA EM PARAISO
'* (SUII~O
Agc*r.ti,,ho)
07
0 honiem de hoje, cm sun grnndc ~llaioria,6 orgullioso c esse 01-gulho o faz
dctestar as humilhaqaes e fugir dcias.
E corno conscqiiPncin. nil0 sc perdoa, ncm sc csquccc dns ofensas, reais ou
,
irl~aginhriasrccebidas. Cniil~czipessoas quc jitn~aispcrdoaram brigas dc inGncia c
inorreram corn 6dio no coraqiio.
I~ifeliztner~tc
at6 pcssoas catblicas s8o dominadas poi- cssc sentimento. E ao scrcln
qucstionadas dizem: "nus elo rnc ofendru", "uln rnc humilhou" ou "elcs fafarain inal
de mim".
Como resposta a isso tomarnos as palavras e os cxcnlplos dc Nosso Senhor Jesus
Cristo e dos santos. Nosso Scllhor nlandou quc slniisscnlos os nossos inirnigos,
rezisscmos por elcs. A l d m disso, Eic tcxtuaimcntc folou quc qrlcin sc hnmilha C
cxaltado. Quanto aos seus excrn~)losbasta ver a sua I'aisiio para observormos o desejo
c~ucElc tinha dc cotivcrtcr scus dcsafctos.
0s santos na cstcirlt de Nosso Sonllor fornm trunhdrn pr6digos de palavras c
cxenlplos nessc sentido. Santn Tcrczn dl: Jesus, yuando cm ccrtn ocasiiio falavam ma1
dcla, disse que qucm a acusarn Cora bcncvolo, pois cla era nluito pior do que havianl
falado.
Yor sew lado, Santo Inacio* dc l,oyola diziri quc o Jcsuita se santificava pcla
1lumilhac;iio. Outro santo chrtrnava os seus inirnigos dc scus grandes benfeitorcs, pois
por Nosso Senhor.
clcs Ihc davani a opal-tunidadc dc sofrcr pacicntcmc~~tc
Poderiamos alongar as citaqaes, Inas cremos clue lhcs bastarn para mostrar quc o
verdadciro cat6lic0, it imitaqiio tlc Nosso Scnhor, pcrdoa as ofensas, aceita as
hun1ilhag6es e corn isso constrcii ria 'Terra urn tcsouro para o C6u.
48
"I'KEI:IIiO SEIt I,AN(,'AI)O EM I J MIjlihSl:lf<OA COMII7'Iill Uh.1 I'lXAlIO CONI'Ibl MEU DEUS"
(.S(J,IIOI: ~bntntdo)
tr
0 INFE
0 inlcrno c! uni lugar dcstitliido pclu
justipn divina pqra pitair c,om suplicios
cternos os que morrcnl crn pecado ~~~ortiil.
A
primcira pcna quc os condcnridos sol\on~no
inferno (5 a pcna dos scntidos, q~rc srlo
ntor~ncrltados por urn Togo qttc qucimn
horrivclmentc, sem nunca diminuir dc
intensidadc. Fogo nos olllos, fogo nn boca.
fogo en1 todas as partes. CaJa seritido sofre a
pr6pria pcna; os olhos sofrcm pela tumga c
pelas trcvas c silo atcrracios pela vista dos
dcrnaniou e dos outros co~idcnados. 0 s
ouvidos, dia c noitc, s6 cscutsrii continuos
uivos, prantos c hlasEmias. 0 olfato sofrc
ciiormementc pclo mu11 chciro dL,cluclc
cnxofi-c e pez arda~tcque o suroca. A hoca 4
ntoriiicntada por scdc dcvorndor;l c fomc
cani~la:Et fhtcn patic'ntur ut canes. 0 niau
riuo no lneio daqueles tonncritos, clgucu o
olllur para o CCu c pediu, como griindc grliqit, .
ulna pcqucna gotn de dgua para &tigar 3
securo dc sua lingua c at6 essa gota dc rigua
lllc fbi negada. Por isso, arluolcs irifilizcs,
rcqi~cin~adosdc scdc, dcvorados pclas
chunlas, utormcntados pclo fogo, chorani,
gritcun e sc dcscspcrarn. Oh! Inferno. i~trcrno!
Como silo infelizes os quc cacrn nos tcus
abismos! - E tu quc dizcs, tncu filllo? Su
ngora niio podcs conscrvnr uni dcdo sobrc a
pcclucna c h m a dc uma vclo, sc ni?o pocics
agilentar nem urna fagulha dc fogo na it150 ,
scnl gritar, como podcrcis agilcntar-tc cn@o
cntrc aquclas cllanlas por toda a ctcrnidadc'? :
Considcra, al61n disso, rneu filho, o
remorso quc cxpcrirner~taa consciCncia dos
condc,nados. Eles padccerrio um inferno na
memcirin, na intciigtnci;~, nn vontildc.
Rccordariio continunmcnte o niotivo d:~sua
pcrdi~iio,isto d, por terem qucrido nlimentar
algutnn "pnixilo. Esta lcnibranqa E o vcrmc que
llitnca morrc:. Vcnliis c6rum non n16ritur.
i{~cordariioo tempo quc Deus lhes dcu p m
cvitar 3 ppndi~80, os br,s excmplos dos
con~prtnhciros, us prop6sitos feitos c n30
cunipridus. I'cnsario 110ssernlaes ouvidos, nos
avisos do confessor, nas boas inspirqaes p a
dcixqr ,o pcci~do;vciido quc jS 1130 IlCl rcmCdio,
1rulc;arrlo gritos dcscsperados. A vontade nada
tcrh do quc dcscja c ao contrhrio, padcccrh
todos os tnalcs. A intcligCricia conhcccrh
finalincntc o grmdc bcrn quc pcrdcu. A alnia
scparadrt do corpo, ao apresentar-sc no tribunal
divino, cntrcve a bclczit dc Dcus, conhccc toda
a sua bondadc, cllcga a coritc~~lplar
por um
instantc 0 csplcndor do Poraiso, ouvc tiilvcz
tarnbtrn as csiitos tiarnioniosissimos dos Anjos
c dos Santos. Quc dor verificar que perdcu tudo
isso para scmprc! Qucn~poder6, rcsistir a tais
tormctltos?
h4cu filho, 111 quc agora nao tc importas
tlc pcrdcr o tci~Dcus c o Pmafso, conlicccr9s a
tun csgucira qumdo vircs tultos compnnhciros
tcus, niais igtiorantcs c mais pobrcs do quc tu.
t~iunfarcnlL' gomrctn 110 rcirlo dos CCus, ao
passo qt~ctu scrhs arrojiido para lor~gcdaquclo
I'htria lkliz. do gozo do mcsnio Dcus. da
cotnpnnhia da Sautlssima. Virgcm c dos Santos.
Eia, pois, f k ~ cpctii tzncia, n5o cspcrcs para
quando niio houvcr mais tempo, critrcga-tc n
Dcus. Qucrn sabc sc nbo! 6 cstc o liltimo
' cl~anladoc sc n2o corrcspondcs, qucm snbe sc
Ilcus 1;3o tc abandona c nio tc dcixn cair
naquclcs ctcnlos suplicios! Oh! Mcu -Jesus
iivrrii-nlc do inferno: A p c n i s infcrni,
li hcralno, Dbminc!
Considcra, meu filho,, quc se form p i u ~o
itifcr~io.rlitnca niais dclc sair5s. Lii sc sofrc~li
tcjdns as i>cnas c loclns clcmamentc. PassnrGo
ccm anos dcsdc quc caisic no infcrno, pussado
mil c o infcrt!o cstnrri ainda cm seu comcqo;
passark cenl mil, ccni milhacs, pasbar50 mil
nlilhr",q. d c sCculos c o i~~fcrno
tcri apcnas
iniciacio. Sc unt anjo Icvassc aos condcnados ti
noticin quc D ~ L Ios
S libcrtaria do inferno dcpais
dc passndos tantos tnilliBes dc s6culos quanta
"SE TIVESSE L3E 1'SCOL.I iliR ENTIII: 0 SOI'IlIll~'l-OI)&S AS IJ13JASD(lS SENTIDOS NO INFERNO E
0 COMCTCR UM ~6lBECALXlC(lN'l-ltA ($)Mritl LIIIIJS. ESSOLI 1E111A 9 PI1IMIIKO" (SUMOAncct,t~o)
I , .
a
'
09
s5o as gotas dc agua do tnnr, as folhus dri5
irvorcs e os grios dc arcia J a tcrrri, csta
noticia lhcs causaria a niitior sntislh~5o. i;
vcrdadc, dirim, quc dcvcm ,passar :~ind:l
tatitos sCculos, inas urn dia 11d & i1~3b:lr.I'cIo
.
coritrririo, passariio todos csscs sdculos c todos .
tonlpos quc sc possam inlaginar c o inferno
cstnr6 scmprc no principio, 'I'cjdos os
~o~idctiados
Fari,ui dc boa vont:ldc cotii L)ctis
o scguiritc pacto: "Scnhor. clunlcntni quatito
ctitcndcrdcs cstc mcu stcplicio; deixai-11ie
ncstcs tomlcntos por quat~toLcti'tpo quiscrdcs,
concanto quc mc dcis a cspcrariqa dc cl~lcunl
dia 1150 dc acabar". Mas nadn:. cstn cspcranqa.
cstc tcnno nunca chcgari.
.
Sc ao nicnos o pobrc condcnntlo
pudcssc cngmiar-sc o si mcstito c iludir-sc
dizcitdo: Qucnl sabe, unl dia tulvcz tcr6 Dcils
piedadc de rnir:i e mc arrancar5 dcstc abisnin!
Mas nGo, ncrn isto: vcrh scmprc cscrita diantc
CIC si a scntcnqn de S U ctcrtiidndc
~
inrcliz. I'ois
entilo, irci clc dizcndo, todas cstns pcn:ls. cstc
fogo, estes gritos nuncn ~nnisitcabaldo para
mini'? Nilo, lhc serd rcspondido. nib, jarnais.
C durafio scmprc? Scmprc, por toda :I
ctcrnidadc. Semprc, vcrri cscrito nilquclas
chamns quc qucimnni; scmprc. nn pollla drts
cspadas cluc os tra~isp~ssa~n;
sctitprc, nacluclcs
(IcmOnios que o ;ttor~ncntam; scmprc.
nr~quclas portas eternari~cntc fcc11act;ri; prira
clc. Oh! Etcrnidadc! Oh! Abismo scm iundo!
Oh! Mar seln prains! Oh! Cavcrrii~sctil said:]?
Qttcnt n3o terncrd ao pcnsar em ti? Mutdito
pecado! Que trcn~cndos strplicios prcgiirils
para quctn tc comctc! Ah! ~ ' u n c amais. tiuylca
tiinis pccarei durantc a minflii vidii.
10
Mas o clue dcvc crlcct~crdc pavor 6 pcnsitr
iluc arlucla l~orrivclforaallin cst6 sclrlpre aberta
debaiso dc tells ~ C cS quc 6 sufi~icntcuni s6
~ ~ c c a d oniortiil par;l I$ tc fwcr cair.
Comprccndcs bc~n, lncu filllo, o quc csth
Icndo? Ilrtia pcna ctcrnn por urn s0 pecndo
n~ortalcli~ccornctes cot11 tantn facilidado.
tJma blast"ciiia, utna ?rofanaqSio dos dias
sat~los.uni filr~o,urn bdio, uma paluvrn, uni oto,
urn pcnsamcnto obsccno para sercs condcnado
i s pcnas tlo infcrrio. Oh! Mcu filllo cscuta, pois
c~ 11ic11cotlscllit~:Sc a co~lsciCnciatc acusa Jc
algttrn pccado, vai dcprcssn confcssar-tc para
cotncqnr unln vidr~boa. 13ciccni priitica todos os
' mcios cluc tc indicar o confessor. Sc for
ncccsscir.io, Iizc utna cotifiss30 geral. I'romctc
quc Illis dc fugir das oc;isi6cs pcrigosas, dos
trlaus conipanl~cirosc, sc Dctts tc indicassc atC
q i ~ cdevcs dcixar o nund do, scguc logo a sua
voz.
.1.udo cluc lizcr para cvitrw utita ctcniidadc
dc tonnctitos, I. pouco, d nnda: Nul1;t niniiir
sccliritrls, i~bi pcriclitlitur aetcCrnitas (Silo
13crn:lrclo). Oh! Qunntos tia flor dn idndc
abilndbnara~~i
o rnundo, a phtrin, os parentcs. e
foram vivcr isolados nas cavemas, nos dcscrtos,
alimentando-sc somcnte dc pllo c igun, c at6 i
vczcs sci tlc raizcs. c tudo isto pgra cvitar o
irlkrno? E tit, quc hzcs, tlcpois de tanlns vczcs
quc mcrcccstcs o inferno corn o pccado? Quc
liizcs? Lanqa-tc aos pcs do tcu Dcus c dizc-lhe:
"Scnhor, cstou pronto a fazcr o quc V6s
quiscrdcs; nunca mais lici dc pccar em niitika
vida: jli por dcmnis vos tcnho ofendido:
mandai-wc todos os sofrimcntos quc quiscrt~;~
durantu csta vida. contanto quc CII possa sillvar
a 11iii1t1~1a1mil".
Extraido do livro "0jovcm instruido*(Dorn Bosco)
"0t3'ERNIDADE. 0 I ~ T l i I < N I I ~ A IQ1JL:hl
~ I ~ ! CHI:NA Il.l~liRNIIlAI)I~1; h ' A 0 ASI'IKA
A SAN'I.II>AIIE,
DEVERIA SIlK CONS1'RVAI)O NlJhl IIOS~'ICIO1lE AL.Il~3JAI~OS"(/>~7~/rt:.8i19j/~)
Nossas oray6cs agrrida~ntanto :I Dcus
que 6ic as faz chcgw, por ~nciodos al~jos.i\
sua prcscnsa logo dcpois dc as rccitarnlos.
"As oraq6cs dos fidis s5o confiodns aos at!jos,
diz. S: I-Iilijrio; estcs ;IS fcva~~l
cotidian;~n~cntc
diantc do trono de Dcus".As oravBcs dos
justos fort~lariraqucla nuverrl rr~istcriosaquc
S.JoGo viu subir das miios dos anios (Apoc. 8,
3). S c g d o o mcsmo aphstolo, siio
scmclhantcs a turibulos riurcos quc em si
contdrll perfumes preciosos e suninmcntc
agrudriveis n Deus.
A ota@o, scgurido S. ~cmardlnodc
Sicl~n,.!c um fie1 cmbaixador. muilo conhcciilo
do Rei do rbu, c quc tcln cntrada no tnais
intinlo dc scus aposcntos C, por sells itistantcs
rogos, rnovc o scu co~l~passivo
coraqrlo a
prcstar toda a cspdcic dc ausilio. ,a n6s,
dcsgraqados, quc gclncmos ncstc vale dc
Ifigrimas, sob talltas aflicdcs c misc'rias. Isnk~s
tatnbcjm nos asscgura quc Dcus. ao ouvir
nossns ora~bcs,sc coniovc c 1130 nos dcisa
muito tcrnpo a cliorar, nus 110s rcspon<lc
in~cdiatamentc coln a concessiio clc noss:~
si~plica."Nile haverds nrais dc chorar, corn
muita conliscraqiio sc coinpadcccr5 dc ti; logo
quc ouvir a voz dc tcu elmnor. tc rcspondcrri"
(Is 30, 19). 0 Scnhor sc qucixa de n6s, pcla
boca de Jeremias, dizendo: "Porventura tcnho
cu sido para Israel um dcscrto ou tcua tnrdia'l
2'or quc, pois, tcrn dito o lncu povo: N6s nos
rctiramos, n8o tornaremos mais parrl ti? (Jcr 2,
3 1)". Corn outras palavras: Por que dizcis quc
nao qucrcis recorrcrlmais u rnim'? I? tilivcz
minha tniseric6rdia para v6s uma tcrrn
itlfrutifcra, que n3o pode dar frutos dc &rap?
Quc 15 cla tnlvez uma terra tardia, quc s6 tnrdc
produz scus frutos? Nosso nnllivcl Senhor nos
d6 uqui u entender quc Elc atcndc scrnprc is
nossas suplicas, c isso som tardar; ao mcsmo
tcrnpo queixa-sc Elc da desconfianqa daquclcs
llarncns quc, pcrr tcnlor dc nil0 scrcttl
atcndidos, deixiun, a oraqBo.
Sc Dcus nos pcrmitisse apresentar-lhe
l~rrlasci vcx por m2s nossas sliplicas, jB seria
isso urn granCfc favor. 0 s rcis da tcrra dr"io
audiencia s6 algumas lsvczcspor ano; para Dcus,
porern, lcinos scmprc cntrada franca. S. Joiio
Cris6stomo diz quc Deus cstB scnlpre pronto a
atcndcr llossas siiplicas e nunca sc dci o caso de
quc Elc 1130 prcstc ouvidos ao suplicantc que o
invoca colno convdn~.Em outro lugar, diz elc
quc ~ C U S110s atende n~csnromtcs dc tcnnos
concluido nossa silplica. 6 o quc Deus nresino
pron~ctcu, dizondo: "Estanrio clcs ainda
falando, cu os ouvirci" (Is 65, 24). Conformc o
Salmista, cs16 o Sctihor junto de qucm om,
atcndc suas silplicgs c salva-o. "0Scnhor cs16
pcrto dc todos que o invocam; dc todos quc o
invocarll em vcrtiadc (isto 6, de n~odoquc
convtm); Elc filz a vontadc dos quc o tcmem,
ouvc scus rogos c salva-os' ($1 144, 18-19)".
I'am sc conheccr, cntrctmto, quanta
llossas oraq6cs podcrn jiinlo dc Deus, basta Icr
na Srrgrada Escritul-cl as inurncras promcsw
quc Dcus fez, tanto no Antigo como no Novo
I'csumcnto, a todos quc 0 invocam. Por
cscmplo: "Invocni-mc c cu vos ouvirci" (S149,
35). "l'cdi c vos sct-5 dado; buscai c acharcis;
batci c ;ibrir-sc-v~s-a'~(Mt 7, 7). "VOSSOPai
cclcstc concedcrri f'nvorcs liquclcs quc lhc
pcdircm" (Mt 7, 1I). "Todo aquclc quc pcdc,
rcccbc, c q ~ ~ c lbusca,
n
nchrtrh" (LC 2 1, 10).
"'Tudo o quc pcdirdcs a mcu Pai, vos scrA dado"
(Mt 18.19). "Tudo o quc pcdirdes nn orac;8o,
crcdc, rcccbcrcis, c vos scrh dado" (Mc 1 124).
"Sc 111c pedirdes nlguma coisa em meu nonic,
cu o Farci" (Jo 14, 14). "Fodcis pedir o que
quiscrdcs, tudo vos serri concedido" (Jo 15, 7).
"Em vcrdndc, crn vcrdnde, vos digo, se bdirdcs
a 111cuPai nlguma coiso em meu nornc, vos scrli
conccdida" (Jo 16, 23). Indmems nutrias
passagcns, que afirmam o mcsmo, dcvcmos
dcixar por brcvidade.
"Conto podcmos tcmcr, pcrgunta S.
Agostinho, n3o scr atcndidos em nossas
oraq6cs; sc Det~s, que C u vcrdudc mesma,
pronrctcu ouvir aquclc que o invoca?" Riz
aitrda o Smto: "Como 6 possivcl que Dcus se
ncguc n atctldcr As nossas s~$~~cGs,
sc El6
mcsmo nos exorta tmtas vezes, nit Sagrrlda
'
"E 'I'ODOSAQUELES QUl; QUIS13REM \d IVLR1'1 E1)OSAMENI'E 13M JESUS CRISTO,I-lA0DE S0I:REK
1~easeciul~8~s"(2 'rim 3, 12)
11
Escritura, it rcmr? N5o 6 isso iiaipclssivcl'!
,\crcscenta Elc; p i s , dcsdu qiic o SL'IIIIDS
promctcu, csth Elc obrigacto a conccdcr,-nosas
gnrps quc She pcdinios".
Dcus qucr, cm vcrdadc, quc 110s
salvcmos; para nosso pr6l)rio bcm, porkill,
ilucr cic quc nlca~lcc~llos
a 11ossosa1vac;So jwr
11lciodc unt co~ilbatcvitorioso. I'or isso, aqui
no nnuiido, vivcmos em gucrra i11ccss:tntc c,
para 110s salvar, dcvcmos combatcr c VCIICCI'.
"NinguCn~scrd coro:ido, diz S. CrisOstonlo, sc
nfio tivcr vcncido". Nossos iliiuiigos. porcni,
s2o t~uriicrosos c podcrosos c nbs firicos
clcin:lis. Como, pois, cori~bn(cr,coino vcnccr?
Cobrcrnos, por6111,coragcm, c digiitlios corn o
Apc\stolo: "'I'udo posso ti;tcluclc quc mc
con!i~rta9' (Filip 4, 13). (20111
orac;Zo
podcmos tudo; cla nos alcrinc;:t dc Dcus n
f'orqa quc nilo tcmos por 116s nl~sntos.
'l'codoroto chama cssc mcio todo-podcrcrso c
diz. clue cle, par si s6, podc rcalizar tudo. S.
Ro~lvc~~tura
tatnbdm aiinna clue ";I orat.30 110s
alcarlc;a todo o bcnl c nos prcscrva dc todo o
nlal" (In Lc 11). Scgutido S. 1,ourcllc;o
Justiniaio, pcln oraqiio constitui~ilos uma
Sortalcm qrlc nos protcgc contra toda a astiicia
c irnpcto do inimigo.
0 podcr do inlkrno, scrli duvid;~, i.
grtlndc, mas n ornqfio supcra todos os
dcm6nios, diz S.Bcrnardo, porquc cssc 111cio
nos ~lsscgurao auxilio dc Dcus, quc 6 ~nais
podcroso quc toda n forc;a criada. I'or isso
David2 sc rtnimavu nas suas tribulcc;6cs.
dize~ldo(S1 17,4): "lnvocarci o Scnhor c scrci
salvo dc mcus inimigos". S. Cris6stomo
cl~amrta orac;i.lo "uma arlna, urn baluxtc, um
porto dc salvaqHo c utlia tcsouraria". 1Jla C
urns armo podcrosri corn il qu;rl podcnios
rcpelir todos os elnclucs dos cspiritos rnaus; 6
urn baluartc, atriw; do qua1 estiulios protcgidos
contra todos os pcrigos; 1. unl porto qnc nos
ofcrccc abrigo contra todas ils tcn~pcstadcs;d
urn tcsouro quc 110sprove cic todos os bells.
12
''0 MEU DEUS, AGOl<A i<I:CONIILCO O I J l i
I
SA V I l A iA
I
qi1:111-10 agradittllos ao Scilhor,
rccorrcndo a I'lc crn todos 0 s pcrigos, tanto lllu
dcsngradamc)~,nlostrntido-110s ~icgligc~~tes
na
ornqiio- S . Ronvcnlur:t tliz quc, do rlicsriio rnado
clue mi rci tcria ctn conta dc inficl urn
con1and:intc quu, nssediado c111 unia forlalcza
por ~ I I I I ~ ~ I ' r c i t tillillligo,
)
1150 ~JIC pedissc
socorro, assin1 tan~hdtn1)cus considcra conio
trnitior nquclc quc, no furor d;is tcntaqacs, 1150
rccorrc ;I Elc. apcsar dc saber quc Dcus descjo
isso c s6 cspcra utn;x siiplica para llic c~lviarunt
ausilio clicnz. "Virldc todos a rnin~,cluc aodais
ctii trabalhos c vos achais carrcgados, c cu vos
alcnrnrci" (Mt 1 I. 28). Mcus r~ccessitildos
iillios. nos tliz o Salvador corn aqucliis palavm~,
I Y ~ pcrcais
O
cor;~geni;sc vossos iniltligos vos
assaltam c o pcso'tlos pccados vos abate, voltaivos para rnini na orac;3o c cu vos darci fo~qa.
corn :1 qua1 podercis rcsistir, curmi todas as
\Tossiisrnisbrias.
Scgundo S . Jo3o CrisBston~o,a oraqilo 6
irni;~iincom dc salvaqiio para os quc cstiio h
111crcE da ~cn~pcstadc,
urn tesouro itiesgot6vcl
para os pobrcs, uin rcniddio podcroso para os
docnrcs, unl scgurn prcscrvafivo para os ~20s..
SSo Lourcn~o Justitiiano diz quc a ora~ilo
rc.concilia con1 I)cus, satislhz todos os dcscjos,
vcncc todos os iuirnigos c tmnsf'ornia os
homcns. El:t apl;\ca a ira dc Dcus, pois o Scnlior
pcrdourf~i~nediatarncntcn todo nqilclc quc Ihc
suplics corn humildadc; cla nos alcanga todas
as grilGs cquc pcdimos, clil trilnsfom~a,
f?nalmcntc, os homcns, dc fonna quc os ccgos
ficum vcndo, os frncos ficam fortcs c os
pccadorcs tornam-se ji~stos.
Sc a1guc"m prccisa dc luzes, pqn-as .ro
Scnhor, quc u s rcccbcrh. Apcnas voltci-mc p:im
o Sciil~or,diz o rci SalomBo, conccdcu-me Elc a
sabedoria. "I~ivoquei-oe o espirito dn sabedorira
dcscerl sobi-c nlin~" (Sab 7, 7). Sc i1lguCm
prccisn dc forqa, pcqa-;i Bo Scnhor, quc Elc Iha
conccdcrii. Apcnns nbri ~ i ~ c 16bios
us
n;i oraqilo,
diz o Salrnistii, jri concedcu-me o Sedior seu
auxilio. "Abri n mitlha boca c cttrai o alcnto" (S1
11 8, 131). N2o fi~i n oras30 quc deu uos
1 IlldO l'i V A I I I A U I li AI:I.ICAO 1)ti
I
I
IJSI'IRI.I-O
A M A (Sor?,o.~fgostii~llo)
C SOV ~ S
,
n~rirtircsa f o r p para rcsistirc~llaos tir?tlosr? 11
orzil;3o fazia-os fortes dc mancira qut. t inlliln~
. &itlimopara vcnccrem os tormcntos c a mortc.
.
S. Pcdro Crisiilogo diz: "Quenl sc
utilim dn podcrosn armn d$ oraqfio. 113o
cxpriincntarC1a mortc; foge d l tcrra, von para
o ciu c vivc em Dcus (Scniio 43), isso quer
dizcr, clc nilo cai no pccado, pcrdc o apcgo i s
coisss criadas, habita n o cdu cotn c)
pcnsmcnto c con1cc;a jri ncste nlundo a goxir
do con~drciocon1 Dcus. I'or quc v6s, se
perguntar, chcio de afliqiio; Estarci .iiwrito no
livro dos cscolhidos? Conceder-md-ri sua
g r a p eficm e a santa pcrscvcranqa? "NHo
tenhais cuidado dc coisa nlgulna, mas, corn
rtluita orag.20 e rogos, corn a@o dc grqa,
scjamnmrmifestadosas vossas pctiqr7cs diantc
dc Dcus" (Filip 4, 6). Para quc todos csscs
ternores c preocupa$8cs?, quer "aizcr o
Ap6stolo: rcpcli dc v6s csscs cuidacios
dcmasiadss, porque s6 scrvcrn pa13 abalar
vossa" confinn(;a e tomar-vos tibios c
prcgui~ososno cminho da salvaqllo; pcili c
suplicai sem ccssm; aprcscntai vossas
petiq6es n Deus, e agradccei-lhc scnlprc pcla
bondadc com quc promctcu atcndcr-vos todas
.
as vezes que 0 invocnrdcs, c conccder-vos
graqns efieues,
perscverwn, 'bcninvcnturmc;a etcrnq numa palavra. tudo o quc
dcsejardes.
'
\
I
A
N6s nao ternos nbsoluta~ncntcn h n ; sc
reiirmos, podm, n3;o scremos nuis pobrcs.
porqu.c, se n6s nada possuimos, Detrs d rico c
imcnsamente liberal para conl todos quc Ihc
pedcln auxlho. "Ele d rico para todos quc o
invocam" (Rom 10,12), diz o cisto to lo.
Desdc quc tcmos quc tratar conl unl Scnhor
quc 6 sumamcnte podcroso c imcnsnmcntc
rico, n8o Ihe pequnos coisns insignificantcs c ,
misertlveis, mas antes unia coisa dc grancic
valor. "k ao Onipotentc quc dirigcs tun
pctiqiio, diz S. Agostintlo; pcdc-lhc, pois, uma
coida de grande valor". Sc sc quiscsse pedir a
um rei uma pequena mocdn, urn vintdln
epnw, tiorfa i s s ~ma ~ f ~ n qur!
s 9 sc !hr? t'nria,
Ohnriufl09r ~ox&rn,n Deus u ~lorjficarnussua
bondadc c ~niscricdrdict pcdindo-lhc grandes
graqas, apcsar de nossa n~isCria c rlossu
indignidade, confiados na sua gandc bo~ldadce
convcncidos dc quc 131c ctunprc cot11 suas
promcssas. cor~codcndoa todo aquclc quc o
invocci todas as grrtqas descjadas.
S . Maria Madalc~~a
dc I'azzi dizia quc
. Nosso Scnhor acha-sc ti30 honrado coln as
nossas cr;iq>lic;~se comprm,-sc tanto nclas qnc,
dc certo modo, nos agradecc por elas, pois, por
nlcio da o~xc;;lo,abrimos-lhc o caxninho para
chcgar at6 n6s con1 scus bcncficios c
satisfiuc~nos-lhco dcscjo dc fazcr bcm a todos.
Estejjamos ccrtos: sc pcdinlos graps a Deus, elc
nos conccdc nuis do quc pcdinlos. "Sc dgu6m
prccisa dc sabcdoria, diz S. Tiago, pep-a a
Dcus, quc d6 a todos iibcraln~entc e 1150
impropcra" (Tgo 1, 5). Conl cssas palavms d6nos o . Ap6stolo n cntcndcr quc Dcus 1.180 6
rcservado corn scus bells como os honlcns.
Quando cstcs d90 csmola, mcsmo quando s3o
ricos, picdosos c libcr;lis, $0 scmprr: mui
discrctos c o muis das vczcs d5o mcnos do quc
se lhcs pcdc, porque sua riqucq por maior que
scja, tcm scnlprc scus limitcs, cles tornam-sc
rnais pobrcs aproporqiio quc d3o. Dcus, porCm,
quando rogudo, distribui scus bcncficios crn
al~undiincin,isto 6, a m5os chcias; clc 66 sernprc
n~aisdo sc lhc p d c , porqud sun riquczii 6
ilitnitadrt; por mnis que ele distribult, semprc. Ihc
rcsta xrlais para dar. V6s, oh nlcu Deus, sois
irncnsamcnlc liberal c carinhoso pam c o ~ nlodos
quc n v6s rccorrcrn; a rniscrichrdia que lhes
tcslemunheis (! t5o grandc, quc cla sobrcpujn as
suas suplicas. "Vhs sois, 011 Senhor, bondoso c
niiscricordioso c rico cm cornpiaixHo para corl~
todos" (Si 85, 5).
Intcirmcntc carnpcnctrdos dn vcrdnde
quc a orac;iio nos podc ubrir com todos os
tcsouros do cCu, devernos emprcgar todos os
csforqos para rczm corn confianp. "Faqamos
isso cort~tocto o zclo, diz S. Criscistomo, e c&u
sc nos abrirh". A oraqfio 6 uma..fontc dc
riquczis; qoanto. mais rezarnos, Lanto mais
rcccbcmos.
Scgundo S. f3oavcntura, toJas as vczcs
. que o litla~ncnlsc volta para Deus ern devota
ora~Qo,rcccbc bcns mais preciosos do quc: o
munda inlciro, "Pqp meiq dc ilma piedasa
,
0 ., l'c. Sbgneri confessn quc clc, 110
l>ri~~cipio,
sc O C U I I ~ ~11fais
~ I COIII a f e t ~
40~ (j\iL'
con1 sirplicits: rnnis tardc, p d m , tcndcr
rccontlrtciclo tnais claranlznte a necessidade e a
i~llcnsnutilitfadt: dn prece, empregnva a maior
1~;tst~
do tempo considcrhvcl quc dedicilva is
s\lils ~ ~ ~ ~ i i i 1f1i0 lcxercicio
~ i j ~ s da prece,
0 s Padrcs do dcserto, nossos primciros
nrcstre!; l l i l vicIn espiritunl, reunirimr-se uma
vex, como nanx o I'c. Rodriguez, p a n saber
quul o cxercicio rlrais litil e ~~ccesshrio
pwi rr
vid:~espiritttal.
Cliegararn ii conclusrlo de quc 6 a
rcpeti~;'iocontinua da breve s6plica dc Ilavid:
"Senllor, dai-vos prcssa em vir ern lncu
auxilio". Essc cxercicio, cscrcve Cassiano, dcvc
scr pri~tjcrdopor lodos que querem se salviir;
dcvcmos exclamar scm ccssar: Senhor, qii~daimo! Scnllor, qjudai-me! Jri dc tn~l;ii, no
tiespertar, clevenlos repctir esse brndo do
socorro 3 DCUSc rcpeti-lo scnipre em todas as
I I C C C S S ~ ~ ~e ~ ~oct~paqiies,
~S
tanto espirituais
conlo corporais, mas especialmente qi~nndo
umil 1cntu~rloou m6 inclinaqiio nos pcga. S.
l3oqvcntura diz que ii vezes se a1cant.a muis
dcpxssa, con1 uma curta orac;50, uma graqil, do
clue oonl muitns ~ u t m boas
s
obns.
orqr70, diz o Scnhor, guul~ao holr~cmcnl uni
din mais do que valc o mundo intcilu'*.
Alguns devotos cmprcga~n~nuitotempo
em ler c meditar e pot~cocuidatn cm pctlir.
Sem diivida alg~lnra leitura espirjtt!ul c a
mcditaqrlo das verdadcs eterrlns 6 dc sitma
utilidade; nluito mais provcitoso, porCrn, tj. it
prece, diz S. Agostinho, pois, pcla lcitura c
tncditaqilo ficamos conheccndo, 3s nossas
obriga~ties;pela prece, p o r h , alci~npunosa
graqa de as p8r cnl pr6tica.
'
Conhecer nossas obrignq6es e ' niio
cumpri-l,?s torna-nos mais culpriveis ainda
dinntc dc Dcus. Podctnos Icr c n~cditarquanto
quisem~os,nunca cumpriremos con1 ~lossos
dcvcrcs sc n90 pedimlos a &us clue nos
ailxilie nisso. S, Isidoro nota aqvi cltle o
dcm6nio nuncn se csli~rqa tanto cm
prcocupar-nos cm pcnsamcntos das coisas
terrcnrss que quando nos vC remndo e pcdindo
a Deus suas graqa. E por isso, justamcntc
porclue snbe que nuncu nos enriqirec'emos
tatlto com tesouros celestes como no
nlomcnto da oracHo.
' 0 nlais excelentc fiuto da metlitctqilo
consiste em que se pepm a Deus as gmqas dc
quc s i precisa pan1 se perseverclr no bern at6 o
fim, c, assim, se salvnr. E sc a orrtqfio mental i.
momlmente necesslirirl para quc uma almu sc
conserve na g m p dc Dcus, isso provCn1
principalmente de que o homem, sc n8o se
rcsolve durantc a medituc;ao, il pedir n Dct~s;IS
grac;as necess6rias 21 persevemnqa, niio o hrii
jnmais, porquc, se clc 1150 meclitn, ncnl scclucr
pensarri c n ~pedi-las e nem mesrno rerli
consci2ncin dn ncccssidade de pedidos n
Deus. Aquclc, purdm, quc f ~ todos
r ~ os dias ii
sua 'meditac;(?o, conhecerS bcrrl
as
nccessidadcs de sua rllnlu c sc pcrsuildirli dii
ncccssidade da orat;iio, c, por isso, rczari'i u
aIcanc;arii assim as grac;as quc lire trhri~oa
pcrscveranp e a bern-avcnturanqa eter~la.
Stwc~)clfi~rrroA forin tkc 1,igcirio
.
"DEUS NOS DISPENSA AS SClAS GIIACAS, MAS I1!.jI,AS MAOS DE MARIA"
(S(7o ~ L ' I . I I N ~ ( / o )
Es@o se tomando frequcntissimas
as mortes de jovens por "ovcrdosc" dc
drogas.
Nas horas em que isso acontccc hli
umn grande como$Go, e logo ni?o sc
comenta mais o assunto. Mas, para t15o
sennos avestruz, 116s prctcndcmos
csmiuqar, urn pouco, o problcmo.
As mortes por "overdosc" srlo a
ponta de urn gratldc "iccbcrg", UIII
isncnso "iceberg" quc pcnnanccc
aparcntemente ocuIto c sotncntc quaildo
unla grande tragCdia ocorrc (por
cxsmplo as mortcs aciniil nle~lcinnadas)
se v6 algo dele.
Este "icebcrg" chama-sc crisc dc
juventude, tern 111ultiplas facctos e tc~n
SO~U$~O.
As facetas slo conhecidu: drogus.
pcrveru6cs,
dclinqUencin
juvcnil,
suicidio cntrc jovcns, abandorlos do far
paterno etc.
Para tudo isso van sc tcntnndo
soluq6es: escolas disso, cursos daquilo,
psicblogos, tcrapcutas, psiquia~ras,
psicanalistas etc.
Pelo quc se tern visto, nadn dcssas
coisas vem resolvendo a problcmatica,
antes, o problcmu sc alarga c sc alastrii u
cada dia e a olhos vistos, para nquelcs
'
'
\
qwc qucnm vcr.
Portanto?- o soluqiio n9o estri nas
inumeras tcntativas quc vem sendo kitas.
Nr?o h6 ilrrsiics, hLi soluqfio. I?, n solugiio
passa nccessariamentc pclo problcma
rcligioso. Nao h i corno tapar o sol cam a
peneira, ou lcvarnos Deus aos jovens c
esses at6 Dcus ou elcs rolafio cscadsl
abaixo cad3 vcz coin mais viol6ncia.
Ou cvat~gclizainosos jovens ou elcs
tomar-sc-30 brutos colno os irracionilis, Ou
os Icvamos ri priiticn dos Sacramcntos oy
elcs cnntinuarao na sun caminhado ruinosq.
Ou o jovc~iipmtica as virtudes cristss ou
clc sc rnantcrii no scu estado honoroso
atual.
El11 rcsurno, sc quisermos uma
juvcntudc sii c sadia 6 precis0 faze-la volm
a vivcr ccitolicamentc. .
Jovcrls castos (c corno a palavrrr
castidadc cstti csquccida atealn~cntc),
.jovcns quc frcylicntapl os Sacramcntos,
jovcns quc busclucm urn ideal cnt6lic0,
esscs n3o licarao no vazio em quc sc
cncnntrrun os rnoqos tlc hojc c cln
conseqiiSnciil nib buscilrio as Fdlsas
soluq6cs clue tantos ilusoriar~lerltebus cart^
liqje.
0 s quc niio acreditain no que dizemos
c jd tcntarrml tmtas "soidas:', por quc nZo
Sazcm a csrpcrit.ncia, santa cxpcriencia, dc
cristiallizar os jovens? Tcmos certeza quc
tlbc> sc
;trrcprndcriIo.
"SE MARIA PEnlR I'OR N ~ S I2i'l'hl<tJMOS
,
SIS(ilJI<t)S, I'OI<(IUE 'I'OL>ASAS SlJAS ~ i 1 l ' l . l ~ ~ ~ 15
SAO
A'T'tNI)! L > A Y (Siio Ucrtlr:rtl~)
QUAL A
.,'
,
.
GOLUCAO?
"Ate logo rnarnBe, at6 s prQxirnavisita".
Corn pala~ras ~ o m o 8011, a walha
senhora recebe a despedida de sua filhu e de
seus netos e sslit&ria aguaprdar5 na casa de
repouso (nome refinado die esilo) a prbxima e
remata visita ale seus familiares, enquantg,
sem confortos quer espirituais, quer materiais,
aguarda a morte.
Esla cena esjA se tornendo r ~ t i n e i aem
nossos dias e refPete ole maneira brutal a
crescente descristia~iza$8e~ale sociedade.
Outrora salvo casos exeepcbnais (por
exernplo, niio ter parentes) as pessoas
terminavam seus dias em sues msas cercadas
do calor humano dss farniliares, sob a
assistencia de urn piedisso sateerdote que lhes
dava todos os confortos de nsssa religi3o.
Hoje sob os mais variadss pfetextos, que
acobedam urn egoisms des!avado, pssoas
idosas (e as vezes niio t%o idosas) s3o
. colocidas em urn asilo e abandonadas ficamd
espera da morte.
Terrivel quadro que e uma amostra da
decadBncia dos homens. A susencia da
caridade cristiSl so reflete em tantos outros
aspectos da vida ,hurnana: ajuda aos'
necessitados, aos 6rf30sI ass doentes. Tudo
. isso e s t i esquecido. 0 s cora~bes,vazios de
Deus, embruteceram cfe egolsmo.
As desculpas para a falita de caridade
s30 muitas. FaPa-se que astas coisas .s5o
obriga~dcs do Estado, que wao sc pode
sustentar vagabundos etc ...
Mas a realidade B uma s6, os homens
n8o tern mais Deus nos seus csraarc;6esc: por
isso
criancas
vivem
abandonadas,
doentes
sern
necessitsdos . fnmintos,
assistencia, velhos nosrasilos, abandonados.
Solu~Sopara tudo isso?
Urns so. 0 s cora~Besvoitarem a Deus.
Corn isso os egolsmos se diluk%o e uns
: pensar30 mais nos outros aceitando de boa
/ menle, por cxemplo, o sacriflcio de cuidar de
urn pai doente, de tirma rnae paralltica. lsso
priva o homem de rnornentos de laxer, mas
nos ~$2 rnereced~res das consoladoras
palavras de NOSSO
Senhsr: "Vinde, benditos d~
meu Pai, posseli o rein0 que wos esth
preparado desdo o principicp do mundo; porque
tive fonie e desks-me de comer; tive sede e
destes-mc d s beber; era pere"grino e
recolhestes-me; nu e me vestistes; estava no
circare c fostos visitas-me" (Mt 25, 34 a 37).
0
,
,,
,
'
'1

Documentos relacionados

l - O Desbravador

l - O Desbravador enviassc algaem quc o instri~isse 1x1 vida cspiritual. UIII diil oi~vii~ilrlla V:)Z t111e IIIC di~iii: "dirigc-tc a till igrcjii, la cncontrariis o quc dcscjns". 0 I'ndre obedcceu c ii portn da igr...

Leia mais

·0 suhconsciente

·0 suhconsciente ves, enquanlo aqui n6s reunimos obras de pcssoas nilo psi. c6licas que tentum resolver suas dificuldades existenciais alravi:s dll arlc", esclarcce Helena. E1Jlrcssalla que II pnltica da arlee reco...

Leia mais