ExportaçõEs dE calçado crEscEm como nunca

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ExportaçõEs dE calçado crEscEm como nunca
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE CALÇADO, COMPONENTES E ARTIGOS DE PELE E SEUS SUCEDÂNEOS # Nº 177 # MAIO 2011
Frederico Martins
ExportaçõEs dE calçado
crEscEm como nunca
as ExportaçõEs
portuguEsas dE calçado
crEscEram mais dE
20%
no primEiro trimEstrE dE
2011, num dos mElhorEs
rEgistos dE sEmprE do
sEctor.
as ExpEctativas dos
EmprEsários apontam
para um ano dE
2011
dE fortE afirmação do
calçado português nos
mErcados ExtErnos.
EstEs são também, no
Entanto, tEmpos dE
alguma prudência, Já quE
o aumEnto galopantE
do prEço das matérias-
primas, Em EspEcial das
pElEs, E as dificuldadEs
dE contratação dE novos
colaboradorEs continuam a
prEocupar o sEctor.
Empresas
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Nº 177 # MAIO 2011
Empresas
cautelosas
3
Exportações de calçado
crescem 20%
no primeiro trimestre
mas optimistas
Frederico Martins
As empresas de calçado estão optimistas relativamente ao que resta do ano
de 2011. Ainda que persistam algumas preocupações, como o aumento
anormal do preço das matérias-primas
ou mesmo as dificuldades de contratação de mão-de-obra especializada,
a expectativa é de que o ano de 2011
seja de afirmação internacional da
indústria portuguesa de calçado.
Enrico Parodi acredita que, “a tendência de crescimento das exportações
se poderá manter por algum tempo,
indo consolidar-se no prazo de dois a
três anos”. Depois, será natural que
“os fabricantes asiáticos reajam a este
novo enquadramento, apresentando
novas soluções”. No essencial, o Administrador da Arcopedico recorda que
“a importação de produtos asiáticos
obriga a compras de grande volume,
mesmo para a rentabilização do transporte”, uma situação difícil de gerir na
situação económica actual.
Já Paulo Mendes recorda que “em
anos normais, sem recessão económica, grande parte das encomendas
seriam facturadas e enviadas até ao
final do ano, mas este ano algumas
das entregas processaram-se apenas
em Janeiro e em Fevereiro”. O responsável da Felmini acredita, igualmente,
que “a escassez de matérias-primas
e os seus sucessivos aumentos de
preço, contribuíram para que o Oriente
perdesse alguma competitividade, já
que a relação qualidade/preço/entrega
deixou de ter o equilíbrio perfeito para
grandes investimentos”. Já a opção
por Portugal permite “diminuir os
riscos comerciais, dada a nossa maior
flexibilidade e proximidade geográfica,
que permitem fazer chegar o produto ao mercado num curto espaço de
tempo”.
André Fernandes, da Cohibas, por sua
vez, considera que “o made in Portugal transmite cada vez mais confiança
pela qualidade e serviço”. De igual
modo, é notório que “o aumento dos
custos produtivos na China, nomeadamente ao nível logístico, conduziu
a que algumas marcas de prestígio
privilegiassem a aposta em empresas
portuguesas”. Os próximos trimestres
serão de “crescimento, pois o calçado
português é cada vez mais requisitado”.
As exportações portuguesas de calçado cresceram
28% para 14 milhões de euros).
20% no primeiro trimestre do ano. Segundo dados
do INE (Instituto Nacional de Estatística), Portugal
O calçado português está, igualmente, a conquistar
exportou calçado para mais de 130 países, nos cinco
cada vez mais adeptos fora do “Velho Continente”.
continentes, no valor de 408 milhões de euros.
As vendas para a Rússia aumentaram 84% para 4
milhões de euros, para os “States” 21,6% para 2,9
O calçado português voltou neste período a crescer
milhões de euros e para o Canadá 108% para 2,8
mais do que a economia portuguesa (que cresceu
milhões de euros. De sublinhar, ainda, o aumento
17%) e a reforçar o seu peso na balança comercial
das vendas para o Japão (mais 14,9% para 2,9
portuguesa. Com efeito, as exportações cresceram o
milhões de euros).
dobro das importações (aumento de 10% para 152
milhões de euros), pelo que a indústria portuguesa
O desempenho do sector resulta, em grande medida,
de calçado reforçou o seu estatuto de sector que
de uma aposta consistente em promoção internacio-
mais positivamente contribui para a balança comer-
nal. De facto, nos últimos três anos, o sector partici-
cial portuguesa (saldo anual líquido na ordem dos
pou, em média, em mais de 70 acções promocionais
800 milhões de euros).
no exterior, em sensivelmente 40 países, num investimento global na ordem dos 25 milhões de euros,
As exportações portuguesas de calçado estão a
que contou com o apoio do Programa Compete.
crescer em praticamente todos os mercados. Nos
três principais mercados de destino das exportações,
Em simultâneo, está a ser promovida uma cam-
assinalam-se desempenhos muito positivos nos três
panha de imagem em todo o mundo, que procura
primeiros meses do ano: França (mais 10,9% para
tornar a indústria portuguesa numa das grandes
114 milhões de euros), Alemanha (mais 22,3% para
referências na cena competitiva internacional.
70 milhões de euros) e Holanda (mais 22,7% para 54
milhões de euros). Ainda no espaço europeu (cresci-
Em resultado desta estratégia articulada, as exporta-
mento de 19,2% para 367 milhões de euros), realce
ções portuguesas de calçado estão a crescer 6,7% face
para os bons desempenhos no Reino Unido (mais
a 2008, isto é, sensivelmente cinco vezes mais do que a
8,4% para 32 milhões de euros) e Espanha (mais
média nacional (que cresceu 1,4% de 2008 a 2011).
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Nº 177 # MAIO 2011
GIL SOUSA
5
Desemprego aumenta
em Portugal mas calçado e
têxtil têm falta de mão–de-obra
Atento às exigências do público, o
estilista Gil Sousa acaba de anun-
Pab_map (fotolia.com)
ciar a aposta no sector do calçado,
com propostas para o segmento
feminino e masculino.. Na linha da
joalharia, as propostas de Gil Sousa
distinguem-se pelo luxo e pormenores requintados.
Calçado
aumenta
salários
A tabela salarial na indústria portuguesa de calçado vai aumentar
2,2% este ano. Na sequência de
meses de intensas negociações
com os Sindicatos, a Direcção da
APICCAPS propõe ao universo de
empresas da fileira do calçado uma
actualização da massa salarial.
Este foi, no entanto, um processo
complexo e ainda que a nova tabela
salarial tenha sido acertada com
a Comissão Negociadora Sindical,
a APICCAPS e os representantes
dos trabalhadores não chegaram
a acordo para a revisão do Contra-
A falta de mão-de-obra especializada continua a ser um problema para as empresas
to Colectivo de Trabalho. A única
divergência prendeu-se com a retroactividade exigida pelos sindicatos.
Com efeito, a APICCAPS entendeu
A taxa de desemprego em Portugal ascendeu, em Abril
que, no enquadramento competitivo
último, a 12,6%, segundo dados do Eurostat e poderá
actual, é impensável negociar-se
mesmo aumentar nos próximo meses. Valter Lemos,
A finalizar, o responsável pela pasta do emprego do
um contrato durante mais de quatro
Secretário de Estado do Emprego, admite que o desem-
elenco de José Sócrates admitiu “que os próximos tem-
meses, exigindo posteriormente às
prego continuará em valores elevados, mas há vários
pos vão ser de alguma dificuldade devido à necessidade
empresas que possam repercutir
sectores a crescer e com falta de mão-de-obra especiali-
de fazer a aplicação das medidas previstas no acordo
os encargos decorrentes de cinco
zada, como o calçado e o têxtil.
com a troika”.
meses de diferenças salariais.
Para Valter Lemos, “há sectores em Portugal onde a
situação do emprego está a melhorar de forma muito
Para a APICCAPS, a forte recessão
significativa”, nomeadamente as indústrias do calçado,
económica requer medidas extra-
têxtil, automóvel e metalomecânica e a agricultura.
ordinárias, pois será expectável
uma quebra significativa na taxa do desemprego”.
Empresas
reconvertem
A necessidade de contratação de colaboradores especializados continua na ordem do dia para várias empresas
uma degradação da capacidade
Na óptica do governante, o problema actual reside no
de calçado. Em Felgueiras, por exemplo, as empresas
competitiva das empresas pela
crescimento modesto da economia portuguesa. “Não há
continuam a ter dificuldade de aumentar os quadros e,
introdução de fortes medidas restri-
crescimento suficiente para criar novos postos de tra-
por esse motivo, têm reforçado a contratação de colabo-
tivas à economia portuguesa, sem,
balho” e, por isso, nem todos os sectores estão a captar
radores em concelhos limítrofes como Lixa, Mondim e
porém, penalizar os trabalhadores.
emprego. “Há modificações na nossa economia, onde
Celorico de Bastos, Vizela, entre outros. Em Guimarães,
A Associação informou, por fim,
os sectores exportadores estão a ganhar relevo, e outros
uma das empresas referência do sector, a Campeão Por-
a Comissão Negociadora Sindical
estão a perder como o comércio e a construção”, subli-
tuguês, está a reconverter desempregados. No essencial,
que o próximo Contrato Colectivo de
nhou Valter Lemos.
está a providenciar a formação necessária e indispensá-
Trabalho deverá ser integralmente
negociado até Fevereiro de 2012.
vel a pessoas inscritas no Centro de Emprego, de modo
Para os próximos meses, “não é de esperar que haja
a que possam ser integradas na actividade da empresa.
Nº 177 # MAIO 2011
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“A Situação Económico-Financeira do Sector do Calçado - Uma
Análise de Benchmarking”
MIND
conquista
China
Empresas portuguesas superam
espanholas e estão ao nível das
italianas
A Mind, empresa portuguesa
de software, liderada por João
Foloia.com
Bernardo, está a surpreender na
China. Depois de dois anos de
abordagem comercial, a Mind
já instalou sistemas avançados
em 200 unidades chinesas de
calçado.
A Mind está actualmente presente em países como os EUA,
Vietname ou Japão. A China
foi a primeira experiência de
internacionalização própria e
já corresponde a cerca de 80%
das vendas internacionais da
empresa. “Nos EUA vendemos
para os grandes departamentos
criativos, enquanto que na China vendemos para as fábricas”,
revelou João Bernardo.
As empresas portuguesas estão ao nível das melhores no domínio da gestão e indicadores
económico-financeiras
IAPMEI
As pequenas e médias empresas por-
dos três anos em análise, uma vez que
empresas italianas apresentam maior
tuguesas de calçado estão, do ponto
as empresas espanholas reduziram o
risco financeiro, mas uma taxa de
defende
de vista económico-financeiro, melho-
seu número de trabalhadores enquan-
custo da dívida similar. As empresas
res do que as espanholas e ao nível
to as portuguesas o aumentaram.
nacionais apresentam um peso do
Viragem para
o exterior
das italianas. A conclusão é da Uni-
capital próprio no activo corrigido de
versidade Católica do Porto, no estudo
As empresas nacionais apresentam
quase 80%, contra um valor de 44,6%
“A Situação Económico-Financeira do
indicadores mais favoráveis do que as
das empresas italianas. Em termos de
Sector do Calçado - Uma Análise de
espanholas ao nível de rendibilidade
passivo, as empresas nacionais têm
O presidente do Instituto de
Benchmarking”, depois de analisadas
operacional do volume de negócios
um peso do passivo de quase 60%, e
Apoio às Pequenas e Médias
centenas de empresas.
(2,8% contra 2,0%), rotação do activo
as italianas de quase 80%. Ao nível
(318% contra 198%) e rendibilidade
da demonstração de resultados, estas
Empresas (IAPMEI), Luís
Filipe Costa, defende que o
Quando avaliada pelo volume de
operacional do activo (9,2% contra
diferenças mantêm-se: enquanto que
“único sentido” para as Peque-
negócios, a dimensão média das
4,1%). No entanto, as espanholas
o grau de cobertura dos encargos de
nas e Médias Empresas (PME)
empresas espanholas de calçado, no
conseguem efeitos multiplicadores do
financiamento é de 468,3% no caso
é “virarem-se para o exterior”,
período 2006-2008, foi ligeiramente
endividamento e de alavanca financei-
português, as empresas italianas têm
para evitar a contracção na
superior à das suas concorrentes por-
ra muito mais favoráveis. Também em
um valor de 260%. A taxa de custo
procura interna.
tuguesas (2,8 milhões de euros contra
termos de liquidez, as empresas portu-
médio do endividamento bancário foi
Em declarações à Lusa, o pre-
2,2 milhões de euros). No entanto,
guesas apresentam uma melhor per-
praticamente igual: 6,4% em Itália,
sidente do IAPMEI defendeu
as empresas espanholas constantes
formance, com um peso mais elevado
6,3% em Portugal.
a aposta das PME na interna-
da base de dados registaram uma
do cash flow operacional (3,8% contra
cionalização, alegando que “o
forte quebra no volume de negócios
2,5%) e do autofinanciamento (3,2%
Finalmente, em termos de liquidez,
mercado interno está em con-
em 2008, ano em que as portuguesas
contra 1,4%) no volume de negócios.
as empresas nacionais apresentam
tracção por força da diminuição
ainda conseguiram crescer. Entre
da procura”, enquanto que “a
2006 e 2008, o volume de negócios
Em síntese, as diferenças existentes
peso do cash flow operacional no volu-
economia global está a crescer
das empresas portuguesas aumentou,
são predominantemente favoráveis à
me de negócios: na média do período
a níveis de três e 4%”.
em média, 2,4% ao ano, enquanto em
indústria portuguesa de calçado.
2006-2009, as italianas apresentam
Espanha diminuiu 0,7% por ano. Por
Por isso mesmo, Luís Filipe
isso, no final do período, a dimensão
No que se refere à indústria italiana, a
ano de 2009, estes valores são, res-
Costa defende que “as PME
média das empresas dos dois países
comparação com o sector português não
pectivamente, de 6,6% e 4,7%. Todos
que já estão presentes no
era bastante aproximada.
estrangeiro devem virar-se mais
valores mais favoráveis, excepto no
5,3% e as portuguesas 4,6%; para o
é muito diferente. Conjugando a rendi-
os restantes indicadores favorecem
bilidade do activo com o efeito alavanca
as empresas nacionais, em especial
e aquelas que ainda não estão,
Já em termos de número de trabalha-
financeira, a rendibilidade operacional
o peso médio do autofinanciamento
devem virar-se decisivamente
dores, as empresas espanholas são
e financeira das empresas nacionais
no volume de negócios (4,7% contra
para o mercado externo, porque
claramente mais pequenas do que
ascende a 11,9%, isto é, mais 2,9 pontos
2,7%), a percentagem de casos posi-
é aí que estão as taxas de cres-
as portuguesas, tendo, em média, 32
percentuais do que a das italianas.
tivos em termos de autofinanciamento
cimento e as oportunidades de
trabalhadores, contra 48 nas portugue-
negócio”.
sas. A diferença acentuou-se ao longo
(81% contra 66,8%) e cash flow operaEm termos de endividamento, as
cional (83,4% contra os 77,5%).
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“Plano de Acção para as Energias Renováveis
e a Eficiência Energética”
No poupar é que está o ganho
Expo Riva Schuh
A indústria portuguesa de calçado vai reforçar a presença na Expo Riva Schuh, que se
realizará de 18 a 21 de Junho próximo. No
total, 44 empresas portuguesas (mais 7,2%
do que na edição homóloga) vão apresentar
as novas propostas para o Verão de 2012
naquela que é a primeira feira internacional
do calendário de feiras.
A promoção comercial externa é a primeira
das prioridades para a indústria portuguesa
de calçado que exporta mais de 95% da sua
produção para 132 mercados distintos.
A eficiência energética e a utilização racional da
permite uma redução de energia na ordem dos 10 a
Parfois reforça
energia são cada vez mais uma preocupação para
15%, para potências das máquinas até 5kW. Já os
as empresas. Procurando responder a um conjunto
sistemas accionados por motores devem somente ser
processo de
de preocupações do sector, a APICCAPS lançou o
ligados quando necessário, recorrendo a temporiza-
internacionalização
“Plano de Acção para as Energias Renováveis e a
dores programáveis, mantendo-se desligados quando
Eficiência Energética”.
não são utilizados. Os sistemas de ar comprimido
são responsáveis por cerca de 25% do consumo de
A marca portuguesa de acessórios de moda
Depois de efectuada uma auditoria preliminar a um
energia no que respeita aos sistemas de força motriz
Parfois continua a investir forte no processo
conjunto de empresas da fileira do calçado e tendo
- o equivalente a 19% do consumo total de energia
de internacionalização e, recentemente,
como objectivo identificar possíveis áreas de desper-
eléctrica da indústria portuguesa na sua totalidade.
inaugurou o primeiro posto de venda num
dício ou ineficiência energética, foram estabelecidas
A título de exemplo, poderão ser realizadas acções
centro comercial de Budapeste, em regime
prioridades de actuação de modo a salvaguardar a
como procurar equipamentos com menor consumo
de franchising. Novos investimentos estão já
respectiva base competitiva das empresas no quadro
específico para as instalações com mais de 10 anos,
a ser preparados.
da economia global.
ajustar a pressão do ar comprimido em função das
Os países de Leste são uma prioridade para
No estudo “Plano de Acção para as Energias Re-
ção de ar, não alimentar máquinas com ar compri-
a empresa portuguesa. Depois da Hungria,
nováveis e a Eficiência Energética” são efectuadas
mido quando estas não estão em operação, evitar ao
o próximo alvo é a República Checa, país
várias sugestões às empresas, para que possam
máximo a utilização de ar comprimido para soprar
onde está já presente, ainda que com um
diminuir a factura energética. É, por exemplo, fun-
e executar operações de manutenção (ao nível da
ponto de venda numa loja multimarca. O
damental, a monitorização do consumo de energia,
lubrificação dos equipamentos) e ainda a detecção
continente asiático, em especial a China,
especialmente no período das horas de ponta. Tal
e eliminação de fuga que são responsáveis por uma
está igualmente a ser estudado,
controlo deve ser efectuado recorrendo a um contro-
elevada parcela na factura de energia, como demons-
necessidades, reduzir a extensão da rede de distribui-
lador de ponta no quadro de entrada e escolhendo
trado e quantificado. Estas são apenas algumas das
Lançada em 1994, a Parfois detinha, no
criteriosamente quais os equipamentos que podem
sugestões efectuadas pela APICCAPS no “Plano de
final de 2010, 200 lojas, em 28 países. Des-
ser deslastrados.
Acção para as Energias Renováveis e a Eficiência
Energética”.
sas, 94 são próprias - 62 em Portugal e 32
localizadas em Espanha, França e Polónia
A iluminação artificial, por sua vez, representa em
- empregando 645 pessoas. As restantes são
Portugal cerca de 12% do consumo de electricidade
De um modo geral, importa perceber que cada
franchisadas, 34 das quais em Portugal e 72
no total da indústria, pelo que a implementação de
empresa é um caso e deve ser estudada individual-
no estrangeiro. Neste modelo, destacam-se
algumas medidas nesta área significará uma redução
mente. Ainda assim, há um ponto comum a todas as
a Arábia Saudita, onde há 17 lojas, estando
substancial no consumo de energia eléctrica.
empresas, qualquer que seja o ramo de actividade:
a falta de sensibilização dos colaboradores para as
planeadas mais duas e oito nos Emirados
Árabes Unidos.
Os sistemas de ventilação têm igualmente um peso
questões da eficiência energética e da diminuição
significativo no consumo eléctrico dos sistemas
dos consumos. É frequente observar-se equipamen-
Para este ano, o plano de aberturas con-
accionados por motores na totalidade da indús-
tos ligados durante os períodos de pausa, como tape-
templa 68 espaços, dos quais 15 já estão a
tria portuguesa, cerca de 16%. A substituição dos
tes rolantes, ventiladores ou aspiração, o que conduz
funcionar.
motores tradicionais por motores de alta eficiência
a desperdícios.

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Nº 177 # MAIO 2011
Calçado Century
celebra 70º aniversário
11
Empresas portuguesas
com história
Criada em 1941, a Camilo Martins Ferreira & Filhos, Lda acaba de
celebrar 70 anos de actividade. Um marco notável, numa empresa
especializada no segmento de calçado de homem de luxo e que teima
em manter-se jovem e a dar passos firmes nos mercados internacionais. O lançamento de uma colecção de calçado de golfe foi apenas
uma das últimas apostas que começa a dar frutos.
“Durante mais de 40 anos, investimos praticamente em exclusivo
no mercado interno e especializamo-nos na produção de calçado
artesanal”, recordou Domingos José. Os anos oitenta surgiram como
“trampolim para a exportação” e foi mesmo necessário investir de raiz
na construção de numa nova unidade industrial. Em 2003, a Camilo
Martins Ferreira apostou decisivamente na produção de calçado Goodyear, um marco fundamental no processo de afirmação da empresa,
ao qual se seguiu o lançamento de uma linha de calçado de golfe
mista com 30 modelos distintos voltaria a surpreender os mercados.
A particularidade passa pela aposta no segmento de calçado de golfe
exclusivamente para senhoras. Ӄ um segmento de mercado de nicho,
de elevadíssimo valor acrescentado, em que acreditamos bastante”,
destacou Domingos José. Actualmente, a empresa exporta 95% da
sua produção.
A comemorar a passagem do 70º aniversário, a Administração da
Centenário (nome que se inspira nos “Centenários da Fundação e
da Restauração da Nacionalidade”), juntou colaboradores, família e
amigos, recordou o fundador da empresa (Camilo Ferreira que, aos
17 anos, se assumiu como um verdadeiro “empreendedor visionário”
ao criar a sua própria empresa) e “deixou a promessa” de continuar a
assumir-se como uma referência incontornável da indústria de calçado em Portugal.
Calçado Mariano (1945)
O calçado dos políticos
Iniciou a actividade em 1945, com o fabrico manual de calçado de homem. Rapidamente conquistou ilustres seguidores, muito em especial
de políticos portugueses de referência como Autarcas, Deputados
ou...Presidentes da República. O sucesso da Mariano ultrapassou
fronteiras e altos responsáveis da FIFA (Federação Internacional de
Futebol) e ONU (Organização das Nações Unidas) já não prescindem
do calçado desta empresa de S. João da Madeira.
Ao longo de mais de seis décadas de existência, a Mariano sempre
privilegiou o mercado doméstico português. A aposta é, no entanto, agora outra. “A nossa grande prioridade é agora a exportação”,
revelou o Administrador, Augusto Oliveira. “Pretendemos, por um
lado, consolidar a presença nos mercados europeus como Alemanha,
Áustria, França ou Suíça e apostar em novos mercados, seja na Europa ou nos outros Continentes”, revelou. Por esse motivo, a empresa
está a participar em feiras internacionais de referência, com destaque
para a MICAM.
Outra das grandes apostas passa por apresentar calçado inovador,
sem descurar a produção de calçado de elevada qualidade. “Sempre
aliamos o know-how e os métodos tradicionais, e mesmo artesanais, de fabrico às mais modernas tecnologias”, sublinhou Augusto
Oliveira. Complementarmente, e para responder a um público cada
vez mais distinto, a Mariano apostou no desenvolvimento de uma
linha exótica: “desenvolvemos calçado em todo o tipo de materiais
como peles de cobras, crocodilos, peixes exóticos ou mesmo patas
de galinha”. Uma aposta ambiciosa que tem despertado a atenção
Criadas há já largas décadas, várias em-
Conheça duas histórias de empresas
de clientes de todo o mundo. Segundo Augusto Oliveira, “a difícil
presas de calçado teimam em manter-se
que, pela competência e dinamismo,
conjuntura internacional exige das empresas uma atitude de inovação
jovens. Assumiram o desafio da mudança,
continuam a ser uma referência incontor-
permanente e é precisamente isso que a Mariano, uma empresa que
modernizaram-se e continuam a dar pas-
nável da indústria de calçado em Portu-
vai já na terceira geração, está a procurar fazer”.
sos seguros nos mercados internacionais.
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Nº 177 # MAIO 2011
antidumpinG
indÚstria brasileira vive
situaçÃo «insólita»
aZaleia muda-se
para o oriente
A Azaleia, uma das empresas brasileiras mais emblemáticas, detida pelo
grupo Vulcabras, fechou a unidade
fabril no Rio Grande do Sul e suprimiu
mais de 800 postos de trabalho. “Foi
uma medida necessária. O Brasil já
não proporciona competitividade”,
justificou Milton Cardoso, Presidente
da empresa e da Associação Brasileira
das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
A indústria brasileira de calçado enfrenta, actualmente,
De Janeiro a Março deste ano, as exportações de cal-
A Azaleia emprega actualmente 44
um enorme «imbróglio». A valorização do real impede
çado brasileiro recuaram de forma expressiva: menos
mil colaboradores nas 27 fábricas de
as empresas de competirem com sucesso no mercado
33,8% em quantidade (para 32,7 milhões de pares) e
calçados em três complexos indus-
internacional e há mesmo algumas referências do sec-
menos 15,8% em valor (para 356,7 milhões de dólares).
triais no nordeste brasileiro, além de
tor que estão a deslocalizar a produção para o continen-
uma unidade industrial na Argentina.
te asiático. Como se não bastasse, as importações de
Recentemente, o grupo anunciou a
calçado proveniente da China estão a aumentar a um
compra de uma fábrica indiana, onde
ritmo assustador. Os empresários estão «em estado de
Os industriais brasileiros têm outras razões de queixa.
empregará 10.000 empregados nos
choque» e acusam o governo de não reagir.
A introdução de taxas antidumping às importações de
“problemas doméstiCos”
calçado proveniente da China (depois de concluído
dois próximos anos.
No Brasil, este encerramento surpre-
“A indústria brasileira de calçado vai crescer mais de
o inquérito que permitiu comprovar a existência de
endeu muita gente. Os funcionários
5% em 2011 e serão criados cerca de 20.000 postos
concorrência desleal) parece não estar a surtir o efeito
foram surpreendidos sem aviso prévio.
de trabalho”. Esta era a previsão da Abicalçados em
desejado. É que as importações provenientes de países
“Estávamos em pleno horário de
Setembro do ano passado. Hoje, a realidade é diferen-
como a Malásia (mais 1.356%), Vietname (mais 81%) e
trabalho, recebemos ordens de parar
te. “Estamos à beira da crise”, lamentou o Presidente
Indonésia (mais 93%) estão a aumentar de forma invul-
a produção porque a empresa ia
da Associação dos Industriais Brasileiros de Calçado.
gar. Outras regiões sem qualquer tradição no sector de
encerrar. Ficamos todos em estado de
O que mudou nesse período? Para Milton Cardoso
calçado como Hong Kong (mais 132%) e Taiwan (mais
choque, porque havia várias pessoas
”há uma série de razões, mas o câmbio é o problema
428%) parecem ter descoberto o Brasil A suspeita da
que trabalhavam na empresa há já
mais grave”. Recorde-se que o dólar caiu 30% e os
Abicalçados é a prática de triangulação, ou seja, que o
30 anos”, lamentou Oziel Santos de
salários cresceram 20% no Brasil nos dois últimos
calçado seja fabricado na China e chegue ao Brasil com
Jesus, de 28 anos, que colaborava com
anos. “Não dá para competir com as importações com
o certificado de origem de outro país. “O calçado chinês
a Azaleia há já 10 anos.
esta diferença de custos”, lamentou o Presidente da
muda de nacionalidade em alto mar”, lamentou Milton
Abicalçados.
Cardoso.
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Nº 177 # MAIO 2011
WoCK®
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lança novo Calçado
proFissional ultra leve
JimmY Choo muda
de mÃos
O grupo alemão Labelux surpreendeu
o mundo dos negócios de produtos de
luxo, ao adquirir a marca britânica de
calçado Jimmy Choo. Estima-se que o
valor do negócio ronde os 570 milhões
de euros.
O grupo Labelux, que opera no sector
do luxo e detém marcas como a Bally,
pretende agora que a Jimmy Choo se
concentre na expansão da marca na
Europa continental, nos Estados Unidos e na Ásia, e tenciona aproveitar
a experiência da marca nos Estados
Unidos para reforçar e expandir as
vendas da Bally. “A Jimmy Choo é
uma marca fantástica e com enorme
potencial de crescimento. Além disso,
tem todas as condições para gerar
sinergias de crescimento transversais,
isto é, para todo o grupo. “Tamara,
Josh e toda a equipa criaram um
negócio internacional orientado para
o cliente”, sublinhou Reinhard Mieck,
Presidente do Labelux.
Antes de se decidir pela venda, a
TowerBrook ainda ponderou a entrada da Jimmy Choo na bolsa de Hong
Kong por 747 milhões de euros. A
empresa francesa de perfumes e cosméticos L’Occitane foi admitida nessa
mesma bolsa em Maio e a casa de
moda italiana Prada tenciona fazê-lo
em Julho.
A WOCK® lançou recentemente, a nível mundial, uma
os profissionais passam muitas horas de pé e tendem a
soca ultra leve ideal para profissionais que passam muitas
ter fadiga e desconforto nos pés e pernas, como em hos-
horas de pé. “A WOCK® Everlite distingue-se pelo design,
pitais e outras instituições de saúde, institutos de beleza,
máximo conforto, protecção dos pés dos seus utilizadores
laboratórios e limpeza industrial”.
e pelo material em que é produzida (XFS), um material
cujos estudos recentes provam ser o mais adequado para
Disponível em oito cores, a WOCK® Everlite dispõe de
calçado profissional devido ao elevado grau de resistência
outras características diferenciadoras como a absorção
à abrasão, flexibilidade e estabilidade”, revelou José Pinto.
do choque, lavagem à máquina até 50ºC, ser ventilada,
anti-estática e ter uma palmilha amovível, o que a torna
Para o responsável da WOCK® “esta nova soca, devido
perfeita para médicos, enfermeiras, auxiliares de saúde,
às suas propriedades ultra leves e anti-derrapantes, cons-
dentistas, cirurgiões , cabeleireiras, esteticistas, massagis-
titui o calçado ideal para utilizar em actividades nas quais
tas e auxiliares de limpeza.
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Calçado chinês em perda nos «states»
vira-se para a Europa
A quota chinesa nas importações dos
calçado e vestuário da China à medida
EUA está a cair, sobretudo em artigos
que as marcas deixam o país devido ao
de trabalho intensivo como o calçado
aumento dos salários”, conclui Mário
e o vestuário. Várias marcas norte-
Moreno, economista do The Journal of
americanas que normalmente subcon-
Commerce/Piers e autor do estudo.
© Akhilesh Sharma - Fotolia.com
tratavam a produção na China estão
a privilegiar agora outros países no
Em relativa perda nos “states”, as
sudeste da Ásia e na América Central.
empresas chinesas parecem agora vislumbrar de novo com maior optimismo
Com efeito, a quota da China continen-
o continente europeu, nomeadamente
tal nas importações americanas perma-
no segmento de calçado, depois de ter-
nece em nível muito alto, mas caiu 1%
minadas as taxas anti-dumping sobre
no último ano (de 45% para 44%), No
as importações de couro proveniente da
segmento de calçado, a quota chinesa
China. Xie Rongfang, da Associação
passou de 75% no primeiro trimestre
da Indústria de Calçado de Wenzhou,
de 2010 para 73% no primeiro trimestre
assegura que “as exportações de cal-
deste ano. Já no vestuário, a quota da
çado de couro para a Europa poderão
China passou de 25 para 22%.
aumentar entre 10% a 20%”, admitindo
que “várias marcas europeias de reno-
“Os resultados desta análise sublinham
me têm demonstrado grande interesse
a mudança na direcção das tendên-
em cooperar com as empresas chine-
cias das importações americanas de
sas”.
As empresas chinesas de calçado começam a vislumbrar novas
oportunidades na Europa
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Geox e Timberland
preocupadas com os lucros
Ficha Técnica
Propriedade:
APICCAPS - Associação
Portuguesa dos Industriais de
Calçado, Componentes, Artigos
de Pele e Seus Sucedâneos
Rua Alves Redol, 372 - Apartado
4643 - 4011-001 PORTO
Telef. 225 074 150
Fax 225 074 179
Duas das grandes marcas internacionais de calçado come-
Também a Timberland surpreendeu negativamente nos três
çaram o ano, literalmente, «com o pé esquerdo». As vendas
primeiros meses de 2011. As vendas aumentaram 10,1%
estão a aumentar, mas os lucros estão a diminuir de forma
para 349 milhões de euros, mas ficaram aquém do esperado
Presidente da APICCAPS
preocupante.
(as estimativas da empresa apontavam para 360 milhões
Edição: Gabinete de Imprensa
da APICCAPS
No caso do gigante italiano de moda, ainda que as vendas
[email protected]
http://www.apiccaps.pt
Director:
[email protected]
Participação especial: Manuel
Correia (Fotos)
de euros). O mais preocupante resulta na quebra de 3% da
margem de lucro.
tenham aumentando 3,7% no primeiro trimestre do ano (para
345 milhões de euros), a margem de lucro emagreceu 6,3%.
Negócio do Luxo cresce
Distribuição gratuita aos sócios
No que se refere exclusivamente ao segmento de calçado,
Tiragem: 2000 exemplares
as vendas da Geox aumentaram 1,9% para 299 milhões
Nem tudo são, porém, más notícias no sector da moda. O
de euros no primeiro trimestre do ano. Por regiões, a Geox
segmento de mercado de luxo parece continuar a prosperar. A
cresceu 9,2% em Itália (para 148 milhões de euros), mas
Tod´s, por exemplo, viu os resultados crescerem 17,1% (para
recuou sensivelmente 3% no resto da Europa, em especial
243 milhões de euros), enquanto que a Hermès aumentou o
na Alemanha e em Espanha.
volume de negócios em 25,5% (para 637 milhões de euros).
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