O ano do ajuste e um fio de esperança

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O ano do ajuste e um fio de esperança
Calendário Econômico Pine: O ano do ajuste e um fio de esperança
25 de maio de 2015
COMENTÁRIO SEMANAL
Os destaques da semana situam-se tanto no Brasil quanto nos EUA e referem-se ao
crescimento real do PIB no 1T15 em ambas as economias. Apesar de serem números
defasados, os seus efeitos sobre a política monetária no Brasil e nos EUA e, mais importante,
sobre as expectativas de majoração das taxas básicas de juros em ambas as economias serão
sentidos no curto e no prazo mais longo.
Portanto, indo direto ao assunto, a nossa expectativa para a variação real trimestral do PIB
brasileiro (projeção ajustada sazonalmente) no 1T15 é igual a -0,6%, enquanto que a variação
anual ficaria em -0,8%. No âmbito da demanda agregada e na comparação tanto trimestral
quanto anual, a maior queda seria registrada pelos investimentos brutos governamentais e
privados (-4,1% t/t e -8,0% a/a). Parte dessa magnitude reflete os efeitos diretos e indiretos
da investigação da operação “Lava Jato” (cerca de um terço do impacto), sendo que o resto
da queda é provocado defasadamente pelo processo de elevação da Selic rumo a 14% ao ano,
pela própria inflação elevada (acima de 8,0% acumulada em 12 meses) e pela maior
intensidade da desvalorização cambial bem como do seu nível de volatilidade.
É importante ressaltar que a queda que projetamos para o consumo das famílias (-1,0%) fruto da contração do crédito pessoal, do aumento do desemprego e da desaceleração da taxa
de crescimento da massa real de salários – tem um impacto relativamente grande na
contração econômica em função do peso do consumo pessoal no PIB, levemente superior a
62%. Já o consumo (ou gasto) corrente do governo, tal qual o investimento público, deve
mostrar os efeitos contrativos do contingenciamento fiscal mensal na razão de 1/18 da
programação orçamentária de 2015, implementada desde janeiro passado.
Por fim, ainda no âmbito da demanda agregada, somente a demanda externa evitaria uma
contração mais forte do PIB. Os dados de exportação e importação da Funcex, bastante
aderentes à dinâmica de ambas as variáveis no PIB, apontam para um forte crescimento
trimestral do quantum de exportações (entre 13,0% e 16,5%), bastante superior à alta
trimestral do quantum de importações (4,5%). Desse modo, a demanda agregada externa
contribuiria com 1,26% para a evolução trimestral do PIB no 1T15, lembrando que as
importações de bens e serviços, metodologicamente e por definição, representam
vazamentos de produto e serviços para o exterior e entram como subtração no cômputo da
produção agregada.
Na esfera da oferta agregada, a queda trimestral projetada do PIB industrial (-0,4%) embute
um viés probabilisticamente relevante pior do que a nossa expectativa. De fato, os dados
mensais da produção industrial mensal, da construção civil e do crédito doméstico do 1T15
podem produzir uma variação do PIB industrial trimestral mais perto de -1,0% do que de 0,5%. De acordo com os indicadores antecedentes da indústria, a variável que salvaria a
Pátria de um número bem pior seria a produção da indústria extrativa mineral, ajudada – por
mais incrível que pareça- por produção de óleo e gás e extração mineral.
O setor de serviços, por seu turno, finalmente contrairia 0,6% na esteira do aumento do
desemprego, da queda dos investimentos e da contração do crédito pessoal e corporativo.
Essas forças atingem os PIBs setoriais de Comércio, Transporte, Atividade Imobiliária e
Tecnologia da Informação. Vale ressaltar que o único PIB setorial que evitaria uma queda
trimestral maior ainda do PIB de serviços seria a expansão da produção de serviços de
Intermediação Financeira, impulsionados principalmente pela contínua elevação da Selic.
Em suma, se a provável frustração com o PIB industrial e com o PIB de serviços imperasse, a
variação real trimestral do PIB total ficaria mais perto de -1,0% do que -0,5% e isso,
certamente, contribuiria para fomentar a expectativa de desaceleração da majoração da
Selic de 0,5% para 0,25% já na reunião do Copom de 03/06. Vale ressaltar que – pelo recados
do Banco Central – a probabilidade que imputamos para a elevação da Selic em 0,5% na
próxima reunião do colegiado é igual a 70%.
PIB brasileiro: ∆% anual e trimestral (dessazonalizada) – ótica da
demanda e da oferta agregada
1T15
a/a
t/t dessaz.
Consumo
0,0%
-1,0%
Investimentos
-8,0%
-4,1%
Exportações
5,5%
16,5%
Importações
-2,5%
4,5%
Governo
-0,5%
-1,6%
PIB
-0,8%
-0,6%
Agropecuária
0,0%
2,0%
Indústria
-3,4%
-0,4%
Extrativa
10,0%
2,0%
Transformação
-7,9%
-3,1%
Construção
-2,9%
1,3%
Serviços públicos
-4,8%
3,5%
-0,2%
-0,6%
Comércio
-3,0%
-0,2%
Transporte
-5,0%
-4,7%
Informação
1,0%
-0,8%
Intermediação fin.
2,5%
2,4%
Atividade imob.
1,5%
0,1%
Outros
1,0%
-1,2%
Serviços públicos
-0,5%
-0,8%
Serviços
Fontes: IBGE; elaboração: PINE Macro & Commodities Research
Já o PIB dos EUA referente ao 1T15, o qual já está em sua segunda leitura, deve mostrar um
número trimestral igual a -0,8%, bem pior do que o da primeira leitura (0,2%). Duas forças
devem derrubar a segunda leitura do PIB norte-americano do trimestre passado (em relação à
primeira): (i) a revisão da acumulação de estoques para baixo e (ii) a revisão da contribuição
da demanda agregada externa para níveis inferiores por conta dos resultados efetivos
anunciados pelo departamento de comércio exterior, os quais apontaram para exportações de
bens e serviços menores e importações maiores do que os números estimados pelo BEA
(Bureau of Labor and Statistics) na primeira leitura do PIB do 1T15.
Metodologicamente, a acumulação de estoques pelas empresas – mesmo que involuntária –
entra como uma adição aos investimentos e, na primeira leitura do PIB dos EUA no trimestre
passado, o BEA estimou a sua taxa trimestral real de crescimento em mais de 300%. Isso
sustentou a expansão trimestral dos investimentos em 2,0%; entretanto, só para se ter uma
ideia de magnitudes, se variação de estoques tivesse permanecido estável, os investimentos
agregados teriam diminuído 0,4% e o PIB trimestral dos EUA teria variado no máximo -0,45%
no trimestre passado.
Portanto, tanto a revisão do PIB do 1T15 quanto os dados preliminares de atividade
econômica de abril e início de maio fortalecem muito a visão sobre o timing relativamente
mais tardio da primeira elevação da taxa do Fed Funds; ou seja, a probabilidade de alta do
juro básico em junho é baixíssima, a reunião do FOMC de julho é marcada pela ausência da
presidente do Fed, Janet Yellen, do Press Conference - o que mitiga a expectativa de alta de
juros - e setembro/dezembro, nesse sentido, passam a concentrar a atenção de economistas
e investidores, tornando-se os meses emblemáticos para o começo da elevação da taxa
básica de juro. A persistência e a resiliência das forças que enfraquecem tanto o início da alta
da taxa do Fed Funds no futuro próximo quanto a sua intensidade, principalmente as ligadas
ao arrefecimento da atividade econômica e à baixa inflação (também influenciada por baixos
preços internacionais das commodities), tendem a desvalorizar o dólar com relação à cesta
internacional de moedas. Nesse contexto, o real permaneceria na vizinhança de 3,0/US$
ainda por um bom tempo (até pelo menos o início do 3T15), mantido o curso das boas notícias
que rondam o ajuste fiscal brasileiro.
Marco Maciel
Marco Caruso
Economista-chefe
Economista
Horário
País
Indicador
segunda-feira, 25 de maio de 2015
08:00 Brasil
IPC-S (3ª Quadrissemana) (M oM %)
08:25 Brasil
Boletim Focus
10:30 Brasil
Nota à Imprensa: M ercado Aberto
14:30 Brasil
Relatório M ensal da Dívida Pública
15:00 Brasil
Balança Comercial Semanal (USD milhões)
Brasil
Sondagem da Indústria da Construção
10:10 EUA
Discurso de L. M ester (Fed Cleveland)
10:10 EUA
Discurso de S. Fischer
EUA
Feriado - M ercados Fechados
terça-feira, 26 de maio de 2015
05:00 Brasil
IPC (3ª Quadrissemana) (M oM %)
08:00 Brasil
Sondagem do Consumidor
08:00 Brasil
Sondagem da Construção
10:30 Brasil
Nota à Imprensa S. Externo: Transações Correntes
10:30 Brasil
Nota à Imprensa Setor Externo: IDP (USD bi)
Brasil
Audiência de A. Tombini na CM O da Câmara
09:30 EUA
Encomendas de Bens Duráveis (M oM % a.s.)
09:30 EUA
Encomendas de Bens Duráveis de Capital (M oM %)
11:00 EUA
Vendas de M oradias Novas (M oM % a.s.)
11:00 EUA
Confiança do Consumidor
11:00 EUA
Sondagem Industrial - Richmond
11:30 EUA
Sondagem Industrial / Dallas
21:10 EUA
Discurso de J. Lacker (Fed Richmond)
Data
PINE
Mediana Anterior
mai/15
22/mai
abr/15
abr/15
abr/15
-
-
0,65%
-
2441
$676
-
-
-
mai/15
mai/15
mai/15
abr/15
abr/15
abr/15
abr/15
abr/15
mai/15
mai/15
mai/15
-
-0.5%
0.4%
4.0%
95,2
0.0
-12.5
-
0,83%
85,6
-$5736
$4263
4,0%
-0.5%
-11,4%
95,2
-3.0
-16,0
-
mai/15
abr/15
22/mai
mai/15
-
-
5,2%
99,0
-1,5%
103,6
0,35
-5,5
0.7%
-
3,55%
1,17%
1,5
103,7
0,32
-5,5
274
1,1%
-
-1,5%
-0.90%
53.0
90.0
-0,2%
0,3%
0,2
0,2%
52.3
88,6
quarta-feira, 27 de maio de 2015
08:00 Brasil
Sondagem da Indústria
10:30 Brasil
Nota à Imprensa: Taxa de Inadimplência PF Livres (%)
12:30 Brasil
Fluxo Cambial Semanal
Brasil
Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC)
08:00 EUA
Pedidos de Hipotecas (WoW % a.s.)
quinta-feira, 28 de maio de 2015
08:00 Brasil
IGP-M (YoY %)
08:00 Brasil
IGP-M (MoM %)
08:00 Brasil
Sondagem do Comércio
11:30 Brasil
Leilão Tradicional (LTN e NTN-F)
15:00 Brasil
Indicador de Nível de Atividade
Brasil
Resultado Primário do Governo Central (em R$
03:20 EUA
Discurso de J. Williams (Fed S. Francisco)
06:00 Z. do Euro Indicador de Confiança na Economia
06:00 Z. do Euro Confiança do Empresário
06:00 Z. do Euro Confiança do Consumidor
09:30 EUA
Pedidos de auxílio desemprego (mil)
11:00 EUA
Vendas Pendentes de M oradias (M oM % a.s.)
15:45 EUA
Discurso de N. Kocherlakota (Fed M inneapolis)
mai/15
mai/15
mai/15
abr/15
abr/15
mai/15
mai/15
mai/15
abr/15
-
4.03%
0.38%
sexta-feira, 29 de maio de 2015
09:00 Brasil
PIB (YoY %)
09:00 Brasil
PIB (QoQ %)
10:30 Brasil
Nota à Imprensa: Política Fiscal (Resultado Primário 09:30 EUA
PIB (QoQ % anualizado)
10:45 EUA
Chicago PM I
11:00 EUA
Confiança do Consumidor
1Q
1Q
abr/15
1Q
mai/15
mai/15
-0.80%
-0.60%
8
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