saúde notícias 20 de novembro 2015

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saúde notícias 20 de novembro 2015
Folha de Pernambuco - PE
20/11/2015 - 07:32
Guillain-Barré: aumento de 500%
SOMENTE EM 2015, a Secretaria Estadual de Saúde contabilizou 127 notificações da
doença
As notificações da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pós-infecção viral neste ano já
chegam a 127. O número é seis vezes maior do que o de 2014, quando foram registradas
21 notificações, o que representa um aumento de 500% nas incidências. A informação
foi confirmada ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde
(MS). A Guillain-Barré é uma neuropatia que atinge o sistema nervoso e provoca
fraqueza nos membros e sensibilidade na pele. Entre os pacientes que tiveram a doença
neurológica pós uma virose, a presença de exantema (erupção na pele que ocorre em
doença aguda provocada por vírus) foi observada na maioria dos casos. Houve ainda a
confirmação da correlação da síndrome com zika vírus, pelo pqAM/Fiocruz, em um dos
pacientes investigados. A Folha de Pernambuco antecipou na edição de ontem que o
aumento de casos da síndrome, verificado desde junho, estava em investigação e
também divulgou que havia sido detectado o zika nos pacientes com dano no sistema
nervoso central. As confirmações reforçam a hipótese de que o vírus pode acometer as
células do tronco-cerebral.
O estudo de incidência de Guillain-Barré identificou no Estado 127 casos suspeitos de
SGB, sendo 90 provenientes dos registros do Sistema de Informações hospitalares (SIH)
do SUS e 37 do programa de gestão em saúde, Hórus. O aumento dos casos registrados
no SIH foi observado principalmente a partir de maio. Do número total de notificações
foi possível localizar 119 prontuários dos quais 81 foram revisados pelo estudo. Neles
foram confirmados o diagnóstico de Guillain-Barré em 46 (57%) destes casos, sendo
possível executar a entrevista em 41 (89%) desses indivíduos. A partir das entrevistas, a
associação entre a síndrome e a possibilidade de infecção prévia foi observada em 22
(54%).
O infectologista e consultor do Ministério da Saúde, Carlos Brito, comentou que alguns
pontos chamama atenção pela correlação com sintomas de zika. “É um mesmo padrão
que a gente tem identificado. Cerca de 70% dos pacientes mostraram exantema
antecedendo os casos neurológicos”, comentou. O quadro viral também apresentou
dores nas articulações em 51% dos pacientes, febre em 54,5% e dor de cabeça em 50%.
Dor muscular e prurido foram descritos em 40% dos casos cada. Dias depois da
infecção viral, mais de 90% dos pacientes apresentaram fraqueza muscular decorrente
da SGB, e mais da metade relatou outras alterações sensitivas e motoras. Entre os
doentes, 45,5% evoluiu para a cura. Brito destacou que a pesquisa reforça evidências até
então supostas. “É a primeira confirmação que há uma associação entre zika e quadros
neurológicos no mundo”, enfatizou.
A coordenadora do Departamento de Doenças Neuromusculares do Hospital das
Clínicas, Renata Andrade, comentou que o setor vem recebendo um número maior de
paciente com a síndrome desde o primeiro semestre. A complicação neurológica, que já
tinha sido atribuída a casos de agravamento de dengue, deu um salto gigante levantando
a suspeita que algo fora do habitual está acontecendo. “Existia uma suspeita realmente
de associação com o quadro viral novo. E a maioria das pessoas relatava a presença de
exantema anterior”, comentou.
GESTANTES- A Secretaria Estadual de Saúde (SES) está concluindo um segundo
protocolo de acompanhamento para casos de microcefalia, desta vez com foco nas
gestantes. O objetivo é identificar e acompanhar as grávidas que carregam fetos com a
anomalia no cérebro. A malformação também pode ser atribuída a complicações do zika
nas gestantes se as investigações se confirmarem. A microcefalia é um problema no
desenvolvimento do sistema nervoso central o bebê que nasce com o cérebro menor e a
circunferência da crânio medindo menos de 33 centímetros, quando o normal é entre 34
e 37.
Folha de Pernambuco - PE
20/11/2015 - 07:32
Planos para barrar mosquito antecipados nos municípios
Por mais complexos que sejam os novos contornos e associações assumidos por
doenças como dengue, chikungunya e zika, a chave ara a prevenção segue uma ó:
combater a proliferação o mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Para isso, a tentativa
é antecipar as ações dos planos de contingenciamento, que incluem medidas para barrar
avanço dessas enfermidades. As estratégias os municípios pernambucanos já foram
laboradas e já estão nas mãos da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A ideia é que, até
o fim deste ano, as medidas sejam postas em prática.
“Normalmente, começamos a pedir esse plano entre o fim de novembro e o início de
dezembro, para que em janeiro já esteja tudo organizado e pronto para ser colocado em
ação. Mas entendemos que é um momento que exige, sobretudo, rapidez, e solicitamos
a elaboração das estratégias desde outubro. Cada cidade viu sua situação e o que pode
desenvolver dentro de sua estrutura. Agora, avaliamos o suporte necessário”, explica a
coordenadora do Programa Estadual de Combate à Dengue e à Chikungunya,
Claudenice Pontes, lembrando que a prevenção cabe aos municípios.
As ações incluem a visita de agentes de saúde ambiental e controle de endemias e, em
casos específicos, a aplicação de larvicidas. Já o uso de fumacê, voltado à eliminação de
mosquitos na fase adulta, ocorre quando muitas pessoas estão acometidas por uma das
doenças numa mesma área. “Por enquanto, não tem como falar de nenhum reforço
específico. Como é o mesmo Aedes aegypti, as medidas que vinham sendo aplicadas
antes para dengue e chikungunya estarão no cenário de agora. O que há de concreto é a
antecipação do reforço”, completa Claudenice.
O gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Endemias do Recife, Jurandir
Almeida, lembra que o foco de todas as ações é a conscientização. Se a dengue já era
motivo suficiente, as outras duas enfermidades, detectadas no País de um ano para cá,
são razões de sobra para cada um fazer sua parte. “O poder público faz o bloqueio e o
controle, mas as pessoas precisam estar cientes de seu papel. Isso será, mais do que
nunca, alvo das ações lançadas nas próximas semanas”, afirmou.
Jornal do Commercio - PE
20/11/2015 - 08:17
Força-tarefa analisa casos e planeja ações
MICROCEFALIA Gestantes e mulheres que deram à luz bebês com anomalia são alvo
de estudo do Centro Aggeu Magalhães
Desde o dia 23 de outubro, quandoa Secretaria Estadual de Saúde (SES) criouoComitê
de Operações de Emergências em Saúde para estudar as possíveis causas do avanço da
microcefalia, a força-tarefa formada por vários pesquisadores analisa novos casos e
planeja ações de cuidado para gestantes, mães e bebês. Faz parte desse trabalho uma
investigação epidemiológica da qual participa o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
(CPqAM), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco.
Trata-se de um estudo envolvendo gestantes que, em ultrassom, receberam a informação
de que o filho apresenta microcefalia, e mulheres que já deram à luz bebês com a
malformação.
"Investigaremos por que algumas mulheres que apresentaram manchas vermelhas na
pele durante a gestação tiveram bebês com microcefalia e outras não", explica o médico
Carlos Brito, pesquisador colaborador do CPqAM. Ele acrescenta que o estudo,
coordenado pela pesquisadora Celina Maria Turchi, analisa se, além do zika vírus (um
dos possíveis responsáveis pelo aumento no número de casos de microcefalia), há
fatores de risco que podem estar correlacionados ao vírus. "Estamos considerando o
momento da gestação em queamulher foi exposta ao zika, a faixa etária, o número de
gestações e relatos de outras infecções." O médico informa que o estudo considera
fatores genéticos que podem proteger algumas pessoas de infecções graves.
"Já se sabe que isso acontece com a dengue, e essa constatação não deve ser diferente
para outras arboviroses (doenças transmitidas por mosquito). Isso sugere que não é só
ter contato com o vírus para apessoa desenvolver complicações. Há indivíduos que
podem ter algum mecanismo de defesa", reforça o pesquisador.
Apesar de o Ministério Da Saúde considerar "altamente provável" a correlação entre o
aumento no número de casos de microcefalia com infecção das gestantes pelo vírus da
zika, não se pode afirmar a relação direta. "Nem toda grávida que tiver zika ou teve
manchas vermelhas no corpo terá bebês com microcefalia, como se observa em muitas
gestantes em Pernambuco", salienta o diretor- geral de Controle de Doenças e Agravos
da SES, George Dimech.
A possível ligação entre zika e microcefalia amplia a atenção dos pesquisadores para o
vírus, relacionado a complicações neurológicas. O Ministério Da Saúde, em parceria
com a SES, identificou, em Pernambuco, 127 casos suspeitos da síndrome de GuillainBarré (condição neurológica rara e autoimune que provoca quadro progressivo de
paralisia em membros do corpo e fraqueza muscular). Desse total, 46 casos foram
confirmados. A associação entre Guillain-Barré e a possibilidade de infecção viral
prévia foi observada em 22 casos suspeitos. Parte dos pacientes apresentou manchas
vermelhas na pele, dor nas articulações, febre, cefaleia, prurido e dor muscular. Houve
confirmação de zika vírus pelo CpqAM/Fiocruz em um dos pacientes investigados.
"Mas não se pode afirmar qual enfermidade está associada aos demais casos, enquanto a
investigação laboratorial dos outros casos não for concluída", diz a SES, em nota
divulgada ontem.
Jornal do Commercio - PE
20/11/2015 - 08:17
Cinquentinha só com CNH
DECISÃO JUDICIAL TRF cassa liminar que desobrigava condutores de portar
documento. O Detran espera notificação para agir
Nada mudou e os motoristas das cinquentinhas, as motos de até 50 cilindradas,
continuam autorizados a dirigir sem qualquer tipo de habilitação - seja Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A ou Autorização para Conduzir
Ciclomotor (ACC). Embora o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF) tenha
derrubado a liminar que suspendia a obrigatoriedade de habilitação para condutores dos
ciclomotores, a decisão é provisória e a fiscalização de trânsito continuará liberando os
motoristas nas ruas até o Detran ser notificado oficialmente, o que não tem prazo para
acontecer.
"Nas ruas, por enquanto, nada muda. Os diversos pontos de fiscalização que estão sendo
montados diariamente para abordar os ciclomotores já foram informados de que a
habilitação continua sem ser exigida. Temos que esperar a União ser notificada da
decisão para que o Denatran informe aos Detrans", explicou o diretor de fiscalização do
Detran-PE, Sérgio Lins.
A decisão liminar do TRF, considerada monocrática (dada por um único magistrado),
foi proferida pelo desembargador Carlos Wagner Dias Ferreira, no dia 12 de novembro,
depois de receber para análise um agravo de instrumento impetrado no tribunal pela
União.
"Como a Resolução 168 do Contran, que define as regras para a habilitação dos
condutores de ciclomotores, está em vigor há mais de dez anos, é recomendado que
continue vigorando e por dois argumentos: o ciclomotor interage com todos os outros
veículos e atores do trânsito, embora devesse circular apenas à direita da pista de
rolamento. E, devido a isso, está sujeito a todos os riscos que o condutor de outro
veículo enfrenta. Por essa razão, deve ser submetido a uma regulamentação", explicou o
magistrado.
O desembargador também citou estatísticas de acidentes de trânsito relacionados às
cinquentinhas, que segundo a Secretaria Estadual de SAÚDE (SES) representam 15%
dos acidentes com motos. No Estado, as motocicletas, por sua vez, respondem por 75%
de todos os acidentes.
A decisão do desembargador, entretanto, pode ser derrubada ao ser analisada pela 3ª
Turma do TRF, composta por mais dois desembargadores, que podem ou não manter a
liminar. A expectativa, entretanto, é de que seja mantida. Mas isso só deverá acontecer a
partir da próxima quinta-feira, quando encerra o prazo legal de dez dias dado ao autor
da ação na JUSTIÇA FEDERAL, a Associação Nacional dos Proprietários de
Cinquentinhas (Apuc). Em outubro, a juíza Nilcéa Maggy, da 5ª Vara Federal em
Pernambuco, atendeu ao pedido da associação e liberou os condutores da obrigação de
ser habilitados.
Jornal do Commercio - PE
20/11/2015 - 08:17
Técnico de enfermagem é preso em Caruaru
Mais um suspeito de envolvimento num esquema de vendas de cirurgias ortopédicas no
Agreste pernambucano foi preso ontem. O técnico de enfermagem Jamesson Luiz da
Silva, mais conhecido como Janequine, foi surpreendido por policiais civis no quarto
onde estava escondido, na cidade de Caruaru. Ele estava foragido desde a semana
passada e foi localizado graças a informações prestadas pela população através do
Disque-Denúncia Agreste.
A central estava oferecendo recompensa de R$2mil para quem fornecesse pistas que
ajudassem a polícia a encontrar o suspeito. Com Jamesson, sobe para nove o número de
presos pela Operação Hipócrates, da Polícia Civil, que desarticulou uma quadrilha
suspeita de golpes contra pacientes do Sistema Único de SAÚDE (SUS). Entre os
detidos, há dois médicos e um vereador do município de Tacaimbó, também no Agreste.
O golpe montado no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, consistia em facilitar -
mediante pagamento feito pelas vítimas - o acesso a atendimento ortopédico e
traumatológico em clínicas particulares da cidade.
Jornal do Commercio - PE
20/11/2015 - 08:17
Voz do Leitor
Frase
“Tudo indica que os casos de microcefalia ocorridos na região nordestina são causados
pelo vírus zika, transmitido pelo Aedes aegypti. Autoridades sanitárias sugerem que as
mulheres evitem a concepção, enquanto não se tenham medidas eficazes para combater
a epidemia. Quais as medidas tomadas pelo governo?”. Ronaldo Paes Barreto, por email
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
João Alberto
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Insensibilidade na hora do diagnóstico
Famílias de bebês com microcefalia lamentam forma com que a notícia é dada. No
Oswaldo Cruz, profissionais priorizam o respeito
Larissa Rodrigues
“Ele olhou para mim e disse: ‘é difícil falar, mas vou ter que falar. Não cresceu nada aí.
Nem cérebro nem cabeça. Seu bebê tem a cabeça de um feto de quatro meses. Se
nascer, vai viver em estado vegetativo’”. Foi assim que a atendente de telemarketing
Nadja Cristina Gomes Bezerra, 42 anos, recebeu, aos sete meses de gestação, o
diagnóstico de microcefalia intrauterina - malformação que altera o desenvolvimento do
bebê - em uma unidade de saúde do Recife.
As palavras ditas pelo médico durante um exame de ultrassonografia ecoam em sua
cabeça até hoje. “Ficou gravado em mim. Eu gritava e chorava. Não sei como minha
filha nasceu, de tanto que chorei”, relatou.
Contrariando a informação fria, a pequena Alice está viva, com um mês e sete dias.
Ontem, acompanhada do pai, da mãe e da avó, ela foi avaliada no Hospital Universitário
Oswaldo Cruz (Huoc). “O importante agora é dar amor. Essa criança vai viver mais do
que a gente”, enfatizou para a família a médica que recebeu Alice no Huoc, a
infectologista Regina Coeli.
Nadja Cristina não é a única a relatar falta de insensibilidade. Em meio ao aumento do
número de casos de bebês com microcefalia em Pernambuco (268 notificados em 2015,
contra 12 em 2014), há relatos semelhantes.
A bancária Isabel Cristina Gomes de Albuquerque, 37, passou por algo parecido com
Nadja no momento do parto. “Assim que meu bebê nasceu, a médica o colocou em cima
de mim e já foi dizendo: ‘preciso levá-lo porque ele nasceu com a cabeça pequena’. Foi
um choque. O parto é um momento que a gente idealiza.”
Uma das preocupações do pai de Alice, João Batista Bezerra, 54, é a possível
incompreensão da empresa onde ela trabalha. “Sei que vou precisar faltar algumas vezes
para ajudar a cuidar dela. Minha esposa tem depressão. É hipertensa e ajudada por
minha sogra, mas ela não poderá acompanhar toda vez que precisar ir ao médico.”
Especialista no assunto, Regina Coeli diz que é preciso ter meios de falar com essas
famílias, porque geralmente elas ficam assustadas, com medo e cheias de dúvidas. “O
momento exige cuidado de todos. A forma mais adequada de tratar é a mais branda
possível”, recomendou.
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Fiocruz tenta mapear origens
O Instituto Aggeu Magalhães, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em
Pernambuco, vai iniciar uma pesquisa com gestantes do estado para identificar
eventuais alterações no feto, como parte da estratégia para se comprovar a ligação entre
o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, e a microcefalia.
O estado apresenta o maior número de casos da doença no país - 268 dos 399
registrados este ano no país. “Acreditamos que a prospecção é um medida essencial.
Vamos acompanhar de perto essas mulheres. Isso torna mais fácil identificar qualquer
tipo de alteração e mais ágil a associação com as causas do problema”, avaliou o diretor
do instituto, Sinval Brandão Filho.
Na terça-feira, a Fiocruz do Rio identificou a presença do zika vírus no líquido
amniótico de dois fetos na Paraíba, que tinham microcefalia. As gestantes analisadas
haviam apresentado sintomas da zika. O resultado comprova a infecção da mãe para o
feto. Embora muito importante, o achado, na avaliação do Ministério da Saúde, não é
suficiente para garantir que a microcefalia foi provocada pelo zika.
“Não podemos ser categóricos, mas o achado não pode ser considerado uma
coincidência”, afirmou o diretor do Departamento de Doenças Infecciosas do Ministério
da Saúde, Cláudio Maierovitch.
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Escorpiões lideram atendimentos
O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) apresentou, ontem,
o balanço dos atendimentos realizados este ano. Até novembro foram contabilizados
992 casos, tendo, no topo da lista, os ataques de escorpião, que motivaram 602
atendimentos e as ocorrências envolvendo serpentes, que foram 283 atendimentos. O
número de procedimentos já ultrapassa o de 2014. Informações pelo 0800.722.6001.
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Por uma causa nobre
Uma noite recheada de boas intenções e bons sabores. É o que 11 renomados chefs como Luciana Sultanum (foto), André Saburó e Robson Lustosa - e estudantes de
gastronomia da Faculdade Senac vão proporcionar a quem participar da 5ª Macarronada
do Bem, evento que acontece na próxima quarta-feira (25), às 19h, no Porto Fino
Recepções (Rua Sant Anna, 65, Casa Forte). O jantar - que custa R$ 70, por pessoa - é
para ajudar a Associação dos Amigos da Pediatria do Hospital da Restauração. Cada
convidado prepara um molho especial para o macarrão. Informações: 3231-2598.
Confira detalhes em diariode.pe/bcjp
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Golpe do falso tratamento de câncer
A polícia investiga uma mulher de 38 anos acusada de aplicar golpes. Cláudia
Minervina da Conceição estaria pedindo dinheiro para um falso tratamento de câncer da
filha. A suspeita já respondeu a um processo por estelionato em Amaraji, Mata Norte.
Ela foi encaminhada à Central de Flagrantes, em Campo Grande, quarta-feira,após
denúncias de vítimas.
Cláudia esteve em menos quatro instituições de ensino nos últimos dias. No site de uma
das faculdades, o apelo foi estampado na primeira página. Em todas elas, a mesma
história: a filha de 7 anos, com câncer de intestino, precisava de sangue e a mãe
precisava de dinheiro para custear o tratamento. Na Aeso, em Jardim Brasil II, Olinda,
alunos e professores do curso de direito fizeram várias doações.
A campanha ganhou as redes sociais e outras vítimas caíram no golpe."Ela contou que
era a primeira vez que estava pedindo dinheiro, chorou e várias pessoas ficaram
comovidas", relatou a estudante Gabriela Santos. Outra aluna, que trabalha como
enfermeira, pesquisou o caso no Hospital do Câncer e no Hemope e desvendou a farsa,
levada à polícia. No depoimento, a suspeita mudou a versão. Primeiro, o doente passou
a ser um filho de 28 anos. Depois, o marido.
O Estado de São Paulo - SP
12/10/2015 - 08:05
Médicos veem ligação entre zika e microcefalia
Pesquisadores afirmam que características em comum de quatro bebês que morreram
indicam ação do vírus
Lígia Formenti
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Kleber Luz avalia haver
indícios suficientes para associar a epidemia de microcefalia existente no País à
infecção das gestantes por zika vírus. Ele cita como exemplo características em comum
apresentadas por quatro bebês com microcefalia do seu Estado, que morreram logo
depois do nascimento. Todos apresentam comprometimento do sistema nervoso central
e das articulações. "Já se sabe que o zika atinge essas duas áreas."
Outro ponto apontado por Luz é a coincidência temporal: o nascimento de crianças com
microcefalia aumentou justamente nos Estados que apresentaram epidemia por zika no
início do ano. "Nos locais onde a epidemia foi mais tardia, esse fenômeno ainda não foi
registrado." A Bahia e o Ceará, por exemplo, Estados que tiveram comprovada a
circulação do vírus, ainda não registraram um aumento significativo do número de
casos. O número subiu de 7 para 8 na Bahia e de 7 para 9 no Ceará, entre 2014 e 2015.
São Paulo, que também teve a comprovação da circulação do vírus zika, teve este ano
34 casos relatados. Um número considerado baixo, diante do número de habitantes. "Ali
é esperado o aumento de casos a partir de janeiro", disse Luz.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito tem avaliação
semelhante. "São várias as evidências existentes: o aumento súbito nas regiões onde
houve epidemia de zika e a dispersão dos casos em várias cidades do Nordeste. Para
mim, medidas de prevenção já deveríam ser desencadeadas levando essa premissa como
certa.".
Ambos afirmam que os resultados obtidos na análise do líquido amniótico de dois fetos
na Paraíba, que identificaram a presença do zika, comprovam a infecção da mãe para o
feto. "Nos dois casos, está certo que a microcefalia foi causada pela infecção do vírus",
disse Brito.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, acham
necessária a produção de novos dados científicos, antes de fazer uma afirmação
categórica sobre a relação entre a infecção pelo vírus e a microcefalia.
Pesquisa. Como parte dessa estratégia, o Instituto Aggeu Magalhães - unidade da Fiocruz em Pernambuco - vai iniciar uma pesquisa com gestantes para identificar eventuais
alterações no feto. O Estado apresenta o maior número de casos da doença no País - 268
crianças. Em todo território nacional, nasceram 399 bebes com o problema, uma marca
que já pode ser considerada epidemia.
"Acreditamos que a prospecção é uma medida essencial. Vamos acompanhai" de perto
essas mulheres. Isso torna mais fácil identificar qualquer tipo de alteração e toma mais
ágil a associação com as causas do problema", avalia o diretor do instituto, Sinval
Brandão Filho.
A análise das gestantes não será a única frente a ser trabalhada pelo Aggeu Magalhães.
A Fio-cruz aposta no aumento do arsenal disponível para o diagnóstico da infecção. A
Fiocruz vai importar kits de diagnóstico de uma empresa europeia para serem usados
nas gestantes. "Há dúvidas sobre a precisão do teste", afirmou Brandão Filho.
Aqui PE - PE
12/11/2015 - 08:17
Compreensão é a palavra-chave
Surto de casos de microcefalia exige sensibilidade das famílias e dos profissionais de
saúde
Ele olhou pra mim e disse: é difícil falar, mais vou ter que falar. Não cresceu nada aí,
nem cérebro, nem cabeça. Seu bebê tem a cabeça de um feto de quatro meses. Se chegar
a nascer, vai viver em estado vegetativo'." Foi assim que a atendente de telemarketing
Nadja Cristina Gomes Bezerra, 42 anos, recebeu o diagnóstico de microcefalia
intrauterina - malformação congênita que altera o desenvolvimento do bebê percebida
ainda na gestação. Aos sete meses de gravidez, ela precisou fazer uma ultrassonografia
e soube da situação da filha pelo médico que realizou o exame. Até hoje, Nadja diz
ouvir mentalmente as palavras secas. "Ficou gravado em mim. Eu gritava e chorava.
Não sei como minha filha nasceu, de tanto que chorei", relatou.
Contrariando a informação fria do profissional, Alice Vitória Gomes Bezerra completa
hoje um mês e sete dias. Ontem, com o pai, a mãe e a avó, foi avaliada no Hospital
Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). "O importante agora é dar amor. Essa criança vai
viver mais do que a gente", enfatizou para a família a médica que recebeu Alice no
HUOC, a infectologista Regina Coeli. Nadja Cristina não é a única a relatar falta de
sensibilidade dos profissionais de saúde e da sociedade em geral. Em meio ao contexto
do aumento do número de casos de bebês com microcefalia em Pernambuco (268
notificados em 2015), tem surgido relatos semelhantes. A necessidade de compreensão
e delicadeza de quem trabalha na área e de quem conhece alguém com uma criança
nessas condições começa a se desenhar no estado, alertando para um fato: essas famílias
terão de ser acolhidas por todos.
Uma preocupação do pai de Alice, João Batista, é a possível incompreensão no trabalho.
"Vou precisar faltar algumas vezes para ajudar a cuidar dela. Minha esposa tem
depressão. É hipertensa e ajudada por minha sogra, mas ela não poderá acompanhar
toda vez que precisar ir ao médico." Já a BANCÁRIA Isabel Cristina Gomes de
Albuquerque, 37, ressalta: "hoje o que a gente tem é medo do futuro". Isabel passou por
algo parecido com Nadja no momento do parto. "Assim que meu bebê nasceu, a médica
o colocou em cima de mim e já foi dizendo: 'preciso levá-lo porque ele nasceu com a
cabeça pequena'. Foi um choque".
Especialista no assunto, Regina Coeli diz que é preciso ter meios de falar com essas
famílias, porque geralmente elas ficam assustadas. "O momento exige cuidado de todos.
A forma mais adequada de tratar é a mais branda possível".
Diario de Pernambuco - PE
20/10/2015 - 08:05
Diario Urbano
A dengue manda
Dez casos de dengue e chikungunya foram contabilizados pelos moradores da Rua
Manoel de Souza Lopes, no Vararoudo, nos últimos quinze dias. O número está
deixando os moradores preocupados. Desespero maior é quando ligam para a Secretaria
de Saúde de Olinda e são orientados a telefonarem para a Vigilância Sanitária. Nessa,
porém, ninguém atende.

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