Ponta Aguda - Jornal Maranduba News

Transcrição

Ponta Aguda - Jornal Maranduba News
Maranduba, 15 de Setembro de 2010
-
Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
Irregularidades no IPTU::
Justiça afasta vereador Biguá e
MP move ação de improbidade contra prefeito
Notícias:
Comunidade recupera Capela
Pro-Vocações comemora 10 anos
International Coastal Cleanup
Festa de Nossa Senhora das Graças
Modelos infantis da Região Sul
desfilam no Vale do Paraíba
Festival da Música da Maranduba
Turismo:
Ponta Aguda:
Praia de encantos inesperados
Gente da Nossa História:
Luiz Henrique de Oliveira: o bom moço
Cultura:
Gente apaixonada por Ubatuba:
A saga Patural
Humor:
Desopilando o mau humor
-
Ano I - Edição 15
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15 Setembro 2010
Jornal MARANDUBA News
Editorial
Está chegando mais uma
eleição. Se fizermos a escolha
certa as coisas podem melhorar para todos. A decisão está
na ponta do dedo de cada cidadão. Ao votar você passa
uma procuração para o candidato, se eleito, representá-lo
junto as decisões que influenciarão no futuro da nação, do
estado, e até do município.
Conheça o candidato antes
de votar. Verifique seu passado, suas ações, seu currículo e
principalmente suas intenções.
Votar em alguém só porque um
amigo ou conhecido vem lhe
pedir, sem conhecer o candidato, é a razão da política estar do
jeito que está. O poder econômico compra pessoas para pedir
votos. Quanto mais poderoso,
mais votos consegue comprar.
Só que essa compra sai caro.
Custa o futuro de nossos filhos,
nossos netos e gerações vindouras. Custa a saúde, a educação, o progresso do país.
Vote consciente. O voto é
sua arma. Com o voto você
pode mudar o futuro da nação.
Se for votar sem conhecer o
candidato só porque um amigo ou conhecido lhe pediu,
pelo menos se divirta assistindo o horário político. Lá existem opções que poderão ter o
mesmo resultado, com a vantagem de nos fazer rir.
“Pior que está não fica!” afirma um candidato disparado
nas pesquisas.
Emilio Campi
Meio ambiente meu ou deles?
Desabafo de um “criminoso ambiental” do litoral
É difícil, é estranho, dizer que
está tudo bem da forma que
foi e está. Se há alguma coisa
ainda a ser feita para nos matar de uma vez, então venha!
Mais venha também entender
o quanto só você pode dar um
simples passo de cada vez, assim como fizemos para sobreviver até agora.
Pare e pense no amor que
resiste dentro de nós e em
você. Será que você é capaz
de entender toda a poesia que
conhecemos da natureza e da
produção, poesia esta que torna mais valiosa a minha vida,
que prova a toda a minha família que ainda dá para ser feliz.
Perceba que só a natureza
pode compreender o meu interior, as minhas necessidades
físicas, culturais, religiosas e
históricas. Sou parte da natureza, pois sei que foi Deus que a
criou para os homens de bem,
não aos homens que ganham
dinheiro e status em cima de
nós. Tudo que é de Deus tem
de ser respeitada, só assim entenderei que toda esta poesia
torna novamente mais valiosa
a minha vida, da pra ser feliz
apenas continuando minha
vida, passando o meu conhecimento, as minhas experiências. E amanhã? E hoje? Só
vejo drogas, crimes, nenhuma
outra opção.
Imaginei a vida inteira morar em um pequeno sítio. Cada
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Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi
Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues,
Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem a opinião da direção deste informativo
manhã iria sair para uma volta,
contemplar o florir das Araçás,
o nascer do palmito, a mexirica temporão, os bichos a
nosso alcance. Pronto, demos
uma volta em nosso quintal.
As observações são frutos de
várias experiências minhas e a
de meus pais, que infelizmente
não posso passar a meus filhos
e netos, o que eles serão meu
Deus? Infelizmente não saberão o que é o cheiro da terra
para plantar o milho, belezas
que entram em nossos olhos,
lugar que foi feito para morar,
lugar considerado nossa casa,
nossa cultura, nossa tradição,
nosso mundo.
De umas décadas para cá fui
perseguido, maltratado. Mudaram–me de trabalhador para
criminoso. Um mal, um pecado
que carrego que ainda não sei
qual é, mas sou considerado
um criminoso ambiental, tiraram minha luz, peguei um ano
de cadeia, minha mãe foi ofendida, o artesão preso, o pescador condenado, o índio virou
inimigo e o quilombola nada!
Mas as pessoas “biodesagradáveis” ganharam status em
minha desgraça, dinheiro em
minha miséria, conhecimentos
outros os que não os da realidade, a minha vida não vale
mais nada, virei ninguém, mais
um. E pensar que este ambiente eu ajudei a preservar e construir e que os “écochatos” po-
dem usufruir sem punições. Já
fui espécie tradicional, depois
espécie exótica, depois espécie
invasora, agora só falta ser espécie erótica, apenas para ver
e alguém passar a mão.
A terra virou negócio, pra
mim ela é ferramenta deixada
por Deus para transformação
de minha cultura. A ecologia
que eu entendo, como dizem
também é minha casa. Somos
seres que giramos em torno
de nossa casa, se destruímos
a natureza, nos destruímos.
Sou de uma cultura endêmica (só existe aqui), mas até
quando? O elo que existia na
transferência de tecnologia e
do etnoconhecimento foi quebrado, é muito difícil resgatar a
cultura que criou o país.
Mas chega! Eu cuido dela, ela
é parte de mim, ela foi criada
para que eu plante e pesque.
Não posso comer papel, não
sou farinha do mesmo saco,
não vou pagar pelos mercantilistas, por quem combate a
violência e usa de violência
conosco. E quem sujar, por favor, limpe. Chega, cansei, vamos a luta!!!
Ezequiel dos Santos
Tecnico em Turismo Rural
Educador Popular e Membro
do CMMA, MDRP e STTR
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Irregularidades no IPTU:
Justiça afasta vereador Biguá e MP move
ação de improbidade contra prefeito
SAULO GIL
A Justiça de Ubatuba deferiu o
pedido de afastamento liminar do
vereador Gerson de Oliveira (Biguá) da Câmara Municipal, em
função de participação direta no
caso de irregularidades na cobrança de IPTU em Ubatuba.
Além da liminar, a Justiça ainda acolheu integralmente a Ação
Civil Pública movida pelo Ministério Público local, que pede a
condenação do Prefeito Eduardo
Cesar, do chefe de Gabinete Delcio José Sato e da Secretária de
Fazenda, Vera Lúcia Ramos, por
prática de improbidade administrativa, em razão da violação à
Lei de Responsabilidade Fiscal e
pela omissão, no que toca o início
das investigações sobre o sumiço
indevido de dívidas de IPTU no
município.
Segundo a inicial, o vereador
Gerson de Oliveira, valendo-se de
sua função pública e de sua grande influência política na cidade, teria introduzido nos setores de Dívida Ativa e de Execução Fiscal da
Prefeitura pessoas de sua confiança, dentre elas seu filho André Luis
Oliveira e José Augusto da Silva.
Por meio deles, e contando com
uma suposta falha de segurança
no sistema informático de controle das dívidas relativas ao IPTU,
criou-se um suposto esquema ilícito envolvendo negociações de
valores devidos aos cofres municipais. Assim, eram dadas quitações quanto aos débitos de IPTU,
o que seria feito por meio de acordos firmados entre os particulares
e a Fazenda Municipal, renunciando o recolhimento devido.
Para o Ministério Público, há
nítida violação dos princípios da
publicidade e da moralidade administrativa, uma vez que quase
todos os acordos de quitação de
tributos foram efetivados sem
regular procedimento administrativo. Além disso, a promotoria
também afirma que há indícios
de que o prefeito Eduardo Cesar,
o chefe de Gabinete Délcio Sato
e a Secretária de Fazenda Vera
Lúcia já sabiam desse esquema
desde 2005 e foram omissos
quanto às denúncias da época.
“Pela prova produzida em sede
de inquérito, Eduardo, Délcio e
Vera agiram de forma omissa
porquanto deixaram de tomar
as medidas administrativas cabíveis, quer instaurando procedimento administrativo, quer
comunicando, à época, à Promotoria de Justiça, embora os fatos
já fossem de seus conhecimentos em razão de informações
encaminhadas por terceiros para
eventual medida em conjunto”.
Nos autos da Ação, o MP prossegue: “Revela destacar que o
Município de Ubatuba instaurou
processo com vistas à elucidação
dos fatos apontados somente
após o deferimento das ordens
de busca e apreensão decorrentes da Ação preparatória, o que
demonstra a conduta omissiva
pelas autoridades até então”.
Sobre a participação efetiva
no desvio de verbas, o Ministério Público relata que, pela prova
documental e testemunhal, “o
esquema existente no setor da
dívida ativa e da execução fiscal
do Município foi organizado para
beneficiar o vereador Gerson de
Oliveira e o grupo de servidores
introduzido na prefeitura, incluindo seu filho André, qual trabalhou no setor de dívida ativa”.
O juíz João Mário Estevam da
Silva acatou o pedido de afastamento do vereador Gerson de
Oliveira e do funcionário da
prefeitura José Augusto da
Silva e ainda justificou o deferimento da liminar:
“...Os afastamentos pretendidos justificam-se não só
pela gravidade dos eventos,
mas também pelo fato de que,
enquanto no exercício dos cargos, o suposto esquema continuou ocorrendo. O justo receio
ainda encontra base na acusação de que o requerido Gerson
de Oliveira muitas vezes teria
comparecido pessoalmente no
setor investigado da prefeitura, onde supostamente solicitava os parcelamentos de débitos referentes a terceiros...”
De acordo com a Ação movida pela promotoria, somente nos casos denunciados,
que relataram alguns acordos
ilícitos firmados entre 2008 e
2010, o total da receita renunciada foi de quase R$ 150 mil.
Na decisão expedida ontem
pela Justiça, o MP ainda teve
deferido os pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal
dos requeridos (Gerson de
Oliveira, Andre Luis de Cabral
Oliveira, José Augusto da Silva, Eduardo de Souza Cesar,
Delcio José Sato, e Vera Lucia
Ramos, bem como seus respectivos cônjuges e filhos).
Além disso, os autos foram
enviados à Polícia Judiciária
para instauração de inquérito
policial para apuração de crimes de quadrilha, lavagem de
dinheiro, e corrupção ativa/
passiva.
Os requeridos nos autos terão o prazo de 15 dias para
oferecerem manifestação por
escrito sobre o caso.
Fonte: Imprensa Livre
valor desta publicidade: R$ 250,00
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Comunidade recupera Capela da Maranduba
EZEQUIEL DOS SANTOS
A comunidade da Maranduba
se reuniu na última semana
de agosto e a primeira de setembro para a realização de
mutirão de limpeza, manutenção e recuperação da Capela
da Maranduba. Houve colaboração de comerciantes, moradores e visitantes na recuperação da capela.
Por ser um espaço pequeno,
pela construção de um espaço maior (Matriz), houve o
aumento do desuso, que chegou a causar o abandono da
capela, que influenciou ainda
na especulação sobre a venda
do local, não confirmada pelos
organizadores do mutirão.
Embora trata-se de um local pequeno, a comunidade
sabe da importância deste
patrimônio na formação histórica e religiosa da população,
a capela ainda guarda muitos
segredos e histórias sobre sua
vida e construção e tem grande valor sentimental aos paro-
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quianos. Após conversas com
o Padre Inocêncio Xavier foi
autorizado o mutirão.
A 1ª capela da Maranduba
era um salão até grande confeccionada de pau-a-pique.
Ela foi erguida no Largo do
Sapé por volta de 1950, a sua
frente havia um pé de Guapéva. Erguida e acabada tudo
através de mutirão. Esta primeira foi derrubada por João
Pimenta para ser erguido uma
outra, depois de vários problemas sobre o novo local, foi
resolvido erguer onde se encontra. Claro que depois de
muitas quermesses coordenadas por Maria Balio e trabalhadas por toda a comunidade. A
construção da segunda capela
teve seu terreno foi doado por
João Samuel e foi realizada
em dois estágios. O primeiro
estagio teve seu forro realizado por Mario Fava que montou uma estrela no centro do
forro. Como estava ficando
pequena ela foi ampliada, já o
segundo estagio é basicamente o complemento de onde
termina o altar e começa o
salão que dá acesso a Rua do
Eixo. Por um tempo a porta da
frente da capela ficou fechada,
sendo utilizada uma na lateral.
De uma forma empreendedora e descontraída as equipes foram divididas entre, cozinha: Rosangela, Vera, Dita,
Sena, Balbina, Rose, Chica,
Dalva, D. Emilia, Cida, Dedé,
Tatiana, Clarice, Regina e
Lala. Já a pintura, limpeza e
manutenção ficou por conta
de Aldo, Fabinho, Guilherme,
Piri, Camarão, Zé Roberto,
Joao Vitor, Levi, Levizinho,
Dito Felix, Sr. Pedro, Tonhão,
Alfredo, Ari, Marcos Nié, Davi,
Ivan, Claudia, Patrícia, Cacau,
Gilson, Elizeu, Edson Camarão, Julia, Giovana, Gabriel,
Rafaela, Tidinho, Humberto.
Doações para cozinha a cargo de Penha, Berenice, Lucia,
Luiz Carlos, Solange, Vera,
Sena, Chica, Lídia, Cida Balio,
Zélia, Rosangela, Angelim, Julia, Pedro Fofoca, D. Regina,
Maria Dinei, Rose, Lídia da
Ração, Marcelo, Dalva, Tatiana, D. Emilia, Balbina, Dita,
Terezinha, Carlota, Terezinha
Branca, Fátima do Beija-flor,
Vitória, Maria Cruz, Lala, Lídia
Diomar.A doação de material foi através de Seu Pedro,
Giovana, Paulo, André, Sena,
Telma, Wagner, Seu Silvio, Astério, Edmilson, Hidrel, Rogério Frediani, Claudinei, Manoel
Cabral, Zélia, Edílson, Cacau,
Francisco, Néco, Zé Euclides,
Clemente, Sr. Camilo.
Os organizadores agradecem
a participação de todos e se
desculpa se esqueceu de mencionar o nome de alguém. Vale
lembrar que o almoço coletivo
estava maravilhoso e que a
sobremesa foi literalmente tirada no pé, de jabuticaba.
Pro-Vocações comemora 10 anos
de atividades vocacionais no litoral
MARLENE AMORIM
No último dia 29, cerca de
1.500 pessoas estiveram no
Centro Esportivo Ubaldo Gonçalves em Caraguatatuba, onde
aconteceu o Pro-Vocações
2010, que neste ano além das
atividades normais do encontro
comemorou sua primeira década de existência. O evento
consiste em reunir famílias e a
juventude na busca do despertar para as vocações, que podem ser leigas ou ministeriais,
focadas na responsabilidade e
na formação vocacional religiosa. O município de Ubatuba foi
representado pela comunidade
Nossa Senhora das Graças com
a participação de 40 integrantes, sendo 30 jovens participando através da música.
Além das atividades religiosas, como a acolhida e a missa presidida por Dom Altieri,
o evento preparou atividades
culturais, esportivas, musicais,
danças e gincanas. A mais importante foi à gincana de arrecadação de livros. Foram arrecadados mais de 4 mil livros
religiosos que foram destinados
a montagem da biblioteca do
Centro de Detenção Provisória–
CPD de Caraguatatuba. A campanha de arrecadação de livros
foi considerada um sucesso, já
que os primeiros colocados fo-
ram a equipe da catedral, que
conseguiu mais de mil livros,
a Paróquia Nossa Senhora das
Graças conseguiu mais de 600
exemplares.
No festival de musica a Paróquia de Ubatuba foi a vencedora com a música “Encontrar
Jesus”, interpretada pelo grupo de jovens Filhos da Luz. Na
música Ilhabela ficou com a segunda colocação, também abrilhantando o evento. No esporte
os padres venceram os seminaristas no futebol. Os padres,
verdadeiros atletas esbanjaram
preparo físico e técnica dentro
das quatro linhas. Destaque
para os padres Marcos (artilheiro), Alessandro (o mais disposto) e padres Antonio e Ernesto
os mais preparados fisicamente. Todos os atletas das diversas modalidades receberam
suas medalhas. Destaque ainda
para a equipe de São Sebastião, que esbanjou maestria na
apresentação do espetáculo de
dança que representou a união
de todos os povos. Agradecimentos a todos, especialmente
a Dom Altieri que cumpre seu
papel de Pai quando trata de
cuidar de seus filhos queridos
e aos padres, que aceitaram o
desafio de trazer Jesus vivo no
mundo de hoje. Agora é esperar para o próximo ano.
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International Coastal Cleanup
25/09 - Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias
ROBSON ENES VIRGILIO
A AMMA – Associação dos
Moradores de Maranduba e
Amigos - em parceria com
as Secretarias Municipais de
Meio-Ambiente, Turismo e de
Obras, Ocean Conservancy,
Boraposurf, ASSU, Agenda 21,
APA-Marinha,, Instituto Argonauta, Instituto Bicho-Preguiça, Aquário de Ubatuba,
CREA-Ubatuba,
Associação
das Marinas de Ubatuba, SAI-Sociedade Amigos da Itamambuca, Colégio Objetivo e
tantos outros voluntários, realizará o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias 2010,
na Maranduba, em 25 de Setembro próximo, a partir das
9 horas.
Esse evento completa 25
anos de luta por um melhor
ambiente e a AMMA, juntamente com a Ocean Conservancy, ong norte-americana
que atua na preservação dos
recursos hídricos do planeta,
comemorará este aniversário
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Jornal MARANDUBA News
de uma maneira que não poderia ser diferente: mutirão de
voluntários para limpar entornos de rios e praias no Distrito
de Maranduba. O lixo coletado
será catalogado, registrado e
os relatórios serão fornecidos
a Ocean Conservancy, através
da ASSU – Ubatuba, para formação de dados estatísticos
necessários, para possibilitar
ações posteriores da maneira
mais adequada para a realidade local, posteriormente será
destinado ao depósito de lixo
por um caminhão da Secretaria Municipal de Obras.
Quem quiser participar dessa
festa em nome de um melhor
ambiente, basta procurar um
sócio da AMMA (assocamma@
yahoo.com.br) e se inscrever
como voluntário até o dia 21
de Setembro de 2010 ou através da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente. No dia 25, o
ponto de encontro dos voluntários será a Praça de Eventos
– Praia Maranduba.
Fortes emoções na missa de encerramento
da Festa de Nossa Senhora das Graças
WAGNER JOSÉ
No último dia 8, a tradicional missa de encerramento foi
marcada por fortes emoções.
A chuva constante não atrapalhou o andamento das atividades festivas e religiosas.
Segundo os organizadores do
evento mais de sete mil pessoas participaram de toda a
programação. Foram dez dias
de atividades, que no passado
chegava há quase um mês, e
toda a comunidade abrigava os
peregrinos oferecendo pouso e
comida.
A missa do dia 8 foi presidida pelo Padre Alessandro,
Vigário Geral da Diocese de
Caraguatatuba. Este ano o
encerramento contou com a
participação de Gabriel Chalita,
ex-secretário estadual de educação. A programação dos dez
dias contou com a presença de
Dom Altieri, os padres Rafael,
Mauro, Sérgio, Douglas, Ernesto, Carlos e Xavier.
Os organizadores da festa lamentaram o mau tempo, pois
previam um maior número de
pessoas. Mesmo com as chuvas houve um maior número
de participantes. Muitos fiéis
se emocionaram por conta da
lembrança e da luta das meninas para sobreviver às humilhações e chacotas a elas
dirigidas na época e que até
a atualidade as famílias ainda
são alvos de questionamentos.
Por décadas muitos buscaram
a materialização de algo sobrenatural e não entenderam o
mistério da fé que a elas fora
confiado.
As palavras de Padre Alessandro, responsável pela retomada
desta antiga manifestação histórica e religiosa, deram real
sentido a continuidade desta
identidade religiosa. Explicou
do solo santo e da motivação
que levou as meninas a presenciarem o fato. Também teceu
detalhes da verdadeira história
e o sentido de toda esta manifestação que não é vazia.
Quem sabia um pouco do
relato da aparição em 1915 ficou sabendo mais detalhes do
acontecimento. Agora é aguardar o próximo ano e você está
convidado desde já a participar
e colaborar deste grande evento e manifestação de fé do próximo ano.
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Jornal MARANDUBA News
Modelos infantis da Região Sul desfilam
no Shopping Jacareí no Vale do Paraíba
Maria Clara, do Sertão da Quina, desfila no Vale do Paraíba
No ultimo dia 22 de agosto, quatro crianças da região
sul de Ubatuba participaram
de um desfile realizado no
Shopping Jacareí, Vale do
Paraíba. O evento que contou
com três mil pessoas foi realizada pela equipe da Agencia
Márcia Figueiredo.
Sucesso de público e crítica o
desfile contou com mostra de
modelos da grande São Paulo, Vale e Litoral Norte, muito
bem representados pelas modelos Maria Clara Montemor
da Silva, 4, Ana Carolina Dutra, 4, Amanda de Fátima, 4 e
Kelia Santos, 10.
Participaram do evento especialistas e olheiros de book internacional, representantes de
agencias publicitárias e consultores de moda. Com a mostra do estilo primavera-verão
e reciclagem, o desfile causou
entusiasmo aos convidados.
No evento não foi difícil ouvir os gritos ou palavras de
estímulos e orgulho dos familiares. Os pais e avós corujas
eram os mais entusiasmados.
Outras crianças da região estão na equipe da agencia e
neste evento não participaram. Alguns modelos já fizeram comercial de tv.
Vale a torcida para as nossas
belas representantes.
Festival da Música Própria
da Maranduba – Finais
AMILTON SOUZA
No último dia 28 de agosto,
no Anchieta Café, centro de
Ubatuba, foi realizada a grande
final do “II 1° Festival da Música Própria da Maranduba”, que
contou com 8 finalistas. Dois deles desistiram tamanha o alto nível que eles sabiam que iam encontrar. Como não podia deixar
de ser, a Casa contou com sua
capacidade máxima devido ao
festival, cerca de 480 pagantes
e 114 convidados, fora aqueles
que queriam entrar e não podiam. Apesar de tudo, tivemos
os seguintes vencedores:
1° lugar: Beto, Fubá e Batata
Misha com a música Olhe Pra Si.
Prêmio: R$ 500,00.
2°lugar: Nilo Mariano com a
música Liberdade Vigiada 2.
Prêmio: 1 Microfone Le Son
SM58 Cedido pela Gê Musical.
3°lugar: Bárbara Pop Porn com
a música The Book is on the table.
Prêmio: 3 horas de gravação no
Estúdio e Escola de Música E Brasil em Caraguatatuba.
Foi uma confraternização entre
os músicos que sofrem por não
terem nenhum tipo de incentivo
por parte das autoridades. Gostaria de agradecer a pedido dos
organizadores todos os que contribuíram de alguma maneira para
realização deste evento, vou citar
10% das pessoas: Carlinhos Garapa, Everaldo e Carú (sua esposa
e fotógrafa do evento), Bartou e
Mityo, Hirão Filmagens, Vaguinho
Lan e Tequila, Fubá gravações
Pro-tools, Tobias Bicicletaria, Carrinho de Mão do Marcão, Maestro
Dilsinho, Jornal Maranduba News
e Hércules Bingo e Cia. Gostaria
de citar todos aqui, mas por falta
de espaço não será possível.
Alunos do Áurea participam da 2ª Olimpíada Nacional de Matemática
No último sábado, 15 alunos
da escola estadual Áurea Moreira Rachou participaram da
2ª fase da 6ª OBMEP ( Olimpíadas Brasileira de Matemática
de Escolas Públicas) realizada
no Capitão Deolindo no centro
da cidade. O professor de matemática, José Lourenço, foi
o responsável pela turma que
participou desta fase.
Segundo ele a participação
dos alunos é muito importante, que chegar até esta fase
os tornam vencedores. “É bom
que ganhem experiência e vão
se preparando para as provas
que enfrentarão em suas vidas”, comenta José Lourenço.
Os pais que acompanharam,
mesmo na torcida em casa,
se mostraram orgulhosos pela
participação dos filhos nesta
fase da olimpíada nacional.
Os alunos concorreram a
medalhas de ouro, prata e
bronze, além de bolsa de iniciação cientifica Jr. Do CNPq
e certificado de Menção Honrosa. A experiência e o certificado de participação dependendo da pontuação poderão
ainda ser usados no ingresso
do ensino superior.
Os alunos que participaram
da 2ª fase foram: Érica de Paula Prado, Rodolpho Del Frari
Fontes Trigo, Gabriela Alves
Fernandes dos Santos, Pedro
Gabriel de Almeida, Ana Flávia
de Carvalho Amorim, Bruno
Antoniazzi Colber Lima Moura,
Matheus Nicolau da Silva, Jean
Lucas da Silva, Amanda Carva-
lho Silva, Marcus Vinicius Rodrigues Carneiro, Larissa Lima
Plácido dos Santos, Anderson
Soares de Souza, Guilherme
Prado dos Santos, Renata Cardoso Mendes, Gilberto Jesuíno
de Oliveira.
Os que passaram para a outra fase da olimpíada já merecem medalhas. A estes alunos
uma boa sorte.
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Missionária francesa realiza 1º Censo no Sertão da Quina em 1966
EZEQUIEL DOS SANTOS
A missionária francesa Claudie Perreau realizou entre os
dias 24 de fevereiro a 15 de
maio de 1966 o primeiro censo
de que se tem noticia na região
sul de Ubatuba. Os dados colhidos por Claudie têm grande
importância histórica e social
em relação a população que viviam por estas bandas. Muitos
moradores visitados na época
ainda estão vivos e lembram
da visita da moça que falava pouco o português. O real
objetivo da estadia de Claudie
e da coleta de dados foi para
ajudar “uma jovem do lugar”
(Izabel Félix dos Santos) a concretizar a aprendizagem que
recebeu da ALA (Assistência
ao Litoral Anchieta), eram os
primeiros feitos de Izabel, que
com a ajuda da francesa, atuava como enfermeira. Com os
dados pôde também organizar
um posto de saúde na casa
construída anteriormente com
a ajuda das Irmãs, que servia
como Centro Social, que além
de posto de saúde, promovia
outras atividades com reuniões,
recebimento de autoridades
e religiosos. Com uma metodologia mais simples e sem a
“maquininha” usada atualmente ela percorreu todos os rincões, onde era apontado que
tinha algum morador, ia ela saber quem era. Muitas de suas
fotos têm salvado moradores
tradicionais, principalmente na
questão ambiental, tem ainda
fortalecido o ela entre as famílias, pois existem fotos únicas
de personagens tiradas por
ela, algumas utilizadas pelo
Maranduba News. Ela destaca
ainda a importância da natureza para o antigo e o atual morador (“Fique em contato com
a natureza, e você estará em
contato com Deus”- Claudie),
a mistura do morador com a
Recenseamento:
92 casas, sendo: 88 de pau-a-pique
Total de 512 pessoas, sendo:
•
31 de 0 a 2 anos;
•
87 de 2 a 7 anos;
•
135 de 7 a 14 anos;
•
127 mulheres;
•
132 homens.
Alfabetização:
Claudie segura a pequena
Rosana Aparecida em
frente a casa da farinha
no Sertão da Quina
floresta é fundamental para difusão e perpetuação da cultura
caiçara. No documento ela descreve que o Sertão da Quina é
um lugarejo perdido no meio de
bananais e está situado a aproximadamente 4 km da estrada
litorânea entre Caraguatatuba
e Ubatuba. A via de acesso ao
local é um caminho de terra
quase impraticável em dias de
chuva, em razão do riacho que
transborda e fecha o caminho.
A capela, a escola, o posto
médico e sete casas formam
o centro do vilarejo, as outras
estão espalhadas na roça e no
mato. Elas se localizam sempre
perto de um rio (riacho), pois
não há água canalizada nem
tampouco luz elétrica.
O lugar é maravilhoso, uma
vegetação surpreendente, mas
infelizmente aí se encontra a
miséria (pobreza) da vida primitiva (a falta de infra-estrutura
da vida primitiva), um povo que
sofre em silêncio, mas que está
tão perto de Deus. Destaque
mesmo ficou por conta do primeiro posto de saúde, que foi
inaugurada com a presença das
mais importantes autoridades
da época.
•
98 crianças a partir de 7 anos (este ano 3 classes) vão à escola;
•
30 já concluíram o 4º ano (fim do primário);
•
118 analfabetos;
A escola existe a cerca de 10 anos. Salário: Cr$ 50.000,00 por mês, por trabalhador. A retirada
média por família dependendo do número de trabalhadores na família: Cr$ 73.000,00.
N.B. Isto é possível quando o tempo está bom e quando não há doenças.
Profissões encontradas:
•
•
•
Saúde (combate aos insetos)... quatro
Funcionários municipais... quatro
Todos os demais trabalhadores são lavradores (trabalho nas plantações).
Religião:
A população é 100% católica. O vigário de Ubatuba, Frei Vitório, vem aproximadamente a
cada dois meses para celebrar a missa e fazer confissões. Não há presença efetiva na Capela.
O povo é muito devoto e se reúne todas as noites na Capela para uma prece comunitária, (há
necessidade de uma pequena renovação litúrgica).
Diferentes movimentos:
•
Cruzada Eucarística
•
Filhas de Maria: 28 membros
•
Congregação Mariana (masculina): 60 membros
•
Apostolado do Sagrado Coração
•
Confraria de São Francisco de Assis
•
Confraria de São José
Conferência de São Vicente de Paulo:
Dois ramos: N.S. de Fátima e São Francisco de Paulo.
Catequese:
O catecismo é ensinado às crianças por Isabel e dois rapazes do lugar, aos domingos pela
manhã.
Culto: Todos os domingos à noite, têm lugar um culto dirigido por um rapaz que vai prepará-lo
no sábado com a Irmã Hercília na A.L.A. de Ubatuba. Batismo, Primeiras Comunhões, Crisma,
Casamentos são celebrados no lugar.
Higiene:
Seis casas possuem filtros de água. Nas outras casas bebe-se água diretamente do riacho. Um
outro riacho serve para lavar a roupa, os legumes e para o banho.
Quinze casas possuem uma fossa.
Para as outras, os banheiros encontram-se... atrás das bananeiras.
Uma campanha para utilização de filtros e de fossas está organizada pela A.L.A., mas caminha
vagarosamente devido à falta de recursos financeiros para a compra do material.
Os dados acima são copias fiéis colhidos por Claudie Perreau em 1966
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15 Setembro 2010
Jornal MARANDUBA News
O renascimento de Ubatuba
MARCOS GUERRA
Ubatuba vive um de seus
mais importantes momentos.
Finalmente conseguimos reunir ao mesmo tempo fatores
imprescindíveis para a viabilização de uma mudança rápida e profunda. Temos consciência de nossos problemas,
sabemos que estamos no
fundo do poço, começamos a
perder o medo de falar, reconhecemos nossas omissões,
confiamos em nosso poder de
alterar a realidade e principalmente conseguimos aparecer
na mídia nacional.
Verdades não contadas ou
simplesmente escondidas são,
na realidade, a chama que
alimenta a impunidade e sustenta ímprobos. Enfrentar de
peito aberto pessoas ou situações é o melhor remédio para
solucionar o problema e principalmente para perceber que
gigantes quando vistos de perto são anões. Durante muitos
anos a população de Ubatuba
permitiu que supostos coronéis
fizessem o que bem entendessem. A omissão de muitos fez
com que poucos assumissem o
poder. Hoje finalmente através
da internet e agora até mesmo
pelas emissoras de televisão a
sujeira veio à tona. Ubatuba
está na mídia pelas razões erradas mas o mais importante
é que temos a visibilidade há
muito desejada.
Dez Mandamentos do Voto Consciente
Estamos muito perto de podermos demonstrar que há
cidadãos competentes e capazes de alterar e corrigir os
rumos de nossa cidade. Podemos nos tornar um exemplo
de cidadania tal e qual Ribeirão Bonito. Cada passo dado,
cada mudança conquistada,
cada prova de ilegalidade
apresentada deve ser motivo de grande comemoração
e divulgação. Seria oportuno
que os meios de comunicação ao citar os escândalos de
Ubatuba utilizassem sempre
que possível uma imagem de
alguma paisagem de Ubatuba.
Indiretamente estaremos demonstrando que por mais belo
que um lugar possa ser, pessoas que desconhecem o significado de cidadania podem
ofuscar toda a beleza e potencial da cidade. Diretamente estaremos mostrando que
uma cidade tão bela merece
a união de todos para a sua
reconstrução ética e moral.
No intuito de iniciar esse
novo modelo de apresentar
Ubatuba (problemas e soluções), utilizei a imagem acima que apresenta uma das
paisagens de Ubatuba que eu
tenho o privilégio de ver todos
os dias e que na realidade pertence a todos nós moradores
e visitantes.
Nota do Editor:
Marcos de Barros Leopoldo
Guerra, natural de São Paulo - SP, morador de Ubatuba
desde 2001, é empresário na
área de consultoria tributária.
1º) Procure conhecer o passado, as ideias e valores do candidato ou candidata. Se ele já
se envolveu em escândalos de
corrupção, comprou votos, foi
cassado pela Justiça, renunciou
a mandatos para escapar de
punições ou se aliou a grupos
envolvidos com essas práticas:
simplesmente não vote nele(a)!
2º) Não basta que os candidatos tenham a “ficha limpa”. É
preciso conhecer as intenções e
propósitos de cada candidata/o:
quem financia a sua campanha?
Quem ele realmente vai representar? Procure se informar.
Exija dela/e uma vida honrada,
do mesmo jeito com que você
procura conduzir a sua vida;
3º) Conheça mais sobre a lei
eleitoral: participe de palestras,
reuniões e debates. Sua vida
em comunidade exige que você
esteja mais informado sobre assuntos tão importantes.
4º) Procure saber quem são
os políticos locais que apóiam
os candidatos, veja se os mesmos fizeram alguma coisa de
concreto por Ubatuba. Verifique
a forma em que os apoiadores
trabalham. Pesquise o passado
destes apoiadores e dos candidatos a serem votados. Peça
para os eleitores visitarem os sites oficiais que fornecem os dados e a condição de cada político. Se houver qualquer processo
sobre o candidato desista.
5º) Denuncie a compra de votos: quando uma pessoa aceita
um benefício em troca do seu
voto se condena a viver sem
emprego, educação, segurança
pública. Assim, o remédio hoje
recebido em troca do voto poderá mais tarde custar a falta do
hospital que salvaria a sua vida
ou a de seu filho.
6º) Denuncie o desvio de recursos públicos para fins elei-
torais. É muito grave que um
candidato se utilize de bens e
serviços públicos para ganhar as
eleições.
7º) Tire fotos, grave ou filme
se notar qualquer sinal de compra de voto ou de apoio eleitoral,
utilizando o mal uso do dinheiro
público, pois ajuda a comprovar
a irregularidade na denúncia ao
Juiz Eleitoral, ao Ministério Público ou até mesmo à Polícia.
8º) Não vote em pessoas que
mudam de partido, como “quem
muda de roupa”. Ao votar no
candidato, não estamos votando
só na pessoa, mas no partido,
ajudando a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação: por isso saiba quem são
os outros candidatos da legenda.
9º) Procure saber se o candidato tem compromisso com
a defesa da vida em todas as
suas fases, bem como com a
realização da Reforma Política,
Reforma Agrária e com Direitos Sociais fundamentais: como
criação de emprego e geração
de renda, melhoria da saúde e
da educação, defesa do meio
ambiente e da Cultura da Paz.
Cobre esse compromisso.
10º) Pense bem antes de votar, escolhendo pessoas que se
prepararam para administrar
(Presidente e Governador) ou
fazer leis (deputado federal e
estadual e para o senado) em
benefício de toda a sociedade,
nunca em proveito pessoal. Não
deixe para a última hora a escolha dos candidatos a deputado
e senador. Depois da eleição,
acompanhe o trabalho dos eleitos.
Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e Comissão
Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB
Veja www.cbjp.org.br
www.fichalimpa.org.br
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Jornal MARANDUBA News
Ponta Aguda, praia de encantos inesperados
EZEQUIEL DOS SANTOS
Nossa costa é uma das mais
privilegiadas do litoral do Brasil. Cada encosta uma surpresa e cada praia um adjetivo e
alguns nem existem no dicionário. Uma dessas praias é a
Ponta Aguda, que além de encantar os olhos encanta a alma.
Para chegar até este paraíso, temos que enfrentar um
trecho grande de estrada de
terra, mas o sacrifício vale a
pena. O acesso que dá a esta
praia está quase no centro entre Caraguatatuba e Ubatuba,
você entra pelo bairro da
Tabatinga, tanto de um município quanto de outro, na rodovia SP-55.
A estreita estrada, cerca de
3,5 km, adentra a mata e por
duas vezes sai da floresta para
os mirantes, onde o visitante
poderá ver e cima belas paisagens, coisas de cinema. De
um lado fotos da Tabatinga do
outro lado fotos do mar, da
Ilha do Tamanduá, da Praia
da Figueira e dos costões rochosos. Também é possível
avistar Ilhabela, até mesmo a
base de gás. Em todo o trecho
é possível ouvir as aves do lugar e por alguns períodos aves
raras e cantos entusiasmados.
Tem ainda flores e água em
abundancia por todo o trecho.
Segundo os moradores mais
antigos o local já foi um bairro movimentado. Vale lembrar
que o lugar já tinha gente antes de começar a rodovia, antes ainda o local já foi palco de
uma grande fazenda de café,
cana e do trafico negreiro. Recentemente por volta de vinte
anos atrás houve instalações
importantes como a ASEL (Assistência Social Estrela do Litoral) e uma pequena escola.
Na praia existe um camping
e uma boa estrutura de atendimento ao turista, tendo em
vista as dificuldades do local.
O camping ainda oferece sombra e água fresca, é possível
colher frutas como jabuticabas, jacas, amora, mexirica,
pitanga, manga, laranja, tem
até um chalé para as galinhas
do lugar, um restaurante para
passarinho.
O local é muito freqüentado por moradores da região
sul de Ubatuba e norte de
Caraguá. São os descendentes dos antigos moradores. O
interessante é que na temporada e feriados prolongados, o
lugar que parece ser protegido
dos acontecimentos do mundo
é muito bem freqüentado.
O formato geográfico da
costeira, ao lado esquerdo da
praia, nomeia o lugar: Ponta
Aguda. A praia guarda o silêncio de um grande lago, a cumplicidade dos mistérios ocorridos na Ilhabela, que revela
toda a sua extensão, nos passando a ilusão de proximidade
de nossa costa. Ao lado direito, está a Ilha do Tamanduá,
que oculta a vista de São Sebastião e Caraguatatuba, e
mostra o pequeno cenário da
vizinha praia Mansa, aonde se
chega somente por uma pequena trilha, ao lado esquer-
do. O jundú da praia é um espetáculo a parte, as floradas
na areia encantam mesmo os
moradores mais antigos. Dá
para ver todas as pegadas de
animais que visitam o mar.
Bom é imaginar que ela está
quase do jeito que os índios
Tupinambás deixaram. Paradisíaca como é a Praia da Ponta Aguda nos revela o mundo
fascinante da natureza, onde
ainda é possível ouvir os “ics,
ics”da areia limpa e pura.
O mar é calmo, as águas
são claras, a praia é linda, lá
dá para fazer de tudo, mergulho, natação, remo, futebol,
leitura. Mas o bom mesmo é
a contemplação e a limpeza
espiritual e física que o lugar
proporciona. Imaginem o som
das águas quebrando nestas
areias, o vento resfriando o
rosto, o canto das aves, parece sonho, mas é pura realidade, é possível fazer tudo isso.
Fora da temporada, a praia
é quase deserta, só não é de
toda isolada por conta do morador “Mirtinho Guédis” que
cuida e mora no lugar. No lugar não existe coleta de lixo,
os moradores e freqüentadores se mobilizam e recolhem
o lixo que fica na praia e no
acesso. Lindo mesmo é ver as
pequenas plantas que nascem
na areia, vestígio da limpeza
e pureza do lugar. A praia é
muito indicada para famílias,
principalmente as que tem
crianças, já que em uma das
pontas, o mar o mar forma
uma piscina natural entre as
pedras. Um córrego de águas
limpas deságua no mar.
A praia possui duas bicas
com água potável para uso
dos banhistas. O encanto ainda é por conta da ausência
de energia elétrica, por outro
lado existe a necessidade de
atendimento aos que lá freqüentam e moram. A mata
exuberante é fruto de uma
antiga fazenda que depois do
declínio econômico, foi abandonada ainda no período do
império. O restante da trilha
leva a outra fazenda, hoje
quilombo.
De tão belo, existe a necessidade de atenção ao lugar, o
mais importante é não degradar a natureza e sempre levar
de volta o lixo que foi produzido por conta do seu passeio.
A natureza agradece e em
troca ela manterá este visual
diferenciado e surpreendente.
Bom passeio!
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15 Setembro 2010
Jornal MARANDUBA News
A saga Patural (Gente apaixonada por Ubatuba - Parte II)
JOSÉ RONALDO DOS SANTOS
No final da primeira parte, relatei a decisão do casal Patural em
investir em Ubatuba, após uma
experiência com batatas em Redenção da Serra. Convém lembrar que a estrada mais antiga,
que permitia o acesso a outros
municípios, era a de Taubaté,
existente desde o início da década de 1930. A segunda via de
acesso rodoviário foi construída
vinte anos depois, ligando esse
município com Caraguatatuba.
Seria interessante que surgissem
pesquisadores para descrever o
quão difícil foi essa segunda empreitada. Vários trabalhadores
dessa obra ainda estão vivos,
moram por aqui mesmo. Isso
pode ser tratado mais tarde; é
outra história; vai ficar de lado
por enquanto. Voltemos ao relato da dona Silvia; imaginemos o
quanto é penoso, mesmo após
tanto tempo e realizações (os
filhos formados, a nora e uma
netinha), tornar pública a sua
história. Por outro lado, é motivo de orgulho falar do idealismo, da coragem de ambos em
virem para o Brasil, de terem
encontrado, no último município
do litoral norte paulista o lugar
perfeito para a utopia que portavam. Também deveria nos
orgulhar, enquanto caiçaras, de
pertencer a uma terra que acolhe tanta gente disposta a contribuir para tornar este chão um
lugar viável e prazeroso. Imaginem o humilde lar do morador
praiano abrigando um casal de
estrangeiros que ainda tropeçava na língua portuguesa. (Faço
questão de lembrar que o “dialeto” caiçara tinha as suas particularidades, capaz de complicar
ainda mais). Ainda bem que era
um povo muito acolhedor!
“Em 1954 nós partimos à procura de um lugar que, além de
agradável, oferecesse as condições propícias de cultivo e de
instalações. Meu marido era
um empreendedor. O lado sul
do município logo ficou fora de
cogitação. Motivo: a abertura
da rodovia Ubatuba-Caraguatatuba estava sendo concluída,
fazendo com que os preços das
terras daquele lado encarecessem muito. Então nos falaram
do lado norte, das vastas áreas e de outras vantagens. Num
final de semana, após deixarmos a nossa filha Patrícia com
alguém de muita confiança em
Taubaté, começamos a nossa
aventura para o lado norte do
município. Por volta do meio-dia deixamos a cidade, seguindo sempre a pé. Passamos o
Perequê-açu, o Saco da Mãe
Maria, a praia Vermelha com
suas areias grossas, a praia do
Alto - que até hoje é muito bonita -, a praia de Itamambuca.
Imaginem tudo isso a pé e com
muito calor! Depois chegamos
ao morrão da praia do Félix e,
finalmente, paramos ao escurecer, na praia do Léo - aquela
que, desde 1991, devido a um
desabamento da estrada após
forte chuva, está soterrada
numa boa parte.
Na praia do Léo batemos palmas numa casa e perguntamos
se havia ali por perto alguma
pousada ou coisa do gênero.
Imaginem só !!! Isso era comum na Europa. Disseram que
não. Nos ofereceram um pouso,
numa cama simples com esteira de taboa. Foram muito gentis conosco. No dia seguinte, já
sabendo dos nossos motivos,
disseram que para os lados do
Ubatumirim e do Puruba é que
tinha boas terras. E era mesmo!
Pura verdade!
No rio Puruba nós fizemos
uma parada; esperamos um
bom tempo até que o balseiro aparecesse. Parece que
ele estava almoçando; depois
deve ter dormido um pouqui-
nho. Nem me lembro mais direito deste detalhe. Só sei que
ele apareceu e, assim, depois
de seguir a trilha do telégrafo,
alcançamos a praia da Justa.
Finalmente, depois de um pequeno morro, estávamos no
Ubatumirim.
De fato as terras do Ubatumirim, sobretudo as da Sesmaria,
nos agradaram muito. Aí fomos
acolhidos na casa da família do
Manoel Leopoldo. Para a dormida nos dispuseram uma sala
com esteiras e penico, onde havia um montão de sapê secando. Era um calorão de janeiro;
baratas passeavam por todos os
lados. Ao abrirmos a porta para
a entrada de frescor, também
entraram os cachorros. Mesmo
assim, nós, de tão cansados,
desmaiamos.
No dia seguinte fomos conhecer a Sesmaria, dos Nunes
Pereira. Gostamos muito. Ainda
bem que a volta para a cidade
foi de canoa.
Chegando à cidade, logo procuramos nos informar sobre
a situação legal daquelas terras. Quem nos deu segurança
e nos garantiu da propriedade
dos Nunes Pereira foi o coronel
Ernesto de Oliveira, pai do “Filhinho” (da farmácia). Satisfeitos e cansados embarcamos no
ônibus para Taubaté. A viagem
durava na média de quatro horas, mas o tempo tinha de estar
bom, sem chuva, senão...
Após um breve período fizemos a segunda viagem para o
Ubatumirim. Desta vez o anoitecer nos alcançou na praia da
Itamambuca. Novamente pedimos pouso, mas as condições
estavam tão críticas, enquanto
que o luar e a noite estava tão
convidativos, que acabamos
pegando uma humilde coberta
que nos ofereceram e fomos
dormir nas areias da praia.
Jean-Pierre somente ajeitou os
“travesseiros” com a própria
areia. Só sei que acordamos no
dia seguinte com o sol brilhando
e a maré quase nos alcançando
os pés. Chegando ao Ubatumirim nos reencontramos com o
Mané Leopoldo e compramos a
Sesmaria do Ubatumirim, que
era dos Nunes Pereira. Ela distava seis ou sete quilômetros da
praia. Mais tarde nós compramos mais uma posse. L o g o
iniciamos a plantação de bananeiras, alcançando a marca, em
poucos anos, de trinta mil pés.
A primeira dificuldade sentida
era com relação ao deslocamento, pois se perdia muito tempo
indo a pé desde a cidade até o
Ubatumirim. Parece-se me, se
não me engano, que pelo mar
a distância era de vinte e dois
quilômetros, enquanto que por
terra, seguindo o caminho usual dos caiçaras, perfazia trinta e
seis quilômetros.
Eu trabalhava lecionando
francês em Taubaté, enquanto
o meu marido se dedicava com
exclusividade ao nosso empreendimento em Ubatuba, pois
tínhamos camaradas que precisavam ser orientados e acompanhados em seus trabalhos,
senão... Dessa necessidade surgiu a idéia de se fazer um barco.
Foi quando o nosso quintal em
Taubaté se transformou num
mini-estaleiro, recebendo as
madeiras e o motor de centro
modelo Ford alemão.
Logo o barco ficou pronto. E
agora? Como tirá-lo do quintal?
Ainda bem que no terreno ao
lado não havia nada de construção. A solução foi derrubar um
pedaço do muro, passar o barco
e, depois, refazer a parede. Um
caminhão foi utilizado para trazer o barco até Ubatuba. Foi o
primeiro barco registrado na Colônia dos Pescadores. Isso foi em
1956. Ainda temos tal documento em perfeito estado de conservação. Esse barco nos foi muito
útil. Porém, em diversas ocasiões
em que precisávamos dele passávamos raiva, pois os empregados se aproveitavam das nossas
ausências e saíam para passear
ou pescar. Era algo que gastava
a nossa paciência”. 15 Setembro 2010
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Jornal MARANDUBA News
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Cantinho da Poesia
A palavra perfeita
Você é
A palavra perfeita não esta no luxo do rico, nem com a simplicidade do
pobre,
A palavra perfeita não esta escondida num palácio ou aparente numa
favela,
A palavra perfeita não esta bordada em ouro, nem escrita com carvão,
A palavra perfeita não esta na crença do religioso, nem na verdade do
materialista,
A palavra perfeita não esta no verso da musica ou impressa em papel,
A palavra perfeita não esta na inocência da criança, nem na experiência
de um ancião,
A palavra perfeita não esta na força de um homem, nem na delicadeza
de uma mulher,
A palavra perfeita esta na alma, transmitida no verbo da sinceridade e
pode ser entendida por um conjunto de silabas, por um simples gesto
ou até mesmo por um olhar.
A palavra perfeita pode estar na verdade ou até mesmo num engano.
A palavra perfeita pode estar num discurso, ou quem sabe se encontrar
no silencio.
Márcio Barbosa Gonçalves
A mais luzidia de todas as estrelas
Do meu mel a mais doce das abelhas
De meus poemas a melhor das rimas
De meu inverno o melhor dos climas
Do meu amor a esperada doçura
De minhas pinturas a sonhada figura
A maior das ondas deste meu mar
Que vai onde a imaginação possa chegar
Com o tempero daquele desejo incontido
Que faz a vida ter algum sentido
De minha imaginária aeronave a proa
Que não me deixou voar pela vida à toa
De meus pecados o sublime perdão
E a luz límpida de minha redenção
Do arco-íris a minha exclusiva cor
De todos os amores, meu único amor
Manoel Del Valle Neto
Frases e conversas do povo caiçara
AMILTON SOUZA
1- Old Cinto (76 anos) disse
para Tony Little tomate (82
anos) em 1997 numa disputadíssima partida de truco
em que os dois eram parceiros: “Bóistais bom pra ir pro
ajilo...” Tradução: “a vossa
senhoria está em ótimas condições para morar no Lar Vicentino”
Tony Little tomate respondeu sem dar tempo pra respirar:.. “e bóisprospicho”.
Tradução “e sua admirável
pessoa têm todos os requisitos para freqüentar o manicômio.”
2- Little Sunday disse uma
vez em 1984: “é Mané Gaspá... vai apanhar poco...”
Tradução: “Senhor Manoel
Gaspar, cuide-se porque senão irá tomar um corretivo e
terá que arcar com as conseqüências”
3- Nilo Mariano disparou
para minha pessoa em 2010:
“Magina... eles vão adorar...” Tradução: “Os vizinhos
que estão dormindo agora
(03h30min da manhã), vão
achar o máximo o som ao
vivo que vamos fazer no volume 12(de uma escala que vai
de 0 a 10)!!!”
Patrícia Carlos Mariano
quando soube, disse: “Legal...”
4- Um usuário desconhecido do ônibus Costamar em
1991 que disse pro Hiro:
“Desbaratina daqui!!!”... Tra-
dução: “Caro adolescente juvenil faça o enorme favor de
retirar-se da minha presença, pois você pode cuidar do
corpo, pois sua alma está em
estado de putrefação avançado...”
5- No ano de 1989 um tiozinho de 78 anos, em cima
da ponte da laje, certa vez
disse para o Zé Luís, Samuca do Tiltcham Féle e Eu, que
estávamos indo para a casa
depois da aula de Educação
Física, a seguinte parábola:
“Que rapaziada jovem, forte
e bonita...” nesse instante,
ficamos totalmente lisonjeados, porém ele ia acabar a
frase... “... vadiando num dia
como esse”.
6- “O trato foi vocês virem
aqui nos divertir e irem embora a pé.”
Everaldo (Filho do Lendário Cara de Onça) e Tofo (irmão do Tofinho) disseram em
1995 a duas senhoritas distintas que os acompanharam até
a Praia do Pulso, entretanto,
segundo um dos envolvidos,
essa frase não cata muié...
7- “Já pensou se vem um
carro cortando a milhão de lá
pra cá?”
Everaldo (Filho do Lendário
Cara de Onça) em 1995 justificando a saída da pista e quase queda na costeira da Praia
Grande para Gilberto da Lola.
8- “e o piãozinho aí, vai
querer o quê?”
O balconista da Sorveteria
Chicken-in em 1992 disse a
Samuca do Tiltcham Féle,
deixando-o perplexo.
9- “E aí, Bródaiada?” (do
‘verbo’ Brother que quer dizer
irmão em inglês).
Foi como Little Joseph nos
cumprimentou em 1989...
1x0 pra ele...
10 - No outro dia, encontramos Little Joseph novamente
e decidimos cumprimentá-lo
ao seu modo e dissemos:
“E aí, Bródaiada?”... E ele
com toda a sua sensibilidade,
respondeu sem pestanejar:
“Fala, Manada!” (do ‘verbo’
Mano)... Depois dessa goleada, entregamos o jogo...
11- “É doze e cruuuuza.”
Tio Dú em 1988 explicando
de maneira explícita as regras
do jogo de taco para a comunidade.
12- Mané Preá enquanto
dava umas dicas preciosas de
violão a David Maia em 2010:
“Eu tinha uma guitalha dos
Bitus, Djavi”... Tradução: “Eu
tinha uma guitarra dos Beatles, Davi”...
Alguns nomes são fictícios,
porém todas as histórias são
verdadeiras, por increça (incrível) que parível (pareça).
Mês que vem tem mais.
Amilton Souza é músico
profissional e já tocou no Bar
do Vestiário com Marcinho do
Ferreira nos teclados e menino-boi na timba.
[email protected]
Página 12
Gente da nossa história:
EZEQUIEL DOS SANTOS
No Sertão da Quina a família
de Guido Correia e Benedito
Anastácio estava em festa no
dia 24 de janeiro de 19882,
é que nesta data nascia mais
um neto, era ele Luiz Henrique de Oliveira Santos, que
como todos por aqui possuía
um apelido. O dele era Lick,
tão conhecido que poucos não
sabiam que seu nome era Luiz
Henrique.
Procurando o que escrever
dele, pouco se achou para
colocar em palavras, mas em
sentimento caberia em um
caminhão. Este menino, ou
jovem moço era apaixonado
pela família e os amigos, era
um daqueles que tirava sua
camisa para doar a quem não
tinha.
De sorriso farto e coração
grande, não há alguém que
apontasse qualquer descontentamento sobre ele. Adorava um bom tutu de feijão com
peixe frito principalmente feito
no fogão à lenha. Tinha como
paixão os irmãos Marco Aurélio, Emilia, Jean, Eliza, Jorge e
Eduarda. Nascido do amor de
Luiz Gonzaga dos Santos (Luiz
Pescoço) e Margarida Rosa de
Oliveira Santos, Lick era um
daqueles filhos que gostava
de estar rodeados pelos familiares e dos amigos. Sua educação de base era semelhante
as dos outros amigos, tudo
que ele aprendeu na infância
era aplicado n a adolescência
e na vida adulta.
Quando criança já pensava
nos outros irmãos. Quando
ganhava alguma coisa ou algo
para comer guardava uma
parte ou pedaço ao irmão. Era
um daqueles meninos que tiravam boas notas na escola,
mesmo sendo bom aluno não
deixava de brincar, de pescar,
de jogar bolinhas de gude,
15 Setembro 2010
Jornal MARANDUBA News
Luiz Henrique de Oliveira, o bom moço
de andar com estilingue no
pescoço. Gostava muito de
participar das Folias de Reis,
ajudava a fazer farinha de
mandioca. Vivia quebrando a
cabeça quando chegava o dia
de pagar a conta de energia
elétrica. Caiçara nato adorava pescar, não era adepto a
bagunça, nunca deu trabalho,
bom exemplo de
pessoa, filho, amigo, não gostava
de “pouca-vergonha” como dizia
os antigos. Lick
trabalhou com o
pai na construção
civil,
trabalhou
como jardineiro e
em seu primeiro
salário fixo comprou uma moto.
Esta era sua outra
paixão – o motociclismo, ele era
diretor dos barbados do Asfalto,
uma irmandade
moticiclistica. Seu
último
emprego foi na Câmara Municipal de
Ubatuba,
onde
deixou
muitos
amigos. Menino
simples, dedicado e muito atencioso, Lick respeitava muito as
pessoas, principalmente os mais
velhos. O reflexo
do respeito adquirido era reflexo
direto pelo respeito que tinha
pelos outros. Ele adorava seu
padrinho Rafael (tio Faé) que
ficava sentadinho em frente
a porta da sala em sua casa.
Seu pai era o responsável pelo
Baile do Pescoço, quem nunca
participou dos bailes da época
do vinil, embalados por lâmpa-
das coloridas na sala, algumas
pintadas a mão, encostado
no enorme pé de pinheiro no
quintal. Era da época em que
as pessoas ocupavam a rua
com coisas boas, vale lembra
que o baile é responsável pelo
surgimento de muitas famílias
existentes na atualidade. Nesta época Lick dava seus pri-
meiros passos de dança. Menino simples, dedicado e muito
atencioso conquistava as pessoas por seu sorriso farto, mas
seu comportamento ainda é
exemplo a “molecada”, menino que não precisou entrar
em “parada errada” para ser
alguém, nunca mexeu com
ninguém e nem se meteu em
encrenca. Lick fazia questão
de dizer que os seus melhores amigos eram os que cresceram junto com ele, eram:
Marcelo, Maicon, Dinho, Tom,
Wesley, Fernando, Chapuleta,
Marco Aurélio, Maninho, Adeílson, João Carlos e Nerlinck.
Orgulho do pai da mãe e da
comunidade onde
vivia. Infelizmente, um acidente
de moto levou
este moço. Lick
ia para Taubaté
ao encontro de
sua amada e na
entrada da cidade ele sofreu um
acidente com um
caminhão.
Foi
um dia chuvoso,
sábado de manhã, trágico dia.
Um dia antes,
sexta, ele ouviu
da mãe que não
fosse neste tempo de chuva, mas
a saudade era
muita e como a
namorada
não
podia vir por contas das provas na
faculdade ele ia
ao encontro da
moça.
Naquela
noite, sexta, ele
ainda deitou na
cama dos pais,
bem no meio dos
sois e começou
a assistir televisão e ao mesmo
tempo matava a vontade dos
carinhos e abraços de seus
genitores.
As 10h30min do dia 19 de
outubro de 2008, sábado, a
mãe recebeu um telefonema
que mudou a vida de todos.
A tragédia parecia mentira. A
tristeza pairou sobre a região.
Mesmo na dor os pais se impressionaram com a quantidade de pessoas que vieram
a seu velório. Gente até de
outro estado, de todo o município, do Vale do Paraíba,
gente de todas as idades. Os
familiares nunca haviam visto
tanta gente, os irmãos motoqueiros fizeram um pelotão a
frente do cortejo, em sua homenagem fecharam o transito
para seu corpo passar.
Os pais ganharam um quadro com a pintura de seu rosto e quem lá for visitar poderá
vê-lo na parede da sala, de um
filho que nunca saiu de casa.
Em sua homenagem a Câmara
Municipal de Ubatuba aprovou
um projeto de Lei que dá o
seu nome a quadra esportiva
na entrada do Ingá, que até a
presente data na foi colocada
placa com seu nome. A família
recebeu ainda uma Moção de
Pesar também da Câmara Municipal, já que lê trabalhava lá,
onde fez e tem muitos amigos
saudosos. Apesar de novo,
Luiz Henrique, que tem nome
de rei fez história, de exemplo,
de dedicação, de amizade, de
fraternidade.
Sua postura serve de exemplo de como um filho deve ser,
de como tratar as pessoas, de
como dedicar-se aos sentimentos mais nobres como o
amor, o respeito, a simplicidade. Aos pais a lembrança de
um bom moço, que o pouco
tempo de vida, cumpriu a sua
tarefa e que ao lembrar emociona os amigos e familiares.
Lick, seu sorriso ainda é visto por muitos e sua voz ainda
pode ser ouvida por nós, que
com tanta saudade, choramos
sua ausência e desejamos do
fundo de nosso coração dar
ainda um grande abraço em
você. Que Deus sempre abençoe este bom moço!
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Jornal MARANDUBA News
Cautelas com sua casa
Você tem medo da solidão?
Comece a prevenção a crimes certificando-se de que
sua residência estará protegida enquanto você estiver fora.
O segredo é fazer com que sua
casa aparente estar habitada;
Tenha certeza de que todas
as portas e janelas estão funcionando e fechadas;
Reforce portas, portões e
janelas com trincos, trancas e
cadeados internos;
Nas áreas externas, não deixe ferramentas e escadas, elas
podem ser usadas para arrombamento;
Examine os pontos vulneráveis de sua casa. Se possível, instale dispositivos de
segurança, como alarmes,
sensores de presença, reforço
à tranca normal de janelas e
portas, etc;
Uma boa opção de reforço
para as janelas e colocar na
parte interna um pedaço de
madeira ou outro material que
impeça sua abertura;
Ative sistemas de segurança
que você tenha instalado;
Suspenda correspondências
e jornais dos quais você tenha assinatura ou peça para
que alguém de sua confiança
recolha-os diariamente;
Dificulte o acesso ao interior
de sua residência, trancando
as portas de todos os cômodos
e recolhendo as chaves;
Evite deixar sua casa toda
apagada ou também manter
luzes acesas diuturnamente.
Procure instalar lâmpadas com
foto-célula;
Televisores e rádios podem
ser programados para ligarem e
desligarem em alguns horários;
Peça para que um vizinho
estacione em sua garagem,
especialmente à noite;
Não deixe chaves reservas
escondidas embaixo de tapetes, dentro de vasos, sobre
batentes de portas, etc;
LILIAN NAKHLE
A palavra solidão é freqüentemente associada ao abandono,
dor, tristeza, perda, angústia
e dificilmente as pessoas conseguem perceber que estar só
pode revelar um precioso caminho para descobrir quem somos
realmente. Ao entrar em contato com nosso eu interior atendemos a uma necessidade de respeitarmos nosso próprio ritmo
interno, de não dar satisfação a
ninguém, de entrar em contato
com nossa criança interior, com
nossas conquistas e também é
uma chance de encararmos nossas dores, medos e apegos.
O autoconhecimento possibilita nosso crescimento interior
uma vez que nos dá condições
de descentrar, pois uma vez que
sabemos lidar com nossas emoções fica fácil nos colocarmos no
lugar do outro.
Ouvindo o silêncio de nosso
coração podemos rever posturas, atitudes, comportamentos
e por vezes alterar nosso modo
de agir. É interessante enxergar
que não somos dono da verdade
e reconhecer que a nossa verdade muitas vezes não é a mesma
verdade para o outro. Reconhecer nossos fracassos, sucessos,
qualidades, defeitos ajuda a
perceber quem realmente so-
Não informe seus planos de
viagem a pessoas que você
acabou de conhecer ou próximo a pessoas estranhas;
Telefone para alguém de sua
confiança de vez em quando,
para saber se está tudo bem;
Nas ausências prolongadas,
peca a um parente para visitar
sua casa, para demonstrar a
presença de pessoas (abrindo
janelas, regando jardins, entrando com carro na garagem,
etc.);
Não deixe jóias ou dinheiro
dentro de casa, mesmo que
seja em cofre.
Utilize cofre de bancos;
No caso de residências com
jardim na frente, contrate alguém para mantê-lo limpo,
evitando o aspecto de abandono;
Só deixe a chave com pessoas de absoluta confiança;
Evite colocar cadeados do
lado externo do portão. Isso
pode denunciar sua saída;
Desligue a campainha. Assim, você deixa em dúvida
quem usá-la apenas para verificar se você está em casa;
Se você deixar um cachorro
para cuidar do local, é recomendável que ele seja treinado para não comer alimentos
jogados no chão;
Ao chegar procure identificar
a presença de pessoas estranhas, antes de desembarcar
de seu veículo ou entrar em
sua casa;
Caso existam sinais de arrombamento não entre em casa;
Cuidado no momento de
descarregar seu veículo;
Evite permanecer com portas abertas, especialmente no
interior de sua casa. Se você
vai ficar no fundo da residência
tranque as portas da frente.
*
*
*
Fonte: Base Comunitária de
Segurança da Maranduba
mos e até mesmo descobrir que
o mundo não vai mudar para
nos alegrar, ao contrário, somos
nós quem precisa mudar.
Infelizmente são nos momentos difíceis, naqueles quando
sentimos a vontade de gritar:
“Pare o mundo porque eu quero
descer”, quando olhamos para
dentro de nós e encaramos a
tal... Solidão. Na realidade, é
aí que temos a chance de nos
conhecer, de demonstrar nossa
coragem e até de nos surpreendermos com nossa atitude.
Quando estamos felizes sentimos medo que a sensação
de paz acabe logo e quando
estamos tristes pensamos que
este momento nunca mais acabará. Talvez quando o medo for
desqualificado e a solidão encarada como uma saudável aliada
para nos livrarmos do apego e
da dependência poderemos conquistar verdadeiramente nossa
autonomia. É interessante notar
que estar sozinho não é necessariamente estar solitário. Podemos ser excelentes companhias
para nós mesmos e aí então dar
permissão para pessoas mentalmente saudáveis virem ao nosso
encontro. Assim, uma viagem ao
interior de si mesmo poderá ser
uma aventura reveladora, emocionante e renovadora.
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Jornal MARANDUBA News
Desopilando o mau humor
Minerim
Durante escavações no
estado do Rio de Janeiro ,
arqueólogos
fluminenses
descobriram, a 100 m de profundidade, vestígios de fios
de cobre que datavam do ano
1000aC. Os cientistas cariocas
concluíram que seus antepassados já dispunham de uma
rede telefônica naquela época.
Os paulistas, para não ficarem para trás, escavaram
também seu subsolo, encontrando restos de fibras óticas a
200 m de profundidade. Após
minuciosas análises, concluíram que elas tinham 2000
anos de idade. Os cientistas
paulistas concluíram, triunfantes, que seus antepassados já
dispunham de uma rede digital a base de fibra ótica quando Jesus nasceu!
Uma semana depois, em
Belo Horizonte , foi publicado
por cientistas mineiros o seguinte estudo: “Após escavações arqueológicas no subsolo
de Contági, Betim, Barbacen,
Selagoa, Pass-Quato, Jijifó,
Sans Dumon, Pous Alegre,
Santantoin do Monte,Vargim,
Nanuque, Águas Formosa,
Moncarmelo, Carnerim, LagoaDorada, Sanjão Del Rei,
Sirvianópis, Beraba, Berlândia, Belzonte, Bosta daRaguari, Divinópis, Parr de Mins,
Furmiga, Vernador Valdars,
Tióf’Otoni, Piui, Carm Cajuru,
Lagoa Santa, Morro do Ferr,
Biraci e diversas outras cidades mineiras, até uma profundidade de 500 metros, não
foi encontrado absolutamente
nada! Concluindo então, que
os antigos mineiros já dispunham há 5000 anos de uma
rede de comunicações sem-fio: ‘wireless’”.
Nota dos arqueólogos: Por
isso se pronuncia “UAI” reless.
*
*
*
No confessionário
- Padre, eu pequei. Fui seduzido por uma mulher casada que se diz séria.
- És tu, Joãozinho?
- Sou, Sr. Padre, sou eu.
- E com quem estivestes tu?
- Padre, eu já disse o meu pecado… Ela que confesse o dela.
- Olha, mais cedo ou mais
tarde eu vou saber, assim é
melhor que me digas agora!….
Foi a Isabel Fonseca? Perguntou o padre.
- Os meus lábios estão selados, disse Joãozinho.
- A Maria Gomes?
- Por mim, jamais o saberá…
- Ah! A Maria José?
- Não direi nunca!!!
- A Rosa do Carmo?
- Padre, não insista!!!
- Então foi a Catarina da
pastelaria, não?
- Padre, isto não faz sentido.
O Padre rói as unhas desesperado e diz-lhe então:
- És um cabeça dura, Joãozinho, mas no fundo do coração
admiro a tua reserva.
Vai rezar vinte Pais-Nossos
e dez Ave-Marias.. . Vai com
Deus, meu filho…
Joãozinho sai do confessionário
e vai para os bancos da igreja.
O seu amigo Maneco desliza
para junto dele e sussurra-lhe:
- E então? Conseguiu a lista?
- Consegui. Tenho cinco nomes de mulheres casadas que
dão para todo mundo.
Aprenda: O planejamento
estratégico, começa com a
análise do mercado!
*
*
*
Inseminação artificial
Um fazendeiro comprou vários
porcos e porcas, pois queria começar uma criação na fazenda.
Depois de várias semanas, notando que nenhuma das porcas
emprenhara, ligou para o veterinário pedindo ajuda. O veterinário disse ao fazendeiro, que ele
teria que fazer uma inseminação
artificial. O fazendeiro não tinha
a menor idéia do que era aquilo,
mas não querendo demonstrar
ignorância, concordou e perguntou ao veterinário como saber
quando as porcas estariam prenhas. O veterinário disse que elas
parariam de ficar andando e iriam
mergulhar na lama o dia todo. O
fazendeiro desligou o telefone e
ligou para o compadre, para perguntar como se fazia isto.
O compadre disse que inseminação artificial significava que ele
mesmo teria que emprenhar as
porcas. Então, ele colocou as porcas na kombi e foi para o meio do
mato… Transou com cada uma
delas, voltou para a fazenda e foi
para a cama descansar.
Na manhã seguinte, ele foi ver
as porcas e elas continuavam andando pra lá e pra cá. Ele concluiu
que teria que fazer tudo de novo.
Colocou as porcas na kombi e foi
para o meio do mato: transou
com cada uma, duas vezes, para
garantir. Voltou para a fazenda e
foi para a cama descansar.
No outro dia, ele foi ver as porcas e elas continuavam andando
pra lá e para cá. Bem, teria que
fazer tudo de novo… Colocou
as porcas na kombi e foi para o
meio do mato. Passou o dia transando com cada uma delas, várias vezes.
Voltou para a fazenda e, esgotado, atirou-se a cama. Na manhã seguinte, ele nem conseguia
abrir os olhos, muito menos levantar para olhar as porcas. Então, ele pediu à mulher para dar
uma olhada e ver se as porcas
estavam na lama.
- Não – disse ela – Elas estão
todas na kombi, e uma delas não
pára de buzinar!
*
*
*
A Rifa
Com sérios problemas financeiros, o caipira vendeu sua
mula por 100 reais a outro
caipira, que concordou em receber o animal um dia depois.
No dia seguinte, o primeiro
caipira chegou e disse:
- Cumpadi, cê me discurpa
mas a mula morreu.
- Morreu?
- Morreu.
- Intão devorve o dinheiro.
- Ih… já gastei.
- Intão me traiz a mula.
- Mas o que cê vai fazê com
uma mula morta?
- Vou rifá.
- A mula morta? Quem vai
querê?
- É só eu num falá que ela
morreu, ué!
Um mês depois os dois se
encontram e o caipira que
vendeu a mula pergunta:
- Ô cumpadi, e a mula morta?
- Rifei. Vendi 500 biete a 2
real cada. Faturei 998 real.
- Eita! E ninguém recramô?
- Só o homi que ganhô.
- E o que cê feiz?
- Devorvi os 2 real pra ele.
*
*
*
Embréstimo na banco
O turco Salim chega ao banco e fala para o gerente:
- Eu quer fazê uma embréstimo!
Surpreso, o gerente pergunta para Salim:
- Você, Salim, querendo um
empréstimo? De quanto?
- Uma real.
- Um real? Ah, isso eu mesmo te dou.
- Não, não! Eu querer embrestado da banco mesmo!
Uma real!
- Bem, são 12% de juros,
para 30 dias…
- Zem broblema! Vai dar
uma real e doze zentavos.
Onde eu assina?
- Um momento, Salim. O
banco precisa de uma garantia. Sabe como é, são as normas.
- Bode begá meu Mercedes
zerinha, que tá lá fora e deixá
guardado no garagem da banco, até eu bagá a embréstimo.
Tá bom azim?
- Feito!
Chegando em casa, Salim
diz para Jamile:
- Bronto, nóis já bode viajá
bra Turquia zem breogubazon.
Conzegui dexar a Mercedes
num garagem do Banco do
Brasil bor 30 dias, e eu só vai
bagá doze zentavos.
*
*
*
O pai e o jardim
Um velhinho vivia sozinho em
Minnesota. Ele queria cavar seu
jardim, mas era um trabalho
muito pesado. Seu único filho,
que normalmente o ajudava,
estava na prisão. O velho então
escreveu a seguinte carta ao
filho, falando de seu problema:
“Querido filho,
Estou triste porque, ao que
parece, não vou poder plantar
meu jardim este ano. Detesto
não poder fazê-lo porque sua
mãe sempre adorava a época
do plantio depois do inverno.
Mas eu estou velho demais
para cavar a terra. Se você
estivesse aqui, eu não teria
esse problema, mas sei que
você não pode me ajudar com
o jardim, pois está na prisão.
Com amor, papai”
Pouco depois o pai recebeu
o seguinte telegrama:
“PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim! Foi
lá que eu escondi os corpos!”
Às quatro da manhã do dia
seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum
corpo. Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho
contando o que acontecera.
Esta foi a resposta:
“Pode plantar seu jardim agora, pai. Isso é o máximo que
eu posso fazer no momento.”
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Jornal MARANDUBA News
Túnel do Tempo
Coluna da
Por Adelina Campi
A Bagagem
1989
Eu não pedi pra você fechar a torneira?
2004
O movimento “Ubatuba Viva” entregou cartilhas de
Combate a Corrupção a todos os candidatos...
1989
Tinha gente que pescava na varanda... Assim é fácil.
Quando sua vida começa,
você tem apenas uma mala
pequenina de mão.
A medida em que os anos
vão passando, a bagagem vai
aumentando porque existem
muitas coisas que você recolhe pelo caminho, porque pensa que são importantes.
A um determinado ponto do
caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você
pode escolher:
Ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém
o ajude, o que é difícil, pois
todos que passarem por ali já
terão sua própria bagagem.
Você pode ficar a vida inteira
esperando, até que seus dias
acabem. Ou você pode aliviar
o peso, esvaziar a mala.
Mas, o que tirar?
Você começa tirando tudo
para fora.
Veja o que tem dentro:
Amor, Amizade ... nossa!
Tem bastante, curioso, não
pesa nada...
Tem algo pesado ... você faz
força para tirar... Era a Raiva como ela pesa!
Aí você começa a tirar, tirar
e aparecem a Incompreensão,
Medo, Pessimismo.
Nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala. Mas você puxa-o
para fora com toda a força, e
no fundo da mala aparece um
Sorriso, que estava sufocado
no fundo da sua bagagem.
Pula para fora outro sorriso e
mais outro, e aí sai a Felicidade!
Aí você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra
fora a Tristeza.
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala,
pois vai precisar bastante.
Procure então o resto, a
Força, Esperança, Coragem,
Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o
Bom e Velho Humor.
Tire a Preocupação também.
Deixe de lado, depois você
pensa o que fazer com ela.
Bem, sua bagagem está
pronta para ser arrumada de
novo. Mas, pense bem o que
vai colocar lá dentro de novo,
heim!
Agora é contigo.
E não esqueça de fazer isso
mais vezes, pois o caminho é
muito, muito longo...
2004
1966
Recolhando os panos de rede com um dedo de prosa
Inauguração da Regional Sul da Maranduba
1976
1977
Entrevista usando o avô do MP3
Cuidado com o marimbondo!
2005
A dificil escolha dos modelitos...
1958
Áureos tempos do Hotel Picaré, na barra do Rio Maranduba

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